0% acharam este documento útil (0 voto)
476 visualizações158 páginas

Taller Fe Lecturas Literarias: Universidad Autonoma de Nuevo Leon

Enviado por

Macarena
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
476 visualizações158 páginas

Taller Fe Lecturas Literarias: Universidad Autonoma de Nuevo Leon

Enviado por

Macarena
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 158

UNIVERSIDAD AUTONOMA DE NUEVO LEON

COLEGIO C I V I L , ESCUELA PREPARATORIA No. 9

Taller <fe
lecturas
Literarias I
' \
Lic. Carlos Chavarria C.
PRESENTACION

1020120153

L a U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a de N u e v o L e ó n , n u e s t r a m á x i m a
c a s a de e s t u d i o s p r e t e n d e f o r m a r p r o f e s i o n i s t a s c o n una g r a n
c a l i d a d a c a d é m i c a , c o n s c i e n t e s de lo a n t e r i o r , la p r e o c u p a -
c i ó n m á s i m p o r t a n t e d e s d e e l i n i c i o de n u e s t r a a d m i n i s t r a -
c i ó n h a s i d o c o n t r i b u i r a f a c i l i t a r l a e f i c i e n c i a de n u e s t r o s -
alumnos.

C o n s i d e r a m o s que uno de l o s i n d i c a d o r e s m á s significati-


vos para incrementar el rendimiento e s c o l a r es proporcionar
m a t e r i a l e s a u x i l i a r e s q u e f a c i l i t e n e l l o g r o de u n a p r e n d i z a j e
óptimo.

E l p e r s o n a l d o c e n t e de n u e s t r a i n s t i t u c i ó n , q u e r i e n d o c o n -
t r i b u i r a tan n o b l e l a b o r , s e ha d a d o a l a t a r e a de e l a b o r a r l i -
b r o s c o n c o n t e n i d o a p e g a d o s a l o s p r o g r a m a s de e s t u d i o e s t a -
blecidos. E s t e e s u n o d e e l l o s ; e s p e r a m o s t e s e a de u t i l i d a d .

Como observarás, lo importante para nosotros es contri -


b u i r a tu c r e c i m i e n t o í f s i c o , intelectual y moral. ESTAMOS
SEGUROS LO LOGRARAS.

Ing. A r m a n d o G o n z á l e z González.
DIRECTOR
CU 3

PROLOGO

ifirtiìft
r W ) VmVi^É^ifftMím^
IJ14M VIP*
E n e s t e p r i m e r c u r s o d e T a l l e r de L e c t u r a s L i t e r a r i a s s e
p r e t e n d e que el e s t u d i a n t e c a p t e de una m a n e r a g e n e r a l y s e n
c i l l a l o s c o n t e n i d o s de la m a t e r i a , p u e s no o b s t a n t e que al -
c u r s a r s u t e r c e r a ñ o de s e c u n d a r i a s e l e p r o p o r c i o n a r o n a l g u
n o s c o n o c i m i e n t o s a l r e s p e c t o ; c o n s i d e r a m o s uno de n u e s t r o s
objetivos reafirmar dichos temas ampliándolos y dándoles la
ubicación p r e c i s a dentro del contexto literario.

Se p r e t e n d e t a m b i é n , l l e g a r a l a s e n s i b i l i d a d d e l a l u m n o p a
ra que a u n q u e de u n a m a n e r a e l e m e n t a l , s e i n i c i e e n e l c o n o
c i m i e n t o de l a s o b r a s de a r t e y a p r e n d a a v a l o r a r l o s m e n s a -
j e s que a t r a v é s de e l l a s p r e t e n d e n dar s u s a u t o r e s , p a r t i c u -
l a r m e n t e en lo que s e r e f i e r e a la literatura.

Apoyados en los conceptos que al r e s p e c t o han vertido los -


e s t u d i o s o s de la m a t e r i a , r e a l i z a m o s el p r e s e n t e t r a b a j o y lo
o f r e c e m o s a l o s m a e s t r o s de la A c a d e m i a de L i t e r a t u r a c o m o
m a t e r i a l de a p o y o en e l q u e h a c e r d i a r i o de n u e s t r a h b o r d o -
cent- a g r a d e c i e n d o de a n t e m a n o el a p o y o d e c i d i d o de l a D i -
r e c c i ó n d e n u e s t r a e s c u e l a p a r a L l e v a r a íéliz t é r m i n o n u e s -
t r o o b j e t i v o y e n p a r t i c u l a r a l p e r s o n a l del D e p a r t a m e n t o de
Psicopedagogra por la d e d i c a c i ó n y e s m e r o con que participa
ron en la e l a b o r a c i ó n del m i s m o .

Lic. Carlos Chavar ria Cepeda.


INTRODUCCION

Al i n i c i a r e l estudio de T a l l e r de Lecturas L i t e r a r i a s en
este semestre, es necesario hacer algunas observaciones a l res^
pecto, ya que e l alunfio estudió algo de l i t e r a t u r a cuando cur-
só su t e r c e r año de secundaria, ahora, nuevamente vuelve a en
contrarse con e s t a materia, l a cual debemos considerar como im
portante, ya que a través de l a misma se manifiestan todas las
demás materias que forman parte del plan de estudios, como más
adelante lo explicaremos.
La Preparatoria t r a t a de que e l alumno desarrolle su sen-
s i b i l i d a d al conocimiento por medio de las d i f e r e n t e s asignatu
ras que se inparten durante e s t e c i c l o escolar y l a f i n a l i d a d -
de i n c l u i r e s t a materia en el plan de e s t u d i o s , es para que a
través de l a misma se adquiera e l i n t e r é s y e l hábito por la -
lectura, ya que e s t a actividad ( l a l e c t u r a ) , es sumamente im-
portante en l a vida del e s t u d i a n t e , toda vez que se ha u t i l i z a
do desde l a primaria y l a secundaria, ahora se pretende que me
diante la l e c t u r a , e l alumno no solamente adquiera información

! siiio que obtenga además una formación que le s e r v i r á en ¿us es


;tudios p r o f e s i o n a l e s .

El T a l l e r de Lecturas L i t e r a r i a s , pietende d e s a r r o l l a r e l
gusto l i t e r a r i o personal, a l t e n e r un contacto d i r e c t o con -
obras l i t e r a r i a s , para que el alumno r e a l i c e e l a n á l i s i s l i t e -
rario de las mismas con los conocimientos que paulatinamente -
vaya adquiriendo, realizando c r i t i c a s de obras debidamente -
orientadas en base a los e Ierren tos que conponen l a obra l i t e r a
TA1 .LER DE LECTURAS LITERARIAS
r i a , además, nuestra materia t i e n e finalidades p r á c t i c a s que
le servirán al alumno en un f u t u r o , pues no hay que olvidar - 3er. SEMESTRE
que se e s t á en proceso de formación de p r o f e s i o n i s t a s cuya a
t u r a debe ser aceptable y e v i t a r que por desconocimiento de ]
lengua se cometan e r r o r e s imperdonables.
Lo a n t e r i o r se comenta, ya que con frecuencia hemos t r o ] L j E r i V 0 TERMINAL:
zado con: discursos larguísimos en los que no se dice nada; •
eminentes investigadores incapaces de dar una conferencia o c El alumno adquirirá e l i n t e r é s y hábito -
responder a una e n t r e v i s t a ; licenciados que cometen f a l t a s di por l a l e c t u r a , mediante l a comprensión y
o r t o g r a f í a ; p o l í t i c o s que se glorían de haber leído pocos li- a n á l i s i s de la obra l i t e r a r i a , logrando -
bros en muchos años; profesionales que tienen una concepción l a formación de una conciencia c r í t i c a , -
i n f a n t i l y simplista de l a vida; funcionarios que repiten cor así como e l desarrollo del vocabulario y
tinuámente " e s t e " , "digo", e t c . ; estudiantes de l a Universid; l a forma de expresión.
que presentan t r a b a j o s confusos; a r t í c u l o s e s c r i t o s por proft
s i m a l e s con c i t a s y r e f e r e n c i a s i n i n t e l e g i b l e s . Todas e s t a
d e f i c i e n c i a s provienen de personas que no saben u t i l i z a r s u s U j ^ h / q GENERAL:
conocimientos gramaticales para mejorar su capacidad de comui
cación, nunca e j e r c i e r o n su expresión o r a l , nadie les enseñó EL alumno aj. li cara un método de a n á l i s i s
redactar, aprendieron a i n t e r p r e t a r los signos e s c r i t o s , per que permita cor.¡penetrar en la obra l i t e r a
no a l e e r su profundidad, no se aficionaron a l a l e c t u r a , no r i a , en su contenido y forma de expresión.
aprendieron a u t i l i z a r fuentes e s c r i t a s y se interesaron exc Al mismo tiempo, reafirmará dicho caioci-
sivamsnte "por las ideas", como s i e s t a s se manifestaran por miento a través del estudio de d i f e r e n t e s
iredio de palabras, es decir: NO ESTUDIARON EL LENGUAJE COMO j corrientes l i t e r a r i a s .
MEDIO DE COMUNICACION INDISPENSABLE PARA CUALQUIER ACTIVIDAD
PROFESIONAL.
SUMARIO p . g

n t r o d u c c ION-

UNIDAD 1

EL ARTE Y LAS BELLAS ARTES


10
h. La B e l l e z a 10
2. E3 A r t e 10
3. Las Bellas Artes

UNIDAD 2

IMPORTANCIA D E LA LITERATURA

*
1 La Literatura
Z. F i n a l i d a d de la L i t e r a t u r a
3. Literatura y Sociedad. .

s
I
UNIDAD 3

LOS G E N E R O S LITERARIOS
25
]. Los Géneros Literarios 25
i 2. El Género Epico 43
3. El Género Lírico 55
4. El Género 60
5. El Género Didáctico
Pá UNIDAD 1
UNIDAD 4

E L ANALISIS LITERARIO EL ARTE Y LAS BELLAS ARTES

1. C o n c e p t o de A n á l i s i s L i t e r a r i o 72
2. E l e m e n t o s de E s t r u c t u r a s 72
3. La Técnica. 7 ^OBJETIVO PARTICULA? :

Tiempo : 3 Frecuencias
UNIDAD 5 Al término de la Unidad, e l alumno :
ORIGEN Y C A R A C T E R I S T I C A S D E LOS MOVIMIENTO
Ubicará la L i t e r a t u r a dentro de l a s Bellas Artes
LITERARIOS; EL RENACIMIENTO, EL ROMANTICISM
Y EL REALISMO

]. O r i g e n de l o s M o v i m i e n t o s L i t e r a r i o s . 9?. OBJ?T™§ ????CIFICOS


2. La Literatura Clásica
92
3. C a r a c t e r í s t i c a s de l o s M o v i m i e n t o s L i t e r a 1.1.- Enunciará e l s i g n i f i c a d o de la palabra Arte.
rios 1.2.- Explicará e l concepto de b e l l e z a y su d i v i s i ó n .
95
4. El Renacimiento.
96 1.3.- Enunciará l a s Bellas Artes.
5. El Romanticismo. 185
6. El R e a l i s m o
1.4.- Explicará las c a r a c t e r í s t i c a s de las Bellas Artes.
214
1.5.- I d e n t i f i c a r á a l a L i t e r a t u r a como una de las Bellas
Artes.
BIBLIOGRAFIA 282
Pá UNIDAD 1
UNIDAD 4

E L ANALISIS LITERARIO EL ARTE Y LAS BELLAS ARTES

1. C o n c e p t o de A n á l i s i s L i t e r a r i o 72
2. E l e m e n t o s de E s t r u c t u r a s 72
3. La Técnica. 7 ^OBJETIVO PARTICULA? :

Tiempo : 3 Frecuencias
UNIDAD 5 Al término de la Unidad, e l alumno :
ORIGEN Y CARACTERISTICAS D E LOS MOVIMIENTO
Ubicará la L i t e r a t u r a dentro de l a s Bellas Artes
LITERARIOS; EL RENACIMIENTO, EL ROMANTICISM
Y EL REALISMO

]. O r i g e n de l o s M o v i m i e n t o s L i t e r a r i o s . 9?. OBJ?T™§ ????CIFICOS


2. La Literatura Clásica
92
3, C a r a c t e r í s t i c a s de l o s M o v i m i e n t o s L i t e r a 1.1.- Enunciará e l s i g n i f i c a d o de la palabra Arte.
rios 1.2.- Explicará e l concepto de belleza y su d i v i s i ó n .
95
4. El Renacimiento.
96 1.3.- Enunciará l a s Bellas Artes.
5. El Romanticismo. 185
6. El R e a l i s m o
1.4.- Explicará las c a r a c t e r í s t i c a s de las Bellas Artes.
214
1.5.- I d e n t i f i c a r á a l a L i t e r a t u r a como una de l a s Bellas
Artes.
BIBLIOGRAFIA 282
1.- LA BELLEZA
, t j j -i , - . j - i Mdsica y la L i t e r a t u r a . A las a r t e s a n t e r i o r e s , según algunos
c
Es la cualidad que poseen los objetos para producir l a • 1 , 5 a y
. -j i..*«. • t j • i . t i n c r í t i c o s , se agregó la Danza. El Cine en ocasiones es conside
emocion e s t é t i c a , l a admiramos en l a n a t u r a l e z a , en los vaste & -
p a i s a j e s que nos ofrecen, en las puestas de s o l , en un cálid ( r a d o c o m o e l s é P t l m o A r t e -
amanecer, en e l murmullo de la f u e n t e , en l a profundidad del A l a Arquitectura, Escultura y Pintura, se les llama ar-
mar, en la espesura de la selva, en e l canto de las aves mult t e s del espacio, porque emplean l a materia en sus t r e s dimen-
colores, en e l i n f i n i t o , en f i n , en todo lo creado. Podríame siones, también se les considera Artes Visuales, por ser l a -
d e f i n i r a l a b e l l e z a como una emoción o un sentimiento agradj v i s t a e l sentido a través del cual se observan.
b l e , puro, desinteresado, que a f e c t a armoniosamente a todas -
La Música y l a L i t e r a t u r a se denominan Artes del Tiempo,
las facultades humanas: s e n s i t i v a s , i n t e l e c t u a l e s y morales
pues requieren para su ejecución de una c i e r t a duración; un -
Otra definición de la b e l l e z a es e l esplendor del orden,principio, un medio y un f i n , que acontecen en e l tiempo, a -
e l esplendor de l a verdad, e l esplendor de la.bondad. éstas se les c l a s i f i c a como Artes Auditivas, en razón de que -
es e l oído e l órgano que observa las formas creadas por e l ar-
2.- EL ARTE t i s t a . La Danza y e l Cine, son a r t e s mixtas, al mismo tiempo
El hombre ha creado b e l l e z a , dándole una expresión emoti• artes de movimiento.
va y humana, se ha convertido de un simple hombre, en un arti La Arquitectura r e a l i z a l a b e l l e z a u t i l i z a n d o l a piedra,
ta. e l v i d r i o , e l concreto araiado, la madera, e t c . La Escultura -
El arte es l a manifestación de l a b e l l e z a a través de a | ^ i f i e s t a l a vida mediante voltlmenes o masas solamente valién
dose del mámo1 yeS0
gún elemento deteminado, que epplea el hombre para realizar ' > a r C Í l l a ' madera' etC" U PintUra
.c 4 .. , . , ... sonta lo b e l l o valiéndose del color, del dibujo y de l a pers-
est'i manifestación y producir l a emocion e s t e t i c a . !
I pe ct i va. La Música combina acertadamente las notas de l a esca
El arte es también, hacer bien una cosa según determina- ^ rcproduciendo s o n i d o s amen ios os. La L i t e r a t u r a t i e n e sola
das r e g l a s . Pués bien, a l a s a r t e s que tienen esa finalidad mente un material: La palabra, hablada o e s c r i t a , es únicamen
producen la emoción e s t é t i c a , se les denomina Bellas Artes.
te l a palabra.

3.- LAS BELLAS ARTES La L i t e r a t u r a e n c i e r r a dentro de s í todas las a r t e s , ya -


que l a palabra es más duradera que l a piedra, más pintoresca -
Son é s t a s : l a Arquitectura, l a Escultura, la Pintura, la1 que el color mismo, esculpe magistralnente a los personajes de
UNIDAD I
una obra de t e a t r o , es más r e s i s t e n t e que la arquitectura y (
? EJERCICIOS FE EVALUACION
armoniosa y dulce como e l soneto, por eso se le llama Arte di
l a Belleza.
¿Qué es e l Arte?
Arquitectura

Del Espacio s Escultura

Pintura Explica e l concepto de b e l l e z a :

MÜsica
Las Bellas Artes Del Tiempo
^Literatura ¿Cuáles son las Bellas Artes?

Cine
Mixtas < ¿Porqué a la Arquitectura, la Escultura y a la Pintura se
Danza
les denomina Artes del Espacio?

¿Porqué a la Música y L i t e r a t u r a , se les denomina Artes


del Tiempo?
]4

UNIDAD 2
¿Porqué a l Cine y a la Danza se les denomina Artes Mi i
IMPORTANCIA DE LA LITERATURA

¿Cuáles son las Artes Visuales?


OBJETIVO PARTICULAR :

Tiempo : 2 Frecuencias
¿Cuáles son las Artes Auditivas? Al término de l a Unidad, e l alumno :
Comprenderá la importancia de la L i t e r a t u r a .

¿Qué material enplea l a L i t e r a t u r a ?


OBJETIVOS ESPECIFICOS :
2.1.- Citará algunas definiciones de L i t e r a t u r a .
¿Porqué a la Literatura se le llama Arte de la Bel iezal 2.2.- I n t e r p r e t a r á l a f i n a l i d a d e importancia de la Li
teratura.
J
2 . 3 . - Explicará la relación entre la obra L i t e r a r i a y
la Sociedad.
]4

UNIDAD 2
¿Porqué a l Cine y a la Danza se les denomina Artes Mi i
IMPORTANCIA DE LA LITERATURA

¿Cuáles son las Artes Visuales?


OBJETIVO PARTICULAR :

Tiempo : 2 Frecuencias
¿Cuáles son las Artes Auditivas? Al término de l a Unidad, e l alumno :
Comprenderá la importancia de la L i t e r a t u r a .

¿Qué material enplea l a L i t e r a t u r a ?


OBJETIVOS ESPECIFICOS :
2.1.- Citará algunas definiciones de L i t e r a t u r a .
¿Porqué a la Literatura se le llama Arte de la Bel iezal 2.2.- I n t e r p r e t a r á la f i n a l i d a d e importancia de la Li
teratura.
J
2 . 3 . - Explicará la relación entre la obra L i t e r a r i a y
la Sociedad.
1.- LA LITERATURA
• Es la expresión más completa del hombre. Es la manifesta
La palabra l i t e r a t u r a proviene de l i t t e r a e que signif ción más clara y tangible de l a presencia del hombre en es_
ca: Letra, se le ha definido como l a b e l l a arte que expre: te mundo. HOMERO FERNANDO VILLARREAL
su contenido por medio de la palabra; t i e n e por objeto extJ Actividad e s t é t i c a que se manifiesta a través de uji espejo
r i o r i z a r e l mundo íntimo del hombre y dar a conocer e l muñó verbal, oral o e s c r i t a . RICARDO ESCOBEDO.
que lo rodea. Es l a expresión de l a cultura del pueblo qut Es toda manifestación mental por medio del lenguaje.
la produce. Por sus objetivos y contenidos, la l i t e r a t u r a ; ALFONSO REYES
Es
no d i f i e r e mucho de las demás a r t e s , más, por sus recursos, ^ de las Bellas Artes y expresa su contenido por me-
d i o de l a
es sin duda l a más humana. Múltiples son los f i n e s que pe! P a l a b r a 5 t i e n e P o r ob-1eto v o l v e r a c r e a r e l mun"
do l n t i m o del hombre y l a r e a l i d a d
sigue l a l i t e r a t u r a ; d i v i e r t e y enseña, analiza, c r í t i c a e | objetiva que lo antecede.
i n t e r p r e t a los hechos r e a l e s e imaginarios; enardece y subí: HERCIJLANO TORRES
miza, deprime o eleva, inventa y recuerda, pero lo esencial Es la más b e l l a y profunda expresión del alma de un pueblo.
es que e s t e a r t e , unido con l a música y la danza, nos presa CARLOS GONZALEZ PEÑA
ta a los hombres do todos los pueblos, de todos los s i g l o s j La L i t e r a t u r a como expresión del hombre podríamos d e f i n i r
de todas las razas, hermanados, tomados de la mano, logrand l a c o m o sigue: Es la maní testación humana a través de la
lo imposible; acercar al hombre a ese ser tan desconocido ••! palabra, con e l propósito de crear b e l l e z a y proporcionar
que es e l hombre mismo. un mensaje.

Con e l objeto de que formes tu propio c r i t e r i o respect


. - FINALIDAD DE LA LITERATURA.
a la definición de lo que es la l i t e r a t u r a , a continuación
mencionamos la definición de l i t e r a t u r a que expresan alguno La f i n a l i d a d o función de la l i t e r a t u r a depende de la -
autores: i t i l i z a c i ó n que se le dé a l a obra l i t e r a r i a , pues é s t a pue-
- La l i t e r a t u r a es la manifestación de l a belleza por medio e ser con e l objeto de obtener un conocimiento o bien de ob
de la palabra. MA. El MEE AJ.VARFZ ener un rato de solaz esparcimiento.
- Es una de las Bellas Artes que expresa su contenido por mj También la Literatura nos lleva al universo del pasado,
dio de la palabra y que t iene por objeto volver a crear dándonos un panorama de las culturas v i s t a s a través de la -
mundo intimo del hombre y la realidad que la circunda. jxpresión e s c r i t a , donde m i l l a r e s y millares de seres t r a t a -
MOISES JIMENEZ ALARCON ron ¿ e depositar algo del "yo" o de captar esencias de l a vi.
da de sus semejantes; escuela de sentimiento que se depu
a f i n a al pasar por las cuerdas sonoras de otras sensibil Para Arturo Sonto, las t e o r í a s más importantes son las
des que hacen vibrar un instante nuestra alma con sensac siguientes: La Teoría Costumbrista, La Teoría H i s t o i i c i s r a ,
nes desconocidas, p a i s a j e s extraños; comprensión, de las i ,a Teoría P o s i t i v i s t a , La Teoría Marxista y la Teoría Socio-
r i a s y debilidades humanas, simpatía por los que sufren lógica I n t e g r a l .
tusiasmo por los que t r i u n f a n , la poesía educa la sensib a.-- La Teoría Costumbrista es la más antigua. Los primeros
dad y a f i n a el gusto; l a novela hace emigrar a otros paí c r í t i c o s o comentaristas señalaron una realidad evidente:
penetra en otros ;corazones, sondea otras conciencias. L que l a obra l i t e r a r i a r e f l e j a en gran parte las costum-
oratoria vibra y mueve l a voluntad; la h i s t o r i a enseña a bres, los ideales y los valores del pueblo en que se pro
maestra de la vida; l a f i l o s o f í a penetra en los misterio ducen. El e s c r i t o r (dice Souto), es e l espejo en e l que
cónditos del. s e r . se r e f l e j a su pueblo y su época, es d e c i r , l a sociedad a
la que pertenece.
3.- LITERATURA Y SOCIEDAD. b . - La Teoría H i s t o r i c i s t a r e f l e j a no sólo l a voluntad del
autor, sino también el clima temporal en qiie se envuel-
l a L i t e r a t u r a no puede Sustraerse a su universo que
vo. Un gobernante o una época marca un está lo en La es
l a sociedad en la cual se r e a l i z a con toda su p l e n i t u d ,
c r i t u r a , éstos por obediencia, d i s c i p l i n a o conveniencia
no olvidemos que su función de comunicadora entre las di.
escriben sobre una línea trazada. También es común en-
t a s culturas,; tanto del presente como del pasado, son inj

contrar que un hecho h i s t ó r i c o viene a crear una corrien
tantísimas.
t e , en México, por ejemplo, se habla de l a novela de l a
La obra l i t e r a r i a no puede desligarse del hecho soc Revolución.
ya que éste es un medidor de la época, es además, un t e s c.- La Teoría P o s i t i v i s t a , tiende a ser más c i e n t í f i c a . La
nio f i e l d e - l a cultura de un pueblo y de la época en que obra se considera, según Taine, en función de la raza, -
produce. e l medio y e l momento. Esto es: la raza, el grupo é t n i -
La obra l i t e r a r i a es e s c r i t a para un público que es co a que pertenece ni e s c r i t o r ; la sangre, las tenden-
encargado de dar universalidad a dicha obra, por lo tant cias que lo empujaron a p r e f e r i r un tema sobre o t r o . El
no podemos considerar en forma aislada a la sociedad y a medio, lo determina e l clima, e l ambiente geográfico que
l i t e r a t u r a , existen algunas t e o r í a s que exprosa'nel fenó lo condiciona y por ultimo el momento. Este es el tiem-
l i t e r a r i o en función de l a sociedad. po h i s t ó r i c o en que vive el a r t i s t a y que siempre i n f l u -
ye en é l .
eh.- La Teoría Marxista, explica la obra como una supere st;
t u r a . El e s c r i t o r p a r t i c i p a de la ideología de las c UNIDAD 2
ses dominantes, o por e l c o n t r a r i o , se opone a e l l a s . EJERCICIOS DE EVALUACION
De una u otra manera p a r t i c i p a en la lucha de clases.
El carácter de la l i t e r a t u r a de un determinado period
INSTRUCCIONES: Escribe en e l p a r é n t e s i s e l número que
e s t a r á dado según l a t e o r í a m a t e r i a l i s t a , por las est corresponda a l a cuestión.
t u r a s s o c i a l e s , l a s relaciones con los medios de prod
1.- Alfonso Reyes ( ) La l i t e r a t u r a es la mani-
ción, en último término, por la economía. La Literat festación de la belleza -
según explican los t e ó r i c o s , es un proceso dialéctico por medio de la palabra.
es una reflexión de los c o n f l i c t o s s o c i a l e s , 2.- Moisés Jiménez ( ) Es la expiesión más com-
Alarcón p l e t a del hombre. Es l a
d . - La Teoría Sociológica I n t e g r a l , engloba las hipótesis manifestación más c l a r a y
t e r i o r e s . Edstudia l a s generaciones a que pertenecer tangible de l a presencia-
del hombre en e s t e mundo.
los e s c r i t o r e s , e l origen social de los géneros, e l ra
cado l i t e r a r i o , e t c . 3.- Homero Fernando ( ) Actividad e s t é t i c a que se
Villarreal manifiesta a t r a v é s de un
espejo verbal, oral o es
crita.

4.- Carlos González. ( ) Es una de las Bellas Ar-


Peña t e s que expresa su conte-
nido por medio de l a pala
bra y que tiene por obje-
t o volver a crear el mun-
do íntimo del hombre y la
realidad que le circunda.

5.- Ma. Edmee Al vare z ( ) Es l a manifestación huma-


na a través de la palabra,
con e l propósito de crear
b e l l e z a y proporcionar un
mensaje.

6 . - Ricardo Escobedo ( ) Es la más b e l l a y profun-


da expresión del alma de
un pueblo.
7.- Autor de este l i b r o . ( ) Es toda manifestación men INSTRUCCIONES: Completa las siguientes cuestiones.
t a l por medio del lengua- ¿Qué obra l i t e r a r i a r e f l e j a en gran parte las eos
je. tunibres, les ideales y los valores del pueblo en que
Contesta correctamente las siguientes cuestiones. se producen, según l a Teoría?

R e f l e j a no solo la voluntad del autor, sino también


¿De qué vocablo proviene l a palabra L i t e r a t u r a y que e l clima temporal en que se envuelve. Un gobernante
significa? o una época marca un e s t i l o en la e s c r i t u r a , éstos -
por obediencia, d i s c i p l i n a o conveniencia escriben -
sobre una línea trazada, según la Teoría:

¿De qué depende l a f i n a l i d a d o función de l a Litera- Tiende a ser más c i e n t í f i c a . La obra se consideraj
tura? según Taine, en función de laraza, e l medio y e l mo-
mento, es l a Teoría:

Explica la obra como una superestructura. El e s c r i -


¿Qué finalidad puede tener una obra L i t e r a r i a ? t o r p a r t i c i p a de la ideología de las clases dominan-
t e s , o por el c o n t r a r i o , se opone a e l l a s , p a r t i c i p a
en la ludia de c l a s e s , según la Teoría:

¿Qué función importantísima tiene la L i t e r a t u r a e n - Estudia las generaciones a que pertenecen ios e s c r i -
t r e las d i s t i n t a s culturas? t o r e s , e l origen social de los géneros, el mercado -
l i t e r a r i o , e t c . , es la Teoría:

¿Porqué la obra l i t e r a r i a no puede desligarse del h e l


cho- social?

¿Cuáles son las Teorías que expresan el fenómeno li-


t e r a r i o en función de la Sociedad, según Arturo Sou- I
to?
UNIDAD 3
1.- LOS GENEROS LITERARIOS
LOS GENEROS LITERARIOS Los grupos de obras l i t e r a r i a s que poseen c a r a c t e r í s t i -
cas comunes, de acuerdo con un mismo punto de v i s t a , se l i a -
man géneros.

Desde l a antigüedad, l a s obras l i t e r a r i a s han sido c l a s i


OBJETiyO PARTI OLJLAR :
ficadas por géneros, pues fueron los griegos quienes las agru
Tiempo : 11 Frecuencias paron en género épico, l í r i c o y dramático. Más tarde se ha-
Al término de l a Unidad, e l alumno : bla de*'otro género, e l d i d á c t i c o , qué, aunado a l a intención
estétic
Conocerá las c a r a c t e r í s t i c a s de los géneros l i t e r a - a , se propone t r a n s m i t i r un conocimiento
r i o s (lo épico, lo l í r i c o y lo dramático). Actualmente, las obras l i t e r a r i a s pueden s i t u a r s e dentro
de uno o varios géneros, pues a l analizar su fondo y su forma
nos encontramos que sus c a r a c t e r í s t i c a s las agrupan en varios
OBJETIVOS ESPECIFICOS géneros.

La
3 . 1 . - I d e n t i f i c a r á los géneros y subgéneros l i t e r a - . l i t e r a t u r a moderna continúa con l a antigua c l a s i f i c a -
cián de los
rlos. • géneros y los e s t u d i a como son, épico, l í r i c o y -
3 . 2 . - Determinará las c a r a c t e r í s t i c a s de los géneros dramático.
literarios.
3 . 3 . - I d e n t i f i c a r á los fragmentos de obras l i t e r a - 2.- EL GENERO EPICO
r i a s : lo épico, lo l í r i c o y lo dramático, en - A e s t e género pertenecen las obras l i t e r a r i a s cuya f i n a -
las obras c l á s i c a s . lidad es únicamente la de n a r r a r , contar o r e l a t a r algún suce
so, e l autor desempeña e l papel de t e s t i g o u observador. Tam
bién se le llama objetivo, pues e l poeta narra hechos e x t e r i o
res, ajenos a su e s p í r i t u y temas como en los poemas f i l o s ó f i
eos, su nombre viene del griego epos, que s i g n i f i c a narración
relato.
Son considerados subgéneros del género épico: Los Canta
res de Gesta, La Epopeya, La Leyenda, El Cuento, La Novela, -
La Fábula, El Romance, La Balada, e t c . . cado según e l tema que t r a t e , en novelas de aventuras,psi
a . - Los Cantares de Gesta: cológicas, picarescas, p o l i c i a c a s , sociológicas, e t c .
Son poemas donde se narran l a s hazañas de guerreros y cau e . - La Fábula:
d i l l o s que generalmente se conservan por tradición oral y Es una composición de cortas dimensiones, en que se desa
son de origen popular, ejemplos: El Cantar de Fernán Gon- r r o l l a una acción de c a r á c t e r alegórico, con e l f i n de im
zález, Los Siete Infantes de Lara, e t c . p a r t i r una enseñanza.
b . - Epopeya: f . - El Romance:
Es un poema de gran extensión, que r e l a t a hechos heroicos Este se deriva de los Cantares de Cesta, en e l que se pre
de personajes reales o imaginarios y puede ser culta o po senta ana c i e r t a i n f l u e n c i a l í r i c a , de e s t r u c t u r a españo-
p u l a r , ejemplos: La I l i a d a , La Odisea, La Eneida, El Rama l a , es un fragmento épico que tiene por misión relatar he
y ana, El Mahabaratha, e t c . . chos heroicos o legendarios y es.de breve extensión.
c.~ La Leyenda: g.- La Balada:
Es una conposición breve, en verso o en prosa, que r e l a t ; Es un r e l a t o épico de los pueblos germanos.
un hecho imaginario pero cuyas raíces son reales e histó-
Con el objeto de que i d e n t i f i q u e s al género épico, a con
r i c a s , puede ser popular, generalmente es anónima,
tinuación se incluyen las 24 Rapsodias de la Iliada y e l Can
ch.- El Cuento:
t o Primero de la obra e s c r i t a por Homero, uno de los grandes
Es una composición en prosa, de trama s e n c i l l o y pocos
poetas épicos de l a Antigua Grecia.
personajes, e l hecho que. se relata puede ser r e a l o imagj
nario.
d.~ La Novela:
Es una narración en prosa, de mayor extensión que e l cuer
t o , su trama es compleja ya que pita) t e a situaciones con;
f l i c t i v a s , numerosos personajes de caracteres diversos y
los hechos que se relatan son reales o f a n t á s t i c o s .
La Novela es e l subgénero l i t e r a r i o que más difiísión ha
tenido en las últimas décadas, por lo cual se ha c l a s i f i -
Rapsodia I.—La peste, la querella y la causado a su hijo tenga por inr _ . Ayax; al anciano Néstor, el veterano da la
indignación de Aquiles. Al comenzar la desquite una d e r r o t a de los aqueos; uivdualo «nflular entre el y Menelao, que. llíada, siembre buen consejero, y algo
e p o p e y a los griegos se hallan en plenas motivo que, s u m a d o a los ya desentolda entre ellos dos la suerte de le muralla gárrulo como todos Ips.vjejps cuando insiste
operaciones guerreras, algo fatigados tras a retardar la caída de Troya. fe po*itón de Helena y sus nquezas. c) En en recordar las hazaRas de su Juventud;
t a n t o s años d e asedió inútil, nostálgicos de ,nto suspendido el combate, de lo alto de
quiere reprender a Odiseo, que no se apresu-
su tierra y, para colmo, diezmados por las Rapsodia II —El sueño, la prus murallas troyanas Helena nombra, a raba por no haber oído la orden de disponer-
enfermedades. El " d e r r o t i s m o " c u n d e sub- catálogo de las naves y la enumerar »amo y describe los j e f a » a q ^ ^ W W se a la lucha. Odiseo rechaza ia reprensión, y
repticiamente por las filas aqueas. las fuerzas de los teucros y sus aliad «a HanUra {"xtoscop.a ) dI * i a mo es Agamemnón se disculpa. Quiere igualmente,
acción del poema, desde esta remado para celebrar con los« en su impaciencia, reprender al bravo Dio-
D u r a n t e sus primeras correrías por las hasta la X, no obedece a un plan muyacto y juramento del duelo s m e d e s y a Estáñelo. Aquél calla disciplina-
escalas del viaje y los alrededores de Troya, aun ofrece algunas c o n t r a d i c c i o V e> riamente, pero Esténelo rechaza c o m o
han t e n i d o q u e proveerse de alimentos, y los continuación natura, del primer c a í ™ , pero este es ^ ^ ^ ^ ^ ^ injusta las palabras del Rey de Reyes.
jefes, de concubinas. Agamemnón se apo- se reanuda en el anceno, a) El s u e f d . o s a . Afrodita y d e p w t a d o en e l t e c h o d e
d e r ó en Crisa d e Criseida, hija de Crises, envía a Agamemnón un sueño e f « « - S o b r e v . e n e n r e c n m n a c o n e s e n t r e Rapsodia V . - Hazañas de Diomedes.
sacerdote de /^polo. En la t o m a de Lirneso . , , - ^ mbos v Helena cede a la fuerza, TJ Aga-
prometiendole la cercana v . c t o n a p ^ Y Mene|ao ha tr¡unfado y En la llíada hay fragmentos consagrados a
(Bresa, Lesbos), otra escaramuza del camino, m e m n o n quiere probar a sus h £ ™ o n o ^ ^ de Heiena y sus las hazañas individuales de éste o de aquel
Aquiles se adueña de Briseida. ,ue y
dándose por perdido y e x h o r t a n d o a ° . _ _ _ . ¡ „ j Q m ; r , ; v a r i r i n p « dp héroe.
. . . , ¡nuezas* 3 V el pago d e ¡ndeminuaciones ae
abandonar la guerra, para luego, uvi"®" erra
» r a s o d ,..a e„s
La m
nara
De p r o n t o se declara una peste en el vuelen oatético enardecerlos
vuelco patético, enardecerlos ele d e - P ' P o
caracteres de los personajes r t a n t e para Estos apogeos heroicos se llaman "prin-
c a m p a m e n t o aqueo. El adivino Calcas animándolos a continuar. Odiseo d # f , . ' . u,|pna v la cipa! ías" o "aristías". La aristía d e Diome-
explica q u e Apolo castiga así a los aqueos, . . , -Héctor, Parts, Menelao y helena—, y ia
los aqueos c u a n d o ya están deveras,< y ' . ,, . • • A a , n 0 i t r i h p la« des domina t o d a esta rapsodia y la primer
por haber ultrajado A g a m e m n ó n a Crises, de darse por vencidos y embarcar dfticos<ttP.a' o inspeocion d e l o a l t o d e ,as mitad de la siguiente. (La de Agamemnón
sacerdote apolíneo, robándole a su hija y r u m b o a Grecia. Nueva a s a m b l i ^ a M a j posee singular e n c a n t o h a « M « r ocupa ia rapsodia XI; la de Ayax, la X I I I ;
negándose a devolvérsela. Arrepentido Aga- , , . iiue Helena es admirada y respetada a pesar
levantar los ánimos. Odiseo castiga al | U e n . J . . . .. la de Menelao, la XVII.) Atenea i n f u n d e
m e m n ó n , manda q u e Criseida sea devuelta a . ,, . , . , : t o d o v hace ver a benevolencia y com-
tista Tersites, única voz popular q y f e . \ , ánimos a Diomedes, le concede el d o n d e
su padre, a instancias de Aquiles; pero para . ii' j * . i j ijrensón del anciano v/ Pr amo. Con todo, se reconocer a los dioses q u e andan mezclados
en la lliada contra los abusos d e t<f» e n s , u " ,
compensarse, despoja a Aquiles de su esclava >o í ^ .. . ^ nrecia o u e He ena no es mas q u e u n a con los hombros en el c a m p o d e batalla, y lo
c) Sea un f r a g m e n t o del texto a r c a i o P \ e c , d . . . a n . " t r a t a Hp
Briseida. Aquiles, iracundo por el a t e n t a d o interpolación posterior, a q u í apar^iestuosa esetara caída en .a trata de alienta para que c o m b a t a contra ellos.
c o n t r a su h o n o r m á s q u e llevado de celos catálogo de las fuerzas aqueas y t r > l a n c a s de los Olímpicos. Diomedes retrocede ante Apolo, pero hiere
amorosos —aunque el amor no está ausente d o c u m e n t o en t o d o caso muy viejo „ .. ... „¡«loH« la y expulsa del c a m p o a Afrodita y al propio
en sus sentimientos— acusa a A g a m e m n ó n .. , . ... RaDSodia IV.— El p a c t o violado, ia Ares. Además de otras proezas, da muerte al
nos ilustra sobre la geografía politic; , . __ Z • v, _ r i ^ , ü r „ c
a n t e la asamblea d e guerreros con una furia - . . . ev sta militar de Agamemnón. y primeros flechero Pándaro, el que violó ei pasto, y
tiempos micenicos, base de largos £ e v 5 l d m , " l f ; . « . .o . ,ftr.
q u e es el primer t e m a y el tema f u n d a m e n t a l ^ y. „ ,. . , incidentes bélicos, a) A instancias de vHera, hiere a Eneas. Entre los incidentes secunda-
estudios. Se dice q u e aquí se han cm"' 1 ", 1 , ' ,
y s u b y a c e n t e d e t o d a la epopeya (altercado ... . . , . . »mDeñada en a completa ruina d e Ilion rios, descuella el e n c u e n t r o del Heraclida
adiciones intencionadas para halagar r ' , ^ ' „ tn
o néikos). Se declara arrepentido de haber , , , , .• • i os dioses tienen sed ), y para que ia Tlepólemo, n i e t o d e Zeus, c o n Sarpedón,
ocales o q u e revelan las ambiciones cumplimiento del
c o o p e r a d o c o n sus mirmidones al sitio de 1 hijo de Zeus; y además, la intervención d e
T r o y a , se niega a seguir c o m b a t i e n d o y se ' P°r de s
^ r e C o y la derrota virtual de Paris, Zeus Hera y Atenea por [os aqueos, así c o m o
recluye e n sus barracas, al e x t r e m o del na. La presencia de pueblos asiaticcr 8 n c a 7 . lW ,„is„ llá , i a c itM«-¡nn
los aliados d e Troya da a. c o n f l i ^ a Atenea q u e c o m p h q u e !a s tuac.on Apolo, Afrodita y Ares hart intervenido por
c a m p a m e n t o . Huelga de armas caídas entre ' . w . con algún desmán del Dando troya no. los troyanos.
los guerreros mirmidones, q u e pasan los días carácter intercontinental. Ya el v . e j g ¿ « aconsejado por Atenea disfra-
e n t r e t e n i é n d o s e c o m o pueden. Las conse- n a d o r Herodoto considera la Guer d e ' guerrero; híeré a Menetadb d e urí
y Rapsodia V I - Adioses d e Héctor y
cuencias son de d o s órdenes: las humanas y las yana c o m o u n o de t a n t o s hitos en l ; f | e c h b ) Agamemnón, indignado ante
divinas. Las h u m a n a s : los troyanos, envalen- lucha del Occ,dente c o n t r a el < traicjón< recQrre a p j e ,as f¡las d i s p o n . Andrómaca. a) Esta rapsodia c o n t i n ú a la
t o n a d o s por ia ausencia de Aquiles. y sus simbolizada en una cadena d e r a p i n i é n d o s e ej ya inevitable combate. descripción de las hazañas de Diomedes,
tropas, se atreven a salir de su ciudadela y Europa, Medea, Helena) y q u e a! cabc c ) L o < ; p r i m e r o s i n c i d e n t e s bélicos cubren el desde el instante en que, con la expulsión
ponen a ios aqueos en trance difícil. Las en las guerras persas. campQ de cadáveres. Los h o m b r e s caen d e Ares, los combatientes q u e d a n entrega-
consecuencias son el reflejo en el Olimpo , atravesados por lanza o flecha, a bien sega- dos a sus propias fuerzas, b) Las damas
t
de la disensión de los caudillos. También los Rapsodia III.—Desaf io d e P a n s , d o s , a d a g a » y ) a oscuridad envuelve sus troyar.as piden el favor de Atenea, c) Her-
dioses se han dividido A su vez, celebran en las murallas, el pacto, el duelo < o j o s „ L a m u e r t e Q s a n t e t o d o una privación m o s o e n c u e n t r o entre Glauco y Diomedes
una asamblea, reflejo a lo divino de la Paros y Helena, intimación de ¡ o s . d e , a l u 2 { ) ' s ¡ c a . Los muertos, c o m o las que en m e d i o del c o m b a t e , y en n o m b r e de
asamblea terrestre. La diosa Tetis, m a d r e a) Paris, armado hasta los d i e n t e . « a v e s t r u c e s > s e hacen invisibles por c u a n t o la amistad q u e u n i ó a sus padres, suspenden
de Aquiles, invocada por éste entre gemidos teatralmente en el c a m p o de batalla ( h a n d e j a d o d e ver. d) Adviértanse los la lucha y cambian sus armas c o m o una
y lágrimas, obtiene de Zeus q u e el agravio de reto. Retrocede al ver acercarse ¡ i n c ¡ d e n t e s d e la revista militar: Agamemnón prueba de cordialidad, d) Héctoi vuelve por
lao. b) Reprendido por Héctor, Paris e n c o m ¡ 8 a Idomeneo, jefe cretense; a los dos unas horas a la ciudad, d o n d e su m a d r e y las
los detiene la llegada d e la noche. Zeus apjodia X . - La Dolonía. Excurso hazañas: D e í f o b o , Eneas, Antíloco. Menelao.
d a m a s t r o y a n a s imploran a Atenea, e) Héc-
tor encuentra a A n d r ó m a c a en las murallas. ca a los dioses sus planes: Héctor si lintoresco: durante la noche - y como si
t r i u n f a n d o hasta q u e , m u e r t o Pati tora ai peso patético del poema Rapsodia X I V . - Ardid de Hera. Aga-
Se despiden: u n a d e las más conmovedoras
Aquiles, para vengarlo, resuelva voli jmpensar el fracaso de la embajada con m e m n ó n , atemorizado, plantea del desistí
escenas d e la epopeya. El sabe q u e morirá.
combate. E n t r e t a n t o , los t r o y a n o s ti iguna proeza- Odiseo y Diomedes recono- miento del sitio y, c o m o d e costumbre, lo
Ella lo llora por m u e r t o . Su hijo Astianax, a
algún respiro, encienden fogatas y lumii el campamento enemigo, habiéndose rebate Diomedes. Hera, divina h e m b r a de
quien p r o n t o los a q u e o s arrojarán de lo alto
nocturnas por precaución, desuncen] lerado de Dolón, espía t r o y a n o , y los sacres cóleras y caprichosos arrebatos, resuel-
d e los muros, se asusta y llora ante los
carros, ofrecen sacrificios. Algunos don los solos dan m u e r t e a una docena de jefes ve amparar a los aqueos. Ungida y perfuma-
arreos militares d e Héctor. Escena d e risas y
j u n t o al fuego. Destellan las aguas junt lemigos, sorprendiéndolos en pleno sueño, d a , ataviada con sus mejores lujos, ceñida
lágrimas entremezcladas, f) Héctor y Paris
Escamandro. í como a Reso y a sus tracios, y se apode- c o n ese f a m o s o e irresistible cinturón de
vuelven al C o m b a t e .
m de unos caballos. Afrodita, seduce a Zeus. Este, o f u s c o,
Rapsodia I X . - E m b a j a d a a Aq incurre entonces en ese error de masculina
Rapsodia VII.— C o m b a t e entre Héctor jactancia q u e los helenistas llaman 'k¡
y Ayax*. a) Llega a su ocaso el largo d í a Agamemnón decide, ante el mal curso Rapsodia XI.— La gran batalla, tercera
lleva la guerra, o b t e n e r a t o d a cost^ la r iue presenciamos en la llíada, va a prolon- incidente d e Leporelio" (alusión al criado le
de c o m b a t e q u e c o m e n z ó en la rapsodia II, " D o n Giovanni" en Mozart y de " D o n J u a n '
con el d u e l o singular entre Héctor, jefe ciliación con Aquiles y el r e t o r n o d e ést rse hasta la rapsodia XIV. A q u í se reanuda
guerra. Le envía entonces una presb hilo interrumpido al acabar la rapsodia I, en El libertino de Shadwell) y, para declamar
t r o y a n o y A y a x , rey de Salamina. La llíada su amor a la diosa, la compara y pone pnr
es una serie d e t o r n e o s individuales en q u e se embajada de autoridad. La embajada o los críticos creen reconocer a q u í e! primi-
a Aquiles valiosos presentes, y aun la d vo estrato del p o e m a . Es la aristía de encima de t o d a s las hembras que antes ¡a
complace un auditorio e x p e r t o en los lances seducido. Día - l a que después será esposa de
de armas. A m b o s c o n t r i n c a n t e s pelean deno- ción de Briseida. La negativa de Aquí igamemnón q u e , habiendo sido herido,
una manifestación de hybris o de Ixión; Dánae, madre de perseo; Europ ¡a
d a d a m e n t e sin poder tocarse, a u n q u e Ayax ene que retirarse. Odiseo pelea denodada-
pecado capital entre los helenos. A ente, y Ay3X y Menelao lo salvan de un hija de Fénix, Semele, madre de Dionisio,
d o m i n a . Los heraldos detienen el c o m b a t e Alcmena, madre de Héracles; Latona, madre
ante la llegada d e la noche "quie quiere ser c o m o ya sabemos está c o n d e n a d o , a jrco de enemigos. T o d o s van q u e d a n d o
p r o n t a muerte. Ya, invisible, la conde icridos y se alejan u n o tras o t r o . El último, de Artemis y Apolo . . . Al fin Zeus se ador-
respetada". A m b o s héroes se cambian pre- mece en brazos de Hera (Dios apátee, el
sentes y se elogian caballerescamente al sus- cierne sobre el guerrero, c o m o él mis .yax, se d e f i e n d e palmo a palmo. La acción

1
reconoce y declara. Sin esta rapsodia, élica ha llegado a q u í a su apogeo. Aquiles despego de Dios) y ella hace que el maríti-
pender el c o m b a t e , b) A la mañana siguiente, m o Posidón ayudo entre t a n t o a los
aqueos y t r o y a n o s pactan una tregua para de amenidad, Aquiles, a u n q u e prota vía a su arrtioo V teniente Paire :n :>ara
de la epopeya, hubiera q u e d a d o fue que. al fin 1 echaban a ios troyanos. i
incinerar a sus muertos, y los aqueos levan- if nuevas del herido Macaón en la : enda
escena entre las rapsodias I y XVI, salvo le Néstor, quien le aconseja que, puesto q u e herido de una pedrada por Ayax, retrocede
tan un m u r o d e protección para sus naves. d e mala gana. ¿Por qué ha sido necesr-no
Los t r o y a n o s , en t a n t o , resuelven devolver las rápida aparición en la X. a) En una asa .quiles se niega a combatir, permita q u e
n o c t u r n a , Diomedes, q u e se ha dejad 'atroclo salga con los mirmidones al campo, adormecer a Zeus para lograr alguna ven: ja
riquezas de Helena, pero no a Helena, lo q u e de los aqueos? Porque Zeus, en la rapsoM I,
rechazan los aqueos. Estos reciben provisio- prender en silencio a la hora d e la r .•vistiendo los arreos de Aquiles para atemo-
militar, a u n q u e la reprensión era injust rar a los enemigos. De regreso a sus barra- ha o f r e c i d o a Tetis, para vengar a Aquiles,
nes d e Lemnos. Al parecer un d ía pasa en la hijo de Nereida, agraviado por A g a m e m n ó n ,
incineración de los muertos, y o t r o en le\Aün- de su d e r e c h o y reprende a Agame las. Patroclo se detiende a atender a Eurípilo,
por su actitud " d e r r o t i s t a " . Néstor se permitir los progresos de las fuerzas troyanas
tar el m u r o aqueo. >tro combatiente maltrecho.
ne para n o censurar a Agamemnón y se a fin de que mejor se sienta la falta q u e 1 <>
ta a pedir ciertas precauciones, b) Du Aquiles entie los aqueos. Y esta promes
Rapsodia V I H . - Batalla interrumpida. la cena d e los capitanes, por consejo de Rapsodia X I I . - Lucha junt< al muro, Zeus, q u e simplemente retarda el inevitable
En la rapsodia I, Zeus ha ofrecido a Tetis tor, Agamemnón accede a intentar 41 .os troyanos logran replegar a los aqueos, d e r r u m b e final de Troya decretado por el
vengar el agravio infligido a Aquilas por conciliación con Aquiles. c) La emb |ún la promesa de Zeus a Tetos ai comien- destino, aún no cesa en sus efectos.
A g a m e m n ó n , p e r m i t i e n d o algún progreso de de Agamemnón (Ayax y Odiseo al maní d o poema. Los aqueos se encierran tras
las fuerzas troyanas. A este fin, engaña a Fénix - a n t i g u o ayo d e A q u i l e s - y los muro q u e han levantado en la rapsodia
Rapsodia X V . - Ofensiva hacia las na
A g a m e m n ó n con falsas esperanzas en la dos Euríbates y Odios), en vano pr II. Los troyanos, en cinco poderosas co-
Desde este canto hasta el XIX se desenvuel-
rapsodia II. Después, permite q u e los dioses reconciliar a Aquiles, ofreciéndole presi imnas, llega hasta el m u r o , y son d u e ñ o s
ven los episodios en t o m o a Patrock
mantengan la victoria indecisa, auxiliando la devolución de Briseida intacta, siete ci ti campo ( " T i c o m a q u i a " ) .
a sus respectivos favoritos. En esta VIII segundo de Aquiles, a "La Petroclea"
des, la m a n o d e una de las hijas de Ag
rapsodia Zeus aparece ya resuelto a obrar en Rapsodia XIII.— Lucha j u n t o a las naves, suerte estaba indecisa. Pero Zeus despieita
m n ó n , etc. Los discursos q u e enton
persona, prohibe las intromisiones divinas, se empellón de los t r o y a n o s repliega a los de su sueño. Enfurecido, ordena a Pos i n
cambian poseen singular interés: ejer
instala en el Monte Ida a vigilar los combates queos hasta la misma playa, d o n d e ias naves que se retire del c a m p o y manda a ApoU- n
de persuación oratoria en varios estilos,
por sí mismos, a h u y e n t a c o n sus rayos a los >n su última línea defensiva. Alentados por ayuda de los troyanos. Héctor —ya re.-.:
embajada regresa, despechada. Diomed
aqueos, detiene la triunfal carrera de Diome- [osidón en disfraz humano, los aqueos, en rado ataca con redoblado denuedo a ' s
indigna ante la actitud reacia de Aq
des y d e Teucro, impide la intervención de contra ataque desesperado, logran detener aqueos. En t a n t o , Ayax defiende bravame r ;
La discolería de Aquiles cambia el peso
Hera y Atenea, permite q u e Héctor rechace a sus perseguidores. El cretense Idomeneo y las naves y salta de una en otra como el
Nemesis: los platillos de la balanza, anti
los aqueos y los ehcuerre en su fortaleza. L os 4
Yax Talamonio, es una verdadera aristía acróbata de u n o en otro caballo. Patro. o,
contra d e A g a m e m n ó n , m u d a n de po
t r o y a n o s se sientes sostenidos por Zeus, pero apogeo hazañoso, atajan a Héctor. Otras que salió al c a m p o para recoger noticias en la
rapsodia XI, vuelve a la tienda de Aquiles griegas, a través de los iconos o pintur
fingidas de los Filóstratos, proporcionar lementos. mismos participan en la lucha. El sado por el cuello, y como aún puede
dispuesto a convencerlo de que abandone ío Escamandro o Janto, ayudado por el hablar, en vano le ruega que devuelva su ca-
u n o de los elementos que contribuyan
su "aislacionismo". ¡mois, se hincha y desborda para estorbar dáver a los suyos para recibir las honras
nacimiento de la novela. Los restos
Patroclo vuelven a manos de Aquiles. ¡I paso de Aquiles "y permitir la huida de fúnebres insispensables a su eterno descanso.
Rapsodia X V I . - Muerte de Patroclo. ilgunos troyanos. Pero el fuego de Hefesto "No hay tratos con un león —le dice el enfu-
Patroclo obtiene permiso de Aquiles para
Rapsodia XIX
nopswuio «•**• - "Catástrofe" o vuele K.ae
OC entonces
t m u n u » . sobre
• el río yf hace — - hervir
—. - . •y eva- recido Aquiles—. Tú y yo no tenemos ni el
concurrir al combate con algunos de sus derecho de amarnos." Después, arrastra en
hombres, usando, además, la armadura del de pasiones. Poseído de la sed de venganzaL orar | a s aguas. La lucha de los elementos
Aquiles acepta el reconciliarse con Agamen . o m p r o m e t e nuevamente a los dioses, que su carro el cadáver de Héctor, mientras en
propio Aquiles, con lo que se espantan los Troya se alzan los lamentos desesperados.
'royanos suponiendo que es el propio jefe nón, Briseida vuelve a la tienda de Aquilejptra v e 2 bajan a probar sus armas, b) Teo
i i .1 í D /-V A n i l l o • !_...£. — l_ . . I~
de los mirmidones. Los troyanos han comen- y llora sobre el cadáver deA Patroclo. Aquile njaquia, ópera bufa, combate entre los
J
ICVISIC
reviste su nueva armadura, m . — • sube al - carn igiUSC»,
dioses, de marcado• • V.UVJV/ sabor
JUUUI cómico,
w i n i w , parangón
K' ' u' 'y v. Rapsodia XXIII.— Funerales de Patroclo.
zado a incendiar las naves aqueas, cuando
y habla a sus caballos divinos, Janto y Bali¿e| p a s a j e sobre "los amores de Ares y Afro Aquiles celebra estos funerales con sacrifi-
Patroclo logra limpiar el campo y libertar la ,. -t- i • 11 . v r~ i „„i^rt»^ ir^A n # i . _ i_ a j : . « . a :l a „,,
(Bayo y Tordillo). El primero, dotado ¡ta" en la Odisea. Atenea derriba a Ares cios de doce animales y doce prisioneros
zona ocupada por los suyos; pero se aleja
iinstante
n j i a i u t de habla por' especial ----- merced t le una t'—• pedrada. Y cuando •Afrodita, sintién- troyanos (único caso de sacrificio humano
demasiado, y aunque da muerte a Sarpedón,
Hera, culpa a Apolo del robo de las anteric | 0 s e guerrera (lo que por lo demás corres- en la llíada), para que sirvan de cortejo a
Apolo, invisible, lo aturde de un golpe en la
res armas de Aquiles, que Patroclo ilevab , o n de a cierta tradición muy vetista y ya Patroclo, y entrega su cabellera a la pira de
espalda, Euforbo lo hiere y Héctor logra
consigo y han parado en manos de Héctoi )0rrosa en la Miada) va a protegerse a Ares, su amigo. Organiza además unos verdaderos
darle muerte. El combate en torno al cuerpo
y añade: "Por hoy, te salvaremos, pen atenea le aplica un formidable golpe en el concursos atléticos con carreras a pie y en
de Sarpedón anuncia el q u e ha de librarse
sábete que los dioses apresuran ya el día d jlexo solar y la deja desfallecida. Entretan- carro, combate de guantelete, concursos de
poco después en t o r n o al cuerpo de Patroclo.
tu muerte." Nótese: a) Que ya Tetis ha pr¡ 0 , la madre Hera tira de las orejas a Artemis, arco y jabalina, modelo para los futuros
venido a su hijo Aquiles de que, volver Posidón y Apolo se contentan con lanzar- Juegos Olímpicos. Estas celebraciones han
Rapsodia X V I ! . - Aristía de Menelao. sido reclamadas a Aquiies por el espectro de
combate, significaría su muerte; b) qu¡ denuestros. Tras el majestuoso descenso
En torno al cuerpo de Patroclo, sobreviene Patroclo, que se le aparece en sueños para
aunque Aquiles está ansioso por volver le los dioses a la tierra en la rapsodia XX,
una furiosa pelea, en que Héctor choca pedirle que le rinda tributos debidos: único
más a la pelea, Odiseo recuerda que es indi ste fragmento resulta débil, y acaso será
otra vez con Ayax y en que descuella Mene- atisno en la llíada de una superviviencia más
pensable (según e! honor tradicional) recoi na interpolación.
lao por su bravura. Los aqueos recobran el Ciliarse antes formalmente y aceptar e¡ Pag que fantasma! de los muertos, y rasgo que
cadáver de Patroclo, pero Héctor lo ha des- ofrecido por Agamemnón. Agamemnón oí Rapsodia XX!I.— Muerte de Héctor, se considera como "pegado" a la persona de
pojado antes de sus armas, las armas de ce una disculpa pública, declarando qu odos los troyanos, menos Héctor, han Aquiles por ser éste un tésalo algo rudo, que
Aquiles, con q u e él mismo se reviste para cometió una injusticia, cegado por una ma uído de Aquiles. Desde lo alto de las mura- aún conserva supersticiones impropias de los
seguir el combate. Patroclo había llegado al pasión (ate); c) que, como Aquiies se nieg as de Ilion, Príamo y Hécuba ruegan a su demás nobles helénicos.
combate en el carro de Aquiles. Los caballos,
da uuiiici
comer por su estado de — dolor y pasiói . ijo Héctor que — no se enfrente con Aquiles.
que son inmortales, lloran de dolor al verlo Tetis lo alimenta echando en su seno néctfHéctor los desoye y espera a su enemigo a Rapsodia XXIV.— Rescate de Héctor.
muerto. lie firme. Aquiles, que ha ultrajado el cadáver de Héc-
y ambrosía.
tor arrastrándolo en su carro tres veces en
Rapsodia X V I I I . - Las armas de Aquiles. Pero de pronto, al verlo acercarse, po- t o i n o a la pira de Patroclo, continúa hacién-
Rapsodia X X . - "La Aquileida", o re
Estalla por segunda vez la pasión de Aquiles, dolo en los días sucesivos, presa de una
parición de Aquiles en el combate ocupa ído de un pavor súbito, echa a correr, sin
y esta vez al saber la muerte de Patroclo. Su rabiosa locura. Pero el cadáver de Héctor se
los cantos XX a XXIV. Aquí empieza ercatarse de que se han cerrado tras él las
madre Tetis y un coro de Nereidas acuden a conserva incólume por voluntad de los
cuarta gran batalla, en que se mezclan hof u ertas de la ciudad troyana. Aquiles lo per-
consolarlo. Decide al fin volver al combate, dioses y cuidados que éstos le administran,
bres y dioses, aunque éstos pronto se retirar gue, "Aquiles de los pies ligeros", y Apolo
con el ánimo de vengar la muerte de su ami- tácita protesta contra la iracundia del héroe.
Aquiles. azote de muerte para los troyanos, ayuda hasta donde puede, concediéndole
go. Desde lejos, contempla el campo y lanza l
El viejo Príamo, lloroso y nocturno, condu-
quienes barre a su paso, está a punto de q ambién gran agilidad en la cairera. Uno
un tremendo alarido de ira que espanta a los cido por el propio Hermes que acude,
tar la vida a Eneas, pero Posidón lo rescat; as otro, dan tres vueltas en torno a la ciu-
troyanos. Como sus armas, que Patroclo disfrazado, en su ayuda (Hermes es el mensa-
(Gracias a lo cual, poseemos la Eneida adela, y Aquiles logra cortar a Héctor la
había revestido, han quedado en manos de jero general, e Iris sólo puede atender de
Virgilio, poema que no hubiera existido si tirada. Héctor se ve obligado así a aceptar
Héctor, Tetis hace que el dios herros, Hefes- combate, engañado además por Atenea, día los mensajes divinos, viajando a través
epopeya homérica hace morir a Eneas
to, fabrique para él una nueva armadura. La u
e se le acerca fingiendo la forma de del arco-iris), afronta, los riesgos y se atreve,
este punto).
descripción del escudo que éste hace para eífobo, el hermano de Héctor, y ofrecién- entre las tiendas de los aqueos, hasta la
Aquiles es una noble pieza, cuyos motivos barraca de Aquiles, a quien ruega que le
labrados representan la vida y los usos del Rapsodia X X I - a) Los elemento se a protegerlo. Cuando Héctor ve que
quiles, tras de fallarle el primer golpe con devuelva los restos de su hijo Héctor. Aquiles
pueblo aqueo. Modelo de toda literatura Aquiles extermina huestes enteras de troy
lanza arrojadiza, tiene otra.vez la lanza eb que, al verlo aparecer, da un salto de animal
ulterior sobre objetos de arte imaginarios, nos y da muerte a varios personajes eminfl
'nano, comprende que los dioses éstán de sorprendido, lo recibe honrosamente, llora
inspirará el poema hesiódico del Escudo de tes, entre largos discursos genealógicos qi ¡ con él, sintiendo que ambos son víctimas y
L p medio y sabe que lo espera la muerte.
Héracles y, en la decadencia de las letras son el deleite de los comentaristas. n
juguetes de un duro destino, ordena que se
efecto, cae a manos de Aquiles, atrave-
para dar tiempo a las honras funebre, LA I L I A D A
le entregue el cadáver de Héctor, limpio y los troyanos. El poema acaba con las
perfumado, y decreta doce días mas de
quias de Héctor en Ilion y las lamentaci!
tregua (lo que hará trece, pues los griegos
de Andromaca, Hécuba y Helena. CANTO PRIMERO
comienzan a contar el día desde el ocaso).

PES-Ilá. CULERA

i Canta, oh diosa, ia cólera del irrites, p a r a que puedas i r t e sano y


Pelida Aquiles; cólera f u n e s t a que salvo."
c a u s ó infinitos males a los aqueos Así dijo. E l anciano sintió te-
y precipitó al Orco m u c h a s a l m a s mor y obedeció ei m a n d a t o . Sin des-
valerosas de héroes, a quienes hizo plegar los labios, f u e s e por la orilla
presa de p e r r o s y p a s t o de aves del estruendoso m a r ; y e n Canto se
- cumplíase la voluntad de J ú p i - alejaba, dirigía m u c h o s ruegos al
ter—- desde que se s e p a r a r o n dispu- sobexano Apolo, h i j o de L a t o n a , la
t a n d o el Atrida, rey de hombres, y de hermosa c a b e l l e r a :
ef divino Aquiles. 37 "¡Oyeme, t ú que llevas arco
8 ¿ C u á l de los dioses promovió de plata, proteges a Crisa y a la di-
e n t r e ellos la contienda p a r a que vina Ciía, e imperas en Ténedos
p e l e a r a n ? El hijo de J ú p i t e r y de poderosamente! ¡Oh Esmintio! Si
L a tona. Airado con el rey. suscitó a l g u n a vez adorné tu gracioso tem-
en el e j é r c i t o maligna peste y los plo o q u e m é en t u honor pingües
h o m b r e s pere cían por el u l t r a j e que muslos de toros o de cabras, cúm-
el A t r i d a infiriera al sacerdote Cli- pleme e s t e v o t o : ¡ P a g u e n los dáñaos
ses. l iste, deseando'redimir a'su hija, mis lágrimas con tus flechas!"
h a b í a s e p r e s e n t a d o en las veleras 13 T a l f u e su plegaria. Oyóla
naves a q u e a s con un inmenso rescate F e b o Apolo, e i r r i t a d o en su cora-
y las ínfulas del flechador Apolo, zón, descendió de las c u m b r e s ' del
que pendían de áui. o cetro, eh la Olimpo con el a r c o y el c e r r a d o car-
m a n o ; y a todos los aqueos, y p a r t i - c a j en los hombros; las s a e t a s re-
c u l a r m e n t e -i ios (tos Atridas, caudi- sonaron sobre la espalda del enoja-
llos de pueblos, asi les suplicaba- do dios, c u a n d o comenzó a moverse.
17 " ¡ A t r i d a s y d e m á s aqueos de Iba parecido a la noche. S e n t ó s e le-
h e r m o s a s g r e b a s ! Los dioses, que jos de las naves, tiró u n a flecha, y
poseen olímpicos palacios, os permi- el a r c o de p l a t a dio un t e n ible
t a n d e s t r u i r la. ciudad de I ' r i a m o y chasquido. Al principio el dios dis-
r e g r e s a r felizmente a la patria. Po- p a r a b a c o n t r a los mulos y los ágiles
ned en libertad a mi hija y recibid perros; m a s luego dirigió sus mortí-
el rescate, v e n e r a n d o a! hijo de J ú - f e r a s Saetas a ]QS hombres, y conti-
piter. al flechador Apolo." n u a m e n t e ardían m u c h a s piras de
- - Todos los aqueos « p r o b a r o n a c;.dávi res.
voces que se respetase al sacerdote y •">•' D u r a n t e nueve días volaron
se a d m i t i e r a el espléndido res en t e : por el e j é r c i t o las flechas del dios.
m a s el A t r i d a Agamenón, a qui'-n no Kr. el décimo. Aquiles convocó al
plugo el acuerdo, le m a n d ó enhora- puebiq a j u n t a : se lo puso en el
m a l a con a m e n a z a d o r l e n g u a j e : corazón Juno, la diosa de los niveos
" Q u e yo no te encuentre, an- brazos, que se interesabd por los
ciano, cerca de las cóncavas naves, dañaos, a quienes veía morir. Acu-
ya porque demores tu partida, ya dieron éstos y, u n a vez reunidos,
porque vuolVas luego; pues quizás Aquiles, el de los pies ligeros, se,le-
no te valgan el c e t r o y las í n f u l a s vantó y dijo:
del dios. A aquélla no la soltaré; 5í> " ¡ A t r i d a ! Creo que t e n d r e m o s
a n t e s le sobrevendrá la vejez en mi que volver a t r á s , yendo o t r a vez
casa, en Argos, lejos de su nutria, e r r a n t e s , si escapamos de la m u e r -
t r a b a j a n d o en el telar y compar- te; pues si no, la g u e r r a y la peste
tiendo mi lecho. P e r o vete; no m e unidas a c a b a r á n con los aqueos.
H O MERO
LA I L fA D A . — CANTO I
sentó. Levantóse al p u n t o e l ^ d e -
roso héroe Agamenón Atrida afligi- divino, reunamos los convenientes irritado, ni por ello m e preocupo,
- A « 1 3 ® do, con las negras e n t r a m a llenas remeros, embarquemos víctimas pa- pero t e haré una amenaza: Puesto
de cólera y los ojos Parecidos al re- r a una hecatombe y a la misma que Febo Apolo me quita a Cri-
lumbrante fuego; y encarando a "Criseida, la de hermosas mejillas, y seida, la m a n d a r é en mi nave con
Palcas la torva vista, exclamo. sea capitán cualquiera de los jefes: mis amigos; y encaminándome yo
l o f ^-Adivino de males! J a m á s Ayax, Idomeneo, el divino Ulises o mismo a tu tienda, me llevaré a
m e has anunciado nada grato. Siem- tú, Pelida, el más portentoso d e los Briseida, la de hermosas mejillas,
b r e te complaces en profetizar des- hombres, para que aplaques al Fle- tu recompensa, para qué sepas cuan-
gracias y nímca dijiste ni ejecutaste chador con sacrificios." to m á s poderoso soy y otro tema
cosa buena. Y ahora, vaticinando 148 Mirándole con torva faz, ex- decir que es mi igual y compararse
ante los dáñaos, afirmas que el f e - clamó Aquiles, el de los pies lige- conmigo."
chador les envía calamidades por- ros: "¡Ah impudente y codicioso! 188 Tai dijo. Acongójese el Pe-
aue no quise admitir el esplendido ¿Cómo puede estar dispuesto a obe- lida,' y dentro del velludo pecho su
?escate de la joven Criseida. a^quien decer tus órdenes ni un aqueo si- corazón discurrió dos cosas: o, des-
deseaba tener en mi casa. La pre- quiera, para emprender la marcha nudando la aguda espada que lleva-
ñero? ciertamente, a Clitemnestra o p a r a combatir valerosamente ba junto al muslo, abrirse paso y
mi legítima esposa, porque no le es con otros hombres? No he venido a m a t a r al Atrida, o calmar su cólera
inferior ni en el talle, ni en el na- pelear obligado por los belicosos y reprimir su furor. Mientras tales
tural ni en inteligencia, ni en des- teucros, pues en nada se me hicieron pensamientos revolvía en su mente
M a d u r o explicar la treza Pero, aun asi y todo, consien- culpables —no se llevaron nunca y en su corazón y sacaba de la
dios, del n « h a d o r A[»lo t;ues to en devolverla, si esto es lo mejor, mi§ vacas ni mis caballos, ni des- vaina la gran espada, vino Minerva
h a U a r é ; pero a n t « ¿eclara^ ouiero que el pueblo se salve, no truyeron jamás la cosecha en la fér- del cielo:, envióla Juno, la diosa de
que estas promo o ¡ m t a r que perezca. Pero preparadme pron- til Ptía, criadora de hombres, por- los niveos brazos, que amaba cor-
palabra y. de obra, pues 1lc to otra recompensa, para que no que muchas umbrías montañas y el dialmente a entrambos y por ellos
S u n varón que w w a f l e grmn p w e sea yo el único argivo que se que- ruidoso m a r nos separan—, sino que se preocupaba. Púsose detrás del
e n t r e los argivos todos y es de s ^ tenerla; lo cual no parecería te seguimos a ti, grandísimo inso- Pelida y le tiró de la blonda cabe-
cido por los aqueos Un « y es decoroso. Ved todos que se m e va lente, para darte el gusto de ven- llera, apareciéndose a él tan sólo;
de las manos la que me había co- garos de los troyanos a Menelao y de los demás, ninguno la veía. Aqui-
a ti, cara de perro. No fijas en esto les, sorprendido, volvióse y al ins-
^ " R e p i i c ó l e el divino Aquiles, la atención, ni por ello te preo- t a n t e conoció a Palas Minerva, cu-
cupas y aún me amenazas con yos ojos centelleaban de un modo

SvBFsts«?^
el de los pies ligeros: "¡Atrida glo-
riosísimo. el m á s codicioso de to- quitarme la recompensa que por terrible. Y hablando con ella, pro-
dos! ¿Cómo pueden darte otra re- mis gi'andes fatigas me dieron los nunció estas aladas palabras:
compensa los magnánimos aqueos? aqueos. J a m á s el botín que obtengo 202 " ¿ P o r qué, hija de Júpiter,
No sé que existan en parte alguna iguala al tuyo cuaiído éstos entran que lleva la égida, has venido nue-
cosas de la comunidad, pues las del a saco una populosa ciudad: aun- vamente? ¿Acaso para presenciar el
saqueo de las ciudades están repar- que la parte más pesada de la im- u l t r a j e que m e infiere Agamenón,
aue^eveías oráculos ^ tidas, y no es conveniente obligar a petuosa guerra la sostienen mis ma- hijo de Atreo? Pues te diré lo que
\os hombres a que nuevamente las nos, t u recompensa, al hacerse el me figuro que va a ocurrir: Por su
junten. Entrega ahora esa joven al reparto, es mucho mayor, y yo vuel- insolencia perderá pronto la vida."
dios y los aqueos t e pagaremos el vo a mis naves, teniéndola pequeña, 206 Dijóle Minerva, la diosa de
" v S « S S « ¿ o el cuádruple, si Júpiter nos pero grata, después de haberme can- los brillantes ojos: "Vengo del cielo
permite t o m a r la bien murada ciu- sado en el cómbate. Ahora me iré para apaciguar tu cólera, si obede-
V1 vay vea la luz nón q „e a Ptía, pues lo mejor es regresar a cieres; y me envía Juno, la diosa
aunque hablares ae y .«s &s da la patria en las cóncavas naves: no de los niveos brazos, que os ama
al presente blasona de s e r e i ? 3 0 e Dijoíe "en respuesta el rey
poderoso de los aqueos Aeamenón: "Aunque seas valiente, pienso permanecer aqui sin honra cordialmente a entrambos y por
92 Entonces cobro á todos
nimoV Jg para proporcionarte ganancia y ri- vosotros se preocupa. Ea, cesa de
Aquiles, no ocultes tu¡ pen-
samiento. pues ni P ^ burlarme queza." disputar, no desenvaines la espada
ni persuadirme. ¿Acaso Quieres, 172 Contestó el rey de hombres e injuríale de palabra como te pa-
pkra conservar tu ^recompensa que Agamenón: "Huye, pues, si t u áni- rezca. Lo que voy a decir se cum-
me quede sin la mía, y por esto me mo a ello t e incita; no te ruego plirá: Por este ultraje se te ofrece-
acohsejas que la devuelva? Pues, si que por mí te quedes; otros hay a rán un día triples y espléndidos pre-
los magnánimos aqueos n>e dan mi lado que me honrarán, y espe- sentes. Domínate y obedécenos."
o t r a conforme a mi deseo para que cialmente el próvido Júpiter. Me 215 Contestó Aquiles, el de los
sea equivalente... Y si no me la die- eres m á s odioso que ningún otro de pies ligeros: "Preciso es, oh diosa,
ren yo mismo me apoderare de la los reyes, alumnos de Jove, porque hacer lo que mandáis, aunque el co-
q
ü«r«in, ni rescate, la moza de ojos tuva o de la de Ayax. o me llevare siempre te han gustado las riñas, razón esté muy irritado. Obrar así
^ o T e i n S m ^ e n C n s a u n a s a - ín de uiises, y m o n t a r á en colera luchas y peleas. Si es grande tu es lo. mejor. Quien a los dioses obe-
fuerza, un dios te la dio. Vete a la dece, es por ellos muy atendido."
^ t v i p p a t o m b e . Cuando asi le naya aquel a quien m e llegue. Mas sobre
patria, llevándote las naves y los 219 Dijo; y, puesta la robusta
m o s aplacado, renaceré nuestra es- esto deliberaremos otro día. Ahora, compañeros, y reina sobre los mir- mano en el argénteo puño, envainó
ea botemos una negra nave al m a r
pe
S f a b i c h a s estas palabras, se midones; no m e cuido de que estás la enorme espada y no desobedeció
HOMERO
nmhoq sois m á s jóvenes que yo. E n LA ILÍADA CANTO 1
Ac M i n e r v a . L a diosa re- o S ^ i e m ^ t S l l con h o m b r e s a u n
m á s esforzados, q u e vosotros y ja- pero de lo demás que tengo cabe a bienaventurados dioses,, ante los-
m á s m e desdeñaron. N o he visto la veloz nave negra, nada podrías mortaleá hombres y "ante-ese rey
todavía ni v e r é h o m b r e como P n i - llevarte tomándolo contra mi volun- cruel, si alpina vez tienen loa de-
too, D r i a n t e , p a s t o r de pueblos. Ce- tad. Y si no, ea, inténtalo, para que más necesidad de mí para librarse
neo E x a d i o . Polifemo, igual a u n éstos se enteren también; presto tu de funestas calamidades; porque él
tiene el corazón poseído de furor y

^misii
al A t r i d a cou injuriosas vo- dfos y Teseo Egida, q u e p a r e c í a negruzca sangre correría en torno
que tienes c a r a de un i n m o r t a l C r i á r o n s e éstos los de nü lanza." no sabe pensar a la vez en lo futuro
m á s f u e r t e s d e los h o m b r e s ; m u y 304 Después de a l t e r c a r así con y en lo pasado, a. fin de que los
f u e r t e " e r a n y con o t r o s m u y f u e r - e n c o n t r a d a s razones, se l e v a n t a r o n aqueos se salven combatiendo junto
a las n a v e » ; -

iflüSf
t e s c o m b a t i e r o n : con los y disolvieron la j u n t a que cerca de
ees C e n t a u r o s , a quienes e x t e r m i - las n a v e s a q u e a s s e celebraba. E l 345 D e tal m o d o habló. Patroclo,
n a r o n de u n modo e s t u p e n d o Y yo hijo de P e l e o í u e s e h a c i a s u s tien- obedeciendo a su amigo, sacó de la
pstuve e n su c o m p a ñ i a — h a b i e n d o d a s y s u s bien proporcionados b a j e - tienda a Briseida, la de hermosas
les con P a t r o c l o y o t r o s amigos. E l mejillas, y la entregó para q u e se
A t r i d a b o t ó a i m a x u n a velera nave, la l l e v a r a n . P a r t i e r o n los h e r a l d o s
escogió v e i n t e r e m e r o s / c a r g ó las víc- hacia las naves aqueas, y la m u j e r
t i m a s d e la hécatombe, p a r a el dios, i b a con ellos d e m a l a gana. Aquiles
y conduciendo a Críseida, la de h e r - r o m p i ó e n llanto, a l e j ó s e d e los
tombrefno pelearía m n ^ n o d e m o s a s mejillas, la e m b a r c ó t a m b i é n ; compañeros, y s e n t á n d o s e a orillas

s^tí/Kl
f u e c a p i t á n el ingenioso tJlises. del espumoso m a r con los ojos cla-
312 Así q u e s e h u b i e r o n e m b a r - vados e n el p o n t o i n m e n s o y l a s
consejos y e s c u c h a b a n mis p a l a b r a s . m a n o s extendidas, dirigió a su ma-
" Í F I - S T S ; ; s r w s P r S d m e t a m b i é n vosotros o l g cado, e m p e z a r o n a n a v e g a r p o r la
liquida l l a n u r a . E l A t r i d a m a n d ó d r e m u c h o s r u e g o s : " ¡ M a d r e ! Ya
que los h o m b r e s s e p u r i f i c a r a n , y q u e m e p a r i s t e de c o r t a vida, el-
ellos hicieron lustraciones, echando olímpico J ü p i t e r a l t i t o n a n t e debía
{ e S t u e ' s e ' M ^ t : al m a r l a s impurezas, y sacrifica- h o n r a r m e y n o lo h a c e en modo, a l -
S S los m a g n á n i m o s aqueos; n ron e n l a p l a y a h e c a t o m b e s perfec- guno. El poderoso A g a m e n ó n A t r i d a
tO Pelida, J u i S r a s a l t e r c a r , de igual t a s d e t o r o s y d e c a b r a s en honor m e h a u l t r a j a d o , pues tiene m i re-
a igual con el rey, p u e s j a m á s o b t u v o . de Apolo. E l v a p o r de la g r a s a lle- compensa, que él mismo m e arre-
h o n r a como la s u y a n m g u n otro so- gaba al cielo, enroscándose alrede- bató."
b e r a n o que u s a r a c e t r o y a Qmen dor del humo. 357 Así d i j o llorando. Oyóle la
J ú p i t e r diera gloria. Si t u ei es n í a s 318 E n t a l e s cosas o c u p á b a s e el v e n e r a n d a m a d r e desde el fondo del

SSSSsgSS esforzado, es p o r q u e u n a d i £ d l °
« luz- pero é s t e es m a s M e r o s * » .
porqué reina sobre "XTóle.
ejército. A g a m e n ó n n o olvidó la
a m e n a z a q u e en la contienda hicie-
r a a Aquiles, y d i j o a Taltibio y
E u r í b a t e s , s u s h e r a l d o s y diligentes
inar, donde s e h a l l a b a a l a . vera
del p a d r e anciano, e inmediatamente
emergió, como niebla, de las espu-
m o s a s ondas, sentóse a l lado d e
h n m b r e s A t r i d a , apacigua tu coie servidores: "Id a la t i e n d a del Peli- aquél, q u e lloraba, acaricióle con la
r a vo t e suplico que depongas la da Aquiles, y asiendo de la m a n o a m a n o y l e habló d e e s t a manera:
Briseida, la de h e r m o s a s mejillas, 362 " ¡ H i j o ! ¿ P o r q u é lloras?

mR
v rwrezcan a m a n o s d e H é c t o r ,
t r a e d l a a c á ; y si no os la diere, l i é ¿ Q u é p e s a r t e h a llegado a l a l m a ?
e n el pernicioso c o m b a t e . yo con o t r o s a q u i t á r s e l a y todavía H a b l a ; n o m e ocultes lo q u e
le s e r á m á s duró." piensas, p a r a q u e a m b o s lo sepa-
^ t e r - ^ s f B »26 H a b i é n d o l e s de tal s u e r t e y mos."
a q con a l t a n e r a s voces, los despidió. 364 D a n d o p r o f u n d o s suspiros,
? í f Así s e e x p r e s ó el P e l i d a ; y E ^ ^ n S é V « C o n t r a su v o l u n t a d f u é r o n s e los he- contestó Aquiles, el de los pies lige-
a todos q u i e r e d o m i n a r , a raldos por la orilla del estéril m a r , r o s : " L o sabes. ¿ A q u é r e f e r i r t e lo

sst«^«
llegaron a üás t i e n d a s y naves de que ya conoces? F u i m o s a Tebas,
los mirmidones, y h a l l a r o n al rey la s a g r a d a ciudad d e E e t i ó n ; la sa-
S ? 1 ^ tosT^te™^ dioses le cerca de su t i e n d a y de su n e g r a queamos, y el botín que t r a j i m o s se
— " « t Triaron S t e S o n belicoso, i le p e r m i t e n por lo distribuyeron e q u i t a t i v a m e n t e los
nave. Aquiles, a l verlos, n o se ale-
e x c l a m a e, gró. Ellos se t u r b a r o n , y haciendo aqueos. s e p a r a n d o p a r a el Atrida- a
una reverencia, p a r á r o n s e sin decir Ciriseílda, la de h e r m o s a s mejillas.
ni p r e g u n t a r nadáT P e r o el h é r o e lo Luego, Crises, sacerdote del flecha-
"SS* ,«jué m o t i v o - * comprendió t o d o y d i j o : dor Apolo, queriendo redimir a su

SésiHi«
í f o u e Scesi manda a otros, no me 334 "¡Salud, heraldos, m e n s a j e - hija, se p r e s e n t ó e n las veleras na-
des órdenes, pues yo no P-enso obe- ros d e J ú p i t e r y d e - l o s hombrea!. ves a q ü e a s con inmenso r e s c a t e y
Acercaos; pues p a r a m i no sois vos- las í n f u l a s del flechador Apolo, que
otros los culpables, sino Agamenón, pendían del á u r e o cetro, en la m a -
batir con estas ^íuno pu« que os envía por la joven Briseida. no; y suplicó a todos los eqileos, y
;Ea, Patróclo, de jovial linaje! S a c a p a r t i c u l a r m e n t e a los dos Atrídas,
la moza y e n t r é g a l a p a r a q u e se la caudillos, de p u e b l o s . Todos los
lleven. Sed a m b o s testigos a n t e los aqueos a p r o b a r o n a voces que se
HOMl SRO
b r e v e vida y el m á s i n f o r t u n a d o de LA ILfADA. — CANTO I
r e s p e t a s e al sacerdote Y r e a d m i - todos. Con h a d ó "funesto, te; p a n en
t i e r a el espléndido r e s c a t e ; m a s ei el palacio. Yo m i s m a iré a l nevado v o t o : jAleja y a de los d á ñ a o s la día, a p a r e c i ó la duodécima a u r o r a ,
A t r i d a Agamenón.; a quien n o plugo Olimpo y h a b l a r é a J ú p i t e r , que abominable peste!" los s e m p i t e r n o s dioses volvieron al
el a c u e r d o le máridó e n h o r a m a l a se complace e n l a n z a r rayos, por si 457 T a l f u e s u plegaria, y F e b o Olimpo con J ú p i t e r a la cabeza.
con a m e n a z a d o r lenguaje. E l ancia- se d e j a convencer. T u q u é d a t e en Apolo le oyó. H e c h a la r o g a t i v a y T e t j s no olvidó entonces el encargo
n o se f u e i r r i t a d o ; y Apolo a c c ^ l a s n a v e s de ligero a n d a r , conserva esparcida la h a r i n a con sal, cogie- de su h i j o : saliendo d e e n t r e las
diendo a süs ruegos, pues le e r a la cólera c o n t r a los aqueos y abs- ron las v í c t i m a s p o r la cabeza, q u e olas del m a r , subió m u y de m a ñ a n a
m u y querido, t i r ó a los argivos fu^ t i r a r o n hacia atraS, y las degollaron al g r a n cielo y al Olimpo, y halló al
n e s t a s a e t a : m o r í a n los h o m b r e s t e n t e por completo d e c o m b a t i r y desollaron; en seguida c o r t a r o n longividente S a t u r n i o s e n t a d o a p a r -
Ayer f u e s e J ú p i t e r al Océano, al os muslos, y después de cubrirlos
Snos en Pos de otros, y las flechas
d a dlos volaban por todas p a r i e s en p i í s de los probos etíopes. p a r a as»s-
icon doble c a p a de g r a s a y d e c a r n e
t e de los d e m á s dioses e n la m á s
a l t a de las m u c h a s c u m b r e s del
el v a s t o c a m p a m e n t o de los aqueos. U r a u n b a n q u e t e , y todos los dioses c r u d a en pedacitos, el anciano los m o n t e . Acomodóse j u n t o a él, a b r a -
Un Sabio adivino nos explico el vati- le siguieron. D e aquí a doce días puso sobre leña encendida y los ro- zó sus rodillas con la m a n o izquier-
cinio del F l e c h a d o r , y yo f u i el pri- volverá a l Olimpo. E n t o n c e s acudi- ció d e n e g r o vino. Cerca de él, unos da, tocóle la b a r b a con la d i e s t r a y
m e r o e n a c o n s e j a r que se a p l a c a r a al r é a la m o r a d a de J ú p i t e r , susten- jóvenes t e n í a n en las m a n o s asado- dirigió e s t a súplica a l s o b e r a n o Tove
dios. El A t r i d a encendióse en i r a , y t a d a en b r o n c e ; le a b r a z a r e las ro- r e s de cinco p u n t a s . Q u e m a d o s los Saturnio:
levantándose, m e dirigió u n a a m e n a - dillas, y espero que l o g r a r e persua- muslos, p r o b a r o n las e n t r a ñ a s ; y
d e s c u a r t i z a n d o lo demás, a t r a v e s á - 503 " ¡ P a d r e J ú p i t e r ! Si a l g u n a
za a u e ya se ha cumplido. A aquella, d í s Dichas estas palabras par- ronlo con pinchos, lo a s a r o n cuida- vez t e fui útil e n t r e los i n m o r t a l e s
los aqueos de ojos vivos l a condecen tió, d e j a n d o a Aquiles con el .cora- d o s a m e n t e y lo r e t i r a r o n del fuego. con p a l a b r a s u obras, c ú m p l e m e
a Crisa en velera nave con presen- zón i r r i t a d o a causa de la m u j e r de T e r m i n a d a la f a e n a y dispuesto el e s t e v o t o : H o n r a a mi hijo, el hé-
tes p a r a el dios; y a la h i j a de B n - bella c i n t u r a que v i o l e n t a m e n t e y banquete, comieron, y nadie careció r o e de m á s b r e v e vida, p u e s el r e y
s S q u e los aqueos me dieron, unos c o n t r a su v o l u n t a d le habían a r r e - de su respectiva porción. C u a n d o de h o m b r e s A g a m e n ó n le h a u l t r a -
h e r a l d o s se la h a n llevado a h o r a s t ó 0 ' E n t a n t o , Ulises llegaba a hubieron s a t i s f e c h o el deseo de co- jado, a r r e b a t á n d o l e la r e c o m p e n s a
m i s m o de mi tienda : T ú , si puedes, Crisa con las v í c t i m a s p a r a la s a c r a m e r y de beber, los mancebos lle- q u e todavía retiene. Véngale tú, pró-
socorre a t u buen hijo; ve al Oiim- h e c a t o m b e . C u a n d o , a r r i b a r o n al n a r o n las c r a t e r a s y d i s t r i b u y e r o n vido J ú p i t e r Olímpico, concediendo
S y r u e g a a J ú p i t e r , si a l g u n a vez p r o f u n d o p u e r t o , a m a i n a r o n tas ve- el vino a todos los presentes des- la victoria a los teucros h a s t a q u e
llevaste consuelo a su corazon con las. g u a r d á n d o l a s en la negra nave pués d e h a b e r ofrecido e n copas las los aqueos den satisfacción a m i
p a l a b r a s o con obras Muchas veces, a b a t i e r o n por medio de c u e r d a s el primicias. Y d u r a n t e el día los h i j o y le colmen de honores."
hallándonos en el palacio de rm pa- m á s t i l h a s t a la c r u j í a ; y llevaron aqueos a p l a c a r o n al dios con el can-
dre, oi que t e gloriabas de h a b e r , el buque, a f u e r z a de remos, al ton- to, e n t o n a n d o un hermoso p e á n al 5 H De tal s u e r t e h a b l ó J ú p i -
evitado, t ú sola e n t r e los i n m o r t a - flechador Apolo, que les oía con el ter, que a m o n t o n a las nubes, n a d a
les u n a a f r e n t o s a desgracia al ¡sa- deadero. E c h a r o n anclas y a t a r o n corazón complacido. contestó, g u a r d a n d o silencio un
Jas a m a r r a s , s a l t a r o n a la playa buen rato. P e r o Tetis, que s e g u í a
turnio, que a m o n t o n a las s o m b r í a s como c u a n d o a b r a z ó sus rodillas, le
nubes, c u a n d o quisieron a t a r l e o t r o s d e s e m b a r c a r o n las victimas de la
•175 C u a n d o el sol se puso y so- suplicó de n u e v o :
dioses olímpicos J u n o N e p t u n c , y h e c a t o m b e p a r a el flechador Apolo, brevino la noche, d u r m i e r o n cabe 514 " P r o m é t e m e l o claramente,
P a l a * Minerva. T u . oh diosa, a c u - y Criseida salió de la n a v e que a t r a - a las a m a r r a s del buque. Mas, así asintiendo, o niégamelo — p u e s ' e n
d i s t e y 1<T libraste de ^ a t a d u r a s , viesa el ponto. E l ingenioso. U h s e s que a p a r e c i ó la hija de l a m a ñ a n a , ti no cabe el t e m o r — p a r a que sepa
l l a m a n d o al espacioso Olimpo a llevó la moza al a l t a r y poniéndola la A u r o r a de rosados dedos, facié- c u á n despreciada soy e n t r e todas
c e n t í m a n o a quien los dioses n o m - en m a n o s de su padre, d i j o : ronse a la m a r p a r a volver al espa- las deidades."
b r a n B r i a r e o y todos los h o m b r e s cioso c a m p a m e n t o aqueo, y el fle- 517 J ú p i t e r , que amontona las
442 " ¡ O h Crises! E n v í a m e el r e y c h a d o r Apolo les envió próspero
Egeón, el cual es superior en f u e r - de h o m b r e s A g a m e n ó n a t r a e r t e la nubes, respondió afligidísimo: " ¡ F u -
za a su m i s m o p a d r e , y se s e n t ó h i j a y o f r e c e r en f a v o r de los d a - viento. I z a r o n el mástil, descogieron n e s t a s acciones! P u e s h a r á s que m e
entonces- al lado de J u p i t e r u f a n o las velas, q u e . h i n c h ó el viento, y m a l q u i s t e con J u n o c u a n d o m e za-
de su gloria; t e m i é r o n l e , los biena- Saos una s a 8 r a d a hecatombí
LtP las p u r p ú r e a s ondas r e s o n a b a n en hiera con injuriosas palabras. Sin
Afcolo, p a r a que aplaquemos a e s t e t o r n o d e la quilla m i e n t r a s la n a v e
v e n t u r a d o s dioses y ,desistieron d e dios q u e t a n deplorables males ha corría siguiendo su r u m b o . Una vez motivo m e riñe s i e m p r e a n t e los in-
su propósito. Recuerdaselo. s i é n t a t e causado a los aqueos. llegados al v a s t o c a m p a m e n t o de m o r t a l e s dioses, p o r q u e dice q u e en
i u n t o a él y a b r a z a sus rodillas: los aquivos, sacaron la n e g r a n a v e las b a t a l l a s favorezco a los teucros.
q u i z á decida favorecer a los teucros 446 Dijo, y puso en sus m a n o s P e r o ahora vete, no sea q u e J u n o
a t i e r r a f i r m e y la pusieron en a l t o
? a c o r r a l a r a los aqdeös, q u e s e r á n Un h i j a a m a d a , que aquél recibió
sobre la a r e n a , sosteniéndola con a d v i e r t a algo; yo m e c u i d a r é de
m u e r t o s e n t r e las popas, cérca del con alegría. Acto continuo, o r d e n a -
g r a n d e s maderos. Y luego se dis- que e s t o se cumpla. Y si lo deseas,
m a r ; p a r a que todos d i s f r u t e n de ron la s a c r a h e c a t o m b e en t o r n o
p e r s a r o n por las tiendas y los ba- t e h a r é con la cabeza la señal de
s u rey y c o m p r e n d a el poderoso del bien construido a l t a r , l a v á r o n s e
jeles. a s e n t i m i e n t o p a r a q u e t e n g a s con-
A g a m e n ó n A t r i d a la f a l t a que h a las m a n o s y t o m a r o n h a r i n a . c o n sal fianza. E s t e es el signo m á s segu-
cometido no h o n r a n d o al m e j o r de Y C?fses oró en alta voz. y con las 488 El h i j o de Peleo y descen- ro, irrevocable y veraz p a r a los in-
m o r t a l e s ; y no deja de e f e c t u a r s e
l0S
" " S ? " ¡ O y e m ^ t ú que llevas a r c o d i e n t e de Jove, Aquiles. el de los aquello a que a s i e n t o con la ca-
4 ^ R e s p o n d i ó l e Tetis, d e r r a m a n - de p l a t a , proteges a C n s a y a a pies ligeros, seguía i r r i t a d o en las beza."
do l á g r i m a s : "¡Ay hijo mío! ¿ P o r divina Cila e imperas er' T e r e d o s veleras n a v e s , y ni f r e c u e n t a b a
q u é t e h e criado, si en hora aciaga p o d e r o s a m e n t e ! Me escuchaste las j u n t a s donde los varones cobran .528 D i j o el S a t u r n i o , y b a j ó las
t e di a luz? ¡ O j a l á e s t u v i e r a s en las c u a n d o t e suplique, y p a i a h o m a r f a m a , ni cooperaba a la g u e r r a ; n e g r a s c e j a s en señal de a s e n t i m i e n -
naves sin l l a n t o ni pena ya que t £ m e , oprimiste d u r a m e n t e al J ^ r c i t o sino que consumía su corazón, per- to; los divinos cabellos s e a g i t a r o n
vida ha de ser corta, de no l a r g a aoúeo; pues a h o r a c ú m p l e m e e s t e maneciendo en los bajeles, y echaba e n lá cabeza del s o b e r a n o inmortal,
d u r a c i ó n ! Ahora eres j u n t a m e n t e de de menos la gritería y el combate. y a su i n f l u j o estremecióse el dila-
493 Cuando, después de aquel t a d o Olimpo.
HOMERO
Indignáronse en el palacio de Jove los
r,?jt Después de deliberar así, se dioses celestiales. Y Vulcano, el ilus-
separaron; ella saltó al Profundo t r e artífice, comenzo a arengarles 3.- EL GENERO LIRICO
m a r desde el resplandeciente 01 m- para consolar a su m a d r e Juno, la
3 f y Jove volvió a su palacio. Los de los niveos b r a z o s : ,
d . o s i se levantaron al ver a su pa- 573 " F u n e s t o e insoportable sera
El género l í r i c o expresa e l sentimiento, las emociones, los
dre. y ninguno aguardo a que lie lo que ocurra, si n o s o t r o s disputáis
gase, sino que todos salieron a su así por los mortales y promovéis estados anímicos del poeta. Es individual y subjetivo ya que -
encuentro. Sentóse Júpiter en el tío- alborotos e n t r e los dioses; ni siquie-
n o - y Juno, que. por haberlo visto, ra en el banquete se hallara placel
n o ignoraba que T e t i s , . l a d e argen- alguno, porque prevalece lo peor.
plantea situaciones que parten de l a vida i n t e r i o r del poeta.
tados píos, hija del anciano del mar, Yo aconsejo a mi madre, aunque ya
con él departiera, dirigió en segui- ella tiene juicio, que obsequie al pa- Nace l a l í r i c a , instrumento musical con que e l poeta se -
da injuriosas palabras a Jove ¿>a- dre querido, para que este no vuel-
ca a reñirla y a turbarnos el festín
acompañaba para cantar sus desdichas y desgracias. Música y pa
tU
? " í ' • ¿ "Cuál de las deidades. oh p u e s si el Olímpico fulminador
doloso, ha conversado cont.go? Sicm- nuiere echarnos del a s i e n t o . . . nos Libra eran elementos propios de l a l í r i c a . Posteriormente el -
nrc te es grato, cuando estas lejos aventaja mucho en poder. Pero ha-
de mi, pensar y resolver- algo clan- lágale con palabras cariñosas y pron- poeta deja el sonido y color a l a palabra, de ahí que en l a poe
destinamente, y j a m a s te has aig to el Olímpico nos s e r á propicia
nado decirme una sola palabra de 584 De este modo hablo, y to- sía encontraremos más desenvuelto este género.
lo que acuerdas.'" mando una copa doble ofrecióla a
5-11 Rospondio el padre de los su madre, diciendo: 'Sufre, m a d r e La l í r i c a tiene sus propias leyes, l a s más importantes son:
hombres y de los dioses: ¡Juno. mía y sopórtalo todo aunque estes
No osper/s conocer todas' mis deci- afligida; que á ti, t a n querida, no I o Sinceridad y veracidad de los sentimientos. El poeta de
sionr-s pues te r e s u l t a r á difícil aun te vean mis ojos apaleada, sin q u e
siendo mi esposa. Lo que pueda de- pueda socorrerte, porque es difícil
cirse ningún dios ni hombre lo sa- contrarrestar al Olímpico. Ya otra e ser n a t u r a l , espontáneo, debe presentar al hombre sin disimu
b r á antes que t ú ; pero lo que quiera vez que te quise defender, m e asió
resolver sin contar con los dioses, ñor el pie y m e a r r o j o de los divi- los ni d i s f r a c e s .
no lo preguntes ni procures averi- os umbrales Todo el día f u l . r 0
!<
''nr> i° Replicó J u n o veneranda, la
dando y a la puesta del sol caí en
Lemnos. Un poco de vida m e que-
2o Orden nacido del sentimiento. Se r e f i e r e , a l a unidad
de los grandes ojos: •¡Ternbihsimo daba y los sinties m e recogieron
Saturnio, qué palabras proferiste! t a n pronto como hube caído. n el poema, s i e l sentimiento predomina sobre l a razón enton-
No s e r á mucho lo que te haya pre- 505 Así dijo. Sonríose Juno, la
guntado o querido averiguar, puesto diosa de los niveos brazos; y son- es la unidad del poema está determinada por e l estado anímico
que muy tranquilo meditas cuanto r í e aún, tomó la copa doble que
te place M a s ahora mucho recela su hilo le presentaba. Vulcano se
mi corazón que te. haya seducido puso a escanciar dulce néctar para
el poeta.
Tctis, la de los argentados pies, m j a as o t r a s deidades, sacándolo de la
del anciano del mar. AL amanecer c r á t e r a ; y una risa inextinguible se 3o Viveza de colorido y movimiento. La transmisión del peri
el día sentóse-cerca de ti y abrazo alzó e n t r e los bienaventurados, dio-
t u s rodillas; y Pienso que e ha- ses al ver con qué afán les servia en amiento se hace a través de imágenes y metáforas cargadas de
b r á s prometido, mintiendo h o m a r
a Aquiles y causar gran matanza C l 6 P 0i la T°odo el «lia, h a s t a la puesta uerza y color.
iunto a las naves aqueas. del sol celebraron el festín; y na-
5(50 Contestó Júpiter, que amon- die careció de su respectiva por-
tona las nubes, " i ^ h desdichada! ción, ni f a l t ó la hermosa c i t a r a que
4o Condensación de pensamiento y concisión de f u e r z a . La -
Siempre sospechas y do t no m e t a ñ í a Apolo, ni las Musas, que con
oculto Nada, empero, podras, con linda voz c a n t a b a n alternando.
isión del poeta debe ser trasmitida a través de vivas r e f l e x i o
seguir sino alejarte de mi corazón eos Mas cuando la fulgida luz
lo cual todavía te sera m a s d i u o del sol llegó al ocaso, los dioses fue- es y claros sentimientos para que e l l e c t o r entienda l o fexpre-
Si es cierto lo que sospechas asi o a recogerse a sus respectivos
debo de serme grato. Pero sién- nalacios que h a b í a ' construido Vul- acio.
t a t e en silencio; obedece mis pala- cano el dustre cojo de ambos pies,
bras N o sea que no t e valgan cuan- con sabia inteligencia. ^ p i er Ohm-
os dioses hay en el Olimpo, si acer- pico, ful minador, se e n e a m i n o a l l e
5o Brevedad. Todo poema debe ser relativamente corto, l o -
cándome te pongo encima las m- cho donde acostumbraba dormir
victas manos." . . cuando el dulce sueño e vencía. Su- xige e l poema ya que el sentimiento que se trasmite es fugaz.
56« Tal dijo. J u n o veneranda la bió y acostóse; y a su lado descanso
d e los grandes ojos, temió; y refre-
Juno, la de áureo trono. Son subgéneros del género épico, l a s Odas, La Elegía, la -
nando el coraje, sentóse en silencio.
ción, e l Madrigal, e l Epitalmio, e l Epigrama, l a Rima, l a Le
FIN
t r i l l a , etc. 45

a. La Oda El Epigrama
La palabra Oda viene del griego odé, que quiere decir o
Es una composición l i t e r a r i a de cuatro versos, c l á s i c a , e r a
t o y expresa e l sentimiento del poeta sobre algún aconteció
aa inscripción que se acostumbraba poner en estatuas o monunen
to r e l i g i o s o , heroico, f i l o s ó f i c o o moral. ^ funerarios, más tarde fue una conposición e r ó t i c a , f i l o s ó f i
Las- Odas se han c l a s i f i c a d o en Odas Sagradas y udas Hei ^ ^ encerraba en pocos ^ ^ pensamientos, enér-
cas. icos y profundos. Ahora e l epigrama es comico y s a t í r i c o , bre
La Oda Sagrada expresa m sentimiento r e l i g i o s o , descnj* ^ ^ malicia, que enplea r e c u l o s ingeniosos para mover
do l a grandeza de alguna divinidad, mientras que las Odas í
la r i s a o r i d i c u l i z a r s i t u a c i o n e s .
cas cuenten con entusiasmo l a s hazañas de los héroes nación
y l a Oda Moral o F i l o s ó f i c a es aquélla que pretende encauzó ^ ^ t ^ ' d i v l d i d o e n v a r i a s e s t r o f a s , terminadas en un -
las pasiones del l e c t o r estribillo.
La Rima
b . La Elegía Es un poema breve, conciso y s o b r i o , que expresa viva y me-
Es una conposición l i t e r a r i a que se r e f i e r e a algún acó odiosam^nte ideas o sentimientos melancólicos.
cimiento t r i s t e o melancólico, expresa sentimientos de dolo Con e l objeto de que analices e l género l í r i c o , a continua-
por un hecho lamentable ón te presentamos algunas conposiciones.
La Canción METAMORFOSIS
Es forma poética de origen provenzal, perfeccionada poi Madrigal Romántico
i t a l i a n o s , que expone los sentimientos amorosos del poeta Era un cautivo beso enamorado
de una mano de nieve que t e n í a
t r a r c a es e l maestro de e s t e t i p o de composición. l a apariencia de un l i r i o desmayado
y e l p a l p i t a r de un ave en agonía.
ch. El Madrigal Y sucedió que un d í a ,
Es una conposición l i t e r a r i o breve, de cortas dimensid aquella mano suave
de palidez de c i r i o ,
que encierra un sentinento amoroso o halagador, de una maní de languidez de l i r i o ,
velada o a r t i f i c i o s a . Son famosos e l madrigal "Ojos Claro de p a l p i t a r de ave,
de se acercó tanto a l a p r i s i ó n del beso
renos", del español Gutierre de Cetina, "Metamorfosis", que ya no pudo mas e l pobre preso
y se escapó; más, con voluble giro
xicano Luis G. Urbina. huyó l a mano hasta e l confín l e j a n o ,
d. El Epitalmio y el beso, que volaba t r a s la mano,
Es un canto de bodas, e l más b e l l o es "El Cantar de lo rompiendo el a i r e , se volvió suspiro.
( De "Puestas de Sol" )
t a r e s " de Salomón. LUIS G. URBINA (1868-1934)
que yo en mi pobre mesilla
MADRIGAL
quiero más una morcilla
Ojos c l a r o s , serenos
que en e l asador reviente,
s i de un dulce mirar sois alabados?
y r í a s e la gente.
¿ por qué, s i me m i r á i s , miráis airados?
Si cuando más piadosos, Cuando cubra l a s montañas
más b e l l o s parecéis a aquél que os mira, de p l a t a y nieve e l enero
no me miráis con i r a , tenga yo lleno e l brasero
porque no parezcáis menos hermosos, de b e l l o t a s y castañas
i Ay tormentos rabiosos ! y quien las dulces patrañas
Ojos c l a r o s , sereno^, del rey que rabió me cuente,
y?¡ que a s í me miráis, miradme al menos. y r í a s e la gente.

