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Caderno Resumos Socine Blog

O documento apresenta a programação de três dias de um encontro estadual da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE). A programação inclui minicursos, sessões de comunicações, painéis e palestras sobre diversos temas relacionados ao cinema e audiovisual.

Enviado por

Enrique Rick
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Índice

Apresentação 4

Resumo da programação 6
17 de maio 6
18 de maio 8
19 de maio 10

Convidados e atividades especiais 12

Painéis 20
17 de maio 22

Sessões de mesas e comunicações 32


17 de maio 34
18 de maio 38
19 de maio 56

Índice onomástico 72

Mapas 75
Apresentação

PRIMEIRO ENCONTRO ESTADUAL DA e Som (PPGIS) da Universidade Federal profícua interação entre pesquisadores,
SOCINE - SÃO PAULO de São Carlos (UFSCar). grupos e linhas de pesquisa existentes
Trata-se de uma iniciativa-piloto que nas Instituições de Ensino Superior
Este certamente é um momento não por acaso ocorre em um Estado paulistas.
marcante na história da SOCINE - que conta com grande número de Este Primeiro Encontro Estadual da
Sociedade Brasileira de Estudos de programas de pós-graduação em Socine tem, portanto, o objetivo
Cinema e Audiovisual. Ao completar Comunicação, inclusive voltados ao de estimular a reflexão a respeito
quinze anos de existência em 2011, Cinema e Audiovisual. Algo similar da Comunicação, fomentando a
com um crescimento que ao longo também ocorre em relação aos cursos produção acadêmica e os intercâmbios
desse período vem se consolidando de de graduação focados em imagem institucionais no âmbito do Estado de
maneiras diversas - sobretudo com os e som e, até por isso, este Primeiro São Paulo. E torcemos para que esta ação
Encontros Nacionais e com a publicação Encontro Estadual da Socine procura se venha a se constituir como estímulo à
de livros que são referência na área - é constituir como uma oportunidade para realização de outros Encontros Estaduais,
chegado o momento de uma nova que graduandos e recém-formados em não apenas no Estado de São Paulo
investida correspondente ao acréscimo Cinema e Audiovisual do Estado de São como também em outros Estados
em importância de nossa associação: a Paulo apresentem suas pesquisas de da União, já que instigar o diálogo é
realização do Primeiro Encontro Estadual Iniciação Científica e Monografias, além levar à prática democrática e salutar
da Socine - São Paulo, que acontece nos de contar com trabalhos relacionados do exercício do Conhecimento e do
dias 17 a 19 de maio deste ano, com aos estudos de pós-graduandos e pós- acercamento ao Outro - objetivo do
organização sob a responsabilidade do graduados. Será esta, certamente, uma Cinema e do Audiovisual - que é, afinal,
Programa de Pós-Graduação em Imagem oportunidade que possibilitará uma do que se está a tratar aqui.

Diretoria da SOCINE Docentes do PPGIS -


Maria Dora Mourão Comissão Organizadora
Anelise Corseuil Samuel Paiva
Mariana Baltar Josette Monzani
Paulo Menezes Luciana C. de Araújo
Suzana Reck Miranda

4 5
Resumo da programação 17 DE MAIO

TEATRO FLORESTAN ANFITEATRO BENTO AUDITÓRIO AUDITÓRIO AUDITÓRIO


FERNANDES PRADO JR. BCo 1 BCo 2 BCo 3

9h Minicurso: “Cinema latino-


americano contemporâneo:
estética e experimentação.”
Profa. Dra. Cynthia Tompkins
(Arizona State University)

10h30 Intervalo

11h Minicurso

12h30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

14h30 Minicurso Sessão 1: “Reverberações Sessão 2: “Cinema e música: Sessão 3: “Como o fenômeno Sessão 4: “Documentários
e palimpsestos no cinema.” uma relação mais que sonora.” da cultura participativa está etnográficos.” Antônio G. F.
Josette Monzani, Maria Suzana Reck Miranda, Martin transformando [...]” Jônatas Rodrigues, Juliano José de
Noemi de Araujo e Patrícia Eikmeier e Márcia Regina K. de Oliveira, Náyady K. O. Araújo e Alexandra Lima
Costa Vaz Carvalho da Silva Nunes e Silvia Regina S. Orru Gonçalves Pinto

16h Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

16h30 Palestra: “Algumas


tendências no cinema
mexicano contemporâneo:
a História e as identidades.”
Profa. Dra. Aleksandra
Jablonska (UPN e UNAM)

18h PAINÉIS (Hall ao lado da EdUFSCar - BCo)

19h30 Palestra de Abertura:


“World cinema e a ética do
realismo.” Profa. Dra. Lúcia
Nagib (University of Leeds)

6 7
Resumo da programação 18 DE MAIO

TEATRO FLORESTAN ANFITEATRO BENTO AUDITÓRIO AUDITÓRIO AUDITÓRIO


FERNANDES PRADO JR. BCo 1 BCo 2 BCo 3

9h Minicurso: “Cinema latino- Sessão 5: “Música no cinema.” Sessão 6: “Cinema infantil.” Sessão 7: “Olhares sobre o Sessão 8: “Documentário: a
americano contemporâneo: Edison Delmiro Silva, Érica Rafael Duarte Oliveira cinema internacional.” Albert tradição de falar do outro.”
estética e experimentação.” Cristine de Almeida e Marcos Venancio, Ana Luiza Pereira Elduque, Mariana Duccini Gérson Trajano de Santana,
Profa. Dra. Cynthia Tompkins Paulo Blasques Bueno Barbosa e Mirian Ou Junqueira da Silva e Ricardo Rafael de Almeida e Sabrina
(Arizona State University) Tsutomu Matsuzawa Rocha Stanford Thompson

10h30 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

11h Minicurso Sessão 9: “Mercado e Sessão 10: “Observar Sessão 11: “Cinema silencioso Sessão 12: “Cinema e arte.”
indústria.” André Piero Gatti, Tarkovski.” Antonio Vicente brasileiro: circulação de André Bonotto, Ananda
Roberta Santos Assef e Seraphim Pietroforte, Eliza espetáculos e signos.“ Carvalho e Natasha Marzliak
Gabriela Morena de Mello Bachega Casadei e Luiz H. Luciana C. de Araújo, Sheila Norberto
Chaves Alves de Souza Monzani Schvarzman e Julio L. Moraes

12h30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

14h30 Sessão 13: “Transmidiações: Sessão 14: “Leituras do Sessão 15: “Cinema: Tempo, Sessão 16: “Crítica Sessão 17: “Documentário
conceituação e aplicação.” cinema ibérico.” Renata Memória e História.” Mônica cinematográfica.” Margarida e animação.” Maria Ines
Vicente Gosciola, Dario de Soares Junqueira, Wiliam Brincalepe Campo, Ana Paula Maria Adamatti, Fabricio Dieuzeide Santos Souza,
Souza Mesquita Júnior e Pianco dos Santos e Sara dos Santos Martins e Carla Felice Alves dos Santos e Arthur Luiz Cavalcante de
Claudio Ferraraz Junior Martín Rojo Conceição da Silva Paiva Isabella M. Ikawa Bellinger Macêdo e Jennifer Jane Serra

16h Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

16h30 Sessão 18: “Sonoridades Sessão 19: “Gênero e análise Sessão 20: “Documentários, Sessão 21: “Cinema Sessão 22: “Intersecções e
cinematográficas.” Hugo fílmica.” Samuel Paiva, Rubens documentais, ficções.” brasileiro: anos 50.” Sandra C. intertextualidades.” Rogério
Leonardo Castilhos dos Reis, Luis Ribeiro Machado Júnior e Alessandro Constantino N. Ciocci, Luciano Vaz Ferreira Ferraraz, Paulo R. F. da Cunha,
Bernardo Marquez Alves e Alessandro Carvalho Sales Gamo, Carlos Alberto A. Ramos e João de Oliveira Juliana P. Chacon Humphreys
Damyler Ferreira Cunha Caruso e Caue F. Nunes e Laura Carvalho Hércules

18h LANÇAMENTO DE LIVROS (Hall ao lado da EdUFSCar - BCo)

19h30 CineUFSCar: “Testemunha


oculta” (José de
Oliveira, 1969), com
acompanhamento ao vivo
da Orquestra da UFSCar

8 9
Resumo da programação 19 DE MAIO

TEATRO FLORESTAN ANFITEATRO BENTO AUDITÓRIO AUDITÓRIO AUDITÓRIO


FERNANDES PRADO JR. BCo 1 BCo 2 BCo 3

9h Sessão 23: “Televisão Sessão 24: “Corpo e censura.” Sessão 25: “Educação e Sessão 26: “Cinema silencioso Sessão 27: “Cinema e
brasileira: experiências.” Nanci Bernadette Lyra, Fábio Raddi audiovisual.” Glauber Lúcio brasileiro: materiais e literatura.” Gabriela Kvacek
Rodrigues Barbosa, Petronio Uchoa e Caroline Gomes Alves Santiago, Paulo Roberto sonoridades.” Flávia Cesarino Betella, Maria Alzuguir
Josue Domingos da Silva e Leme Montanaro e Ian Rittmeister Costa, João Miguel Valencise e Gutierrez e José Eduardo
Stefanie Hesse Alves Mazzeu Alexandre Ramos Vasques Bozicanin

10h30 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

11h Sessão 28: “Mobilização Sessão 29: “Documentos Sessão 30: “Sonoridades Sessão 31: “Encenação no Sessão 32: “Documentário
transmídia.” João Carlos de processo e criação.” audiovisuais.” Eduardo Simões cinema.” Wilton Garcia, Sônia e memória: fragmentos.”
Massarolo e Francisco Cecilia Almeida Salles, Laila dos Santos Mendes, Fernanda Maria Oliveira da Silva e Gilberto Alexandre Sobrinho,
Beltrame Trento Rotter Schmidt e Julio Cesar Carolina Armando Duarte e Cláudia Dalla Verde Marcelo Vieira Prioste e Marco
Bazanini Juliana Panini Silveira Aurélio Teles Freitas

12h30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

14h30 Sessão 33: “Olhares sobre a Sessão 34: “O corpo Sessão 35: “Documentando Sessão 36: ”Utopia - centro e Sessão 37: “Convergência
TV brasileira: metodologia e estranho.” Janaina de Jesus Chris Marker.” Nicolau Bruno periferia.” Pelópidas Cypriano de mídias: novos paradigmas
fontes de pesquisa.” Flavio de Santos, Odair José Moreira da de Almeida Leonel, Edson de Oliveira, Arilson Pereira [...]” Rogerio S. Mestriner,
Souza Brito, Adriano Adoryan Silva e Fabio Diaz Camarneiro P. da Costa Júnior e Tainah Vilas Boas e Júlio Eduardo Licínia de F. Iossi, Letícia de P.
e Leandro Vieira Maciel Negreiros Oliveira de Souza Martí Affini e Glauco M. de Toledo

16h Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

16h30 Debate: “Políticas de


regionalização [...].” Profas.
Dras. Maria Dora G. Mourão
(USP), Anelise Corseuil (UFSC)
e Mariana Baltar (UFF)

18h Intervalo Intervalo

19h30 Palestra de Encerramento:


“Apontamentos sobre um
cinema outro.” Profa. Dra.
Mirian Tavares (Universidade
do Algarve)
21h Apresentação: “Aparelho
Diegético”

10 11
Convidados e
atividades especiais

12 13
Convidados e atividades especiais Convidados e atividades especiais

Minicurso:
“Cinema latino-americano contemporâneo: estética e experimentação.” Profa.
Dra. Cynthia Tompkins (Arizona State University) Seleção de Filmes

Este minicurso apresentará os filmes listados ao lado em seu respectivo contexto sócio- 1. Introdução: Mise-en-scène: um cenário aparentemente internacional.
histórico e realizará uma análise do texto fílmico que buscará subverter interpretações 2. O efeito disruptivo do Neo-Noir sobre a imagem-ação:
2.1. A resplandecente sutura da epilepsia em “A aura” (2005), de Fabián Bielinsky;
canônicas. Seguindo-se à polêmica introdução se examinará o impacto efetivo de
2.2. Desconstrução genérica no minimalismo de “Whisky “(2004), de Juan Pablo Rebella;
uma prática habitual na cinematografia latinoamericana: a fusão das convenções 2.3. Prazeres criminais: intermedialidade e voyeurismo em “O homem que copiava” (2003), de Jorge
genéricas do documental e do neorealismo com o drama nas películas de ficção. Furtado;
Contestando esta tendência hegemônica e baseando-se nas teorias de Gilles Deleuze, 2.4. Intermedialidade, voyeurismo e assédio em “Gigante” (2009), de Adrián Biniez;
este curso, inicialmente, analisará os pressupostos do tempo-ação que, por sua vez, 2.5. Intermedialidade e tese sobre o movimento: “Não por acaso” (2007), de Phillipe Barcinski.
3. Road movies:
ancoram as convenções do neo-noir, gênero em expansão na atualidade. Em seguida,
3.1. “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles: o paradóxico efeito do documental;
serão explorados os pressupostos teóricos de Deleuze acerca da imagem-tempo, que 3.2. O duplo discurso de “El camino a San Diego” (2006), de Carlos Sorín;
emergem com a primazia que o neo-realismo outorga ao protagonista e aponta para a 3.3. Solidariedade entre órfãos: “El cielito” (2004), de María Victoria Menis;
influência da imagem-tempo no acentuar o tema e a estrutura da viagem, a dispersão 3.4. Desvios genéricos: “El baño del Papa” (2007), de César Charlone e Enrique Fernández.
da situação, o deliberadamente tênue dos vínculos, assim como na condenação do 4. Drama:
4.1. Esculpir temporal: “Como pasan las horas” (2005), de Inés de Oliveira Cézar;
argumento e na autoreflexividade dos clichês. O minicurso enfocará, ainda, o dilema
4.2. O passado assalta o presente: “Días de Santiago” (2004), de Josué Méndez;
da construção paratática nos filmes experimentais nos quais o tempo parece estanque. 4.3. Muda espiral de violência: “La rabia” (2008), de Albertina Carri;
Prestar-se-á particular atenção à estrutura narrativa que abre a possibilidade de leituras 4.4. Trauma coletivo: “Quanto vale ou é por quilo?” (2007), de Sérgio Bianchi.
alegóricas ao produzir uma disrupção da causalidade. Devido ao fato das películas 5. Cine de autor experimental:
experimentais enfatizarem a representação do tempo, as categorias deleuzianas, 5.1. Ser ou no ser?: “Japón” (2002), de Carlos Reygadas;
5.2. Crime e castigo autoinfligido: “Batalla en el cielo” (2005), de Carlos Reygadas.
tais como camadas e picos temporais, não somente facilitam sua interpretação
6. Cinema de autor experimental e intertextualidade:
como permitem contrapor estas estruturas temporais em filmes hegemônicos. 6.1. O milagre dos vínculos femininos em uma sociedade patriarcal: “Stellet Licht” (2008), de Carlos
Outros elementos estruturantes a serem analisados no minicurso incluem o efeito de Reygadas;
sutura resultante do contraponto entre o argumento e a voz over. Estes elementos 6.2. Expiações cíclicas: “Extranjera” (2007), de Inés de Oliveira Cézar;
resultam em diegeses estruturadas, conformes à repetição com variações, o que leva a 6.3. A naturaleza irrevogável da maldição: “El recuento de los daños” (2010), de Inés de Oliveira
Cézar;
examinar a interrelação entre o argumento e a repetição de cenas, apresentadas como
6.4. Espelhos trincados, ecos e reverberações: “Madrigal” (2006), de Fernando Pérez Valdez;
acontecimentos reais ou imaginados. Assim, dita estrutura permite contextualizar 6.5. Limites do despeito e o autoconhecimento: ”A Via Lactea” (2007), de Lina Chamie.
atividades cíclicas, tais como as ditadas pela vida diária em comunidades rurais, ou 7. Pseudo-documental experimental:
aquelas repetidas mediante ritos, já que em ambos os casos estas se convertem 7.1. Quarto com boa vista: “Suite Habana” (2003), de Fernando Pérez Valdez;
em discursos que se prolongam no tempo (passado/futuro), para além de nossa 7.2. Estar e não estar: “Hamaca paraguaya” (2008), de Paz Encina.
8. Conclusões: futuros possíveis.
participação no presente. Estas perspectivas se coadunam na parte final do curso, já
que serão examinadas diversas representações da aporia do trauma. Em suma, este
curso examinará um conjunto de filmes experimentais buscando apontar uma nova Teatro Florestan Fernandes
maneira de interpretar o cinema latinoamericano contemporâneo. 17/05 (Terça-feira) das 9h às 16h e 18/05 (Quarta-feira) das 9h às 12h30

