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Trabalho Geologia Moz

A bauxita é uma rocha rica em alumínio formada pela decomposição de outras rochas sob clima tropical. É a principal fonte de alumínio e suas principais aplicações incluem a produção de alumínio, abrasivos, cimento e produtos químicos. A bauxita é extraída e processada para obter alumina, que é então convertida em alumínio metálico por eletrólise.
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Trabalho Geologia Moz

A bauxita é uma rocha rica em alumínio formada pela decomposição de outras rochas sob clima tropical. É a principal fonte de alumínio e suas principais aplicações incluem a produção de alumínio, abrasivos, cimento e produtos químicos. A bauxita é extraída e processada para obter alumina, que é então convertida em alumínio metálico por eletrólise.
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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................2

BAUXITA ..................................................................................................................................3

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS...........................................................................................5

ÁREAS DE APLICAÇÃO ..........................................................................................................5

DETALHES DO PRODUTO ......................................................................................................5

MINERALOGIA DA BAUXITA................................................................................................6

GEOLOGIA DE BAUXITA .......................................................................................................6

RESERVAS DA BAUXITA .......................................................................................................7

DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DAS RESERVAS DE BAUXITA................................................7

BAUXITIZAÇÃO ......................................................................................................................8

LAVRA E PROCESSAMENTO DE BAUXITA ........................................................................8

LAVRA DE BAUXITA ..............................................................................................................8

PROCESSAMENTO DE BAUXITA ..........................................................................................8

BENEFICIAMENTO DA BAUXITA PARA FINS NÃO METALÚRGICOS ............................9

BENEFICIAMENTO DE BAUXITA PARA FINS METALÚRGICOS ......................................9

LIXÍVIA DE BAUXITA UTILIZANDO ÁCIDO CLORÍDRICO ............................................ 10

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 11

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 12
INTRODUÇÃO
A bauxita foi descoberta em 1821 por Berthier, na localidade de Les Baux, no sul da França.
Trata-se de uma rocha de coloração avermelhada, rica em alumínio, com mais de 40% de
alumina (Al2O3). A proporção dos óxidos de ferro determina a coloração da rocha. A rocha
bauxita compõe-se de uma mistura impura de minerais de alumínio e os mais importantes são
gibbsita Al(OH)3, diásporo AlO(OH) e boehmita AlO(OH). Esses minerais são conhecidos
como oxi-hidróxidos de alumínio e, suas proporções na rocha, variam muito entre os depósitos,
bem como o tipo e a quantidade das impurezas do minério, tais como: óxidos de ferro, argila,
sílica, dióxido de titânio, entre outras. A maioria das bauxitas, economicamente aproveitáveis,
possuem um conteúdo de alumina (Al2O3) entre 50 e 55% e o teor mínimo para que ela seja
aproveitável é da ordem de 30% (Anjos e Silva, 1983; Pagin et al., 1983).
BAUXITA
A bauxita é uma rocha de cor vermelha formada principalmente por óxido de alumínio (Al2O3) e
outros compostos em menores quantidades, como sílica, dióxido de titânio, óxidos de ferro e
silicato de alumínio. Esse mineral foi descoberto pelo geólogo e mineralogista francês Pierre
Berthier, em 1821.

Rocha de bauxita. Foto: Branko Jovanovic / Shutterstock.com

A formação da bauxita resulta da decomposição de rochas alcalinas, provocada pela infiltração


da água das chuvas nas rochas ao longo de milhões de anos. A coloração avermelhada desse
minério é determinada pela presença de óxidos de ferro. Sendo assim, as rochas que apresentam
de 2% a 4% de óxido de ferro são chamadas de bauxita branca, enquanto aquelas que possuem
até 25% de óxido de ferro são chamadas de bauxita vermelha.