GUTIERRE DE CETINA (1520 Busque muy en hora buena


el mercader nuevo s o l e s ;
LETRILLA yo conchas y caracoles
entre l a menuda arena,
.Andeme yo c a l i e n t e ,
escuchando a Filomena
y ríase la gente.
sobre e l chopo de l a f u e n t e ,
Traten otros al gobierno, y r í a s e l a gente.
del mundo y sus monarquías,
Pase a inedia noche e l mar,
mientras gobiernen mis días
y arda en amorosa llama
mantequillas y pan t i e r n o ,
LCc'iridro por ver a su dama;
y l a s mañanas de invierno
que yo más quiero pasar
naranjada y aguardiente
de Yepes a Madrigal
y r í a s e la gente.
la regalada corriente
Coma en dorada v a j i l l a y r í a s e la gente
el príncipe mil cuidados
como pildoras dorados;
Poderoso caballero
Pues Amor es tan cruel es don Dinero.
que de Píramo y su amada
Es galán y es como un oro.
hace tálamo una espada
t i e n e quebrado el c o l o r ,
dó se junten e l l a y é l
persona de gran v a l o r ,
sea mi Tisbe un p a s t e l ,
tan c r i s t i a n o como e l moro;
y l a espada sea mi d i e n t e .
pues que da y quita e l decoro
y r í a s e la gente.
LUIS DE GONGORA y quebranta cualquier f u e r o ,
Poderoso caballero
es don Dinero.
LETRILLA SATIRICA
Son sus padres p r i n c i p a l e s
Poderoso caballero
y es de nobles descendiente,
es don Dinero.
porque en l a s venas de Oriente
Madre, yo a l oro me humillo; todas las sangres son r e a l e s :
é l es mi amante y mi amado, y pues es quien hace iguales
pues de puro enamorado, a l duque y a l ganadero.
de contino anda amarillo; Poderoso caballero
que pues; doblón o s e n c i l l o , es don Dinero.
hace todo cuanto quiero
Poderoso caballero Mas ¿a quien no maravilla
es don Dinero. ver en su g l o r i a sin tasa
que es lo menos de su casa
Nace en l a s Indias honrádo, dcña Blanca de C a s t i l l a ?
donde el mundo l e acompaña; Pero pues da a l b a j o s i l l a
viene a morir en España y a l cobarde hace guerrero,
y es en Génova enterrado. poderoso caballero
Y pues quién lo t r a e a l lado es don Dinero
es hermoso aunque sea f i e r o ,
que a l a s caras de un doblón
Sus escudos de armas nobles hacen sus caras b a r a t a s .
son siempre tan p r i n c i p a l e s , Y pues l a s hace bravatas
que s i n sus escudos r e a l e s desde una bolsa de cuero,
no hay escudos de armas dobles; poderoso caballero
y pues a los mismos robles es don Dinero.
da codicia a su minero, Más valen en cualquier t i e r r a
poderoso caballero mirad s i es harto sagaz,
es don Dinero. sus escudos en l a paz
Por importar en los t r a t o s que rodelas en l a guerra.
y dar t a n buenos consejos Y pues a l pobre l e e n t i e r r a
en l a s casas de los v i e j o s y hace propio a l f o r a s t e r o
gatos l e guardan de gatos poderoso cabalTero
Y pues e l rompe recatos es don Dinero.
y ablanda al juez más severo,
poderoso caballero D. FRANCISCO DE QUEVEDO
es don Dinero.
RIMAS
Y es t a n t a su majestad Cerraron sus ojos ardía en e l suelo,
(aunque son sus duelos hartos) que atin t e n í a a b i e r t o s ; a l muro arrojaba
que con haberle hecho cuartos taparon su cara la sombra del lecho
no pierde su autoridad; con un blanco lienzo; y e n t i e aquella sonfcra
pero pues da calidad y unos sollozando, veíase a intervalos
a l noble y al pordiosero, otros en s i l e n c i o , dibujarse r í g i d a
poderoso caballero de la t r i s t e alcoba la forma del cuerpo.
es don Dinero. trxios se s a l i e r o n . Despertaba e l día
Nunca v i damas ingratas y a su albor primero
La luz, que en un vaso
a su gusto y a f i c i ó n ,
cantando entre dientes A l l í cae l a l l u v i a
con sus mil ruidos y de algunos c i r i o s
se perdió a lo l e j o s . con un son eterno
despertaba e l pueblo. e l chisporroteo.
La noche se entraba a l l í la combate
Tan medroso y t r i s t e ,
Ante aquel c o n t i a s t e reinaba e l s i l e n c i o ;
tan oscuro y y e r t o e l soplo del c i e r z o .
de vida y misterios, perdido en l a s sombras,
todo se encontraba . . Del húmedo muro
de luzi y t i n i e b l a s , medité un momento:
que pensé un momento: tendida en el hueco
medité un momento: "iDios mío, qué solos
"¡Dios mío, qué solos [acaso de f r í o
"iDios mío? ..qué solos se quedan los muertos!" "
se quedan los muertos1. se h i e l a n sus huesos! . . .
se quedan los muertos I"
En las largas noches
De la a l t a campana
De la casa en hoirforos del helado invierno ¿Vuelve el polvo a l polvo?
la lengua de h i e r r o ,
lleváronla a l templo cuando l a s maderas ¿vuela e l alma a l cielo?
l e dió, volteando
y en una c a p i l l a c r u j i r hace el viento ¿todo es v i l materia,
su adiós lastimero.
dejaron e l f é r e t r o . y azota los vidrios podredumbre y cieno?
El l u t o en l a s ropas
A l l í rodearon el f u e r t e aguacero iNo s é ; pero hay algo
amigos y deudos
sus pálidos r e s t o s de la pobre niña que explicar no puedo,
cruzaron en f i l a ,
de amalillas velas a solas me acuerdo. que a l par nos infunde
formando e l c o r t e j o . repugnancia y miedo
y de paños negros.
Del último a s i l o , a l dejar tan t r i s t e s ,
Al dar de l a s ánimas
oscuro y estrecho, tan sólos los muertos!
e l toque postrero,
acabé una v i e j a abrió la piqueta GUSTAVO ADOLFO BECKER (1836 - 1870)
sus últimos rezos; el nicho a un extremo
cruzó-la ancha nave, A l l í la acostaron, LOS ROPAJES
las puertas gimieron tapiáronla luego,
Existen almas b e l l a s en cuerpos
y e l santo recinto y con un saludo
s i n hermosura . . .
quedóse d e s i e r t o . despidióse e l duelo.
ierto- d í a , la Hermosura y la Fealdad se juntaron en la o-
De un r e l o j se oía La piqueta a l hombro la fJel
mar. Y decidieron una y l a o t r a : "Vamos a remojar-
compasado e l péndulo, e l sepulturero
dijo a s í mismo :
"¡Cuanta vida s i g n i f i c a e s t e d i n e r o ¿ C ó m o puede a l -
nos en e l mar."
ien dar todo esto por una piedra muerta, esculpida, e n t e r r a -
Después, se despojaron de su ropaje y: se sumergieron
en la t i e r r a durante mil años?".
aguas del mar. Y después de un r a t o , l a Fealdad sal¿6
la playa, se colocó los ropajes de la Hermosura y contii Y el coleccionista contemplaba l a e s t a t u a y se decía :
su i t i n e r a r i o . }ue hermosa! ¡Y f r e s c a con e l dulce sueño de mil años! ¿Cómo
jde alguien dar todo a cambio de dinero muerto y sórdido?".
Y la Hermosura, igualmente s a l i ó del mar, y a l no hall
ropaje y siendo muy ¡tímida para caminar desnunda, se colj GIBRAN JALIL GIBRAN
e l ropaje de la Fealdad, y la Hermosura igualmente cont
su i t i n e r a r i o . EL GENERO DRAMATICO

Y desde aquel momento, los seres humanos l a s confunden En este género, el e s c r i t o r dá vida a sus personajes
clan la una con la o t r a . jando un mundo adaptado a l a realidad en l a que se mueven y

A pesar de l o cual, hay personas que han contemplado la capaces de t r a n s m i t i r sus propios sentimientos, ya sean -
de la Hermosura y la reconocen s i n importar l o s ropajes idadosos o perversos.
lleva puestos. Y hay otras que reconocen l a cara de la El drama es l a representación de una acción dialogada que
dad s i n que e l t e j i d o se la esconda a sus o j o s . desarrolla entre varios personajes y es l a forma de expre-
)n adecuada para este género que es considerado como mixto,
GIBRAN JALIL GIBRAN ís en e l se mezclan el'elemento objetivo del género épico y
elemento subjetivo del género l í r i c o .
V A L O R E S
Las obras dramáticas presentan una e s t r u c t u r a d e f i n i d a , -
ra secuencia es l a s i g u i e n t e :
Una vez, un hombre desenterró una estatua de mármol
mentación - Es en l a que los personajes dan a conocer por -
gran b e l l e z a . Se la llevó a un c o l e c c i o n i s t a que amaba ti
s í mismos e l c o n f l i c t o de l a obra y el papel -
das l a s cosas b e l l a s y se l á o f r e c i ó én venta. El cole<
que desempeñarán en su d e s a r r o l l o ,
n i s t a la compró a precio elevado. Y se separaron.
lo - Es l a complicación de los hechos, lo cual tiene
Y cuando e l honbre se f u e a casa con su dinero, pensi al espectador en tensión y gradualmente va e l e -
se haya conducida a la f a t a l i d a d .
vándose h a s t a l l e g a r a l climax de l a obra
a palabra tragedia viene del griego "tragos" que s i g n i f i c a ma-
Desenlace - Esta es l a última p a r t e de l a obra, en la
llo cabrío. Sus —'¿enes los encontramos en las f i e s t a s l i t ú r -
se resuelve f e l i z o dolorosamente e l conf
gicas en honor de Dionisio o Baco, Dios del vino, en las cuales
planteado.
e s a c r i f i c a b a un macho cabrío y l e entonaban e l d i t i r a n b o , him
Los elementos del drama son: La Acción, Los Persona no alusivo a las hazañas del Dios, con e l f i n de causar miedo,"
El E s t i l o y e l L e g a j e . Dánico O t e I JL UI .
La Acción - Se llama acción dramática a l a manera cora: ,os máximos representantes de l a tragedia en l a l i t e r a t u r a clá-
desenvuelve e l argumento en l a obra teatr ica son los griegos: Esquilo, Sófocles y Eurípides. Los crea-
d e s a r r o l l a r l a s p a r t e s de l a obra. (Prese ores de l a tragedia moderna o drama trágico que busca sus e f e c
ción, Nudo y Desenlace). s en el c o n f l i c t o de pasiones fueron, Lope de Vega, Shakespea
Los Personajes-Estos deberán presentar un c a r á c t e r defini , Tirso de Molina, Juan Ruíz de Alarcón, Calderón de l a Bar-~
manteniéndolo a l o largo de l a obra. Su a, Victor Hugo, Gohete, e t c .
tamiento, forma de v e s t i r y de h a b l a r , de
e s t a r de acuerdo con e l personaje que se a Comedia - La Comedia es una obra en l a cual se presenta una
senta, para de e s t a manera, producir una cción de f e l i z desenlace, generalmente inspirada en los i n c i -
ción de realidad entre los espectadores. d e s de l a vida d i a r i a , v i s t o s por e l lado cómico, pues sus -
El E s t i l o - La obra dramática debe ser menos elevada untos son de carácter f a m i l i a r o s o c i a l .
épica, su lenguaje debe ser menos b r i l l a n comedia sur
S e e n Grecia, con Aristófanes y Menandro; en Roma
e l que se enplea en e l género l í r i c o , o sepltivan e s t e subgénero Plauto y Terencio y en l a l i t e r a t u r a mo
be ser natural y s e n c i l l a . ma es cultivada por Lope de Vega, Shakespeare, J a c i e n t o , Be-
vente. e t c .
El Lenguaje - Este debe e s t a r de acuerdo a l a s caracter
cas de l a época y e l lugar en e l que se d
l i a l a obra, siendo además, claro y correc

El Género Dramático t i e n e como subgénero: La Traged


La Comedia y El Drama.
La Tragedia - Se da el nombre de tragedia a una obra ext
de tono solemne, de e s t i l o elevado, cuya a
Las formas breves de l a comedia son: Pasos o Pasil lian un concepto teolSgico r e f e r e n t e al Sacramento de l a
Farsa, Entremes, Juguete Cómico, Loa, Drama Alegórico, An Eucaristía, ejemplo: Los Autos Sacramentales de Sor Jua-
-
Sacramentales, Sainete, Comedia de Costumbres, Comedia de na Inés de l a Cruz.
t r i g a y l a Pantomima. 8.- Sainete: Es un cuadro cómico y breve, de tono jocoso o *
1 . - Pasos ou P ra3xj.j.us;
a s i l l o s : oui uicvw conposiciones
Son breves ^umpuaj-^xuiica uraiiiauci«
dramática s a t í r i c o , en e l cual se reproducen costumbres populares
gran intensidad cómica, ejemplo: Los Pasos de Lope di ejenplo: Los Saintes de Don Ramón de r«,,
Rueda. h- Comedia de Costumbres: Es una pieza dramática con asunto
2.- Farsa: Surge en l a época medioeval^^aunque en sus i cómico o tomado de los episodios de l a vida s o c i a l , ejem
cios tuvo c a r á c t e r r e l i g i o s o , después ¿e h i z ó profana pío: Don Juan Tenorio de José Z o r r i l l a .
una s e n c i l l a composición dramática de escasa f i n u r a y Comedia j e I n t r i g a : Es una pieza dramática que se carac-
licadeza, en l a que e l autor t r a t a de moralizar, crit t e r i z a por lo complicado de l a acción, ejenplo: El Mejor
o s a t i r i z a r , pero sienpre de manera jocosa, ejenplo: Alcalde, El Rey de Lope de Vega.
sas de Lucas Hernández. La Pantomima: Son representaciones t e a t r a l e s en l a s que
3.- Entremes: Pieza cómica que s o l í a representarse entre los autores en vez de u t i l i z a r el diálogo para l a comuni-
actos de una obra dramática extensa, ejenplo: Los Ent cación con e l espectador, enplean e l lenguaje mímico.
meses de Cervantes. Drama: Es l a representación a r t í s t i c a de una acción huma
4 . - Juguete Cómico: Es muy semejante a l entremes. Suele na, en l a cual se manifiestan l a t o t a l i d a d del sentimien-
sienpre de escaso valor l i t e r a r i o , e s t á caracterizado to en variedad de e f e c t o s .
l a l i b e r t a d y l i g e r e z a en el enredo o en l a caricatur El asunto dramático cabe toda l a vida en sus aspectos in-
ejenplo: Las Piezas de los Hermanos Quintero. t e l e c t u a l , s e n s i t i v o y v o l i t i v o , siempre que sean b e l l a y
5.- Loa: Es una breve pieza dramática en l a que se enalte dignamente manifestados, ejenplo: Los Dramas de Shakeas-
peare.
a un personaje, ejenplo: Loa para l a Festividad de Co
pus de Sor Juana Inés de l a Cruz. De l a unión entre l a música y l a poesía brotan en e l dra
6 . - Drama Alegórico: Es una conposición de c a r á c t e r Cómic los poemas dramáticos musicales.
dramático, en l a cual los personajes son encamaciones
, , ,. . . . „ Las
Las formas
formas nmás p e r f e c t a s del drama musical son: La Ope-
ideas abstractas t a l e s como l a f e , l a r e l i g i ó n , e l amo la Zarzuela.
m . , _ _ y la Zarzuela,
l a v i r t u d , e t c . , ejenplo: Los Triunfos de Petrarca.
7.- Autos Sacramentales: Son dramas alegóricos que desarro La d i f e r e n c i a entre ópera y zarzuela radica en l o s i -
guíente: En l a primera, l a acción, e l canto y l a música
_ ftos da a conocer e l p r e t é r i t o .
nen l a misma inportancia, en t a n t o que en l a zarzuela, al
La Propaganda.- Dentro del género didáctico podencs c i t a r
nativamente se canta y se declama. Algunos cultivadores
l o s procedimientos por los qus se hace l l e -
l a ópera Verdi y Wagner, y de l a zarzuela, Chapi y Vives.
gar l a palabra del honbre a l a s multitudes;
unas veces para convencer y otras para i n s -
La opereta es una composición dramático-musical de
truirlos .
j o r inportancia, de dimensiones más pequeñas que l a ópera
su tema generalmente se r e f i e r e a algún asunto e r ó t i c o , La O r a t o r i a . - Sé ha dado e l nombre de o r a t o r i a a l a espíe
predominio de l a música en l a opereta es tan inportante sión l i t e r a r i a que a s p i r a a s e r b e l l a por -
medio de l a palabra hablada. El orador e s -
en l a Ópera, ejemplo: Las Operetas de Strauss.
quíen habla elocuentemente con intención de
persuadir.
5.- GENERO DIDACTICO.
El Periodismo.- Se llama periodismo al a r t e de e s c r i b i r -
Se denominan didácticas todas las obras que están de a r t í c u l o s destinados a l a divulgación didác
nadas a enseñar una ciencia o a r t e . En é s t e t i p o de l i t e t i c a o sinplemente a l a difusión de n o t i - ~~
r a los autores u t i l i z a n l a forma e x p o s i t i v a , siguiendo un cias que aparecen en los diarios o p e r i ó d i -
todologia adecuada para t r a s m i t i r l a forma más simple el c o s , r e v i s t a s semanales, quincenales o nen-
cimiento objeto de estudio o bien demostrar, analizar o c suales,
vencer a sus lectores de lo que se afirma.

Pueden ser objeto de é s t e t i p o de l i t e r a t u r a todos 1


temas materiales o e s p i r i t u a l e s , e l estudio de ideas r e l i
s a s , e l de l a moral, l a s leyes que rigen e l saber humano,
ciencias biológicas o cualquier t i p o de materia que se pre
de enseñar.
Pertenecen a éste género, l a s siguientes especies l i
rias :
a..- La H i s t o r i a . - Dentro de l a d i d á c t i c a se debe mencionar
h i s t o r i a , o sea, l a ciencia que estudia
UNIDAD 3
Las obras l i t e r a r i a s en que el e s c r i t o r da vida a sus per
EJERCICIOS DE EVALUACION
sonajes, creando un nrndo adaptado a l a realidad en que -
se mueven y son capaces de t r a n s m i t i r sus propios s e n t i -
Cuando l a s obras l i t e r a r i a s poseen c a r a c t e r í s t i c a s co mientos, bondadosos o perversos, pertenecen al génere -
según un mismo punto de v i s t a , se agripan y a éstos g
se l e s llama :
Las obras que están destinadas a enseñar una ciencia o ar
¿Cuál es l a c l a s i f i c a c i ó n de los Géneros? t e , pertenecen al género __

TOTOCCIQ^S.- Frente a cada una de l a s s i g u i e r t e s d e f i n i -


¿.'Cuáles son los sub-géneros del género épico? ciones de l o s sub-géneros del género épico:
Los Cantares de Gesta, La Epopeya, La Leyenda
El Cuento, La Novela, La Fábula, El Romance
La Balada, anote a cuál pertenece.
¿Cuáles son los sub-géneros del género l í r i c o ? Es una narración en prosa de mayor extensión que e l cuen-
t o , su trama es conpleja, plantea situaciones c o n f l i c t i -
vas, numerosos personajes de caracteres diversos, de he-
chos reales o f a n t á s t i c o s . '
¿Cuáles son los sub-géneros del género dramático?

Son poemas donde se narran hazañas de guerreros o caudi-


Las obras l i t e r a r i a s cuya f i n a l i d a d es únicamente l a l l o s que generalmente se conservan por t r a d i c i ó n o r a l , de
r r a r , contar o r e l a t a r algún suceso, y el autor dese origen popular.
el papel de t e s t i g o u observador, pertenecen al Género
Conposición breve en verso o en prosa, relata hechos ima-
Las obras" l i t e r a r i a s que expresan sentimientos, emoci ginarios cuyas raíces son reales o h i s t ó r i c a s , pusde s e r
estados anímicos del poeta, , por lo que son individúale popular, generalmente anónima.
s u b j e t i v a s , pertenecen al genero
l í n e a , según corresponda a Las Odas, La Elegía,
Se deriva de los Cantares de Gesta, presenta c i e r t a inflie Canción, El Madrigal, El Epitalnáo, La Rima, La
l í r i c a , de breve extensión, su misión es r e l a t a r hechos he Letrilla.
eos ó legendarios. _ Conposición l i t e r a r i a de cuatro versos, c l á s i c a , cómica, s a t í r i
Poema de gran extensión, r e l a t a hechos heróicos de persona r i c a , breve, l l e n a de malicia, en?)lea recursos ingeniosos para
r e a l e s o imaginarios, c u l t a o popular. r i d i c u l i z a r o provocar l a r i s a .

Poema dividido en varias e s t r o f a s , terminadas en un e s t r i b i l l o .


Relato épico de los Pueblos Germanos.
Expresa e l entusiasmo del poeta sobre algún acontecimiento r e í i
gioso, heróico, f i l o s ó f i c o o moral, descubriendo l a grandeza de
Composición en prosa de trama s e n c i l l o y pocos personajes
alguna divinidad o l a s hazañas de hérees nacionales o pretende
hecho que se r e l a t a puede s e r r e a l o imaginario. encauzar l a s pasiones del l e c t o r .

Conposición de cortas dimensiones, se d e s a r r o l l a una acci J Poema breve, conciso y sobrio, expresa viva y melodiosamente -
c a r á c t e r alegórico con e l f i n de impartir una enseñanza. ideas o sentimientos melancólicos.

Por qué es en l a poesía donde se encuentra más desenvuelto Fonna p o é t i c a de origen provenzal, expone los sentimientos amo-
l a o s del poeta.
género l í r i c o ? __ —
Composición l i t e r a r i a que se r e f i e r e a algún acontecimiento -
A continuación anota las leyes más importantes de l a l í r i
t r i s t e o melancólico, expresa sentimientos de dolor por un. he-
Io - cho lamentable.
2o - Es un canto de bodas, e l más b e l l o es "El Cantar de los Canta-
3o res" de Salomón.

4o C o n d i c i ó n l i t e r a r i a breve, encierra un sentimiento amoroso o


halagador de una manera velada o a r t i f i c i o s a , famoso e l "Ojos -
5o
Claros, Serenos".
INSTRUCCIONES.- Frente a cada una de las siguientes expres
de sub-géneros del género l í r i c o , anota e
INSTRJCCIONES: - I d e n t i f i c a en las siguientes definicionesjj ¿Cuál es e l Nudo en una obra d r a s t i c s ?
sub-géneros del género dramático, anotando
l a l í n e a según corresponda a La Tragedia,,,
Comedia o e l Drama.
Es una obra extensa, de tono solerme, e s t i l o elevado]
¿Qué es Desenls.ee, en una obra dramática?
acción se h a l l a conducida a l a f a t a l i d a d .
. • ... - - y.-: 1 « .. |

una obra en l a cual se presenta una acción de f e l i z di


l a c e , generalmente inspirada en los incidentes de la I
¿A qué se le 11 cima Acción en una obra dramática?
d i a r i a v i s t o s por e l lado cómico, asuntos de carácter;
miliar o social.
. - --f-,^- ^ » V - J

• Es l a representación a r t í s t i c a de una acción humana, I


¿Cfimo deben s e r los" personajes de una obra drairática?
manifiestan l a t o t a l i d a d del sentimiento en variedad I
e f e c t o s , abarca toda l a vida en sus aspectos intelectj
s é n t s í t r f o y v o l i t i v o , b e l l a y dignamente manifestados

- ¿Cuál es l a secuencia de l a e s t r u c t u r a dé una obra dramí


ca? . : J <.CÓmo debe s e r e l E s t i l o en una obra dramática?

- ¿Cuáles s^n les elementos del drama?


¿C6mo debe s e r e l Lenguaje de una obra dramática?

- ¿A qué se l e llama presentación en una obra dramática?


^ Es ima s e n c i l l a conppsición drí
de escasa f i n u r a y l i c a d e z a , se t r a t a de moralizar, critj ¿Quiénes son los máximos representantes de l a tragedia en la
-o s a t i V i z a t , sienpfé de manera joco§ar, l i t e r a t u r a clásica?

• - Es una pieza dfamática con asunto


co o toma4p de los episodios dé l a vida s d t i a i .

. ^ .. Pieza cómica que s o l í a representar ¿Quiénes fueron los creadores de l a tragedia moderna o drama
trágico?
e n t r e dos actos de una obra dramática extensa.
i . ' - "V , ,

>v . ... Solí drenas alegóricos qu 6 desarrol


un concepto teológico Referente ai SaCraiie'ír^o de l a Rucara
INSTRUCCIONES:- Anota l a palabra que conplete correctamente -
_ , , Suele s e r sieiípr© de estaco valqí los siguientes enunciados.
r a r i o y e s t á C8fracte&á¿a$) p o t l a l i ^ é r t á d y l i g e r e z a
— _ _ Son representaciones t e a t r a l e s en e l -
•redo o ,en l a c a r i c a t u r a . que se enplea e l lenguaje mímico.
— — . . . i
•%
. — i —
Mv ¡
->
. f
í a acción d e j canto y l a música ti\
Es una breve pieza dramática en l a -
l a misma i n p o i ^ a l ^ i a .
que enaltece a un personaje.
. s , • . . Composición dramático-mus i cal cte ríe
_ Es un cuadro cómico y breve de tono
inpoítancia, su tern^ generalmente s.e r e f i e r é a algún asuntcj
jocoso o s a t í r i c o , en el que se reproducen costurares popula-
erótico. res .
Es l a .representación a r t í s t i c a de
Son breves conposiciones dramáticas -
acción humana en l a que se manifiesta l a t o t a l i d a d del seril
de gran intensidad cómica.
mieilto, en variedad de efecto^-.
Una composición de carácter cómico o
dramático, los personajes son encarnaciones de ideas abstrac-
tas como l a f e , l a r e l i g i ó n , el amor, e t c .

Es una pieza dramática que se caracte


riza por lo complicado de l a acción.
¿ Cuáles son l a s especies l i t e r a r i a s que pertenecen al génci UNIDAD 4
didáctico ? • - EL ANALISIS LITERARIO -

¿ Qué es l a H i s t o r i a ? OBJETIVO PARTICULAR :

Tiempo : 8 Frecuencias
Al término de la Unidad, el alumno :
Aplicará l a metodología para e l a n á l i s i s de l a obra Lite-
¿ Qué es l a Propaganda ? raria.

95*Í?ÍÍY9§ ESPECIFICOS :
¿ Qué es Oratoria ?
4 . 1 . - Explicará en que consiste un a n á l i s i s l i t e r a r i o en
obras seleccionadas.
4 . 2 . - Distinguirá e l fondo y l a forma en l a obra l i t e r a -
ria.
¿ Qué es e l Periodismo ? 4 . 3 . - Explicará cada uno de los elementos externos e in-
ternos que posee toda obra l i t e r a r i a .
4 . 4 . - Determinará los elementos de l a metodología de aná-
l i s i s de una obra l i t e r a r i a , u t i l i z a n d o un cuento o
una novela.
¿ Cuáles son l a s especies l i t e r a r i a s que pertenecen al génci UNIDAD 4
didáctico ? • - EL ANALISIS LITERARIO -

¿ Qué es l a H i s t o r i a ? OBJETIVO PARTICULAR :

Tiempo : 8 Frecuencias
Al término de la Unidad, el alumno :
Aplicará l a metodología para e l a n á l i s i s de l a obra Lite-
¿ Qué es l a Propaganda ? raria.

95*Í?ÍÍY9§ ESPECIFICOS :
¿ Qué es Oratoria ?
4 . 1 . - Explicará en que consiste un a n á l i s i s l i t e r a r i o en
obras seleccionadas.
4 . 2 . - Distinguirá e l fondo y l a forma en l a obra l i t e r a -
ria.
¿ Qué es e l Periodismo ? 4 . 3 . - Explicará cada uno de los elementos externos e in-
ternos que posee toda obra l i t e r a r i a .
4 . 4 . - Determinará los elementos de l a metodología de aná-
l i s i s de una obra l i t e r a r i a , u t i l i z a n d o un cuento o
una novela.
• ELEMENTOS DE ESTRUCTURA.
1.- CONCEPTO DE ANALISIS LITERARIO
Como se ha mencionado en e l punto a n t e r i o r , a través del
Analizar una obra l i t e r a r i a es t r a t a r de l l e g a r al mens tnálisis l i t e r a r i o tratamos de l l e g a r ai mensaje del e s c r i t o r
j e que pretende dicha obra, para conprenderla adecuadamente en el estudio de este mensaje encontramos dos elementos im-
ortantes que son: El Fondo y La .Forma.
Rudimentariamente las personas i n t e r p r e t a n los mensajes
aún s i n tener los más simples conocimientos de l a técnica 1 Antes de i n i c i a r e l a n á l i s i s sobre e l fondo y l a forma, -
t e r a r i a , pues l a sensibilidad humana capta situaciones de biencionaremos algunos otros elementos importantes que se de-
l l e z a que se l e presentan a l o s sentidos y que en aquel mcm en considerar al analizar una obra y éstos son:
to e s t á en l a disposición emotiva de entenderla y comprende] - Datos de l a Obra:
la. Es inportante tomar en cuenta el t í t u l o de la o b r a , -
el s u b t í t u l o s i lo t i e n e , asimismo mencionar s i el t í t u l o
Algunos e s c r i t o r e s han emitido definiciones sobre el co;
ha sufrido algunas variaciones a través del tierrpo, men-
cepto de a n á l i s i s l i t e r a r i o , entre e l l a s encontramos l a de
cionar e l nombre de l a Casa Editora y e l año en que fue -
Moisés Jiménez Alarcon, quien manifiesta que "El a n á l i s i s 1
editada l a obra.
t e r a r i o es l a aplicación de diversos conocimientos al estud
de una obra l i t e r a r i a , desconposición y examen de sus elemei " D a t o s d e l Autor:
A e s t e respecto, debe mencionarse el nonbre del Aut-
t o s , descubrimiento de sus v a l o r e s : e s t é t i c o s , lingüísticos
tor o el seudónimo de éste s i lo t u v i e r e / s i es obra anó-
filosóficos, etc."
nima, s i se cuenta con antecédentes que nos lleven a l a -
Para Roberto Petsch "El a n á l i s i s l i t e r a r i o es l a curios conclusión de que dicha obra se debe a t r i b u i r a alguien.
dad de saber como e s t á hecho, que e s ; en c i e r t o sentido re También es necesario mencionar algunos datos de los auto-
s u l t a una autopsia". res, t a l e s como sus antecedentes l i t e r a r i o s o algunas -
Como se puede observar, los distintos" estudiosos de la otras obras de importancia que haya e s c r i t o .
t e r i a llegan a l a conclusión que se manifiesta en los primeros Análisis Externo.:
p á r r a f o s , o sea que de una forma o de o t r a , t r a t a n de compre a.- Estructura Formal.- A e s t e respecto debe mencionarse
der el mensaje del e s c r i t o r y los elementos que l e sirvierof s i l a obra e s t á dividida en partes, capítulos, libros
para poder t r a n s m i t i r dicho mensaje rapsodias, cantos, e t c . De l a simple observación de
l a obra nos damos cuenta en forma inmediata como está
dividida l a e s t r u c t u r a formal de l a misma. m a t e r i a l , incluímos en esto l a forma de como u t i l i z a n
Figuras de Lenguaje.- Siendo l a l i t e r a t u r a una de 1 los personajes o bien de como se narra l a obra, en -
l i a s a r t e s , e l e s c r i t o r t r a t a de presentar su obra e primera o segunda persona.. Se habla de primera perso
ando é l lenguaje más b e l l o que puede encontrar o bien na cuando el protagonista toma parte activa en el de
;
simple, para poderse expresar, esto dependiendo del t s a r r o l l o de l a obra y es en segunda persona cuando -
de obra que e s t é realizando, pues al e s c r i b i r un poe ese protagonista se desliga de lo que ocurre en el -
frecuente que e l e s c r i t o r emplee l a s f i g u r a s de dicci transcurso de l a obra.
( e p í t e t o , r e p e t i c i ó n , retuecano, e l i p s i s , aliteración Análisis Interno. (Contenido)
e t c . ) . De s i g n i f i c a c i ó n o Tropos (metáfora, sinegdoq Al r e a l i z a r el a n á l i s i s interno de una obra, estamos
metonimia, e t c . ) , o bien f i g u r a s de pensamiento (para refiriéndonos al contenido de l a misma o bien al fondo de
j a , a n t i t e s i s , hipérbole, prosopopeya, iromía, e t c . ) , ésta. El fondo nos lleva a conocer e l mensaje del e s c r i -
pues a través de l a obra se pretende manifestar l a be tor, por lo que analizaremos cada una de l a s partes que -
za de l a s palabras. Ahora b i e n , s i se pretende escri lo forman.
una obra de t i p o didáctico, entonces el e s c r i t o r empl a.- Tema.- El tema es l a materia del texto del que t r a t a
e l lenguaje más s e n c i l l o y f á c i l de comprender con el l a obra, que en un momento dado puede ser real o ima-
j e t o de poder t r a n s m i t i r en forma adecuada lo que se p ginario. Es l a idea central de una obra l i t e r a r i a ; -
tende enseñar y que es e l objeto de l a obra. es e l concepto general que nos formamos al l e e r la o-
E s t i l o . - Podríamos d e f i n i r el e s t i l o como l a forma p bra y que el autor a través de los personajes nos pue
nal que tiene cada e s c r i t o r para l a elaboración de una de t r a n s m i t i r estados emotivos ya sea de amor, de -
obra l i t e r a r i a . Ortega y Gasset lo define como una se odio, de celos, de soledad, o bien el deseo de subsis
de actos selectivos que el e s c r i t o r e j e c u t a , dándole f tir.
nomía a l a obra. b.- Asunto.- El asunto, al observar una obra, l o encon-
Punto de V i s t a . - Es e l punto desde e l cual l a obra p tramos en l a observación p a r t i c u l a r de los personajes
ser observada para i d e n t i f i c a r algunos rasgos del escr puede ser de orden sentimental, social o e s t é t i c o , pa
t o r . Todos los e s c r i t o r e s dentro de sus obras presen' ra algunos autores del asunto es l a base h i s t ó r i c a -
algunos rasgos personales, ya sea en l a administración que t i e n e una obra y que le da valor y originalidad a
del tiempo de l a obra o bien en el enpleo del material l a misma.
r a l a r e a l i z a c i ó n de e s t a obra. Al hablar del empleo Argumento.- El argumento es el resumen de lo narrado
pretende s i n t e t i z a r l a h i s t o r i a de una obra l i t e r a r i a ,
personaje o personajes como un ser l i t e r a r i o que dota
portando únicamente los hechos p r i n c i p a l e s .
do de vida propia, se manifiesta por su presencia, -
Acción.- acción nos s i t ú a sienpre en un espacio y
con sólo presentarse revela su conducta y da a cono-
tienpo, púés es un cómputo de hechos que se van prese
cer su c a r á c t e r . Tradícionalmente los personajes se
do en forma r e a l o psicológica y que se e n t r e t e j e evol
han c l a s i f i c a d o en p r i n c i p a l e s o secundarios. Al ana
cionando de lo próspero a l o adverso o viceversa.
l i z a r una obra l i t e r a r i a es conveniente observar e l -
Relación Espacial.- Es l a s e r i e de lugares en que se
origen, función o j e r a r q u í a de l o s personajes. Tam-
•ven los personajes y que d e s a r r o l l a l a acción. Estos
bién se debe observar s i e l personaje es creado por
gares los conoce el l e c t o r a través de l a narración q
el autor o s i ya t e n í a vida p r o p i a , algunos persona-
nos hace e l autor y a s i nos puede ubicar en una céntri
j e s no son humanos ( l a s e l v a , l a l i b e r t a d , e l mar, -
c a l l e de alguna ciudad inportante o bien a l a s orillas
e t c . ) , según e l papel que desenpeñe en l a obra pueden
un tranquilo lago.
s e r : Protagonistas o Antagonistas. En l a psicología
Relación Tenporal.- Esta es l a forma en que transcu
de ios personajes se analiza; cualidades, defectos, -
e l tienpo dentro de l a obra, puede manejarse de época,
c a r á c t e r , temperamento, conducta de l a obra @tc.
almanaque, de r e l o j , de estaciones del año; algunos a
Análisis Interno.- Estructura.- (Forma)
res manejan a l a perfección el tienpo cronológico deta
Entendemos por forma sobre todo los elementos de que -
liando momento a momento l o que va sucediendo en e l t
el autor se vale para l l e v a r a cabo su o b r a - l i t e r a r i a , a
curso de l a obra, algunos otros manejan el tienpo hist
continuación señalamos algunos de los más importantes.
co hablando de un pasado inmediato y de como se sucedí
a.- Plan.- El plan puede e x i s t i r antes de que l a obra -
ron los hechos que están narrando. Podemos mencionar
sea estructurada o bien puede i r s e adecuando a e l l a .
existen dos formas de medir e l tienpo dentro de una ob
El plan es l a forma como e l e s c r i t o r pretende l l e g a r
puede ser e l tienpo objetivo o cronológico que es e l q
a su o b j e t i v o , enpleando para t a l efecto todos los -
se r e f i e r e a los d í a s , meses o años que van transcurrí
elementos materiales necesarios y ordenándolos en f o r
do a l cabo de l a obra y el tienpo subjetivo que es el
ma adecuada.
e x i s t e únicamente en l a mente del e s c r i t o r y que a tra"
b.- Partes y Secuencia.- Habiendo elaborado e l plan r e s -
de e s t e tienpo puede retroceder cronológicamente todo
pectivo, e l autor puede i r integrando cada una de l a s
que desee, con e l objeto de elaborar su obra.
partes hasta formar un todo. Esta idea se r e f i e r e a
Personajes.- La mayor p a r t e de los e s c r i t o r e s definen
l a ordenación interna de pensamientos, emociones, he-
LITERARIA.
chos, s e r e s , cosas (forma i n t e r i o r o de estructura))
su expresión (forma e x t e r i o r , vocabulario y e s t i l o ) , La Técnica L i t e r a r i a es l a forma o procedimiento que em-
orden r e s u l t a del fondo mismo de l a s cosas, 4e l a di plea el autor para d e s a r r o l l a r su obra, entre e l l a s pode
ción adecuada de elementos para manejar un fc£ma dete mos señalar las s i g u i e n t e s :
do. .- Narración.- Este procedimiento consiste en contar suce-
c . - Forma Rítmica.- Esta se r e f i e r e a l a forina como pue' sos tomando como f a c t o r determinante e l tienpo; se puede
s e r e s c r i t a una obra l i t e r a r i a ; Prosa y Vprso. La p observar que acontecimientos ubica el autor en primer p í a
es l a forma natural de expresión l i t e r a r i a , e v i t a la no, s i posterga, s i es lento o acelerado, s i sigue un ór-
laridad métrica y l a regularidad del acento, es lo q den sistemático o i n i c i a con e l climax; s i narra hechos -
munmente se conoce como e s c r i b i r a renglón seguido, verosímiles o totalmente f a l s o s ; s i es s u p e r f i c i a l o le -
verso es e l conjunto de palabras que se escriben en da toques s i g n i f i c a t i v o s a l a obra.
sola l í n e a de una composición p o é t i c a ; también se le Descripción.- Tiene como f i n a l i d a d provocar en nuestra -
c e como la- unidad mínima que constituye una estro imaginación una impresión profunda y conmovedora, equiva-
d . - Vocabulario o Léxico.- Al r e a l i z a r un a n á l i s i s inte lente a l a impresión s e n s i b l e , se describe no sólo a t r a -
al fondo de una obra l i t e r a r i a se puede observar como vés de l a v i s t a sino a través de todos los sentidos. La
expresan los contenidos de l a misma, analizando e l descripción l i t e r a r i a tiende a conocer lo que se ve gene-
l a r i o u t i l i z a d o , este elemento es muy inportante, pue ralmente por esquemas memorizados o por recuerdos. Las -
nos da a conocer l a madurez del idioma y el progreso descripciones pueden s e r inmóviles, semiestáticas o diná-
t u r a l de Un pueblo, conociendo además sus modismos o micas.
gionalismos. Diálogo.- El procedimiento dialogal puede s e r directo si
ocurre sólo entre dos personas, s i n p a r t i c i p a c i ó n del na-
El lenguaje que emplee e l autor puede s e r erudito o
rrador, también es indirecto s i se incorpora al diálogo -
l a r , simple o con rebuscamiento.
el discurso del narrador. Esta forma es común sobre todo
en la gramática, los personajes hablan sobre algún"tema -
en p a r t i c u l a r , a través del diálogo e l l e c t o r se dá cuen-
ta de l a secuencia de l a acción.
- Monólogo.- Se presenta cuando el personaje habla de una
época determinada, s i n esperar respuesta de otro peri ^ c i r , e l autor deja a l o s personajes que hablen por s í -
j e , es d e c i r , cuando piensa en voz a l t a , recordando! "úsmos, aunque sienpre e s t á l a presencia del narrador.
t i f i c a n d o situaciones de su vida en relación con otij 4.- ANALIZA LAS SIGUIENTES COMPOSICIONES,
sonaje a que él se r e f i e r e en e l r e l a t o o que intei
Ya hemos estudiado los aspectos de l a obra l i t e r a r i a .
directamente en l a narración. Se habla de un monól
Ahora efectúa e l a n á l i s i s de las siguientes fábulas y conposi
t e r i o r cuando se observa que e l personaje e s t á pens
iones que van a continuación:
pero en forma organizada para l a comunicación, como
EL
b l a r a para s í mismo. | DIAMANTE
José Rosas
e , - Soliloquio.- Es cuando un personaje piensa en voz J M01^110 (Mexicano)
s i n i n t e r e s a r l e l a forma, (el personaje se pregunta!) 1838-1883
contesta a s í mismo). ' T r i s t e > °P aC0 > s i n b i l l a r Así e l hombre no educado,
un diamante no pulido, cual piedra desconocida,
f . - Autor Omnisciente.- Es cuando e l autor s i n interven!
rectamente en l a obra mueve todos los h i l o s de los p( mcontrábase perdido suele encontrarse en l a vida
n a j e s y los hace aparecer en acción hacia el objetive m e l v a l l e d e l P a l m a ^ t r i s t e , sin l u z , despreciado;
seado, en e s t e caso l l e g a a l climax del protagonista V i 6 1 e m ^ e r o 3 1 P 3 5 ^ más s i a e s t u d i a r consagrado
l a obra. a su t a l l e r le l l e v ó ; busca el saber con anhelo,
uidadoso l e labró, tórnase en dicha su duelo;
Dentro de l a Técnica L i t e r a r i a se rpueden observar all v _ _ . ^ _ .„ „
hermoso entonces, l u c i e n t e , l a educación lo enbellece,
o t r a s formas como es e l uso que hace el e s c r i t o r de 1
Magnífico y espledente y en su alma que resplandece
personas dentro de su obra. ;• ,
La luz del sol r e f l e j ó r e f l e j a l a luz del c i e l o .
a . - El uso de l a Primera Persona.- Se dice que un autorf
EL LEÑADOR Y EL SANDALO
l a primera persona en l a s obras autobiográficas, es o|
José Moreno Rosas
cuando e l creador narra al l e c t o r su vida, sus peripe
sus desdichas. Un leñador el tronco destrozaba
La L i t e r a t u r a Picaresca género aparecido en España en de un sándalo oloroso,
siglos XVI y XVII, t i e n e como c a r a c t e r í s t i c a principa, y e l árbol generoso
ser autobiográfica, ejemplo: "El Lazarillo de Tormes e l hacha con su esencia perfumaba.
b . - El Uso de l a Tercera Persona.- Es e l más común en es
Imitad un ejenplo tan hermoso,
t i p o de narración, l a acción es narrada desde afuera,
que e l alma noble y p u r a , ASONANCIAS
de l a v i r t u d divina resplandece, Salvador Díaz Mirón (Mexicano)
c i f r a en e l bien su g l o r i a y su ventura 1853-1928
y hasta en cambio del mal e l bien o f r e c e . Sabedlo, soberanos y v a s a l l o s ,
próceres y mendigos;
TODOS TENEMOS HAMBRE nadie tendrá derecho a lo superfluo
Amado Ñervo (Mexicano) mientras alguien carezca de l o e s t r i c t o .
1870-1919 Lo que llamamos "caridad", y ahora
Bien sabes que todos tenemos hambre, hambre de pan, hanbre es sólo un móvil íntimo,
amor, hairfore de conocimiento, hairbre de p a z . . . será un porvenir lejano o próximo
Este mundo es un mundo de hambrientos. e l resultado del deber e s c r i t o .
El hambre de pan, melodramática, soflamera, ostentosa, es Y l a Equidad se sentará en e l trono
que más nos conmueve, pero no es l a más digna de conmove de que huya el Egoísmo,
¿Qué me dices del hanbre de amor? ¿Qué me dices de aquél y a l a ley del enfeudo, que hoy impera,
quiere que l e quieran y pasa por l a vida viendo en todas sucederá l a ley del e q u i l i b r i o .
t e s mujeres hermosas, s i n que ninguna le dé una migaja de
riño?
¿Pues y e l hanfrre de conocimiento?
¿El hambre del pobre e s p í r i t u que ansia saber y choca brut
mente contra el zócalo de granito de l a Esfinge?
¿Y e l hanbre de paz que atormenta al peregrino inquieto,
gado a desgarrarse los pies y e l corazón en los caminos?
Todos tenenos hanbre, s í , y todos, por l o t a n t o , podemos
cer caridad.
Aprende a conocer e l hará)re del que t e h a b l a . . . en e l co
to de que, f u e r a del hará»re de pan, todos se esconden. C
t o más inmensas, rrás escondidas.
UNIDAD 4 - ¿Cuáles son los datos del a u t o r , que se consideran en un-
análisis l i t e r a r i o ?
EJERCICIOS DE EVALUACION

• ¿Cómo defihe e l concepto Análisis L i t e r a r i o , Nfoisés Jiiré


nes de AlarcÓn?
¿Cuáles son los elementos del a n á l i s i s externo?

¿A qué se llama e s t r u c t u r a formal de una obra?

Según Roberto Petsch, qué es el Análisis L i t e r a r i o ?


¿Cómo nos damos cuenta de l a e s t r u c t u r a formal?

¿En qué consiste un Análisis L i t e r a r i o ? ¿Porqué son importantes l a s f i g u r a s del lenguaje en una -
obra l i t e r a r i a ?

¿Cuáles son los dos elementos importantes que se encuen-


En una obra d i d á c t i c a , ¿Cuál es e l lenguaje que se u t i l i -
t r a n en un a n á l i s i s l i t e r a r i o ? za?

¿Cuáles son otros elementos que se deben considerar al


analizar una obra?
¿Cómo se define el e s t i l o ?

¿Cuáles son los Datos de l a Obra en un a n á l i s i s l i t e r a r i


¿Qué entendemos por punto de v i s t a ?
Al hablar de empleo del m a t e r i a l , ¿Qué se incluye para ¿Qué se entiende por Relación Teirporal, de una obra l i t e -
tablecer e l punto de v i s t a en e l a n á l i s i s de una obra' raria?

- ¿Cuáles son los elementos que se consideran en un análij • ¿Cuáles son l a s dos formas de medir e l tienpo dentro de -
gis interno del contenido de una obra? una obra l i t e r a r i a ?

¿Qué entendemos por Tema en e l a n á l i s i s de una obra?


¿Cómo definen los e s c r i t o r e s al personaje o personajes en
una obra l i t e r a r i a ?

¿Qué entendemos por Asunto en el a n á l i s i s de una obra


teraria?
¿Cuál es l a c l a s i f i c a c i ó n que tradicionalmente se ha dado
a los personajes?

¿Qué entendemos por Argumento en'una obra l i t e r a r i a ?


¿Qué es conveniente observar de Los personajes, al a n a l i -
zar una obra l i t e r a r i a ?

¿Qué se entiende por Acción de una obra?

¿Cuáles son l o s elementos de que se vale el autor para -


¿Cómo se i d e n t i f i c a l a Relación Espacial en una obra 1 dar forma (estructura) y l l e v a r a cabo su obra l i t e r a r i a ?
raria? •
¿Qué se entiende por Plan del e s c r i t o r ? ¿En qué consiste l a narración?

¿A qué se r e f i e r e l a idea de Partes y Secuencias, en ¿Qué podemos observar en l a narración de una obra l i t e r a -
ria?
obra l i t e r a r i a ?

¿A qué se r e f i e r e cuando hablamos de Forma Rítmica en ¿Qué f i n a l i d a d t i e n e una descripción en una obra l i t e r a -
ria?
obra l i t e r a r i a ?

Al analizar el vocabulario o léxico de una obra l i t e r a ¿Cómo pueden s e r l a s descripciones?


¿Qué conocemos?

¿Cómo puede s e r e l procedimiento dialogal en una obra l i t e


raria? -
¿Cómo puede ser e l lenguaje que emplea e l autor en una
obra l i t e r a r i a ?

¿Qué entendemos por Técnica L i t e r a r i a ? ¿Cuándo se presenta e l Monólogo en una obra l i t e r a r i a ?

Ä
¿Cuáles son los procedimientos que u t i l i z a e l autor p
d e s a r r o l l a r su obra l i t e r a r i a ? ¿A qué se r e f i e r e un Monólogo i n t e r i o r ?
ì:

UNIDAD 5
¿A qué se l e llama Soliloquio?
ORIGEN Y CARACTERISTICAS DE LOS MOVIMIENTOS
ITERAR IOS: E L RENACIMIENTO, E L ROM ANTICISMO
Y E L REALISMO
:TIVO_PARTIOJLAR:
¿Cuándo entendemos que es e l Autor Omnisciente en una
literaria? Tiénpo : 18 Frecuencias
Al término de l a unidad, e l alumno:
Conocerá mediante el a n á— l i s i—s -v-
de determinadas obras, ll aa ss
^^xiuxuaucii ouras,
¿Qué podemos observar respecto al uso que hace de las c a r a c t e r í s t i c a s de los movimientos l i t e r a r i o s y los reía
sonas el e s c r i t o r en Una obra l i t e r a r i a ? ccionará
i o n a r á Ccon
Q n eel l ccontexto
ont social en que surgen:
a. Renacimiento
b. Romanticismo
c. Realismo.
¿En qué obras se u t i l i z a l a primera persona?

?TÍY9?_?§??CIFIC0S :

£CÓmo se u t i l i z a l a t e r c e r a persona en l a s obras litera 5.1 Describirá e l origen y c a r a c t e r í s t i c a s de los movi-


r i a s ?r% mientos l i t e r a r i o s
5.2 I d e n t i f i c a r á los diversos movimientos l i t e r a r i o s .
5.3 Analizará algunas obras l i t e r a r i a s más r e p r e s e n t a t i -
vas de cada uno de los movimientos.
5.4 Distinguirá l a s c a r a c t e r í s t i c a s de los movimientos -
l i t e r a r i o s a través de l a s obras analizadas.
5.5 Explicará como surgen los movimientos l i t e r a r i o s den
t r o de la evolución h i s t ó r i c a de l a l i t e r a t u r a . ~
5.6 I n t e r p r e t a r á los fenómenos sociales que se r e f l e j a n
en l a s diversas obras que i d e n t i f i c a n a cada uno de
los movimientos l i t e r a r i o s .
5.7 Relacionará las obras l e í d a s , representativas en ca-
da movimiento l i t e r a r i o , con su contexto socio-histó
rico c u l t u r a l . -
ì:

UNIDAD 5
¿A qué se l e llama Soliloquio?
ORIGEN Y CARACTERISTICAS DE LOS MOVIMIENTOS
ITERAR IOS: E L RENACIMIENTO, E L ROM ANTICISMO
Y E L REALISMO
:TIVO_PARTIOJLAR:
¿Cuándo e n t e n d e o s que es e l Autor Omnisciente en una
literaria? Tiénpo : 18 Frecuencias
Al término de l a unidad, e l alumno:
Conocerá mediante el a n á— l i s i—s -v-
de determinadas obras, ll aa ss
^,uv=im.uiciuci¿> ouras,
¿Qué podemos observar respecto al uso que hace de las c a r a c t e r í s t i c a s de los movimientos l i t e r a r i o s y los reía
sonas el e s c r i t o r en una obra l i t e r a r i a ? ccionará
i o n a r á Ccon
Q n eel l ccontexto
ont social en que surgen:
a. Renacimiento
b. Romanticismo
c. Realismo.
¿En qué obras se u t i l i z a l a primera persona?

?TÍY9?_?§??CIFIC0S :

£CÓmo se u t i l i z a l a t e r c e r a persona en l a s obras litera 5.1 Describirá e l origen y c a r a c t e r í s t i c a s de los movi-


r i a s ?r% mientos l i t e r a r i o s
5.2 I d e n t i f i c a r á los diversos movimientos l i t e r a r i o s .
5.3 Analizará algunas obras l i t e r a r i a s más r e p r e s e n t a t i -
vas de cada uno de los movimientos.
5.4 Distinguirá l a s c a r a c t e r í s t i c a s de los movimientos -
l i t e r a r i o s a través de l a s obras analizadas.
5.5 Explicará como surgen los movimientos l i t e r a r i o s den
t r o de la evolución h i s t ó r i c a de l a l i t e r a t u r a . ~
5.6 I n t e r p r e t a r á los fenómenos sociales que se r e f l e j a n
en l a s diversas obras que i d e n t i f i c a n a cada uno de
los movimientos l i t e r a r i o s .
5.7 Relacionará las obras l e í d a s , representativas en ca-
da movimiento l i t e r a r i o , con su contexto socio-histó
rico c u l t u r a l . -
do cano "El Padre de l a Poesía" pues es e l más grande y antiguo
ORIGEN Y CARACTERISTICAS DE LOS MOVIMIENTOS LITERARIOS - poeta de los griegos. Se supone que nació unos 900 años antes
EL RENAC1ÍCENT0, EL RCWANTICISMD Y BL REALISMO
de la e r a c r i s t i a n a . Varias ciudades se disputan s e r l a cuna -
de este célebre autor, aunque los investigadores han llegado a
1. Origen de los Movimientos L i t e r a r i o s .
la conclusión de que nació en e l pueblo de Esmirna.
Siendo e l hombre e l creador de l a s b e l l a s a r t e s , é s t a s no
En l a l í r i c a griega sobresalen entre otros l a p o e t i s a Safo,
pueden s u s t r a e r s e a l a época, e l lugar y e l tienpo en que son
creadas y a s i se convierten e* un r e f l e j o del pensar y del J 0 ^ ™ ™ C Í 6 e n L e s b o s > e s c r i b I a e l ^ r y sus famo
estr fas Versos
t i r del hombre, quien rnudias veces coincide con otros en este ™ ° ^ « ^ « s i l a b e s sen conocidas con» odas -
fenómeno de creación, originando un e s t i l o común y es cuando s ¡
habla de algún movimiento o c o r r i e n t e a r t í s t i c a deteimnada. * * c r e ° n t e e s ™ P°eta «V» « » A t i c a es alegre y s i n maldad,
La l i t e r a t u r a , como ya l a hemos expresado en capítulos a n £ f e b r a e l V i n ° ? t o d o s l o s P l a c e i * s « c i l e s , es famosa su poe-
„ „ . , . , • , sía ancreontica.
r i o r e s , es l a más importante de las b e l l a s a r t e s , ya q^ae siena ¡
l a palabra su elemento p r i n c i p a l , también en e l l a encontramos Plndaro es e l poeta nacido en Tebas, conocido como "El Divi
no'
grupos de e s c r i t o r e s y l i t e r a t o s a f i n e s en l a forma, en e l tie »" y quien se i n c l i n a por e x a l t a r en su poesía los valores de
po o en e l pensar, formando lo que conocemos como escuelas o a función f í s i c o - s o c i a l del d e p o r t i s t a y l a elevación del hé-
r
épocas l i t e r a r i a s . oe nacional, de é l se conocen sus e p i n i c i o s (celebración de -
Se habla de época l i t e r a r i a , cuando durante c i e r t o lapso • victorias a t l é t i c a s ) . Los epinicios constan de t r e s elementos:
l a s obras l i t e r a r i a s que se producen poseen una temática común m elogio a l vencedor, una narración mística y consejos morales.
y recursos l i t e r a r i o s semejantes. La poesía drámatica de los griegos nace en los r i t o s cele-
La h i s t o r i a de l a l i t e r a t u r a considera como primera época rados en honor de Dionisios (Dios del vino), basándose en mitos
l a llamada Clasicismo y cuyo período comprende los autores de encillos y alegres, donde se entonaban cantos y se danzaba al
onipás de una f l a u t a . Un grupo de personas formá>an e l coro que
l a época antigua de Grecia y Roma. Asi tanbién mencionaremos
compafiaba
que durante e l s i g l o XVIII, aparece una tendencia l i t e r a r i a qtf
ras. Los e s c r i t o r e s trágicos más importantes son: Esquilo, Só
pretendía dar vida nuevamente a los c l á s i c o s y a e s t e movimien
acles y Eurípides
t o l i t e r a r i o se l e llamó Neoclasicismo.
Una de l a s obras más inportantes de Esquilo es Prometeo En-
2. La L i t e r a t u r a Clásica. henado, en l a que plantea e l c o n f l i c t o sucitado entre Prometeo
En e s t a época aparecen l a s famosas obras del poeta Homero •-'fyiter, porque aquél compadecido de los honbres, les dá a co
que son l a I l i a d a y l a Odisea, de l a s cuales se l e presentó ^ c e r e i fuego y J t ^ i t e r lo condena a v i v i r encadenado a una ro-
fragmento en l a Unidad 3 de e s t e l i b r o , ya que Homero es conoc
tos y c o n f l i c t o s . En L i s i s t r a t a presenta a una mujer que indu-
ca en l a cima de l a montaña. Esquilo es considerado como e
ce a las demás a obligar a sus esposos a mantener l a paz negán-
dre de l a Tregedia ya que en las representaciones teatrales
dose a toda relación matrimonial s i e l l o s apoyan l a guerra. Pa
minuye l a importancia del coro para incrementar l a del diáli
ra muchos su mejor obra es Las Aves, donde dos aburridos a t e -
de los a c t o r e s . Esquilo nació en E l e s i s , población cercana
nienses convencen a los pájaros a que funden una ciudad entre -
Atenas y vivió durante los años 525 a 456 AC.
el cielo y l a t i e r r a , cuyos habitantes deberán s e r selecciona-
Sófocles nacido en Colona, cerca de Atenas, r e a l i z a innc
dos, el c o n f l i c t o surge cuando los dioses se enteran que loS-r
ciones en l a tragedia como la de introducir un t e r c e r actor
hombres adoran a las aves, pero se resuelve con un pacto entre
ducir los miembros del coro a sólo 15, e inventar l a esceno
ellas y. los dioses.
f i a . En todos sus dramas Sófocles se muestra r e l i g i o s o , ap
A Conti
do sus obras principalmente en la leyenda heróica. algunas ™ * c i ó n describimos algunas de l a s c a r a c t e r í s t i c a s -
fc
estas son: Antígona, Edipo Rey, Eclipo en Colona, E l e c t r a , Ay|ei los movimientos l i t e r a r i o s que han adquirido mayor importan-
ia dentro de l a l i t e r a t u r a u n i v e r s a l .
y otras.
Eurípides es e l último de los trágicos Griegos, nació Características de los Movimientos L i t e r a r i o s
año 480 AC. en Salamina. Reduce aún más las intervenciones( Los movimientos l i t e r a r i o s presentan dentro de su desénvol-
coro y su rasgo peculiar en su e s t i l o es presentar a la muje riraiento un proceso de t r e s etapas: I n i c i a c i ó n , Esplendor y De-
como personaje p r i n c i p a l y la abundancia de sentencias filos aparición. Es necesario p r e c i s a r que entré un movimiento y -
cas. ro existe comúnmente un período de t r a n s i c i ó n f que e v i t a un -
Esquilo presenta una mujer majestuosa llena de virtudes acimiento brusco ó violento, permitiendo de e s t a manera un en
destellos e r ó t i c o s , así nos l a presenta en sus obras: Medea ace de continuidad o contradicción que c a r a c t e r i z a a cada uno
Las Troyanas, Hécuba, Andromaca, Casandra, Elena, e t c . 6 ellos. Si observamos los movimientos l i t e r a r i o s que han sur
Aristófanes es el comediógrafo más importante de l a anti •do a través del tienpo, podríamos encontrar que mientras que
Grecia, ya que f r e n t e a l a gravedad de la tragedia nos prese gtmos de e l l o s se preoci^an por f i j a r reglamentos y p r i n c i p i o s
su e s t i l o s a t í r i c o de la comedia. Encierra en sus obras lee Je-conduzcan al hecho l i t e r a r i o Sobre un orden determinado :: A #
nes de c a r á c t e r p a t r i o pero también crudos r e l a t o s , alusioiie^ á t e R o t r o s q u e > p o r e l c o n t r a r i o > e v i t a n a l J l é x í m o l a o b s e r / 5 '
p i c a r e s c a s , burlas soeces, e t c . meia de e s t a s r e g l a s , p r i n c i p i o s o e s t a t u t o s , creando una reac
En Algunas de sus edmedias se mofa de los p o l í t i c o s y en ¿n l i t e r a r i a en favor de l a l i b e r t a d creadora,
otras de los f i l ó s o f o s y e s c r i t o r e s , así encontramos que, en Se lo a n t e r i o r , nos dá pleno testimonio l a época Neoclásica,
Las Avispas, censura las malas a r t e s p o l í t i c a s de los demagefen s u s ^ ^ y p r i n c i p i o s a l a q u e s U c e d i 6 ^ roraantlcismo que
que sólo sirven para i n c l i n a r a los atenienses hacia los pie
un

pregonaba no solamente l a l i b e r t a d en las a r t e s , sino en la propiciaron su advenimiento cuentan, el humanismo iniciado -


ciencia y en la vida. Más tarde, apareció un realismo que Petrarca; l a llegada a I t a l i a de una pléyade de sabios fugi-
día describir la vida t a l cono es y no como la planteaban lo •os de Bizancio al caer Constantinopia en manos de los turcos;
románticos a través de sus sueños o ideales. invención de la imprenta, que permite difundir la cultura -
ega y todos los acontecimientos inportantes de la época, como
La l i t e r a t u r a contemporánea no permite hablar de estilos]
cubrimientos geográficos y c i e n t í f i c o s .
lectivos o de escuelas l i t e r a r i a s , ya que ahora e l que preva
ce es la individualidad y cada quien pretende aportar algo Lo fundamental de esta nueva tendencia es la importante va-
sonal a la l i t e r a t u r a . ación del mundo y del hombre, tomando a é s t e , como tema cen-
1 de su obra; se exaltó a l a mujer y al amor, se lloran al do
'fMi 4. El Renacimiento. y a la muerte; se dibujan figuras p a s t o r i l e s , caballerezeas,
Se conoce como renacimiento el movimiento cultural que reras, e t c . . . , se va desde las bajas pasiones hasta lo subli_
ca e l término de l a edad media y se i n i c i a en I t a l i a a fines sentimiental, todo esto precedido por e l gusto y adoración
del s i g l o XIV para propagarse por las demás ciudades europe a antigüedad clásica greco-latina.
dejando de ser poco a poco, sociedades agrícolas, para t r
marse en estudios dedicados al comericio y a la artesanía. Algunos rasgos del Renacimiento.
La época renacentista deja atrás e l poder económico poli £1 renacimiento ofrece algunos rasgos generales que se dan -
co de los señores feudales y de l a i g l e s i a c a t ó l i c a . Se ca mayor o menor relieve en todas las naciones a donde llegó su
¡i; Lujo. Algunos de ellos son:
t e r i z a por un desmedido afán por e l estudio; difusión e imi
Veneración de lo antiguo.
ción de los pensadores y a r t i s t a s greco-latinos. %us princi
les precursores son Petrarca y Boccaccio. El hombre renacentista mira con admiración y asoirbro la anti
id clásica. Al comparar los productos l i t e r a r i o s en lengua
líIL El renacimiento resurge las formas clásicas en toda su
nfw jar con los de Grecia y Roma, descubre en estos una manifiesta -
tud y la aceptación de una nueva manera de ver la vida. Es
frioridad. De la simple superioridad pasa al estudio de i a s cultu
proceso sucedió en el curso de la h i s t o r i a y nos es dado de
[antiguas, después a la imitación y finalmente quiere insta-
sus limites en el tiempo y en e l espacio. Primero lo encon
y vivir dentro de l a e s p i r i t u a l i d a d c l á s i c a .
mos en I t a l i a , adelantada en más de un s i g l o a los demás p
>tura con la tradición.
de Europa; luego, con caracteres específicos dentro de un e
•I hombre del renacimiento vuelve l a espalda a la Edad Media.
ma general én otros países.
la sensación de haber pasado por una zona de t i n i e b l a s pa-
El renacimiento queda definitivamente constituido en to
dir a la luz. Todo el arte medieval que es lo tosco, grose
Europa a parincipios del siglo XVI. Entre los acontecimienl
. Renacimiento y L i t e r a t u r a .
ro, despreciable, pretende, saltando una fosa de un milenio, La aceptación de los modelos clásicos llevó a i n t e n t a r e l -
lazar el a r t e y hasta l a vida con e l a r t e de l a antigüedad ;ogro de una armoniosa b e l l e z a formal, relegando a segundo p í a -
na. En algunos pueblos, Francia e I t a l i a , l a r r p t u r a es b los propósitos didácticos del a r t e medieval.
t e completa de momento. En o t r o s , España e I n g l a t e r r a , nun Se r e h a b i l i t a n los temas mitológicos y p a s t o r i l e s . La mito
l l e g a a r e a l i z a r s e . Coexisten a l l í sin o b s t r u i r s e , a r t e n .ogía pagana invade de nuevo a Europa y l a l i t e r a t u r a bucólica
y arte viejo. ¡flej a un mundo de p e r f e c t a f e l i c i d a d y armonía.
c) Independencia de l a razón. Se renuevan las formas. Nacen esquemas métricos y resuci-
La mente humana busca l i b e r a r s e de trabas dogmáticas. A ;an los v i e j o s géneros. La epopeya renacentista nada tiene que
teología sucede l a f i l o s o f í a y e l estudio de las ciencias; rer con l a medieval; es un calco de V i r g i l i o . Algo semejante -
:abe decir del t e a t r o , imitación de Plauto y Terencio.
método deductivo e l inductivo; a l testimonio de l a autoridad
testimonios de los sentidos y de l a razón. La ciencia se s Las opiniones l i t e r a r i a s de Aristóteles y Horacio se convir
r i z a ; l a cultura pasa de los e c l e s i á s t i c o s a los laicos y d ieron en normas intangibles; algunos países tardarán siglos en
liberarse de l a s t u t e l a s c l á s i c a s .
de ser l a I g l e s i a l a monopolizadora del saber.
d) Antropocentrismo. Junto al de los c l á s i c o s , fue inconmesurable e l i n f l u j o de
¡trarca.
Se impone una afirmación del individualismo humano, que
estima lo suficientemente f u e r t e para l l e g a r por s í solo al
El Renacimiento en España.
nocimiento de l a verdad.
En España no se opera ruptura t a j a n t e con el pasado. Se .
El hombre medieval, trascendiendo l a -vida t e r r e n a , ten
le con el nuevo e s p í r i t u las corrientes medievales y se l i e
lo a l t o . Dios e r a e l centro de su vida. Ahora e l honbre se a cabo una p e r f e c t a s í n t e s i s entre Renacimiento y t r a d i c i ó n .
constituye en centro de s í mismo y del universo. Nace l a ve
No se acatan dócilmente los preceptos de l a antigüedad. Se
dera p s i c o l o g í a . Y como e l hombre" vive inmerso en ^.naturaleza
Rescinde con frecuencia de las normas c l á s i c a s del a r t e y se -
bre los fenómenos n a t u r a l e s se proyecta su'mirada buscándol
rienda s u e l t a a l a expresión l i b r e y espontanea del s e n t i r
una explicación. No tardarán en formularse nuevas teorías snto a r t í s t i c o .
madas a revolucionar l a f u e r z a del cosmos. ;
Frente a l a tendencia c l a s i c i s t a mantiene su vigencia l a po
El anhelo de v i v i r como e l honfcre antiguo. acarrea una a I a r
y l o c a l . De ahí que tampoco en esa época f a l l e una de -
tud pagana ante l a e x i s t e n c i a , que c r i s t a l i z a en una incita' características esenciales de l a l i t e r a t u r a española; l a co
a gozar de los placeres que l a breve puede procreamos. Lstencia de dos direcciones, l a r e a l i s t a y l a i d e a l i s t a .
. v i d a
En España se dá, durante l a primera mitad del s i g l o XVI, y precisamente en uno de sus cautiverios e s c r i b i ó su obra inmor
período de importación de las formas l i t e r a r i a s de l a ideóletal "El Quijote". La primera de sus novelas es l a Galatea, de
carácter p a s t o r i l ; en 1605 e s c r i b i ó l a primera parte de "El In^
f i l o s ó f i c a que c a r a c t e r i z a e l Renacimiento Europeo. Todas laj
ideas y todas l a s formas irrunpen tumultuosamente con impeíú genioso Hidalgo Don Quijote de l a Mancha", e s t a novela marca e l
fin de l a s novelas de c a b a l l e r í a que durante l a época habían t e
adolescente, en l a Penísula, de los días del Enperador Carlos
nido mucho arraigo dentro de l a l i t e r a t u r a española. En 1613 -
El otro medio s i g l o es de asimilación. Las fórmulas ir
escribió l a s Novélas Ejemplares-; en 1614-escribió Viaje al Par-
tadas se funden al e s p í r i t u español, que acepta y hace suyas

i
naso; en 1615 l a segunda parte del Quijote y en 1617 los Traba-
unas, mientras que rechaza o t r a s . Con l a Contra-Reforma el"
jos de P e r s i l e s y Segismunda, su obra pòstuma.
nacimiento adquiere un carácter nacional y l a vida española
A continuación, se incluye "La G i t a n i l i a " , obra que corrns
tono de grave r e l i g i o s i d a d .
ponde a una de sus Novelas Ejenplares y que es una de sus obras
El siglo XVII, plenamente asimiladas las formas importac
más leídas hasta nuestros d í a s . ¡I
será de plenitud.
Precursores del Renacimiento fueron: Dante, P e t r a r c a , Be
I I.. J
ccio y Chaucer, Boyardo, Ariosto, Tasso, Boscán, Fray Luis Mi
León, Du Bellay, Cervantes, Rabelais, Maquiavelo, Shakespeai í íil
Ben Jonson y o t r o s . I I
De esta época, son l a s obras que se t e dan a continuacií
complementándolas con ¿lgunqs datos biográficos de estos autj
res.
1 \

i Miguel de Cervantes Saavedra.


Es considerado como una de las f i g u r a s más relevantes
i!
I Jl A iij] 11

l i t e r a t u r a española, cultivador de todos los géneros, su pro


ción n o v e l í s t i c a fué más inportante que l a de los demás autoj
de su época. Nació en Alcalá de Henares, (1547-1616) donde
menzó sus estudios, continuando más tarde en Sevilla y Madnj li lIPL
Fué camarero del Cardenal Aquaviva y déspués soldado de mGltJ '! i f l
. 1 1
pies b a t a l l a s . En l a Batalla de Lepanto recibió t r e s heric1" I
perdió un brazo de un arcabuzazo, ésto le v a l i ó e l pseudóni*
del Manco de Lepanto. Muchas veces estuvo recluido en prisi
MIGUEL DE CERVANTES SAAVEDRA

cantada, allí fue ello, allí sí que co- Y ahora a su lado


bró aliento la fama de la Gitanilla, a Dios el más junto
y de común consentimiento de los gozáis de la alteza
l a g i t a n i l l a diputados de la fiesta, desde luego que apenas barrunto.
le señalaron el premio y joya de la
mejor danza; y c u a n d o llegaron a E! cantar de Preciosa f u e para ad-
hacerla en la iglesia de Santa María mirar a cuantos la escuchaban. Unos
de coplas, seguidillas y zaraba delante de la imagen de Santa Ana, decían: «¡Dios te bendiga la mu-
PARECE QUE los gitanos y gitanas v d e otros versos, especialmente después de haber bailado lodas. chacha!» O t r o s : «¡Lástima es que
romances, q u e los c a n t a b a con tomó Preciosa unas sonajas, al son esta mozuela sea gitana! En v e r d a d ,
cial donaire; p o r q u e s u ta de las cuales, d a n d o en redondo lar- en verdad qué merecía ser hija de
abuela echó de ver q u e tales ju gas y ligerísimas vueltas, cantó el un gran señor». O t r o s h a b í a más
tes y gracias, e n los pocos anos romance siguiente: groseros, que decían: «¡Dejen cre-
t a l e n con ser ladrones .corrientes y e n la m u c h a h e r m o s u r a d e su n cer a la rapaza, que ella h a r á de las
mnHentes a t o d o ruedo, y la gana de h a b í a n de ser felicísimos atract Árbol preciosísimo, suyas! ¡A fe que se va a ñ u d a n d o
h u r t a r y^ef h u r t a r son en ellos c o m o ' e incentivos p a r a acrecentar su que lardó en dar fruto en ella gentil red barredera para
dal; y así, se los p r o c u r ó y b años que pudieron pescar más corazones!» O t r o más
accidentes inseparables que n o se cubrirle de luto, humano, más basto y m á s m o d o r r o ,
quitan sino con la m u e r t e U n a pues^ p o r todaá las vías "que pudo, y
faltó poeta que se los diese; y hacer los deseos viéndola andar tan ligera en el baile,
de esta n a c i ó n , gitana vieja que po- del consorte puros,
también hay poetas q u e se ac le dijo: «¡A ello, hija; a ello! ¡An-
día ser jubilada en la ciencia de contra su esperanza d a d , amores, y pisad el polvito a
Caco crió u n a m u c h a c h a en nom- d a n con gitanos, y les venden no muy bien seguros: tan menudito!»
bre de nieta suya, a quien p u s o obras, c o m q los hay p a r a ciegos, de cuyo tardarse
n o m b r e Preciosa, y a quien enseno les fingen milagros y v a n a la nació aquel disgusto Y ella respondió, sin dejas el bai-
todas sus gitanerías, y ¡ m o d o i . d e d e 1 ganancia. D e t o d o hay que lanzó de¡ templo le: — ¡Y pisárelo yo a tan m e n u d o !
m u n d o y esto d e la h a m b r e tri al varón más iusto: Acabáronse las vísperas y la fies-
h a c e a r r o j a r los ingenios a cosas santa tierra estéril, ta de Santa A n a , y q u e d ó Preciosa
que al cabo produjo algo cansada. Pero tan celebrada
n o están en el m a p a . de hermosa, de a g u d a y de discreta
toda la abundancia
Crióse Preciosa e n diversas que sustenta el mundo; y bailadora, que a Corrillos se habla-
de Castilla, y a los q u « c e anc« casa de moneda ba de ella en toda la Corte.
su edad su abuela putativa la do se forjó el cuño
V discretas pudiera p r e g o n a r la f a m a a la Corte y a su antiguo rancho., De allí a quince días volvió a Ma-
que dio Dios la forma,
l i f lnV soles n i los aires, n i t o d a s es a d o n d e o r d i n a r i a m e n t e le que como hombre tuvo; drid con otras tres m u c h a c h a s , con
los gitanos, e n los campos de sonajas y con un baile nuevo, todas
madre de una hija,
Bárbara, p e n s a n d o en la Co te en quien quiso y pudo apercibidas de romances, y de can-
der su mercadería, d o n d e t mostrar Dios grandezas tarcillos alegres, p e r o todos honestos;
c o m p r a y todo se v e n d e J » sobre humano curso. que no consentía Preciosa que las
m e r a entrada q u e ° Por vos y por ella que fuesen en su compañía canta-
Madrid f u e tin d í a de Santa sois, Ana, el refugio, sen cantares descompuestos, ni ella
do van por remedio los cantó jamás, y m u c h o s miraron
trona y abogada d e l a t a co nuestros infortunios. en ello, y la tuvieron en m u c h o .
En cierta manera Nunca se a p a r t a b a de ella la gita-
tenéis, no lo dudo, na vieja, hecha su Argos, temerosa
¿ V a ^ V — ¿ p S o J» sobre el nieto imperio n o se la despabilasen y traspusiesen.
piadoso y justo.
A ser comunera Llamábala nieta, y ella la tenía por
del alcázar sumo, abuela.
e n a m o r a n d o los ojos de cuan fueran mil parientes Pusiéronse a bailar a la sombra
m i r a b a n . D e entre el son del con voz de consuno. en la calle de Toledo, y de los que
b o r í n y castañetas y tuga u ¡Qué hija, y qué nieto, las venían siguiendo se hizo luego
y qué yerno! Al punto un gran corro. Y en tanto que baila-
S un rumor queencarecí a ser causa justa,
L o r o q u e e n la nieta tenía. y asi ban, la vieja pedía limosna a los cir-
lleza Y d o n a i r e de la vi cantárades triunfos. cunstantes, y llovían en ella ochavos
I corrían los muchachos a v Pero vos humilde y cuartos como piedras a tablado.
i o s h o m b r e s a m i r a d a ; pero fuisteis el estudio, Oue también la hermosura tiene fuer-
la oyeron cantar, p o r ser w donde vuestra hija
VÍr za de despertar la caridad d o r m i d a .
SaPH6 Preciosa rica de villancico.. hizo humildes cursos.
MIGUEL DE CERVANTES SAAVEDRA
NOVELAS EIEMPLARES.-—I.A CITAN ILLA

Va la luna en las mejillas a la del cielo Señora, A c a b a r o n el baile y el canto, y


Acabado el baile, -dijo Preciosa: de una y otra humana diosa, a la que por ser humilde, m u d a r o n lugar. Y e n esto llegó- u n
—Si m e d a n c u a t r o cuartos, les Venus casta en la belleza las estrellas pisa ahora; p a j e muy bien aderezado a Preciosa,
cantaré u n rómancé yo sola, lindísi- de las que este cielo forman. a la Madre y Virgen junto, y d á n d o l e u n papel doblado, le dijo:
m o e n extremo, q u e trata de c u a n d o Pequeñuelos Ganimedes a la Hija y a la Esposa
cruzan, van, vuelven y tornan de Dios, hincada de hinojos, —Preciosica, canta el r o m a n c e
la reina Nuestra Señora Margarita Margarita así razona: que a q u í v a , p o r q u e es m u y bueno,
por el cinto tachonado
salió á misa de parida en Valladolid desta esfera milagrosa. —Lo que me has dado te doy, y yo te daré otros ele c u a n d o e n
y f u e a San Llórente. Dígoles q u e es Y para que todo admire mano siempre dadivosa; cuando, con que cobres f a m a de la
famoso, y compuesto por u n poeta y todo asombre, no hay cosa que a do falta el favor tuyo mejor romancera del m u n d o .
de los del n ú m e r o , como capitán de que de liberal no pase siempre la miseria sobra. — E s o a p r e n d e r é yo de muy buena
batallón. hasta et extremo de pródiga. Las primicias de mis frutos
te ofrezco, Virgen hermosa: gana — r e s p o n d i ó Preciosa—. Y
Apenas h u b o dicho esto, c u a n d o Milán con sus ricas telas mire, señor, que n o me deje de dar
allí va en vista curiosa, tales cuales son las mira,
casi todos los que en la r u e d a es- recibe, ampara y mejora. los r o m a n c e s q u e dice, con tal con-
las Indias con sus diamantes,
taban dijeron, a voces: y Arabia con sus aromas. A su padre te encomiendo; dición, q u e sean honestos; y si quie-
— C á n t a l e , Preciosa, y ves aquí Con los mal intencionados que humano Atlante se encorva re q u e se los pague, concertémonos
va la envidia mordedora, al peso de tantos reinos por docenas, y docena c a n t a d a doce-
mis cuatro cuartos. y de climas tan remotas.
Y así granizaron sobre ella cuar- y la bondad en los pechos na p a g a d a ; p o r q u e pensar que le
de la léaltad española. Sé que el corazón del rey tengo de pagar adelantado, es pensar
tos que la vieja n o se daba manos en las manos de Dios mora,
a recogerlos. Hecho, pues, su agosto, La alegría universal y sé que puedes con Dios lo imposible.
huyendo de la congoja, cuanto quieres piadosa.— — P a r a papel siquiera que m e dé
y su vendimia, repicó Preciosa sus calles y plazas discurre,
sonajas, y al tono correntio y lo- Acabada esta oración, la señora Preciosa — d i j o el p a j e — ,
descompuesta y casi loca.
quesco cantó el siguiente romance: otra semejante entonan estaré contento. Y más, que el ro-
A mil mudas bendiciones himnos y voces que muestran
abre el silencio la boca, m a n c e q u e n o saliere b u e n o y hones-
Salió a misa de parida que está en el suelo la gloria. to n o ha de entrar en cuenta.
y repiten los muchachos Acabados los oficios,
la mayor reina de Europa, lo que los hombres entonan. — A la mía q u e d e el escogerlos
en el valor y en el nombre con reales ceremonias
Cuál dice: —Fecunda vid, volvió a su punto este cielo —^respondió Preciosa.
rica y admirable joya. crece, sube, abraza y toca
Como los ojos se lleva, y esfera maravillosa. Y con esto se f u e r o n la calle ade-
el olmo felice tuyo, lante, y desde u n a reja llamaron
se lleva las almas todas _ que mil siglos te haga sombra,
de cuantos miran y admiran Apenas a c a b ó Preciosa su roman- u n o s caballeros a las gitanas.
su devoción y su pompa. para gloria de ti misma, ce, cuando del ilustre auditorio y
para bien de España y honra, Asomóse Preciosa a la reja, que
Y para mostrar que es parte para arrimo de la Iglesia, grave senado q u e la oía, de m u c h a s era b a j a , y vio e n u n a sala muy bien
del cielo en la Tierra toda, para asombro de Mahoma. se formó u n a voz sola q u e dijo: aderezada y m u y fresca m u c h o s ca-
a un lado lleva el sol de Austria, —Torna a cantar, Preciosica, que
al otro la tierna aurora. Otra lengua clama y dice: balleros que, u n o s paseándose y
A sus espaldas la sigue —Vivas, oh blanca paloma, no faltarán cuartos como tierra. otros j u g a n d o a diversos juegos, se
• un lucero que a deshora que nos has de dar por crías Más de doscientas personas esta- entretenían.
salió la noche del día águilas de dos coronas, ban mirando el baile y e s c u c h a n d o — ¿ Q u i é r e n m e dar barato, zeño-
que el cielo y la Tierra lloran. para ahuyentar de los aires, el canto de las gitanas, y en la f u g a res? — d i j o Preciosa, que, como gi-
Y si en el cielo hay estrellas las de rapiña furiosas, de él acertó a pasar por allí u n o de
. para cubrir con sus alas tana, h a b l a b a ceceoso, y esto es
que lucientes carros forman, los tenientes de la villa, y viendo artificio en ellas, que n o naturaleza.
en otros carros su cielo a las virtudes medrosas.
Otra más discreta y grave, tanta gente j u n t a , preguntó qué era, A la voz de Preciosa, y a su ros-
vivas estrellas adornan. y fuéle respondido que estaban es-
más aguda y más curiosa tro, d e j a r o n , los que jugaban el jue-
Aquí el anciano Saturno dice, vertiendo alegría cuchando a la gitanilia hermosa que go, y el paseo los paseantes, y los
la barba pule y remoza, por los ojos y la boca: cantaba. unos y los otros acudieron a la reja
y aunque tardo, va ligero; —Esta perla que nos diste,
que el placer cura la gota. Llegóse el teniente, que era cu- por verla, que ya tenían noticia d e
nácar de Austria, única y sola, rioso, y escuchó u n rato, y por n o ella, y dijeron:
El dios parlero va en lenguas ¡qué de máquinas que rompe.
4
lisonjeras y amorosas, ¡Qué de designios que corta! ir contra su gravedad, no escuchó — E n t r e n , entren las gitanillas, que
y Cupido en cifras varias. el romance hasta el f i n . Y habiéndo- a q u í les d a r e m o s b a r a t o .
• que rubíes y perlas bordan. ¡Qué de esperanzas que infunde
¡Qué de deseos malogra! le parecido p o r todo extremo bien — C a r o sería ello — r e s p o n d i ó
Allí va el furioso Marte
en la persona curiosa ¡Qué de temores aumenta! la Gitanilia, m a n d ó a un p a j e suyo Preciosa—, si nos pellizcasen.
de más de un gallardo joven ¡Qué de preñados aborta! dijese a la gitana vieja q u e al — N o , a fe de caballeros —respon-
que de su sombra se asombra. En esto se llegó al templo anochecer fuese, a su casa con las dió u n o — ; bien puedes e n t r a r , niña,
del fénix santo que en Roma
Junto a la casa del sol fue abrasado, y quedó vivo gitanillas; q u e quería que las oyese segura que n a d i e te tocará a la vira
!
va Júpiter; que no hay cosa en la fama y en la gloria. doña Clara su m u j e r . Hízolo así el de tu zapato; no, por el h á b i t o que
difícil a la privanza A la imagen de la vida, Paj®, y la vieja dijo que sí ¡ría. traigo en el pecho.
fundada en prudentes obras.
NÓVELAS E J E M P L A R E S . — L A GITAN1LLA M I G U E L DE C E R V A N T E S SAAVEDRA,

Y púsose la m a n o sobre u n o d e a la gitanica, así de su discre el que por ti muere y vive Y apenas h u b i e r o n e n t r a d o las gi-
Calatrava. como del d o n a i r e con q u e hab pobre, aunque humilde amador. tanas, c u a n d o entre las d e m á s res-
—Si tú quieres entrar, Preciosa — L e a , señor — d i j o ella—, plandeció Preciosa como la luz de
— d i j o una de las tres gitanillas q u e alto. Veremos si es t a n discre! —En p o b r e acaba el último verso una antorcha entre otras luces me-
iban con ella—, e n t r a e n h o r a b u e n a , poeta, como es liberal. —dijo a esta sazón Preciosa—. noreS. Y así corrieron todas a ella:
que yo no e n t r a r é a d o n d e h a y tantos Y el caballero leyó así: ¡Mala señal! N u n c a los e n a m o r a d o s unas la a b r a z a b a n , otras la m i r a b a n ,
hombres. han de decir que son pobres, p o r q u e éstas la bendecían, aquéllas la ala-
Gitanica, que de hermosa a los principios, a mi parecer, la baban.
— M i r a , Cristina — r e s p o n d i ó Pre-
te pueden dar parabienes, pobreza es muy enemiga del a m o r . D o ñ a Clara decía:
ciosa—. de lo que te has de guar- por lo que de piedra tienes
dyr es de un h o m b r e soto y a solas, — ¿ Q u i é n te enseña eso, r a p a z a ? — ¡ É s t e sí que se puede decir ca-
te llama el mundo Preciosa. —dijo uno.
y n o de tantos juntos; porque antes bello de oro! ¡Éstos sí que son ojos
De esta verdad me asegura — ¿ Q u i é n m e lo ha de enseñar?
el ser muchos quita el m i e d o y el •esto, como en ti verás; de esmeraldas!
recelo de ser ofendidas. Advierte, que no se apartan jamás —respondió Preciosa—. ¿ N o tengo La señora su vecina la desmenu-
Cristinica, y está cierta de u n a cosa: la esquivez y la hermosura. yo mi alma en mi cuerpo? ¿ N o ten- zaba toda, y hacía pepitoria de to-
que la m u j e r que se determina a ser Si como en valor subido, go ya quince a ñ o s ? Y no soy manca, dos sus miembros y coyunturas. Y
h o n r a d a , entre un ejército de solda- vas creciendo en arrogancia ni ronca, ni estropeada del enten- llegando a alabar un p e q u e ñ o hoyo
dos lo puede ser. V e r d a d es que es no le arriendo la ganancia dimiento. Los ingenios de las gita- que Preciosa tenía en la b a r b a , dijo:
b u e n o huir de las ocasiones; p e r o a la edad en que has nacido, nas van por otro norte que los de las — ¡ A y , qué hoyo! En este hoyo
Que un basilisco se cría demás gentes. Siempre se adelantan
han de ser de las secretas y no de en ti que mata mirando, h a n de tropezar cuantos ojos le
las públicas. a sus años. N o hay gitano necio, ni miraren.
y un imperio que, aunque blaní
nos parezca tiranía. gitana lerda. Q u e como el sustentar Oyó esto un escudero de b r a z o
— E n t r e m o s , Preciosa — d i j o Cris- su vida consiste en ser agudos, as-
tina—, ,que tú sabes m á s q u e un Entre pobres y aduares de la señora doña Clara, q u e allí
¿cómo nacyó ta' belleza? tutos y embusteros, despabilan el estaba, de luenga b a r b a y largos
sabio. ingenio a cada paso, y no dejan que
¿o cómo crió tal pieza años, y dijo:
Animólas la gitana vieja, y en- el humilde Manzanares? críe m o h o e n ninguna manera. ¿ V e n
traron. -Y apenas h u b o e n t r a d o Pre- — ¿ É s e llama vuesa merced hoyo,
Por esto será famoso estas muchachas mis compañeras,
ciosa, c u a n d o el caballero del há- al par del Tajo dorado señora m í a ? ¡Pues yo sé poco de
que están callando, y parecen bo-
bito vio el papel que traía en el seno, y por Preciosa preciado hoyos, o ése n o es hoyo, sino sepul-
bas? Pues éntrenles el dedo en la
y llegándose a ella, se lo t o m ó , y dijo más que el Ganges caudaloso tura de deseos vivos! ¡Por Dios!
boca y tiéntenlas las cordales, y
Preciosa: Dices la buena ventura, ¡Tan linda es la Gitanilla, que he-
y dasla mala continuo; verán lo que verán. N o hay mucha-
cha de plata o de alcorza no podría
— Y no me lo tome, señor, q u e que no van por un camino cha de doce, que n o sepa lo q u e
ser mejor! ¿Sabes decir la b u e n a
es un romance que m e a c a b a n de tu intención y tu hermosura de veinticinco, p o r q u e tienen por
ventura, n i ñ a ?
dar a h o r a , que a ú n no le he leído. Porque en el peligro fuerte 'maestros y preceptores al diablo y
de mirarte o contemplarte, al uso, que les enseña en una h o r a — D e tres o c u a t r o maneras —res-
— Y ¿sabes tú leer, h i j a ? — d i j o
tu intención va a desculparle, lo que h a b í a n de aprender en un año. pondió Preciosa.
uno.
y tu hermosura a dar muerte — Y ¿eso m á s ? — d i j o doña Cla-
— Y escribir — r e s p o n d i ó la vie- Con esto que la Gitanilla decía,
Dicen que son hechiceras r a — . P o r vida del teniente mi se-
ja—, que a mi nieta la h e criado yo tenía suspensos a los oyentes, y los ñor, que m e la has de decir, niña
todas las de tu nación;
como si f u e r a hija de u n letrado. pero tus hechizos son que jugaban le dieron b a r a t o , y a u n de oro, y niña de plata, y niña d e
Abrió el caballero el papel, y vio de más fuerzas y más veras los que no jugaban. Cogió la hu- perlas, y niña de carbuncos, y niña
que venía d e n t r o de él un escudo de pues por llevar los despojos cha de la vieja treinta reales, y m á s del cielo, que es lo más que p u e d o
oro, y dijo: de todos cuantos te ven, rica Y m á s alegre que u n a Pascua decir.
— E n v e r d a d , Preciosa, q u e trae haces, ¡oh niña!, que estén
los hechizos en tus ojos. (fe Flores, antecogió sus corderas y — D e n l e , denle la palma de la ma-
esta carta el porte dentro. T o m a e s t e íüese en casa del señor teniente, no a la niña, y con qué haga la
En sus fuerzas te adelantas
escudo que en el r o m a n c e viene. pues bailando nos admití-; quedando que otro día volvería con cruz — d i j o la vieja—, y verán q u é
—Hasta — d i j o Preciosa—, q u e y nos matas, si nos miras, Mi m a n a d a a dar contento a aquellos de cosas les dice. Q u e sabe más que
m e ha tratado de p o b r e el poeta. y nos encantas, si cantas. l*n liberales señores. un dotor de melecina.
Pues cierto que es m á s milagro dar- De cien mil modos hechizas, Ya tenía aviso la señora doña E c h ó m a n o a la faltriquera la
me a mí u n poeta u n escudo que yo hables, calles, cantes, mires Clara, m u j e r del señor teniente,
o te acerques, o retires, señora tenienta, y halló que n o te-
recibirle. Si con esta a ñ a d i d u r a h a n cómo h a b í a n de ir a su casa las nía blanca. Pidió un c u a r t o a sus
el fuego de amor atizas.
de venir sus romances, traslade todo Sobre el más exento pecho gitanillas, y estábalas esperando criadas, y ninguna le tuvo, ni la
el « R o m a n c e r o general», y envíe- tienes mando y señorío, como el agua de mayo ella y sus señora vecina tampoco.
melos uno a u n o , que yo les tentaré de lo que es testigo el mío, doncellas y dueñas, con las de otra L o cual, visto p o r Preciosa, dijo:
el pulso, y si vinieren d u r o s , seré de tu imperio satisfecho. señora vecinp suya, que todas se — T o d a s las cruces en c u a n t o
yo blanda en recibirlos. Preciosa joya de amor, juntaron p a r a ver a Preciosa. cruces son b u e n a s , p e r o las de pía-
A d m i r a d o s q u e d a r o n los q u e oían esto humildemente escribe
das las circunstantes en q u e r e r sa- ción a l g u n a , y el h a b e r u s a d o bien
como leona de Orán,_ ber la suya, y así se lo r o g a r o n todas; su oficio, será el v a l e d o r p a r a q u e
t a o d e o r o son m e j o r e s . Y el seña- o como tigre de Ocaña.
lar la c r u z en la p a l m a de la m a n o "¡¿ero ella las remitió p a r a el viernes le den otro.
Pero en un tras, en un tris,
con m o n e d a de cobre, s e p a n v u e s a s el enojo se te pasa, venidero, p r o m e t i é n d o l e s q u e ten- — H a b l a vuesa merced m u y a lo
m e r c e d e s q u e m e n o s c a b a la b u e n a - y quedas como alfeñique, drían reales d e plata p a r a h a c e r las s a n t o , señor teniente — r e s p o n d i ó
v e n t u r a , a. lo m e n o s la m í a ; y asi o como cordera mansa. cruces. P r e c i o s a — ; ándese a eso y cortaré-
t e n g o afición a hacer la c r u z prime- Riñes mucho, y comes poco; En esto vino el señor teniente, a mosle d e los h a r a p o s p a r a reliquias.
ra con algún e s c u d o d e o r o , o c o n algo celosita andas; quien c o n t a r o n maravillas d e la — M u c h o sabes, Preciosa — d i j o el
a l g ú n real d e a o c h o , o p o r lo me- que es juguetón el teniente, Citanilla. Él las hizo bailar u n poco, teniente—. Calla, que yo d a r é tra-
y quiere arrimar la vara. y confirmó p o r v e r d a d e r a s y bien da- za q u e Sus M a j e s t a d e s te v e a n , por-
nos d e a c u a t r o . Q u e soy c o m o los Cuando doncella te quiso,
sacristanes: q u e , c u a n d o h a y bue- das las a l a b a n z a s q u e a Preciosa q u e eres pieza d e reyes.
uno de una buena cara;
n a o f r e n d a , se regocijan. que mal hayan los terceros, habían d a d o ; y p o n i e n d o la m a n o — Q u e r r o n m e p a r a t r u h a n a —res-
t¡ue los gustos desbaratan. c.: la f a l t r i q u e r a , hizo señal de p o n d i ó Preciosa—, y yo n o lo s a b r é
— D o n a i r e tienes, n i ñ a , p o r tu
Si a dicha tú fueras monja, querer d a r l e algo; y h a b i é n d o l a es- ser, y t o d o irá p e r d i d o . Si me qui-
v i d a — d i j o la señora v e c i n a .
hoy tu convento mandaras, pulgado y s a c u d i d o , y r a s c a d o m u - siesen p a r a discreta, a ú n m e lleva-
Y volviéndose al escudero le dijo:
porque tienes de abadesa chas veces, al c a b o sacó la m a n o r í a n ; p e r o en algunos palacios m á s
— V o s , señor C o n t r e r a s , ¿ t e n d r e i s
más de cuatrocientas rayas. vacía, y d i j o : m e d r a n los t r u h a n e s que los discre-
a m a n o algún real d e a c u a t r o ? No te lo quiero decir;
D á d m e l e , q u e en v i n i e n d o el doctor — ¡ P o r Dios q u e n o tengo blan- tos. Y o m e hallo bien con ser gitana
pero poco importa; vaya: y pobre, y corra la suerte p o r d o n d e
m i m a r i d o os le volveré enviudarás, y otra vez ca! Dadle vos, doña Clara, u n real
a Preciosa, q u e yo os le d a r é des- el cíelo quisiere.
Sí tengo — r e s p o n d i ó C o n t r e - y otras dos, serás casada.
No llores, señora mía, pués. —-Ea, niña — d i j o la g i t a n a vie-
r a s _ ; p e r o téngole e m p e ñ a d o en
v e i n t i d ó s m a r a v e d í e s q u e cene que no siempre las gitanas — ¡ B u e n o es eso, señor, p o r cier- j a — . n o hables más, que h a s habla-
decimos el Evangelio; to! Sí, ahí está el real d e m a n i f i e s t o . d o m u c h o , y sabes m á s d e lo q u e
a n o c h e . D é n m e l o s ; q u e y o iré p o r no llores, señora; acaba. No hemos tenido entre todas nos- yo tt h e e n s e ñ a d o . N o te asotiles
él en v o l a n d a s . Como te mueras primero otras u n c u a r t o para h a c e r la señal tanto, q u e te d e s p u n t a r á s . H a b l a de
— N o tenemos entre t o d a s u n cuar- que el señor teniente, basta de la cruz, ¿y quiere q u e tengamos a q u e l l o q u e tus a ñ o s p e r m i t e n y
to _ 3 i j o d o ñ a C l a r a — , ¿y pedís . para remediar el daño n o tú m e t a s e n altanerías; q u e n o
de la viudez que amenaza. un real?
v e i n t i d ó s m a r a v e d í e s ? A n d a d , Con- —Pues d a d l e alguna v a l o n d c u ha;' n i n g u n a q u e no a m e n a c e caída.
Has de heredar, y muy presto,
treras, que s i e m p r e f u i s t e s imper- hacienda en mucha abundancia; vuestra, o alguna cosita, q u e otro —-F. d i a b l o tienen estas gitanas
tendrás un hijo canónigo; día nos volverá a ver Preciosa, y en el c u c r p o - - d i j o a esta sazón el
a d a ' doncella de las presentes, la Iglesia no se señala. tenierte.
la regalaremos m e j o r .
v i e n d o la esterilidad d e la c a s a , d i j o De Toledo no es posible. A lo cual d i j o d o ñ a C l a r a : D e s p i d i é r o n s e las gitanas, y al
a Preciosa: Una hija rubia y blanca —Pues p o r q u e otra vez v e n g a , n o irse d i j o !c* doncella del d e d a l :
— N i ñ a , ¿ h a r á algo al c a s o q u e tendrás que si es religiosa, — P ' c c i o s a , d i m e la b u e n a v e n t u -
también vendrá a ser prelada. quiero d a r n a d a a h o r a a Preciosa.
se h a g a la c r u z c o n u n dedal do —Antes si n o me dan n a d a — d i j o r a . o v u é l v e m e mi d e d a l ; q u e n o
Si tu esposo no se muere
pl dentro de cuatro semanas, Preciosa—, n u n c a m á s volveré acá. m e q u e d a c o n q u é hacer labor.
! ^ Á n t e s —respondió Preciosa— Mas, sí, volveré a servir a t a n prin- — S e ñ o r a doncella —respondió
verásle corregidor
se h a c e n las cruces m e j o r e s del de Burgos o Salamanca. cipales señores; p e r o traeré t r a g a d o P r e c i o s a — , haga c u e n t a q u e se la
m u n d o c o n dedales d e p l a t a , c o m o Un lunar tienes: ¡qué lindo! que no m e h a n de d a r n a d a , y aho- h e d i c h o , y provéase de otro dedal,
sean m u c h o s . ¡Ay, Jesús, qué luna clara! rrareme la fatiga del esperarlo. Co- o n o haga vainillas h a s t a el viernes,
— U n o t e n g o y o — r e p l i c ó la don- ¡Qué sol, que allá en los antípoda heche vuesa m e r c e d , señor tenien- q u e yo volveré y le diré m á s ventu-
cella—; si éste b a s t a , h e l e a q u í , c o n oscuros valles aclara! te; coheche y t e n d r á dineros, y r a s y a v e n t u r a s q u e las q u e tiene
c o n d i c i ó n q u e t a m b i é n se m e h a Más de dos ciegos por verle u n libro de caballerías.
dieran más de cuatro blancas. no haga usos nuevos, q u e m o r i r á
d e decir a m í la b u e n a v e n t u r a . Ahora sí es la r i s i c a . . . de hambre. M i r e , señora: por a h í h e Fuéronse, y j u n t á r o n s e con las
— ¡ P o r u n dedal tantas buena- Ay ¡que bien haya esa gracia. oído decir (y a u n q u e m o z a , en- m u c h a s l a b r a d o r a s q u e a la h o r a d e
v e n t u r a s ! — d i j o la g i t a n a v i e j a - Guárdate de las caídas, tiendo q u e n o son b u e n o s dichos) las A v e m a r i a s suelen salir d e Ma-
N i e t a , a c a b a p r e s t o ; q u e se hace principalmente de espaldas; que de los oficios se h a d e sacar di- d r i d p a r a volverse a sus aldeas, y
que suelen ser peligrosas nero p a r a p a g a r las c o n d e n a c i o n e s e n t r e o t r a s vuelven m u c h a s , c o n
T o m ó Preciosa el d e d a l , y la en las principales damas. de las residencias y p a r a p r e t e n d e r q u i e n s i e m p r e se a c o m p a ñ a b a n las
m a n o d e la señora t e n i e n t a , y d i j o : Cosas hav más. que decirte. otros cargos. gitanas, y volvían seguras. P o r q u e
Si para el viernes me aguardas, la gitana vieja vivía en c o n t i n u o
Hermosita, hermosita, las oirás; que son de gusto, —Así lo dicen y lo hacen los des-
la de las manos de plata, y algunas hay d e desgracias. almados — r e p l i c ó el t e n i e n t e — ; t e m o r n o le salteasen a su Preciosa.
más te quiere tu m a n d o Pfro el j u e z q u e da b u e n a residen- Sucedió, p u e s , q u e la m a ñ a n a d e
que al rey de las Alpujarras. A e a b ó su b u e n a v e n t u r a Pí cia, n o tendrá q u e pagar condena- u n día q u e volvían a M a d r i d a coger
Eres paloma sin hiél; y con ella e n c e n d i ó el deseo de
pero a veces eres brava
la g a r r a m a con las d e m á s gitanillas, d e Preciosa, h a c i é n d o l a mi iguíll este San Miguel los h a r é — , soy ya el que decís. L u e g o , h a l l a n d o esta
en un valle p e q u e ñ o q u e está o b r a m i s e ñ o r a . Y o n o la pretendo.pi- vieja e n los p e n s a m i e n t o s y alcan- v e r d a d , habéis d e d e j a r la casa de
d e - q u i n i e n t o s pasos antes q u e se b u r l a r l a , ni en las veras del aun- zo m á s d e aquello q u e mi edad pro- vuestros p a d r e s y la habéis de tro-
llegue a la villa, vieron u n m a n c e b o q u e la tengo p u e d e c a b e r género f mete, m á s p o r mi buen n a t u r a l q u e car con nuestros r a n c h o s , y t o m a n -
gallardo y r i c a m e n t e a d e r e z a d o d e b u r l a alguna. Sólo q u i e r o senil; por la experiencia. P e r o con lo u n o d o el traje d e g i t a n o , h a b é i s d e cur*
c a m i n o . La e s p a d a y daga q u e t r a í a del m o d o q u e ella m á s gustare: 1 o con lo otro sé q u e las pasiones sar dos a ñ o s e n n u e s t r a s escuelas,
e r a n , c o m o decir se suele, u n a ascua v o l u n t a d es la m í a . P a r a con el amorosas en los recién e n a m o r a d o s en el cual t i e m p o m e satisfaré yo
d e o r o ; s o m b r e r o con rico cintillo y es d e cera m i a l m a , d o n d e pool son c o m o ímpetus indiscretos q u e de vuestra condición y vos de la
con p l u m a s de diversos colores ador- i m p r i m i r lo q u e quisiere, y paraccj hacen salir a la v o l u n t a d d e sus qui- mía; al c a b o del cual, si vos os con-
n a d o . R e p a r a r o n las gitanas en vién- servarlo y g u a r d a r l o n o será coa cios, la cual, a t r o p e l l a n d o inconve- tentáredes de m í , y yo d e vos, m e
dole, y pusicronscle a m i r a r muy des- i m p r e s o en cera, sino c o m o escul| nientes, d e s a t i n a d a m e n t e se a r r o j a entregaré p o r v u e s t r a esposa; p e r o
pacio. a d m i r a d a s d e q u e a tales d o en m á r m o l e s , cuya dureza? tras su deseo, y p e n s a n d o dar con hasta entonces tengo q u e ser vues-
horas un t a n h e r m o s o m a n c e b o es- o p o n e a la d u r a c i ó n d e los tiemja la gloria d e sus ojos, da con el in- tra h e r m a n a en el trato y vuestra
tuviese en tal lugar, a pie y solo. Si creéis esta v e r d a d , n o admití fierno d e sus p e s a d u m b r e s . Si alcan- h u m i l d e en serviros. Y habéis de
Él se llegó a ellas y h a b l a n d o con n i n g ú n d e s m a y o m i esperanza; pcf za lo q u e desea, m e n g u a el deseo considerar q u e en el t i e m p o de este
la gitana m a y o r , le d i j o : si n o m e creeis, siempre me ten! con la posesión d e la cosa d e s e a d a , noviciado p o d r í a ser q u e cobráse-
t e m e r o s o v u e s t r a d u d a . Mi nombl y quizá abriéndose e n t o n c e s los ojos des la vista, q u e a h o r a debéis d e te-
— Por vida v u e s t r a , a m i g a , q u e es éste — y d í j o s e l o — . El de 1 del e n t e n d i m i e n t o , se ve ser bien ner p e r d i d a , o, p o r lo m e n o s , tur-
me hagáis placer q u e vos y Precio- p a d r e ya os le h e dicho. La ctj que se a b o r r e z c a lo q u e antes s.? b a d a , y viésedes q u e os convenía
sa m e " ováis a q u í a p a r t e d o s pala- d o n d e vive es en tal calle, y titi a d o r a b a . Este temor e n g e n d r a en h u i r d e lo q u e a h o r a seguís c o n tan-
bras. q u e serán d e vuestro p r o v e c h o . tales y tales señas; vecinos tiene ¿ mí un recato tal, q u e n i n g u n a s pa- to a h i n c o ; y c o b r a n d o la libertad
- C o m o n o n o s desviemos mu- quien podréis i n f o r m a r o s , y aunl labras creo y d e m u c h a s o b r a s p e r d i d a , con un b u e n arrepentimien-
c h o , ni n o s t a r d e m o s m u c h o , sea los q u e n o son vecinos tamhiff dudo. U n a sola joya tengo, q u e la to se p e r d o n a cualquier c u l p a . Si.
en b u e n a h o r a — r e s p o n d i ó la vieja. q u e n o es t a n o s c u r a la calidad)} estimo e n m á s q u e a la v i d a , q u e es con estas condiciones queréis en-
Y l l a m a n d o a Preciosa, se des- n o m b r e d e mi p a d r e y el m i o ; ( | la de mi e n t e r e z a y virginidad, y n o t r a r a ser s o l d a d o d e n u e s t r a mi-
viaron d e las otras o b r a d e veinie n o le s e p a n en los patios de Pal«® la tengo d e v e n d e r a precio d e pro- licia, en v u e s t r a m a n o está, pues
pasos, y ÍISÍ en pie c o m o e s t a b a n , y a u n en toda la C o r t e . Cien csl mesas ni d á d i v a s , p o r q u e , en f i n , f a l t a n d o alguna d e ellas n o h a b é i s
el m a n c e b o les d i j o : dos traigo a q u í en o r o p a r a « será v e n d i d a ; y si p u e d e ser com- de tocar u n d e d o d e la mía.
Yo vengo d e m a n e r a r e n d i d o en a r r a s y señal de lo que pie« prada, será d e m u y p o c a estima: n i
a la discreción y belleza d e Precio- d a r o s ; p o r q u e n o h a d e negar la II me la h a n de llevar trazas ni embe- Pasmóse el m o z o a las r a z o n e s
sa. q u e después d e h a b e r m e h e c h o cienda el q u e da el a l m a . lecos; antes pienso irme con ella a de Preciosa, y púsose c o m o embele-
m u c h a f u e r z a p a r a excusar llegar a la s e p u l t u r a , y quizá al cielo, q u e sado, m i r a n d o al suelo, d a n d o mues-
este p u n t o , al c a b o h e q u e d a d o m á s En t a n t o q u e el c a b a l l e r o estoje ponerla en peligro q u e q u i m e r a s y tras. q u e c o n s i d e r a b a lo q u e respon-
r e n d i d o y m á s imposibilitado de ex- cía, le e s t a b a m i r a n d o P r e c i o s a ! « fantasías s o ñ a d a s la e m b i s t a n o m a - der debía.
cusarlo. ' Y o . señoras m í a s — q u e t a m e n t e . y sin d u d a q u e n o l e J noseen. Flor es la d e la v i r g i h i d a d V i e n d o lo cual Preciosa, t o r n ó
s i e m p r e os h e d e d a r este n o m b r e , b i e r o n d e p a r e c e r m a l ni sus raí que, a ser posible, a u n con la ima- a decirle:
si el cielo mi pretensión f a v o r e c e — , nes ni su talle; y volviéndose i j ginación n o h a b í a d e d e j a r o f e n d e r - — N o es este caso d e tan p o c o
soy caballero, c o m o lo p u e d e mos- v i e j a , d i j o : se. C o r t a d a la rosa del rosal, ¡con m o m e n t o , q u e en los q u e a q u í nos
t r a r este h á b i t o — y a p a r t a n d o el — P e r d ó n e m e , a b u e l a , de q u e j qué b r e v e d a d y facilidad se m a r c h i - ofrece el t i e m p o p u e d a ni d e b a re-
h e r r e r u e l o , d e s c u b r i ó en el p e c h o t o m e licencia para_ r e s p o n d e r atfl ta! Éste la toca, aquél la huele, el solverse. Volveos, señor, a la vi-
u n o de los m á s c a l i f i c a d o s q u e hay t a n e n a m o r a d o s e ñ o r . otro la d e s h o j a , y, f i n a l m e n t e , e n t r e lla, y c o n s i d e r a d despacio lo q u e
en E s p a ñ a — . Soy h i j o d e f u l a n o — R e s p o n d e lo q u e q u i s i e r e s , ! las m a n o s rústicas se deshace. Si viéredes q u e m á s os c o n v e n g a , y en
— q u e p o r b u e n o s respetos a q u í n o ta — r e s p o n d i ó la v i e j a — , q u e j vos, señor, p o r sola esta p r e n d a este m i s m o lugar m e podéis h a b l a r
se declara su n o m b r e — . Estoy de- sé q u e tienes discreción para ti» venís, n o la h a b é i s d e llevar sino todas las fiestas q u e quisiéredes, al
b a j o d e su tutela y a m p a r o . Soy h i j o Y Preciosa d i j o : atada c o n las l i g a d u r a s y lazos del ir o venir d e M a d r i d .
único, y el q u e e s p e r a u n r a z o n a b l e — Y o , señor caballero, aunque J matrimonio. Q u e si la virginidad se A lo cual r e s p o n d i ó el gentilhom-
m a y o r a z g o . M i p a d r e está aquí en gitana, pobre y h u m i l d e m e n t e ! ha de inclinar, h a de ser a este santo bre:
la C o r t e p r e t e n d i e n d o u n cargo, y c i d a , tengo u n cierto espintillo i- yugo; q u e e n t o n c e s n o sería perder- — C u a n d o el cielo me d i s p u s o
ya está c o n s u l t a d o , y tiene casi cier- tástico acá d e n t r o , q u e a grajj la, sino e m p l e a r l a en ferias q u e fe- para q u e r e r t e , Preciosa m í a , deter-
tas e s p e r a n z a s de salir con él. Y coses m e lleva. A m í , ni me nj lices g a n a n c i a s p r o m e t e n . Si quisié- m i n é d e hacer p o r ti c u a n t o tu vo-
con ser de la c a l i d a d y n o b l e z a q u e v e n p r o m e s a s , ni m e d e s m o l í redes ser mi esposo, yo lo seré vues- l u n t a d acertase a p e d i r m e , a u n q u e
os h e r e f e r i d o , y d e la q u e casi se Os d á d i v a s , ni m e inclinan s u i m s K j tra; p e r o h a n de p r e c e d e r m u c h a s n u n c a c u p o en mi p e n s a m i e n t o q u e
debe ya de ir t r a s l u c i e n d o , con t o d o n i m e e s p a n t a n f i n e z a s enamoran* condiciones y averiguaciones prime- me h a b í a s de pedir lo que m e pides:
eso, quisiera sen u n gran señor para y a u n q u e d e q u i n c e años - - q u í j ro. P r i m e r o tengo de saber si sois pero, p u e s es tu gusto q u e el m í o
l e v a n t a r a mi g r a n d e / a la h u m i l d a d eiín la c u e n t a d e 'mi abuela, W al tuyo se a j u s t e y a c o m o d e , cuénta-
i n

