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Introducao Ao Uso Do LaTeX

Este documento fornece uma introdução ao uso do LaTeX. Ele explica como iniciar com LaTeX, incluindo programas e editores recomendados. Também discute comandos básicos, estrutura de documentos, formatação de matemática, figuras, tabelas e referências bibliográficas. O objetivo é apresentar LaTeX de forma simples e autocontida, focando em opções recentes que facilitam o aprendizado e aplicação deste software de editoração.

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Yago Ramalho
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Introducao Ao Uso Do LaTeX

Este documento fornece uma introdução ao uso do LaTeX. Ele explica como iniciar com LaTeX, incluindo programas e editores recomendados. Também discute comandos básicos, estrutura de documentos, formatação de matemática, figuras, tabelas e referências bibliográficas. O objetivo é apresentar LaTeX de forma simples e autocontida, focando em opções recentes que facilitam o aprendizado e aplicação deste software de editoração.

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IVO FERNANDEZ LOPEZ 1

MARIA DARCI GODINHO DA SILVA 1

INDRODUÇÃO AO USO DO LATEX


1a edição

Rio de Janeiro
Ivo Fernandez Lopez
2012

1 Departamento de Métodos Matemáticos / Instituto de Matemática / UFRJ


L864i Lopez, Ivo Fernandez, 1958 -
Introdução ao uso do LaTeX [recurso eletrônico]/ Ivo
Fernandez Lopez, Maria Darci Godinho da Silva. - Dados
eletrônicos - Rio de Janeiro, 2012.

ISBN: 978-85-913290-0-7 (on line)


Modo de Acesso: World Wide Web
<http://www.im.ufrj.br/∼ivolopez/>

1. LaTeX (programas de computador). 2. Editoração


eletrônica. 3. Auto publicação. I. da Silva, Maria Darci
Godinho. II. Título.
CDD 20𝑎 : 686.2254436
Licença
Este trabalho está registrado no ISBN sob o número 978-85-913290-0-7.
Este trabalho foi licenciado com a Licença Creative Commons Atribuição - CompartilhaIgual 3.0
Não Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, visite
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ ou então, em português,
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This work is licensed under the Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Unported License.
To view a copy of this license, visit
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Conteúdo

Introdução 1

1 Noções Básicas de LATEX 3


1.1 Origem: TeX (TEX) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Avanço: LaTeX (LATEX) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Exemplo mínimo de arquivo em LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Resultado da compilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.5 Programas indicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.6 Gerando arquivo .pdf ou .dvi (compilação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.7 Distribuições de LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.8 Distribuição MiKTeX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.9 Distribuição TeXLive . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.10 Editor para os arquivos .tex . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.11 Editor TeXMaker . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.12 Exemplo da interface do TeXMaker . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.13 Arquivos auxiliares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2 LATEXBásico 13
2.1 Caracteres especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Estrutura dos arquivos em LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Comandos básicos, ambientes, matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Classes de documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5 Parágrafos, espaços, separação de sílabas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6 Fontes e LuaTeX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7 Capítulos, seções, apêndice etc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.8 Título, sumário, listas de tabelas e de figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.9 Geometria da página, espaçamento entre linhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.10 Numeração e formatação das páginas, notas de rodapé . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.11 Principais pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.12 Símbolos matemáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.13 Subscritos, sobrescritos, funções pré-definidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.14 Exemplos de digitação de matemática em LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.15 Ambientes de equações e sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

i
ii CONTEÚDO

2.16 Ambientes de teoremas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45


2.17 Ambientes de listas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
2.18 Tabelas não numeradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.19 Tabelas numeradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
2.20 Figuras não numeradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
2.21 Figuras numeradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
2.22 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
2.22.1 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
2.22.2 Usando o BibTeX para gerar referências . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
2.23 Índice remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
2.24 Outros textos sobre LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

3 Multimídia e apresentações 65
3.1 “Hyperlinks”, inserção de arquivos de som e vídeos . . . . . . . . . . . . . . . . 65
3.2 Elaboração de apresentações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

4 Mensagens de erro 73
4.1 Mensagens de erro do LTEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
A

4.2 Principais mensagens de erro do LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73


4.3 Principais dificuldades do LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

A Exemplo de monografia, dissertação ou tese 83

B Exemplo de apresentação com a classe Beamer 111

C Exemplo de Prova 123

Índice 135
Introdução

O objetivo deste texto é apresentar o LATEX de uma forma simples e auto-contida focando es-
pecialmente nas opções mais recentes que estenderam e facilitaram o aprendizado e aplicação.
Neste trabalho, além do básico sobre o LATEX acrescentaram-se tópicos sobre como elaborar
apresentações, incluir arquivos multimídia, elaborar posteres para apresentação em congresso,
usar recursos mais modernos para digitação de equações longas e sistemas de equações, elaborar
bibliografias, incluir um índice remissivo, incluir sumário etc. A bibliografia é constituída quase
que exclusivamente de arquivos disponíveis na Internet e é feito um comentário sobre cada citação,
além de permitir o acesso através de hiperlink. Ao longo do texto são citadas as referências que
podem aprofundar os tópicos, caso o leitor sinta necessidade.
Este texto foi escrito inicialmente para um mini-curso que os autores ministraram no Instituto de
Matemática e Estatística da UERJ durante a Semana do IME/UERJ em outubro de 2011 e evoluiu
de uma apresentação para um pequeno livro. Os autores gostariam de agradecer às professoras
Cláudia, Jeanne e Patrícia pelo convite e apoio.
O Instituto de Matemática da UFRJ publica um livro, de autoria da professora Angela Biazutti
[Biazutti, Uma Introdução ao Latex ] que detalha o uso do LATEX através de diversos exemplos. O
texto é escrito de forma que o leitor rapidamente consiga digitar uma monografia, dissertação ou
mesmo uma prova sem necessitar um conhecimento aprofundado do LATEX e é recomendado para
os interessados em elaborar este tipo de trabalho.

1
2 Introdução
Capítulo 1

Noções Básicas de LATEX

1.1 Origem: TeX (TEX)

No final da década de 70 e ao longo da década de 80, o pesquisador em Ciência da Computação


Donald Knuth desenvolveu o TEX motivado pela baixa qualidade da primeira prova do seu texto
“The Art of Computer Programming”, que se tornou um texto clássico na Ciência da Computação.
O TEX é uma linguagem de processamento de texto que permite gerar textos de ótima qualidade
tipográfica especialmente para a área de exatas.
No desenvolvimento do TEX, Knuth desenhou um conjunto de fontes de alta qualidade para
impressão de textos matemáticos, denominado “Computer Modern”.
Para digitar um trabalho em TEX, o texto, juntamente com os comandos da linguagem, são
inseridos em um arquivo que será denominado “.tex” (sufixo dos arquivos no formato TEX). Este é
processado pelo programa TEX e o resultado apresentado no formato “.dvi” (“device independent
file format”) o qual, por sua vez, pode ser visualizado e impresso com qualidade tipográfica.
No entanto, a digitação de textos em TEX puro (“plain TEX”) necessitava que o autor definisse
diversos parâmetros relativos ao formato final e muitas vezes exigia um conhecimento mais
aprofundado da linguagem do TEX.

1.2 Avanço: LaTeX (LATEX)

Leslie Lamport (também um pesquisador em Ciência da Computação) liderou um grupo que criou
um conjunto de macros que facilitam bastante o uso do TEX, que é denominado LATEX.
O LATEX utiliza “classes” que permitem definir, desde o início da digitação do texto, o tipo de
documento a ser gerado (livro, dissertação, monografia, artigo, prova, currículo etc) retirando
do autor do texto a responsabilidade de incluir comandos relativos à formatação. Além disso,

3
4 1. Noções Básicas de LATEX

a sintaxe incorporou diversas macros e os comandos se tornaram mais intuitivos facilitando o


aprendizado.
Os comandos são muito uniformes e a transformação de um tipo de documento em outro é bastante
simples. Por exemplo: um artigo pode ser facilmente adaptado para virar um capítulo de uma tese.
O TEX/LATEX também automatiza os procedimentos para numerar capítulos, seções, equações,
teoremas. Por exemplo: se tiver usado o comando que insere capítulos, o LATEX numera este
capítulo e se, posteriormente, for inserido um novo capítulo antes deste, o LATEX os renumera
automaticamente. Além disso, as citações dos capítulos ao longo do texto serão alteradas de forma
a ficarem sempre corretas. O mesmo ocorre para seções, teoremas, equações etc.
A linguagem prevê o uso de pacotes desenvolvidos por programadores em TEX e/ou LATEX e
que permitem estendê-la. Por exemplo, o pacote babel permite escolher a língua em que serão
separadas as sílabas e em que serão escritos os textos inseridos pelo próprio LATEX. Esta facilidade
para estender a linguagem é fundamental pois, mesmo que o núcleo do LATEX pouco tenha sido
alterado nos últimos anos, existe um contínuo desenvolvimento e aprimoramento por conta dos
pacotes.
Os arquivos em LATEX também são identificados pelo sufixo .tex.

1.3 Exemplo mínimo de arquivo em LATEX


O exemplo abaixo mostra a estrutura básica para um arquivo “.tex” que gera um documento
simples usando o LATEX. Tudo que segue o símbolo % em uma linha é interpretado pelo LATEX
como sendo um comentário. O comandos serão explicados ao longo do texto. Este texto deverá ser
incluído em um editor que suporte o “encoding” UTF-8. Caso o editor não suporte este “encoding”
substitua o parâmetro “utf8” por “latin1” na linha 4.
% S e l e c i o n a n d o a c l a s s e que g e r a a r t i g o s
\ documentclass [12 pt , a4 paper ]{ a r t i c l e }
% P a c o t e p a r a p o d e r u s a r a c e n t u a ç ão no a r q u i v o . t e x
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
% Pacote para usar f o n t e s e s c a l o n á v e i s
\ usepackage [T1]{ fo ntenc }
% Pacote para usar p o r t u g u e s
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
% I n i c i a o documento p r o p r i a m e n t e d i t o
\ b e g i n { document }
% D e f i n e o t í t u l o da Se ç ão
\ s e c t i o n { P r i m e i r a Se ç ã o }

% T e x t o em LaTeX , o b s e r v e s i n t a x e da eq . de s e g . g r a u
A s o l u ç ã o da e q u a ç ã o do s e g u n d o g r a u $ ax ^2+ bx+c =0$
é dada por
1.4 Resultado da compilação 5

% Equa ç ão ocupando uma l i n h a i n t e i r a , sem numerar


\ [ x =\ f r a c {−b \ pm \ s q r t { b ^2 − 4 a c }}{2 a } \ ]
% I n d i c a o f i m do d o c u m e n t o
\ end { document }

O texto gerado tem a forma:

1 Primeira Seção
A solução da equação do segundo grau 𝑎𝑥􀁯 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 é dada por

−𝑏 ± √𝑏􀁯 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎

1.4 Resultado da compilação


O texto processado pelo LATEX gera um arquivo no formato .dvi ou .pdf, a critério do autor.
O formato .dvi (“device independent file format”), como já foi citado, é um formato criado
especificamente para o TEX. Os arquivos neste formato não são (facilmente) editáveis e podem ser
visualizados no vídeo ou impressos. Por ser um formato mais antigo e de pequena utilização fora
do ambiente TEX, vem sendo preterido em relação ao formato .pdf. Muitos utilizam o formato
.dvi durante a elaboração do texto mas, ao final, convertem este arquivo para um outro formato
mais amplamente usado (em geral .pdf ou .ps).
O formato .pdf (“portable document file”) é extremamente utilizado para armazenar documentos
que serão posteriormente visualizados ou impressos. Permite a inclusão de figuras em diversos
formatos, pode conter “hiperlinks”, som e vídeo e, ao contrário do formato .dvi tem larga aceitação
fora do ambiente TEX/LATEX.
Neste texto os autores darão preferência a descrever os procedimentos aplicáveis à geração direta
do arquivo no formato .pdf pois acreditam que, por este ser um formato muito utilizado para
arquivar documentos de origens diversas (e não só originados do TEX ou LATEX) deverá continuar
a evoluir e incluir novos recursos que vierem a surgir (por exemplo, atualmente o padrão .pdf
tem suporte a sons, filmes e 3D). Assim, as alterações no LATEX necessárias para incluir suporte a
novas tecnologias se restringirão ao que for necessário para gerar o arquivo .pdf adequado (ao
contrário do formato .dvi em que, além das alterações no LATEX, será necessário incluir no próprio
formato opções para as novas tecnologias).
Tradicionalmente, o programa que compila o arquivo .tex gerando o arquivo no formato .dvi é
denominado “latex” e o programa que compila o arquivo .tex gerando o arquivo no formato .pdf é
denominado “pdflatex”. Atualmente existe um único programa (pdflatex) que pode realizar os
dois procedimentos mas, por tradição, ainda são denominados como se fossem dois programas
distintos.
6 1. Noções Básicas de LATEX

A maior diferença entre as duas formas de compilação com relação ao uso é o formato das figuras
a serem incluídas no arquivo de saída. A compilação que gera arquivos no formato .dvi só pode
importar arquivos gráficos no formato .eps (“Encapsulated PostScript”). A compilação que gera
arquivos no formato .pdf pode importar arquivos gráficos nos formatos .jpg, .pdf e .png. Existe um
programa livre (epstopdf) que faz a conversão do formato .eps para o .pdf sem perda de qualidade,
permitindo que seja usado o “pdflatex” mesmo que as figuras originais estejam no formato .eps.

1.5 Programas indicados

Neste texto já foram citados alguns programas (TeX, LATEX) e serão citados diversos outros. A
menos que esteja explicitado em contrário, todos estes programas são “programas livres”, isto
é, programas que podem ser utilizados, analisados, modificados e distribuídos por todos (ver a
página do GNU [GNU, O que é o Software Livre?]). Isto é diferente do que se chama “freeware”
em que é cedido o direito de usar (às vezes temporariamente) mas o código fonte não é distribuído
e nem é permitido alterar o programa.
Note que um “programa livre” não é de domínio público. Ninguém pode se dizer autor do programa
e, se for alterá-lo, deve identificar o(s) autor(es) do programa original e, provavelmente, deverá
manter o mesmo sistema de licença. A licenças mais conhecidas para os “programas livres”
são a GPL (“gnu public license”), LGPL, (“gnu library”). O LATEX está sob uma licença livre
denominada LPPL (“Latex project public license”).
Este trabalho também é um “texto livre” e está disponível gratuitamente sob uma das versões da
licença Creative Commons (ver página na parte de pré-texto sobre a licença de uso).

1.6 Gerando arquivo .pdf ou .dvi (compilação)

Como já foi dito, deve-se utilizar o programa “latex” para gerar arquivo .dvi ou o programa
“pdflatex” para gerar arquivo .pdf. Pode ser necessário rodar o programa várias vezes para
“resolver” as referências internas, pois na primeira vez que é rodado o LATEX processa parcialmente
as informações do arquivo .tex e na rodada a seguir utiliza estas informações processadas para
gerar o arquivo de saída corretamente. Em casos não muito comuns são necessárias mais de duas
rodadas para que o arquivo de saída esteja em sua forma final.
Se estiver usando programa auxiliar para processar as referências bibliográficas (bibtex), deve-se
rodar primeiro o latex (ou pdflatex), depois o bibtex e, finalmente, o latex (ou pdflatex) duas vezes.
Se estiver gerando um índice remissivo no arquivo, rode inicialmente o latex (ou pdflatex), depois
o makeindex e, finalmente, o latex (ou pdflatex) novamente.
À medida que estes tópicos forem abordados no texto, ficarão mais claras as razões que levam o
LATEX a necessitar ser rodado mais de uma vez. Ver, por exemplo, a subseção 2.22.2
1.7 Distribuições de LATEX 7

O programa latexmk funciona como um gerenciador que cuida de rodar todos os programas neces-
sários a partir do arquivo de LATEX fornecido, realizando automaticamente todo o procedimento
acima. Com isso, os autores de textos não precisam se preocupar com este detalhe.

1.7 Distribuições de LATEX

O elevado número de classes disponíveis e o gigantesco número de pacotes existentes (ver seção
1.2 para lembrar o que são classes e pacotes) poderia dificultar sobremaneira a execução do LATEX,
pela enorme dificuldade em instalar todas as classes e pacotes necessários ou que possam vir
a ser necessários. A dificuldade advém do fato que os pacotes e muitas classes são criadas por
desenvolvedores independentes e estes não estão incluídos no núcleo do LATEX. Para solucionar
isto, foram criadas aplicações que permitem disponibilizar estas classes e pacotes de forma que
possam ser facilmente encontrados pelo LATEX. Estes programas são denominados distribuições
de LATEX.
Em resumo, as distribuições são um conjunto integrado de programas que permite o uso do LATEX
sem necessitar conhecer a sua estrutura interna. Entre os arquivos incluídos nas distribuições estão
as classes e pacotes suportados por cada uma e, também, ferramentas adequadas para instalar estas
classes e pacotes de forma a atender as necessidades individuais, evitando instalar pacotes que
dificilmente serão utilizados. Por exemplo: para os autores deste texto é inútil instalar uma grande
parte do suporte a línguas, pois não têm conhecimento da maioria absoluta das línguas suportadas
pelo LATEX (mais de 40 idiomas).
Atualmente tem-se duas grandes distribuições de TEX: o MiKTeX (somente para Windows) e o
TeXLive (para Windows, Mac e Linux).
A distribuição completa é muito grande (da ordem de 1GB) e ambas possuem uma opção de
instalação que inclui somente o grupo de pacotes mais utilizados.
Ambas as distribuições permitem instalar, posteriormente, pacotes adicionais, caso sejam necessá-
rios, trazendo-os de repositórios disponíveis na Internet.

1.8 Distribuição MiKTeX

MiKTeX é a distribuição de LATEX mais conhecida no sistema operacional Windows.


A versão atual (Fev/2012) da distribuição MiKTeX [Schenk, MikTeX ] é a 2.9. Recomenda-se
evitar instalar versões antigas, pois os pacotes são aperfeiçoados e diversas novas opções surgem
a cada ano.
O MikTeX tem duas opções de instalação: uma versão básica (cerca de 170MB) sem usar a rede
ou, então, fazer a instalação inteiramente pela rede, escolhendo os pacotes.
8 1. Noções Básicas de LATEX

A instalação básica permite que, posteriormente, os pacotes que não estão inicialmente disponíveis
sejam instalados, caso sejam necessários. Provavelmente será necessário que a atualização dos
pacotes seja feita como administrador do Windows.
Se estiver disponível uma rede rápida, se os servidores que distribuem o MiKTeX não estiverem
sobrecarregados e o computador tiver área em disco livre suficiente (mais de 1GB) pode ser feita
uma instalação completa pela rede. Assim, não será mais necessário instalar pacotes adicionais
posteriormente.

1.9 Distribuição TeXLive


TeXLive é uma distribuição tradicional para o Linux que agora tem versão para Windows.
A versão atual da distribuição TeXLive [Rahtz et al., TeX Live] é a TeXLive 2011. É recomendável
instalar as versões mais recentes, pois os pacotes são aperfeiçoados constantemente e diversas
novas opções surgem a cada ano.
A sua instalação é feita baixando o arquivo com o instalador install-tl.zip , que tem cerca de 24MB,
descomprimindo-o e rodando o programa (.bat) install-tl.
Com este programa pode-se escolher os grupos de pacotes a instalar e o suporte para os idiomas
desejados. Caso seja necessário, posteriormente, pode ser usado o programa tlmgr para instalar e
desinstalar pacotes.
Algumas distribuições de Linux tem em seus repositórios os pacotes do TeXLive, mas por vezes
não são os mais recentes (verifique a versão). Esta situação vem se resolvendo e os autores deste
texto acreditam que brevemente estarão disponíveis nas maiores distribuições de Linux os pacotes
mais atuais da distribuição TeXLive. Este trabalho utiliza o TeXLive que está disponível de forma
experimental para a distribuição de Linux Fedora 16. Os pacotes utilizados correspondem à última
versão disponível no TeXLive.

1.10 Editor para os arquivos .tex


A sintaxe do LATEX utiliza comandos e a digitação de textos com muito conteúdo matemático
pode tornar difícil a digitação dos arquivos. Além disso, as regras para compilar os arquivos .tex
exigem um conhecimento mais aprofundado do LATEX e programas auxiliares.
Por isso, a maioria dos usuários realiza a digitação de arquivos em LATEX usando editores especia-
lizados. Estes disponibilizam janelas em que ao selecionar com o mouse um símbolo este será
inserido no arquivo LATEX, disponibilizam análise da sintaxe com a ajuda de cores, compilação e
visualização do resultado utilizando um ou dois cliques, verificação ortográfica, busca direta e
inversa entre o código em LATEX e o arquivo .dvi ou .pdf, impressão do arquivo .pdf (ou .dvi) etc.
Em Windows, dos editores que são software livre, são mais indicados o TeXMaker, TeXnicCenter
e TexWorks. Para Linux tem-se o TeXMaker, Kile, LyX além de outros editores tradicionais que
1.11 Editor TeXMaker 9

apresentam facilidades para editar arquivos em LATEX (vim e emacs). Neste trabalho os autores
irão analisar o TeXMaker, que é uma ótima opção em ambos os sistemas operacionais.
Um editor que não é gratuito mas que é muito usado em Windows é o WinEdt. Os autores deste
trabalho julgam que este tem opções em excesso, não tem algumas das opções mais recentes (por
exemplo, busca inversa em arquivos .pdf ou “encoding” UTF-8) e seu uso pelo iniciante não é
muito intuitivo.
O LyX permite editar arquivos em LATEX usando uma interface do estilo do Microsoft Office ou
do LibreOffice (originalmente OpenOffice). Este programa pode ser uma boa opção para quem
está começando. A versão do Linux é bastante estável e está em constante desenvolvimento, mas,
embora haja uma versão Windows, esta não parece ser tão desenvolvida ou estável quanto a versão
Linux.

1.11 Editor TeXMaker


O TeXMaker [Brachet, TeXMaker ] é um programa livre para edição de arquivos LATEX.
Pode ser utilizado tanto em Windows quanto em Linux.
A interface está disponível em diversas línguas, inclusive o Português do Brasil. Para trocar a
linguagem da interface, ir para “Opções/Linguagem do aplicativo” ou equivalente, conforme o
idioma da interface que está sendo usado, e trocar para o idioma desejado.
O programa tem um corretor ortográfico interno, mas o seu uso depende de um dicionário da
língua do documento sendo editado. Para incluir um dicionário, ir para “Opções/Configurar
TeXMaker/Editor” e seguir as instruções. Na página de Sadao Massari tem-se instruções para
incluir o dicionário de português no TeXMaker.
O programa tem um visualizador interno de arquivos .pdf que pode ser mostrado lado a lado (na
mesma janela) com o arquivo .tex. Permite busca direta e inversa entre o arquivo .tex e o arquivo
.pdf (opção “synctex” do LATEX). Para ver o trecho em LATEX correspondente a uma página do
arquivo .pdf, basta apertar simultaneamente a tecla “Control” e o botão do lado esquerdo do mouse
sobre o trecho do arquivo .pdf que se deseja localizar no arquivo .tex. Este tipo de opção estava
disponível para arquivos .dvi há alguns anos, mas só recentemente passou a ser possível utilizá-la
em arquivos .pdf. Nem todos os editores de LATEX e nem todos os visualizadores de arquivos .pdf
dão suporte a esta opção, mas o visualizador interno do TeXMaker permite o seu uso. Se o autor
do texto desejar, pode usar um visualizador de arquivos .pdf externo. Dependendo do visualizador,
o recurso de busca inversa pode funcionar, desde que o visualizador tenha suporte à esta opção
(em Windows o viualizador Sumatra suporta esta opção e em Linux, os visualizadores okular
e o xpdf também suportam) e seja configurado para chamar o TeXMaker na busca inversa. Por
exemplo, no Okular deve-se usar o comando “texmaker -line %l ”%f”” para configurar a busca
inversa.
O TeXMaker possui uma referência de LATEX no menu Ajuda para consulta rápida e é um programa
de fácil configuração. Utiliza um esquema de cores para facilitar a visualização do arquivo .tex e
10 1. Noções Básicas de LATEX

identificar possíveis erros. Aceita arquivos com codificação UTF-8 (mais comum no Linux) ou
Latin1 (mais comum no Windows). O uso do Latin1 deverá se reduzir com o tempo, ver o pacote
inputenc na Seção 2.11) para mais detalhes.

Para procedimentos detalhados em português para instalação do MiKTeX e TeXMaker no Windows,


ver a página do professor Sadao Massago [Massago, Página Web do Sadao Massago].

O TeXMaker deve ser instalado depois da instalação da distribuição de LATEX (MiKTeX ou


TeXLive). Assim o programa pode verificar os recursos disponíveis e se auto-configurar automati-
camente.

O visualizador interno de arquivos .pdf do TeXMaker não tem suporte a todas as opções dos
arquivos .pdf (por exemplo, hiperlinks). Isto não é uma restrição séria durante a fase de elaboração
do texto, mas é desejável que a versão do arquivo .pdf gerada ao final da elaboração possa ser
visualizada com todas as funcionalidades desejadas. Então, recomenda-se a instalação adicional
de algum outro visualizador de arquivos .pdf. A seguir tem-se algumas opções de visualizadores
de arquivos .pdf:

• O Sumatra é pequeno, bastante rápido, tem suporte à sincronização entre o .pdf e o .tex e é
um software livre. Tem versão somente para Windows.

• O Foxit também é pequeno e rápido, mas não tem suporte à sincronização entre o .pdf e o
.tex e não é um software livre, embora tenha versão gratuita. Está disponível em Windows e
Linux.

• O Acrobat Reader, da Adobe, é grande, muitas vezes lento, não tem suporte à sincronização
entre o .pdf e o .tex e não é um software livre. Como a Adobe é a detentora da patente sobre
o formato .pdf, o suporte do Acrobat Reader ao formato é muito bom. Note que, embora a
Adobe seja a proprietária do formato .pdf, a geração e leitura de arquivos neste formato é
livre e a escolha do programa para realizar estas operações não sofre restrição alguma. Tem
versão para Windows e Linux, mas é comum que a versão Linux não seja a mais recente.

• No sistema operacional Linux tem-se, além do Adobe Reader, o Okular, o Evince e o Xpdf.
Todos tem as mesmas características do Sumatra, sendo que o Xpdf é mais “leve” mas tem
uma interface excessivamente simples. Atualmente os autores utilizam o Okular que, apesar
de ser mais “pesado” que o Xpdf, tem recursos mais avançados que o Evince e conta com
uma ótima interface gráfica.
1.12 Exemplo da interface do TeXMaker 11

1.12 Exemplo da interface do TeXMaker

1.13 Arquivos auxiliares


O LATEX e programas complementares para o processamento de arquivos .tex geram diversos
arquivos auxiliares ao longo do seu processamento. Com isso, ao final da compilação de um
arquivo em LATEX podem existir diversos outros arquivos além do desejado .pdf (ou .dvi, conforme
o caso).
Como o LATEX é uma linguagem para processamento de textos com sintaxe própria, a compilação
pode resultar em advertências e/ou erros. O arquivo com sufixo .log apresenta as informações
sobre o processamento realizado pelo programa pdflatex (ou latex) incluindo as advertências e
erros. O TeXMaker tem uma opção para visualizar as advertências e os erros sem visualizar as
outras mensagens de processamento (que geram muitas linhas), o que facilita sobremaneira a
detecção dos erros e advertências.
Além do arquivo .log, podem ser gerados diversos outros arquivos auxiliares, dependendo das
opções usadas no arquivo .tex e dos programas complementares utilizados. Como exemplos usuais
tem-se os arquivos .toc, .aux, .bib, .synctex etc.
O TeXMaker tem opção para remover todos os arquivos auxiliares (menu↦ferramentas↦limpar).
Recomenda-se usar esta opção ao final da edição do texto, para evitar armazenar diversos arquivos
que não serão utilizados posteriormente. Por outro lado, enquanto o texto ainda está sendo redigi-
do/aprimorado, não é necessário apagar os arquivos auxiliares pois, se apagá-los, o compilador
LATEX (e os programas complementares) deverão ser executados mais vezes.
Por exemplo, o LATEX em uma primeira passagem numera os teoremas guardando informações
sobre eles em um arquivo auxiliar. Ao compilar o mesmo arquivo pela segunda vez, as informações
sobre os teoremas são recuperadas do arquivo auxiliar e o LATEX poderá inserir a numeração correta
nas passagens do texto em que a numeração do teorema é citada.
12 1. Noções Básicas de LATEX

Obviamente este procedimento é uma herança dos tempos em que os arquivos de texto poderiam
ocupar uma parte significativa da memória do computador e, portanto, os programas não guardavam
o arquivo inteiramente na memória. De toda a forma, as ferramentas modernas permitem que o
LATEX e programas complementares sejam rodados na ordem e na quantidade de vezes necessária,
despreocupando o autor do texto com relação a este tipo de procedimento (ver programa latexmk).
Capítulo 2

LATEXBásico

2.1 Caracteres especiais


Alguns caracteres são interpretados pelo LATEX como especiais e, portanto, não são impressos no
texto, caso utilizados.
O caractere barra invertida (“\”) marca o início de todos os comandos de LATEX. Duas barras
invertidas juntas (“\\”) significa que o arquivo gerado pelo LATEX deverá encerrar a linha corrente
e continuar na próxima (sem indentação de parágrafo).
As chaves são usadas para passar os parâmetros de um comando como, por exemplo, no comando
\sqrt{b^2-4ac}). Os pares de chaves também podem ser usados para definir um bloco de código
em LATEX. Isto é útil para alguns comandos do LATEX que, quando chamados, permanecem ativos
até haver uma nova troca. Se for inserido um comando deste tipo no início de um bloco entre
chaves ele só será aplicado até o fim do bloco. Por exemplo: o comando \small muda o tamanho
do fonte para pequeno e permanece ativo até que o tamanho do fonte seja novamente alterado ou
até que o bloco entre chaves a que pertence se encerre. É muito importante no LATEX balancear
estes pares. Se a chave não for fechada, ocorrerá um erro de compilação com mensagem de erro
de difícil interpretação (ver seção 4.2).
O símbolo % indica um comentário. O comentário se inicia com o símbolo e termina ao final da
linha.
O símbolo $ indica o início ou fim de um ambiente matemático (deve ser colocado em pares)
dentro de uma linha de texto. Todas as expressões matemáticas devem ser escritas em ambiente
matemático.
O símbolo $$ indica o início ou fim de um ambiente matemático que deverá ocupar uma linha
inteira. Este é considerado ultrapassado e recomenda-se usar o par \[ … \] ao invés do par $$
... $$.
Os símbolos ∧ e _ indicam sobrescrito e subscrito, respectivamente. Só podem ser usados em
ambiente matemático. Isto às vezes gera problemas pois diversos endereços de correio eletrônico

13
14 2. LATEXBásico

usam o “underscore” no meio do endereço. Se quiser escrever um “underscore” em um texto,


aplique o comando \_.
O símbolo & é usado para passar para a coluna seguinte em uma tabela ou matriz.
O símbolo # é usado para indicar um dado parâmetro de um comando criado pelo autor.
O símbolo ∼ coloca um espaço em branco e impede que o LATEX use este espaço para quebrar uma
linha. No endereço de algumas páginas da Internet aparece este símbolo e, neste caso, o arquivo
LATEX que citar a página deverá usar o comando $\𝑠𝑖𝑚$ (necessário o ambiente matemático).

2.2 Estrutura dos arquivos em LATEX


Todos os arquivos de LATEX tem duas partes: a primeira parte é denominada preâmbulo. Nesta é
definido o tipo do documento, são definidas diversas opções de formato, pacotes auxiliares são
carregados, eventualmente são definidos novos comandos etc. O texto do trabalho propriamente
dito não fica nesta divisão. A outra parte corresponde ao corpo do texto propriamente dito.
Eventualmente podem ser, também, (re)definidas algumas opções de formato de página, alterados
ou criados novos comandos etc.
O preâmbulo se inicia com o comando \documentclass, que define o tipo de documento, como
veremos na próxima Seção e se encerra imediatamente antes do comando \begin{document}.
O corpo do documento se inicia com o comando \begin{document} e se encerra com o comando
\end{document}. Todo o texto após este comando será desconsiderado.
Eventualmente pode ser desejável dividir o trabalho em diversos arquivos. Por exemplo, o autor
de um livro ou uma tese pode querer manter um arquivo para cada capítulo. Neste caso, uma
estrutura adequada seria ter um arquivo .tex com o preâmbulo, sumário, referências bibliográficas
e “chamar” cada capítulo de um arquivo externo. Tem-se dois comandos que podem incluir um
arquivo de LATEX, a saber, comandos \input e \include. Ambos tem como parâmetro o nome do
arquivo a incluir, sem o sufixo .tex. Por exemplo, se o arquivo a incluir for cap1.tex os comandos
seriam \input{cap1} ou \include{cap1}.
O comando \input deve ser usado para incluir o arquivo como se fosse um simples “copiar e colar”.
O comando \include inclui o arquivo em uma nova página e, ao final, retorna ao arquivo original
também em uma nova página. As tabelas e figuras definidas antes do comando \include deverão
ser incluídas no arquivo de saída antes da nova página. O mesmo ocorre com as tabelas e figuras
definidas no arquivo incluído. O comando \include não pode ser usado dentro de um arquivo
já incluído e nem no preâmbulo. Todas estas características e/ou restrições fazem com que o
comando \include seja adequado para inserir capítulos de um trabalho.
Diversos trabalhos incluem boa parte do preâmbulo através do comando \input e os capítulos
através do comando \include. Desta forma podem reduzir o tamanho do arquivo .tex principal
e digitar os capítulos isoladamente. Nestes casos, pode-se incluir no preâmbulo o comando
\includeonly que tem como parâmetro uma lista de arquivos incluídos separados por vírgula. Este
comando determina que os únicos arquivos que podem ser incluídos são os que estão listados
2.3 Comandos básicos, ambientes, matemática 15

no parâmetro do comando. Por exemplo, a inclusão do comando \includeonly{cap1,cap5} no


preâmbulo de um arquivo em LATEX fará com que somente os arquivos “cap1.tex” e “cap5.tex”
sejam incluídos, mesmo que comandos \include referentes a outros arquivos sejam inseridos no
corpo do texto. Tipicamente, no desenvolvimento de um trabalho longo, compila-se apenas o
capítulo que está sendo digitado, reduzindo o tempo de compilação. Para isto usa-se o comando
\includeonly. Ao final, para ver o trabalho completo, comenta-se o comando \includeonly.

