Em uma entrevista ao programa El contramedio, José Antonio
Bielsa Arbiol, escritor, historiador de arte, graduado em Filosofia,
fala sobre Bergoglio.
Bielsa Arbiol acaba de publicar “El Nimbu y la Pluma – Grandes
custodios de la Doctrina Católica: de San Atanasio al Aquinate”,
um livro destinado a estudar a vida e a obra literaria dos grandes
promotores da Doutrina Católica, como son San Atanasio de
Alejandría, San Gregorio Nacianceno, San Basilio Magno, San
Ambrosio de Milán, San Juan Crisóstomo, San Jerónimo de
Estridón, San Agustín de Hipona, San Pedro Crisólogo, San León
Magno, San Gregorio Magno, San Isidoro de Sevilla, San
Anselmo de Canterbury, San Buenaventura de Fidanza y Santo
Tomás de Aquino.
Vejamos o que diz o escritor sobre Francisco:
Vocês me perguntam que opinião tenho do Papa Francisco, Jorge
Mario Bergoglio. Qualquer opinião emitida desta tribuna, é claro
que não vai dirigida a minar ou a deslegitimar tudo quanto a
Catolicidade tem significado nos vinte séculos de História.
Entretanto, convén pontualizar que qualquer crítica com foco no
combate ou na atenuação da destruição provocada por Jorge
Mario Bergoglio, Papa Francisco, deve vincular-se, sim ou sim,
aos frutos do Concílio Vaticano II. Aquele Concílio, conciliábulo,
como dizem alguns, que João XXIII põe em marcha, nos
seguintes anos será consumado por Paulo VI, destruindo a
tradição do Vetus Ordo, e implantando a Nova Liturgia, o Novus
Ordo, e realizando uma série de manobras modernistas
encaminhadas a nivelar o Catolicismo com o Protestantismo, em
detrimento daquele, do Catolicismo.
Dito isto, e ao observar os feitos de Francisco, e digo os feitos
porque cada uma das coisas que esse sujeito trouxe consigo foi
uma viagem à confusão, um progressivo desgaste de um
pontificado insustentável. Insustentável porquanto as heresias
vêm sucedendo-se uma detrás da outra desde o primeiro dia. E
isso, obviamente, alertou boa parte dos Católicos. Não todos.
Uma boa parte dos Católicos, dos aparentes Católicos de nosso
tempo – e quando digo aparentes, me refiro àqueles Católicos que
estao protestantizados ou que perderam realmente a base doutrinal
do que era a antiga Tradição –, uma parte desses Católicos
continuarão ipso facto sempre, dia sim e outro também, acatando
tudo aquilo que Jorge Mario Bergoglio diga, ex catedra ou não.
É triste dizê-lo, mas ao estudar os textos, as encíclicas, as cartas e
cada um dos documentos que Bergoglio tem trazido à luz do
mundo, observamos estranhíssimas concomitâncias com o
magistério, entre aspas, da ONU, isto é, dos organismos
globalistas multinacionais e multilaterais aos quais Bergoglio, não
nos enganemos, serve, de forma às vezes alevosa e em outras
tantas, de forma já explícita. Sem um ápice de dissimulação.
Mas como explicar, aos Católicos jovens, o que está ocorrendo na
Igreja? Como explicar esse fenómeno? Observem por um
momento por favor, e perdoem o grosseiro do exemplo que vou
trazer aqui, mas é que tenho que ser extremamente claro e gráfico
para que me compreendam.
Imaginem uma banana, uma fruta. Uma peça de fruta. Uma
banana. Em seu aspecto externo, a banana apresenta
evidentemente a forma que a identifica como tal. Mas, dentro da
banana, e eis aqui a metáfora, não há tanto uma banana como uma
gelatinosa legião de larvas que vão apodrecendo a estrutura.
Essa imagem é uma descrição do que está ocorrendo com a Igreja
Católica Apostólica Romana. E o que temos é, evidentemente,
uma estrutura aparente com umas arquiteturas, com uns templos,
com umas igrejas, com uns museus, com um legado histórico de
séculos que, por desgraça, são só isso: a casca. Porque o núcleo, o
núcleo está infecto. Infecto porque a doutrina foi desperdiçada,
perturbada, agredida, debilitada e é irreconhecível.