toda la discreción q u e mostraba, ¿Upas invencibles del g r a n Filipo: a l m a , sin ella, si así decirse p u e d e ,
m e por gitano, desde luego, y h a z no hay q u e p a s a r a d e l a n t e d e su las d e j ó y se e n t r ó e n M a d r i d , y
d e m í todas las experiencias q u e era a ñ a d i r leña al f u e g o q u e ardía
en el pecho del e n a m o r a d o caballe- plus ultra. P o r u n d o b l ó n d e dos ellas, c o n t e n t í s i m a s , h i c i e r o n lo mis-
m á s quisieres; que siempre me h a s caras se nos m u e s t r a alegre la tris- m o . Preciosa, algo a f i c i o n a d a , m á s
d e hallar el mismo que ahora te ro. Finalmente, q u e d a r o n en q u e de
allí a ocho días se verían en aquel te del p r o c u r a d o r y de todos los mi- con benevolencia que con amor,
significo. Mira c u á n d o quieres q u e nistros de la m u e r t e , q u e son a r p í a s d e *Ta g a l l a r d a disposición d e An-
m u d e el t r a j e , q u e yo q u e r r í a que m i s m o lugar, d o n d e él vendría a
d a r cuenta del término en q u e sus de nosotras las p o b r e s gitanas, y m á s drés, ya d e s e a b a i n f o r m a r s e si e r a
fuese luego; q u e con ocasión de ir a precian pelarnos y desollarnos a el q« q u e h a b í a d i c h o . E n t r ó en Ma-
g l a n d e s e n g a ñ a r é a mis p a d r e s y sa- negocios e s t a b a n , y ellas habrían
tenido tiempo de i n f o r m a r s e de la nosotras, q u e a u n s a l t e a d o r d e ca- d r i d , y a p o c a s calles a n d a d a s en-
c a r é dineros para gastar algunos minos; jamás, p o r m á s r o t a s y de-
verdad q u e les h a b í a dicho. c o n t r ó con el p a j e p o e t a d e las
días, y serán hasta o c h o los q u e po- sastradas q u e n o s vean, n o s tienen
Sacó el m o z o u n a bolsilla de bro- c o p l a s y el escudo. ,
d r é t a r d a r en a c o m o d a r mi parti- por pobres; q u e dicen q u e somos
c a d o , d o n d e d i j o q u e iban cien es- Y c u a n d o él la vio, se llegó a
d a . A los que f u e r e n c o n m i g o , yo
les s a b r é e n g a ñ a r d e m o d o q u e sal- c u d o s de oro, y dióselos a la vieja; como los j u b o n e s d e los g a b a c h o s ella diciendo:
ga c o n mi d e t e r m i n a c i ó n . Lo q u e p e r o n o q u e r í a Preciosa q u e los de Belmonte: r o t o s y grasientos, y — V e n g a s e n b u e n h o r a , Preciosa.
te p i d o es. si es q u e ya p u e d o t o m a s e en n i n g u n a m a n e r a ; a quien llenos de d o b l o n e s . ¿ L e í s t e p o r v e n t u r a las coplas q u e
la gitana d i j o : —Por vida suya, a b u e l a , q u e n o te di el o t r o d í a ?
tener a t r e v i m i e n t o d e pedirte y su-'
diga más; q u e lleva t é r m i n o d e ale- A lo q u e P r e c i o s a r e s p o n d i ó :
plicarte algo, que si n o es hoy don- — C a l l a , n i ñ a ; que la m e j o r se-
gar tantas leyes en f a v o r d e que- — P r i m e r o q u e le r e s p o n d a pa-
de te p u e d e s i n f o r m a r de mi c a l i d a d ñal q u e este -señor ha d a d o de estar
darse con el d i n e r o , q u e agote las d e labra, me h a de decir una verdad,
y la d e mis padres, que n o vayas r e n d i d o , es h a b e r e n t r e g a d o las ar-
los emperadores. Q u é d e s e c o n ellos p o r vida d e lo q u e m á s quiere.
más a M a d r i d , p o r q u e n o q u e r r í a m a s en señal de r e n d i m i e n t o . Y el
que a l g u n a de las d e m a s i a d a s oca- y buen p r o v e c h o le h a g a n , y plega — C o n j u r o es ése — r e s p o n d i ó el
d a r , en c u a l q u i e r a ocasión que sea.
siones que allí p u e d e o f r e c e r s e m e a Dios que los e n t i e r r e en s e p u l t u r a p a j e — q u e a u n q u e el decirla m e
s i e m p r e f u e indicio d e generoso pe-
salteasen la buena v e n t u r a q u e tan- donde jamás t o r n e n a ver la clari- costase la v i d a , n o la negaré en nin-
cho. Y a c y é r d a t e de aquel refrán
to m e cuesta. dad del sol, ni h a y a n e c e s i d a d q u e guna manera.
•que dice: «al cielo r o g a n d o , y con
li vean. A estas n u e s t r a s c o m p a ñ e - — P u e s la Verdad q u e q u i e r o q u e
el m a z o d a n d o » . Y m á s , que no
— E s o n o , señor galán — r e s p o n - ras será f o r z o s o darles algo, q u e m e diga — d i j o P r e c i o s a — es si p o r
q u i e r o yo q u e por m í p i e r d a n las
dió P r e c i o s a — . Sepa q u e c o n m i g o ha mucho q u e n o s e s p e r a n y ya v e n t u r a es p o e t a .
gitanas el n o m b r e que p o r luengos
ha d e a n d á r siempre la libertad des- siglos tienen a d q u i r i d o de codicio- deben estar e n f a d a d a s . — A serlo — r e p l i c ó el p a j e — ,
e n f a d a d a , sin q u e la ahogue ni tur- ! —Así verán ellas — r e p l i c ó la vie- f o r z o s a m e n t e h a b í a d e ser p o r ven
sas y a p r o v e c h a d a s . ..¿Cien escudos
b e la p e s a d u m b r e de los celos; y moneda d e éstas, c o m o v e n al t u r a ; p e r o h a s d e saber, Preciosa,
q u i e r e s tú q u e deseche, Preciosa,
e n t i e n d a q u e n o la t o m a r é tan de- y d e o r o en oro, q u e pueden" andar urco ahora. Este b u e n s e ñ o r v e r á q u e ese n o m b r e d e poeta m u y p o c o s
m a s i a d a q u e n o se eche de ver, cosidos en la a l f o r z a d e u n a saya i le ha q u e d a d o a l g u n a m o n e d a d e le m e r e c e n , y así, y o n o lo soy, sino
desde bien lejos, q u e llega m i ho- q u e n o valga dos reales, y tenerlos •lata, o cuartos, y los r e p a r t i r á en- u n a f i c i o n a d o a la poesía; y p a r a
nestidad a mi d e s e n v o l t u r a . Y en el re ellas, q u e c o n p o c o q u e d a r á n lo q u e he m e n e s t e r , n o voy a pedir
allí c o m o quien tiene u n juro so-
p r i m e r c a r g o en q u e q u i e r o esta- »ntentas. ni a b u s c a r versos a j e n o s . Los q u e
bre las h i e r b a s de E x t r e m a d u r a ? Y
ros es en el d e la c o n f i a n z a q u e —Sí traigo — d i j o el g a l á n . te di son m í o s , y éstos q u e te doy
si alguno de nuestros hijos, nietos o
h a b é i s d e hacer d e mí. Y m i r a d Y sacó de la f a l t r i q u e r a tres rea- a h o r a t a m b i é n , m a s n o p o r esto
p a r i e n t e s cayere, p o r alguna des-
q u e los a m a n t e s q u e e n t r a n pidien- es de a o c h o , q u e r e p a r t i ó entre soy p o e t a , ni D i o s lo q u i e r a .
gracia, en m a n o s de la justicia, ¿ha-
d o celos, o son simples o c o n f i a d o s . b r á f a v o r tan b u e n o q u e llegue a la as tres gitanillas, con. q u e queda- — ¿ T a n m a l o es ser p o e t a ? — r e -
on más alegres y m á s satisfechas
— S a t a n á s tienes en tu p e c h o , oreja del juez y del e s c r i b a n o , como ue suele q u e d a r u n a u t o r d e co- plicó P r e c i o s a .
m u c h a c h a — d i j o a esta sazón la de estos escudos, si llegan a sus — N o es m a l o — d i j o el p a j e — ;
nedias c u a n d o , en c o m p e t e n c i a d e
gitana v i e j a — , ¡ M i r a q u e dices co- b o l s a s ? T r e s veces, p o r tres del); 'm, le suelen r e t u l a r p o r las es- p e r o el ser p o e t a a solas n o lo tengo
f a s q u e n o las d i r á un colegial de tos diferentes, m e h e visto casi por muy bueno. Hase de usar de
pinas: víctor, víctor.
S a l a m a n c a ! T ú sabes d e a m o r , tu puesta en el a s n o p a r a ser azotada, la poesía c o m o d e u n a joya precio-
En resolución, c o n c e r t a r o n , c o m o
sabes de celos, tú d e -confianzas: v d e la u n a m e l i b r ó u n j a r r o de sísima, cuyo d u e ñ o n o la trae c a d a
ha dicho, la v e n i d a d e allí a o c h o
¿ c ó m o es e s t o ? Q u e me tienes loca, "plata, y de la o t r a u n a sarta d e per- las . y que se h a b í a d e l l a m a r , cuan- d í a , ni la m u e s t r a a todas gentes,
y te estoy e s c u c h a n d o c o m o a u n a las y de la o t r a c u a r e n t a reales de 0 n i a c a d a paso, s i n o c u a n d o con-
fuese gitano, A n d r é s C a b a l l e r o ,
p e r s o n a e s p i r i t a d a , que habla latín a o c h o , q u e h a b í a t r o c a d o p o r cuarj venga y sea r a z ó n q u e la mues-
J'qno también h a b í a gitanos entre
tos d a n d o veinte reales m á s por el tre. Lo poesía es u h a bellísima don-
sin saberlo. '"s (le este a p e l l i d o .
c a m b i o . M i r a , n i ñ a , q u e andamos cella, casta, h o n e s t a , discreta, agu-
— C a l l e , abuela — r e s p o n d i o Pre- e n oficio m u y peligroso y lleno de Nu tuvo a t r e v i m i e n t o Andrés
•qtii. así le l l a m a r e m o s d e a q u í d a , r e t i r a d a , y q u e se c o n t i e n e en
c i o s a — , y sepa q u e todas las cosas tropiezos y d e ocasiones forzosas,
•leíante— de a b r a z a r a Preciosa: los límites d e la discreción m á s
q u e m e oye son n o n a d a y son d e y n o h a y d e f e n s a s q u e m á s presto n l
« enviándole c o n la vista el alta. Es amiga d e la s o l e d a d ; las
b u r l a s , p a r a las m u c h a s q u e de m a s n o s a m p a r e n y socorran c o m o las
f u e n t e s la e n t r e t i e n e n ; los p r a d o s
v e r a s m e q u e d a n e n el pecho.
T o d o c u a n t o Preciosa decía, y
NOVELAS EJEMPLAS IS.—LA GITANILLA
tanilla h e r m o s a q u e dicen q u e a n d a lerado, y g r a n p r o m e t e d o r d e cosas
por M a d r i d . que p a r e c e n imposibles; y plegue
la consuelan; los árboles la deseno- la otra. Por poeta le quier^ y n« — E l l a es — r e s p o n d i ó A n d r é s — , a Dios q u e n o sea m e n t i r o s i t o , q u e
jan: las flores la alegran; y, final- por dadivoso, y de esta manera | y sin d u d a es la m á s h e r m o s a cria- sería lo p e o r de t o d o . Un viaje
mente, deleita y enseña a cuantos tendremos amistad que dure; pues tura q u e se h a visto. ha de h a c e r a h o r a muy lejos d e
más aína puede faltar Un escudo,
con elhr comunican. por fuerte que sea, que la hechura — A s í lo dicen — d i j o Preciosa a q u í , y u n o piensa el bayo, y otro
—Con todo eso —respondió Pre- de un romance. que Jo oyó todo en e n t r a n d o — ; p e r o el q u e le ensilla; el h o m b r e p r o p o n e
ciosa—, he oído decir que es porrí- en verdad q u e se deben de enga- y Dios d i s p o n e : q u i z á p e n s a r á que
sima y que tiene algo de mendiga. —Pues así es —replicó el pa- ñar en la m i t a d del justo precio. va a O ñ e z y d a r á en G a m b o a .
—Antes es al revés —dijo el pa- je—, que quieres, Preciosa, que yo Bonita, bien creo q u e lo soy, p e r o A esto r e s p o n d i ó d o n J u a n :
je—, porque no hay poeta que no sea pobre por fuerza, no deseches I tan h e r m o s a c o m o dicen, ni por — E n v e r d a d gitanica q u e has
el alma que en este papel te envío, pienso.
sea rico, pues todos viven conten- y vuélveme el escudo; que como le a c e r t a d o en m u c h a s cosas d e mi
tos con su estado, filosofía que la toques con la mano le tendré por I — ¡ P o r vida de d o n Juanico, mi c o n d i c i ó n ; p e r o en lo de ser menti-
alcanzan pocos. Pero, ¿qué te ha reliquia mientras la vida me durare. hijo — d i j o el a n c i a n o — , q u e a ú n roso vas m u y f u e r a de la v e r d a d ,
movido, Preciosa, a hacer esta pre- sois m á s h e r m o s a d e lo q u e dicen, p o r q u e m e precio d e decirla en
gunta? ... Sacó Preciosa el escudo del pa- [ linda g i t a n a ! todo a c o n t e c i m i e n t o . En lo del viaje
—Hame movido —respondió Pre- peí, y quedóse con el papel, y no le — Y ¿ q u i é n es d o n Juanico, su largo has a c e r t a d o , pues, sin d u d a ,
ciosa—, porque como yo tengo a quiso leer en la calle. hijo? — p r e g u n t ó Preciosa. siendo Dios s e r v i d o , d e n t r o de cua-
todos o los más poetas por pobres, El paje se despidió y se fue con- j — E s c galán q u e está a vuestro tro o c i n c o días m e p a r t i r é a Flan-
causóme maravilla aquel escudo de tentísimo, creyendo que ya Pre- lado — r e s p o n d i ó el caballero. des, a u n q u e tú me a m e n a z a s q u e
oro que me distes entre vuestros ciosa quedaba rendida, pues con I — E n v e r d a d que pensé — d i j o he d e torcer el c a m i n o , y n o que-
versos envuelto; mas ahora que sé tanta afabilidad le había hablado. | Preciosa— q u e j u r a b a vuestra mer- rría que en él m e sucediese algún
que no sois poeta, sino aficionado Y como ella llevaba puesta la i ced p o r algún n i ñ o d e dos a ñ o s . desmán q u e lo e s t o r b a s e .
de la poesía, podría ser ^que fuése- mira en buscar la casa del padre ¡Mirad q u é d o n Juanico, y q u e — C a l l e , señorito — r e s p o n d i ó Pre-
des rico, aunque lo dudo, a causa de Andrés, sin querer detenerse a ; brinco! A mi v e r d a d q u e p u d i e r a c i o s a — , y e n c o m i é n d e s e a Dios; q u e
que por aquella parte que os to- bailar en ninguna parte, en poco es- j ya estar c a s a d o , y que* según tiene t o d o se h a r á bien. Y sepa q u e y o
ca de hacer coplas, se ha de des- pació se puso en la calle do es- unas rayas en la f r e n t e , n o p a s a r á n n o sé n a d a d e lo q u e digo, y n o es
aguar cuanta hacienda tuviéredes. taba, que ella muy bien sabía; y tres a ñ o s sin q u e lo esté, y m u y maravilla que como hablo mucho y
Que no hay poeta, según dicen, que habiendo andado hasta la mitad, a su gusto, si es que desde a q u í a bullo, acierte en alguna cosa, y yo
sepa conservar la hacienda que tie- alzó los ojos a unos balcones de ¡ allá n o se le p i e r d e , o se le trueca. q u e r r í a a c e r t a r en p e r s u a d i r t e a q u e
ne, ni granjear la que no tiene. hierro dorados, que le habían dado | —Basta — d i j o u n o d e los pre- n o te partieses, sino q u e sosegases
—Pues yo no soy de ésos —re- por señas, y YÍO en ellos a un ca- ; sentes—. Q u e s a b e la gitanilla d e el pecho, y te estuvieses con tus pa-
plicó el paje—. Versos hago, v no ballero de hasta edad de cincuenta rayas. dres, p a r a d a r l e s b u e n a vejez: por-
soy rico ni pobre; y sin sentirlo ni años, con un hábito de cruz colo- En esto las tres gitanillas q u e que n o estoy bien con estas idas y
descontarlo, como hacen los geno- rado en los pechos, de venerable f iban con Preciosa, todas tres se arri- venidas a Flandes, p r i n c i p a l m e n t e
. veses sus convites, bien puedo dar gravedad y presencia. El cual ajpe- [ maron a un rincón de • !a sala, y los mozos de tan tierna edad c o m o
un escudo, y dos, a quien yo qui- ñas también hubo visto a la Gita- | cosiéndose las bocas u n a s con otras, la tuya. D é j a t e crecer u n p o c o , para
siere. Tomad, preciosa perla, este nilla, cuando dijo: se j u n t a r o n p a r a n o ser oídas. que p u e d a s llevar los t r a b a j o s d e
segundo papel y este escudo se- —Subid niñas, que aquí os da- | Dijo la C r i s t i n a : la g u e r r a , c u a n t o m á s q u e h a r t a
gundo que va en él, sin que os — M u c h a c h a s , éste es el c a b a l l e r o guerra tienes en tu casa; h a r t o s
pongáis a pensar si soy poeta o rán limosna. que nos dio esta m a ñ a n a los tres c o m b a t e s a m o r o s o s te sobresaltan
no: sólo quiero que penséis y creáis A esta voz acudieron al bal- | el p e c h o . Sosiega, sosiega, alborota-
reales de a o c h o .
que quien os da esto quisiera te- cón otros tres caballeros, y entre — A s í es la v e r d a d — r e s p o n d i e - d l o , y m i r a lo q u e haces p r i m e r o
ner para daros las riquezas de ellos vino el enamorado Andrés, j ron ellas—; p e r o n o se lo mente- q u e te cases, y d a n o s u n a limosnita
Midas. que cuando vio a Preciosa, perdió j por Dios y p o r q u i e n tú eres; q u e
la color y estuvo a punto de perder j mos, ni d i g a m o s n a d a si él n o n o s
lo mienta: ¿ q u é s a b e m o s si q u i e r e en verdad q u e c r e o que eres bien
Y en esto le dio un papel, y los sentidos: tanto fue el sobresalto f n a c i d o . Y si a esto se j u n t a el s í r
tentándole Preciosa, halló que den- que recibió con su vista. encubrirse?
. 1 v e r d a d e r o , y o c a n t a r é la gala al
tro venía el escudo, y dijo: En t a n t o q u e esto entre las tres
Este papel ha de vivir muchos -Subieron las gitanillas todas, sino j pasaba, r e s p o n d i ó Preciosa a lo de
v e n c i m i e n t o de h a b e r a c e r t a d o en
la grande, que se quedó abajo para t ¡as rayas:
c u a n t o te h e dicho.
años, porque trae dos almas con- informarse de los criados de la? 1
sigo: una la del escudo, y otra la verdades de Andrés. — L o q u e veo con los ojos, c o n — O t r a vez te h e dicho, n i ñ a
de los versos, que siempre vienen el d e d o lo adivino. Yo sé del se- — r e s p o n d i ó el d o n Juan q u e ha-
llenos de almas y corazones. Pero Al entrar las gitanillas en la sala,. j ñor d o n Juanico, sin rayas, q u e es bía d e ser A n d r é s C a b a l l e r o — , q u e
sepa el señor paje- que no quiero estaba diciendo el caballero an- | algo e n a m o r a d i z o , impetuoso y ace- en todo aciertas, sino en el te-
tantas almas conmigo, y si no saca ciano a los demás: 1
la una, no haya miedo que reciba —Ésta debe ser, sin duda, la O»: :
leyesen y q u e se le volviesen, y p a r e c e q u e te vas a d e s m a y a r , se-
y yo, y o t r a p e r s o n a ; y así n o po- lodo el a h í n c o q u e en esto p o n í a
mor que tienes que no debo de g ú n se te h a m u d a d o el c o l o r ?
d e m o s d e c i r q u i é n es. eran espuelas q u e a p r e m i a b a n el
ser m u y v e r d a d e r o ; q u e en esto te — E s p é r e n s e — d i j o a esta r a z ó n
— N i a q u í lo q u e r e m o s saber —di- deseo de A n d r é s para oírle.
e n g a ñ a s , sin a l g u n a d u d a ; la pala- jo u n o de los p r e s e n t e s — ; pero P r e c i o s a — . D é j e n m e l e decir u n a s
b r a q u e yo doy en el c a m p o la Finalmente, el c a b a l l e r o le leyó ciertas p a l a b r a s al oído, y v e r á n
d e s d i c h a d a d e aquella q u e en vues- en alta voz, y e r a éste:
c u m p l i r é en la c i u d a d y d o n d e - tras l e n g u a s deposita u n secreto y en c ó m o n o se d e s m a y a .
q u i e r a , sin s e r m e p e d i d a ; p u e s n o se v u e s t r a a y u d a p o n e su h o n r a . Cuando Preciosa el panderete toca Y llegándose a él, le dijo, casi
puede preciar de caballero quien sin m o v e r los labios:
— N o t o d a s s o m o s m a l a s —res- V hiere el dulce son los aires vanos,
toca e n el vicio d e m e n t i r o s o . M i p o n d i ó Preciosa — . Q u i z á hay al- perlas son que derrama con las manos, — ¡ G e n t i l á n i m o p a r a gitano! ¿Có-
p a d r e te d a r á l i m o s n a p o r D i o s v flores son que despide de la boca. m o p o d r é i s , A n d r é s , s u f r i r el tor-
g u n a entre nosotras q u e se pre-
p o r m í ; q u e e n v e r d a d q u e esta cia d e secreta y d e v e r d a d e r a tanto m e n t o de toca, p u e s n o p o d é i s lle-
Suspensa el alma, y la cordura loca, v a r el d e u n p a p e l ?
m a ñ a n a di c u a n t o tenía a u n a s da- c u a n t o el h o m b r e m á s estirado que queda a los dulces actos sobrehumanos.'
m a s , q u e a ser t a n lisonjeras c o m o h a y en esta sala. Y v á m o n o s , abuela, que de limpios, de honestos y de sanos, Y - haciéndole m e d i a d o c e n a d e
h e r m o s a s , especialmente u n a d e q u e a q u í nos tienen en poco. ¡Pues su fama al cielo levantado toca. cruces s o b r e el c o r a z ó n , se a p a r t ó
ellas, n o m e a r r i e n d o la g a n a n c i a en v e r d a d q u e n o somos ladronas dél, y e n t o n c e s A n d r é s respiró u n
Colgadas del menor de sus cabellos p o c o , y d i o a e n t e n d e r q u e las pala-
O y e n d o esto Cristina, con el reca- ni r o g a m o s a n a d i e ! mil almas lleva, y a sus plantas tiene
to d e la o t r a vez, dijo a las d e m á s b r a s d e Preciosa le h a b í a n apro-
— N o os enojéis, Preciosa —di;o amor rendidas una y otra flecha. vechado.
gitanas: el p a d r e — ; q u e a lo m e n o s de vos
^ - ¡ A y , n i ñ a s ! ¡ Q u e m e m a t e n si i m a g i n o que n o se p u e d e presu- Ciega y alumbra con sus soles bellos F i n a l m e n t e , el d o b l ó n de dos ca-
n o lo dice p o r los tres reales d e su imperio amor por ellos le mantiene, ras se le dieron a Preciosa, y ella
m i r cosa m a l a ; q u e vuestro buen y aun más grandezas de su ser sospe-
a o c h o q u e n o s d i o esta m a ñ a n a ! r o s t r o os acredita y sale p o r fiador d i j o a sus c o m p a ñ e r a s q u e le tro-
— N o el así — r e s p o n d i ó u n a de cha caría y r e p a r t i r í a c o n ellas hidal-
d e v u e s t r a s b u e n a s obras. P o r vida
l a s d o s — , p o r q u e d i j o q u e e r a n da- de Preciosita q u e bailéis u n poco g a m e n t e . El p a d r e d e A n d r é s le
m a s , y nosotras n o lo s o m o s ; y c o n vuestras c o m p a ñ e r a s ; que aquí —Por Dios — d i j o el q u e leyó el d i j o q u e le dejase p o r escrito las
s i e n d o él t a n v e r d a d e r o c o m o dice, soneto—, q u e tiene d o n a i r e el p o e t a palabras que había dicho a don
t e n g o u n d o b l ó n d e o r o d e a dos que le escribió.
n o h a b í a d e m e n t i r en esto. c a r a s , q u e n i n g u n a es c o m o lg vues- Juan, q u e las q u e r í a saber en t o d o
— N o es m e n t i r a de t a n t a consi- —No es poeta, señor, sino u n caso. Ella d i j o q u e las diría do
t r a , a u n q u e son d e d o s reyes.
d e r a c i ó n — r e s p o n d i ó C r i s t i n a — la .paje muy galán y m u y h o m b r e d e m u y b u e n a g a n a , y q u e entendiesen
q u e se dice sin p e r j u i c i o de n a d i e , y A p e n a s h u b o o í d o esto la vieja, bien —dijo Preciosa. ' • q u e , a u n q u e p a r e c í a n cosa de bur-
e n p r o v e c h o y c r é d i t o del q u e la cuando dijo: —Mirad lo q u e h a b é i s d i c h o Pre- la, t e n í a n gracia especial p a r a pre-
dice; p e r o con t o d o esto, veo q u e — ¡ E a , n i ñ a s , h a l d a s en cinta, y ciosa, y lo q u e vais a decir; q u e s e r v a r el mal de c o r a z ó n y los
n o n o s da n a d a , ni nos m a n d a d a d c o n t e n t o a estos señores! ésas no son a l a b a n z a s del p a j e , vaguidos d e cabeza, y q u e las pa-
bailar. . . T o m ó las s o n a j a s Preciosa, y die- "¡no lanzas q u e ^traspasan el corazón labras eran:
S u b i ó en esto la gitana vieja, y r o n sus vueltas, hicieron y deshicie- le Andrés q u e las escucha. ¿ Q u e -
ron todos sus lazos, con t a n t o do éislo ver, n i ñ a s ? Pues volved los Cabecita, cabecita,
dijo: , lente en ti, no te resbales,
n a i r e y desenvoltura, q u e tras los ¡jos y veréisle d e s m a y a d o encima
— N i e t a , a c a b a ; .que es t a r d e , y y apareja dos puntales
pies se llevaban los o j o s d e cuantos 'e la silla con u n t r a s u d o r d e muer-
hay mucho quehacer y más que las m i r a b a n , especialmente los de te- No penséis, d o n c e l l a , q u e os de la paciencia bendita.
decir. Solicita
A n d r é s , q u e así se i b a n entre los ima tan de b u r l a A n d r é s , q u e n o le la boqjta
— Y ¿ q u é h a y , a b u e l a ? , — p r e - pies de Preciosa, c o m o si allí tu- «era y sobresalte el m e n o r d e vues- confiancita.
g u n t ó P r e c i o s a — . ¿ H a y hijo, o h i j a ? v i e r a n el centro d e su gloria; pero 'os descuidos. Llegaos a él enhora- No te inclines
H i j o , y m u y lindo — r e s p o n d i o t u r b ó s e l a la suerte de m a n e r a que buena, y decidle a l g u n a s p a l a b r a s a pensamientos ruines;
la v i e j a — . V e n , P r e c i o s a , y oirás se la volvió en i n f i e r n o . Y fue 6 11 oído que v a y a n d e r e c h a s al co- verás cosas
v e r d a d e r a s maravillas. caso, q u e en la fuga del baile, se :azón-y le v u e l v a n d e su d e s m a y o . que toquen en milagrosas,
—¡Plega a Dios que n o muera le cayó a Preciosa el p a p e l que » N°> s j n o a n d a o s a traer sonetos Dios delante
d e s o b r e p a r t o ! — d i j o Preciosa. h a b í a d a d o el p a j e , y a p e n a s hubo y San Cristóbal gigante.
día en vuestra a l a b a n z a , y ve r
T o d o se m i r a r á muy bien — r e - c a í d o , c u a n d o le alzó el que no "eis cuál os le p o n e n !
plicó la v i e j a — ; c u a n t o m á s q u e tenía b u e n c o n c e p t o d e las gitanas, Todo esto p a s ó así c o m o se ha — C o n la m i t a d d e estas p a l a b r a s
h a s t a a q u í ' t o d o h a sido p a r t o de- y a b r i é n d o l e al p u n t o d i j o : q u e le digan, y c o n seis cruces q u e
Ucho. Q u e A n d r é s , en oyendo el le hagan sobre el c o r a z ó n a la per-
r e c h o , y el i n f a n t e es c o m o u n o r o .
—¡Bueno! ¡Sonetico tenemos. *>neto, mil celosas imaginaciones le sona q u e tuviere vaguidos de c a b e z a
— ¿ H a p a r i d o alguna señora? ¡Cese el baile, y escúchenle; Resaltaron. N o se desmayó, p e r o — d i j o Preciosa—, quedará como
— p r e g u n t ó el p a d r e d e A n d r é s Ca- "según el p r i m e r verso, en ve; *dió la color d e m a n e r a q u e , vién- una manzana.
ballero. q u e n o es n a d a necio! l0
'e- su p a d r e , le d i j o : C u a n d o la g i t a n a vieja oyó el
—Sí, señor —respondió la gita- Pesóle a Preciosa, por no saber ¿Qué tienes, d o n J u a n , q u e ensalmo y el e m b u s t e , q u e d ó pas-
na—; pero ha sido el parto tan se- que en él venía, y rogó que no
creto, qu$ no ló sabe sino Preciosa
m a d a , y m á s lo q u e d ó A n d r é s , que E n t r ó Andrés en u n a , que era 1¡
m a y o r del rancho, y luego acudid — P u e s así lo quiere el señor e m p a c h a r ni entremeter, ni con las
vio que t o d o era invención de su Andrés Caballero — d i j o otro gi- casadas, ni con las doncellas. Nos-
r o n a verle diez o doce gitanos, to
a g u d o ingenio. dos mozos y todos gallardos y biec tano—, muera la sin culpa, y Dios otros g u a r d a m o s inviolablemente l a
Q u e d á r o n s e con el soneto, p o r q u e hechos, a quien ya la vieja habl¡ sabe si me pesa, así por su mocedad, ley de la amistad; ninguno solicita la
n o quiso pedirle Preciosa, p o r n o d a d o cuenta del n u e v o compañero pues aun no ha cerrado, cosa no prenda del otro; libres vivimos de
dar otro tártago a A n d r é s ; q u e que les h a b í a de venir, sin tenet usada entre muías de alquiler; como la amarga pestilencia 'de los ceios.
ya sabía ella, sin ser e n s e ñ a d a , lo necesidad de encomendarles el st porque debe ser andariega, pues n o Entre nosotros, a u n q u e hay mu-
q u e era dar sustos, y martelos y so- creto; que, c o m o ya se ha dicho tiene costras en la ijadas, ni llagas, chos incestos, no hay ningún adul-
bresaltos celosos a los rendidos ellos le g u a r d a n con sagacidad j de la espuela. terio; y c u a n d o le hay en la mu-
amantes. puntualidad nunca vista. jer propia, o alguna bellaquería en
Dilatóse su muerte hasta la noche,
Despidiéronse las gitanas, y al < E c h a r o n luego ojo a la muía,] v en lo que q u e d a b a de aquel día la amiga, no vamos a- la justicia a
irse, dijo Preciosa a d o n Juan: dijo u n o de ellos: se hicieron las ceremonias de la en- pedir castigo: nosotros somos los
— M i r e , señor: cualquiera día de trada de Andrés a ser gitano, que jueces y los verdugos de nuestras
esta semana es próspero para par- — É s t a se podrá vender el jue esposas o amigas; con la misma
fueron:
tidas, y n i n g u n o es aciago; apresure en Toledo. facilidad las matamos y las e n * -
el irse lo m á s presto que pudiere; — E s o n o — d i j o Andrés—, po: Desembarazaron luego un ran-
rramos por las m o n t a ñ a s y de-
q u e le a g u a r d a u n a vida a n c h a , li- que no hay m u í a de alquiler que cho de los mejores del a d u a r , y ador-
siertos como si f u e r a n animales no-
bre y muy gustosa, si quiere aco- sea conocida de todos los m náronle de ramos y juncia; y sen-
civos; no hay pariente que las
m o d a r s e a ella. de muías q u e trajinan por España. tándose Andrés sobre un medio al-
vengue, ni padres que nos pidan su
— ¡ P o r Dios, señor Andrés! —dr cornoque. pusiéronle en las m a n o s
N o es tan libre la del solda- muerte. Con este temor y miedo ellas
un martillo y unas tenazas, y al son
d o , a mi parecer — r e s p o n d i ó don u n o de los gitanos—. ¡Que aunq de dos guitarras que dos gitanos ta-
p r o c u r a n ser castas, y nosotros, co-
J u a n — , que n o tenga m á s de su- la muía tuviera m á s señales q ñían. le hicieron d a r dos cabriolas,
m o ya he dicho, vivimos seguros.
jeción q u e de libertad; p e r o con las que h á n de preceder al día t luego le desnudaron un brazo, y con
Pocas cosas tenemos q u e n o sean
t o d a esto, h a r é como viere. m e n d o , aquí la transformáramos comunes a todos, excepto la m u j e r
m a n e r a que no la conociera la una cinta de seda nueva y un ga-
o la amiga, que queremos q u e cada
— M á s veréis de lo que pensáis rrote le dieron dos vueltas blanda-
d r e q u e la parió, ni el dueño una sea d e l que le c u p o en suerte.
— r e s p o n d i ó Preciosa—, y Dios os mente.
la ha criado! Entre nosotros así hace divorcio la
lleve y traiga con bien, como vues- A todo se halló presente Preciosa
— C o n todo eso —respondio A; vejez como la muerte; el que qui-
tra b u e n a presencia merece. y otras muchas gitanas viejas y siere puede dejar la mujer vieja
Con estas últimas p a l a b r a s que- d r é s — , por esta vez se ha de segi mozas, que las unas con maravilla, como él sea mozo, y escoger otra
d ó contento Andrés, y las gitanas y de t o m a r el parecer mío. A otras con amor, le m i r a b a n ; tal era q u e corresponda al gusto de sus
se f u e r o n contentísimas. muía se le h a d e d a r muerte, y
la gallarda, disposición, de Andrés, años. Con éstas y con otras leyes y
T r o c a r o n el d o b l ó n , repartiéndo- de ser enterrada d o n d e aún que hasta los gitanos le quedaron estatutos nos conservamos y vivi-
le entre t o d a s igualmente, a u n q u e huesos no parezcan. aficionadísimos. m o s alegres; somos señores de los
la vieja g u a r d i a n a llevaba siempre — ¡ P e c a d o grande! — d i j o
Hechas, pues, las referidas cere- campos, de los sembrados, de las
p a r t e y media de lo q u e se junta- g j t a n o — . ¿ A u n a inocente se ha monias, un gitano viejo, tomó por selvas, de los montes, de las fuentes
b a , así por la m a y o r i d a d , como por quitar la v i d a ? N o diga tal el b la mano a Preciosa, y puesto delan- y de los ríos; los montes nos ofre-
ser ella el aguja p o r quien se guia- Andrés, sino haga u n a cosa: te de Andrés, dijo: cen leña de balde, los árboles fru-
b a n en el m a r e m a g n o de sus bailes, reía bien ahora, de m a n e r a que se tas, las viñas uvas, las h u e r t a s hor-
q u e d e n estampadas todas sus sena —Esta m u c h a c h a , que es la flor y
donaires, y aun de sus embustes. talizas, l a s ' f u e n t e s agua, los ríos
en la memoria, y déjenmela 11 la nata de toda la hermosura de las
Llegóse, en fin, el día que An- a m í ; y si de a q u í a dos horas gitanas que sabemos que viven en peces, y los v e d a d o s caza, sombras
drés Caballero se apareció u n a ma- conociere, q u e m e lardeen España, te la entregamos, ya por las peñas, aire fresco las quiebras,
ñ a n a en el primer lugar de su apa- a negro fugitivo. esposa, o ya por amiga; que en esto y casas las cuevas. Para nosotros
recimiento, sobre u n a m u í a de al- puedes hacer lo que fuera más de tu las inclemencias del cielo son oreos,
q u i l e r , sin criado alguno; halló en — E n ninguna m a n e r a consenu refrigerios las nieves, b a ñ o s la llur
gusto, porque la libre y ancha vida
él a Preciosa y a su abuela, de las — d i j o A n d r é s — q u e la muía nuestra" no está sujeta a melindres via, músicas los truenos y hachas
cuales conocido, le recibieron con m u e r a , a u n q u e m á s m e asegu ni a muchas ceremonias. Mírala los relámpagos. Para nosotros son
m u c h o gusto. Él les dijo que le guia- su transformación. Y o temo bien,, y mira si le agrada, o si ves los duros terrenos colchones de
sen al r a n c h o antes que entrase el descubierto si a ella n o la cu en ella alguna cosa que te des- blandas plumas; el cuero curtido
d í a y con él se descubriesen las se- la tierra. Y si se hace por el p contente, y si la ves, escoge entre de nuestros cuerpos nos sirve de
ñ a s que llevaba, si acaso le busca- v e c h o que de venderla puede las doncellas que a q u í están la que arnés impenetrable que nos defien-
sen. Ellas, que, como advertidas, guirse, no vengo tan desnudo a más -te contentare, que la que esco- de; a nuestra lfgereza n o fe impiden
vinieron solas, dieron la vuelta, y c o f r a d í a , que n o pueda pagar gieres te daremos; pero has de sa- grillos, ni la detienen barrancos, ni
d e allí a p o c o rato llegaron a sus entrada m á s de lo que valen ber que u n a vez escogida, no la la contrastan paredes; a nuestro
barracas. tro muías. has de dejar por otra, ni te has de
muerta la muía, tus vestidos están qué j u r a m e n t o quieres que haga,
á n i m o no le tuercen cordeles, ni b a la a b u n d a n c i a . En conclusión, so- enteros, y de tu dinero no te falta o qué otra seguridad puedo darte;
menoscaban garruchas, ni le aho- mos gente q u e vivimos por nues- uff ardite; la ausencia que has he- que a todo m e hallarás dispuesto.
gan tocas, ni le d o m a n potros. Del tra industria y pico, y s i n entreme- cho no ha sido aún de un día; que
sí al no, n o hacemos diferencia ternos con el antiguo r e f r á n : «ig!e — L o s j u r a m e n t o s y promesas que
de lo que dél falta te puedes ser- hace el cautivo por que le den li-
c u a n d o nos conviene: siempre nos sia, o m a r , o casa real», tenemos lo vir y dar lugar que consideres lo
preciamos m á s de mártires que de que q u e r e m o s , pues nos contenta- bertad pocas veces se cumplen con
que más te conviene. Estos señores ella — d i j o Preciosa—; y así son.
confesores. Para nosotros se c r í a n mos con lo que tenemos. T o d o esto bien pueden entregarte mi cuerpo;
las bestias de carga en los c a m p o s os he dicho, generoso mancebo, por- según pienso, los del a m a n t e ; que,
pero no mi alma, que es libre, y na- por conseguir su deseo, p r o m e t e r á
y se Cortan las faltriqueras en las q u e n o ignoréis la vida a q u e habés ció libre, y ha de ser libre en t a n t o
ciudades. N o hay águila, ni nin- venido y el trato que habéis de pro las alas de Mercurio y los rayos de
que yo quisiere. Si te quedas, te es- Júpiter, como m e prometió a mí
guna otra ave de r a p i ñ a , que m á s fesar, eL cual os he p i n t a d o aquí timaré en m u c h o ; si te vuelves, n o
presto se abalance a la prera q u e jsn b o r r ó n ; que otras m u c h a s e in- u n cierto poeta, y juraba por la la-
te tendré en menos; porque, a mi guna Estigia. N o quiero j u r a m e n t o s ,
se le ofrece, q u e nosotros nos aba- finitas cosas iréis descubriendo en parecer, los ímpetus amorosos co-
lanzamos a las ocasiones q u e al- él c o n el tiempo, n o menos dignas señor Andrés, ni quiero promesa«.
rren a rienda suelta, hasta que en- Sólo quiero remitirlo todo a la ex-
g ú n interés nos señalen. Y , final- de consideración q u e las que ha- cuentran con la razón o con el
mente* tenemos m u c h a s habilidades béis oído. periencia de este noviciado, y a mí
desengaño; y no querría yo que se me q u e d a r á el cargo de guardar-
q u e felice fin n o s p r o m e t e n : por- Calló en diciendo esto el elocuen- fueses tú para conmigo como es el
que e n la cárcel c a n t a m o s , e n el te viejo, gitano, y el novicio di,o me, c u a n d o vos lo tuviéredes de
cazador, que en alcanzando la liebre ofenderme.
p o t r o callamos, de día t r a b a j a m o s , q u e se holgaba m u c h o d e haber que sigue, la coge, y la deja, p a r a
y de noche h u r t a m o s , o p o r me- sabido tan loables estatutos, y que correr tras otra que le huye. Ojos — S e a así — r e s p o n d i ó A n d r é s — .
jor decir, avisamos que nadie viva él p e n s a b a hacer profesión en aque hay engañados q u e a la primera Sola una cosc pido a estos señores
descuidado de m i r a r d ó n d e p o n e lia orden tan puesta en razón y en vista también les parece el oropel y compañeros míos, y es que n o me
su h a c i e n d a . N o nos fatiga el t e m o r políticos f u n d a m e n t o s , y que sólo como el oro, pero a poco rato fuercen a que h u r t e ninguna cosa,
de perder la h o n r a , ni nos desvela le p e s a b a n o h a b e r venido m á s pres- bien conocen la diferencia que hay por tiempo de un mes siquiera;
la ambición de acrecentarla, ni sus- to en conocimiento de t a n alegre de lo fino a lo falso. Ésta mi her- p o r q u e me parece que n o he de
t e n t a m o s bandos, ni m a d r u g a m o s vida, y q u e desde aquel p u n t o re mosura que tú dices que tengo, que acertar a ser l a d r ó n si antes n o
a dar memoriales, ni a a c o m p a ñ a r n u n c i a b a la profesión de caballero la estimas sobre el sol y la encareces preceden m u c h a s lecciones.
magnates, ni a solicitar favores. Por y la vanagloria de su ilustre lwa,e, sobre el oro, ¿ q u é sé yo si de cerca — C a l l a , hijo — d i j o el gitano vie-
d o r a d o s techos y suntuosos palacios y p o n í a todo d e b a j o del yugo, o te parecerá sombra, y tocada, caerás j o — , que a q u í te industriaremos de
estimamos estas b a r r a c a s y movi- por m e j o r decir, d e b a j o de las en que es de alquimia? Dos años m a n e r a , que salgas un águila en el
bles ranchos; por cuadros y paí- leyes con q u e ellos vivían, pues te doy de tiempo para que tantees oficio. Y c u a n d o le sepas, has d e
ses de Flandes los que nos da la con tan alta recompensa le satis- y ponderes lo que será bien que gustar dél de m o d o , que te comas
N a t u r a l e z a en esos levantados riscos facían el deseo de servirlos, entre escojas o será justo que deseches; las m a n o s tras él. ¡Ya es cosa de
y nevadas peñas, tendidos p r a d o s gándole a la divina Preciosa, por que la p r e n d a que u n a vez com- burla salir vacío por la m a ñ a n a y
y espesos bosques q u e a c a d a paso quien él dejaría coronas e imperios, prada, nadie se puede deshacer de volver cargado a la noche al rancho!
a los ojos se nos muestran. Somos y sólo los desearía p a r a servirla ella sino con la muerte, bien es — D e azotes he visto yo volver
astrólogos rústicos, p o r q u e como A lo cual respondió Preciosa: que haya tiempo, y mucho, p a r a algunos de esos vacíos — d i j o An-
casi siempre d o r m i m o s al cielo des- mirarla y remirarla, y ver en ella drés.
— P u e s t o q u e estos señores legisla
cubierto, a t o d a s horas sabemos las las faltas o las virtudes que tiene; — N o s e ' t o m a n truchas, etcétera
dores h a n hallado por sus leyes que
que son del d í a y las que son de la que yo no m e rijo por la b á r b a r a — r e p l i c ó el viejo—. T o d a s las co-
soy tuya, y que por tuya te me han
noche; vemos c ó m o a r r i n c o n a y ba- e insolente licencia que estos mis sas de esta vida están sujetas a
entregado, yo he hallado p o r j
rre la a u r o r a las estrellas del cielo, parientes se han tomado de dejar diversos peligros, y las acciones del
lev de mi v o l u n t a d , que es la m
y cómo ella sale con su c o m p a n e r a las mujeres, o castigarlas, c u a n d o ladrón, al de las galeras, azotes y
f u e r t e de todas, que n o quiero serio
el alba, alegrando el aire, enfrian- se les antoja; y. como yo no pienso horca. Pero no porque corra u n na-
si n o es con las condiciones que
d o el agua y h u m e d e c i e n d o la tie- hacer cosa que llame al castigo, no vio tormenta, o se anegue, han d e
antes que a q u í vinieses entre los
rra y luego, tras ella el sol, dorando quiero t o m a r compaña que por su dejar los otros de navegar. ¡Bueno
dos concertamos. Dos anos has o
cumbres — c o m o dijo el otro poe- gusto me deseche. sería q u e p o r q u e la guerra c o m e
vivir en nuestra c o m p a ñ í a prime«
t a — y rizando montes; ni tememos los h o m b r e s y los caballos, dejase
que de la mía goces, p o r q u e tu n
q u e d a r helados por su ausencia de haber soldados! C u a n t o más,
te arrepientas por ligero, ni yo que- —Tienes razón, ¡oh Preciosa!
c u a n d o nos hiere a soslayo con sus que el que es- azotado por justicia
de engañada por presurosa. Cono* -7-dijo a este p u n t o A n d r é s — ; y así.
rayos, ni q u e d a r abrasados c u a n d o Sl entre nosotros*, es tener un h á b i t o
ciones rompen leyes; las que te * quieres que asegure tus temores
con ellos perpendicularmente nos en las espaldas, que le parece me-
puesto sabes: si las qinsiwes gu» y menoscabe tus sospechas jurán-
toca; u n mismo rostro hacemos al jor que si le trajese en los pechos,
d a r podrá ser que sea tuya y dote que no saldré un p u n t o de
sol que al hielo, a la esterilidad que las y de los buenos. El toque está en
seas mío, y donde no, a u n no órdenes que me pusieres, mira
NOVELAS EJEMPLARES.—LA CITAN ILLA se esparcieron por todos los luga ra verle en afrenta por todo el tesoro
res,.o a lo menos a p a r t a d o s por cua- de Venecia, obligada a tenerle aque-
no acabar acoceando el aire en la por todas las vías que pudiese, pen- tro o cinco leguas de aquel donde lla buena voluntad por los m u c h o s
flor de nuestra j u v e n t u d y a los s a n d o exentarse de la jurisdicción habían asentado su real. Fue c o i servicios y regalos que §u Andrés
primeros delitos; q u e el m o s q u e o de de obedecerlos en las cosas injus- ellos Andrés a tomar la primera lec- le hacía.
las espaldas, ni el apalear el a g u a tas que le mandasen a costa de su ción de ladrón; pero, a u n q u e le die- Poco más de un mes se estuvie-
en las galeras, n o lo estimamos en dinero. ron muchas en aquella salida, nin- ron en los términos de Toledo, don-
un cacao. H i j o Andrés, reposad aho- O t r o día les rogó A n d r é s que g u n a se le asentó; antes correspon- de hicieron su agosto, a u n q u e era
ra en el nido d e b a j o de nuestras m u d a s e n de sitio y se alejasen de diendo a su buena sangre, con cada por el mes de septiembre, y desde
alas; que. a su t i e m p o os sacaremos Madrid, porque temía ser conocido hurto que sus maestros hacían so allí se entraron en E x t r e m a d u r a ,
a volar, y en parte d o n d e no vol- si allí estaba. Ellos dijeron que ya le a r r a n c a b a a él el alma, y tal vez por ser tierra rica y caliente.
váis sin presa, y lo dicho dicho: tenían determinado irse a los mon- hubo que pagó de su dinero los Pasaba Andrés con Preciosa ho-
que os habéis de lamer los dedos tes de Toledo, y desde allí correr hurtos que sus c o m p a ñ e r o s habían nestos, discretos y e n a m o r a d o s co-4
tras cada h u r t o . y «garramar toda la tierra circunve- hecho, conmovido de las lágrimas loquios, y ella poco a poco se iba
— P u e s para recompensar — d i j o cina. de sus dueños. De lo cual les gi- e n a m o r a n d o de la discreción y buen
A n d r é s — lo q u e yo p o d r í a h u r t a r • Levantaron, pues, el rancho, y tanos se desesperaban, diciéndole trato de su amante, y el, del mis-
en este tiempo q u e se m e d a de diéronle a Andrés una pollina en que era contravenir a sus estatutos mo modo, si pudiera crecer su amor,
venia, quiero repartir doscientos es- que fuese; pero él no la quiso, sino y ordenanzas, que prohibían la en- fuera creciendo: tal era la honesti-
cudos de o r o entre todos los del irse a pie, sirviendo de lacayo a Pre- trada a la caridad en sus pechos, la d a d . discreción y belleza de su Pre-
rancho. ciosa. que- sobre otra iba. ella con- cual, en teniéndola, habían de dejar ciosa. A doquiera que llegaban, él
Apenas h u b o d i c h o esto, c u a n d o tentísima de ver c ó m o triunfaba de de ser ladrones, cosa que no les es- se llevaba el precio y las apuestas
arremetieron a él m u c h o s gitanos, su gallardo escudero, y él ni más ni taba bien en ninguna manera. de corredor y de saltar más que
y levantándole en los brazos y so- menos, de ver j u n t o a sí a la q u e ha- Viendo, pues, esto Andrés, dijo ninguno; jugaba a los bolos y a
b r e los h o m b r o s , le c a n t a b a n el bía hecho señora de su albedrío. que él quería hurtar por sí solo sin la pelota extremadamente; tiraba
«víctor», «víctor» y «el g r a n d e . Yr- ¡Oh poderosa f u e r z a de éste que ir en c o m p a ñ í a de nadie. Porque la barra con mucha fuerza y singu-
d r é s » , . a ñ a d i e n d o ; «¡Y viva, viva llaman dulce dios de la amargura para huir del peligro tenía ligereza, lar destreza. Finalmente, en poco
Preciosa, a m a d a p r e n d a suya!» — t í t u l o que le ha d a d o la ociosidad y para acometerle no le faltaba el tiempo voló su fama por toda Ex-
Las gitanas hicieron lo m i s m o con y el descuido nuestro—, y con qué ánimo; así que el premio o el cas- t r e m a d u r a . y no había lugar d o n d e
Preciosa, no sin envidia d e Cristina veras nos avasallas, y cuan sin res- tigo de lo que hurtase quería que no se hablase de la gallarda dispo-
y otras gitanillas q u e se hallaron peto nos tratas! Caballero es An- fuese suyo. sición del g u a n o A n d r é s Caballero
presentes. Q u e la envidia tan bien drés, y mozo de muy buen enten- Procuraron los gitanos disuadirle y de sus gracias y habilidades, v al
se aloja en los a d u a r e s de los bár- dimiento. criado casi toda su vida de este propósito., diciéndole que par de esta fama corría la de la her-
baros y en las chozas de los pastores en la Corte y con el regalo de sus le podrían suceder ocasiones d o n d e mosura de la Gitanilla, y no había
c o m o en palacios de príncipes, y ricos padres, y>desde ayer acá ha fuese necesaria la compañía, así villa, lugar ni aldea d o n d e 110 los
esto de ver m e d r a r al vecino que m e hecho tal m u d a n z a , q u e e n g a ñ ó a para acometer como para defender- llamasen para regocijar las fiestas
parece que no tiene más méritos que sus criados y a sus amigos, defrau- se, y que una persona sola no podía votivas suyas, o para otros particu-
yo. fatiga. d ó las esperanzas q u e sus padres en hacer grandes presas. lares regocijos. De esta m a n e r a
Hecho esto, comieron lautamen- él tenían, dejó e-l camino de Flandes, Pero, por más que dijeron, An- iba el aduar «rico, próspero y con-
te. Repartióse e'I dinero prometido d o n d e había dé ejefcitar el valor drés quiso ser ladrón solo y señero, tento, y los amantes gozosos con
con equidad y justicia. Renováronse de su persona y acrecentar la honra con intención de apartarse de la sólo mirarse.
las alabanzas de A n d r é s ; subieron al de su linaje, y se vino a postrarse cuadrilla y comprar por su dinero Sucedió, pues, que teniendo el
cielo la h e r m o s u r a de Preciosa. a los pies de una muchacha, y a ser alguna cosa que pudiese decir q u j a d u a r entre unas encinas, algo apar-
Llegó la noche, acostaron la mu- su lacayo, que, puesto que hernio : la había -hurtado, y de este m o d o tado del camino real, oyeron una
sísima. en fin era gitana: privile- cargar lo que menos pudiese sobre noche, casi a la mitad de ella, la-
la, y e n t e r r á r o n l a , de m o d o q u e que-
gio de la hermosura, que trae al re- su conciencia. d r a r sus perros con m u c h o a h í n c o
d ó seguro Andrés de n o ser p o r ella
descubierto; y también e n t e r r a r o n dopelo y p o r la melena a sus pies Usando, pues, de está industria, y más de lo que a c o s t u m b r a b a n .
con ella sus a l h a j a s , c o m o f u e r o n a la voluntad más exenta. en menos de un mes trajo más pro Salieron algunos gitanos, y con ellos
silla, f r e n o y cinchas, a uso de los De allí a cuatro días llegaron a vecho a la compañía que trajeron Andrés, a ver a quién l a d r a b a n , y
indios, q u e sepultan con ellos sus una aldea a dos leguas de Toledo, c u a t r o . d e los más estirados ladrones vieron q u e se defendía de ellos un
m á s ricas preseas. donde asentaron su a d u a r , dando de ella, de que no poco se holgaba hombre vestido de blanco, 11 quien
primero algunas prendas de plata Preciosa viendo a su tierno a m a n t e tenían dos perros asido de una pier-
De todo lo q u e había A-isto y oído, tan lindo y tan despejado ladrón; na; llegaron y quitáronle, y u n o de
y de los ingenios de los gitanos, que- al alcalde del pueblo en fianza de
que en él ni en todo su término p e r o con todo eso estaba temerosa los gitanos le dijo:
d ó a d m i r a d o Andrés, y con propósi- de alguna desgracia, que no quisie-
no hurtarían ninguna cosa. — ¿ Q u i é n diablos os trajo por
to de seguir y conseguir su empre-
sa sin entremeterse n a d a en sus H e c h o esto, todas las eitanas vie-
costumbres, o a lo menos, excusarlo jas y algunas mozas, y los gitanos.
Por vida tuya y por la mía, An-
dito, pues con tanta facilidad te ha
drés, q u e procedas en esto y en
estaba Preciosa delante, y estúvole penetrado el alma la dura espada
rriuí, hombre, a tales horas y tan todo lo que tocare a nuestros con-
m i r a n d o ahincadamente, y lo mis- de los celos! Dime, Andrés, si en
fuera de camino? ¿Venís a hurtar ciertos cuerda y discretamente; que
m o hacía él a ella, de m o d o que An- esto hubiera artificio o engano algu-
por ventura? Porque en verdad que si así lo hicieres, sé que m e has
drés echó de ver en la atención con no, ¿no supiera yo callar y en-
habéis llegado a buen puerto. de conceder la palma de honesta
que el mozo la m i r a b a ; pero echólo cubrir quién era este mozo? ¿Soy
— N o vengo a h u r t a r —respon- y recatada, y de verdadera en todo
a que la m u c h a h e r m o s u r a de Pre- tan necia, por v e n t u r a , que te había
dió el m o r d i d o — , ni sé si vengo o extremo.
ciosa se llevaba tras sí los ojos. En de dar ocasión de poner en duda
n o f u e r a de c a m i n o , a u n q u e bien mi bondad y buen término? C a l l a , Con esto se despidió de Andrés,
veo que vengo descaminado. Pero resolución, después de c u r a d o el mo- y él se qi edó esperando el día
Andrés, por tu vida, y m a n a n a pro-
decidme, señores, ¿está por a q u í zo le dejaron solo sobre un lecho para tornar la confesión al herido,
cura sacar del pecho de este tu
alguna venta o lugar d o n d e p u e d a hecho de h e n o seco, y por entonces asombro a d ó n d e va, o a lo que vie- llena de turbación el alma y de mil
recogerme esta noche, y c u r a r m e d e n o quisieron preguntarle nada de ne. Podría ser que estuviese enga- contrarias imaginaciones. N o po-
las heridas que vuestros perros me su camino, ni de otra cosa. ñada tu sospecha, como yo no lo día creer sino que aquel paje ha-
han hecho? Apenas se a p a r t a r o n dél c u a n d o estoy de que sea el q u e he dicho. bía venido allí a t r a í d o de la her-
— N o hay lugar ni v e n t a d o n d e Preciosa llamó a Andrés aparte, y le Y para más satisfacción tuya, pues mosura de Preciosa, porque piensa
podamos encaminaros —respondió dijo: , , ya he llegado a términos de satis- el ladrón que todos son de su con-
A n d r é s — ; m a s para c u r a r vuestras — ¿ A c u é r d a s t e , Andrés, de un pa- facerte, de cualquiera m a n e r a y con dición. Por otra parte, la satisfac-
pel que se me cayó en tu casa cuan- cualquiera intención que este mozo ción que Preciosa le h a b í a d a d o
heridas y alojaros esta noche no os
d o bailaba con mis c o m p a ñ e r a s , q u e venga, despídele luego y haz que se le parecía ser de tanta fuerza,
faltará comodidad en nuestros ran-
según creo te dio un mal rato? vaya, pues todos los de nuestra q u e le obligaba a vivir seguro y a
chos. Venios con nosotros; q u e aun- dejar en las manos de su b o n d a d
que somos gitanos, n o lo parece- —Sí acuerdo — r e s p o n d i ó An- parcialidad te obedecen, y no habrá
drés , y era un soneto en tu ala- ninguno que contra tu voluntad le toda su ventura.
mos en la caridad.
b a n z a , y no malo. quiera dar acogida en su rancho; y L.legóse el día, visitó al mordi-
— D i o s la use con vosotros —res-
p o n d i ó el h o m b r e — , y llevadme — P u e s has de saber, Andrés —re- cuando esto así no suceda, yo te do, preguntóle c ó m o se llamaba, y
plicó Preciosa—, que el que hizo doy mi palabra de n o salir del a d o n d e iba, y cómo c a m i n a b a tan
d o n d e quisiéredes, que el dolor d e
aquel soneto es ese mozo m o r d i d o mío. ni d e j a r m e ver de sus ojos, tarde y tan fuera de camino; aun
esta pierna m e fatiga m u c h o .
que dejamos en la choza; y en ni de todos aquellos que tú qui- que primero le preguntó cómo es-
Llegóse a él Andrés, y otro gi- ninguna manera me engaño, p o r q u e sieres que n o m e vean. Mira, An- t a b a , y si se sentía sin dolor de
tano caritativo — q u e a u n entre los m e habló en M a d r i d dos o tres ve- drés, no me pesa a mí de verte ce- las m o r d e d u r a s .
demonios hay unos peores que otros, ces, y a u n me dio un romanee muy loso; p e r o pesarme ha m u c h o si te
y entre m u c h o s malos suele h a b e r A lo cual respondió el mozo
b u e n o . Allí a n d a b a , a mi parecer, v<?0 indiscreto. q u e se hallaba m e j o r y sin dolor
alguno b u e n o — , y entre los dos le como p a j e ; mas no de los ordina-
llevaron. H a c í a la noche clara con la rios, sino de los favorecidos de al- — C o m o n o me veas loco, Pre- alguno, y de m a n e r a que podría
luna, de m a n e r a q u e pudieron ver gún príncipe; y en verdad te digo, ciosa — r e s p o n d i ó A n d r é s — , cual- ponerse en camino. A lo de decir
quiera otra demostración será poca su nombre, y a d ó n d e iba, n o dijo
que el h o m b r e era m o z o , de gen- Andrés, que el mozO es discreto, y
til rostro y talle. Venía vestido todo bien r a z o n a d o , y sobremanera ho- o ninguna p a r a d a r a e n t e n d e r adón- . o t r a cosa, sino que se llamaba
de llega y c u á n t o fatiga la amarga Alonso H u r t a d o , y que iba a Nues-
de lienzo blanco, y atravesada por nesto, y no sé qué p u e d a imaginar de
las espaldas y ceñida a los pechos esta su venida y en tal traje. y dura presunción de los celos. Pero, tra Señora de la Peña de Francia
u n a como camisa o talega de lien- con todo eso, yo h a r é lo que m e a un cierto negocio, y que por lle-
zo. Llegaron a la b a r r a c a o toldo
¿ Q u é puedes imaginar, Precio- mandas, y sabré si es que es posi- gar con brevedad caminaba de no-
sa? — r e s p o n d i ó Andrés—. N i n g u n a
de Andrés, y con presteza encendie- otra cosa sino que la misma f u e r z a ble, qué es lo que este señor p a j e che» y que la pasada h a b í a perdi-
ron l u m b r e y luz, y acudió luego poeta quiere, dónde va, o qué ss lo. d o el c a m i n o , y acaso había d a d o
que a mí m e ha hecho gitano le ha
la abuela de Preciosa a curar el he- hecho a él parecer molinero, y venir que busca; que p o d r í a ser que p o r con aquel a d u a r , donde los perros
rido, de quien ya le h a b í a n d a d o algún hilo que sin c u i d a d o mues- que le g u a r d a b a n le h a b í a n puesto
a buscarte. ¡Ah, Preciosa, Preciosa, tre. sacase yo t o d o el ovillo con del m o d o que había visto.
cuenta. T o m ó algunos pelos de los y c ó m o se va descubriendo que te que- temo viene a enredarme. N o le pareció a Andrés legítima
perros, friólos en aceite, y lavando quieres preciar de tener más de un • — N u n c a los celos, a lo que ima- esta declaración, sino muy bastar-
primero con vino dos m o r d e d u r a s rendido! Y si esto es así, acábame gino — d i j o Preciosa—, dejan el d a . y de nuevo volvieron a hacer-
que tenía en la pierna izquierda, le a mí primero, y luego matarás a este entendimiento libre para que pue- le cosquillas en el alma sus sos-
puso los pelos con el aceite en ellas, otro, y no quieras sacrificarnos jun- da juzgar las cosas como ellas son; pechas. y así le dijo:
y encima un poco de romero verde tos en las aras de tu engaño, por siempre miran los celosos con an- — H e r m a n o , si yo f u e r a juez, y
mascado; lióselo muy bien con pa- no decir de tu belleza. tojos de allende, que hacen las co- vos hubiérades caído d e b a j o de mi
ños limpios y santiguóle las heri- — ¡ V á l a m e Dios — r e s p o n d i ó Pre- sas pequeñas grandes, los e n a n o s jurisdicción por algún delito, el cual
das. y díjole: ciosa—, Andrés, y cuán delicado an- gigantes, y las sospechas verdades. pidiera que se os hicieran las pre-
— D o r m i d , amigo, que con el ayu- das, y c u á n de u n sotil cabello tienes
da de Dios n o será" n a d a . colgadas tus esperanzas y mi cré-
En tanto que curaban al herido, . .- iiHM.t,
IN-

NOVELAS EJEMPLARES. ^ -CPtANlLLA


—Buena cantidad es ésa; n o hay hacia ellos, c u a n d o echaron con mu-
quien hicisteis los versos-, habéis sino descubriros, y manos a la la- cha ligereza m a n o a las espadas y a
bor. que la m u c h a c h a , que no es dos broquetes, y se vinieron a nos-
nada b o b a , verá cuán bien le está otros. que hicimos lo mismo, y con
ser \ uestra. iguales a r m a s nos acometimos. D u r ó

Si
viérteos
iutass
q u e si os c o n v i e n e m e n t i r
— ¡Ay. amigo! — d i j o a esta sazón
el mozo—. Q u i e r o que sepáis que
la fuerza que me ha hecho m u d a r
poco la pendencia, porque n o d u r ó
m u c h o la vida de los dos contrarios,
que de dos estocadas que guiaron
e n este v u e s t r o v i a j e , mintáis con h a c e hacer a los que c o « debajo de traje no es la de a m o r que vos los celos de mi pariente y la defen-
m á s apariencia de v e r d a d . Decís q u e de su jurisdicción y mancfo- Si es o decís, ni de desear a Preciosa, que sa que yo le hacía las perdieron,
vais a la P e ñ a de Francia, y dejáisla es así, como creo q u e sin d u d a lo hermosas tiene Madrid que pueden caso e x t r a ñ o y pocas veces visto.
a la m a n o derecha, m á s atrás de este es, aquí está la gitanica, v saben robar los corazones y ren- T r i u n f a n d o , pues, de lo que no qui-
lugar d o n d e estamos bien treinta le- ' _ S Í , a q u í está, que yo la vi dir las almas tan bien y mejor q u e siéramos, volvimos a casa, y secre-
cuas; camináis de noche por llegar a n o c h e - d i j o el m o r d i d o las más hermosas gitanas, puesto q u e tamente. t o m a n d o todos los dineros
¿ e s t o y vais f u e r a de c a m i n o por R a 7 ó n con q u e A ñ a r e s queuo confieso que la hermosura de vues- que pudimos, nos f u i m o s a San Je-
entre b o s q u e s y encinares q u e no como d i f u n t o , F - c i é n d o l e q u e ^ , tra parienta a todas las que yo he rónimo, e s p e r a n d o el día, que des
tienen sendas apenas, c u a n t o m á s bía salido al c a b o con la contir visto se aventaja. Quien me tiene en cubriese lo sucedido y las presun-
caminos. Amigo, levantaos y ' apren- este traje, a pie y m o r d i d o de perros, ciones que se tenían de los matado-
no es a m o r , sino, desgracia mía. res. Supimos que de nosotros n o
ded a mentir, y a n d a a enhorabuena^
el m o z o - - ; pero no m e atreví a d ; había indicio alguno, y aconsejáron-
Pero, por este b u e n aviso que os Con estas razones que el mozo iba nos los p r u d e n t e s religiosos q u e nos
doy ¿no m e diréis u n a v e r d a d ? Q u e cirle quién era, p o r q u e n o m e con diciendo, iba Andrés c o b r a n d o los volviésemos a casa, y que no diese
, í d réis pues tan mal sabéis mentir V e espíritus perdidos, pareciéndole que mos ni despertásemos con nuestra
Ded^dme: ¿sois P o r v e n t u r a u n o q u e l D e esta m a n e r a - d i j o At, se e n c a m i n a b a n a otro paradero ausencia alguna sospecha contra nos
vo he visto m u e ñ a s veces en ta c o r drés—» ¿vos sois el p o e t a que yo del que se imaginaba. Y deseoso de otros; y ya que estábamos determi-
te entre p a j e y caballero, q u e tenía salir de aquella confusión, volvió a nados de seguir su parecer, nos avi-
f a m " d e ser gran poeta, u n o que h i z o reforzarle la seguridad con que po saron que los señores alcaldes de
„ « r o m a n c e V u n soneto a u n a día descubrirse. Corte habían preso en su casa a los
g a n X q u ¡ lo's días p a s a d o s a n d * h e d Sí h so ? Y - r e p l i c ó el m a n c e b o - , Y así él prosiguió diciendo: padres de la doncella y a la misma
ba en M a d r i d , que era tenida por —Yo estaba en Madrid en casa doncella, y q u e entre otros criados
Angular en la belleza? D e c i d m e o de un título, a quien servía 110 como a quien t o m a r o n la confesión, una
nue YO os p r o m e t o , por la fe d e ca a señor sino como a pariente. Ésto criada de la señora dijo cómo mi
ballero g i t í n o ; de tenía un hijo único heredero suyo, pariente paseaba a su señora de no-
r r e t o a u e vos viéredes que os cu» selvas y buen acogimiento en ios el cual, así por el parentesco como che y de día; y que con este indicio
" Z q M i r a d que el negarme la v e , por ser ambos de una edad y de u n a habían a c u d i d o a buscarnos, y n o
m
dad de q u e no sois el ° - H a y l e sin d u d a - - r e s p o n d i ó An- condición misma, me trataba con hallándonos, sino m u c h a s señales de
llevaría camino, p o r q u e este .ostro d r é s " , y y entre nosotros tos gitano, familiaridad y amistad grande. Swy;- nuestra fuga, se c o n f i r m ó en toda
que vo veo a n u í es el q u e vi en M * el mayor secreto del m u n d o . Con dió que este caballero se e n a m o r ó la Corte sei nosotros ios matadores
drid.' Sin d u d a alguna q u e la gran esta confianza podéis, senor desc de una doncella principal, a quien ríe aquellos d o s caballeros, que lo
f a m a de vuestro a t e n d i m i e n t o me b r i r m e vuestro pecho q u e h a l l a r él escogiera de bonísima gana para eran, > muy principales. Finalmen-
_ n P i m í 0 lo que veréis u n d o b w te, con parecer del conde mi parien-
hizo m u c h a s veces q u e os mirase su esposa", si no tuviera la voluntad
como a h o m b r e raro e ' n s f n t ; J _ sujeta c o m o buen hijo a la de sus te, y del de los religiosos, después
así se me q u e d ó en la m e m o r i a vues padres, que a s p i r a b a n a casarle más de quince días q u e estuvimos es-
tra figura, que os he venido a cono altamente; pero, con t o d o eso, la ser- condidos en el monasterio, mí ca-
de ello; y si por amtga n o u s a ^
vía a h u r t o de todos los ojos que ntarada. en h á b i t o de fraile, con otro
mos de ningún m e l i n d r e con tal ^
pudieran con las lenguas sacar a la fraile se fue la- vuelta de Aragón,
tengáis dineros p o r q u e la comc con intención de pasarse a ItaUa,
plaza sus deseos Sólo los míos eran
p o r jamás sale de n u e s ü o j . ranc* y d e s d e alK a Flandes, hasta ver en
testigos de sus intentos. Y una noche
„ D i n e r o s traigo - r e s p o n ü ^ qué paraba el caso. Yo quise divi-
que debía de haber escogido la des-
mozo_..; en estas mangas d t tam dir y apartar nuestra f o r t u n a , y que
gracia para el caso que ahora os
sa que traigo ceñida por el c u c j diré, p a s a n d o los dos por la puerta n o corriese nuestra suerte p o r una
defer-der todo el m u n d o M W . vienen cuatrocientos e s c u d e » d e o y calle de esta señora, vimos arrima- misma d e r r o t a ; seguí otro c a m i n o
Éste f u e otro susto moita» q dos a ella dos hombres, al parecer diferente del suyo, y en h á b i t o de
recibió A n d r é s , viendo que ell W de buen talle. Quiso reconocerlos m o / o de fraile, a pie salí con un
tanto dinero n o e r a sino para t mi pariente, y apenas se e n c a m i n ó
quistar o c o m p r a r su p r e n d a ; y O
lengua ya t u r b a d a dijo:
mano izquierda, y entrarse en la Andrés y ella, llegó él a la conver-
q u e ella n o podía ir a Sevilla ni a Mancha, y en el reino de Murcia, sación, p o r q u e le llamaron, y Pre-
religioso, que m e dejó e n T a l a b a . sus contornos, a causa q u e los años Llamaron al mozo y diéronle cuenta ciosa le dijo:
Desde allí a a q u í he v e m d o solo y p a s a d o s h a b í a hecho u n a b u r l a en de lo que pensaban hacer p o r él. — D e s d e la vez p r i m e r a que lle-
f u e r a de camino hasta que anoche Sevilla a u n gorrero l l a m a d o Trigui Él se lo agradeció, y dio cien escu- gaste a nuestro a d u a r ; e conocí, Cle-
Uegué a este r e i n a r d o n d e m e h a líos m u y conocido en ella, al cual dos de oro p a r a que los repartiesen mente, y se m e vinieron a la me-
sucedido lo qutí nabéis visto. _Y si e h a b í a h e c h o m e t e r e n u n a tinaja entre todos. Con esta dádiva queda- moria los versos que en M a d r i d m e
p r e g u n t é p o r el c a m i n o de Pena de u V i u a hasta el cuello, d e s n u d o en ron más blandos que unas martas. diste; p e r o n o quise decir nada por
F r e n e i a . f u e por responder algo a lo r a r n é s , y en la cabeza puesta u n a Sólo a Preciosa n o contentó m u c h o no saber con qué intención venías
< Z b m e p r e g u n t a b a ; que en ver- S ele ciprés, esperando el fi o la quedada de d o n Sancho, que así a nuestras estancias; y c u a n d o supe
3 5 que n o s f dónde cae la Peña de la m e d i a n o c h e para salir de a dijo el mozo que se llamaba; pero tu desgracia m e pesó en el alma,
de Francia, puesto que sé que esta los gitanos se lo m u d a r o n en el d e y se aseguró mi pecho que estaba
más a r r i b a de S a l a m a n c a . Clemente, y así le llamaron desde sobresaltado, p e n s a n d o que como
Así es verdad — r e s p o n d i ó An- allí adelante. T a m b i é n quedó u n había d o n Juanes en el m u n d o , y
poco torcido Andrés, y no bien sa- que se m u d a b a n en Andreses, así
d r é s - , y ya la dejáis a m a n o dere-
tisfecho de haberse q u e d a d o Cle- podía haber d o n Sanchos que se
cha casi veinte leguas de aquí; por-
mente, por parecerle que con poco m u d a s e n en otros nombres. H á b l o t e
q u e veáis cuán derecho camino Me- fundamento h a b í a dejado sus pri-
v á b a d e s , si allá f u é r a d e s . de la t i n a j a , que dio con ella y con de esta m a n e r a p o r que Andrés m e
meros designios; mas Clemente como ha dicho que te ha d a d o cuenta de
— E l q u e yo pensaba llevar - r e - él en el suelo, y con el golpe y con si le leyera e n la intención, entre
plicó el mozo no es sino a Sevi- quién es, y de la intención con q u e
los cascos se m a g u l l ó Jas carnes de- otras cosas le dijo que se holgaba se ha vuelto gitano — y así era la
lla; que allí tengo un caballero ge ñ a m ó s e el agua y él q u e d ó n a d a n de ir al reino de Murcia por estar
novés, grande amigo del conde mi verdad; que A n d r é s le había he-
d o e n ella y d a n d o voces que se cerca de C a r t a g e n a , a d o n d e si vinie- cho sabidor de toda su historia^ p o r
pariente, que suele enviar a G e n o v a a n e s a b a Acudieron su mujer y sus sen galeras, como él pensaba que
oran cantidad de plata, y llevo de- poder comunicar con él sus pensa-
vecfnos c o n luces y halláronle ^ habían de venir, pudiese con facili- mientos—. Y n o pienses que te f u e
signio que me acomode con los q u e ¿iendo efectos de n a d a d o r , soplando dad pasar a Italia. Finalmente, p o r
la suelen llevar, como u n o d e ellos de poco provecho el conocerte, pues
y a r r a s t r a n d o la barriga por el suelo traerle m á s ante los ojos y mirar sus por mi respecto y por lo que yo de
y con esta estratagema seguramente y m e n e a n d o breaos y « « ' < £ acciones, y escudriñar sus pensa-
n o d r é pasar hasta C a r t a g e n a , y de ti dije, se facilitó el acogerte y ad-
mucha priesa, y diciendo a grandes mientos, quiso A n d r é s que fuese mitirte en nuestra c o m p a ñ í a , d o n d e
l \ \ í a Italia, p o r q u e h a n de venir voces - ¡ S o c o r r o , señores q u e me Clemente su c a m a r a d a , y Clemente
d o galeras muy presto a e m b a r c a r plega a Dios te suceda todo el bien
ahogo!—• Tal le tenía el miedo tuvo esta amistad por gran fávor que acertares a desearte. Este buen
Í Z plata. Ésta es, b u e n a m . ? o , mi que se le h a c í a . A n d a b a n siempre
historia; m i r a d si p u e d o decir q u e deseo quiero q u e m e pagues en que
juntos, gastaban largo, llovían escu- no afees a A n d r é s la bajeza de su
nace m á s de desgracia p u r a que d e
amores aguados. Pero si estos seno-
TM gitanos quisiesen l l e v a r e en su
c o m p a ñ í a hasta Sevilla, si es q u e
¡át^fs^i dos, corrían, saltaban, bailaban y ti-
raban de la b a r r a mejor que n i n g u -
no de los gitanos, y eran de las gita-
intento, ni le pintes cuán mal está
perseverar en este estado; que pues-
to que yo imagino que d e b a j o de los
nas más que m e d i a n a m e n t e queridos, candados de mi voluntad está la
v a n allá, ye se lo pagaría m u y bien^ y de los gitanos en todo extremo
n u e m e doy a e n t e n d e r que en su suya, todavía me pesaría de verle
respetados. dar muestras, por m í n i m a s que fue-
c o m p a ñ í a iría más seguro, y n o con
u n vecino" lyo. que t o c a b * £ sen, de algún arrepentimiento.
Dejaron, pues, a E x t r e m a d u r a , y A esto respondió Clemente:
el temor q u e llevo. los cimientos de su casa, é dieta entráronse e n la Mancha, y poco
— S í llevarán — r e s p o n d i ó An- — N o pienses, Preciosa única, que
a poco f u e r o n c a m i n a n d o al reino don Juan con ligereza de á n i m o m e
d r é s - ; y si n o f u é r e d e s en nuestro de Murcia. En todas las aldeas y
a d u a í ? P o r q u e hasta ahora n o sé descubrió quién e r a : primero le co-
lugares que p a s a b a n h a b í a desafíos nocí yo, y primero me descubrieron
si va al A n d a l u c í a , iréis en otro q u e feuMeff«
laban con el d e d o y c o n t a b a n su
de pelota, de esgrima, de correr, de sus ojos sus intentos; primero le dije
creo q u e habernos de topar d e n t r o saltar, de tirar la barra, y de otros yo quién era, y primero le adiviné
de d o s días, y con darles algo de «o ejercicios de f u e r z a , m a ñ a y ligere-

ssLsrw^vs
que lleváis, facilitaréis con el'os za la prisión de su voluntad, que tú
> y de todos salían vencedores s e ñ a l a s ; y él, d á n d o m e el crédito
otros imposibles mayores. Andrés y Clemente, como de sólo que era razón que me diese, fió de
D e j ó l e Andrés, y vino a dar cuen- Andrés q u e d a dicho; y en todo tiem- mi secreto el suyo, y él es b u e n tes-
ta a los d e m á s gitanos d e lo q u e el P?. que f u e .más' de un mes y me- tigo si alabé su determinación y esco-
m o z o le h a b í a c o n t a d o y d e lo q u e dio, nunca t u v o Clemente ocasión, g i d o empleo; que n o soy, ¡oh Pre-
nretendía, c o n el ofrecimiento q u e drés Caballero q u 3 el m o z o traía m él la p r o c u r ó d e hablar a Precio- ciosa!, de tan corto ingenio que n o
dineros en c a n t i d a d , con facilidad sa, hasta -que u n día, estando juntos
fecSTKvS le acogieron e n su c o m p a ñ í a y. se
Ofrecieron de 8 u « d a r i e y e ^ u b r i r k
t o d o el tiempo q u e él quisiese y
d e t e r m i n a r o n de torcer el camino a
sbssSS
comenzando Andrés, , « J ^ sé si de improviso, o si en algún de plata en fianza, como tenían de
do Clemente, cantaron estos verso costumbre, Preciosa y su abuela, y
tiempo los versos que cantaba le
A.—Mira, C í e m e l e e> estréllalo compusieron—, con extremada gra- Cristina con otras dos gitanillas, y
por pasar de os lumve discul cia, como si para responderles fue- los dos, Clemente y Andrés, se alo-
con que esta noche fría
ran hechos, cantó los siguientes: jaron en un mesón de una viuda rica,
deduces S & Í adornado el cielo-, la cual tenía una hija de edad de
q U
En esta empresa amorosa diecisiete o dieciocho años, algo
\ i ™ con tan forzosas causas. 1 Í Í L & o alcanza, donde el amor entretengo, más desenvuelta que hermosa, y por
por mayor ventura terigo
aquel rostro f¡8"» dc hermosura, ser honesta, que hermosa. más señas se llamaba Juana Cardu-
La que es más humilde planta, cha. Ésta, habiendo visto bailar a
"^¿SelsSrd^xtrcmo deher- las gitanas y gitanos, la tomó el dia-
ÍT V a d o n d e - l a preciosa si la subida endereza
por gracia o naturaleza blo, y se enamoró de Andrés tan
,OSOS a los cielos se levanta. fuertemente, que propuso de decírse-
5 X A n d r S y Andrés de su

HSkáfcSS
S r S Í » bondud se apura;
~ En éste mi bajo cobre, lo y tomarle por marido si él qui-
siendo honestidad su esmalte, siese, aunque a todos sus parientes
no hay buen deseo que falle, les pesase; y así, buscó coyuntura
5 no toca en divino, 'írino. ni riqueza que no sobre. para decírselo, y hallóla en un co-
No me causa alguna pena rral donde Andrés había entrado a
no quererme o no estimarme;
que yo pienso fabricarme requerir dos pollinos. Llegóse a él,
estilo nunca u s a d o . y con priesa por no ser vista le dijo:
mi suerte y ventura buena.
al cielo levantado , ca. Haga yo lo que en mí es.

-^«Swr? HShTB^B
—Andrés — q u e ya sabía su nom-
por dulce al m u n d o y " " g que a ser buena me encamine,
fu nombre, ^ mara- bre—, yo soy doncella y rica; que
v y haga el cielo y determine mi madre no tiene otro hijo sino a
c a u s a n d o asombro, espan ^ lo que quisiere después.
Quiero ver si la belleza mí, y este mesón es suyo, y amén de
tiene tal prerrogativa, esto, tiene muchos majuelos, y otros
pasadas t iunen e q d¡cho que me encumbre tan arriba dos pares de casas. Hasme pareci-
duda A n d ' « „comocomedido:
como enamorado o como c que aspire a mayor alteza. do bien; si me quieres por esposa
que
t A m a n e a , que Si las almas son iguales, a ti está. Respóndeme presto, y si
es lan delua'la y uc
en los átomos del so I
los que locan a la cosa
s e 5 C
J e

las M ó r i a
—*
en los senü;
podrá la de un labrador
igualarse por valor
con las que son imperiales.
eres discreto, quédate, y verás qué
vida nos damos.
fatiga el amante , se d e s e a r a Admirado quedó Andrés de la re-
De la mía lo que siento
con todo esto, no t m o « w do me sube al grado mayor, solución de la Carducha, y con la
A.—Paz en las almas, presteza que ella pedía, le respon-
siente c u a n d o canta porque majestad y amor
no tienen un fhismo asiento. dió:
d S la sirena, que e n e a n ^
T ° - " í la ventura suya; V adormece a los ma* i —Señora doncella, yo estoy apa-
í val es m i Preciosa ser h¿r. Aquí dio fin Preciosa a su canto, labrado para casarme, y los gitanos
q u e es lo menos q u e tu.» (mosa; y Andrés y Clemente se levantaron n o nos casamos sino con gitanas:
K f 5 - n H n nn. A , guárdela Dios por la merced que
ZtfSZ.BfezX c dulce regalo m i o ,Jcl brío. a recibirla. Pasaron entre los tres
corona del donaire hon0r del discretas razones, y Preciosa descu- me quería hacer, de quien yo no
C — Corona del ü o n a i ^ , ^ brió en las suyas su discreción, su soy digno. *
eres, bella gitana^ honestidad y su agudeza, de tal ma- N o estuvo en dos dedos de caerse
nera, que en Clemente halló discul- muerta la Carducha con la aceda
sas-Asr pa la intención de Andrés, que aun respuesta de Andrés, a quien -repli-
X ^ ^ h o S ^ i e v e e n f . hasta entonces no la había hallado, cara si no viera que entraban en el
juzgando más a mocedad que a cor- corral otras gitanas. Salióse corrida
^ r b l a t t ^ V satisface. dura su arrojada determinación. y asendereada, y de buena gana se
Aquella mañana se levantó el vengara si pudiera. Andrés, como
picaba un poco, y entram discreto, determinó de poner tierra
SeBales ihan da»< y $ aduar, y se fueron a alojar en un
aficionados a lai im«ica. do en medio, y desviarse de aquella
la
lugar de la jurisdicción de Murcia,
Pues' ^ ¿ l e í de Mur- no" sonara
2 S £ aa ssus
u s eespaldas
H la voz * tres leguas de la ciudad, donde le ocasión que el diablo le ofrecía; que
sucédio a Andrés una desgracia que bien leyó en los ojos de la Carducha
en un valle cuatro Preciosa, que las suy sm
cia. una noche, por entre ener le puso en punto de perder la vida. que sin los lazos matrimoniales se
Y f u e que después de haber dado en le entregara a toda su voluntad, y
aquel lugar,algunos vasos y prendas no quiso verse pie a pie y solo en
- t ó f f A ' S U
132 MIGI I L !>i: CERVANTES SAAWT>R.\

NOVELAS EJEMPLARES. IA CITAN ILLA le aherrojaron con dos muy gi uc- de la corregidora, y besándoselas
eas cadenas. Bien quisiera el alcal- muchas veces se las bañaba con lá-
de ahorcarle luego,. si estuviera en grimas, y le decía:
v tan absorto, que no pareció sino
aquella estacada; y asi pidió a todos su mano: pero h u b o de remitirle —Señora mía, el gitano que está
estatua, sin voz, de piedra dura. preso no tiene culpa, -porque fue
los gitanos que aquella noche se — ¿ N o sospeche yo bien.' - - u i j o Murcia, por ser de su jurisdicción.
partiesen de aquel Tugar. Ellos, que Nc !e ¡levaron hasta otro día. y en provocado: llamáronle ladrón, y no
a esta sazón la C a r d u c h a — . Mirad lo es; diéronle un bofetón en su
siempre le obedecían, lo pusieron ¡ I que ..i'í e s t u \ o pasó Andrés 11111-
con qué b u e n a cara se encubre u p liov ¡nWirfos y vituperios, que el i ostro, que es tal que en él se des-
luego por o b r a , y c o b r a n d o sus tlan-
l a d r ó n t a n grande. indis.10 alcalde y ->us ministros. > cubre la b o n d a d de su ánimo. P01
zas aquella tarde, se f u e r o n . El alcalde, que estaba presente,
La C a r d u c h a , que vio a u e en irse iodos los del lugar fe hicieron. Pren- Dios y por quien vos sois, señora,
comenzó a decir mil injurias a An- que le hagáis g u a r d a r su justicia,
A n d r é s se le iba la mitad de su alma, drés y a todos los gitanos, llamán- dió el -«le 'Ido todos los más gitano-,
v J;ita'ifs que pudo, porque los má* v que el señor corregidor n o se dé
Y que no le q u e d a b a tiempo para dolos de públicos ladrones y sa tea-
¡uivei.T y entro J'.o-. ( lemerte. que pii.-úi a ejecutar en él el castigo con
solicitar el cumplimiento de sus de- dores de caminos. A todo callaba
unió 1 cogido v descubierto. que las leves L amein./an; v si al-
seos. ordenó de hacer q u e d a r a An- A n d r é s ; suspenso e imaginativo y gún agrado ha d a d o mi hermo-
dró* por f u e r z a , ya q u e de grado n o no acababa de caer e n l a traición f in tímente, con la sumaria del
, y con 11111 gran cáfila de g' sura, entreieneclhi con entretener el
p o d í a : V así, con la industria, saga- d e la C a r d u c h a . E n esto se llego a preso, porque en el lin de su vida
cidad y" secreto q u e su m a l intento é\ u n soldado bizarro, sobrino del lañes, entraron el alcalde y su.1 ini-
nii(io>. u . P otra mucha j e n t c aima- está el de la mía. Él ha de <er mi
le enseñó, puso entre las alhajas d e alcalde, diciendo: esposo, y justos y honestos impedi-
Andrés, que ella conoció por suyas, d.i. en Murcia, entre lo-- cuales iba
— ¿ N o veis puál se ha q u e d a d o l'iCiioMi v el pobre Andrés ceñid.) mentos h a n estorbado que aun hasta
„ n o s ricos coral-s y dos patenas d e él eitanico p o d r i d o de h u r t a r ? Apos- ahora no nos habernos d a d o las ma-
Je cadenas subte un macho y con
plata con otros brincos suyos, y ape- taré yo que hace melindres, y que nos. Si dineros fueren menester para
esposas y p i e d t a m i g o Salió toda
nas habían salido del mesón cuan- niega el h u r t o , con habérsele cogido alcanzar fserdón de la parte, todo
Murcia a ver ios preso.-, que ya se
d o dio voces diciendo q u e aquellos e n las m a n o s ; que bien h a y a quien tenía noticia de la muerte del solda- nuestro a d u a r se venderá en públi-
citanos le llevaban r o b a d a s sus jo- n o os echa en galeras a todos Mirad do. Pero la hermosura de Preciosa ca almoneda, y se dará a ú n más
yas; a cuyas voces a c u d i ó la justi- si estuviera fnejor este bellaco en aquel día fue tanta, que ninguno la de lo que pidieren. Señora mía, si
cia y toda la gente del pueblo. ellas, sirviendo a Su Majestad, que miraba que no ta bendecía, y llegó sabéis qué es a m o r , y algún tiempo
Los gitanos hicieron alto, y todos no andarse bailando de lugar en lu- la nueva de su belleza a los oídos de le tuvistes, y ahora le tenéis a vues-
juraban que ninguna cosa llevaban gar y hurtando de venta en monte. la señora corregidora, que por curio- tro esposo, doleos de mí, que a m o
h u r t a d a y que ellos h a r í a n p a t e n t e A fe de soldado que estoy por darle sidad de verla hizo que el corre- tierna y honestamente al mío.
todos los sacos y repuestos de su una bofetada que le derribe a mis gidor <u m a r i d o mandase que aque- En todo el tiempo que esto decía,
a d u a r . D e esto se acongojó m u c h o P¡
lla gitaniea no entrase en la cárcel, nunca la dejó las manos ni a p a r t ó
la gitana vieja, temiendo q u e aquel Y diciendo esto, sin m á s ni m á s •y todos los demás, sí. y a Andrés le los ojos de mirarla atentísimamente,
escrutinio n o se manifestasen los di- alzó la m a n o , y le d i o u n bofetón pusieron en un estrechó calabozo, d e r r a m a n d o amargas y piadosas lá-
tal, q u e le hizo volver de su embe- cuya oscuridad y la falta de la luz grimas en mucha abundancia. Asi-
jes de la Preciosa y los vestidos d e
lesamiento y le h i z o acordar q u e no de Preciosa le trataron de manera, mismo la corregidora la tenía a ella
A n d r é s , q u e ella con gran c u i d a d o
era A n d r é s Caballero, s i n o don l u á n que bien p e n ; ó no salir de allí sino asida de las suyas, mirándola, ni
v recato g u a r d a b a ; p e r o la b u e n a
y caballero. Y arremetiendo al sol- P-ira la sépulíiua. Llevaron a Pre- más ni menos con n o menor ahínco,
de la C a r d u c h a lo remedió con mu- d a d o con m u c h a presteza y mas
cha brevedad todo, p o r q u e al segun- ciosa. con su abuela, a que la corre- v con no m á s pocas lágrimas. Estan-
cólera, le arrancó su m i s m a espada gidora la viese. v así como la vio. do en esto entró el corregidor, y ha-
d o envoltorio qué m i r a r o n , dijo q u e de la vaina y se la envainó e n el
preguntasen cuál era el de aquel gi- c u e r p o ! d a n i o con él muerte en (lijo: llando a su m u j e r y a Preciosa tan
t a n o gran b a i l a d o r : q u e ella le h a b í a llorosas y tan encadenadas, quedó
—Con razón la alaban de her-
visto entrar en su a p o s e n t o d o s ve- ^ A q u í f u e el gritar del pueblo; suspenso así de su llanto como dé-
mosa.
la hermosura. P r e g u n t ó la causa de
ces, y que podría ser q u e aquél las aquí el amohinarse el tío Alcalde, Y llegándola a sí bi abrazó tier-
aquel sentimiento, y la 1 espuesta
llevase. .. . a q u í el desmayarse Preciosa, y el namente. y no se bailaba de mirar-
que dio Preciosa fue soltar las ma-
E n t e n d i ó Andrés q u e p o r él lo turbarse Andrés de verla desmaya- la. \ preguntó a su abuela que qué
nos de la c o n e g i d o r a y asirse de
decía, y, riéndose, d i j o : da; aquí el acudir todos a las ar edad tendría aquella niña.
los pies del c o m g i d o r . dieiéndole:
— S e ñ o r a doncella, ésta es mi re- - a s y dar tras el homicida. Creció —Quince año- —respvmdió la t 'i- —¡Señor, misericordia, misericor-
c á m a r a y éste es mi pollino. Si vos la confusión, creció la grita y p o tuna—. do> meses más o menos. dia! Si mi esposo muere, yo soy
h i e d e s en ella ni e n él lo que os acudir Andrés al desmayo de Pre- — kÍ.SX tuviera ahora la dosdicha- muerta. í.l no tiene culpa; pero si
falta, yo os lo pagaré con las sete- ciosa dejó de acudir a su defensa^ ¡ da de mi Costanza. ¡Av, amigas! la tiene, déseme a mí Ja pena. Y si
nas, f u e r a de sujetarme al castigo y°quÍso la suerte que Clemente no ¡Que esta urna me ha renovado mi esto no puede ser, a lo menos en-
que la ley da a los ladrones. se hallase al desastrado suceso, que desventura! —dijo la c o n e g i d o r a . treténgase el pleito en tanto que se
Acudieron luego los nj.n.s ros d con los b a g a j e s h a b í a j a salido de Tomó en esto Preciosa las manos
la justicia a desvalijar el I » " « * ? p u e b l o . F nalmente, tantos cargaron
a pocas vueltas dieron e x h o r t o ; sobre Andrés, que le prendieron y
de que q u e d ó tan espantado Andrés
134 M I G U E L DE CERVANTES SVWEDRA

el agravio que le h a b í a hecho en


NOVELAS EJEMPLAR!LS.—LA GITANILLA tado. Luego con la misma celeridad
la descalzó, y descubrió un pie de h u r t a r l e el alma, pues la recompensa
corregidora, p e r o t a m p o c o dio en la nieve y de marfil hecho a torno, y de habérsela vuelto mayores albri-
p r o c u r a n y b u s c a n los medios po- vio en él lo que buscaba; que era cias merecía, y que sólo le pesaba
cuenta. Sólo dijo: de que sabiendo e l l a ' l a calidad dé
sibles p a r a su remedio Q u e p o d r á que los dos dedos últimos del pie
ser que al q u e n o pecó d e malicia Éstos son adornos d e alguna pe- Preciosa, la hubiese desposado con
derecho se trababan el uno con el
le enviase el cielo la salud d e gracia queña criatura. otro por medio de un p o q u i t o de car- un gitano, y m á s con un ladrón y
C o n n u e v a suspensión q u e d ó el — A s í es la v e r d a d — d i j o la gita- ne, la cual c u a n d o niña, nunca se homicida.
corregidor de oír las discretas ra- nese a ; y de q u é c r i a t u r a sean lo dice
escrito q u e está e n ese papel la habían querido cortar, por no dar- — ¡ A y — d i j o a esto Preciosa—.
zones de la Gitanilla, y q u e ya si le pesadumbre. El pecho, los dedos, señor m í o , que ni gitano es. ni la-
doblado. . , .. drón, puesto que es m a t a d o r ! Pero
n o f u e r a p o r n o dar indicios de Abrióle con prisa el corregidor, los brincos, el día señalado del hur-
f l a q u e z a , le a c o m p a ñ a r a e n sus la- y leyó que decía: to, la confesión de la gitana, y el fuélo del que le q u i t ó la honra, y
grimas. E n tanto que esto p a s a b a , sobresalto y alegría que habían re- no p u d o hacer menos de mostrar
estaba la gitana vieja considerando Llamábase la niña doña Cosían- cibido sus padres c u a n d o la vieron, quién era, y matarle.
grandes, m u c h a s y diversas cosas, y za de Acevedo y de Meneses. Su con toda verdad c o n f i r m a r o n en el — ¿ C ó m o que no es gitano, hija
l \ c a b o de toda esta suspensión e madre doña Guiomar de Meneses, alma de la corregidora ser Preciosa m í a ? — d i j o doña G u i o m a r .
imaginación, dijo: su hija; y así, cogiéndola en sus bra- Entonces la gitana vieja contó
y SU padre, don Fernando de Ace-
zos, se volvió con ella a d o n d e el co- brevemente la historia de Andrés
— E s p é r e n m e vuesas mercedes se- • vedo, caballero del hábito de Cala-
rregidor y la gitana estaban. Caballero, y que era hijo de don
ñores míos, u n poco; q u e yo h a r é trava. Desaparecíla día de la Ascen-
Iba Preciosa c o n f u s a , que no sa- Francisco de C á r c a m o , caballero
q u e estos llantos se conviertan en sión del Señor, a las ocho de la ma-
bía a qué efecto se habían hecho del hábito de Santiago, y que se
risa, a u n q u e a mí me cueste la vida. ñana, del año de mil y quinientos)
con ella aquellas diligencias, y más llamaba don f u a n Cárcamo, asimis-
Y así, con ligero paso se salió d e noventa y cinco. Traía la nina pm mo del mismo hábito cuyos vestidos
d o n d e estaba, d e j a n d o a los Presen- tos estos brincos que en este cofre viéndose llevar en brazos de la co-
rregidora, y que le daba de un beso ella tenía, c u a n d o los m u d ó en los
tes confusos con lo q u e dicho ha están guardados": de gitano. Contó también el con-
bía. E n t a n t o , pues, que ella volvía, hasta ciento. Llegó, en fin. con
la preciosa carga d o ñ a G u i o m a r a la cierto que cntre-Preeios» y d o n Juaii _
n u n c a dejó Preciosa las lagrimas ni Apenas h u b o o í d o la corregidora estaba hecho de g u a r d a r dos años
"os ruegos de q u e se entretuviese Jas razones del p a p e l , c u a n d o recc> presencia de su marido, y trasladán-
dola de sus brazos a los del corre- de aprobación para desposarse o no.
la causa de su esposo, con intención noció los brincos, se los puso a la Puso en su p u n t o - l a honestidad de
gidor, le dijo:
de avisar a su p a d r e q u e viniese a boca, y dándoles infinitos besos, se e n t r a m b o s y la agradable condición
entender en ella. Volvió la gitana c a y ó d e s m a y a d a . Acudió el corregí —Recibid, señor, a vuestra hija
de don Juan.
con u n p e q u e ñ o c o f r e d e b a j o del d o r a ella, antes q u e a preguntar Costanza; que ésta es sin d u d a . N o
lo dudéis, señor, en ningún m o d o ; T a n t o se a d m i r a r o n de esto c o m o
brazo, y dijo al corregidor que c o n la gitana p o r su hija, y habiendo
que la señal los dedos juntos y del hallazgo de su hija, y m a n d ó el
su m u j e r y ell§ se entrasen en u n v u e l t o e n sí, dijo: corregidor a la gitana que luesc pol-
— M u j e r b u e n a , antes ángel q la del pecho he visio, y más, que
aposento, que tenía g a n d e s cosas los vestidos de don )uan. lilla lo
a mí me lo está diciendo el alma des-
qiae decirles e n secreto. El corregi- gitana, ¿ a d ó n d e está el d u e ñ o , digo de el instante que mis ojos la vieron. hizo así. y volvió con otro gitano
dor, creyendo q u e algunos h u r t o s la criatura cuyos eran estos dijes/ q u e los trajo.
de los gitanos q u e n a descubrirle — ¿ A d ó n d e , s e ñ o r a ? —respondí — N o lo d u d o — r e s p o n d i ó el co-
rregidor, teniendo en sus brazos a En tanto que ella iba y volvía,
por tenerle propicio en el pleito del la g i t a n a — En vuestra casa la * hicieron sus p a d r e s a Preciosa cien
néis: aquella gitanica q u e os saco Preciosa—, que los mismos efectos
preso, al m o m e n t o se retiró con ella mil preguntas, a que respondió con
lian pasado por la mía que por la
v con su m u j e r en su r e c á m a r a , las lágrimas de los ojos es su dueño, tanta discreción y gracia, que aun-
vuestra. Y más que tantas puntuali-
a d o n d e la gitana, h i n c á n d o s e de ro- y es sin d u d a alguna vuestra h j dades juntas, ¿ c ó m o podían suce- que no la hubieran reconocido por
dillas ante los dos, les dijo: q u e yo la h u r t é en M a d r i d de vu*
tra casa el día y h o r a q u e ese papa der si no f u e r a por milagro? hija, los e n a m o r a r a . Preguntáronla
— S i las b u e n a s n u e v a s q u e os Toda la gente de casa andaba ab- si tenía alguna afición a don l u á n .
quiero d a r , señores, n o merecieren sorta, p r e g u n t a n d o unos a otros que- Respondió que no m á s de oquella
alcanzar e n albricias el p e r d ó n de ^ O y e n d o esto la t u r b a d a señora sería aquello, y todos d a b a n bien que le obligaba a ser agradecida a
un gran pecado mío, a q u í esjtoy p a r a soltó íos chapines, y desalada v * lejos del blanco; que ¿quién había quien se h a b í a q u e r i d o humillar a
E J S r e 1 castigo que quisiéredes rriendo salió a la sala a d o n d e ha^ de imaginar que la Gitanilla era hija ser gitano por ella; pero que ya n o
d a r m e ; p e r o antes q u e le confiese, d e j a d o a Preciosa, y hallóla rodea* de sus señores? se extendería a más el agradecimien-
d e sus doncellas y criadas t o d a j to de aquello que sus señores padres
q u i e r o q u e m e digáis, señores, pri- £1 corregidor djjo a su mujer, y
llorando. A r r e m e t i ó a ella y » quisieren.
m e r o , si conocéis estas joyas a su hija, y a la gitana vieja, que
cirle nada, con g r a n p r i s a le desabrí
Y descubriendo un cofrecito don^ cl)ó el pecho, y m i r ó si t e m a de aquel caso estuviese secreto hasta — C a l l a , hija Preciosa — d i j o su
d e v e n í a n las de Preciosa se le p u s o d e la teta izquierda u n a señal que él le descubriese; y asimismo padre—. que este n o m b r e de Pre-
e n las m a n o s al corregidor, y en o u e ñ a a m o d o d e l u n a r blanco dijo a la vieja que él la perdonaba ciosa quiero que se te quede en me-
abriéndole, vio aquellos dijes pue- S a b í a « a c i d o , y hallóle va gr¡*
riles; p e r o n o cayó e n lo q u e po- d e ; que con el tiempo se habla
d í a n significar. Mirólos también la
O y e n d o esto Andrés, imaginó que
moria de lu pérdida y de lu hallaz- había pasado, y de otras cosas que confesaría, y q u e se encomendase a
el corregidor se debía de h a b e r ena-
go- que yo como tu p a d r e , t o m o a pensaba hacer. Dios de t o d o corazón, q u e m u c h a s
m o r a d o de Preciosa: que los celos
cargo el ponerte en estado que n o En el tiempo que él faltó dio cuen- veces suele llover sus misericordias
son de cuerpos sutiles y se entran en el tiempo que están m á s secas
desdiga de quien eres. por otros cuerpos sin rompe/los, fá Preciosa a su m a d r e de todo el
Suspiró oyendo esto Preciosa, y discurso de su vida, y de cómo siem- las esperanzas.
apartarlos ni dividirlos. Pero, con
su m a d r e , como era discreta, enten- •todo esto, respondió: pre había creído ser gitana y ser En efecto, A n d r é s salió a u n a sala
dió que suspiraba d e e n a m o r a d a de nieta de aquella vieja; pero que siem- donde estaba solamente doña Guio-
— S i ella ha dicho que yo soy su mar, el corregidor, Preciosa y otros
don Juan, v dijo a su marido: pre se había estimado en m u c h o
esposo, es mucha v e r d a d ; y así ha dos criados de casa. Pero cuando
— S e ñ o r , siendo t a n principal d o n más de lo que de ser gitana se
dicho q u e no lo soy, también ha di- esperaba. P r e c i o s a 7 v i o a d o n Juan ceñido y
luán de C á r c a m o como lo es. ? que-
cho verdad; porque no es posible a h e r r o j a d o con tan gran cadena, des-
riendo tanto a nuestra hija, no nos Preguntóle su m a d r e que le dijese
que Preciosa diga mentira. colorido el rostro y los ojos con
estaría mal dársela por esposa. la verdad, si quería bien a d o n Juan
¿ T a n verdadera es? —respon- de Cárcamo. Ella, con vergüenza y muestra de haber llorado, se le cu-
Y él respondió:
dió el corregidor—. N o es poco serlo con los ojos en el suelo, le dijo q u e brió el corazón y se a r r i m ó al bra-
Aun hoy la hemos' hallado, ¿v
para ser gitana. A h o r a bien, mance- por haberse considerado gitana, y zo de su madre, que junto a ella
va queréis que la p e r d a m o s ? Gocé-, bo. ella ha dicho que es vuestra es-
que mejoraba su suerte con casarse estaba, la cual, abrazándola consigo
mosla algún tiempo; que. en casán- posa; pero que n u n c a os ha dado le dijo:
dola, no será nuestra, sino de su con un caballero de hábito y__ t a n
la mano.- Ha sabido q u e , según es principal como don Juan de Cárca- — V u e l v e en ti, niña; que todo
marido. vuestra culpa, habéis de morir por mo, y por h a b e r visto por experien- lo que ves ha de r e d u n d a r en tu gus-
— R a z ó n tenéis, señor — r e s p o n - ella, y h a m e pedido que antes de
cia su b u e n a condición y honesto to y provecho.
dió ella—; pero d a d o r d e n é sacar vuestra m u e r t e la despose con vos, Ella, que estaba ignorante de
trato, alguna vez le había m i r a d o
o don luán, q u e debe de estar en p o r q u e se auiere h o n r a r con quedar con ojos aficionados; pero que, en aquello, no sabía cómo consolarse,
algún calabozo. viuda de un tan gran ladrón como resolución, ya había dicho que n o y la gitana vieja estaba t u r b a d a , y
—Sí estará — d i j o Preciosa—, que vos. , tenía otra voluntad de aquella que los circunstantes, colgados del fin
a u n ladrón, m a t a d o r , y sobre todo — P u e s hágalo vuesa merceu, se- ellos quisiesen. de aquel caso.
gitano, no le h a b r á n d a d o mejor ñor corregidor,, como ella lo supli- Llegóse la noche, y siendo casi El corregidor dijo:
estancia. ca- q u e como yo m e despose con las diez sacaron a Andrés de la cár- — S e ñ o r teniente cura, este gita-
Yo quiero ir a verle, como que ella, iré contento a la otra v i d a como cel, sin las esposas y el piedeami- no y esta gitana son los que vuesa
le voy a tomar la confesión —res- go; pero no sin una gran cadena merced ha de desposar.
parta de ésta con n o m b r e de ser
pondió el corregidor—, y de n u e v o que, desde los pies, todo el c u e r p o — E s o n o p o d r é ya hacer si no
os encargo, señora, que nadie sepa suyo.
le ceñía. Llegó de este m o d o , sin preceden primero las circunstancias
esta historia hasta que yo lo quiera. — M u c h o la debéis de querer que para tal caso se requieren. ¿Dón-
ser visto de nadie, sino de los que
Y a b r a z a n d o a Preciosa, fue !ue- — d i j o el corregidor. le traían, en casa del corregidor, y de se h a n hecho las amonestaciones?
oo a la cárcel y e n t r ó en el c a l a b o z o --'-Tanto — r e s p o n d i ó el p r e s o - , con silencio y r f c a t o le entraron en ¿ A d o n d e está la licencia de mi su-
donde don J u a n estaba, y no quiso que a poderlo decir, n o f u e r a nada. un aposento, d o n d e le dejaron sólo. perior, para q u e con ellas se haga
q u e n a d i e entrase con él. Hallóle pH efecto señor corregidor, mi cau- De allí a un rato entró un clérigo, el desposorio?
con e n t r a m b o s pies en u n cepo, y sa se concluya; yo m a l é ai que n.e y le dijo que se confesase, porque — I n a d v e r t e n c i a ha sido mía —res-
con las esposas a las manos, y que qu::;o quitar la h o n r a ; yo adoro a había de morir otro día. pondió el corregidor—; pero yo
aun n o le h a b í a n q u i t a d o el piede- esa gitana: moriré contento si mue- haré que el vicario la dé.
amigo. Era la estancia oscura, p e r o A lo cual respondió Andrés:
ro en su gracia, y sé que no nos na —De muy b u e n a gana m e confe- — P u e s hasta que la vea —respon-
hizo que por arriba abriesen una de faltar la de Dios, pues entram- dió el teniente c u r a — , estos señores
l u m b r e r a , por d o n d e entraba luz. bos h a b r e m o s guardado honesta- saré; pero, ¿ c ó m o no me desposan
primero? Y si me h a n de desposar, perdonen.
aunque muy escasa, y así c o m o le mente y con puntualidad lo que nos por cierto que es muy malo el tála- Y sin replicar más palabra, por-
vio. le dijo: . prometimos. . , „ mo que me espera. que n o sucediese algún escándalo,
— ¿ C ó m o está la b u e n a pieza.' — P u e s esta noche enviare po' Doña G u i o m a r , que todo esto se salió de casa, y los dejó a todos
; Q u e ' a s í tuviera yo atraillados cuan- vos - d i j o el c o r r e g i d o r - , y en mi confusos.
tos gitanos hay en E s p a ñ a , p a r a aca- casa os deposaréis con ^ e c . o s i t a . sabía, dijo a su marido que eran
bar con ellos en un día. como Nerón demasiados los sustos que a d o n — E l p a d r e ha hecho muy bien
m a ñ a n a a mediodía cstare.s en Juan daba; que los moderase, por- — d i j o a esta sazón el corregidor—,
quisiera con R o m a , sin dar más de horca; con lo que yo habré cump
que podría ser perdiese la vida con y podría ser fuese providencia del
un golpe! Sabed, ladrón puntoso, d o con lo q u e pide la just.eia y ton
ellos. Parecióle buen consejo al co- cielo ésta, p a r a que el suplicio de
que yo soy el corregidor de esta el deseo de entrambos. A n d r é s se dilate, porque en efecto
rregidor, y así, entró a llamar al que
ciudad, y vengo a saber, de ni. a A gradee ióselo Andrés, y el corre- le confesaba, y díjole que primero él se ha de desposar con Preciosa,
vos. si es v e r d a d que es vuestra es- gidor volvió a su casa y dio cuc.u habían de desposar al gitano con y han de preceder primero las amo-
posa u n a gitanilla que viene con a su mujer, de lo que con don lu.'" Preciosa la gitana, y que después se nestaciones, d o n d e se dará tiempo
vosotros.
Olvidábaseme de decir c ó m o la
al tiempo, que suele dar dulce sali- denas de hierro en libertad y cade- vidas, y los poetas de la ciudad, que
e n a m o r a d a mesonera descubrió a la
da a muchas amargas dificultades; nas de oro; la tristeza de los gita- hay algunos y m u y buenos, tomaron
a "cargo celebrar el extraño caso, justicia no ser v e r d a d lo del h u r t o
y ; - c o n t o d o esto, quería saber de nos presos, en alegría, pues otro día de Andrés el gitano, y confesó su
Andrés, si la suerte encaminase sus los dieron en fiado. Recibió el tío juntamente con la sin igual belleza
de la Gitanilla. Y de tal m a n e r a amor y su culpa, a quien n o r e s - ,
sucesos de m a n e r a que sin estos sus- del m u e r t o la promesa de dos mil pondió pena alguna, p o r q u e en la
ducados, que le hicieron porque ba- escribió el f a m o s o licenciado Pozo,
tos y sobresaltos se hallase esposo alegría del hallazgo de los desposa-
que en sus versos d u r a r á la fama
de Preciosa, si se tendría por dicho- jase de la querella y perdonase a de la Preciosa mientras los siglos dos se enterró la venganza y resu-
so, ya siendo A n d r é s Caballero, o don J u a n ; el cual, n o olvidándose
duraren. citó la clemencia.
ya' don luán de C á r c a m o . de su camarada Clemente, le hizo
Así como oyó Andrcr, nombrarse buscar; pero n o le hallaron ni su-
pieron dél hasta que desde allí a
por su n o m b r e , dijo: cuatro días t u v o nuevas ciertas que
p u e s Preciosa n o ha q u e r i d o se había e m b a r c a d o en u n a de dos
contenerse en los límites del silen-
galeras de G é n o v a q u e estaban en
cio. y ha descubierto quién soy. aun- F I N DE
el puerto de Cartagena y ya se ha-
que esa buena dicha m e hallara he-
cho monarca del m u n d o , la tuviera bían partido. «LA GITANILLA»

en tanto que pusiera término a mis Hijo el corregidor a don Juan que
deseos, sin osar desear oiru bien loria p o r nueva cierto que su padre
sino el del cielo. don Francisco de C á r c a m o estaba
Pues por ese buen á n i m o q u e proveído por corregidor de aquella
habéis mostrado, señor don Juan de ciudad, y que sería bien esperarle,
Cárcamo, a su tiempo haré que I re- para que con su beneplácito y con-
ciosa sea vuestra legítima consorte, sentimiento se hiciesen las bodas.
y ahora os la doy y entrego e n espe- Don Juan dijo que n o saldría de
ranza. por la m á s rica joya de mi lo q u e él ordenase. Pero que, antes
casa, v de mi vida, y d e mi alma. todas las cosas, se había de despo-
Y estimadla en lo que decís, p o r q u e sar con Preciosa.
en ella os doy a doña Costanza de Concedió licencia el arzobispo
Acevcdo y Mcneses, mi única hija, para que con sola una amonesta-
la cual, si os iguala en el a m o r , no ción se hiciese. Hizo fiestas la ciu-
. os desdice nada en el linaje. d a d . por ser muy bienquisto el co
Atónito q u e d ó Andrés vien lo el rregidor, con luminar,;«, toros y
amor que lo n.cfsirahan. y < n breves cañas el día del desposorio; que-
i-a/oncs doña C u i o m a r contó 'a per- dó-e la gitana vieja en casa, que no
dida de su hija, y =u hallazgo, con se quiso apartar de su meta Y a.
las cortísimas señas que la gitano ciosa. ^
vieja había d a d o de su hurto: con Llegaron las nuevas a la C orte. ®
que acabó don Juan 'le q u e d a r ato- caso v casamiento de la Gitan.ll*
nito v susoenso, pero alegre ¿obre
supo don Francisco de Cárcamo *
todo encarecimiento.- A b r a z ó sus
su hijo el gitano y ser la Precio«
suegros, llamólos padres y señores
suyos; besó las manos a Preciosa, la gilanilla que él h a b í a visto, cuja
que con lágrimas le pedía 'as suyas. hermosura disculpó con el la .ivwn
dad de su hijo, que ya le tema j»
Rompióse el s e c u t o , salió la nue- perdido, por saber q u e no había >
va del caso con la salida de los cria- a Flandes. Y más. p o r q u e vio c u j
dos que habían estado presentes, u bien le estaba el casarse con hija o
cual sabido por el alcalde, tío del tan gran caballero y tan rico con»
muerto, vio t o m a d o s los caminos de
era don F e r n a n d o de Acevedo. i>
su venganza, pues 110 había de te-
priesa a su partida por llegar prest
ner luga, el rigor de la justicia, p a r a
ejecutarla en el yerno del corregidor a ver sus hijos, y dentro de vein
días ya estaba en Murcia, con cu
Vistióse don Juan los vestidos de llegada se renovaron los gustos,
camino que allí h a b í a traído la gi- hicieron las bodas, se contaron i
tana; volviéronse las prisiones y ca-
„,da etapa p e r t e n e c e n obras l l e n a s de e q u i l i b r i o , se observa
William Shakespeare.- 1 patriotismo y e l amor, en e s t e época, Rcmeo y J u l i e t a , Ri-
Nació en S t r a t f o r d - o n - A v o n , (1564-1616) su padre e r a » jrdo I I , Enrique IV, El Mercader de Venecia, Mucho Ruido y Po
hombre de c l a s e media y su madre m a mujer a d i n e r a d a ; desde •as Nueces y Las Alegres Comadres de Windsor. La t e r c e r a es -
joven tuvo que s o s t e n e r s e y t r a b a j a r , se casó a l o s 18 años a etapa sombría y p e s i m i s t a ; l o s dramas son lügubres y l o s -
Ana Hathaway con quien p r o c r e ó t r e s h i j o s . En im principio ¡rsonajes c a s i l o c o s , en l o s temas sólo se observan t r a i c i o n e s ,
l e v e en Londres ccsno a c t o r , pero es como empresario y a » jertes y c a t á s t r o f e s : J u l i o César, Hamlet, O t e l o , Macbeth, El
t o r t e a t r a l cuando alcanza p r o s p e r i d a d . Este famoso poeta, ¡ey Lear, Antonio y C l e o p a t r a , Coriolano, y P e r i c l e s . En l a -
g l é s tuvo muchas amistades y f u e p r o t e g i d o por g e n t e noble, ..arta etapa vuelve l a calma y l a s e r e n i d a d , se observan obras
ca. La r e i n a I s a b e l se i n t e r e s a en é l y es en e s t a época- .lenas de perdón e i n d u l g e n c i a a l a humanidad, aquí l a e x p e r i e n
do se construyen v a r i o s t e a t r o s en Londres. La C o r t i n a , El :ia t e a t r a l d e l a u t o r l l e g a a l o máximo, Cimbalino, El Cuento -
ne, El Globo; a e s t e ü l t i m o se v i n c u l a e l recuerdo de S r l le Invierno, La Tempestad y Enrique V I I I .
peáre Con l o que ganó v i v i ó decorosamente y se conpró la La grandeza de Shakespeare es muy humana, ya que sabe p e r -
j o r casa de S t a r t f o r d . Jacobo I l o colocó b a j o l a protecci ibir y e x p r e s a r l a i n t i m i d a d p s i c o l ó g i c a de sus p e r s o n a j e s ; do
de l a corona, c a l i f i c á n d o l o s a é l y a o t r o s p o e t a s ccmo | ina l a t é c n i c a t e a t r a l p a r a mantener en t e n s i ó n c o n s t a n t e l a -
.tención d e l p ú b l i c o y l o g r ó un f r á g i l e q u i l i b r i o e n t r e l o cómi
dores del r e y "
:o y l o trágico.
El t a l e n t o de Shakespeare f u e inmenso, sus concepcio:
Para su a n á l i s i s l i t e r a r i o y a l mismo tiempo para que ob-
son t a n o r i g i n a l e s , i n t e n s a s y g r a n d i o s a s que no se parece:
ierves l o s p o s i b l e s elementos r e n a c e n t i s t a s que hay en Shakes-
ninguna o t r a , n i a n t i g u a n i moderna. Hubo muchos poetas y
:are, a c o n t i n u a c i ó n e n c o n t r a r á n para su l e c t u r a l a obra de Ro
maturgos contemporáneos a Shakespeare, p e r o é l l o s vence a
io y ' J u l i e t a , que p a r a muchos c r í t i c o s e s l a mejor de e s t e dra
1»! dos en e l c o n j u n t o de su p r o d u c c i ó n . Con n e e s t r í a msuper; 1 tí
«h iturgo. I n t e r p r e t a algunos a s p e c t o s s o c i a l e s que se r e f l e j a n
supo mezclar e l h o r r o r con l a t e r n u r a y l o s t i p o s groseros
en e s t a obra.
l e s e o s , con l o s p e r s o n a j e s d e l i c a d o s o t e r r i b l e s . Su teat
t i e n e l a misma i n t e n s i d a d d e l mundo.
Se menciona generalmente c u a t r o e t a p a s en l a obra
ariana. A l a primera p e r t e n e c e n obras s e n c i l l a s , con w «
de l i g e r e z a , de a l e g r í a y de v i t a l i d a d ; t r a b a j o s de amor"
dos La comedia de l a s e q u i v o c a c i o n e s , Los Dos Hidalgos
r o ñ a , El Sueño de Una Noche de Verano y Ricardo I I I . 1»
S H A K E S P E A R E

Romeo y Julieta ABRAHAM.—Ni por pienso, señor ñas fieras que apagáis en la fuente
sangrienta de vuestras venas el ar-
mío.
dor de vuestras iras, arrojad en
Sansón.—Si queréis armarla, aquí es- seguida a tierra las armas fratrici-
toy vuestras órdenes. Mi amo es das. v escuchad mi sentencia. Tres
tan bueno c o m o el vuestro. veces, pOr vanas quimeras y fútiles
A C T O P R I M E R O
ABRAHAM.—Pero mejor, imposible. motivos., habéis ensangrentado las-
sANSÓN.—Fstá bien, hidalgo. calles de Verona, haciendo a sus
GREGORIO (A Sansón,.)—DWa que el habitantes, aun los más ¿naves c
ESCENA PRIMERA nuestro es mejor, porque aquí se ilustres, empuñar las enmohecidas
acerca un pariente de mi amo. alabardas, y cargar con el hierro
U n a plaza de V e r o n a sANSÓN.— Es mejor el nuestro, hidal- sus manos envejecidas | oí la p-i/.
go- Si volvéis a turbar el sosiego de
(SANSÓN y GREGORIO con « Q N * . Y f u e t e s ) AHKMHM.— Mentira. nuestra ciudad, rne responderéis
Sansón.—Si sois h o m b r e , s a c a d con vuestras cabezas. Basta por
GREGORIO.. ¿Qué quieres decir? vuestro acero. Gregorio: acuérda- ah'-ra; retiraos todos. Tú. Capule-
SANSÓN.—A fe mía, G r e g o r i o que sANSÓN.—'Lo que t u quieras. Saba te de tu sabia estocada. (Pelean.) to, vendrás conmigo. Tú, Montes-
n o hav por q u é bajar la cabeza. que no soy rana. . (Llegan Benvolio y Tcoba'do ) co, irás a buscarme dentro de poco
G £ ¿ K £ E 2 O sería convertirnos GREGORIO.—-No eres U pescado B t NVOL 10.—Envainad, m a j a d e r o s a la Audiencia, donde te. # hablaré
„ n bestias d e carga. c ¿ n e . S i c a t u espada, que «g Estáis peleando, sin saber por qué. más largamente. Pena de' muerte
1 vienen dos criados de casa Mo> TIOBALDO.—¿Por qué desnudáis los a quien permanezca aquí. (Vasr.)
^ S e r " "
aceros? Benvolio, ¿quieres ver tu
MONTESCO.—¿Quien h a vu-e'io a co-
hostigan, d e b e m o s responder. sANSÓN.—Ya está fuera la espada muerte?
menzar la antigua discordia? J e -
entra tú e n lid, y yo te defend BENVOLIO.—Los estoy poniendo en
taba* tu cuando principió, sobrino
SANSÓN.—Yo, si m e pican, fácilmen GREGORIO.—¿Por qué huyes, vol paz. Envaina tú, y no busques qui-
mío?
d o las espaldas? meras.
BENVOLIO.—Los criados de tu ene
G REGOMO-—Pero no es ficH picarte sANSÓN.—Por n o asustarte TEOBALDO.—¡Hablarme de p a z .
migo* estaban ya lidiando con ios
cuando tengo el acero c h la mano!
SANSÓN —Basta^'cualquier g o ^ u e j o GREGORIO.—¿Tú a s ú s t a m e * ^ ? Más odiosa me es ta) palabra que
nuestros c u a n d o llegia-. y fueron
de casa denlos Mónteseos para ha- S A N S O N . - P r o c e d a m o s legalm el infierno mismo, más qut Mon-
inútiles mis esfuerzos para sepa-
cerme saltar. c» Déjalos empezar a elle». rarlos. Teobaldo. se ojo. sobre
fesco. más que tú. Ven, c v b a r d v
g R E G O R I O . - Q u e n salta se va ^i GREGORIO- Les h a r é u n a mueca (Reúnase gente de uno y otro ban-
mí, blandiendo el hiciro que mo-
verdadero valor está en quedarse naqar V veremos cómo 10 u taba el aire despreciad-.* de sus
do. Trábase ¡a riña.)
f i r m e en su puesto. Eso que 1.a s X ? N - V e r e m o s si se atreven.! furores. Al ruido do las eslocadas
S
m ^ h u p a r é el dedo, y buena CIUDADANOS.—Venid con palos, con acorre gente de u n a parte v otra,

