Introducao Ao Uso Do LaTeX
Introducao Ao Uso Do LaTeX
Rio de Janeiro
Ivo Fernandez Lopez
2012
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Conteúdo
Introdução 1
2 LATEXBásico 13
2.1 Caracteres especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Estrutura dos arquivos em LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Comandos básicos, ambientes, matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Classes de documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5 Parágrafos, espaços, separação de sílabas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6 Fontes e LuaTeX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7 Capítulos, seções, apêndice etc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.8 Título, sumário, listas de tabelas e de figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.9 Geometria da página, espaçamento entre linhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.10 Numeração e formatação das páginas, notas de rodapé . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.11 Principais pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.12 Símbolos matemáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.13 Subscritos, sobrescritos, funções pré-definidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.14 Exemplos de digitação de matemática em LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.15 Ambientes de equações e sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
i
ii CONTEÚDO
3 Multimídia e apresentações 65
3.1 “Hyperlinks”, inserção de arquivos de som e vídeos . . . . . . . . . . . . . . . . 65
3.2 Elaboração de apresentações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4 Mensagens de erro 73
4.1 Mensagens de erro do LTEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
A
Índice 135
Introdução
O objetivo deste texto é apresentar o LATEX de uma forma simples e auto-contida focando es-
pecialmente nas opções mais recentes que estenderam e facilitaram o aprendizado e aplicação.
Neste trabalho, além do básico sobre o LATEX acrescentaram-se tópicos sobre como elaborar
apresentações, incluir arquivos multimídia, elaborar posteres para apresentação em congresso,
usar recursos mais modernos para digitação de equações longas e sistemas de equações, elaborar
bibliografias, incluir um índice remissivo, incluir sumário etc. A bibliografia é constituída quase
que exclusivamente de arquivos disponíveis na Internet e é feito um comentário sobre cada citação,
além de permitir o acesso através de hiperlink. Ao longo do texto são citadas as referências que
podem aprofundar os tópicos, caso o leitor sinta necessidade.
Este texto foi escrito inicialmente para um mini-curso que os autores ministraram no Instituto de
Matemática e Estatística da UERJ durante a Semana do IME/UERJ em outubro de 2011 e evoluiu
de uma apresentação para um pequeno livro. Os autores gostariam de agradecer às professoras
Cláudia, Jeanne e Patrícia pelo convite e apoio.
O Instituto de Matemática da UFRJ publica um livro, de autoria da professora Angela Biazutti
[Biazutti, Uma Introdução ao Latex ] que detalha o uso do LATEX através de diversos exemplos. O
texto é escrito de forma que o leitor rapidamente consiga digitar uma monografia, dissertação ou
mesmo uma prova sem necessitar um conhecimento aprofundado do LATEX e é recomendado para
os interessados em elaborar este tipo de trabalho.
1
2 Introdução
Capítulo 1
Leslie Lamport (também um pesquisador em Ciência da Computação) liderou um grupo que criou
um conjunto de macros que facilitam bastante o uso do TEX, que é denominado LATEX.
O LATEX utiliza “classes” que permitem definir, desde o início da digitação do texto, o tipo de
documento a ser gerado (livro, dissertação, monografia, artigo, prova, currículo etc) retirando
do autor do texto a responsabilidade de incluir comandos relativos à formatação. Além disso,
3
4 1. Noções Básicas de LATEX
% T e x t o em LaTeX , o b s e r v e s i n t a x e da eq . de s e g . g r a u
A s o l u ç ã o da e q u a ç ã o do s e g u n d o g r a u $ ax ^2+ bx+c =0$
é dada por
1.4 Resultado da compilação 5
1 Primeira Seção
A solução da equação do segundo grau 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 é dada por
−𝑏 ± √𝑏 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
A maior diferença entre as duas formas de compilação com relação ao uso é o formato das figuras
a serem incluídas no arquivo de saída. A compilação que gera arquivos no formato .dvi só pode
importar arquivos gráficos no formato .eps (“Encapsulated PostScript”). A compilação que gera
arquivos no formato .pdf pode importar arquivos gráficos nos formatos .jpg, .pdf e .png. Existe um
programa livre (epstopdf) que faz a conversão do formato .eps para o .pdf sem perda de qualidade,
permitindo que seja usado o “pdflatex” mesmo que as figuras originais estejam no formato .eps.
Neste texto já foram citados alguns programas (TeX, LATEX) e serão citados diversos outros. A
menos que esteja explicitado em contrário, todos estes programas são “programas livres”, isto
é, programas que podem ser utilizados, analisados, modificados e distribuídos por todos (ver a
página do GNU [GNU, O que é o Software Livre?]). Isto é diferente do que se chama “freeware”
em que é cedido o direito de usar (às vezes temporariamente) mas o código fonte não é distribuído
e nem é permitido alterar o programa.
Note que um “programa livre” não é de domínio público. Ninguém pode se dizer autor do programa
e, se for alterá-lo, deve identificar o(s) autor(es) do programa original e, provavelmente, deverá
manter o mesmo sistema de licença. A licenças mais conhecidas para os “programas livres”
são a GPL (“gnu public license”), LGPL, (“gnu library”). O LATEX está sob uma licença livre
denominada LPPL (“Latex project public license”).
Este trabalho também é um “texto livre” e está disponível gratuitamente sob uma das versões da
licença Creative Commons (ver página na parte de pré-texto sobre a licença de uso).
Como já foi dito, deve-se utilizar o programa “latex” para gerar arquivo .dvi ou o programa
“pdflatex” para gerar arquivo .pdf. Pode ser necessário rodar o programa várias vezes para
“resolver” as referências internas, pois na primeira vez que é rodado o LATEX processa parcialmente
as informações do arquivo .tex e na rodada a seguir utiliza estas informações processadas para
gerar o arquivo de saída corretamente. Em casos não muito comuns são necessárias mais de duas
rodadas para que o arquivo de saída esteja em sua forma final.
Se estiver usando programa auxiliar para processar as referências bibliográficas (bibtex), deve-se
rodar primeiro o latex (ou pdflatex), depois o bibtex e, finalmente, o latex (ou pdflatex) duas vezes.
Se estiver gerando um índice remissivo no arquivo, rode inicialmente o latex (ou pdflatex), depois
o makeindex e, finalmente, o latex (ou pdflatex) novamente.
À medida que estes tópicos forem abordados no texto, ficarão mais claras as razões que levam o
LATEX a necessitar ser rodado mais de uma vez. Ver, por exemplo, a subseção 2.22.2
1.7 Distribuições de LATEX 7
O programa latexmk funciona como um gerenciador que cuida de rodar todos os programas neces-
sários a partir do arquivo de LATEX fornecido, realizando automaticamente todo o procedimento
acima. Com isso, os autores de textos não precisam se preocupar com este detalhe.
O elevado número de classes disponíveis e o gigantesco número de pacotes existentes (ver seção
1.2 para lembrar o que são classes e pacotes) poderia dificultar sobremaneira a execução do LATEX,
pela enorme dificuldade em instalar todas as classes e pacotes necessários ou que possam vir
a ser necessários. A dificuldade advém do fato que os pacotes e muitas classes são criadas por
desenvolvedores independentes e estes não estão incluídos no núcleo do LATEX. Para solucionar
isto, foram criadas aplicações que permitem disponibilizar estas classes e pacotes de forma que
possam ser facilmente encontrados pelo LATEX. Estes programas são denominados distribuições
de LATEX.
Em resumo, as distribuições são um conjunto integrado de programas que permite o uso do LATEX
sem necessitar conhecer a sua estrutura interna. Entre os arquivos incluídos nas distribuições estão
as classes e pacotes suportados por cada uma e, também, ferramentas adequadas para instalar estas
classes e pacotes de forma a atender as necessidades individuais, evitando instalar pacotes que
dificilmente serão utilizados. Por exemplo: para os autores deste texto é inútil instalar uma grande
parte do suporte a línguas, pois não têm conhecimento da maioria absoluta das línguas suportadas
pelo LATEX (mais de 40 idiomas).
Atualmente tem-se duas grandes distribuições de TEX: o MiKTeX (somente para Windows) e o
TeXLive (para Windows, Mac e Linux).
A distribuição completa é muito grande (da ordem de 1GB) e ambas possuem uma opção de
instalação que inclui somente o grupo de pacotes mais utilizados.
Ambas as distribuições permitem instalar, posteriormente, pacotes adicionais, caso sejam necessá-
rios, trazendo-os de repositórios disponíveis na Internet.
A instalação básica permite que, posteriormente, os pacotes que não estão inicialmente disponíveis
sejam instalados, caso sejam necessários. Provavelmente será necessário que a atualização dos
pacotes seja feita como administrador do Windows.
Se estiver disponível uma rede rápida, se os servidores que distribuem o MiKTeX não estiverem
sobrecarregados e o computador tiver área em disco livre suficiente (mais de 1GB) pode ser feita
uma instalação completa pela rede. Assim, não será mais necessário instalar pacotes adicionais
posteriormente.
apresentam facilidades para editar arquivos em LATEX (vim e emacs). Neste trabalho os autores
irão analisar o TeXMaker, que é uma ótima opção em ambos os sistemas operacionais.
Um editor que não é gratuito mas que é muito usado em Windows é o WinEdt. Os autores deste
trabalho julgam que este tem opções em excesso, não tem algumas das opções mais recentes (por
exemplo, busca inversa em arquivos .pdf ou “encoding” UTF-8) e seu uso pelo iniciante não é
muito intuitivo.
O LyX permite editar arquivos em LATEX usando uma interface do estilo do Microsoft Office ou
do LibreOffice (originalmente OpenOffice). Este programa pode ser uma boa opção para quem
está começando. A versão do Linux é bastante estável e está em constante desenvolvimento, mas,
embora haja uma versão Windows, esta não parece ser tão desenvolvida ou estável quanto a versão
Linux.
identificar possíveis erros. Aceita arquivos com codificação UTF-8 (mais comum no Linux) ou
Latin1 (mais comum no Windows). O uso do Latin1 deverá se reduzir com o tempo, ver o pacote
inputenc na Seção 2.11) para mais detalhes.
O visualizador interno de arquivos .pdf do TeXMaker não tem suporte a todas as opções dos
arquivos .pdf (por exemplo, hiperlinks). Isto não é uma restrição séria durante a fase de elaboração
do texto, mas é desejável que a versão do arquivo .pdf gerada ao final da elaboração possa ser
visualizada com todas as funcionalidades desejadas. Então, recomenda-se a instalação adicional
de algum outro visualizador de arquivos .pdf. A seguir tem-se algumas opções de visualizadores
de arquivos .pdf:
• O Sumatra é pequeno, bastante rápido, tem suporte à sincronização entre o .pdf e o .tex e é
um software livre. Tem versão somente para Windows.
• O Foxit também é pequeno e rápido, mas não tem suporte à sincronização entre o .pdf e o
.tex e não é um software livre, embora tenha versão gratuita. Está disponível em Windows e
Linux.
• O Acrobat Reader, da Adobe, é grande, muitas vezes lento, não tem suporte à sincronização
entre o .pdf e o .tex e não é um software livre. Como a Adobe é a detentora da patente sobre
o formato .pdf, o suporte do Acrobat Reader ao formato é muito bom. Note que, embora a
Adobe seja a proprietária do formato .pdf, a geração e leitura de arquivos neste formato é
livre e a escolha do programa para realizar estas operações não sofre restrição alguma. Tem
versão para Windows e Linux, mas é comum que a versão Linux não seja a mais recente.
• No sistema operacional Linux tem-se, além do Adobe Reader, o Okular, o Evince e o Xpdf.
Todos tem as mesmas características do Sumatra, sendo que o Xpdf é mais “leve” mas tem
uma interface excessivamente simples. Atualmente os autores utilizam o Okular que, apesar
de ser mais “pesado” que o Xpdf, tem recursos mais avançados que o Evince e conta com
uma ótima interface gráfica.
1.12 Exemplo da interface do TeXMaker 11
Obviamente este procedimento é uma herança dos tempos em que os arquivos de texto poderiam
ocupar uma parte significativa da memória do computador e, portanto, os programas não guardavam
o arquivo inteiramente na memória. De toda a forma, as ferramentas modernas permitem que o
LATEX e programas complementares sejam rodados na ordem e na quantidade de vezes necessária,
despreocupando o autor do texto com relação a este tipo de procedimento (ver programa latexmk).
Capítulo 2
LATEXBásico
13
14 2. LATEXBásico
O parâmetro “12pt” corresponde ao tamanho do fonte que será usado para o texto (normalmente
se usa “10pt”, “11pt” ou “12pt”). O parâmetro “a4paper” indica que o papel padrão é o A4. Se
não puser este parâmetro, a classe usa papel tipo carta, que é um pouco mais largo mas com altura
menor (padrão americano). O parâmero “twoside” indica que se pretende que o trabalho seja
impresso em frente e verso e o parâmetro “openright” indica que os capítulos devem iniciar do lado
direito, como nos livros. Se for usado o parâmetro “twoside” as margens esquerda e direita são
diferentes e seu valor depende se a página é par ou ímpar. Este comportamento pode ser alterado
usando parâmetros adequados do pacote “geometry” (ver Seção 2.9). O parâmetro “onecolumn”
indica que o documento gerado tem uma coluna de terxto por página. Para colocar duas colunas
de texto por página deve-se usar o parâmetro “twocolumn”. Dependendo da classe, podem ser
usados outros parâmetros.
O comando \usepackage é usado para incluir/carregar um pacote (conjunto de instruções de LATEX
/ TEX que realiza uma dada tarefa). Por exemplo: o pacote babel serve para escrever no idioma
selecionado os textos inseridos pela classe do LATEX. Assim aparecem no arquivo .pdf (ou .dvi) as
palavras bibliografia, capítulo, conteúdo, índice, figura, tabela etc ao invés das correspondentes
em inglês que seriam usados se não fosse usado o pacote “babel”. Serve, também, para indicar
ao LATEX como separar sílabas. O comando \usepackage deve ser colocado no preâmbulo do
documento, de preferência entre os primeiros pacotes a serem chamados. Um exemplo de uso é:
\ usepackage [ b r a z i l ]{ babel }
O comando \newcommand serve para definir um novo comando para simplificar a edição. Por
exemplo, se no trabalho aparecerem muitos termos da forma ‖𝑢‖∞ pode-se definir o comando
\norminf:
16 2. LATEXBásico
\ newcommand { \ n o r m i n f } [ 1 ] { $ \ V e r t #1 \ V e r t _ \ i n f t y $ } .
O número “1” entre colchetes significa que o comando \norminf sendo criado tem exatamente um
parâmetro. O texto entre chaves a seguir é o comando propriamente dito, sendo “#1” substituído
pelo primeiro parâmetro quando da chamada do comando. Os novos comandos podem ser definidos
em qualquer lugar do texto (em geral ficam no preâmbulo) e podem ser utilizados no corpo do
documento. Uma chamada deste comando seria:
\ norminf { f ( x )}
como se este estivesse inserido imediatamente após a linha anterior e seguido da linha posterior,
sem separação de parágrafo. Quando é desejado que a linha posterior seja um novo parágrafo,
deve-se incluir o ponto final ao final do “display” e pular a linha a seguir no arquivo .tex para
indicar que é um parágrafo. Um exemplo de trecho usando um “display” é: “... a expressão
\[x=\frac{-b\pm\sqrt{b^2-4ac}{2a} \] é a solução geral da equação de segundo grau”. O
arquivo .pdf ficaria da seguinte forma: “... a expressão
−𝑏 ± √𝑏 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
é a solução geral da equação de segundo grau”.
Tipo de documento relatório. Tem parâmetro igual ao da classe “book” e pode ser usado, por
exemplo, para dissertação de mestrado ou tese de doutorado
\ documentclass [12 pt , a4 paper , twoside , o p e n r i g h t ]{ r e p o r t }
Tipo de documento artigo. Serve para elaborar textos para publicação em revistas. O parâmetro
“openright” não se aplica.
\ d o c u m e n t c l a s s [ 1 2 p t , a 4 p a p e r ] { book }
Tipo de documento prova. Não é uma classe muito conhecida mas é bem útil pois pode incluir o
gabarito em um único arquivo .tex, caso seja desejado
\ d o c u m e n t c l a s s [ 1 2 p t , a 4 p a p e r ] { exam }
Tipo de documento monografia. Esta é uma classe desenvolvida pelo professor Maxwell Mariano
de Barros a partir da classe “report” e se encontra disponível no site da UFMA [Barros, Trabalho
de conclusão de curso - monografia].
Facilita bastante a elaboração de monografias de fim de curso, pois segue as recomendações da
ABNT. O arquivo monografia.cls deve ser baixado e colocado no mesmo diretório que contém o
arquivo .tex.
\ documentclass [12 pt ]{ monografia }
As classes tradicionais “article”, “report” e “book” parecem ocupar uma parte pequena das páginas
em A4, apresentando margens grandes. O pacote geometry permite alterar facilmente estas
margens (ver Seção 2.9).
18 2. LATEXBásico
Tem-se diversas outras classes para fins mais específicos ou melhorias/alterações das classes
citadas. Vamos citar a classe “beamer” que será descrita na Seção 3.2, utilizada para elaborar
apresentações e a classe “beamerposter” similar à classe beamer mas voltada para a elaboração
de “posters” para congressos. A classe “memoir” é uma classe que permite substituir as classes
“book”, “report” e “article”. Ela é altamente configurável e inclui, automaticamente, diversos
pacotes. Na visão dos autores, embora seja uma classe excelente, a passagem desta classe para
uma outra pode não ser tão simples quanto com outras classes, pois ao incluir os comandos de
diversos pacotes mas não incluir a chamada do pacote propriamente dita faz com que as alterações
para a conversão entre classes sejam algo mais complexas. De toda a forma, a documentação é
ampla (manual em inglês com mais de 500 páginas bem detalhadas, com muitos exemplos) e as
opções de formatação de capa, capítulos etc são muitas. Ver [Wilson e Madsen, Package memoir:
Typeset fiction, non-fiction and mathematical books.].
desejado. Um comando análogo, mas que insere uma linha horizontal de comprimento variável é
o comando \hrulefill. Por exemplo, para gerar uma linha horizontal contínua para demarcar o local
da assinatura em uma carta podem ser usados os comandos \hspace{3cm}\hrulefill\hspace{3cm}.
Note-se que foram deixadas margens laterais de três centímetros cada.
Para tornar a apresentação do texto mais agradável, o LATEX permite separar sílabas. No entanto, a
separação silábica é fortemente dependente do idioma em que está escrito o texto. O pacote babel
permite indicar o idioma em que está escrito o texto e realizar a separação silábica adequada ao
idioma escolhido.
Por exemplo, para indicar que um texto está escrito em português deve-se usar os comandos
\ documentclass . . .
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
...
\ b e g i n { document }
...
T e x t o em p o r t u g u ê s
...
\ end { document }
O parâmetro do pacote babel indica o idioma a ser usado (nome do idioma em inglês). Este pacote,
além de permitir a separação silábica adequada, também insere os textos pré-definidos do LATEX
no idioma desejado, como, por exemplo, “capítulo” ao invés de “chapter”, “tabela” ao invés de
“table” etc.
Para isto é fundamental que a distribuição do LATEX tenha instalado os pacotes relativos ao idioma
em que o texto está sendo escrito. Se não estão instalados os pacotes que dão suporte ao idioma
desejado, o LATEX apresenta uma mensagem de erro. Por outro lado, às vezes o idioma está
disponível mas o arquivo que indica como fazer a separação silábica não está. Neste caso, o
LATEX pode separar sílabas incorretamente pois, provavelmente, usará as regras do idioma-base
(provavelmente inglês) ou não irá separar mesmo onde é estritamente necessário. Analisando as
mensagens geradas pelo LATEX é possível confirmar se a hifenação foi ativada. Para isto, deve-se
procurar a palavra babel no arquivo “.log” gerado pelo LATEX. A mensagem indicando que não
encontrou o padrão de hifenação é da seguinte forma: “Warning: No hyphenation patterns were
loaded for the language …”.