2.3 Comandos básicos, ambientes, matemática


Os arquivos .tex tem diversos comandos que devem/podem ser chamados antes do início do
documento propriamente dito. Segue uma descrição sucinta com os mais usados.
O comando \documentclass serve para escolher a classe do documento, isto é, o tipo de documento
a ser processado. Pode ser, por exemplo, livro (classe “book”), relatório (classe “report”), artigo
(classe “article”), monografia (classe “monografia”), prova (classe “exam”), carta (classe ‘letter”),
apresentação (classe “beamer”) etc. O comando deve ser o primeiro do arquivo e é da forma:
\ d o c u m e n t c l a s s [ 1 2 p t , a 4 p a p e r , t w o s i d e , o p e n r i g h t , onecolumn ] { book }

O parâmetro “12pt” corresponde ao tamanho do fonte que será usado para o texto (normalmente
se usa “10pt”, “11pt” ou “12pt”). O parâmetro “a4paper” indica que o papel padrão é o A4. Se
não puser este parâmetro, a classe usa papel tipo carta, que é um pouco mais largo mas com altura
menor (padrão americano). O parâmero “twoside” indica que se pretende que o trabalho seja
impresso em frente e verso e o parâmetro “openright” indica que os capítulos devem iniciar do lado
direito, como nos livros. Se for usado o parâmetro “twoside” as margens esquerda e direita são
diferentes e seu valor depende se a página é par ou ímpar. Este comportamento pode ser alterado
usando parâmetros adequados do pacote “geometry” (ver Seção 2.9). O parâmetro “onecolumn”
indica que o documento gerado tem uma coluna de terxto por página. Para colocar duas colunas
de texto por página deve-se usar o parâmetro “twocolumn”. Dependendo da classe, podem ser
usados outros parâmetros.
O comando \usepackage é usado para incluir/carregar um pacote (conjunto de instruções de LATEX
/ TEX que realiza uma dada tarefa). Por exemplo: o pacote babel serve para escrever no idioma
selecionado os textos inseridos pela classe do LATEX. Assim aparecem no arquivo .pdf (ou .dvi) as
palavras bibliografia, capítulo, conteúdo, índice, figura, tabela etc ao invés das correspondentes
em inglês que seriam usados se não fosse usado o pacote “babel”. Serve, também, para indicar
ao LATEX como separar sílabas. O comando \usepackage deve ser colocado no preâmbulo do
documento, de preferência entre os primeiros pacotes a serem chamados. Um exemplo de uso é:
\ usepackage [ b r a z i l ]{ babel }

O comando \newcommand serve para definir um novo comando para simplificar a edição. Por
exemplo, se no trabalho aparecerem muitos termos da forma ‖𝑢‖∞ pode-se definir o comando
\norminf:
16 2. LATEXBásico

\ newcommand { \ n o r m i n f } [ 1 ] { $ \ V e r t #1 \ V e r t _ \ i n f t y $ } .

O número “1” entre colchetes significa que o comando \norminf sendo criado tem exatamente um
parâmetro. O texto entre chaves a seguir é o comando propriamente dito, sendo “#1” substituído
pelo primeiro parâmetro quando da chamada do comando. Os novos comandos podem ser definidos
em qualquer lugar do texto (em geral ficam no preâmbulo) e podem ser utilizados no corpo do
documento. Uma chamada deste comando seria:
\ norminf { f ( x )}

e o texto que apareceria no arquivo .pdf seria ‖𝑓(𝑥)‖∞ .


O comando \begin{document} inicia o documento propriamente dito, isto é, após este é inserido
o texto que se deseja formatar/visualizar/imprimir. O comando de início do documento encerra
a etapa de definição dos preâmbulos e, a partir dali, o LATEX irá incluir no arquivo .pdf (ou .dvi)
todos os textos que aparecerem.
O comando \end{document} encerra o documento. Este comando marca o fim do documento,
fazendo par com o comando de início do documento. Todos os comandos que o seguem não serão
considerados.
O LATEX utiliza, com frequência, comandos aos pares em que um comando da forma \begin{...}
inicia um ambiente e um comando da forma \end{...} encerra este ambiente. Podem ser utilizados
com diversas finalidades (por exemplo: definir listas, teoremas, blocos de texto centralizados,
tabelas, equações, bibliografias etc). Denomina-se ambiente este tipo de grupo de comandos,
sendo o texto entre chaves o nome do ambiente definido pelo LATEX (ou por algum de seus pacotes).
A inserção de conteúdo matemático em uma linha de texto é realizada pelo uso do símbolo “$”,
tanto para iniciar o conteúdo matemático quanto para encerrá-lo. O LATEX necessita identificar
os trechos matemáticos pois o fonte e espaçamento utilizado nestes é diferente dos usados para
digitar o texto propriamente dito. Além disso, diversos comandos só podem ser usados em modo
matemático. Um exemplo de código de um texto com inserção de matemática seria “a solução
da equação $3x+6=18$ é dada por ...”, que seria representada no arquivo .pdf de saída como “a
solução da equação 3𝑥 + 6 = 18 é dada por ...’ . Observe-se a mudança de espaçamento e fonte.
O LATEX tem diversos ambientes que permitem a edição de expressões matemáticas, equações,
sistemas de equações, matrizes etc de forma que ocupem linhas completas, isto é, sem estarem
inseridas no interior de linhas de texto (ver Seção 2.15). Desta forma, estas expressões podem
aparecer no texto de uma forma mais limpa, facilitando bastante a leitura e enfatizando o seu
conteúdo. Adicionalmente, pode-se numerar esta expressão e referenciar em outra parte do texto.
A inserção de uma expressão matemática simples, sem numeração, em linha específica para isto
pode ser feita iniciando a expressão por \[ e encerrando por \]. Uma forma que é aceita, mas que
atualmente não é mais recomendada, é iniciar e encerrar a expressão por $$.
Nos textos sobre o LATEX em inglês a inserção de expressões matemáticas em linhas específicas
é denominada “display style”. Nos textos em português não parece haver consenso sobre a
tradução adequada e, então, será utilizado neste trabalho o termo “display”. É interessante
observar que um “display” não corresponde a um parágrafo; a leitura do texto deve ser feita
2.4 Classes de documentos 17

como se este estivesse inserido imediatamente após a linha anterior e seguido da linha posterior,
sem separação de parágrafo. Quando é desejado que a linha posterior seja um novo parágrafo,
deve-se incluir o ponto final ao final do “display” e pular a linha a seguir no arquivo .tex para
indicar que é um parágrafo. Um exemplo de trecho usando um “display” é: “... a expressão
\[x=\frac{-b\pm\sqrt{b^2-4ac}{2a} \] é a solução geral da equação de segundo grau”. O
arquivo .pdf ficaria da seguinte forma: “... a expressão

−𝑏 ± √𝑏􀁯 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
é a solução geral da equação de segundo grau”.

2.4 Classes de documentos


Os principais tipos de documentos disponíveis para o comando \𝑑𝑜𝑐𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠 são:
Tipo de documento livro. Os seus principais parâmetros foram indicados na Seção anterior:
\ d o c u m e n t c l a s s [ 1 2 p t , a 4 p a p e r , t w o s i d e , o p e n r i g h t ] { book }

Tipo de documento relatório. Tem parâmetro igual ao da classe “book” e pode ser usado, por
exemplo, para dissertação de mestrado ou tese de doutorado
\ documentclass [12 pt , a4 paper , twoside , o p e n r i g h t ]{ r e p o r t }

Tipo de documento artigo. Serve para elaborar textos para publicação em revistas. O parâmetro
“openright” não se aplica.
\ d o c u m e n t c l a s s [ 1 2 p t , a 4 p a p e r ] { book }

Tipo de documento prova. Não é uma classe muito conhecida mas é bem útil pois pode incluir o
gabarito em um único arquivo .tex, caso seja desejado
\ d o c u m e n t c l a s s [ 1 2 p t , a 4 p a p e r ] { exam }

Tipo de documento monografia. Esta é uma classe desenvolvida pelo professor Maxwell Mariano
de Barros a partir da classe “report” e se encontra disponível no site da UFMA [Barros, Trabalho
de conclusão de curso - monografia].
Facilita bastante a elaboração de monografias de fim de curso, pois segue as recomendações da
ABNT. O arquivo monografia.cls deve ser baixado e colocado no mesmo diretório que contém o
arquivo .tex.
\ documentclass [12 pt ]{ monografia }

As classes tradicionais “article”, “report” e “book” parecem ocupar uma parte pequena das páginas
em A4, apresentando margens grandes. O pacote geometry permite alterar facilmente estas
margens (ver Seção 2.9).
18 2. LATEXBásico

Tem-se diversas outras classes para fins mais específicos ou melhorias/alterações das classes
citadas. Vamos citar a classe “beamer” que será descrita na Seção 3.2, utilizada para elaborar
apresentações e a classe “beamerposter” similar à classe beamer mas voltada para a elaboração
de “posters” para congressos. A classe “memoir” é uma classe que permite substituir as classes
“book”, “report” e “article”. Ela é altamente configurável e inclui, automaticamente, diversos
pacotes. Na visão dos autores, embora seja uma classe excelente, a passagem desta classe para
uma outra pode não ser tão simples quanto com outras classes, pois ao incluir os comandos de
diversos pacotes mas não incluir a chamada do pacote propriamente dita faz com que as alterações
para a conversão entre classes sejam algo mais complexas. De toda a forma, a documentação é
ampla (manual em inglês com mais de 500 páginas bem detalhadas, com muitos exemplos) e as
opções de formatação de capa, capítulos etc são muitas. Ver [Wilson e Madsen, Package memoir:
Typeset fiction, non-fiction and mathematical books.].

2.5 Parágrafos, espaços, separação de sílabas


Como é desejado na maioria dos textos, o LATEX alinha os parágrafos à direita e à esquerda
simultaneamente, com exceção da linha que encerra o parágrafo, que é alinhada somente à
esquerda.
O LATEX ajusta automaticamente a mudança de linhas de cada parágrafo. Um parágrafo termina
quando é deixada uma linha inteiramente em branco ou inserido o comando \par, estas opções
são equivalentes. Pular mais de uma linha não insere linhas em branco, tanto faz pular uma, duas
ou dez linhas. Da mesma forma, inserir dois comandos \par em seguida não faz pular linha. Os
autores julgam que deixar a linha em branco é preferível pois torna o texto em LATEX mais legível.
Por outro lado, os comandos \newline e \\ indicam o término de uma linha sem iniciar um novo
parágrafo. No modo de inserção de texto estes comandos poucas vezes são necessários (por
exemplo: se estiver usando estes comandos para fazer uma lista, utilize os ambientes adequados
\begin{enumerate} ou \begin{itemize}) (ver Seção 2.17).
O LATEX não considera espaços em branco extras ao longo do texto. Por exemplo, se colocar
mais de um espaço em branco entre duas palavas, o LATEX considerará como se fosse um branco
somente. Quando no modo matemático, o LATEX não considera os brancos.
Se for necessário inserir espaços em branco adicionais entre palavras, deve-se usar comandos
específicos. Os comandos para inserir espaços são, em ordem crescente de espaço deixado: “\,”
“\;” “\quad” “\qquad”. Tem-se, também, o “\!” que significa um pequeno “espaço negativo”.
Pode-se inserir espaço em branco, horizontal ou vertical através dos comandos \hspace{...} ou \vs-
pace{...}. O parâmetro deste comando é o espaço necessário, que pode ser em “cm”(centímetros),
“mm”(milímetros), “pt”(pontos), “in”(polegadas), “em”(largura da letra M) ou “ex”(altura da letra
x). Por exemplo, \vspace{1.2cm} deixa um espaço vertical em branco de 12 milímetros. Opcional-
mente pode-se usar este comando na forma \hfill que irá inserir um espaço horizontal de tamanho
tal que o último caractere do parágrafo estará alinhado à direita. Pode ser útil, por exemplo, para
alinhar um texto à direita, neste caso se inicia o parágrafo com \hfill e se encerra com o texto
2.5 Parágrafos, espaços, separação de sílabas 19

desejado. Um comando análogo, mas que insere uma linha horizontal de comprimento variável é
o comando \hrulefill. Por exemplo, para gerar uma linha horizontal contínua para demarcar o local
da assinatura em uma carta podem ser usados os comandos \hspace{3cm}\hrulefill\hspace{3cm}.
Note-se que foram deixadas margens laterais de três centímetros cada.
Para tornar a apresentação do texto mais agradável, o LATEX permite separar sílabas. No entanto, a
separação silábica é fortemente dependente do idioma em que está escrito o texto. O pacote babel
permite indicar o idioma em que está escrito o texto e realizar a separação silábica adequada ao
idioma escolhido.
Por exemplo, para indicar que um texto está escrito em português deve-se usar os comandos
\ documentclass . . .
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
...
\ b e g i n { document }
...
T e x t o em p o r t u g u ê s
...
\ end { document }

O parâmetro do pacote babel indica o idioma a ser usado (nome do idioma em inglês). Este pacote,
além de permitir a separação silábica adequada, também insere os textos pré-definidos do LATEX
no idioma desejado, como, por exemplo, “capítulo” ao invés de “chapter”, “tabela” ao invés de
“table” etc.
Para isto é fundamental que a distribuição do LATEX tenha instalado os pacotes relativos ao idioma
em que o texto está sendo escrito. Se não estão instalados os pacotes que dão suporte ao idioma
desejado, o LATEX apresenta uma mensagem de erro. Por outro lado, às vezes o idioma está
disponível mas o arquivo que indica como fazer a separação silábica não está. Neste caso, o
LATEX pode separar sílabas incorretamente pois, provavelmente, usará as regras do idioma-base
(provavelmente inglês) ou não irá separar mesmo onde é estritamente necessário. Analisando as
mensagens geradas pelo LATEX é possível confirmar se a hifenação foi ativada. Para isto, deve-se
procurar a palavra babel no arquivo “.log” gerado pelo LATEX. A mensagem indicando que não
encontrou o padrão de hifenação é da seguinte forma: “Warning: No hyphenation patterns were
loaded for the language …”.
O pacote microtype ajusta o tamanho dos caracteres, a sua forma, a separação entre as letras etc
de forma a gerar um texto que é de leitura agradável e que também respeita as margens. Usando
este pacote junto com uma separação silábica adequada, o texto em LATEX apresenta pouquíssimas
linhas que terminam após o alinhamento usual (mensagem de advertência iniciada por ”Overful
\hbox”). O alinhamento dos “displays” matemáticos (ver seção 2.3) não é afetado pelo pacote
microtype, da mesma forma que estes não tem separação silábica e devem ser ajustados pelo autor
do texto caso a caso.
O pacote babel permite usar mais de um idioma ao longo do texto, o que é bastante útil em
trabalhos escritos em um idioma mas com citações em outro. Desta forma a separação silábica
20 2. LATEXBásico

ficará sempre correta.


No entanto, o pacote babel foi escrito já há algum tempo e é conhecido por ser difícil implementar
novas opções. Existe um pacote denominado polyglossia com função semelhante, desenvolvido
para o XeTeX que poderá ser adaptado ao LuaTeX e, no futuro, substituir e/ou complementar o
babel (ver Seção 2.6).

2.6 Fontes e LuaTeX

A escolha do tamanho do fonte que será usado no texto é feita na definição da classe que será
usada, ver Seção 2.3. Usualmente as alturas dos fontes são 10pt, 11pt ou 12pt. Este trabalho está
usando o fonte 12pt.
Pode-se alterar os tamanhos do fonte de um trecho do texto (somente em modo de texto, não altera
em modo matemático) usando os comandos, em ordem de tamanho:
\tiny \scriptsize \footnotesize \small \normalsize \large

\Large \LARGE \huge \Huge.


Caso altere o tamanho do fonte, deve-se colocar o texto a alterar em um bloco delimitado por
chaves. O comando de mudança do tamanho do fonte deve estar no início do bloco entre chaves.
Caso não faça isto, o tamanho da letra permanece alterado até que seja encontrado um novo
comando alterando novamente o tamanho da letra. Por exemplo, o trecho “texto no tamanho
normal ...{\large altera texto para tamanho maior} ... volta a texto no tamanho normal”, aparece
no arquivo .pdf como “texto no tamanho normal ...altera texto para tamanho maior ... volta
a texto no tamanho normal”.
Dentro do ambiente de texto, pode-se mudar o tipo do fonte utilizando os comandos \textit e \textbf.
O primeiro coloca em modo itálico o texto que é o parâmetro do comando. O segundo coloca em
modo negrito (“bold face”) o texto que é o seu parâmetro. Por exemplo, o trecho de LATEX da forma
“texto normal ... \textit{texto em itálico} ... \textbf{texto em negrito} ... \textit{\textbf{texto em
negrito e itálico}}” tem como resultado “texto normal ... texto em itálico ... texto em negrito ...
texto em negrito e itálico”.
O tipo de letra dentro do ambiente matemático pode ser alterado através de comandos. Por
exemplo o comando $\mathbb{R}$ gera o símbolo dos números reais, ℝ. Analogamente para os
números inteiros, naturais, racionais etc. Os comandos para mudança de tipo de letras em ambiente
matemático são \mathbb, \mathbf, \mathcal e \text que servem para incluir, respectivamente fonte
do tipo quadro-negro (“blackboard), negrito (“bold face”), caligráfico e texto. Note que os brancos
no parâmetro do \text são tratados como se fosse um texto normal em LATEX. Para mais detalhes,
ver [Contribuidores do Wikibooks, LateX/Mathematics].
Note-se que colocar o texto em itálico ou negrito ou mesmo alterar o tamanho do fonte exige
que seja carregado um outro fonte ou, ao menos, adaptado o fonte atual. Então, em um texto
em LATEX, ainda que básico, são carregados diversos fontes que devem manter entre si uma certa
2.6 Fontes e LuaTeX 21

homogeneidade. Por exemplo, o fonte itálico deve ter a mesma forma geral que o fonte normal e é
desejável que o fonte utilizado para o ambiente matemático também tenha a mesma forma.
No LATEX também é possível selecionar um fonte fornecendo as suas características. Este fonte
recebe um nome lógico e pode ser utilizado em situações posteriores. Nos textos técnicos este
tipo de seleção não é muito utilizada pois, em geral, deseja-se um texto uniforme e os comandos
citados anteriormente permitem a alteração do fonte mantendo uma certa uniformidade.
Eventualmente pode-se desejar enfatizar um trecho do texto e, neste caso, é possível fazer uma troca
do fonte. Por exemplo, o trecho “queremos {\fontencoding{T1} \fontfamily{fi4} \fontseries{b}
\selectfont ENFATIZAR ESTAS PALAVRAS} no texto” aparece no arquivo .pdf como “queremos
ENFATIZAR ESTAS PALAVRAS no texto”. Note-se que o trecho que teve o fonte alterado está entre
chaves, para que a alteração no fonte só seja válida no interior das chaves. O comando \fontencoding
indica o “encoding” que o fonte selecionado utiliza (ver explicação a seguir, ainda nesta Seção).
O comando \fontfamily corresponde ao nome do fonte e o comando \selectfont ativa o fonte
especificado. Pode-se especificar, também se o fonte é itálico, negrito e o seu tamanho.
A escolha dos fontes no LATEX tem diversos componentes. Os fontes originais do TEX eram
específicos para cada tamanho de letra. Estes fontes tinham uma resolução muito boa quando
impressos mas, por outro lado, os visualizadores de arquivos .pdf mostravam o texto com uma
qualidade muito baixa e/ou demoravam um tempo muito grande para apresentá-los na tela (estes
fontes eram denominados “tipo 3”). Por outro lado, os fontes “tipo 1” são escalonáveis, isto é,
contém informações que permitem gerar o fonte nos mais diversos tamanhos. Desta forma, a
apresentação na tela do computador é muito boa e relativamente rápida e a qualidade da impressão
deve ser semelhante à dos fontes “tipo 3”.
Uma outra propriedade importante dos fontes é o seu “encoding”. O TEX para imprimir, por
exemplo, uma letra “a” com acento agudo seleciona o símbolo do fonte desejado correspondente.
Como o número de símbolos possíveis é gigantesco (considere, por exemplo, os ideogramas
japoneses), em cada fonte só são implementados uma parte destes símbolos. Por uma questão
de espaço para endereçamento, inicialmente só podiam existir em cada fonte, no máximo, 256
símbolos diferentes. e o ‘encoding” corresponde a uma escolha dos símbolos a incluir e da sua
ordem (na verdade, os fontes mais modernos não tem mais esta limitação de 256 símbolos no
máximo). O “encoding” indicado para os idiomas da Europa com caracteres latinos no TEX é o
T1. Se utilizarmos fontes com outro “encoding” poderemos encontrar diversos símbolos trocados.
Mesmo que o fonte esteja com o “encoding” T1, ainda assim poderá não aparecer corretamente,
pois o fonte pode não ter implementado todos os símbolos do seu “encoding”.
Os padrões de fontes utilizados pelo LATEX tem se alterado ao longo do tempo, acompanhando
parcialmente as tecnologias desenvolvidas para processamento de texto em outros editores, espe-
cialmente para a visualização do texto na tela do computador, que não era prioritário quando do
desenvolvimento do fontes CM, padrão do TEX, ver seção 1.1.
Para usar os mesmos fontes disponíveis, por exemplo, nos editores de texto Word e LibreOffice,
o LATEX deveria poder lidar com fontes do tipo “truetype” (.ttf) e, principalmente, “open type”
(.otf), pois estes formatos facilitam o escalonamento automático dos fontes e já existem milhares
22 2. LATEXBásico

de fontes nestes formatos.


No entanto, a utilização destes padrões exige mudanças significativas no código do TEX. Para
resolver este impasse, está em fase final de desenvolvimento o programa LuaTeX que permitirá a
utilização dos fontes no formatos .ttf e, principalmente, .otf. Além disso, inclui diversas facilidades
adicionais e, em especial, a possibilidade de usar no arquivo .tex a linguagem de programação Lua,
desenvolvida inicialmente pela PUC-RJ. Para rodar o LATEX utilizando o LuaTeX ao invés do TEX,
deve-se usar o comando lualatex ao invés do comando pdflatex. Note-se que o uso do lualatex exige
algumas, poucas, adaptações, pois a mudança do padrão dos fontes implica em alterações na forma
de escolha dos fontes além de ter, como efeito colateral, a possibilidade que pacotes mais antigos
usem comandos que conflitem com a nova forma de lidar com os fontes. Por exemplo, o pacote
inputenc não é mais necessário (pois o arquivo .tex deverá usar, obrigatoriamente, o “encoding”
UTF-8) e o pacote fontenc deve ser substituído pelo pacote fontspec. Será possível, também, a
escolha do fonte matemático sem necessitar um pacote específico para cada fonte, como é feito
atualmente. Para isto bastará utilizar o pacote unicode-math, em fase final de desenvolvimento.
Este texto foi desenvolvido inicialmente usando o pdflatex. Quando a maior parte estava digitada,
passou-se a usar o lualatex com o objetivo de testar e, talvez, incluir uma seção sobre o LuaTeX
neste livro. As mudanças realizadas foram poucas, mas algo trabalhosas pois os fontes (no formato
.otf) que evoluíram a partir dos fontes originais do TEX não tinham todos os símbolos matemáticos
desejados (estes fontes estão em estágio beta de desenvolvimento) e a solução foi passar a usar
o fonte Asana-math, que é um fonte do tipo “Palatino”. O texto não matemático está usando
o fonte XITS, que é do tipo “Times’ ’ e foi escolhido porque os autores julgaram que tornava
o texto mais fácil de ser lido na tela do computador. De toda a forma, feitas as adaptações, o
resultado satisfez bastante e os autores acreditam que em poucos anos o LuaTeX deverá substituir
o TEX tradicional, por ser uma extensão deste bastante flexível e compatível com as tecnologias
empregadas nos editores do tipo “Office”. Em resumo, para usar o LuaTeX ao invés do TEX neste
momento (fevereiro de 2012), os autores identificam alguns problemas com o fonte matemático
“lmmath-regular” sucessor com ótima qualidade do CM desenvolvido por Knuth, que ainda não
tem todos os símbolos (faltam por exemplo \iint e \mapsto, ver Seção 2.12). O pacote “microtype’
do LATEXé muito útil (ver Seção 2.11) mas, por enquanto, só dá suporte ao LuaTeX na sua versão
beta (esta versão está sendo usada neste texto). Provavelmente estes problemas estarão resolvidos
quando forem lançadas as versões do TeXLive de 2012 ou a próxima versão do MikTeX.
O uso do LuaTeX irá permitir que o LATEX acesse automaticamente qualquer fonte instalado no
sistema e que esteja nos formatos usuais (.otf e .ttf) permitindo que a aparência dos documentos
gerados pelo LATEX seja similar à dos textos gerados pelos editores tipo “office”, se assim for
desejado.

2.7 Capítulos, seções, apêndice etc


A inserção de capítulos em LATEX é feita pelo comando \chapter, que tem como parâmetro o nome
do capítulo como, por exemplo, \chapter{Nome do capítulo}. Não é necessário colocar o número
do capítulo pois o LATEX o insere automaticamente.
2.7 Capítulos, seções, apêndice etc 23

Para que o capítulo possa ser facilmente citado ao longo do restante do texto, deve-se usar o
comando \label imediatamente após a definição do capítulo. O parâmetro do comando \label
corresponde a um nome lógico que será usado para citar o capítulo ao longo do restante do texto,
por exemplo, \label{cap:LatexBasico}. Para citar este capítulo no restante do texto basta usar
o comando \ref que tem como parâmetro o nome lógico escolhido para o capítulo. No nosso
exemplo seria \ref{cap:LatexBasico}. Desta forma, se for inserido um capítulo antes do capítulo
que está sendo definido, nada no texto original precisará ser alterado pois o número do capítulo
não foi usado para citá-lo, apenas o nome lógico dado pelo comando \label.
Por exemplo:
\ documentclass [12 pt ]{ r e p o r t }
...
\ b e g i n { document }
...
\ c h a p t e r {Noç õ e s Bá s i c a s } \ l a b e l { c a p : NocBas }
...
\ c h a p t e r {Noç õ e s Avan ç a d a s } \ l a b e l { c a p : NocAv}
Como j á t í nhamos v i s t o no c a p í t u l o \ r e f { c a p : NocBas } ,
o s a r q u i v o s em . . .
...
\ end { document }
Note que o nome do primeiro capítulo é “Noções Básicas” que está identificado como “cap:NocBas”
pelo comando \label. A escolha do nome lógico para o capitulo é arbitrária, mas devem ser usados
preferencialmente números e letras pois alguns caracteres especiais podem não ser adequados,
especialmente quando for utilizado o pacote babel. Uma notação usual é iniciar o nome lógico
pelo tipo a que se refere (pois o mesmo comando \label pode ser usado em capítulos, partes, seções,
subseções, equações, teoremas, tabelas, figuras etc) separado por dois pontos dos caracteres que
identificam o capítulo. No nosso exemplo “cap” se refere a capítulo e “NocAv” se refere ao
capítulo específico. O número do capítulo é citado ao longo do texto através do comando \ref que
tem como parâmetro o nome lógico associado ao capitulo.
Se não se desejar numerar o capítulo deve-se usar o comando \chapter* ao invés de \chapter. Por
vezes este artifício é usado para incluir a introdução do trabalho com a forma de capítulo mas sem
ser numerada como, por exemplo, neste trabalho.
Os livros, teses, dissertações, monografias costumam ser impressos em frente e verso e, por isto,
costuma-se iniciar capítulos na página da direita. Para isso, se necessário, é incluída uma página
totalmente em branco. Isto pode ser feito automaticamente no LATEX através do uso da opção
“openright” na chamada da classe. No entanto, para que este comando seja ativado, é necessário
que seja usada a opção “twoside” para a classe do documento, pois os desenvolvedores das classes
entenderam que somente os documentos projetados para serem impressos em frente e verso tem a
necessidade de forçar que o início de cada capítulo seja na página que se situa no lado direito do
livro/tese/dissertação/apostila. Na Seção 2.3 é apresentado exemplo do uso desta opção.
O(s) apêndice(s) tem uma estrutura similar aos capítulos, apenas com uma forma de numeração
24 2. LATEXBásico

diferente (geralmente letras maiúsculas) . Para incluir um ou mais apêndice(s) no LATEX deve-se
usar o comando \appendix, para indicar o início dos apêndices e, a seguir, incluir os apêndices
como se fossem capítulos usando o comando \chapter.
As classe “article” e similares, que são usadas para escrever artigos para revistas, não possuem
capítulos e, portanto, o comando \chapter não se aplica. O comando equivalente é \section. A
inclusão de apêndice(s) pode ser feita de forma análoga, usando o comando \appendix e, a seguir,
os comandos \section.
Tem-se diversos outros comandos similares ao comando \chapter para definir partes, seções,
subseções etc. O seu uso é completamente análogo ao do comando \chapter e serão citados aqui
somente os nomes dos comandos. Para inserir uma parte de um livro usa-se o comando \part, para
inserir uma seção de um livro, monografia, dissertação, artigo pode-se usar o comando \section.
Analogamente tem-se os comandos \subsection, \subsubsection, \paragraph e \subparagraph.
Tipicamente, um capítulo pode ter várias seções e cada uma desta pode ter várias subseções e
assim por diante.

2.8 Título, sumário, listas de tabelas e de figuras

O LATEX possui comandos específicos para inserir, de forma automática, diversos componentes
de livros, teses, dissertações e até mesmo artigos. A forma de apresentação destes componentes
depende da classe escolhida. Por exemplo, o título em um livro deverá ocupar uma página, enquanto
que em um artigo deverá ocupar a(s) primeira(s) linha(s) do texto. No entanto os comandos para
definir e inserir estes componentes (onde for cabível) são os mesmos, o que facilita sobremaneira
a conversão de uma classe para outra, respeitando-se o objetivo de cada uma.
A inclusão do título de um trabalho se faz em duas etapas: na primeira são definidos o título,
autores, data etc e na outra indica-se ao LATEX que o título deverá ser incluído naquele ponto.
Normalmente é o primeiro texto a ser incluído, mas isto não é obrigatório.
Para fornecer as informações para o título tem-se os comandos \title, \author e \date. Usualmente
estes comandos são incluídos no preâmbulo, isto é, antes do comando \begin{document}. Por
exemplo, neste trabalho seriam usados os seguintes comandos para definir o título, autores e data,
respectivamente
\title{Introdução ao uso do LaTeX }
\date{Fevereiro 2012 - Versão 1.0}
\author{Ivo F. Lopez \and M. D. G. da Silva}
Se não desejar incluir a data no título, basta usar o comando \date{}. Se o comando \date não for
incluído, a data que será inserida será o dia em que foi feita a compilação. O mesmo se usar o
comando \date{\today}.
O comando \and utilizado na definição dos autores serve para separar os autores do trabalho.
Pode-se, também, inserir uma nota de rodapé relativa aos autores, que é útil, por exemplo, para
2.8 Título, sumário, listas de tabelas e de figuras 25

incluir o endereço de correio da cada autor ou a instituição em que cada um trabalha. Para isto
basta acrescentar o comando \thanks dentro do comando \author como, por exemplo, em

\author{Ivo Lopez \thanks{[email protected]} \and M. da Silva \thanks{[email protected]}}

Para incluir o título do trabalho propriamente dito, basta usar o comando \maketitle na posição do
texto desejada. Em geral, este é o primeiro comando após o \begin{document}.

O formato do título adotado pela classe pode ser excessivamente simples e alguns autores preferem
gerar o seu próprio formato do título. Neste caso, pode ser usado o ambiente “titlepage” que
permite grande liberdade na formatação da página do título. No WikiBooks [Contribuidores do
Wikibooks, Latex/Title] tem um bom exemplo do uso deste ambiente.

Da mesma forma que o título, o sumário (isto é, a(s) página(s) que contém os nomes dos capítulos,
seções e indica a página do trabalho em que cada um destes se inicia) pode ser incluído de forma
muito simples no LATEX. Para isto basta acrescentar o comando \tableofcontents no local desejado,
usualmente imediatamente antes da introdução ou do primeiro capítulo, caso não haja introdução.
Muitas vezes a introdução do texto não é definida como um capítulo e, por isso, não está incluída
no sumário. Uma solução para isto é utilizar o comando \addcontentsline.

Por exemplo, para incluir uma introdução de um livro com formato similar ao de um capítulo sem
numeração usa-se o comando \chapter*. No entanto, capítulos não numerados não aparecem no
sumário. Para incluir a introdução no sumário deve-se fazer algo similar a

\ documentclass . . .
...
\ b e g i n { document }
...
\ tableofcontents
...
\ c h a p t e r *{ I n t r o d u ç ã o }
\ a d d c o n t e n t s l i n e { t o c }{ c h a p t e r }{ I n t r o d u ç ã o }
...
\ c h a p t e r {Noç õ e s Bá s i c a s }
...
\ end { document }

Uma estrutura com comandos similares a este exemplo está sendo usada neste trabalho. Ob-
serve que a Introdução tem o mesmo formato de um capítulo mas não está numerada e que no
sumário deste trabalho aparece uma linha correspondente à Introdução, inserida pelo comando
\addcontentsline.