2M^
S A N ^ ^ - s d e e s a c a s a m e g ü e n z a será la suya si lo tol
picas, con hachas. ¡Mueran Capu- hasta que el Príncipe separó a unos
(Abraham y Baltasar.) letos y Montescos! (Entran Capulc- V oíros.
A¿RAHAM,-Hidalgo, ¿os esta»» ro v la señora de Capulcto.)
CAPULETO.—¿Qué voces son ésas? SI-ÑORA m. MONTES* o. ..Y has
p a n d o el dedo porque nosotros . to a Romeo? ¡Cuánto m e alegro
D a d m e mi espada.
S e ñ o r a . — ¿ Q u é espada? Lo que te de que no se hallara presente!
S ^ - H i d a l g o , es verdad que
BENV<>! IO.—Sólo faltaba una hora
conviene es una muleta.
gMGOWO!—¡Necedad ^ ABRAHAM.—^dklgo, ¿os c h u g t CAPULETO.—Mi espada, mi espada, para que el sol amaneciese por ias
nes pies en pared, te caeras u que Montesco viene blandiendo doradas puertas del Oriente, cuan-
dedo porque nosotros pasa*« do salí a pasear, solo con inis
S A X l d ^ C i e r t o , y es condición pro- s a n s o n (a G regó rio) .—-¿c«
contra mí la suya tan vieja como
S (a mía. (Entran Montesco y su cuidados, al bosque de sicomoros
p a d ¡ 1 o s débiles. Los Montescos dentro de la ley, diciendo• - que crece al poniente de la ciudad.
al m e d i o de la calle, y sus mozas mujer.)
G R E G O R I O (A Sansón.}—No por Alli estaba tu hijo. Apenas le vi
MONTESCO.—¡Capuleto infame, dé-
jame pasar, aparta! me dirigí a él, pero se internó en
G R E ^ o ' - E s a d i s c o r d i a es de SANSÓN.—Hidalgo, n o m e ch lo más p r o f u n d o del bosque. Y
maestros amos. Los criados n o te- el dedo porque vosotros P SEÑORA.—No te dejaré dar un paso
como yo sé que en ciertos casos
nemos que intervenir en ella. p e r o la verdad es que me 1° más. (Entra el príncipe con su sé-
la compañía estorba, seguí mi ca-
SANSÓN.—Lo mismo da. Sere u n » GREGORIO.—¿Queréis a r m a r quito.) .
mino y mis cavilaciones, h u y e n d o
rano. A c a b a r é p r i m e r o c o n los tión; hidalgo? PRÍNCIPE.—¡Rebeldes, enemigos de de él con tanto gusto c o m o él de
h o m b r e s y luego con las mujeres. la paz, d e r r a m a d o r e s de sangre mí.
h u m a n a ! ¿ N o queréis oír? H u m a -
rENVOLIO.—¿Por q u é el amor que BENVOLIO.—¿Y será fácil dar e n ese rrece e l a m o r , y ese voto es la
SEÑORA DE MONTESCO.—Dicen que nace de tan débiles principios, im- blanco tan hermoso? causa de mi muerte.
va allí con frecuencia a juntar su pera luego con t a n t a tiranía? ROMEO.—Vanos serían mis tiros, BENVOLIO.—Déjate de pensar en ella.
llanto con el rocío de la m a n a n a R o ^ f p o r q u é , si P l i e g o porque ella, tan casta c o m o D i a n a ROMEO.—Enséñame a dejar de pensar.
contar a las nubes sus quere- al a m o r , sabe elegir ían extrañas la cazadora, burlará todas las pue-
ílás. v apenas el sol. alegría del riles flechas del rapaz alado. Su BENVOLIO.—Haste libre. Fíjate en
sendas a su albedrío? ¿Dónde va- otras.
m u n d o , descorre los sombríos pa- m S s ? c o m e r hoy? i V á l g ^ n e D i o i d recato la sirve de armadura. H u y e
bellones del tálamo de la aurora, de las palabras de amor, evita el ROMEO.—Así b r i l l a r á m á s y m á s
C u é n t a m e l o que h a pasado. Pero
huye R o m e o de la luz y torna a encuentro de otros ojos, n o la su h e r m o s u r a . C o n e l n e g r o
n o va lo sé H e m o s encontrado
casa, se encierra sombrío e s rinde el oro. Es rica, porque es a n t i f a z r e s a l t a m á s la b l a n c u -
el a m o r junto al odio; amor des-
cámara, y para esquivar la luz del hermosa. Pobre, porque c u a n d o r a d e la t e z . N u n c a o l v i d a el
corde, o d i o a m a n t e ; rara confu-
día. crea artificialmente u n a no- muera, sólo quedarán despojos de d o n d e la v i s t a q u i e n u n a v e z
sión de la naturaleza, caos sin for-
che. M u c h o m e apena su estado su perfección soberana. la p e r d i ó . L a b e l l e z a d e u n a
ma, materia grave a la vez que
y sería un dolor que su r a z ó n n o ligera, f u e r t e y débil, h u m o y plo- BENVOLIO.—¿Está iig&da a Dios por d a m a m e d i a n a m e n t e b e l l a só-
llegase a dominar sus caprichos. m o , fuego helado, salud que falle- algún voto de castidad?
BENVOLIO.—¿Sospecháis la causa, lo s e r í a u n l i b r o d o n d e l e e r
ce, sueño que vela, esencia incóg- ROMEO.—No es ahorro el suyo, es
desjjerdicio, porque esconde ava- q u e e r a m a y o r la p e r f e c c i ó n
nita. N o p u e d o ^ o s t u m b m m e a de mi adorada. ! Adits i No
M O N T E S C O . — N o la sé ni p u e d o in- tal amor. ¿Te ríes? ¡Vive Dios! . ramente su belleza, y priva de ella
dagarla. BENVOLIO.—No, primo. N o me n o , al mundo. Es tan discreta y tan s a b e s e n s e ñ a r m e a olvic'ar.
B E N V O L I O . — ¿ N o has podido arran- antes lloro. , hermosa, que no debiera compla- BENVOLIO.—Me c o m p r o m e t o A D.-s-
carle ninguna explicación/ romeo.—¿De qué, alma generosa? cerse en mi tormento, pero abo- truir tu opinión.
MONTESCO.—Ni yo, m nadie. N o se B E N V O L I O . — D e tu desesperación.
si pienso bien o mal, pero el es el rOMEO.—Es p r e n d a del amor. E S C E N A II
único c o n s e j e r o . d e si — a s r a v a el peso de mis p e n w , *a
G u a r d a con avaricia su secreto y bfendo que tú también las sientes Calle
se consume en él, como el germen A m o r es f u e g o aventado por ei
herido por el gusano antes de des- aura de un suspiro; fuego que arde ( C A P U L E T O , P A R Í S y un CRIADO)

arrollarse y encantar al sol con su y centellea en los ojos del amante.

hermosura. C u a n d o y o sepa la O m á s bien es torrente desbor- CAPUI-F.TO.—La misma orden que a según costumbre inmemorial, re-
causa de su mal, procurare poner d a d o que las ^lágrimas a e r e a n . mí obliga a Montesco, y a nuestra cibo en casa a mis amigos, uno
¿Qué m á s p o d r é decir de el? Diré edad no debía ser difícil vivir en de ellos vos. Deseo que piséis esta
remedio.
q u e es locura sabia, hiél que em- paz. noche el modesto u m b r a l de mi
B E N V O L I O . — A q u í esta. O m e enga-
ña el cariño que le tengo, o voy p o n z o ñ a , dulzura embriagadora. PARÍS.—Los dos sois iguales en no- casa, d o n d e veréis brillar humanas
a saber p r o n t o la'causa de su maL Q u é d a t e adiós, primo. bleza, y no debierais estar discor- estrellas. Vos, c o m o joven lozano,
MONTESCCÍ—,Oh si pudieses con BENVOLIO.—Quiero ir contigo. M e des. ¿Qué respondéis a mi peti- q u e no holláis c o m o y o las pisadas
habilidad descubrir el secreto! Ven, enojaré si m e dejas asi, y n o te ción? del invierno frío, disfrutaréis de
esposa. (Entra Romeo.) CAPULETO.—Ya he respondido. Mi todo. Allí oiréis un c o r o de her-
, BENVOLIO.—Muy madrugador estas. R 0 M E o e - C a l l a , que el verdadero hija acaba de llegar al mundo. mosas doncellas. Oídlas, vedlas, y
I ROMEO.—¿Tan joven esta el día/ R o m e o debe andar en otra parte. Aún n o tiene m á s que catorce elegid entre todas la m á s perfecta.
BENVOLIO.—Aún n o h a n d a d o las BENVOLIO.—Dime el n o m b r e de tu años, y n o estará madura p a r a el Quizá después de m a d u r o examen,
nueve. , . matrimonio, hasta que pasen lo os parecerá mi hija u n a d e tantas.
ROMEO.—¡Tristes horas, cuán lenta- ROMEO.—¿Quieres oír gemidos? menos dos veranos. T ú (al criado) vete recorriendo las
m e n t e camináis! ¿No e r a mi pa- B E N V ¿ i o . - ¡ G e m i d o s ! ¡Donosa PARÍS.—Otras hay m á s jóvenes y que calles de Verona, y a todos aque-
d r e quien salía ahora de aquí/ idea! D i m e f o r m a l m e n t e quién es. son ya madres. llos cuyos n o m b r e s verás escritos
BENVOLIO.—Sí por cierto. P e r o ¿que R O M E O . - ¿ D i m e form^mente?^ CAPULETO.—Los árboles demasiado en este papel, invítalos para esta
dolores son los que alargan t a n t o tempranos no prosperan. Y o he noche en mi casa. (Vanse Capu-
¡Oh, qo¿ fr»*e t a n cruel!
las horas de Romeo? que h a g a testóme»»© al que e s * confiado mis esperanzas a la tie- leto y París.)
ROMEO.—El carecer de lo que las padeciendo horriblemente. Primo, rra y ellas florecerán. De todas CRIADO.—¡Pues es fácil encontrarlos
h a r í a cortas. estoy e n a m o r a d o d e u n a mujer. suertes, París, consulta tú su vo- a todos! El zapatero está conde-
BENVOLIO.—¿Cuestión de amores/ B E N V O L i o i - H a s t a ahí ya lo com- luntad. Si ella consiente, y o con- n a d o a usar la vara, el sastre la
ROMEO.—Desvíos. prendo. sentiré también. N o pienso opo- h o r m a , el pintor el pincel, el pes-
BENVOLIO.—¿De amores? rOMEO.—-Has acertado. Estoy ena- nerme a que elija con toda libertad cador las redes, y y o a buscar a
ROMEO.—Mi alma padece el impla- m o r a d o de u n a mujer hermosa. entre los de su clase. Esa noche, todos aquellos cuyos nombres es-
cable rigor d e sus desdenes.
rombo Y JULIETA.—ACTO PRIMERO.—ESCENA III
quédate. Deseo que oigas nuestra p u e d o menos de reírme, acordán-
Valencio y su p r i m o Teobatdo, conversación. Mi hija está en una
edad decisiva. d o m e que dijo si, y creo que tenía
tán escritos aquí, sin saber qué Lucía y la hermosa H e n a . jLu- en la frente un chichón t a m a ñ o
n o m b r e s son los q u e aquí están cida reunión! ¿Y d ó n d e es la AMA.—Ya lo creo. N o me acuerdo como un huevo, y lloraba que no
escritos. D e n m e su favor los sa- fiesta? que edad tiene exactamente. había consuelo para ella.
bios. V a m o s . SEÑORA.—Todavía no ha cumplido
CRIADO.—Allí. JULIETA.—Cállate ya; te lo suplico.
ROMEO.—¿Dónde? los catorce.
(BENVOLIO y ROMEO) AMA.—Bueno, me callaré. Dios te
CRIADO.—En mi casa, a cenar. AMA. — Apostaría catorce dientes
í ¡ a y de mí, no tengo más que favorezca, porque eres la niña
ROMEO.—¿En qué casa? mas hermosa que he criado nun-
BENVOLIO.—No digas eso. U n f u e g o cuatro!) a que no son catorce
CRIADO — E n la d e m i amo. ca. ¡Qué grande sería mi placer
apaga otro, un dolor m a t a otro ¿ C u á n d o llega el día d e los An-
ROMEO.—Lo primero que debí pre- en verla casada!
dolor, a u n a pena antigua otra geles?
guntarte es su n o m b r e . JULIETA.—Aún n o he pensado en
nueva. U n nuevo amor puede cu-
CRIADO.—Os lo diré sin ambages. SEÑORA.—Dentro de dos semanas
r a r t e del antiguo. tanta honra.
ROMEO.—Curarán las hojas del plá- Se llama Capuleto y es generoso AMA.—Sean pares o nones, ese día.
AMA.—¡Honra! Pues si no f u e r a por
v rico. Si no sois Montesco, po- en anocheciendo, cumple Julieia
tano. , haberte criado yo a mis pechos,
BENVOLIO.—¿Y qué c u r a r a n ? déis ir a beber a la fiesta. Id, os anos. ¿Válgame Dios! J.a misma
lo ruego. (Vase.) te diría que habías m a m a d o leche
ROMEO.—Las desolladuras. edad tendrían ella y mi Susana. H.
BENVOLIO.—Rosalía a quien adoras, de discreción y sabiduría.
BENVOLIO.—¿Estás loco? e n , S u s m u i yn osiií r o n Dios, n o
asistirá a esta fiesta con todas las SEÑORA.—Ya puedes pensar en ca-
ROMEO.—i Loco! Estoy atado de pies merecía yo tanta dicha. Pues como
bellezas de Verona. Allí podras sarte. Hay en V e r a n a madres de
y m a n o s c o m o los locos, encerra- iba diciendo, cumplirá catorce
verla y compararla con otra que familia menores que tú y yo mis-
d o e n cárcel asperísima, hambrien- anos la tarde de los Angeles. ¡Va-
yo te enseñaré, y el cisne te pa- ma ¡o era c u a n d o apunas tenía lu
to, azotado y atormentado. (Al ya si los cumplirá! Me acuerdo
recerá grajo. . edad. En dos palabras, aspiia a
criado.) Buenos días, hombre. nien. Hace once años, c u a n d o el
ROMEO.—No permite tan indigna tu m a n o el gallardo Paris.
CRIADO.—Buenos días. ¿Sabéis leer, terremoto, ia quitamos el pecho
traición la santidad de mi amor. AMA.—¡Niña mía! ¡Vaya un pre-
hidalgo? Jamas c o n t u n d o aquel día con
A r d a n mis verdaderas lagrimas, tendiente! Si parece de cera
ROMEO.—Ciertamente que si. ningún otro del año. D e b a j o del
ardan mis ojos (que antes se aho- SEÑORA.—No tiene flor más linda la
C R I A D O . — I R a r o alarde! ¿Sabéis leer palomar, sentada al sol. unté mi
gaban) si tal herejía cometen. primavera de Verona.
sin haberlo aprendido? ¿Sabréis ;Puede haber otra más hermosa pecho con acíbar. Vos y mi a m o
leer lo que ahí dice? estabais en Mantua. ¡Me acuerdo AMA.—¡Eso u n a flor! Si que es flor,
que ella? N o la ha visto desde la ciertamente.
ROMEO.—Si el concepto es claro y tan bien! Pues c o m o digo, la tonta
creación del mundo, el sol que SEÑORA.—Quiero saber >i le amarás.
la letra también. lo ve todo. de ella, apenas probo el pecho v
CRIADO.—¿De verdad? Dios os guar- lo hallo tan amargo, ¡qué furiosa Esta noche ha de venir. Verás es-
BFNVOLIO.—'Tus ojos no ven mas crito en su cara t o d o el amor que
de. , , que lo que les halaga. V a s a pesar se puso contra mi! ¡Temblaba el
ROMEO.—Espera, q u e probare a leer- palomar! Once añós van de esto, te profesa. Fíjate en su rostro y
ahora en tu balanza a u n a mujer
lo " E l señor Martín, y su mujer »a se tenía en pie, ya corría en la a r m o n í a de sus facciones.
más bella que ésa, y verás como
e hijas, el conde Anselmo y ^sus tropezando a veces. Por cierto que Sus ojos servirán de comentario
tu señora pierde de los quilates
hermanas, la viuda de Viturbio, de su peso, cotejada con ella. el día antes se había hecho un a lo que haya de confuso en el
el señor Plasencio y sus sobrinas, ROMEO.—Iré, pero n o quiero ver chichón en la frente, y mi marido hbro de su persona. Este libro de
Mercutio y su h e r m a n o Valentín, tal cosa, sino gozarme en la con- jDios le tenga en gloria!) con amor, deseneuadernado todavía,
mi tio C a p u l e t o con su mujer e templación de mi cielo. que gracia levantó a la niña, y le merece u n a espléndida cubierta!
hijas, Rosalía mi sobrina, Livia, dijo: "Vaya, ¿t c has caído de La m a r se ha hecho p a r a el pez.
trente.' N o caerás así c u a n d o te T o d a belleza gana en contener otra
entre el juicio. ¿Verdad. Julieta?" belleza. Los áureos broches del
E S C E N A III
Si. respondió la inocente limpián- libro esmaltan la áurea narra-
dose las lágrimas, fcl tiempo hace ción. T o d o lo que él tenga, será
En casa de Capuleto tuyo. N a d a perderás en ser su
verdades las burlas. Mil años que
(La señora de CAPULETO y el AMA) viviera, m c acordaría de esto ". N o mujer.
es verdad, Julieta?" v ella lloraba AMA.—¿Nada? Disparate será el
JULIETA.—¿Quién me llama? pensarlo.
SEÑORA.—Ama, ¿dónde está mi hija? AMA.—Tu m a d r e . y decía que sí.
AMA.—Sea e n mi a y u d a mi proba- SEÑORA.—Di si podrás llegar a amar
JULIETA.—Señora, aquí estoy. Dime SEÑORA.—Basta ya. Cállate, por fa- a Paris.
o a paciencia de doce años. Y a la q u é sucede. . vor tc lo pido.
llamé. Cordero, Mariposa. Válga- AMA.—M C callaré, señora; pero no JULIETA.—Lo pensaré, si es q u e el
SEÑORA.—Sucede q ü * • . »- A m a , dé-
m e Dios. ¿ D ó n d e estará esta niña? ver predispone a amar. Pero el d a r -
janos a solas u n ratOot . P e r o no,
Julieta...
gidor. Su carroza va arrastrada culento acero toledano, hasta que
a m a . T o d o e s t á d i s p u e s t o O s su- por c a b a l l o s leves c o m o á t o m o s , o y e n d o l o s s o n e s del c e r c a n o
d o d e m i s ojos «61o t e n d r á l a a t a m b o r , se d e s p i e r t a sobresalta-
plico q u e vengáis en seguida. y sus r a d i o s son p a t a s d e t a r á n -
f u e n a q u e le p r e s t e l a o b e d i e n c i a . d o , r e z a u n p a d r e n u e s t r o , y vuel-
SENOBA.—Vámomos t r a s ti. J u l i e t a . tula, las c o r r e a s son d e g u s a n o
(Eníra un criado.) El C o n d e nos espera. d e seda, los f r e n o s d e r a y o s d e ve a d o r m i r s e . L a r e i n a M a b e s
C r i a d o . — L o s h u é s p e d e s se a c e r c a n .
Ama.—Niña, piensa bien l o que ha- l u n a : h u e s o s d e grillo e h i l o d e a r a - q u i e n e n r e d a d e n o c h e las c r i n e s
U c e n a está pronta. O s llaman. ñ a f o r m a n el l á t i g o ; y u n m o s q u i t o d e los c a b a l l o s , y e n m a r a ñ a el
L a señorita h a c e falta. E n la co- ces.
d e o s c u r a librea, d o s veces m á s p e l o d e los d u e n d e s , e i n f e c t a
c i n a e s t á n d i c i e n d o mil pestes del p e q u e ñ o q u e el i n s e c t o q u e la a g u - e l l e c h o d e l a c á n d i d a virgen, y
ja sutil e x t r a e d e l d e d o d e o c i o s a d e s p i e r t a e n ella p o r p r i m e r a v e z
ESCENA IV d a m a , g u í a el e s p l é n d i d o e q u i p a - impuros pensamientos.
je. U n a c á s c a r a d e a v e l l a n a f o r m a ROMEO.—Basta, M e r c u t i o . N o p r o -
Calle el c o c h e e l a b o r a d o p o r l a ardilla, sigas e n e s a c h a r l a i m p e r t i n e n t e .
e t e r n a c a r p i n t e r a d e las h a d a s . MERCUTIO.—De s u e ñ o s v o y h a b l a n -
( R O M E O , MERCUTIO. BENVOLIO Y máscaras con teas encendidas) E n ese carro discurre d e noche do, fantasmas d e l a imaginación
y día por cabezas enamoradas, y dormida, q u e en su vuelo excede
verás c ó m o se d a p o r v e n c i d o . les h a c e c o n c e b i r v a n o s deseos,
R o m e o . — ¿ P r o n u n c i a r e m o s el discur- D a d m e un antifaz para cubrir mi y a n d a p o r las c a b e z a s d e los
l a l i g e r e z a d e los aires, y es m á s
so q u e traíamos compuesto, o en- m u d a b l e q u e el v i e n t o .
rostro. ¡ U n a máscara sobre otra c o r t e s a n o s , y les i n s p i r a v a n a s c o r -
t r a r e m o s sin p r e l i m i n a r e s ? BENVOLIO.—Tú sí q u e e s t á s a r r o -
máscara! tesías. C o r r e p o r los d e d o s d e los
B e n v o l i o . — N a d a de rodeos. P a r a BENVOLIO.—Llamad a l a p u e r t a , y a b o g a d o s , y s u e ñ a n c o n , procesos.
j a n d o vientos y h u m o p o r esa
n a d a nos hace falta u n Amorcillo R e c o r r e los l a b i o s d e las d a m a s , boca. Y a nos espera- la cena, y
cuando estemos dentro, cada u n o
d e latón con venda por pañuelo, baile c o m o pueda. y s u e ñ a n c o n b e s o s . A n d a p o r las n o e s c o s a d e llegar t a r d e .
y c o n arco, espanta pájaros de ROMEO.—¡Una antorcha! Yo, imi- n a r i c e s d e l o s p r e t e n d i e n t e s , y sue- R O M E O . — D e m a s i a d o t e m p r a n o lle-
d o n c e l l a s . P a r a n a d a repetir c o n t a n d o l a f r a s e d e mi abuelo, s e r e ñan que han alcanzado un empleo. garéis. T é m o m e q u e las estrellas
el a p u n t a d o r , en v o z m e d r o s a , u n q u i e n lleve l a l u z e n esta e m p r e s a , Azota con la punta de un rabo de están d e m a l talante, y que mi
p r ó l o g o inútil. M í d a n n o s p o r e l p o r q u e el g a t o e s c a l d a d o h u y e del p u e r c o las o r e j a s del c u r a , p r o - mala suerte va a empezarse en
c o m p á s que quieran, y hagamos d u c i e n d o e n ellas s a b r o s o cosqui- este b a n q u e t e , h a s t a q u e llegue l a
agua. ,
nosotros unas cuantas mudanzas lleo, i n d i c i o c i e r t o de* b e n e f i c i o n e g r a m u e r t e a c o r t a r e s t a inútil
MERCUTIO.—De n o c h e t o d o s los ga-
d e baile. o c a n o n j í a c e r c a n a . S e a d h i e r e al existencia. P e r o e n fin, el piloto
t o s son p a r d o s , c o m o d e c í a m u y
R o m e o — D a d m e u n a tea. N o q u i e r o c u e l l o d e l s o l d a d o , y le h a c e s o ñ a r d e m i nave sabrá guiarla. Adelan-
bien el C o n d e s t a b l e . N o s o t r o s te
b a i l a r . E l q u e está a o s c u r a s ne- q u e v e n c e y t r i u n f a d e sus e n e - te, a m i g o s m í o s .
Si h a c e s e s t o t e s a l v a r e m o s d e
cesita luz. _ m i g o s y los degüella con su t r u - BENVOLIO.—A s o n d e t a m b o r e s .
t u s m i r a s . L a l u z se extingue.
M e r c u t i o . — N a d a d e eso, R o m e o ;
ROMEO.—No por cierto.
tienes que bailar. MERCUTIO.—Mientras a n d a m o s e n
Romeo.—No por cierto. Vosotros v a n a s p a l a b r a s , se g a s t a n las a n -
lleváis z a p a t o s d e baile, y y o es- ESCENA V
t o r c h a s . E n t i e n d e t ú bien lo q u e
t o y c o m o t r e s e n u n z a p a t o , sin
quiero decir.
poder moverme. ROMEO.—¿Tienes g a n a s d e e n t r a r e n Sala en c a s a d e C a p u l e t o
M e r c u t i o . — P í d e l e sus alas al A m o r ,
el baile? ¿ C r e e s q u e e s o t i e n e sen-
y c o n ellas t e l e v a n t a r a s d e la ( M ú s i c o s y CRIADOS)
tido?
tierra. , •, MERCUTIO.—¿Y l o d u d a s ?
R o m e o . — S u s flechas m e h a n h e r i d o ROMEO.—Tuve a n o c h e u n s u e n o . CRIADO 1 ? — ¿ D ó n d e a n d a C a c e r o l a , CRIADO 2 9 — A q u í estoy, c o m p a ñ e r o .
d e t a l m o d o , q u e ni s i q u i e r a sus q u e ni l i m p i a u n p l a t o , ni n o s CRIADO 1?—Tocios t e l l a m a n a c o m -
MERCUTIO.—Y y o o t r o e s t a n o c h e .
pininas bastan para levantarme. ayuda en nada? p a r e c e r e n la s a l a .
ROMEO.—¿Y a q u é se r e d u c e t u
M e h a atado de tal suerte, que no CRIADO 2 ? — N o p u e d o e s t a r e n d o s
sueño? , ... CRIADO 2<¿—¡Qué p e n a m e d a v e r la
p u e d o p a s a r l a r a y a d e m i s dolo- p a r t e s al m i s m o t i e m p o . C o m p a -
MERCUTIO.—Comprendí l a d i f e r e n - cortesía e n tan pocas manos, y
res. L a p e s a d u m b r e m e a h o g a . ñ e r o s , a c a b a d p r o n t o , y el q u e
c i a q u e h a y del s u e ñ o a l a reali- éstas sucias!
M e r c u t i o — N o has debido cargar quede sano, que cargue con todo.
c o n t a n t o p e s o al a m o r , q u e es CRIADO 1<?—Fuera los b a n c o s , f u e r a
ROMEO.—En l a c a m a f á c i l m e n t e s e el a p a r a d o r . N o p e r d á i s d e vista la (Entran Capuleto, su mujer, Ju-
m u y delicado. lieta, Teobaldo, y convidados con
R o m e o . — ¡ D e l i c a d o el a m o r ! A n t e s sueña. . . , p l a t a . G u a r d a d m e u n p e d a z o del
máscaras.)
d u r o y fuerte y punzante como MERCUTIO.—Sin d u d a t e h a v i s i t a d o pastel. D e c i d al p o r t e r o q u e d e j e
l a r e i n a M a b , n o d r i z a d e las h a - entrar a E l e n a y a Susana la m o - CAPULETO.—Celebro v u e s t r a v e n i d a .
el cardo. , , . d a s . E s t a n p e q u e ñ a c o m o el á g a t a linera. ¡Cacerola! O s i n v i t a n al b a i l e los ligeros pies
M e r c u t i o . — S i es duro sé tu duro q u e brilla e n el anillo d e u n r e -
con Si te hiere, hiérele tu, y
romeo y julieta.—acto primero.—escena v S H A K B S P B A B B '

TEOBALDO.—Sin d u d a e s u n M o n - JULIETA.—Los labios del p e r e g r i n o JULIETA.—Ama, ¿sabes q u i é n es este


d e e s t a s d a m a s . A l a d a n z a , jó-
tesco, e n e m i g o j u r a d o d e m i c a s a , son para rezar. mancebo?
v e n e s . ¿ Q u i é n se resiste a t a n im-
que h a venido aquí para burlarse ROMEO.—¡Oh, q u é santa! T r u e q u e n AMA.—El m a y o r a z g o de Fiter.
p e r i o s a t e n t a c i ó n ? N i s i q u i e r a la
de nuestra fiesta. p u e s d e oficio mis m a n o s y mis JULIETA.—£Y a q u e l o t r o q u e sale?
q u e por melindre dice q u e tiene
CAPULETO.—¿Es R o m e o ? labios. R e c e el l a b i o y c o n c e d e d - A M A . — E l j o v e n P e t r u c i o , sí n o m e
callos. B i e n v e n i d o s seáis. E n o t r o
TEOBALDO.—El i n f a m e R o m e o . , m e lo que pido. equivoco.
t i e m p o también yo gustaba de en-
CAPULETO.—No m á s , s o b r i n o . E s u n JULIETA.—El s a n t o o y e c o n sereni- JULIETA.—¿Y el q u e v a d e t r á s . . .
m a s c a r a r m e , y d e c i r al o í d o d e las
perfecto caballero, y t o d o V e r o n a d a d las súplicas. aquel q u e n o quiere bailar?
h e r m o s a s secretos q u e a v e c e s ¡ n o
se h a c e l e n g u a s d e su v i r t u d , y AMA.—Lo ignoro.
les d e s a g r a d a b a n . P e r o el t i e m p o ROMEO.—Pues o í d m e s e r e n a m i e n -
aunque m e dieras cuantas rique- JULIETA.—Pues t r a t a d e s a b e r l o . Y
l l e v ó c o n s i g o tales f l o r e s . C e l e b r o t r a s m i s labios r e z a n , y los vues-
z a s h a y e n l a c i u d a d , n u n c a le si es c a s a d o , el s e p u l c r o s e r á m i
vuestra venida. Comience la m u - t r o s m e p u r i f i c a n . (La besa.)
o f e n d e r í a e n m i p r o p i a c a s a . Asi lecho de bodas.
sica. ¡ Q u e p a s e n d e l a n t e las m u - JULIETA.—En m i s la' ios q u e d a la
l o p i e n s o . Si e n a l g o m e e s t i m a s , A M A . — E s M o n t e s c o , se l l a m a R o -
c h a c h a s ! (Comienza el baile ) , L u £ m a r c a de vuestro pecado.
p o n l e a l e g r e s e m b l a n t e , q u e esa m e o , ú n i c o h e r e d e r o de e s a i n f a m e
m á s luz! ¡ F u e r a las m e s a s ! N a d a ROMEO.—¿Del p e c a d o d e mis labios?
indignación y esa m i r a d a torva estirpe.
d e fuego, que h a r t o calor hace. Ellos se a r r e p e n t i r á n con o t r o be-
n o c u a d r a n bien en u n a fiesta.
¡ C ó m o te a g r a d a el b a i l e , p i c a - so. (Torna a besarla.) JULIETA.—¡Amor n a c i d o del odio,
rillo! U n a silla a m i p r i m o , q u e TEOBALDO—Cuadra, c u a n d o se in- JULIETA.—Besáis m u y s a n t a m e n t e . h a r t o p r o n t o te h e visto, sin c o -
t r o d u c e e n nuestra casa tan ruin A M A . — T u m a d r e te llama. n o c e r t e ! ¡ H a r t o t a r d e te h e c o n o -
nosotros n o estamos p a r a danzas.
huésped. ¡ N o lo consentiré! ROMEO.—¿Quién es su m a d r e ? cido! Q u i e r e mi n e g r a s u e r t e q u e
¿ C u á n d o h e m o s d e j a d o la m a s -
CAPULETO — S í l o c o n s e n t i r á s . T e lo c o n s a g r e m i a m o r al ú n i c o h o m -
A M A . — L a s e ñ o r a d e e s t a casa, d a m a
EL PRIMO DE CAPULETO.—¡DIOS mando. Y o sólo tengo autoridad b r e a quien d e b o a b o r r e c e r .
t a n s a b i a c o m o v i r t u o s a . Y o crié
mío! H a c e más d e 30 anos. a q u í . ¡ P u e s n o f a l t a b a m á s ! ¡Fa- a su h i j a , c o n q u i e n a h o r a p o c o A M A . — ¿ Q u é estás d i c i e n d o ?
CAPULETO.—No t a n t o , p r i m o . Si f u e vor d i v i n o ! ¡ M a l t r a t a r a m i s hués- estabais hablando. M u c h o dinero JULIETA.—Versos, q u e m e d i j o u n o
c u a n d o la b o d a de Lucencio. P o r p e d e s d e n t r o d e m i p r o p i a casa! necesita quien haya de casarse con bailando.
Pentecostés hará 25 años. ¡ A r m a r q u i m e r a c o n ellos, solo ella. A M A . — T e e s t á n l l a m a n d o . Y a va.
EL PWMO DE CAPULETO.—Mas t i e m - p o r e c h á r s e l a s d e valiente» ROMEO.—¿Con q u e - es C a p u l e t o ? N o te d e t e n g a s , q u e ya se h a n ido
p o h a c e , p o r q u e su h i j o h a c u m - TEOBALDO.—Tío, e s t o es u n a a f r e n t a ¡Hado enemigo! t o d o s los h u é s p e d e s .
p l i d o losN t r e i n t a . para nuestro linaje. , BENVOLIO.—Vánionos, q u e se aca- EL CORO.—Ved c ó m o m u e r e e n el
CAPULETO.—¿Cómo, si hace dos CAPULETO.—Lejos, l e j o s d e aquL b a la fiesta. p e c h o d e R o m e o la p a s i ó n anti-
a ñ o s , a ú n n o h a b í a l l e g a d o a la Eres un r a p a z incorregible C a r a g u a , y c ó m o la sustituye u n a p a -
R O M E O . — H a r t a v e r d a d es, y bien
mayor edad? , te va a c o s t a r l a d e s o b e d i e n c i a . sión n u e v a . J u l i e t a viene a eclip-
l o siento.
R o m e o . — ( A su criado.) ¿ D i m e , q u é ¡Ea, basta ya! M a n o s q u e d a s . . . sar c o n su l u m b r e a la belleza
CAPULETO.—No os v a y á i s tan p r o n - que mataba de amores a Romeo.
d a m a es l a q u e e n r i q u e c e l a m a n o T r a e d l u c e s . . . Y o t e haré estar
to, a m i g o s . A ú n os e s p e r a u n a
d e ese galán c o n tal t e s o r o ? q u e d o . ¡ P u e s e s t o s ó l o f a l t a b a ! ¡A El, tan a m a d o c o m o a m a n t e , bus-
p a r c a c e n a . ¿ O s vais? T e n g o q u e ca en u n a r a z a e n e m i g a su ven-
C r i a d o . — N o la c o n o z c o . bailar, niñas!
d a r o s a t o d o s las gracias. B u e n a s
R o m e o . — E l b r i l l o d e su r o s t r o a f r e n - TEOBALDO.—Mis c a r n e s se e s t r e m e - t u r a . E l l a ve p e n d i e n t e d e ene-
cen en la d u r a b a t a l l a mi
. n o c h e s , hidalgos. ¡Luces, luces, m i g o a n z u e l o el c e b o s a b r o s o del
t a al del sol. N o m e r e c e l a t i e r r a
p e n t i n e f u r o r y m i i r a c o m primi- a q u í ! V á m o n o s a a c o s t a r . Y a es a m o r . N i él ni ella p u e d e n decla-
t a n s o b e r a n o p r o d i g i o . P a r e c e en-
da M e voy, p o r q u e esto injuria m u y tarde, p r i m o mío. V á m o n o s r a r su a n h e l o . P e r o la p a s i ó n bus-
tre las otras c o m o paloma entre
que hoy paso, ha de traer amar- a d o r m i r . (Quedan solas Julieta y cará medios y ocasión d e mani-
grajos. C u a n d o el baile acabe, m e
a c e r c a r é a ella, y e s t r e c h a r é su gas hieles. , _ el Ama.) festarse.
mano con la mía. N o fue verda- R o m e o . — ( C o g i e n d o la mano de Ju-
dero mi antiguo amor, que nunca lieta.) Si con mi mano he profa-
belleza como ésta vieron mis ojos. nado tan divino altar, perdonad-
T e o b a l d o . — P o r la voz parece Mon- me. Mi boca borrará la mancha,
tesco. (Al criado.) Tráeme la es- cual peregrino ruboroso, con un
pada ¿Cómo se atreverá ese mal-
Vado a venir con máscara a per- J u l i e t a . — E l peregrino ha errado la
turbar nuestra fiesta? Juro por los senda aunque parece devoto, t i
huesos de mi linaje que sin cargo palmero sólo ha de besar manos
de conciencia le voy a quitar la de santo.
vida. Rombo.—¿Y no tiene labios el santo
C a p u l b t o . — ¿ P o r q u é t a n t o i r a , so- lo mismo que el romero?
brino mío?
c o r o . P o r e s o se viste d e a m a r i l l o a l m a , q u e no le vienen p o r h e r e n -
c o l o r . ¡ Q u é n e c i o el q u e se a r r e e cia. D e j a tü n o m b r e , R o m e o , y
E S C E N A P R I M E R A c o n sus galas m a r c h i t a s ! ¡Es mi e n c a m b i o d e tu n o m b r e q u e n o
vida, es m i a m o r el q u e a p a r e c e ! " e s c o s a a l g u n a sustancial, t o m a
P l a z a pública, c e r c a del j a r d í n de C a p u l e t o ¿ C ó m o p o d r í a y o d e c i r l a q u e es toda mi alma.
s e ñ o r a de mi a l m a ? N a d a m e dijo. ROMEO.—Si d e tu p a l a b r a m e a p o -
(ROMEO, BENVOLIO y MI «CUTIO)
P e r o ¿ q u é i m p o r t a ? Sus o j o s h a - d e r o , l l á m a m e tu a m a n t e , y c r e e r é
los d e Rosalía, q u e te a p a r e z c a s blarán, y yo responderé. ¡Pero qué que m e he bautizado de nuevo,
R o M E O . - ¿ C ó m o m e h e d e ir d e a q u í , e n tu v e r d a d e r a f o r m a . a t r e v i m i e n t o es el m í o , si n o m e y q u e h e p e r d i d o el n o m b r e d e
BENVOLIO.—Se va a e n f a d a r , si te dijo n a d a ! L o s dos m á s h e r m o s o s Romeo.
m i c o r a z o n q u e d a e n esas ta-
l u m i n a r e s del cielo la suplican q u e
pias. y mi c u e r p o inerte v i e n e a oye. JULIETA.—¿Y q u i é n eres tú q u e , en
les sustituya d u r a n t e su a u s e n c i a .
b u s c a r su c e n t r o ? M E R C U T I O . — V e r á s c o m o n o : se e n - m e d i o d e las s o m b r a s de la n o c h e ,
Si sus o j o s r e s p l a n d e c i e r a n c o m o
BINVOLIO — ¡ R o m e o , p r u n o m í o . f a d a r í a . si m e e m p e ñ a s e en e n c e - vienes a s o r p r e n d e r mis secretos?
astros en el cielo, b a s t a r í a su luz-
MERCUTIO.—Sin d u d a h a h r a r e c o - , r a r a u n d e m o n i o en el c i r c u l o R O M E O . — N o sé d e c i e r t o mi n o m -
p a r a a h o g a r los restantes c o m o el
b r a d o el j u i c i o e ídose a a c o s t a r . d e SU d a m a , p a r a q u e ella le c o n - bre, p o r q u e t ú a b o r r e c e s ese n o m -
brillo del sol m a t a el d e u n a an-
BENVOLIO,—Para a c á v i e n e : le n e jurase; p e r o a h o r a vereis c o m o n o bre, a m a d a m í a , y si y o p u d i e r a ,
t o r c h a . ¡Tal t o r r e n t e d e luz b r o t a -
d i s t i n g u i d o a l o lejos sa a n d o a se e n f a d a con tan s a n t a y justa lo a r r a n c a r í a d e mi p e c h o . * «•
ría d e sus ojos, q u e h a r í a d e s p e r t a r
tapia d e u n a h u e r t a . D a d l e voces, i n v o c a c i ó n , c o m o es Ja del n o m - JULIETA.—Pocas, p a l a b r a s son las q u e
a las aves a m e d i a n o c h e , y en^
Mercutio. bre d e su a m a d a . , a ú n h e o í d o d e e s a boca, y sin
t o n a r su c a n c i ó n c o m o si h u b i e s e
M E R C - U n o . - L e voy a c ^ r c . / a r co- BENVOLIO.—Sigúeme: se h a b r a es- e m b a r g o te r e c o n o z c o . ¿ N o eres
v e n i d o la a u r o r a ! A h o r a p o n e la
m o si f u e r a el diablo. . K o m c o c o n d i d o en esas r a m a s p a t a p a s a r R o m e o ? ¿ N o eres d e l a f a m i l i a
m a n o e n la mejilla. ¿ Q u i é n pu-
a m a n t e insensato, esclavo d e U la n o c h e . E l a m o r , c o m o es ciego, d e los M o n t e s c o s ?
d i e r a t o c a r l a c o m o el g u a n t e q u e
p a s i ó n ! Ven en f o r m a d e s u s p i r o R O M E O — N O s e r é ni u n a c o s a n i
b u s c a tinieblas. la c u b r e ?
a m o r o s o : r e s p ó n d e m e con un ver- o t r a , á n g e l m í o , si c u a l q u i e r a d e
MERCUTIO.—Si f u e r a c e g ó , e r r a r í a JULIETA.—¡Av de m í !
s o solo en q u e « c o n s o n e n b i e n e s las d o s te e n f a d a .
cas, s i e m p r e - s u s tiros. > B u e n a s no- R O M E O . — ¡ H a b l ó ! V u e l v o a sentir
con desdenes, y donde eches un JULIETA.—¿Cómo has llegado h a s t a
c h e s R o m e o . V o y m e a acostar su voz. ¡Angel d e a m o r e s q u e en
r e q u i e b r o a la m a d r e del A m o r aquí, y para qué? Las paredes de
p o r q u e la y e r b a e s t á d e m a s i a d a m e d i o d e la n o c h e te m e a p a r e c e s ,
y al n i ñ o ciego, q u e h . n o con sus esta p u e r t a s o n altas y difíciles
f r í a p a r a d o r m i r . ¿ V á m o n o s ya? cual n u n c i o d e los cielos a la ató-
d a r d o s al rey C o t e t u a y le h.«> d e e s c a l a r , y a q u í p o d r í a s trope-
BFNVOMO.—Vamos. ¿a q u e e m p e - nita vista d e los m o r t a l e s , q u e des-
e n a m o r a r s e de una pobre zagala. z a r c o n la m u e r t e , s i e n d o q u i e n
ñ a r n o s e n b u s c a r al q u e n o q u i e r e l u m h r a d o s le m i r a n t r a s p a s a r con
V e s ' ' no me c o n t e s t a ni d a sena- eres, si a l g u n o d e m i s p a r i e n t e s
ser e n c o n t r a d o ? v u e l o r a p i d í s i m o las e s f e r a s , y
Íes d e vida. C o n j u r ó t e p o r los r a - te hallase.
d i a n t e s ojos, y p o r la d e s p e j a d a m e c e r s e en las alas d e las n u b e s ! ROMEO.—Las p a r e d e s salté con las
f r e n t e , y p o r los roscos labios, y JULIETA.— ¡ R o m e o , R o m e o ! ¿ P o r alas q u e m e d i o el a m o r , a n t e
por el b r e v e pie y ' l o s Henos m u s - llano. qué eres tú R o m e o ? ¿ P o r qué no q u i e n n o resisten a u n los m u r o s
r e n i e g a s del n o m b r e d e tu p a d r e d e r o c a . Ni s i q u i e r a a tus p a r i e n -
y d e t u m a d r e ? Y si n o tienes tes t e m o .
v a l o r p a r a t a n t o , á m a m e , y no JULIETA.—Si te e n c u e n t r a n , te m a -
ESCENA U m e t e n d r é por C a p u l e t o . tarán.
ROMEO.—¿Qué h a g o , s e g u i r l a o y e n -
Jardín de Capuleto do o hablar? R O M E O . — M á s h o m i c i d a s son tus
JULIETA.—No eres tú mi e n e m i g o . ojos, diosa m í a , q u e las e s p a d a s
por los b a l c o n e s d e o r i e n t e ? Sal, E s el n o m b r e d e M o n t e s c o , q u e d e veinte p a r i e n t e s tuyos. M í r a m e
R O M E O . - ¡ Q u é bien se b u r l a del h e r m o s o sol. y m a t a d e e n v i d i a llevas. ¿Y q u é q u i e r e d e c i r M o n - sin e n o j o s , y m i c u e r p o se h a r á
lor a j e n o quien n u n c a sintió d o - c o n tus r a y o s a la l u n a , q u e esta tesco? N o es p i e ni m a n o ni b r a - invulnerable.
res ' (Póncxe Julieta a l<• pálida v o j e r i z a p o r q u e v e n c e u zo, ni s e m b l a n t e ni p e d a z o a l g u n o JULIETA.—Yo' d a r í a u n m u n d o p o r -
tana.) ¿ P e r o q u é luz es la q u e aso- h e r m o s u r a cualquier ninfa de tu d e la n a t u r a l e z a h u m a n a . ¿ P o r q u e n o te d e s c u b r i e r a n .
m a por allí? ¿ t i sol q u e sale ya qué no tomas otro nombre? La ROMEO.—De ellos m e d e f i e n d e el
rosa n o d e j a r í a d e ser r o s a , y d e velo t e n e b r o s o d é la n o c h e . M á s
esparcir su a r o m a , a u n q u e se lla- q u i e r o m o r i r a sus m a n o s , a m á n -
m a s e d e o t r o m o d o . D e igual suer- d o m e tú, q u e e s q u i v a r l o s y sal-
te, m i q u e r i d o R o m e o , a u n q u e v a r m e d e ellos, c u a n d o m e f a l t e
tuviese o t r o n o m b r e , c o n s e r v a r í a tu a m o r .
todas las b u e n a s c u a l i d a d e s d e su JULIETA.—¿Y q u i e n te g u i ó a q u í ?
parecen violentas y demasiado rá^ S H A K E S P E A R E
ROMEO.—El amor que m e dijo don- pidas. Son como el rayo que se
de vivías. D e él m e aconseje el JULIETA.—Buenas noches. JULIETA.—Con el contento de verte
guió mis ojos que y o le había en- MoMEO.—No. ¿ C ó m o h a n d e ser cerca m e olvidaré e t e r n a m e n t e de
tregado. Sin ser nauchero, te juro buenas sin tus rayos? El a m o r lo que pensaba, r e c o r d a n d o tu
va en busca del a m o r como el es- dulce compañía.
flnf A d i k y o í l i aliente tu pe- tudiante h u y e n d o d e sus libios, ROMEO.—Para q u e siga tu olvido
y el amor se aleja del a m o r c o m o n o he de irme.
cho e n . t n dulce calma como el
j ^ K t ó v t 6 el niño que deja sus juegos para
tornar al estudio.
JULIETA.—Ya es de día. V e t e . . .
n o m e cubriera, el r u b o r d v, R o m b o . - ¿ Y n o m e das m á s con- Pero no quisiera que te alejaras
JULIETA.—(Otra vez a la ventana.)
gen subiría a mis mejillas, recor más que el breve t r e c h o que con-
otro puedo darte ¡Romeo! ¡Romeo! ¡Oh, si yo tu-
d a n d o las palabras que esta n o c b . siente alejarse al pajarillo la niña
viese la voz del cazador de cetre-
m e has oído. En v a n o quisiera esta noche? , que le tiene sujeto de u n a cuerda
ría, para llamar de lejos a los hal-
corregirlas o desmentirlas^. . ,Re- cones! Si yo pudiera hablar a de seda, y que a veces le suelta de
sistencias vanas! ¿Me amas. Se ROMEO.-TU t ü acer-
gritos, penetraría mi voz hasta en la mano, y luego le coge ansiosa,
q u e m e dirás q u e sí, y q u e y o l o ^ V Í S & S . t o \ u e sien.» la ¿gruta de la ninfa Eco, y lle- y le vuelve a s o l t a r . . .
creeré Y sin embargo, podrías ' ^ o po^er dártela otra v e ¿ garía a ensordecerla repitiendo el ROMEO.—¡Ojalá f u e r a yo ese pa-
faltar ' a tu juramento, porque di- nombre de mi Romeo. jarillo!
ROMEO.—¿Pues que? . O t r a vez q
cen q u e J o v i se ríe de los p e r j u r o , ROMEO.—¡Cuán grato suena el acen- JULIETA.—¿Y qué quisiera yo sino
de ios amantes. Si m e amas de sieras q u M r m e l a ' ^ vcj.
, U L to de mi a m a d a en la apacible que lo fueras? aunque recelo que
veras, Romeo, dilo con sinceridad a ^ i o P f u e r a « d i o . d. » noche, protectora de los amantes! mis caricias habían de matarte.
v si m e tienes por fácil y rendida bien que tengo ya. ™ando Más dulce es que música en oído ¡Adiós, adiós! Triste es la ausen-
I I primer ruego, dímelo también, atento. cia y tan dulce la despedida, que
de dártelo todo es ' " J ° h ¡ . m m
para que m e ponga esquiva y ce- JULIETA.—¡Romeo! n o sé c ó m o a r r a n c a r m e de los
ñuda, y así tengas que rogarme. ROMEO.—¡Alma mía! hierros de esta ventana.
M u c h o te quiero; Monteseo, mu- JULIETA.—¿A qué hora irá mi cria-
S o , y n o rae tengas por liviana, ROMEO.—¡Que el s u e ñ o descanse en
do m a ñ a n a ? tus dulces ojos y la paz en tu
antes he de ser más f i r m e y c o n *
mi e s p e r a n z a . . - > sc0 ROMEO.—A l a s nueve. alma! ¡Ojalá f u e r a y o el sueño,
tante que aquellas que parecen Guárdame fidelidao, w
desdeñosas p o r q u e son astutas. T e JULIETA.—No faltará. Las horas se ojalá f u e r a y o la paz en que se
mío. Espera un instante, que v u . me harán siglos hasta que ésa lle-
confesaré que m á s disimulo^ h u duerme tu belleza! De aquí voy
biera guardado contigo, si no me gue. N o sé para qué te he llamado. a la celda donde m o r a mi piadoso
R o 4 o n - l N o c h e , deliciosa n ^ ROMEO.—¡Déjame quedar aquí has-
hubieses oído aquellas palabras confesor, para |>edirle ayuda y
que, sin pensarlo yo, te revelaron ta que lo pienses! consejo en este trance.
t o d o el ardor de mi corazon, Per-
d ó n a m e , y n o juzgues p e r e z a * *
r e n d i r m e tan pronto. La soleoad
de la noche lo h a hecho.
ROMEO.—Juróte, a m a d a mía poi,los
rayos de la luna que platean la
-Sáffit» s Ü
hras Si el fin de tu amor es hon-
r í o , si quieres casarte avisa ^
E S C E N A III

c o p a de estos á r b o l e s . . . ñ a ñ a al mensajero que te enviare, Celda de fray Lorenzo


JULIETA.—No jures p o r . l a de c ó m o y cuándo qu.eres cele
brar la sagrada ceremonia. Y o £ (FRAY LORENZO y ROMEO)
e n su rápido movimiento camoia
sacrificaré mi vida e iré en p
d e aspecto c a d a mes.. N o vayas a FRAY LORENZO.—Ya la aurora se
imitar su inconstancia. . JA MÜ SI*-- r t , ™P . ) S O N VOL flores y de yerbas primorosas. La
A. sonríe m i r a n d o huir a la oscura tierra es a la vez cuna y sepultura
ROMEO.—¿Pues por W ™ » ™ ® noche. Ya con sus rayos d o r a las
, U
£ Í M Í intenciones, suplico» de la naturaleza, y su seno educa
JULIETA.—No hagas ningún j u r a nubes de oriente. H u y e la noche y nutre hijos de varia condición
m e n t ó . Si acaso, jura p o r ti mis- que... con perezosos pies, tropezando y pero ninguno t a n falto de virtud
mo, p o r tu p e r s o n a que es el dios cayendo c o m o un beodo, al ver que n o dé aliento o remedio o
q u e a d o r o y e n quien h e de creer. f u L m ^ - Y a c o r r o . . . Suplicóte la lumbre del sol que se despierta solaz al h o m b r e . Extrañas son las
JüL
ROMEO.—¡Ojalá que el f u e g o de mi que T desistas de tu empeñe> y £ y m o n t a en el c a r r o de Titán. A n - virtudes que d e r r a m ó la pródiga
dejes a solas con mi dolor. Ma tes que tienda su d o r a d a lumbre, mano de la naturaleza, en piedras,
3 U Í £ ? A . - Ñ O jures. A u n q u e m e lle- ñ a ñ a irá el m e n s a j e r o . . . alegrando el día y enjugando el plantas y yerbas. N o h a y ser inú-
n e de alegría el verte, n o quiero ROMEO.—Por la g l o r i a . . . llanto que vertió la noche, ha de til sobre la tierra, por vil y des-
esta noche oír tales promesas que Henar este cesto de bien olientes preciable que parezca. P o r el con-
FRAY L O R E N Z O . - D i m e con claridad guir l o q u e deseas p a r a q u e esta R O M E O . — V a m o s , p u e s , sin d e t e n e r -
t r a r i o el ser m á s noble, si se e m - el m o t i v o d e t u visita, si es q u e b o d a sea l a z o d e a m i s t a d q u e e x - nos.
p l e a con mal fin. es d a ñ i n o y o u e d o a y u d a r t e e n algo. tinga el r e n c o r d e v u e s t r a s f a m i - FRAY LORENZO.—Vamos c o n c a l m a
a b o m i n a b l e . El bien c i s m ó se R O M E O ^ - P u e s te d i r é e n d o s p a l * has. para n o tropezar.
t r u e c a en mal y el valor e n _v cío, b r a s q u e estoy e n a m o r a d o d e a
c u a n d o no sirve a u n f i n v i r t u o s o M Í del n o b l e C a p u l e t o , y q u e ella
E n esta flor q u e n a c e d u e r m e n
e s c o n d i d o s a la vez « f ^ « » J ESCENA IV
v e n e n o : los d o s n a c e n del mi m o
o r i u e n , y su olor c o m u n . c a deleite Calle

S a ^ - s s 8«
y v i d a a los sentidos, p e r o s, se
a p l i c a al labio, esa m i s m a flor (BENVOLIO y MERCUTIO)
tan a r o m o s a m a t a el sentido. Asi A h o r a lo q u e i m p o r t a es q u e nos
es e! a l m a h u m a n a ; dos m o n a r c a s MERCUTIO—¿Dónde e s t a r á R o m e o ? MERCUTIO.—Mala l a n d r e d e v o r e a
i m p e r a n en ella, u n o la h u m i l d a d ¿ P a r e c i ó a n o c h e p o r su c a s a ? esos n u e v o s e l e g a n t e s q u e h a n ve-
o t r o la p a s i ó n ; c u a n d o esta pre
d o m i n a , un g u s a n o r o e d o r consu-
m e la planta.
-gxBpmolvidaste a R o s a l í a , , en q w e n a
BENVOLIO.—Por c a s a d e su p a d r e
n o estuvo. A s í m e l o h a d i c h o su
criado.
MERCUTIO.—¡Válgame D i o s ! E s a p á -
n i d o c o n gestos y c o r t e s í a s a r e -
f o r m a r nuestras antiguas costum-
bres. " ¡ Q u é b u e n a e s p a d a , q u é
ROMEO.—Buenos días, p a d r e buen mozo, qué hermosa mujer!"
f r a b a s antes t u c a r i n o ! El a m o r lida m u c h a c h u e l a , esa R o s a l í a d e
F r a y L o r e n z o . — É l s e a e n tu g u a r Decidme, abuelos míos, ¿ n o es

Ste^sag
de los jóvenes n a c e d e k » ojos duras entrañas acabará por tor- m a l a v e r g ü e n z a q u e e s t e m o s lle-
di ¿Quién m e saluda c o n t a n
V no del c o r a z o n . g u a r n o uu- n a r l e loco. n o s d e estos m o s c o n e s e x t r a n j e -
d u l c e s p a l a b r a s , al a p u n t a r e U u L t e por Rosalía! y ahora tanto BENVOLIO.—Teobaldo, el p r i m o d e ros, e s t o s pardonnez moi, t a n u f a -
l e v a n t a d o y a tales h o r a s revela
C a p u l e t o , h a e s c r i t o u n a c a r t a al n o s c o n sus n u e v a s galas y t a n
sin d u d a i n t r a n q u i l i d a d de oon
padre de R o m e o . d e s p r e c i a d o r e s d e lo a n t i g u o ? ¡ O h ,
c i e n c i a h i j o mío. E n las pupilas
del a iic i a n o viven los c u i d a os ve- queias. A ú n se ven en tu rost o MERCUTIO.—Sin d u d a será cartel d e n e c e d a d insigne! (Sale Romeo.)
ladores, y d o n d e reina la nquie las huellas d e a n t i g u a s l a g n m - desafío. BENVOLIO.—¡Aquí tienes a R o m e o !
t u d / c o m o h a b i t a r a el sosiego. ¿ N o d e c í a s q u e e r a m a s beHa y BENVOLIO.—Pues R o m e o e s s e g u r o ¡ A q u í tienes a R o m e o !
P e r o en l e c h o d o n d e r e p o s a la gentil q u e n i n g u n a ? y a h o r a te que contestará. MERCUTIO.—Bien r o m a t r a e e l al-
j u v e n t u d a j e n a d e t o d o pesar y Tas m u d a d o . ¡Y l u e g o acusáis de MERCUTIO.—Todo el m u n d o p u e d e m a . N o eres c a r n e ni p e s c a d o . ¡ O h
d u e l o , i n f u n d e en los m i e m b r o s i n c o n s t a n t e s a las mujeres! „ C o m o responder a u n a carta. m a t e r i a d i g n a d e los v e r s o s del
deliciosa c a l m a el b l a n d o s u e n o . BENVOLIO.—Quiero d e c i r q u e R o - P e t r a r c a ! C o m p a r a d a c o n su a m o r ,
buscáis f i r m e z a en ellas,, si vos
T u visita tan d e m a ñ a n a m e in- m e o s a b r á t r a t a r c o m o se m e r e c e Laura era una fregona, sino que
o t r o s les dais el e j e m p l o d . ol
dica q u e a l g u n a triste o c a s i ó n te al d u e ñ o d e l a c a r t a . t u v o m e j o r p o e t a q u e la celebra-
h a c e i b a n d o n a r tan p r o n t o el le- R o m e o s — ¿ P e r o vos n o r e p r o b a b a i s MERCUTIO.—-¡Pobre R o m e o ! E s a ru- se; D i d o u n a z a g a l a , C l e o p a t r a
c h o Y s, no . será q u e h a s bia y p á l i d a n i ñ a le h a a t r a v e s a d o u n a gitana, H e r o y E l e n a d o s r a -
F ™ L O R E N Z O . — Y o
p a s a d o la n o c h e desvelado no reprobaba el c o r a z ó n a e s t o c a d a s , le h a tras- m e r a s , y Ciste, a p e s a r d e sus
ROMEO.-—¡Eso es. y d e s c a n s e me
FR
; u a m o r , s i n o tu idolatría c e - p a s a d o los o í d o s con u n a c a n c i ó n n e g r o s ojos, n o p o d r í a c o m p e t i r
d e a m o r , y el c e n t r o del a l m a c o n c o n la s u y a . Bon jour, Romeo.
ior q u e d o r m i d o ! las a n c h a s f l e c h a s del v o l a d o r C u -
FRAY LORENZO-perdónete Dios. Ro S MEO.—¿Y n o r e dijisteis que 1A- Saludo francés corresponde a
ciera t o d o lo posible p o r - h a g a * p i d o . . . ¿ Y quién resistirá a T e o - vuestras calzas francesas. A n o c h e
5 baldo? n o s d e j a s t e en b l a n c o .
R O ^M "E ^O .^—n; nC oRn c RSoSs aÍn a .Y 1a su n. o, m - esc a m o r ? „ BENVOLIO.—¿Quién es T e o b a l d o ?
b l e n o suena dulce en mis oídos, F r a y LORENZO.—Pero n o p a r a q a e ROMEO.—¿Qué dices d e d e j a r en
MERCUTIO.—Algo m á s q u e el r e y blanco?
ni p i e n s o en su a m o r d e la s e p u l t u r a d e ese a m o r bro-
• ase o t r o a m o r n u e v o y m a s ar d e los g a t o s ; es el m e j o r y m á s MERCUTIO.—Que te despediste a la
FRAY LORENZO.—Bien haces. L u e g o
d i e s t r o e s g r i m i d o r . M a n e j a l a es- francesa. ¿Lo entiendes ahora?
^ " t ' t h r é sin a m b a g e s . p a d a c o m o t ú la l e n g u a , g u a r d a n - ROMEO.—Perdón, Mercutio. Tenía
R o S - N O os e^jéis -migo
E n d a fiesta de n u e s t r o , e n e m i g o s d o tiempo, distancia y compás. a l g o q u e h a c e r , y n o e s t a b a el
los C a n u l c t o s . d o n d e a la ve/, G r a n c o r t a d o r d e ropillas. E s p a - t i e m p o p a r a cortesías.
h e r í V Fui h e r i d o . Sólo tus m a n o s dachín, espadachín de profesión, MERCUTIO.—¿De s u e r t e q u e t ú t a m -
r e s p o n d e al m í o y la o t r a n a
podran sanar a u n o y otro con- y m u y e n t e r a d o del inmortal pas- bién l a ^ u s a s a veces y d o b l a s las
F r a y L o r e n z o . — E s que Rosal»
tendiente. Y con esto veras q u e F
" q ñzá adivinara la bgereza de ^
sato, del punto reverso y del par. rodillas?
no c o n s e r v o r e n c o r a mi a d v e r - -¡mor V e n c o n m i g o , inconstante BENVOLIO.—¿Y qué quieres decir R O M E O . — L u e g o n o soy descortés,
sario. puesto q u e i n t e r c e d o por él m a n c e b o . Y o te a y u d a r é a conse- con eso? p o r q u e eso es h a c e r g e n u f l e x i o n e s .
c o m o si f u e s e a m i g o m í o .
señorita m e i.ianda con un reca-
A M A . — B e n d i t o seáis. U n a p a l a b r a
m e j o r , o s p a r e c e j o v e n ? Discreta- d o p a r a vos N o v o v a r e p e t i r o s
MERCUTIO.—Dices b i e n . más.
m e n t e lo entendéis. t o d o Jo qu'. m e h a d i c h o . P e r o si
R O M E O . — P e r o a q u e l l o d e q u e Ha- ROMEO.—¿Qué, a m a ?
AMA.—Si v e r d a d e r a m e n t e sois Ro- v u e s t r o C j e t o es e n g a ñ a r l a , cier-
blábamos es cortesía y n o genu- AMA.—¿Es de fiar vuestro criado?
m e o , t e n g o q u e d e c i r o s secreta- tamente q u e será c o s a i n d i g n a ,
flexión. . .. ¿ N u n c a oísteis q u e a n a d i e f í a -
mente una palabra. p o r q u e m i s e ñ o r i t a es u n a m u c h a -
MERCUTIO.—Es q u e y o soy l a flor sus secretos el v a r ó n p r u d e n t e ?
BENVOLIO.—Si q u e r r á citarle para c h a j o v e n , y el e n g a ñ a r l a sería
ROMEO.—Mi c r i a d o es fiel c o m o el
de la cortesía. esta n o c h e . . . m u y mala obra, y n o tendría per-
R O M E O . — ¿ C ó m o n o dices l a flor y oro.
MERCUTIO.—¿Es u n a a l c a h u e t a , una dón de Dios.
A M A . — B i e n , c a b a l l e r o . N o h a y se-
p e r r a ? . . . ¡Oh, o h ! . . . ROMEO.—Ama, p u e d e s j u r a r a t u
M^CUTIO.—Porque la nata la dejo ñ o r i t a m á s h e r m o s a q u e la m í a .
ROMEO.—¿Qué r u i d o es ése? señora q u e . . .
p a r a ti.* ¡ Y si la h u b i e r a i s c o n o c i d o c u a n -
MERCUTIO.—No e s q u e h a y a encon- AMA.—¡Bien, b i e n , así se l o diré, y
ROMEO.—Cállate. do p e q u e ñ a ! . . . ¡Ah! P o r cierto
t r a d o y o n i n g u n a liebre, ni et ha de alegrarse m u c h o ! . . .
MERCUTIO.—¿Y n o e s m e j o r e s t o q u e h a y en la c i u d a d u n tal P a -
c o s a d e seguir l a liebre, aunque ROMEO.—¿Y q u é le v a s a decir, si
q u e a n d a r e n lamentaciones e £ rís q u e d e b u e n a g a n a la a b o r d a r í a .
c o m o d i c e e l c a n t a r : " E n cuares- todavía n o m e has oído n a d a ?
ticas? A h o r a t e reconozco: eres P e r o ella, b e n d i t a sea su a l m a ,
m a b i e n se p u e d e c o m e r u n a lie- A M A . — L e d i r é q u e protestáis, l o
Romeo, nuestro antiguo y buen más quisiera a un sapo feísimo
b r e v i e j a , p e r o t a n vieja llega a cual, a f e m í a , es o b r a r c o m o c a -
amigo. Andabas hecho un necio q u e a él. A veces m e d i v i e r t o e n
p o d r i r s e , si se l a s u a r d a , a u e no ballero.
c o n e s e a m o r insensato. (Entran e n o j a r l a , d i c i é n d o l e q u e P a r i s es
h a y q u i e n l a p u e d a m a s c a r . ¿Va» ROMEO.—Dile q u e i n v e n t e algún
Pedro y el Ama.) m e j o r m o z o q u e vos, y ¡si vierais
a c a s a d e t u p a d r e , R o m e o ? Allá p r e t e x t o p a r a ir esta t a r d e a c o n -
MERCUTIO.—Vela, vela. c ó m o se p o n e e n t o n c e s ! M a s p á -
iremos a comer. f e s a r s e al c o n v e n t o d e F r a y L o -
BENVOLIO.—Y s o n d o s : u n a s a y a y lida q u e la cera. D e c i d m e a h o r a :
ROMEO.—Voy c o n v o s o t r o s . renzo, y él n o s c o n f e s a r á y c a s a r á .
¿ R o m e r o y R o m e o n o tienen la
u n sayal. MERCUTIO.—Adiós, h e r m o s a vieja; T o m a este r e g a l o .
AMA.—¡Pedro! m i s m a l e t r a inicial?
h e r m o s a , h e r m o s a , h e r m o s a . (Van- A M A . — N o a c e p t a r é ni u n d i n e r o
PEDRO.—¿Qué? R O M E O . — V e r d a d es q u e a m b o s e m -
se él y Benvolio.) señor m í o .
A M A . — ' T r á e m e el a b a n i c o p i e z a n p o r R.
A M A . — B e n d i t o sea D i o s , q u e ya se ROMEO.—Yo te lo m a n d o .
MERCUTIO. — D á s e l o , Pedro q j A M A . — E s o es burla. Y o sé q u e
f u e éste. ¿ M e p o d r í a i s decir (a A M A — ¿ C o n q u e esta t a r d e ? P u e s n o
siempre será m á s agradable mi- vuestro n o m b r e empieza con otra
Romeo) q u i é n es este majadero, faltara.
r a r su a b a n i c o q u e s u c a r a . l e t r a m e n o s á s p e r a . . . ¡Si vierais
t a n p a g a d o d e sus chistes? ROMEO.—Espérame detrás de las
A M A . — B u e n a s t a r d e s , »enores. q u é graciosos e q u í v o c o s h a c e con
tapias d e l c o n v e n t o , y a n t e s d e
MERCUTIO.—Buenas t a r d e s , h e r m o s a R O M E O . — A m a , e s u n a m i g o mw u n a h o r a , m i c r i a d o te llevará
v u e s t r o n o m b r e y con R o m e r o !
q u e s e e s c u c h a a sí m i s m o y gusta G u s t o o s diera o í r l a .
dama. , , d e r e í r s e sus gracias, y q u e habla una escala de cuerdas para poder
y o s u b i r p o r ella h a s t a la c i m a d e ROMEO.—Recuerdos a Julieta.
AMA.—¿Pues h e m o s llegado a la m á s e n u n a h o r a q u e l o q u e escu-
m i f e l i c i d a d . A d i ó s y s é m e fiel. AMA.—Sí q u e se los d a r é mil veces.
tarde? , , c h a s t ú en u n m e s .
Y o te l o p r e m i a r é t o d o . M i s re- ¡Pedro!
MERCUTIO.—No, p e r o l a m a n o las- A M A . — P u e s si s e a t r e v e a hablar
c u e r d o s a Julieta. PEDRO.—¡Qué!
civa del reloj está senalando las m a l d e m í , él m e l o p a g a r á , aun- A M A . — T o m a el a b a n i c o , y g u í a m e .
doce. q u e v e n g a n e n su a y u d a otros
AMA.—¡Jesús, qué hombre! v e i n t e d e su c a l a ñ a . Y si y o mis-
MERCUTIO.—Un h o m b r e q u e D i o s m a n o p u e d o , o t r o s sacarán i»
c r i ó , p a r a q u e l u e g o e c h a s e ei c a r a p o r m í . P u e s n o f a l t a b a más. ESCENA V
mismo a perder la o b r a divina. ¡El g r a n d í s i m o i m p e r t i n e n t e ! ¿s
AMA.—Bien dicho. P a r a q u e echase c r e e r á q u e yef soy u n a m u j e r de Jardín de Capuleto
su o b r a a p e r d e r . . . ¿Pero m e é s a s ? . . . Y t ú (a Pedro) q u e está»
p o d r í a decir alguno d e vosotros a h í t a n r e p o s a d o , y d e j a s q u e cual- ( J U L I E T A y el AMA)
d ó n d e e s t á el j o v e n R o m e o ? q u i e r a m e insulte. ..
ROMEO.—Yo t e lo p o d r é decir, y PEDRO.—Yo n o h e visto q u e nadie JULIETA.—Las n u e v e e r a n c u a n d o
t a n al a m o r c o n alas. Y a llega
p o r c i e r t o q u e ese j o v e n « « y a os insulte, p o r q u e si l o viera, » e n v i é al a m a , y d i j o q u e antes d e
el sol a la m i t a d d e su c a r r e r a .
m á s v i e j o c u a n d o le e n c o n t r é i s , t a r d a r í a u n m i n u t o en sacar * m e d i a h o r a v o l v e r í a . ¿Si n o lo
T r e s h o r a s v a n p a s a d a s d e s d e las
que c u a n d o empezabais a bus- e s p a d a . N a d i e m e g a n a e n vaw h a b r á e n c o n t r a d o ? ¡ P e r o sí! ¡ Q u é
n u e v e a las d o c e , y él n o vuelve
c a r l o . Y o soy R o m e o , a f a l t a d e c u a n d o m i c a u s a e s justa, y cuan- t o r p e y p e r e z o s a ! S ó l o el p e n s a -
t o d a v í a . Si ella tuviese s a n g r e ju-
o t r o más joven. d o roe f a v o r e c e l a ley. m i e n t o d e b i e r a ser n u n c i o del
venil y a l m a , volvería c o n las
AMA.—¿Lo decís d e veras? A M A . — ¡ V á l g a m e D i o s ! t o d a v í a N* a m o r . É l c o r r e m á s q u e los r a y o s
p a l a b r a s d e su b o c a ; p e r o la vejez
MERCUTIO.—¿Conque a f a l t a d e o t r o d u r a el e n o j o y las c a r n e s n* del sol c u a n d o a h u y e n t a n las s o m -
e s p e s a d a c o m o u n p l o m o . (Salen
tiemblan... U n a palabra «J J>ras d e los m o n t e s . P o r e s o pin-
^Siguen otro. Juegos de ^ ^ « ¡ S g g el Ama.y Pedro.) ¡ G r a c i a s a D i o s
de poner en castellano, «o pena de sustituir c a b a l l e r o . C o m o i b a diciendo, nu
otros.
reo

A M A . — ¡ J e s ú s ! ¡ q u é c a b e z a l a mía! pues, con t e m p l a n z a . (Sale Julieta.) s a r l a c o n m á s arte, alegra c o n t u s


q u e viene! A m a m í a , q u e r i d a
Pues, y la e s p a l d a . . . ¡ C ó m o me Aquí está la d a m a ; su p i e es t a n p a l a b r a s el a i r e d e este a p o s e n t o
a m a . . . ¿ q u é noticias t r a e s ? ¿ H a -
m o r t i f i c a n los r í ñ o n e s ! i L a culpa leve q u e n o d e s g a s t a r á n u n c a la y d e j a q u e t u voz p r o c l a m e la
b l a s t e c ó r t « ! ? Q u e sé» v a y a P e d r o .
és t u y a q u e m e h a c e s a n d a r por . eterna r o c a ; t a n ligera q u e p u e d e v e n t u r a q u e h o y a g i t a el a l m a d e
AMA.—Vete, Pedro.
esos a n d u r r i a l e s , a b r i é n d o m e la c o r r e r sobre las telas d e a r a ñ a sin los d o s .
JULIETA:—Y biert, a m a e m e n d a . ¡ Q u é
s e p u l t u r a antes d e t i e m p o . romperlas. JULIETA.—El v e r d a d e r o a m o r es m á s
t r i s t e estás* ¿ A c a s o ^ r a e s m a l a s
JULIETA — M u c h o siento t u s males, JULIETA.—Buenas tardes, r e v e r e n d o prodigo de obras que de palabras:
noticias? Dímelas, a lo m^nos, con
p e r o a c a b a d e d e c i r m e , querida confesor. m á s r i c o e n l a e s e n c i a q u e e n la
r o s t r o alegre. Y si son b u e n a s , n o
a m á ; lo q u e te c o n t e s t ó mi FRAY LORENZO.—Romeo te d a r á l a s f o r m a . S ó l o el p o b r e c u e n t a su
las e c h e s a p e r d e r con e s a m i r a d a
amor. , ., gracias en n o m b r e d e los dos. c a u d a l . M i t e s o r o es t a n g r a n d e
torva. j _ , A M A . — H a b l ó c o m o u n caballero q u e y o n o p o d r í a c o n t a r ni si-
AMA.—Muy fatigada estoy. ¡Que JULIETA.—Por eso le h e i n c l u i d o e n
l l e n o d e d i s c r e c i ó n y gentileza; el saludo. Si n o , p e c a r í a él d e ex- q u i e r a la m i t a d .
quebrantados están p u s huesos!
JULIETA.—¡Tuvieras t u s h u e s o s t u p u e d e s c r e e r m e . ¿ D o n d e está tu ceso d e cortesía. FRAY LORENZO.—Acabemos p r o n t o -
y y o mis noticias! H a b l a p o r D i o s , nisdrc' ROMEO.—¡Oh. J u l i e t a ! Si t u d i c h a N o o s d e j a r é solos h a s t a q u e os
JULIETA.—¿Mi m a d r e ? Allá dentro. es c o m o la m í a y p u e d e s e x p r e - ligue la b e n d i c i ó n n u p c i a l .
a m a mía. . . . j
A M A . — ¡ S e ñ o r , q u e prisa! A g u a r d a ¡Vaya una pregunta!
fin p o c o . ¿ N o m e ves sin aliento.' A M A . — ¡ V á l g a m e Dios! ¿ T e enojas
JULIETA.—¿Cómo sin aliento, c u a n - c o n m i g o ? ¡ B u e n e m p asto p a r a
d o te s o b r a p a r a d e c i r m e q u e n o c u r a r m i s q u e b r a d u r a s ! O t r a vez
le t i e n e s ? M e n o s q u e e n v o l v e r l o vas t ú m i s m a a esas comisiones
a d e c i r , t a r d a r í a s e n d a r m e las JULIETA.—Pero ¡qué c o n f u s i ó n ! ¿Que
noticias. ¿ L a s t r a e s b u e n a s o m a - es e n s u m a l o q u e te dijo R o m e o . '
las? .. . A M A . — ¿ T e d e j a r á n ir sola a con-
A M A — ¡Que mala elección d e m a - fesar?
r i d o h a s t e n i d o ! ¡ V a y a , q u e el JULIETA.—Sí. . ,
tal R o m e o ! A u n q u e tenga mejor AMA — P u e s allí m i s m o te casaris.
c a r a q u e los d e m á s , t o d a v í a es V e t e a la c e l d a d e F r a y Lorenzo.
m e j o r su p i e y su m a n o y su ga- Y a se c u b r e n de r u b o r tus meji-
l l a r d í a . N o d i r é q u e l a flor d e los llas c o n t a n sencilla n u e v a . Vete
cortesanos, pero tengo p a r a mí al c o n v e n t o . Y o iré p o r o t r a par-
q u e es h u m i l d e c o m o u n a oveja. t e a b u s c a r l a escalera, c o n q u e tu
¡Bien h a s h e c h o , h i j a ! y q u e D i o s a m a n t e h a d e escalar el n i d o del
te a y u d e . ¿ H a s c o m i d o e n c a s a ? a m o r . A l a celda, pues, y yo »
JULIETA.—Calla, c a l l a : e s o y a m e lo JULIETA1^—¡Y y o a mi felicidad, ama
s a b í a y o . ¿ P e r o q u e h a y d e la
boda? dímelo. mía!

E S C E N A VI

Celda de Fray Lorenzo


(FRAY LORENZO y ROMEO)

p u e d a l l a m a r l a m í a , n o t e m e r é ni
FRAY LORENZO.—¡El c i e l o m i r e c o n siquiera a l a m u e r t e , v e r d u g o del
b u e n o s ojo« l a c e r e m o n i a q u e v a -
m o s a cumplir, y n o nos castigue FRAT°LORENZO.—Nada v i o l e n t o es
por ella eñ adelante! d u r a d e r o : ni el placer ni l a p e n a :
R O M E O . — ¡ A s í sea, así s e a ! P e r o p o r ellos m i s m o s se c o n s u m e n c o m o
m u c h a s p e n a s q u e v e n g a n n o vas- el f u e g o y la p ó l v o r a al usarse.
t a r á n a d e s t r u i r la i m p r e s i ó n <je L a excesiva d u l c e d u m b r e d e la
este m o m e n t o d e v e n t u r a . J u n t a miel e m p a l a g a al l a b i o . A m a .
n u e s t r a s m a n o s , y c o n tal q u e y o
d e f i j o os s e g u i r á al c a m p o , y p o r ROMEO.—No temas. Quizá sea leve
e s c le l l a m á i s d o n c e l . la h e r i d a .
TEOBALDO.—Romeo, sólo u n a p a l a - MERCUTIO.—No es t a n h o n d a c o m o
b r a m e c o n s i e n t e d e c i r t e el o d i o un pozo, ni tan ancha c o m o el
q u e te p r o f e s o . E r e s u n i n f a m e . g ó r t i c o d e u n a iglesia, p e r o b a s t a ,
R O M E O . — T e o b a l d o , tales r a z o n e s i m a ñ a n a preguntas p o r mí, ve-
ACTO III tengo para quererte que m e hacen rásme tan callado c o m o un muer-
p e r d o n a r h a s t a la b á r b a r a g r o s e r í a
to. Y a estoy e s c a b e c h a d o p a r a el
d e ese s a l u d o . N u n c a h e s i d o i n f a - otro m u n d o . Mala landre devore
me. N o m e c o n o c e s . A d i ó s . a v u e s t r a s d o s f a m i l i a s . ¡Vive D i o s !
ESCENA PRIMERA TEOBALDO.—Mozuelo i m b e r b e , n o in- ¡Que u n perro, u n a rata, u n ratón,
tentes c o b a r d e m e n t e e x c u s a r los u n g a t o m a t e así a u n h o m b r e !
Plaza de Verona agravios q u e m e h a s h e c h o . N o te U n matón, u n picaro, q u e pelea
vayas, y d e f i é n d e t e .
c o n t r a los á n g u l o s y reglas d e la es-
(MERCUTIO, BENVOLIO) R O M E O . — N u n c a te agravié. T e l o
g r i m a . ¿ P a r a q u é te p u s i s t e a sepa-
a f i r m o con j u r a m e n t o . Al c o n t r a -
r a r í a l a vida ni s i q u i e r a u n cuarto rarnos? Por debajo de tu brazo me
BENVOLIO.—Amigo M e r c u t i o , pienso rio, h o y te a m o m á s q u e n u n c a , y
d e h o r a ? . . . M i r a , a q u í vienen los ha herido.
que debíamos refrenarnos, porque q u i z á sepas p r o n t o la r a z ó n d e este
Capuletos. ROMEO.—Fue c o n b u e n a i n t e n c i ó n .
h a c e m u c h o c a l o r , y los C a p u l e t o s M E R C U T I O . — ¿ Y q u é s e m e d a a mi,
c a r i ñ o . V e t e en paz, b u e n C a p u l e -
to, n o m b r e q u e e s t i m o t a n t o c o m o MERCUTIO.—Llévame d e a q u í , B e n -
a n d a n e n c a l a b r i n a d o s , y y a sabes
vive D i o s ? el m í o . volio, q u e m e voy a d e s m a y a r .
q u e e n v e r a n o h i e r v e m u c n o ia
(Teobaldo y otros.) MERCUTIO.—¡Qué e x t r a ñ a c o b a r d í a ! ¡Mala landre devore a entrambas
MERCUTIO.—Tú e r e s u n o d e e s o s c a s a s ! Y a soy u n a g u s a n e r a . ¡Mal-
D e c í d a n l o las e s t o c a d a s . T e o b a l d o ,
TEOBALDO.—Estad c e r c a d e m í , que dita sea la d i s c o r d i a d e C a p u l e t o s
hombres que cuando entran en t e n g o q u e decirles d o s palabras. espadachín, ¿quieres venir conmi-
u n a t a b e r n a , p o n e n la e s p a d a so- go? y Montescos! (Vanse.)
B u e n a s t a r d e s , hidalgos. Quisiera
b r e la mesa, c o m o d i c i e n d o : o j a - TEOBALDO.—¿Qué m e q u i e r e s ? ROMEO.—Por c u l p a m í a s u c u m b e
hablar con u n o de vosotros.
lá q u e n o t e necesite", y luego, MERCUTIO.—Rey d e los gatos, s ó l o este n o b l e c a b a l l e r o , t a n c e r c a n o
MERCUTIO.—¿Hablar solo? m a s va-
a los d o s t r a g o s , la s a c a n , sin q u e q u i e r o u n a d e tus siete vidas, y d e u d o del P r í n c i p e . E s t o y a f r e n -
liera q u e la p a l a b r a viniese acom-
n a d i e les p r o v o q u e . p a ñ a d a d e algo, v. g., d e u n golpe. l u e g o a p o r r e a r t e a p a l o s las o t r a stado por Teobaldo, por Teobaldo
BENVOLIO.—¿Dices q u e y o soy d e TEOBALDO.—Hidalgo, n o d e j a r e de seis. ¿ Q u i e r e s tirar d e las o r e j a s a q u e h a d e ser m i p a r i e n t e d e n t r o
t u e s p a d a , y s a c a r l a d e la v a i n a ? de poco. T u s amores, Julieta, m e
d a r l e si h a y m o t i v o . A n d a p r e s t o , p o r q u e si no, la m í a h a n q u i t a d o el b r í o y a b l a n d a d o el
MERCUTIO.—Y d e los m á s temibles MERCUTIO.—¿Y n o p o d é i s encontrar
e s p a d a c h i n e s d e Italia, t a n f á c i l te c a l e n t a r á tus o r e j a s a n t e s q u e l a
temple de m i acero.
m o t i v o sin q u e os l o den.' saques.
de entrar en cólera c o m o de pro- B E N V O L I O (que vuelve).—¡Ay, Ro-
TEOBALDO.—Mercutio, t u e s t a s de TEOBALDO.—Soy contigo.
v o c a r a los d e m á s . meo! Mercutio h a muerto. Aque-
acuerdo con Romeo. , ROMEO.—Detente, a m i g o ty^rcutio.
BENVOLIO.—¿Por q u é dices eso.' lla a l m a a u d a z , q u e h a c e p o c o des-
MERCUTIO.—¡De a c u e r d o ! ¿ H a s creí- MERCUTIO.—Adelante, h i d a l g o . E n -
MERCUTIO.—Si h u b i e r a o t r o c o m o d o q u e s o m o s m ú s i c o s ? P u e s aun- p r e c i a b a la t i e r r a , se h a l a n z a d o y a
t ú , p r o n t o os m a t a r í a i s . C a p a z s e ñ a d m e ese quite. (Se baten.) a las n u b e s .
q u e lo s e a m o s , n o d u d e s q u e en
eres d e reñir p o r u n solo p e l o d e ROMEO.—Saca la e s p a d a , B e n v o l i o . ROMEO.—Y d e este día s a n g r i e n t o
e s t a o c a s i ó n v a m o s a d e s a f i n a r . *o
la b a r b a . D o n d e n a d i e v e n a o c a - S e p a r é m o s l o s . ¡ Q u é a f r e n t a , hidal-
te h a r é bailar c o n m i a r c o de yio- n a c e r á n o t r o s q u e e x t r e m a r á n la
sión d e c a m o r r a , l a ves t u . L l e n a gos! ¡Oíd, T e o b a l d o ! ¡Oye, M e r c u -
lín ¡ D e a c u e r d o ! ¡ V á l g a m e Dios. copia de mis males.
está de riña tu cabeza, c o m o de tio! ¿ N o sabéis q u e el P r í n c i p e h a
B E N V O L I O . — E s t a m o s e n t r e gentes. BENVOLIO.—Por allí vuelve T e o b a l -
yema un huevo, y eso q u e a po- p r o h i b i d o s a c a r la e s p a d a en las
B u s c a d p r o n t o a l g ú n sitio retiraoo, do.
r r a z o s te h a n p u e s t o t a n b l a n d a calles d e V e r o n a ? D e t e n e o s , T e o -
d o n d e satisfaceros, o d e s o c u p a d la ROMEO.—Vuelve vivo y triunfante.
c o m o u n a yema, la cabeza. Re- b a l d o y M e r c u t i o . (Se van Teobal-
calle, p o r q u e t o d o s n o s están mi- ¡Y M e r c u t i o m u e r t o ! H u y e d e mí,
ñiste c o n u n o p o r q u e te v i o e n la do y sus amigos.)
rando. . d u l c e t e m p l a n z a . S ó l o l a ira guíe
calle y d e s p e r t ó a t u p e r r o q u e MERCUTIO.—Mal m e h a n h e r i d o .
MERCUTIO.—Para e s o tienen oos. mi brazo. Teobaldo, ese mote de
e s t a b a d u r m i e n d o al sol. Y c o n ¡ M a l a peste a C a p u l e t o s y M ó n t e s -
N o m e voy d e a q u í por d a r gusto infame q u e t ú m e diste, y o te lo
u n sastre p o r q u e e s t r e n ó su r o p a e o s ! M e h i r i e r o n y n o los h e r í .
a nadie. _ , ti ROMEO.—¿Te h a n h e r i d o ? d e v u e l v o a h o r a , p o r q u e el a l m a
n u e v a antes d e P a s c u a , y c o n o t r o
TEOBALDO. A d i ó s , s e ñ o r . A q u í EJ* d e M e r c u t i o e s t á d e s d e las n u b e s
p o r q u e a t a b a sus z a p a t o s c o n cin- el d o n c e l q u e b u s c á b a m o s . (Entra MERCUTIO.—Un a r a ñ a z o , n a d a m á s ,
t a s viejas. ¿Si v e n d r á s t u a ense- u n a r a ñ a z o , p e r o necesita c u r a . l l a m a n d o a la t u y a , y t ú o y o o los
ñarme m o d e r a c i ó n y p r u d e n c i a ?
Romeo.) . .. .. ... ¿ D ó n d e e s t á mi p a j e , p a r a q u e m e d o s h e m o s d e seguirle f o r z o s a m e n -
MERCUTIO.—Mátemae si él LTEV» » te.
Si yo fuera tan camo- b u s q u e u n c i r u j a n o ? (Se va el paje.)
BENVOLIO. colores da n w t r o «ecudo. Aunque
rrista como tú, ¿quién me asegu
K PRIMERA
ROMEO y JULIETA.—ACTO 15L—ESCEN/

TEOBALDO.—Pues v e t e a a c o m p a ñ a r - a c e r o d e s n u d o c o n t r a el infeliz
le t ú , necio, q u e c o n él ibas siem- M e r c u t i o . M e r c u t i o le resiste pri-
pre. " " m e r o a hierro» y a p a r t a n d o d e sí E S C E N A II
ROMEO.—Ya l o d e c i d i r á l a e s p a d a . l a s u e r t e , q u i e r e a r r o j a r l a del l a d o
d e T e o b a l d o . E s t e le e s q u i v a c o n Jardín en casa de Capuleto
(Se baten, y cae herido Teobaldo.)
BENVOLIO.—Huye, R o m e o . L a gente, l i g e r e z a . R o m e o se i n t e r p o n e , cla-
a c u d e y T e o b a l d o está m u e r t o . Si m a n d o : "Paz, paz, amigos." E n ( J U L I E T A y el AMA)
te a l c a n z a n , vas a ser c o n d e n a d o p o s d e su l e n g u a v a su b r a z o a
4 muerte. N o t e detengas c o m o interponerse entre las a r m a s ma- Jvubta.—Corred, c o r r e d a l a c a s a AMA.—¡Ay, señora! murió, murió.
pasmado. Huye, huye. tadoras, pero d e súbito, por d e b a j o de F e b o , a l a d o s c o r c e l e s d e l Sol. Perdidas somos. N o hay reme-
ROMEO.—Soy triste j u g u e t e d e l a d e ese b r a z o , asesta T e o b a l d o u n a El l á t i g o d e F a e t ó n o s l a n c e al dio... Murió. Le mataron...
e s t o c a d a q u e a r r e b a t a l a v i d a al ocaso. V e n g a l a d u l c e n o c h e a Está muerto.
suerte. ,
BENVOLIO.—Huye, R o m e o . (Acude pobre Mercutio; Teobaldo huye a tender sus e s p e s a s c o r t i n a s . Cie- JULIETA.—¿Pero c a b e e n el m u n d o
t o d a p r i s a , p e r o a p o c o r a t o vuel- rra ¡ o h Sol! tus p e n e t r a n t e s ojos, tal m a l d a d ?
OUDADANO 1 9 — ¿ P o r d ó n d e h a b r á ve y halla a R o m e o , c u y a cólera y d e j a q u e e n el silencio v e n g a AMA.—En R o m e o cabe. ¿Quién pu-
h u i d o T e o b a l d o , el asesino d e M e r - estalla. A r r ó j a n s e c o m o r a y o s al a mí m i R o m e o , e invisible s e d i e r a p e n s a r tal c o s a d e R o m e o ?
c o m b a t e , y a n t e s d e p o d e r atra- lance e n m i s b r a z o s . El a m o r JULIETA.—¿Y q u i é n e r e s tú, d e m o -
cutio? _
v e s a r m e yo, c a e T e o b a l d o y h u y e es ciego y a m a la n o c h e , y a su nio, q u e así v i e n e s a a t o r m e n t a r -
BENVOLIO.—Ahí y a c e m u e r t o T e o -
R p m e o . E s t a e s l a v e r d a d lisa y luz m i s t e r i o s a c u m p l e n sus citas m e ? S u p l i c i o igual s ó l o d e b e d e
baldo. .. , „
l l a n a , p o r v i d a d e Benvolio. los a m a n t e s . V e n , m a j e s t u o s a n o - h a b e r l e e n el i n f i e r n o . D i m e , ¿ q u é
CIUDADANO 1 9 — S e g u i d m e todos, fin
LA SEÑORA DE CAPULETO.—NO ha che, m a t r o n a d e h u m i l d e y n e g r a p a s a ? ¿Se h a m a t a d o R o m e o ?
n o m b r e del P r í n c i p e l o m a n d o .
(Entran el Príncipe con sus guar- d i c h o v e r d a d . E s p a r i e n t e d e los túnica, y e n s é ñ a m e a p e r d e r e n D i m e q u e d , y esta p a l a b r a basta
dias, Montescos, Capuletos, etc.) M o n t e s c o s , y l a a f i c i ó n q u e »es el b l a n d o juego, d o n d e las vírge- Será m á s homicida que mirada de
EL PRÍNCIPE.—¿Dónde e s t á n los p r o - t i e n s le h a o b l i g a d o a m e n t i r . M á s nes e m p e ñ a n su c a s t i d a d . C u b r e basilisco. D i q u e sí o q u e n o , q u e
movedores d e esta reyerta? d e v e i n t e e s p a d a s se d e s e n v a i n a - con t u m a n t o l a p u r a s a n g r e q u e vive o q u e m u e r e . C o n u n a p a l a -
BENVOLIO.—Ilustre P r í n c i p e , y o p u e - r o n c o n t r a m i p o b r e s o b r i n o . Jus- arde e n m i s mejillas. V e n , n o c h e ; bra puedes calmar o serenar mi
d o r e f e r i r o s t o d o lo q u e a c o n t e c i ó . ticia, P r í n c i p e . Si R o m e o m a t ó a ven, R o m e o , t ú q u e e r e s m i d í a pena.
T e ó b a l d o m a t ó al f u e r t e M e r c u t i o , Teobaldo, que muera Romeo. en m e d i o d e e s t a n o c h e , t ú q u e AMA.—Sí: y o h e visto la herida. L a
vuestro deudo, y R o m e o mató a PRÍNCIPE.—Él m a t ó a M e r c u t i o , se- ante sus tinieblas p a r e c e s u n c o p o h e v i s t o p o r m i s ojos. E s t a b a
Teobaldo. g ú n se i n f i e r e del r e l a t o . ¿ Y q u i é n de nieve s o b r e ¡as n e g r a s alas del m u e r t o : amarillo c o m o la cera,
L A SEÑORA DE C A P U L E T O . — ¡ T e o b a l -
p i d e justicia, p o r u n a s a n g r e t a n cuervo. V e n , t e n e b r o s a noche, cubierto todo d e grumos d e san-
d o ! ¡Mi s o b r i n o , h i j o d e m i h e r - amiga d e los a m a n t e s , y v u é l v e m e g r e c u a j a d a . Y o m e d e s m a y é al
MONTESCO.—No e r a T e o b a l d o el a mi R o m e o . Y c u a n d o m u e r a ,
m a n o ! ¡Oh, P r í n c i p e ! u n M o n t e s c o verle.
deudor, aunque fuese amigo de convierte t ú c a d a t r o z o d e su
h a a s e s i n a d o a m i d e u d o . . Si sois JULIETA.—¡Estalla, c o r a z ó n m í o , e s -
M e r c u t i o , ni d e b í a h a b e r s e t o m a - cuerpo e n u n a estrella r e l u m b r a n -
justo, d a d n o s s a n g r e p o r s a n g r e . talla! ¡ O j o s m í o s , y a c e r é i s d e s d e
d o la justicia p o r s u m a n o , h a s t a te, q u e sirva d e a d o r n o a t u m a n -
¡Oh, s o b r i n o m í o ! a h o r a e n prisión t e n e b r o s a , sin
q u e las leyes decidiesen. to, p a r a q u e t o d o s sé e n a m o r e n
PRÍNCIPE.—Dime c o n v e r d a d , B e n - t o r n a r a v e r l a l u z del d í a ! {Tie-
PRINCIPE.—En castigo, y o te destie- de la n o c h e , d e s e n a m o r á n d o s e del
volio. ¿ Q u i é n c o m e n z ó l a p e l e a ? r r a , v u e l v e a l a t i e r r a ! SÓk> r e s t a
r r o V u e s t r a s a l m a s están cegadas Sol. Y a h e a d q u i r i d o el castillo
BENVOLIO.—Teobaldo, q u e l u e g o m u - morir, y que un mismo túmulo
p o r el e n c o n o , y a p e s a r v u e s t r o de m i a m o r , p e r o a ú n n o le p o -
rió a manos de R o m e o . E n v a n o c u b r a m i s restos y los d e R o m e o .
h e d e h a c e r o s llorar la m u e r t e d e seo. Y a e s t o y v e n d i d a , p e r o n o
R o m e o c o n d u l c e s p a l a b r a s le ex- AMA.—¡Oh, T e ó b a l d o amigo mío,
m i d e u d o . Seré inaccesible a lagri- entregada a m i s e ñ o r . ¡ Q u é d í a
h o r t a b a a la c o n c o r d i a , y le t r a í a c a b a l l e r o sin igual, T e o b a l d o ! ¿ P o r
m a s y a r u e g o s . N o m e digáis tan l a r g o ! t a n l a r g o c o m o v í s p e r a
al r e c u e r d o v u e s t r a s o r d e n a n z a s : qué h e vivido y o p a r a verte muer-
p a l a b r a . H u y a ROMEO: p o r q u e si de d o m i n g o p a r a el n i ñ o q u e
t o d o e s t o c o n m u c h a cortesía y to?
n o h u y e , le a l c a n z a r á l a m u e r t e . ha d e e s t r e n a r e n él u n t r a j e n u e -
apacible ademán. N a d a bastó a TULIETA.—Pero ¡ q u é c o n f u s i ó n e s
L e v a n t a d el c a d á v e r . N o s e n a cle- vo. P e r o a q u í v i e n e mi a m a , y m e
c a l m a r los f u r o r e s d e T e o b a l d o , ésta e n q u e m e pones! ¿Dices q u e
m e n c i a p e r d o n a r al h o m i c i d a . t r a t r á noticias d e él. (Llega el
q u e c i e g o d e ira, a r r e m e t i ó c o n el Romeo ha muerto, y que ha
urna con una escala de cuerdas.)
m u e r t o Teobaldo, m i dulce pri-
Ama, ¿ q u é n o t i c i a s t r a e s ? ¿ E s a es
m o ? T o q u e n , pues, la trompeta
la escala q u e te d i j o R o m e o ?
ésta
del j u i c i o final. Si e s o s d o s h a n
AMA.—Sí, es l a escala. m u e r t o , ¿ q u é i m p o r t a q u e vivan
J U L I E T A . — ¡ A y , Dios! ¿Qué sucede? los d e m á s ?
¿Por q u é tienes las m a n o s c r u z a - AMA.—A Teobaldo mató Roméo, y
das? éste a n d a d e s t e r r a d o .
te d e T e o b a l d o . E n v a n o m e es-
JULIETA.—¡Válgame Dios! ¿Conque f u e r z o p o r o l v i d a r l a . E l l a pesa
R o m e o d e r r a m ó la sangre de Teo- s o b r e m i c o n c i e n c i a , c o m o puede
b a l d o ? ¡ A l m a d e sierpe, o c u l t a pesar e n el a l m a d e u n culpable ESCENA III
b a j o c a p a d e flores! ¿ Q u é d r a g ó n el r e m o r d i m i e n t o . T ú dijiste que
tuvo jamás tan esplendida gruta? T e o b a l d o había sido m u e r t o y Celda de Fray Lorenzo
H e r m o s o t i r a n o , d e m o n i o angeli- R o m e o d e s t e r r a d o . E s t a palabra
cal, c u e r v o c o n plumas de palo- desterrado m e p e s a m a s q u e la (FRAY LORENZO y ROMEO)
m a , c o r d e r o r a p a z c o m o lobo, m u e r t e d e d i e z mil T e o b a l d w .
m a t e r i a vil d e f o r m a celeste, s a n - ¡ N o b a s t a b a c o n l a m u e r t e de FRAY LORENZO.—Ven, pobre Ro- tocar aquella blanca y maravillosa
t o m a l d i t o , h o n r a d o c r i m i n a l , ¿en T e o b a l d o , o es q u e las p e n a s se meo. La desgracia se ha enamo- m a n o d e Julieta, o p o s a r s e e n sus
q u é pensabas, naturaleza d e los d e l e i t a n c o n la c o m p a ñ í a y nunca r a d o d e ti, y el d o l o r se h a des- benditos labios, e n esos labios t a n
i n f i e r n o s , c u a n d o e n c e r r a s t e e n el v i e n e n solas! ¿ P o r q u é c u a n d o di- posado contigo. llenos d e virginal m o d e s t i a q u e
p a r a í s o d e e s e c u e r p o el a l m a d e jiste: " h a m u e r t o T e o b a l d o no R O M E O . — D e c i d m e , p a d r e . ¿ Q u é es j u z g a n p e c a d o el t o c a r s e . N o lo
u n condenado? ¿Por qué encua- a ñ a d i s t e : " t u p a d r e o t u madre, lo q u e m a n d a el P r í n c i p e ? ¿ H a y hará Romeo. Le m a n d a n volar y
dernaste tan bellamente u n libro o los d o s " ? A u n e n t o n c e s n o hu- a l g u n a f>ena n u e v a q u e y o n o tiene envidia a las m o s c a s q u e
d e tan perversa lectura? ¿ C o m o b i e r a sido m a y o r m i pena^ ¡Pero haya sentido? v u e l a n . ¿ P o r q u é decís q u e el des-
en tan magnífico palacio p u d ó ha- decir Romeo desterrado! E s t a pa- FRAY LORENZO.—Te traigo la sen- t i e r r o n o es l a m u e r t e ? ¿ N o te-
b i t a r l a t r a i c i ó n y el d o l o ? l a b r a ' b a s t a a c a u s a r la m u e r t e a t e n c i a del P r í n c i p e . níais a l g ú n v e n e n o sutil, a l g ú n
A M A . — L o s h o m b r e s son t o d o s u n o s . m i p a d r e y a m i m a d r e , y a Ro- ROMEO.—¿Y c ó m o h a d e ser si n o h i e r r o a g u z a d o q u e m e diese la
N o h a y e n ellos v e r d a d , ni f e , m e o y a Julieta. "¡Desterrado es d e m u e r t e ? m u e r t e m á s p r o n t o q u e e s a vil
ni c o n s t a n c i a . M a l v a d o s , p é r f i d o s , R o m e o ! " D i m e , ¿ p o d r á encontrar- FRAY LORENZO.—No. Es algo me- p a l a b r a " d e s t e r r a d o ? " E s o e s lo
t r a p a c e r o s . . . ¿ D ó n d e e s t á m i es- se t é r m i n o o límite a la profun- nos d u r a . N o es d e m u e r t e s i n o q u e e n el i n f i e r n o se d i c e n u n o s
c u d e r o ? D a m e u n a s g o t a s d e li- d i d a d d e este a b i s m o ? ¿ D o n d e es- de destierro. a o t r o s los c o n d e n a d o s . ¿ Y tú,
cor. C o n tantas penas voy a en- t á n m i p a d r e y mi m a d r e ? Di- ROMEO.—¡De'destierro! Clemencia, sacerdote, confesor m í o y mi ami-
vejecer a n t e s d e t i e m p o . ¡Qué p a d r e . D e c i d . d e m u e r t e . E! des- go m e j o r , eres el q u e vienes a
afrenta para Romeo! A M A Í L l o r a n d o s o b r e el c a d á v e r de tierro me infunde más temor que m a t a r m e c o n esa p a l a b r a ?
JULIETA.—¡Maldita l a l e n g u a q u e T e o b a l d o . ¿Quieres q u e te acom- la m u e r t e . N o m e habléis d e des- FRAY LORENZO.—Oye, joven l o c o y
tal p a l a b r a o s ó d e c i r ! E n l a n o b l e p a ñ e allá? . tierro. apasionado.
c a b e z a d e R o m e o n o es posible JULIETA.—Ellos c o n su l l a n t o enju- FRAY LORENZO.—Te m a n d a salir d e ROMEO.—¿Vais a h a b l a r m e o t r a v e z
d e s h o n r a . E n s u f r e n t e r e i n a el g a r á n las h e r i d a s . Y o e n t r e tanto V e r o n a , p e r o n o t e m a s : a n c h o es del d e s t i e r r o ?
honor como soberano monarca. l l o r a r é p o r el d e s t i e r r o d e Romeo. el m u n d o . FRAY L O R E N Z O . — Y o t e d a r é tal f i -
¡Qué necia y o que antes decía T o m a t ú e s a escalera, a quien su ROMEO.—Fuera de Verona no hay losofía q u e te sirva d e e s c u d o y
m a l d e él! a u s e n c i a p r i v a d e s u d u l c e objeto. i n u n d o , sino p u r g a t o r i o , i n f i e r n o vaya aliviándote.
A M A . — ¿ C ó m o p u e d e s d i s c u l p a r al Ella d e b í a h a b e r s i d o c a m i n o para y desesperación. E n t e r r a r m e de R O M E O . — ¡ D e s t i e r r o ! ¡ F i l o s o f í a ! Si
q u e m a t ó a tu p r i m o ? m i l e c h o nupcial. P e r o y o moriré V e r o n a e s c o m o d e s t e r r a r m e d e la no b a s t a p a r a c r e a r o t r a Julieta,
JULIETA—¿Y c ó m o h e d e decir mal virgen y c a s a d a ¡Adiós, escaU T i e r r a . L o m i s m o d a q u e digáis p a r a a r r a n c a r u n p u e b l o d e su
de quien es mi esposo? M a t ó a d e c u e r d a ! ¡Adiós, n o d r i z a ! Me muerte que destierro. Con una lugar, o p a r a h a c e r v a r i a r d e vo-
m i p r i m o , p o r q u e si n o m i p r i m o e s p e r a el t á l a m o d e l a m u e r t e h a c h a d e o r o c o r t á i s mi c a b e z a , l u n t a d a u n p r í n c i p e , n o m e sirve
le h u b i e r a m a t a d o a él. ¡ A t r á s , A M A . — R e t í r a t e a t u a p o s e n t o Voy y l u e g o os reís del g o l p e m o r t a l . de? n a d a , ni l a q u i e r o , ni os h e d e
lágrimas mías, tributo que erra- a b u s c a r a R o m e o sin p é r d i d a de FRAY L O R E N Z O . — ¡ O h , q u é n e g r o p e - oír.
d a m e n t e o f r e c í al d o l o r , e n v e z t i e m p o . E s t á e s c o n d i d o e n la cel- c a d o es la i n g r a t i t u d ! T u c r i m e n FRAY L O R E N Z O . — ¡ A h , h i j o m í o ! L o s
d e o f r e c e r l e al g o z o ! V i v e m i es- d a d e f r a y L o r e n z o . E s t a noche m e r e c í a m u e r t e , p e r o la i n d u l g e n - locos n o o y e n .
poso, a quien querían dar muer- cia del P r í n c i p e t r u e c a la m u e r t e
vendrá a verte. ROMEO.—¿Y c ó m o h a n d e oír, si
te, y su m a t a d o r y a c e p o r t i e r r a . JULIETA.—Dale e n n o m b r e MIO esta en d e s t i e r r o , y a ú n n o se lo a g r a - los q u e e s t á n e n su seso n o tienen
; A q u é es el l l a n t o ? P e r o c r e o sortija, y dile q u e q u i e r o oír su deces. ojos?
haberte oído otra palabra que m e postrera despedida. ROM NO.—Tal c l e m e n c i a es c r u e l d a d . FRAY LORENZO.—Te d a r é u n b u e n
a n g u s t i a m u c h o m á s q u e la m u e r -
El cielo está a q u í dondfe vive J u - consejo.
lieta. U n p e r r o , u n r a t ó n , u n g a t o ROMEO.—No podéis hablar de lo
p u e d e n vivir en este cielo y ver- q u e n o sentís. Si f u e r a i s j o v e n , y
la. Sólo R o m e o n o p u e d e . M á s recién c a s a d o c o n Julieta, y la
prez, - m á s gloria, m á s f e l i c i d a d adoraseis c i e g a m e n t e c o m o yo, y
tiene u n a m o s c a .o u n t á b a n o in- hubierais d a d o m u e r t e a T e o b a l -
m u n d o q u e R o m e o . Ellos p u e d e n do., y os d e s t e r r a s e n , o s a r r a n c a -
manecerás, hasta que se pueda ROMEO.—Sí: dile que se prepare a
R o m e o q u e m a t ó a su p a r i e n t e divulgar tu casamiento, hechas las
D e c i d m e ? p a d r e , ¿en q u é p a r t e é ,
reñirme.
riáis los cabellos al hablar, y os paces entre vuestras familias y AMA:—Toma este anillo que ella me
arrastraríais por el suelo como yo, m i c u e r p o está m i n o m b r e / u e - aplacada la indignación del Prín-
cídmelo, porque quierp saquear
dio, y vete, que ya cierra la no-
midiendo vuestra sepultura. (Lla- cipe. Entonces volverás, mil veces che. (Vase.)
man dentro.) , u o d i o s a m o r a d a . (Saca el puñal.) mi* alegre que triste te vas aho- ROMEO.—Ya renacen ntys esperan-
F R A Y LORENZO.—Llaman. Levánta- FRAY L O R E N Z O — D e t e n e s a d i e s t r a ra. Vete, nodriza. Mil recuerdos zas.
te y ocúltate, Romeo. h o m i c i d a . ¿ E r e s h o m b r e ? T u exte- a tu ama. Haz que todos se re-
F R A Y LORENZO.—Adiós. N o olvides
R o m e o — N o m e levantaré. L a nube r i o r d i c e q u e sí, p e r o t u l l a n t o es cojan presto, lo cual será fácil por
el disgusto de hoy. Dile que allá lo que te h e dicho. Sal antes que
de mis suspiros me ocultará de d e m u j e r , y t u s a c c i o n e s d e bes- amanezca, y si sales después, vete
tia S i t a d e l i b r e a l b e d r í o . H o r r o r va Romeo.
disfrazado; y a Mantua. Tendrás
Pjmw LoRENwf—¿No oyes? ¿Quién m e causas. J u r o por mi santo AMA.—Toda la noche m e estaría con frecuencia noticias mías, y
ví*> Levántate, Romeo, que te ' hábito q u e y o te había creído de oyéndoos. ¡Qué gran cosa es el sabrás todo lo que pueda intere-
van a p r e n d e r . . . Ya v o y . . . Le- voluntad más firme. ¡ M a t a r t e d e s saber! Voy a animar a mi ama sarte. Adiós. Dame la mano. Bue-
vántate Pero, Dios mío, ¡qué pués de haber m a t a d o a Teobal- con vuestra venida. nas noches.
terquedad, qué locura! Y a voy. d o ' Y m a t a r además a la d a m a
¿Quién llama? ¿Qué quiere decir q u e s ó l o v i v e p o r ti. D i m e , ¿por
q u é m a l d i c e s d e t u l i n a j e , y del
AM\°}dentro).—De ja dm e entra*. cielo y d e l a tierra? T o d o l o vas
Traigo un recado de mi ama Ju- a perder en u n momento, y a ESCENA IV
deshonrar tu n o m b r e y tu f a m i h a
FRAY T A *L0RENZ0.-Bien venida seas. v t u a m o r y t u juicio T i e n e s u n Sala en casa de Capuleto
(Entra el ama.) gran tesoro! tesoro d e avaro y
A m a —Decidme, santo fraile. ¿Don- n o l o e m p l e a s en r e a l z a r t u per- ( C A P U L E T O , S U M U J E R , el A M A y CRIADOS)
d e está el esposo y señor de mi s o n a t u a m o r y t u ingenio, fcse
K a p e t i t o es f i g u r a d e c e r a ,
CAPULETO.—La reciente desgracia PARÍS.—Lunes.
F R A Y ° L O R E N Z O . - M í r a l e ahí t e n d i d o f a l t a d e a l i e n t o viril. T u a m o r es
me ha impedido hablar con mi CAPULETO.—¡Lunes! Pues no puede
p e r j u r i o y juramento vacio, y
e n el s u e l o y a p a c e n t á n d o s e d e hija. Tanto ella como yo quería- ser el miércoles. Que sea el jue-
p r o f a n a c i ó n d e lo q u e juraste
mos mucho a Teobaldo. Pero la ves. Dile que el jueves se casará
V tu entendimiento, q u e tanto
m muerte es forzosa. Ya es tarde con el conde. ¿Estáis contento?
A r . - S m i s m o está mi señora: r e a l c e d a b a a t u a m o r y a t u for-
para que esta noche nos veamos, N o tendremos fiesta. Sólo convi-
t u n a . es el q u e ciega y d e s c a m i n a
y a fe mía os juro que si n o fue- daré a los amigos íntimos, porque
F r " a ^ F u n e s t o amor! a t u s d e m á s p o t e n c i a s , c o m o sol-
ra por vos, ya hace una hora que estando tan fresca la muerte
A ^ V m t m o q u e él llorar y d a d o q u e se i n f l a m a c o n l a m i s m a
, me habría acostado. d e Teobaldo, el convidar a mu-
gemir. L e v a n t a d , l e v a n t a d d e l sue- p ó l v o r a q u e tiene, y p e r e c e victi-
PARÍS.—Ni es ésta ocasión d e ga- chos parecería indicio d e poco
m a d e su p r o p i a d e f e n s a . ¡Alienta,
lo: tened firmeza varonil. P o r lanterías sino de duelo. Dad mis sentimiento. ¿Os parece bien d
S o m e o ! A c u é r d a t e q u e vive Ju-
a m o r d e ella, p o r a m o r d e Julie- recuerdos a vuestra hija. jueves?
lieta p o r q u i e n h a c e u n m o m e n t o
ta. L e v a n t a o s , y n o l a n c é i s t a n CAPULETO.—Paris, os p r o m e t o so-
h u b i e r a s d a d o la v i d a . E s t e es un
lemnemente la mano de mi hija. PARÍS.—¡Ojalá fuese mañana!
d e s e s p e r a d o s ayes. c o n s u e l o . T e o b a l d o te b u s c a b a CAPULETO.—Adelante, pues: que sea
Creo que ella me obedecerá. Pue-
muerte
'o n „ , m a t a r t e V le m a t a s t e t u . H e
do asegurároslo. Esposa mía, antes el jueves. Avisa a Julieta, antes de
a q u í - o t r o w ñ s u e l o . L a .ey té c o -
de acostarte, ve a contarle d amor acostarte. Adiós, amigo. Alum-
denaba a muer«,
de Paris, y dile que el miércoles bradme. Voy a mi alcoba. Es tan
s e c o n m u t ó e n destierro.
p r ó x i m o . . . Pero, ¿qué día es hoy? tarde, que pronto amanecerá. Bue-
H s h « i T A f - n i nas noches.