14 15
Convidados e atividades especiais Convidados e atividades especiais

Palestra de abertura: Palestra:


“World cinema e a ética do realismo.” Profa. Dra. Lúcia Nagib (University of Leeds) “Algumas tendências no cinema mexicano contemporâneo: a História e as
identidades.” Profa. Dra. Aleksandra Jablonska (UPN e UNAM)

Esta palestra irá abordar world cinema através de um modelo teórico incomum, Cómo en las películas producidas en la década de 1990 se representa la historia de la
baseado numa “ética do realismo”. A justaposição dos termos “world cinema”, “ética” e Conquista para construir un relato sobre la identidad nacional mexicana que tendría
“realismo” cria uma tensão cujo fim é oferecer uma alternativa eficaz à oposição binária origen en este acontecimiento, mientras en las películas producidas en la misma
tradicional entre cinema de arte e popular, ficção e documentário, Hollywood e world década, pero que abordan la historia más reciente, se cuestionan todos los referentes
cinema. Força-se, assim, a redefinição de cada um desses termos. Em vez de se colocar tradicionales de la identidad, sea ésta la nación, la familia o la pertenencia a la iglesia
como oposição a Hollywood, world cinema irá se definir positivamente como uma rede católica.
policêntrica de fenômenos interligados, com picos criativos em períodos e lugares
diversos. A rejeição do esquema centro-periferia, que reduz world cinema a um “outro”
Anfiteatro Bento Prado Jr.
vitimizado, visa, por sua vez, a estimular e legitimar a fruição passional desses filmes,
17/05 (Terça-feira) das 16h30 às 18h
em vez de compassional. O conceito de ética que utilizo é, portanto, inverso à recente
virada ética dos Estudos Culturais, que, com base em Derrida, Irigaray, Spivak e acima
de tudo Lévinas, defendem o respeito ao “Outro”. Os filmes e cineastas que focalizo
me parecem, ao contrário, abraçar um princípio unificador que apaga os limites entre CineUFSCar:
sujeito e objeto, esfera pública e privada, a representação do real e a sua produção. “Testemunha oculta” (José de Oliveira, 1969), com acompanhamento ao vivo da
Sua ética se traduz, em primeiro lugar, em “compromisso com a verdade”, mesmo Orquestra da UFSCar
quando esta advém do contingente, do inesperado e do incerto. Finalmente, minha
hipótese realista não tem qualquer relação com a assim chamada narrativa realista “Testemunha oculta” é um suspense média-metragem realizado no final da década
clássica, cujo objetivo é provocar uma “impressão de realidade”. Escapa também às de 60 por José de Oliveira, cinéfilo e cineasta amador são carlense conhecido como
teorias representacionais derivadas da visão platônica de mimese reflexiva. Defendo, “Zé Pintor”. O filme, que permaneceu por muitos anos guardado nas gavetas pelo seu
ao contrário, a idéia de que os ciclos realistas de todos os tempos, inclusive os da realizador, foi sonorizado e finalizado em 2008 por graduandos do curso de Imagem e
nossa era digital e virtual, sempre resistiram aos simulacros por meio da aderência a Som da UFSCar, com a colaboração de atores, músicos e outros produtores, e lançado
um cinema corpóreo que no mais das vezes requer o engajamento físico de equipe e em DVD. Nesta exibição, a exemplo de sua estréia em 2008, durante o 2º Festival
elenco na experiência do evento fílmico. O resultado são filmes exibicionistas, em lugar Contato, “Testemunha oculta” contará com a presença da Orquestra Experimental da
de voyeuristas, que revelam a realidade do aparato, e não da fábula. Seu objetivo é UFSCar interpretando a trilha musical, de sua composição, ao vivo.
produzir, tanto quanto reproduzir, o real.

Teatro Florestan Fernandes Teatro Florestan Fernandes


17/05 (Terça-feira) às 19h30 18/05 (Quarta-feira) às 19h30

16 17
Convidados e atividades especiais Convidados e atividades especiais

Debate: Palestra de Encerramento:


“Políticas de regionalização no campo da pesquisa em cinema e audiovisual.” “Apontamentos sobre um cinema outro.” Profa. Dra. Mirian Tavares (Universidade
Profas. Dras. Maria Dora Genis Mourão (USP), Anelise Corseuil (UFSC) e Mariana do Algarve)
Baltar (UFF)

Tendo em vista o crescimento do campo da pesquisa em Comunicação e A arte, conforme Lyotard, não diz o indizível, antes, diz que não pode dizê-lo. Vou
especificamente o desenvolvimento da área de Cinema e Audiovisual no Brasil, esta percorrer, através de alguns filmes do cinema africano de língua portuguesa, o modo
mesa propõe um debate sobre as possíveis políticas de regionalização no País, com o como o cinema, convertido em discurso, é visto/vivenciado. O cinema, que não
objetivo de contribuir de forma estratégica para o seu fortalecimento. Nesse sentido, pode dizer o indizível, mostra. Revela em sua própria montagem, em sua essência de
tendo como parâmetro o Plano Nacional de Pós-Graduação para o período 2011-2020, fragmentos que são recompostos, uma dor que não pode ser sublimada, mas que
o debate proposto pretende mapear alguns desafios que, da perspectiva de interesses habita os habitantes, muitas vezes invisíveis destas cidades.
locais (estaduais, regionais), visam o enfrentamento de questões diversas, tais como: Jean-Claude Carrière, em seu livro “Linguagem secreta do cinema”, conta que o cinema
surgimento de novos Programas de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual; relações foi levado para o continente africano pelos colonizadores europeus como mais uma
interinstitucionais envolvendo possibilidades de cooperação entre Programas e arma na sua bagagem já tão carregada. Não é de estranhar este facto se pensarmos
Grupos de pesquisa; produção acadêmica local em contexto de internacionalização. que, também a igreja, nos primórdios do cinema, utilizou filmes como parte da homilia.
Tal reflexão certamente terá uma considerável relevância para São Paulo, uma vez que A imagem serviu vezes sem conta a fins pedagógicos - fossem os ensinamentos
(de acordo com a Capes no Documento de Área 2009 para Ciências Sociais Aplicadas I) uma forma de ampliar o conhecimento do outro ou uma forma de dominá-lo, pura e
aproximadamente 35% dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação brasileiros simplesmente. E a imagem cinematográfica não fugiu à regra. Prestou-se, em diversas
concentram-se nesse Estado (valendo observar que muitos desses Programas estão ocasiões, a ser instrumento de cognição e de dominação. Pela sua ligação ao real, o
justamente localizados em cidades do interior paulista). Entretanto, a perspectiva cinema serviu para criar e reforçar ideologias; para impor modelos e sugerir padrões de
do debate envolve diversas possibilidades de compreensão das demandas locais comportamento.
(estaduais, regionais) em contextos diversos da produção acadêmica em Cinema Ousmane Sembène, realizador senegalês, considerado o “pai do cinema africano”, disse
e Audiovisual no Brasil como um todo, de modo a também prever formas de numa entrevista que o cinema, para ele, tinha uma finalidade muito específica: educar
enfrentamento das assimetrias entre os vários estados e regiões do País. as pessoas. Os seus filmes eram conscientemente pedagógicos e o cinema era apenas
um veículo para o seu discurso. A imagem é um meio poderoso em lugares onde a
língua é múltipla e o espaço é dominado pela heteroglossia - a fala é socialmente
construída e nem todos dominam a língua oficial do seu próprio país. De uma maneira
geral é este o panorama do cinema nos países africanos de língua portuguêsa: filmes
de ficção produzidos por entidades autónomas, normalmente ONGs, que cumprem
uma função social importante e apresentam, através de um discurso apreensível,
questões fulcrais para o país como o desenraizamento das pessoas, a pobreza, e o HIV.

Teatro Florestan Fernandes Teatro Florestan Fernandes


19/05 (Quinta-feira) das 16h30 às 18h 19/05 (Quinta-feira) às 19h30

18 19
Painéis

20 21
Painéis Painéis

A questão da mulher negra na mídia: a telenovela brasileira A formação do olhar do diretor e seu envolvimento com a equipe de trabalho
Alia Essebag - Graduada, UNINOVE durante a faculdade
O tema proposto diz respeito a uma questão étnico-racial. Ao pesquisar em bibliografia Danilo Bastos Godoy - Graduando, SENAC-SP
específica, materiais acadêmicos, jornais de ampla circulação e revistas semanais e Este estudo propõe uma visão crítica da formação do aluno graduado no curso
mensais, optou-se por discutir a questão da mulher negra em telenovelas da Rede superior de audiovisual da USP, focado na figura dos diretores e seus Trabalhos de
Globo de Televisão, a partir das produções “A próxima vítima” (1995) e “Mulheres Conclusão de Curso, realizados como curtas-metragens.
apaixonadas” (2003). A representatividade dos afro-descendentes na televisão
brasileira ainda está aquém do desejado. Por isso, a necessidade e a importância de se
discutir esse assunto.

Cinema de transição: Griffith e Biograph A educação audiovisual como prática da liberdade


Camila Biasotto de Araujo - Graduanda, PUC-SP Felipe Carrelli Sá Silva - Graduado, UFSCar
O trabalho pretende analisar o filme “The girl and her trust”, produzido em 1912 por Esta proposta busca estudar como, ao evidenciar a sua própria construção discursiva,
D.W.Griffith em seu período da Biograph, de modo a evidenciar em que medida esse um filme pode contribuir para que o espectador tome consciência de sua participação
filme contém elementos do “Primeiro cinema” e do “Cinema clássico”. na produção de sentido do audiovisual, destacando a importância da educação
audiovisual para a criação de um espectador crítico. Para isso pretende-se traçar um
paralelo entre o pensamento de Paulo Freire e Orson Welles nas obras selecionadas.

“O pianista”: soundtrack & score Zanzibar Produções: uma introdução


Daniel Cristiano Santos - Graduado, FASC Fernando Watanabe - Graduando, USP
O presente estudo apresenta-se como uma investigação sobre a importância da Esta proposta visa analisar três filmes do coletivo “Zanzibar”: “Détruisez-vous”(Serge
música no cinema, e tem por finalidade analisar fragmentos da trilha musical do filme Bard, 1968), “Acéphale” (Patrick Deval, 1968) e “Deux Fois” (Jackie Raynal, 1969). Partindo
“O pianista”, de Roman Polanski (2002), com ênfase na música original (score). Também do pressuposto de que cinema é um campo de batalha ideológica fundamental dentro
serão discutidas as possíveis relações dessa trilha com a estrutura narrativa do filme. de uma sociedade, será traçado um caminho que pretende compreender a relação
entre as características estético-formais desses três filmes com o contexto ideológico
historicamente determinado pelo movimento de maio de 1968 na França.

Hall ao lado da EdUFSCar (Biblioteca Comunitária - BCo) Hall ao lado da EdUFSCar (Biblioteca Comunitária - BCo)
17/5 (Terça-feira) das 18h às 19h30 17/5 (Terça-feira) das 18h às 19h30

22 23
Painéis Painéis

O diálogo metalinguístico no cinema de Guilherme de Almeida Prado “João da Matta” (1923) e a construção da identidade cultural caipira
Gabriel Henrique de Paula Carneiro - Graduado, FCL Gustavo Padovani - Graduando, UNESP
O cinema de Guilherme de Almeida Prado destaca-se pela maneira como se relaciona Este painel irá analisar os conteúdos híbridos de críticas, reportagens e crônicas
com o próprio cinema, seja pela estética, pelo gênero ou pela história. Seus longas- publicadas, na década de 1920, sobre o filme “João da Matta” (1923) nos jornais “Diário
metragens conversam com diferentes elementos fílmicos, especialmente os do cinema do Povo” e “Gazeta de Campinas”. Ao utilizar um processo de contextualização cultural,
noir americano, do filme B e dos filmes da “Boca do Lixo” paulistana. Nesse último caso, histórica e antropológica, a investigação pretende identificar os valores atribuídos ao
Guilherme cria uma diferente memória: através de seus filmes, reconstrói os estilos das longa-metragem no meio impresso e traçar a relação conflituosa entre a temática da
produções, bem como pedaços da história da “Boca do Lixo”. obra e a identidade cultural da cidade de Campinas-SP.