A bauxita é a principal fonte natural de alumínio (terceiro elemento mais abundante na


natureza), e a maior parte de sua extração mundial é destina à obtenção desse elemento. Para que
seja economicamente aproveitável, a bauxita deve apresentar no mínimo 30% de óxido de
alumínio. O processo de obtenção de alumínio a partir da bauxita ocorre em 3 etapas:

I. Extração da bauxita – antes que se inicie a extração, toda a terra e a vegetação que se
acumulam sobre os depósitos de bauxita são removidas por meio de máquinas
motoniveladoras. Após isso, a bauxita é extraída, transportada e armazenada.
II. Obtenção da alumina (óxido de alumínio - Al2O3 ) – a bauxita é moída e misturada
com uma solução de soda cáustica. Essa mistura é aquecida sob pressão elevada e
novamente é adicionada uma solução de soda cáustica. A alumina é, então, dissolvida, de
forma que a sílica presente em sua composição seja eliminada. Em seguida, a alumina é
submetida à sedimentação e filtragem, para que as demais impurezas sejam retiradas.
III. Obtenção do alumínio – A alumina é misturada com fluoretos e essa mistura é
submetida à eletrólise ígnea em fornos eletrolíticos. A passagem de corrente elétrica faz
com que o alumínio se separe da solução e o oxigênio seja liberado. Assim, o alumínio
puro líquido se deposita no fundo do forno e depois é aspirado através de sifões. A reação
de obtenção do alumínio pode ser representada pela seguinte equação:

O Brasil é o terceiro maior produtor de bauxita do mundo, perdendo apenas para a Austrália e
para a China. No país, as reservas desse minério estão localizadas nos estados do Pará,
Amazonas, Minas Gerais e Amapá.

O minério de bauxita é amplamente utilizado na fabricação de materiais refratários, sendo que o


mesmo possui um alto teor de alumina e baixo teor de fundentes. O Brasil é um dos grandes
produtores mundiais de bauxita refratária, sendo que o estado de Santa Catarina se destaca como
um dos estados detentores deste tipo de material.

Óxidos Principais (%)


Al2O3 Mín. 58
Fe2O3 Máx. 2
SiO2 Máx. 5
TiO2 Máx. 3
Álcalis Máx. 0,2
Bauxita é comumente aplicada na fabricação de alumínio metálico, mas há também um grupo de
aplicações para a bauxita não metalúrgica, no qual se incluem: refratários (31%), abrasivos
(24%), produtos químicos (16%), cimentos de alta alumina (18%) e fabricação do aço (11%) (2).
A composição da bauxita “in natura” determinará as características do minério. Estas
características definirão em qual grupo dos citados acima será empregado o material. A bauxita
quando utilizada na produção de refratários, sendo o foco deste estudo, deve satisfazer
especificações de composição bastante rígidas.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A bauxita é abundante, sendo encontrada principalmente em áreas tropicais, onde a
decomposição intensa tem gerado bauxita. No entanto, essa matéria prima está concentrada nas
mãos de um pequeno número de concorrentes.Em geral, a bauxita é encontrada numa camada
pouco espessa (normalmente de 2 a 5 metros), próxima da superfície.

A produção mundial é de cerca de 250 milhões de toneladas, apresentando uma taxa anual de
crescimento acima de 5% na última década, em grande parte estimulada pela crescente demanda
chinesa.

ÁREAS DE APLICAÇÃO

· Alumina para fins metalúrgicos


· Abrasivos
· Cimento
· Aplicações químicas

DETALHES DO PRODUTO

A bauxita é um composto de minerais que contêm diversas concentrações de óxidos de alumínio


hidratados, bem como impurezas. Os minérios primários são a gibbsita (trihidrato de alumina),
boemita e diásporo (monohidratos de alumina).
A preferida é a bauxita rica em gibbsita, já que ela pode ser refinada a temperaturas de digestão
mais baixas do que outros tipos de minerais que contêm alumina.

Normalmente, a bauxita é marrom avermelhada, mas também pode ser branca, marrom clara e
amarela, dependendo do tipo e da concentração dos minerais ferrosos presentes. Ela também
apresenta uma grande variedade de texturas, mas tipicamente tem um brilho entre fosco e terroso
e pode parecer argila ou terra.

MINERALOGIA DA BAUXITA
Embora os depósitos da rocha bauxita contenham uma diversidade de minerais, a maior parte das
bauxitas não metalúrgicas compõe-se de minerais de alumínio, basicamente, dos chamados oxi-
hidróxidos de alumínio. Sob esse aspecto, algumas bauxitas refratárias consistem de gibbsita,
com menor quantidade de caulinita. A gibbsita, a boehmita e o diásporo são os minerais mais
importantes contidos nas bauxitas, cujas principais impurezas são: caulinita, quartzo, hematita,
goethita, rutilo e anatásio Como princípio, considera-se que a bauxita refratária deve ter mais
alumina e menos impurezas.