5 ? ¿ D ó n d e e s t á ? ¿ Q u é dice?
A M A - N a d a , señor. Llorar y m á s
l l o r a r U n a s veces se r e c u e s t a e n
el l e c h o , o t r a s se l e v a n t a , g r i t a
"Teobaldo, R o m e o " , y vuelve a posa: sube por la escala ^omo

R o M ^ o m o si ese nombre fuera


b i t a de arcabuz que la matase n e z c a . I r á s a M a n t u a , y allí per
como lo fue la inlame mano de
manecerás, hasta que se pueda ROMEO.—Sí: dile q u e se prepare a
ESCENA v
divulgar tu casamiento, hechas las reñirme.
paces entre vuestras familias y AMA.—Toma este anillo que ella me
aplacada la indignación del Prín- dio, y vete, que ya ciefra la no-
G a l e r í a c e r c a del c u a r t o d e Julieta, c o n u n a v e n t a n a q u e da a. jardín cipe. Entonces volverás, mil veces che. (Vase.)
más alegre que triste te vas aho- ROMEO.—Ya renacen n\j& esperan-
(ROMEO y JULIETA)
ra. Vete, nodriza. Mil recuerdos zas.
a tu ama. Haz que todos se re-
AMA.—¡Julieta! FRAY LORENZO.—Adiós. No olvides
cojan presto, lo cual será fácil por
JULIETA.—¿Tan p r o n t o te vas? A u n JULIETA.—¡Ama' el disgusto de hoy. Dile que allá lo que te h e dicho. Sal antes que
t a r d a el día. E s el c a n t o del rui- AMA — T u m a d r e viene, ^ a amane- va Romeo. amanezca, y si sales después, vete
s e ñ o r , n o el d e la a l o n d r a el q u e ce P r e p á r a t e v no te descuides. disfrazado; y a Mantua. Tendrás
Ama.—Toda la noche m e estaría con frecuencia noticias mías, y
r e s u e n a . T o d a s las n o c h e s se posa R O M E O . — ¡ U n beso! ¡Adiós y me oyéndoos. ¡Qué gran cosa es el sabrás todo lo que pueda intere-
a c a n t a r en a q u e l g r a n a d o . E s el voy! (Vate por la escala.) saber! Voy a animar a mi ama sarte. Adiós. Dame la mano. Bue-
ruiseñor, a m a d o mío. JULIETA — ¿ T e vas? M i s e ñ o r mi con vuestra venida.
R O M E O — E s la a l o n d r a q u e a n u n c i a d u l c e d u e ñ o , d a m e n u e v a s d e ti
nas noches.
el a l b a : n o es el ruiseñor. M i r a , t o d o s los días, a c a d a instante.
a m a d a m í a , c ó m o se v a n u n e n d o T a n pesados c o r r e n los días ínte-
las n u b e s del o r i e n t e con los co- lices. q u e t e m o e n v e j e c e r antes de
lores d e la a u r o r a . Y a se a p a g a n t o r n a r a ver a mi R o m e o . E S C E N A IV
las a n t o r c h a s de la n o c h e . Y a se ROMEO.—Adiós. T e m a n d a r e noti-
a d e l a n t a el d í a con r á p i d o p a s o cias m í a s v mi b e n d i c i ó n por to-
s o b r e las h ú m e d a s c i m a s d e los Sala en casa de Capuleto
d o s los m e d i o s q u e y o alcance.
m o n t e s . T e n g o q u e p a r t i r , o si no,
J u i ICTA.—¿Crees q u e v o l v e r e m o s a ( C A P U L É T O , SU M U J E R , el A M A y CRIADOS)
a q u í m e e s p e r a la m u e r t e .
JULIETA.—No es ésa luz d e la a u - vernos?
r o i a . T e lo aseguro. E s un m e t e o - ROMEO - S i , y q u e en dulces colo- CAPULETO.—La reciente desgracia PARÍS.—Lunes.
r o q u e d e s p r e n d e de su l u m b r e el q u i o s d e a m o r r e c o r d a r e m o s nues- me ha impedido hablar con mi
t r a s angustias d e a h o r a . CAPULETO.—¡Lunes! Pues n o puede
Sol p a r a guiarte en el c a m i n o de / hija. Tanto ella como yo quería- ser el miércoles. Que sea el jue-
M a n t u a . Q u é d a t e . ¿ P o r q u é te vas JULIETA.—¡Válgame Dios! ¡Que pre- mos mucho a Teobaldo. Pero la
s a g a tristeza la m í a ! P a r e c e q u e te
ves. Dile que el jueves se casará
t a n luego? muerte es forzosa. Ya es tarde con el conde. ¿Estáis contento?
ROMEO.—¡Que me prendan, que me veo d i f u n t o v s o b r e un catafalco. para que esta noche nos veamos, N o tendremos fiesta. Sólo convi-
m a t e n ! M a n d á n d o l o t ú . p o c o im- Aquél es tu c u e r p o , o m e enga- y a fe mía os juro que si no fue- daré a los amigos íntimos, porque
p o r t a . D i r é q u e a q u e l l a luz gris ñ a n los ojos. . ra por vos, ya hace una hora que estando tan fresca la muerte
q u e allí v e o n o es la d e la m a ñ a - ROMEO,—Pues t a m b i é n a ti te ven . me habría acostado. de Teobaldo, el convidar a mu-
n a . s i n o el p á l i d o r e f l e j o d e la l o s m í o s pálida y c n s a n g i e n t a d a . PARÍS.—Ni es ésta ocasión d e ga- chos parecería indicio de poco
l u n a . D i r é q u e n o es el c a n t o de ¡Adiós, adiós! (Vase.) lanterías sino de duelo. Dad mis sentimiento. ¿Os parece bien el
la a l o n d r a el q u e r e s u e n a . M a s JULIETA.--¡Oh, f o r t u n a ! le laman recuerdos a vuestra hija. jueves?
q u i e r o q u e d a r m e q u e partir. V e n . m u d a b l e : a mi a m a n t e fiel poco CAPULETO.—París, os prometo so-
m u e r t e , p u e s J u l i e t a lo quiere. le i m p o r t a n tus m u d a n z a s . Se mu- lemnemente la mano de mi hija. PARÍS.—¡Ojalá fuese m a ñ a n a !
A m o r mío, h a b l e m o s , q u e aun no d a b l e en b u e n a h o r a , y asi n o ic Creo que ella me obedecerá. Pue- CAPULETO.—Adelante, pues: que sea
amanece. d e t e n d r á s y m e le restituirás luego. do asegurároslo. Esposa mía, antes el jueves. Avisa a Julieta, antes de
SEÑORA DF. C A P U L F T O (dentro).- - de acostarte, ve a contarle el amor acostarte.* Adiós, amigo. Alum-
JULIETA.—Sí, vete, q u e es la alon- bradme. Voy a mi alcoba. Es tan
Hiia ;estás despierta? de París, y dile que el miércoles
d r a l a q u e c a n t a con voz á s p e r a y tarde, que pronto amanecerá. Bue-
JULIETA.—¿Quién m e » a n i a ? Ma|lrc p r ó x i m o . . . Pero, ¿qué día es hoy?
d e s t e m p l a d a . ¡Y dicen q u e son ar- nas noches.
¿estás despierta t o d a v í a o te levan
m o n i o s o s sus sones, c u a n d o a nos- t a s a h o r a ? ¿Qué n o v e d a d te trae
o t r o s viene a s e p a r a r n o s ! D i c e n a mí? (Entra la señora de < apu
q u e c a m b i a d e ojos c o m o el s a p o
¡ O j a l á c a m b i a r a de voz! Maldita
leto.) tn
SEÑORA I>E C A P U I . t r o . - ¿ Q u e es esto,
e l l a q u e m e a p a r t a d e t u s atracti-
vos. V e t e , qVie c a d a v e z se c l a r e a Julieta?
JULIETA,--Estoy m a l a .
m á s la luz.
SEÑORA I.I. C A P U I K T O . — ¿ 1 ODA
R O M E O . — ¿ H a s d i c h o la lu/.' N o lloras la m u e r t e d e tu prinKV
s i n o las tinieblas d e n u e s t r o des C r e e s q u e tus lágrimas pueden
tino. [Entra el ama.)
devolverle la vida? V a n a e s p e r a n - JULIETA.—¿Y q u é d í a es ése?
ESCENA v za. C e s a e n t u llanto, q u e a u n q u e SEÑORA DE CAPULETO.—Pues es q u e
es signo de amor, parece locura. el jueves, p o r l a m a ñ a n a t e m p r a -
JULIETA.—Dejadme l l o r a r t a n d u r a n o , el c o n d e P a r í s , e s e g a l l a r d o y
G a l e r í a c e r c a del c u a r t o de Julieta, c o n u n a v e n t a n a q u e d a al jardín suerte. discreto caballero, se .desposará
(ROMEO y JULIETA)
SEÑORA DE CAPULETO.—Eso es llo- c o n t i g o e n l a iglesia d e S a n r e d r o .
rar la p é r d i d a y n o al a m i g o . JULIETA.—Pues t e j u r o , p o r l a igle-
JULIETA.—Llorando l a p é r d i d a , lloro sia d e San P e d r o , y p o r s a n P e d r o
AMA.—¡Julieta!
JULIETA.—¿Tan p r o n t o te vas? A u n t a m b i é n al a m i g o . p u r í s i m o , q u e n o se d e s p o s a r á .
JULIETA.-—¡Ama!
t a r d a el día. E s el c a n t o del rui- SEÑORA DE CAPULETÓ.-Más q u e p o r ¿ A q u é es t a n t a p r i s a ? ¿ C a s a r m e
A M A — T u m a d r e viene. Ya amane-
s e ñ o r , n o el d e la a l o n d r a el q u e el m u e r t o ¿lloras p o r ese i n f a m e c o n él c u a n d o t o d a v í a n o m e h a
ce P r e p á r a t e v no te descuides.
r e s u e n a . T o d a s las n o c h e s se p o s a q u e le h a m a t a d o ? hablado de a m o r ? Decid a mi pa-
R O M E O . — ¡ U n beso! ¡Adiós, y me
a c a n t a r e n a q u e l g r a n a d o . E s el JULIETA.—¿Qué i n f a m e , m a d r e ? d r e , s e ñ o r a , q u e t o d a v í a n o quie-
ruiseñor, a m a d o mío.
voy' (Vas-e por la escala.) SEÑORA DE CAPULETO.—Romeo. r o casarme. C u a n d o lo haga, con
JULIETA.— ¿ T e vas? M i s e ñ o * mi J U L I E T A (aparte).—¡Cuánta distancia j u r a m e n t o o s d i g o q u e a n t e s será'
ROMEO.—Es la a l o n d r a q u e a n u n c i a
d u l c e d u e ñ o , d a m e n u e v a s d e ti hay e n t r e él y u n i n f a m e ! (Alto.) mi esposo R o m e o , a quien abo-
et a l b a ; n o es el ruiseñor. M i r a ,
t o d o s los días, a c a d a instante. Dios le p e r d o n e c o m o le j>erdono r r e z c o , q u e P a r í s . ¡ V a y a u n a no-
a m a d a m í a . c ó m o se van i i n e n d o
T a n p e s a d o s c o r r e n los días ínie- yo, a u n q u e n a d i e m e h a angustia- ticia q u e m e traéis!
las n u b e s del oriente c o n los co-
lices. q u e t e m o envejecer antes de d o t a n t o c o m o él. SEÑORA DE CAPULETO.—Aquí viene
lores d e la a u r o r a . Y a se a p a g a n
t o r n a r a ver a mi R o m e o . SEÑORA DE CAPULETO.—Eso será t u p a d r e . D í s e l o tú, y verás c ó m o
las a n t o r c h a s de la n o c h e . Y a se
ROMEO.—Adiós. T e m a n d a r e noti- p o r q u e todavía vive el asesino. n o le a g r a d a . (Entran Capuleto y
a d e l a n t a el d í a con r á p i d o paso
cias m í a s v mi b e n d i c i ó n por to- JULIETA.—Sí, y d o n d e m i v e n g a n z a el ama.)
s o b r e las h ú m e d a s c i m a s d e los
d o s los m e d i o s q u e yo alcance. n o p u e d e alcanzarle. Y o quisiera
m o n t e s . T e n g o q u e partir, o si no, CAPULETO.—A la p u e s t a del sol c a e
J u i IETA—¿Crees q u e volveremos a vengar a m i p r i m o .
a q u í m e e s p e r a la m u e r t e . el rocío, p e r o c u a n d o m u e r e el
vernos? SEÑORA DE CAPULETO.—Ya nos ven-
JULIETA.—No es ésa luz d e la a u - h i j o d e m i h e r m a n o , c a e la lluvia
ROMEO — SÍ, y que en dulces colo- garemos. N o llortes. Y o e n c a r g u é a torrentes. ¿ A ú n n o h a a c a b a d o
r o r a . T e lo aseguro. Es u n m e t e o -
q u i o s de a m o r r e c o r d a r e m o s nues- a u n o d e M a n t u a , d o n d e ese vil el a g u a c e r o , n i ñ a ? T u débil c u e r p o
r o q u e d e s p r e n d e de su l u m b r e el
t r a s angustias d e a h o r a . h a sido d e s t e r r a d o , q u e le enve- es n a v e y m a r y viento. E n tus
Sol p a r a guiarte en el c a m i n o de-
J ú t I E T A — ¡ V á l g a m e Dios! ¡Que pre nenen con alguna mortífera dro- ojos hay marea de lágrimas, y en
M a n t u a Q u é d a t e . ¿ P o r q u é te vas
s a g a tristeza la m í a ! P a r e c e q u e te ga. E n t o n c e s irá a h a c e r c o m p a - ese m a r n a v e g a l a b a r c a d e tus
t a n luego?
v e o d i f u n t o - s o b r e un catafalco. ñía a T e o b a l d o , y t ú q u e d a r á s ansias, y tus s u s p i r o s son el vien-
ROMEO.—¡Que me prendan, que me A q u é l es til c u e r p o , o m e enga-
m a t e n ! M a n d á n d o l o t ú , p o c o im- contenta y vengada. t o q u e l a impele. D i m e , esposa,
ñ a n los ojos. JULIETA.—Satisfecha n o estaré, m i e n - ¿has c u m p l i d o ya mis órdenes?
p o r t a . D i r é q u e a q u e l l a luz gris ROMEO,—Pues t a m b i é n a ti te ven
q u e allí v e o n o es la d e la m a ñ a - tras n o v e a a " R o m e o . . . m u e r - SEÑORA DE CAPULETO.—Sí, p e r o n o
los m í o s pálida y ensungientada. t o . . . S e ñ o r a , si hallas a l g u n o q u e
n a , s i n o el pálido r e f l e j o d e la l o a g r a d e c e . ¡ I n s e n s a t a ! C o n su
¡Adiós, adiós! (Vase.) se c o m p r o m e t a a d a r l e el tósigo,
l u n a . D i r é q u e n o es el c a n t o d e s e p u l c r o d e b í a casarse.
Ti l IETA — ¡ O h , f o r t u n a ! te laman y o m i s m a le p r e p a r a r é , y así q u e
l a a l o n d r a el q u e resuena. M a s CAPULETO.—¿Eh? ¿ Q u é es eso, es-
m u d a b l e - a mi a m a n t e fiel poco lo r e c i b a R o m e o , p o d r á d o r m i r
q u i e r o q u e d a r m e q u e partir. V e n . p o s a m í a ? ¿ Q u é es e s o d e n o q u e -
lo i m p o r t a n tus m u d a n z a s . .Se mu- tranquilo. H a s t a su n o m b r e m e es
m u e r t e , p u e s Julieta lo q u i e r e . r e r y n o a g r a d e c e r ? ¿ P u e s n o la
d a b l e en b u e n a h o r a , y así n o ic odioso c u a n d o n o le t e n g o c e r c a ,
A m o r mío, h a b l e m o s , q u e aún no e n o r g u l l e c e el q u e la h a y a m o s e n -
d e t e n d r á s y m e le restituirás luego. p a r a v e n g a r en él l a s a n g r e d e m i
amanece. contrado para esposo u n tan noble
SEÑORA DF C A P U L E T O (dentro).- - primo. caballero?
JULIETA—Sí, vete, q u e es la alon-
H i j a , ¿estás despierta? SEÑORA DE CAPULETO.—Busca t ú el JULIETA.-—¿Enorgullecerme? N o . . . ,
d r a l a q u e c a n t a con v o z á s p e r a y
J u i TETA.—¿Quién m e llama?- M a t o . m o d o d e p r e p a r a r el tósigo, m i e n - a g r a d e c e r , sí. ¿ Q u i é n h a d e estar
d e s t e m p l a d a . ¡Y dicen q u e son ar- ¿estás despierta t o d a v í a o te levan
m o n i o s o s sus sones, c u a n d o a nos- tras y o busco a quien h a d e ad- o r g u l l o s a d e lo q u e a b o r r e c e ? P e r o
l a s a h o r a ? ¿Que n o v e d a d te trae ministrárselo. A h o r a o y e t ú u n a
o t r o s viene a s e p a r a r n o s ! D i c e n s i e m p r e se a g r a d e c e l a b u e n a vo-
a mí? (Entra lu señora de < apu noticia agradable. luntad, hasta c u a n d o nos ofrece
q u e c a m b i a de ojos c o m o el sapo.
¡Ojalá c a m b i a r a d e voz! M a l d i t a
Irto.) , JULIETA.—¡Buena o c a s i ó n ' p a r a gra- lo que odiamos.
S E Ñ O R A I>F C A P U I . t r o . - ¿ Q u e es esu». t a s n u e v a s ! ¿ Y c u á l es, s e ñ o r a ?
ella q u e m e a p a r t a d e tus atracti- CAPULETO.—¡Qué retóricas son ésas!
vos. V e t e , qUe c a d a v e z se c l a r e a Julieta? SEÑORA DE CAPULETO.—Hija, t u p a - " ¡ E n o r g u l l e c e r s e ! " . . . "Sí y n o " .
JULIETA.—Estoy m a l a . d r e es t a n b u e n o q u e d e s e a n d o "¡Agradecer y no agrádecer!"...
m á s la luz.
SEÑORA RO. C A I - U I I r o . ~ ¿ 1 o d a v í a c o n s o l a r t e , te - p r e p a r a u n d í a d e
ROMEO.— t ,Has d i c h o la l u / ? N<> N a d a de agradecimientos ni de
lloras la m u e r t e d e tu primo- f e l i c i d a d q u e ni t ú ni y o e s p e r á -
s i n o las tinieblas d e n u e s t r o des orgullo, señorita. Prepárate a ir
. C r e e s q u e tus l á g r i m a s pueden bamos.
t i n o / E n t r a el ania.) por tus pies el jueves próximo a
d r e Dilatad u n mes, u n a semana
l a iglesia d e S a n P e d r o a c a s a r t e el c a s a m i e n t o , o si n o , m i lecho
c o n P a r i s , o si n o , t e llevo a r r a s - n u p c i a l s e r á el s e p u l c r o d e Teo- ESCENA P R I M E R A
t r a n d o e n u n z a r z o , ¡histérica, n e r - baldo. ,
XT
viosa, p á l i d a , n e c i a ! SEÑORA DE C A P U L E T O — N a d a me Celda de fray Lorenzo
SEÑORA DE CAPULETO.—¿Estás e n t i / digas, p o r q u e n o h e d e responder-
Cállate. t e D e c í d e t e c o m o q u i e r a s . (Se va.) (FRAY LORENZO y PARÍS)
JULIETA.—Padre m í o , d e rodillas os JuLiETA.-.Válgame Dios! A m a m í £
p i d o que m e escuchéis u n a pala- / q u é h a r é ? M i e s p o s o e s t a e n la PARÍS.—Y le c o n f e s a r é i s q u e m e te-
FRAY LORENZO.—¿El j u e v e s dices?
tierra, m i f e e n el cielo. ¿ Y c ó m o néis cariño. ^
bra awa. . P r o n t o es.
h a d e v o l v e r a la t i e r r a m i fe, si JULIETA.—Más v a l d r í a tal c o n f e s i ó n
CAPULETO. — ¡ E s c u c h a r t e ! ¡ N e c i a , PARÍS.—Así l o q u i e r e C a p u l e t o , y
m i e s p o s o n o l a e n v í a desde a espaldas vuestras, q u e c a r a a
m a l v a d a ! O y e , el jueves i r a s a y o lo deseo también.
el cielo? A c o n s é j a m e , consuélame. cara.
San Pedro, o n o m e volverás a FRAY LORENZO.—¿Y t o d a v í a n o sa-
¡ I n f e l i z d e m í ! ¿ P o r q u é el cieto PARis.-Las l á g r i m a s m a r c h i t a n vues-
m i r a r la cara. N o m e supliques béis si l a n o v i a o s q u i e r e ? M a l a
h a d e e m p l e a r t o d o s sus recursos tro rostro.
ni m e d i g a s u n a p a l a b r a m á s . t i m a n e n a e s é s a d e h a c e r l a s cosas,
c o n t r a u n ser t a n débil c o m o yo? JULIETA.—Pcfco h a c e n m i s l á g r i m a s :
pulso m e tiembla. Esposa mía, yo a m i juicio.
¿ Q u é m e dices? ¿ N i u n a p a l a b r a n o v a l í a m u c h o m i rostro, antes
s i e m p r e creí q u e e r a p o c a b e n d i - PARÍS.—Ella n o h a c e m á s q u e l l o r a r
q u e m e consuele? q u e ellas le a j a s e n .
c i ó n d e D i o s el t e n e r u n a h i j a por l e o b a l d o y n o tiene t i e m p o
A M A . — S ó l o te d i r é u n a c o s a . Ro-
sola, p e r o a h o r a v e o q u e e s u n a p a r a p e n s a r e n a m o r e s , p o r q u e el PARÍS.—Más l a o f e n d e n esas pala-
m e o está desterrado, y í ^ e d e
m a l d i c i ó n , y q u e a u n ésta s o b r a . a m o r h u y e d e los d u e l o s . A su b r a s q u e v u e s t r o llanto.
a p o s t a r s e d o b l e c o n t r a sencillo a
A M A . — ¡ D i o s s e a c o n ella! N o la p a d r e l e a c o n g o j a el q u e ella se JULIETA.—Señor, e n l a v e r d a d n o
q u e n o v u e l v e a v e r t e o vuelve
m a l t r a t é i s , señor. angustie tanto, y p o r eso quiere h a y i n j u r i a , y m á s si se d i c e f r e n -
o c u l t a m e n t e , en c a s o d e volver.
CAPULETO.—¿Y p o r q u e n o e n t r e - h a c e r l a b o d a c u a n t o antes, p a r a te a f r e n t e .
L o m e j o r sería, p u e s a m i juicio,
m e t i d a v i e j a ? Cállate, y h a b l a c o n atajar ese diluvio de lágrimas, q u e PARÍS.—Mío e s ese r o s t r o del cual
q u e te c a s a r a s c o n el c o n d e , que
t u s iguales. es m u c h o m á s gentil y discre o p u d i e r a p a r e c e r m a l a las gentes. decís mal.
A M A . — A n a d i e o f e n d o . . . no p u e d e caballero que Romeo. N i ágm- E s a es la razón d e que nos apre- JULIETA.—Vuestro será quizá, pues-
una hablar. l a t i e n e t a n v e r d e s y vivaces o p s suremos. t o q u e y a n o es m í o . P a d r e , ¿po-
c o m o P a r i s . E s t e s e g u n d o esposo FRAY L O R E N Z O (aparte).—¡Ojalá no déis o í r m e e n c o n f e s i ó n , o volveré
CAPULETO.—Calla, c i g a r r ó n , y vete
a hablar con tus comadres, que t e c o n v i e n e m á s q u e el primero. supiera y o las verdaderas causas al A v e m a r i a ?
aquí n o metes baza. Y a d e m á s , al p r i m e r o p u e d e s dar- d e l a t a r d a n z a ! C o n d e Paris, h e FRAY LoRENZO.-Pobre n i ñ a , dispues-
SEÑORA DE CAPULETO.—Loco estas. le p o r m u e r t o . P a r a ti c o m o si 10 a q u í l a d a m a q u e viene a m i cel- t o estoy a oírte a h o r a . D e j a d n o s
CAPULETO.—Loco, sí. D e n o c h e , d e da. solos, c o n d e .
estuviera. PARÍS.—No s e r é y o q u i e n p o n g a
día, d e m a ñ a n a , d e t a r d e , d u r - JULIETA.—¿Hablas c o n el alma- PARÍS.—Bien h a l l a d a , s e ñ o r a y es-
m i e n d o , v e l a n d o , solo y a c o m p a - posa mía. o b s t á c u l o s a tal d e v o c i ó n . Julieta,
A M A . — C o n el a l m a , o m a l d i t a sea
ñ a d o , e n c a s a y e n la calle, siem- JULIETA.—Lo s e r é c u a n d o m e case. a d i ó s . El j u e v e s m u y t e m p r a n o te
yo despertaré. (Vase.)
p r e f u e m i e m p e ñ o el c a s a r l a , y " PARÍS.—Eso s e r á m u y p r o n t o : el
a h o r a q u e le e n c u e n t r o u n joven jueves. JULIETA.—Cerrad l a p u e r t a , p a d r e ,
JULIETA.—Asi sea. y venid a llorar conmigo: y a no
d e g r a n f a m i l i a , rico, gallardo, dis- JULIETA.—Será l o q u e sea.
AMA.—¿Por qué? hay esperanza ni remedio.
c r e t o , l l e n o d e p e r f e c c i o n e s , según PARÍS.—Claro es. ¿ V e n í s a c o n f e s a -
JULIETA.—Por n a d a . B u e n consuelo FRAY LORENZO.—Julieta, y a s é cuál
d i c e n , c o n t e s t a esta m o c o s a q u e r o s c o n el p a d r e ?
m e h a s d a d o . V e t e , di a mi ma- es tu angustia, y t a m b i é n ella m e
n o q u i e r e casarse, q u e n o p u e d e JULIETA.—Con v o s m e c o n f e s a r í a ,
d r e q u e h e salido. V o y a confe- t i e n e sin a l m a . Sé q u e el j u e v e s
a m a r , que e s m u y joven. Pues si o s r e s p o n d i e r a .
s a r m e c o n f r a y L o r e n z o , por el q u i e r e n c a s a r t e c o n el C o n d e .
b i e n , te p e r d o n a r é , si n o t e casas, enojo que he d a d o a mi p a d £ PARÍS.—No m e n e g u é i s q u e me
p e r o n o vivirás u n m o m e n t o a q u í . amáis. JULIETA.—Padre, n o m e digáis q u e
AMA.—Obras con buen s e s a ( V ^ d i c e n tal c o s a , si al m i s m o t i e m p o
P o c o f a l t a p a r a el jueves. P i é n s a l o JULIETA.—¡Infame vieja! ¡ A b o r t o de JULIETA.—No o s n e g a r é q u e q u i e r o
b i e n . Si c o n s i e n t e s , t e c a s a r á s c o n n o discurrís, e n v u e s t r a s a b i d u r í a
los i n f i e r n o s ! ¿ C u á l e s m a y o r pe- al p a d r e .
m i a m i g o . Si n o , t e a h o r c a r á s , o c a d o en ti: q u e r e r h a c e r m e per-
i r á s p i d i e n d o l i m o s n a , y te m o n - jura, o m a n c i l l a r c o n t u l e n g u a ai
r á s d e h a m b r e p o r esas calles, sin m i s m o a q u i e n t a m a s veces pu-
q u e n i n g u n o d e los m í o s t e soco- siste p o r las n u b e s ? M a l d i t a sea
rra. Piénsalo bien, q u e y o c u m p l o y o si v u e l v o a a c o n s e j a r m e d e tL
s i e m p r e m i s j u r a m e n t o s . (Vase.) S ó l o m i c o n f e s o r m e d a r á amparo
JULIETA.—¿Y n o h a y justicia e n el y c o n s u e l o , o a lo m e n o s fuerzas
c i e l o q u e c o n o z c a t o d o el a b i s m o para morir.
d e m i s m a l e s ? N o m e dejes, m a -
d r e Dilatad u n mes, u n a semana
la iglesia de San P e d r o a casarte el casamiento, o si no, mi lecho
con Paris, o si no, te llevo arras- nupcial será el sepulcro d e Teo- ESCENA P R I M E R A
t r a n d o en u n zarzo, ¡histérica, ner- baldo. XT ,
viosa, pálida, necia! SEÑORA DE CAPULETO—Nada me Celda de f r a y Lorenzo
SEÑORA DE C A P U L E T O . — ¿ E s t á s e n t i / digas, p o r q u e n o he de responder-
Cállate. te Decídete c o m o quieras. (Se va.) ( F R A Y LORENZO y PARÍS)
J U L I E T A . — P a d r e mío, d e rodillas os JuLiETA.-.Válgame Dios! A m a m í £
p i d o que m e escuchéis u n a pala- / q u é haré? M i esposo esta en la PARÍS.—Y le c o n f e s a r é i s q u e m e te-
FRAY L O R E N Z O . — ¿ E l jueves dices?
bra swa. . tierra, mi f e e n el cielo. ¿Y cómo néis cariño. ^
P r o n t o es.
ha d e volver a la tierra mi fe, si JULIETA.—Más valdría tal confesión
CAPULETO. — ¡Escucharte! ¡Necia, PARÍS.—Así l o quiere Capuleto, y
mi esposo n o la envía desde a espaldas vuestras, que c a r a a
malvada! Oye, el jueves iras a y o l o deseo también.
el cielo? Aconséjame, consuélame. cara.
San Pedro, o n o m e volverás a FRAY L O R E N Z O . — ¿ Y todavía n o sa-
¡Infeliz de mí! ¿Por qué el cieto PARis.-Las lágrimas marchitan vues-
m i r a r la cara. N o m e supliques béis si la novia os quiere? M a l a
ha de emplear todos sus recursos t r o rostro.
ni m e digas u n a palabra más. t i manena e s ésa d e hacer las cosas,
c o n t r a un ser tan débil c o m o yo? JULIETA.—Pcfco hacen mis lágrimas:
pulso m e tiembla. Esposa mía, yo a m i juicio.
¿ Q u é m e dices? ¿Ni u n a palabra n o valía m u c h o mi rostro, antes
siempre creí que era poca bendi- PARÍS.—Ella n o h a c e más que llorar
q u e m e consuele? que ellas le ajasen.
ción de Dios el tener u n a hija por l e o b a l d o y n o tiene tiempo
AMA.—Sólo te diré u n a cosa. Ro- PARÍS.—Más la o f e n d e n esas pala-
sola, p e r o ahora veo que es u n a p a r a pensar e n amores, porque el
m e o está desterrado, y í ^ e d e bras que vuestro llanto.
maldición, y que a u n ésta sobra. amor h u y e d e los duelos. A su
apostarse doble contra sencillo a
AMA.—¡Dios sea con ella! N o la p a d r e le acongoja el que ella se JULIETA.—Señor, en la verdad no
que n o vuelve a verte o vuelve h a y injuria, y más si se dice fren-
maltratéis, señor. angustie tanto, y p o r eso quiere
ocultamente, en caso d e volver. te a frente.
CAPULETO.—¿Y por que no entre-
Lo m e j o r sería, pues a mi juicio, hacer la b o d a c u a n t o antes, p a r a
m e t i d a vieja? Cállate, y habla con a t a j a r ese diluvio de lágrimas, que PARÍS.—Mío es ese rostro del cual
que te casaras con el conde, que
tus iguales. es m u c h o m á s gentil y discre o pudiera parecer mal a las gentes. decís mal.
A M A . — A nadie o f e n d o . . . no puede caballero que Romeo. N i ágm- E s a es la razón d e que nos apre- JULIETA.—Vuestro será quizá, pues-
u n a hablar. la tiene tan verdes y vivaces o p s suremos. t o que ya n o es mío. Padre, ¿po-
CAPULETO.—Calla, cigarrón, y vete c o m o Paris. Este segundo esposo FRAY LORENZO (aparte).—¡Ojalá no déis o í r m e en confesión, o volveré
a h a b l a r con tus comadres, que te conviene más q u e el primero. supiera y o las verdaderas causas al A v e m a r i a ?
aquí n o metes baza. Y además, al p r i m e r o puedes dar- de la tardanza! C o n d e Paris, he FRAY LoRENZO.-Pobre niña, dispues-
SEÑORA DE C A P U L E T O . — L o c o estas. le por muerto. P a r a ti c o m o si 10 aquí la d a m a que viene a mi cel- t o estoy a oírte ahora. Dejadnos
C A P U L E T O . — L o c o , sí. D e n o c h e , de da. solos, conde.
estuviera. PARÍS.—No seré y o quien ponga
día, d e m a ñ a n a , de tarde, dur- J U L I E T A . — ¿ H a b l a s c o n el alma-
PARÍS.—Bien hallada, señora y es-
miendo, velando, solo y acompa- AMA.—Con el alma, o maldita sea p o s a mía. obstáculos a tal devoción. Julieta,
ñado, e n casa y en la calle, siem- JULIETA.—Lo seré c u a n d o m e case. adiós. El jueves m u y t e m p r a n o te
yo despertaré. (Vase.)
pre f u e mi e m p e ñ o el casarla, y " PARÍS.—Eso será muy pronto: el
a h o r a que le e n c u e n t r o un joven jueves. JULIETA.—Cerrad la puerta, padre,
JULIETA.—Asi sea. y venid a llorar conmigo: y a no
de gran familia, rico, gallardo, dis- JULIETA.—Será lo q u e sea.
AMA.—¿Por qué? h a y esperanza ni remedio.
creto, lleno d e perfecciones, según PARÍS.—Claro es. ¿Venís a confesa-
JULIETA.—Por nada. Buen consuelo FRAY L O R E N Z O . — J u l i e t a , ya sé cuál
dicen, contesta esta mocosa que ros con el padre?
m e has dado. Vete, di a mi ma- es tu angustia, y también ella m e
n o quiere casarse, que n o puede JULIETA.—Con vos me confesaría,
dre que he salido. Voy a confe- tiene sin alma. Sé q u e el jueves
a m a r , que e s muy joven. Pues sarme con fray Lorenzo, por el si os respondiera.
bien, te perdonaré, si n o te casas, PARÍS.—No me neguéis que me quieren casarte c o n el Conde.
e n o j o que he d a d o a mi p a d £ JULIETA.—Padre, no me digáis que
p e r o n o vivirás un m o m e n t o aquí.
AMA.—Obras con buen s e s a ( V ^ amáis.
P o c o falta p a r a el jueves. Piénsalo JULIETA.—No os negaré que quiero dicen tal cosa, si al m i s m o tiempo
JULIETA.—¡Infame vieja! ¡Aborto de n o discurrís, e n vuestra sabiduría
bien. Si consientes, te casarás con los infiernos! ¿Cuál es mayor pe- al padre.
m i amigo. Si no, te ahorcarás, o cado en ti: querer hacerme per-
irás pidiendo limosna, y te m o n - jura, o mancillar con tu lengua ai
r á s d e h a m b r e por esas calles, sin
m i s m o a quien t a m a s veces pu-
q u e ninguno d e los míos te soco- siste por las nubes? Maldita sea
rra. Piénsalo bien, que y o cumplo y o si vuelvo a aconsejarme de tL
siempre mis juramentos. (Vase.) Sólo mi confesor m e dará amparo
JULIETA.—¿Y n o h a y justicia e n el y consuelo, o a lo menos fuerzas
cielo q u e conozca todo el abismo p a r a morir.
d e mis males? N o m e dejes, m a -
miércoles: por la noche quédate
y p r u d e n c i a , algún m o d o d e evi- sola, sin q u e te a c o m p a ñ e n i s i
apremia, y nada tenemos depues- CAPULETO.—¡Cuánto m e alegro! Le-
L k T Y si v o s n o m e consoláis, quiera tu ama, y cuando « ^
to. ¿ F u é la niña a confesarse c o n v á n t a t e : h a s h e c h o b i e n e n todo.
£ c o n u n p u ñ a l sabré r e m e d i a r - ¿ c o s t a d a , b e b e el licor q u e t e d o y
fray Lorenzo? Q u i e r o h a b l a r c o n el £ o n d e . (A
E ® . V o s , e n n o m b r e del S e ñ o r , S esta ' a m p o l l e t a - U n s u e ñ o te
AMA.—Sí. un criado.) D i l e q u e venga. ¡Cuán-
juntasteis m i m a n o c o n lai d e R o - embargará tus miembros. N o pul-
CAPULETO.—Me a l e g r o : q u i z á él t o b i e n h a c e este f r a i l e e n la ciu-
m e o v antes q u e e s t a m a n o , d o n - ni a l e n t a r á s , n i dad!
S T f i L p o r v o s e s t a m p a d o su a l g u n a d e vida. H u i r á e l e r f o r d e p u e d a rendir el á n i m o de esa niña
sello c o n s i e n t a en o t r a u n i ó n o mal criada. JULIETA.—Ama, ven a m i cuarto,
t u s r o s a d o s labios y menllas, y ! k p a r a q u e d i s p o n g a m o s juntas las
y o m a n c i l l e su f e . m a t a r á n o s e te sucederá u n a palidez tèrrea. T u s A M A . — V e dría, q u é a l e g r e viene del
convento. galas d e d e s p o s a d a .
h i e r r o A c o n s e j a d m e b i e n , o el hie- p a p a d o s se c e r r a r á n c o m o p u e r -
r r o s e n t e n c i a r á el p l e i t o q u e m C A P U L E T O (a Julieta).—¿Dónde has SEÑORA DE CAPULETO.—No: eso
t a s d e la m u e r t e q u e e x c l u y e n l a
c a n a s ni v u e s t r a c i e n c i a estado, terca? d e b e , h a c e r s e el jueves: todavía
l u z del día, y t u c u e r p o q u e d ^ á
s a b e n resolver. N o o s d e t e n g á i s , hay tiempo.
rígido, inmóvil, f r í o c o m o el m á r - JULIETA.—En l a c o n f e s i ó n , d o n d e
CAPULETO.—No: a h o r a , a h o r a : m a -
respondedme o muero. mol de un sepulcro. Asi permane- m e arrepentí de haberos desobe-
ñ a n a t e m p r a n o a la iglesia. (Se
F R A Y U ) R E N Z O . - H i j a mía, detente. c e r á s c u a r e n t a y dos h o r a s justas decido. F r a y Lorenzo m e m a n d a
A ú n v e o u n a e s p e r a n z a , p e r o tan y entonces despertarás c o m o de
van Julieta y el ama.)
que os pida perdón, postrada, a
SEÑORA DE CAPULETO.—Apenas nos
r e m o t a V t a n v i o l e n t a , c o m o es i n apacible sueño. A la m a n a n a v u e s t r o s pies. A s í lo h a g o , y des- q u e d a tiempo. Es de noche.
S t a í s t o s i t u a c i ó n actual. P e r o a n t e r i o r h a b r á v e n i d o el n o v i o a de ahora prometo obedecer cuan-
d e s p e r t a r t e , te h a b r á c r e í d o m u e r - CAPULETO.—Todo s e h a r á , esposa
va que prefieres la muerte a la to m e mandareis.
t a v a t a v i á n d o t e , s e g ú n es uso, mía. A y u d a a J u l i e t a a vestirse.
b o d a con Paris, pasarás por algo CAPULETO.—Id e n b u s c a d e P a r i s , Y o n o m e a c o s t a r é , y p o r esta
q u e se p a r e z c a a la m u e r t e Si te c o n las m e j o r e s galas, te h a b r á n
y q u e lo prevenga todo p a r a la vez seré g u a r d i á n d e la casa. ¿Qué
a t r e v e s a h a c e r l o , y o t e d a r é el l l e v a d o e n a t a ú d a b i e r t o al se-
comida que ha de celebrarse m a - es e s o ? ¿ T o d o s los criados h a n sa-
remedio. pulcro de los Capuletos. D i n a n t e
ñána. lido? \ o y y o m i s m o en b u s c a d e
JULIETA.—Padre, a t r u e q u e d e n o t u s u e ñ o , y o avisaré p o r c a r t a a
R o m e o ; él v e n d r á e n seguida^ y JULIETA.—Vi a ese c a b a l l e r o en la Paris, p a r a avisarle q u e m a ñ a n a
c a s a r m e c o n Paris, m a n d a d m e que c e l d a d e f r a y L o r e n z o , y le c o n - e s la b o d a . Este c a m b i o d e vo-
m e a r r o j e d e l o alto d e u n a t o r r e v e l a r e m o s j u n t o s h a s t a q u e des-
piertes. E s a m i s m a n o c h e R o m e o cedí c u a n t o p o d í a concederle m i luntad m e da fuerzas y mocedad
que recorra un camino infestado a m o r , ^sin a g r a v i o del d e c o r o . nueva.
por bandoleros, que habite y v o l v e r á c o n t i g o a M a n t u a . E s el
d u e r m a e n t r e sierpes y osos, o e n ú n i c o m o d o d e salvarte del peligro
u n cementerio, entre huesos hu- a c t u a l , si u n v a n o y m u j e r i l t e m o r
manos, q u e crujan por la noche, n o te detiene, t
y a m a r i l l a s calaveras, o e n t e r r a d - JULIETA.—Dame la a m p o l l e t a , y n o
m e c o n uft c a d á v e r r e c i e n t e . T o d o hablemos de temores. ESCENA III
l o h a r é , p o r terrible q u e s e a , a n - FRAY LORENZO.—Tómala. V a l o r y
t e s q u e ser infiel al j u r a m e n t o f o r t u n a . V o y a e n v i a r a u n lego
con u n a carta a Mantua. Habitación de Julieta
que hice a Romeo.
F r a y LORENZO.—Bien: v e t e a t u JULIETA.—Dios m e d é v ^ o r a u n q u e (JULIETA y s u MADRE)
c a s a , f í n g e t e a l e g r e : d i q u e te y a le s i e n t o en m i . Adiós, p a d r e
¿ S ¿ á s c o n Paris. M a n a n a es mío.'
JULIETA.—Sí, a m a , s í : e s t e t r a j e está SEÑORA DE CAPULETO.—Buenas no-
mejor, p e r o y o quisiera q u e d a r m e ches, hija. V e t e a d e s c a n s a r , q u e
sola e s t a n o c h e , p a r á p e d i r a D i o s f a l t a te hace. (Vase.)
ESCENA H e n d e v o t a s o r a c i o n e s q u e m e ilu- JULIETA.—¡Adiós! ¡ Q u i é n sabe si
m i n e y g u í e e n e s t a d o t a n lleno volveremos a vernos! U n miedo
Casa de Capuleto d e p e l i g r o s . (Entra la señora de h e l a d o c o r r e p o r mis v e n a s y casi
( C A P U L E T O , SU M U J E R , el AMA y CRIADOS)
Capuleto.) a p a g a en m í el aliento vital. ¿Ijes
SEÑORA DE CAPULETO.—Bien t r a b a - diré que vuelvan? A m a . . . Pero
CAPULETO.—¡Rara c u a l i d a d ! jáis. ¿ Q u e r é i s q u e o s a y u d e ? ¿a q u é es l l a m a r l a ? Y o sola d e b o
C a p u l e t o (a un c r / W o ) . — C o n v i d a - CRIADO 2<?—Nunca es b u e n o el co- JULIETA.—No, m a d r e . Y a e s t a r á n r e p r e s e n t a r esta t r a g e d i a . V e n a
r á s a t o d o s l o s q u e v a n en esta c i n e r o q u e n o s a b e c h u p a r s e los e s c o g i d a s las galas q u e h e d e ves- m i s m a n o s , a m p o l l a . Y si este li-
lista. Y t ú b u s c a r á s veinte c o c i n e - d e d o s , ni t r a e r é a n a d i e q u e n o t i r m e m a n a n a . A h o r a quisiera que c o r n o p r o d u j e s e su e f e c t o , ¿ten-
ros. , , sepa. , m e d e j a s e i s sola, y q u e el a m a d r í a y o q u e ser e s p o s a del C o n -
Criado — L o s b u s c a r é tales q u e se CAPULETO.—Vete, q u e el t i e m p o velase en vuestra compañía, por- d e ? N o , n o , j a m á s : t ú s a b r á s im-
c h u p e n el d e d o . q u e e s p o c o el t i e m p o , y f a l t a p e d i r l o . A q u í , a q u í le t e n g o guar-
m u c h o que disponer. d a d o . (Señalando el puñal.) ¿ Y si
a q u e l l a s o l e d a d . . . ¡Ay,
este licor f u e r a u n v e n e n o p r e p a - ; n o será fácil q u e al despertar-
r a d o por el f r a i l e p a r a m a t a r m e y l e r e s p i r a n d o aquellos miasmas,
ESCENA V
eludir s u r e s p o n s a b i l i d a d ppr n a - S i e n d o a q u e l l o s l ú g u b r e s gemidos
trerme casa<fo cOn R o m e o ? P e r o S e n e n t o r p e c e r a l o s mor-
mi t e m o r es" v a n o . ¡Si s e e n q u e í a i s a q u e l l o s gritos s e m e j a n t e s a A p o s e n t o d e J u l i e t a . É s t a , e n el l e c h o
es u n s a n t o ! ¡ L e j o s d e ™ £ q u e j a s d e l a m a n d r à g o r a cuan-
(El ama y la señora)
r u i n e s p e n s a m i e n t o s ! 6 Y si m e s e í e a r r a n c a del s u e l o . . . no
d e s p i e z o e n c e r r a d a e n el a t a u i Ü l á c i \ q u e y o p i e r d a l a razón
antes q u e v u e l v a R o m e o ? ¡ Q u e v e m p i e c e a j u g a r e n m i locura Ama.—¡Señorita, señorita! ¡Cómo C a p u l e t o . — L a m u e r t e q u e f i e r a la
h o n o r ! E n aquel estrecho recinto, c o n los h u e s o s d e m i s antepasa- d u e r m e ! ¡Señorita, n o v i a , c o r d e r o arrebató, traba m í lengua e impide
s i X t , sin aíre m e v o y a ah<> d a s o a d e s p o j a r d e su v e l o fune- m í o ! ¿ N o despiertas? H a c e s bien: mis palabras. (Entran Fray Loren-
gar antes q u e él llegue. Y l a es- r i ' e l cadáver de Teobaldo, o a d u e r m e p a r a o c h o días, q u e m a - zo, Paris y músicos.)
p a n t o s a i m a g e n d e la m u e r t e - . . ñ a n a y a se e n c a r g a r á P a r i s d e no F r a y L o r e n z o . — ¿ C u á n d o p u e d e ir
V í a noche... y elhorror delsi d e j a r t e d o r m i r . ¡ V á l g a m e Dios, y la n o v i a a la iglesia?
tio la t u m b a d e m i s m a y o - m i s ilustres m a y o r e s ? V e d . ^ . ^ c ó m o d u e r m e ! P e r o e s necesa- CAPULETO.—Sí irá, p e r o p a r a q u e -
res' ' aquellos h u e s o s a m o n t o n a - a s o m b r a d e m i p r i m o , q u e vie- rio d e s p e r t a r l a . ¡Señorita, s e ñ o r i - d a r s e allí. F.n v í s p e r a s d e b o d a ,
d o s p o r t a n t o s siglos . . el c u e r p o n e c o T e l a c e r o d e s n u d o , buscan- t a ! N o f a l t a m á s sino q u e v e n g a h i j o m í o , v i n o la m u e r t e a llevar-
de° T e o b a l d o q u e e s t á e n p u r e f a c - d o a s u m a t a d o r R o m e o . ¡Deten- el C o n d e y te halle e n la c a m a . se á t u esposa, f l o r q u e d e s h o j ó
c i ó n m u y c e r c a d e allí. . . ios e* te T e o b a l d o ! ¡ A l a salud de B i e n te asustarías. D i m e , ¿ n o es i n c l e m e n t e la P a r c a . M i y e r n o y
oíritus q u e , s e g ú n d i c e n , i n t e r r u m - Romeo! (Bebe.) v e r d a d ? ¿ V e s t i d a estás, y te vol- m i h e r e d e r o es el s e p u l c r o : él se
pen d e n o c h e , el silencio d e viste a a c o s t a r ? ¿ C ó m o es e s t o ? ha desposado con mi hija. Y o mo-
¡Señorita, s e ñ o r i t a ! . . . ¡Válgame r i r é t y i b i é n , y él h e r e d a r á t o d o
Dios! ¡Socorro, que mi a m a se ha lo q u e p o s e o .
muerto! ¿Por qué he vivido yo
PARÍS.—¡Yo q u e t a n t o d e s e a b a v e r
ESCENA IV p a r a v e r e s t o ? M a l d i t a sea la h o r a
este día, y a h o r a es tal vista la
e n q u e n a c í . ¡Esencias, p r o n t o !
que me ofrece!
'Señor, señora, acudid!
Casa de Capuleto Señora de Capuleto,—¡Infeliz,
S e ñ o r a de Capuleto.—(Entrando.) m a l d i t o , a c i a g o d í a ! ¡ H o r a la m á s
(La SEÑORA y el AMA) ¿Por qué tal a l b o r o t o ? terrible q u e e n su d u r a jx'regi ¡na-
Ama.—¡Día aciago! c i ó n h a v i s t o el t i e m p o ! ¡ U n a hija
C a p u l e t o . — ¡ A h o r a celos! ¿Qué es Señora de Capuleto.—¿Qué suce- sola! ¡ U n a hija sola, y la m u e r t e
SEÑORA DE CAPULETO.-Toma las l o q u e traes, m u c h a c h o ? de? m e l a lleva! ¡ M i e s p e r a n z a , mi
llaves- t r á e m e m a s especias. CRIADO 1«?—El c o c i n e r o l o p i d e . No Ama.—Ved, ved. ¡ A c i a g o d í a ! consuelo, mi v e n t u r a ! . . .
AMA - A h o r a p i d e n clavos y dátiles. sé lo q u e es. . Señora de Capuleto.—¡Dios mío, A M A . — ¡ D í a a c i a g o y h o r r o r o s o , el
CAPULETO.—(Que'entra.) V a m o s n o CAPULETO.—Vete c o r r i e n d o busca Dios mío! ¡Pobre niña! ¡Vida mía! m á s negro que he visto nunca!
os detengáis, que ya h a s o n a d o l e ñ a seca. P e d r o t e d i r á donde A b r e l o s ojos, o d é j a m e m o r i r c o n - ¡El m á s h o r r e n d o q u e h a visto el
p o r s e g u n d a v e z e l c a n t o del ga puedes encontrarla. tigo. ¡ F a v o r , f a v o r ! (Entra Capu- m u n d o ! ¡Aciago día!
lio Y a t o c a n a m a i t i n e s . S o n las CRIADO 1 ° — Y o la e n c o n t r a r é : no leto.)
t r e s T ú , Á n g e l a , c u i d a d e los p a s - P a r í s . — ¡ Y y o b u r l a d o , h e r i d o , des-
necesito molestar a Pedro. C a p u l e t o . — ¿ N o os d a v e r g ü e n z a ? c a s a d o , a t o r m e n t a d o ! ¡ C ó m o te
e e s , y n o r e p a r é i s e n el g a s t a
Y a d e b í a d e h a b e r ¿alido J u l i e t a . mofas d e mí, c ó m o m e conculcas
A M A . — I d o s a d o r m i r , señor i m p e r ^ CAPULETO. D i c e b i e n A fe J Su novio la está esperando. a t u s p l a n t a s , f i e r a m u e r t e ! ¡Ella,
t i n e n t e . D e s e g u r o q u e por p a s ó - ¡ E s g r a c i o s o ese g a l o p í n ! P o r vio* Ama.—¡Si está muerta! ¡Aciago día! m i a m o r , mi. v i d a , m u e r t a y a !
l a n o c h e e n vela, a m a n e c e « e n - mía. Y a amanece. Pronto l l e g g S e ñ o r a de C a p u l e t o . — ¡ A c i a g o día! CAPULETO.—¡Y y o d e s p r e c i a d o , a b a -
fermo mañana. \yc„rha<! P a r i s c o n m ú s i c a , s e g ú n anunao. ¡Muerta, muerta! tido, m u e r t o ! T i e m p o c r u e l , ¿ p o r
CAPULETO. —¡Qué b o h e n a ! M u c h a s ¡ A h í e s t á ! ¡ A m a , m u j e r mía, ve- C a p u l e t o — ¡ D e j á d m e l a v e r ! ¡Oh, q u é viniste c o n p a s o s tan c a l l a d o s
n o c h e s h e p a s a d o e n vela s , n t a n Aid a p r i s a ! ( S u e n a m u s i c ^ D i o s I q u e e s p a n t o . ¡ H e l a d a su a t u r b a r l a alegría d e n u e s t r a fies-
t o motivo, y nunca he enter ama.) V e t e , d e s p a r t a y j i s t e s a n g r e , r í g i d o s sus m i e m b r o s ! H u - ta? ¡Hija mía, que más que mi
J u l i e t a , m i e n t r a s y o h a b l o con y ó l a r o s a d e sus labios. ¡ Y a c e hija era mi alma! ¡Muerta, muer-
S e ñ o r a DB C a p u l e t o . - SI: b u e n r a - P a r i s Y n o t e d e t e n g a s mueno, tronchada como flor por pre- t a , m i e n c a n t o , mi t e s o r o !
tón fuiste en otros tiempos. A h o r a q ^ el n o v i o llega. N o te deten- m a t u r a y repentin* escarcha! ¡Ho-
v e l o yo, p a r a e v i t a r t u s v e l a - Fray Lorenzo.—Callad, que no es
y a gas. r a infeliz! la q u e j a r e m e d i o del d o l o r . A n t e s
das. Ama.—¡Día maldito! vos y el cielo poseíais a e s a d o n -
Señora de C a p u l e t o — ¡ A c i a g o día! c e l l a : a h o r a el cielo s o l o la posee,
A C T O V
Músico No es ésta ocasión de
y e n ello g a n a la d o n c e l l a . N o canciones.
pudisteis a r r a n c a r v u e s t r a p a r t e a PEDRO.—¿Y p o r q u é n o ?
f a m u e r t e . E l cielo g u a r d a p a r a M ú s i c o 1 ? — C l a r o que no. ESCENA PRIMERA
s i• e m p rJet la i » s«ui yv aa. , iN o q u e r í a i s ver- PEDRO.—Pues e n t o n c e s y o os v o y *
t
íá h o n r a d a y e n s a l z a d a ? . P u e s a dar de veras. Calle d e Mantua
q u é v u e s t r o l l a n t o . c u a n d o D^os M ú s i c o 19—¿Que nos darás?
la ensalza y e n c u m b r a m á s alia PEDRO — N o d i n e r o c i e r t a m e n t e , p u e s (ROMEO y BALTASAR)
del f i r m a m e n t o ? N o a m á i s a vues- soy u n p o b r e l a c a y o , p e r o o s d a r é
t r a h i j a t a n t o c o m o la a m a D i o s ROMEO.—Si h e m o s d e c o n f i a r e n u n
L á m e j o r e s p o s a n o es la q u e m á s N a d a d e eso. D é j a m e en
M ú s i c o ^ — i V a y a c o n el l a c a y o !
vive en el m u n d o s i n o la q u e í í ? ¿ - W a M e s u e ñ o ' alguna
P E D R O - P u e s el c u c h i l l o del l a c a y o gran felicidad m e espera. D e s d e y 0
F re aC ye TL¿oNr0e n"zaoe?s P a r a
cc aa rr tt aa dd ee F
m u e r e ioven y recien c a s a d a . D e - o s m a r c a r á c u a t r o p u n t o s e n la la a u r o r a pensamientos de dicha
t e n e d vuestras l á g r i m a s . C u b r i r su cara ¿Venirme a m í c o n corche- agitan mi corazón, rey d e m i pe- BALTASAR.—Ninguna.
¿adáver de romero, y llevadla a í e s y b e m o l e s ? Y o os e n s e n a r e la c h o , y c o m o q u e m e d a n alas p a r a ROMEO.—Lo m i s m o d a . Busca en
f a iglesia según c o s t u m b r e , atavia- h u i r d e la tierra. S o ñ é c o n m i e s - seguida caballos, y en m a r c h a .
d a con sus m e j o r e s galas L a n a - Posa y que me e n c o n t r a b a muerto. (Se va Baltasar.) Sí, Julieta, e s t a
M ú s i c o 1 9 — Y v o s l a n o t a r é i s , si
t u r a l e z a nos obliga al d o l o r , p e r o ^ n ó m e n o : q U e piense un noche descansaremos juntos / P e -
l a r a z ó n se ríe. queréis enseñárnosla. c a d á v e r ! P e r o c o n sus b e s o s m e r o c o m o ? ¡Ah, i n f i e r n o , c u a n pres-
C a p u l f . T O . - L O S p r e p a r a t i v o s de u n a
M ú s i c o 7 . 9 — E n v a i n a d l a d a g a , y sa- to vienes e n a y u d a d e un á n i m o
f i e s t a se c o n v i e r t e n en los d« un cad a plaza vuestro ingenio. 5or ^ t r O C a d o P°r u n empera- desesperado! A h o r a m e acuerdo
PEDRO.—Con mi i n g e n i o m á s a g u d o duIcés sef
e n t i e r r o : n u e s t r a s alegres m ú s i c a s ÍS'irfi? ' á n las q u e c e r c a d e a q u í vive un boti-
q u e u n p u ñ a l os t r a s p a s a r é y p o r r e a l i d a d e s del a m o r , c u a n d o t a n t o
en solemne doblar de campanas: c a r i o d e torvo c e ñ o y m a l a cata-
a h o r a e n v a i n o la d a g a . R e s p o n - l o son las s o m b r a s ! (Entra Balta-
el festín en c o m i d a f u n e r a l : los sar.) ¿ T r a e s a l g u n a n u e v a d e V e - a u r a , gran h e r b o l a r i o d e y e r b a s
h i m n o s en t r e n o s : las f l o r e s e n d a d m e f i n a l m e n t e . "La música ar- medicinales. El h a m b r e le h a c o n -
rona? ¿Te ha d a d o F r a y Lorenzo
a d o r n o s d e a t a ú d . . . t o d o e n su gentina:', ¿y q u e q u i e r e d e c i r ?a v e r t i d o en esqueleto. Del t e c h o d e
alguna carta p a r a m í ? ¿ C ó m o está
contrario. música argentina"? ¿Por J ^ ha su l ó b r e g a c o v a c h a tiene c o l g a d o s
«u Padre? ¿Y Julieta? N a d a malo
FRAY L o R E N Z O . - R e t i r a o s s c o o r y d e ser argentina la m ú s i c a ? ¿ Q u é p u e d e s u c e d e r m e si ella está b u e - u n a tortuga, un cocodrilo, y varias
vos, s e ñ o r a , y vos, c o n d e P a r í s dices a esto, S i m ó n Bordon'7 na. pieles d e f o r n i d o s peces; v en ca-
P r e p á r e n s e t o d o s a e n t e r r a r este M ú s i c o l 9 — ¡ T o m a ! P o r q u e e l so- jas a m o n t o n a d a s , f r a s c o s vacíos v
BALTASAR.—Pues y a n a d a m a l o p u e -
c a d á v e r . Sin d u d a el cielo e s t á n i d o d e l a p l a t a es d u l c e ^ „ verdosos, viejas semillas, c u e r d a s
d e sucederte, p o r q u e su c u e r p o
e n o j a d o c o n v o s o t r o s . V e d si c o n P E D R O . - E s t á b i e n , ¿y vos, H u g o de bramante, todo muy separado
r e p o s a e n el sepulcro, y su a l m a
paciencia y m a n s e d u m b r e lográis R a b e l q u é decís a estof p a r a a p a r e n t a r m á s . Yo, al ver tal
e s t á c o n los ángeles. Y a c e e n el
d e s a r m a r su cólera. Músico'29-—Yo digo " m ú s i c a a r g e ^ miseria he p e n s a d o q u e a u n q u e
p a n t e ó n d e su f a m i l i a . Y p e r d o -
M ú s i c o 1 9 — R e c o j a m o s los instru- t i n a " , p o r q u e el son d e l a p l a t a esta prohibido, s o p e n a de. m u e r t e ,
n a d m e q u e tan p r o n t o h a y a ve-
mentos. y vamonos. h a c e t a ñ e r a los m ú s i c o s ci d e s p a c h a r veneno, quizá este l i p v
A M \ . — R e c o l e d l o s si, b u e n a gente n i d o a t r a e r o s t a n m a l a noticia
P E D R O — T a m p o c o e s t a m a l . <,Y q u e
p e r o vos m i s m o , s e ñ o r , m e e n - Í5. • ,S1 s e I o P a g a r a n , lo v e n d e r í a ,
Y a veis q u e el c a s o n o es p a r a dices t ú , J a i m e C l a v i j a ? ^ b i e n lo pensé, y a h o r a voy a eje-
08 avisara
música. ,, M ú s i c o 3 9 — C i e r t a m e n t e q u e n o sé R n ^ j f ^ ' c de todo. cutarlo. C e r r a d a tiene la botica
M ú s i c o 1 9 — M á s a l e g r e p o d í a ser. ROMEO.—¿Será v e r d a d ? ¡Cielo cruel, ¡ H o l a , e h ! (Safe el Boticario )
PEDRO.——Os" p i d o q u e m e p e r d o n é i s y o desafio tu p o d e r ! D a d m e pa- BOTICARIO.—¿Quién grita?
(Entra Pedro.) .
P E D R O — ¡ O h . músicos, músicos. La la p r e g u n t a . V e r á a d e s q u e sois el pel y p l u m a s . Busca esta t a r d e R O M E O — O y e . T u p o b r e z a es ma-
p a z del c o r a z ó n . " " L a p a z del co- c a n t o f Se d i c e " m ú s i c a a r g e n t i n a caballos, y v á m o n o s a V e r o n a es- nifiesta. C u a r e n t a d u c a d o s te daré
razón." Tocad por vida mía la porque a músicos d e vuestra ca ta noche. p o r u n a dosis d e v e n e n o t a n acti-
p a z del c o r a z ó n " . f a ñ a n a d i e los p a g a c o n Oro, cuan- BALTASAR.—Señor, d e j a d m e a c o m - c o q u e , a p e n a s circule p o r las
M ú s i c o W — ¿ Y p o r q u e la p a z del d o tocan. / pañaros, porque vuestra horrible venas, extinga e! aliento vital tan
p a l i d e z m e a n u n c i a algún m a l su- r á p i d a m e n t e c o m o u n a bala de
corazón"? . M ú s i c o 1 9 — E s t e h o m b r e e s u n P»"
ceso. cañón.
PEDRO—¡Oh. músicos! porque mi
c o r a / ó n está tañendo siempre mi M ú s i c o 2 9 — A s í s e a su fin. V a r n o s
dolorido corazón'. Cantad una allá a a g u a r d a r l a c o m i t i v a f ú n e -
c a n c i ó n alegre, p a r a q u e y o m e bre, y l u e g o a c o m e r .
distraiga.
• BHAIÍ«'»'**1
A C T O V
Músico 1<?—No es ésta ocasión de
y e n ello g a n a la <ioncella. N o canciones.
pudisteis a r r a n c a r v u e s t r a p a r t e a PEDRO.—¿Y p o r q u é no?
f a m u e r t e . E l cielo g u a r d a p a r a M ú s i c o 1 ? — C l a r o que no. ESCENA PRIMERA
s i• e m p rJet la i » s«ui yv aa. 6, 1N o" J *q u e r í a i s ver-
p PEDRO.—Pues e n t o n c e s y o os v o y *
íá h o n r a d a y e n s a l z a d a ? . F u e s a dar de veras. Calle d e Mantua
q u é vuestro llanto. c u a n d o . f t » M ú s i c o 19—¿Que nos darás?
la ensalza y e n c u m b r a m á s alia PEDRO — N o d i n e r o c i e r t a m e n t e , p u e s (ROMEO y BALTASAR)
del f i r m a m e n t o ? N o a m á i s a vues- soy u n p o b r e l a c a y o , p e r o o s d a r é
t r a h i j a t a n t o c o m o la a m a D i o s ROMEO.—SI h e m o s d e c o n f i a r e n u n
L á m e j o r e s p o s a n o es la q u e m á s N a d a d e eso. D é j a m e en
M ú s i c o ^ — i V a y a c o n el l a c a y o !
vive en el m u n d o s i n o la q u e í í ? ¿ - W a M e s u e ñ o ' alguna
P E D R O - P u e s el c u c h i l l o del l a c a y o gran felicidad m e espera. D e s d e y 0
F re aC ye TL¿oNr0e n"zaoe?s P a r a ™
cc aa rr tt aa dd ee F
m u e r e ioven y recien c a s a d a . D e - o s m a r c a r á c u a t r o p u n t o s e n la la a u r o r a pensamientos de dicha
t e n e d vuestras l á g r i m a s . C u b r i r su cara ¿Venirme a m í c o n corche- agitan mi corazón, rey d e m i pe- BALTASAR.—Ninguna.
¿adáver de romero, y llevadla a í e s y b e m o l e s ? Y o os e n s e n a r e la c h o , y c o m o q u e m e d a n alas p a r a ROMEO.—Lo m i s m o d a . Busca en
f a iglesia según c o s t u m b r e , atavia- h u i r d e la tierra. S o ñ é c o n m i e s - seguida caballos, y en m a r c h a .
d a con sus m e j o r e s galas L a n a - Posa y que me e n c o n t r a b a muerto. (Se va Baltasar.) Sí, Julieta, e s t a
Músico 19—Y vos la notaréis, si
t u r a l e z a nos obliga al d o l o r , p e r o ^ n ó m e n o : q U e piense un noche descansaremos juntos / P e -
l a r a z ó n se ríe. queréis enseñárnosla. c a d á v e r ! P e r o c o n sus b e s o s m e r o c o m o ? ¡Ah, i n f i e r n o , c u a n pres-
C a p u l f . T O . - L O S preparativos de u n a M ú s i c o 7 . 9 — E n v a i n a d l a d a g a , y sa- to vienes e n a y u d a d e un á n i m o
f i e s t a se c o n v i e r t e n en los d« un cad a plaza vuestro ingenio. 5or ^ t r O C a d o P ° r u n empera- desesperado! A h o r a m e acuerdo
PEDRO.—Con mi i n g e n i o m á s a g u d o duIcés
e n t i e r r o : n u e s t r a s alegres m ú s i c a s ÍS'irfi?' « r t o las q u e c e r c a d e a q u í vive un boti-
q u e u n p u ñ a l os t r a s p a s a r é y p o r r e a l i d a d e s del a m o r , c u a n d o t a n t o
en solemne doblar de campanas: c a r i o d e torvo c e ñ o y m a l a cata-
e n v a i n o la d a g a . R e s p o n - l o son las s o m b r a s ! (Entra Balta-
el festín en c o m i d a f u n e r a l : los a h o r a
sar.) ¿ T r a e s a l g u n a n u e v a d e V e - a u r a , gran h e r b o l a r i o d e y e r b a s
h i m n o s en t r e n o s : las f l o r e s e n d a d m e f i n a l m e n t e . -La música ar- m e d i c i n a l e s . El h a m b r e le h a c o n -
rona? ¿Te ha d a d o F r a y Lorenzo
a d o r n o s d e a t a ú d . . . t o d o e n su gentina-, ¿y q u e q u i e r e d e c i r la v e r t i d o en esqueleto. Del t e c h o d e
alguna carta p a r a m í ? ¿ C ó m o está
contrario. música argentina"? j o r qué ha su l ó b r e g a c o v a c h a tiene c o l g a d o s
padre? ¿Y Julieta? N a d a malo
FRAY L o R E N Z O . - R e t i r a o s s e n o y d e ser argentina la m u s . c a ? ¿ Q u é p u e d e s u c e d e r m e si ella está b u e - u n a tortuga, un cocodrilo, y varias
vos, s e ñ o r a , y vos, c o n d e P a r í s dices a esto, S i m ó n Bordon'? na. pieles d e f o r n i d o s peces; v en ca-
p r e p á r e n s e t o d o s a e n t e r r a r este M ú s i c o l 9 — ¡ T o m a ! P o r q u e e l so- jas a m o n t o n a d a s , f r a s c o s vacíos v
BALTASAR.—Pues y a n a d a m a l o p u e -
c a d á v e r . Sin d u d a el c e l o e s t á n i d o d e l a p l a t a es d u l c e ^ „ verdosos, viejas semillas, c u e r d a s
d e sucederte, p o r q u e su c u e r p o
e n o j a d o c o n v o s o t r o s . V e d si c o n P E D R O . - E s t á b i e n , ¿y vos, H u g o de bramante, todo muy separado
r e p o s a e n el sepulcro, y su a l m a
paciencia y m a n s e d u m b r e lográis R a b e l q u é decís a estof e s t á c o n los ángeles. Y a c e e n el p a r a a p a r e n t a r m á s . Yo, al ver tal
d e s a r m a r su cólera. M ú s i c o 2 9 - Y o digo " m ú s i c a a r g e ^ p a n t e ó n d e su f a m i l i a . Y p e r d o - miseria he p e n s a d o q u e a u n q u e
M ú s i c o 1 9 — R e c o j a m o s los instru- t i n a " , p o r q u e el son d e l a p l a t a n a d m e q u e tan p r o n t o h a y a ve- esta prohibido, s o p e n a de. m u e r t e ,
mentos. y vamonos. h a c e t a ñ e r a los m ú s i c o s n i d o a t r a e r o s t a n m a l a noticia ci d e s p a c h a r veneno, quizá este l i p v
A m \ . — R e c o g e d l o s su b u e n a gente P E D R O — T a m p o c o e s t a m a l . <,Y q u e
P e r o vos m i s m o , s e ñ o r , m e e n - Í5. • ,S1 s e lo p a g a r a n , lo v e n d e r í a ,
Y a veis q u e el c a s o n o es p a r a dices t ú , J a i m e C l a v i j a ? ^ b i e n lo pensé, y a h o r a voy a eje-
08 avisara
música. ,, M ú s i c o 3 9 — C i e r t a m e n t e q u e n o sé R n ^ j f ^ ' c de todo. cutarlo. C e r r a d a tiene la botica
M ú s i c o 1 9 — M á s a l e g r e p o d í a ser. KOMEO.—¿Será v e r d a d ? ¡Cielo cruel, ¡ H o l a , e h ! (Safe el Boticario )
(Entra Pedro.) . PEDRO.——Os" p i d o q u e m e p e r d o n é i s y o desafio tu p o d e r ! D a d m e pa- BOTICARIO.—¿Quién g r i t a ?
PFDRO—¡Oh. músicos, músicos. La la p r e g u n t a . V e r á a d e s q u e sois el Pel y p l u m a s . Busca esta t a r d e R O M E O — O y e . T u p o b r e z a es m a -
p a z del c o r a z ó n . " " L a p a z del co- c a n t o f Se d i c e " m ú s i c a a r g e n t i n a caballos, y v á m o n o s a V e r o n a es- nifiesta. C u a r e n t a d u c a d o s te d a r é
razón." Tocad por vida mía la porque a músicos d e vuestra ca ta noche. p o r u n a dosis d e v e n e n o t a n acti-
p a z del c o r a z ó n " . f a ñ a n a d i e los p a g a c o n Oro, cuan- BALTASAR.—Señor, d e j a d m e a c o m - c o q u e , a p e n a s circule p o r las
M ú s i c o I'*—¿Y p o r q u e la p a z del pañaros, porque vuestra horrible venas, extinga el aliento vital t a n
d o tocan. / p a l i d e z m e a n u n c i a algún m a l su- r á p i d a m e n t e c o m o u n a bala d e
corazón"? . M ú s i c o 1 9 — E s t e h o m b r e e s u n P»" ceso. cañón.
PEDRO—¡Oh. músicos! porque mi
corazón está tañendo siempre mi M ú s i c o 2 9 — A s í s e a su fin. V a m o s
dolorido corazón'. Cantad una a l l á a aguardar la comitiva fúne-
c a n c i ó n alegre, p a r a q u e y o m e bre, y l u e g o a c o m e r .
distraiga.
BOTICARIO.—Este es el ingrediente,
BOTICARIO.—Tengo e s o s v e n e n o s , pe- desleídlo en agua o en u n ücor
r o las leyes d e M a n t u a c o n d e n a n cualquiera, bebedlo, y caeréis
• a m u e r t e al q u e los v e n d a . ESCENA III
m u e r t o en seguida, a u n q u e ten-
ROMEO.—Y e n t u p o b r e z a e x t r e m a dáis l a f u e r z a d e veinte n o m -
¿ q u é te i m p o r t a la m u e r t e ? B i e n C e m e n t e r i o , c o n el p a n t e ó n d e los C a p u l e t o s
c l a r a se v e el h a m b r e e n t u ros-
t r o y l a tristeza y l a d e s e s p e r a -
R O M E O . — R e c i b e t ú el d i n e r o . É l es (PARIS y un PAJE con llores y antorchas)
c i ó n . ¿ T i e n e el m u n d o a l g u n a ley, la verdadera ponzoña, engendra-
p a r a h a c e r t e r i c o ? Si q u i e r e s salir d o r a d e m á s asesinatos; q u e t o d o s PARÍS.—Dame u n a tea. A p á r t a t e : n o c i o n e s , q u e tigres h a m b r i e n t o s o
d e p o b r e z a , r o m p e l a ley y r e c i b e los venenos que n o debes vender. q u i e r o ser visto. P o n t e al p i e d e mares alborotadas.
L a v e n t a la h e h e c h o y o , n o to. a q u e l a r b u s t o , y e s t á t e c o n el o í d o BALTASAR.—En n a d a p i e n s o estor-
mi dinero. , Adiós: c o m p r a pan, y cúbrete. N o
BOTICARIO.—Mi p o b r e z a lo r e c i b e , f i j o e n l a tierra, p a r a q u e n a d i e baros, señor.
u n v e n e n o , sino u n a b e b i d a c o n - h u e l l e el m o v e d i z o s u e l o del ce- ROMEO.—Es l a m e j o r p r u e b a d e
no mi voluntad.
ROMEO.—Yo n o pago t u voluntad, s o l a d o r a l l e v o c o n m i g o al s e p u l c r o m e n t e r i o , sin n o t a r l o y o . A p e n a s amistad que puedes darme. T o m a ,
de Julieta. sientas a a l g u n o , d a u n silbido. y s é feliz, a m i g o m í o .
sino t u p o b r e z a .
D a m e las flores, y o b e d e c e . B A L T A S A R . - H ' / Í parte.) P u e s , a p e s a r
P A J E . — A s í l o h a r é ; (aparte) aunque d e t o d o , v o y a o b s e r v a r lo q u e
m u c h o t e m o r m e d a el q u e d a r m e h a c e ; p o r q u e su r o s t r o y sus p a l a -
E S C E N A II s o l o en este c e m e n t e r i o . bras m e espantan.
PARÍS.—Vengo a c u b r i r d e f l o r e s el ROMEO.—¡Abominable seno d e la
lecho nupcial de la flor m á s her- muerte, que h a s devorado la me-
Celda de fray Lorenzo jor p r e n d a d e l a t i e r r a , a ú n h a s
m o s a q u e salió d e las m a n o s d e
'FRAY JUAN y FRAY LORENZO) Dios. H e r m o s a Julieta, q u e m o r a s de tener mayor alimento! (Abre
e n t r e los c o r o s d e los ángeles, re- las puertas del sepulcro.)
FRAY LORENZO. — iQ u e desgracia! cibe e s t e m i p o s t r e r r e c u e r d o . PARÍS.—Este e s M o n t e s c o , el a t r e -
FRAY J U A N . — , H e r m a n o mío, santo V i v a , te a m é : m u e r t a , v e n g o a v i d o d e s t e r r a d o , el asesino d e T e o -
¡Por v i d a d e m i p a d r e S a n F r a n -
varón! ¿isco! - Y n o e r a c a r t a inútil, a d o r n a r c o n tristes o f r e n d a s t u b a l d o , del p r i m o d e m i d a m a , q u e
FRAY LORENZO.—Sin d u d a e s b r a y sino con nuevas de grande impor- s e p u l c r o . (El paje silba.) S i e n t o l a por eso m u r i ó de pena, según di-
J u a n el q u e m e l l a m a . B i e n v e n i d o t a n c i a . P u e d e ser m u y f u n e s t o el s e ñ a l del p a j e : a l g u i e n se a c e r c a . c e n . Sin d u d a h a v e n i d o a q u í a
seáis d e M a n t u a ; ¿ q u é d i c e R o - retardo. Fray Juan, búscame en ¿ Q u é p i e i n f e r n a l es el q u e se llega p r o f a n a r los c a d á v e r e s . V p y a a t a -
m e o ? D a d m e su c a r t a , si es q u e s e g u i d a u n a z a d ó n y llévale a mi d e n o c h e a i n t e r r u m p i r m i s pia- j a r l e e n su d i a b ó l i c o i n t e n t o . C e s a ,
traéis alguna. dosos ritos? | Y trae u n a tea en- i n f a m e Montesco; ¿no basta la
celda.
FRAY J U A N . — B u s q u é a u n f r a i l e d e s - cendida! ¡Noche, cúbreme con tu m u e r t e a detener tu venganza y
FRAY JUAN.—En s e g u i d a , h e r m a n o . m a n t o ! (Entran Romeo y Balta- t u s f u r o r e s ? ¿ P o r q u é n o te r i n d e s ,
calzo de nuestra orden, para que
(Vase.) sar.) m a l v a d o proscrito? Sigúeme, q u e
m e acompañara. Al fin le encon-
FRAY LORENZO.—Sólo- t e n g o q u e ir has de morir.
tré c u r a n d o enfermos. L a ronda, R O M E O . — D a m e ese a z a d ó n y e s a
al v e r n o s s a l i r d e u n a c a s a , t e m i ó al c e m e n t e r i o , p o r q u e d e n t r o d e p a l a n c a . T o m a esta c a r t a . A p e n a s ROMEO.—Sí: a m o r i r v e n g o . N o b l e
q u e e n e l l a h u b i e s e p e s t e . Sellaron tres horas h a de despertar la her- a m a n e z c a , p r o c u r a r á s q u e l a re- j o v e n , n o tientes a q u i e n v i e n e
las p u e r t a s , y n o n o s d e j a r o n salir. m o s a J u l i e t a d e su d e s m a y o . Mu- c i b a F r a y L o r e n z o . D a m e la luz, ciego y desalentado. Hilye de m í :
P o r e s o s e d e s b a r a t ó el v i a j e a c h o se e n o j a r á c o n m i g o p o r q u e no y si e n a l g o e s t i m a s la v i d a , n a d a d é j a m e ; a c u é r d a t e d e los q u e f u e -
di o p o r t u n a m e n t e aviso a R o m e o . te i m p o r t e l o q u e v e a s u oigas, ni r o n y n o son. A c u é r d a t e y tiem*
Mantua. A .
FRAY LORENZO.—¿Y q u i e n llevó la Volveré a escribir a M a n t u a y q u i e r a s e s t o r b a r m e en n a d a . L a bla, n o m e p r o v o q u e s m á s , j o v e n
entre tanto la tendré e n mi celda principal razón q u e aquí m e trae insensato. P o r D i o s te l o s u p l i c o .
carta a Romeo? , _ esperando a R o m e o . ¡Pobre ca- n o es v e r p o r ú l t i m a v e z el r o s t r o N o quieras añadir u n n u e v o pe-
FRAY J U A N . — N a d i e : a q u í e s t á . N o d á v e r v i v o e n c e r r a d o e n l a cárcel d e m i a m a d a , s i n o a p o d e r a r m e del c a d o a los q u e a b r u m a n m i c a b e -
p u d e e n c o n t r a r s i q u i e r a q u i e n os de un muerto! anillo nupcial que a ú n tiene en su za. T e q u i e r o m á s q u e lo q u e t ú
fa devolviese. T a l m i e d o t e m a n
d e d o , y llevarle s i e m p r e c o m o p u e d e s q u e r e r t e . H e v e n i d o a lu-
todos a la peste.
p r e n d a de a m o r . Aléjate, pues. Y c h a r c o n m i g o m i s m o . H u y e , si
si l a c u r i o s i d a d te m u e v e a seguir q u i e r e s salvar l a v i d a , y ' a g r a d e c e
mis pasos, júrotc q u e he de ha- el c o n s e j o d e u n loco.
c e r t e trizas, y e s p a r c i r t u s m i e m - PARÍS.—¡Vil d e s t e r r a d o , e n v a n o son
b r o s d e s g a r r a d o s p o r t o d o s los esas súplicas!
r i n c o n e s d e este c e m e n t e r i o . M á s ROMEO.—¿Te e m p e ñ a s en p r o v o c a r -
n e g r a s y f e r o c e s s o n m i s inten- m e ? Pues m u e r e . . . (Petean.)
ni
Ven áspero y vencedor piloto: mi
P A J E — i A y . Dios! pelean: voy a pe ALGUACIL 3 9 — T e m b l o r o s o y suspi-
nave, h a r t a d e c o m b a t i r c o n las y o e s t a r y allí e s t o y . P e r o ¿ d ó n d e
£ s o c o r r o . (Va£ Cae herido Pa- r a n d o h e m o s hallado a este fraile
olas, q u i e r e q u e b r a n t a r s e e n lOs p e - está Romeo, p a d r e mío?
ñascos. Brindemos por mi dama. FRAY LORENZO.—Oigo r u i d o . D e j a cargado con u n a palanca y u n aza-
R A m s ^ A y d e m í , m u e r t o s o y ! Si d ó n ; salía del c e m e n t e r i o .
¡ O h c u á n p o r t e n t o s o s s o n l o s efec- t ú pronto ese f o c o d e infección,
tienes l á s t i m a d e m i , p o n m e e n ei ese lecho d e fingida muerte. L a ALGUACIL 1 9 — S o s p e c h o s o e s t o d o
tos d e t u b á l s a m o , a l q u i m i s t a ve-
sepulcro d e Julieta. s u p r e m a v o l u n t a d d e D i o s h a ve- e s o : d e t e n g á m o s l e . (Llegan el Prin-
r a z ! Así, c o n este b e s o . . . m u e r o .
ROMEO.—SÍ q u e l o . h a r é . V e á m o s l e n i d o a d e s b a r a t a r m i s p l a n e s . Si- cipe y sus guardas.)
el r o s t r o . ¡El p a n e n t e d e M e r c u -
(Cae Llega Fray Lorenzo.)
FRAY LORENZO.—iPor S a n F r a n c i s c o gúeme. T u esposo yace m u e r t o a PRÍNCIPE.—¿Qué h a o c u r r i d o p a r a
tio el c o n d e P a r í s ! A l tieriipo d e tu l a d o , y P a r i s m u e r t o t a m b i é n . despertarme tan de madrugada?
m o n t a r a c a b a l l o , ¿ n o oí, c o m o y m i s a n t o h á b i t o ! ¡Esta n o c h e
mi v i e j o pie v i e n e t r o p e z a n d o e n Sigúeme a un devoto convento y (Entran Capuleto, su mujer, etc.)
e n t r e s o m b r a s , d e c i r a m i escude- n a d a m á s m e digas, p o r q u e la
t o d o s los sepulcros! ¿Quién a tales CAPULETO.—¿Qué g r i t o s s o n los q u e
ro que iban a casarse París y g e n t e se a c e r c a . S i g ú e m e , J u l i e t a ,
h o r a s i n t e r r u m p e el silencio d e los s u e n a n p o r e s a s calles?
Julieta? ¿ F u e realidad o sueno? que no podemos detenernos aquí.
muertos? SEÑORA CAPULETO.—Unos d i c e n " J u -
; 0 e s q u e e s t a b a y o l o c o y creí (Vase.)
BAI TASAR.—Un a m i g o vuestro, y d e lieta", o t r o s " R o m e o " , o t r o s " P a -
que m e hablaban de Julieta? T u JULIETA.—Yo a q u í m e q u e d a r é . ¡Es-
n o m b r e e s t á e s c r i t o c o n el m í o en ris", y t o d o s c o r r i e n d o y d a n d o
todas veras. . poso mío! M a s ¿que veo? U n a
el s a n g r i e n t o l i b r o del d e s t i n o . gritos, se a g o l p a n al c e m e n t e r i o .
FRAY LORENZO.—Con b i e n seas. ¿Y c o p a tiene e n las m a n o s . C o n ve-
T r i u n f a l s e p u l c r o te e s p e r a : ¿ Q u e PRÍNCIPE.—¿Qué h i s t o r i a h o r r e n d a y
p a r a q u é sirve aquella luz, o c u p a - neno ha apresurado su muerte.
d i g o s e p u l c r o ? M o r a d a d e luz, po- peregrina es ésta?
d a e n a l u m b r a r a g u s a n o s y cala- ¡ C r u e l ! n o m e d e j ó ni u n a g o t a
b r e j o v e n . Allí d u e r m e J u l i e t a , y ALGUACIL 1 9 — P r í n c i p e , v e d . A q u í
v e r a s ? M e p a r e c e q u e e s t á encen- q u e b e b e r . P e r o b e s a r é t u s la-
ella b a s t a p a r a d a r luz y h e r m o - e s t á n x el c o n d e P a r i s y R o m e o ,
d i d a e n el m o n u m e n t o d e los bios q u e q u i z á c o n t i e n e n a l g ú n
s u r a al m a u s o l e o . Y a c e t u a su v i o l e n t a m e n t e m u e r t o s , y Julieta,
Capilletas. resabio del veneno. Él m e m a t a r á
l a d o : u n m u e r t o e s q u i e n te en- caliente todavía y desangrándose.
BAI TASAR — V e r d a d es, p a d r e mío, y m e s a l v a r á . (Le besa.) A ú n sien-
t i e r r a (Cuando el m o r i b u n d o se PRÍNCIPE.—¿Averiguasteis l a c a u s a
y allí se e n c u e n t r a m i a m o , a t o el c a l o r d e sus labios.
a c e r c a al t r a n c e f i n a l , suele r e a n i - d e estos d e l i t o s ?
q u i e n t a n t o queréis. ALGUACIL 1 9 — { D e n t r o . ) ¿ D ó n d e es-
m a r s e y a e s t o l o l l a m a n el ul- ALGUACIL 1 9 — S ó l o h e m o s h a l l a d o a
FRAY LORENZO.—¿De q u i e n h a b l a s / tá? Guiadme.
t i m o destello. E s p o s a m í a , a m o r u n f r a i l e y al p a j e d e R o m e o , car-
BALTASAR. — D e R o m e o . JULIETA.—Siento p a s o s . N e c e s a r i o es
m í o , l a m u e r t e q u e a j ó el n é c t a r g a d o s con picos y a z a d o n e s p r o -
FRAY LORENZO.—¿Y c u a n t o t i e m p o a b r e v i a r . (Coge el puñal de Ro-
d e t u s labios, n o h a p o d i d o ven- pios p a r a l e v a n t a r la losa d e u n
c e r del t o d o t u h e r m o s u r a , l o - hace que h a venido? meo.) ¡ D u l c e h i e r r o , d e s c a n s a e n sepulcro.
davía irradia e n tus ojos y e n t u BALTASAR.—Una media hora. mi corazón, mientras y o muero!
FRAY LORENZO.—Sigúeme. CAPULETO.—¡Dios m í o ! E s p o s a m í a ,
semblante, donde aún n o h a podi- (Se hiere y cae sobre el cuerpo de
¿ n o ves c o r r e r l a s a n g r e d e n u e s -
d o desplegar la m u e r t e su odiosa BALTASAR.—¿Y c ó m o , p a d r e , si mi Romeo. Entran la ronda y el paje
tra hija? Ese puñal ha errado el
bandera. A h o r a quiero calmar la a m o c r e e q u e n o estoy aquí, y de Paris.)
m e h a a m e n a z a d o c o n la m u e r t e , camino: debía haberse clavado en
sombra d e Teobaldo, que yace en P A J E . — A q u í es d o n d e b r i l l a b a l a
si y o le s e g u í a ? el p e c h o del M o n t e s c o y n o e n el
ese s e p u l c r o . L a m i s m a m a n o q u e luz.
de nuestra inocente hija.
c o r t ó t u v i d a , v a a c o r t a r l a d e t u FRAY LORENZO.—Pues q u é d a t e , e u e ALGUACIL 1 9 — R e c o r r e d el c e m e n -
SEÑORA CAPULETO.—¡DIOS MÍO!
e n e m i g o . Julieta, , p o r q u e e s t a s y o solo. ¡ D i o s m í o ! A l g u n a catás- terio. Huellas de sangre hay. Pren-
trofe temo. S i e n t o el t o q u e d e las c a m p a n a s
a ú n t a n h e r m o s a ? ¿ S e r a q u e el d e d a t o d o s los q u e e n c o n t r é i s .
d e s c a r n a d o m o n s t r u o t e o f r e c e sus BALTASAR.—Dormido al p i e d e a q u e l q u e g u í a n m i v e j e z al s e p u l c r o .
¡ H o r r e n d a vista! M u e r t o P a r i s , y
a m o r e s y t e q u i e r e p a r a su d a m a . a r b u s t o , s o ñ é q u e m i señor mata- Julieta, a q u i e n h a c e d o s d í a s e n - (Llegan Montesco y otros.)
P a r a impedirlo, dormiré contigo ba a otro en desafío. t e r r a m o s p o r m u e r t a , se e s t á d e - PRÍNCIPE.—Mucho h a s a m a n e c i d o ,
e n e s t a s o m b r í a g r u t a d e l a n o c h e , FRAY L O R E N Z O . — ¡ R o m e o ! Pero sangrando, caliente todavía. Lla- Montesco, pero m u c h o antes cayó
e n c o m p a ñ í a d e esos g u s a n o s , q u e • D i o s m í o ! ¿ q u é s a n g r e es é s t a e n m a d al P r í n c i p e , y a los C a p u l e t o s tu primogénito.
son h o y tus únicas doncellas Este las g r a d a s del m o n u m e n t o ? ¿Que y a los M o n t é s e o s . S ó l o v e m o s MONTESCO.—¡Poder d e l o a l t o ! A y e r
s e r á m i e t e r n o r e p o s o . A q u í des- e s p a d a s éstas sin d u e ñ o , y tintas c a d á v e r e s , p e r o n o p o d e m o s ati- f a l l e c i ó m i m u j e r d e p e n a p o r el
cansará m i cuerpo, libre d e la f a - t o d a v í a d e s a n g r e ? ( E n t r a en el nar con la causa de su muerte. destierro de m i hijo. ¿ H a y reser-
t í d i c a ley d e l o s astros. R e c i b e t u sepulcro.) ¡ R o m e o ! ¡ P á l i d o está (Traen algunos a Baltasar.) vada alguna pena más p a r a mi
la ú l t i m a m i r a d a d e m i s o j o s , ei c o m o la m u e r t e ! ¡Y P a r í s cubier- triste vejez?
ALGUACIL 2 9 — E s t e es el e s c u d e r o
ú l t i m o a b r a z o d e m i s b r a z o s , el ul- t o d e s a n g r e ! . . . L a d o n c e l l a se PRÍNCIPE.—Tú m i s m o p u e d e s v e r l a .
d e R o m e o , y a q u í le h e m o s e n -
t i m o b e s o d e m i s labios, p u e r t a s m u e v e . (Despierta Julieta.) MONTESCO.—¿Por q u é t a n t a d e s c o r -
contrado.
d e l a v i d a , q u e v i e n e n a sellar m i JULIETA.—Padre, ¿ d ó n d e e s t á m i ra- ALGUACIL 1 9 — E s p e r e m o s l a l l e g a d a tesía, h i j o m í o ? ¿ P o r q u é t e atre-
eterno contrato con la muerte. poso? Y a recuerdo dónde denla
d e l P r í n c i p e . (Entran otros con viste ¿ ir al s e p u l c r o a n t e s q u e t u
Fray Lorenzo.) padre?
I Romanticismo.-
criticar m i vida
PRÍNCIPE.—Contened por un mo- q u e sólo e n pocas horas P°»
m S o vuestro llanto, m i e n t r a adelantar mi muerte. . El Romanticismo es un movimiento l i t e r a r i o c u l t u r a l que se
S o la f u e n t e de estas desdi-
c h ^ T L u e g o procuraré consolaros revela contra l a s normas e s t r i c t a s de l o s neoclásicos.

s£h —
« E m p a ñ a r o s hasta la muerte. Oigamos ahora al criado d e Ro-
me
°- _ v _ a mi a m o noticia
B a l t a s a r — Y o di a mi ®
d e la muerte de Julieta^ A t o a
^

orisa salimos d e M a n t u a , y 1«
a este cementerio. M e dio
La poesía romantica f u e arrebatada, pasional, s u b j e t i v a , -
liiativa, polemista. Los e s c r i t o r e s románticos tuvieron como
rito de p a r t i d a e l yo interno, expresando sus sentimientos y -
por mi estado sacerdotal ^ r o e
más sospechoso por la hora y ei siones dando rienda s u e l t a a su pensamiento olvidándose de l a
Z a r v¿y a acusarme y a defen-
d e r m e al m i s m o tiempo. trica y l a rima, siendo su único objetivo e l concepto que t r a
P RÍN CIPE. — D e c id nos lo que sepáis.
an de t r a n s m i t i r .

-S« áS El romanticismo t i e n e sus p r i n c i p i o s en Alemania e I n g l a t £


1 y desde ahí fue difundido por toda Europa; se puede conside
[que se i n i c i a a f i n e s del s i g l o XVIII y que llegó a su e s -
a m o se lo estorbó, riñeron, y y o
corriendo a pedir auxilio. ador durante l a primera mitad del s i g l o XIX.
PRÍNCIPE — E s t a c a r t a c o n f i r m a las

fS^-fS
palabras de este bendito fraile Las c a r a c t e r í s t i c a s l i t e r a r i a s del romanticismo son:
buscase u n a m a n e « de .mped.r
e « a segunda boda, porque no 1. En cuanto a l fondo: y
t b a a matarse en mi presenc'a Y o
e di u n narcótico p r e p a r a d o p o r y
mí cuyos efectos a m u l a b a n la
c„ Julieta ¡Capuletos, M o n - a) Predominio del yo romántico, e l idealismo y l a me-
íeTco és"a i la'ma P ldici6n divina
. . . V avise a R o m e o por u n a
carta que vintese esta noche (en
colía, en oposición a l clasicismo, que debe mantenerse f i e l
o « V a despertaría) a ayudarme las normas s u b j e t i v a s , e l romanticismo es profundamente s u b j ^
^nterra^Trayluana.u.en
hov el castigo de Dios. 0, la f a n t a s í a romántica i d e a l i z a l a r e a l i d a d .
de^Verona^ pór súbito accidente.

b) El esplritualismo acentuado cuando contribuye a mar


M ^ c o ^ a r t e ^ K :
r i V e s ^ e a i S hacer u n a e ^ a t u a d e oro el despego de l a s cosas m a t e r i a l e s .

sss^s de la h e r m o s a Julieta, y tal <^ue


asombre a la ciudad
CAPULETO.—Y a su lado h a r é yo
o t r a ieual p a r a R o m e o
PidN C I P E ^ — ~ ¡Tardía amistad y recon-
c) El c u l t o a l sentimiento. El amor arrebato o nostál^
oes e l objeto c a p i t a l de los p o e t a s .
cUiación, que a l u m b r a u n soM>*n
triste! Seguidme: aun hay q u e h * d) La valoración del p a i s a j e . El romanticismo se iden
ica con e l p a i s a j e grandioso y melancólico, l o nocturno, los
de Julieto y R o m e o
P s sombríos y misteriosos, e l mar i n f i n i t o , e t c . . .
FIN e) La adoración por lo medieval y exótico., .buscando -
los escenarios adecuados a su f a n t a s í a , f u e r a de l a realidad-
Algunos e s c r i t o r e s románticos fueron: En Álemsnitá, Goethe,
que l o s rodea. walis, Heine; en I n g l a t e r r a Lord Byron, G.Gordon,1 S i r Walter
0 El sentimiento nacional, contrario a l neoclasici, Scott, S.T.Coleridge; en Francia A. de l a Martine, Victor Hugo,
. . . . i n t e r é s por lo po
™ de gusto generalmente europeo, despierta ,R. de Chateaubriand, Madame de S t e a l , A de Musset; en España
la
^ l o ^ f o l c l o r i c o , lo t i p i c o y pintoresco de c a d a ^ a l s y ¡uque de Rivas, José de ÍEspronceda, José de Larra, José Zorri-

exaltación por los movimientos de liberación nacional. , Gustavo Adolfo Bécker; en Estado Unidos, Washington I r v i n g ,
ráore Cooper y Edgar Alian Poe.
2 En cuanto a l a foima. Este movimiento f i l o s ó f i c o - s o c i a l - a r t í s t i c o llegó a MÉxico
a) L a Libertad. El neoclasicismo con su r i g o r precepiti través de España y Francia, para l a primera mitad del s i g l o -
' ...„J El romanticismo procli 1 la creación l i t e r a r i a en México t i e n e una c a r a c t e r í s t i c a ro
t a ocasionó un a r t e s i n personalidad, fcl rom» r
T e r lugar l a l i b e r t a d del a r t i s t a para crear su obra, éntica y sus cultivadores son numerosos, podemos considerar -
en primer lugar l a l i instrumento de educac
l a s i e n t e , afirmando que e l a r t e no es m s oe el romanticismo se i n i c i a en México alrededor del año de -
s i n o vehículo de l o s sentimientos de su creador. 30.

« La ExpresiOn. Para e l romanticismo l a s obras no son El movimiento romántico mexicano se puede d i v i d i r en t r e s


U a s o f e a s según se a j u s t e n o no a l o s modelos clasicos. i üpas: El de l a Independencia, La Academia de Letrán y e l Li-
l l a s o f e a s según j m e z c l a d o de verso y prosa; jo Hidalgo.

^ T a r / e s Í n de l l s t r e s unidades, l a mezcla de lo o j De l a etapa de la Independencia se considera a Francisco -


t e a t r o a exp ^ lijnetr ja ^ poco anárquico ; l a s exclamaci ^ ^ d e T a g l e ^ ^ndrSs Quinatana Roo y Francisco Ortega.
CO y l O t g f Pe t i c a s ?
l a s evocaciones v*-í r > t n r p « ; c a s O ^ L Los
pintorescas Tai* poemas
—«nmn » de estos eo sp c c vr iì t+o r e s fueron
-fi í a v n m principalmente
« r í r í í - í m o l m o r i + a escrd
nes violentas o P a t f io g e m e n t e se útil os para e x a l t a r e l movimiento de independencia.
l i a n t e s , l a s á t i r a despiadada y e l e l o g i
De l a etapa de l a Academia de Letrán se considera a Gui-
para l l e v a r a l l e c t o r l a emoción q ue ^ ^ ^ ^
• sionarlo más que para convencerlo, pero soore ermo P r i e t o , a Andrés Quintana Rooo, Ignacio Rodríguez Galván
ra impre ^ hacen en ^ f o r ma totalmente exprés ^ paynQ^ e t c > > E s t o s e s c r i t o r e s tenían e l propósito de
t a s
. im vocabularicjercitar
v e l estímulo reciproco, l a c r í t i c a o b j e t i v a y de promo
El romanticismo empica
c)Lenguaje.
E l ;r
i n c o n f u n d i b l e s (' la creación l i t e r a r i a ; lograr l a corrección en e l e s t i l o pa
• 4. fi-t crea f a s e s t í p i c a s
enérgico y pintoresco, c o locando e l adjetivo aladar a l a s l e t r a s un c a r á c t e r propio; réunir a e s c r i t o r e s de
siempre
1U1 v de sustantivo
— y adjetivo,^ ^ expresión) & ^ s l a s clases sociales para hacer c r í t i c a ; tener actitudes -
del sustantivo, para darle mayor fuerza a su 'finamente románticas y ampliar su panorama traduciendo a Go-
gubre viento, súbito t e n o r , vana ilusxSn, e t c . . . fos, Victor Hi^o, Byron y o t r o s .
E„ l a etapa del Liceo Hidalgo se encuentran escritores co lo encontraron inconsciente en un vagón de ferrocarril; des
m o Francisco Zarco. Florencio M. del C a s t i l l o , V i c e n t e ^ H
oís fue hallado embriagado en una taberna y murió luego en un
Z L , Guillermo P r i e t o , Manuel M. Flox*s, Manuel A c ^ a y - cspital después del delirium tremens.
Poe escribe
w j ^ x a w o también
c.ajiiuj.cji algunos
d-L^uiius lcuentos
u c u l u s ade
e t e r r o r , los
ios cuales
o t r o sEl
^ Liceo
^ ^Hidalgo
^ ^se £toimo
o f l n 6 ccon
o n e«s cur x
i t .o — que
r e s- n - haMan per*
- considerados como precedente de l a novela p o l i c i a c a . Entre
inconsiderados
necido a l a Academia de Letras y los nuevos e s c r i t o r e s en suto sBmme ej 0j ores
n e c i d o V i r i c a d m i l r e s cuentos están: La Caída de l a Casa de Usher, El Es
^ V d tenecieron
. r n _ aall LLiceo hasta eell año
i c e o hasta año de
de 1882,
1882, cuando
cuando sese ffaba
[rabaj0j 0 de Qro, El
d e Oro, El Corazón
Corazón Revelad
Revelador, Doble Crimen de la Ca-
clausurÓ;^su propósito era lograr e l nacionalismo de l a l i t e » ^ l a Morgue, e t c .
clausuro; su P ^ ..— . „ c^r fI tt ii cr aa bb aa;: se r e n d i d C o n e l objeto fe q u e t ú observes y analices - 1
se rendían — — n— — — / ^ ^ ^ w o algunas ca-
tura mexicana, se d i s c u t í a , rev y .
menajes, se promovían y difundían concursos y se publicaban cterís t i c a s del romanticismo, se incline para t u lectura "La
Ida de l a Casa Usher" que es considerada una de las mejores
obras.
ras del autor y para algunos es también algunos datos auto-
wrfifi r.n<; Hel m-i cmn
Edgar Alian Poe.
Edgar Alian Poe (1809-1849). Este f a ^ s o e s c r i t o r ñor*
es uno de los m ^ o s e x p o n e o s de l a =