O pacote microtype ajusta o tamanho dos caracteres, a sua forma, a separação entre as letras etc
de forma a gerar um texto que é de leitura agradável e que também respeita as margens. Usando
este pacote junto com uma separação silábica adequada, o texto em LATEX apresenta pouquíssimas
linhas que terminam após o alinhamento usual (mensagem de advertência iniciada por ”Overful
\hbox”). O alinhamento dos “displays” matemáticos (ver seção 2.3) não é afetado pelo pacote
microtype, da mesma forma que estes não tem separação silábica e devem ser ajustados pelo autor
do texto caso a caso.
O pacote babel permite usar mais de um idioma ao longo do texto, o que é bastante útil em
trabalhos escritos em um idioma mas com citações em outro. Desta forma a separação silábica
20 2. LATEXBásico
A escolha do tamanho do fonte que será usado no texto é feita na definição da classe que será
usada, ver Seção 2.3. Usualmente as alturas dos fontes são 10pt, 11pt ou 12pt. Este trabalho está
usando o fonte 12pt.
Pode-se alterar os tamanhos do fonte de um trecho do texto (somente em modo de texto, não altera
em modo matemático) usando os comandos, em ordem de tamanho:
\tiny \scriptsize \footnotesize \small \normalsize \large
homogeneidade. Por exemplo, o fonte itálico deve ter a mesma forma geral que o fonte normal e é
desejável que o fonte utilizado para o ambiente matemático também tenha a mesma forma.
No LATEX também é possível selecionar um fonte fornecendo as suas características. Este fonte
recebe um nome lógico e pode ser utilizado em situações posteriores. Nos textos técnicos este
tipo de seleção não é muito utilizada pois, em geral, deseja-se um texto uniforme e os comandos
citados anteriormente permitem a alteração do fonte mantendo uma certa uniformidade.
Eventualmente pode-se desejar enfatizar um trecho do texto e, neste caso, é possível fazer uma troca
do fonte. Por exemplo, o trecho “queremos {\fontencoding{T1} \fontfamily{fi4} \fontseries{b}
\selectfont ENFATIZAR ESTAS PALAVRAS} no texto” aparece no arquivo .pdf como “queremos
ENFATIZAR ESTAS PALAVRAS no texto”. Note-se que o trecho que teve o fonte alterado está entre
chaves, para que a alteração no fonte só seja válida no interior das chaves. O comando \fontencoding
indica o “encoding” que o fonte selecionado utiliza (ver explicação a seguir, ainda nesta Seção).
O comando \fontfamily corresponde ao nome do fonte e o comando \selectfont ativa o fonte
especificado. Pode-se especificar, também se o fonte é itálico, negrito e o seu tamanho.
A escolha dos fontes no LATEX tem diversos componentes. Os fontes originais do TEX eram
específicos para cada tamanho de letra. Estes fontes tinham uma resolução muito boa quando
impressos mas, por outro lado, os visualizadores de arquivos .pdf mostravam o texto com uma
qualidade muito baixa e/ou demoravam um tempo muito grande para apresentá-los na tela (estes
fontes eram denominados “tipo 3”). Por outro lado, os fontes “tipo 1” são escalonáveis, isto é,
contém informações que permitem gerar o fonte nos mais diversos tamanhos. Desta forma, a
apresentação na tela do computador é muito boa e relativamente rápida e a qualidade da impressão
deve ser semelhante à dos fontes “tipo 3”.
Uma outra propriedade importante dos fontes é o seu “encoding”. O TEX para imprimir, por
exemplo, uma letra “a” com acento agudo seleciona o símbolo do fonte desejado correspondente.
Como o número de símbolos possíveis é gigantesco (considere, por exemplo, os ideogramas
japoneses), em cada fonte só são implementados uma parte destes símbolos. Por uma questão
de espaço para endereçamento, inicialmente só podiam existir em cada fonte, no máximo, 256
símbolos diferentes. e o ‘encoding” corresponde a uma escolha dos símbolos a incluir e da sua
ordem (na verdade, os fontes mais modernos não tem mais esta limitação de 256 símbolos no
máximo). O “encoding” indicado para os idiomas da Europa com caracteres latinos no TEX é o
T1. Se utilizarmos fontes com outro “encoding” poderemos encontrar diversos símbolos trocados.
Mesmo que o fonte esteja com o “encoding” T1, ainda assim poderá não aparecer corretamente,
pois o fonte pode não ter implementado todos os símbolos do seu “encoding”.
Os padrões de fontes utilizados pelo LATEX tem se alterado ao longo do tempo, acompanhando
parcialmente as tecnologias desenvolvidas para processamento de texto em outros editores, espe-
cialmente para a visualização do texto na tela do computador, que não era prioritário quando do
desenvolvimento do fontes CM, padrão do TEX, ver seção 1.1.
Para usar os mesmos fontes disponíveis, por exemplo, nos editores de texto Word e LibreOffice,
o LATEX deveria poder lidar com fontes do tipo “truetype” (.ttf) e, principalmente, “open type”
(.otf), pois estes formatos facilitam o escalonamento automático dos fontes e já existem milhares
22 2. LATEXBásico
Para que o capítulo possa ser facilmente citado ao longo do restante do texto, deve-se usar o
comando \label imediatamente após a definição do capítulo. O parâmetro do comando \label
corresponde a um nome lógico que será usado para citar o capítulo ao longo do restante do texto,
por exemplo, \label{cap:LatexBasico}. Para citar este capítulo no restante do texto basta usar
o comando \ref que tem como parâmetro o nome lógico escolhido para o capítulo. No nosso
exemplo seria \ref{cap:LatexBasico}. Desta forma, se for inserido um capítulo antes do capítulo
que está sendo definido, nada no texto original precisará ser alterado pois o número do capítulo
não foi usado para citá-lo, apenas o nome lógico dado pelo comando \label.
Por exemplo:
\ documentclass [12 pt ]{ r e p o r t }
...
\ b e g i n { document }
...
\ c h a p t e r {Noç õ e s Bá s i c a s } \ l a b e l { c a p : NocBas }
...
\ c h a p t e r {Noç õ e s Avan ç a d a s } \ l a b e l { c a p : NocAv}
Como j á t í nhamos v i s t o no c a p í t u l o \ r e f { c a p : NocBas } ,
o s a r q u i v o s em . . .
...
\ end { document }
Note que o nome do primeiro capítulo é “Noções Básicas” que está identificado como “cap:NocBas”
pelo comando \label. A escolha do nome lógico para o capitulo é arbitrária, mas devem ser usados
preferencialmente números e letras pois alguns caracteres especiais podem não ser adequados,
especialmente quando for utilizado o pacote babel. Uma notação usual é iniciar o nome lógico
pelo tipo a que se refere (pois o mesmo comando \label pode ser usado em capítulos, partes, seções,
subseções, equações, teoremas, tabelas, figuras etc) separado por dois pontos dos caracteres que
identificam o capítulo. No nosso exemplo “cap” se refere a capítulo e “NocAv” se refere ao
capítulo específico. O número do capítulo é citado ao longo do texto através do comando \ref que
tem como parâmetro o nome lógico associado ao capitulo.
Se não se desejar numerar o capítulo deve-se usar o comando \chapter* ao invés de \chapter. Por
vezes este artifício é usado para incluir a introdução do trabalho com a forma de capítulo mas sem
ser numerada como, por exemplo, neste trabalho.
Os livros, teses, dissertações, monografias costumam ser impressos em frente e verso e, por isto,
costuma-se iniciar capítulos na página da direita. Para isso, se necessário, é incluída uma página
totalmente em branco. Isto pode ser feito automaticamente no LATEX através do uso da opção
“openright” na chamada da classe. No entanto, para que este comando seja ativado, é necessário
que seja usada a opção “twoside” para a classe do documento, pois os desenvolvedores das classes
entenderam que somente os documentos projetados para serem impressos em frente e verso tem a
necessidade de forçar que o início de cada capítulo seja na página que se situa no lado direito do
livro/tese/dissertação/apostila. Na Seção 2.3 é apresentado exemplo do uso desta opção.
O(s) apêndice(s) tem uma estrutura similar aos capítulos, apenas com uma forma de numeração
24 2. LATEXBásico
diferente (geralmente letras maiúsculas) . Para incluir um ou mais apêndice(s) no LATEX deve-se
usar o comando \appendix, para indicar o início dos apêndices e, a seguir, incluir os apêndices
como se fossem capítulos usando o comando \chapter.
As classe “article” e similares, que são usadas para escrever artigos para revistas, não possuem
capítulos e, portanto, o comando \chapter não se aplica. O comando equivalente é \section. A
inclusão de apêndice(s) pode ser feita de forma análoga, usando o comando \appendix e, a seguir,
os comandos \section.
Tem-se diversos outros comandos similares ao comando \chapter para definir partes, seções,
subseções etc. O seu uso é completamente análogo ao do comando \chapter e serão citados aqui
somente os nomes dos comandos. Para inserir uma parte de um livro usa-se o comando \part, para
inserir uma seção de um livro, monografia, dissertação, artigo pode-se usar o comando \section.
Analogamente tem-se os comandos \subsection, \subsubsection, \paragraph e \subparagraph.
Tipicamente, um capítulo pode ter várias seções e cada uma desta pode ter várias subseções e
assim por diante.
O LATEX possui comandos específicos para inserir, de forma automática, diversos componentes
de livros, teses, dissertações e até mesmo artigos. A forma de apresentação destes componentes
depende da classe escolhida. Por exemplo, o título em um livro deverá ocupar uma página, enquanto
que em um artigo deverá ocupar a(s) primeira(s) linha(s) do texto. No entanto os comandos para
definir e inserir estes componentes (onde for cabível) são os mesmos, o que facilita sobremaneira
a conversão de uma classe para outra, respeitando-se o objetivo de cada uma.
A inclusão do título de um trabalho se faz em duas etapas: na primeira são definidos o título,
autores, data etc e na outra indica-se ao LATEX que o título deverá ser incluído naquele ponto.
Normalmente é o primeiro texto a ser incluído, mas isto não é obrigatório.
Para fornecer as informações para o título tem-se os comandos \title, \author e \date. Usualmente
estes comandos são incluídos no preâmbulo, isto é, antes do comando \begin{document}. Por
exemplo, neste trabalho seriam usados os seguintes comandos para definir o título, autores e data,
respectivamente
\title{Introdução ao uso do LaTeX }
\date{Fevereiro 2012 - Versão 1.0}
\author{Ivo F. Lopez \and M. D. G. da Silva}
Se não desejar incluir a data no título, basta usar o comando \date{}. Se o comando \date não for
incluído, a data que será inserida será o dia em que foi feita a compilação. O mesmo se usar o
comando \date{\today}.
O comando \and utilizado na definição dos autores serve para separar os autores do trabalho.
Pode-se, também, inserir uma nota de rodapé relativa aos autores, que é útil, por exemplo, para
2.8 Título, sumário, listas de tabelas e de figuras 25
incluir o endereço de correio da cada autor ou a instituição em que cada um trabalha. Para isto
basta acrescentar o comando \thanks dentro do comando \author como, por exemplo, em
Para incluir o título do trabalho propriamente dito, basta usar o comando \maketitle na posição do
texto desejada. Em geral, este é o primeiro comando após o \begin{document}.
O formato do título adotado pela classe pode ser excessivamente simples e alguns autores preferem
gerar o seu próprio formato do título. Neste caso, pode ser usado o ambiente “titlepage” que
permite grande liberdade na formatação da página do título. No WikiBooks [Contribuidores do
Wikibooks, Latex/Title] tem um bom exemplo do uso deste ambiente.
Da mesma forma que o título, o sumário (isto é, a(s) página(s) que contém os nomes dos capítulos,
seções e indica a página do trabalho em que cada um destes se inicia) pode ser incluído de forma
muito simples no LATEX. Para isto basta acrescentar o comando \tableofcontents no local desejado,
usualmente imediatamente antes da introdução ou do primeiro capítulo, caso não haja introdução.
Muitas vezes a introdução do texto não é definida como um capítulo e, por isso, não está incluída
no sumário. Uma solução para isto é utilizar o comando \addcontentsline.
Por exemplo, para incluir uma introdução de um livro com formato similar ao de um capítulo sem
numeração usa-se o comando \chapter*. No entanto, capítulos não numerados não aparecem no
sumário. Para incluir a introdução no sumário deve-se fazer algo similar a
\ documentclass . . .
...
\ b e g i n { document }
...
\ tableofcontents
...
\ c h a p t e r *{ I n t r o d u ç ã o }
\ a d d c o n t e n t s l i n e { t o c }{ c h a p t e r }{ I n t r o d u ç ã o }
...
\ c h a p t e r {Noç õ e s Bá s i c a s }
...
\ end { document }
Uma estrutura com comandos similares a este exemplo está sendo usada neste trabalho. Ob-
serve que a Introdução tem o mesmo formato de um capítulo mas não está numerada e que no
sumário deste trabalho aparece uma linha correspondente à Introdução, inserida pelo comando
\addcontentsline.
A inserção de listas de tabelas e listas de figuras é feita pelos comandos \listoftables e \listoffigures.
26 2. LATEXBásico
e
\ usepackage { geometry }
\ g e o m e t r y { a 4 p a p e r , t e x t w i d t h =162mm, t e x t h e i g h t =220mm}
são equivalentes. Por sinal, estas são as dimensões das áreas de texto utilizadas neste trabalho.
Tem-se aqui as seguintes opções mais relevantes:
• Tamanho da folha para formatos padrão - os tamanhos mais usuais são o “a4paper”, “a5paper”
e “letterpaper”. Pode-se usar somente o nome ou incluir a palavra-chave paper, por exemplo
“paper=a4paper” ou simplesmente “a4paper” são equivalentes. Usualmente o tamanho da
folha é especificado no comando que define a classe do documento (\documentclasss) e,
neste caso, não é necessário informar novamente;
• Tamanho da folha especificado - nas situações em que o tamanho da folha desejado não
coincide com os tamanhos padrão, deve-se informar a altura e largura da folha. O tamanho
A4 no formato de retrato é equivalente a “paperwidth=210mm, paperheight=297mm”;
2.9 Geometria da página, espaçamento entre linhas 27
• Tamanho da área de texto - a área de texto é a área que será ocupada pelo texto, sem incluir
rodapé e cabeçalho. As palavras-chave são “textheight” e “textwidth”, que indicam a altura
e largura da área de texto, respectivamente. Um exemplo de uso é:
“textwidth=162mm, textheight=220mm”;
• Formatação das páginas - para imprimir usando frente e verso, as margens das páginas
ímpares devem ser diferentes das margens das páginas pares. Neste caso deve-se usar a
palavra-chave “twoside”. Em geral, esta opção pode ser definida quando da escolha da
classe no comando \documentclasss e, neste caso, não é necessário informar novamente.
• Relação entre as larguras das margens laterais - o LATEXestabelece margens laterais distintas
para o lado esquerdo e o direito da folha (caso não se use a opção “twoside”) ou para o lado
interno e externo (caso se utilize a opção “twoside”). Em geral os profissionais responsáveis
pelo projeto gráfico de livros preferem que a margem interna (junto à lombada) tenha largura
menor que a margem externa, por questões estéticas. No entanto, muitas vezes se utiliza
parte da margem interna para grampear as folhas (ou colocação de espiral) e o resultado
pode ser uma margem interna mínima e uma margem externa comparativamente muito
grande. O padrão da classe “book” do LATEX é usar uma margem externa maior resultando,
em alguns casos, no problema relatado, especialmente para apostilas ou livros eletrônicos
como este. A palavra-chave “hmarginratio” permite especificar a razão desejada entre a
margem interna e a margem externa (se usar opção “twoside”) ou esquerda e direita (se não
usar opção “twoside”). Por exemplo, “hmarginratio=4:3” estabelece uma relação entre as
margens interna e externa de quatro para três (usar sempre valores inteiros). Neste trabalho
utilizamos “hmarginratio=1:1” que indica que as margens interna e externa tem a mesma
largura. O comando “vmarginratio” é análogo e expressa a relação entre a margem superior
e a inferior.
• Orientação da página - a página pode estar orientada no formato usual de retrato ou no
formato de paisagem. Estas opções são denotadas, respectivamente, “portrait” e “landscape”.
Da mesma forma que opções anteriores, esta pode ser definida quando da escolha da classe
no comando \documentclasss e, neste caso, não é necessário informar novamente;
• Margens - pode-se especificar as margens que serão deixadas. Um exemplo é
“lmargin=20mm,rmargin=20mm, tmargin=20mm,bmargin=20mm”, que correspondem,
respectivamente, às margens esquerda (“left”), direita (“right”), topo (“top”) e base (“bot-
tom”). O uso das opções de ‘textwidth” e ‘textheight” são preferíveis pois o pacote distribui
o espaço livre automaticamente.
Algumas vezes deseja-se que algumas folhas específicas do trabalho tenham margens diferentes
como, por exemplo, para incluir uma folha com uma tabela que por pouco não cabe na área de texto.
Neste caso, o pacote “geometry” permite redefinir seus parâmetros a partir de um certo ponto
do texto usando o comando \newgeometry que tem sintaxe igual à do comando \geometry. No
entanto, o comando \newgeometry não permite alterar o tamanho do papel e nem a orientação (mas
permite alterar as margens). Pode-se retornar à geometria padrão da página usando o comando
\restoregeometry
No LATEX pode-se controlar o espaçamento entre linhas dentro de um mesmo parágrafo e o
28 2. LATEXBásico
espaçamento entre linhas pertencentes a dois parágrafos distintos. Além disso, pode-se controlar
o espaçamento entre linhas de listas, tabelas etc. O pacote “setspace” é indicado para alterar o
espaçamento entre linhas de forma simples. Se o pacote for chamado no preâmbulo, pode-se
utilizar os seguintes comandos ao longo do texto: \singlespacing, \onehalfspacing e \doublespacing.
O primeiro indica que, a partir do ponto em que é inserido, o espaçamento entre linhas será simples.
Analogamente, o segundo indica que o espaçamento será de uma linha e meia e o último que
o espaçamento será de duas linhas. Para espaçamentos intermediários pode-se usar o comando
\setstretch. Por exemplo, o comando \setstretch{1.5} é equivalente ao comando \onehalfspacing.
Um documento com espaçamento duplo teria o seguinte formato geral
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { setspace }
...
\ b e g i n { document }
\ doublespacing
...
\ end { document }
Se preferir que o documento tenha um espaçamento duplo entre linhas de parágrafos diferentes e
não indente os parágrafos, isto é, o parágrafo se inicia na margem esquerda, pode-se usar o pacote
“parskip”, através do comando \usepackage{parskip} inserido no preâmbulo. Não há necessidade
de parâmetros. Este pacote está sendo usado neste trabalho.
Os textos em inglês geralmente não indentam o primeiro parágrafo de um capítulo ou seção e, por
isso, o LATEX faz isto automaticamente. No entanto, a tradição nos países de língua latina é de
indentar todos os parágrafos e, para que o LATEX gere o trabalho desta forma é necessário usar o
pacote ‘indentfirst” através do comando \usepackage{indentfirst} inserido no preâmbulo.
• Pacote gráfico graphicx. Este pacote é uma evolução do pacote graphics com melhor suporte
e mais opções. Facilita sobremaneira a inclusão de gráficos e figuras no arquivo LATEX (ver
Seção 2.20).
\ usepackage { graphicx }
• Pacote geometry. Este pacote facilita a escolha do tamanho da página, margens a serem
usadas etc. As classes usuais já têm, em geral, boas escolhas para as margens adotadas e,
portanto, recomenda-se evitar alterações substanciais pois o resultado final pode ser um
30 2. LATEXBásico
texto difícil de ler ou esteticamente desagradável. Pode ser chamado já definindo parte da
geometria ou sem nenhum parâmetro. Neste último caso pode ser usado posteriormente o
comando \geometry. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes sobre o uso deste pacote;
• Pacote color para gerar arquivos com letras coloridas. Mesmo quando se deseja que o texto
final seja em branco e preto, este pacote pode ser utilizado para permitir realçar partes do
texto para que um outro autor ou revisor as identifique. O [Contribuidores do Wikibooks,
LaTeX/Colors] é uma boa referência para aprender a incluir cores, definir cor de fundo, usar
cores pré-definidas ou definir novas cores. Um exemplo simples de uso é:
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { color }
....
\ b e g i n { document }
...
a s o l u ç ã o { \ c o l o r { r e d } do p r o b l e m a a c i m a } é . . .
...
\ end { document }
• Pacote babel. Este pacote serve para definir o idioma em que está escrito o texto. Com isso,
a separação silábica é feita corretamente e diversos títulos implementados pelo LATEX são
apresentados no idioma correto (por exemplo: figura ao invés de figure, tabela ao invés de
table etc).