A inserção de listas de tabelas e listas de figuras é feita pelos comandos \listoftables e \listoffigures.
26 2. LATEXBásico

2.9 Geometria da página, espaçamento entre linhas


Muitas vezes tem-se a necessidade de alterar o tamanho da área utilizada pelo LATEX para o texto
do trabalho, seja porque o tamanho da folha não é padrão (isto ocorre quando o objetivo é fazer
um livro ou mesmo para atender à padronização de uma tese) seja porque achou-se que ar margens
padrão eram pequenas ou grandes. Recomenda-se alguma cautela com a alteração do tamanho
das margens pois os textos com muitos caracteres por linha ou muitas linhas por página são mais
difíceis de ler e aumentam o cansaço do leitor. Por exemplo, neste texto foi utilizada a classe
“book” mas esta tem margens consideradas grandes para as folhas em formato A4. Para reduzir o
número de páginas deste trabalho aumentamos a largura e a altura da região do texto, procurando
usar valores moderados, para não reduzir significativamente o conforto do leitor. Uma redução
adicional das margens tornaria a leitura cada vez mais cansativa. Por outro lado, se forem usadas
margens muito grandes na tentativa de aumentar o número de páginas do texto (algo comum em
monografias...) a leitura do texto fica desagradável pois a todo momento tem-se de passar para a
linha seguinte além de prejudicar a estética pois o LATEX deixará um espaço maior entre as letras
nas linhas em que não conseguir acomodar a palavra seguinte.
O controle das margens no LATEX é relativamente complexo pois são muitos os comprimentos
que necessitam ser alterados. Um pacote muito útil para definir a geometria das páginas é o
pacote “Geometry” [Umeki, Package geometry ] desenvolvido por Hideo Umeki. Este pacote
veio simplificar substancialmente o procedimento pois informa-se apenas o que se deseja alterar
e o LATEX cuida de recalcular todos os comprimentos não informados. O número de opções do
“geometry” é muito grande e serão descritas aqui as mais importantes.
Os parâmetros do pacote “geometry” podem ser fornecidos na chamada do pacote ou no comando
\geometry, que deve ser usado no preâmbulo. Os exemplos
\ u s e p a c k a g e [ a 4 p a p e r , t e x t w i d t h =162mm, t e x t h e i g h t =220mm] { g e o m e t r y }

e
\ usepackage { geometry }
\ g e o m e t r y { a 4 p a p e r , t e x t w i d t h =162mm, t e x t h e i g h t =220mm}

são equivalentes. Por sinal, estas são as dimensões das áreas de texto utilizadas neste trabalho.
Tem-se aqui as seguintes opções mais relevantes:
• Tamanho da folha para formatos padrão - os tamanhos mais usuais são o “a4paper”, “a5paper”
e “letterpaper”. Pode-se usar somente o nome ou incluir a palavra-chave paper, por exemplo
“paper=a4paper” ou simplesmente “a4paper” são equivalentes. Usualmente o tamanho da
folha é especificado no comando que define a classe do documento (\documentclasss) e,
neste caso, não é necessário informar novamente;
• Tamanho da folha especificado - nas situações em que o tamanho da folha desejado não
coincide com os tamanhos padrão, deve-se informar a altura e largura da folha. O tamanho
A4 no formato de retrato é equivalente a “paperwidth=210mm, paperheight=297mm”;
2.9 Geometria da página, espaçamento entre linhas 27

• Tamanho da área de texto - a área de texto é a área que será ocupada pelo texto, sem incluir
rodapé e cabeçalho. As palavras-chave são “textheight” e “textwidth”, que indicam a altura
e largura da área de texto, respectivamente. Um exemplo de uso é:
“textwidth=162mm, textheight=220mm”;
• Formatação das páginas - para imprimir usando frente e verso, as margens das páginas
ímpares devem ser diferentes das margens das páginas pares. Neste caso deve-se usar a
palavra-chave “twoside”. Em geral, esta opção pode ser definida quando da escolha da
classe no comando \documentclasss e, neste caso, não é necessário informar novamente.
• Relação entre as larguras das margens laterais - o LATEXestabelece margens laterais distintas
para o lado esquerdo e o direito da folha (caso não se use a opção “twoside”) ou para o lado
interno e externo (caso se utilize a opção “twoside”). Em geral os profissionais responsáveis
pelo projeto gráfico de livros preferem que a margem interna (junto à lombada) tenha largura
menor que a margem externa, por questões estéticas. No entanto, muitas vezes se utiliza
parte da margem interna para grampear as folhas (ou colocação de espiral) e o resultado
pode ser uma margem interna mínima e uma margem externa comparativamente muito
grande. O padrão da classe “book” do LATEX é usar uma margem externa maior resultando,
em alguns casos, no problema relatado, especialmente para apostilas ou livros eletrônicos
como este. A palavra-chave “hmarginratio” permite especificar a razão desejada entre a
margem interna e a margem externa (se usar opção “twoside”) ou esquerda e direita (se não
usar opção “twoside”). Por exemplo, “hmarginratio=4:3” estabelece uma relação entre as
margens interna e externa de quatro para três (usar sempre valores inteiros). Neste trabalho
utilizamos “hmarginratio=1:1” que indica que as margens interna e externa tem a mesma
largura. O comando “vmarginratio” é análogo e expressa a relação entre a margem superior
e a inferior.
• Orientação da página - a página pode estar orientada no formato usual de retrato ou no
formato de paisagem. Estas opções são denotadas, respectivamente, “portrait” e “landscape”.
Da mesma forma que opções anteriores, esta pode ser definida quando da escolha da classe
no comando \documentclasss e, neste caso, não é necessário informar novamente;
• Margens - pode-se especificar as margens que serão deixadas. Um exemplo é
“lmargin=20mm,rmargin=20mm, tmargin=20mm,bmargin=20mm”, que correspondem,
respectivamente, às margens esquerda (“left”), direita (“right”), topo (“top”) e base (“bot-
tom”). O uso das opções de ‘textwidth” e ‘textheight” são preferíveis pois o pacote distribui
o espaço livre automaticamente.
Algumas vezes deseja-se que algumas folhas específicas do trabalho tenham margens diferentes
como, por exemplo, para incluir uma folha com uma tabela que por pouco não cabe na área de texto.
Neste caso, o pacote “geometry” permite redefinir seus parâmetros a partir de um certo ponto
do texto usando o comando \newgeometry que tem sintaxe igual à do comando \geometry. No
entanto, o comando \newgeometry não permite alterar o tamanho do papel e nem a orientação (mas
permite alterar as margens). Pode-se retornar à geometria padrão da página usando o comando
\restoregeometry
No LATEX pode-se controlar o espaçamento entre linhas dentro de um mesmo parágrafo e o
28 2. LATEXBásico

espaçamento entre linhas pertencentes a dois parágrafos distintos. Além disso, pode-se controlar
o espaçamento entre linhas de listas, tabelas etc. O pacote “setspace” é indicado para alterar o
espaçamento entre linhas de forma simples. Se o pacote for chamado no preâmbulo, pode-se
utilizar os seguintes comandos ao longo do texto: \singlespacing, \onehalfspacing e \doublespacing.
O primeiro indica que, a partir do ponto em que é inserido, o espaçamento entre linhas será simples.
Analogamente, o segundo indica que o espaçamento será de uma linha e meia e o último que
o espaçamento será de duas linhas. Para espaçamentos intermediários pode-se usar o comando
\setstretch. Por exemplo, o comando \setstretch{1.5} é equivalente ao comando \onehalfspacing.
Um documento com espaçamento duplo teria o seguinte formato geral
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { setspace }
...
\ b e g i n { document }
\ doublespacing
...
\ end { document }

Se preferir que o documento tenha um espaçamento duplo entre linhas de parágrafos diferentes e
não indente os parágrafos, isto é, o parágrafo se inicia na margem esquerda, pode-se usar o pacote
“parskip”, através do comando \usepackage{parskip} inserido no preâmbulo. Não há necessidade
de parâmetros. Este pacote está sendo usado neste trabalho.
Os textos em inglês geralmente não indentam o primeiro parágrafo de um capítulo ou seção e, por
isso, o LATEX faz isto automaticamente. No entanto, a tradição nos países de língua latina é de
indentar todos os parágrafos e, para que o LATEX gere o trabalho desta forma é necessário usar o
pacote ‘indentfirst” através do comando \usepackage{indentfirst} inserido no preâmbulo.

2.10 Numeração e formatação das páginas, notas de rodapé


Em um livro, tese ou dissertação muitas vezes tem-se páginas sem numeração alguma, páginas
numeradas em algarismos romanos e páginas numeradas em algarismos arábicos. Neste trabalho, a
numeração das páginas se inicia no sumário em algarismos romanos e, após este, reinicia em alga-
rismos arábicos. Este tipo de comportamento pode ser obtido usando o comando \pagenumbering.
Este comando tem como parâmetro o tipo de numeração que pode ser: ‘arabic”, “roman”, ‘Roman”,
“alph” e “Alph”. Estas opções significam numeração em algarismos arábicos, algarismos romanos
em minúsculas, algarismos romanos em maiúsculas, alfabética em minúsculas e alfabética em
maiúsculas. Um exemplo é \pagenumbering{roman}.
Para não numerar as páginas pode ser usando o comando \pagestyle{empty}. Este indica que o
estilo de todas as páginas que seguem a inclusão do comando contém somente o texto da página.
Posteriormente é possível trocar este estilo para um estilo padrão através do uso do comando
\pagestyle{plain}. Este estilo de página inclui, além do texto, a numeração da página. O comando
2.11 Principais pacotes 29

\pagestyle{headings}inclui, além da numeração da página, o cabeçalho definido pela classe que


está sendo usada,. Por exemplo, neste texto o cabeçalho corresponde ao nome do capítulo atual.
O comando \thispagestyle tem sintaxe igual à do comando \pagestyle mas se aplica somente à
página em questão, não se aplicando às páginas seguintes, como ocorre com o \pagestyle.
Para alterar o número de uma página pode-se usar o comando \setcounter. Neste comando define-se
o tipo do contador a alterar e o seu valor. Para indicar que a página atual é a página 6, por exemplo,
usa-se o comando \setcounter[page]{6}.
Diversos outros contadores podem ser alterados através do uso do comando \setcounter. São
eles: part, chapter, section, subsection, subsubsection, paragraph, subparagraph, figure, table,
footnote, mpfootnote, equation, page, enumi, enumii, enumiii, enumiv, com nomes, em geral,
auto-elucidativos (os “enum” correspondem a itens do ambiente “enumerate”)
A inserção de notas de rodapé em um texto é feita através do comando \footnote que tem como
parâmetro a nota a ser inserida no rodapé. A inserção propriamente dita e a numeração é feita
pelo LATEX podendo ser configurada. Um exemplo de uso da nota de rodapé seria \footnote{Esta é
uma nota de rodapé}.

2.11 Principais pacotes


O total de pacotes disponíveis em um distribuição LATEX é gigantesco (cerca de 1600). Nesta
Seção, serão apresentados os pacotes que são utilizados com mais frequência. Alguns destes
tiveram seu uso detalhado anteriormente ou serão detalhados posteriormente, mas são incluídos
aqui para que a Seção fique mais completa. A maior parte dos pacotes citados nesta Seção devem
ser usados com muita frequência. Na maioria absoluta dos textos escritos em LATEX pelos autores
os pacotes abaixo são usados.
• Pacotes da AMS. Estes pacotes contêm diversas extensões para o LATEX extremamente
úteis para digitar textos matemáticos. Por exemplo: inclui os símbolos para números
reais, inteiros complexos, etc. Tem, também, diversos ambientes para facilitar a edição de
equações, sistemas, matrizes, expressões que não cabem em uma linha etc. Recomenda-se
o seu uso em todos os textos matemáticos, especialmente os pacotes amsmath e amssymb.
Podem ser chamados através do comando:
\ u s e p a c k a g e { amsmath , amssymb , amsthm , a m s f o n t s }

• Pacote gráfico graphicx. Este pacote é uma evolução do pacote graphics com melhor suporte
e mais opções. Facilita sobremaneira a inclusão de gráficos e figuras no arquivo LATEX (ver
Seção 2.20).
\ usepackage { graphicx }

• Pacote geometry. Este pacote facilita a escolha do tamanho da página, margens a serem
usadas etc. As classes usuais já têm, em geral, boas escolhas para as margens adotadas e,
portanto, recomenda-se evitar alterações substanciais pois o resultado final pode ser um
30 2. LATEXBásico

texto difícil de ler ou esteticamente desagradável. Pode ser chamado já definindo parte da
geometria ou sem nenhum parâmetro. Neste último caso pode ser usado posteriormente o
comando \geometry. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes sobre o uso deste pacote;
• Pacote color para gerar arquivos com letras coloridas. Mesmo quando se deseja que o texto
final seja em branco e preto, este pacote pode ser utilizado para permitir realçar partes do
texto para que um outro autor ou revisor as identifique. O [Contribuidores do Wikibooks,
LaTeX/Colors] é uma boa referência para aprender a incluir cores, definir cor de fundo, usar
cores pré-definidas ou definir novas cores. Um exemplo simples de uso é:
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { color }
....
\ b e g i n { document }
...
a s o l u ç ã o { \ c o l o r { r e d } do p r o b l e m a a c i m a } é . . .
...
\ end { document }

• Pacote babel. Este pacote serve para definir o idioma em que está escrito o texto. Com isso,
a separação silábica é feita corretamente e diversos títulos implementados pelo LATEX são
apresentados no idioma correto (por exemplo: figura ao invés de figure, tabela ao invés de
table etc).
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }

Na Seção 2.5 tem-se uma descrição detalhada sobre o uso do pacote babel.
• Pacote inputenc. A questão do “encoding” é uma questão muito importante. Tradicional-
mente as letras e símbolos das línguas latinas eram armazenadas nos arquivos segundo o
“encoding” latin1 (ou ISO8859-1, ou o similar Windows-1252). Neste “encoding”, cada
caractere armazenado ocupa um único byte, isto implica que tem-se, no máximo, 256 carac-
teres distintos. Por isso mesmo, não é possível dar suporte a todas os idiomas e nem mesmo
a todos os idiomas com caracteres latinos. Uma das soluções encontradas para utilizar o
mesmo “encoding” para todas os idiomas foi permitir que caracteres “especiais” sejam
armazenados ocupando mais de um byte. Usando este método o “encoding” que prevaleceu
foi o UTF-8. Atualmente a maioria dos portais de Internet mais acessados usa o “enconde”
UTF-8 (por exemplo: google, microsoft, facebook, twitter), da mesma forma que o formato
.docx do Word.
O pacote “inputenc” define o “encoding” que está sendo usado no arquivo .tex. Nos arquivos
antigos e boa parte dos arquivos editados no Windows o “encoding” é o latin1. No Linux a
maioria dos arquivos de texto usa “encoding” UTF-8. Os autores acreditam que a adesão
dos usuários de LATEX ao UTF-8 será progressiva e rápida e recomendam o seu uso desde já
(ver observações sobre o LuaTeX na Seção 2.6). O editor TeXMaker tem suporte a ambos
2.11 Principais pacotes 31

os encodings, mas outros editores, menos atualizados, podem não ter suporte ao encoding
UTF-8. Os exemplos válidos são, então,
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
ou
\ usepackage [ l a t i n 1]{ inputenc }

As primeiras versões dos programas TEX/LATEX usavam somente os símbolos ASCII e,


portanto, não necessitavam definir nenhum “encoding”. Por outro lado, a acentuação dos
caracteres era feita combinando comandos de acentuação com letras, o que dificultava a
digitação dos textos. Na Seção 2.22.2 mostra-se como fazer as acentuações em português
segundo o esquema original do TEX/LATEX e se discute suas vantagens/desvantagens. Os
autores deste texto não recomendam o seu uso, pelo motivos expostos naquela Seção.
Se for utilizado o LuaTeX ao invés do TEX , este pacote não deverá ser usado pois o LuaTeX
tem como padrão a edição do arquivo .tex com o “encoding” UTF-8 (ver discussão na Seção
2.6).
• Pacote fontenc. Este pacote define o tipo de fonte que será gerado pelo latex (ou pdflatex).
O fonte tipo T1 é um fonte escalonável que tem melhor suporte a idiomas com acentos.
Recomenda-se incluir esta chamada em todos os arquivos pois o fonte padrão do TEX pode
não ter boa apresentação na tela ou mesmo na impressora, dependendo da resolução desta.
Este pacote deve ser substituído pelo pacote “fontspec” caso seja utilizado o LuaTeX (ver
discussão na Seção 2.6).
\ usepackage [T1]{ fon tenc }

• Pacote float. Este pacote fornece mais opções para definir o posicionamento de figuras e
tabelas ao longo do texto. As Seções 2.19 e 2.21 tratam da inserção de figuras e tabelas
numeradas e abordam o uso do pacote float.
\ usepackage { f l o a t }

• Pacote setspace. Permite que o espaçamento entre linha possa ser alterado ao longo do
texto através de um único comando. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes sobre o uso deste
pacote;
\ usepackage { setspace }

• Pacote parskip. Faz com que o documento tenha um espaçamento duplo entre linhas de
parágrafos diferentes e não indente os parágrafos, isto é, o parágrafo se inicia na margem
esquerda. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes sobre o uso deste pacote;
\ usepackage { parskip }

• Pacote indentfirst. As normas de apresentação de relatórios e artigos americanas definem


que o primeiro parágrafo de um capítulo ou seção não deve ser alinhado como parágrafo.
No entanto, esta não é a prática usual na maioria dos países. Este pacote faz com que o
32 2. LATEXBásico

primeiro parágrafo seja alinhado como parágrafo. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes
sobre o uso deste pacote;
\ usepackage { i n d e n t f i r s t }

• Pacote microtype. Este pacote faz pequenos ajustes na distribuição, tamanho e forma das
letras em cada linha de maneira que o texto esteja alinhado à esquerda e à direita simultane-
amente sem introduzir espaçamento excessivo entre as palavras e com uma apresentação
agradável, facilitando a leitura. O seu uso é sempre indicado. Este pacote é relativamente
recente. Em fevereiro de 2012 o suporte ao LuaTeX era feito na versão beta (ver discussão
na Seção 2.6).
\ usepackage { microtype }

2.12 Símbolos matemáticos


A seguir tem-se uma lista parcial com as letras gregas e diversos dos comandos matemáticos mais
utilizados.
\alpha 𝛼 \beta 𝛽 \gamma 𝛾
\delta 𝛿 \epsilon 𝜖 \varepsilon 𝜀
\theta 𝜃 \vartheta 𝜗 \tau 𝜏
\pi 𝜋 \varpi 𝜛 \upsilon 𝜐
\phi 𝜙 \varphi 𝜑 \kappa 𝜅
\rho 𝜌 \varrho 𝜚 \lambda 𝜆
\chi 𝜒 \mu 𝜇 \sigma 𝜎
\varsigma 𝜍 \psi 𝜓 \zeta 𝜁
\nu 𝜈 \omega 𝜔 \eta 𝜂
\xi 𝜉 \Gamma Γ \Lambda Λ
\Phi Φ \Psi Ψ \Delta Δ
\Xi Ξ \Upsilon Υ \Omega Ω
\Theta Θ \Pi Π \Sigma Σ
\nabla ∇ \partial 𝜕 \prime ′
\infty ∞ \emptyset ∅ \varnothing ∅
\int ∫ \iint ∬ \iiint ∭
\oint ∮ \sum ∑ \prod ∏
\mapsto ↦ \longmapsto ⟼ \rightarrow →
\longrightarrow ⟶ \leftarrow ← \longleftarrow ⟵
\Rightarrow ⇒ \Longrightarrow ⟹ \Leftarrow ⇐
\Longleftarrow ⟸ \leftrightarrow ↔ \longleftrightarrow ⟷
\Leftrightarrow ⇔ \Longleftrightarrow ⟺ \rightharpoonup ⇀
\rightharpoondown ⇁ \leftharpoonup ↼ \leftharpoondown ↽
\rightleftharpoons ⇌ \hookleftarrow ↩ \hookrightarrow ↪
\uparrow ↑ \downarrow ↓ \Uparrow ⇑
\Downarrow ⇓ \updownarrow ↕ \Updownarrow ⇕
2.12 Símbolos matemáticos 33

\leadsto \nearrow ↗ \searrow ↘


\nwarrow ↖ \swarrow ↙ \pm ±
\mp ∓ \oplus ⊕ \otimes ⊗
\bigoplus ⨁ \bigotimes ⨂ \times ×
\div ÷ \ast ∗ \star ⋆
\circ ∘ \wedge ∧ \vee ∨
\neg ¬ \cap ∩ \bigcap ⋂
\cup ∪ \bigcup ⋃ \neq ≠
\leq ≤ \geq ≥ \leqslant ⩽
\geqslant ⩾ \ll ≪ \gg ≫
\equiv ≡ \approx ≈ \simeq ≃
\sim ∼ \subset ⊂ \supset ⊃
\exists ∃ \nexists ∄ \forall ∀
\in ∈ \notin ∉ \cdots ⋯
\ddots ⋱ \vdots ⋮ \ldots …

Muitas vezes são necessários ornamentos em um grupo de caracteres. Neste caso, temos as
seguintes opções (todas em ambiente matemático):
\widetilde{xxx} 𝑥􀈺
𝑥𝑥 􀈶
\widehat{xxx} 𝑥𝑥𝑥
\overline{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underline{xxx} 𝑥𝑥𝑥
􀉑
\overbrace{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underbrace{xxx} 𝑥𝑥𝑥
􀉔

􀃙
\overleftarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underleftarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
⃮􀀂􀀂􀀂
􀃝
\overrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
􀀂􀀂􀀂⃯
⃖􀆨⃗ \underleftrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
\overleftrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
← →
_
\overarc{xxx} xxx \underarc{xxx} xxx.
^
Os dois últimos comandos (\overarc e \underarc) necessitam que o pacote arcs tenha sido chamado
no preâmbulo (comando \usepackage{arcs}).
Decorações semelhantes estão disponíveis para um caractere apenas (todas em ambiente matemá-
tico):
\tilde{x} 𝑥̃ \dot{x} 𝑥̇ \ddot{x} 𝑥̈
\hat{x} 𝑥̂ \check{x} 𝑥̌ \breve{x} 𝑥̆
\acute{x} 𝑥́ \grave{x} 𝑥̀ \mathring{x} 𝑥̊
\bar{x} 𝑥̄ \vec{x} ⃗𝑥 \not{x} 𝑥̸

Uma situação bastante comum ocorre quando queremos colocar dois textos e/ou operadores
um sobre o outro. Neste caso, pode-se usar o comando \stackrel que tem dois parâmetros. O
primeiro corresponde ao que desejamos colocar no topo e o outro ao que desejamos colocar
34 2. LATEXBásico

na base. O texto no topo tem tamanho menor que o texto na base. Por exemplo, o comando
\stackrel{(5)}{\Longrightarrow} (em modo matemático) gera no arquivo .pdf de saída o símbolo
(􀁲)
⟹. Se houver necessidade de agrupar verticalmente de uma forma mais elaborada (por exemplo,
com um termo acima e outro abaixo simultaneamente), pode-se usar os comandos definidos
no pacote stackrel. Note-se que o comando \stackrel não necessita deste pacote, pois está na
especificação do LATEXoriginal.
Uma relação bastante completa de símbolos matemáticos pode ser vista no wikibook sobre LATEX
[Contribuidores do Wikibooks, LateX/Mathematics], ou em uma página dedicada a estudantes de
matemática [AoPSWiki, Art of Problem Solving].

2.13 Subscritos, sobrescritos, funções pré-definidas


Ao editar textos matemáticos em LATEX tem-se frequentemente a necessidade de utilizar subscritos
e/ou sobrescritos. Para incluir subscritos basta usar o caractere _ seguido do texto a ser incluído
como subscrito (este deve estar entre chaves). Para incluir sobrescritos o procedimento é similar
apenas trocando o caractere _ por ∧.
Por exemplo, o trecho de texto “ a equação $x^{2}-3x+2=0$ tem como raízes $x_{1}=2$
e $x_{2}=3$” é apresentado no arquivo .pdf da seguinte forma: “... a equação 𝑥􀁯 −3𝑥+2 = 0 tem
como raízes 𝑥􀁮 = 2 e 𝑥􀁯 = 3” . O uso das chaves não é obrigatório se o subscrito (ou sobrescrito)
tiver um caractere apenas.
As frações também aparecem constantemente nos textos matemáticos. O comando adequado é
o \frac que tem dois parâmetros. O primeiro é o numerador e o segundo o denominador. Por
𝑥+􀁮
exemplo, o trecho \frac{x+1}{x+3} é apresentado no arquivo .pdf como 𝑥+􀁰 . Note que a fração
tem tamanho reduzido pois o LATEX evita alterar demasiadamente o espaçamento entre linhas.
Para representar a fração no seu tamanho normal, deve-se usar o comando \dfrac com a mesma
𝑥+1
sintaxe. O trecho \dfrac{x+1}{x+3} ficaria como . Quando a expressão matemática aparece
𝑥+3
em um “display” os comandos \frac e \dfrac são equivalentes ambos representando a fração no
seu tamanho normal.
O símbolo de raiz é obtido através do comando \sqrt que tem como parâmetro o radicando. Por
exemplo, a raiz quadrada de 𝑥 + 2 é incluída no texto em LATEXcomo \sqrt{x+2} e aparece no
arquivo de saída como √𝑥 + 2. Para índices diferentes de 2 pode-se usar \sqrt[3]{x+2} que aparece
no arquivo de saída como √𝑥 + 2.
􀁺

Caso se queira, dentro de um ambiente matemático, inserir um texto com o fonte padrão, deve-se
usar o comando \text, cujo parâmetro é o texto a ser incluído. Ao contrário do modo matemático,
a presença de espaços no argumento do comando \text é respeitado como se fosse um texto usual.
Por exemplo, o trecho “$f(x)=5 \text{ para todo }x\in[0,5]$” aparece no arquivo .pdf
como “𝑓(𝑥) = 5 para todo 𝑥 ∈ [0, 5]”.
Frequentemente tem-se frações no interior dos pares de parêntesis e o tamanho destes deve ser
2.13 Subscritos, sobrescritos, funções pré-definidas 35

compatível com a fração. Para que o LATEX insira o parêntesis com o tamanho adequado, deve-se
abrir o parêntesis com o comando \left( e fechá-lo com o comando \right). De forma similar
tem-se, também, \left[, \right], \left<, \right>, \left|, \right|. Se não quiser colocar nada para
fechar no lado direito pode-se usar \right. (pode ser usado, por exemplo para “fechar” uma chave
relativa a um sistema de equações). Para colocar uma expressão entre chaves, deve-se usar \left⧵{
e \right\{ (a barra invertida antes da chave é para que o LATEX não interprete a chave como se fosse
o início de um bloco de comandos). A barra dupla pode ser obtida através dos comandos \left\| e
\right\| (usualmente adotada para representar normas). O LATEX espera que cada comando \left
seja fechado por um comando \right em cada linha da equação e exibirá um erro caso isto não
ocorra. Na Seção 2.15 tem-se diversos exemplos de uso de parêntesis com tamanho adequado ao
texto matemático que está sendo editado.
O LATEX tem várias funções e/ou operadores pré-definidos. Embora a lista tenha todas as funções
básicas, os seus nomes estão em inglês, o que gera a necessidade de acrescentar novas funções e/ou
operadores seja para colocar o nome em português (por exemplo, seno), seja para complementar a
lista. A digitação do nome da função/operador como se fosse um texto não é correta pois o LATEX
coloca o nome de funções/operadores em letras romanas, ao contrário dos textos em ambiente
matemático, que são inseridos em letras itálicas, como se fossem variáveis. Por exemplo, o código
em LATEX dado por “$cos x\quad\cos x$” será gerado como “𝑐𝑜𝑠𝑥 cos 𝑥” (o comando \quad
insere apenas espaço em branco).
As principais funções pré-definidas são \sin, \cos, \tan, \sec, \csc, \cot, \arccos, \arcsin, \arctan,
\cosh, \sinh, \tanh, \coth, \arg, \deg, \dim, \exp, \ker, \log, \ln.
Para definir uma nova função semelhante a estas, pode-se usar o comando \DeclareMathOperator
que tem dois parâmetros. O primeiro parâmetro é o nome do comando que está sendo criado e o
segundo são os caracteres a serem inseridos. Este comando pode ser inserido em qualquer parte do
texto, mas é preferível que seja incluído no preâmbulo, que é a posição recomendada para novos
comandos. Por exemplo, o comando \DeclareMathOperator{\seno}{sen} cria o comando \seno
que ao ser chamado escreve a função “sen”.
Tem-se, também, funções/operadores especiais, que usualmente utilizam subscritos e/ou sobres-
critos como, por exemplo, os limites. O comando “$\lim_{x\rightarrow 0}\cos x=1$” gera no
arquivo .pdf o seguinte resultado: “lim𝑥→􀁭 cos 𝑥 = 1”. Observe-se que o limite especificado fica
à direita abaixo do comando \lim. Isto porque o LATEX evita incluir linhas no texto que ocupem
um espaço vertical maior que o usual, por isso adapta os comandos de forma a não alterar o
espaçamento vertical. Por outro lado, quando o comando é usado no modo de “display” (texto
matemático isolado em uma ou mais linhas) não existe mais esta necessidade. Por exemplo, o
trecho em LATEX dado por \[ \lim_{x\rightarrow 0}\cos x=1 \] gera o seguinte texto no arquivo
.pdf:
lim cos 𝑥 = 1
𝑥→􀁭

Note-se que o limite passou a ficar imediatamente abaixo do “lim”. Quando se deseja que fique
desta forma mesmo quando o trecho matemático está inserido em uma linha de texto usual, deve-se
usar o comando \displaystyle que indica ao LATEX que o trecho matemático a seguir deve ser incluído
com o mesmo formato que o “display”. Neste caso, o comando “$\displaystyle \lim_{x\rightarrow
36 2. LATEXBásico

0}\cos x=1$” gera no arquivo .pdf o seguinte resultado: “lim cos 𝑥 = 1”. Note-se que a altura
𝑥→􀁭
desta linha de texto foi aumentada quando comparada a outras linhas. O comando \displaystyle
permanece ativo até o fim do modo matemático ou o fim do bloco entre chaves em que se situa.
Outros comandos que tem comportamento igual ao do \lim são: \limsup, \liminf, \max, \min, \sup,
\inf, \det, \gcd e \Pr.
Para criar um novo operador com comportamento similar ao do \lim pode-se usar o comando
\DeclareMathOperator∗. A sintaxe deste comando é igual à do \DeclareMathOperator, descrito
anteriormente.
Tem-se também operadores com representação gráfica própria mas que tem comportamento se-
melhante ao do \lim. São eles: \sum, \prod, \bigcup, \bigcap, \int, \iint, \iiint, \oint que quando
incluídos em uma linha de texto junto com subscrito e/ou sobrescrito se apresentam, respecti-
􀁮􀁭
vamente, como ∏𝑖=􀁭 ∑𝑖=􀁭 ⋃𝐴 ∈􀃇 ⋂𝐴 ∈􀃇 ∫ ∬ ∭ ∮ e, quando incluídos em
􀁮􀁭 􀁮􀁭
𝑖 𝑖 􀁭 𝐷 𝐷 𝛾
um display, ficam da forma
􀁮􀁭 􀁮􀁭 􀁮􀁭
􀈭 􀈪 􀈚 􀈜 􀈧 􀇸 􀇵 􀇲.
𝑖=􀁭 𝑖=􀁭 𝐴𝑖 ∈􀃇 𝐴𝑖 ∈􀃇 􀁭 𝐷 𝐷 𝛾

O uso do comando \displaystyle no texto matemático inserido em uma linha mudaria a representa-
􀁮􀁭 􀁮􀁭 􀁮􀁭
ção para 􀈭 􀈪 􀈚 􀈜 􀈧 􀇸 􀇵 􀇲.
𝑖=􀁭 𝑖=􀁭 𝐴𝑖 ∈􀃇 𝐴𝑖 ∈􀃇 􀁭 𝐷 𝐷 𝛾

Tem-se outros operadores similares como, por exemplo \coprod, \bigoplus, \bigotimes, \bigodot,
\biguplus, \bigsqcup, \bigvee, \bigwedge, \idotsint, que geram, respectivamente, os símbolos

􀈰􀈦􀈍􀈤􀈞􀈓􀈢􀈠􀈧 ⋯􀈧 .

2.14 Exemplos de digitação de matemática em LATEX


Um exemplo mais avançado que utiliza os comando citados anteriormente e mostra a versatilidade
do LATEX para digitação de matemática é dado por:
$\displaystyle\iint_\Omega\vec{F}.d\vec{r} =\oint_{\partial\Omega}
\frac{\partial F_2}{\partial x} -\frac{\partial F_1}{\partial y} dxdy$
𝜕𝐹􀁯 𝜕𝐹􀁮
cujo resultado é 􀇸 ⃗𝐹.𝑑⃗𝑟 = 􀇲 − 𝑑𝑥𝑑𝑦
􀃃 𝜕􀃃 𝜕𝑥 𝜕𝑦
O “$” inicial serve para iniciar o ambiente matemático.
O LATEX considera que os textos matemáticos inseridos em linhas de texto devem ter sua altura
reduzida de forma que a altura da linha com o texto matemático é a mesma que a de todas as
outras linhas. O primeiro comando digitado, \displaystyle, serve para indicar ao LATEX que o
2.14 Exemplos de digitação de matemática em LATEX 37

tamanho do texto matemático deve ser o mesmo que é usado em uma equação isolada em uma
linha (“display”). O uso desta opção no meio de um texto longo não é indicada, pois gera uma
diferença de espaçamento entre linhas consecutivas e, portanto, um trabalho com aparência não
muito agradável. Por outro lado, se este comando for retirado, a expressão matemática fica muito
pequena, dificultando a leitura. Muitas vezes a solução é isolar o texto matemático em uma linha
específica.

O comando \iint insere uma integral dupla. O “_” a seguir indica que o símbolo/comando que
o segue deve ser apresentado como um subscrito. Se o texto a ser apresentado em subscrito
contiver mais de um caractere, estes devem ficar entre chaves. O comando \vec coloca uma
seta sobre o seu parâmetro. O comando \oint insere o símbolo de integral em curva fechada, o
comando \partial insere o símbolo de derivada parcial e o comando \Omega insere a letra grega
maiúscula correspondente. Finalmente, o comando \frac indica que os dois parâmetros que o
seguem são numerador e o denominador da fração (ambos ficam entre chaves). O comando \dfrac
é similar ao \frac, apenas assegura que a fração não será escrita com o fonte em tamanho pequeno,
independente de ter usado o comando \displaystyle. A utilização do \dfrac elimina, em muitos
casos, a necessidade de usar o \displaystyle.

A seguir tem-se uma tabela com exemplos de pequenas expressões matemáticas usando os coman-
dos definidos nas duas Seções anteriores e que serão analisadas a seguir. Estas expressões devem
ser digitadas em ambiente matemático (entre cifrões ou em um “display”).

