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~
-~ sA.ssoCIAÇÂO DOS.ANTI60SALu.NOS DA POLITÉCNiCA ---· - ~"-"''")..___..
~ SÉDE ADMINISTRATIVA: CLUB OE ENGENHAR IA
SÊDE SOCIAL: ESCOLA NACIONAL OE ENGENHARIA
CURSO DE ·PROJETO ·E EXECUÇÃO DE BARRAGENS DE CONCRETO
UNIDADE·. II FUNDAC(5ES
AS?UNTO· · MACIÇOS ROCHOSOS
·PRr·lfESSOR: JOSUÉ' BARROSO
- -====-
'. Num perfil geolÓgico ocorrem materiais de diferentes es-
pécies , em diferentes estados de tensão e diferente s condições de
deformação .
· ·Ocorrem assim diferentes espécies de meio:
Solo ~ depÓsitos recentes: residuais ou sedimentares.
Rocha matriz - rocha dominante no complexo geolÓgico , co~
pactà ou aparentemente compacta (microfissur amento não é consider~
do)o Num maciço podem ocorrer duas ou mais ro chas matrizes .
Descontinuidade - qualquer entidade geolÓgica que inter-
rom'? a a continuidade ffsica de ·um·maciço ou formação.
Maciço rochoso ·- reunião da r ocha matriz e outros mate-
~i ais com as descontinuigadeso
No estudo dos maciços rochosos, _quandÕ encarados sob o
· p on~o de vista da mecânica ·.das rochas, ou seja ,. · das reações às so-
·- . . .. ... . .... .
~ . . . .
licitaçÕes decorrentes de obr.as de engenharia, há 'q ue se definir,
inicialmente , a constituição "das Unidades geolÓgicas e a definição
de cada uma das propriedades dessas unidades. Assim , a contribuição
da geologia é imprescindfvel face à ·complexidade muito comum da
distrib1Úção · da~ fo·r mações ge·o lÓgicas, quer quanto à composição li
tolÓgica quer quanto ao grau de _a~teração e , principalmente , quan-
to às discontinuidades que o maciço encerra .
O estudo dos maciços roc hosos se inicia então pela ca-
_ :-acterizil~ão geométrica , ou seja, pela definição das entidades que
o constituem , sua atitude e naturez~, estudo esse que deve ser con·
duzido por um geÓlogo de engenharia.
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~
A caracterização dos maciços começa pela definição das
unidades ~i tSJl~.gi_c_as ou estratigráfica~ e . S'IJ,as . Cé;X~Cterísticas es-
truturais permitindo , ... em carácter
.. ..".. preliminar, dividir o maciço em
zonas quanto à aptidão de cada uma por resistir às solicitações do
ti-po que se pretende implantar. t nesta definição por zonas. qu.e as
discontinuidades tomam importante papel, visto que o comportamento
get;técnico do maciço (em têrmos de d.s for mabi lidade, r esistência e
· .)e~~eabi lidade) é quase sempre inteir~ent e diférente do da rocha
ü1tactà.
Esse zoneamento do maciço vai fornecer subsÍdio para a
:i_)I.'ogramação dos · ensaios a ·realizar , :podendo refletir- se em grande
e~ono:mia · e .melhoria do·. conhecimento técnico , vist-o .que os ensaios
sa:o geralmente· niui to dispendiosos e :podem se;r .r~_du.~ .ido's ' extrapo-
_lando~·se 'com segurança , seus resultados :para zonas homÓlogas .
Tendo em vista o €xposto vamos ·nos :pr eocupar, de saída,
. com o estudo' das descontinuidades , defi:r;lip.do s.eus tipos e modos de
vcorrência , suas caracterfsticas ffsicas, ' suas inflÚências no com-
' ,
po~.:-tamento dos maciços e os seus metodos .de. estudo • .
Seguindo esta orientação , podemos esquematizar o estudo
segundo os itens abaixo :..
1 - Tipos de descontinuidades e modos de ocorrência :
Diaclases Classificação de diaclases
Estratificação
Xistosidade
Clivagem
Contatos
Falhas - Classificação de falhas
2 - Caracterfst:l.cas fÍsicas das descontinuidades·:
Abertura ou espessura
Continuidade
Espa9a.I!lento o .