Maioria absoluta e o amadurceimento do romantismo revolucionário Processos de tradução: do livro ao filme


Guilherme Farkas - Graduando, UAM Henrique Dias Soares de Barros - Graduando, UFSCar
Este artigo investiga, através do documentário Maioria Absoluta, o nível de autonomia Minha pesquisa procura relacionar a linguagem audiovisual nos filmes “Escravos do
do cinema brasileiro dito “engajado” sobre as manifestações político-partidárias rancor” (Luís Buñuel), “Psicose” (Alfred Hitchcock) e “Rashomon” (Akira Kurosawa),
da década de 1960. A relação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) com as suas gerada a partir das narrativas em prosa dos livros: “O morro dos ventos uivantes”, de
dissidências artísticas: os Centros Populares de Cultura (CPC), da União Nacional dos Emily Brontë; “Psicose”, de Roberto Bloch e “Rashomon”, de Ryounosuke Akutagawa.
Estudantes (UNE), e figuras como Nelson Pereira dos Santos e Leon Hirszman, nas Trarei em minha base argumentativa três bases principais: uma histórica, uma
visões de Ferreira Gullar e Jean-Claude Bernardet. temporal e uma semiótica, a fim de apontar processos de construção de poéticas
cinematográficas.

Signos audiovisuais nos vídeo-jogos A ‘Revolução dos Cravos’ em celulóide


Gustavo de Castro Linzmayer - Graduado, UFSCar Isadora Remundini - Graduanda, UNESP
A análise da linguagem nas imagens dos vídeo-jogos determina uma série de O escopo desta pesquisa é apreender as relações entre a abertura democrática
signos audiovisuais com origem nos jogos eletrônicos. Alguns dos signos estudados portuguesa em 1974 e sua produção audiovisual. Serão considerados os vieses
são peculiares aos jogos eletrônicos, outros têm sua origem nos vídeo-jogos e, possíveis desta relação, como o fim da censura expressado na produção audiovisual,
posteriormente, foram assimilados por outras mídias. Foram levantados e serão as novas políticas para o cinema e o papel do filme como orientador de uma leitura
discutidos signos originários nos vídeo-jogos, tanto por suas características histórica do acontecimento. Para isso, serão analisados os documentários “As armas
audiovisuais imediatas quanto pelos significados peculiares adquiridos. e o povo”, produzido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Filme, e “O bom povo
português”, de Rui Simões.

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O rap em “O invasor” e sua relação com a leitura do espectador/ouvinte Processos de criação coletiva nos estúdios de Disney
João Henrique Tellaroli Terezani - Graduado, UFSCar Luiza de Oliveira Soares - Graduanda, PUC-SP
A pesquisa analisa como o filme “O invasor”, de Beto Brant, faz uso do rap (rythm and O objetivo desta proposta é fazer um inventário dos processos e métodos
poetry): gênero da música popular que, inserido na trilha musical, não apenas exerce desenvolvidos pelo Estúdio Disney, no sentido de valorizar os procedimentos coletivos
funções narrativas comuns à música de cinema, mas evoca um contexto sócio-cultural e sistêmicos da animação. Para tal, foi feito um levantamento das informações
proveniente de relações extra-fílmicas. Além de elucidar a produção de sentidos relacionadas a esse tema em livros e documentos do processo em geral (storyboards,
via gênero musical, a pesquisa explora questões específicas da presença da música imagens e fotos documentais, roteiros, depoimentos, making-of) que serão aqui
popular no cinema, amparada pelos autores Anahid Kasabian, Hilary Lapedis e Jeff discutidas.
Smith.

Provocações etnográficas: autoria e fronteiras na obra de Rouch Aspectos sobre a análise do filme documentário nas práticas da Ciência da
Luciana Fávero - Graduanda, UNICAMP Informação
Discutindo a questão da autoria na produção do cineasta francês considerado pai da Marina Guerra Rossi - Graduanda, UFSCar
antropologia compartilhada, este estudo intenta responder à questão “Foi Jean Rouch Tendo em vista a necessidade de se classificar e analisar filmes no campo da Ciência
um autor?”, a partir da análise dos filmes produzidos por Rouch entre 1955 e 1960 e do da Informação, este trabalho tem como objetivo compreender aspectos teórico-
embate com a bibliografia existente sobre o tema. metodológicos a respeito da linguagem do documentário, a fim de realizar, de acordo
com as teorias que tratam do assunto, classificações por gêneros fílmicos e, também,
análises que subsidiem o levantamento de assuntos e temas, que busquem atender a
demanda dos pesquisadores, principalmente os especialistas em cinema.

Narrativa audiovisual complexa: network narratives A transposição intersemiótica da ironia: uma perspectiva audiovisual
Luis Enrique Cazani Junior - Graduando, UNESP Mirella Monique Soares - Graduanda, USP
Procura-se, neste trabalho, expor as considerações levantadas sobre a classificação de Este trabalho de pesquisa se propõe investigar a livre adaptação cinematográfica do
narrativa audiovisual complexa em “Simon” (2008), denominada network narratives, a conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, realizada pelo cineasta Sérgio Bianchi
partir do estudo de caso proposto por “Yin” (2001), aplicado ao filme “Babel” (Alejandro em Quanto vale ou é por quilo? (2005). Pretende-se averiguar como a ironia inscrita na
Gonzalez, 2006). Discute-se a sua sistemicidade, que permite a complexificação, assim narrativa breve ecoa sob a perspectiva fílmica.
como seu design narrativo, diferenciado em “Propp” (1970), abrindo possibilidades de
introdução de processos interativos que poderão ser desenvolvidos para a produção
de conteúdo na TV Digital.

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A identificação na produção audiovisual para crianças Gloria Swanson e o grotesco em “Crepúsculo dos deuses”
Natália Maeda Pinto de Souza - Graduanda, USP Renan de Andrade Varolli - Graduando, UNIFESP
Este trabalho busca discutir as diversas formas com que se dá a identificação das Este estudo busca justificar a preponderância do papel exercido pelas imagens
crianças com a produção audiovisual voltada para esse público. Será feita uma análise (bem como pela forma como elas são intercaladas) na transmissão do discurso do
dos três eixos que sustentam as histórias infantis - o público, o conteúdo narrativo e filme. Através da forma como a personagem de Gloria Swanson é apresentada em
as estruturas -, buscando formas e abordagens que facilitem a conexão cognitiva e “Crepúsculo dos deuses”, dirigido por Billy Wilder, em 1950, pretende-se comprovar
emocional das crianças com filmes e programas de TV. Analisar-se-á também o longa- essa eficácia do imagético, que aqui recorre a uma iconografia do grotesco.
metragem Matilda (1996), com base nos elementos de identificação encontrados na
pesquisa.

Sofia Coppola e a expressão do deslocamento no cinema independente norte- Tempo e memória em “Viagem ao princípio do mundo” e “A prima Angélica”
americano Samuel Carlos Maestro - Graduando, UNIFESP
Natália Pucci Vestri - Graduada, SENAC O objetivo principal deste trabalho é analisar os filmes “Viagem ao princípio do mundo”
A proposta visa realizar um estudo sobre a expressão do deslocamento das (Manoel de Oliveira, 1997) e “A prima Angélica” (Carlos Saura, 1974), do ponto de vista
personagens dos três longas-metragens da diretora Sofia Coppola, inseridos dentro do sociológico. A ideia é trabalhar os diálogos, a música, os movimentos de câmera e a
contexto do cinema independente norte-americano, e suas relações com os momentos sobreposição dos sons envolvidos na mise-en-scène. A análise procura identificar a
históricos de representação e de realização. maneira como o tempo e a memória são elaborados nestes dois filmes, a partir de
elementos comuns presentes em ambos, como a viagem de automóvel e a visita aos
lugares do passado.

O road movie brasileiro ou o sertão revisitado Os vídeos interativos e suas modalidades


Renan de Almeida Lima - Graduado, SENAC Sergio Ricardo Santos - Graduando, UAM
No presente trabalho abordarei a nova configuração do sertão no cinema brasileiro Esta pesquisa busca apresentar uma proposta de organização do formato interativo
através dos filmes “Cinema, aspirinas e urubus” (2005), “Árido movie” (2006) e “O céu inserido em diversas produções audiovisuais. Primeiramente, faremos uma discussão
de suely” (2007). A utilização recorrente do gênero road movie trouxe às imagens teórica dos conceitos de “interação” e “interatividade”. Após isso, mostraremos uma
e narrativas uma série de problemáticas novas que vão além daquelas tradicionais análise de diversos vídeos interativos publicados na internet e em DVD, identificaremos
como a pobreza e a exclusão social. Meu objetivo, portanto, será delinear esses novos as formas de produção interativa e as separaremos em modalidades que talvez tenham
aspectos. surgido espontaneamente e que não foram, portanto, nomeadas nem apresentadas de
forma organizada.

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A narração dos três amores em Buriti e Noites do Sertão


Thais Travassos - Graduada, USP
O presente trabalho pretende discutir como o narrador da novela “Buriti”, de João
Guimarães Rosa, é adaptado no filme “Noites do sertão”, do diretor Carlos Alberto
Prates Correia. Pretende-se, também, observar como as diferentes perspectivas
narrativas propõem uma discussão sobre o amor e suas diferentes facetas: o físico, o
erótico e o romântico.

Poéticas / políticas da construção: Eisenstein e as vanguardas


Thays Salva - Graduanda, UNIFESP
A pesquisa analisa as interações entre o cinema de Eisenstein e as vanguardas artísticas
- em especial, o Construtivismo russo - a partir do estudo dos filmes “Outubro” e
“Romance sentimental” e do artigo “A dramaturgia da forma”. Percebe-se, deste modo,
como as premissas existentes nessas vanguardas, desenvolvidas a partir do desenrolar
das concepções de Moderno, Modernidade e Modernismo entre o final do século XIX e
o início do XX, apresentam-se em diálogo com o trabalho do cineasta.

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Sessões de mesas e
comunicações

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2.Cinema e música: uma relação mais que
1.Reverberações e palimpsestos no cinema sonora

“Pocilga”, de Pasolini, em chave glauberiana As múltiplas funções da música filmada


Josette Monzani - Doutora, UFSCar (coordenadora) Suzana Reck Miranda - Doutora, UFSCar (coordenadora)
Apresentar alguns pontos de contato existentes entre “Pocilga”, de Pier Paolo Pasolini, Esta comunicação aborda apontamentos de Michel Chion acerca do ato de “filmar
e os filmes “O leão de 7 cabeças” (Der leone have sept cabeças) e “Cabeças cortadas”, de a música”, sobretudo duas características: a de que há uma dupla função quando
Glauber Rocha, a fim de discutir a isomorfia de suas representações e a atemporalidade um filme apresenta uma execução musical na diegese, e de que é uma difícil tarefa
nos três demarcada. filmar a essência da performance de música instrumental. O objetivo é estender
e contextualizar tais ideias através da análise de exemplos, bem como destacar as
múltiplas aderências da execução musical filmada à narrativa audiovisual.

Olhares sobre o Morro da Mangueira Dramaturgia sonora/dramaturgia musical


Maria Noemi de Araujo - Doutora, CLIPP Martin Eikmeier - Doutor, SPET
Trata-se de uma pesquisa sobre psicanálise e cinema em que se analisa dois olhares Um estudo do som e da música no cinema segundo categorias da dramaturgia. A
sobre o Morro da Mangueira num intervalo de dez anos: “Samba” (2001, Tereza intenção é mostrar como alguns dos princípios que abastecem a crítica literária de
Jousourun) e “O samba que mora em mim” (2010, Georgia G. Peixe). tradição marxista e dialética podem ser úteis para a interpretação do papel da música e
do som na construção temática de um filme para além de suas disposições puramente
formais.

Caminhos da dor: a jornada do luto em “Bajo California” e “Lake Tahoe” Entre o cinema e a canção: uma história da MPB
Patrícia Costa Vaz - Mestranda, UFSCar Marcia Regina Carvalho da Silva - Doutora, FAPCOM/ FIRB
O artigo pretende analisar os elementos narrativos de representações da morte e do A proposta principal é apresentar uma leitura crítica das relações entre a história do
luto em dois recentes filmes da cinematografia mexicana: “Bajo California” (1998), de cinema e a história da música popular no Brasil. Esta perspectiva historiográfica articula
Carlos Bolado e “Lake Tahoe” (2008), de Fernando Eimbcke, e discutir suas proximidades trabalhos, estudos, pesquisas, análises e memórias publicadas, para retomar questões
e significações. importantes que circulam no debate sobre a música no cinema brasileiro.

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3. Como o fenômeno da cultura participativa
está transformando a indústria de mídia e a
sociedade 4.Documentários etnográficos

Construção de mundos de história multi-plataformas De Henri-Cartier Bresson a Jean Rouch, um trajeto em busca do real
Jônatas Kerr de Oliveira - Mestre, UFSCar (coordenador) Antônio G. F. Rodrigues - Doutorando, USP (coordenador)
Observando que as teorias de construção de mundo se distinguem em duas A partir da aplicação do conceito de momento decisivo (de Henri-Cartier Bresson) ao
perspectivas de análise, uma voltada para o processo de definição e estruturação do cinema, sobretudo ao campo documentário, e da fabulação, propõe-se uma leitura do
mundo, e outra para o processo de representação mental a partir da apresentação do cinéma vérité como caminho de busca da verdade através da captação da imagem real
mesmo, esta comunicação tem como objetivo ressaltar a importância da intersecção de e a reinvenção de seu significado, rompendo fronteiras e abrindo caminho para novas
ambas as abordagens quando a narrativa em questão é uma narrativa transmidiática, formas de linguagem, em contraponto ao aspecto ilustrativo e espetacular do “direto”.
tomando como exemplo o processo de construção do mundo de Warcraft.