Código LATEX Resultado

−𝑏 ± √𝑏􀁯 − 4𝑎𝑐
a \frac{-b \pm \sqrt{b^2-4ac}}{2a}
2𝑎
sen 𝑥
b \tan x= \frac{\sen x}{\cos x} tan 𝑥 =
cos 𝑥
𝑓(𝑎 + ℎ) − 𝑓(𝑎)
c \lim_{h\rightarrow 0} \frac{f(a+h)-f(a)}{h} lim
ℎ→􀁭 ℎ

d \int_{0}^{\infty} 3^{-x}\, dx 􀈧 3−𝑥 𝑑𝑥
􀁭

e \overline{a+bi} =a-bi 𝑎 + 𝑏𝑖 = 𝑎 − 𝑏𝑖
𝑛
⎧ 𝑥 ⎫
⎪ 􀊃 𝑥+􀁮 􀊆 ⎪
⎪ ⎪
f \left\{\frac{\bigl(\frac{x}{x+1}\bigr)^n}{2^n}\right\} ⎨ ⎬
⎪ 2𝑛 ⎪
⎪ ⎪
⎩ ⎭

g u\stackrel{*}{\longrightarrow} 𝑢⟶0
38 2. LATEXBásico

Os exemplos acima serão detalhados e estendidos.


a. o comando \frac gera uma fração. Quando a expressão matemática está inserida em uma
linha de texto comum (expressão entre “$”) a fração fica em tamanho reduzido para não
ultrapassar a altura da linha. Neste caso, pode-se usar o tamanho normal usando o comando
\dfrac ao invés de \frac. Uma outra opção é usar o comando \displaystyle que faz com que
toda a expressão matemática tenha a mesma altura que nos ambientes de “display”, bastando
inseri-lo logo após o “$” inicial. O comando \frac tem como parâmetros o numerador, que
corresponde à primeira expressão entre chaves e o denominador, segunda expressão entre
chaves. O comando \sqrt corresponde à raiz quadrada e seu parâmetro fica entre chaves. As
chaves podem ser dispensadas quando correspondem a um caractere (ou comando) somente.
Por exemplo, \frac12 representa a fração meio, pois 1 é o numerador e 2 o denominador. A
omissão das chaves pode atrapalhar a legibilidade do código em LATEX. O comando \sqrt pode
ser usado para raízes de outras ordens. Por exemplo, a raiz cúbica de 𝑥 é representada pelo
comando \sqrt[3]{x};
b. O nome das funções em ambiente matemático é escrito com o fonte normal e não com o fonte
usual, como o restante da expressão. O LATEX tem diversas funções pré-programadas e estas
podem ser chamadas usando o comando correspondente ao nome abreviado da função como,
por exemplo, \tan e \cos. No entanto, as funções são programadas com as suas abreviaturas
em inglês e a função seno é abreviada como “sin” e não como “sen” como desejado. Quando
são carregados os pacotes matemáticos da AMS (amsmath e amssymb) é fácil definir novas
funções/operadores. Por exemplo, o comando \DeclareMathOperator{\sen}{sen} define
que o comando \sen escreverá a função “sen” com o fonte normal. É comum definir, de forma
análoga, operador divergente, rotacional etc.
c. O comando \lim permite que o seu subscrito fique imediatamente abaixo do limite e não à
direita abaixo como é usual nos subscritos em LATEX. Quando o limite é inserido em uma linha
comum, o subscrito será inserido à direita abaixo, a menos que tenha sido inserido antes o
comando \displaystyle;
d. O símbolo de integral é dado pelo comando \int. Caso se queira uma integral dupla, ao invés de
incluir duas integrais seguidas, deve-se usar o comando \iint, que aproxima os dois símbolos
de integral e tem uma estética melhor. A integral tripla é dada pelo comando \iiint, o somatório
é dado pelo comando \sum, o produtório pelo comando \prod etc. Note-se neste exemplo
que entre a função sendo integrada e o 𝑑𝑥 utilizou-se um pequeno espaço (comando \,) para
separá-los ligeiramente;
e. Muitas vezes é necessário colocar sobrescritos ou subscritos em caracteres ou grupo de
caracteres. Neste exemplo o comando \overline gerou uma barra sobre a expressão que é
parâmetro do comando. Tem-se diversos outros tipos de decorações com sintaxe equivalente.
f. Nas expressões que envolvem frações e/ou potenciações muitas vezes necessita-se de deli-
mitadores de tamanho adequado à expressão. O LATEX permite isto através do uso dos pares
de comandos \left e \right. Cada um deles deve ser seguido pelo delimitador desejado. Os
delimitadores válidos são “(”, “)”, “[”, “]”, “{”, “}”, “|”, “.” (delimitador vazio),
“\vert” (linha vertical), “\|” (linhas verticais duplas), “/”, “\backslash” (barra inver-
2.15 Ambientes de equações e sistemas 39

tida), “\langle” (símbolo de menor que), “\rangle” (símbolo de maior que) etc. No
exemplo observa-se o uso dos comandos \left e \right para as chaves.
No entanto, os comandos \left e \right não foram adotados para a expressão entre parêntesis,
embora pudessem ser usados. O motivo é que o tamanho dos parêntesis escolhido pelo LATEX
neste exemplo era pequeno o que era menos agradável sob o ponto de vista estético. Nestes
casos, pode-se escolher o tamanho mais adequado ao invés de usar o padrão do LATEX. Isto
é feito aplicando o comando \bigl ao invés do \left e o comando \bigr ao invés do \right,
sendo o restante da sintaxe idêntica ao dos comandos substituídos. Ao contrário do \left que
tenta colocar o delimitador com o tamanho mais adequado, o comando \bigl já especifica
o tamanho do delimitador. Na verdade tem-se uma família de comandos cada um para um
tamanho diferente. São eles, em ordem crescente de tamanho: \bigl, \Bigl, \biggl, \Biggl e
seus análogos para o lado direito.
É importante lembrar que todos os comandos para o lado esquerdo tem de ser “fechados” pelos
seus equivalentes para o lado direito. Mesmo que não se queira usar nenhum delimitador para
o lado direito (por exemplo, em um sistema de equações só é necessária a chave da esquerda),
deve-se usar o comando \right seguido de um ponto (“\right.”), que não insere nenhum símbolo
mas “fecha” o comando \left como desejado;
g. Neste item observa-se o uso do comando \stackrel. Este serve para sobrepor dois símbolos,
utilizando um fonte menor para o símbolo na posição superior. Neste exemplo foram so-
brepostos a seta para a direita com o asterisco. Este comando é bastante útil pois diversas
notações matemáticas utilizam um símbolo sobre o outro. Os comandos \overset e \underset,
disponíveis pelos pacotes amssymb e amsmath tem função e sintaxe similar. O comando
\overset é similar ao comando \stackrel, pois o símbolo acima tem tamanho de fonte menor
que o de baixo. O inverso ocorre com o \underset.

2.15 Ambientes de equações e sistemas


O LATEX tem diversos ambientes que permitem a edição de expressões matemáticas, equações,
sistemas de equações, matrizes etc de forma que ocupem linhas completas, isto é, sem estarem
inseridas no interior de linhas de texto. Desta forma, estas expressões podem aparecer no texto de
uma forma mais limpa, facilitando bastante a leitura e enfatizando o seu conteúdo. Adicionalmente,
pode-se numerar esta expressão e referenciar em outra parte do texto. Como já foi dito, a inserção
de conteúdo matemático em uma linha de texto é realizada pelo uso do símbolo “$”, tanto para
iniciar o conteúdo matemático quanto para encerrá-lo.
A inserção de uma expressão matemática simples, sem numeração, em linha específica para isto
pode ser feita iniciando a expressão por \[ e encerrando por \].
No que segue será feito um apanhado dos ambientes de equações, sem esgotar o assunto. O texto
de Michael Downes [Downes, Short Math Guide for LaTeX ] é uma excelente referência para este
assunto. Os pacotes “amssymb” e “amsmath” devem ser chamados pois alguns dos ambientes e
símbolos recomendados são definidos nestes pacotes (ver Seção 2.11).
40 2. LATEXBásico

O ambiente “equation” serve para definir uma expressão matemática que irá ocupar uma linha
somente. A equação será numerada segundo as regras da classe escolhida. Por outro lado, o
ambiente “equation*” é similar mas a equação não será numerada. O asterisco incluído ao final
faz com que a numeração seja omitida. Esta regra vale de uma forma geral para muitos ambientes
e mesmo comandos do LATEX (um asterisco ao final do nome do ambiente/comando desativa a
numeração associada, quando cabível).
Um exemplo para o uso deste ambiente é
\ b e g i n { e q u a t i o n } \ l a b e l { eq : g r a u 2}
x =\ f r a c {−b \ pm \ s q r t { b ^ 2−4 a c }}{2 a }
\ end { e q u a t i o n }

cujo resultado é da forma

−𝑏 ± √𝑏􀁯 − 4𝑎𝑐
𝑥= . (2.1)
2𝑎
Para citar esta equação basta usar o comando \eqref (disponível nos pacotes da AMS, ver seção
2.11) que utiliza como parâmetro o nome lógico da equação como definido no comando \label
inserido no interior do ambiente “equation”. Por exemplo, se incluir no arquivo .tex o texto “...
usando a solução da equação de segundo grau \eqref{eq:grau2} temos que ...” este apareceria no
arquivo .pdf na forma “… usando a solução da equação de segundo grau (2.1) temos que …”.
Note-se que o ambiente “equation” já é um ambiente matemático e, por isso, não é necessário
incluir o símbolo $ para iniciar ou encerrar o ambiente matemático. Para inserir um texto no
interior de um ambiente matemático, basta usar o comando \text{ texto a ser incluido }, por
exemplo.
Deve-se evitar numerar as equações que não forem citadas posteriormente, para que o texto fique
mais simples facilitando a leitura. Utilizando esta sugestão, cada ambiente “equation” deve conter
um comando \label pois, se não for citar posteriormente o número da equação é melhor usar o
ambiente “equation*”.
A seguir apresentaremos outros ambientes para digitação de equações aplicados a situações mais
específicas que o ambiente “equation”.
Muitas vezes a expressão que se deseja incluir no “display” é tão grande que ultrapassa o limite da
linha. Nestes casos é recomendável separar a expressão ao longo de duas ou mais linhas e um
ambiente adequado para isto é o ambiente “multline” ou “multline*”, conforme se queira numerar
ou não a equação resultante.
Um exemplo para uso deste ambiente é
\ b e g i n { m u l t l i n e } \ l a b e l { eq : m u l t l n }
SF ( f ) = \ f r a c { a _0}{2} + \ sum _{ n = 1 } ^ { \ i n f t y }
\ l e f t ( \ l e f t ( \ i n t _{− l }^{ l } f ( s )
\ c o s \ l e f t ( \ f r a c { n \ p i s }{ l } \ r i g h t ) d s \ r i g h t )
2.15 Ambientes de equações e sistemas 41

\ c o s \ l e f t ( \ f r a c { n \ p i x }{ l } \ r i g h t ) +
\ right .
\\
\ left .
\ l e f t ( \ i n t _{− l }^{ l } f ( s ) \ s e n ( \ f r a c { n \ p i s }{ l } ) d s \ r i g h t )
\ s e n \ l e f t ( \ f r a c { n \ p i x }{ l } \ r i g h t ) \ r i g h t )
\ end { m u l t l i n e }

cujo resultado é da forma


∞ 𝑙
𝑎􀁭 𝑛𝜋𝑠 𝑛𝜋𝑥
𝑆𝐹(𝑓) = + 􀈪 􀊄􀊄􀈧 𝑓(𝑠) cos 􀊃 􀊆 𝑑𝑠􀊇 cos 􀊃 􀊆+
2 𝑛=􀁮 −𝑙 𝑙 𝑙
𝑙 𝑛𝜋𝑠 𝑛𝜋𝑥
􀊄􀈧 𝑓(𝑠) sen 􀊃 􀊆 𝑑𝑠􀊇 sen 􀊃 􀊆􀊇 (2.2)
−𝑙 𝑙 𝑙

Os ambientes de “display” não levam em conta os espaços em branco e nem as mudanças de linha.
As mudanças de linha deste exemplo servem apenas para facilitar a visualização da expressão
(se todas as linhas dentro do ambientes matemáticos fossem agrupadas em uma única linha, o
resultado no arquivo .pdf seria o mesmo).
O comando \\ serve para indicar o final de uma linha no arquivo .pdf. Observe que a linha de
continuação da expressão é alinhada automaticamente na margem direita.
Como tem-se frações no interior dos pares de parêntesis, o tamanho destes deve ser compatível
com a fração. Para que o LATEX insira o parêntesis com o tamanho adequado, deve-se abrir o
parêntesis com o comando \left( e fechá-lo com o comando \right). O LATEX espera que cada
comando \left seja fechado por um comando \right em cada linha da equação e exibirá um erro
caso isto não ocorra. Na Seção 2.13 são listados os outros símbolos matemáticos que podem ter
seu tamanho alterado com os comandos \left e \right.
Como neste exemplo um dos parêntesis é aberto na primeira linha da equação mas só é fechado na
segunda linha, é necessário “fingir” que foi fechado ao final da primeira linha, usando o comando
\right. (ver comando na linha anterior à linha com \\) e “fingir” que foi aberto no início da primeira
linha, usando o comando \left. (ver comando na linha posterior à linha com \\).
O comando \label{eq:multln} fornece um nome lógico à equação que poderá, posteriormente, ser
referenciada no texto com o comando \eqref{eq:multln}. O LATEX inserirá o número da equação
no ponto em que for usado o comando \eqref. .
Uma outra situação que ocorre com frequência é a necessidade de inserir diversas equações, sendo
uma em cada linha. Para numerar cada equação deve-se usar o ambiente “align” e, se não quiser
numerar as equações, deve-se usar “align*”. O ambiente “align” permite, também, posicionar as
linhas de forma a alinhar uma parte do texto, usualmente o símbolo “=”. Um exemplo para uso
deste ambiente é dado por
\ begin { align }
\ l a b e l { eq : a l g n 1}
42 2. LATEXBásico

v ^ \ p r i m e ( x ) &= u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}


\\
\ l a b e l { eq : a l g n 2}
v ( x ) &= u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\ end { a l i g n }

cujo resultado é da forma

𝑣′ (𝑥) = 𝑢(𝑥) + 3𝑣(𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ (2.3)


𝑣(𝑥) = 𝑢′ (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ (2.4)

O final de uma linha, como era de se esperar, é indicado pelo comando \\. Como cada linha tem
sua numeração, deve-se inserir um comando \label por linha.
O ambiente “align” ajusta a posição horizontal de cada linha de forma que a posição demarcada
com o símbolo “&” em cada linha gerada pelo ambiente fique alinhada verticalmente. Por questões
estéticas, o caractere & normalmente é colocado antes do sinal de “=”, como no exemplo escolhido.
No exemplo anterior pode ser interessante grupar os números da equação inserindo uma letra
adicional para cada linha. Para fazer isto, basta incluir o ambiente “align” dentro de um ambiente
“subequations”. Um exemplo é o seguinte:
\ begin { subequations }
\ l a b e l { eq : s u b e q n 1}
\ begin { align }
\ l a b e l { eq : a l g n s b 1}
v ^ \ p r i m e ( x ) &=u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\\
\ l a b e l { eq : a l g n s b 2}
v ( x ) &=u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\ end { a l i g n }
\ end { s u b e q u a t i o n s }

cujo resultado é da forma

𝑣′ (𝑥) = 𝑢(𝑥) + 3𝑣(𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ (2.5a)


𝑣(𝑥) = 𝑢′ (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ. (2.5b)

Para citar estas equações usa-se os comandos \eqref{eq:subeqn1}, \eqref{eq:algnsb1} e \eq-


ref{eq:algnsb2}. Após o processamento pelo LATEX, estes apareceriam no texto como (2.5), (2.5a)
e (2.5b), respectivamente.
Eventualmente, pode-se preferir representar as equações acima na forma de sistema. preservando
o resto do formato. Neste caso o ambiente “align” deverá ser substituído pelo ambiente “empheq”.
2.15 Ambientes de equações e sistemas 43

Este ambiente necessita que o pacote empheq seja chamado no preâmbulo. De uma forma geral, o
“empheq” permite chamar ambientes do pacote “amsmath” adicionando diversas “ornamentações”.
Exemplos destas “ornamentações” são símbolos ou textos à esquerda e/ou direita ou a cor de
fundo etc. Neste exemplo o ambiente “empheq” chama o ambiente “align” incluindo uma chave à
esquerda (comando \empheqlbrace), como segue
\ begin { subequations }
\ l a b e l { eq : s u b e q n 2}
\ b e g i n { empheq } [ l e f t =\ e m p h e q l b r a c e ] { a l i g n }
\ l a b e l { eq : emphsb 1}
v ^ \ p r i m e ( x ) &=u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\\
\ l a b e l { eq : emphsb 2}
v ( x ) &=u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\ end { empheq }
\ end { s u b e q u a t i o n s }

cujo resultado é da forma

𝑣′ (𝑥) = 𝑢(𝑥) + 3𝑣(𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ (2.6a)


􀊊
𝑣(𝑥) = 𝑢′ (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ. (2.6b)

Da mesma forma que anteriormente, para citar as equações ao longo do texto, pode-se usar os
comandos \eqref{eq:subeqn2}, \eqref{eq:emphsb1} e \eqref{eq:emphsb2}. Após o processamento
pelo LATEX, estes apareceriam no texto como (2.6), (2.6a) e (2.6b), respectivamente.
Caso se queira utilizar uma única numeração para todo o sistema, pode-se fazê-lo usando externa-
mente o ambiente “equation” e internamente o ambiente “aligned”. O ambiente “aligned” tem uso
similar ao ambiente “align” mas não numera as equações e deve ficar no interior de um ambiente
“equation”. O exemplo a seguir mostra como fazê-lo:
\ begin { equation }
\ l a b e l { eq : e q u a t i o n 3}
\ l e f t \{
\ begin { aligned }
v ^ \ p r i m e ( x ) &=u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\\
v ( x ) &=u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R } .
\ end { a l i g n e d }
\ right .
\ end { e q u a t i o n }

O resultado é o seguinte:
𝑣′ (𝑥) = 𝑢(𝑥) + 3𝑣(𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ
􀊊 (2.7)
𝑣(𝑥) = 𝑢′ (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ.
44 2. LATEXBásico

Um exemplo bastante semelhante ao anterior e que utiliza os mesmos comandos ocorre, por
exemplo, na definição de uma função por partes. Temos:
\ begin { equation }
\ l a b e l { eq : e q u a t i o n 4}
f ( x ) =\ l e f t \ {
\ begin { aligned }
&0 , && \ f o r a l l x \ i n ( − \ i n f t y , 0 ] \ \
& e ^{ −\ f r a c {1}{ x ^ 2 } } , && \ f o r a l l x \ i n [ 0 , \ i n f t y )
\ end { a l i g n e d }
\ right .
\ end { e q u a t i o n }

O resultado é o seguinte:
⎧ 0, ∀𝑥 ∈ (−∞, 0]

𝑓(𝑥) = ⎨ − 􀁸 (2.8)
⎪ 𝑒 𝑥􀁹 , ∀𝑥 ∈ [0, ∞)

A diferença significativa com relação ao exemplo anterior é o alinhamento das linhas na definição
da função. Como é desejado que os valores da função sejam alinhados à esquerda, inclui-se antes
destes o caractere &. Isto porque as colunas ímpares dentro do “aligned” são alinhadas à direita e
as colunas pares à esquerda. De forma análoga, antes do intervalo de definição foram incluídos
dois caracteres & para que os intervalos ficassem alinhados à esquerda também.
O comando \boxed pode ser usado dentro de um ambiente matemático para que o seu parâmetro
seja colocado dentro de uma caixa. Um dos seus usos é para marcar a resposta caso o texto digitado
seja um gabarito de uma lista de exercícios. Por exemplo, os comandos
\ t e x t b f { E x e r c . } C a l c u l e a s r a í z e s da e q u a ç ã o $x ^2 −5 x +6=0$.
\ newline
\ t e x t b f { R e s p o s t a : } Temos que $0=x ^2 −5 x+6=(x − 2 ) ( x −3)$ e ,
portanto ,
\ [ \ boxed { x=2 \ t e x t { ou } x=3} \ ]

geram o seguinte texto:


Exerc. Calcule as raízes da equação 𝑥􀁯 − 5𝑥 + 6 = 0.
Resposta: Temos que 0 = 𝑥􀁯 − 5𝑥 + 6 = (𝑥 − 2)(𝑥 − 3) e, portanto,

𝑥 = 2 ou 𝑥 = 3

Para representar matrizes tem-se os ambientes “pmatrix”, “bmatrix”, “Bmatrix”, “vmatrix” e


“Vmatrix”. Nestes ambientes já estão incluídos os delimitadores que são, respectivamente, ( [
{ | ||. Um exemplo do seu uso em que são inseridas três matrizes em uma mesma linha é dado
por
\ begin { equation }
2.16 Ambientes de teoremas 45

\ l a b e l { eq : p r o d }
\ begin { pmatrix }
1 & 2 \\
2 & 4
\ end { p m a t r i x }
\ begin { pmatrix }
1 & 3 \\
2 & 33
\ end { p m a t r i x }
=
\ begin { pmatrix }
5 & 69 \ \
10 & 138
\ end { p m a t r i x }
\ end { e q u a t i o n }

1 2 1 3 5 69
􀊄2 4􀊇 􀊄2 33􀊇 = 􀊄10 138􀊇 (2.9)

2.16 Ambientes de teoremas


A digitação de teoremas, proposições, definições, lemas, observações etc é bastante facilitada
no LATEX. O LATEX considera este tipo de estrutura como uma estrutura especial, mas não tem,
internamente, um padrão pronto para cada uma destas estruturas matemáticas. O arquivo .tex
deverá definir quais estruturas serão usadas e, também, a forma de apresentação, isto é, o nome
que será usado para chamar uma dada estrutura, o título que o LATEX escreverá no arquivo de saída
e a forma de numeração que o LATEX adotará.
Tipicamente, em um texto matemático devem ser definidos ambientes distintos para teoremas,
proposições, lemas, corolários, definições, hipóteses etc. Estas definições devem ficar preferenci-
almente no preâmbulo (antes do comando \begin{document}) para estruturar adequadamente o
arquivo .tex..
A definição de um ambiente para incluir teoremas ou estruturas semelhantes é feita pelo comando
\newtheorem. Por exemplo, o comando \newtheorem{meuteorema}{Teorema}[chapter] indica
que foi criado um ambiente que será chamado internamente “meuteorema”, o texto que escreverá
no arquivo de saída (.dvi ou .pdf) será “Teorema” e a numeração será reiniciada a cada capítulo (a
numeração do teorema será o número do capítulo seguido pelo número de ordem do teorema no
capítulo). Um exemplo que insere o teorema propriamente dito ao longo do texto é o seguinte:
\ b e g i n { meuteorema } \ l a b e l { t e o : P i t a } ( P i t á g o r a s )
Em um t r i â n g u l o r e t â n g u l o , a soma do q u a d r a d o
d o s c a t e t o s é i g u a l ao q u a d r a d o da h i p o t e n u s a .
46 2. LATEXBásico

\ end { meuteorema }

Este seria apresentado no arquivo de saída em uma forma similar a


Teorema 2.1. (Pitágoras) Em um triângulo retângulo, a soma do quadrado dos catetos é igual
ao quadrado da hipotenusa.
Note-se que a numeração do teorema foi incluída automaticamente pelo LATEX. O número “2.1”
indica que é o primeiro teorema do Capítulo 2 . As letras em negrito e itálico também foram
inseridas automaticamente pelo LATEX.
O comando \label serve para dar um nome lógico interno a este teorema (neste exemplo o nome é
“teo:Pita”). Usando o comando \ref ao longo do texto, é possível incluir no texto o número deste
teorema. Por exemplo, se for incluído no arquivo .tex o texto “... vimos no teorema \ref{teo:Pita}
que a soma ..” o resultado será “... vimos no teorema 2.1 que a soma ..”.. A vantagem de
usar esta forma de citar é que se houver necessidade de acrescentar ou tirar teoremas, a citação
permanecerá correta, pois o LATEX compatibiliza as numerações. Para que este procedimento
funcione perfeitamente é necessário que o programa latex (ou pdflatex) seja rodado ao menos duas
vezes, pois na primeira execução armazena a informação sobre o teorema no arquivo auxiliar .aux
e na segunda usa a informação armazenada neste arquivo para inserir a numeração correta.
O procedimento para proposições, lemas, corolários etc é, basicamente, o mesmo. A única
diferença é que é possível numerar de forma consecutiva duas ou mais estruturas diferentes.
Pode-se numerar os teoremas e proposições de forma consecutiva. Por exemplo, se for inserido um
teorema e, a seguir, for incluída uma proposição, o número do teorema seria 1 e o da proposição a
seguir seria 2, pois ambos seriam numerados como se formassem uma única estrutura.
A sintaxe seria \newtheorem{minhaprop}[meuteorema]{Proposição}. O parâmetro entre colchetes
indica que o ambiente “minhaprop” deve ser numerado junto com o ambiente “meuteorema”. Os
outros parâmetros são como no ambiente descrito anteriormente. A chamada também é idêntica.
O pacote amsthm permite configurar o estilo de cada ambiente do tipo teorema criado com o
comando \theoremstyle. Por exemplo, pode-se definir espaçamentos, tipo de letra para o corpo
do teorema etc. Para maiores detalhes ver o manual do pacote amsthm [AMS, Using the amsthm
package].
O ambiente “proof” (definido no pacote amsthm) é usado para incluir a demonstração do teorema,
lema, proposição, corolário etc. A demonstração se inicia com o comando \begin{proof} e se
encerra com o comando \end{proof}.
O código a seguir enuncia e prova o Teorema de Pitágoras.
\ b e g i n { meuteorema } \ l a b e l { t e o : P i t a } ( P i t á g o r a s )
Em um t r i â n g u l o r e t â n g u l o , a soma do q u a d r a d o
d o s c a t e t o s é i g u a l ao q u a d r a d o da h i p o t e n u s a .
\ end { meuteorema }
\ begin { proof }
S e j a $T$ o t r i â n g u l o r e t â n g u l o , $ a $ o c o m p r i m e n t o da
h i p o t e n u s a e $b$ e $ c $ o c o m p r i m e n t o de c a d a c a t e t o .
2.17 Ambientes de listas 47

C o n s t r u a um q u a d r a d o com a r e s t a de c o m p r i m e n t o $b+c $ .
P o s i c i o n e d e n t r o d e s t e q u a d r a d o , sem s u p e r p o r , q u a t r o
t r i â n g u l o s r e t â n g u l o s c ô n g r u o s ao t r i â n g u l o $T$ de
f o r m a que t o d o s o s c a t e t o s d e s t e s t r i â n g u l o s f i q u e m
s o b r e a s a r e s t a do q u a d r a d o ( tem − s e d u a s p o s s i b i l i d a d e s ) .
A á r e a no i n t e r i o r do q u a d r a d o n ã o o c u p a d a p e l o s
t r i â n g u l o s s e r á um q u a d r a d o de l a d o $ a $ ( v e r i f i q u e ) .

Temos , e n t ã o , que a s á r e a s d o s q u a t r o t r i â n g u l o s m a i s a
á r e a do q u a d r a d o de l a d o $ a $ é i g u a l à á r e a do q u a d r a d o
o r i g i n a l , i s t o é , $ ( b+c )^2=4 bc / 2 + a ^ 2 $ . Isto
i m p l i c a que $ a ^2=b^2+ c ^ 2 $ , como q u e r í amos d e m o n s t r a r .
\ end { p r o o f }

O resultado é da forma:
Teorema 2.2. (Pitágoras) Em um triângulo retângulo, a soma do quadrado dos catetos é igual
ao quadrado da hipotenusa.

Demonstração. Seja 𝑇 o triângulo retângulo, 𝑎 o comprimento da hipotenusa e 𝑏 e 𝑐 o comprimento


de cada cateto.
Construa um quadrado com aresta de comprimento 𝑏 + 𝑐. Posicione dentro deste quadrado, sem
superpor, quatro triângulos retângulos côngruos ao triângulo 𝑇 de forma que todos os catetos
destes triângulos fiquem sobre as aresta do quadrado (tem-se duas possibilidades). A área no
interior do quadrado não ocupada pelos triângulos será um quadrado de lado 𝑐 (verifique).
Temos, então, que as áreas dos quatro triângulos mais a área do quadrado de lado 𝑎 é igual à área
do quadrado original, isto é, (𝑏 + 𝑐)􀁯 = 4𝑏𝑐/2 + 𝑎􀁯 . Isto implica que 𝑎􀁯 = 𝑏􀁯 + 𝑐􀁯 , como queríamos
demonstrar. 

Para trocar o símbolo de final de demonstração usa-se \renewcommand{\qedsymbol}{\blacksquare}


que redefine o símbolo de QED (que vem de “quod erat demonstrandum” em latim, significando
“que foi demonstrado”). Neste exemplo o símbolo foi redefinido para o quadrado preenchido de
preto, como é usual. Quando a demonstração termina em uma ambiente de equação ou uma lista,
pode ser necessário indicar ao LATEXem que posição colocar o símbolo de QED. Basta inserir o
comando na linha da equação ou lista em que se deseja inserir o símbolo.

2.17 Ambientes de listas


O LATEX tem, essencialmente, três ambientes para inserir listas em modo não matemático: o
ambiente denominado “itemize”, o ambiente “enumerate” e o ambiente “description”. O primeiro
insere um símbolo antes de cada elemento da lista, o segundo numera cada item e o terceiro insere
um texto em negrito definido no arquivo .tex no início de cada item.
48 2. LATEXBásico

Lista não numerada

\ begin { itemize }
\ i t e m P r i m e i r o i t e m da l i s t a n ã o numerada
\ i t e m Segundo i t e m da l i s t a n ã o numerada
\ i t e m T e r c e i r o i t e m da l i s t a n ã o numerada
\ end { i t e m i z e }

que aparece no arquivo de saída como


• Primeiro item da lista não numerada
• Segundo item da lista não numerada
• Terceiro item da lista não numerada
Para trocar o símbolo padrão da lista, deve ser alterado o comando \labelitemi. O comando para
trocar o símbolo é, por exemplo, \renewcommand{\labelitemi}{$\bullet$}. Este comando indica
que o símbolo a ser usado para listas é o ponto, como no exemplo apresentado. O comando sendo
alterado é o \labelitemi, que contém o símbolo para as listas mais externas. Caso tenhamos uma
lista internamente a outra lista, o símbolo usado é indicado pelo comando \labelitemii. De forma
análoga tem-se, também, \labelitemiii e \labelitemiv. Pode ser escolhido qualquer símbolo, mas
os mais frequentes são: \circ ∘ , \cdot ⋅, \star ⋆, \ast ∗ e \rightarrow →.

Lista numerada

\ begin { enumerate }
\ i t e m P r i m e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m Segundo i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m T e r c e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ end { e n u m e r a t e }

que aparece no arquivo de saída como


1. Primeiro item da lista numerada
2. Segundo item da lista numerada
3. Terceiro item da lista numerada
Para trocar a forma de numeração da lista deve ser chamado o pacote enumerate no preâmbulo e
indicado o tipo de numeração desejado na definição do ambiente “enumerate”. A estrutura final
seria da forma:
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { enumerate }
...
\ b e g i n { document }
2.18 Tabelas não numeradas 49

...
\ begin { enumerate } [ ( a ) ]
\ i t e m P r i m e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m Segundo i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m T e r c e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ end { e n u m e r a t e }
...
\ end { document }

O resultado seria uma lista enumerada com as letras minúsculas do alfabeto entre parêntesis,
como indicado no ambiente “enumerate”. Pode-se escolher, também, letras maiúsculas, usando
o caractere “A”, algarismos romanos com o caractere “i” ou “I” e algarismos arábicos com o
caractere “1”.

Lista com rótulo especificado

\ begin { d e s c r i p t i o n }
\ i t e m [ I t e m 1 : ] P r i m e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m [ I t e m 2 : ] Segundo i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m [ I t e m 3 : ] T e r c e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ end { d e s c r i p t i o n }

que gera a seguinte lista no arquivo de saída


Item 1: Primeiro item da lista numerada
Item 2: Segundo item da lista numerada
Item 3: Terceiro item da lista numerada

2.18 Tabelas não numeradas


As tabelas não numeradas em LATEX são inseridas no texto na posição em que são digitadas, não
têm uma linha específica para a descrição e numeração e, portanto, não podem ser citadas pelo
seu número, como é usual nos textos em LATEX.
As tabelas em LATEX não tem uma estrutura muito simples e tabelas mais elaboradas necessitam
do uso de comandos nem sempre intuitivos. O ambiente que implementa as tabelas é o “tabular”.
O ambiente “tabularx”, disponível se for chamado o pacote do mesmo nome, é similar ao pacote
tabular mas permite que a largura das colunas seja aumentada para se ajustar à largura total
especificada para a tabela
O pacote “multirow” é um pacote auxiliar que permite que várias linhas de uma tabela sejam
agrupadas em uma única.
50 2. LATEXBásico

Utilizando outros pacotes adicionais pode-se acrescentar cor à tabela, girar a tabela, permitir que
a tabela utilize mais de uma página etc.
Uma apresentação bem detalhada e com diversos exemplos de tabela pode ser vista no WikiBook
sobre tabelas do LATEX [Contribuidores do Wikibooks, Latex/Tables].
A seguir tem-se um exemplo simples de tabela
\ begin { center }
\ b e g i n { t a b u l a r }{ | l | l | l | p {5cm} | }
\ hline
Dia & Temp . Mí n . & Temp . Má x & Resumo \ \ \ h l i n e
Segunda & 2 2 $ ^ \ c i r c $C & 2 8 $ ^ \ c i r c $C & Dia n u b l a d o
com d i v e r s a s p a n c a d a s de c h u v a ; \\ \ hline
Ter ç a & 2 5 $ ^ \ c i r c $C & 3 2 $ ^ \ c i r c $C & Manhã n u b l a d a
a b r i n d o o s o l à t a r d e . Pequenos per í odos
de c h u v a s e s p a r s a s p e l a manh ã ; \\ \ hline
Q u a r t a & 2 8 $ ^ \ c i r c $C & 3 7 $ ^ \ c i r c $C & Dia de s o l
com p a n c a d a s de c h u v a ao a n o i t e c e r ; \\ \ hline
\ end { t a b u l a r }
\ end { c e n t e r }

que corresponde à seguinte tabela:


Dia Temp. Mín. Temp. Máx Resumo
Segunda 22∘ C 28∘ C Dia nublado com diversas pan-
cadas de chuva;
Terça 25∘ C 32∘ C Manhã nublada abrindo o sol
à tarde. Pequenos períodos de
chuvas esparsas pela manhã;
Quarta 28∘ C 37∘ C Dia de sol com pancadas de
chuva ao anoitecer;
Nesta tabela o ambiente “center” serve para gerar uma tabela centrada horizontalmente, as letras
após o tabular indicam 3 colunas alinhadas à esquerda, separadas por linhas verticais e a última
coluna tem largura de 5cm, podendo ser distribuída ao longo de várias linhas (significado da letra
p). As colunas são separadas pelo símbolo & e as linhas pelas contrabarras duplas, similar ao que
foi visto na Seção 2.15. O comando \hline insere uma linha horizontal.

2.19 Tabelas numeradas


Pode-se incluir tabelas numeradas no LATEX de uma forma bastante simples. Basta iniciar um
ambiente “table” e dentro deste ambiente incluir a tabela como descrita anteriormente e um texto
(opcional) para a descrição.
2.19 Tabelas numeradas 51

No entanto, o posicionamento da tabela no texto é definido pelo LATEX. O programa procura


posicionar as tabelas de forma que não fiquem divididas entre duas páginas, que não sobre espaço
entre uma página e outra e que não fiquem muitas tabelas ou figuras juntas. Quando o número de
tabelas e/ou figuras é muito grande o posicionamento automático realizado pelo LATEX pode fazer
com que estas fiquem muito afastadas do ponto em que foram incluídas no texto, muitas vezes no
final do capítulo ou seção.
Para contornar esta situação deve-se fornecer ao LATEX informações sobre o posicionamento
desejado. No entanto, nem sempre é possível ao LATEX satisfazer simultaneamente as restrições
internas quanto ao posicionamento de tabelas e figuras e a preferência expressa no arquivo .tex.
Com isso, muitas vezes quem está iniciando no LATEX tem dificuldade em entender o motivo que
leva o programa a posicionar aparentemente “erradamente” as suas tabelas e/ou figuras.
O LATEX tem o comando \listoftables que insere uma lista das tabelas no texto incluindo as páginas
em que são encontradas.
Uma página que contém uma descrição detalhada da inserção de tabelas e figuras pode ser
encontrada no WikiBook de inserção de Tabelas e Figuras no LATEX [Contribuidores Wikibooks,
LaTeX/Floats, Figures and Captions].
A seguir tem-se um exemplo simples de tabela com numeração
\ b e g i n { t a b l e } [ ! h t b ] \ l a b e l { t a b : temp }
\ begin { center }
\ b e g i n { t a b u l a r }{ | l | l | l | p {5cm} | }
\ hline
Dia & Temp . Mí n . & Temp . Má x & Resumo \ \
\ hline
Segunda & 2 2 $ ^ \ c i r c $C & 2 8 $ ^ \ c i r c $C & Dia n u b l a d o
com d i v e r s a s p a n c a d a s de c h u v a ; \\
\ hline
...
\ end { t a b u l a r }
\ c a p t i o n { P r e v i s ã o do tempo p a r a o s p r ó ximos d i a s }
\ end { c e n t e r }

\ end { t a b l e }

que corresponde à seguinte tabela:


O comando \label insere um nome lógico que pode ser chamado em qualquer ponto do texto
para incluir uma referência ao número da tabela (neste exemplo comando \ref{tab:temp}). Isto é
similar ao que foi descrito nos ambientes de equações matemáticas. O comando \caption insere a
descrição para a tabela.
As letras entre colchetes logo após o início do ambiente “table” indicam o posicionamento aceito
para a tabela. A letra h indica que é aceito posicionar aonde foi definida (“here”), a letra t indica
52 2. LATEXBásico

Dia Temp. Mín. Temp. Máx Resumo


Segunda 22∘ C 28∘ C Dia nublado com diversas pan-
cadas de chuva;
Terça 25∘ C 32∘ C Manhã nublada abrindo o sol
à tarde. Pequenos períodos de
chuvas esparsas pela manhã;
Quarta 28∘ C 37∘ C Dia de sol com pancadas de
chuva ao anoitecer;
Tabela 2.2: Previsão do tempo para os próximos dias

que é aceito posicionar no topo (“top”), a letra b indica que é aceito posicionar na base (“base”) e
a letra p indica que é aceito posicionar em uma página especial para tabelas e/ou figuras (“page”).
Se colocar uma exclamação aumenta a preferência que o LATEX dá a atender este posicionamento
(o programa deixa de verificar algumas restrições internas, mas não todas).
O uso do pacote float permite usar a letra H que indica que a tabela/figura será posicionada
exatamente aonde foi inserida. Se for usada esta opção, o caractere “H” deve aparecer sozinho.
Deve-se evitar incluir tabelas/figuras que ocupem a maior parte de uma página pois o programa
terá muita dificuldade em posicioná-la e as tabelas/figuras que a seguem só poderão ser inseridas
depois que a tabela/figura grande for incluída. Isto usualmente leva o programa a incluir todas
as figuras ao final do capítulo/seção. A página de Andrew T. Young [Young, Controlling Latex
Floats] e a de Rob J Hyndman [Hyndman, Controlling Fig. and Tab. Placement in Latex ] são
boas referências para o posicionamento de tabelas e figuras.
O LATEX tem o comando \listoftables que insere uma página com a lista das tabelas do texto
indicando as páginas em que são encontradas (um sumário para as tabelas).