« c a , nació en Boston y murió en Nueva Y o * ^


c a s . niño, lo « c o g i ó un ^ ^
Alian) . Hizo sus p r i m o s estudios en t
continuarlos en Virginia. Se d i s t ^ por su ^
s u carácter a l e a d o , los deportes y ^ ^
bebida. Fue m i l i t a r un tiempo y despu.s se ded có 1
bernia, tuvo e l apoyo en P ^ a .
En 1823 ganó su primer premio (100 dólaresj po
L e l primer lugar y que fue publicado en una ^
1836 se casó con su p r i ^ Virginia Cleem ,ue e «
vivió con su prima, ahora esposa, y su t í a y llevó una
gabunda. niervo" Su
En 1845 publicó su inmortal poema El Cuervo ^
•J -el*, f d c i l Su esposa murió muy 30V
apoteósica y su vida fue f á c i l . bu P
190 aèjL;

jarea, una carta de él, con tal tono ejercido sobre la otra en una larga
vehemente apremio, que no ad- serie de siglos—. esta deficiencia
a otra respuesta que mi presen- quizás de rama colateral y de la con-
La letra mostraba una evidente siguiente transmisión directa de pa-
ilación nerviosa. Su autor me ha- dre a hijo, del patrimonio del nom-
¿a de una dolencia física aguda, bre, era lo que a la larga había iden-
LA CAIDA DE LA CASA DE USHER
una afección mental qüe lo opri- tificado tan bien a los dos, reunien-
úa, y de un ardiente deseo de vgr- do el título originario de la posesión
ya que era su mejor amigo,- y con la arcaica y equívoca denomi-
Su corazón es un laúd colgado; apenas realidad, d único, pues pensaba nación de "Casa de Usher", la cual
lo locan, resuena. tillar en el gozo de mi compañía denominación era empleada por los
D e BÉRANCER ¡ta alivio para su mal. N o me lugareños, y que parecía juntar en
rrmitió vacilación el modo como su espíritu la familia y la mansión
decía estas cosas y muchas más, solariega.
D u r a n t e un día e n t e r o d e otoño, q u e m e desalentaba así al c o n t e m - aquella manera de abriitne su pe- Ya dije que el único efecto de mi
oscuro. Sombrío v silencioso e n q u e plar la C a s a d e U s h e r ? Misterio d e to, Por tanto, obedecí de inmfediato experiencia un tanto pueril —quiero
las nubes pesaban o p r e s o r a s y bajas t o d o p u n t o insoluble; l u c h a r n o po- lo que yo consideraba, no obstan- decir, haber mirado el estanque—,
en los cielos, había a t r a v e s a d o solo d í a c o n t r a las tétricas visiones q u e corno una invitación de lo más fue tornar más profunda aquella pri-
> a caballo u n a extensión particu- se a m o n t o n a b a n sobre m í en t a n t o i/año. mera y tan singular impresión. N o
larmente l ú g u b r e del país, y final- q u e r e f l e x i o n a b a sobre ello. V í m e Aun cuando de niños hubiéramos puedo dudar que la conciencia de
mente, c u a n d o las s o m b r a s d e la no- f o r z a d o a r e c u r r i r a la conclusión ¡lo amigos íntimos, en realidad sa- mi acrecentada superstición —¿por
c h e se a c e r c a b a n , m e e n c o n t r é a la n o satisfactoria d e que sin lugar a yo muy poco de mi amigo. Una qué no definirla así?— haya servido
vista d e la melancólica C a s a d e d u d a existen c o m b i n a c i o n e s d e oo- serva excesiva había entrado siém- para acelerar aquel crecimiento. Yo
U s h e r . N o sé c ó m o aconteció, pero, jetos naturales m u y sencillas q u e po- dentro de sus costumbres. Sabía, sabía desde hacía mucho que tal es
seen el p o d e r d e a f e c t a r n o s d e esta embargo, que pertenecía a una la ley paradójica de todos los sen-
a la p r i m e r a m i r a d a <jue a r r o j é so-
m a n e r a , a u n q u e el análisis d e tal nijia antiquísima que desde tiem- timientos que tienen por base el te-
bre el edificio, p e n e t r o e n mi espí-
p o d e r esté b a s a d o en consideracio- inmemoriales se había distingui- rror. Y aquella fue quizás la sola
ritu u n sentimiento d e insufrible tris- nes q u e nos h a r í a n perder el pie.
teza. D i g o insufrible, ya que aquel por una especial sensibilidad de razón que hizo que brotase en mi
P e n s é q u e e r a posible q u e u n a sim- ¡iperamento, desplegada, al través mente —cuando mis ojos se alzaron
sentimiento n o estaba mitigado por ple d i f e r e n c i a en la colocación d e
aquella e m o c i ó n s e m i a g r a d a b l e p o i
siglos, en numerosas obras de ele- hacia la casa misma desde la ima-
los detalles de la d e c o r a c i ó n , d e los do arte, 'y que se había manifes- gen del estanque— una visión ex-
ser poética c o n que el á n i m o recibe p o r m e n o r e s de un c u a d r o , fuese su- o desde antiguo en actos repeti- traña, uña idea tan ridicula, a la
en generai h a s t a la severidad d e las ficiente p a r a m o d i f i c a r o quizás p a r a de una generosa y discreta verdad, que, si la menciono, es para
naturales imágenes de la desolación aniquilar esa capacidad d e impresión "liad, así como en un amor a pa- demostrar la vivida fuerza de las
y del terror. C o n t e m p l a b a y o (a es dolorosa. A c t u a n d o c o n f o r m e a esta nado _ por las dificultades, más sensaciones que me oprimían. Mi
c e n a desplegada ante mi vista: la idea, guié mi caballo hacia la orilla «i quizás que por las bellezas or- imaginación había trabajado tanto,
simple casa, el sencillo paisaje pro- e s c a r p a d a d e un negro y lúgubre was, siempre tan fácilmente re- que llegué a creer en realidad que
pio d e la posesión, los muros hela- e s t a n q u e q u e se extendía c o n tran- nocibles, de la ciencia musical. flotaba una atmósfera particular en
dos, las v e n t a n a s q u e s e m e j a b a n ojos quilo brillo a n t e la casa, m i r a n d o |ibién llegó a mi conocimiento torno de la casa y la posesión en-
vacíos, u n o s cuantos. juncos alinea c o n fijeza hacia a b a j o — p e r o c o n techo muy notable de que, del teras. así como en los lugares más
d o s y algunos t r o n c o s blancos y en- un sobresalto a ú n m á s a t e r r a d o r q u e de la estirpe de los Usher, cercanos, atmósfera que no guarda-
fermizos; c o n t e m p l a b a t o d o eso sin- a n t e s — las imágenes recompuestas gloriosamente antiguo que fue- ba ninguna afinidad con el aire del
t i e n d o u n a c o m p l e t a depresión en e invertidas d e los grisáceos juncos, nunca había brotado, en época cielo, sino que se desprendía de los
mi a l m a q u e n o podría c o m p a r a r s e d e los troncos d e arboles siniestros «a, ninguna rama duradera: en enfermizos arboles, de los muros gri-
a p r o p i a d a m e n t e , entre las sensacio- y d e las v e n t a n a s parecidas a ojos «palabras, <jue la familia entera ses y del silencioso estanque, y un
nes terrenas, s i n o c o n aquel e n s u e ñ o sin inteligencia. sólo se había perpetuado en lí- vapor pestilente y místico, apenas
posterior del f u m a d o r d e opio, c o n N o obstante, en aquella m a n s i ó n directa, con algunas excepciones visible, opaco, pesado, de un tono
aquella a m ? r g a vuelta a la vida dia- d e melancolía m e p r o p o n í a residir unificantes y pasajeras. Esta de- plomizo.
ria, a la horrible v lenta caída del u n a s semanas. Su propietario. Ro- licia —pensé, en tanto revisaba
velo. Era u n a sensación glacial, u n derick U s h e r , h a b í a sido u n o de mis ¡ámente la perfecta concordan- Sacudí de mi espíritu lo que no
d e c a i m i e n t o , u n a náusea en el cora- joviales c a n t a r a d a s d e i n f a n c i a , p e r o te aquellos asertos con el carác- podía ser sino un sueño, y examiné
zón u n a irremediable tristeza d e habían transcurrido muchos años 'foverbial de la raza, y mientras con más atención el aspecto re; J
a
p e n s a m i e n t o q u e ningún e s t í m u l o de desde n u e s t r a última entrevista. C o n t>a en la probable influencia del edificio. Su rasgo distintivo prin-
la imaginación o o d i a reaviva> ni un t o d o h a b í a y o recibido recientemen- cualquiera de ellas podría haber cipal parecía ser el de una excesiva
te. e n u n a a l e j a d a parte d e l a co- antigüedad. Era grande la decolora-
pulsa- a c sublime ( Q u é era «ne
detuve oara pensarlo m e era <o
•i
ción producida, porotos siglox Mc escaleras me topé con el foé&co, <$fe
nudos hongos reco&ftan toda l i ¡fa- 1» familia. Pensé, que s» »««»oUníe * que estaba frente a mí, y el compa- gica, a esa enunciación abrupta, pe-
chada, y U tapizaban, a partir del mostraba una expresión que era una jero de mis primeros años. Con to- sada, lenta —una enunciación hue-
techo, -como una fina tela cimosa» mezcla de baiak astucia y de perple- fo el carácter de su fisonomía siem- ca—, a esa habla gutural, plúmbea,
mentn bordada Pero ciertamente lo- jidad. Me saludó con azoranjiento pre había sido notable. Un cutis tersamente modulada y equilibrada
d o aquello.00 implicaba ningún de- y pasów t i criado abrió entonces una «dtvérico; ojos grandes, líquidos y que puede observarse en el borracho
leriora fuera de b> común Ninguna puerta y me Introdujo a presencia luminosos sobre toda comparación; perdido o en el incorregible fuma-
parte de manipostería se había des- de su señor libios finos, muy pálidos, pero de dor de opio, durante los períodos de
prtodidat y parecía existir una con- La habitación en que me encon- ma curva sobremanera bella; nariz su más intensa excitación.
tradicción extra fia entre la consisten- traba era muy amplia y alta las lie un delicado tipo hebreo, pero de Fue así como me habló del objeto
cia general intacta de todas sus par- ventanas largas estrechas y ojivales achura desacostumbrada en seme- de mi visita, de su ardiente deseo
tes y el estado particular de las pie- se abrían a tanta distancia del nt~ jante forma; barbilla moldeada con de verme y de la alegría que espe-
dras desmenuzada», lo que me ie* gropiso de roble, que eran inaletov- finura y cuya falta de prominencia raba de mí. Durante largo tiempo
cordaba mucho la especiosa integri- zaWes en absoluto desde: dentro. adicaba falta de carácter; cabello habló de lo que pensaba acerca del
dad d e esas antiguas maderas labra- Unos débiles rayos de roja luz se fe parecía tela de araña por su sua- carácter de su enfermedad. Era, di-
das quer. se h a n podrido durante abrían paso al través de los cristales K tenuidad; todos estos rasgos, juni- jo, un mal constitucional, de familia,
largos años en alguna olvidada cue- enrejados y permitían diferenciar su- a un desarrollo frontal excesivo, para el cual desesperaba de encon-
va» sin contacto coa el soplo del aire ficientemente loá principales objeto» ituían en conjunto una fisono- trar remedio; una simple afección
exterior. Abstracción hecha de este que se hallaban en torno; empero, que no era fácil olvidar. Y al nerviosa, añadió luego, que, a no
indicio de ruina extensiva, el edifi- la mirada se fatigaba en vano por nte, la simple exageración del dudar, desaparecería pronto. Dicho
cio no presentaba ningún síntoma de alcanzar los rincones más lejanos de uno predominante de aquellas fac- mal se ponía de manifiesto en una
inestabilidad. Acaso la mirada de un la estancia, o los entrantes del techo s y la expresión que mostraban, multitud de sensaciones extranatura-
observador escrupuloso hubiera des- abovedado y con artesones. Oscu- hacían ver un cambio tal, que les. Algunas de ellas, en tanto me
cubierto una grieta apenas visible, ros tapices colgaban de las paredes. ba yo de la persona con quien las describía, me interesaron y me
que, extendiéndose desde el tejado El mobiliario general era excesivo, ba hablando. La espectral pali- confundieron, aunque quizás el tono
de la fachada* bajaba en zigzag por incómodo, antiguo y deslucido. Mu- de la piel y el brillo ahora mila- y los gestos de su relato influyeron
el muro e iba a perderse en las té- chos libros e instrumentos musicales de los ojos, me sobrecogían bastante en ello. Sufría vivamente
tricas aguas del estanque. se veían esparcidos en torno, pero no sobre todas las cosas y hasta de una agudeza mórbida de los sen-
lograban comunicarle ninguna vita- aterraban. Además, había dejado tidos; tan sólo toleraba los alimen-
En tanto que observaba estas co- lidad a la escena. Sentía yo que res- r su sedoso cabello descuidada- tos más insípidos; sólo podía usar
sas seguí a caballo un corto terra- piraba una atmósfera penosa. Y todo te, y como aquella textura de prendas de determinado tejido; los
plén hasta la casa. Un lacayo que aquello estaba penetrado por un aire a flotaba más que caía en aromas de todas las flores le pro-
esperaba cogió mi caballo, y yo en- de severa, profunda e irremediable de la cara, no podía yo, ni es- ducían sofocaciones; la luz. incluso
tré por el arco gótico del vestíbulo. melancolía. óme, relacionar aquella ex- débil, atormentaba sus ojos; sólo
Un criado de furtivo andar me con- ón arabesca con ninguna idea unos cuantos sonidos peculiares de
dujo en silencio, desde allí, al través Cuando entré. Usher se levantó
de un sofá sobre el cual se hallaba simple humanidad. instrumentos de cuerda no le inspi-
de muchos corredores intrincados y En principio me chocó cierta in- raban horror.
oscuros, hacia el estudio de su amo. tendido por completo y me saludó
con una calurosa viveza que mucho rencia, cierta contradicción en
Muchas de las cosas que encontré maneras de mi amigo, mas pron- Vi que era esclavo forzoso de una
en el camino contribuyeron, ignoro se asemejaba (fue mi primer pen-
samiento) a una exagerada cordia- Puse en claro que aquello se de- especie de terror anómalo. —Mo-
por qué, a exaltar aquellas vagas »una serie de pequeños y fútiles riré —dijo—; es preciso que muera
sensaciones de que ya hablé antes. lidad, al obligado esfuerzo de un
hombre de mundo ennuyé. Con to- raos por vencer un azoramien- de esta deplorable locura. Así, así
Los objetos que me rodeaban -—las nabitual y una excesiva agitación y no de otra manera moriré. Temo
molduras de los techos, los tapices do, una ojeada lanzada a su rostro
me convenció de su perfecta since- osa. Estaba yo preparado para los acontecimientos futuros, no por
sombríos de las paredes, la negrura de este género, no sólo por su si mismos, sino por sus consecuen-
de ébano de los pisos y ios fantas- ridad. Nos sentamos, y durante unos
instantes, en tanto que él callaba, lo
1 s,n
o también por ciertos ras- cias. Me estremezco al pensar en
magóricos trofeos de armas que tin- li U e r e c o r d a b a yo de su infancia cualquier cosa, al pensar en cual-
tineaban a mi paso—, eran cosas observe con un sentimiento, mitad
de compasión v mitad de espanto. w conclusiones deducidas de su quier trivial incidente, que puedan
muy conocida« de mi- a las cuales J conformación física y de su actuar sobre esta insoportable agita-
estaba acostumbrado desde mi infan Ciertamente jamas hombre alguno
había cambiado de una manera tan Peramento. Sus actos eran alter- ción de mi alma. No le tengo ver-
cía, y aunque no dudaba en recono namente vivos e indolentes. Su daderamente horror al peligro, ex-
ctrlas como ta miliares, me sorpren tremenda, en tan breve tiempo, co-
mo Roderick Usher! A duras penas [cambiaba rápidamente de una cepto en su efecto positivo: el te-
di S lo insólitas que eran las fanta- ^sión trémula (cuando el espí- rror. En este estado de excitación,
sía» que aquellas imágenes ordinarias pude yo mismo llegar a persuadirme
de que eran los mismos el hombre vital parecía enteramente ausen- en este estado deplorable, presiento
despertaban en mí. En una de las » esa especie de concisión enér- que tarde o temprano llegará el mo-
mento en que me abandonarán a la
vez l a v i d a y l a r a z ó n , e n a l g u n a instintiva y c u r i o s a m e n t e el r o s t r o d e
l u c h a c o n el h o r r o r o s o f a n t a s m a , su h e r m a n o ; p e r o él se h a b í a c u - me c o m p l i c a b a o c u y o c a m i n o m e se divisaba n i n g u n a a n t o r c h a o al-
con el miedo. b i e r t o el r o s t r o c o n las m a n o s , y n o mostraba. U n i d e a l i s m o a r d i e n t e , ex- g u n a f u e n t e artificial d e l u z ; sin e m -
S u p e t a m b i é n a intervalos, y p o r p u d e v e r s i n o u n a palidez m á s q u e cesivo y m ó r b i d o p r o y e c t a b a ¡su luz bargo, rodaba de parte a parte una
confidencias interrumpidas y ambi- ordinaria q u e se había extendido sulfurosa s o b r e todas las cosas. Sus o l e a d a d e r a y o s intensos, b a ñ á n d o l o
g u a s , o t r a p a r t i c u l a r i d a d d e su situa- s o b r e sus d e s c a r n a d o s d e d o s al t r a - largas y f ú n e b r e s i m p r o v i s a c i o n e s t o d o de u n e s p l e n d o r f a n t á s t i c o e
ción m o r a l . S e s e n t í a e n c a d e n a d o vés d e l o s c u a l e s se f i l t r a b a u n a llu- resonaban e t e r n a m e n t e en mis oídos. incomprensible.
por ciertas supersticiones ligadas a via d e apasionadas lágrimas. Entre o t r a s cosas, r e c u e r d o d o l o r o - A c a b o de h a b l a r d e ese e s t a d o
la m a n s i ó n q u e h a b i t a b a , d e la q u e D u r a n t e l a r g o t i e m p o la e n f e r m e - samente u n a c i e r t a p a r á f r a s i s r a r a , m o r b o s o del n e r v i o a u d i t i v o q u e h a -
n o se h a b í a a t r e v i d o a salir n u n c a d a d d e lady M a d e l i n e h a b í a d e s c o n - una p e r v e r s i ó n del aire, ya m u y ex- cía i n t o l e r a b l e t o d a m ú s i c a p a r a el
d e s d e h a c í a m u c h o s años, y relativas c e r t a d o l a c i e n c i a d e los médicos. traño, del ú l t i m o vals d e V o n W e - d e s d i c h a d o , con la e x c e p c i ó n d e
a una influencia cuya supuesta fuer- El s i n g u l a r d i a g n ó s t i c o se c o m p o n í a ber. E n c u a n t o a las p i n t u r a s q u e ciertos e f e c t o s d e los i n s t r u m e n t o s
za describía con palabras demasiado d e u n a apatía constante, u n agota- elaboraba su l a b o r i o s a f a n t a s í a , y d e c u e r d a . E r a n q u i z á s los estre-
sombrías para repetirlas aquí, u n a m i e n t o g r a d u a l d e su p e r s o n a , y f r e - que llegaban, p i n c e l a d a a p i n c e l a d a c h o s límites a q u e se h a b í a c o n f i n a -
influencia que algunas particularida- cuentes, a u n q u e pasajeros, ataques a una v a g u e d a d q u e m e d a b a esca- d o el m i s m o al t o c a r la g u i t a r r a ,
d e s e n l a f o r m a m i s m a y en la n a - d e c a r á c t e r casi c a t a l é p t i c o . H a s t a lofríos, e s c a l o f r í o s t a n t o m á s pe- los q u e en g r a n p a r t e h a b í a n d a d o
turaleza de la mansión habían im- esos m o m e n t o s había soportado con netrantes c u a n t o q u e t e m b l a b a yo aquel c a r á c t e r f a n t á s t i c o a sus inter-
p r e s o e n su e s p í r i t u — a f u e r z a d e f i r m e z a la p e s a d u m b r e d e su e n f e r - sin saber p o r q u é ; en c u a n t o a a q u e - p r e t a c i o n e s . Pero, en c u a n t o a la
soportarlas d u r a n t e largo tiempo, medad y n o se había resignado aún llas p i n t u r a s , t a n vivas p a r a mi q u e f o g o s a f a c i l i d a d d e sus i m p r o v i s a c i o -
d e c í a — , u n - e f e c t o q u e lo físico d e a p o n e r s e e n c a m a ; p e r o , al c a e r la aún persiste su i m a g e n a n t e mis ojos, nes, n o e r a posible e x p l i c a r l a d e la
los m u r o s grises, d e las torrecillas y tarde de mi llegada a casa cedió trataría vo e n v a n o d e e x t r a e r de m i s m a m a n e r a . D e b í a n ser. y lo
del e s t a n q u e n e g r u z c o d o n d e se re- — c o m o su h e r m a n o m e l o c o n t ó en ellas la m á s m í n i m a p a r t e q u e pu- e r a n , en e f e c t o , en las n o t a s lo mis-
flejaba toda la construcción, había la n o c h e c o n u n a a g i t a c i ó n inex- diera e s t a r c o n t e n i d a en el á m b i t o m o q u e e n las p a l a b r a s de sus fo-
a la l a r g a c r e a d o s o b r e lo moral d e p r e s a b l e — al p o d e r a p l a s t a n t e del de las simples p a l a b r a s escritas. Pol- gosas f a n t a s í a s ( p u e s las a c o m p a ñ a -
s u existencia. m a l , y s u p e q u e l a o j e a d a q u e le h a - la absoluta s i m p l i c i d a d , p o r la des- b a a m e n u d o con i m p r o v i s a c i o n e s
b í a d a d o sería p r o b a b l e m e n t e l a úl- nude/. d e sus d i b u j o s , i n m o v i l i z a b a v e r b a l e s r i m a d a s ) , r e s u l t a d o d e ese
Admitía n o obstante, aunque con
tima, q u e y a n u n c a m á s v e r í a a y sobrecogía la a t e n c i ó n . Si en algu- i n t e n s o r e c o g i m i e n t o y d e aquella
vacilaciones, q u e m u c h a p a r t e d e la
a q u e l l a d a m a , v i v a al m e n o s . na ocasión algún m o r t a l p i n t ó u n a concentración de fuerzas mentales
p e c u l i a r m e l a n c o l í a q u e l o afligía,
D u r a n t e u n o s c u a n t o s d í a s q u e si- Mea. ese m o r t a l f u e R o d e r i c k U s h e r . q u e n o se m a n i f e s t a b a n , c o m o ya lo
podía atribuirse a un origen más
g u i e r o n , ni U s h e r ni y o p r o n u n c i a - A lo m e n o s p a r a m í — e n las cir- dije, s i n o en los casos p a r t i c u l a r e s
n a t u r a l y m u c h o m á s p a l p a b l e : a la
m o s su n o m b r e , y d u r a n t e este pe- cunstancias q u e m e r o d e a b a n — se de la m á s alta e x c i t a c i ó n artificial.
e n f e r m e d a d cruel y y a a n t i g u a , a
ríodo hice c u a n t o esfuerzo m e fue elevaba, d e las p u r a s a b s t r a c c i o n e s M e a c u e r d o c o n f a c i l i d a d d e las pa-
l a m u e r t e , e n fin, e v i d e n t e m e n t e cer-
posible p a r a aligerar la m e l a n c o l í a que el h i p o c o n d r í a c o se i n g e n i a b a l a b r a s d e u n a d e a q u e l l a s rapsodias.
cana, de una hermana tiernamente
d e mi a m i g o . P i n t a m o s y l e í m o s jun- para a r r o j a r s o b r e la tela, u n t e r r o r A c a s o me i m p r e s i o n ó m á s Inerte-
a m a d a , su sola c o m p a ñ e r a d e s d e h a -
tos, o b i e n , c o m o e n u n s u e ñ o , es- intenso, irresistible, c u y a s o m b r a n o m e n t e c u a n d o él m e la m o s t r ó , por-
cía l a r g o s años, s u - ú l t i m a y sola p a -
rienta en la tierra. "Su fallecimiento c u c h a b a y o sus e x t r a ñ a s i m p r o v i s a - sentí n u n c a al " c o n t e m p l a r los sue- q u e . en el s e n t i d o interior y místico
c i o n e s e n su e l o c u e n t e g u i t a r r a . Y ños. r e f u l g e n t e s sin d u d a , a u n q u e de la o b r a , d e s c u b r í p o r p r i m e r a vez
— d i j o él c o n u n a a m a r g u r a q u e n o
d e e s t e m o d o , a m e d i d a q u e u n a in- demasiado c o n c r e t o s , d e Fuseli. Po- q u e U s h e r tenía plena c o n c i e n c i a de
o l v i d a r é n u n c a — m e d e j a r á a mí,
timidad más y más estrecha me dría s e r e s b o z a d a , a u n q u e a p e n a s , su e s t a d o , e s d e c i r , q u e s e n t í a q u e su
el d e s e s p e r a n z a d o , el débil, c o m o el
abría más familiarmente las p r o f u n - con p a l a b r a s , u n a d e las c o n c e p c i o - s u b l i m e r a / ó n se t a m b a l e a b a en su
ú l t i m o d e la a n t i g u a r a z a d e los
didades de su alma, reconocía yo nes f a n t a s m a g ó r i c a s d e mi a m i g o , t r o n o . A q u e l l o s versos, titulados " E l
Usher."
m á s amargamente la vanidad de to- en n » e el e s p í r i t u d e a b s t r a c c i ó n n c Palacio Encantado", eran poco más
E n t a n t o q u e h a b l a b a , lady M a - participaba c o n tanta rigidez. F r a o m e n o s , si no al pie d e la letra, los
dos mis esfuerzos p o r reanimar su
deline — a s í s e l l a m a b a e l l a — p a s ó im c u a d r i t o q u e r e p r e s e n t a b a el in- siguientes
espíritu, c u y a negrura, c o m o u n a
por un lugar a p a r t a d o d e la habita- terior d e u n a c u e v a o d e un subte-
p r o p i e d a d q u e l e f u e s e i n h e r e n t e , de-
c i ó n y d e s a p a r e c i ó sin f i j a r s e e n m i rráneo i n m e n s a m e n t e largo, rectan-
r r a m a b a u n a irradiación incesante
presencia. L e m i r é con enorme gular, c o n m u r o s bajos, pulidos.
de tinieblas sobre todos los objetos
a s o m b r o , en el q u e se m e z c l a b a Mancos, sin n i n g ú n o r n a t o , sin nin- 1
del u n i v e r s o f í s i c o y m o r a l .
c i e r t o t e r r o r ; p e r o n o p a r e c i ó im- guna i n t e r r u p c i ó n . A l g u n o s detalles
posible d a r m e c u e n t a d e m i s p r o - G u a r d a r é s i e m p r e el recuerdo d e accesorios d e la c o m p o s i c i ó n s e r v í a n F n el más verde de nuestros valles
pios s e n t i m i e n t o s . M e o p r i m í a u n a m u c h a s horas solemnes que pasé para h a c e r c o m p r e n d e r q u e esta ga- habitado por benéficos ángeles,
sensación de estupor mientras mis s o l o c o n el d u e ñ o d e l a C a s a d e lería se e n c o n t r a b a a u n a p r o f u n d i - un bello y majestuoso palacio, antaño.
o j o s s e g u í a n sus p a s o s q u e se aleja- Usher. P e r o trataría en vano de de- dad e x c e s i v a b a j o la s u p e r f i c i e d e — u n radiante palacio—, se levantaba
b a n . C u a n d o al c a b o se c e r r ó u n a f i n i r el c a r á c t e r e x a c t o d e los e s t u - •a tierra. N o se veía n i n g u n a salida Era en los dominios del monarca Poi-
p u e r t a t r a s ella, m i m i r a d a b u s c ó d i o s o d e las o c u p a c i o n e s e n q u e a
lo l a r g o d e su vasta e x t e n s i ó n , ni (samierto
donde él se levantaba.
brillará sobre él, el desdichado! EDGAR ALLAN POE
J a m á s Serafín alguno desplegó el ala Y en torno de su mansión, la gloria
sobre ningún edificio la mitad de bello. que se empurpuraba y florecía
no es ya sino una historia, recuerdo zos q u e se a l z a b a n e n t o r n o — , p e r o hipocondríaco, cuando, u n a noche,
sobre t o d o p o r l a i n m u t a b i l i d a d d e habiéndome informado bruscamente
II [tenebroso
esta d i s p o s i c i ó n y p o r su d e s d o b l a - q u e lady M a d e l i n e y a n o existía, m e
de las viejas edades difuntas. miento e n las a g u a s d o r m i d a s del a n u n c i ó su i n t e n c i ó n d e c o n s e r v a r
Banderas amarillas, soberbias, doradas, estanque. L a p r u e b a — l a p r u e b a d e el c u e r p o d u r a n t e q u i n c e días, a l a
flotaban y ondulaban sobre su remate; VI aquella s e n s i b i l i d a d — d e c í a él, es- e s p e r a del e n t i e r r o d e f i n i t i v o , e n u n a
(F.sto ocurría, t o d o esto, en los viejos, taba — y y o le oía h a b l a r , sobresal- d e las n u m e r o s a s c r i p t a s s i t u a d a s
en los muy viejos tiempos.) tado— e n la g r a d u a l p e r o evidente b a j o los g r u e s o s m u r o s del castillo.
Y, a cada dulce brisa que soplaba Y ahora los viajeros, en ese valle, condensación, p o r e n c i m a d e las La razón p r o f a n a que d a b a acerca
en aquel grato tiempo, al través de las ventanas rojizas aguas, e n t o r n o d e los m u r o s , d e de aquella singular m a n e r a de obrar,
a lo iargo de los m u r o s empenachados miran vastas f o r m a s moviéndose fan-
una a t m ó s f e r a q u e les e r a p r o p i a . era una de aquellas razones q u e y o
[y pálidos tásticamente
El r e s u l t a d o — a ñ a d í a — se d e s c u b r í a n o m e s e n t í a c o n el d e r e c h o d e c o n -
se desprendía un aroma alado. a los soné« de una música discordante,
en a q u e l l a i n f l u e n c i a m u d a , p e r o t r a d e c i r . C o m o h e r m a n o — m e di-
en tanto que, c o m o un arroyuelo pá-
[lido y lúgubre, importuna y terrible, q u e d e s d e h a - j o — , h a b í a a d o p t a d o a q u e l l a reso-
al través de la pálida puerta, cía siglos h a b í a , por d e c i r l o así, mol- lución e n c o n s i d e r a c i ó n al c a r á c t e r
III deado los d e s t i n o s d e su f a m i l i a , y insólito d e la e n f e r m e d a d d e la di-
una horrenda multitud se abalanza
[eternamente que l o h a c í a a él tal c o m o y o lo f u n t a , e n r a z ó n d e u n a cierta c u r i o -
Ix*s viajeros que atravesaban ese her- veía a h o r a , tal c o m o e r a . S e m e j a n - sidad i m p o r t u n a e i n d i s c r e t a d e p a r -
[moso valle, riendo. . . pues que ya no puede son-
[reir. tes o p i n i o n e s n o n e c e s i t a n c o m e n - te d e los h o m b r e s d e ciencia, y d e
miraban, al través de ventanas lumi- tarios, y n o los h a r é . la s i t u a c i ó n a l e j a d a del p a n t e ó n f a -
nosas, N u e s t r o s libros, los l i b r o s q u e des- miliar. C o n f i e s o q u e , c u a n d o r e c o r -
espíritus que se movían a r m o n i w a - R e c u e r d o m u y b i e n q u e las inspi- de h a c í a a ñ o s c o n s t i t u í a n gran p a r - d é el siniestro s e m b l a n t e del indi-
r a c i o n e s q u e n a c i e r o n d e esta bala- te de l a e x i s t e n c i a espiritual de! e n - viduo q u e había e n c o n t r a d o en la
a los sones de un laúd bien templado; d a nos a r r o j a r o n e n u n a c o r r i e n t e de fermo, e s t a b a n , c o m o bien p u e d e e s c a l e r a l a t a r d e e n q u e llegué al
todo en derredor de un trono, donde, ideas, en m e d i o d e las cuales se m a - suponerse, e n p e r f e c t o a c u e r d o con castillo, n o s e n t í d e s e o d e o p o n e r -
[sentado, nifestó u n a opinión de U s h e r que este c a r á c t e r d e visionario. A n a l i z á - me a lo que consideré todo lo más
¡un verdadero Porfirogémto! cito, n o p o r su n o v e d a d — p u e s t o bamos j u n t o s o b r a s tales c o m o el c o m o una precaución muy inocente,
r o d a d o de un fausto digno de su glo- q u e o t r o s h o m b r e s 1 p e n s a r o n d e la Vertvert y La Charireuse, de Gres- sin d u d a , p e r o c i e r t a m e n t e m u y n a -
(ria m i s m a m a n e r a — , s i n o a c a u s a d e la set; el Belphegor, de Maquiavelo; tural.
se mostraba c o m o señor del reino t e n a c i d a d c o n q u e la d e f e n d i ó . Esta las Maravillas del Cielo y del In- A r u e g o d e U s h e r . lo a y u d é p e r -
o p i n i ó n , e n su f o r m a general, era fierno, d e Svvedenborg; el Viaje Sub- s o n a l m e n t e e n los p r e p a r a t i v o s d e
la d e la sensibilidad d e t o d o s los terráneo de Nicolás Klitnm, de Hol-
IV aquella sepultura temporal. Coloca-
seres vegetales. P e r o , en su i m a g i n a berg; La Quiromancia, de Robert m o s el c u e r p o e n el f é r e t r o y e n t r e
ción t r a s t o r n a d a , la idea h a b í a to- Flud, d e J e a n d ' I n d a g i n é y d e D e la
Y toda resplandeciente de perlas y ru- los d o s lo l l e v a m o s al l u g a r d e su
m a d o un c a r á c t e r a ú n m á s a u d a z , e Olambre; el Viaje por el Espacio
[bies r e p o s o . L a c r i p t a e n la q u e lo de-
invadía, b a j o ciertas c o n d i c i o n e s , el Azul, d e T i e c k , y La Ciudad del Sol,
era la puerta del hermosísimo palacio jarnos — h a b í a p e r m a n e c i d o cerra-
r e i n o inorgánico. M e f a l t a n p a l a b r a s de C a m p a n e i l a . U n o d e sus v o l ú m e - .
por la que salían a oleadas, a oleadas, d a d u r a n t e t a n t o t i e m p o q u e nues-
K p a r a e x p r e s a r t o d a la e x t e n s i ó n , t o d a nes f a v o r i t o s e r a u n a p e q u e ñ a edi-
[a oleadas tras antorchas, semiapagadas en
la s e r i e d a d , t o d o el abandono d e su ción i n - o c t a v o del Directorium in- a q u e l l a a t m ó s f e r a s o f o c a n t e , n o nos
y centelleaban incesantemente c o n v e n c i m i e n t o . Sin e m b a r g o , esta quisitorium, del d o m i n i c o E y m e r i c permitían ninguna investigación—,
una turba de Ecos cuya grata m.s.on c r e e n c i a se r e l a c i o n a b a ( c o m o y a lo De G i r o n n e ; h a b í a p a s a j e s en P o m - era pequeña, húmeda, y n o dejaba
era tan sólo cantar s u g e r í ) con las p i e d r a s grises d e U Ponio M e l a , a p r o p ó s i t o de los a n - p e n e t r a r ia luz; e s t a b a s i t u a d a , a
con acentos de exquisita belleza m a n s i ó n d e sus a n t e p a s a d o s A q u í , l!
guos S á t i r o s a f r i c a n o s y d e los Egi- gran p r o f u n d i d a d , exactamente aba-
el talento y la sabiduría de su rey. las c o n d i c i o n e s d e l a sensibilidad es- panes s o b r e los c u a l e s s o ñ a b a U s h e r j o d e la p a r t e del castillo q u e co-
t a b a n c u m p l i d a s , s e g ú n él se imagi- durante h o r a s enteras. N o o b s t a n t e , rrespondía a mi recámara. Probable-
n a b a p o r el m é t o d o q u e h a b í a pre- su principa] delicia l a e n c o n t r a b a en
V m e n t e h a b í a s i d o u t i l i z a d a en los vie-
sidido la c o n s t r u c c i ó n — p o r l a la
atenta l e c t u r a d e u n r a r í s i m o y jos t i e m p o s f e u d a l e s c o m o m a z m o -
sición r e s p e c t i v a d e l a s piedras, asi curioso l i b r o g ó t i c o i n - q u a r t o — e l
Pero criaturas malvadas vestidas de r r a , y, e n t i e m p o s p o s t e r i o r e s , c o m o
c o m o p o r los n u m e r o s o s h o n g o s q u e "»nual d e u n a iglesia o l v i d a d a — :
Iluto depósito de pólvora o de alguna otra
las r e c u b r í a n y l o s á r b o l e s e n f e r m i - «s Vigiiiae Mortuorum secundum
asaltaron la alta autoridad del monarca m a t e r i a f á c i l m e n t e i n f l a m a b l e , pues
i Watóon, el doctor P e " l v » t . SpallanM- Chorum Ecclesia Maguntinae. u n a p a r t e del suelo y t o d a s las p a -
;Ah! ¡Lloremos, porque ya nunca el nl. y, especialmente, el obtapo de Landatt-
[alba de u n m a ñ a n a P e n s a b a , a p e s a r mío, en el ex- redes de un iargo vestíbulo que atra-
taño r i t o c o n t e n i d o e n este l i b r o y v e s a m o s p a r a llegar a ella, e s t a b a n
«i su i n f l u e n c i a p r o b a b l e s o b r e el cuidadosamente revestidas de cobre.
no de voz áspero de que usaba m dientemente mi m i r a d a en l a espesa cuentes y violentos e n l a dirección
L a p u e r t a , de h i e r r o m a c i z o , h a b í a oscuridad d e la r e c á m a r a , p r e s t é del viento, y la excesiva densidad d e
sido p r o t e g i d a d e l a m i s m a m a n e r a . e n ocasiones» y su p r o n u n c i a d l a
singularizaba h a b i t u a l m e n t e por ua oído ——no sabría d e c i r ' p o r qué, si las nubes, a h o r a t a n bajas q u e casi
. C u a n d o aquel i n m e n s o p e s o g i r a b a no es q u e f u i impelido a ello p o r pesaban sobre los torreones del cas-
safere sus goznes p r o d u c í a u n s o n i d o ^ p t i H o r q ^ e . » - h u b i e r a dicho cay»,
" l o p o r u n e x t r e m o terror. Me co- una f u e r z a instintiva—• a ciertos so- tillo, n o nos impedían a p r e c i a r la. ve-
singularmente agudo y discordante. nidos b a j o s y vagos q u e p a r t í a n n o locidad viva con q u e a c u d í a n las
Depositamos nuestro fúnebre far- r r í a * las veces p e n s a r que su
ritu, incesantemente agitado, era te* sé d e d ó n d e , y q u e llegaban hasta u n a s c o n t r a las o t r a s desde todos
d o s o b r e ü n o s soportes e n a q u e l l a mí a largos intervalos, al través d e los p u n t o s del h o r i z o n t e , en vez d e
región d e h o r r o r ; a p a r t a m o s u n p o - t u r a d o p o r algún secreto sofocan!«,
y q u e « n o se sentía c o ? 4 valor las p a u s a s d© ia t o r m e n t a . D o m i n a - perderse e n la distancia. Su excesiva
c o la t a p a del f é r e t r o q u e n o e s t a b a d o p o r u n a sensación intensa d e ho- densidad n o n o s impedía c o n t e m p l a r
a ú n atornillada y c o n t e m p l a m o s el suficiente p a r a r e v e l a r l a Otra» vecs
m e veía obligado a pensar en qui rror, inexplicable e intolerable, m e el f e n ó m e n o . N o obstante, n o perci-
r o s t r o de! cadáver. L l a m ó desde lue- vestí d e prisa ( p u e s sentía q u e n o b í a m o s ni a la l u n a ni a las estrellas
g o m i atención u n p a r e c i d o c h o c a n t e se t r a t a b a simplemente d e las rare-
z a s inexplicables d e l a demencia, podría d o r m i r en toda la n o c h e ) , y y ningún r e l á m p a g o proyectaba su
e n t r e di h e r m a n o y l a h e r m a n a , y me e s f o r c é c a m i n a n d o d e u n o a o t r o f u l g o r . P e r o las superficies inferio-
Usher, adivinando probablemente p u e s lo veía m i r a r al v a d o durante
l a r g a s h o r a s en actitud d e 1«, mis lado e n la habitación, en salir del res de aquellas vastas m a s a s d e va-
mis p e n s a m i e n t o s , m u r m u r ó algunas estado deplorable en el q u e había pores agitados, y a s i m i s m o todos los
p a l a b r a s c o n las q u e m e dio a en- p r o f u n d a atención c o m o si escuchv
se u n r u i d o imaginario. N o ei de caído. objetos terrestres situados e n nues-
t e n d e r q u e la d i f u n t a y él e r a n ge- t r o estrecho horizonte, r e f l e j a b a n la
m e l o s y q u e s i e m p r e h a b í a n existido e x t r a ñ a r q u e m e a t e r r a r a su estado, A p e n a s h a b í a d a d o así u n a s c u a n -
e incluso q u e me afectara. Sentía tas vueltas, c u a n d o l l a m ó mi aten- claridad s o b r e n a t u r a l d e u n a exhala-
e n t r e ellos simpatías d e u n a natu- ción gaseosa q u e p e s a b a sobre ía
raleza casi inexplicable. N u e s t r a s deslizarse d e n t r o d e mí, e n una iri- ción u n paso leve, ligero, en la es-
d a c i ó n lenta p e r o segura, la extraña calera. P r o n t o reconocí q u e eran los casa y la envolvía e n u n a m o r t a j a
miradas, con todo, n o permanecie- casi l u m i n o s a y d i s t i n t a m e n t e vi-
r o n d u r a n t e m u c h o t i e m p o f i j a s so- i n f l u e n c i a d e sus superstición« fan- pasos d e U s h e r . U n s e g u n d o después
tásticas y contagiosas. llamó s u a v e m e n t e a mi p u e r t a y e n - sible.
b r e la m u e r t a , p u e s n o p o d í a m e »
c o n t e m p l a r l a sin espanto. L a enfer- F u e particularmente una noche tró, s o s t e n i e n d o e n las m a n o s u n a
m e d a d q u e h a b í a llevado a lady M a - — l a séptima u o c t a v a a partir del lámpara. C o m o siempre, su r o s t r o — ¡ N o d e b e usted ver esto! ¡ N o
deline a l a t u m b a e n la p l e n i t u d d e d í a e n q u e h a b í a m o s depositado era d e u n a palidez cadavérica; p e r o d e b e usted c o n t e m p l a r esto! — d i j e ,
su j u v e n t u d , h a b í a d e j a d o , c o m o lady M a d e l i n e e n la cripta—, y yi había a d e m á s en sus ojos u n a espe- t e m b l a n d o , a U s h e r , y lo arrastré
acontece o r d i n a r i a m e n t e e n todas las m u y tarde, antes d e acostarme, cu»» cie d e insensata hilaridad, y en to- con suave violencia d e la v e n t a n a y
e n f e r m e d a d e s d e c a r á c t e r estricta- d o e x p e r i m e n t é toda la fuerza de a das sus m a n e r a s u n a especie d e his- lo llevé hkcia un sillón—. Estos es-
m e n t e cataléptico, la ironía d e u n a t a s sensaciones. El s u e ñ o no q"*ni teria e v i d e n t e m e n t e contenida. M e pectáculos q u e lo s a c a n a usted de
débil coloración en el p e c h o y e n i n v a d i r m e ; las h o r a s pasaban, 1»" espantó su aspecto; p e r o t o d o e r a sí, son f e n ó m e n o s p u r a m e n t e eléc-
la c a r a , y en los labios esa sonrisa b a n siempre, u n a a una. Me eifor preferible a la soledad q u e había so- tricos y m u y c o m u n e s , o quizás ten-
e q u í v o c a y m o r o s a q u e e s t a n terri- z a b a en buscar la c a u s a de I» »1 portado d u r a n t e t a n t o tiempo y aco- g a n su f u n e s t o origen e n los mias-
ble e n l a m u e r t e . C o l o c a m o s la cu- t a c i ó n nerviosa que m e dominaba gí su presencia c o m o u n alivio. m a s fétidos del e s t a n q u e . C e r r e m o s
bierta e n su l u g a r y l a atornillamos, T r a t é d e p e r s u a d i r m e d e que, K la v e n t a n a ; el aire está h e l a d o y es
— ¿ Y usted n o n * visto eso? — p r e - peligroso p a r a su o r g a n i s m o . A q u í
y, d e s p u é s d e h a b e r a s e g u r a d o la q u e experimentaba, se debía en P® guntó b r u s c a m e n t e después de unos
p u e r t a d e hierro, e m p r e n d i m o s d e te, si n o absolutamente, a la infuj» está u n o d e sus libros favoritos:
minutos d e silencio y después d e leeré y usted e s c u c h a r á ; así pasare-
n u e v o el c a m i n o h a c i a l a s habitacio- cia tras t o m a d o r a del melancóli« haber m i r a d o en t o r n o suyo c o n u n a
nes superiores q u e n o e r a n m e n o s mobiliario d e la habitación: los som m o s juntos esta terrible noche.
mirada f i j a — . Así pues, ¿no h a vis-
melancólicas. bríos tapices desgarrados que, »« to usted eso? ¡Pues espere! ¡Lo verá! El a n t i g u o v o l u m e n q u e h a b í a to-
m e n t a d o s por las r á f a g a s de un» — A ! h a b l a r así, y después d e h a b e r m a d o en mis m a n o s e r a - e l Maci
Y luego, d e s p u é s d e u n l a p s o d e m e n t a q u e e m p e z a b a , se movían i Tríst, d e sir L a n c e l o t C a n n i ñ g , p e r o
varios días llenos d e a m a r g a p e n a , protegido c u i d a d o s a m e n t e la l á m p a -
u n l a d o a o t r o s o b r e los muro» ra q u e p o r t a b a , se precipitó hacia lo había l l a m a d o el l i b r o favorito d e
se o p e r ó u n c a m b i o n o t a b l e e n los c r u j í a n d o l o r o s a m e n t e en torno U s h e r p o r triste b r o m a , triste c h a n -
síntomas d e l a e n f e r m e d a d m o r a l d e una d e las v e n t a n a s y la a b r i ó d e p a r
los a d o r n o s d e í lecho. en p a r a la tempestad. za, p o r q u e , a la v e r d a d , en su tosca
m i amigo. Sus m a n e r a s h a b i t u a l e s y p o b r e prolijidad n o e r a ciertamen-
d e s a p a r e c i e r o n . D e s c u i d a b a y olvi- P e r o mis e s f u e r z o s f u e r o n vano
U n t e r r o r incontenible invadió p Casi n o s l e v a n t ó del suelo la im- te un g r a n a l i m e n t o p a r a la alta es-
d a b a sus o c u p a c i o n e s ordinarias. petuosa f u r i a d e la r á f a g a . E r a e n piritualidad d e mi a m i g o . P e r o era
E r r a b a d e estancia e n estancia c o n d u a l m e n t e t o d o m i ser, y a la Wj
u n a angustia sin motivo, una ve verdad u n a n o c h e d e t o r m e n t a terri- el ú n i c o libro q u e t u v e inmediata-
pasos precipitados, desiguales y sin blemente bella, u n a n o c h e ú n i c a y m e n t e a m a n o , y a b r i g u é la vaga es-
r u m b o . L a palidez d e su r o s t r o ha- d a d e r a pesadilla, p a r e c i ó apodertf
p o r c o m p l e t o d e mi corazón. extraña e n su h o r r o r y en su be- p e r a n z a d e que la agitación q u e a t o i -
b í a t o m a d o q u i z á s u n color a ú n m á s lleza. P r o b a b l e m e n t e se h a b í a con- m e n t a b a al h i p o c o n d r í a c o e n c o n t r a -
espectral; p e r o l a luminosidad d e sus r é c o n f u e r z a , hice u n esfuerza"
g r é sacudirla, e, incorporan»* centrado u n r e m o l i n o e n nuestra ría cierto alivio ( p o r q u e la historia
ojos había desaparecido por com- Proximidad, p u e s había cambios fre- de las e n f e r m e d a d e s mentales esiá
pleto. Y o y a n o e s c u c h a b a aquel to- sobre las a l m o h a d a s y hundiendo®
fiena d e anomalía» d e e s t a c i a s e ) s o n i d o e n &í m i s m o n o t e n í a nada los ruidos descritos, a u n q u e cierta- m a n o sobre el h o m b r o , recorrió t o d o
Ja e x a g e r a c i ó n m i s m a d é l a s te- e n v e r d a d q u e p u d i e r a intrigarme mente se había m a n i f e s t a d o u n a ex- su ser u n violento estremecimiento,
s u r a s q u e i b a a leerle. A juzgar p o r o turbarme. Continué la lectura: traña alteración desde h a c í a u n o s u n a sonrisa m a l s a n a a s o m ó a sus la-
el a i r e d e interés e x t r a ñ a m e n t e t e n - " P e r o el b u e n c a m p e ó n Ethelredo, minutos e n su actitud. D e s d e su po- bios y vi q u e h a b l a b a en voz baja,
p a s a n d o e n t o n c e s la p u e r t a , se sin- sición p r i m e r a , e x a c t a m e n t e f r e n t e m u y b a j a — e r a u n m u r m u l l o preci-
s o c o a q u e él e s c u c h a b a o fingía
tió g r a n d e m e n t e f u r i o s o y maravilla- a mí, p o c o a p o c o h a b í a h e c h o gi- p i t a d o e i n a r t i c u l a d o — , c o m o si n o
e s c u c h a r l a s f r a s e s d e l felato., hubie- tuviera conciencia d e m i presencia.
r a p o d i d o c o n g r a t u l a r m e del é x i t o d o al n o ver rastro a l g u n o del .na- rar su silla d e m a n e r a a encontrarse
licioso e r m i t a ñ o , sino, e n su lugar, sentado con el r o s t r o v u e l t o hacia M e incliné hacia él y d e v o r é al fin
d g m i propósito. el h o r r e n d o significado d e sus pa-
H a b í a llegado a aquella p a r t e t a n a u n d r a g ó n d e m o n s t r u o s a y esca- la p u e r t a d e la habitación; así, sólo
m o s a apariencia, c o n l e n g u a d e fue- podía y o ver p a r t e de sus rasgos, labras.
c o n o c i d a d e l a historia e n q u e Ethel-
redo» el h é r o e del libro, h a b i e n d o go, q u e e s t a b a de centinela ante un aunque n o t é bien q u e sus labios tem- — ¿ N o oye usted? Y o . . . y o oi-
i n t e n t a d o e n v a h o e n t r a r pacífica- palacio d e o r o y c u y o suelo era de blaban c o m o si m u r m u r a r a alguna g o . . . h e o í d o d u r a n t e largo tiem-
m e n t e en l a m o r a d a del e r m i t a ñ o , plata, y s o b r e el m u r o a p a r e c í a col- cosa inaudible. T e n í a la c a b e z a caí- p o . . . d u r a n t e m u c h o t i e m p o . . . du-
se decide a e n t r a r p o r l a f u e r z a . g a d o u n e s c u d o d e b r o n c e brillante da sobre el pecho, p e r o sabía yo que rante m u c h o s m i n u t o s . . . d u r a n t e
Aquí, según t o d o s r e c o r d a r á n , el na- con e s t a l e y e n d a g r a b a d a encima: no estaba d o r m i d o ; sus ojos, q u e y o muchas h o r a s . . . durante muchos
r r a d o r se e x p r e s a d e esta m a n e r a : veía de perfil, estaban muy abiertos días h e oído. P e r o n o m e atrevía. . .
" Y Ethelredo, q u e p o r n a t u r a l e z a E l q u e e n t r e a q u í v e n c e d o r será; y fijos. P o r lo demás, el m o v i m i e n t o ¡ah! ¡tened piedad d e m í ! . . . ¡qué
e r a d e valeroso c o r a z ó n , y q u e a h o - el q u e m a t e al d r a g ó n el e s c u d o ga- de su c u e r p o c o n t r a d e c í a también miserable e i n f o r t u n a d o soy!. . . Pe-
ra, a d e m á s , sentíase t a n f u e r t e p o r [nará. esta idea, pues se b a l a n c e a b a d e un r o n o m e a t r e v í a . . . ¡no me atrevía
c a u s a del v i n o q u e h a b í a bebido, n o lado a o t r o con un m o v i m i e n t o m u y a hablar! ¡La encerramos viva en su
e s p e r ó m á s p a r a h a b l a r c o n el er- " Y E t h e l r e d o l e v a n t ó su maza y suave, p e r o c o n s t a n t e y u n i f o r m e . tumba! ¿ N o le dije a usted q u e mis
m i t a ñ o , c u y o c o r a z ó n , a la v e r d a d , golpeó e n la cabeza al d r a g ó n , que Me di c u e n t a r á p i d a m e n t e d e t o d o sentidos eran e x t r e m a d a m e n t e finos?
e r a p r o p e n s o a la obstinación y a la c a y ó a n t e él ? e x h a l ó su aliento pes- esto y r e a n u d é la n a r r a c i ó n de sir L e digo a usted ahora que escuché
malicia; p e r o , s i n t i e n d o la lluvia so- tilente c o n u n rugido t a n espantable, Lancelot, q u e c o n t i n u a b a d e esta sus p r i m e r o s y débiles movimientos
bre sus hombros y temiendo q u e se á s p e r o y p e n e t r a n t e a la vez, que manera: en el féretro. Los escuché — h a c e ya
d e s e n c a d e n a r a la tempestad, l e v a n t ó E t h e l r e d o se vio obligado a taparse "Y a h o r a , el buen c a m p e ó n , ha- m u c h o s días, m u c h o s d í a s — p e r o
p o r c o m p l e t o su m a z a y con algu- los oídos con las m a n o s p a r a resis- biendo e s c a p a d o d e la terrible f u r i a n o m e a t r e v í a . . . ¡no me atrevía a
n o s golpes a b r i ó p r o n t o u n c a m i n o tir a q u e l terrible e s t r u e n d o e o m o ja- del d r a g ó n , a c o r d á n d o s e del escudo hablar! Y ahora, esta n o c h e . . .
al t r a v é s d e las m a d e r a s d e la p u e r - m á s h a b í a e s c u c h a d o o t r o parecido. de b r o n c e y r e c o r d a n d o q u e el sorti- E t h e l r e d o . . . ¡ja. ja! ¡La p u e r t a rota
ta p a r a su m a n o e n g u a n t a d a d e hie- A q u í hice s ú b i t a m e n t e u n a nueva legio había sido roto, a p a r t ó el cuer- d e la ermita, y el grito d e agonía
r r o ; y, t i r a n d o c o n su m a n o vigoro- p a u s a , e s t a vez c o n u n sentimiento po del d r a g ó n d e su c a m i n o y avan- del d r a g ó n y el e s t r u e n d o del escu-
s a m e n t e h a c i a él, h i z o c r u j i r , h u n - d e violento a s o m b r o , pues y a n o ha- z ó valerosamente, sobre el suelo d e d o ! . . . ¡ D i g a m o s m á s bien el r u i d o
dirse y saltar t o d p e n pedazos» d e bía d u d a posible d e q u e había yo plata del castillo. Hhacia el lugar del del f é r e t r o al rajarse, y el chirrido
tal m o d o q u e el r u i d o d e la. m a d e r a o í d o r e a l m e n t e ( e n q u é dirección, muro d o n d e colgaba el e s c u d o , el d e los férreos goznes d e su prisión
seca y q u e s o n a b a a h u e c o r e p e r - m e sería imposible a d i v i n a r l o ) un cual, en verdad, n o e s p e r ó a que y su h o r r e n d a l u c h a en el pasillo
c u t i ó d e u n a p a r t e a o t r a del bos- sonido débil y c o m o lejano, p e r o ás- llegas© hasta él. sino q u e c a y ó a sus a b o v e d a d o d e cobre! ¡Oh! ¿A d ó n d e
que." pero, p r o l o n g a d o , singularmente a«J- pies s o b r e el suelo d e plata, c o n po- huir? ¿ N o estará aquí p r o n t o ? ¿ N o
d o y c h i m a n t e ; la contrapartida tente y terrible r u i d o . " llega p a r a r e p r o c h a r m e mi prisa?
A l final d e esta f r a s e m e estre- ¿ A c a s o n o h e e s c u c h a d o su p a s o en
exacta d e l grito sobrenatural del dra- N o bien h a b í a n salido las últimas
m e c í e hice u n a pausa, p o r q u e m e la escalera? ¿ A c a s o n o oigo el ho-
g ó n descrito p o r el escritor y tal co- sílabas d e mis labios, c u a n d o — c o -
p a r e c i ó — a u n q u e pensé l u e g o q u e rrible y s o r d o latir d e su c o r a z ó n ?
m o m i imaginación ya se lo había mo si hubiese c a í d o p e s a d a m e n t e un
m e e n g a ñ a b a mi excitada imagina- ¡Insensato! — D i c i e n d o esto se p u s o
figurado. escudo d e bronce, en ese mismo mo-
ción— que de una parte muy alejada f u r i o s a m e n t e en pie y aulló sus sí-
d e la m a n s i ó n h a b í a llegado c o n f u - O p r i m i d o c o m o me sentía eviden- mento, s o b r e u n a p l a n c h a de pla-
t e m e n t e p o r esta s e g u n d a y_ suma- ta— escuché d eco distinto, p r o f u n - labas c o m o si en aquel e s f u e r z o su-
s a m e n t e a m i o í d o u n r u i d o q u e se p r e m o e x h a l a r a el a l m a — : ¡Insen-
h u b i e r a d i c h o , p o r su exacta analo- m e n t e e x t r a o r d i n a r i a coincidencia, do, metálico, tintineante, si bien
o p r i m i d o t a m b i é n p o r mil sensacio- sordo en apariencia. E s t a b a y o c o m - sato! ¡Le digo a usted que ella está
gía, q u e e r a u n e c o s o f o c a d o , sordo, ahora detrás de la puerta!
d e a q u e l r u i d o r e a l d e crujido, y d e nes contradictorias, entre las cuales pletamente excitado; de u n salto me
a r r a n c a m i e n t o descrito t a n c u i d a d o - d o m i n a b a n u n a s o m b r o y u n terror puse e n pie, p e r o U s h e r n o había Y en ese m i s m o instante, c o m o si
s a m e n t e p o r sir Lancelot. E r a sin e x t r e m o s , conservé, n o obstante, su- ' n t e r r u m p i d o su b a l a n c e o regular. la energía s o b r e h u m a n a de su pa-
d u d a la ú n i c a coincidencia l o q u o ficiente presencia d e á n i m o para «w Me precipité h a c i a la silla d o n d e se- labra h u b i e s e a d q u i r i d o la potencia
había a t r a í d o m i atención, pues, en- excitar con u n a observación cual- guía sentado. Sus ojos p e r m a n e c í a n d e un hechizo, las grandes y a r u -
t r e el golpeteo d e las hojas d e las q u i e r a l a sensibilidad nerviosa de nu "jos ante él, y toda su fisonomía guas hojas d e la p u e r t a q u e U.s ,er
v e n t a n a s y t o d o s l o s ruidos c o n f u s o s amigo. N o e s t a b a completamente se- «staba tensa p o r u n a rigidez c o m o señalaba, e n t r e a b r i e r o n Jentamt i t e
d e l a t e m p e s t a d s i e m p r e creciente, el g u r o d e q u e él h u b i e r a escuchado de piedra. P e r o , c u a n d o le puse la sus pesadas m a n d í b u l a s d e é b a n o .
E r a aquello o b r a de u n furioso gol- podía salir u n a luminosidad tan sin- Gustavo Adolfo Bécker.
pe de viento, pero en el m a r c o de guiar p o r q u e n o h a b í a detrás de mi
.aquella puerta se encontraba enton- sino el viejo castillo con todas sus
ces la alta figura d e lady Madeline sombras. El resplandor provedía dé Nació en Sevilla y quedó huérfano a los 10 años. Viajó por
Usher, envuelta en su s u d a n o . H a - la luna llena, rojo sangre, q i » des-
bía sangre e n su b l a n c o ropaje, y cendía, y que ahora brillaba viva- las principales ciudades españolas y gustó de todas l a s b e l l a s
toda su d e m a c r a d a persona n a f r a - mente al través de aquella fisura que
ba evidentes señales d e u n a horrible antes era apenas visible y que, cc* artes. Murió en Madrid preparando l a primera edición de sus -
lucha. D u r a n t e un m o m e n t o , perma- m o ya dije, recorría e n zigzag la
neció trémula y vacilante en el u m - construcción desde el techo hasta la obras, cuyo éxito no llegó a adivinar.
bral; luego, con un grito apagado base. E n tanto q u e yo miraba, rápi-
Y quejumbroso, c a y ó pesadamente damente se ensanchó esa fisura, pasó Bécquer es de todos los poetas románticos, el más puro l í r i
hacia adelante sobre su h e r m a n o , y, u n f u r i o s o torbellino y el disco en-
en su violenta y definitiva agonía, tero de la luna i r r u m p i ó de pronto co, el más delicado y e l más agudo de todos e l l o s . Era pacien
lo arrastró con ella al suelo, muerto, ante mis ojos. Pareció que la cabeza
víctima d e los terrores que había an- m e d a b a vueltas c u a n d o vi partirse te, s u f r i d o , amante, resignado y bondadoso; nunca se le viÓ -
ticipado. , , , . en dos y desplomarse los poderosos
muros. Resonó un ruido prolonga- reir, sólo sonreir y l l o r a r hacia adentro. Bécquer es s u b j e t i -
C o l m a d o de horror huí de aque, do u n tumultuoso estruendo como
aposento y de aquella mansión. La la 'voz de mil cataratas, y el estan- vo, en él todo es poesía i n t e r i o r y muy d i f e r e n t e a Heine, con
tempestad'estaba desencadenada aun que p r o f u n d o y fétido situado.a m
con toda su furia c u a n d o cru- pies se c e r r ó triste y silenciosamente quien lo han relacionado. Este autor es e l único poeta que se
cé la vieja avenida. D e pronto, u n a sobre las ruinas de la Casa de
luz extraña se proyectó sobre el ca- Usher. salva p a r a l a posteridad porque su obra es sincera hasta la des-
mino y me volví p a r a ver d e donde
nudez, es s e n c i l l a hasta e l patetismo y es natural hasta l a des
humanización.
FIN
Bécquer escribió leyendas, Desde Mi Celda (cartas l i t e r a -
rias), rimas y a r t í c u l o s l i t e r a r i o s , c r í t i c o s y arquelogicos. -
En su obra se r e f l e j a un hondo sentimiento, producto de las pe-
nas, f í s i c a s y morales de su corta e x i s t e n c i a ; sus rimas lo han -
inmortalizado y en sus leyendas sublimes se observa un tono ca-
dencioso y poético.
A continuación se t e ofrece para tu lectura La Corsa Blan-
ca, ya que es una de las mejores Leyendas de Bécquer, en é s t a -
encontrarás los elementos románticos que se han mencionado.
a h í t e n é i s a E s t e b a n el zagal, que dsatyi Firme en esta idea, h a b í a d e c i d i d o n o
En u n p e q u e ñ o Jugar d e A r a g ó n , y allá Esteban u n . m u c h a c h o d e dieci- volver a decir palabra sobre el a s u n t o a nadie,
t i e m p o a esta parte a n d a m á s tonto qu<
por los a ñ o s d e mil t r e s c i e n t o s y pico, vivía veinte años, f o r n i d o , c o n la cabeza ni por nada; p e r o lo haré h o y por satisfacer
q u e n a t u r a l m e n t e ¡o hizo Dios, que no
r e t i r a d o en su t o r r e señorial u n f a m o s o y h u n d i d a e n t r e los h o m b r o s , los vuestra curiosidad, y a f e q u e después d e
p o c o , y el cual p u e d e h a c e r o s pasar un rti
caballero llamado d o n Dionís, el cual, eños y azules, la mirada incierta y t o d o , si el d i a b l o me lo t o m a en c u e n t a y
divertido r e f i r i e n d o la causa d e sus continufcqi"
después d e h a b e r servido a su rey en la como la d e los albinos, la nariz roma, t o r n a a m o l e s t a r m e en castigo d e mi indiscre-
sustos. ios gruesos y e n t r e a b i e r t o s la f r e n t e
guerra c o n t r a infieles, descansaba a la sazón, ción, b u e n o s evangelios llevo cosidos a la
e n t r e g a d o al alegre ejercicio d e la caza, d e la tez blanca, p e r o ennegrecida por pellica y c o n su ayuda creo q u e , c o m o o t r a s
— ¿Pues q u é le a c o n t e c e a ese pob
las rudas fatigas d e los c o m b a t e s . y el cabello, q u e le caía parte sobre veces, n o m e será inútil el garrote.
d i a b l o ? - e x c l a m ó d o n Dionís con aira y parte alrededor de la cara, en
A c o n t e c i ó u n a vez a este caballero, curiosidad picada. as ásperas y rojas semejantes a las —Pero, vamos— e x c l a m ó d o n Dionís
hallándose en su favorita diversión acom- un rocín c o l o r a d o . impaciente al escuchar las disgresiones d*
— i Friolera! - a ñ a d i ó el montero
p a ñ a d o d e su hija, cuya belleza singular y zagal q u e a m e n a z a b a n o conluir n u n c a -
t o n o d e z u m b a - : es el caso que, sin hai
extraordinaria blancura le h a b í a n g r a n j e a d o
n a c i d o en Viernes S a n t o , ni estar señala ».i, sobre p o c o más o menos, era d é j a t e de r o d e o s y ve d e r e c h o al a s u n t e
el s o b r e n o m b r e d e la Azucena, q u e c o m o se
con la c r u z , ni hallarse en relacionesi con en c u a n t o al físico; respecto a su
les entrase a más andar el d í a engolfados podía asegurarse, sin t e m o r a ser — A él voy —contestó c o n calma Estt
d e m o n i o , a lo q u e se p u e d e colegir de
en perseguir a u n a res en el m o n t e d e su cuen#iido ni por él ni por ninguna de las ban, q u e después de dar u n a gran voz acom
h á b i t o s d e cristiano viejo, se encuer
f e u d o , t u v o q u e acogerse, d u r a n t e las horas as que le c o n o c í a n , q u e era perfecta- panada d e u n silbido para q u e se agrupara»
sin saber c ó m o ni por d ó n d e , dotado
d e la siesta, a u n a cañada p o r d o n d e corría simple, a u n q u e un t a n t o suspicaz y los corderos, q u e n o p e r d í a d e vista y ce.
la facultad más maravillosa q u e ha poseí
un riachuelo, saltando d e roca en roca c o n como b u e n rústico. m e n z a b a n a desparramarse por el m o n t e
h o m b r e alguno, a n o ser Salomón, de qu «o
ruido mansa y agradable. t o r n ó a rascarse la cabeza y prosiguió asi
se dice q u e sabía hasta el lenguaje
isvez el zagal r e p u e s t o d e su turba-
pájaros. e dirigió d e nuevo la palabra Don
Haría cosa d e u n a s d o s h o r a s q u e d o n —Por una parte vuestras c o n t i n u a s
D i o n í s se e n c o n t r a b a en aquel delicioso lugar, y con el t o n o más serio del m u n d o , excursiones y por o t r a el dale q u e le das de
- ¿ Y a q u é se refiere esa facultad mar¡ endo un e x t r a o r d i n a r i o interés por
r e c o s t a d o sobre la m e n u d a grama a la som- los cazadores furtivos, q u e ya con t r a m p a o
llosa? los detalles del suceso a q u e su
bra d e u n a c h o p e r a , d e p a r t i e n d o amigable- con ballesta n o dejan res a vida en veinte
m e n t e con sus m o n t e r o s sobre las peripecias se había referido c o m e n z ó a contes- jornadas al c o n t r o n o , h a b í a n n o hace m u c h o
—Se refiere - p r o s i g u i ó el montero- ta manera evasiva, c o m o d e s e a n d o
del d í a , y refiriéndose u n o s a o t r o s las aven- a g o t a d o la caza en estos m o m e n t o s , hasta
q u e según él a f i r m a , y lo jura y perjuraierf*plicaciones sobre el asunto.
t u r a s más o m e n o s curiosas q u e en su vida d e el e x t r e m o d e n o e n c o n t r a r s e u n venado
t o d o lo más sagrado dei m u n d o , los cíe en ellos ni por un ojo d e la cara.
cazadores les h a b í a n a c o n t e c i d o , c u a n d o por
q u e discurren p o r estos m o n t e s se han o
lo alto d e la más e m p i n a d a ladera y a través lo 'échado, sin e m b a r g o , por las interro-
d e o j o para n o dejarle en paz, siendo
d e los alternados m u r m u l l o s del viento q u e de su señor, y por los ruegos c*c " H a b l a b a y o d e esto m i s m o en el
grandioso del caso q u e en más c a¿ que parecía la más curiosa o lugar, s e n t a d o en el p o r c h e d e la iglesia,
agitaba las hojas d e los árboles, c o m n e z o a
ocasión los ha s o r p r e n d i d o concerta a en q u e el pastor refiriese sus estu- d o n d e d e s p u é s d e acabada la misa del do-
percibirse, cada vez más cerca, el sonido d e
e n t r e sí las burlas q u e han de hace' aventuras, decidióse éste a hablar, mingo solía r e u n i r m e c o n algunos peones
una esquililla s e m e j a n t e a la del guión d e
d e s p u é s q u e estas burlas se han llev sin que antes dirigiese a su larededor d e los q u e labran la tierra d e V e r a t ó n , cuan-
un rebaño.
t é r m i n o , ha o í d o las ruidosas carcajadas ada de d e s c o n f i a n z a , c o m o t e m i e n d o d o algunos d e ellos m e d i j e r o n :
q u e las celebran. o por o t r a s personas q u e j a s q u e allí
En e f e c t o , era sí. pues a p o c o d e haberse
o í d o la esquililla e m p e z a r o n a saltar por e n t r e Presentes, y d e rascarse tres o c u a t r o — Pues, h o m b r e , n o sé en q u é consiste
Mientras esto d e c í a el montero,hij ¡cabeza t r a t a n d o d e reunir sus recuer-
las apiñadas m a t a s d e c a n t u e s o y tomillo, y el q u e t ú n o los t o p e s , p u e s de n o s o t r o s
t a n z a , q u e así se llamaba la hermosa 'ilvanar su discurso, q u e al fin comen-
a descender a la orilla o p u e s t a del riachuelo, p o d e m o s asegurarte q u e n o b a j a m o s una vez
d o n Dionís, se h a b í a aproximado al
hasta u n o s cien c o r d e r o s b l a n c o s c o m o la curios a manera: a las hazas q u e no nos e n c o n t r e m o s rastro,
d e cazadores, y c o m o demostrase curi
nieve, d e t r á s d e los cuales, c o n su caperuza y hace tres o c u a t r o días, sin ir más lejos una
p o r c o n o c e r la extraordinaria histor»
m a n a d a , q u e a juzgar por las huellas d e b í a d e
calada para libertarse la cabeza d e los per- Esteban, u n o d e éstos se adelanto w m!e6l caso, señor, q u e según me dijo
c o m p o n e r s e d e más d e veinte, le segaron
pendiculares rayos del sol, apareció el zagal sitio en d o n d e el zagal d a b a de beber de Tarazona, al q u e a c u d í n o hace
antes de t i e m p o u n a pieza d e trigo al santero
q u e los c o n d u c í a . g a n a d o , y le c o n d u j o a la presencte1 Para consultar mis dudas, con el
de la Virgen del Romeral.
señor, q u e , para disipar la turbación ^sirven juegos, sino p u n t o en b o c a ,
—A p r o p ó s i t o d e a v e n t u r a s extraordina- mo» duchas oraciones a San B a r t o l o m é ,
visible e n c o g i m i e n t o del pobre n*"
rias - e x c l a m ó al verle u n o d e los m o n t e r o s a p r e s u r ó a saludarle p o r su nombre, 'Quien le c o n o c e las cosquillas, y — ¿Y hacia q u é sitio seguía el rastro?—
d e d o n Dionís, dirigiéndose a su s e ñ o r - : •"dar; q u e £fcos q u e es j u s t o y está p r e g u n t é a los peones, c o n á n i m o d e ver si
a mi alrededor. A b r í los ojo», segút d i a t o soto; y c u a n d o t o d o estuvo a p u n t o ,
- ¿ Q u é es eso, Esteban, q u é te sucede?
d i c h o ; m e I n c o r p o r é c o n sumo cuid hizo -seña a los u n o s para q u e soltasen las
-le preguntó u n o de los m o n t e r o s n o t a n d o
p o n i e n d o a t e n c i ó n a aquel confuion traillas, y a los o t r o s p a r a q u e tocasen las
" - H a c i a la c a ñ a d a d e los c a n t u e s o s - m e la creciente i n q u i e t u d del p o b r e m o z o ,
lio q u e cada vez sonaba más próxii trompas, y saliendo en t r o p e l d e la c h o p e r a ,
que ya fijaba sus e s p a n t a d a s pupilas en la
contestaron. en las ráfagas del aire c o m o gritos ye prosiguió adelante la i n t e r r u m p i d a caza.
e x t r a ñ o s , carcajadas y tres o cuatrc hija risueña d e d o n Dionís, ya las volvía a
N o eché en saco r o t o la advertencia, y ¡u alrededor c o n u n a expresión a s o m b r a d a
distintas q u e hablaban entre sí.conu II
aquella n o c h e misma f u i a a p o s t a r m e e n t r e y estúpida.
y algarabía s e m e j a n t e al de las mut
los c h o p o s . D u r a n t e t o d a ella estuve o y e n d o
del lugar, c u a n d o riendo y bromean
por acá y por allá, t a n p r o n t o lejos c o m o - M e sucede u n a cosa m u y e x t r a ñ a E n t r e los m o n t e r o s d e d o n D i o n í s
el c a m i n o vuelven en bandadas de lt
cerca, el b r a m i d o d e los ciervos q u e se -exclamó E s t e b a n - , C u a n d o , d e s p u é s d e es había u n o llamado Garcés, hijo d e u n anti-
c o n sus c á n t a r o s a la cabeza.
llamaban u n o s a o t r o s , y d e vez en c u a n d o cuchar las palabras q u e d e j o referidas, me guo servidor de la familia, y por *anto el
sentía moverse el ramaje a mis espaldas; lad incorporé c o n p r o n t i t u d para sorprender a más q u e r i d o d e sus señores.
p e r o por m á s q u e me hice t o d o ojos, la ver- Según colegía d e la proximidi
persona q u e las h a b í a p r o n u n c i a d o una
dad es q u e n o p u d e distinguir a n i n g u n o . voces y del cercano chasquido de »rza blanca c o m o la nieve salió d e entre Garcés t e n í a p o c o o m e n o s la edad ^ e
q u e c r u j í a n al r o m p e r s e para dar pa« las mismas m a t a s en d o n d e y o estaba o c u l t o , Constanza, y desde m u y n i ñ o habíase acos-
lia t u r b a d e locuelas, iban a salir de , dando u n o s saltos e n o r m e s por encima d e t u m b r a d o a prevenir al m e n o r de sus deseos
N o o b s t a n t e , al r o m p e r el d í a , c u a n d o sura a u n p e q u e ñ o rellano que for
llevé los c o r d e r o s al agua, a la orilla d e este lo&carrascales y los lentiscos, S8 alejó seguida y a adivinar y satisfacer el más leve d e sus
m o n t e en el sitio d o n d e yo estaba de una t r o p a d e corzar d e su color natural, antojos.
r í a c o m o obra d e d o s tiros d e h o n d a del c u a n d o e n t e r a m e n t e a mis espale y así éstas c o m o la blanca q u e las iba guian-
sitio en q u e n o s hallamos, y en una u m b r í a cerca o más m e e n c u e n t r o de m do, n o a r r o j a b a n b r a m i d o s al huir, sino q u e Por su m a n o se e n t r e t e n í a en afilar en
d e c h o p o s , d o n d e ni a la h o r a d e siesta se una nueva voz fresca, delgada y se reían c o n u n a s carcajadas c u y o eco jura- los ratos d e o c i o las agudas saetas d e su
desliza u n r a y o d e sol, e n c o n t r é huellas re- q u e d i j o . . . creedlo, señores, en ballesta d e marfil; él d o m a b a los postros q u e
ría q u e a u n me están s o n a n d o en los o í d o s
cientes d e los ciervos, algunas ramas desga- seguro c o m o q u e m e he d e morir. en este m o m e n t o . había d e m o n t a r su señora; él ejercitaba en
jadas, la c o r r i e n t e u n p o c o t u r b i a , y, lo q u e claro y d i s t i n t a m e n t e estas prop los ardides d e la caza a sus lebreles f a v o r i t o s
es más particular entre el rastro de las reses bras: y amaestraba a sus halcones, a los cuales
las breves huellas d e u n o s pies p e q u e ñ i t o s - iBah . . . ibah! . . . Esteban - e x c l a m ó
don Dionís c o n aire b u r l ó n - , sigue los c o m p r a b a en las ferias d e Castilla c a p e r u z a s
c o m o la m i t a d d e la palma d e mi m a n o , sin ¡Por a q u í , por a q u í , compañera rojas b o r d a d a s d e o r o .
consejos del presente d e T a r a z o n a ; n o hables
p o n d e r a c i ó n alguna. q u e está ah í el b r u t o de Esteban de tus e n c u e n t r o s c o n los corzos amigos d e
Al decir e s t o , el m o z o instintivamente y burlas, n o sea q u e haga el diablo q u e al fin Para c o n los o t r o s m o n t e r o s , los pajes
Al llegar a este p u n t o de la reí pierdas el p o c o juicio q u e tienes; y p u e s ya y la gente m e n u d a del servicio de d o n
al parecer hacia el pie d e C o n s t a n z a q u e aso-
zagal, los circunstantes no pud' estás provisto d e los Evangelios y sabes las Dionís la exiquisita solicitud d e Garcés y el
m a b a por d e b a j o del brial, calzado d e u n c o n t e n e r por más t i e m p o la risa r oraciones d e San B a r t o l o m é , vuélvete a t u s aprecio c o n q u e sus señores le distinguían,
precioso c h a p í n d e tafilete amarillo; p e r o largo r a t o les retozaba en los ojos, corderos, q u e c o m i e n z a n a d e s b a n d a r s e habíanle valido una especie d e general
c o m o al par q u e Esteban bajasen t a m b i é n rienda a su b u e n h u m o r , prorrumi por la cañada. Si los espíritus malignos tor- animadversión, y al decir d e los envidiosos
los ojos d o n D i o n í s y algunos d e los m o n t e - una carcajada estrepitosa. De los nan a i n c o m o d a r s e , ya sabes el remed-o en t o d o s aquellos c u i d a d o s c o n q u e se ade-
ros q u e le r o d e a b a n , la h e r m o s a nina se en c o m e n z a r a reír y de los ultim lantaba a prevenir los caprichos d e su señora,
"Páter n ó s t e r " y garrotazo.
apresuró a esconderlo, exclamando con jarlo, f u e r o n d o n Dionís, queape revelábase su carácter adulador y rastrero.
el t o n o más natural del m u n d o : fingida circunspección no pudo' No f a l t a b a n , sin embargo, algunos, q u e , más
El zagal, d e s p u é s de guardarse en el
t o m a r parte en el general regoc avisados o maliciosos, creyeron sorprender
- l O h , n o l ; por desgracia, n o los t e n g o zunón u n m e d i o pan b l a n c o y u n t r o z o d e
hija Constanza, la cual cada vez qt en la aiduidad del solícito m a n c e s o algunas
carne d e jabalí, y en el e s t ó m a g o un valiente
y o t a n p e q u e ñ i t o s , p u e s d e ese t a m a ñ o sólo a E s t e b a n , t o d o suspenso y contua señales d e mal d i s i m u l a d o a m o r .
trago d e vino q u e le d i o por o r d e n de su
se e n c u e n t r a n en las hadas, c u y a historia n o s a reírse c o m o u n a loca hasta e
señor u n o d e los palafreneros, despidióse
refieren los t r o v a d o r e s . saltarle las lágrimas d e los ojos
de d o n Dionís y su hija y apenas a n d u v o Si en e f e c t o era así, el o c u l t o cariño
cuatro pasos, c o m e n z ó a volear la h o n d a de Garcés t e n í a m á s q u e sobrada disculpa
- P u e s n o p a r ó a q u í la c o s a - c o n t i n u ó El zagal, por su parte, aunqj P a r a reunir a p e d r a d a s a los corderos. en la incomparable h e r m o s u r a d e Constanza.
el zagal c u a n d o Constanza h u b o c o n l u í d o - , der al e f e c t o q u e su narración nao Hubiérase necesitado un p e c h o d e roca y
sino q u e o t r a vez, h a b i é n d o m e c o l o c a d o en cido, parecía t u r b a d o e inquieto/ C o m o a esta sazón notase d o n Dionís u n c o r a z ó n d e hielo para permanecer impasi-
o t r o escondite por d o n d e i n d u d a b l e m e n t e los señores reían a sabor de sus in <Me e n t r e u n a s y otras las horas del calor ble un d í a y o t r o al lado d e aquella m u j e r
h a b í a n d e pasar los ciervos para dirigirse
él t o r n a b a la vista d e un lado ^an ya pasadas y el vientecillo d e la tarde singular p o r su belleza y sus raros atractivos,
a la c a ñ a d a allá al f i l o d e la media n o c h e m e
visible m u e s t r a s d e t e m o r y coi™ comenzaba a mover las hojas d e los c h o p o s
r i n d i ó u n p o c o el s u e ñ o , a u n q u e n o t a n t o
descubrir algo a través de los cru* V a refrescar los campos, d i o o r d e n a su co- La '.'Azucena d e l . M o n c a y o " llamábanla
q u e n o abriese los o j o s en el m i s m o p u n t o
eos d e los árboles. mitiva para q u e aderezasen las caballerías en veinte leguas a la r e d o n d a , y b i e n m e r e c í a
en q u e ere» percibir q u e las ramas se m o v í a n
Que a n d a b a n paciendo sueltas por el inme- este s o b r e n o m b r e , p o r q u e era t a n airosa.
- No cabe d u d a q u e t o d o eso del hab aquí SÓIQ, m e o c u p a b a en serviros. abad d e Munila, n o se iba sin un a r p ó n en
t a n blanca y t a n rubia, q u e . <=omo a» las d e las corzas es p u r a aprensión de Esteb el c u e r p o .
azucenas, parecía q u e Dios la h a b í a h e c h o q u e es u n c o m p l e t o mentecado -de ¿En servirme — repitió Constanza—;
d e nieve y o r o . e n t r e sí el joven m o n t e r o mientras En este p u n t o del diálogo t o r c i ó d o n
,prendo lo q u e quieres decir.
jinete en un p o d e r o s o alazán, seguía fpaa Dionís, y con u n a d e s e s p e r a n t e gravedad a
Y sin e m b a r g o , e n t r e los señores comar- través d e la q u e se adivinaba t o d a la ironía
paso el palafrén d e Constanza, la cual Sí, señora, en serviros - r e p i t i ó el
c a n o s ' m u r m u r á b a s e q u e la h e r m o s a caste- d e sus palabras, c o m e n z ó a darle al ya sen-
bién p a r e c í a mostrarse u n t a n t o distraíd i- pues h e averiguado q u e es verdad q u e
llana de V e r a t ó n n o era tan limpia d e sangre d e r e a d o m o z o los consejos más originales
silenciosa, y retirada del tropel de lose '':a blanca existe. A más d e E s t e b a n , lo
c o m o bella V q u e , a pesar d e sus trenzas del m u n d o , para el caso d e q u e se encontra-
rubias y su t e z de alabastro, h a b í a t e n i d o dores, apenas t o m a b a p a r t e en la fiest por seguro o t r o s varios pastores, q u e ju-
Pero ¿quién dice q u e en lo que refiere haberla visto más d e u n a vez, y con se d e m a n o s a b o c a c o n el d e m o n i o conver-
por m a d r e u n a gitana. Lo d e cierto q u e pu- t i d o en corza blanca. A cada nueva ocurren-
diera haber en estas m u r m u r a c i o n e s nadie simple n o existirá algo de verdad?-. C de los cuales espero en Dios y en mi
más e x t r a ñ a s h e m o s visto en el mundi cia d e su padre, Constanza fijaba sus ojos
p u d o nunca decirlo, p o r q u e la verdad era San H u m b e r t o q u e antes d e tres
una corza blanca bien p u e d e haberla, pu viva o m u e r t a , os la traeré al castillo. en el a t r i b u l a d o Garcés y r o m p í a a reír
que d o n Dionís t u v o una v.da b a s t a n t e c o m o u n a loca, en t a n t o q u e los o t r o s servi-
azarosa en su j u v e n t u d , y despues de c o m b a - q u e si se ha de dar c r é d i t o a las cantigas
país San H u m b e r t o , p a t r ó n de los caz -IBah! . . . ÍBah!. . . e x c l a m ó Constanza d o r e s esforzaban las burlas c o n sus miradas
tir largo t i e m p o b a j o la c o n d u c t a del monar- d e inteligencia y su mal e n c u b i e r t o gozo.
ca aragonés, del cual r e c a b o entre otras res t e n í a una. ¡Oh, si y o pudiese coge, aire de z u m b a , mientras hacían c o r o a
mercedes el f e u d o del M o n c a y o , m a r c h ó s e u n a corza blanca para ofrecersela palabras las risas más o m e n o s disimula-
a Palestina, en d o n d e a n d u v o errante algunos señora! se los circunstantes—, d é j a t e d e cacerías Mientras d u r ó la colación prolongóse
años- para volver p o r ú l t i m o a encerrarse en ¡urnas y de corzas blancas, mira que el esta escena, en q u e la credulidad del joven
su castillo d e V e r a t ó n con u n a hija p e q u e ñ a , Así p e n s a n d o y discurriendo paso ha d a d o en la flor d e t e n t a r a los m o n t e r o f u e p o r decirlo así, el t e m a obliga-
meo
cés la t a r d e , y c u a n d o ya el sol com« d o del general regocijo; d e m o d o que c u a n d o
nacida sin d u d a d e aquellos países r e m o t o s . oles,i, y si t e e m p e ñ a s en andarle a los
El único q u e h u b i e r a p o d i d o decir algo esconderse por d e t r á s d e las vecinas i, va a dar q u e reír contigo c o m o c o n se levantaron los paños, y d o n D i o n í s y
acerca del misterioso origen d e Constanza, d o n D i o n í s m a n d ó volver grupas a su íes, Esteban. C o n s t a n z a se retiraron a sus habitaciones, y
para t o r n a r al castillo, separóse sin ser íbre
pues a c o m p a ñ ó a d o n D i o n í s en sus lejanas t o d a la g e n t e del castillo se e n t r e g ó al re-
peregrinaciones, era el p a d r e d e Garces, y d o d e la comitiva y echó en buscad* poso, Garcés p e r m a n e c i ó u n largo espacio
-Señora- i n t e r r u m p i ó Garcés con voz
éste h a b í a m u e r t o hacía b a s t a n t e t i e m p o , por lo más espeso e intrincado del de t i e m p o irresoluto, d u d a n d o , si a pesar
¡cortada y d i s i m u l á n d o en lo posible la
sin decir una palabra s o b r e el a s u n t o ni a su d e las burlas d e sus señores, proseguírí»
col laque le p r o d u c í a el burlón regocijo d e
p r o p i o hijo, q u e varias veces y c o n muestras La n o c h e h a b í a cerrado casi por compañeros—, y o n o me h e visto n u n c a f i r m e en su p r o p ó s i t o o desistiría c o m p l e t t -
d e gran interés se lo h a b í a p r e g u n t a d o . t o c u a n d o d o n Dionís llegaba a laspt el diablo, y, por consiguiente, n o sé m e n t e d e la empresa.
d e su castillo. A c t o continuo dispusie avía c o m o las gasta; p e r o c o n m i g o os
una frugal colación y sentóse con si que t o d o p o d r á hacer m e n o s dar q u e - i Q u é d i a n t r e ! —exclamó saliendo del
El carácter, t a n p r o n t o r e t r a í d o y me- e s t a d o d e i n c e r t i d u m b r e e n q u e se encontra-
a la mesa. porque el u s o de ese privilegio sólo en
lancólico c o m o bullicioso y alegre, d e Cons- ba—: m a y o r mal del q u e m e h a sucedido
¡é tolerarlo.
tanza la e x t r a ñ a exaltación de sus ideas, sus
- Y Garcés ¿ d ó n d e está?- P1 n o p u e d e s u c e d e r m e , y si, p o r el c o n t r a r i o ,
extravagantes caprichos, sus n u n c a vistas es verdad lo q u e n o s ha c o n t a d o Esteban . . .
c o s t u m b r e s , hasta la particularidad de tener Constanza, n o t a n d o q u e su montero Constanza c o n o c i ó el e f e c t o q u e su bur-
e n c o n t r a b a allí para servirla como abía p r o d u c i d o en el e n a m o r a d o j c w e n ; loh, e n t o n c e s , c ó m o h e d e saborear mi
los ojos y las cejas negros c o m o la n o c h e ,
costumbre. deseando apurar su paciencia hasta lo triunfo!
siendo blanca y rubia, c o m o el o r o , h a b í a n
c o n t r i b u i d o a dar pábulo a las hablillas de sus no, t o r n ó a decir en el m i s m o t o n o :
- No s a b e m o s - se apresuraron E s t o d i c i e n d o , a r m ó s u ballesta, n o sin
convecinos, y a ú n el m i s m o Garces q u e t a n
testar, los o t r o s s e r v i d o r e s - ; desapar - ¿ Y si al dispararle t e saluda c o n alguna haberle h e c h o antes la señal d e la cruz en la
í n t i m a m e n t e la t r a t a b a , h a b í a llegado a
e n t r e n o s o t r o s cerca d e la cañada Y« género d e la q u e o y ó E s t e b a n , o se p u n t a d e la vira, y colocándosela a la espalda
persuadirse q u e su señora era algo especial
hora en q u e t o d a v í a n o le hemos e en la nariz, y ai escuchar sus sobrena- se dirigió a la p o t e r n a del castillo para t o m a r
y n o se parecía a las d e m á s mujeres.
¡ carcajadas se t e cae la ballesta d e las le vereda del m o n t e .
En este p u n t o llegó Garcés todop ¡o», y antes d e r e p o n e r t e d e l susto ya ha
Presenta a la relación d e Esteban, c o m o d o , cubierta aún d e sudor la frente, ¡parecido ta corza blanca más ligera q u e C u a n d o Garcés llegó a la c a ñ a d a y al
los o t r o s m o n t e r o s , Garcés f u e acaso el ú n i c o la cara más regocijada y satisfecna élampago? p u n t o en que, según las instrucciones d i
q u e o y ó c o n verdadera curiosidad los porme- diera imaginarse. E s t e b a n , d e b í a aguardar la aparición d e la«
n o r e s d e su increíble aventura. V si bien n o - ¡Oh - e x c l a m ó G a r c é s - , en c u a n t o a corzas (la luna c o m e n z a b a a r e m o n t a r s e c o n
p u d o m e n o s d e sonreír c u a n d o el zagal - P e r d ó n e m e s e ñ o r a - exclamo estad segura q u e c o m o y o la t o p a s e a l e n t i t u d por d e t r á s d e los c e r c a n o s m o n t e s .
repitió las palabras d e la corza blanca, d e s d e d o s e a C o n s t a n z a - , perdonadme » 1 de ballesta, a u n q u e m e hiciese m á s
q u e a b a n d o n ó el s o t o en q u e h a b í a sesteado d o un m o m e n t o a mi obligación, "os que u n Juglar, a u n q u e me hablara, A fuer de buen cazador y práctico e n
c o m e n z ó a resolver en su m e n t e las mas d e d o n d e vengo a t o d o correr de m 'a en r o m a n c e , sino e n latir», c o m o el el o f i c i o antes d e elegir u n p u n t o a p r o p ó s i t o
absurdad imaginaciones.
para colocarse al acecho de las reses, anduvo la noche, q u e ha h a b í * pasado de la largaba sus miembros, iba a reclinar d e A u n q u e el joven se sentía dispuesto a
un gran r a t o de acá para allá e x a m i n a n d o las comenzaba a dejarse sentir, bien «I o la cabeza sobre el césped, c u a n d o ver en c u a n t o le rodeaba algo d e sobrenatu-
rjeV0
trochas y las veredas vecinas, la disposición m u r m u l l o del agua, el penetrante ar orí ó a oír el eco distante de aquellas mis- ral y maravilloso, la verdad del caso era q u e ,
d e los árboles, los accidentes del t e r r e n o , las las flores silvestres y las caricias 4el niosas voces, q u e a c o m p a ñ á n d o s e del prescindiendo de la m o m e n t á n e a alucinación
curvas del río y la p r o f u n d i d a d d e sus aguas. c o m u n i c a r o n a sus sentidos el dulce dei aire del agua y d e las hojas canta- que t u r b ó un instante sus sentidos, fingién-
en q u e parecía estar impregnada lai Ni. Nati r . dole músicas, rumores y palabras, ni en la
a asi -
za t o d a , el e n a m o r a d o mozo, que hasta f o r m a de las corzas, ni en sus movimientos,
Por último, después de terminar este p u n t o había estado entretenido revolv
minucioso reconocimiento del lugar en q u e "El arquero q u e velaba en lo alto de la ni e n 'os cortos bramidos c o n q u e parecían
en su mente las más halagüeñas imagi llamarse, h a b í a nada con que n o debiese
se encontraba, agazapóse en un ribazo j u n t o ha reclinado su pesada cabeza en el
nes, c o m e n z ó a sentir q u e sus idean!1"5 estar ya m u y familiarizado un cazador
a unos c h o p o s de copas elevadas y oscuras, boraban con más lentitud y sus.pena ünd
o.
a c u y o pie crecían unas matas d e lentisco, p r á c t i c o en esta clase d e expediciones
tos t o m a b a n f o r m a s más leves e indi nocturnas.
altas lo bastante para ocultar a un h o m b r e "Al cazador furtivo que esperaba sor-
echado en tierra. ir la res, lo ha sorprendido el sueño.
Después de mecerse un instante l B d e A medida que desechaba la primera
vago espacio q u e media entre la vigili "El pastor q u e aguarda el d í a consultan- impresión. Garcés c o m e n z ó a c o m p r e n d e r l o
El río, q u e desde las mugrosas rocas
sueño, e n t o r n ó al fin los ojos, dejó eses las estrellas, d u e r m e ahora y dormirá así, y riéndose interiormente de su creduli-
d o n d e t e n í a su nacimiento venía, siguiendo
ballesta d e sus manos y se quedó pro eta el amanecer. dad y su miedo, desde aquel instante sólo
las sinuosidades del Moncayo, a entrar en
mente dormido. se o c u p ó en averiguar, t e n i e n d o en cuenta
ta cañada por una vertiente, deslizábase
desde allí b a ñ a n d o el pie de los sauces q u e "Reina de las ondinas, sigue nuestros la dirección que seguían, el p u n t o d o n d e se
Cosa de dos horas o tres haría ya 505 hallaban las corzas.
sombreaban sus orillas, o j u g u e t e a n d o con suelt
joven m o n t e r o roncaba a pierna sue"
alegre m u r m u l l o entre las piedras rodadas
f r u t a n d o a t o d o sabor d e uno de los "Ven a mecerte en las ramas de los Hecho el cálculo, cogió la ballesta entre
del m o n t e , hasta caer en una h o n d u r a próxi-
más apacibles de su vida, cuando de uces sobre el haz del agua. los dientes, y arrastrándose c o m o una cule-
ma al lugar q u e servía de escondrijo al
entreabrió los ojos sobresaltado, e i bra por detrás de los lentiscos, fue a situarse
montero.
rándose a medias lleno aún de ese "Ven a embriagarte con el p e r f u m e de obra de unos cuarente pasos más lejos del
del que se vuelve en sí de improvisod violetas q u e se abren entre las sombras. lugar en que antes se encontraba. Una vez
Los álamos, cuyas plateadas hojas movía
d e un sueño p r o f u n d o . a c o m o d a d o en su nuevo escondite, esperó
el aire con un remor dulcísimo, los sauces
Ven a gozar de la noche, que es el d í a el t i e m p o suficiente para que las corzas
q u e inclinados sobre la limpie corriente
En las ráfagas del aire y confi los espíritus". estuvieran ya d e n t r o del ríi. a fin de hacer el
h u m e d e c í a n en ellas las puntas d e sus desma-
con los leves rumores de la noche, tiro más seguro. Apenas e m p e z ó a escucharse
yadas ramas, y los apretados carrascales por
percibir un e x t r a ñ o rumor de voces di Mientras flotaba en el aire las suaves ese ruido particular q u e p r o d u c e el agua q u e
cuyos t r o n c o s subían y se enredaban las se b a t e a golpes o se agita con violencia,
y dulces y misteriosas que hablabaf 'as de aquella deliciosa música, Garcés
madreselvas y las campanillas azules, forma- Garcés c o m e n z ó a levantarse p o q u i t o a poco
sí, reían o cantaban cada cual porí mantuvo inmóvil. Después q u e se h u b o
ban un espeso m u r o d e follaje alrededor del y con las mayores precauciones, apoyándose
y una cosa diferente, formando una Canecido, con mucha precaución a p a r t ó
remanso del río. en la tierra primero sobre la p u n t a de los
b í a tan ruidosa y confusa como » poco las ramas, y no sin experimentar
pájaros q u e despiertan al primer rayo Jin sobresalto vio aparecer las corzas q u e dedos, y después c o n una de las rodillas.
El viento, agitando los f r o n d o s o s pabe-
e n t r e las f r o n d a s d e una alameda. tropel y salvando los matorrales con
llones d e verdura q u e d e r r a m a b a n en t o r n o
su f l o t a n t e sombra, dejaban penetrar a inter- »eza increíble unas veces, d e t e n i é n d o s e Ya d e pie, y cerciorándose a tientas d e
Este e x t r a ñ o rumor sólo se qu a
valos u n furitivo rayo d e luz, que brillaba escuchar, otras jugueteando entre que el arma estaba preparada, d i o un paso
instante, y después t o d o volvió a' Va escondiéndose entre la espesura, ya hacia adelante, alargó el cuello por encima
c o m o un relámpago d e plata sobre la super-
silencio. indo nuevamente a la senda, bajaban de los arbustos para dominar ei remanso, y
ficie d e las aguas inmóviles y p r o f u n d a s .
monte c o n dirección al remanso del tendió la ballesta; pero en el m i s m o p u n t o
ma
- Sin d u d a soñaba con las en que, a par d e la ballesta, t e n d i ó la vista
Oculto tras los matojos, con el o í d o
q u e nos refirió el zagal -exclamo buscando el o b j e t o q u e había de herir, se
a t e n t o al más leve r u m o r y la vista clavada
restregándose los oios con mucha Delante d e su» compañeras, más ágil, escapó de sus labios un imperceptible e
en el p u n t o d e d o n d e según sus cálculos de-
en la f i r m e persuasión de que cu» involuntario grito de asombro.
b í a n aparecer las corzas, Garcés esperó -agí • linda.i, m á s juguetona y alegre q u e todas,
c r e í d o oír n o era más que esa»
inútilmente un gran espacio de t i e m p o .
del ensueño q u e q u e d a , al despe esperta ™lo, corriendo, parándose y t o r n a n d o
®rrer, d e m o d o q u e parecía n o tocar el La luna, que h a b í a ¡do remontándose
imaginación, c o m o q u e d a en e áo con los pies, iba la corza blanca, c u y o
T o d o p e r m a n e c í a a su alrededor s u m i d o d«P con lentitud por el a n c h o horizonte, estaba
última cadencia d e u n a *nelod;a°" íaflo color destacaba c o m o una fantástica
en una p r o f u n d a calma. inmóvil y c o m o suspendida en la mitad del
ha expirado t e m b l a n d o la ultiw 'sobre el oscuro f o n d o d e los árboles.
d o m i n a d o por la invencible law cielo. Su dulce claridad inundaba el soto.
Poco a p o c o , y bien fuese q u e el peso d e
ronda e n t r e l a z a n d o caprichosamente»
™ n o s d e j a n d o c a e r a t r á s la cabeza« irtes a m a n o j o s d e j a z m i n e s y aqueUos c u a l s a l v a n d o d e u n s a l t o los m a t o r r a l e s ,
a b r i l l a n t a b a la I n t r a n q u i l a s u p e r f i c i e d e l r í o
d e u d o s o a b a n d o n o , e h i r i e n d o el suelo, diminutos, c o m p a r a b l e s s o l o c o n d o s c u a l g a n a n d o a t o d o c o r r e r la t r o c h a del
y h a c í a ver los o b j e t o s c o m o a t r a v é s d e u n a
, T* „ J . - - H e n c i a ¿o$ de nieve q u e el sol n o ha p o d i d o monte.
gasa azul. el p i e e n a l t e r n a d a c a d e n c i a . y p u e a Ta m a ñ a n a b l a n q u e a n e n t r e
- lOhl, bien dije y o q u e t o d a s estas
Las c o r z a s h a b í a n d e s a p a r e c i d o . Era i m p o s i b l e , a b a r c a r c o n una mira ¡rdura. c o s a s n o e r a n m á s q u e f a n t a s m a g o r í a s del
los i n f i n i t o s d e t a l l e s d e l c u a d r o qyefom En e ¡ m o m e n t o e n q u e C o n s t a n z a salió d i a b l o — e x c l a m ó e n t o n c e s el m o n t e r o — ;
E n su lugar, l l e n o d e e s t u p o r y casi d e b a n , u n a s c o r r i e n d o , j u g a n d o y persigui ¡josquecillo, sin velo a l g u n o q u e ocul- p e r o p o r f o r t u n a e s t a vez ha a n d a d o u n
m i e d o , vio G a r c é s u n g r u p o d e b e l l í s i m a s d o s é c o n alegres risas p o r e n t r e el laberii , | o s 0 j 0 s d e su a m a n t e los e s c o n d i d o s p o c o t o r p e d e j á n d o m e e n t r e las m a n o s la
m u j e r e s , d e las cuales u n a s e n t r a b a n en el d e los á r b o l e s ; o t r a s s u r c a n d o el agua coi I0S ¿e su h e r m o s u r a , sus c o m p a ñ e r a s mejor presa.
aqua j u g u e t e a n d o , m i e n t r a s las o t r a s acaba- u n cisne y r o m p i e n d o la corriente ccon ^ g r o n n u e v a m e n t e a c a n t a r e s t a s Y , en e f e c t o era a s í ; la c o r z a b l a n c a ,
b a n d e d e s p o j a r s e d e las ligeras U n i c a s q u e l e v a n t a d o s e n o ; o t r a s , e n f i n , sumergiéndi j, r a s c o n u n a m e l o d í a d u l c í s i m a : d e s e a n d o e s c a p a r p o r el s o t o , se h a b í a lan-
a ú n o c u l t a b a n a la c o d i c i o s a vista el t e s o r o en el f o n d o , d o n d e p e r m a n e c í a n largor z a d o e n t r e el l a b e r i n t o d e su á r b o l e s y e n r e -
d e sus f o r m a s . para volver a la s u p e r f i c i e , trayendo una C O R O d á n d o s e e n u n a red d e m a d r e s e l v a s , p u g n a b a
esas f l o r e s e x t r a ñ a s q u e nacen escondí «Q en j os del aire, h a b i t a n t e s del l u m i n o - en v a n o p o r desasirse. G a r c é s le e n c a r ó
E n e s o s ligeros v v o r t a d o s s u e ñ o s d e la e n el l e c h o d e las aguas p r o f u n d a s . íer v e n ¡ d e n v u e l t o s e n u n jirón d e niebla la b a l l e s t a ; p e r o e n el m i s m o p u n t o en q u e
m a ñ a n a , ricos en i m á g e n e s risueñas y volup- iba a herirla, la c o r z a se volvió hacia el
jada.
t o s a s s u e ñ o s d i á f a n o s y celestes c o m o la La m i r a d a del a t o n . t o montero * ^ invjs¡b|es d e j a d e| ^ d e |o$ m o n t e r o , y c o n voz clara y a g u d a d e t u v o su
luz q u e e n t o n c e s c o m i e n z a a t r a n s p a r e n t a r s e acción con un grito, diciéndole:
a través d e las b l a n c a s c o r t i n a s del l e c h o , n o absorta d e un lado a o t r o s n W ,¡r¡OS( y ven i d en vuestros
ha h a b i d o n u n c a i m a g i n a c i ó n d e veinte a ñ o s fijarse, h a s t a q u e , s e n t a d o b a j o un paK |qs ^ ^ ^ - Garcés, ¿ q u é h a c e s ?
d e v e r d u r a q u e p a r e c í a servirle de dos
n u e b o s q u e j a s e c o n los c o l o r e s d e la f a n t a - sas El j o v e n vaciló, y d e s p u é s d e u n i n s t a n t e
r n d p a d o d e u n g r u p o d e mujeres tod P° -
sía u n a escena s e m e j a n t e a la q u e se o f r e c í a d e d u d a , d e j ó caer al s u e l o el a r m a , e s p a n t a -
r u a l m á s bellas q u e la a y u d a b a n a despoj "Larvas d e las f u e n t e s , a b a n d o n a d o el
en a q u e l p u n t o a los o j o s del a t o n . t o Garces. d o a la sola idea d e h a b e r p o d i d o herir a su
He sus liqerísi'mas v e s t i d u r a s , creyó« »de m u s g o y c a e d s o b r e n o s o t r a s e n
o b j e t o d e sus o c u l t a s adoraciones: lahip ida lluvia d e perlas. a m a n t e . Una s o n o r a y e s t r i d e n t e c a r c a j a d a
D e s p o j a d a ya d e sus t ú n i c a s y sus velos noble d o n D i o n í s , la i n c o m p a r a b l e Consta »Escarabajos d e e s m e r a l d a , luciérnagas v i n o a sacarle al f i n d e su e s t u p o r ; la c o r z a
d e mil c o l o r e s , q u e d e s t a c a b a n s o b r e el f o n - jago, m a r i p o s a s negras, Ivenid! b l a n c a h a b í a a p r o v e c h a d o aquellos, c o r t o s
d o s u s p e n d i d o d e los á r b o l e s o a r r o j a d o s c o n instantes para acabarse de desenredar y huir
M a r c h a n d o d e s o r p r e s a e n . s 0 ' p r e a S y venid v o s o t r o s t o d o s , e s p í r i t u s d e
d e s c u i d o s o b r e la a l f o m b r a del c a s p e d . la e n a m o r a d o joven n o se atrevía Y ^ ligera c o m o u n r e l á m p a g o , r i é n d o s e d e la
venjd z u m b a n d Q
m u c h a c h a s d i s c u r r í a n a su placer p o r el c o m o un e n j a m - b u r l a h e c h a al m o n t e r o .
s o t o , f o r m a n d o g r u p o s p i n t o r e s c o s , y entra- c r é d i t o ni al t e s t i m o n i o d e sus je insectos d e l u z y d e o r o .
— I Ahí, condenado engendro, de
b a n y salían en el agua, h a c e n d ó l a saltar c r e í a s e b a i o la i n f l u e n c i a d e un sueno« '
S a t a n á s —dijo é s t e c o n voz e s p a n t o s a , reco-
en chispas l u m i n o s a s s o b r e las f l o r e s d e la creíase oajo « „ y ^ q u e y g e| astrQ p r o t e c t o r |os
g i é n d o la ballesta c o n u n a r a p i d e z indeci-
m a r g e n c o m o u n a m e n u d a lluvia d e r o c í o . nador y engañoso. , rios b r ¡ „ a e n , a p | e n i t u d d e su h e r m o - ble—; p r o n t a h a s c a n t a d o victoria, p r o n t o t e
N o o b s t a n t e , p u g n a b a en vano has c r e í d o f u e r a d e mi alcance—; y e s t o
A q u í u n a d e ellas b l a n c a s c o m o el p e r s u a d i r s e d e q u e t o d o cuanto ve <.Venj(j> q u e h a j ^ ^ p e ( m o m e n t o d e d i c i e n d o , d e j ó volar la s a e t a q u e p a r t i ó
vellón d e u n c o r d e r o , s a c a b a su c a b e z a e f e c t o del d e s a r r e g l o d e su ¡magma ~ a n s f o r m a c ¡ o n e s maravillosas, s i l b a n d o y f u e a p e r d e r s e e n la o s c u r i d a d del
r u b i a e n t r e las verdes y f l o t a n t e s h o j a s d e p o r q u e m i e n t r a s m á s la miraba y _ Venid, q u e las q u e o s a m a n o s e s p e r a n s o t o , en el f o n d o del c u a l s o n ó al m i s m o
«¡entes.
u n a p l a n t a a c u á t i c a , d e la cUal p a r e c í a u n a p a c i ó , m á s se c o n v e n c í a d e que t i e m p o u n g r i t o , al q u e siguieron d e s p u é s
m u j e r era C o n s t a n z a . Garcés, q u e p e r m a n e c í a inmóvil, s i n t i ó
f l o r a m e d i o abrir c u y o flexiblei tallo> m a s unos gemidos.
b i e n se a d i v i n a b a q u e se veía t e m b l a r d e b a j o « h p r d u d a no; suyo ¡r aquellos c a n t a r e s m i s t e r i o s o s q u e el
d e los i n f i n i t o s c í r c u l o s d e luz d e las o n d a s . N o p o d í a c ^ d v U d ¿ ' m 5 r e a d 0 s < ¡de los c e l o s le m o r d í a el c o r a z ó n , y — IDios m í o ! — e x c l a m ó al p e r c i b i r
a q u e l l o s o j o s o s c u r ° * ^ ! bastaban a ai hiendo a u n i m p u l s o m á s p o d e r o s o q u e a q u e l l o s l a m e n t o s angustiosos—. IDios m í o ,
gas p e s t a ñ a s , q u e a p e n a s bastab s ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ r d e u n a vez si será v e r d a d ! — Y f u e r a d e s í , c o m o l o c o ,
O t r a allá, c o n el c a b e l l o s u e l t o s o b r e
guar la luz d e s ú s p u p as ¿ ^ ^ fascinaba $u$ sent¡dos. sin d a r s e c u e n t a a p e n a s d e lo q u e le p a s a b a ,
los h o m b r o s , m e c í a s e suspendidai d e \a r a m a
r u b i a y abundante c a b e l l e r a ^ ^ ( . ^ ^ ^ ^ y c o n v u l s a el c o r r i ó e n la d i r e c c i ó n e n q u e h a b í a d i s p a r a d o
d e u n s a u c e s o b r e la c o r r i e n t e del n o , y sus
d e c o r o n a r su t r e n i e , se ^ ^ |j} Q C u | t a b a d e u n so,Q sa,to la s a e t a , q u e era la m i s m a e n q u e s o n a b a n
p e q u e ñ o s pies, c o l o r d e rosa, acia una
b l a n c o s e n o y sus r e d o n d a s ^ ^ ^ ^ ^ ^ d e | ^ ^ ^ se los g e m i d o s . Llegó p o r f i n ; p e r o al llegar, sus
^ y a d e p l a t a al pasar r o z a n d o la tersa. su-
u n a c a s c a d a d e o r o , suy . ^ (j ?¡. d e s v a n e c ¡ é n d o s e t o d o e| h u m o y c a b e l l o s se e r i z a r o n d e h o r r o r , las p a l a b r a s
p e r f i c i e . E n t a n t o q u e éstas p e r m a n e c í a n
cuello airoso que ^ s t e n ^ ^ ^ ^ ^ ^ |a nQ vjQ n¡ se a n u d a r o n e n su g a r g a n t a , y t u v o q u e
recostadas a ú n a! b o r d e del agua c o n los
c a b e z a , ' ' Q e r a m e n t e .nchnaoa ^ ^ bu||¡c¡oso , ^ agarrarse al t r o n c o d e u n á r b o l p a r a n o
o l S a S l e s a d o r m i d o s , a s p i r a n d o c o n volup- trope q u e las
u n a f l o r q u e se n n d e a l ^ o a ^ ^ ^ r de caer a tierra.
t o s í d a d el p e r f u m e d e las f l o r e s y e s t r e m e - $ o r p r e n d i d a s e n to m e j 0

c i é n d o s e l i g e r a m e n t e al c o n t a c t o d e la rocío, y aquellas ^ ' u p t u ^ a » h u í a n e s p a n t a d a s de C o n s t a n z a , h e r i d a p o r su m a n o , expira-


Í S ^ brisa, a q u é l l a s d a n z a b a n e n vertiginosa h a b í a s o ñ a d o tal vez, y aque ^ b a allí a su vista r e v o l c á n d o s e e n su p r o p i a
sangre, e n t r e las a g u d a s z a r z a s d e l m o n t e .
FIN.
ba; dió igual inportancia a l a fealdad que a l a b e l l e z a , e l -
El Realismo es un movimiento l i t e r a r i o y a r t í s i t i c o que realismo rechaza a los protagonistas eróticos del. romanticismo,
i n i c i a en e l siglo XIX y que según muchos c r í t i c o s es lo c el e s c r i t o r r e a l i s t a escogía los seres más interesantes de l a -
r i o a l romanticismo. El realismo t r a j o a l a l i t e r a t u r a ob clase media, creando t i p o s con razgos c a r a c t e r í s t i c o s : e l bonda
medidas y pulidas y huyó de l a improvisación, exigió la obs doso, e l tacaño, el chismoso, e l ingenuo, e l dichoso, e t c . El
ción y l a conciencia de cuanto se r e a l i z a b a . protagonista r e a l i s t a r a r a s veces t i e n e complejidad psicológica
El Realismo se i n i c i ó en Francia por Flaubert; su f i casi nunca evoluciona dentro de l a obra y toda su actuación r e -
xima fue Honorato de Balzac, quien al igual que sus correli fuerza e l tipo que el autor quiere presentar, de manera que e l
n a r i o s : Dickens en I n g l a t e r r a y Pérez Galdós en España, qui conflicto no se l i b r a dentro del personaje, sino entre dos per-
ron hacer un esbozo panorámico que surgió a r a í z de la Revo sonajes o más, que representan d i s t i n t o s sectores de l a pobla-
ción Francesa. El fenómeno r e a l i s t a se nos presenta con la ción.
r i c i ó n de un gran número de e s c r i t o r e s unidos con una misma El realismo se i n i c i a en Hispanoamérica a mediados del s i -
sión l i t e r a r i a . La c i e n c i a , que entonces aparecía también, glo XIX. Cuentistas hispanoamericanos considerados como repre-
un afán de objetividad y c l a r i d a d , adoptando ya e l método ei sentantes de e s t e movimiento son: José López P o r t i l l o y Rojas,
rimental para e l conocimiento de la naturaleza, influyó detf Tomás Carrasquilla, Manuel González Celedón. Este movimiento -
nantemente en los e s c r i t o r e s de l a época. Podemos a f i j a r - despertó temas netamente americanos. Con e l objeto de que com-
l a c i e n c i a colabora en forma de t e minante con la literatura pruebes algunas c a r a c t e r í s t i c a s del realismo, a continuación se
pues se adopta un método c i e n t í f i c o ya que todo es llevado te incluyen algunas obras y datos biográficos de e s c r i t o r e s que
observación y a l a experimentación, de todo se toma nota y pertenecieron a e s t a c o r r i e n t e l i t e r a r i a .
f o t o g r a f í a . Las f u e n t e s , l a investigación y los hechos col
cionados son parte de l a técnica que u t i l i z a e l autor reali Enrique Ibsen. . (1828-1906)
Los e s c r i t o r e s de e s t e tiempo se mostraron muy interesa Famoso dramaturgo noruego, nació en Skein, pequeña v i l l a s i
por los descubrimientos c i e n t í f i c o s , por l a s exploraciones tuada a l sur de Noruega. Su niñez l a vivió en abundancia econó
g r á f i c a s , por l o s inventos y l o s avances de l a tecnología« mica, pero de joven tuvo que mudarse a una modesta g r a n j a . Fue
n e r a l . El realismo, nace a s i con una tendencia hacia la ei tímido, i n t r o v e r t i d o y s o l i t a r i o , gustaba poco de juegos y de-
sión d i r e c t a de lo r e a l , por lo cual se aparta de l a novel« portes, su a f i c i ó n era e l dibujo. En 1842 Ibsen ingresó a ún -
mántica, histórica-medieval. colegio r e l i g i o s o , después t r a b a j ó como aprendiz en una farma-
La c o r r i e n t e r e a l i s t a pintó a los hombres y l a s cosas cia e ingresó a l a Universidad para estudiar medicina.
son, no como pudieron ser o debieron s e r ; e l autor r e a l * Su drama Catalina fue rechazado en varios t e a t r o s . Trabajó
vez de buscar temas exóticos, examinaba e l mundo que lo con pobrezas como d i r e c t o r del Teatro Noruego de C r i s t i a n í a . -
Contrajo matrimonio con Susana Daae Thorensen, mujer de tal CASA DE MUÑECAS
to que e j e r c i ó influencia en su vida y su obra. Ibsen fue f
DRAMA EN TRES ACTOS
so dentro y fuera de su p a t r i a , v i v i ó en Roma, en Munich y reg
só después a C r i s t i a n í a . Ibsen es e l fundador del teatro psi P E R S O N A J E S

lógico, sus obras t r i u n f a r o n en Europa y América; asombran su


fuerza creadora, l a expresión de l a s pasiones, l a maestría de HELMER, a b o g a d o .
l a t é c n i c a , l a inventiva, l a grandeza de los temas. N O R A , SU mujer.
EL DOCTOR RANK.
Este dramaturgo escribe obras románticas y r e a l i s t a s . F CRISTINA LINDE.
KROGSTAD, procurador.
moso y admirado en C r i s t i a n í a , lleva una vida, austera y ord IVAR
BOB
da, se a l e j a de l a s actividades s o c i a l e s . Su vida íntima, f EMMY

tranquila y s i n problemas. En 1901 tuvo ataques de apoplejía hijos de Helmer.


ANA MARÍA, niñera.
su actividad se redujo hasta quedar completamente paralítico ELENA, criada.
MANDADERO.
después morir.
El mérito de este autor fue haber convertido el teatro
La acción se desarrolla en casa de Helmer, en Noruega.
una lucha de ideas, u t i l i z a l a propia realidad como un símbol En la traducción del título de este drama, han opinado de diverso modo
los muchos traductores de Ibsen. En inglés tiene tres títulos: Nora, en la traduc-
ción Hcnrietta Francés (Londres, 1882); The Doll's House. en la misma tra-
como un medio de expresión de l a s ideas. ducción publicada en New York, en 1891, y A Doll's House, en la traducción
de Archer, Londres, 1889. En francés, la han titulado Maison de poupée, el
Algunas de sus obras fueron: Casa de Muñecas, Espectros conde Prozor, y Une maison de poupée, Alberto Savine. En italiano la titulan
Casa della bambola. Alfredo Mayza (1884), y Casa di bambola, L. Capuana
Un Enemigo del Pueblo, Peer Gynt, El Pato S i l v e s t r e , La Dama (1895). En portugués. Cusa da boneca (traducción Costa, Lisboa, 1894). En
Ruiia. los traductores han preferido titularla con el nombre de la protagonista,
Mar, e t c . Nora, igual que el traductor servio Milán Sevic (Belgrado, 1891). Los traduc-
tores alemanes la han titulado unos Nora y otros Ein Puppenheim. La primera
"Casa de Muñecas" es una de l a s mejores obras de este a edición, con el título Et Dukkehjem, se publicó en Copenhague en 1879. y la
obra, que se estrenó en el teatro de Cristianía el 20 de enero de 1880, ha reco-
y se t e ofrece a continuación para que en e l l a localices los rrido en triunfo todos los escenarios del mundo.
mentos propios del realismo, ya que es una obra c l á s i c a de e Nora ha vivido ante los públicos de todo el mundo, encarnada en las gran-
des trágicas de todas las naciones. En España, fue Carmen Cobeña la encargada
movimiento. de dar a conocer esta obra genial, aunque no con la amplitud que la ideó Ibsen.
El drama Casa de muñeca que conoció por ella el público español, es un drama
en que un traductor poco decidido no se atrevió a dar íntegra la obra de arte
y se permitió nada menos que modificar el final.
Posteriormente, Catalina Bárcena dio a conocer la obra completa y según
el original en una traducción de Martínez Sierra.
En el estudio Ibsen, su vida y sus obras, que prepara el autor de estas tra-
ducciones, se estudia ampliamente este asunto.
Contrajo matrimonio con Susana Daae Thorensen, mujer de tal CASA DE MUÑECAS
to que e j e r c i ó influencia en su vida y su obra. Ibsen fue f
DRAMA EN TRES ACTOS
so dentro y fuera de su p a t r i a , v i v i ó en Roma, en Munich y reg
só después a C r i s t i a n í a . Ibsen es e l fundador del teatro psi PERSONAJES

lógico, sus obras t r i u n f a r o n en Europa y América; asombran su


fuerza creadora, l a expresión de l a s pasiones, l a maestría de HELMER, abogado.
l a t é c n i c a , l a inventiva, l a grandeza de los temas. N O R A , SU mujer.
EL DOCTOR RANK.
Este dramaturgo escribe obras románticas y r e a l i s t a s . F CRISTINA LINDE.
KROGSTAD, procurador.
moso y admirado en C r i s t i a n í a , lleva una vida, austera y ord IVAR
BOB
da, se a l e j a de l a s actividades s o c i a l e s . Su vida íntima, f EMMY

tranquila y s i n problemas. En 1901 tuvo ataques de apoplejía hijos de Helmer.