As indústrias culturais e sua reconfiguração na era digital A realização de documentários por comunidades indígenas
Náyady Karyze Oliveira Nunes da Silva - Mestranda, UFSCar Juliano José de Araújo - Doutorando, UNICAMP/UNIR
Os avanços das tecnologias digitais, somados à popularização da internet, têm A comunicação discutirá a realização de documentários por comunidades indígenas,
possibilitado aos indivíduos a produção e divulgação de conteúdos em rede, tendo como objeto de estudo o documentário “O manejo da câmera” (2007, 17 min.),
estreitando a fronteira entre os papeis do produtor e do consumidor contemporâneos. realizado por indígenas da etnia Kuikuro, do Alto Xingu, no âmbito do projeto “Vídeo
Este trabalho reflete sobre essas mudanças causadas pelas tecnologias digitais nas aldeias”. A partir da tipologia da presença do sujeito da ‘câmera na tomada’, busca-
que afetam a estrutura das indústrias culturais na atualidade, principalmente por se evidenciar de que forma os realizadores indígenas, no papel de sujeitos da câmera,
permitirem aos cidadãos comuns a prática de atividades antes concentradas apenas fazem-se presentes no mundo pelo espectador.
nas mídias de massa.

Bem vindo ao labirinto da convergência: “machinema” - o cinema interativo O processo criativo no cinema de Jean Rouch
Silvia Regina Saraiva Orru - Mestranda, UAM Alexandra Lima Gonçalves Pinto - Mestre, UFSCar
Este estudo propõe analisar um novo gênero cinematográfico, produto da era digital: O processo de criação do filme “Jaguar”, na África, apresenta-se como uma
o “machinema”, que, em uma definição ampliada, é a convergência do cinema e oportunidade ímpar para compreender o desenvolvimento do cinema participativo
jogos eletrônicos que utiliza técnicas cinematográficas aplicadas em um espaço e aberto ao improviso do cineasta Jean Rouch. Com fortes influências de Flaherty
interativo, com o uso de bancos de dados, onde os personagens e os eventos podem e Dziga Vertov, Rouch produziu obras que retratam a cultura africana e ao mesmo
ser controlados pelo espectador e/ou inteligência artificial. É conceitualmente tanto tempo investigam as possibilidades narrativas e criativas do cinema de maneira única,
um filme feito a partir da engenharia de jogos eletrônicos, quanto um processo de extrapolando os limites entre documentário e ficção.
produção narrativo.

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5.Música no cinema 6.Cinema infantil

Música, imagens e palavras: especificidades da canção na trilha sonora Walt Disney e o desenho animado enquanto parergon musical
Edison Delmiro Silva - Doutor, UNIMONTE (coordenador) Rafael Duarte Oliveira Venancio - Doutorando, SENAC-SP (coordenador)
A música atua de formas distintas na trilha sonora de um filme, e uma canção altera Este trabalho, inspirado nos estudos estéticos de Jacques Derrida, propõe analisar
significativamente mais a natural polifonia da narrativa cinematográfica com a a linguagem do desenho animado, focando a representação musical efetuada por
apresentação de signos adicionais, textuais, que passam a integrar a diegese. A Walt Disney em seus primeiros anos. Trabalhando o parergon da música, esses
imagem tem os seus elementos significantes, assim como a música tem os dela, desenhos animados buscavam a (re)presentação visual fiel dessa arte. Somando
contudo, o acréscimo de texto que a incidência de uma canção resulta, faz com que intencionalidades na construção fílmica (tempo de animação=tempo musical) e
esta forma sonora adquira papel ativo na construção da narrativa que se somam aos opções imagéticas, a mise-em-scène se torna um complexo jogo linguístico entre
elementos visuais. suplementariedade e escritura.

Transtextualidade e suas diferenças O som no cinema de animação silencioso: sugestão sonora e HQs
Érica Cristine de Almeida - Mestranda, UAM Ana Luiza Pereira Barbosa - Mestre, SENAC
O trabalho propõe uma análise da relação transtextual existente entre os filmes Nos anos 1920, com a popularização das séries de personagens, o desenho animado
“Grease: nos tempos da brilhantina” (1978) e “High school musical” (2006), apontando norte-americano desenvolve uma estética própria, com influências dos meios gráficos,
os elementos diferenciais utilizados para a construção de uma narrativa que, apesar de da comédia e do vaudeville. Através da análise de filmes das séries “O gato Felix” e “O
hipertextual, possui características marcantes e originais. coelho Osvaldo”, este estudo busca identificar as características próprias do cinema de
animação advindas das histórias em quadrinhos em relação ao uso de soluções visuais
para sugestões sonoras no período silencioso.

Som, música e movimento no audiovisual: ensaio de técnicas para sincronia e Peraltas em filmes do início do séc. XX e o cinema na classe média
espacialização em animações Mirian Ou - Mestranda, UFSCar
Marcos Paulo Blasques Bueno - Mestrando, UNICAMP O trabalho analisa quatro filmes cômicos do início do séc. XX protagonizados por
Ensaio sobre movimento sincronizado interartes em obras criadas em stop motion meninos peraltas de famílias burguesas: “The buster brown series” (E. Porter, 1904),
com ênfase no gênero musical animado. Limita-se ao diálogo entre som, música e “Bébé tire à la cible” (Feuillade, 1912), “Bout de Zan et l’embusqué” (L. Feuillade, 1915)
imagem pela elaboração, análise e releitura de mapas do deslocamento e sincronia. e o brasileiro “Os óculos do vovô” (F. Santos, 1913). A análise privilegia dois focos: a
Emprega abordagem fenomenológica da pesquisa qualitativa: ocorre coleta dados, estrutura narrativa e a construção dos personagens pela dramaturgia e mise-en-scène,
análise e interpretação, com mínima interferência pessoal. Objetiva-se integrar recursos suscitando relações dos filmes com a legitimação do cinema na classe média.
notacionais à guia de sincronia e movimento, viabilizando complexidades criativo-
estruturais.

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18/5 (Quarta-feira) às 9h 18/5 (Quarta-feira) às 9h

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8.Documentário: a tradição de falar do
7.Olhares sobre o cinema internacional outro

Os corpos no cinema de Werner Herzog “Rua de mão dupla”: a construção do outro


Albert Elduque - Doutorando, USP (coordenador) Gérson Trajano de Santana - Mestre, PUC-SP (coordenador)
A figura do homem selvagem é um elemento fundamental no trabalho figurativo do Falar do outro é uma tradição do documentário. E, tradicionalmente, para se falar do
cinema do diretor alemão Werner Herzog. Os seus intérpretes sintetizam a dialética outro em documentário, há normas e convenções que entram em ação, como o uso de
entre natureza e cultura desse personagem mítico porque sempre oscilam entre comentário com voz de Deus, as entrevistas e a gravação de som direto, entre outras.
o corpo livre do selvagem e o gesto educado pela sociedade, entre o não-ator e o Em “Rua de mão dupla”, o diretor Cao Guimarães realizou um documentário que rompe
ator, entre o movimento animal e o controle humano. O cinema de Herzog é uma com a forma “Eu falo deles para você”. Ele criou, ainda, um dispositivo que mescla
reivindicação do selvagem diante das normas civilizadas sobre o corpo. objetividade e subjetividade.

Fazer ver no documentário de guerra: “Corações e mentes” e “Restrepo” O acontecimento sob a forma de acidente
Mariana Duccini Junqueira da Silva - Doutoranda, USP Rafael de Almeida - Mestre, UNICAMP
Considerando a instalação de um ponto de vista como apanágio e fator de legitimação Tomando como pressuposto que o documentário “Acidente” (Cao Guimarães, Pablo
do documentário, o trabalho propõe uma análise contrastiva de “Corações e mentes” Lobato, 2006) realiza-se sob o risco do real, proponho neste ensaio uma reflexão acerca
(Peter Davis, 1974) e “Restrepo” (Tim Hetheringtin e Sebastian Jungen, 2010), a fim de do ‘espaço como acontecimento’, termo cunhado pelo filósofo francês Gilles Deleuze.
depreender, nos discursos fílmicos, estratégias enunciativas que conferem, em cada um Para tanto, por meio de uma análise fílmica centrada no caráter de dispositivo do filme,
dos documentários, uma autoridade que se perfaz, no primeiro caso, em nome de uma discuto seus desdobramentos estéticos, para, enfim, propor que tais reverberações vão
interpretação daquilo que dá a ver e, no segundo caso, da mera competência de dar a além do plano unicamente estético. São, essencialmente, políticas.
ver.

A memória dos anjos de Wenders Pierre Verger: esboço dos primeiros dados de pesquisa
Ricardo Tsutomu Matsuzawa - Mestre, UAM Sabrina Rocha Stanford Thompson - Mestranda, UNICAMP
Este artigo examina a questão da memória no filme “Asas do desejo” (Wim Wenders, Este trabalho procura investigar as situações contingenciais que atravessaram o
1987). Os personagens são dois anjos, cuja principal característica é que são meros processo de produção e captação de três documentários :“A cidade das mulheres”,
espectadores das histórias e não interagem através de sentimentos e palavras. Por esse 2005, de Lázaro Faria; “Atlântico negro- na rota dos orixás”, 1998, de Renato Barbiere
viés, pode-se construir uma relação dos anjos com a experiência dos espectadores do e “Pierre Verger: mensageiro entre dois mundos”, 1998, de Lula Buarque, com ênfase
cinema. Considerando que, para Wenders, o cinema se coloca como um guardião da neste último.
memória, aborda-se também a experiência pessoal do realizador.

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18/5 (Quarta-feira) às 9h 18/5 (Quarta-feira) às 9h

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9.Mercado e indústria 10.Observar Tarkovski

A globalização do cinema no Brasil (1993-2009) Temas e figuras do discurso religioso em “O sacrifício”, de Tarkovski
André Piero Gatti - Doutor, UAM (coordenador) Antonio Vicente Seraphim Pietroforte - Doutor, USP (coordenador)
Este trabalho discute a globalização da produção cinematográfica brasileira, no Um dos preceitos básicos da análise do discurso é o conceito de heterogeneidade
período 1993-2009, via leis de incentivo cultural, particularmente através do Art.3º da constitutiva, que concebe a significação sendo formada através do dialogismo - desse
Lei 8.685/93 (Lei do Audiovisual). ponto de vista, um discurso constrói-se nas relações que contrai com outros discursos.
Ao encontro dessa proposta, nosso trabalho tem o objetivo de mostrar como a
significação em “O sacrifício”, de Andrei Tarkovski, define-se em relação às alusões a
símbolos e ritos religiosos, presentes na textualização do filme.

Panorama da distribuição de filmes brasileiros: 1990-2007 A memória nos dois “Solaris”: duração e pulsão em Tarkovski e Soderbergh
Roberta Santos Assef - Mestranda, UFSCar Eliza Bachega Casadei - Doutoranda, USP
Panorama da distribuição de filmes brasileiros no mercado cinematográfico nacional, A memória funciona como ponto nodal das narrativas dos filmes “Solaris” dirigidos
de 1990, ano de extinção da “Embrafilme”, até 2007, em que é regulamentado o por Tarkovski (1972) e Soderbergh (2002). Tratam-se, no entanto, de duas memórias
“Fundo Setorial do Audiovisual”. Serão abordadas as políticas públicas para o setor e os diferentes que estão implícitas nos elementos fílmicos das duas obras. O presente
principais players do mercado no período, dentre majors e independentes, mantendo- artigo busca estudar os elementos que nos permitem perceber a diferença, bem
se em perspectiva a interação da distribuição com os demais elos da cadeia produtiva. como a maneira a partir da qual ela se articula. Se Tarkovski se aproxima de uma visão
bergsoniana da memória, Soderbergh a articula enquanto montagem de pulsões.

Produção cinematográfica no Cone Sul A questão das paixões e da verossimilhança em Diderot e Tarkovski
Gabriela Morena de Mello Chaves - Mestranda, USP Luiz Henrique Alves de Souza Monzani - Mestrando, UFSCar
Nas últimas duas décadas, a produção cinematográfica sul-americana começou a Nossa proposta pretende analisar como o cinema, exemplicado pelos filmes de
retomar o seu ritmo graças ao abrandamento das crises econômicas por que passavam Tarkovski, retoma e, de certo modo, continua um debate que já vinha desde o século
os países da região e à implementação de melhores políticas de apoio ao cinema. XVIII acerca de duas questões principais quando se discute a questão da representação
Esses novos filmes trazem as vozes e ideias de seus cineastas, compondo narrativas - tanto teatral como cinematográfica: a verossimilhança e as paixões.
que retratam fragmentos das realidades experimentadas. Tais fragmentos começam
a montar um mosaico representativo da organização social e cultural das nações do
continente.

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11.Cinema silencioso brasileiro: circulação de
espetáculos e signos 12.Cinema e arte

Prólogos cinematográficos: entre Hollywood e o teatro de revista “Koyaanisqatsi”, ou o movimento como aceleração
Luciana Corrêa de Araújo - Doutora, UFSCar (coordenadora) André Bonotto - Doutorando, UNICAMP (coordenador)
Em 1926, o exibidor Francisco Serrador implementa na recém-criada Cinelândia a Apresentaremos neste trabalho uma análise do filme “Koyaanisqatsi” (Godfrey Reggio,
novidade dos prólogos cinematográficos, sucesso nos Estados Unidos. Apresentação 1983), apontando na narrativa fílmica um movimento que a percorre por completo: um
de palco, o prólogo se baseava no tema, características, diálogos ou cenas do filme a movimento de aceleração dado a ver tanto nos eventos de mundo registrados, como
ser apresentado logo em seguida. Esta comunicação se propõe a examinar como se também um movimento de aceleração imanente aos processos fílmicos em operação,
deu a adaptação do modelo norte-americano no Brasil, analisando em particular a dentre os quais destacamos a duração do plano, a captação de imagem acelerada, a
relação entre os prólogos brasileiros e o teatro de revista. movimentação de câmera na tomada e a estrutura da trilha musical.