:•.:..
Rugocidade
Tipo de enchimento
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~
3 - Influência das descontinuidades no comportamento dos
maciços :
Resistência
Deformabilidade
Permeabilidade
4 - Métodos de estudo das descontinuidades:
4.1 - In situ
MediçÕes de atitudes em afloramentos ou em tra
balhos de prospecção e sua apresentação (cartas
geolÓgicas e representação ~statística , roseta
e projeções)o
Fotos e TV em furos de .sondagem.
Ensaios d~ deformabilidade, cizalhrunento e des-
li sarnento .
Permeabilidade em furos de sondagem
Métodos geoff sicos (elétri cos .e sÍsmi·cos)
4.2 - Em laboratÓrio
Ensaio s de cisalhamento di reto," deslisamento e
triaxiais .
1 - 'TIPOS DE DESCONTINUIDADE E SUAS ORIGENS
são exem~los de descontinuidades as diaclases, planos de
estratificação , .Planos de ·xistosidade, c livagens , planós de contat o
entre formações, falhas, etc o
Dentre os exemplos citados, tomam especial interesse fac e
à sua larga distribuição as diaclases .
A definição de diaclase é a de qualquer rutura de um maci
ço rochoso na qual não se verifica deslocamentos apreciáveis de um
bordo em relação a outro.
As diaclases são observadas macroscopicamente na superfÍ-
cie, natural ou de escavação do maciço e em. testemunhos de sonda-
gens , sendo geralmente planas, embora haja casos especiais como os
de esfoliação que são curvas.
As di aclases via de r egra , não ocorrem isoladamente , e
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\
ti
sim constituindo as . denominad~s .. f amÍlias , que se caracterizam por
exibirem orientações semelhantes e ger almente oxigem semelhante.
Os maciços são geralmente cortados por ·mais de uma fami-
lia de diaclases cuj o conjunto é denominado . s i st ema , sendo muito
comum a ocorrência de três famÍlias, separando o maciç o em bl ocos ,
completament e solto.a ou mant.endo. .c..o ntinuidade .em .alguns locais.
Quanto à gênese podemos classificar as diaclases como de
cisalhamento, de tração e de descompressão. As diaclases de cisa-
lhamento.' est ão ligadas à aç~o t éctônica, isto é, r esultantes de mo
vimentos na crosta. A~ diaclases ·de traÇão estão l i gadas ao r esfria
mento dos magmas e aos dobramentos. As de descompressão estão liga-
das ao alÍvio de cargas e às variações no estado de tensão decorren
tes da alteração e das variações de temperatura e umi dade.
A formação das di acl ases é influenciada por diversos fato
r es , qu e podem ser generalizados abrangen do os vários tipos de ro-
chas . são : el~s:
Variação no estado de tensão na cros·t a
- Tipo de resfriamento (rápido ou lento)
TectÔnica
Fenômenos de r etração (temperatura e uaidade)
Anisotropia da rocha .
As chamadas superficies de clivagem , em que se englobam
as superf!c i es de estratificação , de xistosi dade ,. de contato e as
prÓprias clivagens das r ochas , são superff cie s· de baixa resistên-
cia ao ci'salhamento e contribuem junto as diaclases para o enfr aqu~
cimentos do maciço , quer no.que respeita à ~esistência como à defor
mabilidade e permeabilidade.
, . ., ...
Alem das descontinuidades ja mencionadas outras de gr ande
i mportânci a são as f alhas .
As f alhas são as fraturas em que houve deslocamento apre-
ciável ent r e as paredes, ao longo da hi~tória geolÓgica. As f alhas
são portan.t o ruturas de cisalhamento ao l ongo de uma superfÍci e le-
v ando à separ ação de dois blocos .
As falhas na mecânica das rochas · têm grande ioportância e
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,~
"
são geralmente estudadas de per si.• Influem enormemente sob:J;"e a . de-
formabilidade e a r esistência dos maciços porque envolvem grandes
yolumes e geralmente suas paredes podem estar esmagadas.