2.20 Figuras não numeradas


Da mesma forma que as tabelas, as figuras não numeradas em LATEX são inseridas no texto na
posição em que são digitadas, não têm uma linha específica para a descrição e numeração e,
portanto, não podem ser citadas pelo seu número, como é usual nos textos em LATEX.
A inserção de figuras sem numeração é bastante simples e flexível com o LATEX . Os formatos
suportados são “eps”, “pdf”, “png” e “jpg”.
No entanto, o programa “latex”, que gera arquivos no formato .dvi suporta apenas o formato “eps”.
O programa “pdflatex”, que gera arquivos no formato .pdf (que é o recomendado pelos autores)
suporta os formatos “pdf”, “png” e “jpg”.
O programa epstopdf converte arquivos “eps” para “pdf”. Este programa está disponível na
distribuição MiKTeX a partir da versão 2.8 e na distribuição TeXLive a partir da versão 2009. O
2.20 Figuras não numeradas 53

TeXLive chama automaticamente o conversor caso seja necessário. O MiKTeX necessita que seja
chamado o pacote epstopdf no arquivo .tex para que o programa possa ser usado para converter
internamente o formato “eps” para “pdf”.
Por questões de licença de uso (já expiradas), o formato “gif” não é suportado. No entanto,
existem diversos programas gratuitos que fazem a conversão para o formato “png”, que é um
formato similar, sem perda de qualidade, ou “jpg”. O programa Image Magick [ImageMagick,
ImageMagick ] é um software livre e pode ser usado para converter diversos tipos de formatos
gráficos, incluindo “gif”.
O pacote graphicx é necessário para utilizar o procedimento simplificado que será apresentado.
Uma boa fonte de informações para a inclusão de figuras em LATEX está no WikiBook de inserção
de Tabelas e Figuras no LATEX [Contribuidores Wikibooks, LaTeX/Floats, Figures and Captions].
Um exemplo bem simples mas bastante funcional é
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { graphicx }
...
\ b e g i n { document }
...
\ begin { center }
\ i n c l u d e g r a p h i c s [ s c a l e = 0 . 1 5 ] { l o g o l a t e x . png }
\ end { c e n t e r }
...
\ end { document }

que corresponde ao seguinte gráfico:

O comando que insere a figura é \includegraphics. O arquivo a ser inserido, denominado neste
exemplo “logolatex.png” deve estar na mesma pasta que o arquivo .tex. Este arquivo foi posicionado
centrado na direção horizontal e o seu tamanho original foi multiplicado por 0,15. Podem ser
usados, também, parâmetros que determinam a altura e/ou largura da figura, bem como a sua
rotação. A altura da figura é indicada pelo parâmetro “height”, a largura pelo parâmetro “width” e
a rotação pelo parâmetro “angle”. O comando \includegraphics[widht=120mm,height=30mm]...
insere a figura com 120 mm de largura e 30 mm de altura. Este procedimento não é, em geral,
indicado pois pode alterar a relação entre a altura e a largura da figura, deformando-a. Uma opção
melhor seria o comando \includegraphics[widht=120mm,height=30mm,keepaspectratio]... que
incluiria a figura com largura de 120 mm (ou menos), altura de 30mm (ou menos) e manteria a
relação entre a altura e largura da figura original, não deformando-a (parâmetro “keepaspectratio”).
54 2. LATEXBásico

O LATEX, também permite utilizar seus comandos para criar figuras, sem a necessidade de importa-
las. Uma vantagem é que o arquivo .tex já contrá a figura e a qualidade de impressão desta deve
ser muito boa. No entanto, figuras mais complexas demandam muito tempo para elaborar e podem
ser mais facilmente geradas com ferramentas gráficas apropriadas.
O pacote tikz pode ser usado para gerar figuras simples no LATEX. Este pacote, desenvolvido
principalmente por Till Tantau, ver [Tantau, Tikz & Pgf ], utiliza uma série de macros em TEX
denominadas “pgf”. As suas principais vantagens são agrande flexibilidade para gerar os gráficos
e, também, o suporte à geração dos gráficos tanto pelo programa latex quanto pelo pdflatex, quanto
pelo pdftex e mesmo pelo context. Um pacote também bastante poderoso é o pstricks, mas este
não pode ser usado pelo pdflatex, apenas pelo latex e, portanto, seu uso não é recomendado. O
portal [Fauske e Kottwitz, TeXample.net] tem uma grande quantidade de exemplos de figuras com
os respectivos códigos no formato do tikz. O código a seguir foi retirado deste portal:
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { t i k z }
...
\ b e g i n { document }
...
\ begin { t i k z p i c t u r e }
\ u s e t i k z l i b r a r y { arrows , shapes , p o s i t i o n i n g }
\ u s e t i k z l i b r a r y { d e c o r a t i o n s . markings }
\ t i k z s t y l e a r r o w s t y l e =[ s c a l e =1]
\ t i k z s t y l e d i r e c t e d =[ p o s t a c t i o n ={ d e c o r a t e , d e c o r a t i o n ={ m a r k i n g s ,
mark= a t p o s i t i o n . 6 5 w i t h { \ a r r o w [ a r r o w s t y l e ] { s t e a l t h } } } } ]
\ t i k z s t y l e r e v e r s e d i r e c t e d =[ p o s t a c t i o n ={ d e c o r a t e ,
d e c o r a t i o n ={ m a r k i n g s , mark= a t p o s i t i o n . 6 5 w i t h
{\ arrowreversed [ arrowstyle ]{ s t e a l t h };}}}]

% define coordinates
\ c o o r d i n a t e (O) a t ( 0 , 0 ) ;
\ c o o r d i n a t e (A) a t ( 0 , 4 ) ;
\ c o o r d i n a t e (B) a t ( 0 , − 4 ) ;

% media
\ f i l l [ blue !25! , o p a c i t y =.3] ( −4 ,0) r e c t a n g l e ( 4 , 4 ) ;
\ f i l l [ blue !60! , o p a c i t y =.3] ( −4 ,0) r e c t a n g l e (4 , −4);
\ node [ r i g h t ] a t ( 2 , 2 ) { Ar } ;
\ node [ l e f t ] a t ( −2 , −2) {Água } ;

% axis
\ draw [ d a s h p a t t e r n =on 5 p t o f f 3 p t ] (A) −− (B) ;
2.21 Figuras numeradas 55

% rays
\ draw [ r e d , u l t r a t h i c k , r e v e r s e d i r e c t e d ] (O) −− ( 1 3 0 : 5 . 2 ) ;
\ draw [ b l u e , d i r e c t e d , u l t r a t h i c k ] (O) −− ( − 7 0 : 4 . 2 4 ) ;

% angles
\ draw ( 0 , 1 ) a r c ( 9 0 : 1 3 0 : 1 ) ;
\ draw ( 0 , − 1 . 4 ) a r c ( 2 7 0 : 2 9 0 : 1 . 4 ) ;
\ node [ ] a t ( 2 8 0 : 1 . 8 ) {$\ t h e t a _{2}$};
\ node [ ] a t ( 1 1 0 : 1 . 4 ) {$\ t h e t a _{1}$};
\ end { t i k z p i c t u r e }
...
\ end { document }

e gera a seguinte figura

Ar
𝜃􀁮

𝜃􀁯
Água

Neste trabalho não discutiremos o uso do pacote tikz porque os autores julgam que um tratamento
superficial não seria muito útil e o tratamento adequado exigiria um texto bem longo. Diversos
programas podem exportar arquivos gráficos com o formato do pacote tikz como, por exemplo,
Geogebra, Inkscape, MatLab, matplotlib, R, Cirkuit e Blender.

2.21 Figuras numeradas


Existe uma enorme similaridade entre a inserção de figuras numeradas e a inserção de tabelas nu-
meradas. Em virtude disto, serão apresentadas somente as diferenças entre os dois procedimentos.
Pode-se incluir figuras numeradas no LATEX de uma forma bastante simples: basta iniciar um
ambiente “figure” e dentro deste ambiente incluir a figura como descrita anteriormente e um texto
56 2. LATEXBásico

(opcional) para a descrição.


O posicionamento das figuras tem as mesmas regras e restrições que o posicionamento das tabelas.
É recomendável ler aquele item.
O LATEX tem o comando \listoffigures para inserir uma lista das figuras presentes no texto e das
páginas em que são encontradas.
Uma página que contém uma descrição detalhada da inserção de tabelas e figuras pode ser
encontrada no WikiBook de inserção de Tabelas e Figuras no LATEX [Contribuidores Wikibooks,
LaTeX/Floats, Figures and Captions].
A seguir tem-se um exemplo simples de inserção de figura com numeração
\ begin { f i g u r e }[! htb ] \ l a b e l { f i g : l o g o la t e x }
\ begin { center }
\ i n c l u d e g r a p h i c s [ s c a l e = 0 . 1 5 ] { l o g o l a t e x . png }
\ c a p t i o n { L o g o t i p o do \ LaTeX}
\ end { c e n t e r }
\ end { f i g u r e }

que corresponde à seguinte figura:

Figura 2.1: Logotipo do LATEX

O comando \label insere um nome lógico que pode ser chamado em qualquer ponto do texto para
incluir uma referência ao número da tabela (neste exemplo comando \ref{fig:logolatex}). Isto é
similar ao que foi descrito nos ambientes de equações matemáticas. O comando \caption insere a
descrição para a figura.
As letras entre colchetes logo após o início do ambiente “figure” indicam o posicionamento aceito
para a tabela. A letra h indica que é aceito posicionar aonde foi definida (“here”), a letra t indica
que é aceito posicionar no topo (“top”), a letra b indica que é aceito posicionar na base (“base”) e
a letra p indica que é aceito posicionar em uma página especial para tabelas e/ou figuras (“page”).
Se colocar uma exclamação aumenta a prioridade que o LATEX dá a atender este posicionamento
(o programa deixa de verificar algumas restrições internas, mas não todas).
O uso do pacote float permite usar a letra H que indica que a figura será posicionada exatamente
aonde foi inserida. Se for usada esta opção, o caractere “H” deve aparecer sozinho. Deve-se evitar
incluir figuras que ocupem a maior parte de uma página pois o programa terá muita dificuldade
em posicioná-la e as figuras que a seguem só poderão ser inseridas depois que a figura grande for
incluída. Isto usualmente leva o programa a incluir todas as figuras ao final do capítulo/seção. A
página de Andrew T. Young [Young, Controlling Latex Floats] e a de Rob J Hyndman [Hyndman,
2.22 Referências bibliográficas 57

Controlling Fig. and Tab. Placement in Latex ] são boas referências para o posicionamento de
tabelas e figuras.

2.22 Referências bibliográficas


A inclusão de referências bibliográficas em um texto apresenta um certo grau de dificuldade devido
à sua variabilidade. Dentre as revistas científicas, praticamente cada uma delas tem um formato
para as referências bibliográficas. Para trabalhos com poucas referências, não é muito trabalhoso
para o autor colocar as referências no formato desejado. Quando tem-se um grande número de
trabalhos a citar o esforço necessário aumenta, da mesma forma que a chance de cometer enganos.
O LATEX tem três formas de incluir as referências bibliográficas. Na primeira forma o autor digita
as referências, cuidando do formato e ordenação e o LATEX inclui as citações com o formato
adequado. É provável que este seja o procedimento mais adotado pelos autores de trabalhos com
poucas referências ou que estejam se inciando no uso do programa.
A segunda forma utiliza o programa BibTeX que converte os dados de cada citação, digitados
segundo um padrão simples em arquivo com sufixo .bib, no formato desejado para o trabalho.
Entre as vantagens do seu uso tem-se que uma boa parte dos possíveis formatos para citação já
estão pré-definidos (incluindo ABNT) e o formato do arquivo .bib é bastante simples. Por outro
lado, exige algum aprendizado adicional, necessita que o programa BibTeX seja rodado e nem
sempre o formato desejado está disponível. O suporte ao “encoding” UTF-8 no arquivo .bib com
as referências não está disponível.
A terceira forma utiliza o pacote biblatex que deverá substituir o programa BibTeX futuramente,
pois é de configuração mais simples, está pronto para o “encoding” UTF-8 e tem suporte a diversos
idiomas, além de muitas novas opções. Este pacote precisa de um programa auxiliar. Até a
versão 2, o programa auxiliar pode ser o biber ou o próprio BibTeX, mas a partir da versão 2
somente o biber poderá ser utilizado. Neste trabalho usou-se o biblatex junto com o biber com
bons resultados mas, como o pacote está em franco desenvolvimento, serão discutidas apenas a
primeira e a segunda formas de gerar as referências bibliográficas.

2.22.1 Referências bibliográficas

A digitação das referência bibliográficas no arquivo .tex é feita através do ambiente “thebiblio-
graphy’. Logo após a definição do ambiente segue, entre chaves, o índice da bibliografia com maior
comprimento. Por exemplo, se as referências bibliográficas forem numeradas sequencialmente e
tendo menos de 100 referências, um índice indicado seria “99” pois este terá comprimento igual ou
maior que o de todos os índices das referências. O índice “00” teria o mesmo efeito, pois o objetivo
é permitir que o LATEXdimensione a margem a ser deixada para o índice das referências. Quando o
índice das referências é o sobrenome do primeiro autor, deve-se procurar qual o sobrenome com
maior largura e utilizá-lo.
58 2. LATEXBásico

A inserção de cada referência bibliográfica é feita com o comando \bibitem. Este comando pode
ser opcionalmente seguido pelo rótulo a ser usado na referência (entre colchetes). Se não for
informado o rótulo, o LATEX utiliza uma numeração sequencial. O parâmetro seguinte é o nome
lógico com que será citado ao longo do arquivo .tex (entre chaves). Finalmente, segue-se a
referência propriamente dita, incluindo a formatação, também entre chaves. A seguir tem-se um
exemplo

\ b e g i n { t h e b i b l i o g r a p h y }{9}

\ b i b i t e m { abd }
{ABDOUNUR, O. ~ J . S t r u c t u r a l c h a n g e s i n t h e m a t h e m a t i c a l
f o u n d a t i o n s of music s t a r t i n g i n t h e s e v e n t e e n t h c e n t u r y :
r e m a r k s on c o n s o n a n c e , h a r m o n i c s e r i e s and t e m p e r a m e n t .
\ t e x t i t { Rev . B r a s . H i s t . Mat . } , n . S p e c i a l I s s u e 1 ,
p . 369 − −380 , 2 0 0 7 .
ISSN 1519 −955X. }

\ bibitem { fapesp }
{BRASIL . \ t e x t i t {Agê n c i a F a p e s p − Mú s i c a como c i ê n c i a } .
A c c e s s a d a Nov . − 2 0 1 1 .
D i s p o n í v e l em : $<$ h t t p : / / a g e n c i a . f a p e s p . b r / 1 4 7 3 4 $ > $ . }

\ bibitem { wiki }
{WIKIPÉDIA . \ t e x t i t { Wikip é d i a : A e n c i c l o p é d i a l i v r e } .
Verbetes diversos , acessada Set . 2011.
D i s p o n í v e l em : $<$ h t t p : / / p t . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / $ > $ . }

\ bibitem { wright }
{WRIGHT, D . \ t e x t i t { M a t h e m a t i c s and m u s i c } .
P r o v i d e n c e , RI : American M a t h e m a t i c a l S o c i e t y ,
2 0 0 9 . x i v +161~p . ( M a t h e m a t i c a l World , v . ~ 2 8 ) .
ISBN 978 −0 −8218 −4873 −9.}

\ end { t h e b i b l i o g r a p h y }

Observe que não foram incluídos os rótulos para as citações, pois se preferiu usar a numeração.
Para citar uma referência bibliográfica ao longo do texto deve-se usar o comando \cite, que é o
equivalente ao comando \ref aplicado a referências bibliográficas. No exemplo acima, a inclusão
do comando [\cite{abd}] geraria o texto [1]. Observe-se que as referências bibliográficas
costumam ser citadas entre colchetes, por isto estes foram incluídos. O resultado da bibliografia
inserida acima seria da forma abaixo:
Bibliografia
2.22 Referências bibliográficas 59

[1] ABDOUNUR, O. J. Structural changes in the mathematical foundations of music starting


in the seventeenth century: remarks on consonance, harmonic series and temperament. Rev.
Bras. Hist. Mat., n. Special Issue 1, p. 369–380, 2007. ISSN 1519-955X.
[2] BRASIL. Agência Fapesp - Música como ciência. Accessada Nov.-2011. Disponível em:
<http://agencia.fapesp.br/14734>.
[3] WIKIPÉEDIA. Wikipédia: A enciclopédia livre. Verbetes diversos, acessada Set. 2011. Dis-
ponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/>.
[4] WRIGHT, D. Mathematics and music. Providence, RI: American Mathematical Society, 2009.
xiv+161 p. (Mathematical World, v. 28). ISBN 978-0-8218-4873-9.
Caso se desejasse que os rótulos fossem os nomes do primeiro autor, os comandos ficariam

\ b e g i n { t h e b i b l i o g r a p h y }{ABDOUNUR}

\ b i b i t e m [ABDOUNUR] { abdou }
{ABDOUNUR, O. ~ J . S t r u c t u r a l c h a n g e s i n t h e m a t h e m a t i c a l
f o u n d a t i o n s of music s t a r t i n g i n t h e s e v e n t e e n t h c e n t u r y :
r e m a r k s on c o n s o n a n c e , h a r m o n i c s e r i e s and t e m p e r a m e n t .
\ t e x t i t { Rev . B r a s . H i s t . Mat . } , n . S p e c i a l I s s u e 1 ,
p . 369 − −380 , 2 0 0 7 .
ISSN 1519 −955X. }

\ end { t h e b i b l i o g r a p h y }

Note-se que o ambiente “thebibliography” foi alterado substituindo o algarismo “9” por “ABDOU-
NUR”, que é o rótulo de maior comprimento em nosso exemplo. Esta referência bibliográfica
seria gerada com o seguinte formato:
Bibliografia
[ABDOUNUR] ABDOUNUR, O. J. Structural changes in the mathematical foundations of music
starting in the seventeenth century: remarks on consonance, harmonic series and
temperament. Rev. Bras. Hist. Mat., n. Special Issue 1, p. 369–380, 2007. ISSN
1519-955X.

2.22.2 Usando o BibTeX para gerar referências


O programa auxiliar BibTeX é usado para gerar as referências bibliográficas. O programa tem
como entrada um arquivo com sufixo .bib e como saída um arquivo com sufixo .bbl contendo
o ambiente “thebibliography” como definido em 2.22.1. O arquivo .bib contém as referências
bibliográficas no formato conhecido como “bibtex”. Diversas bases de dados de artigos científicos
(como a MathSciNet, por exemplo) tem opção para gerar a referência a um trabalho que está sendo
consultado no formato do bibtex, o que simplifica bastante a geração de referências bibliográficas,
60 2. LATEXBásico

pois basta encontrar o trabalho na base de dados, ativar a opção que gera a referência no formato
do BibTeX e depois copiar o texto gerado para o arquivo .bib.
Segue um exemplo com o conteúdo do arquivo .bib que gera referências bibliográficas como na
subseção 2.22.1

@book { w r i g h t ,
AUTHOR = { Wright , David } ,
TITLE = { M a t h e m a t i c s and m u s i c } ,
SERIES = { M a t h e m a t i c a l World } ,
VOLUME = { 2 8 } ,
PUBLISHER = { American M a t h e m a t i c a l S o c i e t y } ,
ADDRESS = { P r o v i d e n c e , RI } ,
YEAR = { 2 0 0 9 } ,
PAGES = { x i v +161} ,
ISBN = {978 −0 −8218 −4873 −9} ,
MRCLASS = {00A6 5 } ,
MRNUMBER = {2541946 ( 2 0 1 0 h : 0 0 0 2 0 ) } ,
}
@ a r t i c l e { abdounur ,
AUTHOR = { Abdounur , O s c a r J o { \ ~ a } o } ,
TITLE = { S t r u c t u r a l c h a n g e s i n t h e m a t h e m a t i c a l
f o u n d a t i o n s of music s t a r t i n g i n t h e
s e v e n t e e n t h c e n t u r y : r e m a r k s on c o n s o n a n c e ,
h a r m o n i c s e r i e s and t e m p e r a m e n t } ,
JOURNAL = { Rev . B r a s . H i s t . Mat . } ,
FJOURNAL = { R e v i s t a B r a s i l e i r a de H i s t { \ ’ o } r i a da
Matem { \ ’ a } t i c a . An I n t e r n a t i o n a l J o u r n a l on
the History of Mathematics } ,
YEAR = { 2 0 0 7 } ,
NUMBER = { S p e c i a l I s s u e 1 } ,
PAGES = {369 − −380} ,
ISSN = {1519 −955X} ,
MRCLASS = {00A69 ( 0 1A4 5 ) } ,
MRNUMBER = { 2 4 1 7 7 5 0 } ,
}
@Online { w i k i ,
a u t h o r = { Wikip { \ ’ e } d i a } ,
t i t l e = { Wikip { \ ’ e } d i a : A e n c i c l o p { \ ’ e } d i a l i v r e } ,
note = { Verbetes d i v e r s o s , a c c e s s a d a Set . 2011} ,
u r l = { h t t p : / / pt . wikipedia . org / wiki / } ,
}
@Online { f a p e s p ,
author = { Brasil } ,
2.22 Referências bibliográficas 61

t i t l e = {Ag { \ ^ e } n c i a F a p e s p − M{ \ ’ u } s i c a como
ci {\^ e} ncia } ,
n o t e = { A c c e s s a d a Nov . − 2 0 1 1 } ,
u r l = { h t t p : / / agencia . fapesp . br /14734} ,
}

O formato deste arquivo é bastante simples e serão feitos apenas alguns comentários. A primeira
palavra informa o tipo de referência. Tem-se “@book”’ para livro, “@article” para artigo, “@On-
line” para citação de fonte na Internet. Depois de definido o tipo segue a referência propriamente
dita limitada por chaves. A primeira palavra da referência é o nome que será usando pelo co-
mando \cite quando a referência for citada ao longo do trabalho. A seguir tem-se os campos que
identificam a referência propriamente dita. Pode ser que nem toda esta informação seja usada na
bibliografia, pois isto depende do formato adotado. Neste exemplo, as duas primeiras referências
foram retiradas de uma base de dados e foram incluídos campos que não seriam necessários para a
citação.
Como o BibTeX não tem bom suporte para os diversos “encodings”, incluindo o UTF-8, podem
surgir problemas, especialmente quando os arquivos .tex e .bib não tiverem o mesmo “encoding”.
Caso os dois arquivos tenham o mesmo “encoding”, ainda assim poderá ocorrer algum problema,
pois alguns usos do BibTeX necessitam que os nomes dos autores sejam ordenados e passados
para letras maiúsculas. No entanto o BibTeX não consegue converter para maiúsculas caracteres
acentuados e nem ordená-los convenientemente. Desta forma é recomendável que o arquivo .bib
use o sistema de acentuação original do TEX, como descrito a seguir:
Os principais caracteres acentuados devem ser expressos da seguinte forma:
• Acento agudo: {\'a} equivale a “á”;
• Acento circunflexo: {\^a} equivale a “â”;
• Crase: {\`a} equivale a à;
• Til: {\~a} equivale a “ã”;
• Trema: {\"a} equivale a “ä”;
• Cedilha: {\c C} equivale a “Ç”;
• Acento agudo na letra i minúscula: {\'\i} equivale a “í”;
Note-se que o acento sobre a letra “i” tem padrão diferente dos outros. Isto para que o LATEX
retire o “pingo” do i quando o acentua. O sistema apresentado acima corresponde ao empregado
originalmente para a acentuação dos arquivos em TEX e LATEX. Ainda hoje, muitos usuários do
programa digitam seus trabalhos com este padrão de acentuação. A vantagem é que se for feita
a acentuação desta forma não há dependência com relação ao “encoding” do arquivo .tex, pois
tanto o latin1 quanto o UTF-8 tem a mesma representação para os caracteres do sistema ASCII.
As desvantagens de usar este esquema são que o texto em LATEX não pode ser fluentemente lido e,
também, os revisores ortográficos não são adaptados a este esquema de acentuação.
62 2. LATEXBásico

A recomendação é para que seja adotada a acentuação padrão no arquivo .tex e a acentuação como
na tabela para o arquivo .bib.
O programa BibTeX converte o arquivo .bib em um arquivo com sufixo .bbl e este contém
comandos para o ambiente “thebibliography” como visto na Seção 2.22.1. Para isto são necessárias
informações sobre o formato em que serão apresentadas as referências. Este formato é especificado
no arquivo .tex. Desta forma, é necessário rodar inicialmente o LATEX, depois o programa bibtex e,
finalmente, roda-se o LATEX até que o arquivo gerado se estabilize. Como já foi dito, o programa
latexmk realiza a chamada destes programas de forma automática e seu uso é fortemente indicado
(os editores de LATEX em geral tem uma opção para chamar o latexmk para a compilação do arquivo
.tex).
No arquivo .tex deve-se inserir os comandos \bibliographystyle e \bibliography no ponto em que
será incluída a bibliografia, isto é, após o último capítulo e antes dos anexos.
O comando \bibliographystyle tem como parâmetro o nome do estilo de bibliografia que será
adotado no trabalho. O estilo mais comum é denominado “plain”. As informações sobre o
estilo escolhido ficam armazenadas em um arquivo com sufixo .bst e o LATEXprocura este arquivo
nas pastas adequadas. Por exemplo, o comando \bibliographystyle{plain} se refere ao arquivo
de formato de bibliografia denominado plain.bst. Tem-se diversos outros estilos bibliográficos
disponíveis e alguns periódicos fornecem o arquivo com o formato adotado pela revista para
facilitar a adaptação do texto ao formato padronizado pelo periódico. Pode-se criar um estilo
bibliográfico (arquivo .bst) adequado ao formato desejado, mas este procedimento não é simples.
Na referência [ABNTeX, ABNTeX ] tem-se arquivos para gerar classes que respeitam as normas
da ABNT e arquivos de estilo bibliográfico compatíveis com as normas da ABNT. Infelizmente, o
projeto não tem tido atualizações desde 2005. Se desejar usar o estilo de referências .bst que segue
as normas da ABNT, mas não quiser instalar todos os arquivos do pacote, basta copiar os arquivos
de nome “abnt-alf.bst” e “abnt-num.bst” para a pasta em que está o arquivo .tex. O primeiro
arquivo corresponde ao formato com índices alfanuméricos para as referências bibliográficas
e o segundo arquivo deve ser usado quando se desejar índices numéricos, como no exemplo
da subseção 2.22.1. Para utilizá-los deve-se usar o comando \bibliographystyle{abnt-alf} ou
\bibliographystyle{abnt-num}, conforme a preferência.
Após o comando \bibliographystyle deve-se inserir o comando \bibliography que tem como
parâmetro o nome do arquivo .bib, sem incluir este sufixo. É recomendável que o arquivo .bib
esteja na mesma pasta do arquivo .tex. Por exemplo, as referências bibliográficas deste trabalho no
formato do BibTeX estão no arquivo bibliografia.bib pertencente à mesma pasta que o fonte deste
artigo. O comando \bibliography{bibliografia} foi usado para inserir neste trabalho as referências
bibliográficas.
O pacote biblatex se propõe a solucionar todos os problemas que o programa BibTeX apresenta,
incluindo o suporte a diversos “encodings”, opções para inserir palavras-chave no idioma do
documento, possibilidade de alterar facilmente o formato da bibliografia (não usa o formato .bst).
Além disso, permite gerar as referências bibliográficas em formatos adequados à divulgação em
páginas da Internet etc. O pacote biblatex trabalha em conjunto com o programa biber, substituindo
o BibTeX. Apenas em 2011 as distribuições de LaTeX começaram a dar suporte ao programa
2.23 Índice remissivo 63

biber, devido a dependências com relação à linguagem “perl”, utilizada pelo biber.

2.23 Índice remissivo


A criação de um índice (índice remissivo) no LATEX é relativamente simples. A característica que
causa alguma dificuldade é a necessidade de rodar um programa adicional, o “makeindex”. O
procedimento usual é compilar o LATEX depois rodar o “makeindex” e, finalmente, rodar de novo
o LATEX para gerar o arquivo final. O programa “makeindex” converte o arquivo .idx gerado pelo
LATEX no arquivo .ind que será usado para gerar o índice. A maior parte dos editores de LATEX tem
opção para compilar os programas necessários. Por exemplo, no TeXMaker pode-se compilar o
arquivo .tex usando o comando latexmk que verifica o arquivo .tex e chama todos os programas
necessários de forma automática. É necessário que o latexmk seja instalado pela sua distribuição
de LATEX. Tanto o TeXLive quanto o MiKTeX podem instalar este programa (na verdade é um
“script” em Perl).
Para utilizar um índice é necessário chamar o pacote “makeidx” através do comando \usepac-
kage{makeidx}. Ainda no preâmbulo (em algum lugar antes do \begin{document}) deve ser usado
o comando \makeindex. Ao longo do texto, quando se desejar incluir um item do índice deve-se
usar o comando \index que tem como parâmetro o texto que aparecerá no índice. Por exemplo, o
comando \index{figura} irá inserir uma entrada no índice denominada “figura”, que indicará a
página em que está o comando \index como a página em que este índice foi definido.
O índice pode ser estruturado para facilitar a consulta. Por exemplo, neste trabalho foram incluídos
no índice os diversos pacotes citados. Ao invés de incluir somente o nome do pacote, o que
dificultaria a consulta para os leitores interessados em verificar quais foram os pacotes citados,
preferiu-se criar uma raiz “pacote” e citar cada um deles dentro desta raiz. Por exemplo, o comando
\index{pacote!babel} insere o local em que se encontra a citação para o pacote babel e esta citação
será incluída no índice, junto com todos os outros pacotes, sob o nome raiz “pacote”.
O índice remissivo propriamente dito será inserido pelo comando \printindex.
A página [Contribuidores do Wikibooks, LaTeX/Indexing] mostra diversas formas de formatar o
índice, incluindo, por exemplo, intervalos de páginas.

2.24 Outros textos sobre LATEX


Um arquivo no formato .pdf que é muito útil e que é mantido atualizado é o “The not so short
introduction to LATEX” [Oetiker et al., The not so Short Introduction to LaTeX2𝜖]. Existe versão
traduzida para o português do Brasil, mas está muito desatualizada e, se for necessária a sua
consulta em português, recomenda-se a tradução de Alberto Simões para português de Portugal
[Oetiker et al., Uma não tão Pequena Introdução ao LaTeX2𝜖].
Em inglês, é indicado o arquivo “Short Math Guide for LATEX” [Downes, Short Math Guide for
LaTeX ] que além de ter símbolos mostra diversos exemplos de como lidar com textos matemáticos
64 2. LATEXBásico

mais complexos como, por exemplo, um sistema de equações, ou equações que não cabem em
uma única linha. Ainda na mesma linha, mas com muito mais detalhes (e adequado para leitores
com alguma experiência) tem-se o texto de Herbert Voss [Voss, Math Mode v 2.47 ] sobre como
editar matemática com o LATEX.
Finalmente, a referência clássica, mas não disponível online, do LATEX é o livro Latex Companion
[Mittelbach et al., The LATEXCompanion].
Capítulo 3

Multimídia e apresentações

3.1 “Hyperlinks”, inserção de arquivos de som e vídeos


O LATEX permite incluir referências da internet usando o pacote hyperref. A inserção é bem simples,
basta usar o comando \href. Este comando tem dois parâmetros: o primeiro é o endereço da página
a ser vista e o segundo é o texto que aparecerá no arquivo LATEX. Por exemplo, o comando
\href{http://www.ctan.org/tex-archive/info/lshort/english/lshort.pdf}{LaTeX (manual)}
será exibido no arquivo como “LatTex (manual)” e se o texto for selecionado, será mostrado o
manual do LATEX, dependendo do visualizador de arquivos .pdf que estiver sendo utilizado.
A inserção de arquivos de som e vídeos através do LATEX pode ser muito útil em apresentações.
Isto é possível a partir da versão 1.5 do formato pdf. No entanto, apenas a partir da versão 9
do AdobeReader, este programa deu suporte a esta extensão e, atualmente (03/2012), apenas as
versões do AdobeReader para Windows e Mac suportam o uso de vídeos e sons. É provável que
em um futuro breve outros visualizadores de arquivos pdf tenham implementado a visualização
de vídeos. Aparentemente o visualizador para Linux denominado Okular está implementando
suporte a vídeos.
Para inserir um vídeo em um arquivo .pdf deve ser usado o pacote movie15.
Exemplo básico de inserção de um vídeo no formato .mp4:
\ documentclass . . .
...
\ u s e p a c k a g e { movie 15}
...
\ b e g i n { document }
...
\ begin { f i g u r e }[ ht ]
\ i n c l u d e m o v i e [ p o s t e r , t e x t ={\ s m a l l Exemplo de v i d e o }
] { 6 cm}{6cm}{ v i d e o _ exemplo . mp4}
\ end { f i g u r e }

65
66 3. Multimídia e apresentações

...
\ end { document }

A opção poster indica que a primeira fotografia do filme será usada como figura. O tamanho da
figura neste exemplo é 6cm por 6cm

3.2 Elaboração de apresentações


A elaboração de apresentações em LATEX pode ser feita utilizando classes específicas. Tem-se
diversas classes disponíveis e, dentre as principais e mais atualizadas destacam-se as classes
powerdot [Adriaens e Ellison, Tex Catalogue Online] e beamer [Tantau, Wright e Miletić, The
Beamer Class]. Michael Wieldmann escreveu uma página [Wiedmann, Screen Presentation Tools
] listando as muitas opções disponíveis para elaborar apresentações em LATEX.
A classe powerdot, sucessora da classe prosper, tem como restrição o fato de não poder utilizar o
programa pdflatex e, portanto, não poder incluir na apresentação figuras nos formatos .jpg e .png,
mas, por outro lado, é uma classe de uso bastante simples.
Neste trabalho serão apresentadas as instruções para uso da classe beamer, que não tem esta
restrição, é bastante simples e configurável e é muito usada. Beamer é uma classe de LATEX e,
portanto, deve ser chamada no primeiro comando do arquivo. Um exemplo é
\ d o c u m e n t c l a s s [ n o t h e o r e m s , 1 0 p t ] { beamer }

O parâmetro 10 pt corresponde ao tamanho do fonte (utiliza-se, normalmente, 10pt, 11pt e 12pt).