A viagem dos signos Documentário-ensaio: registros sobre arte


Sheila Schvarzman - Doutora, UAM Ananda Carvalho - Doutoranda, PUC-SP
“O guarani” de José de Alencar (1857), transformado em ópera por Carlos Gomes O presente artigo pretende aplicar o conceito de “documentário-ensaio” em
(1870), serviu de base para oito encenações cinematográficas entre 1908 e 1926. documentários sobre arte. Para tanto, observa as obras premiadas no Prêmio Registro:
Recuperaremos algumas dessas transposições na ária filmada em 1908 num circo, em “Blindagem” (Andre Costa), “Degrau” (Coletivo GIA) e “Parangolé” (Lourival Cuquinha).
cantantes, na montagem de 1916, e de 1926, ambas de Vittorio Cappelaro. Nelas, o Essas obras apresentam um desvio da ênfase que o documentário estabelece com
encontro de temas supostamente nacionais, com o formato internacional do film d´art, a representação realista do mundo histórico. Criam licenças poéticas, estruturas
ao gosto do imigrante e aos desejos de nobilitação do cinema brasileiro e de seus narrativas menos convencionais e formas de representação mais subjetivas.
realizadores.

Agonia e êxtase: aspectos econômicos da Cinelândia Paulistana Uma introdução à produção fílmica e experimental de Hélio Oiticica
Julio Lucchesi Moraes - Doutorando, USP Natasha Marzliak Norberto - Mestranda, UNICAMP
A configuração da Cinelândia Paulistana, em meados dos anos 1950, pode ser Introdução às experiências ambientais e fílmicas de Hélio Oiticica produzidas na
considerada como um dos momentos máximos da História do setor exibidor década de 1970: os quase-cinemas. Questionando o cinema narrativo e a posição
paulistano. Os motivos de tal fenômeno são diversos e sua plena compreensão exige apenas contemplativa do espectador, o artista propôs espaços sensoriais através dos
uma abordagem plural. O presente artigo tem por objetivo contribuir a tal discussão, suportes cinema, fotografia e som, de forma a mudar o sentido do tempo, recusar o
analisando o período com um viés econômico. Para tanto, buscaremos nos valer de objeto acabado e convidar o público à vivência corpórea. Instalações multimídia que se
uma série de dados a fim de mapear as variáveis responsáveis pelo triunfo e posterior desdobrariam nas produções contemporâneas de vídeo-instalações.
queda dos palácios.

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13.Transmidiações: conceituação e aplicação 14.Leituras do cinema ibérico

Transmídia: novas estratégias narrativas para o mundo conectado A propósito de singularidades. Notas sobre cinema e teatro em Manoel de
Vicente Gosciola - Doutor, UAM (coordenador) Oliveira
A apresentação trata do processo de transmidiação que se apresenta com vigor na Renata Soares Junqueira - Doutora, UNESP (coordenadora)
atualidade. O foco principal está na sua conceituação, sem a intenção de esgotá-lo, Este trabalho consiste numa apreciação crítica da adaptação do conto queiroziano
porque muito há por se discutir, apesar desta ter sido utilizada pela primeira vez em “Singularidades de uma rapariga loura”, transformado em filme, em 2009, pelo
1991. Trata da narrativa transmídia como resultante da articulação entre diferentes realizador português Manoel de Oliveira. Nos acréscimos, nada despiciendos, que a
narrativas, todas elas complementares e ligadas a uma narrativa preponderante e cada “verve” do cineasta traz para o enredo de Eça de Queiroz encontram-se sinais evidentes
uma veiculada pela plataforma que melhor potencialize suas características. da estética peculiar que inspira este filme - uma estética que tem muito de teatral,
como se verá.

A natureza lúdica dos jogos de realidade alternada O discurso alegórico em “Noite escura”, de João Canijo
Dario de Souza Mesquita Júnior - Mestrando, UFSCar Wiliam Pianco dos Santos - Mestrando, UFSCar
Os Alternate Reality Games (ARGs), ou jogos de realidade alternada, possuem Esta proposta de comunicação consiste na análise do longa-metragem “Noite escura”
características que tendem a “borrar” as fronteiras temporais, espaciais e sociais entre (2004), do cineasta português João Canijo. O objetivo é verificar em que medida seu
o mundo ficcional criado e a realidade cotidiana na qual ele se insere. Desta forma, realizador utiliza a fotografia como elemento alegórico na construção dessa narrativa
os ARGs desafiam o conceito clássico de jogo como uma atividade à parte da vida para discutir o posicionamento de Portugal em um contexto que compreende sua
comum, tornando-se necessário rever este conceito para compreender como os ARGs relação com a Europa, passando por uma perspectiva de crise de identidade nacional
se posicionam diante daquele, tendo como foco especialmente as qualidades imersivas que encontra associações com a ideia de “salvação” existente nos textos bíblicos.
do lúdico.

Produção transmídia - híbrido de produto e ferramenta de marketing A hibridação de gêneros em “Trem de sombras”
Claudio Ferraraz Junior - Mestrando, UFSCar Sara Martín Rojo - Mestranda, UNICAMP
Este trabalho visa analisar como os produtos transmidiáticos das franquias A proposta deste trabalho é analisar o filme de Jose Luis Guerín, “Trem de sombras”
cinematográficas podem ser elaborados e utilizados como ferramentas de marketing (1997), um filme totalmente a-genérico no qual se tomam emprestadas as
para potencializar mercadologicamente as mesmas, oferecendo oportunidades de particularidades de quatro formatos diferentes: filme de família, cinema de arquivo,
criação de produtos para comercialização em diversas mídias, ou seja, geradores de falso documentário e ensaio poético; com o objetivo de descobrir quais são as
receita, ao mesmo tempo em que estabelecem novas formas de divulgação e de necessidades funcionais a que atende cada “gênero” dentro do filme.
contato com o público consumidor.

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15.Cinema: Tempo, Memória e História 16.Crítica cinematográfica

O tempo e a história em “La mujer sin cabeza”, de Lucrecia Martel A pornochanchada na crítica de cinema da imprensa alternativa
Mônica Brincalepe Campo - Doutora, Faculdade Cásper Líbero (coordenadora) Margarida Maria Adamatti - Doutoranda, USP (coordenadora)
Esta comunicação tem por base a análise fílmica de “La mujer sin cabeza” (2008), da A designação de pornochanchada às comédias eróticas na imprensa dos anos setenta
cineasta argentina Lucrecia Martel. Verô (personagem central) passa por um surto de era acompanhada de condenações pelo mau gosto dos filmes. Para a maior parte dos
amnésia traumática após se envolver em um acidente fatal. A trama se desenvolve em críticos, o gênero era uma distorção estética e moral, feito para passar pelo crivo da
um tempo de puro presente. Fica subjacente ao enredo do filme a relação tensa entre censura. A análise comparativa com a imprensa alternativa permite avaliar as diferentes
a memória e a organização do discurso histórico. Propomos discutir o que Paul Ricouer abordagens dos críticos, em especial as de “Opinião” e “Movimento”, que inseriam o
denominaria ser a temporalidade inacabada. tema no contexto da produção e da política estatal.

Memória, cinema e representação em “Cinema Paradiso” Contra a palavra: manifestações do “antitalkismo” no Chaplin-Club
Ana Paula dos Santos Martins - Doutora, SEE-SP Fabricio Felice Alves dos Santos - Mestrando, UFSCar
O objetivo deste trabalho é analisar o papel da memória como mecanismo de Um dos traços mais lembrados da atuação do Chaplin-Club, cineclube fundado no Rio
representação em “Cinema Paradiso” (1988), a partir do jogo de espelhamento entre de Janeiro em 1928, é a marcante oposição que seus integrantes assumiram em relação
a reconstrução da infância e adolescência, vividas em torno do “Cinema Paradiso”, na ao filme falado. Em um primeiro momento, a argumentação dos cineclubistas contra
pequena cidade de Giancaldo, pelo protagonista Salvarore di Vita, e o encontro com os talkies encontrou sua maior justificativa na rejeição à palavra falada. Ao longo das
as “ruínas” desse passado, trinta anos depois. Entre lembrar e esquecer, as memórias nove edições de “O Fan”, órgão divulgador das ideias do cineclube, é possível avaliar as
individuais e sociais revelam profundas alterações na relação entre o cinema e seus noções utilizadas pelo grupo a fim de sustentar sua postura “antitalkista”.
espectadores.

Cinema e História no filme “A hora da estrela”, de Susana Amaral A crítica de Ismail Xavier: dos jornais aos estudos acadêmicos
Carla Conceição da Silva Paiva - Doutoranda, UNICAMP Isabella Mitiko Ikawa Bellinger - Mestranda, UFSCar
O texto busca construir bases teóricas para pensar o filme de ficção como testemunho Esta comunicação visa debater dois momentos da produção crítica de Ismail
de um tempo e propostas ideológicas presentes no ambiente social que o produziu e o Xavier: do estudante de cinema da ECA/USP, no fim da década de 1960, ao crítico
recebeu. Especificamente, será analisado como a narrativa fílmica de “A hora da estrela” cinematográfico, com ensaios de grande visibilidade principalmente acerca do cinema
(1985) está relacionada com as bandeiras do movimento feminista na década de 1980. brasileiro. A pesquisa se pautou em livros publicados por Xavier e no levantamento de
Para tanto, será realizada uma crítica à obra cinematográfica e uma análise sociológica resenhas críticas por ele escritas e publicadas na coluna de cinema do jornal O Diário
fílmica, com base nos estudos de Pierre Sorlin. de S. Paulo entre julho de 1968 e junho de 1969.

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17.Documentário e animação 18.Sonoridades cinematográficas

Documentário animado: um estudo sobre “Valsa com Bashir” Figuras traçadas na “Luz silenciosa”: a encenação em Carlos Reygadas
Maria Ines Dieuzeide Santos Souza - Mestranda, UFSCar (coordenadora) Hugo Leonardo Castilhos dos Reis - Mestrando, UFSCar (coordenador)
Tem se destacado nos últimos anos a produção de um tipo de filme documentário Este trabalho se dedica ao estudo do estilo do diretor mexicano Carlos Reygadas,
construído com técnicas de animação. Tomando como objeto de análise o filme “Valsa a partir de seu filme “Luz silenciosa” (2007), analisando especificamente a mise-en-
com Bashir” (Ari Folman, 2008), a partir de uma leitura crítica dos conceitos e modos de scène, o uso do plano-sequência e os arranjos estéticos articulados no espaço fílmico.
representação definidos por Bill Nichols, buscamos refletir sobre algumas implicações Pensaremos nossa análise a partir de algumas sequências específicas do filme em
dos usos das imagens animadas na realização documental e identificar o lugar que este questão, dialogando com os conceitos e ponderações estabelecidos por David
filme ocupa (com seus diálogos e tensões) na tradição documentária. Bordwell em seu livro “Figuras traçadas na luz” (2008).

Público adulto e animação: os sentidos que vão além do infantil Desafios sonoros: a finalização de som em “Tropa de elite 2”
Arthur Luiz Cavalcante de Macêdo - Mestrando, UAM Bernardo Marquez Alves - Mestrando, USP
O presente estudo propõe uma análise do conteúdo presente em obras de Esta pesquisa pretende apresentar e analisar o processo de criação na edição de som
animação direcionas a um público específico, configurando uma estratégia da e mixagem do filme “Tropa de elite 2” (José Padilha, 2010). Além disso, considerando
hipermodernidade que objetiva o posterior consumo dos “produtos conexos” ao filme a existência de uma discrepância entre a evolução tecnológica e a pouca valorização
e o desenvolvimento das transnarrativas. Problematiza-se, dessa forma, a relação entre dos profissionais de som cinematográfico, também é proposta deste trabalho discutir
espectador e obra animada, utilizando para análise e estudo os longas “The lion king” questões relevantes sobre a realidade brasileira contemporânea relacionada à
(Rob Minkoff, 1994) e “Up” (Pete Docter, 2009). produção sonora no cinema.

“O divino, de repente” e o documentário animado brasileiro A entoação da voz em “La voix humaine” e “La ciénaga”
Jennifer Jane Serra - Mestranda, UNICAMP Damyler Ferreira Cunha - Mestranda, USP
Esta comunicação busca apresentar a relação entre animação e narrativa documental Nesta pesquisa, estabelece-se um paralelo entre dois filmes, o curta-metragem, “La
a partir do documentário animado “O divino, de repente”, lançado em 2009. Partiremos voix humaine”, de Roberto Rosselini (1947), um dos episódios do filme “L’amore”, e
dos materiais e dos elementos de produção de sentido engendrados no filme para “La ciénaga”, filme de Lucrecia Martel (2001). Em tais filmes, a musicalidade da voz e
analisar a representação de elementos culturais e subjetivos através do documentário a sonoridade dos ruídos constróem uma cadencia no diálogo de onde emergem um
animado. Também, tomaremos a análise contextual para avaliar como o filme pode tempo musical que procura enfatizar a ambiguidade existente entre a palavra e os
exercer influência na consolidação do documentário animado no Brasil. objetos no entorno da cena.

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19.Gênero e análise fílmica 20.Documentários, documentais, ficções

A estrada das mulheres em “Mar de rosas” A recente produção de documentários musicais no Brasil
Samuel Paiva - Doutor, UFSCar (coordenador) Alessandro Constantino Gamo - Doutor, UFSCar (coordenador)
Esta comunicação tem por objetivo a análise do filme “Mar de rosas” (Ana Carolina, Nota-se, há alguns anos, o crescimento da produção de documentários com temática
1977), de modo a abordá-lo com referenciais provenientes da teoria dos gêneros musical - que chamaremos de documentários musicais - no Brasil. Essa produção, se
audiovisuais, especificamente dos estudos sobre road movies, por um lado, tematicamente não é nova na história do cinema brasileiro, vem se diversificando
contrapostos, por outro, à teoria feminista do cinema. A ideia é perceber como o filme no que se refere aos formatos, duração e abordagens. A proposta é apresentar
em questão pode contribuir para o conhecimento sobre gênero, tanto na perspectiva características específicas dessa produção recente, avaliar o seu papel no panorama
cinematográfica quanto no sentido de construção da identidade sexual. cultural nacional atual e como ocupa espaços novos da produção documental.