A condição essencial à formação da bauxita é a existência de um clima tropical (uma


temperatura média anual acima de 20oC), alternando as estações seca e úmida, que favorecem o
processo natural de lixiviação. Dessa forma, silicatos e argilominerais são decompostos, há
remoção da maior parte da sílica, enquanto os óxidos de alumínio e ferro são concentrados.
Desse modo, obtém-se maior taxa de formação de bauxita quando ocorre:

· Elevada porosidade na rocha;

· Uma cobertura vegetal com adequada atividade bacteriológica;

· Topografia plana ou pelo menos pouco acidentada que permita o mínimo de erosão;

· Longo período de estabilidade e intensa alteração das condições climáticas,


principalmente, as estações seca e úmida.

GEOLOGIA DE BAUXITA
A bauxita é uma rocha residual que é formada intermitentemente pelo processo de intemperismo
ao qual a superfície da crosta terrestre está submetida. A concentração residual dos minerais
constituintes da bauxita depende de distintos fatores, tais como clima e condições tectônicas. Os
depósitos de bauxita são classificados em três tipos, segundo a sua gênese: Laterítico, cárstico e
do tipo Tikhvin. A maioria dos depósitos conhecidos é do tipo laterítico (88%). O tipo cárstico
possui cerca de 11,5% e o tipo Tikhvin 0,5% (Meyer, 2004) .
Segundo Toledo et all., 2001,o principal agente de intemperismo químico é a água da chuva, que
infiltra e penetra nas rochas. Essa água possui uma grande quantidade de O2 dissolvido, que
interage com o CO2 da atmosfera e do solo, formando ácido carbônico e abaixando assim o pH
do sistema.

RESERVAS DA BAUXITA
Geograficamente, a maior parte das reservas do mundo encontra-se localizada em regiões
tropicais e subtropicais. De acordo com informações do International Aluminium Institute (IAI),
a bauxita ocorre em três principais tipos de climas.

DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DAS RESERVAS DE BAUXITA

Reservas ( ) Produção ( )
Paises 2004 (p) % 2003 (r) 2004 (p) %
Brasil 2.729 8,3 18.457 20.914 13,4
Australia 8.700 26,3 55.600 56.000 35,9
China 2.300 7,0 12.500 15.000 9,6
Guiana 900 2,7 1.500 1.700 1,1
Guine 8.600 26,1 15.500 15.500 9,9
India 1.400 4,2 10.000 10.000 6,4
Jamaica 2.500 7,6 13.400 13.500 8,6
Russia 250 0,8 4.000 5.000 3,2
Suriname 600 1,8 4.220 4.200 2,7
Venezuela 350 1,1 5.200 5.500 3,5
Outros paises 4.671 14,1 5.623 8.686 5,7
Total 33.000 100 146.000 156.000 100
BAUXITIZAÇÃO
Processo de formação da bauxita dessilicatada e, freqüentemente, na presença de calcário. Esse
processo caracteriza-se pela predominância de óxido hidratado de alumínio associado ao óxido
de ferro, sílica remanescente e outras impurezas.

LAVRA E PROCESSAMENTO DE BAUXITA

LAVRA DE BAUXITA
Os métodos de lavra dos minérios de bauxita variam de acordo com a natureza dos corpos
mineralizados das jazidas. A lavra desses minérios é feita, na maior parte, a céu aberto, segundo
o método por tiras (strip mining). Estima-se que o maior número das jazidas de bauxita laterítica
é lavrada por métodos a céu aberto (Röhrlich et al., 2001). Menos de 20% da produção de
bauxita no mundo é obtida por métodos de lavra subterrânea.

O nível de mecanização na lavra é diversificado, dispondo-se desde a lavra manual até os


métodos modernos com diversos tipos de equipamentos de mineração.