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
Na Seção 2.5 tem-se uma descrição detalhada sobre o uso do pacote babel.
• Pacote inputenc. A questão do “encoding” é uma questão muito importante. Tradicional-
mente as letras e símbolos das línguas latinas eram armazenadas nos arquivos segundo o
“encoding” latin1 (ou ISO8859-1, ou o similar Windows-1252). Neste “encoding”, cada
caractere armazenado ocupa um único byte, isto implica que tem-se, no máximo, 256 carac-
teres distintos. Por isso mesmo, não é possível dar suporte a todas os idiomas e nem mesmo
a todos os idiomas com caracteres latinos. Uma das soluções encontradas para utilizar o
mesmo “encoding” para todas os idiomas foi permitir que caracteres “especiais” sejam
armazenados ocupando mais de um byte. Usando este método o “encoding” que prevaleceu
foi o UTF-8. Atualmente a maioria dos portais de Internet mais acessados usa o “enconde”
UTF-8 (por exemplo: google, microsoft, facebook, twitter), da mesma forma que o formato
.docx do Word.
O pacote “inputenc” define o “encoding” que está sendo usado no arquivo .tex. Nos arquivos
antigos e boa parte dos arquivos editados no Windows o “encoding” é o latin1. No Linux a
maioria dos arquivos de texto usa “encoding” UTF-8. Os autores acreditam que a adesão
dos usuários de LATEX ao UTF-8 será progressiva e rápida e recomendam o seu uso desde já
(ver observações sobre o LuaTeX na Seção 2.6). O editor TeXMaker tem suporte a ambos
2.11 Principais pacotes 31
os encodings, mas outros editores, menos atualizados, podem não ter suporte ao encoding
UTF-8. Os exemplos válidos são, então,
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
ou
\ usepackage [ l a t i n 1]{ inputenc }
• Pacote float. Este pacote fornece mais opções para definir o posicionamento de figuras e
tabelas ao longo do texto. As Seções 2.19 e 2.21 tratam da inserção de figuras e tabelas
numeradas e abordam o uso do pacote float.
\ usepackage { f l o a t }
• Pacote setspace. Permite que o espaçamento entre linha possa ser alterado ao longo do
texto através de um único comando. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes sobre o uso deste
pacote;
\ usepackage { setspace }
• Pacote parskip. Faz com que o documento tenha um espaçamento duplo entre linhas de
parágrafos diferentes e não indente os parágrafos, isto é, o parágrafo se inicia na margem
esquerda. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes sobre o uso deste pacote;
\ usepackage { parskip }
primeiro parágrafo seja alinhado como parágrafo. Na seção 2.9 tem-se maiores detalhes
sobre o uso deste pacote;
\ usepackage { i n d e n t f i r s t }
• Pacote microtype. Este pacote faz pequenos ajustes na distribuição, tamanho e forma das
letras em cada linha de maneira que o texto esteja alinhado à esquerda e à direita simultane-
amente sem introduzir espaçamento excessivo entre as palavras e com uma apresentação
agradável, facilitando a leitura. O seu uso é sempre indicado. Este pacote é relativamente
recente. Em fevereiro de 2012 o suporte ao LuaTeX era feito na versão beta (ver discussão
na Seção 2.6).
\ usepackage { microtype }
Muitas vezes são necessários ornamentos em um grupo de caracteres. Neste caso, temos as
seguintes opções (todas em ambiente matemático):
\widetilde{xxx} 𝑥
𝑥𝑥
\widehat{xxx} 𝑥𝑥𝑥
\overline{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underline{xxx} 𝑥𝑥𝑥
\overbrace{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underbrace{xxx} 𝑥𝑥𝑥
\overleftarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underleftarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
⃮
\overrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥 \underrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
⃯
⃖⃗ \underleftrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
\overleftrightarrow{xxx} 𝑥𝑥𝑥
← →
_
\overarc{xxx} xxx \underarc{xxx} xxx.
^
Os dois últimos comandos (\overarc e \underarc) necessitam que o pacote arcs tenha sido chamado
no preâmbulo (comando \usepackage{arcs}).
Decorações semelhantes estão disponíveis para um caractere apenas (todas em ambiente matemá-
tico):
\tilde{x} 𝑥̃ \dot{x} 𝑥̇ \ddot{x} 𝑥̈
\hat{x} 𝑥̂ \check{x} 𝑥̌ \breve{x} 𝑥̆
\acute{x} 𝑥́ \grave{x} 𝑥̀ \mathring{x} 𝑥̊
\bar{x} 𝑥̄ \vec{x} ⃗𝑥 \not{x} 𝑥̸
Uma situação bastante comum ocorre quando queremos colocar dois textos e/ou operadores
um sobre o outro. Neste caso, pode-se usar o comando \stackrel que tem dois parâmetros. O
primeiro corresponde ao que desejamos colocar no topo e o outro ao que desejamos colocar
34 2. LATEXBásico
na base. O texto no topo tem tamanho menor que o texto na base. Por exemplo, o comando
\stackrel{(5)}{\Longrightarrow} (em modo matemático) gera no arquivo .pdf de saída o símbolo
()
⟹. Se houver necessidade de agrupar verticalmente de uma forma mais elaborada (por exemplo,
com um termo acima e outro abaixo simultaneamente), pode-se usar os comandos definidos
no pacote stackrel. Note-se que o comando \stackrel não necessita deste pacote, pois está na
especificação do LATEXoriginal.
Uma relação bastante completa de símbolos matemáticos pode ser vista no wikibook sobre LATEX
[Contribuidores do Wikibooks, LateX/Mathematics], ou em uma página dedicada a estudantes de
matemática [AoPSWiki, Art of Problem Solving].
Caso se queira, dentro de um ambiente matemático, inserir um texto com o fonte padrão, deve-se
usar o comando \text, cujo parâmetro é o texto a ser incluído. Ao contrário do modo matemático,
a presença de espaços no argumento do comando \text é respeitado como se fosse um texto usual.
Por exemplo, o trecho “$f(x)=5 \text{ para todo }x\in[0,5]$” aparece no arquivo .pdf
como “𝑓(𝑥) = 5 para todo 𝑥 ∈ [0, 5]”.
Frequentemente tem-se frações no interior dos pares de parêntesis e o tamanho destes deve ser
2.13 Subscritos, sobrescritos, funções pré-definidas 35
compatível com a fração. Para que o LATEX insira o parêntesis com o tamanho adequado, deve-se
abrir o parêntesis com o comando \left( e fechá-lo com o comando \right). De forma similar
tem-se, também, \left[, \right], \left<, \right>, \left|, \right|. Se não quiser colocar nada para
fechar no lado direito pode-se usar \right. (pode ser usado, por exemplo para “fechar” uma chave
relativa a um sistema de equações). Para colocar uma expressão entre chaves, deve-se usar \left⧵{
e \right\{ (a barra invertida antes da chave é para que o LATEX não interprete a chave como se fosse
o início de um bloco de comandos). A barra dupla pode ser obtida através dos comandos \left\| e
\right\| (usualmente adotada para representar normas). O LATEX espera que cada comando \left
seja fechado por um comando \right em cada linha da equação e exibirá um erro caso isto não
ocorra. Na Seção 2.15 tem-se diversos exemplos de uso de parêntesis com tamanho adequado ao
texto matemático que está sendo editado.
O LATEX tem várias funções e/ou operadores pré-definidos. Embora a lista tenha todas as funções
básicas, os seus nomes estão em inglês, o que gera a necessidade de acrescentar novas funções e/ou
operadores seja para colocar o nome em português (por exemplo, seno), seja para complementar a
lista. A digitação do nome da função/operador como se fosse um texto não é correta pois o LATEX
coloca o nome de funções/operadores em letras romanas, ao contrário dos textos em ambiente
matemático, que são inseridos em letras itálicas, como se fossem variáveis. Por exemplo, o código
em LATEX dado por “$cos x\quad\cos x$” será gerado como “𝑐𝑜𝑠𝑥 cos 𝑥” (o comando \quad
insere apenas espaço em branco).
As principais funções pré-definidas são \sin, \cos, \tan, \sec, \csc, \cot, \arccos, \arcsin, \arctan,
\cosh, \sinh, \tanh, \coth, \arg, \deg, \dim, \exp, \ker, \log, \ln.
Para definir uma nova função semelhante a estas, pode-se usar o comando \DeclareMathOperator
que tem dois parâmetros. O primeiro parâmetro é o nome do comando que está sendo criado e o
segundo são os caracteres a serem inseridos. Este comando pode ser inserido em qualquer parte do
texto, mas é preferível que seja incluído no preâmbulo, que é a posição recomendada para novos
comandos. Por exemplo, o comando \DeclareMathOperator{\seno}{sen} cria o comando \seno
que ao ser chamado escreve a função “sen”.
Tem-se, também, funções/operadores especiais, que usualmente utilizam subscritos e/ou sobres-
critos como, por exemplo, os limites. O comando “$\lim_{x\rightarrow 0}\cos x=1$” gera no
arquivo .pdf o seguinte resultado: “lim𝑥→ cos 𝑥 = 1”. Observe-se que o limite especificado fica
à direita abaixo do comando \lim. Isto porque o LATEX evita incluir linhas no texto que ocupem
um espaço vertical maior que o usual, por isso adapta os comandos de forma a não alterar o
espaçamento vertical. Por outro lado, quando o comando é usado no modo de “display” (texto
matemático isolado em uma ou mais linhas) não existe mais esta necessidade. Por exemplo, o
trecho em LATEX dado por \[ \lim_{x\rightarrow 0}\cos x=1 \] gera o seguinte texto no arquivo
.pdf:
lim cos 𝑥 = 1
𝑥→
Note-se que o limite passou a ficar imediatamente abaixo do “lim”. Quando se deseja que fique
desta forma mesmo quando o trecho matemático está inserido em uma linha de texto usual, deve-se
usar o comando \displaystyle que indica ao LATEX que o trecho matemático a seguir deve ser incluído
com o mesmo formato que o “display”. Neste caso, o comando “$\displaystyle \lim_{x\rightarrow
36 2. LATEXBásico
0}\cos x=1$” gera no arquivo .pdf o seguinte resultado: “lim cos 𝑥 = 1”. Note-se que a altura
𝑥→
desta linha de texto foi aumentada quando comparada a outras linhas. O comando \displaystyle
permanece ativo até o fim do modo matemático ou o fim do bloco entre chaves em que se situa.
Outros comandos que tem comportamento igual ao do \lim são: \limsup, \liminf, \max, \min, \sup,
\inf, \det, \gcd e \Pr.
Para criar um novo operador com comportamento similar ao do \lim pode-se usar o comando
\DeclareMathOperator∗. A sintaxe deste comando é igual à do \DeclareMathOperator, descrito
anteriormente.
Tem-se também operadores com representação gráfica própria mas que tem comportamento se-
melhante ao do \lim. São eles: \sum, \prod, \bigcup, \bigcap, \int, \iint, \iiint, \oint que quando
incluídos em uma linha de texto junto com subscrito e/ou sobrescrito se apresentam, respecti-
vamente, como ∏𝑖= ∑𝑖= ⋃𝐴 ∈ ⋂𝐴 ∈ ∫ ∬ ∭ ∮ e, quando incluídos em
𝑖 𝑖 𝐷 𝐷 𝛾
um display, ficam da forma
.
𝑖= 𝑖= 𝐴𝑖 ∈ 𝐴𝑖 ∈ 𝐷 𝐷 𝛾
O uso do comando \displaystyle no texto matemático inserido em uma linha mudaria a representa-
ção para .
𝑖= 𝑖= 𝐴𝑖 ∈ 𝐴𝑖 ∈ 𝐷 𝐷 𝛾
Tem-se outros operadores similares como, por exemplo \coprod, \bigoplus, \bigotimes, \bigodot,
\biguplus, \bigsqcup, \bigvee, \bigwedge, \idotsint, que geram, respectivamente, os símbolos
⋯ .
tamanho do texto matemático deve ser o mesmo que é usado em uma equação isolada em uma
linha (“display”). O uso desta opção no meio de um texto longo não é indicada, pois gera uma
diferença de espaçamento entre linhas consecutivas e, portanto, um trabalho com aparência não
muito agradável. Por outro lado, se este comando for retirado, a expressão matemática fica muito
pequena, dificultando a leitura. Muitas vezes a solução é isolar o texto matemático em uma linha
específica.
O comando \iint insere uma integral dupla. O “_” a seguir indica que o símbolo/comando que
o segue deve ser apresentado como um subscrito. Se o texto a ser apresentado em subscrito
contiver mais de um caractere, estes devem ficar entre chaves. O comando \vec coloca uma
seta sobre o seu parâmetro. O comando \oint insere o símbolo de integral em curva fechada, o
comando \partial insere o símbolo de derivada parcial e o comando \Omega insere a letra grega
maiúscula correspondente. Finalmente, o comando \frac indica que os dois parâmetros que o
seguem são numerador e o denominador da fração (ambos ficam entre chaves). O comando \dfrac
é similar ao \frac, apenas assegura que a fração não será escrita com o fonte em tamanho pequeno,
independente de ter usado o comando \displaystyle. A utilização do \dfrac elimina, em muitos
casos, a necessidade de usar o \displaystyle.
A seguir tem-se uma tabela com exemplos de pequenas expressões matemáticas usando os coman-
dos definidos nas duas Seções anteriores e que serão analisadas a seguir. Estas expressões devem
ser digitadas em ambiente matemático (entre cifrões ou em um “display”).
−𝑏 ± √𝑏 − 4𝑎𝑐
a \frac{-b \pm \sqrt{b^2-4ac}}{2a}
2𝑎
sen 𝑥
b \tan x= \frac{\sen x}{\cos x} tan 𝑥 =
cos 𝑥
𝑓(𝑎 + ℎ) − 𝑓(𝑎)
c \lim_{h\rightarrow 0} \frac{f(a+h)-f(a)}{h} lim
ℎ→ ℎ
∞
d \int_{0}^{\infty} 3^{-x}\, dx 3−𝑥 𝑑𝑥
e \overline{a+bi} =a-bi 𝑎 + 𝑏𝑖 = 𝑎 − 𝑏𝑖
𝑛
⎧ 𝑥 ⎫
⎪ 𝑥+ ⎪
⎪ ⎪
f \left\{\frac{\bigl(\frac{x}{x+1}\bigr)^n}{2^n}\right\} ⎨ ⎬
⎪ 2𝑛 ⎪
⎪ ⎪
⎩ ⎭
∗
g u\stackrel{*}{\longrightarrow} 𝑢⟶0
38 2. LATEXBásico
tida), “\langle” (símbolo de menor que), “\rangle” (símbolo de maior que) etc. No
exemplo observa-se o uso dos comandos \left e \right para as chaves.
No entanto, os comandos \left e \right não foram adotados para a expressão entre parêntesis,
embora pudessem ser usados. O motivo é que o tamanho dos parêntesis escolhido pelo LATEX
neste exemplo era pequeno o que era menos agradável sob o ponto de vista estético. Nestes
casos, pode-se escolher o tamanho mais adequado ao invés de usar o padrão do LATEX. Isto
é feito aplicando o comando \bigl ao invés do \left e o comando \bigr ao invés do \right,
sendo o restante da sintaxe idêntica ao dos comandos substituídos. Ao contrário do \left que
tenta colocar o delimitador com o tamanho mais adequado, o comando \bigl já especifica
o tamanho do delimitador. Na verdade tem-se uma família de comandos cada um para um
tamanho diferente. São eles, em ordem crescente de tamanho: \bigl, \Bigl, \biggl, \Biggl e
seus análogos para o lado direito.
É importante lembrar que todos os comandos para o lado esquerdo tem de ser “fechados” pelos
seus equivalentes para o lado direito. Mesmo que não se queira usar nenhum delimitador para
o lado direito (por exemplo, em um sistema de equações só é necessária a chave da esquerda),
deve-se usar o comando \right seguido de um ponto (“\right.”), que não insere nenhum símbolo
mas “fecha” o comando \left como desejado;
g. Neste item observa-se o uso do comando \stackrel. Este serve para sobrepor dois símbolos,
utilizando um fonte menor para o símbolo na posição superior. Neste exemplo foram so-
brepostos a seta para a direita com o asterisco. Este comando é bastante útil pois diversas
notações matemáticas utilizam um símbolo sobre o outro. Os comandos \overset e \underset,
disponíveis pelos pacotes amssymb e amsmath tem função e sintaxe similar. O comando
\overset é similar ao comando \stackrel, pois o símbolo acima tem tamanho de fonte menor
que o de baixo. O inverso ocorre com o \underset.
O ambiente “equation” serve para definir uma expressão matemática que irá ocupar uma linha
somente. A equação será numerada segundo as regras da classe escolhida. Por outro lado, o
ambiente “equation*” é similar mas a equação não será numerada. O asterisco incluído ao final
faz com que a numeração seja omitida. Esta regra vale de uma forma geral para muitos ambientes
e mesmo comandos do LATEX (um asterisco ao final do nome do ambiente/comando desativa a
numeração associada, quando cabível).
Um exemplo para o uso deste ambiente é
\ b e g i n { e q u a t i o n } \ l a b e l { eq : g r a u 2}
x =\ f r a c {−b \ pm \ s q r t { b ^ 2−4 a c }}{2 a }
\ end { e q u a t i o n }
−𝑏 ± √𝑏 − 4𝑎𝑐
𝑥= . (2.1)
2𝑎
Para citar esta equação basta usar o comando \eqref (disponível nos pacotes da AMS, ver seção
2.11) que utiliza como parâmetro o nome lógico da equação como definido no comando \label
inserido no interior do ambiente “equation”. Por exemplo, se incluir no arquivo .tex o texto “...
usando a solução da equação de segundo grau \eqref{eq:grau2} temos que ...” este apareceria no
arquivo .pdf na forma “… usando a solução da equação de segundo grau (2.1) temos que …”.
Note-se que o ambiente “equation” já é um ambiente matemático e, por isso, não é necessário
incluir o símbolo $ para iniciar ou encerrar o ambiente matemático. Para inserir um texto no
interior de um ambiente matemático, basta usar o comando \text{ texto a ser incluido }, por
exemplo.
Deve-se evitar numerar as equações que não forem citadas posteriormente, para que o texto fique
mais simples facilitando a leitura. Utilizando esta sugestão, cada ambiente “equation” deve conter
um comando \label pois, se não for citar posteriormente o número da equação é melhor usar o
ambiente “equation*”.
A seguir apresentaremos outros ambientes para digitação de equações aplicados a situações mais
específicas que o ambiente “equation”.
Muitas vezes a expressão que se deseja incluir no “display” é tão grande que ultrapassa o limite da
linha. Nestes casos é recomendável separar a expressão ao longo de duas ou mais linhas e um
ambiente adequado para isto é o ambiente “multline” ou “multline*”, conforme se queira numerar
ou não a equação resultante.
Um exemplo para uso deste ambiente é
\ b e g i n { m u l t l i n e } \ l a b e l { eq : m u l t l n }
SF ( f ) = \ f r a c { a _0}{2} + \ sum _{ n = 1 } ^ { \ i n f t y }
\ l e f t ( \ l e f t ( \ i n t _{− l }^{ l } f ( s )
\ c o s \ l e f t ( \ f r a c { n \ p i s }{ l } \ r i g h t ) d s \ r i g h t )
2.15 Ambientes de equações e sistemas 41
\ c o s \ l e f t ( \ f r a c { n \ p i x }{ l } \ r i g h t ) +
\ right .
\\
\ left .
\ l e f t ( \ i n t _{− l }^{ l } f ( s ) \ s e n ( \ f r a c { n \ p i s }{ l } ) d s \ r i g h t )
\ s e n \ l e f t ( \ f r a c { n \ p i x }{ l } \ r i g h t ) \ r i g h t )
\ end { m u l t l i n e }
Os ambientes de “display” não levam em conta os espaços em branco e nem as mudanças de linha.
As mudanças de linha deste exemplo servem apenas para facilitar a visualização da expressão
(se todas as linhas dentro do ambientes matemáticos fossem agrupadas em uma única linha, o
resultado no arquivo .pdf seria o mesmo).
O comando \\ serve para indicar o final de uma linha no arquivo .pdf. Observe que a linha de
continuação da expressão é alinhada automaticamente na margem direita.