Análise fílmica e matriz ensaística: entre o objetivo e o subjetivo Filme doméstico: um universo a ser explorado
Rubens Luis Ribeiro Machado Júnior - Doutor, USP Carlos Alberto Antonio Caruso - Mestrando, UAM
Certas interrogações sobre as tarefas da crítica, assim como sobre a construção pessoal Nesta apresentação iremos abordar o tema “Filme doméstico”, enquanto instrumento
de um discurso a respeito de uma obra audiovisual, levam-nos aos procedimentos para a preservação de memórias familiares, tendo este um papel importante como
elementares da análise fílmica e aos fundamentos que lhe servem de horizonte. substituto dos álbuns de fotografias. O avanço da tecnologia tornou possível que a
Historicamente o texto crítico resolveria entre a crônica e o ensaio os seus modos de maioria das pessoas tenha acesso a equipamentos que permitem gravar imagens
analisar descrevendo, comentando e interpretando objetos subjetivados. A crítica digitais, inclusive filmes. Notamos também o surgimento de estudos acadêmicos e
como “julgamento fundado” (Benjamin), requisita pensarmos as práticas da análise publicações que buscam estudar este tema ainda pouco explorado nos estudos de
fílmica. cinema.

Deleuze e o road movie: notas introdutórias Recife falso: a construção do falso-documentário no curta “Recife Frio”
Alessandro Carvalho Sales - Doutor, UFSCar Caue Fernandes Nunes - Mestrando, UNICAMP
Trata-se de apresentar notas iniciais a uma pesquisa que almeja apresentar os Nos últimos dez anos, o documentarismo brasileiro passou por uma série de
caminhos conceituais do gênero road movie, tais como tradicionalmente apontados experimentações narrativas e estéticas que estabeleceram um diálogo com a ficção. O
pela teoria do cinema, e buscar estabelecer uma leitura comparativa com base nas curta-metragem “Recife frio” (Kléber Mendonça Filho, 2009) é um “falso-documentário”
ideias procedentes da filosofia de Gilles Deleuze, não apenas em função de fragmentos que constrói uma narrativa a partir de um evento climático inventado, mas que levanta
dos livros “A imagem-movimento” e a “Imagem-tempo”, mas também, e especialmente, discussões importantes para a cidade de Recife, em Pernambuco.
segundo a perspectiva crítica e clínica de que o pensador se valeu para investigar a
literatura.

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21.Cinema brasileiro: anos 50 22.Intersecções e intertextualidades

“De vento em popa” - a maturidade do filme musical da Atlântida Retratos da América nas visões de Rockwell, Capra e Lynch
Sandra C. N. Ciocci - Doutoranda, UNICAMP (coordenadora) Rogério Ferraraz - Doutor, UAM (coordenador) e Paulo Roberto Ferreira da Cunha -
O filme “De vento em popa”, produzido no ano de 1957 pela companhia Atlântida Mestre, ESPM
e sob direção de Carlos Manga, é uma obra que marca o amadurecimento do filme Neste trabalho, feito em sistema de co-autoria entre Paulo Roberto Ferreira da Cunha e
popular dessa empresa, e da trilha musical inserida nessas produções. Nesse artigo, Rogério Ferraraz, será observada a questão da intertextualidade como elemento capaz
apontaremos procedimentos utilizados para a composição musical inserida de maneira de alinhar obras do artista Norman Rockwell e filmes dos cineastas Frank Capra e David
diegética e não diegética, a parceria de Carlos Manga com Alexandre Gnattali e a Lynch, a partir da análise sobre a forma como eles abordam uma temática em comum:
presença de estilos musicais não convencionais nas comédias musicais populares. o modo de vida americano e suas representações.

O homem da palma de ouro: Massaini e a história do cinema paulista A simbologia de Drácula e outros vampiros
Luciano Vaz Ferreira Ramos - Mestrando, UNICAMP Juliana Porto Chacon Humphreys - Doutoranda, PUC-SP
Integrando a dimensão econômica e a sociocultural numa história da atividade Este trabalho elenca as transmutações sofridas pela figura de Drácula durante os
cinematográfica em São Paulo, reconstruímos a trajetória da Cinedistri. Essa séculos XX e XXI, elucidando a significação simbólica do gênero e dos elementos
empresa funcionou por mais de quatro décadas e deixou sucessores em atividade, constitutivos das narrativas draculescas e vampirescas feitas para o cinema e para a
sendo um caso ao mesmo tempo único e representativo de uma determinada TV. Baseando-se em um acervo composto por cinco filmes e duas séries televisivas, o
tendência empresarial nos campos de distribuição e produção de filmes desde 1949, estudo discute a simbologia empregada no gênero audiovisual de horror, sob a ótica
operando com ambas essas instâncias de maneira orgânica e de modo a embasar os de teorias semióticas, filosóficas e cinematográficas.
investimentos na área da produção.

Amácio Mazzaropi: um vendedor de fitas Sob o domínio da cor: cinema e pintura no cinema francês dos anos 60
João de Oliveira - Mestrando, UAM/UNITAU Laura Carvalho Hércules - Mestranda, USP
O presente estudo versa sobre o perfil empreendedor de Amácio Mazzaropi e o Essa comunicação propõe a análise fílmica em torno dos imperativos da cor como
mercado cinematográfico brasileiro de 1950 a 1980, e busca estabelecer equivalentes código estético em “Pierrot le fou” (Jean-Luc Godard) e “Le bonheur” (Agnès Varda). A
entre o trabalho realizado por aquele cineasta e a realidade comercial do cinema proposta relaciona os filmes com a moderna pintura européia, de modo a discutir a
brasileiro daquela época. Objetiva, portanto, discutir o significado histórico do cineasta cor de acordo com sua capacidade de sugerir conceitos sobre as personagens. Num
frente à sua própria produtora cinematográfica (PAM Filmes), especificamente no que aspecto maior, esse estudo propõe a análise da cor de acordo com suas implicações
tange ao processo de produção e distribuição fílmica. políticas, pois ela sugere uma interpretação sobre as relações conjugais burguesas em
crise.

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23.Televisão brasileira: experiências 24.Corpo e censura

“Direções III” - estratégias narrativas e conexões com o digital Sexo e nudez no cinema: os jogos de censura e poder
Nanci Rodrigues Barbosa - Mestre, SENAC/SP (coordenadora) Bernadette Lyra - Doutora, UAM (coordenadora)
A pesquisa, em processo, investiga de que forma, nesta experiência do “Direções III”, os Partindo da possibilidade atual de manipulação das imagens de corpos despidos, por
autores (Beto Brant, Tata Amaral e Eliane Caffé) adotam esse novo paradigma digital meio de CGI (imagens em computação gráfica), examinam-se os jogos de censura e
no seu processo de realização e como exploraram as possibilidades tecnológicas do poder que se instituem em torno do sexo e da nudez no espaço do cinema, passando
digital no desenvolvimento da obra, considerando a relação: tecnologia, linguagem, diacronicamente pelas diferenças de tratamento que se evidenciam na cultura da
narrativa e processo de produção. Este recorte busca mapear as estratégias narrativas exibição de nus masculinos e femininos em filmes cinematográficos.
considerando experiências dos autores cineastas, a TV e o digital.

“Ó paí, ó”; em busca de uma rota discursiva A subversão do pornô em filmes de C. Reichenbach e O. Candeias
Petronio Josue Domingos da Silva - Mestre, UAM Fábio Raddi Uchoa - Doutorando, USP
O presente trabalho pretende discutir, dentro da perspectiva da comunicação No início dos anos 1980, paralelamente à crise da pornochanchada e à invasão
contemporânea, algumas questões sobre as formas de representação de “Ó paí, ó” do filme de sexo explícito importado, cineastas da “Boca do Lixo” realizam filmes
de Márcio Meirelles, veiculado como seriado na Rede Globo, como resultado de um considerados por Ortiz Ramos “subversões do pornô”. Os filmes realizados por C.
processo contínuo de apropriação de uma peça teatral pelos meios audiovisuais, sua Reichenbach e O. Candeias durante o período serão tomados como exemplos deste
adaptação para o cinema e migração para diferentes suportes. tipo de cinema. A abordagem definirá o tipo de sexualidade neles presente, levando
em conta sua oposição ao sexo explícito dos hardcore e ao moralismo machista das
pornochanchadas.

Televisão e experimentação: discurso e encenação em “A pedra do reino” A tortura nos filmes brasileiros sobre a ditadura militar
Stefanie Hesse Alves - Mestranda, UNICAMP Caroline Gomes Leme - Doutoranda, UNICAMP
Este trabalho analisa questões referentes à narração e à encenação, na minissérie Diferentes estratégias têm sido utilizadas pelo cinema brasileiro em sua apresentação
“A pedra do reino”, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Partimos da hipótese da audiovisual da tortura perpetrada pelo regime militar (1964-1985). A presente
existência de laços com a experimentação artística, destacando a fragmentação do comunicação tem por objetivo colocar em foco os filmes brasileiros sobre a ditadura
processo da narração, a apropriação de elementos da cultura popular e o diálogo com lançados de 1979 a 2009 e trazer à discussão questões como a atribuição das
outras formas de manifestação artística, incorporando ainda um debate das condições responsabilidades pela violência, a representação do corpo feminino supliciado e os
institucionais que permitem a ocorrência desta produção na Rede Globo de Televisão. dilemas éticos e estéticos implicados na abordagem cinematográfica do horror.

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26.Cinema silencioso brasileiro: materiais e
25.Educação e audiovisual sonoridades

Recursos audiovisuais no ensino de teclado à distância Encenação e cinematografia no filme “Tormenta” (1930)
Glauber Lúcio Alves Santiago - Doutor, UFSCar (coordenador) Flávia Cesarino Costa - Doutora, UFSCar (coordenadora)
O objetivo desta comunicação é divulgar a maneira com a qual uma disciplina de Esta comunicacão pretende discutir o filme “Tormenta”, dirigido em 1930 por Arthur
“Prática instrumental de teclado”, desenvolvida em um curso superior de música Serra e fotografado por Igino Bonfioli, em Belo Horizonte. Analiso a estrutura dramática
à distância, utilizou e utilizará os recursos audiovisuais disponíveis, e apontar para e características de encenação e cinematografia, destacando ainda questões suscitadas
dificuldades nesta trajetória. Serão considerados os recursos utilizados nas direções pelo processo de restauração da cópia depositada na Cinemateca Brasileira, usada para
professor-aluno-professor. Serão ainda apresentadas metodologias para a análise dos o estudo.
dados obtidos pela futura aplicação desta disciplina em uma turma de 200 alunos.

Interatividade, tecnologia e a nova linguagem audiovisual educativa Aprendendo a falar: a chegada do som no cinema nacional
Paulo Roberto Montanaro - Mestre, UFSCar João Miguel Valencise - Mestrando, UFSCar
Na construção de uma nova linguagem audiovisual para a educação, a interatividade A chegada do som ao cinema brasileiro foi um processo para conseguir realizar algo
tem se mostrado indispensável no estabelecimento da comunicação, na qual os papeis semelhante àquilo que os americanos já haviam conseguido em 1927. A possibilidade
do locutor e do interlocutor se confundem. Portanto, neste novo cenário, o advento de sucesso de um filme sincronizado para uma platéia de brasileiros era enorme e
das diversas tecnologias digitais tem um papel fundamental na evolução estética muitos viam nessa dificuldade de mercado dos filmes americanos uma brecha capaz
e linguística destes conteúdos. Atender este novo sujeito que se torna ele mesmo de alavancar as produções nacionais. Seguir o fluxo dos equipamentos e tecnologias
transformador de sua própria experiência audiovisual é um grande desafio. que permitiram esse avanço no território nacional é o propósito deste trabalho.

Roteiro de videoaulas em EaD: experiências e desafios “Limite” e o poder público


Ian Rittmeister Mazzeu - Mestrando, UFSCar Alexandre Ramos Vasques - Mestrando, UFSCar
O processo de ensino e aprendizagem em EaD conta com diversos atores envolvidos, Este trabalho tem como objetivo investigar as relações estabelecidas entre o filme
entre eles o produtor audiovisual. Ele é um dos responsáveis pela roteirização de “Limite” (Mário Peixoto, 1931) e o poder público. O foco desta pesquisa gira em torno
videoaulas. Pretende-se analisar neste estudo, por meio de uma análise de caso, das ações, mais especificamente das manipulações dos materiais fílmicos de “Limite”,
questões pertinentes que envolvem a produção destes roteiros, tais como: o papel que teriam tido como causas as ações governamentais, em suas diferentes esferas, que
do produtor audiovisual, as dificuldades de roteirização para cada tipo de videoaula e fixaram no negativo original, na cópia, no negativo de segunda geração e no máster
abordagens para torná-las mais atraentes aos alunos. marcas superficiais e profundas capazes de traduzir apoio e negligência pública.

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27.Cinema e literatura 28.Mobilização transmídia

Gabriele Salvatores relê os anos de chumbo em “Eu não tenho medo” Estratégias de mobilização transmídia
Gabriela Kvacek Betella - Doutora, UNESP-Assis (coordenadora) João Carlos Massarolo - Doutor, UFSCar (coordenador)
A análise do filme baseado no romance de Niccolò Ammaniti privilegia a releitura A mobilização transmídia pressupõe a coexistência das redes sociais e as empresas
de 1978, época de caos social lembrada pelos atentados terroristas, sequestros e midiáticas por um período de tempo indefinido, num sistema de retroalimentação que
recrudescimento da violência na Itália. A trama silencia os fatos, foge do centro e visa expandir os potenciais de participação e uma maior diversidade cultural. Nesse
carrega-se de simbologias, com fórmula narrativa do thriller. A abordagem encobre-se processo, o deslocamento transversal de conteúdos através das plataformas de mídia
pela representação da coragem juvenil e da superação dos limites. Para o protagonista favorece a distribuição do conteúdo em redes narrativas interligadas, com possíveis
o medo e o mal se tornam o alcance dos acontecimentos daquele final de década. entradas no mundo criado.