As superfÍcies de falhas podem ser curvas, mas geralmente
à escala das obras, )lO . trecho que elas são interessadas, são consi-
deradas com9 planas. Ao contrário das diaclases e superfÍcies. de.
clivagem, as falhas não se apresentam geralme~te segundo famÍlias,
à escala.. çlos maciços rochosos em consideração.
A classificação das falhas em geologia é muito variada.Po
-l~l
. d.e -se sintetizar as falhas em:
_ Normais
.. . ;.
I;É!R!l (h7~
lllllif . Cí'~ r-3
'•·
'ID:Ver'Sas · 'L. ~ )<ç
.:. : "nirê._c_:i.."óna'is' '(strike slip fault)
(J'~Ci
2 1 r
Outra classificação que t em grande importânéia em mecâni
ca das rochas é qu anto à at~vidade das falhas." ·
átivas ~
são as que se movimentam periodi camente
Falhas
< ·
,Inativas - não bá movimento desde a su á formação
Esta preocupação de classificar as falhas quanto à ati;i-
.
·· .dade esta, l1gada . . .
a' Slsml.c:l.dade .
das reg1.oes. -
2/3 ;.. CARACTERÍSITICAS FISICAS DAs·· DESCONTINUIDi~DES E SUl~S J::NFLtmN-
CIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DOS ·MACIÇOS
~ ~ -.·-- .
Dentre as caracter1sticas fl.sicas, das descontinuidades en-
globam-se a abertura , a continuidade, o· espaçamento , a rugosidade e
o tipo do enchimento que condicionam a influência das descontinuida-
des sobre o comportamento dos maciços.
Abertura - Condiciona a deformabilidade, a··resistência ao
cisalbamento e a permeabilidade dos maciços.
·"'
Quando as descontinuidades estão fechadas, refl eti~do em
geral um e s t ado de tensão de compressão, as propriedades do maciço
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sao muito prÓximas das do material que o constituio
.. v · · ·.QPando estão abert as a influência sobr e o compo"rt amento
depende do preenchimento, se el e existe ou não e de su a natureza.
O comport amento será muito diferente se, por exemplo ,
uma f alha está preenchida por argila ou por ur veio de quart .zo,
tanto no que se r efer e à deformabilidade quanto à r esistência.
Continuidade Tem especial influência sobre a · r esistên-
cia ao cisalhamento. O grande probl ema consist e em medir-se essa
c·o ntinuidade .
A continuidade influe sobre a resistência pois há· parce-
la de resistência dada pelo meio contínuo e outras da di ac l ase como
na figura
A3 k = 1 di aclase contÍnua.
Grau de ..desenvolvimen-
,, to de uina diaclase:
SuperfÍcie de J1.l + A2 + A3
di!iclase
k =
SuperfÍcie de A
rocha intacta
Espaçamento - O espaçamento pode influir bastante a defo~
mabilidade e a permeabili dade e também a resistência ao cisalhamen-
to . O espaçamento geralmen~e cresce à medi da que se aprofunda no ma
c.i ço , f ace à descompressão superficial devida à meteorização e '
8.
erosao .-
Este aumento do espaçamento com a profundidade é favorá-
.
. v el a' l.l;tl,plantaçao
' . -
-
. . obras
d.~ " . a, .. .cota . de fundaçao
e ·-· . .
-.
de . certas obras
,
e
por vezes definida 'em função dess a caracterÍ stica do maciço.
Há um critério de classificação dos maciços que será vis-
to posteriormente e que é baseado nesse espaçamento. O e·spaçamento
p·~de ir de poucos centí me tros até vári os metros.
Rugosidade - A rugosidade das dÍaclases t em especi a l in-
fluência sobr e a resistência ao cisalhamento , especi alment e quando
não estão preenchidas. Seja uma diaclase l i sa com ângul.o de atrito
.··.f o s ·e ·no meslilo mat eri al a diaclase for rugosa como na figura,
~~-
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.,
o ângulo de atrito será l(> + .d.., , até ser atingido. um n:!vel de ten
são tal · que dê origem a o esmagamento da rugosidade, voltando en-
tão a ser .q uase igual à ~.