Como tem-se frações no interior dos pares de parêntesis, o tamanho destes deve ser compatível
com a fração. Para que o LATEX insira o parêntesis com o tamanho adequado, deve-se abrir o
parêntesis com o comando \left( e fechá-lo com o comando \right). O LATEX espera que cada
comando \left seja fechado por um comando \right em cada linha da equação e exibirá um erro
caso isto não ocorra. Na Seção 2.13 são listados os outros símbolos matemáticos que podem ter
seu tamanho alterado com os comandos \left e \right.
Como neste exemplo um dos parêntesis é aberto na primeira linha da equação mas só é fechado na
segunda linha, é necessário “fingir” que foi fechado ao final da primeira linha, usando o comando
\right. (ver comando na linha anterior à linha com \\) e “fingir” que foi aberto no início da primeira
linha, usando o comando \left. (ver comando na linha posterior à linha com \\).
O comando \label{eq:multln} fornece um nome lógico à equação que poderá, posteriormente, ser
referenciada no texto com o comando \eqref{eq:multln}. O LATEX inserirá o número da equação
no ponto em que for usado o comando \eqref. .
Uma outra situação que ocorre com frequência é a necessidade de inserir diversas equações, sendo
uma em cada linha. Para numerar cada equação deve-se usar o ambiente “align” e, se não quiser
numerar as equações, deve-se usar “align*”. O ambiente “align” permite, também, posicionar as
linhas de forma a alinhar uma parte do texto, usualmente o símbolo “=”. Um exemplo para uso
deste ambiente é dado por
\ begin { align }
\ l a b e l { eq : a l g n 1}
42 2. LATEXBásico
O final de uma linha, como era de se esperar, é indicado pelo comando \\. Como cada linha tem
sua numeração, deve-se inserir um comando \label por linha.
O ambiente “align” ajusta a posição horizontal de cada linha de forma que a posição demarcada
com o símbolo “&” em cada linha gerada pelo ambiente fique alinhada verticalmente. Por questões
estéticas, o caractere & normalmente é colocado antes do sinal de “=”, como no exemplo escolhido.
No exemplo anterior pode ser interessante grupar os números da equação inserindo uma letra
adicional para cada linha. Para fazer isto, basta incluir o ambiente “align” dentro de um ambiente
“subequations”. Um exemplo é o seguinte:
\ begin { subequations }
\ l a b e l { eq : s u b e q n 1}
\ begin { align }
\ l a b e l { eq : a l g n s b 1}
v ^ \ p r i m e ( x ) &=u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\\
\ l a b e l { eq : a l g n s b 2}
v ( x ) &=u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\ end { a l i g n }
\ end { s u b e q u a t i o n s }
Este ambiente necessita que o pacote empheq seja chamado no preâmbulo. De uma forma geral, o
“empheq” permite chamar ambientes do pacote “amsmath” adicionando diversas “ornamentações”.
Exemplos destas “ornamentações” são símbolos ou textos à esquerda e/ou direita ou a cor de
fundo etc. Neste exemplo o ambiente “empheq” chama o ambiente “align” incluindo uma chave à
esquerda (comando \empheqlbrace), como segue
\ begin { subequations }
\ l a b e l { eq : s u b e q n 2}
\ b e g i n { empheq } [ l e f t =\ e m p h e q l b r a c e ] { a l i g n }
\ l a b e l { eq : emphsb 1}
v ^ \ p r i m e ( x ) &=u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\\
\ l a b e l { eq : emphsb 2}
v ( x ) &=u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\ end { empheq }
\ end { s u b e q u a t i o n s }
Da mesma forma que anteriormente, para citar as equações ao longo do texto, pode-se usar os
comandos \eqref{eq:subeqn2}, \eqref{eq:emphsb1} e \eqref{eq:emphsb2}. Após o processamento
pelo LATEX, estes apareceriam no texto como (2.6), (2.6a) e (2.6b), respectivamente.
Caso se queira utilizar uma única numeração para todo o sistema, pode-se fazê-lo usando externa-
mente o ambiente “equation” e internamente o ambiente “aligned”. O ambiente “aligned” tem uso
similar ao ambiente “align” mas não numera as equações e deve ficar no interior de um ambiente
“equation”. O exemplo a seguir mostra como fazê-lo:
\ begin { equation }
\ l a b e l { eq : e q u a t i o n 3}
\ l e f t \{
\ begin { aligned }
v ^ \ p r i m e ( x ) &=u ( x )+3 v ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R}
\\
v ( x ) &=u ^ \ p r i m e ( x ) , \ quad \ f o r a l l x \ i n \ mathbb {R } .
\ end { a l i g n e d }
\ right .
\ end { e q u a t i o n }
O resultado é o seguinte:
𝑣′ (𝑥) = 𝑢(𝑥) + 3𝑣(𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ
(2.7)
𝑣(𝑥) = 𝑢′ (𝑥), ∀𝑥 ∈ ℝ.
44 2. LATEXBásico
Um exemplo bastante semelhante ao anterior e que utiliza os mesmos comandos ocorre, por
exemplo, na definição de uma função por partes. Temos:
\ begin { equation }
\ l a b e l { eq : e q u a t i o n 4}
f ( x ) =\ l e f t \ {
\ begin { aligned }
&0 , && \ f o r a l l x \ i n ( − \ i n f t y , 0 ] \ \
& e ^{ −\ f r a c {1}{ x ^ 2 } } , && \ f o r a l l x \ i n [ 0 , \ i n f t y )
\ end { a l i g n e d }
\ right .
\ end { e q u a t i o n }
O resultado é o seguinte:
⎧ 0, ∀𝑥 ∈ (−∞, 0]
⎪
𝑓(𝑥) = ⎨ − (2.8)
⎪ 𝑒 𝑥 , ∀𝑥 ∈ [0, ∞)
⎩
A diferença significativa com relação ao exemplo anterior é o alinhamento das linhas na definição
da função. Como é desejado que os valores da função sejam alinhados à esquerda, inclui-se antes
destes o caractere &. Isto porque as colunas ímpares dentro do “aligned” são alinhadas à direita e
as colunas pares à esquerda. De forma análoga, antes do intervalo de definição foram incluídos
dois caracteres & para que os intervalos ficassem alinhados à esquerda também.
O comando \boxed pode ser usado dentro de um ambiente matemático para que o seu parâmetro
seja colocado dentro de uma caixa. Um dos seus usos é para marcar a resposta caso o texto digitado
seja um gabarito de uma lista de exercícios. Por exemplo, os comandos
\ t e x t b f { E x e r c . } C a l c u l e a s r a í z e s da e q u a ç ã o $x ^2 −5 x +6=0$.
\ newline
\ t e x t b f { R e s p o s t a : } Temos que $0=x ^2 −5 x+6=(x − 2 ) ( x −3)$ e ,
portanto ,
\ [ \ boxed { x=2 \ t e x t { ou } x=3} \ ]
𝑥 = 2 ou 𝑥 = 3
\ l a b e l { eq : p r o d }
\ begin { pmatrix }
1 & 2 \\
2 & 4
\ end { p m a t r i x }
\ begin { pmatrix }
1 & 3 \\
2 & 33
\ end { p m a t r i x }
=
\ begin { pmatrix }
5 & 69 \ \
10 & 138
\ end { p m a t r i x }
\ end { e q u a t i o n }
1 2 1 3 5 69
2 4 2 33 = 10 138 (2.9)
\ end { meuteorema }
C o n s t r u a um q u a d r a d o com a r e s t a de c o m p r i m e n t o $b+c $ .
P o s i c i o n e d e n t r o d e s t e q u a d r a d o , sem s u p e r p o r , q u a t r o
t r i â n g u l o s r e t â n g u l o s c ô n g r u o s ao t r i â n g u l o $T$ de
f o r m a que t o d o s o s c a t e t o s d e s t e s t r i â n g u l o s f i q u e m
s o b r e a s a r e s t a do q u a d r a d o ( tem − s e d u a s p o s s i b i l i d a d e s ) .
A á r e a no i n t e r i o r do q u a d r a d o n ã o o c u p a d a p e l o s
t r i â n g u l o s s e r á um q u a d r a d o de l a d o $ a $ ( v e r i f i q u e ) .
Temos , e n t ã o , que a s á r e a s d o s q u a t r o t r i â n g u l o s m a i s a
á r e a do q u a d r a d o de l a d o $ a $ é i g u a l à á r e a do q u a d r a d o
o r i g i n a l , i s t o é , $ ( b+c )^2=4 bc / 2 + a ^ 2 $ . Isto
i m p l i c a que $ a ^2=b^2+ c ^ 2 $ , como q u e r í amos d e m o n s t r a r .
\ end { p r o o f }
O resultado é da forma:
Teorema 2.2. (Pitágoras) Em um triângulo retângulo, a soma do quadrado dos catetos é igual
ao quadrado da hipotenusa.
\ begin { itemize }
\ i t e m P r i m e i r o i t e m da l i s t a n ã o numerada
\ i t e m Segundo i t e m da l i s t a n ã o numerada
\ i t e m T e r c e i r o i t e m da l i s t a n ã o numerada
\ end { i t e m i z e }
Lista numerada
\ begin { enumerate }
\ i t e m P r i m e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m Segundo i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m T e r c e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ end { e n u m e r a t e }
...
\ begin { enumerate } [ ( a ) ]
\ i t e m P r i m e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m Segundo i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m T e r c e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ end { e n u m e r a t e }
...
\ end { document }
O resultado seria uma lista enumerada com as letras minúsculas do alfabeto entre parêntesis,
como indicado no ambiente “enumerate”. Pode-se escolher, também, letras maiúsculas, usando
o caractere “A”, algarismos romanos com o caractere “i” ou “I” e algarismos arábicos com o
caractere “1”.
\ begin { d e s c r i p t i o n }
\ i t e m [ I t e m 1 : ] P r i m e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m [ I t e m 2 : ] Segundo i t e m da l i s t a numerada
\ i t e m [ I t e m 3 : ] T e r c e i r o i t e m da l i s t a numerada
\ end { d e s c r i p t i o n }
Utilizando outros pacotes adicionais pode-se acrescentar cor à tabela, girar a tabela, permitir que
a tabela utilize mais de uma página etc.
Uma apresentação bem detalhada e com diversos exemplos de tabela pode ser vista no WikiBook
sobre tabelas do LATEX [Contribuidores do Wikibooks, Latex/Tables].
A seguir tem-se um exemplo simples de tabela
\ begin { center }
\ b e g i n { t a b u l a r }{ | l | l | l | p {5cm} | }
\ hline
Dia & Temp . Mí n . & Temp . Má x & Resumo \ \ \ h l i n e
Segunda & 2 2 $ ^ \ c i r c $C & 2 8 $ ^ \ c i r c $C & Dia n u b l a d o
com d i v e r s a s p a n c a d a s de c h u v a ; \\ \ hline
Ter ç a & 2 5 $ ^ \ c i r c $C & 3 2 $ ^ \ c i r c $C & Manhã n u b l a d a
a b r i n d o o s o l à t a r d e . Pequenos per í odos
de c h u v a s e s p a r s a s p e l a manh ã ; \\ \ hline
Q u a r t a & 2 8 $ ^ \ c i r c $C & 3 7 $ ^ \ c i r c $C & Dia de s o l
com p a n c a d a s de c h u v a ao a n o i t e c e r ; \\ \ hline
\ end { t a b u l a r }
\ end { c e n t e r }
\ end { t a b l e }
que é aceito posicionar no topo (“top”), a letra b indica que é aceito posicionar na base (“base”) e
a letra p indica que é aceito posicionar em uma página especial para tabelas e/ou figuras (“page”).
Se colocar uma exclamação aumenta a preferência que o LATEX dá a atender este posicionamento
(o programa deixa de verificar algumas restrições internas, mas não todas).
O uso do pacote float permite usar a letra H que indica que a tabela/figura será posicionada
exatamente aonde foi inserida. Se for usada esta opção, o caractere “H” deve aparecer sozinho.
Deve-se evitar incluir tabelas/figuras que ocupem a maior parte de uma página pois o programa
terá muita dificuldade em posicioná-la e as tabelas/figuras que a seguem só poderão ser inseridas
depois que a tabela/figura grande for incluída. Isto usualmente leva o programa a incluir todas
as figuras ao final do capítulo/seção. A página de Andrew T. Young [Young, Controlling Latex
Floats] e a de Rob J Hyndman [Hyndman, Controlling Fig. and Tab. Placement in Latex ] são
boas referências para o posicionamento de tabelas e figuras.
O LATEX tem o comando \listoftables que insere uma página com a lista das tabelas do texto
indicando as páginas em que são encontradas (um sumário para as tabelas).
TeXLive chama automaticamente o conversor caso seja necessário. O MiKTeX necessita que seja
chamado o pacote epstopdf no arquivo .tex para que o programa possa ser usado para converter
internamente o formato “eps” para “pdf”.
Por questões de licença de uso (já expiradas), o formato “gif” não é suportado. No entanto,
existem diversos programas gratuitos que fazem a conversão para o formato “png”, que é um
formato similar, sem perda de qualidade, ou “jpg”. O programa Image Magick [ImageMagick,
ImageMagick ] é um software livre e pode ser usado para converter diversos tipos de formatos
gráficos, incluindo “gif”.
O pacote graphicx é necessário para utilizar o procedimento simplificado que será apresentado.
Uma boa fonte de informações para a inclusão de figuras em LATEX está no WikiBook de inserção
de Tabelas e Figuras no LATEX [Contribuidores Wikibooks, LaTeX/Floats, Figures and Captions].
Um exemplo bem simples mas bastante funcional é
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { graphicx }
...
\ b e g i n { document }
...
\ begin { center }
\ i n c l u d e g r a p h i c s [ s c a l e = 0 . 1 5 ] { l o g o l a t e x . png }
\ end { c e n t e r }
...
\ end { document }
O comando que insere a figura é \includegraphics. O arquivo a ser inserido, denominado neste
exemplo “logolatex.png” deve estar na mesma pasta que o arquivo .tex. Este arquivo foi posicionado
centrado na direção horizontal e o seu tamanho original foi multiplicado por 0,15. Podem ser
usados, também, parâmetros que determinam a altura e/ou largura da figura, bem como a sua
rotação. A altura da figura é indicada pelo parâmetro “height”, a largura pelo parâmetro “width” e
a rotação pelo parâmetro “angle”. O comando \includegraphics[widht=120mm,height=30mm]...
insere a figura com 120 mm de largura e 30 mm de altura. Este procedimento não é, em geral,
indicado pois pode alterar a relação entre a altura e a largura da figura, deformando-a. Uma opção
melhor seria o comando \includegraphics[widht=120mm,height=30mm,keepaspectratio]... que
incluiria a figura com largura de 120 mm (ou menos), altura de 30mm (ou menos) e manteria a
relação entre a altura e largura da figura original, não deformando-a (parâmetro “keepaspectratio”).
54 2. LATEXBásico
O LATEX, também permite utilizar seus comandos para criar figuras, sem a necessidade de importa-
las. Uma vantagem é que o arquivo .tex já contrá a figura e a qualidade de impressão desta deve
ser muito boa. No entanto, figuras mais complexas demandam muito tempo para elaborar e podem
ser mais facilmente geradas com ferramentas gráficas apropriadas.
O pacote tikz pode ser usado para gerar figuras simples no LATEX. Este pacote, desenvolvido
principalmente por Till Tantau, ver [Tantau, Tikz & Pgf ], utiliza uma série de macros em TEX
denominadas “pgf”. As suas principais vantagens são agrande flexibilidade para gerar os gráficos
e, também, o suporte à geração dos gráficos tanto pelo programa latex quanto pelo pdflatex, quanto
pelo pdftex e mesmo pelo context. Um pacote também bastante poderoso é o pstricks, mas este
não pode ser usado pelo pdflatex, apenas pelo latex e, portanto, seu uso não é recomendado. O
portal [Fauske e Kottwitz, TeXample.net] tem uma grande quantidade de exemplos de figuras com
os respectivos códigos no formato do tikz. O código a seguir foi retirado deste portal:
\ documentclass . . .
...
\ usepackage { t i k z }
...
\ b e g i n { document }
...
\ begin { t i k z p i c t u r e }
\ u s e t i k z l i b r a r y { arrows , shapes , p o s i t i o n i n g }
\ u s e t i k z l i b r a r y { d e c o r a t i o n s . markings }
\ t i k z s t y l e a r r o w s t y l e =[ s c a l e =1]
\ t i k z s t y l e d i r e c t e d =[ p o s t a c t i o n ={ d e c o r a t e , d e c o r a t i o n ={ m a r k i n g s ,
mark= a t p o s i t i o n . 6 5 w i t h { \ a r r o w [ a r r o w s t y l e ] { s t e a l t h } } } } ]
\ t i k z s t y l e r e v e r s e d i r e c t e d =[ p o s t a c t i o n ={ d e c o r a t e ,
d e c o r a t i o n ={ m a r k i n g s , mark= a t p o s i t i o n . 6 5 w i t h
{\ arrowreversed [ arrowstyle ]{ s t e a l t h };}}}]
% define coordinates
\ c o o r d i n a t e (O) a t ( 0 , 0 ) ;
\ c o o r d i n a t e (A) a t ( 0 , 4 ) ;
\ c o o r d i n a t e (B) a t ( 0 , − 4 ) ;
% media
\ f i l l [ blue !25! , o p a c i t y =.3] ( −4 ,0) r e c t a n g l e ( 4 , 4 ) ;
\ f i l l [ blue !60! , o p a c i t y =.3] ( −4 ,0) r e c t a n g l e (4 , −4);
\ node [ r i g h t ] a t ( 2 , 2 ) { Ar } ;
\ node [ l e f t ] a t ( −2 , −2) {Água } ;
% axis
\ draw [ d a s h p a t t e r n =on 5 p t o f f 3 p t ] (A) −− (B) ;
2.21 Figuras numeradas 55
% rays
\ draw [ r e d , u l t r a t h i c k , r e v e r s e d i r e c t e d ] (O) −− ( 1 3 0 : 5 . 2 ) ;
\ draw [ b l u e , d i r e c t e d , u l t r a t h i c k ] (O) −− ( − 7 0 : 4 . 2 4 ) ;
% angles
\ draw ( 0 , 1 ) a r c ( 9 0 : 1 3 0 : 1 ) ;
\ draw ( 0 , − 1 . 4 ) a r c ( 2 7 0 : 2 9 0 : 1 . 4 ) ;
\ node [ ] a t ( 2 8 0 : 1 . 8 ) {$\ t h e t a _{2}$};
\ node [ ] a t ( 1 1 0 : 1 . 4 ) {$\ t h e t a _{1}$};
\ end { t i k z p i c t u r e }
...
\ end { document }
Ar
𝜃
𝜃
Água
Neste trabalho não discutiremos o uso do pacote tikz porque os autores julgam que um tratamento
superficial não seria muito útil e o tratamento adequado exigiria um texto bem longo. Diversos
programas podem exportar arquivos gráficos com o formato do pacote tikz como, por exemplo,
Geogebra, Inkscape, MatLab, matplotlib, R, Cirkuit e Blender.
O comando \label insere um nome lógico que pode ser chamado em qualquer ponto do texto para
incluir uma referência ao número da tabela (neste exemplo comando \ref{fig:logolatex}). Isto é
similar ao que foi descrito nos ambientes de equações matemáticas. O comando \caption insere a
descrição para a figura.
As letras entre colchetes logo após o início do ambiente “figure” indicam o posicionamento aceito
para a tabela. A letra h indica que é aceito posicionar aonde foi definida (“here”), a letra t indica
que é aceito posicionar no topo (“top”), a letra b indica que é aceito posicionar na base (“base”) e
a letra p indica que é aceito posicionar em uma página especial para tabelas e/ou figuras (“page”).
Se colocar uma exclamação aumenta a prioridade que o LATEX dá a atender este posicionamento
(o programa deixa de verificar algumas restrições internas, mas não todas).