Sanjinés e neo-indigenismo O fenômeno prossumidor em uma comunidade de fãs da série “Lost”


Maria Alzuguir Gutierrez - Doutoranda, USP Francisco Beltrame Trento - Mestrando, UFSCar
Nossa apresentação consistirá de uma análise de “La nación clandestina” (1989), de Esta proposta busca analisar a participação dos fãs em uma comunidade virtual da
Jorge Sanjinés, em sua relação com o neo-indigenismo de escritores como José Maria série “Lost”: o site DarkUfo, e observar a reunião e interpretação de informações vindas
Arguedas e Manuel Scorza. Apoiaremo-nos no referencial teórico sobre a literatura dos meios em que a narrativa se desenvolve - episódios na TV e para celulares, livros,
neo-indigenista, de críticos como Cornejo Polar, Martin Lienhard, Ángel Rama e Vargas subprodutos audiovisuais na internet, material de divulgação e games. Com esse
Llosa. estudo procuraremos discutir as técnicas de spoiling, a reorganização e o convergir dos
dados em um quadro geral da mitologia da série.

“Wandering stars”: transcriação melodramática soviética de V. Shilovskiy


José Eduardo Bozicanin - Mestre, UFSCar
Nesta exposição pretendemos discutir algumas idéias quanto ao ato de tradução
intersemiótica, no que tange à elaboração da banda sonora e do discurso narrativo
executado pela câmera do filme “Wandering stars” (1991), de Vsevolod Shilovskiy.
Procuraremos apontar porque esta obra é uma transcriação única e à altura do
romance que lhe deu origem.

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29.Documentos de processo e criação 30.Sonoridades audiovisuais

Processos de criação coletivos: o caso do cinema A relação audiovisual em “A conversação”, de Coppola


Cecilia Almeida Salles - Doutora, PUC-SP (coordenadora) Eduardo Simões dos Santos Mendes - Doutor, USP (coordenadora)
A partir de uma pesquisa sobre a expansão dos documentos do processo de criação, Esta pesquisa procura investigar a relação audiovisual no filme “A conversação”, escrito
cheguei aos registros audiovisuais e verbais de produções cinematográficas. A análise e dirigido por Francis Ford Coppola e que teve como montador de imagem, montador
dessa documentação leva à discussão sobre processos coletivos. Na interação de de som e mixador Walter Murch. Nesta obra, Coppola parte de um enredo que enfatiza
tais desdobramentos, surge esta comunicação que tem como foco a autoria. Tendo a escuta sonora para propor uma mise-en-scène nada usual no cinema norte-americano
como abordagem teórica as reflexões sobre criação como rede em construção, serão onde, através de diferentes formas de combinação entre imagens e sons, discute a
discutidos os livros “Memórias imorais”, de S. Eisenstein, e “The ‘Kill Bill’ diary”, de D. experiência da percepção da obra e do tempo cinematográficos.
Carradine.

Aspectos da trilha musical de “Eles não usam black-tie” Ferramentas e métodos aplicados à análise de narrativas em videoclipes
Laila Rotter Schmidt - Mestranda, UFSCar Fernanda Carolina Armando Duarte - Mestranda, UFSCar
O objetivo deste trabalho é discutir a trilha musical de “Eles não usam black-tie” Pretende-se apontar algumas ferramentas e métodos aplicados à análise de narrativas
(Leon Hirszman, 1981), à luz do modelo clássico hollywoodiano de composição para em videoclipes, levando-se em conta as diversas especificidades inerentes a essas
o cinema. Buscando mapear aproximações e distanciamentos entre este modelo obras e que são incomuns em narrativas clássicas. Falar-se-á de conceitos e ferramentas
e a construção musical do filme, a proposta é pensar a música a partir de um olhar aplicados a esse tipo de análise e que estão contidos nas obras de teóricos da área.
processual que contempla relações com a narrativa e a estética fílmica, assim como
interseções com a peça homônima que lhe deu origem (Gianfrancesco Guarnieri,
1958).

Os roteiros do filme “O bravo guerreiro”, de Gustavo Dahl Performance musical em “Last days”, de Gus Van Sant
Julio Cesar Bazanini - Mestrando, UFSCar Juliana Panini Silveira - Mestranda, UFSCar
Com base em três diferentes versões do roteiro e na sua versão-final, o filme, A performance musical, modalidade de manifestação artística interdisciplinar na qual
pretendemos analisar as modificações que foram feitas por Gustavo Dahl ao longo do a música interage com outros elementos artísticos, representa inúmeras possibilidades
processo criativo do filme “O bravo guerreiro” (1968). Trabalharemos principalmente estéticas e narrativas quando explorada pelo cinema. O presente trabalho visa refletir
a questão do desenvolvimento dos personagens, suas relações pessoais, formas de como a performance musical se insere no filme “Last days” (2005), na tentativa de
expressão e comunicação, procurando aplicar as teorias da crítica genética e discutir as compreender sua contribuição para a construção de discursos narrativos relacionados
relações entre História e Cinema. à subjetividade do personagem Blake.

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31.Encenação no cinema 32.Documentário e memória: fragmentos

Uma delicada performance em “Como esquecer”: estudos contemporâneos “Retrato de classe”: quando a fotografia encontra a televisão
Wilton Garcia - Doutor, UBC Gilberto Alexandre Sobrinho - Doutor, UNICAMP (coordenador)
O que chama atenção em certos filmes é a maneira de exibir o tema. Parto deste Análise do documentário “Retrato de classe” (1977), dirigido por Gregório Bacic, para
pressuposto para pesquisar uma delicada performance no filme brasileiro “Como o programa “Globo repórter”. O filme singulariza-se por arrojada estrutura em sua
esquecer” (2010), de Malu De Martino. Aqui, o discurso fílmico expõe a intimidade e organização interna. A narrativa emerge do encontro da câmera com a fotografia
instiga sua descrição. Experiência e subjetividade elencam-se como categorias, que se de uma turma de escola, tirada no ano de 1955. A partir desse ponto de partida, o
inscrevem diluídas ao longo desta investigação. Assim, os estudos contemporâneos do narrador estabelece agenciamentos e tensões entre o passado dessa imagem e o
cinema, estrategicamente, convocam uma abordagem teórico-metodológica. presente do registro das imagens, no encontro com os sujeitos, transcorridas algumas
décadas.

Notas sobre o movimento criativo de Delphine Seyrig “Rocha que voa”: o documentário como memória e representação do nuevo cine
Sônia Maria Oliveira da Silva - Doutora, UFSCar latinoamericano
As experimentações de Delphine Seyrig para o teatro de comédia de uma Paris do Marcelo Vieira Prioste - Doutorando, USP
início dos anos 1950 cedem espaço a uma criação mais elaborada, aquela que pode Uma leitura do filme “Rocha que voa” (2002), de Erik Rocha, com foco em sua estrutura
ser vista mais tarde, em sua carreira cinematográfica. A passagem pelo “Actor’s Studio”, narrativa gerada a partir de entrevistas em áudio concedidas por Glauber Rocha e
que separa as duas fases, conduz também a atriz ao cinema. Pretendemos realizar um entremeadas por depoimentos de pessoas que conviveram com ele em seu período
estudo comparativo sobre o processo de criação para “O ano passado em Marienbad” cubano (1971 e 1972). Um discurso intensificado por fotos e trechos de filmes do
(Resnais, 1961) e “Pull my daisy” (Frank, 1959), em contraposição às primeiras peças da próprio cineasta, além de outras produções latino-americanas, no intuito de reavivar
atriz. o papel do diretor brasileiro dentro do que ficou conhecido como Nuevo Cine
Latinoamericano.

A metodologia de David Ball aplicada à análise fílmica de “O ébrio” e “Coração


materno” Ressignificando imagens alheias: analisando “Capturing the Friedmans”
Cláudia Dalla Verde - Mestre, UAM Marco Aurélio Teles Freitas - Mestrando, UFSCar
Esta comunicação relata e busca fundamentar a aplicação da metodologia de análise Este artigo propõe, a partir do conceito de ressignificação de imagens trabalhado por
de textos teatrais de David Ball - que consiste em se realinhar as cenas de trás para Jean-Claude Bernardet, analisar a narrativa do documentário “Capturing the Friedmans”
frente para verificar se o encadeamento causa-consequência, responsável pela unidade (2003), do realizador norte-americano Andrew Jarecki.
da trama, não apresenta quebras - na análise dos filmes “O ébrio” e “Coração materno”.
Nas cenas dos vilões dos dois filmes verificou-se que tais quebras, ausentes no
segundo, estão evidentes em “O ébrio”, mais de acordo com o melodrama canônico.

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19/5 (Quinta-feira) às 11h 19/5 (Quinta-feira) às 11h

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33.Olhares sobre a TV brasileira:
metodologia e fontes de pesquisa 34.O corpo estranho

A TV Cultura de São Paulo e a produção de documentários (1969-2004) Nascimento de Zé do Caixão: materialidade fílmica e memória discursiva
Flavio de Souza Brito - Doutor, SENAC (coordenador) Janaina de Jesus Santos - Doutoranda, UNESP-PG/UESB (coordenadora)
Esta comunicação aborda a produção documentarista da TV Cultura de São Paulo. Investigamos a produção de efeitos de sentido no filme “À meia-noite levarei sua alma”
Enfocaremos nessa mesa especialmente as estratégias metodológicas utilizadas para (1964), de Mojica Marins, enquanto discurso fílmico de horror, a partir do personagem
abordar um conjunto audiovisual que supera 2500 títulos, estimativa que ainda é Zé do Caixão. Para tanto, tomamos o arcabouço teórico da Análise de Discurso francesa
imprecisa, mas que, no início de nossa pesquisa, sequer era mensurável. e do Cinema. Analisamos que as estratégias cinematográficas materializam discursos
articulados a outros, que dizem/mostram gestos de posicionamento e saberes no
tempo e no espaço na constituição do personagem.

Gestão digital Análise semiótica do corpo grotesco em “A mosca”, de David Cronenberg


Adriano Adoryan - Doutorando, USP Odair José Moreira da Silva - Doutorando, USP
A gestão de mídias de uma empresa audiovisual possui várias dimensões. Ao mesmo Para a semiótica, há duas maneiras de examinar a relação entre corpo e sentido:
tempo em que a mídia é o produto final que apresenta o conteúdo organizado pela a) mostrar como ocorre a constituição do sentido e, desse modo, apontar o papel
produção ela também é a história, a memória da produtora e da carreira daquele do corpo nesse processo; b) dissecar a representação do corpo projetada no texto.
conjunto de realizadores. A gestão das mídias trata de todo um fluxo de trabalho, Por meio da teoria semiótica, verificaremos como David Cronenberg constrói uma
em que é necessário conhecer profundamente os processos utilizados, bem como corporalidade específica, na medida em que rejeita o corpo físico e o coloca como uma
os que se quer instituir de modo a garantir o fluxo e a capacidade de recuperação da imperfeição, notadamente figurativizada na deformação do corpo em “A mosca”.
informação.

A narrativa clássica cinematográfica no telejornalismo brasileiro Corpo, performance e identidade no cinema de David Cronenberg
Leandro Vieira Maciel - Mestre, UAM Fabio Diaz Camarneiro - Mestre, SENAC-SP
O trabalho analisa como procedimentos de escrita utilizados no roteiro A (des)construção das identidades contemporâneas deixou de ser algo linear ou
cinematográfico estão sendo empregados por produtos jornalísticos brasileiros. estanque, para se transformar em um processo dinâmico, baseado na ideia da
O trabalho discutirá pontos de contato da técnica e teoria do roteiro com alguns “performance”. A partir de duas vertentes de seu cinema (o corpo modificado pela
paradigmas do jornalismo na atualidade. Debater-se-á como o que se conhece tecnologia e o corpo modificado por “disfarces permanentes”), David Cronenberg
por narrativa clássica parece não respeitar as fronteiras entre imaginário e real, discute a centralidade da performance na construção de uma identidade pós-moderna,
sendo amplamente utilizada no telejornalismo, aproximando-o, entre outros, do em diálogo com uma “política da diferença”.
documentário.

Teatro Florestan Fernandes Anfiteatro Bento Prado Jr.


19/5 (Quinta-feira) às 14h30 19/5 (Quinta-feira) às 14h30

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35.Documentando Chris Marker 36.Utopia - centro e periferia

Chris Marker, montagem e comentário Plano Z ou plano surreal: cineasta formado na ECA-USP fazendo artemídia
Nicolau Bruno de Almeida Leonel - Doutorando, USP (coordenador) Pelópidas Cypriano de Oliveira - Doutor, UNESP (coordenador)
Esta comunicação se propõe a desenvolver algumas questões sobre a engenharia Esta comunicação apresenta o trabalho de três egressos de cursos da área de
da montagem de som e imagem na cinematografia do francês Chris Marker. O uso audiovisual das universidades estaduais paulistas que hoje atuam como professores-
tão específico que caracteriza suas narrações over, ou comentários, como ele prefere pesquisadores nessas instituições. A reflexão está focada na utopia-distopia da
chamar, cria um tipo de texto que colide com as imagens criando uma formalização de formação-atuação na área visual.
um pensar posicionado na montagem.

Arqueologia do futuro em “Le souvenir d’un avenir” O cinema de Hollywood e o herói do business world - de 1980 a 2010
Edson Pereira da Costa Júnior - Mestrando, UFSCar Arilson Pereira Vilas Boas - Mestrando, UAM
O trabalho consiste na análise do ensaio fílmico “Le souvenir d’un avenir” (2001), O trabalho se propõe a mostrar como o cinema hollywoodiano constrói a figura do
realizado por Chris Marker e Yannick Bellon. O filme parte das fotografias feitas por herói do business world, de 1980 a 2010. Sabendo que o homem sempre necessitou
Denise Bellon a fim de refletir sobre a capacidade da imagem de suplantar o contexto de espelhos, o cinema de Hollywood, no papel de contador de histórias, apresenta
de sua origem e dialogar com outros tempos. Nossa análise será direcionada pelos os heróis do dinheiro, na abundância e na falta dele, do poder e prosperidade,
estudos de G. Didi-Huberman a respeito da relação da imagem com o tempo e por acompanhando as crises econômicas que abalaram o planeta nesses últimos 30 anos e
autores que refletem acerca da fotografia. tiveram papel relevante na construção desse herói.