O parâmetro notheorems indica que o beamer não deve usar ambientes de teorema pré-definidos e
aceitar os comandos \newtheorem como citados subseção 2.16.
O passo seguinte é definir o tema mais adequado para toda a apresentação (estes comandos devem
ser incluídos no preâmbulo). Deve-se escolher o tema propriamente dito (em geral nome de cidade)
e o padrão de cores a aplicar no tema (em geral nomes de animais ou plantas). Por exemplo,
pode-se usar o tema Montpellier junto com o tema de cores dolphin e a a sintaxe seria:
\ usetheme { M o n t p e l l i e r }
\ usecolortheme { dolphin }

No blog de Sebastien Pipping [Pipping, Latex Beamer Theme Matrix] tem-se uma matriz de temas
versus cores do beamer, facilitando a escolha mais adequada ao gosto pessoal. O beamer também
permite configurar os temas de forma bem detalhada, mas isto não será tratado neste trabalho (ver
o manual do beamer [Tantau, Wright e Miletić, The Beamer Class]).
O beamer usualmente alinha o texto somente à esquerda pois, como o fonte é grande e tem
poucos caracteres por linha, ajustar o texto em ambas as margens pode torná-lo esteticamente
desagradável. Uma apresentação, em geral, apresenta tópicos curtos e não texto corrido. Para
alinhar o texto com as margens esquerda e direita simultaneamente, pode-se usar o pacote ragged2e
(comando \usepackage{ragged2e} no preâmbulo). Para ativar o alinhamento deve-se usar o
3.2 Elaboração de apresentações 67

comando \justifying dentro de cada ambiente em que se deseja alinhamento em ambas as margens.
Os principais ambientes em que poderemos incluir o comando \justfying são: enumerate, itemize,
description, frame, column, block e os ambientes de teoremas.
No preâmbulo deve-se definir os dados sobre a apresentação, título, data, autor etc. Por exemplo,
\ t i t l e [ I n t r o d u ç ã o ao L a t e x ] { I n t r o d u ç ã o ao L a t e x }
\ s u b t i t l e { A p r e s e n t a ç ã o e l a b o r a d a p a r a a Semana do I n s t i t u t o
de Matem á t i c a e E s t a t í s t i c a ( IME ) \ \ UERJ −
O u t u b r o de 2011}
\ a u t h o r [ I . Lopez \& M. D . da S i l v a ]
{ I v o F . Lopez \& M. D . G . da S i l v a }
\ i n s t i t u t e [ IM / UFRJ ] { I n s t i t u t o de Matem á t i c a / UFRJ}
\ d a t e [ 2 0 1 1 ] { O u t u b r o 2011}

Nos comandos acima foram definidos o título, subtítulo, autor e data da apresentação. Os textos
entre colchetes são versões mais curtas para o texto a serem usadas em cada página da apresentação,
caso o tema suporte esta opção. Usualmente este comandos ficam no preâmbulo do arquivo .tex,
isto é, em alguma posição antes do comando \begin{document}.
Para inserir uma página de título da apresentação, basta inserir os seguintes comandos:
\ begin { frame }
\ maketitle
\ end { f r a m e }

O ambiente “frame” serve para definir o conteúdo de cada página da apresentação. Neste exemplo
são inseridas automaticamente as informações sobre a apresentação definidas no preâmbulo (autor,
título, data etc).
Pode-se definir um título para uma dada página da apresentação usando o comando \frametitle
dentro da página, como, por exemplo,
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ begin { itemize }
\ item Primeiro item
\ i t e m Segundo i t e m
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }

Um recurso que pode ser usado é dividir automaticamente o conteúdo dentro do ambiente “frame”
ao longo de diversas páginas. Obviamente este recurso faz com que as páginas contenham excesso
de informação, o que não é indicado para apresentações mas, por outro lado, permite adaptar
rapidamente um texto (por exemplo, um artigo) de forma que gere um esboço da apresentação.
Para isto deve ser usado o parâmetro do ambiente “frame” denominado allowframebreaks como
no exemplo abaixo
68 3. Multimídia e apresentações

\ begin { frame }[ allowframebreaks ]


\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ begin { itemize }
\ item Primeiro item
\ i t e m Segundo i t e m
...
\ i t e m C e n t é simo i t e m
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }

Um efeito interessante que pode ser usado em apresentações é mostrar aos poucos a página,
permitindo que os ouvintes acompanhem a explicação. O uso excessivo desta técnica às vezes
atrapalha mais do que ajuda pois a apresentação pode perder o ritmo pelo possível atraso em
mostrar os itens seguintes. O nome desta técnica é ”overlay”. Na sua forma mais simples, pode-se
mostrar um a um os itens de um ambiente “enumerate” ou “itemize”, bastando incluir um comando
\pause entre os itens, por exemplo:
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ setbeamercovered { transparent }
\ begin { itemize }
\ item Primeiro item
\ pause
\ i t e m Segundo i t e m
\ pause
\ item Terceiro item
\ pause
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }

O comando opcional \setbeamercovered faz com que todos os itens fiquem visíveis, só que os que
ainda não devem aparecer ficam com tonalidade mais desbotada. Assim, o resultado final está
visível desde o início, mas o item que está sendo exposto está com a sua cor final.
Pode-se escolher em que “fase” da apresentação da página aparecerá cada item. Isto é feito
incluindo um termo iniciado por “<”, seguido da(s) fase(s) desejadas e terminando por “>”.
Por exemplo: “<1>” indica que o item aparecerá na primeira fase somente; “<2->” indica que
aparecerá da segunda até a última fase. O exemplo a seguir faz com que todos os itens estejam
inicialmente visíveis mas apenas um realçado de cada vez:
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ setbeamercovered { transparent }
\ begin { itemize }
\ i t e m <1> P r i m e i r o i t e m
\ i t e m <2> Segundo i t e m
3.2 Elaboração de apresentações 69

\ i t e m <3> T e r c e i r o i t e m
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }

Muitas vezes é indicado dividir uma página da apresentação em duas (ou mais) colunas. O beamer
permite que isto seja feito fornecendo um ambiente próprio para inserir colunas. Deve-se definir a
largura e o alinhamento de cada coluna. Um exemplo do uso de colunas seria:
\ begin { frame }
\ begin { columns }[ t ]
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
V a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ i t e m p e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a
\ i t e m f a c i l i t a a i n s e r ç ã o de f i g u r a em uma c o l u n a
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
D e s v a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ i t e m a p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o
\ i t e m à s v e z e s é n e c e s s á r i o r e d u z i r o tamanho do f o n t e
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ end { c o l u m n s }
\ end { f r a m e }

O ambiente “columns” indica para o beamer que serão inseridas colunas. O argumento que o
segue indica o alinhamento vertical das colunas (“t”, “b” ou “c” significando topo, base ou centro,
respectivamente).
O ambiente “column” serve para definir cada coluna. O primeiro parâmetro que o segue é o
posicionamento horizontal, (“l”, “r” ou ‘c” significando esquerda, direita e centro). Depois segue
a largura da coluna. Neste exemplo foram definidas duas colunas cada uma ocupando 50% da
largura da área de texto (\textwidth).
Finalmente, tem-se o ambiente “block” que permite dividir a página em blocos. De uma certa
forma é o equivalente horizontal para as colunas, como definido anteriormente. O uso simultâneo
de blocos e colunas permite dividir uma página em diversas regiões. Ao contrário das colunas, os
blocos podem ter um título.
O pacote beamerposter permite a elaboração de posters nos formatos A0, A1, A2, A3 e A4 usando
a classe beamer. Para isto deve-se dividir a página (“frame”) em blocos e colunas, como pode ser
visto na página do pacote [Dreuw e Deselaers, Latex Beamer Poster ] ou na página com exemplo
[Dreuw e Deselaers, The LaTeX beamerposter package].
O equivalente do exemplo anterior com as colunas substituídas por blocos seria:
70 3. Multimídia e apresentações

\ begin { frame }
\ b e g i n { b l o c k }{ V a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m P e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a
\ i t e m P e r m i t e d a r um t í t u l o a c a d a b l o c o
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ b e g i n { b l o c k } { D e s v a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m A p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o
\ i t e m O e x c e s s o de b l o c o s d i f i c u l t a a l e i t u r a
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ end { f r a m e }

O uso do ambiente bloco é bem simples e seu único parâmetro é o título do bloco.

A seguir temos exemplos do formato final da páginas com colunas e da página com blocos.

Noções Básicas
Estrutura do LaTeX
Mutimídia e apresentações
Mensagens de erro e considerações finais
Bibliografia
Referências

Página com o resultado do exemplo relativo a colunas

Vantagens do uso das colunas Desvantagens do uso das colunas


permite separar blocos lógicos a página pode ficar com excesso
em uma página de informação
facilita a inserção de figura em às vezes é necessário reduzir o
uma coluna tamanho do fonte

I. Lopez & M. D. da Silva Introdução ao Latex


3.2 Elaboração de apresentações 71

Noções Básicas
Estrutura do LaTeX
Mutimídia e apresentações
Mensagens de erro e considerações finais
Bibliografia
Referências

Página com o resultado do exemplo relativo a blocos

Vantagens do uso dos blocos


Permite separar blocos lógicos em uma página
Permite dar um título a cada bloco

Desvantagens do uso dos blocos


A página pode ficar com excesso de informação
O excesso de blocos dificulta a leitura

I. Lopez & M. D. da Silva Introdução ao Latex


72 3. Multimídia e apresentações
Capítulo 4

Mensagens de erro

4.1 Mensagens de erro do LATEX


Uma das dificuldades maiores para os iniciantes do LATEX são as mensagens de erro. Alguns
editores de LATEX chegam a “esconder” as advertências e mesmo as mensagens de erro.
Muitas vezes o próprio compilador LATEX faz, automaticamente, um tratamento do erro encontrado
e, em alguns casos, o resultado final é o desejado (por exemplo, ele pode decidir incluir um
marcador de fim de ambiente matemático por não ter encontrado o marcador esperado e este
comportamento ser exatamente o desejado). Porém, muitas vezes o arquivo não fica na forma
esperada e, até mesmo, a compilação é encerrada sem gerar o arquivo .pdf.
As mensagens de erro estão todas em inglês e trazem ao seu início, a linha em que o problema foi
identificado (observe que o erro pode ter acontecido em linha anterior a essa).
Muitas vezes um erro em uma linha ocasiona uma sequência de erros desencadeados pelo erro
inicial. Em geral é melhor resolver um erro de cada vez e ir retirando os erros à medida em que o
documento é digitado.

4.2 Principais mensagens de erro do LATEX


• Extra alignment tab has been changed to \cr: Provavelmente foram incluídas muitas colunas
em uma tabela ou ambiente similar (as colunas são separadas por “&”) ou esqueceu de usar o
“\\” para mudar de linha.
• LaTeX Error: \begin{…} on input line “núm. linha” ended by \end{document}: Provavelmente
esqueceu-se de fechar o ambiente iniciado por \begin ou então deixou-se uma chave aberta
(“{”) sem fechar dentro deste ambiente (por isso o LATEX não reconheceu o fim do ambiente).
Esquecer de fechar uma chave muitas vezes gera erros com mensagens “misteriosas” pois o
LATEX segue procurando o fechamento da chave e, muitas vezes, ignorando comandos.

73
74 4. Mensagens de erro

• LATEX Warning: Reference ... undefined on .... Provavelmente ainda não compilou o LATEX o
número necessário de vezes para que este identifique a posição da referência em questão. Pode
ser, também, que a definição da referência tenha sido apagada ou o nome esteja incorreto.
• Missing $ inserted: Provavelmente esqueceu de fechar o ambiente matemático.
• Paragraph ended before \end was complete. Provavelmente tem uma abertura de chaves (“{”)
sem o correspondente fechamento ou um ambiente iniciado por \𝑏𝑒𝑔𝑖𝑛 que não foi finalizado.
• Runaway argument?: Provavelmente tem uma chave (“{”) aberta sem o correspondente
fechamento.
• Undefined control sequence. Provavelmente tentou chamar um comando que não existe.
Muitas vezes o nome do comando foi digitado incorretamente. Pode ser, também, que o
comando não tenha um espaço em branco separando-o do restante do texto.
• Overfull \ℎ𝑏𝑜𝑥 (9.11617pt too wide) in paragraph at lines 860–861: Esta advertência avisa
que o arquivo gerado a partir das linhas 860 e 861 do código .tex ultrapassa a margem direita
em 9.11617pt. Cada 3 pt equivalem a, aproximadamente, 1mm. Neste exemplo, então, a
margem direita foi ultrapassada em cerca de 3mm. Quando o valor for muito grande (acima
de 15pt, por exemplo) é recomendável que altere a linha de forma a que o texto não fique
com uma má aparência. Muitas vezes basta permitir a separação de sílabas na palavra ou
reescrever a linha de tal forma que o problema desapareça. Com frequência esta mensagem
aparece em equações e, neste caso, separando a expressão em várias linhas pode resolver o
problema. No modo matemático, os ambientes “align” e “multline podem ajudar a resolver
este problema (tratando caso a caso). Em modo texto, o pacote microtype e a separação
silábica adequada (pacote babel) reduz substancialmente estas advertências.
• Underfull \ℎ𝑏𝑜𝑥 (badness 1394) in paragraph at lines 28–30: Esta mensagem aparece quando
o LATEX não conseguiu alinhar a margem direita propriamente, deixando algum espaço vazio.
Em geral esta mensagem não é considerada pois a diferença é muito pequena.
O uso do pacote “microtype” reduz as advertências de “Underfull hbox” e “Overfull hbox” pois
este pacote altera ligeiramente o espaçamento, tamanho ou forma do fonte de maneira que o texto
se ajusta melhor à linha.
De uma forma geral, muitos erros podem ser evitados tomando-se o cuidado de fechar todas as
chaves abertas (“{”), fechar todos os ambientes iniciados com “\𝑏𝑒𝑔𝑖𝑛” e fechar todos os ambientes
matemáticos, geralmente iniciados por “$” ou “$$”. Uma análise atenta das cores mostradas pelo
editor de LATEX pode indicar claramente alguns destes erros. Se a cor esperada estiver incorreta,
provavelmente houve algum problema com algum comando anterior.

4.3 Principais dificuldades do LATEX


Excesso de pacotes: a distribuição completa do TeXLive tem mais de 1600 pacotes, alguns muito
úteis e outros aplicáveis em casos extremamente específicos. Seria bom se os pacotes mais usados
fossem incorporados ao LATEX sem haver necessidade de uncluí-los no arquivo .tex.
4.3 Principais dificuldades do LATEX 75

Se utilizar índice remissivo e/ou bibliografia em arquivo externo, a compilação requer várias
passagens dos programas. O script latexmk lida com isto de maneira automática. O TeXMaker
pode ser configurado para utilizar este script como padrão de compilação ou de forma que se possa
escolher os programas a serem rodados para gerar o arquivo .pdf ou .dvi.
Utilizar os fontes do sistema operacional no LATEX não é possível. O programa LuaTeX, em
desenvolvimento, deverá resolver esta situação, além de permitir que as macros em LATEX possam
ser mais facilmente programadas (através da linguagem Lua).
A inserção de conteúdo multimídia ainda não está completamente funcional no Linux.
O suporte aos diversos idiomas deverá ser padronizado. O encoding UTF-8 deverá ser completa-
mente suportado (LuaTeX já tem este suporte). Atualmente dos editores mais conhecidos, apenas
o TeXNicCenter e o WinEdt ainda não têm suporte a UTF-8 (previsto para as próximas versões).
O número de arquivos auxiliares gerados pelo LATEX e seus pacotes é muito grande. Com isso,
“polui” a pasta que contém o .tex e, às vezes, pode ser difícil encontrar o arquivo desejado, entre
tantos com a mesma raiz. O TeXMaker tem uma opção em “ferramentas” para limpar estes
arquivos (pode ser, também, o comando “latexmk -C MeuArquivo.tex” no Linux). Exemplos de
sufixos de arquivos auxiliares: aux, bbl, blg,idx, idi, log, nav, snm, toc, synctex, vrb etc.
76 4. Mensagens de erro
Bibliografia

ABNTeX: ABNTeX ABNTeX


Contribuidores do ABNTeX. ABNTeX. URL: http://abntex.codigolivre.org.br (acedido
em 10/2011).
Notas: Projeto para criar classes de LATEX e esitlo de bibliografia adaptados às normas da ABNT.
O projeto não recebe atualizações desde 2005, mas o estilo para o BibTeX ainda é bastante útil.

Adriaens et al.: Tex Catalogue Online LatexPwrDot


Hendri Adriaens e Christopher Ellison. Tex Catalogue Online. Powerdot, a Presentation Class.
URL: http://www.ctan.org/tex-archive/help/Catalogue/entries/powerdot.html
(acedido em 10/2011).
Notas: Classe para elaborar apresentações a partir de um arquivo em LATEX. Esta classe é uma
evolução da classe Prosper.

AMS: Using the amsthm package AMSthm


Americam Mathematical Society AMS. Using the amsthm package. Version 2.20, August 2004.
URL: http://mirrors.ctan.org/macros/latex/required/amslatex/amscls/doc/
amsthdoc.pdf (acedido em 02/2012).
Notas: Manual do pacote amsthm utilizada para definir e configurar ambientes de teorema. Este
pacote foi desenvolvido pela AMS e é bastante usado junto com os pacotes amsmath e amssymb;

AoPSWiki: Art of Problem Solving LatexSimbMat2


Contribuidores do AoPSWiki. Art of Problem Solving. Latex:Symbols. URL: http : / / www .
artofproblemsolving.com/Wiki/index.php/LaTeX:Symbols (acedido em 10/2011).
Notas: Página que contém informações sobre a digitação de matemática no LATEX, incluindo listas
com os principais símbolos.

Barros: Trabalho de conclusão de curso - monografia LatexMono


Maxwell M. de Barros. Trabalho de conclusão de curso - monografia. URL: http://www.demat.
ufma.br/monografia.php (acedido em 10/2011).

77
78 BIBLIOGRAFIA

Notas: Classe para digitar monografias de final de curso em LATEX. Leva em conta as normas da
ABNT.

Biazutti: Uma Introdução ao Latex LatexBiazutti


Angela Biazutti. Uma Introdução ao Latex. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora do IM-UFRJ, 2011.
URL: http://www.im.ufrj.br/listarEditoraIM.php.
Notas: Livro com uma introdução ao LATEXvoltado para o usuário iniciante que deseja aprender o
básico de LATEX, especialmente se deseja digitar sua monografia ou dissertação.

Brachet: TeXMaker TeXMaker


Pascal Brachet. TeXMaker. Free cross-platform LATEXeditor since 2003. URL: http : / / www .
xm1math.net/texmaker (acedido em 10/2011).
Notas: Programa para digitar textos em LATEX. O TeXMaker é bastante estável, funciona em Linux,
Windows e Mac, possui diversos recursos avançados, como busca direta e reversa no formato pdf
e é um software livre.

Downes: Short Math Guide for LaTeX LatexMthGde


Michael Downes. Short Math Guide for LaTeX. 22 de mar. de 2002. URL: ftp://ftp.ams.org/
pub/tex/doc/amsmath/short-math-guide.pdf (acedido em 10/2011).
Notas: Arquivo no formato pdf que contém explicações e exemplos muito bons para digitar
matemática em LATEX.

Dreuw et al.: Latex Beamer Poster LatexBmrPst1


Philippe Dreuw e Thomas Deselaers. Latex Beamer Poster. CTAN directory: /macros/latex/con-
trib/beamerposter. URL: http://www.ctan.org/tex-archive/macros/latex/contrib/
beamerposter (acedido em 10/2011).
Notas: Arquivos para o pacote LATEXBeamer Poster que permite preparar poster para apresentação
a partir dos comando da classe beamer.

Dreuw et al.: The LaTeX beamerposter package LatexBmrPst2


Philippe Dreuw e Thomas Deselaers. The LaTeX beamerposter package. Creating a scientific
LaTeX poster with the beamerposter package. URL: http : / / www - i6 . informatik . rwth -
aachen.de/~dreuw/latexbeamerposter.php (acedido em 10/2011).
Notas: Exemplo de uso do pacote LATEXBeamer Poster que permite preparar poster para apresen-
tação a partir dos comando da classe beamer.

Fauske et al.: TeXample.net LatexExTikz


Kjell Magne Fauske e Stefan Kottwitz. TeXample.net. Ample resources for TeX users. URL:
http://www.texample.net/ (acedido em 03/2012).
Notas: Portal com muitos exemplos de figuras gerados com o pacote tikz.
BIBLIOGRAFIA 79

GNU: O que é o Software Livre? SoftwareLivre


Contribuidores do GNU. O que é o Software Livre? URL: http://www.gnu.org/philosophy/
free-sw.pt-br.html (acedido em 10/2011).
Notas: Discute o que é o software livre e os princípios que o norteiam.

Greenwade: LaTeX General Help LatexHelp


George D. Greenwade. LaTeX General Help. URL: http://www.personal.ceu.hu/tex/
latex.htm (acedido em 10/2011).
Notas: Página com os comandos de LATEXagrupados por temas e com uma pequena explicação
sobre a sintaxe e funcionamento de cada um adaptada de texto de George D. Greenwade.

Hyndman: Controlling Fig. and Tab. Placement in Latex LatexFig


Rob J Hyndman. Controlling Fig. and Tab. Placement in Latex. URL: http://robjhyndman.
com/researchtips/latex-floats (acedido em 10/2011).
Notas: Página que contém informações sobre como posicionar adequadamente as tabelas e figuras
no LATEX.

ImageMagick: ImageMagick ConvertFig


Contribuidores ImageMagick. ImageMagick. Convert, Edit, And Compose Images. URL: http:
//www.imagemagick.org/script/index.php (acedido em 10/2011).
Notas: Página do sistema que realiza conversão entre os mais diversos formatos gráficos e, também,
permitem realizar diversas alterações nas imagens (software livre).

Massago: Página Web do Sadao Massago LatexSadao


Sadao Massago. Página Web do Sadao Massago. página Latex. URL: http://www.dm.ufscar.
br/~sadao/latex/index.php?lang=pt (acedido em 10/2011).
Notas: Um portal com muitas informações sobre o LATEXem português e inglês (pode escolher o
idioma).

Mittelbach et al.: The LATEXCompanion LatexCompanion


Frank Mittelbach et al. The LATEXCompanion. 2ª ed. Boston: Addison-Wesley, 2004.
Notas: Livro bastante completo com muitas informações sobre o LATEX. A segunda edição foi
completamente reescrita e inclui todas as novidades até 2004.

Oetiker et al.: The not so Short Introduction to LaTeX2𝜖 Latex2e


Tobias Oetiker et al. The not so Short Introduction to LaTeX2𝜖. or LateX2𝜖 in 157 minutes. URL:
http://www.ctan.org/tex-archive/info/lshort/english/lshort.pdf (acedido em
10/2011).
80 BIBLIOGRAFIA

Notas: Página que contém informações sobre a digitação de matemática no LATEX, incluindo listas
com os principais símbolos.

Oetiker et al.: Uma não tão Pequena Introdução ao LaTeX2𝜖 Ltx2Pt


Tobias Oetiker et al. Uma não tão Pequena Introdução ao LaTeX2𝜖. ou LateX2𝜖 em 165 minutos.
Trad. por Antonio Simões. URL: http : / / www . ctan . org / tex - archive / info / lshort /
portuguese/pt-lshort.pdf (acedido em 10/2011).
Notas: Página que contém informações sobre a digitação de matemática no LATEX, incluindo listas
com os principais símbolos. Tradução para o português de Portugal.

Pipping: Latex Beamer Theme Matrix LatexBmrSty


Sebastian Pipping. Latex Beamer Theme Matrix. URL: http://blog.hartwork.org/?p=244
(acedido em 10/2011).
Notas: Blog com ‘dicas” e tabela de figuras completa com todas as opções de estilos do beamer.

Rahtz et al.: TeX Live TeXLive


Sebastian Rahtz et al. TeX Live. URL: http://tug.org/texlive (acedido em 10/2011).
Notas: Portal da distribuição de LATEXdenominada TeX Live, bastante usada nos computadores
com Linux e também disponível para os computadores Windows.

Schenk: MikTeX MikTeX


Christian Schenk. MikTeX. ...typesetting beautiful documents... URL: http://miktex.org.
Notas: Portal da distribuição de LATEXdenominada MikTeX, bastante usada nos computadores
com Windows.

Simões: The Not So Short Introd. to LaTeX2e (PT) LatexSimoes


Alberto Simões. The Not So Short Introd. to LaTeX2e (PT). Pasta de arquivos. URL: http :
//alfarrabio.di.uminho.pt/~albie/lshort/ (acedido em 10/2011).
Notas: Um portal com manuais de LATEXem português e um minicurso de LATEX.

Tantau: Tikz & Pgf PkgTikz


Till Tantau. Tikz & Pgf. Manual for version 2.10. URL: http://www.ctan.org/tex-archive/
graphics/pgf/base/doc/generic/pgf (acedido em 03/2012).
Notas: Pacote muito útil para desenhar figuras no LATEX ou TEX e gerar resultados nos formatos
.dvi, .ps ou .pdf.

Tantau et al.: The Beamer Class LatexBeamer


Till Tantau, J. Wright e V. Miletić. The Beamer Class. Userguide for the version 3.12. URL: http:
//ctan.org/tex-archive/macros/latex/contrib/beamer/doc/beameruserguide.pdf
(acedido em 10/2011).
BIBLIOGRAFIA 81

Notas: Classe para elaborar apresentações a partir de um arquivo em LATEX. Esta classe é bastante
simples e muito difundida.

Umeki: Package geometry PkgGeometry


Hideo Umeki. Package geometry. Flexible and complete interface to document dimensions. URL:
http://www.ctan.org/pkg/geometry (acedido em 01/2012).
Notas: Pacote muito útil para especificar o tamanho da página, tamanho do texto e/ou as margens
de um texto em LATEX.

Voss: Math Mode v 2.47 LatexMthMd


Herbert Voss. Math Mode v 2.47. 14 de dez. de 2010. URL: http://www.ctan.org/tex-
archive/info/math/voss/mathmode/Mathmode.pdf (acedido em 10/2011).
Notas: Arquivo no formato pdf contendo os comandos adequados a editar textos matemáticos no
LATEX. Tem muitos exemplos mas não é indicado como uma primeira leitura do LATEX.

Wiedmann: Screen Presentation Tools LatexClsPrs


Michael Wiedmann. Screen Presentation Tools. Tools for Creating Screen or Online Presentations.
URL: http://www.miwie.org/presentations/presentations.html#beamer (acedido em
10/2011).
Notas: Resumo das opções disponíveis para elaborar apresentações a partir do LaTeX.

Contribuidores Wikibooks: LaTeX/Floats, Figures and Captions LatexTbFig1


Contribuidores Wikibooks. LaTeX/Floats, Figures and Captions. URL: http://en.wikibooks.
org/wiki/LaTeX/Floats,_Figures_and_Captions (acedido em 10/2011).
Notas: Descrição detalhada sobre a inserção de tabelas e figuras no LATEX.

Contribuidores do Wikibooks: LaTeX/Colors LatexColor


Contribuidores do Wikibooks. LaTeX/Colors. URL: http://en.wikibooks.org/wiki/LaTeX/
Colors (acedido em 01/2012).
Notas: Ensina como gerar colorir texto e fundo de arquivos gerados pelo LATEX. Mostra as cores
pré-definidas e como definir novas cores.

Contribuidores do Wikibooks: LaTeX/Importing Graphics LatexImpGraf


Contribuidores do Wikibooks. LaTeX/Importing Graphics. URL: http://en.wikibooks.org/
wiki/LaTeX/Importing_Graphics (acedido em 10/2011).
Notas: Instruções detalhadas sobre como importar arquivos gráficos para o LATEX.

Contribuidores do Wikibooks: LaTeX/Indexing LatexIndex


Contribuidores do Wikibooks. LaTeX/Indexing. URL: http://en.wikibooks.org/wiki/
LaTeX/Indexing (acedido em 01/2012).
82 BIBLIOGRAFIA

Notas: Ensina como gerar índices remissivos no LATEX, mostrando os diversos comandos.

Contribuidores do Wikibooks: LateX/Mathematics LatexSimbMat1


Contribuidores do Wikibooks. LateX/Mathematics. URL: http://en.wikibooks.org/wiki/
LaTeX/Mathematics (acedido em 10/2011).
Notas: Página que contém informações sobre a digitação de matemática no LATEX, incluindo listas
com os principais símbolos.

Contribuidores do Wikibooks: Latex/Tables LatexTabular


Contribuidores do Wikibooks. Latex/Tables. URL: http://en.wikibooks.org/wiki/LaTeX/
Tables (acedido em 10/2011).
Notas: Página que contém informações sobre a digitação de tabelas no LATEX.

Contribuidores do Wikibooks: Latex/Title LatexTitulo


Contribuidores do Wikibooks. Latex/Title. URL: http://en.wikibooks.org/wiki/LaTeX/
Title_Creation (acedido em 01/2012).
Notas: Página que contém informações sobre como formatar uma página de título no LATEX.

Wilson et al.: Package memoir: Typeset fiction, non-fiction and mathematical books.
LatexMemoir
Peter Wilson e Lars Madsen. Package memoir: Typeset fiction, non-fiction and mathematical books.
URL: http://www.ctan.org/pkg/memoir (acedido em 02/2012).
Notas: Classe para digitar livros de ficção, não fcção, matemática, poesia etc. Permite muitos
tamanhos de letras, diversos formatos e inclui automaticamente mais de 30 pacotes do LATEX.

Young: Controlling Latex Floats LatexTbFig2


Andrew T. Young. Controlling Latex Floats. URL: http://mintaka.sdsu.edu/GF/bibliog/
latex/floats.html (acedido em 10/2011).
Notas: Página que contém informações sobre como posicionar adequadamente as tabelas e figuras
no LATEX.
Apêndice A

Exemplo de monografia, dissertação ou tese

A classe monografia [Barros, Trabalho de conclusão de curso - monografia ] é uma classe de-
rivada da classe report do LATEX desenvolvida pelo professor Maxwell da UFMA e tem como
objetivo facilitar a elaboração de monografias, dissertações e teses em LATEX. Para isto, o arquivo
“monografia.cls” deve ser trazido do portal da classe e colocado na mesma pasta em que fica a
monografia/dissertação/tese.
Na documentação da classe é dito que deve ser usado o “encoding” latin1 mas, no teste realizado,
não encontramos problema algum quando usamos o “encoding” utf8. A classe, além de incluir
diversos comandos e ambientes adequados à elaboração de monografias, dissertações e teses,
também segue as normas da ABNT. Além do arquivo “monografia.cls” está disponível na página
um manual de uso com exemplo no formato .pdf. Neste são apresentados os novos comandos e
ambientes disponíveis. A escolha do tipo de trabalho (monografia de licenciatura, bacharelado ou
especialização, dissertação de mestrado ou tese de doutorado) é feita pelo comando apropriado
logo após o comando \begin{document}. A seguir temos um (longo) exemplo de um arquivo .tex
utilizando esta classe para elaborar uma monografia, cujo resultado é apresentado a seguir.
\ documentclass [ a4 paper ,12 pt ]{ monografia }
\ usepackage { graphicx }
\ u s e p a c k a g e { amsmath , amsthm , amssymb }
\ usepackage [ b r a z i l ]{ babel }
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
\ usepackage { i n d e n t f i r s t }
\ usepackage { enumerate }
\ usepackage { microtype }
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ newtheorem { t h e o r e m }{ Teorema } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { axiom }{ Axioma } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { c o r o l l a r y }{ C o r o l á r i o } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { lemma }{ Lema } [ c h a p t e r ]

83
84 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

\ newtheorem { p r o p o s i t i o n }{ P r o p o s i ç ã o } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { d e f i n i t i o n }{ D e f i n i ç ã o } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { e x a m p l e }{ Exemplo } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { r e m a r k }{ O b s e r v a ç ã o } [ c h a p t e r ]
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ b e g i n { document }
%
%−−−−−−−−−− E s c o l h a o t i p o de t r a b a l h o −−−−−
\ licenciatura %m o n o g r a f i a de l i c e n c i a t u r a
%\ b a c h a r e l a d o %m o n o g r a f i a de b a c h a r e l a d o
%\ e s p e c i a l i z a c a o %m o n o f r a f i a de e s p e c i a l i z a ç ão
%\ m e s t r a d o % d i s s e r t a ç ão de m e s t r a d o
%\ d o u t o r a d o %t e s e de d o u t o r a d o
%
%−−−−−−−−−−−−−−−−− T í t u l o e Dados do A u t o r −−−−−−−−−−−−−−−−−
\ t i t u l o {Cô n i c a s : h i s t ó r i a , t e o r i a e c o n s i d e r a ç õ e s d i d á t i c a s }
%\ s u b t i t u l o {− Fazendo u s o da c l a s s e MONOGRAFIA −} % o p c i o n a l
\ a u t o r { F e r n a n d o Arag ã o G a r c i a }
\ nome{ F e r n a n d o }
\ u l t i m o n o m e { Arag ã o }
%

% −−−−−−− I n f o r m e o Curso e Grau −−−−


\ c u r s o {Matem á t i c a } \ ano {2011}
\ d a t a {15 de j a n e i r o de 2011} % d a t a da a p r o v a ç ão
\ c i d a d e { Rio de J a n e i r o }
%
%−−−−−−−−−− I n f o r m a ç õ e s s o b r e a I n s t i t u i ç ão −−−−−−−−−−−−−−−−−
\ i n s t i t u i c a o { U n i v e r s i d a d e F e d e r a l do Rio de J a n e i r o }
\ s i g l a {UFRJ}
\ u n i d a d e a c a d e m i c a { C e n t r o de Ci ê n c i a s Matem á t i c a s e da N a t u r e z a }
%
%
%−−−−−−−− I n f o r m a ç õ e s o b t i d a s na B i b l i o t e c a −−−−−−−−−−−−−−−−
%
\CDU{ xxx . xx } \ a r e a s { 1 . G e o m e t r i a Anal í t i c a 2 . Abordagens . }
\ n p a g i n a s { xx } % t o t a l de pá g i n a s do t r a b a l h o
%−−−−−−Nomes do O r i e n t a d o r , 1o . Examinador e 2o . Examinador −
\ o r i e n t a d o r { M a r i a D a r c i Godinho da S i l v a }
%
%\ c o o r i e n t a d o r { Nome do Co− o r i e n t a d o r } % o p c i o n a l
%
85

\ examinadorum { I v o F e r n a n d e z Lopez }
%
\ e x a m i n a d o r d o i s { J e f e r s o n L e a n d r o G a r c i a de Ara ú j o }
%
%\ e x a m i n a d o r t r e s { Nome do Examinador 3}
%
%\ e x a m i n a d o r q u a t r o { Nome do Examinador 4}
%−−−−−−−−− T í t u l o s do O r i e n t a d o r 1o . e 2o . E x a m i n a d o r e s −−−−
\ t t o r i e n t a d o r { D o u t o r em Matem á t i c a − UFRJ}
%
%\ t t c o o r i e n t a d o r { T í t u l o do Co− o r i e n t a d o r }
%
\ t t e x a m i n a d o r u m { D o u t o r em Matem á t i c a − UFRJ}
%
\ t t e x a m i n a d o r d o i s { D o u t o r em Matem á t i c a − UFRJ}
%
%\ t t e x a m i n a d o r t r e s { T í t u l o do Examinador 3}
%
%\ t t e x a m i n a d o r q u a t r o { T í t u l o do Examinador 4}
%
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−− d e d i c a t ó r i a o p c i o n a l −−−−−−−−−−−−−−
\ maketitle
\ begin { d e d i c a t o r i a }
Ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ( d e d i c a t ó r i a do a l u n o )
\ end { d e d i c a t o r i a }
%−−−−−−−− D i g i t e a q u i o s e u resumo em P o r t u g u ê s −−−−−−−−−−−−−−
\ resumo { Resumo }

\ noindent Perspectiva h i s t ó rica , constru ção te ó rica ,


a p l i c a ç õ e s na matem á t i c a e na a r t e , abordagem d i d á t i c a .