O magisterio tradicional da Igreja – simplesmente vá ao
Denzinger para ver a que eu me refiro – não pode suportar uma
comparação com o que está ocorrendo agora, no próprio coração
do que se considera a Catolicidade. A Catolicidade ferida, na qual
Jorge Mario Bergoglio, o papa peronista e montonero [Montoneros foi
uma organização guerrilheira argentina da esquerda marxista que, no entanto, se definia como
peronista],
desempenha um papel crucial enquanto ator capital da
Nova Ordem Mundial.
Alguns comentaristas já falam do falso profeta. Pode ser o falso
profeta. Não vou me pronunciar a respeito. Pode ser, por acaso, o
Anticristo, como se chegou a dizer? Não, em absoluto.
Mas que esse senhor serve aos intereses da Cábala, aos intereses
judaico-sionistas, ninguém pode mais negar. Bergoglio, Jorge
Mario Bergoglio, Papa Francisco, a pesar de ultrajar a Virgem
Maria, apesar de humilhar o nome do Divino Redentor, de Cristo,
apesar de dizer tantas sandices, tantas atrocidades, a pesar de
insultar a inteligência do povo, esse senhor, como dizíamos,
infringe não só isso, senão que massageia, e não só massageia,
com suas poses dedica fatua, com sua complacência, com os
maometanos, com as seitas sincretistas, com todo tipo de cultos,
fomenta a idolatria.
É um idólatra. Vimos o cenário sinistro do Sínodo da Amazônia,
com essas oferendas do culto à Pachamama. Algum desinformado
dirá que a Pachamama é algo bom, a Pachamama é a Mae Terra, é
Gaia, e o padrezinho faz muito bem em defender isto, bom,
escutamos verdadeiras sandices, cada uma pior que a outra, mas
insisto: vá ao Denzinger, vá ao Magisterio da Igreja, vamos
realmente ao substrato da Tradição Católica, e veremos que nada
do que até 50 anos consideraba-se Católicos, agora mais ou
menos está debilitado. Debilitado. Por desgraça, isso que digo não
é preciso submeter a nenhuma análise profunda, os próprios
documentos falam, as próprias alocuções da personagem em
questão falam, é um quero e não posso. Porque, insistimos, o
próprio Jorge Mario é quem, uma vez que abre a boca, pode dizer
as mais atrozes coisas, sem alterar-se nem um ápice. Não acontece
nada: dito está, dito fica. A verdade é que convém, ao menos aos
leigos, às pessoas comuns, se querem manter firmes suas
credenciais Católicas, denunciar alto e claro todo esse tipo de
atropelos contra a Doutrina Católica.
Não necesitamos de grandes teólogos, os que estão aí são
modernistas ou neomodernistas, não necesitamos do que nos
dizem esses autores, que são evidentemente obedientes ao
noeismo. Por noeismo, refiro-me ao que vai ser a religião a cada
sete anos, convocada por essa gente. É de vital importancia? Sim.
Porque este sujeito sabe bem que a mutação operada nos últimos
sete anos por Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, que
reclamou certa vez um dia ser o ocupante da Cátedra de Pedro.
Mas ele nem sequer se declara vigário de Cristo. Nem isso. É o
Bispo de Roma vestido de branco. E com essa cantinela, ao final
muitas pessoas terminaram por asumir que … estável, fixa, …a
Santa Mãe Igreja, ao falecimento do Papa Pio XII manteve uma
linha uniforme e clara … que a Igreja posconciliar é realmente a
Igreja de Cristo.