ANA MARÍA, n i ñ e r a .
su actividad se redujo hasta quedar completamente paralítico ELENA, c r i a d a .
MANDADERO.
después morir.
El mérito de este autor fue haber convertido el teatro
La acción se desarrolla en casa de Helmer, en Noruega.
una lucha de ideas, u t i l i z a l a propia realidad como un símbol En la traducción del título de este drama, han opinado de diverso modo
los muchos traductores de Ibsen. En inglés tiene tres títulos: Nora, en la traduc-
como un medio de expresión de l a s ideas. ción Hcnrietta Francés (Londres, 1882); The Doll's House, en la misma tra-
ducción publicada en New York, en 1891, y A Doll's House, en la traducción
de Archer, Londres, 1889. En francés, la han titulado Maison de poupéc, el
Algunas de sus obras fueron: Casa de Muñecas, Espectros conde Prozor, y Une maison de poupée, Alberto Savine. En italiano la titulan
Casa della bambola. Alfredo Mayza (1884), y Casa di bambola, L. Capuana
Un Enemigo del Pueblo, Peer Gynt, El Pato S i l v e s t r e , La Dama (1895). En portugués. Cusa da boneca (traducción Costa, Lisboa, 1894). En
Rviia. los traductores han preferido titularla con el nombre de la protagonista,
Mar, e t c . Nora, igual que el traductor servio Milán Sevic (Belgrado, 1891). Los traduc-
tores alemanes la han titulado unos Nora y otros Ein Puppenheim. La primera
"Casa de Muñecas" es una de l a s mejores obras de este a edición, con el título Et Dukkehjem, se publicó en Copenhague en 1879. y la
obra, que se estrenó en el teatro de Cristianía el 20 de enero de 1880, ha reco-
y se t e ofrece a continuación para que en e l l a localices los rrido en triunfo todos los escenarios del mundo.
mentos propios del realismo, ya que es una obra c l á s i c a de e Nora ha vivido ante los públicos de todo el mundo, encarnada en las gran-
des trágicas de todas las naciones. En España, fue Carmen Cobeña la encargada
movimiento. de dar a conocer esta obra genial, aunque no con la amplitud que la ideó Ibsen.
El drama Casa de muñeca que conoció por ella el público español, es un drama
en que un traductor poco decidido no se atrevió a dar íntegra la obra de arte
y se permitió nada menos que modificar el final.
Posteriormente, Catalina Bárcena dio a conocer la obra completa y según
el original en una traducción de Martínez Sierra.
En el estudio Ibsen, su vida y sus obras, que prepara el autor de estas tra-
ducciones, se estudia ampliamente este asunto.
ACTO PRIMERO
cibirás un buen sueldo y ganarás que no dejaré de hacerlo. Pero ven.
mucho, mucho dinero. Q u i e r o e n s e ñ a r t e t o d o lo q u e h e
HELMER—Sí, desde Año Nuevo. c o m p r a d o y toder baratito. Mira: un
P e r o h a d e p a s a r u n t r i m e s t r e to- traje nuevo y un sable p a r a Ivar,
Habitación amueblada con confort y buen gusto pero s.n lujo A la .zqmerda d a v í a , a n t e s d e q u e yo c o b r e n a d a . u n ' caballo y una trompeta para
del foro, puerta del recibimiento; a la derecha del foro, la puerta del despacho de NORA.—¿Qué i m p o r t a ? P o d e m o s B o b y u n a m u ñ e c a c o n su c a m a
Helmer. Entre ambas puertas, un piano. A la derecha una puerta, y en p n m e pedir prestado. para Emmy. T o d o m u y ordinario
término, una ventana. Cerca de la ventana, mesa redonda s.l ón y sofá A^ la H E L M E R . — ¡ N o r a ! (Se acerca a p o r q u e en s e g u i d a lo r o m p e . D e l a n -
izquierda, en primer término, chimenea ante la cual están algunos s. Iones y ella y bromeando la tira de la ore- tales y c o r t e s p a r a las c r i a d a s . L a
una mecedora; un poco más atrás, una puerta. Entre la chimenea y la puet- ja.) ¡ S i e m p r e t a n l i g e r a ! S u p o n q u e b u e n a A n a M a r í a se m e r e c e a l g o
^ una mesita. Grabados en las paredes Anaquel adornado con .gurnas d p i d o p r e s t a d a s mil c o r o n a s , q u e las más.
porcelana y otros objetos de arte. Librería pequeña, llena de l.bros r camen e g a s t a s en las f i e s t a s d e N a v i d a d , HELMER.—Y este p a q u e t e ¿ q u é
encuadernados. El suelo está alfombrado. La chimenea esta encendida. D,a q u e "en v í s p e r a s d e A ñ o N u e v o m e es?
c a e u n a teja e n la c a b e z a y q u e . . . N O R A . — (Gritando.) No, Torval-
de invierno.
N O R A . — (Tapándole la boca.) ¡Cá- d o . no lo p u e d e s v e r h a s t a la n o c h e .
llate! ¡ N o h a b l e s así! HELMER.—Bien, b i e n . P e r o d i m e ,
H E L M E R . — S u p ó n q u e o c u r r e esto. d e r r o c h a d o r a : y a ti ¿ q u é te gus-
(Suena una campanilla en el re- de su marido.) ¡ A h ! ¡ E s t á e n el Y entonces ¿ q u é ? taría?
cibimiento. Poco después se abre despacho! NofcA.—Si s u c e d i e r a e s t o igual NORA.—Ya s a b e s q u e n o m e pre-
la puerta. Entra Nora tararean- H E L M E R . — (Desde el despacho.) me daría tener d e u d a s que no. o c u p o nunca de mí.
do alegremente, con sombrero y HELMER.—¿Y los q u e m e h u b i e - HELMER.—Ya lo sé. P e r o d i m e
¿ E s m i a l o n d r a la q u e g o r j e a ?
abrigo. Lleva algunos paquetes, sen p r e s t a d o d i n e r o ? a l g o r a z o n a b l e q u e te g u s t e .
NORA.—Sí.
que deposita en la mesa de la NORA.—¿Esos? ¿ Q u i é n p i e n s a en NORA.—No sé r e a l m e n t e . O m i r a ,
H E L M E R — ¿ E s mi a r d i l l a la q u e ellos? Son extraños. oye, T o r v a l d o . . .
izquierda. Deja abierta la puerta
del recibimiento, en el que se ve se NORA.—Sí.
mueve? HELMER.—Nora. N o r a , verdade- HELMER.—A ver.. .
un demandadero que trae un Ár- ramente eres una mujer. H a b l a n d o NORA.— (fugando con los botones
H E L M E R . — ¿ C u á n d o h a v u e l t o la
bol de Navidad y un cesto, que en s e r i o , N o r a , ya c o n o c e s m i s i d e a s : de su traje, sin mirarle:) Si q u i s i e r a s
ardilla? ni d e u d a s ni p r é s t a m o s . En t o d a
entrega a la criada que abre la d a r m e algo, podrías. . podrías. . .
N O R A . — A h o r a m i s m o . (Se guar- c a s a f u n d a d a s o b r e d e u d a s y prés-
puerta.) HELMER.—¡A v e r !
da el cucurucho en el bolsillo, se t a m o s se i n t r o d u c e u n a e s p e c i e d e
N O R A . — (De pronto.) ¡Podrías
limpia la boca y dice:) V e n , Tor- esclavitud, algo vergonzoso. Hasta
NORA.—Esconde el Á r b o l d e N a - darme dinero. Torvaldo! ¡Oh! una
v a l d o , v e n a ver lo q u e h e com- ahora, hemos sabido arreglarnos y
v i d a d . E l e n a . N o c o n v i e n e q u e los u n a p e q u e ñ a c a n t i d a d , lo q u e p u e -
c o n t i n u a r e m o s igual en el poco
n i ñ o s lo v e a n a n t e s d e la n o c h e ^ H E L M E R . — N o m e e s t o r b e s . (Poco das. y u n o de estos días me com-
t i e m p o de prueba q u e nos falta.
a n t e s d e q u e esté a d o r n a d o . (Al después abre la puerta y. pluma en p r a r é a l g o c o n él.
demandadero, sacando el portamo- N O R A . — i Acercándose a la chime- HEI MER.—Pero. N o r a . . .
mano, echa una ojeada por la ^
nedas.) ¿Cuánto? nea.) E s t á b i e n . C o m o q u i e r a s . T o r - N O R A — ¿ V e r d a d q u e s í ? ¿ M e lo
bitación.) ¿ C o m p r a d o ? ¿ T o d o esto. valdo.
EL DEMANDADERO.—Cincuenta cén- ¿ E l e s t o r n i n o c h i q u i t í n h a encon- d a r á s , q u e r i d o T o r v a l d o ? T e lo su-
H F . L M F . R . — (Siguiéndola.) ¡ Vaya! plico. C o l g a r é el d i n e r o en el á r b o l ,
timos. t r a d o o t r a vez m a n e r a d e g a s t a r di- ¡ V a y a ! La a l o n d r a n o d e b e a r r a s t r a r en un s o b r e d o r a d o p r e c i o s o . ¡Será
NORA.—Tome u n a c o r o n a . E s t a nero? el ala p o r e s o . ¿ E h ? ¿ N o se m u e v e muy divertido!
b i e n . Q u é d e s e c o n la v u e l t a . NORA.—Sí, T o r v a l d o . E s t e ano ya la a r d i l l a ? (Abre su cartera.) H E L M E R . — ¿ C ó m o se Iláma el a v e
(El demandadero saluda y vase. p o d e m o s g a s t a r m á s . E s la p r i m e r a Nora, ¿qué crees que tengo a q u í ? q u e d e r r o c h a s i e m p r e sin m i r a m i e n -
Nora cierra la puerta. Continúa
N a v i d a d en q u e n o t e n e m o s que N O R A . — (Volviéndose rápidamen- to a l g u n o ?
sonriendo alegremente mientras
economizar. te.) ¡Dinero! NORA.—Sí, sí, el e s t o r n i n o . Y a lo
se quita el sombrero y el abrigo.)
N O R A . — (Saca del bolsillo un cu- HELMER.—Sí... pero tampoco H E L M E R . — T o m a . (Le da algunos sé. P e r o h a z lo q u e te digo, T o r -
curucho de almendras garapiñadas, d e b e m o s ser p r ó d i g o s . billetes de banco.) Ya c o m p r e n d o valdo. Esto me dará tiempo para
come dos o tres, anda de puntillas NORA.—Sí, T o r v a l d o , u n poco, q u e p o r N a v i d a d h a y m u c h o s gas- p e n s a r en a l g o m á s útil. ¿ N o es ra-
y escucha a la puerta del despacho n a d a m á s q u e u n p o c o . A h o r a re- tos q u e h a c e r en u n a c a s a . zonable?
N O R A . — (Contando.) D i e z , vein- H E L M E R . — (Sonriendo.) Si supie-
te, t r e i n t a , c u a r e n t a . G r a c i a s . T o r - ras e m p l e a r el d i n e r o q u e t e d o y
v a l d o . Y a v e r á s p a r a c u á n t o tiem- y r e a l m e n t e c o m p r a r a l g o , p e r o des-
po tengo. a p a r e c e en la c a s a y e n mil n a d e -
HELMER.—Así lo e s p e r o . rías, y después tengo q u e darte
NORA.—Puedes e s t a r s e g u r o d e más. .
nes del salón.) Alguien viene. ¡Qué SEÑORA LINDE.—Y m u c h o m a s
de 'la izquierda.) N o se me ocurri- fastidio! vieja, Nora.
NORA.—Pero. T o r v a l d o . . .
HELMER.—Si es visita, recuerda NORA.—No, un poco, m u y poco,
HEI.MER.—Es positivo, mi queri- ría hacer n a d a que te disgustara.
Puedes estar seguro. que-.no estoy para nadie. tal vez sí, p e r o m u c h o , n o . (Se calla
da N o r a . (La abraza.) El estornino
HELMER.—Sí. Ya lo se. Me has L A C R I A D A . — (En la puerta de en- de pronto y luego dice con serie-
es gentil, p e r o necesita demasiado
trada.) Señora, una señora pregun- dad.) Pero ¡qué loca estoy! Con tan-
.dinero. ¡Parece increíble lo que le d a d o palabra. (Acercándose a Nora )
to c h a r l a r . . . ¡Querida Cristina, per-
G u a r d a tú sola los misterios de ta por u s t e d . . .
"cuesta a un h o m b r e tener un estor- dóname!
Nochebuena, Nora querida. Cuando NORA.—Que entre.
nino!
L A C R I A D A . — ( A Helmer.) El doc- SEÑORA LINDE.—¿Qué quieres de-
NORA.—Pero ¿por qué dices e s o / se encienáa el árbol se d e s o u b n r á n . tor ha llegado también. cir, N o r a ?
¡Ahorro lo que puedo! NORA.—¿Te has a c o r d a d o de in-
HEI MER,—¿Ha pasado a mi des- N O R A . — (Con cariño.) P o b r e Cris-
HFLMER—Sí, tienes razón. Lo vitar a comer al doctor Rank>
pacho? tina, eres viuda.
que puedes, pero no puedes n u n c a . HELMER.—No, p e r o es inútil. Cae
LA CRIADA.—Sí, señor. SEÑORA LINDE.—Sí, hace tres
N O R A . — (Tarareando y riendo ale- de su peso. Además, le invitare aho- (Helmer entra en su despacho. años.
gremente.) ¡Si supieras. T o r v a l d o . ra c u a n d o venga. H e encargado bue- La criada hace entrar a la señora NORA.—Lo sé. Lo he leído en los
c u á n t o s gastos tenemos nosotras, nos vinos. N o r a , no puedes imagi- Linde, que viene en traje de via- periódicos. Cristina, puedes creer-
las a l o n d r a s y los estorninos! narte qué alegría me da esta noche
je y después cierra la puerta.) m e . M u c h a s veces pensé en escri-
HELMER.—Eres una personita muy NORA.—A mí t a m b i é n . ¡Y que
SEÑORA LINDE.— (Tímidamente, birte entonces, p e r o siempre apla-
original. Igual que tu padre. Tienes contentos estarán los chicos! _ con vacilación J Buenos días, Nora. z a b a la carta d e un día para otro
mil recursos p a r a p r o c u r a r t e dinero; HELMER.—¡Qué satisfacción da y siempre venía algo a estorbarlo.
pensar que se ha llegado a u n a si- N O R A . — (Indecisa.) Buenos días.
p e r o en seguida q u e lo tienes, se SEÑORA LINDE.—Me h a g o cargo
SEÑORA LINPF.—¿No me recuer-
te escurre por entre los dedos. Nun- tuación estable, asegurada q u e u n o perfectamente.
daf ? - . . .
ca sabes e n q u é lo gastas. En fin, está bien provisto d e todo! ¿ N o es NORA.—No, Cristina, hice muy
NORA.—En e f e c t o . . . , n o s é . . . ,
hay q u e t o m a r t e como eres. Lo tie- v e r d a d ? Da alegría sólo de pensar. mal. P o b r e amiga, ¡cuánto debes
NORA.—Sí. es maravilloso v . . . , me p a r e c e . . . (De pronto.)
n e s e n . la masa de la sangre. Sí. haber s u f r i d o ! ¿ N o te d e j ó para
HELMER.—¿Te acuerdas la Navi- ¡Cristina! ¿ E r e s t ú ?
N o r a , eso es hereditario. vivir?
SEÑORA LINDE.—Sí, soy yo.
NORA.—¡Ya quisiera yo h a b e r dad p a s a d a ? T r e s s e m a n a s antes, te SEÑORA LINDE.—No.
e n c e f r a b a s t o d a s las veladas, hasta NORA.—¡Cristina! ¡Y yo que n o
h e r e d a d o m u c h a s cualidades de NORA.—¿Hijos?
media noche, para hacer flores para te reconocía! Pero, ¿ c ó m o era posi-
papá! el Arbol de N a v i d a d y p a r a prepa- ble? (En tono más bajo.) ¡Cuánto SEÑORA LINDE.—Tampoco.
HELMER.—Y yo te q u i e r o tal has c a m b i a d o , Cristina! NORA.—Nada entonces.
r a r n o s sorpresas. ¡ O h ! ¡Es la época
c o m o eres, alondra q u e r i d a . Pero, m á s a b u r r i d a que recuerdo. SEÑORA LINDE.—Ni siquiera una
SEÑORA LINDE.—Es verdad. H a c e tristeza en el corazón, u n o de esos
oye: se m e ocurre u n a idea: tienes NORA.—Yo n o m e a b u r r í a . n u e v e . . . , diez años largos.
hoy u n aspecto, ¿ c ó m o decirlo?, un sentimientos que p u e d e n llenar una
H E L M E R .— (Sonriendo.) Pero el NORA.—¿Realmente hace tanto
a s p e c t o algo sospechoso. vida.
resultado f u e realmente desastroso. tiempo q u e no nos hemos visto? Sí,
NORA.—¿Yo? Nora. , . NORA.—(Mirándola con increduli-
sí. eso es. ¡Si supieras q u é feliz fui dad.i Pero, Cristina, ¿ c ó m o es po-
HELMER.—Sí. tú. ¡Mírame a los NORA.—¡Bueno! ¿ V a s a b u r l a r t e
en estos últimos años! ¿ Y ahora es- sible?
ojos! t o d a v í a ? ¿ Q u é culpa tengo si el gato tás a q u í ? ¿Hiciste un viaje tan largo
entró y lo destruyó t o d o ? SEÑORA L I N D E . — (Sonriendo amar-
NORA.— (Mirándole.) en pleno invierno? Eres atrevida.
HELMER.—No, N o r a . N o f u e cul- gamente y acariciándole el cabello.)
HELMER.—¿La golosita n o hizó SEÑORA LINDE.—Llegué en el va-
pa tuya. C o n la m e j o r voluntad del Así ocurre a veces, Nora*
hoy n i n g u n a e s c a p a d a ? por esta m a ñ a n a .
m u n d o q u e r í a s a y u d a r n o s , % esto NORA.—¡Sola en el m u n d o ! ¡Cuán-
NORA.—No. ¿ P o r q u é me lo di- NORA.—¿Para p a s a r las Navida- to debes sufrir! Yo tengo tres niños
ces? es lo esencial. Sin e m b a r g o , ya era
des, n a t u r a l m e n t e ? ¡Qué alegría! monísimos. A h o r a n o puedes .verles.
HELMER.—¿La golosita n o ha h o r a de que p a s a r a el mal tiempo.
¡Cuánto v a m o s a divertirnos! ¡Quí- Salieron con la niñera. Cuéntamelo
e n t r a d o de veras en n i n g u n a confi- N 0 R A . _ S Í , n o m e sé d a r cuenta
tate el abrigo! ¿ N o tienes frío, ver- todo.
todavía.
tería? dad? (La ayuda.) A h o r a vamos a SEÑORA LINDE.—Después. Empie-
HELMER.—Ahora n o m e a b u r n r e
NORA.—No. T e lo aseguro, Tor- sentarnos c ó m o d a m e n t e ante la chi- za tú.
solo y tú n o necesitarás a t o r m e n t a r
valdo. menea. No. siénfate en este sillón. NORA.—No, tú primero. H o y n o
tus ojos queridos ni tus lindas m»-
HELMER.—¿No se ha comido ni Yo me siento en la m e c e d o r a , es q u i e r o ser egoísta, n o quiero pen-
un poco de c o n f i t u r a ? mt costumbre. (Le coge las manos.) sar más q u e e n ti. H a y algo, sin
NoRA.—(Aplaudiendo.) ¿V* no.
NORA.—No. Ahora sí te recuerdo bien; en el e m b a r g o , q u e quiero decirte. ¿Sa-
Tcrvaldo? ¿Verdad? ¡Dios m í o ! primer m o m e n t o , n o . . . Estás u n
HELMER.—¿Ni u n a a l m e n d r a ? bes la gran suerte q u e h e m o s teni-
¡Qué alegría! A h o r a voy a contarte poco m á s pálida, Cristina, y un p o c o
NORA.—No, T o r v a l d o . Te aseguro c ó m o pienso q u e nos arreglemos, d o estos d í a s ?
que m . , r. más delgada t a m b i é n . SEÑORA LINDE.—No; ¿cuál?
HSLMER.—¡Bueno! ¡Bueno! Era pasadas las N a v i d a d e s . (Suena el
timbre.) L l a m a n . (Arregla los siUo-
N O R A . — (Acercándose a la mesa
NORA.—Han n o m b r a d o a mi m a -
lado de Cristina y se apoya en sus todos, p o r q u e es preciso vivir. Y
d i r s e , c o m o p u e d e s s u p o n e r . Ivar
rodillas.) ¿ N o lo t o m a s a m a l , ver- nos convertimos en egoístas. ¿ Q u é
r i d o d i r e c t o r del B a n c o . a c a b a b a d e n a c e r . P e r o era nece-
d a d ? Di, ¿es verdad q u e no ama- q u i e r e s q u e te d i g a ? C u a n d o m e h a -
SEÑORA LINDE.—¿A tu m a r i d o ? s a r i o . F u e m a r a v i l l o s a m e n t e hermo-
bas- a t u m a r i d o ? ¿ P o r q u é te c a - b l a s t e d e la b u e n a m a r c h a d e vues-
¡Qué suerte! so el v i a j e . S a l v ó la v i d a a Torval-
saste e n t o n c e s ? tros negocios, me alegré m á s por m í
N O R A . — ¿ V e r d a d ? E s triste ser do, p e r o ¡ c u á n t o d i n e r o c o s t ó , Cris-
tina! SEÑORA LINDE.—Mi m a d r e vivía q u e p o r ti.
a b o g a d o , s o b r e t o d o c u a n d o n o se
a ú n , e n f e r m a y sin s o s t é n . A d e m á s NORA.—¿Cómo? ¡Ah! ¡Sí...!
q u i e r e n a c e p t a r m á s q u e c a u s a s bue- SEÑORA LINDE.—Ya m e lo figuro.
tenía q u e m a n t e n e r a m i s d o s her- Comprendo. Pensaste q u e Torvaldo
n a s y j u s t a s . Y éste e r a n a t u r a l m e n - NORA.—¡Mil d o s c i e n t o s escudos!
m a n o s pequeños. No me creí con p o d r í a s e r t e útil.
te el c a s o d e T o r v a l d o , en lo c u a l ¡ C u a t r o mil o c h o c i e n t a s coronas!
d e r e c h o a r e c h a z a r su o f e r t a . SEÑORA LINDE.—Sí, lo p e n s é .
le a p r u e b o por c o m p l e t o . Ya ves si Eso sí q u e es d i n e r o .
s o m o s felices. E n p r i m e r o d e a ñ o NORA.—No, n o . T e n g o la seguri- NORA.—Lo s e r á . C r i s t i n a . Voy a
SEÑORA LINDE.—Sí, y en estos ca-
d e b e o c u p a r el p u e s t o . T e n d r á u n dad d e q u e tuviste razón. ¿Era rico p r e p a r a r el t e r r e n o d e l i c a d a m e n t e ,
sos es g r a n s u e r t e el t e n e r l a s .
gran sueldo y m u c h a s ventajas más. en aquella época? a p e n s a r en a l g o q u e p r e d i s p o n g a a
NORA.—Voy a d e c í r t e l o : f u e papá
Entonces p o d r e m o s vivir c o m o que- SEÑORA L I N D E . — E s t a b a e n posi- T o r v a l d o e n tu f a v o r . ¡ O h ! ¡Ten-
q u i e n nos lo d i o .
ramos, n o como ahora. ¡Cristina, c i ó n d e s a h o g a d a . P e r o e r a u n a for- go t a n t o s d e s e o s d e s e r v i r t e !
SEÑORA LINDE.—Sí, precisamente
q u é d i c h o s a soy y q u é t r a n q u i l a - m e t u n a i r r e g u l a r . A su m u e r t e t o d o se SEÑORA LINDE.—Eres m u y b u e n a ,
f u e en la é p o c a e n q u e m u r i ó tu pa-
e n c u e n t r o ! Es d e l i c i o s o t e n e r mu- h u n d i ó . N o se s a l v ó n a d a . Nora, demostrando tanto e m p e ñ o . . .
d r e , si mal n o r e c u e r d o .
cho dinero y no preocuparse por NORA.—¿Y e n t o n c e s ? T a n t o m á s b u e n a , c u a n t o q u e ape-
NORA.—Sí, C r i s t i n a , e n la misma
n a d a . ¿ N o es v e r d a d ? SEÑORA L I N D E . — T u v e q u e i d e a r n a s c o n o c e s las m i s e r i a s y los dis-
é p o c a . Y f i g ú r a t e q u e n o p u d e asis-
u n n e g o c i t o , u n a e s c u e l a q u e diri- g u s t o s d e la v i d a .
SEÑORA LINDE.—Sí. E n t o d o c a s o , tirle. E s p e r a b a d e u n d í a p a r a otro
gía y o . ¡ Q u é sé y o ! Los t r e s últi- NORA.—¿Yo? ¿ L o c r e e s ?
d e b e ser a g r a d a b l e t e n e r lo necesa- el n a c i m i e n t o de' I v a r , y m i pobre
mos años no fueron para mí más SEÑORA L I N D E . — (Sonriendo.) Sí:
rio. T o r v a l d o , m u r i é n d o s e , n e c e s i t a b a de
q u e u n solo d í a d e t r a b a j o m u y lar- ya m e f i g u r o , l a b o r e s y b a g a t e l a s
NORA.—No, n o s ó l o lo n e c e s a r i o , m i s c u i d a d o s . ¡ Q u é b u e n o era papá!
g o . A h o r a ya n o , N o r a . Mi p o b r e p o r el estilo. E r e s u n a n i ñ a . N o r a .
sino m u c h o , m u c h o dinero. ¡ N o v o l v í a verle! E s lo m á s dolo-
m a d r e n o necesita ya d e m í : se f u e . N O R A . — ( M o v i e n d o la cabeza y
'SEÑORA L I N D E . — (Sonriendo.) No- roso q u e h e t e n i d o q u e s u f r i r desde
L o s n i ñ o s , t a m p o c o . Y a s a b e n ga- atravesando la escena.) N o hables
ra, N o r a ¿ a ú n no eres razonable? q u e estoy c a s a d a .
n a r s e la v i d a . tan ligeramente.
En el c o l e g i o e r a s m u y d e r r o c h a - SEÑORA LINDE.—Ya sé q u e le
NORA.—¡Qué t r a n q u i l a d e b e s es- SEÑORA LINDE.—¿De v e r a s ?
dora. q u e r í a s , m u c h o . ¿ D e m o d o q u e os
fuisteis a Italia? tar! NORA.—Piensas c o m o los d e m á s .
NORA.— (Sonriendo cariñosamen-
SEÑORA L I N D E . — N o , N o r a : a h o r a C r e e s q u e n o s i r v o p a r a n a d a serio.
te.) T o r v a l d o dice q u e lo soy a ú n . NORA.—Sí, t e n í a m o s d i n e r o y los
m é d i c o s n o s m e t í a n p r i s a . N o s mar- siento un vacío insoportable. ¡No SEÑORA L I N D E . — ¡ V a y a ! ¡ V a y a !
(Amenazando con el dedo.) Nora,
N o r a n o es tan loca c o m o v o s o t r o s c h a m o s u n mes d e s p u é s . tener nadie a quien consagrarme! NORA.—Que n o t e n g o la m e n o r
creéis. H a s t a a h o r a n o t i e n e g n j n SEÑORA LINDE.—¿Y tu m a r i d o
(Se levanta con inquietud.) Por eso idea del l a d o d o l o r o s o d e la v i d a .
cosa q u e d e r r o c h a r . T u v i m o s q u e -no p u d e p e r m a n e c e r m á s t i e m p o SEÑORA LINDE.—Pero, querida
regresó enteramente c u r a d o ?
t r a b a j a r los dos. a l l á , en a q u e l p a í s a i s l a d o . A q u í N o r a , si a c a b a s d e c o n t a r m e t o d a s
NORA.—Se e n c o n t r a b a perfecta-
d e b e ser m á s f á c i l a b s t r a e r s e e n las d i f i c u l t a d e s q u e h a s t e n i d o . . .
SEÑORA L I N D E . — ¿ T ú t a m b i é n ? mente.
u n a o c u p a c i ó n , d i s t r a e r el p e n s a - NORA.—¡Bah...! ¡Bagatelas...!
NORA.—Sí, en c o s a s pequeñas, SEÑORA LINDE.—¿Y ese m é d i c o ?
m i e n t o . ¡Si t u v i e s e la s u e r t e d e en- (En voz baja.) N o te ¡;¿ c o n t a d o lo
labores, crochet, bordados, etc. NORA.—¿Qué q u i e r e s d e c i r ? c o n t r a r c o l o c a c i ó n en a l g u n a ofi- principal.
(Cambiando de tono.) Y en a l g o SEÑORA L I N D E . — R e c u e r d o q u e la cina. . . ! SEÑORA L I N D E . — ¿ Q u é q u i e r e s de-
m á s . S a b e s q u e T o r v a l d o d e j ó el c r i a d a ha a n u n c i a d o al d o c t o r , ha-
ministerio cuando nos casamos. N o NORA—¿Piensas en eso? ¡Cansa cir?
c i é n d o l e e n t r a r al m i s m o tiempo
tenía e s p e r a n z a s d e a u m e n t o d e suel- que a mí. tanto! Y a d e m á s necesitas descan- NORA.—Me t r a t a s c o n s u p e r i o r i -
d o en la o f i c i n a y n e c e s i t a b a g a n a r sar. Debes irte a u n a playa. dad, Cristina, y no debes hacerlo.
NORA.—Sí, el d o c t o r R a n k . No
m á s q u e a n t e s . El p r i m e r a ñ o t u v o SEÑORA L I N D E . — N o t e n g o p a p á Estás orgullosa por haber t r a b a j a d o
v i e n e c o m o m é d i c o . E s n u e s t r o me-
un trabajo a b r u m a d o r . Tenía que jor a m i g o : v i e n e a v e r n o s p o r lo q u e m e p a g u e el v i a j e . tanto y tanto tiempo por tu madre.
buscar trabajos extraordinarios y m e n o s u n a vez al d í a . N o , Torval- N O R A . — ( L e v a n t á n d o s e . ) N o te e n - SEÑORA LINDE.—A n a d i e t r a t o c o n
t r a b a j a r d e s d e p o r la m a ñ a n a h a s t a d o d e s p u é s n o t u v o n i u n a indis- fades conmigo. s u p e r i o r i d a d . P e r o t i e n e s r a z ó n al
p o r la n o c h e . E s t o f u e s u p e r i o r a p o s i c i ó n . L o s n i ñ o s t a m b i é n están SEÑORA LINDE.—Eres t ú , q u e r i d a decir q u e estoy contenta y orgullo-
sus f u e r z a s y c a y ó g r a v e m e n t e en- l j u e n o s y s a n o s y y o i g u a l . (Se le- N o r a , la q u e n o d e b e s e n f a d a r t e sa al p e n s a r q u e , g r a c i a s a m í , l o s
f e r m o . E n t o n c e s los m é d i c o s dije- vanta de un salto y aplaude.) ¡Dios conmigo. Lo peor que sucede en últimos días de mi m a d r e f u e r o n
r o n q u e t e n í a q u e ir al M e d i o d í a . m í o ! ¡ D i o s m í o ! ¡ C r i s t i n a , q u é de- u n a s i t u a c i ó n c o m o la m í a , es q u e tranquilos.
licioso es v i v i r y s e r f e l i z ! P e r o esto el carácter se agria. N o tenemos a N O R A . — ¿ Y estás orgullosa tam-
SEÑORA LINDE.—Es v e r d a d . Estu-
es v e r g o n z o s o . . . , n o h a b l o m á s que nadie p o r quien t r a b a j a r y sin em- bién por lo que hiciste por tus her-
visteis u n a ñ o e n I t a l i a .
de mí. (Se sienta en un taburete al bargo tenemos que defendernos de mano«?
NORA.—Sí, y n o f u e f á c i l deci-
SEÑORA LINDE.—Y d e s p u é s ¿ n u n - Sin e m b a r g o , a veces me duele.
ca se lo c o n f e s a s t e a tu m a r i d o ? C r i s t i n a . ¡Es t a n a g r a d a b l e ir ele-
SEÑORA LINDE.—Me p a r e c e q u e ¡ B a h ! Si s e t r a t a d e - u n a m u j e r a l g o NORA.—¡No, D i o s m í o ! ¡Ni pen- gante! ¿ V e r d a d ?
tengo derecho a estarlo. p r á c t i c a . . . , u n a m u j e r q u e sepa s a r l o ! ¡A él, q u e es t a n s e v e r o en SEÑORA LINDE.—Ya lo c r e o .
NORA.—Es lo q u e p i e n s o y o . A h o - desenvolverse f á c i l m e n t e . . . este p u n t o ! Y a d e m á s , a T o r v a l d o . NORA.—Tengo o t r o s i n g r e s o s . El
ra voy a contarte una cosa. Cristina. SEÑORA LINDE.—Nora, no com- c o n su a m o r p r o p i o d e h o m b r e , le i n v i e r n o p a s a d o t u v e la s u e r t e d e
T a m b i é n y o t e n g o u n m o t i v o d e ale- p r e n d o ni u n a p a l a b r a . hubiera sido m u y doloroso. ¡ Q u é e n c o n t r a r m u c h o t r a b a j o de copia.
gría y de orgullo. NORA.—No n e c e s i t a s c o m p r e n d e r . h u m i l l a c i ó n p a r a él s a b e r q u e m e Entonces me encerraba y escribía
SEÑORA L I N D E — N o l o d u d o . P e r o N o he dicho que pidiera prestado debía algo! Hubiera i n t e r r u m p i d o h a s t a h o r a m u y a v a n z a d a d e la no-
¿ c ó m o lo j u z g a s t ú m i s m a ? ese d i n e r o . M e l o h e p o d i d o p r o - nuestras relaciones: nuestro hogar, c h e . ¡A veces m e e n c o n t r a b a m u y
NORA.—Habla m á s b a j o . ¡Si T o r - c u r a r d e o t r o m o d o . (Se echa en el t a n a g r a d a b l e , t a n d i c h o s o , n o se- c a n s a d a ! ¡ M u y c a n s a d a ! A veces
v a l d o n o s o y e r a ! P o r n a d a e n el sofá.) Pude haberlo recibido de un ría lo q u e es. m e p a r e c í a q u e era u n h o m b r e .
m u n d o quisiera q u e . . . Nadie debe a d o r a d o r . . . ¿ n o ? C o n mis atrac- SEÑORA L I N D E . — ¿ N u n c a se lo di- SEÑORA LINDE.—¿Cuánto has po-
s a b e r l o , n a d i e en el m u n d o , a ex- tivos . . . rás? dido pagar así?
c e p c i ó n d e ti, C r i s t i n a . SEÑORA L I N D E — ¡ Q u é loca e r e s ! NORA.— (Reflexionando y sonrien- NORA.—No p u e d o d e c í r t e l o exac-
SEÑORA LINDE.—Pero ¿ q u é e s ? NORA.—Confiesa q u e estás intriga- do.) Sí . . . con el t i e m p o , tal vez. t a m e n t e . Es m u y difícil e n t e n d e r s e
NORA.—Ven m á s c e r c a . (Atrayén- dísima. Dentro de muchos, de muchos en e s l a c l a s e d e n e g o c i o s . S ó l o sé
dola a su lado en el sofá.) Sí..., SEÑORA L I N D E . — S u p o n g o , N o r a , a ñ o s , c u a n d o n o sea tan b o n i t a c o m o q u e p a g u é c u a n t o p u d e . A veces n o
o y e . . . , t a m b i é n p u e d o e s t a r orgu- q u e n o h a b r á s c o m e t i d o n i n g u n a lo- a h o r a . ¡ N o te rías! Q u i e r o d e c i r : s a b í a q u é i d e a r (sonriendo). y me
llosa y c o n t e n t a d e m í . Y o salvé la cura. c u a n d o T o r v a l d o n o m e a m e tan- f i g u r a b a q u e u n s e ñ o r m u y rico se
vida de T o r v a l d o . N O R A . — (Incorporándose.) ¿ E s lo- to, c u a n d o n o g o c e t a n t o v i é n d o m e e n a m o r a b a de mí. . .
SEÑORA L I N D E . — ¿ S a l v a d o ? ¿ C ó m o c u r a s a l v a r la v i d a al m a r i d o ? bailar, disfrazarme y declamar para SEÑORA LINDE.—¿Cómo? ¿Qué
salvado? SEÑORA LINDE.—Lo q u e p u e d e ser él. E n t o n c e s , a c a s o c o n v e n g a t e n e r señor?
NORA.—Te h e h a b l a d o ya d e u n a l o c u r a es q u e a sus e s p a l d a s . . . algo a qué recurrir. IInterrumpién- NORA.—¡Tonterías! Q u e m o r í a y
nuestro viaje a Italia. ¿Verdad? NORA.—¡Pero si p r e c i s a m e n t e él dose.) ¡Bah! N o llegará n u n c a ese q u e al a b r i r su t e s t a m e n t o se leía
T o r v a l d o h u b i e r a m u e r t o si n o hu- n o p o d í a s a b e r l o ! ¿ N o lo c o m p r e n - d í a . Y a h o r a , C r i s t i n a , ¿ q u é te pa- en g r a n d e s l e t r a s : " T o d o mi d i n e r o
b i e r a p o d i d o ir al M e d i o d í a . d e s ? N o d e b í a c o n o c e r la g r a v e d a d r e c e mi g r a n s e c r e t o ? T a m b i é n h e es p a r a la e n c a n t a d o r a N o r a Hel-
SEÑORA LINDE.—SÍ; t u p a d r e os d e su e s t a d o . A m í m e v i n i e r o n a s i d o útil p a r a algo. P u e d e s c r e e r m e m e r y le será e n t r e g a d o en el a c t o . '
d i o el d i n e r o n e c e s a r i o . d e c i r los m é d i c o s q u e su v i d a peli- si te d i g o q u e este a s u n t o m e cau- SEÑORA LINDE.—Pero, querida
NORA.—Sí, eso c r e e n T o r v a l d o y g r a b a . que sólo u n a temporada en N o r a , ¿ q u i é n es ese s e ñ o r ?
só m u c h o s d i s g u s t o s . . . N o m e h a
t o d o el m u n d o ; p e r o . . . el M e d i o d í a p o d í a s a l v a r l e . ¿ C r e e s
s i d o f á c i l , d i c h o sea en h o n o r d e NORA.—Pero ¿ n o lo c o m p r e n d e s ?
SEÑORA LINDE.—Pero...
que n o me costó trabajo engañarle?
la v e r d a d , p a g a r en f e c h a f i j a . En El v i e j o n o existe m á s q u e en mi
NORA.—Papá n o n o s d i o u n cén- Le p o n d e r a b a lo feliz q u e sería via-
los n e g o c i o s h a y u n a c o s a q u e se imaginación Era lo ú n i c o se
t i m o . Y o b u s q u é el d i n e r o . j a n d o p o r el e x t r a n j e r o c o m o o t r a s
mujeres jóvenes; lloraba, suplicaba, l l a m a e! t r i m e s t r e y o t r a q u e se lia m e o c u r r í a c a d a vez q u e n o en-
SEÑORA L I N D E . — ¿ T ú . . . ? ¿Una m a la a m o r t i z a c i ó n , y l o d o e s t o es c o n t r a b a m e d i o d e p r o c u r a r m e di-
le d e c í a q u e d e b í a c o n s i d e r a r el es-
c a n t i d a d tan g r a n d e . . . ? t e r r i b l e m e n t e difícil de a r r e g l a r . H e n e r o . Por lo d e m á s , a h o r a ya m e es
t a d o en q u e m e h a l l a b a y s a t i s f a -
NORA.—Mil d o s c i e n t o s escudos, c e r m i d e s e o . P o r f i n , le i n s i n u é q u e tenido q u e economizar un poco de i n d i f e r e n t e . El v i e j o b o n a c h ó n pue-
c u a t r o mil ochocientas coronas. Y debía pedir dinero prestado. P e r o c a d a c o s a . E n el h o g a r p o c o p u d e d e vivir c u a n t o le p a r e z c a . Ya n o
ahora ¿ q u é dices? entonces. Cristina, estuvo a p u n t o conseguir; era necesario que Tor- m e p r e o c u p o d e él. ni d e su testa-
SEÑORA L I N D E . — P e r o N o r a , ¿có- de e n f a d a r s e m u y seriamente. M e v a l d o viviese c ó m o d a m e n t e . Los m e n t o . p o r q u e a h o r a ya estoy tran-
m o p u d i s t e ? ¿ T e tocó algún premio dijo que era una aturdida, y q u e su n i ñ o s t a m p o c o p o d í a n ir mal ves- q u i l a . (Se levanta vivamente.) ¡Oh!
a la l o t e r í a ? deber de marido era no doblegarse tidos. T o d o c u a n t o recibía para D i o s m í o , ¡qué alegría d a p e n s a r l o !
N O R A . — (Con desprecio.) ¿ A la sa m i s f a n t a s í a s y a mi c a p r i c h o . ellos, m e p a r e c í a j u s t o e m p l e a r l o ¡ C r i s t i n a , t r a n q u i l a ! ¡Vivir t r a n q u i
l o t e r í a ? (Con desdén.) ¿ Q u é mérito " B u e n o , b u e n o , p e n s a b a yo, c u e s t e e n ellos. ¡ A n g e l i t o s m í o s ! la. t r a n q u i l a del t o d o , j u g a r c o n los
hubiera tenido? lo q u e c u e s t e , le h e d e s a l v a r . " En- SEÑORA L I N D E . — ¡ T u v i s t e q u e qui- n i ñ o s , a r r e g l a r la c a s a b i e n , c o n
SEÑORA LINQE.—Pues ¿ d ó n d e lo t o n c e s se m e o c u r r i ó u n a idea. t á r t e l o d e t u s g a s t o s p e r s o n a l e s , po- gusto, c o m o T o r v a l d o quiere tener
encontraste? bre Nora! la! D e s p u é s v e n d r á la p r i m a v e r a : el
NORA.— (Sonriendo maliciosamen- SEÑORA LINDE.—¿Y t u m a r i d o n o h e r m o s o c i e l o a z u l . T a l vez nos-
NORA.—Naturalmente. Además,
te y tarareando.) ¡ A h ! ¡ T r a la la! s u p o p o r tu p a d r e q u e el d i n e r o
era lo m á s j u s t o . C a d a vez q u e T o r - o t r o s p o d a m o s v i a j a r u n p o c o . ¡Vol-
SEÑORA LINDE.—No h u b i e r a s po- no era suyo? v e r a v e r el m a r ! ¡ O h ! ¡ Q u é her-
v a l d o m e d a b a d i n e r o p a r a alfi-
dido pedirlos prestados. NORA.—Nunca. P a p á m u r i ó p o c o a m o s o es vivir y ser feliz! (Llaman.)
leres. g a s t a b a s ó l o la m i t a d : com-
NORA.—¿Por q u é ? días después. H a b í a p e n s a d o reve- SEÑORA LINDE.— (Levantándose.)
p r a b a s i e m p r e lo m á s b a r a t o . A f o r -
SEÑORA LINDE.—Porque una mu- lárselo todo, rogándole que no me t u n a d a m e n t e todo m e sienta bien, y Llaman. ¿Debo irme?
jer c a s a d a n o p u e d e p e d i r d i n e r o vendiera, pero estaba tan e n f e r m o . . . NORA.—No, q u é d a t e . No vendrá
así T o r v a l d o n o ha n o t a d o nada.
sin c o n s e n t i m i e n t o d e s u e s p o s o . Desgraciadamente, no tuv- tiempo
N O R A . — ( M o v i e n d o la cabeza.) de intentarlo.
nadie. Seguramente preguntarán por N o sé n a d a . P e r o n o h a b l e m o s de
d e a l g o m u y i m p o r t a n t e , q u e nece- apures! T ú no podías saber aue Tor-
Torvaldo. .. n e g o c i o s . ¡Son t a n f a s t i d i o s o s . . . !
sita v i v i r . v a l d o m e lo h a b í a p r o h i b i d o . ¿ S a -
LA CRIADA.—Perdón, señora..., (Sale el doctor Rank, que vie-
NORA.—¿De v e r a s ? ¿ D e q u é h a - b e s p o r q u é ? T e m e q u e se m e es-
hay u n caballero que desea hablar ne del despacho de Helmer.) t r o p e e n los d i e n t e s . P e r o p o r u n a
blaba con H e l m e r ?
al s e ñ o r a b o g a d o . . . R A N K . — (Con la puerta entre-
R A N K . — R e a l m e n t e n o lo sé. S ó l o vez no i m p o r t a . ¿ N o es v e r d a d , d o c -
NORA.—Al s e ñ o r d i r e c t o r , q u e - abierta.) N o , n o . N o q u i e r o moles- t o r ? T o m e u s t e d . (Le mete una al-
h e ^ o í d o d e c i r q u e se t r a t a b a d e a l g o
rrás decir. t a r t e . Voy a h a b l a r u n r a t o con tu mendra en la boca.) Y tú t a m b i é n .
r e f e r e n t e al B a n c o .
LA CRIADA.—Al s e ñ o r d i r e c t o r , sí m u j e r . (Cierra la puerta y ve a la C r i s t i n a . Y o c o m e r é u n a m u y chi-
señora Linde.) ¡ O h ! ¡ P e r d ó n ! Tam- NORA.—No s a b í a q u e K r o g
P e r o c o m o el d o c t o r e s t á c o n é l . . . , a u e el s e ñ o r K r o g s t a d t u v i e r a n a - q u i t i t a , o a lo s u m o , d o s . (Vuelve a
n o m e he a t r e v i d o . . . bién estorbo aquí. pasearse por la habitación.) Soy ex-
d a q u e v e r c o n el B a n c o .
K R O G S T A D . — (Presentándose.) Soy NORA.—Al c o n t r a r i o . (Presentán- traordinariamente feliz. S ó l o h a y
R A N K . — S í , t i e n e u n p e q u e ñ o em-
yo, s e ñ o r a . doles.) El d o c t o r R a n k . L a señora u n a c o s a en el m u n d o q u e m e ins-
p l e o . (Dirigiéndose a la señora Lin-
SEÑORA LINDE.— r (Se estremecí, se Linde. pira vivísimo d e s e o . . .
de.) N o sé si existe t a m b i é n e n t r e
turba y se vuelve hacia la ventana.) R A N K . — U n n o m b r e q u e se pro- ustedes u n a clase d e h o m b r e s q u e R A N K . — V e a m o s q u é es.
N O R A . — (Da un paso hacia él y
n u n c i a c o n f r e c u e n c i a e n esta casa. se d e d i c a a d e s c u b r i r l o s p o d r í a o s NORA.—Es a l g o q u e m e g u s t a r í a
turbada dice en voz baja.) -¿Usted? C r e o q u e la a d e l a n t é e n la esca- moraímente. Una vez descubiertos m u c h o decir delante d e T o r v a l d o . (
¿ Q u é pasa? ¿ Q u é quiere usted de- l e r a al s u b i r . los p o n e n e n o b s e r v a c i ó n , p r o c u r á n - R A N K . — ¿ Y p o r q u é n o lo d i c e ?
c i r a mi m a r i d o ? SEÑORA LINDE.—Sí, s u b o muy d o l e s tal o c u a l b u e n e m p l e o . L o s NORA.—No m e a t r e v o . Es m u y
KROGSTAD.—Quiero h a b l a r l e del d e s p a c i o las e s c a l e r a s . buenos no tienen q u e preocuparse feo.
Banco. Tengo un empleo modesto RANK.—¿Cansancio? más que de quedar excluidos. SEÑORA L I N D E . — ¿ M u y f e o ?
y h e o í d o d e c i r q u e su m a r i d o v a SEÑORA LINDE.—Más b i e n agota- SEÑORA L I N D E . — H a y q u e c o n f e - R A N K . — E n e f e c t o , e n ese c a s o ,
a ser n u e s t r o j e f e . miento. s a r q u e l o s e n f e r m o s m o r a l e s son vale m á s abstenerse; pero a nosotros
NORA.—Es v e r d a d . R A N K . — ¿ A h , s í ? ¿ Y p a r a repo- los q u e m á s cuidados necesitan. usted p o d r í a . . . ¿ Q u é tiene usted
KROGSTAD.—Asuntos m o l e s t o s , se- n e r s e v i e n e u s t e d a u n a c i u d a d en RANK.— (Encogiéndose de hom- tantas ganas de decir delante de
ñora, nada más q u e asuntos mo- fiestas? bros.) Sí. E s t e m o d o d e a p r e c i a r Helmer?
lestos. SEÑORA LINDE.—Vine a buscar l a s c o s a s c o n v i e r t e la s o c i e d a d e n NORA.—Tengo u n o s d e s e o s locos
NORA.—Moléstese e n e n t r a r e n su trabajo. hospital. de decir: ¡Recristo!
despacho. RAN K . — ¿ E s r e m e d i o e f i c a z para N O R A . — ( Q u e estaba preocupada, R A N K . — ¡ Q u é loca es u s t e d !
(Saluda con negligencia al ce- el a g o t a m i e n t o p o r c a n s a n c i o ? se echa de pronto a reír y se pone SEÑORA LINDE.—Pero, N o r a . . .
rrar la puerta del vestíbulo, y SEÑORA L I N D E . — H a y q u e vivir, a aplaudir.) R A N K . — P u e s ya p u e d e u s t e d de-
después se dirige hacia la chime- d o c t o r . R A N K . — ¿ P o r q u é se ríe u s t e d ? círselo: a h í está.
nea.) R A N K . — S í , esa e s la o p i n i ó n ge- ¿ S o s p e c h a u s t e d a c a s o l o q u e es la NORA.— (Escondiendo ¡as almen-
SEÑORA L I N D E . — N o r a , ¿ q u i é n es n e r a l : p a r e c e q u e es u n a cosa ne- sociedad? dras.) |Psit! ¡Psit! ¡Psit!
ese h o m b r e ? cesaria. NORA.—¿Qué m e i m p o r t a esa so- (Helmer llega de su despacho
NORA.—El p r o c u r a d o r K r o g s t a d . NORA.—¡Oh, d o c t o r , estoy segur» ciedad molesta? M e río de otra con el abrigo al brazo y el som-
SEÑORA L I N D E . — I E r a é l ! d e q u e usted m i s m o d e s e a vivir! c o s a . . . , d e o t r a c o s a m u y diverti- brero en la mano.)
R A N K . — M i e n t r a s p u e d a , sí. Mí- da. Dígame usted, doctor: ¿todos N O R A . — ( Y e n d o a su encuentro.)
NORA.—¿Le c o n o c e s ?
s e r o c o m o soy, q u i e r o s u f r i r el ma- los e m p l e a d o s del B a n c o d e p e n d e - ¿ Q u é , q u e r i d o T o r v a l d o , te h a s li-
SEÑORA LINDE.—Lo c o n o c í h a c e
yor t i e m p o p o s i b l e . T o d o s mis pa- rán en lo sucesivo d e mi m a r i d o ? brado por fin?
m u c h o s años. Fue en aquel tiempo
c i e n t e s d e s e a n igual, y p i e n s a n igual RANK.—¿Y eso la alegra t a n t o ? HELMER.—Sí, acaba de mar-
nuestro procurador.
t a m b i é n los e n f e r m o s m o r a l e s . Pre- NORA.—(Sonriendo y tarareando.) charse.
NORA.—Sí, eso es.
c i s a m e n t e a c a b o d e d e j a r a u n o en N o h a g a c a s o . (Se pasea por la NORA.—Voy a p r e s e n t a r t e . Es
SEÑORA L I N D E . — ¡ C u á n t o h a c a m - C r i s t i n a q u e na v e n i d o a la c i u d a d .
el d e s p a c h o d e H e l m e r : está en habitación.) Sí, es t a n d i v e r t i d o ,
biado!
c u r a , p o r q u e hay t a m b i é n hospita- tan increíble que n o s o t r o s . . . , ¡que HELMER.—¿Cristina? . Perdone
NORA.—Creo q u e f u e m u y d e s g r a - Torvaldo tenga a h o r a tanta influen- usted... si d e m o m e n t o n o re-
les p a r a ellos.
c i a d o c o n la f a m i l i a . cia y s o b r e t a n t a g e n t e ! (Sacando cuerdo . . .
SEÑORA L I N D E . — (En voz baja.)
SEÑORA L I N D E . — A h o r a es v i u d o . el cucurucho de almendras.) Doc- NORA.—La s e ñ o r a L i n d e , q u e r i -
¿ N o es v e r d a d ? ¡Ah! ] .
tor, ¿quiere usted almendras? d o , la s e ñ o r a C r i s t i n a L i n d e .
NORA.—Sí, c o n u n m o n t ó n d e hi- NORA.—¿Qué q u i e r e u s t e d decir?
RANK.—¿Cómo, almendras? Creí HELMER.—¡Ah! ¡Muy b i e n ! ¿ A m i -
jos. ¡ B u e n o ! A h o r a m e q u e m o . (Re- RANK — S í , h a b l o d e l p r o c u r a d o r
que eran contrabando aquí. ga d e la i n f a n c i a d e m i m u j e r ?
tira su mecedora.) K r o g s t a d , u n h o m b r e a q u i e n us-
NORA.—Sí. p e r o é s t a s m e las h a SEÑORA LINDE.—SÍ, n o s conoci-
SEÑORA LINDE.—Dicen q u e se t e d n o c o n o c e . E s t á p o d r i d o hasta
d a d o Cristina. mos e n otro tiempo.
o c u p a e n n e g o c i o s d e t o d a s clases. l a m e d u l a d e l o s h u e s o s . P u e s bien: SEÑORA L I N D E . — ¿ Y o ? NORA.—Y c a l c u l a q u e h a h e c h o
NORA.—¿De v e r a s ? E s p o s i b l e . t a m b i é n a f i r m a , c o m o si se tratara NORA.—jVayal ¡Vaya! ¡No te este viaje tan largo para hablarme.
HELMER.—¿Cómo? H a s t a la v i s t a , q u e r i d a N o r a , y gra- rro m u y g r a n d e h a c o r r i d o d e t r á s KROGSTAD.—Estamos e n v í s p e r a s
SEÑORA LINDE.—NO sólo p a r a . . . cids de v o s o t r o s ? P e r o n o m o r d í a . N o ; de N a v i d a d . De usted d e p e n d e q u e
NORA.—Mira. C r i s t i n a v a l e mu- NORA-—Hasta la vista. E s t a no-
los - p e r r o s n o m u e r d e n a los n i ñ o s la N a v i d a d sea p a r a u s t e d a l e g r e
c h o para trabajar en una oficina y c h e v o l v e r á s . ¿ E h ? Y u s t e d tam-
buenos c o m o vosotros. Ivar, cuida- o triste.
a d e m á s a r d e en d e s e o s d e e s t a r a b i é n . d o c t o r . ¿ C ó m o ? ¿ Q u e sí se dito c o n m i r a r esos p a a u e t e s . N o , NORA.—¿Qué d e s e a u s t e d ? H o y
las ó r d e n e s d e u n h o m b r e s u p e r i o r e n c u e n t r a b i e n ? ¿ C ó m o se e n t i e n d e ? no, h a y u n a c o s a m u y f e a d e n t r o . me será realmente i m p o s i b l e . . .
y d e adquirir aún más experiencia. ¡Abrigúese bien! ¿Qué? ¿Queréis jugar? ¿A qué? KROGSTAD.—Hasta n u e v o aviso,
H E L M E R . — E s o es m u y r a z o n a b l e , (Se van hablando por la puerta ¿Al e s c o n d i t e ? Sí, j u g u e m o s al es- n o h a b l a r e m o s m á s d e eso. Se tra-
principal. Se oyen voces de mnos condite. B o b se e s c o n d e r á p r i m e r o . ta d e o t r a c o s a . ¿ P u e d e u s t e d aten-
señora.
en la escalera.) ¿ Y o ? B u e n o , m e e s c o n d e r é yo. derme un momento?
NORA.—Y c u a n d o s u p o q u e ha-
N O R A — ¡ A q u í e s t á n ! ¡ A q u í están! (Nora y los niños se ponen a NORA.—Sí... sí... a menos
b í a s s i d o e l e g i d o d i r e c t o r del Ban-
(Corre para abrir. Entra Ana jugar, gritando y riendo en esce- que...
c o (lo a n u n c i ó u n t e l e g r a m a ) se
María con los niños.) na y en el cuarto de al lado. Por KROGSTAD.—Bien. E s t a b a s e n t a d o
p u s o en s e g u i d a e n c a m i n o . ¿ M e
N O R A . — ¡ E n t r a d ! ¡ E n t r a d ! (Se in- último Nora se esconde debajo de en el r e s t a u r a n t e O l s e n y h e v i s t o
complacerás, Torvaldo?... ¿Ver-
clina y los besa.) ¡ H i j i t o s m í o s ! ¡Mi- la mesa. Los niños llegan corrien- p a s a r a su e s p o s o . . .
d a d q u e sí? ¿ P a r a d a r g u s t o a tu
r a . C r i s t i n a ! S o n m u y g u a p o s . ¿Ver- do y la buscan sin encontrarla. NORA.—¡Ah!
m u j e r c i t a , h a r á s algo por Cristina?
dad? Oyen una risa ahogada, se preci- KROGSTAD.—. . . c o n u n a s e ñ o r a .
¿Eh?
RAN K . — N o se q u e d e n u s t e d e s en pitan a la mesa, levantan el ta- NORA.—¿Y q u é ?
HELMER.—Es f á c i l . ¿ L a s e ñ o r a es m e d i o d e la c o r r i e n t e del a i r e . pete y la ven. Gritos de alegría. KROGSTAD.—¿Acaba d e llegar a la
viuda? (El doctor Rank, Helmer y la Sale a gatas para asustarles. Nue- ciudad?
SEÑORA LINDE.—Sí. señora Linde bajan por la esca- va explosión de alegría. Entre- NORA.—Sí, h o y .
HELMER.—¿Y tiene usted h á b i t o lera. Ana María entra en escena tanto, han llamado a la puerta KROGSTAD.—¿Es su a m i g a ?
del t r a b a j o d e o f i c i n a ? con los niños. Nora entra igual- sin que nadie haya oído. La puer- NORA.—Sí.... pero no compren-
SEÑORA LINDE.—Sí, b a s t a n t e . mente. después de haber cerrado ta se entreabre y aparece Krogs- do...
H E L M E R . — E n t o n c e s es m u y p r o - la puerta.) tad. Espera un momento. El jue- KROGSTAD.—También yo la cono-
bable que pueda procurarle ocupa- NORA.—¡Qué a s p e c t o t a n s a n o y go continúa.) cí e n o t r o t i e m p o .
ción . . . t a n f u e r t e t e n é i s ! ¡ Q u é m e j i l l a s tan KROGSTAD.—Perdone u s t e d , seño- NORA.—Lo sé.
N O R A . — ( A p l a u d i e n d o . ) ¡Ya ves! e n c e n d i d a s ! P a r e c e n m a n z a n a s y ro- ra Helmer... KROGSTAD.—¿De v e r a s ? ¿ L o s a b e
HELMER.—Ha llegado usted en sas. (Los niños le hablan todos a la N O R A . — (Grita y se incorpora po- u s t e d ? Ya m e lo figuraba. Permí-
buen momento, señora. vez hasta el fin de la escena.) ¿Os niéndose de rodillas.) ¿ Q u é quiere t a m e u s t e d q u e le p r e g u n t e si la
SEÑORA L I N D E . — ¡ C ó m o a g r a d e - h a b é i s d i v e r t i d o m u c h o ? M u y bien. usted? s e ñ o r a L i n d e va a ser c o l o c a d a en
cérselo! . . . ¿Dfe v e r a s ? H a s l l e v a d o el trineo KROGSTAD.—La p u e r t a e s t a b a en- el B a n c o .
HELMER.—¡Bah! No hablemos c o n E m m y y B o b . ¡ N o es posible! tornada. Alguien ha debido olvidar- N O R A . — ¿ C ó m o se a t r e v e u s t e d a
m á s del a s u n t o . (Se pone el abrigo.) ¿ C o n las d o s ? ¡ A h ! , e r e s u n hom- se d e c e r r a r l a . p r e g u n t a r m e , s e ñ o r K r o g s t a d ? ¿Us-
Pero hoy tendrá que perdonar brecito m u y fuerte, Ivar. Déjamela
N O R A . — (Levantándose.) Mi ma- ted q u e es el s u b o r d i n a d o d e m i
me... u n m o m e n t o , A n a M a r í a . ¡Mi mu-
rido n o e s t á e n c a s a , K r o g s t a d . marido? Pero ya q u e m e pregunta,
RANK.—Espere; le acompaño. ñ e q u i t a q u e r i d a ! (Coge a la menor
KROGSTAD.—Lo sé. voy a c o n t e s t a r l e . Sí, la s e ñ o r a Lin-
(Va a buscar la piel para el cuello y baila con ella.) Sí, sí, m a m á quie-
NORA.—Entonces ¿ q u é q u i e r e us- d e será c o l o c a d a e n el B a n c o . Y lo
en el vestíbulo y vuelve a calentarla re b a i l a r t a m b i é n c o n B o b . ¿ C ó m o ?
ted? será p o r m í , K r o g s t a d . Y a lo sabe
¿ H a b é i s h e c h o b o l a s d e n i e v e ? ¡Ah!
en la chimenea.) KROGSTAD.—Hablar d o s p a l a b r a s usted.
¡ C u á n t o m e h u b i e r a g u s t a d o estar
NORA.—No te e n t r e t e n g a s m u c h o , con u s t e d . KROGSTAD.—No m e h a b í a e q u i v o -
allí! N o , d é j a m e , A n a M a r í a . Quie-
Torvaldo. N O R A . — ¿ C o n m i g o ? (En voz baja, cado.
r o d e s n u d a r l a y o m i s m a . ¡Déjala,
H E L M E R . — U n a h o r a a lo s u m o . . . a los niños.) Id con A n a María. N O R A . — (Paseándose por ¡a habi-
e s t a n d i v e r t i d a ! E n t r a a l l á mien-
NORA.—¿Te v a s t a m b i é n , Cris- t r a s e s p e r a s . P a r e c e q u e e s t á s hela- ¿ Q u é ? . . . N o , este s e ñ o r n o q u i e r e tación.) Se t i e n e i n f l u e n c i a , cosa
tina? d a . T i e n e s c a f é c a l i e n t e en la co- hacer d a ñ o a m a m á . C u a n d o se m u y n a t u r a l . . . A u n q u e sea m u j e r ,
SEÑORA L I N D E . — (Poniéndose el cina. vaya, v o l v e r e m o s a j u g a r . p u e d o . . . C u a n d o se o c u p a u n a po-
abrigo.) Necesito buscar alojamien- (Lleva a los niños al vestíbulo sición i n f e r i o r se h a d e p r o c u r a r ,
to... (La niñera sale por la derecha. de la derecha y cierra la puerta Krogstad, no molestar a quien. . .
H E L M E R . — P o d e m o s ir j u n t o s u n Nora les quita a los niños tos después.) KROGSTAD.—Tiene i n f l u e n c i a .
rato. abrigos y los sombreros, que va N O R A . — (Inquieta, agitada.) ¿Quie- NORA.—Eso es.
N O R A . — ( A y u d á n d o l a . ) E s lásti- dejándolos esparcidos por toda la re u s t e d h a b l a r m e ? K R O G S T A D . — (Cambiando de to-
m a q u e estemos tan e s t r e c h o s . . . , habitación. Los niños siguen ha- KROGSTAD.—Sí, q u i e r o . no.) S e ñ o r a H e l m e r , ¿ t e n d r í a usted
n o s es r e a l m e n t e i m p o s i b l e . . . blando.) NORA.—¿Hoy? P e r o h o y n o es la a m a b i l i d a d d e u t i l i z a r su i n f l u e n -
SEÑORA L I N D E , — ¿ Q u i é n p i e n s a ? NORA.—¡No e s p o s i b l e ! ¿ U n pe- primero d e m e s . . . cia e n mi f a v o r ?
CASA DE MUÑECAS.—ACTO PRIMERO ENRIQUE IBSEN

NORA.—¿Cómo? ¿ Q u é significa? decin que n o f u i peor que- los de- ner el dinero del viaje, q u e n o se ticular, señora, es q u e su p a d r e fir-
KROGSTAD.—¿Quiere usted hacer más. A h o r a q u i e r o dejarlo. Mis hi- fijó usted en los detalles. Por eso m ó el recibo tres días después d e
que no salga del Banco? jos crecen. Por ellos d e b o adquirir n o estará de más recordárselos. Sí. muerto.
la m e j o r reputación posible. El em P r o m e t í encontrar el dinero garan- N O R A . — (Se calla.)
NORA.—¿Qué dice u s t e d ? ¿ Q u i é n
oleo en el Banco era p a r a mi el pri- tizado por un recibo que escribí. KROGSTAD.—¿Puede usted expli-
piensa en destituirle? .
m e r escalón. Y su m a r i d o quiere NORA.—Y q u e yo f i r m é . cármelo?
KROGSTAD.—Es inútil fingir igno- h a c e r m e caer de n u e v o en el barro.
rancia. C o m p r e n d o muy bien q u e a KROGSTAD.—Sí, pero m á s a b a j o de NORA.—(Sigue callando.)
NORA.—Pero, p o r Dios Krogs- su firma añadí algunas líneas por KROGSTAD.—Es evidente también
su amiga no le guste e n c o n t r a r m e tad, n o está e n mí el poderle ayu-
Y ahora sé por qué m e h a n d a d o la las cuales su p a d r e d a b a su garan- que las p a l a b r a s de o c t u b r e y el
(Jgf tía. Estas líneas debía firmarlas él. año, n o son de letra de su p a d r e ,
cesantía. KROGSTAD.—Le falta voluntad,
NORA.—Pero yo le a s e g u r o . . . NORA.—¿Dice usted que d e b í a ? sino de una letra que creo recono-
p e r o tengo medios para obligar.a. Las f i r m ó . cer. En fin, esto puede explicarse.
KROGSTAD.—Dos palabras: aun NORA.—¿Supongo q u e no irá us- KROGSTAD.—Había puesto la fe- Su padre puede haberse olvidado
es tiempo. Le aconsejo q u e use us-
ted a decir a mi m a r i d o que le debo cha en blanco. Esto quería decir q u e de fechar la f i r m a y alguien p u e d e
ted toda su influencia para ímpe- haberlo hecho sin saber a ú n que ha-
dinero? su p a d r e debía p o n e r la fecha de la
KROGSTAD.—¿Y si lo hiciese? firma. ¿ R e c u e r d a usted? bía muerto. N o hay gran perjuicio
NORA—Pero, señor Krogstad, si en ello. Lo esencial es la f i r m a r
NORA.—Sería vergonzoso por su NORA.—Sí, creo en efecto q u e . . .
no tengo influencia a l g u n a . . . ¿Está usted segura de que es autén-
parte. (Casi llorando.) Ese secreto, KROGSTAD.—Entonces le envié el
KROGSTAD.—¿Cómo? Hace poco que es mi orgullo y mi alegría, lo recibo para que usted lo remitiera tica, señora H e l m e r ? ¿ F u e su padre
decía usted q u e . . . por correo a su p a d r e . ¿ P a s ó así, quien f i r m ó ?
sabría de un m o d o tan villano. .
NORA.—No me refería a esto. por usted." Me daría usted una serie sí o n o ? N O R A . — (Después de una pausa
¿ C ó m o puede usted creer que ten- de disgustos d o m é s t i c o s . . . NORA.—Sí. breve, levanta la cabeza y le mira
ga semejante poder sobre mi ma- KROGSTAD.—¿No tendría usted KROGSTAD.—Y n a t u r a l m e n t e , us- con aire provocativo.) No, n o f u e
rido? _ ted lo hizo en seguida. P o r a u e cin- él. Fui yo quien escribió el n o m b r e
más que disgustos? de papá.
KROGSTAD.—¡Bah! Conozco a su co o seis días después me devolvía
N O R A . — (Vivamente.) Y si no,
m a r i d o desde q u e f u i m o s condiscí- usted la letra con la firma de su KROGSTAD.—¿Sabe usted, señora,
pruébelo. Usted será el que sufrirá
pulos. N o creo q u e el señor direc- padre. Y entonces le entregué el di- que es una confesión peligrosa?
más. Mi m a r i d o verá entonces qué nero.
tor del Banco tenga m á s energía clase de h o m b r e es usted, y puede NORA.—¿Por q u é ? D e n t r o de po-
que otros maridos. NORA.—Sí. ¿ P e r o acaso no he he- co tendrá usted su dinero.
usted tener la seguridad de que per-
NORA.-—Si habla usted con des- cho yo mis pagos con r e g u l a r i d a d ? KROGSTAD.—Una pregunta. ¿ P o r
derá su empleo.
dén de mi m a r i d o le echo de casa. KROGSTAD.—Casi siempre. Pero qué no envió usted el d o c u m e n t o a
KROGSTAD.—Acabo de preguntar-
volviendo a lo q u e decíamos an- su p a d r e ?
KROGSTAD — L a señora es muy va- le si no son más que disgustos do-
tes. . Debía usted estar muy apu- NORA.—Era imposible. ¡Papá es-
liente. „ , mésticos los que usted teme^
rada en aquel tiempo, señora. taba tan e n f e r m o ! Al pedirle la fir-
NORA—No le temo. P a s a d o ano NORA.—Si mi m a r i d o lo sabe que-
NORA.—Sí. es verdad. ma, hubiera tenido que explicarle
nuevo tardaré poco en verme libre rrá pagar en el acto, y entonces nos para qué quería el dinero. Pero en
de usted. . . . . rv KROGSTAD.—Su p a d r e estaba muy
K R O G S T A D . — (Dominándose.) U i g a . veremos libres de usted. grave. el estado de g r a v e d a d e n que se ha-
señora: si es necesario c o m b a t i r é K R O G S T A D . — (Dando un paso' ha-
NORA.—Moribundo. llaba, n o podía decirle que la vida
para conservar mi empleo como si cia ella.) Escuche usted, señora
KROGSTAD.—¿Murió poco des- de mi m a r i d o estaba a m e n a z a d a .
fuese cuestión de vida o m u e r t e . Hclmer: o usted no tiene memoria Era imposible.
pués?
NORA.—Sí, eso parece. o no conoce usted nada de nego-
NORA.—Sí. KROGSTAD.—En ese caso, valía
KROGSTAD.—No es por el sueldo. cios. Necesito enterarla. KROGSTAD.—Diga usted, señora más renunciar ál viaje.
Eso poco me importa. Hay algo NORA.—¿Cómo?
KROGSTAD.-En la época de la EN- H t l m e r , ¿se acuerda por casualidad NORA.—Imposible. Aquel viaje
más; en fin, se lo voy a contar todo. de la fecha de la muerte de su pa- debía salvar la vida de mi m a r i d o .
Usted sabía, n a t u r a l m e n t e , como fermedad de su m a r i d o usted vino
dre? N o podía renunciar a él.
t o d o el m u n d o , que cometí u n a im- a pedirme mil doscientos escudos^ NORA.—Papá murió el 29 de sep- KROGSTAD.—¿Pero no comprendió
prudencia hace m u c h o s anos NORA.—No conocía a nadie mas.
KROGSTAD.—Prometí encontrar w tiembre. usted q u e m e e n g a ñ a b a ?
NORA.—Me parece h a b e r oído ha- cantidad. , KROGSTAD.—Es verdad. Me infor- NORA.—No podía f i j a r m e en eso.
blar. „ NORA.-—Y la e n c o n t r ó usted. mé después. Por eso n o me explico ¡Qué me importaba usted! A d e m á s ,
KROGSTAD.—El asunto no se lle- KROGSTAD.—Prometí propon:^ (Saca un papel del bolsillo.) cierta me era usted insoportable por la
vó a los tribunales. Pero por de narle el dinero con ciertas c o c - particularidad... frialdad con q u e razonaba usted sa-
p r o n t o se m e cerraron todos los ca- ciones. Pero estaba usted entone« NORA.—¿Qué p a r t i c u l a r i d a d ? N o b i e n d o q u e mi m a r i d o estaba e n pe-
minos. Entonces comencé a traba- tan p r e o c u p a d a con la enferme 0 sé... ligro.
jar en el negocio que usted conoce; de su m a r i d o y tan apurada por KROCSTAD.—Lo q u e hay de par- KROGSTAD.—Señora H e l m e r , evi-
h a b í a q u e e n c o n t r a r algo, y p u e d o
ENRIQUE IBSEN
CASA DE MUÑETAS.—ACTO PRIMERO
no ha venido nadie? (Le amenaza do, ¿ n o podrías ocuparte de mí y
d e n t e m e n t e usted n o tiene idea d e m u c h a s cosas q u e hacer. D e j a d m e ,
con el dedo.) LÍO CS lo que nunca decidir mi t r a j e ?
la falta q u e h a cometido. Sólo pue- pequeñitos. (Los empuja suavemen- debe hacer mi pajarillo cantor. Un
d o decirle q u e el acto q u e causó la te y cierra la puerta.) HELMER.—¡Vaya! ¡Vaya! La ca-
pájaro cantor debe tener el pico puró
pérdida d e toda mi situación social NORA.—(Se sienta en el sofá, coge prichosita pide socorro.
para gorjear b i e n . . . , sin dar notas
n o era m á s c r i m i n a l que éste. un bordado, da algunos puntos, pero NORA.—Sí, T o r v a l d o . no puedo
falsas. (La cope por la cintura.) ¿ N o decidirme sin ti.
NORA.—¿Usted? ¿ V a usted a ha- en seguida se interrumpe.) No. es v e r d a d ? S í . . . Ya lo sabía. (La
c e r m e creer q u e arriesgó algo p a r a (Arroja el bordado, se levanta, va suelta.) Y a h o r a , ni una palabra HELMER.—¡Bueno! ¡Bueno! Re-
salvar la vida a su m u j e r ? a la puerta de entrada y llama.) Ele- más sobre este asunto. (Se sienta flexionemos y encontraremos algo.
KROGSTAD.—Las leyes n o se pre- n a , tráeme el árbol. (Se acerca a la delante de la chimenea.) ¡Que bien N o i o . — ¡ A h ! ¡Qué b u e n o eres!
o c u p a n d e las causas. mesa de la izquierda y abre un ca- se está aquí! (Vuelve a trabajar en el árbol de
jón.) ¡No! ¡Es de todo p u n t o im- Navidad. Pausa.) ¡Qué buen efecto
NORA.—Pues son leyes malas. (Ilojea sus papeles. Nora está
posible! hacen estas flores! ¡Oye! Dime: ¿es
KROGSTAD.—Malas o n o . . . , si entretenida en adornar el árbol.
LA CRIADA.—(Trayendo el árbol realmente tan terrible lo que hizo
enseño este papel a la justicia, con I'ausa.)
de Navidad.) ¿ D ó n d e d e b o colo- Krogstad? '
arreglo a esas leyes será usted juz- NORA.—¡Torvaldo!
gada. carlo? HEI.MLR.— Ha cometido falsifica-
HII.MI.R.- ¿C)UC? cií.nes. ¿ C o m p r e n d e s lo que quiere
NORA.—No le creo. ¿ U n a hija no NORA.—Allí, en medio de la ha- NOIM.—Me alegra extraordinaria- M
decir?
bitación.
p u e d e e v i t a r a su p a d r e m o r i b u n d o mente la ¡dea de ir p a s a d o m a ñ a n a NORA.—¿No lo hizo impulsado
inquietudes y angustias? ¿ N o ti^ne LA CRIADA.—¿Quiere algo más la al baile de trajes de los Stenberg. por la miseria?
u n a m u j e r el d e r e c h o d e salvar la señora? HI:I.MI K.---Y yo siento extraordi-
v i d a a su m a r i d o ? No conozco a HI I.MI.R.—Sí, como muchos, obró
NORA.—Gracias. T e n g o lo que naria curiosidad por la sorpresa que por ligereza. No soy tan cruel que
f o n d o las leyes, p e r o estoy segura necesito. nos p r e p a r a s .
d e q u e ha de estar escrito en algu- condene sin piedad a un hombre
L A C R I A D A . — (Sale después de ha- NORA. - ¡ Q u é lástima! por un solo acto.
na p a r t e q u e están permitidas estas HI I MI R - ¿ D e q u é ?
ber dejado el árbol.) NORA.—¿No? ¿ N o es verdad,
cosas. ¿ Y usted, q u e es abogado, NORA.— No p u e d o e n c o n t r a r un
N O R A . — (Preparando el árbol de Torvaldo?
n o lo s a b e ? M e parece usted poco traje que valga la pena, ' i o d o s son
hábil c o m o h o m b r e de ley, señor Navidad.) Aquí hacen falta luces. . . HELMER.—Más de uno p u d o re-
y aquí, flores. . . ¡Canalla!. . . ¡Qué absurdos e insignificantes. dimirse. moralmente, c o n f e s a n d o su
Krogstad.
tonterías! No; no significa nada. El HI IMIR - ¡ C o n lo que nos sale culpa y s u f r i e n d o la pena.
KROGSTAD.—Tal vez. Pero me árbol de N a v i d a d será hermoso. Voy ahora Norita! NORA.—¿La p e n a ? . . .
concederá usted q u e por lo menos a hacer lo que quieras, Torvaldo; NORA. — t Detrás de la silla, apo-
e n t i e n d a en a s u n t o s como el que bailaré por ti, c a n t a r é . . HLI MKR — P e r o no fue éste el ca-
(Helmer yándose en el respaldo.) ¿Estás muy mino elegido por Krogstad. Quiso
e s t a m o s t r a t a n d o . Ahora haga lo entra con un rollo de papeles de- ocupado? librarse con subterfugios y con as-
q u e guste. Lo único que p u e d o de- bajo del brazo.) ¿ C ó m o ? ¿Ya has HI I MI R.—¡Oh! tucia. Esto es lo que moralmente le
cirle es q u e si me echan por segun- NORA.—,.Oué son esos papeles? perdió.
vuelto?
da vez, usted m e hará c o m p a ñ í a . H I I M I R . Asuntos del Banco.
(Saluda y vase.)
HELMER—Sí. ¿ V i n o alguien? NORA.—¿Tú crees q u e . . . ?
NORA.—¿Aquí? N o . NORA.—¿Ya? HELMER.—Creo que semejante
N O R A . — (Reflexiona un poco, des- HELMER.—Es raro. H e visto a HII.MI K. - MO he hecho entregar, ser. con la conciencia de su falta,
pués mueve la cabeza.) ¡Bah! i Me Krogstad saliendo de casa. por los diivctores salientes, un po- debe mentir y disimular siempre.
h a q u e r i d o asustar! Pero no soy tan NORA.—¡Ah! Es v e r d a d . Krogstad der para c a m b i a r lo que juzgue ne- Tiene que llevar la máscara hasta
t o n t a . (Se pone a recoger los trajes vino u n m o m e n t o . cesario en el personal y en la or- en su propia familia. Sí. delante de
de los niños, pero se para de pron- ganización J e las oficinas. Voy a su m u j e r y de sus hijos. Y c u a n d o
HELMER.—Lo adivino en tu cara.
to.) ¿Pero...? ¡No! ¡Imposible! emplear la semana de Navidad en se piensa en los hijos, es espantoso.
V i n o a pedirte q u e intercedieras
¡Si yo l o he h e c h o p o r amor! este t r a b a j o Q u i e r o que todo esté
por él. NORA.—¿Por q u é ?
L o s NIÑOS.—(Por la puerta de la en orden pura año nuevo.
NORA.—Sí. HELMER.—Porque semejante at-
derecha.) M a m á , ¿se ha ido ese se- H E L M E R . — Y te ha dicho que lo
NORA— Por eso el pobre Krogs- mósfera de mentira lleva el conta-
ñor? hicieras c o m o cosa tuya. Debías gio de principios malsanos a toda
NORA.—¡Sí! ¡Sí! ¡Ya lo sé! Pero ocultarme q u e h a b í a venido. ¿ N o te HI.I.MER.-—,.t:h? la vida de familia. Cada vez q u e los
n o habléis a n a d i e de ese señor. ¿ M e lo ha p e d i d o ? NORA.— (Acariciándole la cabc- niños respiran, absorben gérmenes
:
oís? Ni a papá. NORA—Sí, T o r v a l d o , p e r o . . a.) Si no estuvieras tan o c u p a d o del mal.
L o s NIÑOS.—No, m a m á . ¿Quieres HELMER.—¡Nora! ¡Nora! ¿Por le pediría un gran favor, Torvaldo. N O R A . — (Acercándose a él.) ¿Es-
jugar ahora? qué lo has h e c h o ? ¡ H a b l a r con ese HELMER.—¿Cuál es? tás seguro?
NORA.—No, n o . Ahora, no. h o m b r e , p r o m e t e r l e algo, y después NORA.—Nadie tiene lanto gusto HELMER.—Sí. querida mía. C o m o
L o s NIÑOS.—Pero, m a m á , si nos m e n t i r m e a mí! como tú. ¡Me gustaría tanto q u e d a r abogado, tuve ocasión de compro-
¿>,c
lo habías prometido. NORA.—¿Mentir? n en el baile de trajes! Torval- barlo m u c h a s veces. Casi todos los
NORA.—No p u e d o . Idos. T e n g o HELMER.—¿No m e has dicho que
HELMER.—(Levantándose y reu-
seres d e p r a v a d o s precozmente tu- niendo los papeles.) Necesito exa-
vieron m a d r e s embusteras. m i n a r algo de esto antes de comer.
NORA.—¿Por qué precisamente Y después pensaré en tu traje. Tal
madres? vez también p r e p a r e algo para col-
HEI.MER.—Lo m á s frecuente es gar del árbol en un sobre dorado.
que suceda por las madres, p e r o e (Poniendo la mano sobre la cabeza ACTO SEGUNDO
padre influye n a t u r a l m e n t e en el de ella.) ¡Oh, mi q u e r i d o pajarillo
mismo sentido. T o d o s los abogados
cantor!
lo saben. A pesar de esto, Krogstad. (Entra a su despacho.)
d u r a n t e años, ha e n v e n e n a d o a sus NORA.— (En voz baja, después de
propios hijos en su atmósfera de Igual decoración. El árbol de Navidad, sin adornos ya, está en un rincón cerca
una pausa.) ¡Oh! ¡No! ¡Eso no! Es
mentira y de disimulo. Por eso le del piano. El sombrero y el abrigo de Nora están echados sobre el sofá.
imposible. Es necesario que sea im-
llamo un h o m b r e moralmente per- Nora, sola, va y viene agitadísima. Al fin se para ante el sofá y coge el abrigo.
posible.
dido. (Tendiéndole los brazos.) Y
ANA MARÍA.— (Desde la puerta
por eso mi gentil Norita debe pro-
de la derecha.) Los niños quieren
meterme n o h a b l a r más en su fa-
a toda costa venir a ver a su mamá. N O R A . — (Dejando el abrigo.) ¡Al- NORA.—Sí. Ana María. Pero mira,
vor D a m e tu p a l a b r a . ¿ Q u é te pasa?
NORA.— ¡No! ¡No! ¡No! ¡No les guien ha entrado! iVa hacia la puer- en lo f u t u r o no podré estar tanto
Dame la mano. ¡Así! Es cosa re-
dejes venir aquí! ¡Quédate con ta. Escucha.) No. NO es nadie. No, tiempo a su lado.
sucita. T e aseguro que me s e n a im-
ellos, Ana María! no, no será hoy. día de N a v i d a d ; ANA MARÍA.—Los niños pequeños
posible t r a b a j a r con él. Siento ma- tampoco será m a ñ a n a , pero tal
ANA MARÍA.—SÍ, señora. se acostumbran a todo.
terialmente un malestar físico j u n t o vez. . . (Abre la puerta y mira ha-
N O R A . — (Pálida de terror.) ¡De- NORA.—¿Lo crees? ¿Crees que ol-
a semejantes personas. cia juera.) N o . n a d a en el buzón.
p r a v a r a mis h i j o s ! . . . ¡Envenenar vidarían a su m a m á si no volviera
NOR\—(Retira la mano y va a Está vacío. ¡Qué locura! Su ame-
la casa! ILevanta la frente.) ¡No nunca?
colocarse al lado opuesto del árbol naza no era seria. Eso no puede
es verdad! ¡Es falso, tan seguro ANA MARÍA.— ¡Dios nos libre!
de Navidad.) ¡Qué calor hace aquí! como que existo! suceder. Tengo tres hijos. ¡Nunca!
¡Y yo que tengo tanto qué traba- (Ana Muría, trayendo una gran NORA.—Dimc, Ana María: muchas
jar! caja de cartón, entra por la puer- veces me he preguntado una cosa.
ta de la derecha.) ¿ C ó m o te atreviste a confiar tu hija
ANA MARÍA.—Por fin encontré la a personas extrañas?
caja con el traje. ANA MARÍA.—No tenía más reme-
NORA.—Está bien. Ponía encima dio si quería ser nodriza de Norita.
de la mesa. NORA.—Sí. pero ¿ q u é te decidió?
A N A M A R Í A . — (Obedeciendo.) Me ANA MARÍA.—¡Se presentaba una
parece q u e está bastante roto. colocación tan buena! Era una suer-
NORA.—¡De b u e n a gana lo rom- te para la pobre muchacha que tuvo
pería en mil pedazos! una desgracia. Porque el canalla n o
ANA MARÍA.—¡Oh! ¡No! ¡Eso no! quiso hacer n;ida por mí.
Puede arreglarse fácilmente con un NORA.—La hija te debe haber ol
poco de paciencia. vidado.
NORA.—Sí, voy a suplicar a la se- ANA MARÍA.—Seguramente no.
ñora Linde q u e venga a ayudarme. Primero me escribió que h;ibía he-
ANA MARÍA.—¿Salir otra vez? cho su primera comunión y después
¿Con este mal tiempo? La señora ten- que se había casado.
drá f r í o . . . , caerá e n f e r m a . N O R A . — (Abrazándola.) ¡Mi vie-
NORA.—No sería lo peor que pu- jecita Ana María, fuiste una madre
diera, o c u r r i r m e . . . ¿ C ó m o están los buena para mí mientras fui chi-
niños? quita!
ANA MARÍA.—Los pobrecitos jue- ANA MARÍA.—La pobrccita Nora
gan con los regalos de N a v i d a d , no tenía más madre que yo.
pero. . . NORA.—Y si mis pequeños no me
NORA.—¿Hablan m u c h o de m í ? tuvieran a mí, bien sé que t ú . . .
ANA MARÍA.—Están tan acostum- Esto es h a b l a r por hablar. (Abre la
rados a estar con m a m á . . . caja.) Vé con ellos. Yo necesito. . .
H E L M E R . — ( L e v a n t á n d o s e y reu-
seres d e p r a v a d o s p r e c o z m e n t e tu- niendo los papeles.) N e c e s i t o exa-
vieron m a d r e s embusteras. m i n a r a l g o d e e s t o a n t e s d e comer.
NORA.—¿Por qué precisamente Y d e s p u é s p e n s a r é e n tu traje. Tal
madres? v e z t a m b i é n p r e p a r e a l g o para col-
HEI.MER.—Lo m á s f r e c u e n t e es g a r del á r b o l en u n s o b r e dorado.
q u e s u c e d a p o r las m a d r e s , p e r o e
p a d r e i n f l u y e n a t u r a l m e n t e en el
(Poniendo la mano sobre la cabeza ACTO SEGUNDO
de ella.) ¡ O h , mi q u e r i d o pajarillo
m i s m o s e n t i d o . T o d o s los a b o g a d o s
cantor!
lo s a b e n . A p e s a r d e esto, K r o g s t a d . (Entra a su despacho.)
d u r a n t e a ñ o s , h a e n v e n e n a d o a sus
NORA.— (En voz baja, después de
p r o p i o s h i j o s e n su a t m ó s f e r a d e Igual decoración. El árbol de Navidad, sin adornos ya, está en un rincón cerca
una pausa.) ¡ O h ! ¡ N o ! ¡Eso no! Es
m e n t i r a y d e d i s i m u l o . Por e s o le del piano. El sombrero y el abrigo de Nora están echados sobre el sofá.
i m p o s i b l e . Es n e c e s a r i o q u e sea im-
l l a m o u n h o m b r e m o r a l m e n t e per- Nora, sola, va y viene agitadísima. Al fin se para ante el sofá y coge el abrigo.
posible.
d i d o . (Tendiéndole los brazos.) Y
p o r e s o mi gentil N o r i t a d e b e pro-
ANA MARÍA.— (Desde la puerta
de la derecha.) Los n i ñ o s quieren
m e t e r m e n o h a b l a r m á s e n su fa-
a t o d a costa v e n i r a v e r a su mamá. N O R A . — (Dejando el abrigo.) ¡Al- NORA.—Sí. A n a M a r í a . P e r o m i r a ,
vor D a m e tu p a l a b r a . ¿ Q u é te p a s a ?
NORA.— ¡ N o ! ¡ N o ! ¡ N o ! ¡No les guien ha e n t r a d o ! iVa hacia la puer- en lo f u t u r o no p o d r é e s t a r t a n t o
D a m e la m a n o . ¡Así! E s c o s a re-
dejes venir aquí! ¡ Q u é d a t e con ta. Escucha.) N o . NO es n a d i e . N o , t i e m p o a su l a d o .
s u e l t a . T e a s e g u r o q u e m e s e n a im-
ellos, A n a M a r í a ! no, n o será h o y . d í a d e N a v i d a d ; ANA MARÍA.—Los n i ñ o s p e q u e ñ o s
p o s i b l e t r a b a j a r c o n él. S i e n t o m a -
ANA MARÍA.—SÍ, s e ñ o r a . tampoco será mañana, pero tal se a c o s t u m b r a n a t o d o .
t e r i a l m e n t e u n m a l e s t a r físico j u n t o vez. . . (Abre la puerta y mira ha-
N O R A . — (Pálida de terror.) ¡De- NORA.—¿Lo c r e e s ? ¿ C r e e s q u e ol-
a semejantes personas. cia juera.) N o . n a d a en el b u z ó n .
p r a v a r a mis h i j o s ! . . . ¡Envenenar v i d a r í a n a su m a m á si n o v o l v i e r a
NOR\—(Retira la mano y va a Está v a c í o . ¡ Q u é l o c u r a ! Su a m e -
la c a s a ! ILevanta la frente.) ¡No nunca?
colocarse al lado opuesto del árbol es v e r d a d ! ¡Es f a l s o , tan seguro n a z a no era seria. E s o n o p u e d e ANA MARÍA.— ¡Dios nos libre!
de Navidad.) ¡Qué calor hace aquí! s u c e d e r . T e n g o tres h i j o s .
c o m o que existo! ¡Nunca!
¡Y yo q u e tengo tanto qué traba-
(Ana Muría, trayendo una gran NORA.—Dimc, A n a M a r í a : m u c h a s
jar! caja de cartón, entra por la puer- veces m e he p r e g u n t a d o u n a c o s a .
ta de la derecha.) ¿ C ó m o te a t r e v i s t e a c o n f i a r tu hija
ANA MARÍA.—Por fin e n c o n t r é la a personas extrañas?
c a j a con el t r a j e . ANA MARÍA.—No tenía m á s reme-
NORA.—Está b i e n . P o n í a e n c i m a d i o si q u e r í a ser n o d r i z a d e N o r i t a .
de la m e s a . NORA.—Sí. p e r o ¿ q u é te d e c i d i ó ?
A N A M A R Í A . — (Obedeciendo.) Me ANA MARÍA.—¡Se p r e s e n t a b a u n a
parece q u e está bastante roto. c o l o c a c i ó n tan b u e n a ! Era u n a suer-
NORA.—¡De b u e n a g a n a lo rom- te p a r a la p o b r e m u c h a c h a q u e t u v o
pería en mil p e d a z o s ! u n a d e s g r a c i a . P o r q u e el c a n a l l a n o
ANA MARÍA.—¡Oh! ¡ N o ! ¡Eso no! q u i s o h a c e r n;ida p o r mí.
P u e d e a r r e g l a r s e f á c i l m e n t e con un NORA.—La hija te d e b e h a b e r ol
poco de paciencia. vidado.
NORA.—Sí, voy a s u p l i c a r a la se- ANA MARÍA.—Seguramente no.
ñora Linde q u e venga a ayudarme. P r i m e r o m e e s c r i b i ó q u e h;ibía he-
ANA MARÍA.—¿Salir o t r a vez? c h o su p r i m e r a c o m u n i ó n y d e s p u é s
¿ C o n este m a l t i e m p o ? L a s e ñ o r a ten- q u e se h a b í a c a s a d o .
drá f r í o . . ., caerá e n f e r m a . N O R A . — (Abrazándola.) ¡Mi vie-
NORA.—No sería lo p e o r q u e pu- jecita A n a M a r í a , f u i s t e u n a m a d r e
d i e r a , o c u r r i r m e . . . ¿ C ó m o e s t á n los b u e n a p a r a mí m i e n t r a s f u i chi-
niños? quita!
ANA MARÍA.—Los p o b r e c i t o s jue- ANA MARÍA.—La p o b r c c i t a N o r a
gan c o n los regalos d e N a v i d a d , n o tenía más m a d r e q u e yo.
pero. . . NORA.—Y si mis p e q u e ñ o s n o m e
NORA.—¿Hablan m u c h o de m í ? t u v i e r a n a m í , b i e n sé q u e t ú . . .
ANA MARÍA.—Están t a n a c o s t u m - E s t o es h a b l a r por h a b l a r . (Abre la
rados a estar con m a m á . . . caja.) V é con ellos. Y o n e c e s i t o . . .
él, como dice. Al principio sentía SEÑORA L I N D E . — P e r o n o lo ha-
Ya verás q u é bonita estaré ma- v e r t e . ¡ A h ! M e h a b í a o l v i d a d o dar- celos sólo al oírme nombrár a uno rás.
ñana. te las g r a c i a s p o r la a g r a d a b l e ve- de los seres queridos que me rodea- NORA.-—No, naturalmente. N o veo
ANA M A R Í A . — S e g u r a m e n t e n o h a - lada de ayer. ban en otro tiempo. Como es natu- la necesidad. Pero estoy segura de
b r á e n t o d o el b a i l e u n a s e ñ o r a t a n NORA.—(Levantándose y atrave- ral, dejé de hacerlo; pero con el que si hablase al doctor R a n k . . .
sando la escena.) Me parece que doctor Rank hablo muchas veces S E Ñ O R A LINDE.—¿A espaldas de
g u a p a c o m o u s t e d . (Vase por la
a y e r n o e s t á b a m o s t a n b i e n en el
Le divierte escucharme. tu marido?
puerta de la derecha.)
h o g a r c o m o o t r a s veces. D e b i s t e ve- S E Ñ O R A L I N D E . — O y e , Nora. Bajo NORA.—Necesito salir dp este
N O R A . — (Abriendo la caja, pero
apartándola en seguida.) ¡Si me n i r a n t e s a la c i u d a d , C r i s t i n a . Ver- varios aspectos eres una niña. Yo asunto, que también se hizo a espal-
a t r e v i e r a a s a l i r ! ¡Si e s t u v i e r a se- d a d es q u e T o r v a l d o p o s e e el ta- tengo más edad y más experiencia das .suyas. Esto tiene que acabar.
l e n t o d e h a c e r la c a s a a g r a d a b l e . que tú. Voy a darte Un'consejo con S E Ñ O R A LINDE.—Ya te lo decía
g u r a d e q u e n a d i e iba a v e n i r ! ¡Si
SEÑORA L I N D E — M e p a r e c e que
respecto al doctor Rank: debes aca- ayer; p e r o . . .
supiera q u e n o iba a pasar n a d a en
t ú t a m b i é n e r e s d i g n a h i j a d e tu
bar con esto.
casa entretanto! ¡Qué tontería! ¡No NORA.—(Yendo y viniendo.) Un
v e n d r á n a d i e ! Basta d e vacilacio- p a d r e . P e r o , d i m e : ¿ e l d o c t o r Rank NORA.—¿Acabar con q u é ? hombre puede más fácilmente des-
está siempre tan abatido como SEÑORA LINDE.—Con muchas co-
n e s . ¡ C e p i l l e m o s el a b r i g o ! ¡Los enredar estos asuntos que una mu-
g u a n t e s b u e n o s ! ¡Los g u a n t e s b o n i - ayer? sas. Ayer me hablaste de un rico jer. . .
NORA.—No. A y e r lo e s t a b a más adorador que había de darte di-
tos! ¡ B a s t a d e c a v i l a c i o n e s ! U n a .
nero . . . SEÑORA LINDE.—Si hablas del
d o s . t r e s , c u a t r o , c i n c o , seis. ¡ A h ! q u e d e o r d i n a r i o . El p o b r e padece maridó, sí.
u n a e n f e r m e d a d t e r r i b l e . E s t á en- NORA.—Es. verdad; pero, desgra-
¡Ya e s t á n a h í ! . . . (Se dirige a la NORA.—¡Bah!... ¡Bah! (Se ca-
f e r m o d e la m é d u l a . S u p a d r e era ciadamente, no existe.
puerta, pero permanece indecisa. lla.) Cuando se paga todo, se de-
SEÑORA LINDE.—¿Y qué más? ¿El
La señora Linde entra, después de un personaje repugnante. Mantenía vuelve el pagaré; ¿no es verdad?
q u e r i d a s y . . . a l g o m á s p o d r í a de- doctor Rank es rico?
haber dejado el sombrero y el abri- SEÑORA LINDE.—Naturalmente.
go en el vestíbulo.) c i r s e . P o r eso su h i j o r e s u l t ó en- NORA.—Sí, tiene fortuna.
S E Ñ O R A LINDE.—¿Y familia? NORA.—¡Y se puede romper en
NORA.—¡Ah! ¿ E r e s t ú . C r i s t i n a ? f e r m i z o d e s d e la i n f a n c i a . mil pedazos, y quemar el papel su-
SEÑORA LINDE.— (Dejando caer la NORA.—A nadie. P e r o . . .
¿ V i e n e s s o l a ? ¿ E s v e r d a d ? . . . Lle-
SEÑORA L I N D E . — ¿ V i e n e aquí to-
cio y asqueroso!
gas a t i e m p o . labor.) P e r o , q u e r i d a N o r a , ¿quién SEÑORA L I N D E . — ( L a mira fija-
te c u e n t a esas h i s t o r i a s ? dos los días?
SEÑORA L I N D E . — S u p e q u e h a b í a s NORA,—Ya lo s a b e s . mente, deja la labor y se levanta
estado en casa preguntando por mí. NORA.—¡Bah! C u a n d o se h a n te- lentamente.) Nora, tú me ocultas
n i d o t r e s h i j o s . . . Se r e c i b e n visi- SEÑORA L I N D E . — ¿ C ó m o es que
NORA.—Sí. Pasaba casualmente un hombre como él puede cometer algo.
t a s d e s e ñ o r e s q u e s a b e n a l g o de NORA.—¿Lo conoces en mi c a r a 9
p o r allí. Q u e r í a r o g a r t e q u e m e ayu- esta indelicadeza?
medicina y que cuentan muchas S E Ñ O R A L I N D E . — A l g o ha pasado
d a r a s . S e n t é m o n o s en el s o f á . Ve- NORA.—No te c o m p r e n d o .
cosas. desde ayer mañana. Nora, dime lo
rás d e q u é se t r a t a . M a ñ a n a h a b r á SEÑORA LINDE.— (Cosiendo de SEÑORAL I N D E . — N o finias, Nora.
b a i l e d e t r a j e s e n el p i s o d e a b a j o , ¿Crees que no adivino a quién pe- que es.
nuevo. Pausa.) ¿El doctor Rank vie-
en c a s a del c ó n s u l S t e n b e r g . T o r - diste prestados los mil doscientos NORA.—(Volviéndose hacia ella.)
ne t o d o s los d í a s a q u í ?
valdo quiere que me disfrace de escudos? ¡Cristina! (Escuchando.) ¡Psit! Tor-
NORA.—Todos los d í a s ; es el me-
pescadora napolitana y que baile NORA.—¿Pero le has vuelto l o c a 7 valdo ha vuelto. Pasa a la habita-
jor a m i g o d e H e l m e r d e s d e su ju-
u n a t a r a n t e l a q u e a p r e n d í en Ca- ¿Puedes pensar realmente semejan- ción de sus hijos. Torvaldo no. pue-
v e n t u d y m í o t a m b i é n . El doctor
pri. te tonterfa? ¡A un amigo que viene de sufrir que se cosa delante de él.
R a n k p u e d e d e c i r s e q u e es d e la
SEÑORA LINDE.— ¡ H o l a ! ¡Hola! aquí todos los días! ¡Qué situación Di a Ana María que te ayude.
casa.
¿ V a s a d a r u n v e r d a d e r o espec- tan violenta seria! SEÑORA L I N D E . — (Recogiendo la
SEÑORA L I N D E . — P e r o , d i m e : ¿es
táculo? realmente sincero? Quiero d e c i r . . . SEÑORA L I N D E . — ¿ D e modo que labor.) Está bien; pero no me iré
N O R A — S í . T o r v a l d o lo q u i e r e . ¿ n o le g u s t a c u m p l i m e n t a r ? no es él? mientras no me hables francamente.
E s t e e s el t r a j e . T o r v a l d o lo h a en- NORA.—A! c o n t r a r i o . ¿ P o r qué NORA.—No; desde luego. N o se (Vase por la puerta de la de-
cargado. Pero está tan estropeado, m e lo p r e g u n t a s ? me ocurrió un solo mómento. Ade- recha. Al mismo tiempo Helmer
q u e r e a l m e n t e no sé s i . . . SEÑORA LINDE—Cuando me pre- ihás„ en aquella época no podía entra por la del vestíbulo.)
s e n t a s t e a y e r , a s e g u r ó q u e había prestar dinero porque no lo tenía. N O R A . — ( Y e n d o a su encuentro.)
SEÑORA L I N D E . — T i e n e f á c i l arre-
o í d o m u c h a s v e c e s mi n o m b r e aquí. Fue después cuando heredó. ¡Con qué impaciencia te esperaba,
glo. U n i c a m e n t e el a d o r n o e s t á des-
P e r o d e s p u é s o b s e r v é q u e tu ma- SEÑORA L I N D E . — C r e o q u e f u e u n a querido Torvaldo!
c o s i d o en a l g u n o s sitios. ¡ P r o n t o ,
r i d o n o t e n í a la m e n o r idea d e mí. suerte para ti, querida Nora. HELMER.—¿Estaba aquí la mo-
hilo y a g u j a ! ¡ A h ! ¡ A q u í t e n g o lo
¿ C ó m o e n t o n c e s p u d o el doctor NORA.—Na N u n c a se me hubiera dista?. . .
q u e m e hace falta!
Rank...? ocurrido pedir dinero al doctor NORA.—No. Era Cristina. Me
NORA.—¡Qué b u e n a eres!
NORA.—Tienes razón, Cristina. Rank; nó creas, estoy segura de que ayuda a arreglar el traje; ya verás
S E Ñ O R A L I N D E . — (Cosiendo.) ¿De
T o r v a l d o siente g r a n admiración si se lo pidiese. . . qué efecto produzco.
m o d o que vas a disfrazarte mañana^
N o r a ? Bien. V e n d r é u n m o m e n t o a p o r m í . Q u i e r e q u e sea sólo para
NORA.—¿Verdad, T o r v a l d o ? NORA.—Sí, d e m a s i a d o t a r d e .
E s p o r ti. T ú m i s m o d i c e s q u e ese HELMER.—Sobre t o d o p o r q u e m e H E L M E R . — Q u e r i d a N p r a , t e per-
HELMER.—SÍ, t u v e u n a excelente h o m b r e e s c r i b e en los periódicos d i c e n q u e es u n b u e n e m p l e a d o . d o n o e s t a a n g u s t i a a u n q u e e n el
,d
peores... Podría p e j u d i c a t e . Me P e r o es u n a n t i g u o c o n o c i d o , u n a f o n d o s e a u n a o f e n s a p a r a m í . ¡Sí,
N 0 R A — U n a gran idea. Pero tam- da un miedo tan horrible q u e . . . de esas-amistades de j u v e n t u d , con- lo es! ¿ N o es u n a o f e n s a c r e e r q u e
b i é n yo soy b u e n a c o m p l a c i é n d o t e H E L M E R — i A h ! C o m p r e n d o . Los t r a í d a s a la ligera, y q u e m á s t a r d e p u e d a t e m e r la v e n g a n z a d e u n pi-
H&LMER.— (Acariciándole la bar- r e c u e r d o s d e o t r o s t i e m p o s te asus- p e r j u d i c a n m u c h a s v e c e s e n la v i d a . c a p l e i t o s d e s h o n r a d o ? P e r o te la
billa.) ¿Buena? ¿Por complacer a tan. . . . „ P a r a d e c i r l o t o d o d e u n a vez, n o s j>erdono , p o r q u e p r u e b a el g r a n
tu m a r i d o ? V a y a , v a y a l o c u e l a , y a NORA.—¿Qué q u i e r e s d e c i r ? t u t e a m o s , y ese i n d i v i d u o c a r e c e ' d e a m o r q u e t p e t i e n e s . (La abraza.)
sé yo q u e n o e r a e s o l o q u e q u e - HELMER.—Piensas s e g u r a m e n t e en t a c t o h a s t a u n e x t r e m o tal, q u e n o Es preciso, adorada Nora. Suceda
rías decir. Pero n o quiero entrete- se o c u l t a a n t e n a d i e ni p o r n a d a . lo q u e s u c e d a , e n l o s m o m e n t o s
n e r t e . S u p o n g o q u e n e c e s i t a r á s en- Al c o n t r a r i o , se i m a g i n a q u e le d a g r a v e s v e r á s .que t e n g o f u e z a y va-
TU
N O R T — S í . E s o es. R e c u e r d o lo
derecho a usar u n tono familiar y l o r y q u e sé a s u m i r l a r e s p o n s a b i -
83 q u e esa g e n t u z a e s c r i b i ó e n los pe-
NORA.—¿Y t ú v a s a t r a b a j a r ? a c a d a m o m e n t o está h a b i é n d o m e lidad de todo.
r i ó d i c o s c o n t r a p a p á . . . , y las ca-
HELM ER.—SÍ. (Ensenándole los d e t ú . 'Te j u r o q u e m e es m u y des-
l u m n i a s q u e l a n z a r o n c o n t r a é!. N O R A . — (Asustada:) ¿ Q u é quieres
papeles.) Ya ves. He ¡do al Ban- a g r a d a b l e . H a r í a i n t o l e r a b l é m i si-
C r e o q u e le h a b r í a n d e s t i t u i d o si decir?
c o ? . . (Va a entrar en su despa- t u a c i ó n en el B a n c o .
el m i n i s t e r i o no te h u b i e s e enviado HELMER.—La r e s p o n s a b i l i d a d d e
cho.) a h a c e r la i n s p e c c i ó n v si n o hu- NORA.—Torvaldo, tú 1 n o 'crees lo t o d o , te lo r e p i t o .
NORA.—¡Torvaldo! bieses s i d o t a n b e n é v o l o c o n el. que dices, N O R A . — ( C o n energía.) ¡No! ¡Nun-
HELMER.— (Deteniéndose.) ¿Que. H E L M E R . — N o r i t a . h a y u n a gran HELMER.—Sí. ¿ P o r q u é n o ? c a ! ¡ N o lo h a r á s !
NORA.—¿Si la a r d i l l a c h i q u i t i t a te d i f e r e n c i a e n t r e t u p a d r e y yo. u NORA.—Porque ésa sería u n a cau- HELMER.—Bueno, l a c o m p a r t i r e -
p i d i e r a c o n insistencia u n t a v o r ? p a d r e n o e r a u n f u n c i o n a r i o inata- sa i n s i g n i f i c a n t e . mos entonces, N o r a , c o m o m a r i d o
HELMER—¿Qué? c a b l e . Y yo lo soy y e s p e r o conti- HELMER.—¿Cómo? ¿Insignifican- y m u j e r . A s í d e b e ser. (Acaricián-
NORA.—¿Lo h a r í a s ? ¡ D i ! t e ? ¿ C r e e s q u e soy i n s i g n i f i c a n t e ? dola.) ¿Estás contenta ahora? N o
n u a r s i é n d o l o m i e n t r a s desempeñe
HELMER.—Antes necesitaría sa- NORA.—No, al c o n t r a r i o , q u e r i - m e m i r e s c o n o j o s d e p a l o m a dego-
b e r d e q u é se t r a t a . CL
NORA°—¡Oh! ¿ Q u i é n s a b e lo que d o T o r v a l d o , y p o r eso m i s m o . . . l l a d a . T o d o eso son f a n t a s í a s . A h o -
NORA.—Si q u i s i e r a s ser b u e n o y los m a l d i c i e n t e s p u e d e n i n v e n t a r / HELMER.—Es i g u a l . Diceé q u e las r a d e b e s e n s a y a r la t a r a n t e l a y ejer-
c a r i ñ o s o la a r d i l l i t a s a l t a r í a y h a r í a r a z o n e s q u e d o y son i n s i g n i f i c a n - c i t a r t e e n el t a m b o r i l . Y o m e ce-
¡ P o d r í a m o s ser t a n d i c h o s o s , tan te
toda clase de monerías. tes, y e n ese c a s o el i n s i g n i f i c a n t e rcaré en el d e s p a c h o y n o o i r é n a d a .
lices e n n u e s t r o n i d o t r a n q u i l o tu,
HELMER—Di, pronto. soy yo. ¿ I n s i g n i f i c a n t e ? ¿ D e v e r a s ? P o d r á s h a c e r t o d o el r u i d o q u e
l o s n i ñ o s y yo! P o r eso te lo su-
Y a es h o r a d e q u e e s t o a c a b e . q u i e r a s , y c u a n d o v e n g á R a n k le
NORA.—La a l o n d r a g o r j e a r í a e n plicó con tanta insistencia.
todos los tonos. (Llamando.) ¡Elena! dices d ó n d e estoy. (Entra en :;u des-
HELMER.—Precisamente porque pacho llevando los papeles y cierra
HELMER—La alondra no hace NORA.—¿Qué v a s a h a c e r ?
le d e f i e n d e s n o p u e d o d e j a r d e sus^ la puerta por dentro.)
otra cosa. . , t i t u i r l e . Y a s a b e n en el B a n c o que HELMER.—A t o m a r u n a d e c i s i ó n .
NORA.—Bailaría p o r ti c o m o los (Entra la criada.) T o m e usted esta N O R A . — ( A media voz, con angus-
d e b o d e s p e d i r a K r o g s t a d . Si se su
elfos en n o c h e de luna. c a r t a . V a y a en s e g u i d a a b u s c a r ú n tia, quedando como petrificada en
p i e r a a h o r a q u e la m u j e r del nuevo
HELMER.—Nora..., supongo que demandadero que la entregue. su sitio sin moverse.) Será capaz de
d i r e c t o r le h i z o c a m b . a r d e opi
n o se t r a t a d e l o q u e m e h a s h a - ¡ P r o n t o ! Lleva la d i r e c c i ó n . T o m e hacerlo.- L o h a r á a p e s a r d e t o d o .
nión...
b l a d o esta m a ñ a n a . . . NORA.—¿Qué? dinero. •Oh! ¡Nunca! ¡Nunca! ¡Antes cual-
N O R A . — ( A c e r c á n d o s e . ) Si, lor- HELMER — N o ; ¿ q u é . m p o i t a con LA CRIADA.—Está b i e n , señor. quier cosa! ¡Socorro! ¡Un me-
v a l d o . . . , ¡te lo s u p l i c o ! t a l q u e h a y a s h e c h o t r i u n f a r un (Se va con la carta.) d i o ! . . . (Llaman.) ¡El d o c t o r R a n k !
HELMER.—¡Y te a t r e v e s a h a - capricho tuyo? ¿Crees realmente H E L M E R . — ( R e c o g i e n d o los pape- ¡ T o d o a n t e s q u e eso!
blarme por segunda vez! q u e voy a p o n e r m e e n n d í c u l o a los les.) ¡Ya está, s e ñ o r a t e s t a r u d a ! (Se pasa la mano por la fren-
NORA.—Sí, sí, t i e n e s q u e c o n s e n - o j o s d e t o d o el p e r s o n a l ? ¿Que N O R A — (Con voz apagada.) ¿Qué te, procurando dominarse, y va
tir. E s n e c e s a r i o q u e K r o g s t a d c o n - c e a n q u e d e p e n d o d e »"fluencia c a r t a es é s a ? a abrir la puerta. Se ve al doc-
s e r v e su e m p l e o e n el B a n c o . a j e n a s ? T e n í a s e g u n d a d d e que HELMER.—La c e s a n t í a d e Krogs- tor Rank colgando el abrigo. Du-
HELMER.—Querida Nora, destino pronto tocaría las consecuencias, i . tad. rante la escena siguiente se va
e s a p l a z a a la s e ñ o r a L i n d e . a d e m á s . . . h a y o t r a r a z ó n q u e i«J NORA.—¡Cógela, T o r v a l d o ! ¡ A ú n haciendo de noche.)
NORA.—Has h e c h o m u y b i e n . N o p o s i b i l i t a la p e r m a n e n c i a en ei es t i e m p o ! ¡ O h , T o r v a l d o , c ó g e l a ! NORA.—Buenos d í a s , d o c t o r . L e
tienes m á s que despedir a o t r o em- B a n c o d e K r o g s t a d m i e n t r a s yo sea j H a z l o p o r mí, p o r ti, p o r los hi- h e c o n o c i d o en la m a n e r a d e lla-
pleado en vez de Krogstad. jos! ¡ E s c ú c h a m e , T o r v a l d o , h a z l o ! m a r . N o se p u e d e e n t r a r a h o r a e n
director.
HELMER.—»Es u n a t e r q u e d a d q y e ¡ T ú n o s a b e s lo q u e s u f r i r e m o s to- el d e s p a c h o . T o r v a l d o e s t á o c u p a d o .
NORA.—¿Cuál?
p a s a d e la r a y a ! P o r q u e a y e r d i s t e dos! RANK.—¿Y usted?
una promesa irreflexiva, quieres HELMER. P o r su m a n c h a FFLJ N O R A . — ( M i e n t r a s él entra y ella
r a l . . . , h u b i e r a p o d i d o ser mdul HELMER.—Demasiado tarde.
qU gente a c a s o . . .
N o R A y — N o es p o r e s o . T o r v a l d o .
p r o n t o se c o n s o l a r á n . L o s q u e se se m e r e c e . (Vuelve a guardarlos en
d e los o j o s ? ¿ Y p a g a n d o p o r o t r o s ? v a n , son p r o n t o o l v i d a d o s . la caja de cartón.)
cierra la puerta.) Ya sabe que para ¿ E s e s t o j u s t i c i a ? ¡Y p e n s a r q u e en NORA.— (Mirándole con inquie- R A N K . — ¿ Q u é m a r a v i l l a s m e fal-
usted siempre tengo un momento. c a d a familia existe, en u n a forma tud.) ¿ U s t e d lo c r e e ? tan por ver?
RANK.—Gracias. Lo aprovecharé o e n o t r a , a l g u n a l i q u i d a c i ó n de R A N K . — S e e n t a b l a n n u e v a s re- NORA.—No v e r á u s t e d n a d a por-
mientras pueda. . .ir7 este g é n e r o ! _ . laciones, y e n t o n c e s . . . q u e no es usted prudente. (Busca
NORA.—¿Qué quiere usted decir?
NORA —(Tapándose los oídos.) N O R A . — ¿ Q u i é n se c r e a r á n u e v a s entre los objetos tarareando.)
¿Mientras pueda?
iPsit! ¡Estemos alegres! ¡Estemos relaciones? RANK.—(Después de una pausa.)
RANK.—Sí. ¿ L a asusta?
RANK.—Usted y Helmer. Los dos. C u a n d o e s t o y a su lado, familiar-
NORA.—La f r a s e e s e x t r a ñ a . ¿ U u e al
R A N K . - S Í , el c a s o es p a r a reír. Lo harán ustedes cuando m e haya mente, no puedo comprender .
puede suceder? M i e s p i n a d o r s a l , p o b r e inocente, i d o . U s t e d m e p a r e c e q u e ya h a e m - No, no comprendo lo q u e h u b i e r a
RANK.—Lo q u e previne hace mu- d e b e s u f r i r p o r l a v i d a a l e g r e que pezado. ¿ Q u é tenía que hacer aquí s i d o d e m í si n o hubiese venido
c h o t i e m p o . P e r o n o c r e í q u e llega- llevó m i p a d r e c u a n d o era teniente a y e r la s e ñ o r a L i n d e ? n u n c a a esta casa.
ra tan pronto. N o R A . - ¿ L e g u s t a b a n m u c h o los N O R A . — ¡ A h ! . . . ¿ V a u s t e d a te- N O R A . — (Sonriendo.) Creo, en
N O R A .— (Cogiéndole por el bra- e s p á r r a g o s y el foiegras, n o es ver- n e r celos d e la p o b r e C r i s t i n a ? efecto, que, en resumidas cuentas,
zo.) ¿ Q u é o c u r r e ? ¿ Q u é le h a n di- dad? , , RANK.—Sí. L o s t e n g o . M e suce- n o e s t á a g u s t o m á s q u e e n casa
c h o 7 Doctor, va usted a decírmelo. RANK.—Sí; y las trufas. d e r á e n la c a s a c u a n d o l l e g u e m i RANK.— (Bajando la voz y mi
RANK.— (Sentándose ¡unto a la N o R A . - ¡ A h ! S í ; ¿y las ostras vencimiento. Esa p e r s o n a . . . . rando fijamente al techo.) ,Y tener-
chimenea.) E s t o y al f i n del viaje. también? < NORA.—¡Psit! N o h a b l e t a n a l t o . lo q u e d e j a r !
N aNdOa R Ase. p u e d(Tranquilizándose.)
e hacer ya. RANK.—Y las o s t r a s , natural-
¿SE E s t á a h í al l a d o . NORA.—¡Tonterías! ¡Usted n o de-
R A N K . — ¿ H o y t a m b i é n ? Y a lo v e jará n a d a !
trata de usted? mC
N o R A . — Y t o d o b i e n r e g a d o con
RANK.—¿De quién, pues? ¿Para usted. R A N K . — (Igual que antes ) Y n o
O p o r t o y C h a m p a g n e . . - E s lástima NORA.—Sólo h a v e n i d o p a r a a r r e -
q u é m e n t i r m e a m í m i s m o ? S o y el d e j a r n i u n a g r a d e c i m i e n t o siquie-
q u e t o d a s e s a s e ó s a s a t a q u e n a la glar m i t r a j e . ¡ D i o s m í o , q u é ridícu-
S e o r d e t o d o s m i s e n f e r m o s , seño- r a . . ., apenas u n dolor pasajero,
espina dorsal. lo es u s t e d ! (Sentándose en el sofá.) n a d a m á s q u e un lugar vacio oue
r a H e l m e r . E n e s t o s d í a s h i c e exa-
RAN K . — S o b r e t q d o , c u a n d o ata- A h o r a h a y q u e ser r a z o n a b l e , d o c - p o d r á l l e n a r el p r i m e r o q u e lle-
m e n g e n e r a l d e m i e s t a d o , t s la
c a n a u n a e s p i n a d o r s a l q u e n o dis- tor. Y a v e r á u s t e d q u é b i e n b a i l o gue
b a n c a r r o t a . T a l vez dentro de un
m e s esté p u d r i é n d o m e e n u n ce- f r u t ó d e ellas. mañana y podrá usted asegurar que NORA.—¿Y si le p i d i e r a a us-
NORA.—¡Ah! Sí. E s o e s l o mas
menterio. . no Ib h a g o m á s q u e p o r u s t e d , sí, ted?... No...
triste del c a s o . , por u s t e d y p o r T o r v a l d o , c o m o es
NORA.—¡Oh, q u é m a n e r a de ha- Rank.—(Mirándola atentamente.) R A N K . — S i m e p i d i e r a usted
blar tan fea! , n a t u r a l . (Saca varios objefos de la ¿qué?
R A N K . — E s q u e el h e c h o e n sí >E
^ORA.—(Después de una pausa.) caja de cartón.) Doctor, venga a NORA.—Una p r u e b a d e c a r i ñ o .
es e n d e m o n i a d a m e n t e f e o . L o p e o r , ¿Por qué ha sonreído usted? sentarse aquí, q u e voy a enseñarle RANK.—¡Ah! ¿ Q u é ?
sin e m b a r g o , s o n ^ s h o r r o r e s q u e R A N K . — E s u s t e d l a q u e h a son- v a r i a s cosas. N O R A . — Q u i e r o decir u n g r a n ser-
han de precederle. Sólo me falta R A N K . — (Sentándose.) ¿Qué? vicio.
u n examen. Una vez hecho, sabré RC NORA.—Mire u s t e d . . . ¡Fíjese! RANK.—¿Querrá usted darme,
NORA.—No, d o c t o r , le juroque
casi c o n s e g u r i d a d c u á n d o e m p e z a - RANK.—Bajos de seda. a u n q u e n o sea m á s q u e u n a sola
r á el d e s e n l a c e . D e s e o d e c i r l e u n a ha sido usted. ,
R A N K —(Levantándose.) N o creí NORA.—Color d e c a r n e . ¡ Q u é bo- v e z , esta g r a n a l e g r í a ?
c o s a : c o m o H e l m e r s i e n t e p o r su nito! A h o r a e s t á m u y o s c u r o ; p e r o
que fuera usted tan burlona. NORA.—Sí. P e r o usted n o s a b e d e
naturaleza delicada aversión a todo m a ñ a n a . . . N o , no, no. Usted n o
NORA.—Hoy e s t o y e n disposición q u é se t r a t a .
lo r e p u g n a n t e , n o q u i e r o q u e ven- d e b e v e r m á s q u e la p l a n t a d e los
de decir muchas tonterías. RANK.—¡Vaya! ¡Dígamelo usted!
g a a la c a b e c e r a d e m i c a m a . pies. P e r o , sin e m b a r g o , si v i e r a
NORA.—Pero, d o c t o r . . . R A N K . — Y a se v e . NORA.—No. N o p u e d o , d o c t o r .
R A N K . — N o lo q u i e r o . B a j o n i n - N o r a . — ( P o n i e n d o las manos SO- usted u n p o c o m á s a r r i b a . . . Es t a n g r a v e . . . Es a la v e z u n
BRE los hombros del doctor) Que RANK.—¡Hola! consejo, un auxilio y un f a v o r . . .
g ú n p r e t e x t o . N o le p e r m i t i r é en-
rido, querido doctor, no debe u s ^ o NORA.—¿Por q u é t i e n e usted ese RANK.—Tanto mejor. No adivino
t r a r . C u a n d o t e n g a la c e r t e z a d e la
a b a n d o n a r n o s a T o r v a l d o y a mL aire d e d u d a ? ¿ N o c r e e u s t e d q u e lo q u e p u e d a ser. P e r o h a b l e u s t e d .
c a t á s t r o f e le e n v i a r é m i t a r j e t a d e
R A N K . — S e r á u n a p e n a d e la que me sentarán bien? ¿ N o t e n g o su c o n f i a n z a ?
visita m a r c a d a con u n a cruz negra.
E n t o n c e s s a b r á n u s t e d e s q u e h a co- RANK.—No tengo nada en que NORA.—Como nadie. Ya sabe
m e n z a d o el f i n a l e s p a n t o s o . i Una vez más se demuestrai la m * fundar mi opinión. u s t e d q u e es m i m e j o r a m i g o , mi
ravillosa unidad d e las obras del gran NORA.— (Mirándole un momen- a m i g o m á s f i e l . P o r eso q u i e r o de-
NORA.—No. H o y e s t á u s t e d de- dramaturgo. ¿ Q u i é n no ve en to.) ¡Ah! ¡Qué malo es usted! c í r s e l o t o d o . P u e s b i e n , d o c t o r , hay
m a s i a d o f ú n e b r e . ¡Y yo d e s e a b a palabras el germen de la obra a f l g (Dándole un golpe suave en el oído algo q u e m e conviene evitar. Ya
tanto q u e estuviese usted d e buen rabie a u e ha de seguir a ésta? con los bajos.) E s o es lo q u e u s t e d s a b e u s t e d lo q u e T o r v a l d o m e a m a
no adivina en e l l . al autor de Espec-
humor! . - tros? (N. del T.>
RANK.—¿Con la muerte delante
q u e f a n t a s í a s , n a d a m á s . E s eviden-
y n o v a c i l a r í a u n m o m e n t o en dar o t r o . . . Lo encargué y o . . . Torval- N o r a . — ¿ C ó m o Duede u s t e d i m a
su v i d a p o r m í . te (Se sienta en la mecedora y le do no debe saber nada. g i n a r q u e lo s e p a ?
RAN K.— (Acercándose a ella.) mira sonriendo.) Si v e r d a d e r a m e n - R A N K . — ¡ A h ! ¿ É s e es el g r a n se- KROGSTAD.—Ya m e f i g u r a b a yo
N o r a , ¿ c r e e u s t e d q u e sea el ú n i c o . ' te es u s t e d u n c a b a l l e r o , d o c t o r creto? q u e n o . N o se h u b i e r a m o s t r a d o tan
NORA.— (Con un movimiento ins- R a n k , ¿ n o le d a a u s t e d v e r g ü e n z a NORA.—¡Claro e s t á ! ¡ E n t r e p r o n - v a l e r o s o el b u e n o d e T o r v a l d o Hel-
tintivo de retroceso.) ¿Cómo? a h o r a q u e la l á m p a r a e s t á encen- t o en su d e s p a c h o ! E s t á e n la h a - mer.
R A N K . _ E 1 único que daría su dida7 b i t a c i ó n d e l f o n d o . N o le d e j e ve- NORA.—Señor K r o g s t a d , e x i j o q u e
vida alegremente por usted. R a n k — A d e c i r v e r d a d , n o . Pero nir. .. se respete a mi m a r i d o .
N O R A .— (Tristemente.) ¿De veras/ debo partir para siempre. RANK.—Esté usted tranquila. N o KROGSTAD.—Ya lo c r e o . Se le res-
R a n k . — H a b í a jurado que usted NORA.—¿Por q u é ? U s t e d seguirá se m e e s c a p a r á . p e t a lo d e b i d o . P e r o c u a n d o la se-
lo sabría antes de q u e m e f u e r a v i v i e n d o igual q u e a n t e s . Y a ( s a b e ñora pone tanto empeño en ocultar
(Entra en el despacho de Hel-
para siempre. No podía encontrar u s t e d q u e T o r v a l d o n o p u e d e vivir el a s u n t o , m e p e r m i t o s u p o n e r q u e
mer.)
m e j o r o c a s i ó n . Sí, N o r a , ya lo s a b e sin u s t e d . e s t á m e j o r i n f o r m a d a a u e ayer d e
R A N K . — S í ; ¿y u s t e d ? N O R A . — ( A ¡a criada.) ¿Espera en
usted. Esto quiere decir que puede la g r a v e d a d d e lo q u e h a h e c h o .
NORA.—¿Yo? ¡Me p a r e c e t o d o tan la cocina?
c o n f i a r e n mí m á s q u e e n n a d i e . LA CRIADA.—Sí, s u b i ó p o r la es- NORA.—Mejor i n f o r m a d a q u e p o r
NORA.— (Levantándose serena y a l e g r e c u a n d o u s t e d llega! usted.
calera de s e r v i c i o . . .
tranquilamente.) Déjeme pasar. RAN K . — E s o p r e c i s a m e n t e m e hi- KROGSTAD.—En e f e c t o , u n pica-
NORA.—¿No le d i j i s t e q u e h a b í a
RANK .— (Dejándole paso, pero z o e q u i v o c a r . ¡Es u s t e d u n enigma! p l e i t o s c o m o yo . . .
visita?
continuando sentado.) ¡Nora! A v e c e s m e h a p a r e c i d o q u e tiene NORA.—¿Qué m e q u i e r e u s t e d ?
LA CRIADA.—Sí, p e r o n o h i z o c a s o .
u s t e d t a n t o g u s t o e n e s t a r conmigo KROGSTAD.—Nada. V e r sencilla-
NORA.— < Junto a la puerta de en- NORA.—¿No h a q u e r i d o i r s e ?
c o m o en estar con Helmer m e n t e c ó m o se e n c o n t r a b a u s t e d .
trada.) Elena, trae la lampara. LA CRIADA.—No, nO se irá sin h a -
NORA.—Sí, es v e r d a d . H a y per- E n t o d o el d í a n o h e d e j a d o d e p e n -
(Dirigiéndose a la chimenea.) »Un, ber h a b l a d o c o n la señora.
s o n a s a q u i e n e s se a m a y personas s a r e n u s t e d . Se p u e d e ser u n u s u -
doctor, qué mal ba hecho usted! NORA.—Bueno. Q u e e n t r e , p e r o
c o n q u i e n e s se e s t á a g u s t o . rero . . . , un p i c a p l e i t o s . . . , u n . . . .
RANK.—¿Hice mal en amarla sin q u e h a g a r u i d o . E l e n a , n o se l o
RANK.—En eso tiene usted ra- en una palabra: un individuo como
profundamente, cuanto me ha sido digas a nadie. Es u n a sorpresa p a r a yo, y se p u e d e t e n e r c o r a z ó n .
^ N O R A — N o ; p e r o e n h a b e r l o di- zón. mi marido.
LA CRIADA.—Sí, sí, ya c o m p r e n - NORA.—¡Pruébelo u s t e d ! ¡ P i e n s e
c h o , sí. Y a e r a b a s t a n t e c o n q u e . . . N O R A — C u a n d o e s t a b a en casa,
en mis hijos!
R a n k . — ¿ Q u é quiere usted decir.' a m a b a a p a p á s o b r e t o d o . P e r o mi do...
(Vase.) KROGSTAD.—¿Pensó su marido
m a y o r p l a c e r e r a b a j a r a escondi-
¿ Q u e lo s a b í a usted? en los m í o s ? P e r o p o c o i m p o r t a .
d a s al c u a r t o d e l a s c r i a d a s , q u e no Nora.—¡Lo horrible se acerca!
(La criada entra con la lámpa- Viene. N o , no, n o p u e d e ser. N o
Quería aconsejarle únicamente que
m e r e p r e n d í a n n u n c a y q u e m e con- n o t o m a r a las c o s a s p o r lo t r á g i c o .
ra, que pone sobre la mesa; taban historias muy divertidas d e b e ser.
después sale.) E n p r i m e r l u g a r , n o la d e n u n c i a r é
RANK.-iAh! ¡Muy b i e n ! ¿De (La criada hace entrar a Krogs- a usted.
R A N K — N o r a . . . , señora Helmer,
manera que yo he reemplazado a tad y cierra la puerta. Viene en NORA.—¿No? ¿ E s v e r d a d ? Esta-
le p r e g u n t o si lo s a b í a . las criadas?
N O R A .— (Levantándose vivamente traje de viaje, botas altas y gorra ba segura.
N O R A . — ¿ Q u é sé y o ? . . . N o p u e -
y yendo hacia él.) N o , m i querido de abrigo.) KROGSTAD.—Se p u e d e m u y b i e n
d o realmente decírselo. ¿ C ó m o f u e
usted tan torpe, doctor? T o d o iba d o c t o r , n o es e s o lo q u e yo h e que- N O R A . — ( Y e n d o a su encuentro.) t e r m i n a r este a s u n t o a m i s t o s a m e n t e .
tan b i e n . . . . r i d o d e c i r . P e r o u s t e d p u e d e com- H a b l e usted en voz baja. M í mari- N o es n e c e s a r i o q u e o t r o s e s t é n in-
RAN K . — B u e n o : a h o r a t i e n e la se- p r e n d e r q u e son igual p a r a mi lor- d o está ahí. formados. Esto debe quedar entre
guridad de que puede disponer de valdo que papá. KROGSTAD.—Es p o s i b l e . los t r e s .
mí en cuerpo y alma. Hable usted. NORA.—¿Qué quiere u s t e d ? NORA.—Mi m a r i d o n o d e b e s a b e r
LA CRIADA.—(Viniendo del vestí-
N O R A .— (Mirándole.) ¿Después de KROGSTAD.—Un i n f o r m e . nunca...
bulo.) ¡Señora! NORA.«—¡Hable p r o n t o ! ¿ C u á l ?
lo q u e a c a b a u s t e d d e d e c i r ? (Le habla al oído y le da una KROGSTAD.—¿Cómo p u e d e u s t e d
R A N K . — S e lo s u p l i c o . D í g a m e d e tarjeta.) . ... KROGSTAD.—Sabe u s t e d q u e h e i m p e d i r l o ? ¿ P u e d e usted a c a s o pa-
q u é se t r a t a . N O R A . — (Mirando la iar]eta.) »An.
recibido mi cesantía. g a r el r e s t o ?
NORA — S e a c a b ó . N o s a b r á u s t e d (La guarda en su bolsillo.) NORA.—No h e p o d i d o i m p e d i r l o , NORA.—No; en s e g u i d a , n o .
RANK.—¿Algo molesto? señor Krogstad. Luché defendiendo KROGSTAD.—¿Ha e n c o n t r a d o us-
na
R A N K . — ¡ S í ! iSí! N o me castigue s u c a u s a h a s t a el f i n , p e r o n a d a h e t e d tal vez m e d i o d e p r o c u r a r s e di-
NORA.—No. E s . . . , es m i nuevo
así. D é j e m e usted que la ayude conseguido. n e r o estos días?
traje.
c u a n t o m e sea posible. KROGSTAD.—¿Su marido siente NORA.—No. N i n g ú n m e d i o q u e
NORA.—Ahora y a n o p u e d e u s t e d tan poco a m o r por usted? Sabe lo quiera emplear.
RANK.—¿Cómo? Pero su traje
a y u d a r m e en n a d a . . . A d e m á s , ya q u e p u e d e s u c e d e r y, s i n e m b a r g o , KROGSTAD.—Además, n o le h u b i e -
no necesito a nadie. N o eran m á s •e atreve a . . . ra a usted servido p a r a nada. Por
" N o ^ - i O h l S í , é s t e , sí. P e r o h - y
ningún dinero le devolvería la NORA.—Pero entonces, ¿qué quie- CASA DFC MUÑECAS.—ACTO SEGUNDO
firma. re usted?
NORA.—Pero expliqúese usted, en- KROGSTAD.—Voy a decírselo. Quie- no se lo perdonaré nunca. Adióe. se- SEÑORA LINDE.—(Nora? ¡Nora!
tonces: ¿qué piensa usted hacer? ro ascender, señora, quiero llegar, y ñora CVase.) Estás loca.
N O R A . — ( E n t r e a b r i e n d o con pre- NORA.—Si alguien entonces qui-
KROGSTAD.-—Quiero, s e n c i l l a m e n - su marido puede ayudarme. En año
te, guardarla, tenerla en mi poder. y medio no cometí ningún acto des- caución la puerta del vestíbulo y siera cargar con la responsabilidad,
escuchando.) Se ha ido. No le en- con la responsabilidad de todo;
Ningún extraño lo sabrá nunca. Así, honroso; en ese tiempo he tenido tregará la carta. No. No. Es impo- ¿comprendes?
para el caso en que haya pensado que luchar contra terribles dificul- sible. (Abre la puerta un poco más.)
tomar alguna resolución desespera- tades. Estaba contento adelantando SEÑORA LINDE.—Sí. Pero ¿cómo
paso a paso. Ahora me han echado, ¿Qué hace? Se para. Reflexiona. puedes creerlo?
da... ¿Irá acaso a. .. ?
NORA.—Ya he p e n s a d o . y ya no me contento con que me NORA.—En ese caso debes ates-
KROGSTAD.—... O bien abando- tomen por compasión. Le digo que (Se oyen los pasos de Krogs- tiguar que es falso, Cristina, No es-
narlo todo y h u i r . . . quiero llegar. Quiero entrar de nue- tad, que se aleja después de haber toy loca. Con mis cinco sentidos te
NORA.—Ya h e p e n s a d o . vo en el Banco en mejores condi- echado la carta en el buzón.) diso: nadie más lo supo, lo hice yo
KROGSTAD.— . . . O hacer algo ciones que antes. Su marido puede NORA.— (Reprime un grito y baja sola, completamente sola. Acuérdate
peor a ú n . . . crear un empleo para mí. corriendo la escena hasta la mesa, de esto.
NORA.—¿Cómo puede usted sa- NORA.— ¡ N u n c a l o h a r á ! que está cerca del sofá. Pausa.) SEÑORA LINDE.—Está bien, me
berlo? KROGSTAD.—Lo h a r á . L e conozco. ¡Está en el buzón! (Va de puntillas acordaré. Pero no comprendo toda-
KROGSTAD.—... Abandone usted No se atreverá ni a pestañear. Y a la puerta dé la antecámara.) lAllí vía c ó m o . . .
esas i d e a s . . . después, ya verá usted. Antes de un está! ¡Torvaldo, Torvaldo, ahora sí NORA.—¡Ah! ¿Cómo podrías com-
NORA.—¿Pero cómo puede usted año seré el brazo derecho del di- que estamos perdidos! prenderlo? Es un prodigio que va
saber que se me han ocurrido? rector. Será Nils Krogstad y no Tor- SEÑORA L I N D E . — ( E n t r a por la a realizarse.
KROGSTAD.—Casi todos las tene- valdo Helmer el que dirigirá el puerta de la derecha trayendo el SEÑORA L I N D E . — ¿ U n prodigio?
mos al principio. Yo las tuve como Banco. traje.) He hecho todo lo que he po- NORA.—Sí, un. prodigio. ¡Pero es
los demás. Pero a fe que me faltó NORA.—Eso no sucederá nunca. dido. ¿Quieres probar? tan terrible! Cristina, es menester
valor. KROGSTAD.—¡Usted podría tal N O R A . — ( E n voz baja, con angus- que eso no suceda. No lo quiero a
NORA.— (Con voz apagada.) ¡A vez...! tia.) Cristina, ven. ningún precio.
mí también! NORA.—Ahora tengo ya valor.
SEÑORA LINDE.—(Arrojando el SEÑORA LINDE.—Voy a ir e n se-
KROGSTAD.— (Como si se sintiera KROGSTAD.—¡Oh! N o m e asusta
traje en el sofá.) ¿Qué te pasa? guida a hablar a Krogstad.
aliviado de un peso.) ¿No es ver- usted. Una señora tan delicada y ¿Estás ^alterada? NORA.—No vayas. Te contestarla
dad? A usted también le falta va- tan distinguida como u s t e d . . . NORA—Ven. ¿Ves esta carta? mal.
lor. NORA.—¡Ya verá usted! ¡Ya verá
¿Ésta, a través de la boca del bu- SEÑORA L I N D E . — E n otro tiempo
NORA.—Sí. usted! zón?
KROGSTAD.—¿Bajo el hielo, qui-
hubiera hecho cualquier sacrificio
KROGSTAD.—Además, sería una SEÑORA LINDE.—SÍ, la v e o .
zás? ¿En el abismo húmedo, som- para complacerme.
gran locura. Pasada la primera tem- NORA.—Es d e K r o g s t a d . NORA.—¿El?
pestad conyugal... Aquí en el bol- brío y frío? Y en primavera volver SEÑORA L I N D E . — ¡ N o r a ! ¿Te pres-
a la superficie, desfigurada, desco- vive?
SEÑORA L I N D E . — ¿ D ó n d e
sillo tengo una carta para su ma- tó Krogstad el dinero? NORA.—¿Qué sé y o ? . . . ¡Ah. sí!
rido. nocida, c a l v a . . .
NORA.—Sí. Y ahora Torvaldo lo (Busca en el bolsillo.) Aquí hay una
NORA.—¿Se lo cuenta usted lodo? NORA.—No me asusta usted.
sabrá todo. tarjeta suya. Pero la carta. . la
KROGSTAD.—Con l a s p a l a b r a s m á s KROGSTAD.—Ni u s t e d . E s o n o se
SEÑORA L I N D E . — C r é e m e , Nora: carta...
veladas que me ha sido posible em- hace, señora Helmer. Y además,
¿para qué? Seguiría teniendo su fir- es lo mejor para los dos. HELMER.—(Desde su despacho,
plear . . . NORA.—No lo sabes todo: falsi-
ma en el bolsillo. llamando a la puerta de comunica-
NORA.—(Con viveza.) No debe fiqué una firma.
NORA.—¿Y cuando yo no exista? ción.) ¡Nora!
ver esa carta. Rómpala usted. En- SEÑORA L I N D F . — ¡ D i o s mío! ¿Qué
KROGSTAD.—Olvida u s t e d a u e en NORA.—(Con angustia.) ¿Qué
contraré el dinero. dices?
ese caso su fama estará igualmente pasa? ¿Qué quieres?
KROGSTAD.—Perdone usted, seño- NORA.—¡Oye, Cristina! Oye lo
entre mis manos. HELMER.—¡Vaya! ¡Vaya! Tran-
ra, pero creo haberle dicho hace que voy a decirte: necesito que me
N O R A . — ( L e mira con sorpresa.) quilízate. No podemos entrar Has
poco... sirvas de testigo.
KROGSTAD.—Bueno. Ya está usted echado el cerrojo a la puerta. ¿Es-
NORA.—No. No hablo del dinero tés ensayando?
prevenida. ¡No haga usted tonte- SEÑORA LINDE.—¿Testigo? ¿De
que le debo. Dígame usted el dine-
rías! Cuando Helmer reciba mi car- qué? NORA.—Sí, sí, ensayo. Ya verás
ro que pide a mi marido y se lo
ta, esperaré la contestación. Y re- NORA.—Si me volviera l o c a . . . . lo qué bonita estaré.
daré.
cuerde usted que fue su marido el cual puede suceder... SEÑORA L I N D E . — ( D e s p u é s de ha-
KROGSTAD.—No p i d o d i n e r o a su
que me obligó a dar este paso. Eso SEÑORA L I N D E . — ¡ N o r a ! ber mirado la tarjeta.) Vive muy
marido. NORA.—O si ocurriera a l g o . . . , y cerca de aquí. En la esquina.
n o estuviera aquí p a r a . . . NORA.—SI. Pero ¿para qué? Ra-
IBSEN
NORA.—¿Qué q u i e r e s h a c e r ?
t a m o s p e r d i d o s . L a c a r t a e s t á e n el HELMER.—Ver si h a n v e n i d o car- do una observación, que ella pa- NORA.—Trae C h a m p a g n e , E l e n a .
bU sSoRA LINDE—¿Y tu marido T8
NORA.—No. T o r v a l d o , n o l o h«-
rece no oír. Sus cabellos
atan y caen sobre sus
se des-
hombros.
LA CRIADA.—Sí, s e ñ o r a .
(Vase.)
tiene J a llave?
GA
Ella no se da cuenta y continúa. HELMER.—¡Hola! ¡Hola! Parece
NORA.—Siempre. . ÍIELMER.—¿Por q u é ? La señora Linde entra.) que vamos a estar de francachela.
SEÑORA L I N D E . - K r o g s t a d puede NORA.—Torvaldo, te l o supli- SEÑORA L I N D E . — (Parándose, sor- NORA.—Alegría y f i e s t a h a s t a m a -
r e c l a m a r la c a r t a a n t e s d e q u e l a
co . . , n o h a y . . . . prendida.) ¡Ah! ñ a n a . (Gritando a la criada.) Y u n a »
lea. Puede encontrar un pretexlo
— D é j a m e v e r l o . (Se diri- NORA.—Llegas e n p l e n a l o c u r a , c u a n t a s a l m é n d r a s , E l e n a , o si n o ,
cualquiera. . H E L M E R
muchas; por una vez n o importa.
Cristina.
NORA.—Pero é s t a es p r e c i s a m e n - ge hacia la puerta.)
HELMER.—Pero, querida Nora, H E L M E R . — (Cogiéndole las ma-
te l a h o r a e n q u e T o r v a l d o acos- N O R A . — (Al piano toca los prime-
b a i l a s c o m o si e n ello te f u e r a la nos.) ¡Así! Así! ¡ M u y b i e n ! N o
ros compases de la tarantela.)
TU vida. hay que tener miedo. Q u i e r o q u e
SEÑORA L I N D E — ¡ E n t r e t é n l e ! ¡ V e HELMER.—¡Hola!
NORA.—Así es. v u e l v a s a ser m i a l o n d r a c h i q u i t i t a
a su d e s p a c h o ! V u e l v o e n s e g u i d a . NORA.—No p o d r é b a i l a r manana
si n o e n s a y o h o y c o n t i g o . HELMER.—Basta, R a n k . E s locu- que gorjee como siempre.
(Vase apresuradamente por la H E L M E R .— (Yendo hacia ella.) r a . N o t o q u e s m á s , te d i g o . NORA.—Sí, T o r v a l d o , sí. P e r o en-
puerta del vestíbulo.) ¿Tienes realmente miedo, Nonta.' tra a h í u n m o m e n t o , y u s t e d t a m -
(El piano calla y Nora se para
N O R A .-(Acercándose a la puerta N O R A . — ¡ S Í ! ¡Sí! U n m i e d o espan- de pronto.) b i é n , d o c t o r . T ú , C r i s t i n a , m e ayu-
del despacho de Helmerabriéndo- toso. D é j a m e e n s a y a r e n seguida: darás a peinarme.
H E L M E R . — (A Nora.) E s o sí q u e
la y mirando.) ¡Torvaldo! tenemos tiempo antes de untamos R A N K . — ( E n voz baja, yendo ha-
n o lo h u b i e r a c r e í d o : h a s o l v i d a d o
H E L M E R .-(Desde el despacho) a la m e s a . S i é n t a t e , q u e r i d o Tor- t o d o c u a n t o te h a b í a e n s e ñ a d o . cia el comedor.) Oye: y todo
B u e n o . Y a se p u e d e e n t r a r p o r t i n v a l d o , y t o c a . C o r r í g e m e , dame e s t o . . . , ¿ n o te h a c e s u p o n e r al-
N O R A . — ( A r r o j a n d o el tamboril.)
en casa. Ven, R a n k , vamos a ver consejos, como sabes hacer. g o . . . extraordinario?
Ya lo v e s .
(Presentándose.) P e r o ¿ q u é es e s t o ? HELMER.—Con m u c h o gusto, con HELMER.—No, q u e r i d o a m i g o . E s
HELMER.—Veo q u e t i e n e s g r a n
NORA—¿Qué, querido Torvaldo? m u c h í s i m o g u s t o , ya q u e lo quie- ú n i c a m e n t e la a n g u s t i a p u e r i l d e
n e c e s i d a d d e q u e te g u í e n .
H E L M E R . - R a n k me había prepa- res. (Se sienta al piano.) q u e te h e h a b l a d o .
NORA.—Ya ves si lo n e c e s i t o . ¿ M e
r a d o para u n a gran escena con tra- N O R A . — (Abre una caja, saca un (Se van por la izquierda.)
g u i a r á s h a s t a el f i n ? ¿ M e l o p r o -
je a p r o p ó s i t o . . . tamboril y un mantón de colores NORA.—¿Eh?
metes, T o r v a l d o ?
R A N K — ( P r e s e n t á n d o s e . ) Asi lo abigarrados, se arregla en un abr SEÑORA LINDE.—Se f u e al c a m p o .
HELMER.—Puedes confiar.
había c o m p r e n d i d o . Por lo visto. y cerrar de ojos y después, de un NORA.—Lo c o n o c í en t u s o j o s .
NORA.—Ni h o y n i m a ñ a n a d e b e s
me eouivoqué. salto, se coloca en medio de la salo pensar e n nada más q u e en mí, y SEÑORA L I N D E . — V u e l v e m a ñ a n a
NORA.—Sí. N a d i e m e v e r á e n y grita:) ¡ E a ! ¡ T o c a ! ¡ Q u i e r o bai- no debes abrir ninguna carta — , ni p o r la n o c h e . L e h e d e j a d o u n a
t c d o mi esplendor hasta «panana^ el b u z ó n d e las c a r t a s . carta.
lat!
HELMER.—Pero, querida Nora (Helmer toca, Nora baila y * H E L M E R . — ¡ B u e n o ! V e o e n ello NORA.—No d e b i s t e h a c e r l o . N o
parece q u e estás muy cansada. ¿ H a s doctor Rank se coloca detras de aUn el t e r r o r d e ese h o m b r e . h a y q u e i m p e d i r n a d a . E n el f o n d o ,
Helmer y la s i g u e con la vistaj NORA.—Sí, n o J e lo n i e g o , a l g o es u n g r a n p l a c e r e s p e r a r lo ho-
e
"SN^°-Nobaaún no he ensayado H E L M E R .-(Tocando.) Suavemen- rrible.
hay d e eso.
ni u n a sola v e z . te, s u a v e m e n t e . HELMER.—Nora, te lo conozco SEÑORA L I N D E . — ¿ Q u é e s p e r a s ?
HELMER.—No e s t a ñ a de m á s q u e NORA.—¡Imposible! en ios ojos. H a y ahí una carta suya NORA.—No l o c o m p r e n d e r í a s . V é
lo h i c i e r a s . HELMER.—Menos p r i s a , Nora. para mí. c o n e l l o s . V o y al i n s t a n t e .
NORA.—SÍ. T o r v a l d o , e s indis- NORA—Al c o n t r a r i o : e s o es W N O R A . — ( S e queda un momento
NORA.—No sé. C r e o q u e sí; p e r o
p e n s a b l e . P e r o n o p u e d o b a i l a r sin que hace falta. . e s n e c e s a r i o q u e n o leas n a d a d e inmóvil. como para reconcentrarse
ti. M e h e o l v i d a d o . H E L M E R — N o , n o , n o está bien. e s o a h o r a . N i u n a s o m b r a d e b e in- en sí misma. Después mira el reloj.)
HELMER—¡Vaya! Ensayaremos. N O R A . — (Riendo y agitando el terponerse entre nosotros mientras Son las cinco. H a s t a media noche,
NORA.—SÍ. ¿ V e r d a d ? A l f i n v a s tamboril.) ¿ Q u é te d e c í a yo.' n o acabe todo. aiete h o r a s . D e s p u é s , v e i n t i c u a t r o
a ocuparte de mí. Torvaldo. ¿ M e lo RAN K . — P e r m í t a m e q u e m e PO"" horas hasta la m e d i a noche próxi-
R A N K . — ( E n voz baja, a Helmer.)
prometes? Estoy tan inquieta... m a . E n t o n c e s y a se h a b r á b a i l a d o
N o hay que contrariarla.
Esa reunión a la que d e b e m o s i r . . Levantándose^) Con la t a r a n t e l a . ¿ V e i n t i c u a t r o y s i e t e ?
H E L M E R . — ( A b r a z á n d o l a por la
m u c h í s i m o g u s t o : así p o d r é dingu Treinta y una. M e quedan treinta
¡Por esta noche, basta de negocios cintura.) Se h a r á c o m o q u i e r e l a
y u n a h o r a s de vida.
i de papeles! ¿ E h ? ¿Quieres? la m e j o r . . Inca _ niña. Pero m a ñ a n a . ., c u a n d o ha-
H E I M E R . - T C lo prometo Este (Rank se sienta al piano y ^ yas bailado H E L M E R . — ( D e s d e Ja puerta de la
n o c h e e s t o y e n t e r a m e n t e a t u dis- Nora baila cada vez mási wg NORA.—Serás l i b r e . izquierda.) ¿ P e r o q u é le p a s a a la
posición.. . . a l o n d r a chiquita, i Ahí mente. Helmer, cerca déla** LA CRIADA.—(Presentándose en la alondra chiquitita?
P e r o a n t e s d e b o v e r u n a c o s ^ (Se menea, le dirige de vez en cuan puerta de la derecha.) La señora N O R A . — ( A r r o j á n d o s e en sus bra-
dirige a ía puerta del vestíbulo.) está s e r v i d a . zos.) i A q u í está ya!
c o m o n á u f r a g o q u e se a f e r r a a u n abarca mi recuerdo, he trabajado.
leño. Es mi m a y o r y mi única alegría.
SEÑORA LINDE.—El p u e r t o d e sal- A h o r a estoy s o l a e n el m u n d o Sien-
v a c i ó n tal vez n o esté lejos. to u n a b a n d o n o , u n v a c í o e s p a n -
KROGSTAD.—Estaba a la v i s t a y t o s o . N o p e n s a r m á s q u e e n si mis-
vino usted a quitarme toda esperan- m o d e s t r u y e el e n c a n t o del t r a b a j o .
ACTO TERCERO z a d e l l e g a r a él. Sí, K r o g s t a d ; e n c u é n t r e m e p o r q u é
SEÑORA LINDE.—Fué sin s a b e r l o y para qué trabajar.
y o , K r o g s t a d . S ó l o h o y s u p e q u e le KROGSTAD.—No le c r e o , s ó l o v e o
i b a a r e e m p l a z a r el B a n c o . e n ello u n o r g u l l o d e m u j e r q u e se
KROGSTAD.—Le c r e o p o r q u e m e l o exalta y quiere sacrificarse
d i c e ; p e r o a h o r a q u e lo s a b e , ¿ n o SEÑORA L I N D E . — ¿ M e c o n o c i ó us-
K S ^en Ä
el piso superior.
Ä Ä Ä renunciará usted? ted j a m á s con exaltaciones?
SEÑORA L I N D E . — N o ; n o le servi- KROGSTAD.—¿Podría u s t e d h a c e r
ría de n a d a . lo q u e d i c e ? ¿ C o n o c e u s t e d t o d o
KROGSTAD.—¡Bah! S i n e m b a r g o , mi pasado?
y o e n su l u g a r l o h a r í a . SEÑORA LINDE.—SÍ.
SEÑORA L I N D E . — A p r e n d í a o b r a r KROGSTAD.—¿Conoce usted mi
r a z o n a b l e m e n t e . L a v i d a y la d u r a r e p u t a c i ó n , lo q u e d i c e n d e m í ?
u n a m u j e r sin c o r a z ó n a b a n d o n a al necesidad me lo enseñaron. SEÑORA LINDE.—Si n o le e n t e n d í
SEÑORA LINDE.— (Mirando el re- h o m b r e q u e l a q u i e r e c u a n d o se
KROGSTAD.—Y a m í ¡a v i d a m e m a l , u s t e d d i j o h a c e p o c o q u e yo
loj ) N o v i e n e . Es m u y t e m p r a n o p r e s e n t a u n p a r t i d o m á s ventajoso.
enseñó a no fiarme de palabras. hubiera podidó salvarle.
t o d a v í a . C o n tal que.. . (Escucha.)
SEÑORA L I N D E . — ¿ C r e e u s t e d que SEÑORA LINDE.—Y f u e u n a b u e - KROGSTAD.—Estoy s e g u r o .
¡Ah! Es él. (Sale al vestíbulo y abre no tengo corazón? ¿ C r e e usted n a l e c c i ó n . P e r o , ¿ d e l o s a c t o s se SEÑORA L I N D E . — ¿ N o p u e d e re-
suavemente la puerta: se oye subir q u e n o s u f r í al r o m p e r ? fía usted? c o n s t r u i r s e el p a s a d o ?
por la escalera con precaución. En KROGSTAD.—¿De v e r a s ?
voz baja.) E n t r e u s t e d Estoy sola KROGSTAD.—¿Qué quiere usted KROGSTAD.—¡Cristina! ¿Ha re-
SEÑORA LINDE.—¿LO c r e y ó usted decir? flexionado usted sobre lo q u e dice?
KROGSTAD.— (Desde la puerta.)
R e c i b í su c a r t a . ¿ Q u é q u i e r e d e c i r / realmente, Krogstad? SEÑORA LINDE.—Usted d i j o q u e Sí, e n s u s o j o s l e o q u e sí. ¿ T e n d r á
SEÑORA LINDE.—Es a b s o l u t a m e n - KROGSTAD.—Si n o h u b i e r a sido era n á u f r a g o aferrado a u n leño. usted, pues, valor?
te n e c e s a r i o q u e le h a b l e . así, n o m e h u b i e s e e s c r i t o , c o m o lo KROGSTAD.—Tengo e x c e l e n t e s ra- SEÑORA L I N D E . — N e c e s i t o ser m a -
KROGSTAD.—¿De v e r a s ? ¿ Y es ne- z o n e s p a r a h a b l a r así. d r e p a r a a l g u i e n , y s u s h i j o s nece-
HI
"SEÑORA LINDE.—NO p o d í a hacer SEÑORA LINDE.—-También y o soy sitan ama madre. Algo también nos
c e s a r i o q u e la e n t r e v i s t a se c e l e b r e
o t r a c o s a . Q u e r i e n d o r o m p e r , tenia c o m o n á u f r a g o aferrado a u n leño: i m p u l s a a l u n o j u n t o al o t r o . T e n -
aquí? ,, la o b l i g a c i ó n d e a r r a n c a r d e su co- nadie a quien consagrarme, nadie go f e e n lo q u e n a y e n el f o n d o d e
SEÑORA LINDE.—NO p o d í a reci- r a z ó n t o d o l o q u e u s t e d sentía por que tenga necesidad de mí. su a l m a , K r o g s t a d . . . C o n usted n o
b i r l e en m i c a s a . N o t e n g o e s c a l e r a tendré miedo de nada.
KROGSTAD.—Usted l o q u i s o .
d e s e r v i c i o . V e n g a u s t e d . A q u í esta- ^ K R O G S T A D . — ( F r o t á n d o s e las ma- SEÑORA L I N D E . — N o p o d í a elegir. KROGSTAD.—(Cogiéndole las ma-
r e m o s s o l o s . L o s H e l m e r e s t á n e n el nos.) ¡ A h ! ¡Así es! Y e n el fondo, KROGSTAD.—¿Qué quiere usted nos.) Gracias, Cristina, gracias
baile de los vecinos del segundo. n o e r a m á s q u e u n a c u e s t i ó n de ai decir? A h o r a se t r a t a d e r e i v i n d i c a r m e a
KROGSTAD. — (Entrando.) tHoia.
SEÑORA LINDE.—¿Y si los d o * los o j o s del m u n d o y s a b r é h a c e r l o .
¡Hola! ¿ L o s H e l m e r bailan esta " T E Ñ O R A L I N D E . — N o d e b e usted ¡Ah! Pero o l v i d a b a . . .
n á u f r a g o s se d i e r a n la m a n o ? ¿ Q u é
noche? ¿ D e veras? , . , olvidar que entonces tenia madre y
piensa usted, Krogstad? SEÑORA LINDE. — (Escuchando.)
SEÑORA L I N D E . — ¿ Q u é t i e n e d e d o s h e r m a n o s p e q u e ñ o s q u e man
KROGSTAD.—¿Qué quiere usted ¡ P s i t ! ¡ L a t a r a n t e l a ! ¡Salga u s t e d !
particular? tener. N o p o d í a m o s esperarle ¡Salga u s t e d p r o n t o !
decir?
KROGSTAD.—Nada. t o n c e s u s t e d n o t e n í a m á s q u e es- KROGSTAD.—¿Por q u é ?
SEÑORA L I N D E . — ¿ N o e s m e j o r
SEÑORA L I N D E . — B u e n o , K r o g s t a d , peranzas muy remotas.
reunirlos en u n mismo leño? SEÑORA L I N D E . — ¿ O y e u s t e d esa
tenemos que hablar. ' K R O G S T A D . S e a ; p e r o n o tenia
KROGSTAD.—¡Cristina! m ú s i c a ? C u a n d o a c a b e el b a i l e ven-
u s t e d d e r e c h o a r e c h a z a r m e p° r drán.
KROGSTAD.—¿Los d o s ? ¿ Q u é te- SEÑORA L I N D E . — ¿ Q u é r a z ó n c r e e
nemos que decirnos? usted que me conduce aquí? KROGSTAD.—Entonces me voy
SEÑORA L I N D E . — M u c h a s c o s a s S E Ñ O R A L I N D E . — N o lo sé. A ve- T a n t o más c u e n t o que todo esto
KROGSTAD.—¿Ha p e n s a d o usted
KROGSTAD.—No i o h u b i e r a c r e í d o . ces l o h e d u d a d o h a sido inútil. U s t e d i g n o r a m i p a s o
en m í ?
SEÑORA LINDE.—Es q u e usted KROGSTAD.—(Bajando la voz.) c o n t r a los H e l m e r .
SEÑORA L I N D E . — N e c e s i t o t r a b a j a r
nunca me ha comprendido C u a n d o la p e r d í , m e p a r e c i ó l e SEÑORA LINDE.—Se e q u i v o c a us-
p a r a s o p o r t a r la e x i s t e n c i a E n to-
KROGSTAD.—No e r a ciffícil d e s u e l o m e faltaba. M í r e m e u s t e d . ^ t e d . K r o g s t a d . lo c o n o z c o
d o s los d í a s d e m i v i d a , e n c u a n t o
o m p r e n d e r : sucede todos los días:
(Vase por la puerta Je entra- SEÑORA LINDE.—(Cogiendo la la-
KKOGSIAD - C Y tiene u*ted el va- da La del vestíbulo queda abier- garla p o r f u e r z a a a b a n d o n a r el
bor que le alarga el señor Helmir.)
l0
S E t o R A L I N D E - S é «DONDE P U -
de Uevar la desesperación a u n
úziJZ-^zsr, baile
NORA — ¡ A h ! ¡Torvaldo. te arre-
pentirás d e n o h a b e r m e concedido
n i siquiera media h o r a m á s !
Gracias. Yfl m e olvidaba.
HELMER.—¿Hace usted p u n t o d a
aguja?
s r i i O h ! iSi pudiera re- HELMER—Ya l o oye usted seño- SEÑORA LINDE.—SÍ.
r a . H a b a i l a d o la tarantela; h a te- HELMER.—Debía usted b o r d a r .
usted- su n i d o u n éxito loco y merecido, a u n - SEÑORA LINDE.—¿De v e r a s ? ¿ P o r
un hogar que dirigir »Con qué
c a r t a a ú n está en el b u z ó n . q u e h a puesto tal v e z d e m a s i a d a q u é ?
afán trabajaré! n a t u r a l i d a d , quiero decir, algo m á s HELMER.—Es m á s b o n i t o . M i r e
KROOSTA D .-¿Está usted s e g u r é Ahí están . P r o n t o el abrigo.
(Coge el sombrero y el abrigo, d e l o q u e exigían las reglas estric- usted: así, c o n la m a n o izquierda,
SEÑORA LINDE—LO sé; tas del arte; pero, e n f i n , lo esen- coge usted el b o r d a d o y m a n e j a us-
Se óyela voz de Helmer , ta*
cial es q u e h a t e n i d o u n éxito, u n ted c o n la d e r e c h a la a g u j a , así.
Nora; una llave gira y Helmer
éxito colosal. ¿ D e b í a d e j a r l a allí ¿ V e usted la curva q u e se f o r m a ,
us ed s X V a Z amiga . t o d o hace entrar a Nora casi por¿un-
d e s p u é s ? H u b i e r a p e r d i d o p a r t e del larga y l i g e r a ? . . . ¿ E s v e r d a d ?
trance. M á s vale q u e lo confiese us- za Está ella en traje napolitano, efecto. i Q u i a ! Cogí el b r a z o d e la SEÑORA LINDE.—Es posible.
ted f r a n c a m e n t e . ¿ E s v e r d a d ? envuelta en una especie de mon- linda m u c h a c h i t a d e C a p r i ( d e m i HELMER.—Mientras q u e hacer
SEÑORA LINDE.. - Oiga usted tón; él, con frac y un dominó m u c h a c h i t a caprichosa, p o d r í a de- p u n t o d e aguja n o p u e d e ser m á s
Kro?stad: el q u e se h a v e n d i d o negro encima.) c i r ) , l a hice d a r la vuelta al salón, f e o . Fíjese usted: los b r a z o s pega-
u n a vez p a r a salvar a o t r o , n o vuel- NORA — ( E n la puerta, ríSidm saludos a d e r e c h a y a izquierda, y , dos al c u e r p o . . . , las a g u j a s y e n d o
j 0 , N o . n o . n o . N o quiero entrar c o m o dicen e n las novelas, la som- d e a r r i b a a b a j o y d e a b a j o arri-
ve a hacerlo. .
KROGSTAD.—Voy a reclamar mi Q u i e r o subir otra vez. n o quero b r a h e r m o s a desapareció. H a y q u e b a . . . , h a y algo d e c h i n o . . jChigU*
retirarme t a n t e m p r a n o . poner siempre algo d e efectismo e n c h a m p a g n e t a n alegre n o s h a n ser-
caria. HELMERS1—Vaya, q u e r i d a N o » . el desenlace, señora L i n d e , y esto es vido!
SEÑOUA LINDE. NO
NORA.—Te lo suplico. Torvaldo lo que n o puedo hacer comprender a
KROGSTAD.—Sí: es sencillo Espe- SEÑORA LINDE.—Gracias, N o r a , y
l e lo suplico. U n a hora nada mis. N o r a . ¡Uf! ¡ Q u é calor hace aquí!
r o la llegada d e H e l m e r y le digo HELMER—Ni u n minuto, mor* (Arroja el dominó en una silla y n o seas testaruda.
q u e quiero rehacer mi carta .. que sima Norita. Y a sabes lo tratada abre la puerta de su habitación.) HELMER.—Bien dicho, señora
n o t r a t a m á s q u e d e m i ^ s a n t i a . ^ . V a y a , e n t r a , vas a tomar frío ahi / C ó m o ? ¿ N o h a y luz? ¡Ah! E s ver- Linde.
q u e n o le i m p o r t a nada su lectura. f u e r a . (La hace entrar, a pesar de su dad. C o n su permiso. (Entra y en- SEÑORA LINDE.—Buenas noche*,
q
SEÑORA DNDE.~NO, Krogstad. ciende las bujías.) señor director.
' Usted n o p e d i r á la carta SEÑORA*" LINDE.—i Buenas noches! H E L M E R . — ( A c o m p a ñ á n d o l a hasta
KROGSTAD.—-Pero, h a b l a n d o fran- NORA.—(En voz muy baja, preci- la puerta.) Buenas noches. Buenas
NORA.—¡Cristina!
camente.. ¿ n o m e hizo usted venir pitadamente.) ¿Qué? noches. S u p o n g o q u e s a b e usted el
HELMER.—*¿Cómo, la señora Lirv camino. Y o quisiera. . , p e r o está
p a r a eso? ' . SEÑORA LINDE.—(En voz baja.)
d e ? ¿Usted aquí, t a n tarde t a n cerca. (Cuando se ha ido cierra
SEÑORA LINDE.—En el p r i m e r mo- Le he hablado.
SEÑORA LINDE.—-Perdóneme us- la puerta y vuelve.) iMuy b i e n !
m e n t o d e alarma, sí- Pero h a n trans- ted: ¡tenía tantos deseos de ver NORA.—¿Y q u é ?
SEÑORA LINDE.—Nora. . . h a y esta ¡Por f i n se marchól Es m u y pesada
c u r r i d o veinticuatro h o r a s y e n ese mujer.
tiempo h e visto pasar aquíi cosas
» o * q u e decírselo todo a t u m a r i d o . NORA.—¿Estás m u y cansado, T o r -
increíbles. E s necesario q u e H e l m e r NORA.—(Con voz agonizante.) Ya
l o sabía. valdo?
lo sepa todo. Ese misterio fatal debe SEÑORA LINDE.—NO tienes n a d a HELMER.—No, a l contrario.
disiparse. T i e n e n q u e explicarse, ciadamente demasiado tarde.. i® q u e temer d e Krogstad, p e r o debes NORA.—¿Tienes s u e ñ o ?
basta d e t a p u j o s y d e c r e d o s bias subido ya y n o m e quise roa HELMER.—No: al revés, estoy
hablarle.
char sin verte. ¿„ NORA.—No le h a b l a r é . desvelado. ¿ Y t ú ? P a r e c e q u e estás
KROGSTAD—Buenc, si usted c*r- HELMER. (Quitando el maní SEÑORA LINDE.—La c a r t a h a b l a r á c a n s a d a y q u e tienes sueño.
de Nora.) Pues mire usted Me P por ti. . „ . . NORA.—Sí, estoy m u y c a n s a d a .
hay C < algo 3 q u e ^ p u e d o h a c e r y ^ rece q u e vale
sa ¿ n o es v e r d a d , señora Linoe
^ NORA — G r a c i a s , Cristina Y a sé lo A h o r a estoy segura d e q u e m e d o r -
miré en seguida.
¡Aprisa! ¡ V á y a s e ! . . A c a b ó el bai- q u e d e b o hacer ¡Psit!
SEÑORA LINDE.—De veras. HELMER.—Ya l o ves. T e n í a ra-
le- va n o estamos seguros. HELMER.-Maravinosamene^ HELMER.—(Entrando ) ¿ Y q u é , zón n o q u e r i e n d o q u e permanecie-
KROGSTAD.-La espero a b a j o . señora. la h a a d m i r a d o usted y a ? ras m á s t i e m p o allí.
mosa. ¿ n o es verdad"? * SEÑORA LINDE.—SÍ; y ahora les
SEÑORA L I N D E - B u e n o Me acom- ban todos. Pero . q u é ^ s t a n i o NORA.—Siempre tienes razón e n
p a ñ a r á usted hasta m . casa deseo b u e n a s noches. t o d o l o q u e haces.
esta nínita m i m a d a ! ¿ Q u e * »
K R O G S T A D - Nunca he sido t a n creerme? Casi h e tenido que HELMER—¿Ya? ¿ E s d e usted HELMER.—(Besándola en la fren-
dichoso como hoy esta l a b o r ?
l=>¿ ¿<2 5 3