O uso do pacote float permite usar a letra H que indica que a figura será posicionada exatamente
aonde foi inserida. Se for usada esta opção, o caractere “H” deve aparecer sozinho. Deve-se evitar
incluir figuras que ocupem a maior parte de uma página pois o programa terá muita dificuldade
em posicioná-la e as figuras que a seguem só poderão ser inseridas depois que a figura grande for
incluída. Isto usualmente leva o programa a incluir todas as figuras ao final do capítulo/seção. A
página de Andrew T. Young [Young, Controlling Latex Floats] e a de Rob J Hyndman [Hyndman,
2.22 Referências bibliográficas 57
Controlling Fig. and Tab. Placement in Latex ] são boas referências para o posicionamento de
tabelas e figuras.
A digitação das referência bibliográficas no arquivo .tex é feita através do ambiente “thebiblio-
graphy’. Logo após a definição do ambiente segue, entre chaves, o índice da bibliografia com maior
comprimento. Por exemplo, se as referências bibliográficas forem numeradas sequencialmente e
tendo menos de 100 referências, um índice indicado seria “99” pois este terá comprimento igual ou
maior que o de todos os índices das referências. O índice “00” teria o mesmo efeito, pois o objetivo
é permitir que o LATEXdimensione a margem a ser deixada para o índice das referências. Quando o
índice das referências é o sobrenome do primeiro autor, deve-se procurar qual o sobrenome com
maior largura e utilizá-lo.
58 2. LATEXBásico
A inserção de cada referência bibliográfica é feita com o comando \bibitem. Este comando pode
ser opcionalmente seguido pelo rótulo a ser usado na referência (entre colchetes). Se não for
informado o rótulo, o LATEX utiliza uma numeração sequencial. O parâmetro seguinte é o nome
lógico com que será citado ao longo do arquivo .tex (entre chaves). Finalmente, segue-se a
referência propriamente dita, incluindo a formatação, também entre chaves. A seguir tem-se um
exemplo
\ b e g i n { t h e b i b l i o g r a p h y }{9}
\ b i b i t e m { abd }
{ABDOUNUR, O. ~ J . S t r u c t u r a l c h a n g e s i n t h e m a t h e m a t i c a l
f o u n d a t i o n s of music s t a r t i n g i n t h e s e v e n t e e n t h c e n t u r y :
r e m a r k s on c o n s o n a n c e , h a r m o n i c s e r i e s and t e m p e r a m e n t .
\ t e x t i t { Rev . B r a s . H i s t . Mat . } , n . S p e c i a l I s s u e 1 ,
p . 369 − −380 , 2 0 0 7 .
ISSN 1519 −955X. }
\ bibitem { fapesp }
{BRASIL . \ t e x t i t {Agê n c i a F a p e s p − Mú s i c a como c i ê n c i a } .
A c c e s s a d a Nov . − 2 0 1 1 .
D i s p o n í v e l em : $<$ h t t p : / / a g e n c i a . f a p e s p . b r / 1 4 7 3 4 $ > $ . }
\ bibitem { wiki }
{WIKIPÉDIA . \ t e x t i t { Wikip é d i a : A e n c i c l o p é d i a l i v r e } .
Verbetes diversos , acessada Set . 2011.
D i s p o n í v e l em : $<$ h t t p : / / p t . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / $ > $ . }
\ bibitem { wright }
{WRIGHT, D . \ t e x t i t { M a t h e m a t i c s and m u s i c } .
P r o v i d e n c e , RI : American M a t h e m a t i c a l S o c i e t y ,
2 0 0 9 . x i v +161~p . ( M a t h e m a t i c a l World , v . ~ 2 8 ) .
ISBN 978 −0 −8218 −4873 −9.}
\ end { t h e b i b l i o g r a p h y }
Observe que não foram incluídos os rótulos para as citações, pois se preferiu usar a numeração.
Para citar uma referência bibliográfica ao longo do texto deve-se usar o comando \cite, que é o
equivalente ao comando \ref aplicado a referências bibliográficas. No exemplo acima, a inclusão
do comando [\cite{abd}] geraria o texto [1]. Observe-se que as referências bibliográficas
costumam ser citadas entre colchetes, por isto estes foram incluídos. O resultado da bibliografia
inserida acima seria da forma abaixo:
Bibliografia
2.22 Referências bibliográficas 59
\ b e g i n { t h e b i b l i o g r a p h y }{ABDOUNUR}
\ b i b i t e m [ABDOUNUR] { abdou }
{ABDOUNUR, O. ~ J . S t r u c t u r a l c h a n g e s i n t h e m a t h e m a t i c a l
f o u n d a t i o n s of music s t a r t i n g i n t h e s e v e n t e e n t h c e n t u r y :
r e m a r k s on c o n s o n a n c e , h a r m o n i c s e r i e s and t e m p e r a m e n t .
\ t e x t i t { Rev . B r a s . H i s t . Mat . } , n . S p e c i a l I s s u e 1 ,
p . 369 − −380 , 2 0 0 7 .
ISSN 1519 −955X. }
\ end { t h e b i b l i o g r a p h y }
Note-se que o ambiente “thebibliography” foi alterado substituindo o algarismo “9” por “ABDOU-
NUR”, que é o rótulo de maior comprimento em nosso exemplo. Esta referência bibliográfica
seria gerada com o seguinte formato:
Bibliografia
[ABDOUNUR] ABDOUNUR, O. J. Structural changes in the mathematical foundations of music
starting in the seventeenth century: remarks on consonance, harmonic series and
temperament. Rev. Bras. Hist. Mat., n. Special Issue 1, p. 369–380, 2007. ISSN
1519-955X.
pois basta encontrar o trabalho na base de dados, ativar a opção que gera a referência no formato
do BibTeX e depois copiar o texto gerado para o arquivo .bib.
Segue um exemplo com o conteúdo do arquivo .bib que gera referências bibliográficas como na
subseção 2.22.1
@book { w r i g h t ,
AUTHOR = { Wright , David } ,
TITLE = { M a t h e m a t i c s and m u s i c } ,
SERIES = { M a t h e m a t i c a l World } ,
VOLUME = { 2 8 } ,
PUBLISHER = { American M a t h e m a t i c a l S o c i e t y } ,
ADDRESS = { P r o v i d e n c e , RI } ,
YEAR = { 2 0 0 9 } ,
PAGES = { x i v +161} ,
ISBN = {978 −0 −8218 −4873 −9} ,
MRCLASS = {00A6 5 } ,
MRNUMBER = {2541946 ( 2 0 1 0 h : 0 0 0 2 0 ) } ,
}
@ a r t i c l e { abdounur ,
AUTHOR = { Abdounur , O s c a r J o { \ ~ a } o } ,
TITLE = { S t r u c t u r a l c h a n g e s i n t h e m a t h e m a t i c a l
f o u n d a t i o n s of music s t a r t i n g i n t h e
s e v e n t e e n t h c e n t u r y : r e m a r k s on c o n s o n a n c e ,
h a r m o n i c s e r i e s and t e m p e r a m e n t } ,
JOURNAL = { Rev . B r a s . H i s t . Mat . } ,
FJOURNAL = { R e v i s t a B r a s i l e i r a de H i s t { \ ’ o } r i a da
Matem { \ ’ a } t i c a . An I n t e r n a t i o n a l J o u r n a l on
the History of Mathematics } ,
YEAR = { 2 0 0 7 } ,
NUMBER = { S p e c i a l I s s u e 1 } ,
PAGES = {369 − −380} ,
ISSN = {1519 −955X} ,
MRCLASS = {00A69 ( 0 1A4 5 ) } ,
MRNUMBER = { 2 4 1 7 7 5 0 } ,
}
@Online { w i k i ,
a u t h o r = { Wikip { \ ’ e } d i a } ,
t i t l e = { Wikip { \ ’ e } d i a : A e n c i c l o p { \ ’ e } d i a l i v r e } ,
note = { Verbetes d i v e r s o s , a c c e s s a d a Set . 2011} ,
u r l = { h t t p : / / pt . wikipedia . org / wiki / } ,
}
@Online { f a p e s p ,
author = { Brasil } ,
2.22 Referências bibliográficas 61
t i t l e = {Ag { \ ^ e } n c i a F a p e s p − M{ \ ’ u } s i c a como
ci {\^ e} ncia } ,
n o t e = { A c c e s s a d a Nov . − 2 0 1 1 } ,
u r l = { h t t p : / / agencia . fapesp . br /14734} ,
}
O formato deste arquivo é bastante simples e serão feitos apenas alguns comentários. A primeira
palavra informa o tipo de referência. Tem-se “@book”’ para livro, “@article” para artigo, “@On-
line” para citação de fonte na Internet. Depois de definido o tipo segue a referência propriamente
dita limitada por chaves. A primeira palavra da referência é o nome que será usando pelo co-
mando \cite quando a referência for citada ao longo do trabalho. A seguir tem-se os campos que
identificam a referência propriamente dita. Pode ser que nem toda esta informação seja usada na
bibliografia, pois isto depende do formato adotado. Neste exemplo, as duas primeiras referências
foram retiradas de uma base de dados e foram incluídos campos que não seriam necessários para a
citação.
Como o BibTeX não tem bom suporte para os diversos “encodings”, incluindo o UTF-8, podem
surgir problemas, especialmente quando os arquivos .tex e .bib não tiverem o mesmo “encoding”.
Caso os dois arquivos tenham o mesmo “encoding”, ainda assim poderá ocorrer algum problema,
pois alguns usos do BibTeX necessitam que os nomes dos autores sejam ordenados e passados
para letras maiúsculas. No entanto o BibTeX não consegue converter para maiúsculas caracteres
acentuados e nem ordená-los convenientemente. Desta forma é recomendável que o arquivo .bib
use o sistema de acentuação original do TEX, como descrito a seguir:
Os principais caracteres acentuados devem ser expressos da seguinte forma:
• Acento agudo: {\'a} equivale a “á”;
• Acento circunflexo: {\^a} equivale a “â”;
• Crase: {\`a} equivale a à;
• Til: {\~a} equivale a “ã”;
• Trema: {\"a} equivale a “ä”;
• Cedilha: {\c C} equivale a “Ç”;
• Acento agudo na letra i minúscula: {\'\i} equivale a “í”;
Note-se que o acento sobre a letra “i” tem padrão diferente dos outros. Isto para que o LATEX
retire o “pingo” do i quando o acentua. O sistema apresentado acima corresponde ao empregado
originalmente para a acentuação dos arquivos em TEX e LATEX. Ainda hoje, muitos usuários do
programa digitam seus trabalhos com este padrão de acentuação. A vantagem é que se for feita
a acentuação desta forma não há dependência com relação ao “encoding” do arquivo .tex, pois
tanto o latin1 quanto o UTF-8 tem a mesma representação para os caracteres do sistema ASCII.
As desvantagens de usar este esquema são que o texto em LATEX não pode ser fluentemente lido e,
também, os revisores ortográficos não são adaptados a este esquema de acentuação.
62 2. LATEXBásico
A recomendação é para que seja adotada a acentuação padrão no arquivo .tex e a acentuação como
na tabela para o arquivo .bib.
O programa BibTeX converte o arquivo .bib em um arquivo com sufixo .bbl e este contém
comandos para o ambiente “thebibliography” como visto na Seção 2.22.1. Para isto são necessárias
informações sobre o formato em que serão apresentadas as referências. Este formato é especificado
no arquivo .tex. Desta forma, é necessário rodar inicialmente o LATEX, depois o programa bibtex e,
finalmente, roda-se o LATEX até que o arquivo gerado se estabilize. Como já foi dito, o programa
latexmk realiza a chamada destes programas de forma automática e seu uso é fortemente indicado
(os editores de LATEX em geral tem uma opção para chamar o latexmk para a compilação do arquivo
.tex).
No arquivo .tex deve-se inserir os comandos \bibliographystyle e \bibliography no ponto em que
será incluída a bibliografia, isto é, após o último capítulo e antes dos anexos.
O comando \bibliographystyle tem como parâmetro o nome do estilo de bibliografia que será
adotado no trabalho. O estilo mais comum é denominado “plain”. As informações sobre o
estilo escolhido ficam armazenadas em um arquivo com sufixo .bst e o LATEXprocura este arquivo
nas pastas adequadas. Por exemplo, o comando \bibliographystyle{plain} se refere ao arquivo
de formato de bibliografia denominado plain.bst. Tem-se diversos outros estilos bibliográficos
disponíveis e alguns periódicos fornecem o arquivo com o formato adotado pela revista para
facilitar a adaptação do texto ao formato padronizado pelo periódico. Pode-se criar um estilo
bibliográfico (arquivo .bst) adequado ao formato desejado, mas este procedimento não é simples.
Na referência [ABNTeX, ABNTeX ] tem-se arquivos para gerar classes que respeitam as normas
da ABNT e arquivos de estilo bibliográfico compatíveis com as normas da ABNT. Infelizmente, o
projeto não tem tido atualizações desde 2005. Se desejar usar o estilo de referências .bst que segue
as normas da ABNT, mas não quiser instalar todos os arquivos do pacote, basta copiar os arquivos
de nome “abnt-alf.bst” e “abnt-num.bst” para a pasta em que está o arquivo .tex. O primeiro
arquivo corresponde ao formato com índices alfanuméricos para as referências bibliográficas
e o segundo arquivo deve ser usado quando se desejar índices numéricos, como no exemplo
da subseção 2.22.1. Para utilizá-los deve-se usar o comando \bibliographystyle{abnt-alf} ou
\bibliographystyle{abnt-num}, conforme a preferência.
Após o comando \bibliographystyle deve-se inserir o comando \bibliography que tem como
parâmetro o nome do arquivo .bib, sem incluir este sufixo. É recomendável que o arquivo .bib
esteja na mesma pasta do arquivo .tex. Por exemplo, as referências bibliográficas deste trabalho no
formato do BibTeX estão no arquivo bibliografia.bib pertencente à mesma pasta que o fonte deste
artigo. O comando \bibliography{bibliografia} foi usado para inserir neste trabalho as referências
bibliográficas.
O pacote biblatex se propõe a solucionar todos os problemas que o programa BibTeX apresenta,
incluindo o suporte a diversos “encodings”, opções para inserir palavras-chave no idioma do
documento, possibilidade de alterar facilmente o formato da bibliografia (não usa o formato .bst).
Além disso, permite gerar as referências bibliográficas em formatos adequados à divulgação em
páginas da Internet etc. O pacote biblatex trabalha em conjunto com o programa biber, substituindo
o BibTeX. Apenas em 2011 as distribuições de LaTeX começaram a dar suporte ao programa
2.23 Índice remissivo 63
biber, devido a dependências com relação à linguagem “perl”, utilizada pelo biber.
mais complexos como, por exemplo, um sistema de equações, ou equações que não cabem em
uma única linha. Ainda na mesma linha, mas com muito mais detalhes (e adequado para leitores
com alguma experiência) tem-se o texto de Herbert Voss [Voss, Math Mode v 2.47 ] sobre como
editar matemática com o LATEX.
Finalmente, a referência clássica, mas não disponível online, do LATEX é o livro Latex Companion
[Mittelbach et al., The LATEXCompanion].
Capítulo 3
Multimídia e apresentações
65
66 3. Multimídia e apresentações
...
\ end { document }
A opção poster indica que a primeira fotografia do filme será usada como figura. O tamanho da
figura neste exemplo é 6cm por 6cm
No blog de Sebastien Pipping [Pipping, Latex Beamer Theme Matrix] tem-se uma matriz de temas
versus cores do beamer, facilitando a escolha mais adequada ao gosto pessoal. O beamer também
permite configurar os temas de forma bem detalhada, mas isto não será tratado neste trabalho (ver
o manual do beamer [Tantau, Wright e Miletić, The Beamer Class]).
O beamer usualmente alinha o texto somente à esquerda pois, como o fonte é grande e tem
poucos caracteres por linha, ajustar o texto em ambas as margens pode torná-lo esteticamente
desagradável. Uma apresentação, em geral, apresenta tópicos curtos e não texto corrido. Para
alinhar o texto com as margens esquerda e direita simultaneamente, pode-se usar o pacote ragged2e
(comando \usepackage{ragged2e} no preâmbulo). Para ativar o alinhamento deve-se usar o
3.2 Elaboração de apresentações 67
comando \justifying dentro de cada ambiente em que se deseja alinhamento em ambas as margens.
Os principais ambientes em que poderemos incluir o comando \justfying são: enumerate, itemize,
description, frame, column, block e os ambientes de teoremas.
No preâmbulo deve-se definir os dados sobre a apresentação, título, data, autor etc. Por exemplo,
\ t i t l e [ I n t r o d u ç ã o ao L a t e x ] { I n t r o d u ç ã o ao L a t e x }
\ s u b t i t l e { A p r e s e n t a ç ã o e l a b o r a d a p a r a a Semana do I n s t i t u t o
de Matem á t i c a e E s t a t í s t i c a ( IME ) \ \ UERJ −
O u t u b r o de 2011}
\ a u t h o r [ I . Lopez \& M. D . da S i l v a ]
{ I v o F . Lopez \& M. D . G . da S i l v a }
\ i n s t i t u t e [ IM / UFRJ ] { I n s t i t u t o de Matem á t i c a / UFRJ}
\ d a t e [ 2 0 1 1 ] { O u t u b r o 2011}
Nos comandos acima foram definidos o título, subtítulo, autor e data da apresentação. Os textos
entre colchetes são versões mais curtas para o texto a serem usadas em cada página da apresentação,
caso o tema suporte esta opção. Usualmente este comandos ficam no preâmbulo do arquivo .tex,
isto é, em alguma posição antes do comando \begin{document}.
Para inserir uma página de título da apresentação, basta inserir os seguintes comandos:
\ begin { frame }
\ maketitle
\ end { f r a m e }
O ambiente “frame” serve para definir o conteúdo de cada página da apresentação. Neste exemplo
são inseridas automaticamente as informações sobre a apresentação definidas no preâmbulo (autor,
título, data etc).
Pode-se definir um título para uma dada página da apresentação usando o comando \frametitle
dentro da página, como, por exemplo,
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ begin { itemize }
\ item Primeiro item
\ i t e m Segundo i t e m
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }
Um recurso que pode ser usado é dividir automaticamente o conteúdo dentro do ambiente “frame”
ao longo de diversas páginas. Obviamente este recurso faz com que as páginas contenham excesso
de informação, o que não é indicado para apresentações mas, por outro lado, permite adaptar
rapidamente um texto (por exemplo, um artigo) de forma que gere um esboço da apresentação.
Para isto deve ser usado o parâmetro do ambiente “frame” denominado allowframebreaks como
no exemplo abaixo
68 3. Multimídia e apresentações
Um efeito interessante que pode ser usado em apresentações é mostrar aos poucos a página,
permitindo que os ouvintes acompanhem a explicação. O uso excessivo desta técnica às vezes
atrapalha mais do que ajuda pois a apresentação pode perder o ritmo pelo possível atraso em
mostrar os itens seguintes. O nome desta técnica é ”overlay”. Na sua forma mais simples, pode-se
mostrar um a um os itens de um ambiente “enumerate” ou “itemize”, bastando incluir um comando
\pause entre os itens, por exemplo:
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ setbeamercovered { transparent }
\ begin { itemize }
\ item Primeiro item
\ pause
\ i t e m Segundo i t e m
\ pause
\ item Terceiro item
\ pause
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }
O comando opcional \setbeamercovered faz com que todos os itens fiquem visíveis, só que os que
ainda não devem aparecer ficam com tonalidade mais desbotada. Assim, o resultado final está
visível desde o início, mas o item que está sendo exposto está com a sua cor final.
Pode-se escolher em que “fase” da apresentação da página aparecerá cada item. Isto é feito
incluindo um termo iniciado por “<”, seguido da(s) fase(s) desejadas e terminando por “>”.
Por exemplo: “<1>” indica que o item aparecerá na primeira fase somente; “<2->” indica que
aparecerá da segunda até a última fase. O exemplo a seguir faz com que todos os itens estejam
inicialmente visíveis mas apenas um realçado de cada vez:
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e {T í t u l o d e s t a p á g i n a }
\ setbeamercovered { transparent }
\ begin { itemize }
\ i t e m <1> P r i m e i r o i t e m
\ i t e m <2> Segundo i t e m
3.2 Elaboração de apresentações 69
\ i t e m <3> T e r c e i r o i t e m
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }
Muitas vezes é indicado dividir uma página da apresentação em duas (ou mais) colunas. O beamer
permite que isto seja feito fornecendo um ambiente próprio para inserir colunas. Deve-se definir a
largura e o alinhamento de cada coluna. Um exemplo do uso de colunas seria:
\ begin { frame }
\ begin { columns }[ t ]
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
V a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ i t e m p e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a
\ i t e m f a c i l i t a a i n s e r ç ã o de f i g u r a em uma c o l u n a
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
D e s v a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ i t e m a p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o
\ i t e m à s v e z e s é n e c e s s á r i o r e d u z i r o tamanho do f o n t e
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ end { c o l u m n s }
\ end { f r a m e }
O ambiente “columns” indica para o beamer que serão inseridas colunas. O argumento que o
segue indica o alinhamento vertical das colunas (“t”, “b” ou “c” significando topo, base ou centro,
respectivamente).