A Igreja posconciliar é uma adulteração uma simplificação
drástica também uma tergiversação de muitas coisas que
convergem no sincretismo. Um dos objetivos prioritários de Jorge
Mario Bergoglio , antipapa Francisco, não é outra que dar forma à
Religião Universal mundialista. Essa super igreja universal não
vai ser senão o amálgama das três grandes religiões: Islam,
Judaismo e Cristianismo – os restos do Cristianismo –, tudo isso
rodeado de um verniz de círculos que vão acoplando todo os
demais… humanos. É o que … em sua novela Juana Tabor define
como a Igreja dos três círculos. Nos círculos mais externos
também vão estar os ateus, os agnósticos, os maçons deístas,
todos vão estar dentro. Porque essa igreja não está encaminhada a
Cristo alfa y omega. Está consagrada a Satanás. É importante tê-
lo claro: Satanás. Satanás através de suas diversas manifestações.
Também convém deixar isso bem assentado, porque muita gente
tende a questioná-lo, a relativizá-lo, a dizer: bom, não é para
tanto! Alguma coisa boa dirá o Santo padrezinho… não!
Não caíamos na ingenuidade de crer que isso vai ser tão fácil de
explicar. Sem apelar à teología clássica, aquela que podemos
situar no pensamento de Santo Tomás, a patrística, santos padres,
enfim, aquelas coisas que o compêndio do catecismo de são Pio X
deixam claras. A Igreja posconciliar é toda confusão. Tudo é
racionalismo, pensamento hegeliano, sim, a dialética hegeliana
está por trás. A fenomenología do espírito está detrás. É um
riozinho cheio de grandes heresias. De grandes heresias que ao
final formam um grande rio. Um grande rio que vai desembocar
no oceano da apostasia. E esse é o resultado atual. Não podemos
colocar todas as culpas no idólatra Jorge Mario Bergoglio, ele é
meramente a conseqüência das décadas prévias onde o Vaticano
II, através de seus principais teóricos, Karl Rahner, Yves Congar,
Edward Schillebeeckx e toda essa gente conseguiram dar forma
…Sem ter que recorrer a Hans Küng e outras fontes mais
precárias, a verdade é que Jorge Mario Bergoglio o papa
peronista, o papa montonero, o antipapa romano, supôs um bom
“parabién” à Catolicidade. Porque permitiu aberta e
ostensivelmente que se lhe veja o plumero. Tirou a máscara
abertamente. Não engana a ninguém mais. Detrás desse ar
campechano, paródico, vulgar, rude e violento, há algo que não
engana ninguém: esse sujeito está privado do Espírito da Graça. E
desde logo não tem a existência do Espírito Santo. O que faz com
que esteja incapacitado para discernir onde está o fundo da
Doutrina. Ele simplesmente desde pequeoo ao judaísmo ia muito
à sinagoga, seus intereses são mais sionistas, inclusive. Mas de
Catolico romano, do que se diz católico romano há muito pouco,
detrás dessa casca sinistra. Não nos assustemos, não tenhamos
medo de dizer a verdade. Porque não temos que ter tanto temor
dos homens como de Deus. E essa mensagem também vai dirigida
aos papólatras que não têm nenhum reparo em rasgar-se as
vestimentas quando escutam algo que os “descoloca”. E esse algo
é a forte defesa que fazemos dos feitos, dos atos, das palavras de
Jorge Mario Bergoglio. A Historia do Catolicismo são dois
milênios e pretender reducir tudo ao Vaticano II e ao que diga o
L’Osservatore Romano é um errro, um gravíssimo erro. E que ao
longo da história da Igreja sempre houve grandes crises,
momentos de apostasia, nas quais 99% do suposto orbe Católico
estava enganado e havia 1% – gente como Santo Atanasio – que
evidentemente estavam do lado correto. Do lado de Cristo. Vocês
decidam: eu, que sou Católico, tenho-o claro: com Cristo ou com
Bergolio? Pois não tenho a mais mínima dúvida de que estarei
com Cristo e com a Santa Mãe Igreja. Com a verdadeira Tradição
Católica. Não com esses hereges, modernistas, que só vieram
fazer dano, fazer do mundo um óasis de confusão mais que um
oásis, eu diría um cenário de confusão, e vieram fazer com que os
círculos do inferno da Divina Comédia de Dante estejam cada dia
mais presentes, mais manifestos no planeta.