PROCESSAMENTO DE BAUXITA
os métodos de beneficiamento de minérios usados no processamento dos minérios de bauxita
incluem: britagem, atrição e peneiramento para remoção da fração argilosa e dos minerais de
sílica. A separação em meio denso promove a remoção de ferro e laterita dos minérios com
granulometria acima de 1,0 mm, por meio de equipamentos como Dynawirlpool, para a maioria
dos casos.

Espirais de Humphreys e separadores magnéticos, com campos superiores a 1,5 T, são utilizados
para remoção dos minerais paramagnéticos, reduzindo os teores de Fe2O3 e TiO2. Em algumas
operações, o minério é particularmente secado para facilitar o manuseio e/ou minimizar os custos
de transporte. Nesta etapa, procede-se a filtragem, elevando-se a percentagem de sólidos de 25
para 60%, seguida de secagem em vaporizador (spray dry) para obtenção de um produto final
com 5% de umidade. Desse modo, obtém-se um produto final que pode ser usado tanto no
processo de calcinação, bauxita para fins não metalúrgicos, quanto no processo Bayer, bauxita
para fins metalúrgicos, que constitui a quase totalidade do consumo.

BENEFICIAMENTO DA BAUXITA PARA FINS NÃO METALÚRGICOS


As especificações da bauxita refratária exigem baixo teor de ferro e álcalis. Portanto, a separação
magnética com intensidade de campo acima de 1,5 T é o método utilizado para remoção dos
minerais de ferro, especificamente, os paramagnéticos. As operações unitárias do circuito de
beneficiamento da bauxita são as seguintes:

· Formação de uma polpa com 25% de sólidos com minério de bauxita seguida de atrição e
classificação, a úmido, em 74 μm, para remoção da fração fina;
· Separação magnética para remoção de fe2o3 e tio2;
· Filtragem, para elevar a percentagem de sólidos de 25 para 60%, seguida de secagem em
vaporizador (spray dry), obtendo um produto final com 5% de umidade;
· Extrusão, quando necessária, e calcinação da bauxita beneficiada, seguida do
acondicionamento do produto para expedição.

BENEFICIAMENTO DE BAUXITA PARA FINS METALÚRGICOS


No beneficiamento de minérios de bauxita metalúrgica há um cuidado especial com a razão
mássica Al2O3/SiO2, que tem um efeito significativo sobre o processo Bayer e, na maioria das
vezes, seu valor deve ser maior que 10.

Quando há predominância de diásporo no minério de bauxita, o valor da razão mássica torna-se


menor que 10. Neste caso, procede-se a sinterização do minério antes de submetê-lo ao processo
Bayer para, então, produzir uma alumina com um determinado teor de Al2O3.

O processo de sinterização demanda um consumo elevado de energia, com significativo impacto


ambiental e um elevado custo de produção da alumina em decorrência do consumo de energia.
LIXÍVIA DE BAUXITA UTILIZANDO ÁCIDO CLORÍDRICO
A remoção do ferro presente em bauxitas tem sido o objetivo de alguns trabalhos de pesquisa,
pois se adquire um material de melhor qualidade para uma série de aplicações, principalmente na
área de refratários. Estudos realizados por REDDY et al (1998), comprovaram a eficiência do
processo de remoção de ferro presente em minérios de bauxita gibbsítica do estado de Orissa,
Índia, sendo utilizado o ácido clorídrico como reagente.
CONCLUSÃO
Depois do aporte teórico reflete o grau de substâncialidade no foco do estudo, concluimos que
bauxita é uma rocha residual que é formada intermitentemente pelo processo de intemperismo ao
qual a superfície da crosta terrestre está submetida. A concentração residual dos minerais
constituintes da bauxita depende de distintos fatores, tais como clima e condições tectônicas e
resulta da decomposição de rochas alcalinas, provocada pela infiltração da água das chuvas nas
rochas ao longo de milhões de anos, os processos de formação da bauxita dessilicatada e,
freqüentemente, na presença de calcário. Esse processo caracteriza-se pela predominância de
óxido hidratado de alumínio associado ao óxido de ferro, sílica remanescente e outras impurezas.
REFERÊNCIAS
FLÔRES, J.C.C. Bauxita: características, usos e comparação de metodologias de pesquisa.
1992, Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.

João Alves Sampaio1, M. C. Rochas e Minerais Industriais – CETEM/2005.

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