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Os Ovos Misteriosos

Uma galinha colocou ovos misteriosos que eclodiram em animais diferentes como um papagaio, cobra, crocodilo e avestruz. Apesar das diferenças, a galinha cuidou de todos os filhos. Quando um rapaz tentou pegar o frango, os outros filhos o assustaram para proteger sua mãe galinha.

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Os Ovos Misteriosos

Uma galinha colocou ovos misteriosos que eclodiram em animais diferentes como um papagaio, cobra, crocodilo e avestruz. Apesar das diferenças, a galinha cuidou de todos os filhos. Quando um rapaz tentou pegar o frango, os outros filhos o assustaram para proteger sua mãe galinha.

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Os ovos misteriosos

Luísa Ducla Soares / Manuela Bacelar


(adaptado)
Era uma vez uma galinha que todos os dias
punha um ovo. E todos os dias vinha a dona,
com uma cestinha tirar-lho.
Já pus 1000 ovos. Podia ser
mãe de mil filhos. Mas não
tenho nenhum por causa da
gente gulosa. Vou fugir!
Quando a dona abriu a porta para entrar na
capoeira, ela fugiu para a mata.
Fez um ninho muito bonito e pôs um ovo
muito branquinho.
A galinha saiu do ninho para comer.
Quando voltou, qual não foi o seu espanto ao
ver o ninho cheio de ovos de todos os
tamanhos e feitios.
Na minha capoeira tiravam-me os ovos, aqui
oferecem-mos. Mas que sorte.

A galinha aninhou-se e ficou a chocar os ovos.


Daí por diante, mal saia do choco.
O tempo foi passando. Até que o primeiro ovo
estalou.
Ai, mas que filho
Eu até desmaio!
Em vez de ser pinto
É um papagaio.
No dia seguinte outro ovo se abriu.

Ai, mas que filho


Como ele é diferente!
Em vez de ser pinto
É uma serpente.
A galinha ia caindo para o lado quando viu o
próximo a nascer.
Ai, mas que filho
Deve vir do Nilo!
Em vez de ser pinto
É um crocodilo.
Nessa mesma tarde, o maior de todos os ovos
partiu-se ao meio.
Ai, mas que filho
Este é de truz!
Em vez de ser pinto
É uma avestruz.
A galinha ia caindo para o lado quando viu o
próximo a nascer.
Ai, mas que filho
Diz o meu instinto!
Que este finalmente
É mesmo um pinto.
As amigas diziam à mãe galinha para ela só
tratar do pinto e não ligar aos outros bichos.
Mas como podia ela abandoná-los depois de
os ter chocado com tanto amor? Que outra
mãe havia de tratar deles?
Era feliz mas vivia num desassossego.

O papagaio voava para as árvores e ela


não sabia voar.
O crocodilo só
estava bem
dentro da
água e ela não
sabia nadar.
A serpente metia-se por todos os buracos
e ela era gorda demais para a poder ir
buscar.
A avestruz, essa, devorava tudo, não havia
comida que lhe chegasse.
Só o pinto, naturalmente, se portava como
um pinto.
Mas ela de todos gostava. De todos
cuidava.
Coçava a serpente quando ela tinha
cócegas, porque à pobrezinha faltavam
as patas.
Enrouquecia de tanto
tagarelar com o
papagaio, que queria
sempre conversa.
Cansava-se a
carregar petiscos
para a comilona
da avestruz.
Esgravatava o chão em
busca de sementes
para o pinto.
E nos intervalos lavava as dentuças do
crocodilo.
Tudo parecia correr bem até que
apareceu no bosque um rapaz.

Que belo
frango!
Vou assá-lo
para o jantar.
Cocorococó!

O que na sua língua


quer dizer “Não lhe
toques, senão pico-
te”. A mãe galinha
refilou....
A serpente, ao ver o que se
passava, pôs-se à sua
frente a assobiar, mostrando
os dentes de veneno.
O rapaz atirou-se ao lago
para lhe escapar.
Foi a vez do crocodilo avançar de boca
aberta.
Ai, que este
me come!
Depois apareceu o papagaio a gritar:

És ladrão, és ladrão,
Vou prender-te na prisão!
És ladrão, és ladrão,
Vou prender-te na prisão!
O rapaz pensou que era a polícia. Logo
atrás de si começou a ouvir passos,
primeiro distantes, depois cada vez mais
próximos.
Era a avestruz.
Pensando que um
polícia o perseguia,
largou a ave e só
parou na aldeia.
Às costas da irmã
avestruz, o frango
voltou para casa.
Para festejar, a
galinha juntou
todos os filhos e
fez-lhes um bolo
com vários
andares.
E por cima, a enfeitar, sete berlindes, um
martelo e vinte pregos, porque a avestruz
só gostava de pitéus extravagantes.
Outro, ratos para a serpente. Outro, fruta
para o papagaio. Outro, peixe para o
crocodilo. Um tinha milho para o frango.
Depois do jantar, os filhos fizeram uma roda à
volta da galinha e puseram-se a cantar:
Somos todos irmãos, Eu só tenho pescoço.
Somos todos diferentes: Eu voo pelo ar.
Há uns que têm bico, Eu nado a quatro patas.
Outros que têm dentes, Eu cá gosto de andar.
Há uns que têm escamas, Somos todos diferentes,
Outros que têm asas, Mas todos queremos bem
Na terra e na água À boa da galinha
Fazemos nossas casas. Que é a nossa mãe.
FIM

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