O ambiente “column” serve para definir cada coluna. O primeiro parâmetro que o segue é o
posicionamento horizontal, (“l”, “r” ou ‘c” significando esquerda, direita e centro). Depois segue
a largura da coluna. Neste exemplo foram definidas duas colunas cada uma ocupando 50% da
largura da área de texto (\textwidth).
Finalmente, tem-se o ambiente “block” que permite dividir a página em blocos. De uma certa
forma é o equivalente horizontal para as colunas, como definido anteriormente. O uso simultâneo
de blocos e colunas permite dividir uma página em diversas regiões. Ao contrário das colunas, os
blocos podem ter um título.
O pacote beamerposter permite a elaboração de posters nos formatos A0, A1, A2, A3 e A4 usando
a classe beamer. Para isto deve-se dividir a página (“frame”) em blocos e colunas, como pode ser
visto na página do pacote [Dreuw e Deselaers, Latex Beamer Poster ] ou na página com exemplo
[Dreuw e Deselaers, The LaTeX beamerposter package].
O equivalente do exemplo anterior com as colunas substituídas por blocos seria:
70 3. Multimídia e apresentações
\ begin { frame }
\ b e g i n { b l o c k }{ V a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m P e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a
\ i t e m P e r m i t e d a r um t í t u l o a c a d a b l o c o
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ b e g i n { b l o c k } { D e s v a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m A p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o
\ i t e m O e x c e s s o de b l o c o s d i f i c u l t a a l e i t u r a
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ end { f r a m e }
O uso do ambiente bloco é bem simples e seu único parâmetro é o título do bloco.
A seguir temos exemplos do formato final da páginas com colunas e da página com blocos.
Noções Básicas
Estrutura do LaTeX
Mutimídia e apresentações
Mensagens de erro e considerações finais
Bibliografia
Referências
Noções Básicas
Estrutura do LaTeX
Mutimídia e apresentações
Mensagens de erro e considerações finais
Bibliografia
Referências
Mensagens de erro
73
74 4. Mensagens de erro
• LATEX Warning: Reference ... undefined on .... Provavelmente ainda não compilou o LATEX o
número necessário de vezes para que este identifique a posição da referência em questão. Pode
ser, também, que a definição da referência tenha sido apagada ou o nome esteja incorreto.
• Missing $ inserted: Provavelmente esqueceu de fechar o ambiente matemático.
• Paragraph ended before \end was complete. Provavelmente tem uma abertura de chaves (“{”)
sem o correspondente fechamento ou um ambiente iniciado por \𝑏𝑒𝑔𝑖𝑛 que não foi finalizado.
• Runaway argument?: Provavelmente tem uma chave (“{”) aberta sem o correspondente
fechamento.
• Undefined control sequence. Provavelmente tentou chamar um comando que não existe.
Muitas vezes o nome do comando foi digitado incorretamente. Pode ser, também, que o
comando não tenha um espaço em branco separando-o do restante do texto.
• Overfull \ℎ𝑏𝑜𝑥 (9.11617pt too wide) in paragraph at lines 860–861: Esta advertência avisa
que o arquivo gerado a partir das linhas 860 e 861 do código .tex ultrapassa a margem direita
em 9.11617pt. Cada 3 pt equivalem a, aproximadamente, 1mm. Neste exemplo, então, a
margem direita foi ultrapassada em cerca de 3mm. Quando o valor for muito grande (acima
de 15pt, por exemplo) é recomendável que altere a linha de forma a que o texto não fique
com uma má aparência. Muitas vezes basta permitir a separação de sílabas na palavra ou
reescrever a linha de tal forma que o problema desapareça. Com frequência esta mensagem
aparece em equações e, neste caso, separando a expressão em várias linhas pode resolver o
problema. No modo matemático, os ambientes “align” e “multline podem ajudar a resolver
este problema (tratando caso a caso). Em modo texto, o pacote microtype e a separação
silábica adequada (pacote babel) reduz substancialmente estas advertências.
• Underfull \ℎ𝑏𝑜𝑥 (badness 1394) in paragraph at lines 28–30: Esta mensagem aparece quando
o LATEX não conseguiu alinhar a margem direita propriamente, deixando algum espaço vazio.
Em geral esta mensagem não é considerada pois a diferença é muito pequena.
O uso do pacote “microtype” reduz as advertências de “Underfull hbox” e “Overfull hbox” pois
este pacote altera ligeiramente o espaçamento, tamanho ou forma do fonte de maneira que o texto
se ajusta melhor à linha.
De uma forma geral, muitos erros podem ser evitados tomando-se o cuidado de fechar todas as
chaves abertas (“{”), fechar todos os ambientes iniciados com “\𝑏𝑒𝑔𝑖𝑛” e fechar todos os ambientes
matemáticos, geralmente iniciados por “$” ou “$$”. Uma análise atenta das cores mostradas pelo
editor de LATEX pode indicar claramente alguns destes erros. Se a cor esperada estiver incorreta,
provavelmente houve algum problema com algum comando anterior.
Se utilizar índice remissivo e/ou bibliografia em arquivo externo, a compilação requer várias
passagens dos programas. O script latexmk lida com isto de maneira automática. O TeXMaker
pode ser configurado para utilizar este script como padrão de compilação ou de forma que se possa
escolher os programas a serem rodados para gerar o arquivo .pdf ou .dvi.
Utilizar os fontes do sistema operacional no LATEX não é possível. O programa LuaTeX, em
desenvolvimento, deverá resolver esta situação, além de permitir que as macros em LATEX possam
ser mais facilmente programadas (através da linguagem Lua).
A inserção de conteúdo multimídia ainda não está completamente funcional no Linux.
O suporte aos diversos idiomas deverá ser padronizado. O encoding UTF-8 deverá ser completa-
mente suportado (LuaTeX já tem este suporte). Atualmente dos editores mais conhecidos, apenas
o TeXNicCenter e o WinEdt ainda não têm suporte a UTF-8 (previsto para as próximas versões).
O número de arquivos auxiliares gerados pelo LATEX e seus pacotes é muito grande. Com isso,
“polui” a pasta que contém o .tex e, às vezes, pode ser difícil encontrar o arquivo desejado, entre
tantos com a mesma raiz. O TeXMaker tem uma opção em “ferramentas” para limpar estes
arquivos (pode ser, também, o comando “latexmk -C MeuArquivo.tex” no Linux). Exemplos de
sufixos de arquivos auxiliares: aux, bbl, blg,idx, idi, log, nav, snm, toc, synctex, vrb etc.
76 4. Mensagens de erro
Bibliografia
77
78 BIBLIOGRAFIA
Notas: Classe para digitar monografias de final de curso em LATEX. Leva em conta as normas da
ABNT.
Notas: Página que contém informações sobre a digitação de matemática no LATEX, incluindo listas
com os principais símbolos.
Notas: Classe para elaborar apresentações a partir de um arquivo em LATEX. Esta classe é bastante
simples e muito difundida.
Notas: Ensina como gerar índices remissivos no LATEX, mostrando os diversos comandos.
Wilson et al.: Package memoir: Typeset fiction, non-fiction and mathematical books.
LatexMemoir
Peter Wilson e Lars Madsen. Package memoir: Typeset fiction, non-fiction and mathematical books.
URL: http://www.ctan.org/pkg/memoir (acedido em 02/2012).
Notas: Classe para digitar livros de ficção, não fcção, matemática, poesia etc. Permite muitos
tamanhos de letras, diversos formatos e inclui automaticamente mais de 30 pacotes do LATEX.
A classe monografia [Barros, Trabalho de conclusão de curso - monografia ] é uma classe de-
rivada da classe report do LATEX desenvolvida pelo professor Maxwell da UFMA e tem como
objetivo facilitar a elaboração de monografias, dissertações e teses em LATEX. Para isto, o arquivo
“monografia.cls” deve ser trazido do portal da classe e colocado na mesma pasta em que fica a
monografia/dissertação/tese.
Na documentação da classe é dito que deve ser usado o “encoding” latin1 mas, no teste realizado,
não encontramos problema algum quando usamos o “encoding” utf8. A classe, além de incluir
diversos comandos e ambientes adequados à elaboração de monografias, dissertações e teses,
também segue as normas da ABNT. Além do arquivo “monografia.cls” está disponível na página
um manual de uso com exemplo no formato .pdf. Neste são apresentados os novos comandos e
ambientes disponíveis. A escolha do tipo de trabalho (monografia de licenciatura, bacharelado ou
especialização, dissertação de mestrado ou tese de doutorado) é feita pelo comando apropriado
logo após o comando \begin{document}. A seguir temos um (longo) exemplo de um arquivo .tex
utilizando esta classe para elaborar uma monografia, cujo resultado é apresentado a seguir.
\ documentclass [ a4 paper ,12 pt ]{ monografia }
\ usepackage { graphicx }
\ u s e p a c k a g e { amsmath , amsthm , amssymb }
\ usepackage [ b r a z i l ]{ babel }
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
\ usepackage { i n d e n t f i r s t }
\ usepackage { enumerate }
\ usepackage { microtype }
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ newtheorem { t h e o r e m }{ Teorema } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { axiom }{ Axioma } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { c o r o l l a r y }{ C o r o l á r i o } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { lemma }{ Lema } [ c h a p t e r ]
83
84 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
\ newtheorem { p r o p o s i t i o n }{ P r o p o s i ç ã o } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { d e f i n i t i o n }{ D e f i n i ç ã o } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { e x a m p l e }{ Exemplo } [ c h a p t e r ]
\ newtheorem { r e m a r k }{ O b s e r v a ç ã o } [ c h a p t e r ]
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ b e g i n { document }
%
%−−−−−−−−−− E s c o l h a o t i p o de t r a b a l h o −−−−−
\ licenciatura %m o n o g r a f i a de l i c e n c i a t u r a
%\ b a c h a r e l a d o %m o n o g r a f i a de b a c h a r e l a d o
%\ e s p e c i a l i z a c a o %m o n o f r a f i a de e s p e c i a l i z a ç ão
%\ m e s t r a d o % d i s s e r t a ç ão de m e s t r a d o
%\ d o u t o r a d o %t e s e de d o u t o r a d o
%
%−−−−−−−−−−−−−−−−− T í t u l o e Dados do A u t o r −−−−−−−−−−−−−−−−−
\ t i t u l o {Cô n i c a s : h i s t ó r i a , t e o r i a e c o n s i d e r a ç õ e s d i d á t i c a s }
%\ s u b t i t u l o {− Fazendo u s o da c l a s s e MONOGRAFIA −} % o p c i o n a l
\ a u t o r { F e r n a n d o Arag ã o G a r c i a }
\ nome{ F e r n a n d o }
\ u l t i m o n o m e { Arag ã o }
%
\ examinadorum { I v o F e r n a n d e z Lopez }
%
\ e x a m i n a d o r d o i s { J e f e r s o n L e a n d r o G a r c i a de Ara ú j o }
%
%\ e x a m i n a d o r t r e s { Nome do Examinador 3}
%
%\ e x a m i n a d o r q u a t r o { Nome do Examinador 4}
%−−−−−−−−− T í t u l o s do O r i e n t a d o r 1o . e 2o . E x a m i n a d o r e s −−−−
\ t t o r i e n t a d o r { D o u t o r em Matem á t i c a − UFRJ}
%
%\ t t c o o r i e n t a d o r { T í t u l o do Co− o r i e n t a d o r }
%
\ t t e x a m i n a d o r u m { D o u t o r em Matem á t i c a − UFRJ}
%
\ t t e x a m i n a d o r d o i s { D o u t o r em Matem á t i c a − UFRJ}
%
%\ t t e x a m i n a d o r t r e s { T í t u l o do Examinador 3}
%
%\ t t e x a m i n a d o r q u a t r o { T í t u l o do Examinador 4}
%
%−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−− d e d i c a t ó r i a o p c i o n a l −−−−−−−−−−−−−−
\ maketitle
\ begin { d e d i c a t o r i a }
Ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ( d e d i c a t ó r i a do a l u n o )
\ end { d e d i c a t o r i a }
%−−−−−−−− D i g i t e a q u i o s e u resumo em P o r t u g u ê s −−−−−−−−−−−−−−
\ resumo { Resumo }
\ n o i n d e n t P a l a v r a s − c h a v e s : Cô n i c a s , c u r v a s , p l a n o C a r t e s i a n o .
\ n o i n d e n t Keywords : C o n i c s , l i n e s , C a r t e s i a n p l a n .
\ agradecimento { Agradecimentos }
86 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
Ao meu . . . . . . . . . ;
À minha . . . . . . . . ;
Novamente ao . . . . . . \ newpage
N e s t e t r a b a l h o s e r á v i s t o o e s t u d o d a s c ô n i c a s na g e o m e t r i a
a n a l í t i c a ( p o i s é a f o r m a como s ã o l e c i o n a d a s no e n s i n o
mé d i o ) . O e s t u d o da g e o m e t r i a a n a l í t i c a , de um modo g e r a l , é
um d o s g r a n d e s p r o b l e m a s do e n s i n o mé d i o , p o i s m u i t o s
c o l é g i o s c o n s i d e r a m o ano l e t i v o c u r t o d e m a i s p a r a t r a n s m i t i r
o a s s u n t o de f o r m a e f i c i e n t e . Em m u i t a s e s c o l a s o s a l u n o s
t êm a p e n a s a s no ç õ e s de p o n t o e r e t a , e i x o s , c o o r d e n a d a s ,
c á l c u l o de á r e a s , e q u a ç ã o da r e t a no p l a n o , p a r a l e l i s m o e
p e r p e n d i c u l a r i d a d e de r e t a s no p l a n o e e q u a ç ã o da
c i r c u n f e r ê n c i a . Esse f a t o e s t á t ão i n t r í nseco à r e a l i d a d e
e s c o l a r que m u i t o s l i v r o s d i d á t i c o s n ã o abordam m u i t o a l ém da
e q u a ç ã o da c i r c u n f e r ê n c i a , f a z e n d o a p e n a s a b o r d a g e n s − de
c a r á t e r e x p o s i t i v o − sobre a obten ç ão das demais c urv as
c ô n i c a s p e l o c o r t e do c o n e d u p l o p o r p l a n o s .
................................................................
\ c h a p t e r { Abordagem h i s t ó r i c a }
A g e o m e t r i a a n a l í t i c a no $ \ mathbb {R}^2$ u t i l i z a um p l a n o
onde , p a r a c a d a p o n t o , h á um p a r de c o o r d e n a d a s $ ( x , y ) $ ,
denominadas \ t e x t i t { coordenadas c a r t e s i a n a s . } Sobre e s t e
p l a n o tem − s e um p a r de e i x o s r e f e r e n c i a i s o r t o g o n a i s chamados
e i x o d a s a b s c i s s a s ( e i x o O$x $ ) e e i x o d a s o r d e n a d a s ( e i x o
O$y $ ) . N e s t e p l a n o ” mapeado ” \ , p e l a s c o o r d e n a d a s c a r t e s i a n a s ,
f o r n e c i d a s p e l o s e i x o s , é que s e r ã o t r a ç a d o s o s l u g a r e s
geom é t r i c o s que s e r ã o e s t u d a d o s no p r e s e n t e t e x t o sobre as
cô nicas .
Muito a n t e s da f o r m a l i z a ç ã o d a s c ô n i c a s a t r a v é s da g e o m e t r i a
anal í tica , o estudo dessas curvas era f e i t o utilizando a
g e o m e t r i a c l á s s i c a , e l á s ã o e n c o n t r a d a s a s o r i g e n s da
g e o m e t r i a a n a l í t i c a . A s e g u i r , s e r ã o a p r e s e n t a d o s de f o r m a
c o n c i s a e s t e s a l i c e r c e s . Os d a d o s h i s t ó r i c o s d e s t e c a p í t u l o
f o r a m b a s e a d o s em Boyer \ c i t e { b o y e r } e Eves \ c i t e { e v e s } .
\ s e c t i o n {A g e o m e t r i a g r e g a e a s c ô n i c a s }
\ s u b s e c t i o n { Menaecmus e o p r o b l e m a d e l i a n o }
M u i t o s matem á t i c o s da é p o c a s e d e d i c a r a m à s o l u ç ã o do
p r o b l e m a . F o i n e s s e c o n t e x t o que Menaecmus ( 3 8 0 a . C . − 320
a .C, d i s c í p u l o do n o t á v e l Eudoxo de Cnido e , a t é onde s e
s a b e , p r o f e s s o r de A l e x a n d r e , o Grande ) s e d e p a r o u com a s
c u r v a s c ô n i c a s , donde t i r o u d u a s p o s s í v e i s f o r m a s de s o l u ç ã o .
\ t e x t i t { p r o p o r c i o n a l i d a d e , p e r p e n d i c u l a r i d a d e e s e m e l h a n ç a de
t r i â n g u l o s } . Com e s s e p r o c e d i m e n t o , Menaecmus a c h o u a
s o l u ç ã o do p r o b l e m a p o r i n t e r s e ç ã o de p a r á b o l a s ou p o r
i n t e r s e ç ã o de uma p a r á b o l a com uma h i p é r b o l e .
O i n t e r e s s a n t e é que a e l i p s e f o i d e s c o b e r t a como um
s u b p r o d u t o n e s s e p r o c e s s o que o r i g i n o u a p a r á b o l a e a
h i p é r b o l e , mesmo que a o b s e r v a ç ã o da e l i p s e p u d e s s e s e r f e i t a
de m a n e i r a m u i t o s i m p l e s p e l a o b s e r v a ç ã o o b l í qua de um
c í r c u l o ao i n c l i n a r o p l a n o que o c o n t ém ou ao i n t e r c e p t a r um
c i l i n d r o p o r um p l a n o i n c l i n a d o .
................................................................
\ c h a p t e r {As Cô n i c a s }
S e j a $C$ um c o n e d u p l o c i r c u l a r e r e t o . Denomina − s e
\ t e x t i t { g e r a t r i z } de $C$ q u a l q u e r r e t a c o n t i d a em s u a
s u p e r f í c i e . Note − s e que o v é r t i c e de $C$ p e r t e n c e a t o d a
g e r a t r i z de $C $ . S e j a $ \ t h e t a $ o â n g u l o f o r m a d o e n t r e uma
g e r a t r i z de $C$ e o e i x o de s i m e t r i a de $C$ , t a l â n g u l o s e r á
denominado \ t e x t i t { a b e r t u r a do c o n e } .
..... .......................................................
\ c h a p t e r {As Cô n i c a s na A r t e }
A l g u n s g ê n i o s do R e n a s c i m e n t o a i n d a v i r a m uma m a n e i r a
a l t e r n a t i v a da m a n i p u l a ç ã o do c o n e p a r a c r i a r uma t é c n i c a que
f o i a m p l a m e n t e a p l i c a d a na a r t e : \ t e x t i t { a p e r s p e c t i v a c ô n i c a . }
................................................................
\ s e c t i o n { Sobre a p e r s p e c t i v a cô n i c a }
O a r t i s t a p a r t e de um o b j e t o b i d i m e n s i o n a l ( p o r
89
exemplo , uma p l a n t a b a i x a ) , um p l a n o d e t e r m i n a d o p e l a l i n h a
de q u a d r o $LQ$ , que r e p r e s e n t a o l u g a r onde o o l h o c a p t a o s
o b j e t o s em tamanho r e a l a uma d a d a d i s t â n c i a $d$ ( a l t u r a do
c o n e p l a n i f i c a d o ) onde o \ t e x t i t { o b s e r v a d o r } e s t á p o s i c i o n a d o
( p o n t o $V$ − v é r t i c e do c o n e de v i s ã o ) .
.............................................................
