Direito da Família
Casamento; filiação; afinidade;adoção.
O D.Família é do ramo do D.Privado que é do D.Civil.
- Ramo do direito civil;
- Natureza privatística
- Regula as relações jurídicas entre membros da instituição familiar: intrínsecas e
acessórias(pensões alimentares.)
Caraterísticas:
o 1.Predomínio das normas imperativas
Quer concordar ou não, é assim. As normas não podem ser afastadas, são obrigatórias. Vale
para as pessoas, bens, pensões, etc.
o 2.Tipicidade dos principais atos jurídicos
o 3.Relevância da família como núcleo social distinto de cada um dos indivíduos que a
integram
Família é relevante enquanto família (no seu conjunto). Os interesses da família podem ser
diferentes.
o 4.Permeabilidade às modificações das estruturas económico-sociais
Deve-se um ramo do direito que acompanha/ajusta a evolução da sociedade. Adapta-se à
sociedade. As alterações de 2008 tirou as culpas do divórcio, foi a principal grande razão da
alteração.
o 5.Frequente apelo às ciências exatas
Questões da medicina (tempo da gravidez, os testes de paternidade, etc)
o 6.Coexistência entre direito estadual e direito canónico
2 sistemas: civil e canónico (que tem alguma interferência nas pessoas que se casam).
o 7.Especialização (Tribunais)
Jurisdição própria. Os tribunais da família são especializados, mas os juízes não são
especializados.
Evolução da sociedade familiar
• Constituição (composição)
• Estrutura (posição e função dos seus elementos)
Tem evoluindo na composição da família (clássico: pai, mãe e filho; Monoparentais; Filho ficar 1
semana em casa de mãe/pai; recompostas: 1 tem um filho, depois têm 1 filho em comum e o outro
cônjuge tem outro filho).
Função da família: passamos do homem a mandar, depois os dois, ou seja, o casal, e poderá
voltar a ser um só a mandar.
Responsabilidades parentais (pai/mãe) --- filhos
Fontes:
✓ Princípios constitucionais
✓ Livro IV do Código Civil
✓ Legislação Avulsa (ex.: LUF, LEC, LAC, etc.)
✓ Outros (Concordata Portugal-Santa Sé, Convenções Internacionais, etc.)
O Artigo principal é o Artº 36 CRP.
Artº 67 a 72 da CRP, o Estado deve proteger a família, etc.
Relações familiares Artº 1576 a 1586 CC têm relevância jurídica, tem as 4 relações tuteladas pelo
direito. Estes artigos têm a relação familiar.
Casamento Artº 1577 CC têm a responsabilidades ambas as pessoas. Plena comunhão de vida.
Este artigo mudou em 2010 para “as duas pessoas”, os homossexuais e heterossexuais podem
casar e adotar em conjunto.
Parentesco: um parente desce de alguém ou têm uma pessoa em comum (irmão) com essa
pessoa, Artº 1578 CC.
O Artº 1585 CC evolui à medida que a sociedade evolui. Afinidade cessa com o divórcio e não
com a morte.
O máximo grau é até ao 6ºgrau colateral --- Relações familiares sem relevância
Primos diretos são legalmente no 4º grau. Na linha colateral de grau não há!
Princípios Constitucionais
Art. 36 CRP
• Constituição da família
• Celebração do casamento
• Competência da lei civil para fixar os requisitos e efeitos do casamento
• Dissolução por divórcio de qualquer casamento
• Igualdade dos cônjuges
• Educação dos filhos da responsabilidade de ambos os progenitores
• Não-discriminação dos filhos nascidos fora do casamento
• Adoção regulada pela lei civil
Art. 67 a 72
• Proteção da família, paternidade e maternidade, infância, juventude e terceira idade
Natureza das relações familiares:
As relações pessoais (educação, igualdade, respeito)- É a preocupação do legislador.
Adoção não se pode revogar. Quando está finalizada não há volta a dar, adoção está feita.
Relações Familiares
➢ Relações familiares com relevância jurídica
Atos geradores de novas relações (casamento, adoção) ou produto da filiação ou do casamento
(parentesco, afinidade)
Art. 1576 CC
➢ Relações familiares sem relevância jurídica
Ex.: concunhados, parentes além do 6º grau,…
➢ Relações para familiares
União de facto, relação entre esposados, relação entre ex-cônjuges, vivência em economia
comum, relação entre tutor e tutelado, etc.
➢ Natureza das relações familiares:
-Eminentemente pessoais
-Duradouras (tendencialmente): dão origem a “estados jurídicos”
-Complexas (direitos e deveres recíprocos de natureza social, moral, económica, etc.)
➢ Estrutura (poderes e deveres que integram o vínculo familiar):
1-Intransmissíveis
Não se pode transmitir, não é possível.
2-Irrenunciáveis
Não se pode renunciar aos direitos/obrigações.
3-Exercidos de forma tendencialmente altruística (no interesse da “instituição familiar”)
Superior interesse da criança.
4-Funcionais
Há artigos que falam na finalidade (ter em vista em qualquer coisa/nalgum interesse).