\ n o i n d e n t P a l a v r a s − c h a v e s : Cô n i c a s , c u r v a s , p l a n o C a r t e s i a n o .

%−−−−−−−− D i g i t e a q u i o s e u resumo em I n g l ê s −−−−−−−−−−−−−−


\ resumo { A b s t r a c t }

\ noindent Historical perspective ,


t h e o r e t i c a l c o n s t r u c t i o n , a p p l i c a t i o n s i n m a t h e m a t i c s and a r t ,
d i d a c t i c approach .

\ n o i n d e n t Keywords : C o n i c s , l i n e s , C a r t e s i a n p l a n .

\ agradecimento { Agradecimentos }
86 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

Ao meu . . . . . . . . . ;

À minha . . . . . . . . ;

Novamente ao . . . . . . \ newpage

%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−− EP Í GRAFE I ( OPCIONAL)−−−−−−−−−−−−−−


\ begin { e p i g r a f e }
‘ ‘............................ ’ ’.
( Ep í g r a f e : c i t a ç ã o de t e x t o da e s c o l h a do a l u n o ou d e l e p r ó p r i o )
\ h f i l l A u t o r do t e x t o c i t a d o
\ end { e p i g r a f e }
%−−−−Sumá r i o , l i s t a de f i g u r a e de t a b e l a −−−−−−−−−−−−
\ t a b l e o f c o n t e n t s \ t h i s p a g e s t y l e { empty } %\ l i s t o f f i g u r e s
%\ t h i s p a g e s t y l e { e m p t y } \ l i s t o f t a b l e s \ t h i s p a g e s t y l e { e m p t y }
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%−−−−−−−−−−−−−− I n í c i o do C o n t e údo−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ pagestyle { ruledheader }
\ c h a p t e r { I n t r o d u ç ão}

N e s t e t r a b a l h o s e r á v i s t o o e s t u d o d a s c ô n i c a s na g e o m e t r i a
a n a l í t i c a ( p o i s é a f o r m a como s ã o l e c i o n a d a s no e n s i n o
mé d i o ) . O e s t u d o da g e o m e t r i a a n a l í t i c a , de um modo g e r a l , é
um d o s g r a n d e s p r o b l e m a s do e n s i n o mé d i o , p o i s m u i t o s
c o l é g i o s c o n s i d e r a m o ano l e t i v o c u r t o d e m a i s p a r a t r a n s m i t i r
o a s s u n t o de f o r m a e f i c i e n t e . Em m u i t a s e s c o l a s o s a l u n o s
t êm a p e n a s a s no ç õ e s de p o n t o e r e t a , e i x o s , c o o r d e n a d a s ,
c á l c u l o de á r e a s , e q u a ç ã o da r e t a no p l a n o , p a r a l e l i s m o e
p e r p e n d i c u l a r i d a d e de r e t a s no p l a n o e e q u a ç ã o da
c i r c u n f e r ê n c i a . Esse f a t o e s t á t ão i n t r í nseco à r e a l i d a d e
e s c o l a r que m u i t o s l i v r o s d i d á t i c o s n ã o abordam m u i t o a l ém da
e q u a ç ã o da c i r c u n f e r ê n c i a , f a z e n d o a p e n a s a b o r d a g e n s − de
c a r á t e r e x p o s i t i v o − sobre a obten ç ão das demais c urv as
c ô n i c a s p e l o c o r t e do c o n e d u p l o p o r p l a n o s .

E como s e d á o e s t u d o r i g o r o s o d a s c ô n i c a s , uma v e z que é t ã o


n e c e s s á r i o a o s a l u n o s , mesmo a n í v e l de e n s i n o mé d i o ? M u i t a s
v e z e s o e d u c a n d o i n g r e s s a no e n s i n o s u p e r i o r sem s e q u e r t e r o
c o n h e c i m e n t o de q u a i s s ã o t a i s c u r v a s , apresentando
d i f i c u l d a d e na m a n i p u l a ç ã o de v e t o r e s , e n t e n d i m e n t o d a s
e q u a ç õ es , i n t e r p r e t a ç ã o de s u p e r f í c i e s e d e f i c i ê n c i a no
a p r e n d i z a d o d a s c ô n i c a s de um modo g e r a l .
87

................................................................

\ c h a p t e r { Abordagem h i s t ó r i c a }

A g e o m e t r i a a n a l í t i c a no $ \ mathbb {R}^2$ u t i l i z a um p l a n o
onde , p a r a c a d a p o n t o , h á um p a r de c o o r d e n a d a s $ ( x , y ) $ ,
denominadas \ t e x t i t { coordenadas c a r t e s i a n a s . } Sobre e s t e
p l a n o tem − s e um p a r de e i x o s r e f e r e n c i a i s o r t o g o n a i s chamados
e i x o d a s a b s c i s s a s ( e i x o O$x $ ) e e i x o d a s o r d e n a d a s ( e i x o
O$y $ ) . N e s t e p l a n o ” mapeado ” \ , p e l a s c o o r d e n a d a s c a r t e s i a n a s ,
f o r n e c i d a s p e l o s e i x o s , é que s e r ã o t r a ç a d o s o s l u g a r e s
geom é t r i c o s que s e r ã o e s t u d a d o s no p r e s e n t e t e x t o sobre as
cô nicas .

Muito a n t e s da f o r m a l i z a ç ã o d a s c ô n i c a s a t r a v é s da g e o m e t r i a
anal í tica , o estudo dessas curvas era f e i t o utilizando a
g e o m e t r i a c l á s s i c a , e l á s ã o e n c o n t r a d a s a s o r i g e n s da
g e o m e t r i a a n a l í t i c a . A s e g u i r , s e r ã o a p r e s e n t a d o s de f o r m a
c o n c i s a e s t e s a l i c e r c e s . Os d a d o s h i s t ó r i c o s d e s t e c a p í t u l o
f o r a m b a s e a d o s em Boyer \ c i t e { b o y e r } e Eves \ c i t e { e v e s } .

\ s e c t i o n {A g e o m e t r i a g r e g a e a s c ô n i c a s }

\ s u b s e c t i o n { Menaecmus e o p r o b l e m a d e l i a n o }

Segundo uma l e n d a , uma d e l e g a ç ã o de A t e n a s que f o r a e n v i a d a


ao o r á c u l o de Apolo em D e l o s p a r a p e r g u n t a r como p o d e r i a m
c o m b a t e r a p e s t e que a s s o l a v a A t e n a s r e c e b e u como r e s p o s t a
que o s a t e n i e n s e s d e v e r i a m d u p l i c a r o a l t a r c ú b i c o de Apolo .
O p r o b l e m a de como e n c o n t r a r g e o m e t r i c a m e n t e a nova a r e s t a do
cubo f i c o u c o n h e c i d o como o p r o b l e m a de \ t e x t i t { d u p l i c a ç ã o do
cubo } ou \ t e x t i t { p r o b l e m a d e l i a n o } .

M u i t o s matem á t i c o s da é p o c a s e d e d i c a r a m à s o l u ç ã o do
p r o b l e m a . F o i n e s s e c o n t e x t o que Menaecmus ( 3 8 0 a . C . − 320
a .C, d i s c í p u l o do n o t á v e l Eudoxo de Cnido e , a t é onde s e
s a b e , p r o f e s s o r de A l e x a n d r e , o Grande ) s e d e p a r o u com a s
c u r v a s c ô n i c a s , donde t i r o u d u a s p o s s í v e i s f o r m a s de s o l u ç ã o .

Obviamente , Menaecmus n ã o c o n h e c i a g e o m e t r i a a n a l í t i c a , mas


s u a dedu ç ã o f o i f e i t a a p e n a s a p a r t i r de c o n c e i t o s
geom é t r i c o s c o n h e c i d o s na é p o c a como
88 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

\ t e x t i t { p r o p o r c i o n a l i d a d e , p e r p e n d i c u l a r i d a d e e s e m e l h a n ç a de
t r i â n g u l o s } . Com e s s e p r o c e d i m e n t o , Menaecmus a c h o u a
s o l u ç ã o do p r o b l e m a p o r i n t e r s e ç ã o de p a r á b o l a s ou p o r
i n t e r s e ç ã o de uma p a r á b o l a com uma h i p é r b o l e .

O i n t e r e s s a n t e é que a e l i p s e f o i d e s c o b e r t a como um
s u b p r o d u t o n e s s e p r o c e s s o que o r i g i n o u a p a r á b o l a e a
h i p é r b o l e , mesmo que a o b s e r v a ç ã o da e l i p s e p u d e s s e s e r f e i t a
de m a n e i r a m u i t o s i m p l e s p e l a o b s e r v a ç ã o o b l í qua de um
c í r c u l o ao i n c l i n a r o p l a n o que o c o n t ém ou ao i n t e r c e p t a r um
c i l i n d r o p o r um p l a n o i n c l i n a d o .

................................................................

\ c h a p t e r {As Cô n i c a s }

S e j a $C$ um c o n e d u p l o c i r c u l a r e r e t o . Denomina − s e
\ t e x t i t { g e r a t r i z } de $C$ q u a l q u e r r e t a c o n t i d a em s u a
s u p e r f í c i e . Note − s e que o v é r t i c e de $C$ p e r t e n c e a t o d a
g e r a t r i z de $C $ . S e j a $ \ t h e t a $ o â n g u l o f o r m a d o e n t r e uma
g e r a t r i z de $C$ e o e i x o de s i m e t r i a de $C$ , t a l â n g u l o s e r á
denominado \ t e x t i t { a b e r t u r a do c o n e } .

..... .......................................................

\ c h a p t e r {As Cô n i c a s na A r t e }

Viu −se , na abordagem h i s t ó r i c a , a u t i l i z a ç ã o do c o n e p a r a


v e r i f i c a r a e x i s t ê n c i a d a s c u r v a s a t r a v é s de c o r t e s .

A l g u n s g ê n i o s do R e n a s c i m e n t o a i n d a v i r a m uma m a n e i r a
a l t e r n a t i v a da m a n i p u l a ç ã o do c o n e p a r a c r i a r uma t é c n i c a que
f o i a m p l a m e n t e a p l i c a d a na a r t e : \ t e x t i t { a p e r s p e c t i v a c ô n i c a . }

................................................................

\ s e c t i o n { Sobre a p e r s p e c t i v a cô n i c a }

O a r t i s t a p a r t e de um o b j e t o b i d i m e n s i o n a l ( p o r
89

exemplo , uma p l a n t a b a i x a ) , um p l a n o d e t e r m i n a d o p e l a l i n h a
de q u a d r o $LQ$ , que r e p r e s e n t a o l u g a r onde o o l h o c a p t a o s
o b j e t o s em tamanho r e a l a uma d a d a d i s t â n c i a $d$ ( a l t u r a do
c o n e p l a n i f i c a d o ) onde o \ t e x t i t { o b s e r v a d o r } e s t á p o s i c i o n a d o
( p o n t o $V$ − v é r t i c e do c o n e de v i s ã o ) .

.............................................................

\ c h a p t e r {As c ô n i c a s no e n s i n o mé d i o }

Como f o r a c o m e n t a d o na i n t r o d u ç ã o , o s PCN n ã o s ã o
m u i t o o b j e t i v o s q u a n t o ao que d e v e s e r l e c i o n a d o s o b r e a s
c ô n i c a s no e n s i n o mé d i o . As p o u c a s o r i e n t a ç õ e s e n c o n t r a d a s
n o s dizem a p e n a s que a s c ô n i c a s devem s e r a p r e s e n t a d a s d e n t r o
d a s a u l a s de g e o m e t r i a a n a l í t i c a , como s e t a l t ó p i c o f o s s e um
tema c o m p l e m e n t a r , com o p r o p ó s i t o de a p r e s e n t a r a o s a l u n o s
e q u a ç õ e s a m a i s de uma v a r i á v e l e a b o r d a r , de f o r m a m a i s
p r á t i c a , a a p l i c a ç ã o d e s s e s c o n c e i t o s em o b j e t o s do mundo
f í s i c o ( e s p e l h o s e l í p t i c o s , h i p e r b ó l i c o s , c a l o t a s de c a r r o s ,
antenas parab ó licas , etc . ) .

N a t u r a l m e n t e , e s s e t i p o de abordagem , a p e s a r de i n t e r e s s a n t e ,
n ã o é s u f i c i e n t e p a r a d a r ao a l u n o uma b a s e a d e q u a d a p a r a a s
d i s c i p l i n a s de e n s i n o s u p e r i o r , que v ã o s e v a l e r da g e o m e t r i a
a n a l í t i c a e , em p a r t i c u l a r , d a s c ô n i c a s . O u t r o p o n t o
p r e o c u p a n t e é que c e r t o s l i v r o s de e n s i n o mé d i o s e q u e r t r a z e m
a t e o r i a d a s c ô n i c a s , l i m i t a n d o − s e a p e n a s a f a z e r menç õ e s de
s u a e x i s t ê n c i a e a o b t e n ç ã o d e l a s a t r a v é s do c o n e d u p l o .

Tendo em v i s t a t u d o i s s o , n e s s e c a p í t u l o f a r −se −á a an á l i s e
c r í t i c a de um l i v r o i n d i c a d o p o r m u i t o s p r o f e s s o r e s de e n s i n o
mé d i o p e l a bem e s t r u t u r a d a a p r e s e n t a ç ã o da t e o r i a e enorme
v a r i e d a d e de e x e r c í c i o s : o l i v r o \ t e x t i t { F u n d a m e n t o s da
Matem á t i c a E l e m e n t a r − v o l . 7 − G e o m e t r i a Anal í t i c a } , de
Gelson I e z z i ( I e z z i \ c i t e { i e z z i } ) .

\ s e c t i o n {Aná l i s e do l i v r o I e z z i \ c i t e { i e z z i }}

O l i v r o i n i c i a sua exposi ç ão c o n c e i t u a l das cô n i c a s


c o n t a n d o , em um a p a n h a d o g e r a l da h i s t ó r i a de P a s c a l
..............
90 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

\ c h a p t e r { Conclus ão}

A e d u c a ç ã o matem á t i c a no B r a s i l tem p a s s a d o p o r v á r i a s
t r a n s f o r m a ç õ e s . M u i t o s c o n t e ú d o s que eram e n s i n a d o s a o s
a l u n o s no e n s i n o mé d i o , h o j e em d i a , j á n ã o s ã o bem
e n f a t i z a d o s . E s s e é o c a s o do e s t u d o d a s c ô n i c a s .

Apó s o s e s t u d o s f e i t o s n e s t a m o n o g r a f i a , c o n c l u i u − s e que s e j a
r a z o á v e l que o a l u n o t e n h a c o n t a t o com : o s e c c i o n a m e n t o do
cone , p o n t o s n o t á v e i s p a r a c a d a c ô n i c a , como t r a ç a r p o n t o s de
c a d a c ô n i c a u s a n d o r é gua e compasso , dedu ç ã o d a s e q u a ç õ e s
r e d u z i d a s e e x e m p l o s do c o t i d i a n o como o r i e n t a m o s PCN .

Cabe ao p r o f e s s o r a v a l i a r o que pode s e r p a s s a d o a o s a l u n o s


( m e d i a n t e o c a l e n d á r i o e s c o l a r ) s a b e n d o que , s e e l e s n ã o
a p r e n d e r e m e s s e c o n t e ú do na e s c o l a b á s i c a , p o d e r ã o s e r
p r e j u d i c a d o s no d e c o r r e r da v i d a
a c a d ê mica .

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
\ b e g i n { t h e b i b l i o g r a p h y }{99}

\ b i b i t e m { b o y e r }BOYER, C a r l A . , { \ em H i s t ó r i a da Matem á t i c a } ,
2$^ a $ ed . , E d g a r B l ü c h e r , Sã o P a u l o , 1 9 9 6 .
\ b i b i t e m { e v e s }EVES , Howard , { \ em I n t r o d u ç ã o à H i s t ó r i a da
Matem á t i c a } , Unicamp , Campinas , 2 0 0 4 .
\ b i b i t e m { i e z z i } IEZZI , Gelson , { \ em Fu n d a m e n t o s da Matem á t i c a
E l e m e n t a r v o l . 7 − G e o m e t r i a Anal í t i c a } , A t u a l Ed . , Sã o
Paulo , 1979.
\ b i b i t e m { k l e t e n i c }KLÉTÉNIC , David V . , { \ em P r o b l e m a s de
G e o m e t r i a A n a l i t i c a } , 4$^ a $ ed . , L i v r a r i a C u l t u r a B r a s i l e i r a
Ed . , B e l o H o r i z o n t e , 1984
\ b i b i t e m { l e i t h o l d }LEITHOLD , L o u i s , { \ em O Cá l c u l o com
G e o m e t r i a Anal í t i c a v o l . 1 } , 3$^ a $ ed . , H a r b r a , Sã o P a u l o , 1 9 9 4 .
\ b i b i t e m { n u s s e n n z v e i g }NUSSENZVEIG , H . Moys é s , { \ em C u r s o de
F í s i c a Bá s i c a v o l . 1 } , 4$^ a $ ed . , E d g a r B l ü c h e r , Sã o P a u l o , 2 0 0 2 .
\ b i b i t e m { d i o m a r a }PINTO , Diomara \& MORGADO, M a r i a Câ n d i d a F . ,
{ \ em Cá l c u l o D i f e r e n c i a l e I n t e g r a l de Fun ç õ e s de Vá r i a s
V a r i á v e i s } , 3$^ a $ ed . , 5$^ a $ r e i m p r . UFRJ , Rio de J a n e i r o , 2 0 0 8 .
\ b i b i t e m { r e i s }REIS , Gen é s i o L . \& SILVA , V a l d i r V . , { \ em
91

G e o m e t r i a Anal í t i c a } , 2$^ a $ ed . , LTC , Rio de J a n e i r o , 1 9 9 6 .


\ b i b i t e m { s t e i n b r u c h }STEINBRUCH , A l f r e d o , { \ em G e o m e t r i a
Anal í t i c a } , 2$^ a $ ed . , McGraw− H i l l , Sã o P a u l o , 1 9 8 7 .
\ end { t h e b i b l i o g r a p h y }

\ end { document }

Arquivo .pdf gerado pelo exemplo acima.


92 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza
Curso de Matemática

Fernando Aragão Garcia

Cônicas: história, teoria e considerações didáticas

Rio de Janeiro
2011
93

Fernando Aragão Garcia

Cônicas: história, teoria e considerações didáticas

Monografia apresentada ao Curso de Matemática


da UFRJ, como requisito para a obtenção parcial
do grau de LICENCIADO em Matemática.

Orientador: Maria Darci Godinho da Silva


Doutor em Matemática - UFRJ

Rio de Janeiro
2011
94 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

Aragão, Fernando
Cônicas: história, teoria e considerações didáticas / Fernando Ara-
gão - 2011
xx.p

1.Geometria Analítica 2. Abordagens.. I.Título.


CDU xxx.xx
95

Fernando Aragão Garcia

Cônicas: história, teoria e considerações didáticas

Monografia apresentada ao Curso de Matemática


da UFRJ, como requisito para a obtenção parcial
do grau de LICENCIADO em Matemática.

Aprovado em 15 de janeiro de 2011

BANCA EXAMINADORA

Maria Darci Godinho da Silva


Doutor em Matemática - UFRJ

Ivo Fernandez Lopez


Doutor em Matemática - UFRJ

Jeferson Leandro Garcia de Araújo


Doutor em Matemática - UFRJ
96 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

Ao ..........................(dedicatória do aluno)
97

Resumo

Perspectiva histórica, construção teórica, aplicações na matemática e na arte, abordagem


didática.

Palavras-chaves: Cônicas, curvas, plano Cartesiano.


98 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

Abstract

Historical perspective, theoretical construction, applications in mathematics and art,


didactic approach.

Keywords: Conics, lines, Cartesian plan.


99

Agradecimentos

Ao meu .........;

À minha ........;

Novamente ao ......
100 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

“............................”. (Epígrafe: citação


de texto da escolha do aluno ou dele pró-
prio) Autor do texto
citado
101

Sumário

1 Introdução 7

2 Abordagem histórica 8

2.1 A geometria grega e as cônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.1.1 Menaecmus e o problema deliano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

3 As Cônicas 10

4 As Cônicas na Arte 11

4.1 Sobre a perspectiva cônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

5 As cônicas no ensino médio 12

5.1 Análise do livro Iezzi[3] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

6 Conclusão 13

Referências Bibliográficas 14
102 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

1 Introdução
Neste trabalho será visto o estudo das cônicas na geometria analítica (pois é
a forma como são lecionadas no ensino médio). O estudo da geometria analítica, de um
modo geral, é um dos grandes problemas do ensino médio, pois muitos colégios consideram
o ano letivo curto demais para transmitir o assunto de forma eficiente. Em muitas escolas
os alunos têm apenas as noções de ponto e reta, eixos, coordenadas, cálculo de áreas,
equação da reta no plano, paralelismo e perpendicularidade de retas no plano e equação da
circunferência. Esse fato está tão intrínseco à realidade escolar que muitos livros didáticos
não abordam muito além da equação da circunferência, fazendo apenas abordagens - de
caráter expositivo - sobre a obtenção das demais curvas cônicas pelo corte do cone duplo
por planos.

E como se dá o estudo rigoroso das cônicas, uma vez que é tão necessário aos
alunos, mesmo a nível de ensino médio? Muitas vezes o educando ingressa no ensino
superior sem sequer ter o conhecimento de quais são tais curvas, apresentando dificuldade
na manipulação de vetores, entendimento das equações, interpretação de superfícies e
deficiência no aprendizado das cônicas de um modo geral.

................................................................
103

2 Abordagem histórica
A geometria analítica no R2 utiliza um plano onde, para cada ponto, há um
par de coordenadas (x, y), denominadas coordenadas cartesianas. Sobre este plano tem-se
um par de eixos referenciais ortogonais chamados eixo das abscissas (eixo Ox) e eixo das
ordenadas (eixo Oy). Neste plano "mapeado" pelas coordenadas cartesianas, fornecidas
pelos eixos, é que serão traçados os lugares geométricos que serão estudados no presente
texto sobre as cônicas.

Muito antes da formalização das cônicas através da geometria analítica, o estudo


dessas curvas era feito utilizando a geometria clássica, e lá são encontradas as origens da
geometria analítica. A seguir, serão apresentados de forma concisa estes alicerces. Os
dados históricos deste capítulo foram baseados em Boyer [1] e Eves [2].

2.1 A geometria grega e as cônicas

2.1.1 Menaecmus e o problema deliano

Segundo uma lenda, uma delegação de Atenas que fora enviada ao oráculo de
Apolo em Delos para perguntar como poderiam combater a peste que assolava Atenas
recebeu como resposta que os atenienses deveriam duplicar o altar cúbico de Apolo. O
problema de como encontrar geometricamente a nova aresta do cubo ficou conhecido como
o problema de duplicação do cubo ou problema deliano.

Muitos matemáticos da época se dedicaram à solução do problema. Foi nesse


contexto que Menaecmus (380 a.C. - 320 a.C, discípulo do notável Eudoxo de Cnido e, até
onde se sabe, professor de Alexandre, o Grande) se deparou com as curvas cônicas, donde
tirou duas possíveis formas de solução.

Obviamente, Menaecmus não conhecia geometria analítica, mas sua dedução foi
feita apenas a partir de conceitos geométricos conhecidos na época como proporcionalidade,
perpendicularidade e semelhança de triângulos. Com esse procedimento, Menaecmus achou
a solução do problema por interseção de parábolas ou por interseção de uma parábola com
104 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

2.1 A geometria grega e as cônicas 9


uma hipérbole.

O interessante é que a elipse foi descoberta como um subproduto nesse processo


que originou a parábola e a hipérbole, mesmo que a observação da elipse pudesse ser feita
de maneira muito simples pela observação oblíqua de um círculo ao inclinar o plano que o
contém ou ao interceptar um cilindro por um plano inclinado.

................................................................
105

10

3 As Cônicas
Seja C um cone duplo circular e reto. Denomina-se geratriz de C qualquer reta
contida em sua superfície. Note-se que o vértice de C pertence a toda geratriz de C. Seja
θ o ângulo formado entre uma geratriz de C e o eixo de simetria de C, tal ângulo será
denominado abertura do cone.

..... .......................................................
106 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

11

4 As Cônicas na Arte
Viu-se, na abordagem histórica, a utilização do cone para verificar a existência
das curvas através de cortes.

Alguns gênios do Renascimento ainda viram uma maneira alternativa da


manipulação do cone para criar uma técnica que foi amplamente aplicada na arte: a
perspectiva cônica.

................................................................

4.1 Sobre a perspectiva cônica

O artista parte de um objeto bidimensional (por exemplo, uma planta baixa),


um plano determinado pela linha de quadro LQ, que representa o lugar onde o olho capta
os objetos em tamanho real a uma dada distância d (altura do cone planificado) onde o
observador está posicionado (ponto V - vértice do cone de visão).

.............................................................
107

12

5 As cônicas no ensino médio


Como fora comentado na introdução, os PCN não são muito objetivos quanto ao
que deve ser lecionado sobre as cônicas no ensino médio. As poucas orientações encontradas
nos dizem apenas que as cônicas devem ser apresentadas dentro das aulas de geometria
analítica, como se tal tópico fosse um tema complementar, com o propósito de apresentar
aos alunos equações a mais de uma variável e abordar, de forma mais prática, a aplicação
desses conceitos em objetos do mundo físico (espelhos elípticos, hiperbólicos, calotas de
carros, antenas parabólicas, etc.).

Naturalmente, esse tipo de abordagem, apesar de interessante, não é suficiente


para dar ao aluno uma base adequada para as disciplinas de ensino superior, que vão se
valer da geometria analítica e, em particular, das cônicas. Outro ponto preocupante é que
certos livros de ensino médio sequer trazem a teoria das cônicas, limitando-se apenas a
fazer menções de sua existência e a obtenção delas através do cone duplo.

Tendo em vista tudo isso, nesse capítulo far-se-á a análise crítica de um livro
indicado por muitos professores de ensino médio pela bem estruturada apresentação da
teoria e enorme variedade de exercícios: o livro Fundamentos da Matemática Elementar -
vol.7 - Geometria Analítica, de Gelson Iezzi (Iezzi[3]).

5.1 Análise do livro Iezzi[3]

O livro inicia sua exposição conceitual das cônicas contando, em um apanhado


geral da história de Pascal ..............
108 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese

13

6 Conclusão
A educação matemática no Brasil tem passado por várias transformações.
Muitos conteúdos que eram ensinados aos alunos no ensino médio, hoje em dia, já não são
bem enfatizados. Esse é o caso do estudo das cônicas.

Após os estudos feitos nesta monografia, concluiu-se que seja razoável que o
aluno tenha contato com: o seccionamento do cone, pontos notáveis para cada cônica, como
traçar pontos de cada cônica usando régua e compasso, dedução das equações reduzidas e
exemplos do cotidiano como orientam os PCN.

Cabe ao professor avaliar o que pode ser passado aos alunos (mediante o
calendário escolar) sabendo que, se eles não aprenderem esse conteúdo na escola básica,
poderão ser prejudicados no decorrer da vida acadêmica.
109

Referências Bibliográficas

[1] BOYER, Carl A., História da Matemática, 2a ed., Edgar Blücher, São Paulo, 1996.

[2] EVES, Howard, Introdução à História da Matemática, Unicamp, Campinas, 2004.

[3] IEZZI, Gelson, Fundamentos da Matemática Elementar vol.7 - Geometria Analítica,


Atual Ed., São Paulo, 1979.

[4] KLÉTÉNIC, David V., Problemas de Geometria Analitica, 4a ed., Livraria Cultura
Brasileira Ed., Belo Horizonte, 1984

[5] LEITHOLD, Louis, O Cálculo com Geometria Analítica vol.1, 3a ed., Harbra, São
Paulo, 1994.

[6] NUSSENZVEIG, H. Moysés, Curso de Física Básica vol.1, 4a ed., Edgar Blücher, São
Paulo, 2002.

[7] PINTO, Diomara & MORGADO, Maria Cândida F., Cálculo Diferencial e Integral
de Funções de Várias Variáveis, 3a ed., 5a reimpr. UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.

[8] REIS, Genésio L. & SILVA, Valdir V., Geometria Analítica, 2a ed., LTC, Rio de
Janeiro, 1996.

[9] STEINBRUCH, Alfredo, Geometria Analítica, 2a ed., McGraw-Hill, São Paulo, 1987.
110 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
Apêndice B

Exemplo de apresentação com a classe


Beamer

A seguir temos um exemplo de uma apresentação usando a classe beamer.


\ d o c u m e n t c l a s s { beamer }
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
\ usepackage [T1]{ fo ntenc }
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
\ usepackage { microtype }
\ usepackage { graphicx }
\ usepackage { hyperref }
\ u s e t h e m e { Madrid }
\ usepackage { pgfpages }
\ usepackage { ragged 2e}
% Para g e r a r pá g i n a s A4 p a r a i m p r e s s ão , cada pá g i n a
% c o n t ém d u a s pá g i n a s da a p r e e n t a ç ão
%\ p g f p a g e s u s e l a y o u t {2 on 1 } [ a4 paper , b o r d e r s h r i n k =5mm]

\ t i t l e [ A p r e s e n t a ç ã o Beamer ] { Nome c o m p l e t o a p r e s e n t a ç ã o Beamer }


\ a u t h o r [ Lopez / da S i l v a ] {%
I v o F e r n a n d e z Lopez \ i n s t {1} \ and
M a r i a D a r c i Godinho da S i l v a \ i n s t {2}}
\ i n s t i t u t e [ UFRJ ] {
\ i n s t {1}%
D e p a r t a m e n t o de Mé t o d o s Matem á t i c o s − I n s t i t u t o de Matem á t i c a \ \
U n i v e r s i d a d e F e d e r a l do Rio de J a n e i r o
\ and
\ i n s t {2}%
D e p a r t a m e n t o de Mé t o d o s Matem á t i c o s − I n s t i t u t o de Matem á t i c a \ \
U n i v e r s i d a d e F e d e r a l do Rio de J a n e i r o }

111
112 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer

\ d a t e [ IME 2 0 1 1 ] { Semana da Matem á t i c a , IME / UERJ , 2011}


\ s u b j e c t { M i n i c u r s o de L a t e x }

\ b e g i n { document }

\ begin { frame }
\ maketitle
\ end { f r a m e }

\ begin { frame }[ allowframebreaks ]


\ f r a m e t i t l e { Introdu ção − }
\ justifying
O o b j e t i v o d e s t e t e x t o é a p r e s e n t a r o \ LaTeX \ , de uma f o r m a
s i m p l e s e a u t o − c o n t i d a f o c a n d o e s p e c i a l m e n t e n a s op ç õ e s m a i s
r e c e n t e s que e s t e n d e r a m e f a c i l i t a r a m o a p r e n d i z a d o e
a p l i c a ç ã o . N e s t e t r a b a l h o , a l ém do b á s i c o s o b r e o \ LaTeX \ ,
a c r e s c e n t a r a m − s e t ó p i c o s s o b r e como e l a b o r a r a p r e s e n t a ç õ es ,
i n c l u i r a r q u i v o s multim í dia , e l a b o r a r p o s t e r e s p a r a
a p r e s e n t a ç ã o em c o n g r e s s o , u s a r r e c u r s o s m a i s modernos p a r a
d i g i t a ç ã o de e q u a ç õ e s l o n g a s e s i s t e m a s de e q u a ç õ es , e l a b o r a r
b i b l i o g r a f i a s , i n c l u i r um í n d i c e r e m i s s i v o , i n c l u i r sum á r i o
e t c . A b i b l i o g r a f i a é c o n s t i t u í da q u a s e que e x c l u s i v a m e n t e de
a r q u i v o s d i s p o n í v e i s na I n t e r n e t e é f e i t o um coment á r i o
s o b r e c a d a c i t a ç ã o , a l ém de p e r m i t i r o a c e s s o a t r a v é s de
h i p e r l i n k . Ao l o n g o do t e x t o s ã o c i t a d a s a s r e f e r ê n c i a s que
podem a p r o f u n d a r o s t ó p i c o s , c a s o o l e i t o r s i n t a n e c e s s i d a d e .

O I n s t i t u t o de Matem á t i c a da UFRJ p u b l i c a um l i v r o , de
a u t o r i a da p r o f e s s o r a A n g e l a B i a z u t t i que d e t a l h a o u s o
do \ LaTeX \ , a t r a v é s de d i v e r s o s e x e m p l o s . O t e x t o é e s c r i t o
de f o r m a que o l e i t o r r a p i d a m e n t e c o n s i g a d i g i t a r uma
m o n o g r a f i a , d i s s e r t a ç ã o ou mesmo uma p r o v a sem n e c e s s i t a r um
c o n h e c i m e n t o a p r o f u n d a d o do \ LaTeX \ , e é r e c o m e n d a d o p a r a o s
i n t e r e s s a d o s em e l a b o r a r e s t e t i p o de t r a b a l h o .

No f i n a l da d é c a d a de 70 e ao l o n g o da d é c a d a de 8 0 , o
p e s q u i s a d o r em Ci ê n c i a da Computa ç ã o Donald Knuth d e s e n v o l v e u
o \ TeX \ , m o t i v a d o p e l a b a i x a q u a l i d a d e da p r i m e i r a p r o v a do
s e u t e x t o ‘ ‘ The A r t o f Computer Programming ’ ’ , que s e t o r n o u
um t e x t o c l á s s i c o na Ci ê n c i a da Computa ç ã o .