te.) La a l o n d r a e m p i e z a a h a b l a r ti. C u a n d o te vi e n l a t a r a n t e l a per- I


haber estudiado algún caso clínico cigarro, uno de tus habanos ma-
c o m o u n ser h u m a n o P e r o , o y e ¿ T e seguir y p r o v o c a r . , s e n t í arder
m i s a n g r e , n o p o d í a contenerme y hoy. duros.
haL f i j a d o q u é alegre e s t a b a R a n k RANK.—SI. HELMER.—Con el m a y o r p l a c e r .
e-ta noche? p o r e s o te a r r a s t r é t a n p r o n t o . . .
NORA.—¡Vete, T o r v a l d o ! Debe H E L M E R . — ¡ H o l a ! ¡ H o l a ! ¡ N o r a la (Presentándole la caja.)
N O R A — ¿ D e v e r a s ? N o t u v e oca- c h i q u i t í n a h a b l a n d o d e c a s o s clí- R A N K . — (Cogiendo un cigarro y
dejarme No quiero.
_sión d.e h a b l a r l e nicos! cortándole la punta.) Gracias.
HELMER.—¿Q^é d i c e s ? ¿ T e bur-
H E L M E R — T a m b i é n yo hablé muy NORA.—¿Y se le p u e d e f e l i c i t a r N O R A . — ( E n c e n d i e n d o un fósfo-
l e s d e m í . querida N o r a ? ¿Dices
poco, pero hace mucho tiempo que c^ue n o quieres? ¿ N o soy tu ma- p o r el r e s u l t a d o ? ro.) P e r m í t a m e q u e le o f r e z c a f u e g o .
n o le v e í a d e t a n b u e n h u m o r . (La rido? R A N K . — S e g u r a m e n t e , sí. R A N K . — G r a c i a s . (Ella acerca el
contempla un momento y después ss (Llaman a la puerta de entra- NORA.—¿Un é x i t o ? fósforo y él enciende el habano.)
acerca.) | A h ! ¡ Q u é d e l i c i o s o e s re- da.) R A N K . — E l m a y o r p a r a el e n f e r - ¡Y a h o r a , a d i ó s !
g r e s a r al h o g a r , e s t a r s o l o conti- N O R A . — ( T e m b l a n d o . ) ¿Has oído? m o t a n t o c o m o p a r a el m é d i c o : l a HELMER.—Adiós, a d i ó s , m i q u e -
go;.hermosa y embriagadora H E L M E R . — ( P a s a n d o al vestíbu- seguridad. rido amigo.
mujer...: lo.) ¿ Q u i é n e s ? N O R A . — (Vivamente, queriendo NORA.—Que d u e r m a u s t e d b i e n ,
NORA.—No m e m i r e s a s í , T o r - EL DOCTOR R A N K . — ( D e s d e jue- adivinar.) ¿ L a seguridad? doctor Rank.
valdo. ra.) S o y yo. ¿ P u e d o entrar un mo- RANK.—La seguridad absoluta. R A N K . — L e d o y las g r a c i a s p o r
H E L M E R . — ¡ C ó m o n o voy a mi- mento? ¿ N o tenía, después, derecho a una su b u e n d e s e o .
r a r a m i tesoro m á s preciado! ¡Esta H E L M E R . — ( D e mal humor.) ¿Qué velada alegre? NORA.—Deséeme u s t e d igual a m í
b e l l e z a q u e es m í a , s ó l o m í a , t o d a q u i e r e ése a h o r a ? (En voz alta.) NORA.—Sin d u d a a l g u n a , d o c t o r . RANK.—¿A usted? Bueno. Ya que
mía! Espera. (Va a abrir.) H a c e s bien en HELMER — E s a es t a m b i é n mi opi- usted lo desea: q u e d u e r m a usted
N O R A . — ( C o l o c á n d o s e a! otro lúdo n o pasar por delante d e casa sin n i ó n , c o n tal q u e m a ñ a n a n o te b i e n . Y g r a c i a s p o r el f u e g o . (Los
de la mesa.) N o d e b e s h a b l a r m e a s í llamar. siente mal. saluda con una inclinación de ca-
esta noche. RANK — T o d o se p a g a e n la v i d a .
R A N K . — M e pareció oír tu voz y beza y vase.)
HELMER.—(Siguiéndola.) Tienes N O R A . — D o c t o r . . . , a u s t e d le de-
h e q u e r i d o entrar u n momento. H E L M E R . — ( E n voz baja.) H a be-
a ú n l a t a r a n t e l a e n ia s a n g r e , p o r b e n g u s t a r las m á s c a r a s . . .
(Echando una mirada en torno b i d o d e lo l i n d o .
lo q u e veo. Y así estás m á s seduc- RANK.—Sí. sobre todo cuando
suyo.) Este es el hogar tan querido, N O R A . — (Distraída.) Tal vez. .
t o r a . ¡ O y e ! L o s i n v i t a d o s se v a n . usan trajes grotescos.
tan f a m i l i a r . E n é f , M i c e s , tenéis (Helmer saca las llaves del bol-
(En voz más baja.) Nora, pronto NORA.—Oiga u s t e d . ¿ Q u é t r a j e lle-
p a z y bienestar. sillo y va al vestíbulo.)
t o d o c a l l a r á e n ta c a s a , v a r e m o s u s t e d y yo c u a n d o n o s e n -
NORA.—Así lo e s p e r o . HELMER.—Pues tú h a c e poco me NORA.—Torvaldo, ¿ q u é v a s a ha-
parece q u e n o te aburrías. c o n t r e m o s la v e z p r ó x i m a ? cer?
HELMER.—¿No es verdad, a m a d a HELMER.—¡Locuela! ¿ Y a p i e n s a s
N o r a ? C u a n d o e s t e m o s e n u n a reu- R A N K . — M e d i v e r t í a extraordina- H E L M E R . — Q u i e r o v a c i a r el bu-
riamente. ¿ Y p o r q u é n o ? ¿ P o r qué e n el p r ó x i m o d i s f r a z ?
n i ó n c o m o esta noche, ¿ s a b e s p o r z ó n D e b e e s t a r lleno. N o c a b r á n
n o gozar de t o d o ? A l m e n o s , tanto R A N K . — ¿ U s t e d y y o ? V o y a de-
q u é te h a b l o t a n p o c o , p o r q u é es- los periódicos m a ñ a n a por la ma-
v p o r t a n t o t i e m p o c o m o se pueda. cirlo: usted, de mascota.
toy tan alejado d e ti, contentándo- ñana.
E¡ v i n o e r a e x q u i s i t o . . . HELMER.—Muy "bien, p e r o inven-
m e con mirarte d§ vez en c u a n d o NORA.—¿Quieres trabajar esta
ta un traje m u y bonito de mascota.
d e reojo? ¿Sabes por q u é ? Porque HELMER.—Sobre t o d o , el cham- noche?
R A N K . — Q u e t u m u j e r se p r e s e n -
m e complazco en imaginar q u e eres pagne. HELMER.—Ya sabes que no.
te tal c o m o la v e m o s t o d o s los d í a s .
m i a m o r secreto, mi joven, m i mis- R A N X . — ¿ L o n o t a s t e también? Es ¿ Q u é es e s t o ? H a n a n d a d o e n la
HELMER.—¡Muy b i e n ! P e r o y t ú
t e r i o s a p r o m e t i d a , y q u e t o d o s ig- increíble lo que h e bebido. cerradura. . .
¿ q u é traje llevarás?
noran nuestro compromiso. N O R A . — T o r / a l d o t a m b i é n bebió NORA.—¿En la c e r r a d u r a ?
R A N K . — Y o , q u e r i d o a m i g o , ya lo
NORA.—Sí, sí, sí! Y a sé q u e to- m u c h o c h a m p a g n e e s t a noche. HELMER.—No h a y d u d a . ¿ Q u é
he decidido.
dos tus pensamientos v a n a mí. RANK.—¿De veras? significa esto? ¿ N o p u e d o creer q u e
HELMER—¿Cuál?
HELMER.—Y el m a r c h a m o s , c u a n - NORA.—Sí, y e s t o le h a c e ser muy los c r i a d o s . . . ? H a y u n trozo de
R A N K . — E n la p r ó x i m a m a s c a r a -
d o e c h o e¿ a b r i g o en t u s h o m b r o s divertido. horquilla. Nora, es de u n a horqui-
d a m e p r e s e n t a r é invisible.
f i n o s y juveniSes, c u a n d o c u b r o t u R a n k . — ¿ Y p o r q u é n o pasar UNA lla t u y a .
HELMER.—¡Qué bromista!
nuca maravillosa. «je figuro que v e l a d a a g r a d a b l e d e s p u é s d e un o»1 R A N K — H a y un gran s o m b r e r o . . . N O R A . — (Vivamente.) Ta! vez
e r e s m i j o v e n d e s p o s a d a , a u e aca- bien empleado? ¿ N o oíste h a b l a r d e u n s o m b r e r o s e a n los n i ñ o s . . .
b a m o s d e llega» d e ia b o d a , q u e HELMER.—¿Bien e m p l e a d o ? Hoy, q u e c o n v i e r t e e n i n v i s i b l e ? Se p o n e HELMER.—Debías quitarles esa
p o r p r i m e r a v e z te c o n d u z c o a m ; d e s g r a c i a d a m e n t e , n o m e puedo v* en l a c a b e z a y n a d i e n o s ve. costumbre. ¡Vaya! ¡Bueno! P o r fin
casa y q u e por vamos a estar nagloriar de esto. , H E L M E R . — ( C o n t e n i e n d o la risa.) se a b r i ó . (Saca lo que contiene el
solos yo solo c o n t i g o m¡ belle- R A N K —(Pegándole en la espa- S í , sí, t i e n e s r a z ó n . buzón y llama.) ¡Elena! ¡Elena!
z a iuvenas y t e m b l o r o s a En o d a 5a da i P e r o yo sí m e vanaglorio. A p a g u e la l u z d e la e n t r a d a . (En-
RANK.—Pero olvido por comple-
n o c h e n o hice m á s q u e s u s p i r a r p u r N o r a . — D o c t o r R a n k . Jsted t o a lo q u e vine. H e l m e r . d a m e u n tra y cierra la puerta del vestíbulo.)
no Quiero estar contigo, mi qbe-
HFIMER-— (Con las cartas.) Mira rida mi querida mujercita.
J E * , . ->
, o s sobres N O R A — - ¿ C o n la idea de la muerte NORA.—Es la verdad. T e amé HELMER.—No. N a é n ^ ' d e frases.
T u padre también tenía gran pro-
¿ Q u é es esto? _ más que a nada en el mundo.
-NORA.—(Desde la ventana.) lEsta V l m ® - T i a a e a razón. Nos ha HELMER.—¡Basta de tonterías! visión de ellas. ¿ D e qué me servi-
conmovido a los dos. Algo t e n ^ N O R A . — (Dando un paso hacia ría a mí que tú dejaras el m u n d o
Carta! Ño. no. Torvaldo. como dices? De nada. A pesar de
H E L M E R — D o s tarjetas de visi se ha deslizado entre nosotros la él.) ¡Torvaldo!
idea de la muerte y de 1.¡ disoluc ór. HELMER.—¡Desgraciada! ¿ Q u é te todo, podría él divulgar el hecho,
ta . . . de Rank. y en este caso, me creerían cómpli-
NORA.—¿Del doctor? Debemos librarnos de ella. Y hasta atreviste a hacer?
entonces, estaremos cada uno en NORA.—Déjame ir N o llevarás el ce de tu acción criminal. Podrían
H E L M E R . — (Mirándolas.) KAN*. creer que fui el instigador, que fui
nuestra habitación. peso de mi culpa, no responderás
por mi. yo el que te obligó. Y todo esto te
N O R A . — (Abrazándole.) iBuenw lo debo a ti. a ti. a quien he lleva-
noches, Torvaldo buenas noche t HELMER.—¡Basta de comedia! do en brazos a través de nuestra
Sa
N O R A . - ¿ Y hay algo escrito? H E L M E R . — (Besándola en la Jreiu (Cierra la puerta del vestíbulo.) Te vida íntima. ¿Comprendes ahora lo
H E L M E R — U n a gran cruz encuna te.) Buenas noches, pajanllo can o . quedarás y me darás cuenta de tus que has hecho?
actos. ¿Comprendes lo que has he-
del nombre. Mira. ¡Qué broma mós Descansa, Nora. Voy a leer las car- N O R A . — (Con calma y serenidad.)
cho? Di. ¿lo comprendes?
pesada! Es como si comunicara su t3S- (Pasa a su habitación llevá* NORA.—(Le mira con ironía cre- ¡Sí!
propia muerte. dose las cartas, y cierra la puer- ciente en la expresión y dice con HELMER.—Todo esto es tan in-
NORA.—Eso hace realmente. voz apagada:) Sí, ahora empiezo a creíble. que no me sé dar cuenta.
HELMER.—¿Cómo? ¿Qué sabes? N O R A — ( A tientas, en torno SUYO, comprender el fondo de las cosas. Pero es preciso reflexionar. ¡Quíta-
;Te ha dicho algo?
N O R A . — S Í . Las tarjetas significan
que se despide de nosotros para
siempre. Quiere encerrarse y morir.
H F L M E R — ¡ P o b r e amigo mío! Sa-
bía que no le conservaría mucho
i
con la mirada extraviada, coge e HELMER —
mente por la habitación.)
(Paseando

¡Ella, mi orgullo, mi alegría, una


nerviosa-
¡Qué te-
rrible d e s p e r t a r ! . . . ¡Ocho a ñ o s ! . . .

hipócrita, una e m b u s t e r a . . . . peor


te el abrigo! ¡Te digo que te lo qui-
tes! Necesito contentarle en una for-
ma o en otra. Se trata de enterrar
el asunto, cueste lo que cueste. Y
en nuestro hogar no debe haber
aún. una criminal! ¡Qué horrible cambio sensible. No se trata, claro
tiempo- Pero no creí que fuera tan fealdad hay en todo eso! ¡Qué ho- está, más que de las apariencias.
pronto. Va a ocultarse como ani- rror! Continuarás viviendo aquí, no hay
mal herido. , N O R A . — (Callada. continúa mirán- duda. Pero no podrás educar a los
NORA.—Si ha de suceder, más dole fijamente.) n i ñ o s . . . , no me atrevo a confiárte-
vale que suceda sin hablar una pa- HELMER.—(Parándose delante de los. ¡Ah! ¡Tener que hablar así a
labra ¿No es verdad Torvahio? lee No, no. aún no. Adiós, lorv* ella.) Debí prever que sucedería la que amé tanto y a .la que amo
HELMER.—(Paseando por la habí do! adiós a ti y a los nmos aleo de esto. Debí presentirlo. . ahora m i s m o ! . . . Pero todo esto
J X j Era casi d é l a f a m i l i a ^ N o (Se precipita a la PW«* Con la fragilidad d e principios de pasó. Es preciso olvidarlo. En ade-
puedo acostumbrarme a la idea de trada. En el mismo momento M tu p a d r e . . . . y tú heredaste esos lante. ya no existe felicidad posi-
no verle. Con sus sufrimientos con mer abre violentamente la de su principios. Sin religión, sin moral, ble. Se trata únicamente de salvar
su misantropía, constituía un fonoo habitación y se presenta con una sin ningún sentimiento del deber. los restos, los despojos, las aparien-
de sombra en el cuadro lleno de carta abierta en la mano.) ¡Oh! ¡Qué castigo sufro por haber cias. . . (Llaman a la puerta de en-
sol de nuestra felicidad. ¿Quién querido correr un velo sobre su con- trada.)
sabe si será mejor, al menos para ducta! Por ti lo hice y he. ahí mi HELMER. — (Estremeciéndose.)
él? (Se calla.) Y tal vez para nos- recompensa. ¿Quién será? ¿Tan tarde? ¡Horror!
otros también. Nora. Ahora debe- dices? ¿Sabes lo NORA.—Sí. he ahí tu recompensa. ¿Sería a c a s o . . . ? ¿Habría é l . . . ?
mos consagrarnos exclusivamente^ e HELMER.—Ahora has destruido ¡Escóndete, Nora! Di que estás en-
uno al otro. (La abraza) ,Ah! mi felicidad, has aniquilado mi por- ferma. (Nora no se mueve. Helmer
¡Amada mía! ¡Mujercita trna! iNun- venir. No puedo pensarlo sin estre- va a abrir la puerta.)
ca te abracé más fuertemente! mecerme. Estoy en poder de u n LA CRIADA.—(Medio vestida, en
¡Nora, a veces quisiera verte ame- hombre sin escrúpulos; puede ha- el vestíbulo.) Una carta para la se-
nazada por un peligro, para expo- ñora.
nlr mi vida, dar mi s a n g r e j , % ^ O M o
se.) No me salvarás. Torva«»
cer de mí lo que quiera, pedirme
HELMER.—Démela usted. (Coge
garlo todo, todo para protegerte! lo que se le antoje, mandarme, ma-
nejarme a su capricho. sin que pue- la carta y cierra la puerta.) S(^es
NORA.—(Apartándose, con voz fir- da desplegar los labios. Puedo ser de él. No te la daré. Quiero leerla.
me y resuelta.) Ahora lee las car- verdad! ¿Decía- verdad esta c j NORA.—Lee.
¡Qué horror! No, no. Es impo« reducido a la nada, hundido por ta
tas. Torvaldo. N o puede ser. ligereza de una mujer. HELMER.—(Acercándose a la lám-
HELMER.—No. no. esta noche NORA.—Cuando haya dejado el para.) Casi no me atrevo. Tal vez
m u n d o serás libi«. nos tenga cogidos al u n o y al otro.
en mí. encontrarás ayuda y direc- ENRIQUE 1BSSN
No es necesario que lo sepa (Abre ción No sería hombre si no fueras
vivamente la carta lee algunas li- doblemente seductora a mis ojos por acostado todavía? ¿Has vuelto a c o m p r e n d i d o . . . Habéis sido injus-
neas examina un papel metido en tu debilidad de mujer. Olvida las vestirte? tos conmigo, Torvaldo. Papá, pri-
el sobre y da un grito de alegría.' duras palabras que te he dicho en NORA.—(Que se ha puesto el tra- mero; después, tú.
¡Nora! . los primeros momentos de terror, je de diario.) Sí, Torvaldo; he vuel- HELMER.—¿Cómo? ¿Los dos?
NORA < Le pregunta con la mi- cuando creía que todo iba a hun- to a vestirme. ¿Pero quién te amó como nosotros?
dirse conmigo Te he perdonado. No- HELMER.—¿Por qué a estas ho- N O R A . — (Moviendo ¡a cabeza.)
rada. ; ras?
HE¡ MER —,Nora ¡No. volvamos ra te juro que te he perdonado. NORA.—Esta noche no pienso dor-
Vosotros no me habéis femado nun-
a leerla" Si eso es .Estoy salvado« NORA.—Gracias por tu perdón ca. Os ha parecido divertido estar
(Vase por la puerta de la izquier- mir. en adoración ante mí. Eso es todo.
¡Nora, estoy salvado! HELMER.-—Pero, querida N o r a . . .
da.) HELMER.—Pero. Nora, ¿qué quie-
NORA.—¿Y y o ?
quédate. (Lo si- NORA.—(Mirando ei reloj.) No es
H E L . M E R - — T ú también, claro está
HELMER—No,
tarde todavía. Siéntate, Torvaldo; re decir ese lenguaje?
gue con los ojos.) ¿Por qué te di,n- tenemos que hablar. NORA.—Así es, Torvaldo. Cuan-
Estamos salvados los dos. Mira l e
c*es a la alcoba? do estaba con papá, me exponía sus
devuelve el recibo. Lamenta, dice, HELMER.—Nora, ¿qué significa?
° N O R A . — ( D e s d e su alcoba.) PAFRA ideas que yo compartía. Si pensa-
se a r r e p i e n t e . . . Un acontecimien- Este s e r i e d a d . . .
quitarme este traje de máscara. ba otra cosa, me lo callaba. Le hu-
to feliz que va a cambiar su exis- NORA. — Siéntate. La entrevista
t e n c i a . . . ¡Ah!. poco importa lo H E L M E R . — (Cerca de la puerta, biera disgustado. Me llamaba su
será larga. Aún tenemos mucho que
que escribe. ¡Estamos salvados, que ha quedado entreabierta.) Bue- decirnos. muñequtía y jugaba c o n m i g j como
Nora! Nadie puede ya p e r j u d i c a r - no descansa; procura calmar tu es- HELMER.—(Sentándose enfrente jugaba yo con mis muñecos. Des-
te. ¡Ab! Nora, N o r a . . . No, des- píritu reponerte del susto, pajarito de ella.) Me asustas, Nora. No te pués vine a tu c e s e . . .
truyamos antes todos esos horrores. miedoso. Descansa tranquila; yo te comprendo. HELMER.—Hablas de nuestro ma-
Voy a ver. (Echa una ojeada ai re- protegeré bajo mis amplias alas NORA.—Es vérdad: nó me com- trimonio de un modo extraño.
cibo.) No, no quiero ver nada. Ha- (Paseándose, sin alejarse de la prendes y tampoco yb te había NORA.—(En el mismo tono.) Qui-
brá sido una pesadilla; eso es. puerta.) ¡Qué tranquilo y encanta- c o m p r e n d i d o . . . , hasta esta noche. se $ecsr que de las manos de papé
(Rompe ¡as dos cartas y el recibo, dor es nuestro hogar, Nora! Aquí No m e interrumpas. Escucha lo que pasé a las tuyas. Todo te lo arre-
lo arroja todo a la chimenea y mira estás segura. Te guardaré como pa- ' t e d i g o . . . . Se trata d e ajustar cuen- glaste a gusto tuyo y yo lo compar-
cómo arden los papeles.) »Mira. loma recogida, después de haberla tas. tía, o bien fingía, compartirlo, no
¡Todo ha desaparecido! Te escri- arrancado sana y salva de ias ga HELMER.—¿Qué pretendes? recuerdo ahora bien: tal vez ni una
bía que desde la víspera de Navi- rras del milano. Sabré apaciguar tu N O R A . — - (Después- de una pausa,) cosa ni otra; unas vece», una y otras
dad, " t ú . . . ¡oh! ¡Qué tres días de pobre corazón que palpita. Poco a "Ahítfa "UStamór Ifettt* a-frente, ¿ N ó veces, otjsa. Mirando hacia atrás,
prueba debes haber pasado. Nora! poco lo conseguiré; créeme, Nora te iíarffe lar 'aíeñciófTunar cosáT" " m e ' p a r e c e - q w he- divido como vi-
NORA.—He sostenido una lucha Mañana lo verás todo de distinta «• decir? - venJ o s pobres.».., aí día. H e yivido
violentísima en esos tres días. manera. Todo volverá a ser como d é l a » pirueta» que hacía por ti.
' N Ó B & M H % ¿ r l x h ¿ años que es-
HELMER.—Y te desesperabas. No fue No necesitaré repetirte cor. tamos' casados.. Reflexiona: ¿no e$ Torvaldo. Pero esto ie gustaba. T ú
veías otra salida q u e . . . No, no nos tantemente que te he perdonado, -o la p ^ I I Q ^ v e a ^ u e tos dos* tal COIRO y papá sois muy culpables respecto
acordaremos de todos esos horrores. misma lo comprenderás sin vacilar lótaoé,r&IrRío y mujer, h a b l a m o s d e mf. Vosotros tenéis la culpa si
Festejaremos nuestra libertad, repi- ¿Cómo puedes suponer que te re juntos seriamente? no sirvo para nada.
tiendo sin cesar: se acabó, se aca- chace o te dirija reproches? No sa H E L M E R ^ — S e r i a m e n t e , sí. ¿Qué HELMER.—Eres absurda, Nora,
bó. Escúchame, pues, Nora. Me pa- bes tú, Nora, lo que es. en verdad, q u i e r e ^ decir? absurda e ingrata. ¿ N o fuiste di-
rece que no lo comprendes: se aca- el corazón del hombre. ¡Hay para e< N O R A : — 0 ¿ £ a - años han pasa- chosa aquí?
bó. ¿Pero qué quiere decir esa se- hombre tal necesidad, tal contenta do . . . , y más aún, contando desde NORA.-—No. Creí serlo pero nun-
riedad? ¡Oh! Mi pobrecita Nora, miento en la conciencia cuando ha nuestro primer encuentro, y nunca ca lo fui.
c o m p r e n d o . . . No crees que te he perdonado verdaderamente en e* hemos sostenido una conversación HELMER.—¡Tú no h a s . . . , tú no
perdonado. Y, sin embargo, es ver- fondo del corazón! Es como una se seria sobre un asunto grave. has sido dichosa!
dad, Nora, te lo juro; todo io he «runda posesión, como una creación HELMER.—¿Debí acaso iniciarte NORA.—No. Fui alegre, nada más.
perdonado. Ya sé que lo que hiciste nueva; no se ve solamente a la mu en esas eternas preocupaciones que Eras muy cariñoso conmigo, pero
lo hiciste por amor mío. jer en el ser perdonado, se ve tam- no hubieras pooido disipar? nuestra casa no fue más que salón
NORA.—Es verdad. bién al hijo. Así me aparecerás ^ NORA.—No hablo de preocupacio- de fiesta. Fui en tu hogar la mu-
HELMER—Me amaste como una lo futuro, pobre criatunta extravia nes. Quiero decir que nunca, sea jer-muñeca, como antes, en el hogar
mujer debe amar a su marido. So- da, sin brújula. No temas nada por lo que fuere, hemos intentado de papá, fui la niña-muñeca. Y
lamente te equivocaste en ia elec- Nora Sé siempre franca conmigo > ver juntos el fondo, de las cosas. nuestros hijos fueron también mu-
ción de medios Perc i crees que voy yc seré a la ve* voluntad « con- HELMER.—Pero, querida Nora, ñecas para mí. Me parecía a mí di-
a amarte menos porque no sepas ciencia para ti . C ó m o ? , N o te has ¿era éss una ocupación para ti? vertido que tú jugaras conmigo,
guiarte tú misma'' No. no apóyate NORA.—¡Eso esl Nunca rae has como a ellos les parecía divertido
CASA DE MUFIECAS-ACTO TERCERO
como tantas otras. Veré si el pas- se.) ¿ D e esto también estás perfec-
tal Allí encontraré fácilmente un
que YO jugara con ellos. Asi fue tor decía la verdad o, por lo me- tamente c o n v e n c i d a ?
medio de vivir. jios, si. lo que decía era verdad con NORA.—Absolutamente. Y p o r eso
nuestra unión. Torvaido. HELMER.—¡Estás ciega, pobre m relación a mí.
HELMER.—Hay algo de verdad n o quiero permanecer a q u í .
sin experiencia! HELMER.—¡Parece increíble que H E L M E R . — ¿ Y puedes explicarme
en lo que dices, aunque exageras y NORA.—Ya procuraré crearme la esio lo diga una joven! Pero si la
añades demasiado. Pero en el P ° - cómo perdí tu a m o r ?
experiencia. Torvaido. religión no puede guiarte, deja al NORA,—Sí. Fue esta noche cuan-
venir todo cambiara. A c a b ó la hora HELMER—¡Abandonar tu hogar,
menos que sondee tu conciencia. do vi q u e no se realizaba el prodi-
de recreo y empieza la hora de la tu marido, tus hijos! ¿No piensas en Porque supongo que por lo menos gio esperado. Entonces c o m p r e n d í
t ^ L a educación? ¿Cuál? lo que dirán? posees sentido moral. ¿O tal vez que n o eras el h o m b r e q u e imagi-
NORA—No puede detenerme eso. careces de él? Contesta. naba.
; La mía o la de los niños- Solo sé que para mí es mdispea-
HELMER.—Una y otra, querida NORA.—Mira, Torvaido, me es di- HELMER.—Explícate. N o te en-
SA fícil contestar. No sé nada. No pue- tiendo.
H E L M E R . - i O h ! ¡Es irritante! Vas do entender nada de eso. Sólo sé NORA:—Durante o c h o años he es-
N
N o R A - l B a h ! No eres. Torvaido, a traicionar los deberes más sagra- una cosa: que mis ideas difieren en- perado con paciencia. Ya sabía yo
capaz de educarme para convertir- teramente de las tuyas. Acabo de que los milagros n o se realizan to-
d
me en una esposa como es debido. °NoRA.—¿Qué consideras tú como comprender que las ¡eyes no son lo dos los días. Por fin, llegó la hora
HELMER.—¿Y tú dices eso? deberes más sagrados? que yo creía, pero lo que no me de angustia. Entonces pensé con
NORA.—Igual que yo. tampoco HELMER. - ¿Necesito decírtelo? cabe en la cabeza es que esas leyes seguridad que iba a realizarse el
estoy preparada para educar a mis ¿No son los deberes hacia tu ma- sean justas. ¡Una mujer no tiene milagro. Mientras la carta de Krogs-
hijos... rido y tus hijos? derecho a evitar un disgusto a su tad estuvo en el buzón n o pensé
HELMFCR.—¡Nora! NORA.—Tengo otros tan sagrados anciano padre moribundo, ni a sal- ni por un m o m e n t o que h u b i e r a s
NORA.—¿N© decías hace poco como ésos. . - . var la vida de su marido! Esto no p o d i d o . doblegarte a las exigencias
que era una labor que no te atre- HELMER.—No los tienes. ¿Luí- puede hacerse. de ese h o m b r e . Creía f i r m e m e n t e
vías a confiarme? les 7 HELMER.—Hablas como un niño. que t ú . l e dirías: Vaya usted y pu-
ÑORA.—Los deberes conmigo mis- blíquelo todo. Y al realizarse e s t o . . .
HELMER.—:Lo dije en un momen- No. comprendes nada de la socie-
to de enfado. ¿Quieres ahora recor- M dad de que formas parte. HELMER:—¿Crefstfe que entregaría
HELMER,-Ante todo eres esposa mf m u j e r a 4a vergüenza y al des-
NORA.—No. no comprendo nada.

N o R A - N o , por Dios. Pero tenías y madre. . f Pero quiero averiguar quién tiene preció p ú b l i c o ? . . .
razón. Es una labor superior a mis NORA.—No lo creo yo así. Ante razón, si la sociedad o yo. NORA.—Y c u a n d o se hubiera rea-
fuerzas- Hay otra que Jebo realizar todp soy ser humano con igual de- . n z a d ^ e s t a b a c o m p l e t a m e n t e segu-
recho Que tú, o por lo menos debo HELMER.—Estás enferma? Nora,-
antes. Quiero educarme a mi mis- tienes fiebre. Hasta liego a creet^ ra q u e ibas a presentarte a cargar
ma. Tú no puedes facilitarme este intentar serlo. Sé que la mayor p« c o n la? responsabilidad y a decir:
te de los hombres te darán la * que has perdido la razón.
trabajo. Lo d e b o -emprender so^a. "Soy el culpable.
zón, Torvaido. y que esas ideas sn NORA.—Me encuentro esta noche
Püir eso quiero dejarte. con más lucidez y más seguridad HELMER.—¡Nora!
dan impresas en libros. Pero yo no N O R Á ^ — V a s a decir q u e no hu-
H E L M E R . — {Levantándose de un he de guiarme por lo que dicen los en mí misma que nunca.
biera, a c e p t a d o «estfr sacrificio. Cla-
salto.) ¿Qué dices? hombres ni por lo que imprimen en H E L M E R . — ¿ Y con esta seguridad
ro está. ¿ P e r o qué hubiera signifi-
NORA.—Necesito estar sola para los libros. Necesito yo misma tor y esta lucidez abandonas a tu ma- cado mi a f i r m a c i ó n . e n f r e n t e de ¡a
dsrme cuenta de mí misma y de marme mis ideas y procurar darme rido y a tus hijos? t u y a ? ¡§í! ¡í-se era el milagro q u e
todo lo que me rodea. Asi no puedo exacta cuenta de todo NORA.—SÍ.
esperaba c o n t é r r o í l Y p a r a impe-
quedarme a tu lado. HELMER.-¿Qué? ¿No te f HELMER.—Esto no tiene más que dirlo quería - morir.*
HELMER.—¡Nora! ¡Nora! cuenta de tu sitio en d hogar ' una explicación. H E L M E R . ^ - C O ¡ V alégría, N o r a , hu-
NORA.—Voy a marcharme en se- tienes una guía infalible, la rea NORA.—¿Cuál? biera t r a b a j a d o p o r ti n o c h e y día.
guida. Me refugiaré en casa de Cos- gión, para orientarte? HELMER.—¿No me amas ya? T o d o lo hubiera s u f r i d o a gusto,
tina esta noche NoRA.-¡Ay, torvaido'. ¿Y si NORA.—Eso es: ése es el secreto disgustos y preocupaciones. P e r o
HELMER.—¡Estás loca! N o tienes dijera que no sé. exactamente lo q " de todo. nadie ofrece el h o n o r al ser q u e
derecho a irte. 7 e lo prohibo. es la religión? HELMER.—¡Nora! jY me lo dices ama.
NORA Ya no puedes orohibirme HELMER.—¿No sabes lo que « así . . ! NORA.—Millares de m u j e r e s lo
ñadí;. Me llevo lo que es mío. De NORA.—Respecto de ese NORA.—Me da m u c h a pena, Tor- han.hecho.
ti no quiero tener nada, ni ahora lar no sé más que lo q u e ® ^ vaido, p o r q u e siempre fuiste b u e n o HELMER.—Piensas como un n i ñ o
ni nunca. , ... .
HELMER—¿Qué significa esta lo- el pastor Hanser al prepararme g j
la confirmación: la relinón «» « g ?ara mí. Pero n a d a p u e d o hacer,
a n o t e quiero.
y hablas igual q u e piensas.
NORA.—Sea. Pero t ú n o piensas
CU la religión es l o o t r o . ^ a n ^ g H b l m e r . — ( P r o c u r a n d o dominar* así y n o hablas como el h o m b r e al
Nora.—Mañana partiré para mi
cata; quiero decir para mi pa*s sola y libre, estudiaré esta cues»
HELMER.—¿Cuál? (Vase por la puerta de en-
c u a l h u b i e r a p o d i d o seguir. U n a vez HELMER.—¿Pero algún día trada.)
NORA.—Seria n e c e s a r i o q u e los
tranquilo, no sobre el peligro que Nora algún día? H E L M E R . — (Dejándose caer en
d o s n o s t r a n s f o r m á r a m o s en u n gra-
corría -yo. s i n o s o b r e el q u e p u d i e - NORA.—¿Qué q u i e r e s q u e te con- una silla, cerca de la puerta, y cu-
do t a l . . . Pero, desgraciadamente,
ras correr tú mismo, lo olvidaste t e s t e ? N o sé lo q u e será d e mí. T o r v a l d o , ya n o creo en los mila- briéndose el rostro con las manos.)
todo. Vuelvo a ser el pajurillo can- HELMER.—Pero, s u c e d a lo que gros. ¡Nora! ¡Nora! (Levanta la frente y
tor. la muñeca que estabas dispues- s u c e d a , s i e m p r e serás m i m u j e r . HELMER.—Pues yo sí quiero mira en torno suyo.) ¡Se ha ido!
to a llevar en brazos, como antes, NORA.—Oye. T o r v a l d o : cuando creer. Dilo. D e b í a m o s t r a n s f o r m a r - ¡Se ha ido! (Con esperanza nacien-
con mayores precauciones porque una mujer abandona el domicijio n o s en un g r a d o tal q u e . . . te.) ¿ E l m a y o r de los m i l a g r o s ?
has tenido pruebas de su fragilidad. conyugal, como yo lo hago hoy, las NORA.—Que n u e s t r a u n i ó n f u e s e (Se oye el ruido de la puerta
(Levantándose.) Escucha. Torvaldo. leyes, según me han dicho, desligan un matrimonio verdadero. Adiós. de la casa, que se cierra.)
Desde aquel momento me parece al marido de todo deber para con
que he vivido ocho años en esta
casa con un extraño y que he teni- ella. En todo caso, yo te doy plena
do tres hijos. . . ¡No quiero ni pen- libertad. No necesitas considerarte
sarlo! ¡De buena gana me destro- ligado, como tampoco yo he de con-
FIN DB
zaría yo misma en mil pedazos! siderarme así. Libertad entera por
ambas partes. Toma: tu anillo. De- «CASA DE MUÑECAS»
H E L M E R . — (Con voz apagada.) vuélveme el mío.
Ya veo que, desgraciadamente, un HELMER.—¿También eso?
abismo nos separa Pero dime, NORA.—Sí.
Nora, si hay al»ún medio de sal- HELMER.—Toma.
varlo. NORA.—Gracias. Ahora todo aca-
NORA.—Tai como soy, no puedo bó. Dejo las llaves allí. Por lo que
ser tu mujer. respecta al manejo de la casa, la
HELMER.—Tendré fuerza de vo- criada lo sabe lo sabe mejor
luntad para transformarte.
que yo. Mañana, después de mi
NORA.—Ta! v e z . . . , si te quitan
la muñeca. marcha, Cristina vendrá a arreglar
en una maleta todo lo que traje a,
HELMER.—¡Separamos!... ¡Sepa- venir aquí. Quiero que me lo en-
rarme de ti! No, no, Nora, no pue-
do acostumbrarme a esa idea. víen.
HELMER.—¡Todo acabó! ¿No que-
NORA.—(Dirigiéndose a la puerta
de la izquierda.) Razón de más para rrás nunca ya pensar en mí?
acabar cuanto antes. NORA.—Pensaré en ti con frecuen-
(Sale y vuelve con sombrero y cia, naturalmente, y en los niños y
abrigo y un saquito de mano, en Sa casa.
que coloca sobre una silla cerca H E L M E R . — ¿ P u e d o e s c r i b i r t e , No-
de la mesa.) ra?
HELMER.—Ahora n o , N o r a ; aho- NORA.—¡No! ¡ N u n c a ! T e l o pro-
ra no. Espera a mañana. hibo.
NORA.—(Poniéndose el abrigo.) HELMER.—Pero y o p o d r é enviar-
No puedo pasar la noche en casa te...
de una persona extraña. NORA.—Nada. N a d a .
H E L M E R . — ¿ Y no podemos seguir H E L M E R . — A y u d a r t e , si l o nec©-
viviendo juntos como hermano y sitas.
hermana?
NORA.—No. T e d i g o q u e n o . No
N O R A . — (Sujetándose el sombre-
ro.) Demasiado sabes que no po- a c e p t o n a d a d e u n a p e r s o n a ex-
dría durar mucho. (Echándose el traña.
chai sobre los hombros.) Adiós, HELMER.—Nora . . . ¿ N o seré pa-
Torvaldo. No quiero ver a los ni- r a ti n u n c a m á s q u e u n o persona
ños. Sé que están en mejores manos extraña?
que las mías. Tal como soy actual- NCRA.—(Cogiendo d mawtn.)
m e n t e . . . , no puedo ser para ellos ¡ O h ! T o r v a l d o , sería n e c e s a r i o
U32E madre. ello el m a y o r d e los m i l a g r o s * . -
EL CHATO BARRIOS
Angel de Campo (1868-1908)
Angel de Campo (Micrós)
Novelista y c u e n t i s t a naci<5 y « 1 ? en la Ci>
El salón de nuestra ciase estaba inco- a la mesa, u n inspector escolar, q u e siempre
de « x i c o Estudié un año en l a escuela de Medicina, :¡b!e, salón d e escuela d e barrio, q u e , presidía el acto y era el gran personaje.
Í 7a Secretaria de Hacienda, fue. profesor de Literatura en i :ias a muebles alquilados, había perdido 7 Llegaban las familias sin q u e nadie se
apsecto lamentable de o t r a s veces. El
moviese; señoras, papas de ruidosos zapatos
^ P r e p a r a t o r i a y ademas p e r i o d i s t a ^ i, y las ramas de ciprés, colocadas profu-
y q u e cruzaban sobre la barriga las manos y
ite a lo largo d e las manchadas paredes;
t a s publicC crónicas y cuentos con e l s e u M n i » de Txck Tad leras tricolores de papel y águilas emple- se acariciaban las rodillas; niñas de p r o f u s o s
para fiestas cívicas, servían de altar a rizos y vestidos de lana . . . Las personas
s p u Í u t i l i . 6 e l seudónimo de Micr6s, con el que ^ s j retratos d e Hidalgo, Juárez y o t r o s distinguidad eran invitadas por el señor
Quiroz para t o m a r asiento en la primera fila.
cido Con su material l i t e r a r i o se f o c a r o n t r e s libros, to
8 Sordo y elocuente murmullo se levanta-
y Apuntes Cosas Vistas y su novela "La Con» nove Barrido el piso d e ladrillos y en vez d e
;, triple hilera d e sillas austríacas que, ba del salón, c u a n d o se presentaba en escena
indo d e la mesa, cubierta con un la familia d e isidorito Cañas; el señor Quiroz
MicrÓs cuítivC un realismo s i n excesos n a t u r a l i s t a s y conú ilo chino, terminaba j u n t o a la puerta bajaba las escaleras. Borbolla se apoderaba
la dirección. d e una d e las niñas, los h o m b r e s se p o n í a n
Í n S a un costumbrismo t a n bien observado como p r o p i o de pie y las mujeres miraban, con respeto
M e n t a l i d a d . Presenta l a pobreza de l a ciudad, c ^ J Era d ía de premios, era gran d ía para la casi, a la familia q u e vestía d e seda, usaba
cia d e aquellos rumbos, luminoso d í a costosos sombreros y claros guantes.
s narraciones, con profundidad y t e r n u r a , ilos padres d e familia . . .
9 Isidorito separábase d e la familia para
bres r e l a t a experiencias de l a niftez, r e t r a t o s de persa»], Recuerdo q u e d o s días d u r a b a la com- ocupar su puesto en la banca, y t o d o s lo
jra del salón, en la cual t o m a b a n parte miraban de h i t o en hito; cada a ñ o estrenaba
t i o s h i s t o r L de ni*os y de a n a l e s abandonados. En va unos vecinos, la criada y aquellos traje, y cada año se sacaba el premio, y cada
nnos que se distinguían por su juicio y año lo disputaba, ioh coincidencia! el Chato
X U V i e r t e la fidelidad f o = iyor edad. Barrios, hijo del c a r b o n e r o d e la esquina, el
más f e o y desarrapado a l u m n o de la escuela.
sus cuentos se Maestra minucioso, d e t a l l i s t a y un Libros y diplomas, atados con listones
color, se hacinaban en la mesa, a los lados 10 En nuestro corazones de rapazuelos de
timental. , v r a ¿e El un tintero de porcelana; d o s candelabros cinco años, influía la elegancia en sumo
grado, y veíamos a Isidorito, n o c o m o a un
A continuaciftn e n c o n t r a o s l a l e c t u r a de 1 o b ^ j Yvelas jamás encendidas y amarillentas
un par d e bustos de yeso, representan- simple condiscípulo, sino c o m o un ser colo-
a Minerva el u n o y a Minerva también cado en la más alta esfera. Su t r a j e nuevo, su
a a t o Barrios, con el objeto de q ue c o n s t á t e s e o s eleme [otro. cuello enorme y blanquísimo, la c o r b a t a de
H s t a s que se dejan ver en l a obra de este a u t o r . seda, las medias restiradas a rayas azules, el
Henos aqu í desde las siete de la m a ñ a n a , pelo rizado ad hoc y los d i m i n u t o s guantes
lavados, con traje nuevo los unos, hacían de él un héroe de la fiesta . . . Con
Mando y remendado los otros, sin a d o r n o razón parecíamos los d e m á s un atajo d e
los más. niños mal vestidos, mal peinados y con una
actitud de gente sin educación.
Pobres niños de barrio, hijos de porte-
artesanos y gente arrancada, q u e no 11 El señor Quiroz le hacía un cariño y
""a hacer más gasto q u e el de veinte cen- daba conversación a la familia en actitud de
diez para pomada y diez para b e t ú n . h o m b r e juicioso, cruzando los dedos, d a n d o
fr
o el traje, q u é importaba? T o d o s éramos vueltas al pulgar, semi-inclinado y c o n leve
s, y sin parpadear, colgándonos los pies, sonrisa que entreabría los labios.
Untábamos en las altas bancas, con los
os cruzados, c o n t e m p l a n d o u n 'silón, 12 Poníase en pie el señor Quiroz y leía la
iro de n o sé q u é ajuar, de respaldo memoria, q u e terminaba siempre c o n estas
en el q u e d e b í a t o m a r asiento, f r e n t e frases: " R é s t a m e sólo, respetable público.
18 Me acuerdo q u e sentía n o sé qué dolor,
1« nratfes w la asistencia e esta n o sé q u é tristeza al mirar a Barrios; Inexpll-
c a b l e m e n t e amargura de cosas aun no conv
h e n d i d a s , c u a n d o paseaba mi observación UNIDAD 5
^ L t n t S ° o V o o n T a K a s do». . ^ 5 e n 7 o ¿ e Isidorito al Chato y v « ^
solemnidad del acto. He dicho . Isidorito q u e vestía bien; Isidorito qusdsc., EJERCICIOS DE EVALUACION
I • • « « • • r í a v no le pegaban; Isidorito que
1 3 " F á b u l a , en francés, p o r el n i ñ o Isidoro ^ d S r m e L T l s i d ^ o q u e usaba reloj;
y ¿I Chato que llegaba al ^ ¿C6mo surgen los movimientos o c o r r i e n t e s a r t í s t i c a s ?
Naftas".
k r o ; el C h a t o , q u e a p r e n d í a la lección
un segundo; el Chato q u e vivía en una

t a r üszfzfaz»
Nuestro
b o n e r i V el Chato q u e iba al colegio
b a í d e j él Chato , , • q u e era muy infeliz
el m u c h a c h i t o , miraba a t o d o s lados secud.a
Ta cabeza poniéndose en el p e c h o e rollo d j 19 He visto, después d e muchos¡j.
papel atado con un listón y gritaba^ Mahre aquellos diplomas, el d e Isidonto ^ ¿A qué se le llama Escuela o Epoca L i t e r a r i a ?
sobre el b u f e t e de un agobado, su Pao
c o r b ó sur un abre perché . . . . t e n e t
encerrado en u n m a r c o desdorado, «>mo
bee, i n f r o m a g e " .
acusara una ironía del ayer comparado
1 4 Cada p a l a b r a - a c o m p a ñ a d a con un ade- e í h o y , d e n u n c i a n d o el favoritismo d e l
m f c esopcial: parecía a r r a n c a r á un b o t o n L T ia imbecilidad actual, que es la cu
del s S o d á n d o s e antes un golpe de pecho, dad notable de mi a n i j g u o c o l e r o
v a concluir sonaban nutridos aplausos escuela. Alguien me dijo I
¿Cómo se reconoce una época l i t e r i a r i a ?
abn'e Ta b o c a el inspector, respiraba el premios del Chato iban al empeño y
señor Quiroz, sonreía Borbolla, se refugiaba Chato es un m u c h a c h o de W
" d o r i t o en las faldas de su m a d r e y g r a - q u e estudia en libros Presta-do . v n
barnos: IViva el niño Canas! suburbio, jamás falta a clase y parece

Desde ese m o m e n t o . Isidorito era el meter. ¿Qué período conprende l a primera época l i t e r a r i a llamada Clá-
L e f i o besaban las señoras c u a n d o sicismo?
2 0 C u a n d o tal me dicen, pienso en
t r o p e z a n d o , p o d í a apenas cargar los grandes
pasado, porque n o ignoro a *
libros q u e h a b í a merecido c o m o premio . . .
q u e n o posee más q u e un libro y u n ™
y envidiábamos a Isidorito. go'- lucha por elevarse del c e n o en.que
1 6 " M e n c i ó n h o n o r í f i c a , leía Borbolla con
perseguido por una amargura que * e ¿Cuándo aparece e l Neoclasicismo y por qué se l e llama así?
en t o d o s los enemigos de la p o b r e ^
vnz Clara el a l u m n o Rito Barrios , y oíase
m e consuela saber q u e de ese*banoarn
con lágrimas, de esa lucha con el h
de esa humillación c o n t i n u a d e j a INSTRUCCIONES: Coloca dentro del paréntesis e l número que co-
infeliz y pisoteada, surgen la test« rresponda a l a cuestión.
das de los sabios, q u e , os lo ^ r ° , va
amable, le dijera:
q u e esos m u ñ e c o s de porcelana so )
_ Señor Barrios, acérquese usted . . • ? e s de tocador, q u e en la comedia
1. PINDARO ( ) Famosas obras del poeta Homero
se llaman Isidorito Cañas. 2. ESQUILO ( ) Conocido como "El Padre de l a
17 Y un m u c h a c h o descalzo de blusa
hecha lirones, mordiéndose un d e d o y vien- Poesía" se supone nació 900 -
d o a t o d o " lados con cara de imbécil cruza- años Antes de l a era C r i s t i a n a
y nació en Esmira.
3. ANTIGONA, EDIPO REY, ( ) Poetisar que nació-eru Lesbos, es
EDIPO DE COLONA, c r i b í a versos sobre e l amor, y
ELECTRA, AYAX son famosas las Odas S á f i c a s .
olvidando público y lugar pegaba, la
ra d e la mesa a su asiento.
18 Me acuerdo qua sentía no íé qué dolor,
1« nratfes w la asistencia e esta no sé qué tristeza al mirar a Barrios; Inexpll-
cablemente amargura de cosas aun no conv
h e n d i d a s , cuando paseaba mi observación UNIDAD 5
^ L t n t S ° o V o o n T a K a s do». . ^ d é ^ f t o d e Isidorito al Chato y v»cévera;
solemnidad del acto. He dicho . Isidorito que vestía bien; Isidorito que dec,8 EJERCICIOS DE EVALUACION
I ••««••ría v no le pegaban; Isidorito que
13 "Fábula, en francés, por el niño Isidoro ^ d ^ m e L T l s l d ^ o que usaba reloj;
y ¿í Chato que llegaba al ^ ¿C6mo surgen los movimientos o c o r r i e n t e s a r t í s t i c a s ?
Naftas".
Otro- el Chato, que aprendía la lección
un segundo; el Chato que v.via en una

t a r üszfzfaz»
Nuestro
tenería- el Chato que iba al colegio
balde; él Chato , „ . ^ e era muy infeliz
ei muchachito, miraba a todos lados wcudia
Ta cabeza poniéndole en el pecho e rollo d j 19 He visto, después de muchos¡j.
papel atado con un listón y gritaba^ Mahre aquellos diplomas, el de Isidonto ^ ¿A qué se le llama Escuela o Epoca L i t e r a r i a ?
corbó sur un abre perché . . . . tenet sobre el bufete de un agobado, «upa
encerrado en un marco desdorado, «>mo
bee, infromage". acusara una ironía del ayer comparado
14 Cada palabra-acompañada con un ade- el hoy denunciando el favor,f.smo d e l
mfc especial: parecía arrancará un boton L T ia imbecilidad actual, que es la cu
del s Í o dándose antes un golpe de pecho, dad notable de mi anljguo c a r a t o
v a concluir sonaban nutridos aplausos escuela. Alguien me d.,o o j j
¿Cómo se reconoce una época l i t e r i a r i a ?
abn'e Ta boca el inspector, respiraba el premios del Chato iban al empeño Y
señor Quiroz, sonreía Borbolla, se refugiaba Chato es un muchacho de t r a j e ^ ,,.
" dorito en «as faldas de su madre y gr.ta- que estudia en libros Presta-do . v n
bamos: IViva el niño Canas! suburbio, jamás falta a clase y parece
Desde ese momento, Isidorito era el meter. ¿Qué período conprende l a primera época l i t e r a r i a llamada Clá-
L e f i o besaban las señoras cuando sicismo?
tropezando, podía apenas cargar los grandes 20 Cuando tal me dicen. pienso j
pasado, porque no ¡9"oro cual es lav^a
libros que había merecido como premio . . .
que no posee más que un libro y un me
y envidiábamos a Isidorito. go: lucha por elevarse del c e n o en.que
16 "Mención honorífica, leía Borbolla con perseguido por una amargura que * e ¿Cuándo aparece e l Neoclasicismo y por qué se l e llama así?
en todos los enemigos de la pobre^
vnz clara el alumno Rito Barrios , y oíase
m e consuela saber que d e ese£ano «rt
con lágrimas, de esa lucha con el h
d e esa humillación continua deja INSTRUCCIONES: Coloca dentro del paréntesis e l número que co-
infeliz y pisoteada, surgen la test«
rresponda a l a cuestión.
das de los sabios, que, os lo ^ r ° , va
amable, le dijera: que esos muñecos de porcelana o I
_ Señor Barrios, acérquese usted . . • tes de tocador, que en la comedia 1. PINDARO ( ) Famosas obras del poeta Homero
se llaman Isidorito Cañas.
17 Y un muchacho descalzo de blusa 2. ESQUILO ( ) Conocido como "El Padre de l a
hecha lirones, mordiéndose un dedo y vien- Poesía" se supone nació 900 -
d o a t o d o " lados con cara de imbécil cruza- años Antes de l a era C r i s t i a n a
y nació en Esmira.
3. ANTIGONA, EDIPO REY, ( ) Poetisar que nació-eru Lesbos, .es
EDIPO DE COLONA, c r i b í a versos sobre e l amor, y
ELECTRA, AYAX son famosas las Odas S á f i c a s .
olvidando público y lugar pegaba, la
ra d e la mesa a su asiento.
LA IUüjDA Y LA ( ) Poeta cuya temática es alegre
y s i n maldad celebra el vino
ODISEA todos los placeres fáciles
mosa su poesía ancreontica
( ) Poeta nacido en Tebas, coaoci 14. LAS AVISPAS, LISIS ( ) Algunas comedias de AristÓfa-
5. HOMERO do como El Divino, de él WCTA, LAS AVES ~ nes.
nocen, sus e p i n i c i o s ; celebra
ción de v i c t o r i a s a t l é ticas.
( ) E s c r i t o r e s t r á g i c o s $§s impo;
6. SAPO
tantes.
( ) Una de l a s obras más importa Qué e s t i l o c o n t a r l a l a l i t e r a t u r a contemporánea ?
7. ANACREONTE t e s de Esquilo, plantea ele
f l i c t o sucitado entre Promet
y Júpiter.
Considerado como e l padre de Cuándo y en qué p a í s se i n i c i a el Renacimiento.
8. ESQUILO, SOFOCLES ( tragedia porque en las repie
Y EURIPIDES taciones t e a t r a l e s disminuye
importancia del coro para m
mentar l a del diálogo de los Quiénes son los precursores del Renacimiento.
actores.
Nació en Colon*, cerca de A1
9. PROMETEO ENCADENADO ( ) r e a l i z a innovaciones en la Cuándo queda constituido definitivamente e l Renacimiento en to
dia como introducir un tero da Europa. ~
actor, reducir mienb.ros del
a 15 e inventar l a escenogr Cuáles son los acontecimientos que propiciaron e l advenimiento
del Renacimiento.?
) Algunas de las obras de 56;
10. SOFOCLES
11. ARISTOFANES ) Nació en e l ano 480 AC. en
mina su rasgo peculiar en s
lo es presentar a la mujer
personaje p r i n c i p a l y
cia de l a s sentencias tu™
Qué se consideró fundamental en e l Renacimiento"?
12. EURIPIDES C ) Algunas obras de Esquilo
^ MAEDA, LAS TROYANAS ( ) Comediográfo más inporta^
HECUBA, ANDGMECA, - l a antigua Grecia. W
CASANDRA, ELENA, - sus obras lecciones de caí
ETC. p a t r i o a s í como crudos *
alusiones picarescas, DUT
eces.
Cuáles son algunos rasgos del Renacimiento Ciudad en qué nació Cervantes ?

Pseudonimo de Miguel de Cervantes ?


Obra inmortal de Cervantes ?
QUé características le di6 e l « m i e n t o a la literatura !
Cuál es l a primera novela e s c r i t a por Cervantes ?
Cuáles son otras obras de Miguel de Cervantes ?

Be qué manera s e p r e s e n t a e l R e n a c i m i e n t o en España . Obra postuma de Cervantes ?

dovela ejemplar incluida para tu l e c t u r a ?

tambre con que es conocida la G i t a n i l l a en l a novela


Describe e l personaje central de l a obra.

España. ? ' _
iÜSSS
renacimiento l a Contra-Reforna en España ? Cual es l a prueba que l e pide al hombre que dice e s t a r enamora
Còno influye al do de e l l a ?

del Renacimiento
Quiénes son los precursores
tombre con que se rebautiza al hombre entre los gitanos.

Por qué se ve envuelto en un l í o j u d i c i a l Andrés Caballeros ?


¿ En qué ciudad nació Shakespeare ? Cuál es l a c a r a c t e r í s t i c a de l a cuarta etapa ?

¿ Con qué t e a t r o de su época, se v i c u l a e l recuerdo de Shakes-


peare ?
¿ Cómo c a l i f i c ó Jacobo I a Shakespeare, j u n t o con otros poetas ¿ En qué reside la grandeza de Shakespeare ?
protegidos de l a corona ?
i C t o fue considerado e l t a l e n t o y p r o d u c e n de Shakespeare»
I Segtm muchos c r í t i c o s , cuál es l a mejor obra de Shakespeare.

¿ Cuáles son las obras q u e p e £ - g ^ ^ T & Z :


se c a r a c t e r i z a n por s e r s e n c i l l a s , *í¡<.
de v i t a l i d a d ?

i Cuáles son las obras de l a segunda etapa ?

¿ Cuál es l a c a r a c t e r í s t i c a de l a t e r c e r a etapa ?

¿ Cuáles son l a s obras de l a t e r c e r a etapa ?


RELACIONA AMBAS COLUMNAS ANOTANDO EN EL PARENTESIS EL NUNMO Es el iniciador del Realismo en Fran ( ) GUSTAVO ADOLFO
LA RESPUESTA CORRESPONDIENTE. cia. BECQUER.
( ) SON LAS ETAPAS Es la f i g u r a máxima del realismo -
Es un movimiento l i t e r a r i o c u l t u r a l EN QUE SE DIVI francés. ( ) JOSE LOPEZ POR
que se revela contra l a s normas es- DE EL W M F F L TILLO Y ROJAS,
t r i c t a s del neo-clasismo. TO ROMANTICO ~
Colabora en forma determinante con , TOMAS CARRAS-
MEXICANO.
la l i t e r a t u r a , pues se adopta un mé- QUILLA Y
Es arrebatada, p a s i o n a l , s u b j e t i v a , todo c i e n t í f i c o , ya que todo es l l e -
combativa y polemista. MANUEL GONZA-
vado a l a observación y a l a experi- LES CELEDON.
( ) EL REALISM)
El esplritualismo asentado cuando - mentación, de todo se toma nota y se
contribuye a marcar e l despego de - fotografía. ( ) CARACTERISTICA
( ) EDGAR ALIAN
l a s cosas materiales. POE. pintó a los hombres como son, no co- DEL ROMANTI-
• El neoclacisismo con su r i g o r preceg_ lmo debieran s e r . CISMO EN CUAN-
t i s t a ocasiono un a r t e sin p e r s o n a n ( ) EL ROMANTICA TO A LA FORMA.
En vez de buscar temas exóticos, exa
dad El romanticismo proclama en p r i Iánaba a l mundo que lo rodeaba; diÓ
mer lugar l a l i b e r t a d del a r t i s t a pa ( ) EL AUTOR igual importancia a l a fealdad que a ) HONORATO DE
ra crear su obra como l a s i e n t e . REALISTA la belleza y rechaza a los protago- BALZAC.
- El de l a I n d e p e n d e n c i a , l a Academia Inistas eróticos del romanticismo.
de Letrán y el Liceo Hidalgo. ( ) ENRIQUE IBSB!
Se consideran representantes del - ( ) EL LICEO
- Son románticos que pertenecieron a - [realismo en Hispanoamérica. HIDALGO.
l a Academia de Letrán. ( ) LA POESIA
ROMANTICA
Famoso dramaturgo noruego que e s c r i -
- Se formo con e s c r i t o r e s que pertene- bió obras románticas y r e a l i s t a s , a1 ( ) FLAUBERT
cieron a l a Academia de Letran y l o s gunas de sus obras son: Casa de Muñe
nuevos e s c r i t o r e s en su t o t a l i d a d . ( ) ANGEL DEL cas, Espectros, Un enemigo del Pue-
CAMPO blo, e t c . . ( ) GUILLERMO PRIE
- Famoso e s c r i t o r norteamericano que - TO, MANUEL PAY
es uno de los máximos exponentes del ( ) LA CORRI!
¡Novelista y c u e n t i s t a mexicano, na- NO Y ANDRES -
romanticismo, nació en Boston y mu- | ció y murió en México, c u l t i v o un - QUINTANA ROO.
REALISTA.
r i ó en Nueva York. realismo s i n excesos n a t u r a l i s t a s y
CARACTERISTIC ¡con tendencias a un costumbrismo tan
- De todos los poetas ™ t i c o s en e l ( ) DEL ROMANTL ¡bien observado como propenso a la -
puro l í r i c o , el más delicado y e l sentiméntalidad.
más agudo de todos e l l o s , nace en Se CISMO .-EN
v i l l a y muere en Madrid. AL FONDO.

. ES un movimiento l i t e r a r i o y a r t í s t i
co que se i n i c i a en e l s i g l o XIX y - J LA CIENCIA
que según muchos c r í t i c o s es lo con-
t r a r i o al romanticismo. Trajo a l a
l i t e r a t u r a obras medidas y pulidas y
huyó de l a improvización.
h) O p i n i ó n d e o t r o s A u t o r e s :
L a b o r a el A n á l i s i s L i t e r a r i o de " R o m e o y J u l i e t a "

a) A r g u m e n t o :

Opinión P e r s o n a l :

b) T e m a :
Epoca H i s t ó r i c a :

c) R e l a c i ó n E s p a c i a l :

d) R e l a c i ó n T e m p o r a l :

e) P e r s o n a j e s Principales:

Secundarios :

f) F u e n t e s :

g) I n f l u e n c i a P o s t e r i o r :
Responda l a s s i g u i e n t e s p r e g u n t a s r e s p e c t o al bello relato
A p l i c a n d o l o s c o n o c i m i e n t o s que s o b r e e l A n á l i s i s Literario de " L a C o r z a B l a n c a " .
haz adquirido, r e s p o n d e l o q u e s e t e s o l i s t a r e s p e c t o a la -
- S o b r e n o m b r e con que e r a c o n o c i d a la hija d e l c a b a l l e r o don
o b r a " L a C a í d a de l a C a s a U s h e r " " .
Dionis.

_ Argumento.
. Describe a Esteban, e l z a g a l de 1 a l e y e n d a .
Físicamente:

Moralmente:

E n
- ¿ qué c o n s i s t e la n a r r a c i ó n del zagal ?
y
- Estilo.

- ¿ C u á l f u e l a a c t i t u d de l o s q u e l o e s c u c h a b a n ?
- Relación Espacial.
- ¿ Q u é o p i n a b a n l o s h o m b r e s de l a c o m a r c a r e s p e c t o a l o r i -
gen d e C o n s t a n z a ?
_ Forma Rítmica.

- ¿ Quién era G a r c é s ?

_ Vocabulario.
• ¿Dónde s e a p a r e c í a la c o r z a blanca ? y qué e r a lo que -
hacían ?
. E l e m e n t o s R o m á n t i c o s de l a o b r a .

• ¿Qué d e c i d i ó h a c e r G a r c é s p a r a c a z a r l a c o r z a b l a n c a ?

„ Opinión p e r s o n a l s o b r e l a obra.

:
¿ P o r qué no disparó la b a l l e s t a G a r c é s ?
E x p l i c a la e s c e n a donde l a s c o r z a s s e c o n v i e r t e n e n maje,
TTe l a o b r a " C a s a de M u ñ e c a s " c o n t e s t a l a s s i g u i e n t e s pre-
res _ guntas.

- Argumento.
, Qué o c u r r i ó cuando G a r c é s d e c i d i ó a p a r e c e r e n e l lugar
O

Qué h i z o l a c o r z a b l a n c a cuando s e v i o a t r a p a d a ? - Personajes principales.

• C u á l e s e l f i n a l de l a l e y e n d a ? ¿ C ó m o e s Nora. ? Fisicamente.
O

Moralmente.

E x p r e s a tu opinión p e r s o n a l r e s p e c t o a la obra.
- H a b l a s o b r e l a s d o s p e r s o n a l i d a d e s de N o r a .

- ¿ C ó m o r e a c c i o n a N o r a c u a n d o p r o d u c e un c o n f l i c t o ?

- ¿ E s c o r r e c t a l a a c t i t u d de N o r a ? ¿Por qué?

¿ Q u é p i e n s a s d e l a a c t i t u d de l a I g l e s i a a n t e N o r a ?
D e s p u é s de l e e r l a b r e v e p e r o i n t e r e s a n t e o b r a del "Chato B a -
_ C u á l e s tu o p i n i ó n p e r s o n a l s o b r e l a o b r a ? r r i o s " e s c r i t a p o r D o n M i g u e l A n g e l de C a m p o , c o n t e s t a s o b r e
¿
la m i s m a l a s p r e g u n t a s s i g u i e n t e s .

- Argumento. ¡ - i

- Personajes principales.

- Género Literario.

- Subgénero Literario.

- D e s c r i b e al Chato B a r r i o s .

- Describe a Isidorito Cañas.

- Tu o p i n i ó n p e r s o n a l s o b r e l a o b r a .

* rhl
BIBLIOGRAFIA

Taller de Lecturas Litera-


ACADEMIA CE LITERATURA,
r i a s I U.A.NJL.
Preparatoria No. 22
L i t e r a t u r a Mexicana e His-
CHOREN, J o s e f i n a . pano-anjericana.
OOIOOCHEA A, Guadalupe Publicaciones Culturales,
RUILL, Angeles S.A. de C.V. ' . ' .
Primera Reiaprdréión Méxi-
co, 1985
H i s t o r i a de l a Literatura
DIAZ P l a j a , Guillermo Española e Historia de la
MOKTERDE, Francisco L i t e r a t u r a Mexicana
E d i t o r i a l Poírtia, S.A.
.Séptima Edición México,
1968
La L i t e r a t u r a Universal a
HMEE Alvarez, Maria t r a v é s de Autores Selectos
E d i t o r i a l Porrúa, S.A. De-
cimoquinta Edición México,
D.F. 1985
Apuntes de Literatura Clási
GONZALEZ Cortina, Dra. ca a la realista para el
MOLINA Toscano, Eva vel de Preparatoria.
LEAL Lozano, Idol ina
Taller de Lecturas Litera
HINOJOSA, Delia C. Lie
rias I No.
U.A.N.E. Preparatoria
Literatura I
LEAL de Rodríguez, Celina U.A.N.L. Preparatoria No.l
DE LA GARZA de Saenz, Elsa P :
BARRANCO de González, P a t r i c i a I .
BALDERAS de Gonzalez, Socorro I .
Literatura Hispanomexicana
TORRES, Herculano A. E d i t o r i a l Herrero, S . A .
JIMENEZ, Mises L. 3er. Curso México, D.N
VISCAINO Pérez, José

Você também pode gostar