,. t . f 1 ~ ângulo de atrito da diac l ase li-
sa
~2 = ~l + cl = ângulo de atrito d a dia
~lase rugosa
~3· = ângulo de atrito do material in-
tacto ·
r= I lj,! )... ~
.: . ~4 = ângulo de atrito da diaclase rugo
,
sa apo$ €smagamento da rugosidade
-
~= - ~ .
Ger almente usa- se termos como polido.,. l iso e áspero ou ru-
goso ·para descrev~r a rugosidade das super~Ície.s d.e compartimenta-
......:
-
çao . ..
Ti po de enchimento ~ Tem notável influência e~ todas as
propriedades mais importantes do maciço, que s~o: resistência ao
cisalhamento, d eformabilidade e permeabi lidade.
Influe sobre:
Deformabilidade - sobretudo quando a diaclase é aberta
( falhas ou diaclases) e as paredes não estão em contato. Se o ma-
terial for p etrificado ou não , tanto maior ou menor será a defor-
mabilidade.
Permeabilidade - Se o enchimento for arenoso a permeabil i
~
d ade será ma ior do que com o enchimento argiloso .
t
. Resistência ao cisalhamento -
.
resistencia ao cisalhamento de veios de quartzo que preenchem
frequente acontecer que a
as
descontinuidades sej a mai or que a da rocha intacta encaixante~ e
também que a do mat eri al do p+eenchimento seja maior que a do con
tato entre ela e a encaixante.
4 - MfTODOS DE ESTUDO DAS .DESCONTINUIDADES
O estudo das descontinuidades envolve dois tÓpicos princi
... :- . . .. pais:· atitude e propriedades fÍsicas das descontinui,<;!ades. Estas
Últimas já foram apre~ent adas e discutiu- se suas ·i nfluências so-
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•
bre· o com};iortamento ·dos· ·maciços.
Vamos · agora ver como podemos estudar .a s atitUdes · ou seja
a ori.Bntação espacial, definida ::-!1a direçã.o ·e in'clinação da des-
con~inuid~de, e representá-las. As descontinuidades de representa
ção individual como é o caso dé;is · falhas são estudadas' em :"a.~lora..
m-:::: itos . OU no int.erior dOS · maciços e~ galerias OU
' U;raS
outras abert·
decorrentes de· trab~ihos de prospecção e são representada~.· e.w. c~ .. ~
.. . ,.: ,• . '• ",' .
·.
J~·a s e perfis geologicos ou em blocos-diagramas. :··i !·~ ·: ...
\ ' ••• . ..:~~•• I '
São contudo as descont inuidades mais freqtlentes e ocorre!!
., . .· . ... ~ ,
tes em maior numero e pert.encentes a fam~lias, como e o caso das
diaclases, aquelas ·que dão 'maior trabalho para seu levantamento
e· representação.
É praticamente impossfvel, ·d eVido à sua freqüência, repr~
sentar todas as diaclases em mapas ou perfis geolÓgicos e portan-
, , ~ .. . . :·.. . ..
·to ha que se recor~~r a metodos estat~sticos de estudo das medi-
das efetuadas, apresentando-se no2 mapas apenas um resumo dos re~
st~l tados e no relatÓrio aprofundando-se a descrição. completa das
p~:opriedades e atitudes das famflias envolvidas.
O levantamento é geralmente feito com bÚssola e é impor-
. ··.: ·. :.. ;'
tante levar em conta o zoneamento litolÓgico
.
- estrutural,.
. . esta-
. .· . ...
belecido pelo geÓlogo, no agrupamento das medições feitas, em !~
ção _da obra. Não se pode simplesmente realizar med~das ao acaso e
...
depois tomá-las num todo para serem analisadàs. ·N~o se ·,deve por
exe.mplo, misturar as medições feitas numa ombreira. de uma barra-
gem com aquelas realizadas junto ·à caiha.do rio. ! 'muito freqtl~nte ,
para distâncias de 100 metros, as zonas serem já diferentes sendo
as frequências e atitudes das principais famflias totalmente dife-
rentes.