\ c h a p t e r {As c ô n i c a s no e n s i n o mé d i o }
Como f o r a c o m e n t a d o na i n t r o d u ç ã o , o s PCN n ã o s ã o
m u i t o o b j e t i v o s q u a n t o ao que d e v e s e r l e c i o n a d o s o b r e a s
c ô n i c a s no e n s i n o mé d i o . As p o u c a s o r i e n t a ç õ e s e n c o n t r a d a s
n o s dizem a p e n a s que a s c ô n i c a s devem s e r a p r e s e n t a d a s d e n t r o
d a s a u l a s de g e o m e t r i a a n a l í t i c a , como s e t a l t ó p i c o f o s s e um
tema c o m p l e m e n t a r , com o p r o p ó s i t o de a p r e s e n t a r a o s a l u n o s
e q u a ç õ e s a m a i s de uma v a r i á v e l e a b o r d a r , de f o r m a m a i s
p r á t i c a , a a p l i c a ç ã o d e s s e s c o n c e i t o s em o b j e t o s do mundo
f í s i c o ( e s p e l h o s e l í p t i c o s , h i p e r b ó l i c o s , c a l o t a s de c a r r o s ,
antenas parab ó licas , etc . ) .
N a t u r a l m e n t e , e s s e t i p o de abordagem , a p e s a r de i n t e r e s s a n t e ,
n ã o é s u f i c i e n t e p a r a d a r ao a l u n o uma b a s e a d e q u a d a p a r a a s
d i s c i p l i n a s de e n s i n o s u p e r i o r , que v ã o s e v a l e r da g e o m e t r i a
a n a l í t i c a e , em p a r t i c u l a r , d a s c ô n i c a s . O u t r o p o n t o
p r e o c u p a n t e é que c e r t o s l i v r o s de e n s i n o mé d i o s e q u e r t r a z e m
a t e o r i a d a s c ô n i c a s , l i m i t a n d o − s e a p e n a s a f a z e r menç õ e s de
s u a e x i s t ê n c i a e a o b t e n ç ã o d e l a s a t r a v é s do c o n e d u p l o .
Tendo em v i s t a t u d o i s s o , n e s s e c a p í t u l o f a r −se −á a an á l i s e
c r í t i c a de um l i v r o i n d i c a d o p o r m u i t o s p r o f e s s o r e s de e n s i n o
mé d i o p e l a bem e s t r u t u r a d a a p r e s e n t a ç ã o da t e o r i a e enorme
v a r i e d a d e de e x e r c í c i o s : o l i v r o \ t e x t i t { F u n d a m e n t o s da
Matem á t i c a E l e m e n t a r − v o l . 7 − G e o m e t r i a Anal í t i c a } , de
Gelson I e z z i ( I e z z i \ c i t e { i e z z i } ) .
\ s e c t i o n {Aná l i s e do l i v r o I e z z i \ c i t e { i e z z i }}
\ c h a p t e r { Conclus ão}
A e d u c a ç ã o matem á t i c a no B r a s i l tem p a s s a d o p o r v á r i a s
t r a n s f o r m a ç õ e s . M u i t o s c o n t e ú d o s que eram e n s i n a d o s a o s
a l u n o s no e n s i n o mé d i o , h o j e em d i a , j á n ã o s ã o bem
e n f a t i z a d o s . E s s e é o c a s o do e s t u d o d a s c ô n i c a s .
Apó s o s e s t u d o s f e i t o s n e s t a m o n o g r a f i a , c o n c l u i u − s e que s e j a
r a z o á v e l que o a l u n o t e n h a c o n t a t o com : o s e c c i o n a m e n t o do
cone , p o n t o s n o t á v e i s p a r a c a d a c ô n i c a , como t r a ç a r p o n t o s de
c a d a c ô n i c a u s a n d o r é gua e compasso , dedu ç ã o d a s e q u a ç õ e s
r e d u z i d a s e e x e m p l o s do c o t i d i a n o como o r i e n t a m o s PCN .
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
\ b e g i n { t h e b i b l i o g r a p h y }{99}
\ b i b i t e m { b o y e r }BOYER, C a r l A . , { \ em H i s t ó r i a da Matem á t i c a } ,
2$^ a $ ed . , E d g a r B l ü c h e r , Sã o P a u l o , 1 9 9 6 .
\ b i b i t e m { e v e s }EVES , Howard , { \ em I n t r o d u ç ã o à H i s t ó r i a da
Matem á t i c a } , Unicamp , Campinas , 2 0 0 4 .
\ b i b i t e m { i e z z i } IEZZI , Gelson , { \ em Fu n d a m e n t o s da Matem á t i c a
E l e m e n t a r v o l . 7 − G e o m e t r i a Anal í t i c a } , A t u a l Ed . , Sã o
Paulo , 1979.
\ b i b i t e m { k l e t e n i c }KLÉTÉNIC , David V . , { \ em P r o b l e m a s de
G e o m e t r i a A n a l i t i c a } , 4$^ a $ ed . , L i v r a r i a C u l t u r a B r a s i l e i r a
Ed . , B e l o H o r i z o n t e , 1984
\ b i b i t e m { l e i t h o l d }LEITHOLD , L o u i s , { \ em O Cá l c u l o com
G e o m e t r i a Anal í t i c a v o l . 1 } , 3$^ a $ ed . , H a r b r a , Sã o P a u l o , 1 9 9 4 .
\ b i b i t e m { n u s s e n n z v e i g }NUSSENZVEIG , H . Moys é s , { \ em C u r s o de
F í s i c a Bá s i c a v o l . 1 } , 4$^ a $ ed . , E d g a r B l ü c h e r , Sã o P a u l o , 2 0 0 2 .
\ b i b i t e m { d i o m a r a }PINTO , Diomara \& MORGADO, M a r i a Câ n d i d a F . ,
{ \ em Cá l c u l o D i f e r e n c i a l e I n t e g r a l de Fun ç õ e s de Vá r i a s
V a r i á v e i s } , 3$^ a $ ed . , 5$^ a $ r e i m p r . UFRJ , Rio de J a n e i r o , 2 0 0 8 .
\ b i b i t e m { r e i s }REIS , Gen é s i o L . \& SILVA , V a l d i r V . , { \ em
91
\ end { document }
Rio de Janeiro
2011
93
Rio de Janeiro
2011
94 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
Aragão, Fernando
Cônicas: história, teoria e considerações didáticas / Fernando Ara-
gão - 2011
xx.p
BANCA EXAMINADORA
Ao ..........................(dedicatória do aluno)
97
Resumo
Abstract
Agradecimentos
Ao meu .........;
À minha ........;
Novamente ao ......
100 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
Sumário
1 Introdução 7
2 Abordagem histórica 8
3 As Cônicas 10
4 As Cônicas na Arte 11
6 Conclusão 13
Referências Bibliográficas 14
102 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
1 Introdução
Neste trabalho será visto o estudo das cônicas na geometria analítica (pois é
a forma como são lecionadas no ensino médio). O estudo da geometria analítica, de um
modo geral, é um dos grandes problemas do ensino médio, pois muitos colégios consideram
o ano letivo curto demais para transmitir o assunto de forma eficiente. Em muitas escolas
os alunos têm apenas as noções de ponto e reta, eixos, coordenadas, cálculo de áreas,
equação da reta no plano, paralelismo e perpendicularidade de retas no plano e equação da
circunferência. Esse fato está tão intrínseco à realidade escolar que muitos livros didáticos
não abordam muito além da equação da circunferência, fazendo apenas abordagens - de
caráter expositivo - sobre a obtenção das demais curvas cônicas pelo corte do cone duplo
por planos.
E como se dá o estudo rigoroso das cônicas, uma vez que é tão necessário aos
alunos, mesmo a nível de ensino médio? Muitas vezes o educando ingressa no ensino
superior sem sequer ter o conhecimento de quais são tais curvas, apresentando dificuldade
na manipulação de vetores, entendimento das equações, interpretação de superfícies e
deficiência no aprendizado das cônicas de um modo geral.
................................................................
103
2 Abordagem histórica
A geometria analítica no R2 utiliza um plano onde, para cada ponto, há um
par de coordenadas (x, y), denominadas coordenadas cartesianas. Sobre este plano tem-se
um par de eixos referenciais ortogonais chamados eixo das abscissas (eixo Ox) e eixo das
ordenadas (eixo Oy). Neste plano "mapeado" pelas coordenadas cartesianas, fornecidas
pelos eixos, é que serão traçados os lugares geométricos que serão estudados no presente
texto sobre as cônicas.
Segundo uma lenda, uma delegação de Atenas que fora enviada ao oráculo de
Apolo em Delos para perguntar como poderiam combater a peste que assolava Atenas
recebeu como resposta que os atenienses deveriam duplicar o altar cúbico de Apolo. O
problema de como encontrar geometricamente a nova aresta do cubo ficou conhecido como
o problema de duplicação do cubo ou problema deliano.
Obviamente, Menaecmus não conhecia geometria analítica, mas sua dedução foi
feita apenas a partir de conceitos geométricos conhecidos na época como proporcionalidade,
perpendicularidade e semelhança de triângulos. Com esse procedimento, Menaecmus achou
a solução do problema por interseção de parábolas ou por interseção de uma parábola com
104 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
................................................................
105
10
3 As Cônicas
Seja C um cone duplo circular e reto. Denomina-se geratriz de C qualquer reta
contida em sua superfície. Note-se que o vértice de C pertence a toda geratriz de C. Seja
θ o ângulo formado entre uma geratriz de C e o eixo de simetria de C, tal ângulo será
denominado abertura do cone.
..... .......................................................
106 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
11
4 As Cônicas na Arte
Viu-se, na abordagem histórica, a utilização do cone para verificar a existência
das curvas através de cortes.
................................................................
.............................................................
107
12
Tendo em vista tudo isso, nesse capítulo far-se-á a análise crítica de um livro
indicado por muitos professores de ensino médio pela bem estruturada apresentação da
teoria e enorme variedade de exercícios: o livro Fundamentos da Matemática Elementar -
vol.7 - Geometria Analítica, de Gelson Iezzi (Iezzi[3]).
13
6 Conclusão
A educação matemática no Brasil tem passado por várias transformações.
Muitos conteúdos que eram ensinados aos alunos no ensino médio, hoje em dia, já não são
bem enfatizados. Esse é o caso do estudo das cônicas.
Após os estudos feitos nesta monografia, concluiu-se que seja razoável que o
aluno tenha contato com: o seccionamento do cone, pontos notáveis para cada cônica, como
traçar pontos de cada cônica usando régua e compasso, dedução das equações reduzidas e
exemplos do cotidiano como orientam os PCN.
Cabe ao professor avaliar o que pode ser passado aos alunos (mediante o
calendário escolar) sabendo que, se eles não aprenderem esse conteúdo na escola básica,
poderão ser prejudicados no decorrer da vida acadêmica.
109
Referências Bibliográficas
[1] BOYER, Carl A., História da Matemática, 2a ed., Edgar Blücher, São Paulo, 1996.
[4] KLÉTÉNIC, David V., Problemas de Geometria Analitica, 4a ed., Livraria Cultura
Brasileira Ed., Belo Horizonte, 1984
[5] LEITHOLD, Louis, O Cálculo com Geometria Analítica vol.1, 3a ed., Harbra, São
Paulo, 1994.
[6] NUSSENZVEIG, H. Moysés, Curso de Física Básica vol.1, 4a ed., Edgar Blücher, São
Paulo, 2002.
[7] PINTO, Diomara & MORGADO, Maria Cândida F., Cálculo Diferencial e Integral
de Funções de Várias Variáveis, 3a ed., 5a reimpr. UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.
[8] REIS, Genésio L. & SILVA, Valdir V., Geometria Analítica, 2a ed., LTC, Rio de
Janeiro, 1996.
[9] STEINBRUCH, Alfredo, Geometria Analítica, 2a ed., McGraw-Hill, São Paulo, 1987.
110 A. Exemplo de monografia, dissertação ou tese
Apêndice B
111
112 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer
\ b e g i n { document }
\ begin { frame }
\ maketitle
\ end { f r a m e }
O I n s t i t u t o de Matem á t i c a da UFRJ p u b l i c a um l i v r o , de
a u t o r i a da p r o f e s s o r a A n g e l a B i a z u t t i que d e t a l h a o u s o
do \ LaTeX \ , a t r a v é s de d i v e r s o s e x e m p l o s . O t e x t o é e s c r i t o
de f o r m a que o l e i t o r r a p i d a m e n t e c o n s i g a d i g i t a r uma
m o n o g r a f i a , d i s s e r t a ç ã o ou mesmo uma p r o v a sem n e c e s s i t a r um
c o n h e c i m e n t o a p r o f u n d a d o do \ LaTeX \ , e é r e c o m e n d a d o p a r a o s
i n t e r e s s a d o s em e l a b o r a r e s t e t i p o de t r a b a l h o .
No f i n a l da d é c a d a de 70 e ao l o n g o da d é c a d a de 8 0 , o
p e s q u i s a d o r em Ci ê n c i a da Computa ç ã o Donald Knuth d e s e n v o l v e u
o \ TeX \ , m o t i v a d o p e l a b a i x a q u a l i d a d e da p r i m e i r a p r o v a do
s e u t e x t o ‘ ‘ The A r t o f Computer Programming ’ ’ , que s e t o r n o u
um t e x t o c l á s s i c o na Ci ê n c i a da Computa ç ã o .
e s p e c i a l m e n t e p a r a a á r e a de e x a t a s .
No d e s e n v o l v i m e n t o do \ TeX , Knuth d e s e n h o u um c o n j u n t o de
f o n t e s de a l t a q u a l i d a d e p a r a i m p r e s s ã o de t e x t o s
matem á t i c o s , denominado ‘ ‘ Computer Modern ’ ’ .
P a r a d i g i t a r um t r a b a l h o em \ TeX , o t e x t o , j u n t a m e n t e com o s
comandos da l i n g u a g e m , s ã o i n s e r i d o s em um a r q u i v o que s e r á
denominado ‘ ‘ . t e x ’ ’ ( s u f i x o d o s a r q u i v o s no f o r m a t o \ TeX ) .
E s t e é p r o c e s s a d o p e l o p r o g r a m a \ TeX \ , e o r e s u l t a d o
a p r e s e n t a d o no f o r m a t o ‘ ‘ . d v i ’ ’ ( ‘ ‘ d e v i c e i n d e p e n d e n t f i l e
f o r m a t ’ ’ ) o q u a l , p o r s u a vez , pode s e r v i s u a l i z a d o e
i m p r e s s o com q u a l i d a d e t i p o g r á f i c a .
No e n t a n t o , a d i g i t a ç ã o de t e x t o s em \ TeX \ , p u r o ( ‘ ‘ p l a i n
\ TeX ’ ’ ) n e c e s s i t a v a que o a u t o r d e f i n i s s e d i v e r s o s
p a r â m e t r o s r e l a t i v o s ao f o r m a t o f i n a l e m u i t a s v e z e s e x i g i a
um c o n h e c i m e n t o m a i s a p r o f u n d a d o da l i n g u a g e m do \ TeX .
\ end { f r a m e }
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo de l i s t a a p a r e c e n d o a o s p o u c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m De i n í c i o s ó e s t á c l a r a m e n t e v i s í v e l e s t a l i n h a ; \ p a u s e
\ item Depois a p a r e c e e s t a aqui ; \ pause
\ item Finalmente aparece e s t a aqui .
\ end { i t e m i z e }
\ end { f r a m e }
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo de l i s t a a p a r e c e n d o a o s p o u c o s mas t o d o s
os i t e n s f r a c a m e n t e v i s í v e i s desde o i n í c i o }
\ setbeamercovered { transparent }
\ begin { itemize }
\ i t e m <1−> A p r i n c í p i o s ó e s t á c l a r a m e n t e v i s í v e l e s t a l i n h a ;
\ i t e m <2−> D e p o i s a p a r e c e e s t a a q u i e d e s a p a r e c e a p r i m e i r a ;
\ i t e m <3> F i n a l m e n t e a p a r e c e e s t a a q u i .
\ end { i t e m i z e }
114 B. Exemplo de apresentação com a classe Beamer
\ end { f r a m e }
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo u s a n d o c o l u n a s }
\ begin { columns }[ t ]
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
V a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ justifying
\ i t e m P e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a ;
\ i t e m F a c i l i t a a i n s e r ç ã o de f i g u r a em uma c o l u n a .
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ b e g i n { column } [ l ] { 0 . 5 \ t e x t w i d t h }
D e s v a n t a g e n s do u s o d a s c o l u n a s
\ begin { itemize }
\ justifying
\ i t e m A p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o ;
\ i t e m Às v e z e s é n e c e s s á r i o r e d u z i r o tamanho do f o n t e .
\ end { i t e m i z e }
\ end { column }
\ end { c o l u m n s }
\ end { f r a m e }
\ begin { frame }
\ f r a m e t i t l e { Exemplo u s a n d o b l o c o s }
\ b e g i n { b l o c k }{ V a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m P e r m i t e s e p a r a r b l o c o s l ó g i c o s em uma p á g i n a ;
\ i t e m P e r m i t e d a r um t í t u l o a c a d a b l o c o .
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ b e g i n { b l o c k } { D e s v a n t a g e n s do u s o d o s b l o c o s }
\ begin { itemize }
\ i t e m A p á g i n a pode f i c a r com e x c e s s o de i n f o r m a ç ã o ;
\ i t e m O e x c e s s o de b l o c o s d i f i c u l t a a l e i t u r a .
\ end { i t e m i z e }
\ end { b l o c k }
\ end { f r a m e }
\ end { document }
115
Introdução - I
Introdução - II
aprofundado do LATEX e é recomendado para os interessados em elaborar este
tipo de trabalho.
No final da década de 70 e ao longo da década de 80, o pesquisador em
Ciência da Computação Donald Knuth desenvolveu o TEX motivado pela baixa
qualidade da primeira prova do seu texto “The Art of Computer Programming”,
que se tornou um texto clássico na Ciência da Computação.
O TEX é uma linguagem de processamento de texto que permite gerar textos
de ótima qualidade tipográfica especialmente para a área de exatas.
O TEX é uma linguagem de processamento de texto que permite gerar textos
de ótima qualidade tipográfica especialmente para a área de exatas.
No desenvolvimento do TEX, Knuth desenhou um conjunto de fontes de alta
qualidade para impressão de textos matemáticos, denominado “Computer
Modern”.
Para digitar um trabalho em TEX, o texto, juntamente com os comandos da
linguagem, são inseridos em um arquivo que será denominado “.tex” (sufixo
dos arquivos no formato TEX). Este é processado pelo programa TEX e o
Lopez / da Silva (UFRJ) Apresentação Beamer IME 2011 3/8
Introdução - III
Exemplo de Prova
Uma classe bastante poderosa para a geração de provas é a classe exam. Além de ter muitas opções,
o manual (em inglês) é muito detalhado e apresenta muitos exemplos. No entanto, a conversão
para outro idioma não é automática e devem ser feitas algumas alterações.
Dentre as opções desta classe podemos citar:
• permite questões usuais, questões com linhas para resolução, questões de múltipla escolha
etc;
• cada questão pode ter vários itens e subitens;
• permite definir diversos esquemas para a pontuação (questões de bônus, por exemplo);
• permite colocar em um mesmo arquivo as perguntas e respostas, podendo-se escolher entre
imprimir as questões ou imprimir questões com gabarito através de um parâmetro da classe;
• permite inserir uma tabela com os pontos de cada questão para que o professor possa inserir o
grau obtido em cada uma;
• tem muitas opções para ajuste dos formatos;
No entanto, como é uma classe voltada para as provas americanas, não há previsão para pontos
fracionários no valor das questões. A classe aceita os valores fracionários mas dá um erro ao
calcular a tabela com os graus. Por isso, os autores deste texto escreveram um trecho de código
em TEX e LATEX para implementar esta opção. O trecho utiliza os pacotes array, fp e refcount. O
pacote array acrescenta novas opções ao ambiente tabular, o pacote fp permite a manipulação de
números reais e o pacote refcount resolve uma questão técnica sobre o uso de “labels” em tabelas.
Todos estes pacotes podem ser encontrados nas distribuições recentes do MikTeX e do TeXLive.
Caso se queira utilizar as formatações definidas no exemplo a seguir, é recomendável que o trecho
em .tex, limitado pelas linhas preenchidas com o símbolo de igualdade, seja copiado para outro
arquivo, por exemplo “config_prova.tex”, e este seja incluído no código da prova pelo comando
\input{config_prova}. Desta forma, a prova ficará com menos comandos e mais fácil de alterar.