O \ TeX \ , é uma l i n g u a g e m de p r o c e s s a m e n t o de t e x t o que


p e r m i t e g e r a r t e x t o s de ó t i m a q u a l i d a d e t i p o g r á f i c a
113

e s p e c i a l m e n t e p a r a a á r e a de e x a t a s .

O \ TeX \ , é uma l i n g u a g e m de p r o c e s s a m e n t o de t e x t o que


p e r m i t e g e r a r t e x t o s de ó t i m a q u a l i d a d e t i p o g r á f i c a
e s p e c i a l m e n t e p a r a a á r e a de e x a t a s .

No d e s e n v o l v i m e n t o do \ TeX , Knuth d e s e n h o u um c o n j u n t o de
f o n t e s de a l t a q u a l i d a d e p a r a i m p r e s s ã o de t e x t o s
matem á t i c o s , denominado ‘ ‘ Computer Modern ’ ’ .

P a r a d i g i t a r um t r a b a l h o em \ TeX , o t e x t o , j u n t a m e n t e com o s
comandos da l i n g u a g e m , s ã o i n s e r i d o s em um a r q u i v o que s e r á
denominado ‘ ‘ . t e x ’ ’ ( s u f i x o d o s a r q u i v o s no f o r m a t o \ TeX ) .
E s t e é p r o c e s s a d o p e l o p r o g r a m a \ TeX \ , e o r e s u l t a d o
a p r e s e n t a d o no f o r m a t o ‘ ‘ . d v i ’ ’ ( ‘ ‘ d e v i c e i n d e p e n d e n t f i l e
f o r m a t ’ ’ ) o q u a l , p o r s u a vez , pode s e r v i s u a l i z a d o e
i m p r e s s o com q u a l i d a d e t i p o g r á f i c a .

No e n t a n t o , a d i g i t a ç ã o de t e x t o s em \ TeX \ , p u r o ( ‘ ‘ p l a i n
\ TeX ’ ’ ) n e c e s s i t a v a que o a u t o r d e f i n i s s e d i v e r s o s
p a r â m e t r o s r e l a t i v o s ao f o r m a t o f i n a l e m u i t a s v e z e s e x i g i a
um c o n h e c i m e n t o m a i s a p r o f u n d a d o da l i n g u a g e m do \ TeX .
\ end { f r a m e }

\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo de l i s t a a p a r e c e n d o a o s p o u c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m De i n í c i o s ó e s t á c l a r a m e n t e v i s í v e l e s t a l i n h a ; \ p a u s e
\ item Depois a p a r e c e e s t a aqui ; \ pause
\ item Finalmente aparece e s t a aqui .
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }

\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo de l i s t a a p a r e c e n d o a o s p o u c o s mas t o d o s
os i t e n s f r a c a m e n t e v i s í v e i s desde o i n í c i o }
\ setbeamercovered { transparent }
\ begin { itemize }
\ i t e m <1−> A p r i n c í p i o s ó e s t á c l a r a m e n t e v i s í v e l e s t a l i n h a ;
\ i t e m <2−> D e p o i s a p a r e c e e s t a a q u i e d e s a p a r e c e a p r i m e i r a ;
\ i t e m <3> F i n a l m e n t e a p a r e c e e s t a a q u i .
\ end { i t e m i z e }
114 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer

\ end { f r a m e }

\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo u s a n d o c o l u n a s }
\ begin { columns }[ t ]
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
V a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ justifying
\ i t e m P e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a ;
\ i t e m F a c i l i t a a i n s e r ç ã o de f i g u r a em uma c o l u n a .
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
D e s v a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ justifying
\ i t e m A p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o ;
\ i t e m Às v e z e s é n e c e s s á r i o r e d u z i r o tamanho do f o n t e .
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ end { c o l u m n s }
\ end { f r a m e }

\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo u s a n d o b l o c o s }
\ b e g i n { b l o c k }{ V a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m P e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a ;
\ i t e m P e r m i t e d a r um t í t u l o a c a d a b l o c o .
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ b e g i n { b l o c k } { D e s v a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m A p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o ;
\ i t e m O e x c e s s o de b l o c o s d i f i c u l t a a l e i t u r a .
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ end { f r a m e }

\ end { document }
115

O arquivo gerado tem a seguinte forma (duas transparências por página).


116 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer

Nome completo da apresentação Beamer

Ivo Fernandez Lopez1 Maria Darci Godinho da Silva2

1 Departamento de Métodos Matemáticos - Instituto de Matemática


Universidade Federal do Rio de Janeiro
2 Departamento de Métodos Matemáticos - Instituto de Matemática
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Semana da Matemática, IME/UERJ, 2011

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 1/8

Introdução - I

O objetivo deste texto é apresentar o LATEX de uma forma simples e auto-


contida focando especialmente nas opções mais recentes que estenderam e
facilitaram o aprendizado e aplicação. Neste trabalho, além do básico sobre
o LATEX acrescentaram-se tópicos sobre como elaborar apresentações, incluir
arquivos multimídia, elaborar posteres para apresentação em congresso, usar
recursos mais modernos para digitação de equações longas e sistemas de
equações, elaborar bibliografias, incluir um índice remissivo, incluir sumário etc.
A bibliografia é constituída quase que exclusivamente de arquivos disponíveis
na Internet e é feito um comentário sobre cada citação, além de permitir o
acesso através de hiperlink. Ao longo do texto são citadas as referências que
podem aprofundar os tópicos, caso o leitor sinta necessidade.
O Instituto de Matemática da UFRJ publica um livro, de autoria da professora
Angela Biazutti que detalha o uso do LATEX através de diversos exemplos. O
texto é escrito de forma que o leitor rapidamente consiga digitar uma mono-
grafia, dissertação ou mesmo uma prova sem necessitar um conhecimento

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 2/8


117

Introdução - II
aprofundado do LATEX e é recomendado para os interessados em elaborar este
tipo de trabalho.
No final da década de 70 e ao longo da década de 80, o pesquisador em
Ciência da Computação Donald Knuth desenvolveu o TEX motivado pela baixa
qualidade da primeira prova do seu texto “The Art of Computer Programming”,
que se tornou um texto clássico na Ciência da Computação.
O TEX é uma linguagem de processamento de texto que permite gerar textos
de ótima qualidade tipográfica especialmente para a área de exatas.
O TEX é uma linguagem de processamento de texto que permite gerar textos
de ótima qualidade tipográfica especialmente para a área de exatas.
No desenvolvimento do TEX, Knuth desenhou um conjunto de fontes de alta
qualidade para impressão de textos matemáticos, denominado “Computer
Modern”.
Para digitar um trabalho em TEX, o texto, juntamente com os comandos da
linguagem, são inseridos em um arquivo que será denominado “.tex” (sufixo
dos arquivos no formato TEX). Este é processado pelo programa TEX e o
Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 3/8

Introdução - III

resultado apresentado no formato “.dvi” (“device independent file format”) o


qual, por sua vez, pode ser visualizado e impresso com qualidade tipográfica.
No entanto, a digitação de textos em TEX puro (“plain TEX”) necessitava
que o autor definisse diversos parâmetros relativos ao formato final e muitas
vezes exigia um conhecimento mais aprofundado da linguagem do TEX.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 4/8


118 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer

Exemplo de lista aparecendo aos poucos

De início só está claramente visível esta linha;

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 5/8

Exemplo de lista aparecendo aos poucos

De início só está claramente visível esta linha;


Depois aparece esta aqui;

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 5/8


119

Exemplo de lista aparecendo aos poucos

De início só está claramente visível esta linha;


Depois aparece esta aqui;
Finalmente aparece esta aqui.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 5/8

Exemplo de lista aparecendo aos poucos mas todos os itens


fracamente visíveis desde o início

A princípio só está claramente visível esta linha;


Depois aparece esta aqui e desaparece a primeira;
Finalmente aparece esta aqui.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 6/8


120 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer

Exemplo de lista aparecendo aos poucos mas todos os itens


fracamente visíveis desde o início

A princípio só está claramente visível esta linha;


Depois aparece esta aqui e desaparece a primeira;
Finalmente aparece esta aqui.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 6/8

Exemplo de lista aparecendo aos poucos mas todos os itens


fracamente visíveis desde o início

A princípio só está claramente visível esta linha;


Depois aparece esta aqui e desaparece a primeira;
Finalmente aparece esta aqui.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 6/8


121

Exemplo usando colunas

Vantagens do uso das colunas Desvantagens do uso das colunas


Permite separar blocos lógicos em A página pode ficar com excesso
uma página; de informação;
Facilita a inserção de figura em Às vezes é necessário reduzir o
uma coluna. tamanho do fonte.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 7/8

Exemplo usando blocos

Vantagens do uso dos blocos


Permite separar blocos lógicos em uma página;
Permite dar um título a cada bloco.

Desvantagens do uso dos blocos


A página pode ficar com excesso de informação;
O excesso de blocos dificulta a leitura.

Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 8/8


122 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer
Apêndice C

Exemplo de Prova

Uma classe bastante poderosa para a geração de provas é a classe exam. Além de ter muitas opções,
o manual (em inglês) é muito detalhado e apresenta muitos exemplos. No entanto, a conversão
para outro idioma não é automática e devem ser feitas algumas alterações.
Dentre as opções desta classe podemos citar:
• permite questões usuais, questões com linhas para resolução, questões de múltipla escolha
etc;
• cada questão pode ter vários itens e subitens;
• permite definir diversos esquemas para a pontuação (questões de bônus, por exemplo);
• permite colocar em um mesmo arquivo as perguntas e respostas, podendo-se escolher entre
imprimir as questões ou imprimir questões com gabarito através de um parâmetro da classe;
• permite inserir uma tabela com os pontos de cada questão para que o professor possa inserir o
grau obtido em cada uma;
• tem muitas opções para ajuste dos formatos;
No entanto, como é uma classe voltada para as provas americanas, não há previsão para pontos
fracionários no valor das questões. A classe aceita os valores fracionários mas dá um erro ao
calcular a tabela com os graus. Por isso, os autores deste texto escreveram um trecho de código
em TEX e LATEX para implementar esta opção. O trecho utiliza os pacotes array, fp e refcount. O
pacote array acrescenta novas opções ao ambiente tabular, o pacote fp permite a manipulação de
números reais e o pacote refcount resolve uma questão técnica sobre o uso de “labels” em tabelas.
Todos estes pacotes podem ser encontrados nas distribuições recentes do MikTeX e do TeXLive.
Caso se queira utilizar as formatações definidas no exemplo a seguir, é recomendável que o trecho
em .tex, limitado pelas linhas preenchidas com o símbolo de igualdade, seja copiado para outro
arquivo, por exemplo “config_prova.tex”, e este seja incluído no código da prova pelo comando
\input{config_prova}. Desta forma, a prova ficará com menos comandos e mais fácil de alterar.
O exemplo a seguir tem diversas opções explicadas nos comentários que as antecedem.

123
124 C. Exemplo de Prova

% −−− op ç ão ‘ ‘ n o a n s w e r s ’ ’ : não s e r ão i m p r e s s a s a s r e s p o s t a s
% −−− a op ç ão ‘ ‘ a n s w e r s ’ ’ : s e r ão i m p r e s s a s a s r e s p o s t a s
\ d o c u m e n t c l a s s [ a 4 p a p e r , 1 2 p t , n o a n s w e r s ] { exam }
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
\ usepackage [T1]{ fo ntenc }
\ u s e p a c k a g e { amssymb , amsmath , amsthm }
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
\ usepackage { graphicx }
\ usepackage { microtype }

% −−−− I n f o r m a ç õ e s s o b r e a p r o v a a s e r e m a l t e r a d a s −−−−−−−−−−−
\ newcommand { \ i n s t i t u i c a o }{Nome da i n s t i t u i ç ã o }
\ newcommand { \ n o m e d i s c }{Nome da d i s c i p l i n a }
\ newcommand { \ nomeprova }{ P r o v a f i n a l }
\ newcommand { \ g a b a r i t o p r o v a }{ G a b a r i t o da p r o v a f i n a l }
\ newcommand { \ d a t a p r o v a } { 0 1 / 0 4 / 2 0 1 2 }
% p a r a i n s e r i r l o g o à e s q u e r d a e / ou d i r e i t a
\ newcommand { \ l o g o e s q } { \ i n c l u d e g r a p h i c s [ s c a l e = 0 . 5 ] { l o g o _ l a t e x }}
%\ newcommand { \ l o g o d i r } { \ i n c l u d e g r a p h i c s { f i g _ l o g o _ d i r . j p g } }
% −−−− Fim d a s i n f o r m a ç õ e s s o b r e a p r o v a −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−

%=============================================================
% −−− t r e c h o programado . Só a l t e r e s e q u i s e r mudar o p a d r ão

% −−− g e r a n d o c a b e ç a l h o da p r o v a e f a z e n d o a j u s t e s i d i o m a −−−−
\ pagestyle { headandfoot }
\ headrule
\ footrule
\ ifprintanswers
\ newcommand { \ c a b c e n t r o i n i c i o } { { \ l a r g e \ i n s t i t u i c a o } \ \
{ \ l a r g e \ nomedisc } \ \ \ g a b a r i t o p r o v a \ , −\ , \ d a t a p r o v a }
\ newcommand { \ c a b c e n t r o c o n t } { { \ l a r g e \ n o m e d i s c } \ \
\ g a b a r i t o p r o v a \ , −\ , \ d a t a p r o v a ( c o n t i n u a ç ão )}
\ else
\ newcommand { \ c a b c e n t r o i n i c i o } { { \ l a r g e \ i n s t i t u i c a o } \ \
{ \ l a r g e \ n o m e d i s c } \ \ \ nomeprova \ , − \ , \ d a t a p r o v a }
\ newcommand { \ c a b c e n t r o c o n t } { { \ l a r g e \ n o m e d i s c } \ \
\ nomeprova \ , − \ , \ d a t a p r o v a ( c o n t i n u a ç ã o ) }
\ fi
\ p o i n t p o i n t s { p o n t o }{ p o n t o s }
125

\ qformat { \ t e x t b f { Quest ão \ , \ , \ t h e q u e s t i o n } \ , \ , ( \ t h e p o i n t s ) \ h f i l l }

\ renewcommand { \ s o l u t i o n t i t l e }
{ \ noindent \ t e x t b f { Solu ç ão : } \ par \ noindent }
% Cabe ç a l h o
\ i f t h e n e l s e { \ i s u n d e f i n e d { \ l o g o e s q }}
{ \ lhead []{} }
{ \ lhead [ \ logoesq ] { \ logoesq } }
\ chead [ \ c a b c e n t r o i n i c i o ] { \ c a b c e n t r o c o n t }
\ i f t h e n e l s e { \ i s u n d e f i n e d { \ l o g o d i r }}
{ \ rhead []{} }
{ \ rhead [ \ logodir ] { \ logodir } }
\ l f o o t {}
\ c f o o t {Pá g i n a \ t h e p a g e \ , de \ numpages }
\ ifprintanswers
\ else
\ r f o o t { \ i f l a s t p a g e { Boa p r o v a ! } }
\ fi
% −−−−−−−−− f i m da g e r a ç ão do c a b e ç a l h o da p r o v a −−−−−−−−−

% −−−−− i d e n t i f i c a ç ão do a l u n o −−−−−−−−−−−−
\ newcommand { \ imprimenome }
{
\ ifprintanswers
\ else
\ n o i n d e n t \ makebox [ \ t e x t w i d t h ] { \ t e x t b f {Nome do a l u n o }
( l e t r a de f o r m a ) : \ e n s p a c e \ h r u l e f i l l } \ p a r
\ v s p a c e { 0 . 5 em}
\ n o i n d e n t \ makebox [ \ t e x t w i d t h ]%
{\ t e x t b f { Assinatura } : \ enspace \ h r u l e f i l l } \ par
\ v s p a c e { 0 . 5 em}
\ fi
}
% −−−−− f i m da i d e n t i f i c a ç ão do a l u n o −−−−−−−

% −−−−−−−−−− g e r a n d o t a b e l a de g r a u s −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ usepackage { fp }
\ g d e f \ s o m a v a l o r {0}
\ gdef \ numquest { Quest \ s t r i n g \~{ a }o : }
\ gdef \ v a l o r q u e s t { Valor :}
\ g d e f \ n o t a q u e s t { Nota : }
\ gdef \ p o s t a b e l a { | l }
\ newcommand { \ q u e s t a o } [ 1 ] {
126 C. Exemplo de Prova

\ F P e v a l { \ temp } { \ s o m a v a l o r +#1}
\ g l o b a l \ l e t \ s o m a v a l o r \ temp
\ question [#1]
\ d e f \ temp {#1}
\ xdef \ p o s t a b e l a {\ p o s t a b e l a | c}
\ xdef \ numquest { \ numquest & \ t h e q u e s t i o n }
\ x d e f \ v a l o r q u e s t { \ v a l o r q u e s t & \ temp }
\ x d e f \ n o t a q u e s t { \ n o t a q u e s t& }
}
\ usepackage { array }
\ usepackage { refcount }
% p a c o t e r e f c o u n t tem e r r o que s e r a c o r r i g i d o em v e r s a o f u t u r a
\ makeatletter
\ l e t \ rc@refused \ refused
% comando p a r a i n c l u i r l a b e l no a r q u i v o . aux
\ newcommand * \ m y l a b e l [ 2 ] {%
\ i m m e d i a t e \ w r i t e \ @auxout { \ s t r i n g \ n e w l a b e l%
\ s t r i n g { # 1 \ s t r i n g }%
\ s t r i n g { \ s t r i n g { # 2 \ s t r i n g }%
\ s t r i n g { \ t h e q u e s t i o n \ s t r i n g } \ s t r i n g }}%
}
\ makeatother
\ s e t r e f c o u n t d e f a u l t {1}
\ newcommand { \ i m p r i m e g r a u }{
\ ifprintanswers
\ else
\ r e f u s e d { numquest }
\ s e t l e n g t h { \ e x t r a r o w h e i g h t }{2 p t }
\ begin { center }
\ t e x t b f { Pontos obtidos } \ \
\ b e g i n { t a b u l a r } { | l | * { \ g e t p a g e r e f n u m b e r { n u m q u e s t }}%
{@{ \ h s p a c e {4mm}} c | } c | }
\ h l i n e%
\ r e f { n u m q u e s t}& \ b f { T o t a l } \ \ \ h l i n e%
\ r e f { v a l o r q u e s t }& \ b f { \ r e f { s o m a v a l o r } } \ \ \ h l i n e%
\ r e f { n o t a q u e s t }&\ qquad \ qquad \ \ \ h l i n e%
\ end { t a b u l a r }
\ end { c e n t e r }
\ fi
}
\ AtEndDocument {
\ mylabel { p o s t a b e l a }{\ p o s t a b e l a }
\ mylabel { numquest } { \ numquest }
127

\ mylabel { v a l o r q u e s t }{\ v a l o r q u e s t }
\ mylabel { notaquest }{\ notaquest }
\ FPround { \ s o m a v a l o r } { \ s o m a v a l o r }{1}
\ mylabel { somavalor }{\ somavalor }
}
%−−−−−−−−−−−− f i m do t r e c h o programado −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%=============================================================

\ b e g i n { document }

% −−− i n c l u i o nome do a l u n o e e s p a ç o p a r a a a s s i n a t u r a −−−


% −−− não g e r a nada quando s e t r a t a de g a b a r i t o da p r o v a
\ imprimenome
% −−− i m p r i m e uma t a b e l a com a s q u e s t õ es , v a l o r e s e n o t a s
\ imprimegrau

% −−− i n i c i o do a m b i e n t e p a r a i n c l u s ão d a s q u e s t õ e s
\ begin { questions }

% −−− p r i m e i r a q u e s t ão ( a c l a s s e numera a u t o m a t i c a m e n t e )
% −−− o v a l o r da q u e s t ão e s t á e n t r e c h a v e s
\ q u e s t a o { 2 . 4 } Qual é o c o m p r i m e n t o da h i p o t e n u s a de um
t r i â n g u l o r e t â n g u l o c u j o s c a t e t o s medem $3$ e $4$
unidades ?

% −−− s o l u ç ão s ó s e r á i m p r e s s a s e f o r u s a d a op ç ão ‘ ‘ a n s w e r s ’ ’
% na chamada da c l a s s e
\ begin { s o l u t i o n }
P e l o Teorema de P i t á g o r a s , s e n d o $ c $ o c o m p r i m e n t o da
h i p o t e n u s a , tem − s e que $ c ^2=3^2+4^2=25$. C o n c l u i − s e
que $ c =5$.
\ end { s o l u t i o n }
%
% −− o u t r a q u e s t ão , a g o r a com s u b i t e n s
\ q u e s t a o {2.6} C a l c u l e o comprimento dos c a t e t o s dos s e g u i n t e s
t r i â ngulos r e t â ngulos :
% −−− c r i a um a m b i e n t e p a r a d e f i n i r i t e n s d e n t r o de uma q u e s t ão
\ begin { p a r t s }

\ p a r t [ 0 . 8 ] O c o m p r i m e n t o da h i p o t e n u s a é $15$ e de um d o s
c a t e t o s é $9$
\ begin { s o l u t i o n }
128 C. Exemplo de Prova

Do Teorema de P i t á g o r a s tem − s e que $b ^2=15^2 −9^2=144$.


Segue que o c o m p r i m e n t o do c a t e t o r e s t a n t e é $ 1 2 $ .
\ end { s o l u t i o n }

\ p a r t [ 1 . 8 ] O c o m p r i m e n t o da h i p o t e n u s a é $20$ e um d o s
c a t e t o s mede q u a t r o u n i d a d e s de c o m p r i m e n t o a
m a i s que o o u t r o .
\ begin { s o l u t i o n }
Do Teorema de P i t á g o r a s tem − s e que $20^2= b ^2+( b + 4 ) ^ 2 $ .
R e a r r a n j a n d o os termos e completando o quadrado
o b t e m o s que $196=( b + 2 ) ^ 2 $ , i s t o é , $ | b + 2 | = 1 4 $ .
A ú n i c a r a i z p o s i t i v a é 12 e , p o r t a n t o , o s c a t e t o s
medem $12$ e $16$ u n i d a d e s .
\ end { s o l u t i o n }
\ end { p a r t s }

% −−− e x e m p l o de q u e s t ão de mú l t i p l a e s c o l h a
\ q u e s t a o { 2 . 3 } Qual d o s t r i â n g u l o s a b a i x o \ t e x t b f {NÃO} é
um t r i â n g u l o r e t â n g u l o
\ begin { choices }
\ c h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 3 $ , $4$ e $5$ u n i d a d e s
\ c h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 6 $ , $8$ e $10$ u n i d a d e s
\ C o r r e c t C h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 4 $ , $5$ e $6$ u n i d a d e s
\ c h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 5 $ , $12$ e $13$ u n i d a d e s
\ end { c h o i c e s }
\ begin { s o l u t i o n }
Tem− s e que $6^2 \ neq 4^2+5^2$ e , p o r t a n t o , o t r i â n g u l o
do i t e m C n ã o s a t i s f a z o Teorema de P i t á g o r a s . Isto
i m p l i c a que n ã o é um t r i â n g u l o r e t â n g u l o . Todos o s
demais s ão t r i â ngulos r e t â ngulos , p o i s s a t i s f a z e m
o Teorema de P i t á g o r a s .
\ end { s o l u t i o n }

% −−− e x e m p l o de q u e s t ão com e s p a ç o p a r a r e s p o n d e r
\ q u e s t a o { 2 . 7 } E n c o n t r e c o m p r i m e n t o s d a s a r e s t a s de um
t r i â n g u l o r e t â n g u l o de f o r m a que o s t r ê s c o m p r i m e n t o s s e j a m
i n t e i r o s e um d o s c a t e t o s t e n h a c o m p r i m e n t o í mpar e m a i o r
que $ 1 $ , dado p o r $k $ . S u g e s t ã o : assuma que a h i p o t e n u s a
129

mede uma u n i d a d e a m a i s que o o u t r o c a t e t o .

% −−− ou a p a r e c e a s o l u ç ão ou um e s p a ç o p r e e n c h i d o p o r l i n h a s
% pontilhadas . N e s t e c a s o a a l t u r a v e r t i v a l é de 5cm
% O u t r o s a m b i e n t e s p a r a r e s p o s t a s s i m i l a r e s s ão
% ‘ ‘ s o l u t i o n o r l i n e s ’ ’ ou ‘ ‘ s o l u t i o n o r b o x ’ ’
\ b e g i n { s o l u t i o n o r d o t t e d l i n e s } [ 5 cm ]
Sendo $ c $ o c o m p r i m e n t o do o u t r o c a t e t o e s e g u i n d o a
s u g e s t ã o temos , p e l o Teorema de P i t á g o r a s , que
$k ^2 + c ^2 = ( c + 1 ) ^ 2 $ , que i m p l i c a que $k ^2 = 2 c +1$.

Como $k$ é í mpar m a i o r que $1$ t e m o s que $k ^2 −1$ é


p a r e , p o r t a n t o , $ c =( k ^ 2 − 1 ) / 2 $ é um nú mero n a t u r a l .

E n t ã o , o t r i â n g u l o r e t â n g u l o tem c a t e t o s de c o m p r i m e n t o
$k$ e $ ( k ^ 2 − 1 ) / 2 $ . A h i p o t e n u s a tem c o m p r i m e n t o
$( k ^2+1)/2$.
\ end { s o l u t i o n o r d o t t e d l i n e s }

\ end { q u e s t i o n s }

% −−− o b s e r v a ç ão a s e r i n c l u í da s o m e n t e na f o l h a de q u e s t õ e s
% −−− não é i n c l u í da no g a b a r i t o
\ ifprintanswers
\ else
\ v s p a c e {1em}
\ n o i n d e n t \ t e x t b f { Obs : } A p r o v a pode s e r f e i t a a l á p i s
ou a c a n e t a

\ noindent \ t e x t b f { Dura ç ã o da p r o v a } : d u a s h o r a s
\ fi

\ end { document }

A folha de questões gerada é a seguinte:


130 C. Exemplo de Prova

Nome da instituição
Nome da disciplina
Prova final - 01/04/2012

Nome do aluno (letra de forma):


Assinatura:

Pontos obtidos
Questão: 1 2 3 4 Total
Valor: 2.4 2.6 2.3 2.7 10.0
Nota:

Questão 1 (2.4 pontos)


Qual é o comprimento da hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos medem
3 e 4 unidades?

Questão 2 (2.6 pontos)


Calcule o comprimento dos catetos dos seguintes triângulos retângulos:
(a) (0.8 pontos) O comprimento da hipotenusa é 15 e de um dos catetos é 9
(b) (1.8 pontos) O comprimento da hipotenusa é 20 e um dos catetos mede quatro
unidades de comprimento a mais que o outro.

Questão 3 (2.3 pontos)


Qual dos triângulos abaixo NÃO é um triângulo retângulo
A. O triângulo cujas arestas medem 3, 4 e 5 unidades
B. O triângulo cujas arestas medem 6, 8 e 10 unidades
C. O triângulo cujas arestas medem 4, 5 e 6 unidades
D. O triângulo cujas arestas medem 5, 12 e 13 unidades

Questão 4 (2.7 pontos)


Encontre comprimentos das arestas de um triângulo retângulo de forma que os três
comprimentos sejam inteiros e um dos catetos tenha comprimento ímpar e maior que
1, dado por k. Sugestão: assuma que a hipotenusa mede uma unidade a mais que o
outro cateto.

...................................................................................
...................................................................................
...................................................................................
...................................................................................
...................................................................................
...................................................................................
...................................................................................

Obs: A prova pode ser feita a lápis ou a caneta


Duração da prova: duas horas

Página 1 de 1 Boa prova!


131

Para gerar as soluções, basta trocar o parâmetro “noanswers” da chamada da classe exam pelo
parâmetro “answers”. O resultado é:
132 C. Exemplo de Prova

Nome da instituição
Nome da disciplina
Gabarito da prova final - 01/04/2012

Questão 1 (2.4 pontos)


Qual é o comprimento da hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos medem
3 e 4 unidades?

Solução:
Pelo Teorema de Pitágoras, sendo c o comprimento da hipotenusa, tem-se que
c2 = 32 + 42 = 25. Conclui-se que c = 5.

Questão 2 (2.6 pontos)


Calcule o comprimento dos catetos dos seguintes triângulos retângulos:
(a) (0.8 pontos) O comprimento da hipotenusa é 15 e de um dos catetos é 9

Solução:
Do Teorema de Pitágoras tem-se que b2 = 152 − 92 = 144. Segue que o
comprimento do cateto restante é 12.

(b) (1.8 pontos) O comprimento da hipotenusa é 20 e um dos catetos mede quatro


unidades de comprimento a mais que o outro.

Solução:
Do Teorema de Pitágoras tem-se que 202 = b2 + (b + 4)2 . Rearranjando
os termos e completando o quadrado obtemos que 196 = (b + 2)2 , isto é,
|b + 2| = 14. A única raiz positiva é 12 e, portanto, os catetos medem 12 e 16
unidades.

Questão 3 (2.3 pontos)


Qual dos triângulos abaixo NÃO é um triângulo retângulo
A. O triângulo cujas arestas medem 3, 4 e 5 unidades
B. O triângulo cujas arestas medem 6, 8 e 10 unidades
C. O triângulo cujas arestas medem 4, 5 e 6 unidades
D. O triângulo cujas arestas medem 5, 12 e 13 unidades

Solução:
Tem-se que 62 =6 42 + 52 e, portanto, o triângulo do item C não satisfaz o Teorema
de Pitágoras. Isto implica que não é um triângulo retângulo. Todos os demais são
triângulos retângulos, pois satisfazem o Teorema de Pitágoras.

Questão 4 (2.7 pontos)


Encontre comprimentos das arestas de um triângulo retângulo de forma que os três
comprimentos sejam inteiros e um dos catetos tenha comprimento ímpar e maior que
1, dado por k. Sugestão: assuma que a hipotenusa mede uma unidade a mais que o
outro cateto.

Página 1 de 2
133

Nome da disciplina
Gabarito da prova final - 01/04/2012(continuação)

Solução:
Sendo c o comprimento do outro cateto e seguindo a sugestão temos, pelo Teorema
de Pitágoras, que k 2 + c2 = (c + 1)2 , que implica que k 2 = 2c + 1.
Como k é ímpar maior que 1 temos que k 2 − 1 é par e, portanto, c = (k 2 − 1)/2 é
um número natural.
Então, o triângulo retângulo tem catetos de comprimento k e (k 2 − 1)/2. A
hipotenusa tem comprimento (k 2 + 1)/2.

Página 2 de 2
134 C. Exemplo de Prova
Índice

\DeclareMathOperator, 38 \int, 38
\Huge, 20 \justifiyng, 66
\LARGE, 20 \label, 22, 41, 46, 51, 56
\Large, 20 \large, 20
\appendix, 23 \left, 38
\author, 24 \lim, 38
\begin{document}, 16 \listoffigures, 25, 56
\bibitem, 57 \listoftables, 25, 51, 52
\bibliography, 62 \makeindex, 63
\bibliographystyle, 62 \maketitle, 25
\boxed, 44 \mathbb, 20
\caption, 51, 56 \mathbf, 20
\chapter, 22 \mathcal, 20
\cite, 58, 61 \newcommand, 15
\color, 30 \normalsize, 20
\date, 24 \overline, 38
\dfrac, 37, 38 \overset, 39
\displaystyle, 37 \pagestyle, 28
\documentclass, 15 \paragraph, 24
\end{document}, 16 \part, 24
\eqref, 41, 42 \pause, 68
\footnote, 29 \printindex, 63
\footnotesize, 20 \ref, 23, 51, 56
\frac, 37, 38 \right, 38
\frametitle, 67 \scripsize, 20
\hline, 50 \section, 24
\href, 65 \setbeamercovered, 68
\hspace, 18 \setcounter , 29
\huge, 20 \small, 20
\include, 14 \stackrel, 39
\includegraphics, 53 \subparagraph, 24
\includemovie, 65 \subsection, 24
\includeonly, 14 \tableofcontents, 25
\index, 63 \tiny, 20
\input, 14 \title, 24

135
136 ÍNDICE

\underline, 38 table, 50
\underset, 39 tabular, 49
\usecolortheme, 66 tabularx, 49
\usepackage, 15 teorema, 45
\usetheme, 66 thebibliography, 57
\vspace, 18 Vmatrix, 44
\widehat, 38 vmatrix, 44
\widetilde, 38 apresentação, 66
.bbl, 62 autor, 67
.bib, 61 beamerposter, 69
.dvi, 5 blocos, 69
.eps, 5, 52 colunas, 69
.gif, 53 data, 67
.jpg, 5, 52 overlay, 68
.log, 11 página, 67
.pdf, 5, 52, 65 tema, 66
.png, 5, 52 título, 67
.tex, 4 apêndice, 23
@article, 61
@book, 61 caracteres especiais, 13
@online, 61 chaves, 34, 41
\begin{document}, 14 citação de referências, 58
\end{document}, 14 classe, 3
beamer, 66
abnt-alf.bst, 62 powerdot, 66
abnt-num.bst, 62 colchetes, 34, 41
ABNTeX, 62 corolários, 45
acentuação TEX, 61 corpo do texto, 14
ambiente, 16
decorações, 38
align, 41
delimitadores, 38
block, 69
digitação de referências, 57
Bmatrix, 44
distribuições, 7
bmatrix, 44
colum, 69 equações, 39
column, 69 espaçamento entre linhas, 27
columns, 69 expressões matemáticas, 37
enumerate, 48
equation, 39 figuras, 52
figure, 65 numeradas, 55
frame, 67 não numeradas, 52
itemize, 47 formato .bib, 61
pmatrix, 44 formato das páginas, 28
subequations, 42 fração, 37, 38
ÍNDICE 137

funções, 38 movie15, 65
multirow, 49
geometria, 26 parskip, 28, 31
ragged2e, 66
incluir arquivo, 14
setspace, 27, 31
índice remissivo, 63
tabularx, 49
LaTeX, 3 parêntesis, 34, 41
latexmk, 6 preâmbulo, 14
lemas, 45 principais erros, 73
listas, 47 programa
numeradas, 48 bibtex, 59
não numeradas, 47 epstopdf, 52
LyX, 9 Image Magick, 53
latex, 5, 52
margem, 26 latexmk, 62, 63
mensagens de erro, 73 makeindex, 63
MikTeX, 7 pdflatex, 5, 52
multimídia, 65 proposições, 45

notas de rodapé, 29 referências bibliográficas, 57


numeração das páginas, 28
sistemas de equações, 39
operadores, 38 sobrepostos, 39
overfull hbox, 74 sumário, 25
símbolos matemáticos, 32
pacote, 29
amsfonts, 29 tabelas, 49
amsmath, 29 numeradas, 50
amssymb, 29 não numeradas, 49
amsthm, 29 tamanho da página, 26
babel, 30 tamanho do texto, 26
beamerposter, 69 teoremas, 45
biblatex, 62 TeX, 3
color, 30 TeXLive, 7, 8
float, 31, 52, 56 TeXMaker, 8–11
fontenc, 31 título, 24
geometry, 26, 29
underfull hbox, 74
graphicx, 29, 53
hyperref, 65 WinEdt, 9
identfirst, 31
indentfirst, 28
inputenc, 30
makeidx, 63
microtype, 32, 74

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