A representação do conjunto de medidas realizado para uma
, . . . . . . .... . ...,
daterminada zona e geralmerite.-..fei to· ·em -termo. s· ·d:e·....pi"o"j"eç-ao p·olar ,
em qúe se realiza a projeção no plano "equatorial de ·Uni dos polos,
geralmente o do hemisfério inferior; de cada ·"tmía das déécontiii.ui-
da:des medidas.· O· processamento da projeÇão deve ·ser do c~nhec·imeg,
to de. todos. .
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Toma-se cada atitude medida e lanç-a-se-no . grá..fico de pro-
jeção equatorial . Ao final de todas as medidas lançadas verifica-
se que há concentrações de pontos em determinadas zonas ou que nao
há , quando não há famÍlias. A análise estatística se faz traçando-
se as linhas de igual freqüência de atitudes.
Quando as inclinaçÕes são muito fortes (maiores que 45°) é
c oJum utilizar-se a projeção cilíndrica cujo método é semelhante.
, , ,. ,
Alem desse metodo e comum tambem apresentar-se uma
'·
anal~se
das famílias utilizando- se a representação em ros eta que pode ref~
rir apenas as direções ou as atitudes completas e que geralmente
sao anexadas aos mapas geolÓgicos.
Resta referir que a análise estatÍstica pode conduzir a
erros, não representando a realidade tridimensional do maciço.
Estudos de R. Terzaghi mostram métodos para corrigir os de
feitos da análise estatística comumente executada , levando em con-
sid~ração ponderal a orientação da amostragem.
Ainda quanto à orientação das diaclases , ela pode ser veri
fi~ ada através de análise de testemunhos orientados onde se deter-
r::L:e1am as atitudes das descontinuidades .
Para o estudo das descontinuidades"in situ" utilizam- be
ainda vários métodos 4e observação indireta, como fotos e TV em
furos de sondagem, além da realização de ensaios de deformabilida-
de, cisalhamento , deslisamento e permeabilidade , além de métodos
geofÍsicos que serão vistos . em maior detalhe quando tratarmos dos
ensaios "in si tu".
Em laboratÓrio, as descontinuidades, no caso das diaclases
e superfÍcies de clivagem além da descrição que é permitida pela
ol:- zervação visual de testemunhos, podem ser submetidas a ensaios
de cisalhamento ou triaxiais para determinar suas propriedades me-
.
c ·'e.!1lcas .
Além de todos os elementos geolÓgicos planares apresenta-
dos , a presença de dobras também tem influência sobre o comporta-
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~~ - _.,.........::._ _____ --~ --·---· --- --------·-· --
~· ~
<: •
"" . .
~~ento dos maciços porque elas geralm~nte estão associadas---à--ira- ·· ·-
t uras e podem inf~uenciar positiva ou ~egativament e a estabilida
de dos maciços.
5 - ROCHA MATRIZ
Q tipo de rocha. matriz ilifluenciàrá mais ou menos sobre
. ·a s propr~edades mecâniqas cio .macíço rochoso. A r ocha matriz va-
ria largamente em suàs propriedades , désde dura a fraca.
- _Generic am:ente , em termos de resistência ao cisalhamen-
to .. .a dureza. da rocha matriz tem influência important e na resis-
tência residual, apÓs deformaçõe·s de cisalhamento, variável com
a dureza d~. roc·h a.··
- Co~sider~do a d~formabilidade em rocha matriz ~raca
se pode. concluir que venha a s er isoladamente importante para o s
assentamentos. Com o aumento da dure·za da rocha matriz mais e
mais é a deformabilidade do· maciço rochoso influenciada pelas
descontinuidades. Em rochas matriz · -moderadamente duras a muito
cb..1.r as e dependendo das cargas a aplicar , a deformabilidade da r o
che. matriz pode ser desprezada.
· - ·· A permeabilidade· da rocha matriz é, via de regra , mui·-
t: o baix a . Raramel;l.te é· tão alta· quanto aquela d.às descontinuida-
_ces , como alguns tipos de calcário, conglomerados, brechas· e
etc ••• Mesmo em r ochas permeáveis a experiência tem mostrado que
o maior responsável pelas grandes injeções são as desco~tinuida·-
d es .
/e.mm
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