A recepção da crítica de “Sans soleil” e “La jetée” Identidade cultural e emancipação colonial
Tainah Negreiros Oliveira de Souza - Mestranda, USP Júlio Eduardo Martí - Mestrando, UAM
Este trabalho pretende descrever e analisar como “Sans soleil” (1982) e “La jetée” (1962), Pretendo analisar o filme “Bróder”, de Jeferson De, como uma extensão cinematográfica
de Chris Marker, foram recebidos em seus lançamentos pela crítica, que aspectos são de um fenômeno de produção cultural exclusivamente oriundo das periferias do país,
comuns nas análises feitas, e de que forma certos aspectos trabalhados pelos críticos que se legitima através da quantidade, da qualidade de sua produção e de sua unidade
constituem o debate sobre as obras. estética. Irei apontar como a construção de uma identidade cultural, avessa aos
referencias impostos pelo mercado e observados na produção atual, se relaciona com a
essência revolucionária e anticolonial presente no Cinema Novo brasileiro.

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37.Convergência de mídias: novos
paradigmas na construção de sentidos
narrativos

Paratextos digitais de “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”


Rogerio Secomandi Mestriner - Mestre, UFSCar (coordenador)
Considerando as possibilidades de interação do público com as obras audiovisuais
proporcionadas pelos avanços da Web 2.0, o presente trabalho intenciona analisar os
paratextos digitais que cercam o filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”
- mais especificamente sua ação transmídia e fan fictions - e suas implicações sobre
a forma com que o público vem se relacionando com o audiovisual e o cinema
contemporâneo.

O viés publicitário nas narrativas cinematográficas e da TV


Licínia de Freitas Iossi - Mestranda, UNESP e Letícia de Passos Affini - Doutora, UNESP
O cinema converteu-se em uma mídia não somente de entretenimento, mas também
em um amplo ambiente de divulgação de mensagens publicitárias, o que mais
tarde foi transferido à televisão e atualmente às produções audiovisuais como as
novelas. A imersão do espectador na narrativa torna-se, então, um propício cenário
para a propagação de valores, idéias, estilos de vida e produtos, entrelaçadas pelo
entretenimento com a publicidade, ou seja, o advertainment.

“Lost”: interação e frustração


Glauco Madeira de Toledo - Mestrando, UFSCar
O presente estudo visa analisar o desenvolvimento de conteúdo transmídia e sua
implicação no contexto narrativo em obra audiovisual. Analisaremos o seriado “Lost”
(2004-2010), no qual os produtores conseguiram arregimentar fãs hardcore utilizando
conteúdo extra, disponibilizado em mídias digitais, e o conceito da complexificação
(JOHNSON, 2005), mas frustraram os telespectadores televisivos e optaram por não
fornecer ao público material essencial para o entendimento de “Lost” fora da mídia
original.

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19/5 (Quinta-feira) às 14h30
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Índice Onomástico Índice Onomástico

Adriano Adoryan 66 Cynthia Tompkins 14 Gustavo Padovani 25 Lúcia Nagib 16


Albert Elduque 40 Damyler Ferreira Cunha 51 Henrique Dias Soares de Barros 25 Luciano Vaz Ferreira Ramos 54
Aleksandra Jablonska 17 Daniel Cristiano Santos 22 Hugo Leonardo Castilhos dos Reis 51 Luis Enrique Cazani Junior 26
Alessandro Carvalho Sales 52 Danilo Bastos Godoy 23 Ian Rittmeister Mazzeu 58 Luiza de Oliveira Soares 27
Alessandro Constantino Gamo 53 Dario de Souza Mesquita Júnior 46 Isabella Mitiko Ikawa Bellinger 49 Luiz Henrique Alves de Souza Monzani 43
Alexandra Lima Gonçalves Pinto 37 Edison Delmiro Silva 38 Isadora Remundini 25 Marcelo Vieira Prioste 65
Alexandre Ramos Vasques 59 Edson Pereira da Costa Júnior 68 Janaina de Jesus Santos 67 Marcia Regina Carvalho da Silva 35
Alia Essebag 22 Eduardo Simões dos Santos Mendes 63 Jennifer Jane Serra 50 Marco Aurélio Teles Freitas 65
Ana Luiza Pereira Barbosa 39 Eliza Bachega Casadei 43 João Carlos Massarolo 61 Marcos Paulo Blasques Bueno 38
Ananda Carvalho 45 Érica Cristine de Almeida 38 João de Oliveira 54 Margarida Maria Adamatti 49
Ana Paula dos Santos Martins 48 Fabio Diaz Camarneiro 67 João Henrique Tellaroli Terezani 26 Maria Alzuguir Gutierrez 60
André Bonotto 45 Fábio Raddi Uchoa 57 João Miguel Valencise 59 Maria Dora Genis Mourão 18
André Piero Gatti 42 Fabricio Felice Alves dos Santos 49 Jônatas Kerr de Oliveira 36 Maria Ines Dieuzeide Santos Souza 50
Anelise Corseuil 18 Felipe Carrelli Sá Silva 23 José Eduardo Bozicanin 60 Mariana Baltar 18
Antônio G. F. Rodrigues 37 Fernanda Carolina Armando Duarte 63 Josette Monzani 34 Mariana Duccini Junqueira da Silva 40
Antonio Vicente Seraphim Pietroforte 43 Fernando Watanabe 23 Juliana Panini Silveira 63 Maria Noemi de Araujo 34
Arilson Pereira Vilas Boas 69 Flávia Cesarino Costa 59 Juliana Porto Chacon Humphreys 55 Marina Guerra Rossi 27
Arthur Luiz Cavalcante de Macêdo 50 Flavio de Souza Brito 66 Juliano José de Araújo 37 Martin Eikmeier 35
Bernadette Lyra 57 Francisco Beltrame Trento 61 Julio Cesar Bazanini 62 Mirella Monique Soares 27
Bernardo Marquez Alves 51 Gabriela Kvacek Betella 60 Júlio Eduardo Martí 69 Mirian Ou 39
Camila Biasotto de Araujo 22 Gabriela Morena de Mello Chaves 42 Julio Lucchesi Moraes 44 Mirian Tavares 19
Carla Conceição da Silva Paiva 48 Gabriel Henrique de Paula Carneiro 24 Laila Rotter Schmidt 62 Mônica Brincalepe Campo 48
Carlos Alberto Antonio Caruso 53 Gérson Trajano de Santana 41 Laura Carvalho Hércules 55 Nanci Rodrigues Barbosa 56
Caroline Gomes Leme 57 Gilberto Alexandre Sobrinho 65 Leandro Vieira Maciel 66 Natália Maeda Pinto de Souza 28
Caue Fernandes Nunes 53 Glauber Lúcio Alves Santiago 58 Letícia de Passos Affini 70 Natália Pucci Vestri 28
Cecilia Almeida Salles 62 Glauco Madeira de Toledo 70 Licínia de Freitas Iossi 70 Natasha Marzliak Norberto 45
Cláudia Dalla Verde 64 Guilherme Farkas 24 Luciana Corrêa de Araújo 44 Náyady Karyze Oliveira Nunes da Silva 36
Claudio Ferraraz Junior 46 Gustavo de Castro Linzmayer 24 Luciana Fávero 26 Nicolau Bruno de Almeida Leonel 68

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Índice Onomástico Mapas

Detalhe do prédio da Biblioteca Comunitária - BCo


Odair José Moreira da Silva 67 Thais Travassos 30
Patrícia Costa Vaz 34 Thays Salva 30
Paulo Roberto Ferreira da Cunha 55 Vicente Gosciola 46
Paulo Roberto Montanaro 58 Wiliam Pianco dos Santos 47 Biblioteca Comunitária - BCo
Pelópidas Cypriano de Oliveira 69 Wilton Garcia 64
Teatro
Petronio Josue Domingos da Silva 56
Florestan
Rafael de Almeida 41 Painéis Fernandes
Auditórios BCo
Rafael Duarte Oliveira Venancio 39 EdUFSCar
1
Renan de Almeida Lima 28 3 2
Renan de Andrade Varolli 29 WC Lanchonete

Renata Soares Junqueira 47

Entrada

Entrada

Entrada
Anfiteatro
Ricardo Tsutomu Matsuzawa 40 Bento Prado Jr.
Roberta Santos Assef 42
Rogério Ferraraz 55
Rogerio Secomandi Mestriner 70
Detalhe do prédio da Biblioteca Comunitária - BCo
Rubens Luis Ribeiro Machado Júnior 52
Sabrina Rocha Stanford Thompson 41 Biblioteca
Teatro

Av. do
Comunitária
Samuel Carlos Maestro 29 - BCo Florestan

Entrad

B
osque
Fernandes
Samuel Paiva 52

a área
Av. Biblioteca Comunitária
Sandra C. N. Ciocci 54

norte
Sara Martín Rojo 47

Entrad
Sergio Ricardo Santos 29 Anfiteatro

a área
Bento Prado Jr.
Sheila Schvarzman 44

sul
Silvia Regina Saraiva Orru 36
Sônia Maria Oliveira da Silva 64
Stefanie Hesse Alves 56 Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) - Tel./Fax: (16) 3351-8414
E-mail: [email protected] - Endereço: Rodovia Washington Luiz, km 235 - Cx. Postal 676
Suzana Reck Miranda 35 CEP: 13.565-905 - São Carlos/SP - Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) - Piso Térreo
Tainah Negreiros Oliveira de Souza 68

74 75
SOCINE - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DE CINEMA E AUDIOVISUAL UFSCAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

DIRETORIA COMITÊ CIENTÍFICO Reitor PPGIS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO


Bernardette Lyra - Anhembi-Morumbi Prof. Dr. Targino de Araújo Filho EM IMAGEM E SOM
Presidente Consuelo Lins - UFRJ
Maria Dora Genis Mourão - USP José Gatti - UFSCar Vice-Reitor Coordenador
João Guilherme Barone - PUC RS Prof. Dr. Pedro Manoel Galetti Junior Prof. Dr. Samuel José Holanda de Paiva
Vice-Presidente João Luiz Vieira - UFF
Anelise Corseuil - UFSC Miguel Pereira - PUC RJ Pró-Reitor de Pós-Graduação Suplente
Prof. Dr. Bernardo Arantes do N. Teixeira Prof. Dr. João Carlos Massarolo
Tesoureiro Programadora e Webmaster
Paulo Menezes - USP Paula Paschoalick Pró-Reitor de Pesquisa
Prof. Dr. Claudio Shyinti
Secretária Kiminami
Mariana Baltar - UFF
CECH - CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS
CONSELHO DELIBERATIVO HUMANAS

Docentes: Diretora
Adalberto Muller - UFF Profa. Dra. Wanda Aparecida Machado
Afrânio Catani - USP Hoffmann
Alexandre Figueiroa - UNICAP
André Gatti - UAM Vice-Diretor
Andrea França - PUCRJ Prof. Dr. José Eduardo Marques Baioni
Ângela Prysthon - UFPE
Cezar Migliorin - UFF DAC - DEPARTAMENTO DE ARTES E
Eduardo Morettin - USP COMUNICAÇÃO
Fernando Mascarello - UNISINOS
Laura Canepa - UAM Chefe de Departamento
Mahomed Bamba - UFBA Profa. Dra. Suzana Reck Miranda
Rogério Ferraraz - UAM
Rubens Machado Jr - USP Vice-chefe de Departamento
Samuel Paiva - UFSCar Profa. Flávia Cesarino Costa
Tunico Amâncio - UFF
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM IMAGEM
Discentes: E SOM
Ilana Feldman - USP
Marcel Vieira - UFF Coordenador
Prof. Dr. Alessandro Constantino Gamo

Suplente
Profa. Eliane Coster

76 77
1O ENCONTRO ESTADUAL DA SOCINE - SÃO PAULO
17 a 19 de maio de 2011 - UFSCar - São Carlos/SP

PPGIS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO Comitê Científico


EM IMAGEM E SOM Afrânio Mendes Catani
Alessandro Constantino Gamo
Comissão Organizadora Docente Ana Sílvia Lopes Davi Médola
Prof. Dr. Samuel José Holanda de Paiva Anita Simis
Profa. Dra. Josette Maria Alves de S. Monzani André Piero Gatti
Profa. Dra. Luciana Sá Leitão Corrêa de Araújo Arthur Autran Franco de Sá Neto
Profa. Dra. Suzana Reck Miranda Bernadette Lyra
Carlos Roberto Rodrigues de Souza
Coordenação de Produção Cecilia Almeida Salles
Laila Rotter Schmidt Claudiney Rodrigues Carrasco
Maria Ines Dieuzeide Santos Souza Cristian da Silva Borges
Mirian Ou Eduardo Victorio Morettin
Eduardo Simões dos Santos Mendes
Secretaria de Produção Esther Império Hamburger
Felipe Rossit Flávia Cesarino Costa
Francisco Elinaldo Teixeira
Comissão Organizadora Discente Gilberto Alexandre Sobrinho
Dario de Souza Mesquita Júnior João Carlos Massarolo
Edson Pereira da Costa Júnior Jose Soares Gatti Junior
Hugo Leonardo Castilhos dos Reis Josette Maria Alves de Souza Monzani
Juliana Panini Silveira Laís Guaraldo
Marco Aurélio Teles Freitas Laura Loguercio Cánepa
Natasha Hernandez Almeida Luciana Sá Leitão Corrêa de Araújo
Náyady Karyze Oliveira Nunes da Silva Luís Carlos Petry
Patrícia Costa Vaz Maria Guiomar Pessôa de Almeida Ramos
Rogério Secomandi Mestriner Mauricio Reinaldo Gonçalves
Wiliam Pianco dos Santos Osvando José de Morais
Paulo Braz Clemencio Schettino
Identidade Visual Sheila Schvarzman
Laila Rotter Schmidt Rogerio Ferraraz
Thiago Victor Nogueira Pinto Rosana de Lima Soares
Samuel José Holanda de Paiva
Transmissão Online Suzana Reck Miranda
Pedro Dolosic Cordebello Tânia Pellegrini
Hugo Leonardo Castilhos dos Reis Wilton Garcia Sobrinho

Agradecimentos
Orquestra da UFSCar
CineUFSCar
Massa Coletiva
Aparelho Diegético

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Impressão:
Apila Gráfica e Editora

Revisão:
Josette Maria Alves de Souza Monzani
Edson Pereira da Costa Júnior
Wiliam Pianco dos Santos

Diagramação:
Laila Rotter Schmidt
Thiago Victor Nogueira Pinto

Imagem da capa:
Adaptada do storyboard de José de Oliveira
para “Testemunha oculta” (imagem original
sob licença creative commons)

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