O exemplo a seguir tem diversas opções explicadas nos comentários que as antecedem.
123
124 C. Exemplo de Prova
% −−− op ç ão ‘ ‘ n o a n s w e r s ’ ’ : não s e r ão i m p r e s s a s a s r e s p o s t a s
% −−− a op ç ão ‘ ‘ a n s w e r s ’ ’ : s e r ão i m p r e s s a s a s r e s p o s t a s
\ d o c u m e n t c l a s s [ a 4 p a p e r , 1 2 p t , n o a n s w e r s ] { exam }
\ usepackage [ u t f 8]{ inputenc }
\ usepackage [T1]{ fo ntenc }
\ u s e p a c k a g e { amssymb , amsmath , amsthm }
\ usepackage [ portuguese ]{ babel }
\ usepackage { graphicx }
\ usepackage { microtype }
% −−−− I n f o r m a ç õ e s s o b r e a p r o v a a s e r e m a l t e r a d a s −−−−−−−−−−−
\ newcommand { \ i n s t i t u i c a o }{Nome da i n s t i t u i ç ã o }
\ newcommand { \ n o m e d i s c }{Nome da d i s c i p l i n a }
\ newcommand { \ nomeprova }{ P r o v a f i n a l }
\ newcommand { \ g a b a r i t o p r o v a }{ G a b a r i t o da p r o v a f i n a l }
\ newcommand { \ d a t a p r o v a } { 0 1 / 0 4 / 2 0 1 2 }
% p a r a i n s e r i r l o g o à e s q u e r d a e / ou d i r e i t a
\ newcommand { \ l o g o e s q } { \ i n c l u d e g r a p h i c s [ s c a l e = 0 . 5 ] { l o g o _ l a t e x }}
%\ newcommand { \ l o g o d i r } { \ i n c l u d e g r a p h i c s { f i g _ l o g o _ d i r . j p g } }
% −−−− Fim d a s i n f o r m a ç õ e s s o b r e a p r o v a −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%=============================================================
% −−− t r e c h o programado . Só a l t e r e s e q u i s e r mudar o p a d r ão
% −−− g e r a n d o c a b e ç a l h o da p r o v a e f a z e n d o a j u s t e s i d i o m a −−−−
\ pagestyle { headandfoot }
\ headrule
\ footrule
\ ifprintanswers
\ newcommand { \ c a b c e n t r o i n i c i o } { { \ l a r g e \ i n s t i t u i c a o } \ \
{ \ l a r g e \ nomedisc } \ \ \ g a b a r i t o p r o v a \ , −\ , \ d a t a p r o v a }
\ newcommand { \ c a b c e n t r o c o n t } { { \ l a r g e \ n o m e d i s c } \ \
\ g a b a r i t o p r o v a \ , −\ , \ d a t a p r o v a ( c o n t i n u a ç ão )}
\ else
\ newcommand { \ c a b c e n t r o i n i c i o } { { \ l a r g e \ i n s t i t u i c a o } \ \
{ \ l a r g e \ n o m e d i s c } \ \ \ nomeprova \ , − \ , \ d a t a p r o v a }
\ newcommand { \ c a b c e n t r o c o n t } { { \ l a r g e \ n o m e d i s c } \ \
\ nomeprova \ , − \ , \ d a t a p r o v a ( c o n t i n u a ç ã o ) }
\ fi
\ p o i n t p o i n t s { p o n t o }{ p o n t o s }
125
\ qformat { \ t e x t b f { Quest ão \ , \ , \ t h e q u e s t i o n } \ , \ , ( \ t h e p o i n t s ) \ h f i l l }
\ renewcommand { \ s o l u t i o n t i t l e }
{ \ noindent \ t e x t b f { Solu ç ão : } \ par \ noindent }
% Cabe ç a l h o
\ i f t h e n e l s e { \ i s u n d e f i n e d { \ l o g o e s q }}
{ \ lhead []{} }
{ \ lhead [ \ logoesq ] { \ logoesq } }
\ chead [ \ c a b c e n t r o i n i c i o ] { \ c a b c e n t r o c o n t }
\ i f t h e n e l s e { \ i s u n d e f i n e d { \ l o g o d i r }}
{ \ rhead []{} }
{ \ rhead [ \ logodir ] { \ logodir } }
\ l f o o t {}
\ c f o o t {Pá g i n a \ t h e p a g e \ , de \ numpages }
\ ifprintanswers
\ else
\ r f o o t { \ i f l a s t p a g e { Boa p r o v a ! } }
\ fi
% −−−−−−−−− f i m da g e r a ç ão do c a b e ç a l h o da p r o v a −−−−−−−−−
% −−−−− i d e n t i f i c a ç ão do a l u n o −−−−−−−−−−−−
\ newcommand { \ imprimenome }
{
\ ifprintanswers
\ else
\ n o i n d e n t \ makebox [ \ t e x t w i d t h ] { \ t e x t b f {Nome do a l u n o }
( l e t r a de f o r m a ) : \ e n s p a c e \ h r u l e f i l l } \ p a r
\ v s p a c e { 0 . 5 em}
\ n o i n d e n t \ makebox [ \ t e x t w i d t h ]%
{\ t e x t b f { Assinatura } : \ enspace \ h r u l e f i l l } \ par
\ v s p a c e { 0 . 5 em}
\ fi
}
% −−−−− f i m da i d e n t i f i c a ç ão do a l u n o −−−−−−−
% −−−−−−−−−− g e r a n d o t a b e l a de g r a u s −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
\ usepackage { fp }
\ g d e f \ s o m a v a l o r {0}
\ gdef \ numquest { Quest \ s t r i n g \~{ a }o : }
\ gdef \ v a l o r q u e s t { Valor :}
\ g d e f \ n o t a q u e s t { Nota : }
\ gdef \ p o s t a b e l a { | l }
\ newcommand { \ q u e s t a o } [ 1 ] {
126 C. Exemplo de Prova
\ F P e v a l { \ temp } { \ s o m a v a l o r +#1}
\ g l o b a l \ l e t \ s o m a v a l o r \ temp
\ question [#1]
\ d e f \ temp {#1}
\ xdef \ p o s t a b e l a {\ p o s t a b e l a | c}
\ xdef \ numquest { \ numquest & \ t h e q u e s t i o n }
\ x d e f \ v a l o r q u e s t { \ v a l o r q u e s t & \ temp }
\ x d e f \ n o t a q u e s t { \ n o t a q u e s t& }
}
\ usepackage { array }
\ usepackage { refcount }
% p a c o t e r e f c o u n t tem e r r o que s e r a c o r r i g i d o em v e r s a o f u t u r a
\ makeatletter
\ l e t \ rc@refused \ refused
% comando p a r a i n c l u i r l a b e l no a r q u i v o . aux
\ newcommand * \ m y l a b e l [ 2 ] {%
\ i m m e d i a t e \ w r i t e \ @auxout { \ s t r i n g \ n e w l a b e l%
\ s t r i n g { # 1 \ s t r i n g }%
\ s t r i n g { \ s t r i n g { # 2 \ s t r i n g }%
\ s t r i n g { \ t h e q u e s t i o n \ s t r i n g } \ s t r i n g }}%
}
\ makeatother
\ s e t r e f c o u n t d e f a u l t {1}
\ newcommand { \ i m p r i m e g r a u }{
\ ifprintanswers
\ else
\ r e f u s e d { numquest }
\ s e t l e n g t h { \ e x t r a r o w h e i g h t }{2 p t }
\ begin { center }
\ t e x t b f { Pontos obtidos } \ \
\ b e g i n { t a b u l a r } { | l | * { \ g e t p a g e r e f n u m b e r { n u m q u e s t }}%
{@{ \ h s p a c e {4mm}} c | } c | }
\ h l i n e%
\ r e f { n u m q u e s t}& \ b f { T o t a l } \ \ \ h l i n e%
\ r e f { v a l o r q u e s t }& \ b f { \ r e f { s o m a v a l o r } } \ \ \ h l i n e%
\ r e f { n o t a q u e s t }&\ qquad \ qquad \ \ \ h l i n e%
\ end { t a b u l a r }
\ end { c e n t e r }
\ fi
}
\ AtEndDocument {
\ mylabel { p o s t a b e l a }{\ p o s t a b e l a }
\ mylabel { numquest } { \ numquest }
127
\ mylabel { v a l o r q u e s t }{\ v a l o r q u e s t }
\ mylabel { notaquest }{\ notaquest }
\ FPround { \ s o m a v a l o r } { \ s o m a v a l o r }{1}
\ mylabel { somavalor }{\ somavalor }
}
%−−−−−−−−−−−− f i m do t r e c h o programado −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
%=============================================================
\ b e g i n { document }
% −−− i n i c i o do a m b i e n t e p a r a i n c l u s ão d a s q u e s t õ e s
\ begin { questions }
% −−− p r i m e i r a q u e s t ão ( a c l a s s e numera a u t o m a t i c a m e n t e )
% −−− o v a l o r da q u e s t ão e s t á e n t r e c h a v e s
\ q u e s t a o { 2 . 4 } Qual é o c o m p r i m e n t o da h i p o t e n u s a de um
t r i â n g u l o r e t â n g u l o c u j o s c a t e t o s medem $3$ e $4$
unidades ?
% −−− s o l u ç ão s ó s e r á i m p r e s s a s e f o r u s a d a op ç ão ‘ ‘ a n s w e r s ’ ’
% na chamada da c l a s s e
\ begin { s o l u t i o n }
P e l o Teorema de P i t á g o r a s , s e n d o $ c $ o c o m p r i m e n t o da
h i p o t e n u s a , tem − s e que $ c ^2=3^2+4^2=25$. C o n c l u i − s e
que $ c =5$.
\ end { s o l u t i o n }
%
% −− o u t r a q u e s t ão , a g o r a com s u b i t e n s
\ q u e s t a o {2.6} C a l c u l e o comprimento dos c a t e t o s dos s e g u i n t e s
t r i â ngulos r e t â ngulos :
% −−− c r i a um a m b i e n t e p a r a d e f i n i r i t e n s d e n t r o de uma q u e s t ão
\ begin { p a r t s }
\ p a r t [ 0 . 8 ] O c o m p r i m e n t o da h i p o t e n u s a é $15$ e de um d o s
c a t e t o s é $9$
\ begin { s o l u t i o n }
128 C. Exemplo de Prova
\ p a r t [ 1 . 8 ] O c o m p r i m e n t o da h i p o t e n u s a é $20$ e um d o s
c a t e t o s mede q u a t r o u n i d a d e s de c o m p r i m e n t o a
m a i s que o o u t r o .
\ begin { s o l u t i o n }
Do Teorema de P i t á g o r a s tem − s e que $20^2= b ^2+( b + 4 ) ^ 2 $ .
R e a r r a n j a n d o os termos e completando o quadrado
o b t e m o s que $196=( b + 2 ) ^ 2 $ , i s t o é , $ | b + 2 | = 1 4 $ .
A ú n i c a r a i z p o s i t i v a é 12 e , p o r t a n t o , o s c a t e t o s
medem $12$ e $16$ u n i d a d e s .
\ end { s o l u t i o n }
\ end { p a r t s }
% −−− e x e m p l o de q u e s t ão de mú l t i p l a e s c o l h a
\ q u e s t a o { 2 . 3 } Qual d o s t r i â n g u l o s a b a i x o \ t e x t b f {NÃO} é
um t r i â n g u l o r e t â n g u l o
\ begin { choices }
\ c h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 3 $ , $4$ e $5$ u n i d a d e s
\ c h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 6 $ , $8$ e $10$ u n i d a d e s
\ C o r r e c t C h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 4 $ , $5$ e $6$ u n i d a d e s
\ c h o i c e O t r i â n g u l o c u j a s a r e s t a s medem
$ 5 $ , $12$ e $13$ u n i d a d e s
\ end { c h o i c e s }
\ begin { s o l u t i o n }
Tem− s e que $6^2 \ neq 4^2+5^2$ e , p o r t a n t o , o t r i â n g u l o
do i t e m C n ã o s a t i s f a z o Teorema de P i t á g o r a s . Isto
i m p l i c a que n ã o é um t r i â n g u l o r e t â n g u l o . Todos o s
demais s ão t r i â ngulos r e t â ngulos , p o i s s a t i s f a z e m
o Teorema de P i t á g o r a s .
\ end { s o l u t i o n }
% −−− e x e m p l o de q u e s t ão com e s p a ç o p a r a r e s p o n d e r
\ q u e s t a o { 2 . 7 } E n c o n t r e c o m p r i m e n t o s d a s a r e s t a s de um
t r i â n g u l o r e t â n g u l o de f o r m a que o s t r ê s c o m p r i m e n t o s s e j a m
i n t e i r o s e um d o s c a t e t o s t e n h a c o m p r i m e n t o í mpar e m a i o r
que $ 1 $ , dado p o r $k $ . S u g e s t ã o : assuma que a h i p o t e n u s a
129
% −−− ou a p a r e c e a s o l u ç ão ou um e s p a ç o p r e e n c h i d o p o r l i n h a s
% pontilhadas . N e s t e c a s o a a l t u r a v e r t i v a l é de 5cm
% O u t r o s a m b i e n t e s p a r a r e s p o s t a s s i m i l a r e s s ão
% ‘ ‘ s o l u t i o n o r l i n e s ’ ’ ou ‘ ‘ s o l u t i o n o r b o x ’ ’
\ b e g i n { s o l u t i o n o r d o t t e d l i n e s } [ 5 cm ]
Sendo $ c $ o c o m p r i m e n t o do o u t r o c a t e t o e s e g u i n d o a
s u g e s t ã o temos , p e l o Teorema de P i t á g o r a s , que
$k ^2 + c ^2 = ( c + 1 ) ^ 2 $ , que i m p l i c a que $k ^2 = 2 c +1$.
E n t ã o , o t r i â n g u l o r e t â n g u l o tem c a t e t o s de c o m p r i m e n t o
$k$ e $ ( k ^ 2 − 1 ) / 2 $ . A h i p o t e n u s a tem c o m p r i m e n t o
$( k ^2+1)/2$.
\ end { s o l u t i o n o r d o t t e d l i n e s }
\ end { q u e s t i o n s }
% −−− o b s e r v a ç ão a s e r i n c l u í da s o m e n t e na f o l h a de q u e s t õ e s
% −−− não é i n c l u í da no g a b a r i t o
\ ifprintanswers
\ else
\ v s p a c e {1em}
\ n o i n d e n t \ t e x t b f { Obs : } A p r o v a pode s e r f e i t a a l á p i s
ou a c a n e t a
\ noindent \ t e x t b f { Dura ç ã o da p r o v a } : d u a s h o r a s
\ fi
\ end { document }
Nome da instituição
Nome da disciplina
Prova final - 01/04/2012
Pontos obtidos
Questão: 1 2 3 4 Total
Valor: 2.4 2.6 2.3 2.7 10.0
Nota:
...................................................................................
...................................................................................
...................................................................................
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...................................................................................
Para gerar as soluções, basta trocar o parâmetro “noanswers” da chamada da classe exam pelo
parâmetro “answers”. O resultado é:
132 C. Exemplo de Prova
Nome da instituição
Nome da disciplina
Gabarito da prova final - 01/04/2012
Solução:
Pelo Teorema de Pitágoras, sendo c o comprimento da hipotenusa, tem-se que
c2 = 32 + 42 = 25. Conclui-se que c = 5.
Solução:
Do Teorema de Pitágoras tem-se que b2 = 152 − 92 = 144. Segue que o
comprimento do cateto restante é 12.
Solução:
Do Teorema de Pitágoras tem-se que 202 = b2 + (b + 4)2 . Rearranjando
os termos e completando o quadrado obtemos que 196 = (b + 2)2 , isto é,
|b + 2| = 14. A única raiz positiva é 12 e, portanto, os catetos medem 12 e 16
unidades.
Solução:
Tem-se que 62 =6 42 + 52 e, portanto, o triângulo do item C não satisfaz o Teorema
de Pitágoras. Isto implica que não é um triângulo retângulo. Todos os demais são
triângulos retângulos, pois satisfazem o Teorema de Pitágoras.
Página 1 de 2
133
Nome da disciplina
Gabarito da prova final - 01/04/2012(continuação)
Solução:
Sendo c o comprimento do outro cateto e seguindo a sugestão temos, pelo Teorema
de Pitágoras, que k 2 + c2 = (c + 1)2 , que implica que k 2 = 2c + 1.
Como k é ímpar maior que 1 temos que k 2 − 1 é par e, portanto, c = (k 2 − 1)/2 é
um número natural.
Então, o triângulo retângulo tem catetos de comprimento k e (k 2 − 1)/2. A
hipotenusa tem comprimento (k 2 + 1)/2.
Página 2 de 2
134 C. Exemplo de Prova
Índice
\DeclareMathOperator, 38 \int, 38
\Huge, 20 \justifiyng, 66
\LARGE, 20 \label, 22, 41, 46, 51, 56
\Large, 20 \large, 20
\appendix, 23 \left, 38
\author, 24 \lim, 38
\begin{document}, 16 \listoffigures, 25, 56
\bibitem, 57 \listoftables, 25, 51, 52
\bibliography, 62 \makeindex, 63
\bibliographystyle, 62 \maketitle, 25
\boxed, 44 \mathbb, 20
\caption, 51, 56 \mathbf, 20
\chapter, 22 \mathcal, 20
\cite, 58, 61 \newcommand, 15
\color, 30 \normalsize, 20
\date, 24 \overline, 38
\dfrac, 37, 38 \overset, 39
\displaystyle, 37 \pagestyle, 28
\documentclass, 15 \paragraph, 24
\end{document}, 16 \part, 24
\eqref, 41, 42 \pause, 68
\footnote, 29 \printindex, 63
\footnotesize, 20 \ref, 23, 51, 56
\frac, 37, 38 \right, 38
\frametitle, 67 \scripsize, 20
\hline, 50 \section, 24
\href, 65 \setbeamercovered, 68
\hspace, 18 \setcounter , 29
\huge, 20 \small, 20
\include, 14 \stackrel, 39
\includegraphics, 53 \subparagraph, 24
\includemovie, 65 \subsection, 24
\includeonly, 14 \tableofcontents, 25
\index, 63 \tiny, 20
\input, 14 \title, 24
135
136 ÍNDICE
\underline, 38 table, 50
\underset, 39 tabular, 49
\usecolortheme, 66 tabularx, 49
\usepackage, 15 teorema, 45
\usetheme, 66 thebibliography, 57
\vspace, 18 Vmatrix, 44
\widehat, 38 vmatrix, 44
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.bbl, 62 autor, 67
.bib, 61 beamerposter, 69
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.pdf, 5, 52, 65 tema, 66
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@book, 61 caracteres especiais, 13
@online, 61 chaves, 34, 41
\begin{document}, 14 citação de referências, 58
\end{document}, 14 classe, 3
beamer, 66
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abnt-num.bst, 62 colchetes, 34, 41
ABNTeX, 62 corolários, 45
acentuação TEX, 61 corpo do texto, 14
ambiente, 16
decorações, 38
align, 41
delimitadores, 38
block, 69
digitação de referências, 57
Bmatrix, 44
distribuições, 7
bmatrix, 44
colum, 69 equações, 39
column, 69 espaçamento entre linhas, 27
columns, 69 expressões matemáticas, 37
enumerate, 48
equation, 39 figuras, 52
figure, 65 numeradas, 55
frame, 67 não numeradas, 52
itemize, 47 formato .bib, 61
pmatrix, 44 formato das páginas, 28
subequations, 42 fração, 37, 38
ÍNDICE 137
funções, 38 movie15, 65
multirow, 49
geometria, 26 parskip, 28, 31
ragged2e, 66
incluir arquivo, 14
setspace, 27, 31
índice remissivo, 63
tabularx, 49
LaTeX, 3 parêntesis, 34, 41
latexmk, 6 preâmbulo, 14
lemas, 45 principais erros, 73
listas, 47 programa
numeradas, 48 bibtex, 59
não numeradas, 47 epstopdf, 52
LyX, 9 Image Magick, 53
latex, 5, 52
margem, 26 latexmk, 62, 63
mensagens de erro, 73 makeindex, 63
MikTeX, 7 pdflatex, 5, 52
multimídia, 65 proposições, 45