5-Dotados de garantia jurídica precária
Não há uma sanção para garantir.
Parentesco
Noção: art. 1578 “ Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em consequência de
uma delas descender da outra ou de ambas procederem de um progenitor comum.”
Vínculo biológico (liga pessoas do mesmo sangue)
Afins, cônjuges e adoptante/adoptado não são parentes
• Irmãos
Germanos (mesmo pai e mesma mãe) – É indiferente de serem meios irmãos,
Uterinos (mesma mãe) legalmente são irmãos.
Consanguíneos (mesmo pai) - Artº 1955 CC; Artº 2146 CC
Relevância: 1955, 2146 - (saber a distinção)
• Espécies de parentesco:
Linha reta: descendente ou ascendente (1580 nº 2)
-Descendente- São parentes; Nasceram depois de nós.
- Ascendente- Nasceram antes de nós.
Linha colateral
- Irmãos/tios, etc.
Linha paterna ou materna (ex.: 1952 nº 3)
• Graus:
Contagem: 1579 e 1581
Preferência graus mais próximos –ex.: 2135, 2147
Cada pessoa “gere” a sua geração
Até que grau se produz efeitos
Parentesco – Efeitos
• Em geral (art. 1582):
Qualquer grau na linha reta – não tem limites
Até 6º grau na linha colateral – Efeito Jurídico até ao 6ºgrau
• Exceções:
Efeitos sucessórios–4º grau (2133 nº 1 d)
Para herdar o que é nosso
A partir do 4º grau vai para o Estado, caso não deixe testamento.
Efeitos de alimentos–3º grau (2009 nº 1)
Se tivermos necessidade de sustentar-nos
Tios são os últimos da Linha Colateral.
Linha Reta são todos
Efeitos matrimoniais–2º grau (1602) ou 3º grau (1604)
Casa com parentes
Não posso casar com irmãos.
Outros efeitos
• Filiação (1796 e segs) – Filhos e pais
• Transmissão do arrendamento (NRAU + 1106) – Artº 1093 CC
• Legitimidade para ações de anulação de casamento (1639-1641)
• Escolha do tutor e conselho de família (1931 e 1952)
• Proibição de averiguação oficiosa de maternidade e paternidade (1809 e 1866)
• Efeitos a nível de CPC (ex.: depoimento testemunhal, impedimento do julgador) e CP (ex.:
agravamento das penas)
Afinidade
• Noção: art. 1584 “Afinidade é o vínculo que liga cada um dos cônjuges aos parentes do
outro.”
Mesmas linhas e graus do parentesco
➢ Atenção!
- Afinidade não gera afinidade!
- Não existe “parentesco por afinidade”!
- União de facto não gera afinidade
• Duração:
- Art. 1585 “A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco e não cessa
pela dissolução do casamento por morte.”
- Cessa com divórcio
- Não cessa com morte
Efeitos da Afinidade
• Não há efeitos sucessórios! Não há efeitos sucessórios em grau nenhum. Padrasto é
obrigado a sustentar o enteado.
• Alimentos–padrasto ou madrasta/enteados (2009 f)
• Impedimentos matrimoniais-linha reta (1602 d)
• Transmissão do arrendamento (NRAU + 1106)
• Legitimidade para ações de anulação de casamento (1639-1641)
• Escolha do tutor e conselho de família (1931 e 1952)
• Proibição de averiguação oficiosa de maternidade e paternidade (1809 e 1866)
• Efeitos a nível de CPC (ex.: depoimento testemunhal, impedimento do julgador) e CP (ex.:
agravamento das penas)
2) Casamento
O Casamento começa no Artigo 1587 CC até ao 1795 D CC.
Casamento
Forma Civil
Católico (há um processo católico) Civil
Forma Religiosa (é para outras religiões)
Noção e fins: Artº 1577 CC “Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem
constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste Código.”
Desde 2010 : também entre pessoas do mesmo sexo (Lei 9/2010).
Natureza do Casamento
• Natureza Sacramental ou laica, consoante a modalidade;
• Caráter contratual;
• Autonomia privada limitada;
• Intervenção do Estado (“fé pública”);
• Casamento como instituição;
• Casamento como “estado” ou situação jurídica.
Artigo 1587 CC + Artigo 1615 CC
Casamento Católico:
- a lei civil ( = católico; civil) aplica-se aos efeitos do casamento Artº 1588 CC e à capacidade
matrimonial do Artº 1596 CC.
Só no católico:
• Diferente na celebração (forma);
• invalidade (nulidade); Artº 1625CC e Artº 1626 CC
• e Tribunais e eclesiásticos.
Nulidade do Casamento
• Casamentos católicos
• Não há casamentos civis nulos.
Requisitos legais para casar
a) Capacidade matrimonial
b) Consentimento (“sim”)
c) Celebração (da maneira que é celebrada)
Artº 1591 CC – Ineficácia da promessa
• Não posso obrigar ninguém a casar;
• Promessa de casamento:
a) Linguagem comum – noivado
b) Se estiver noivo pode sujeitar-se a pagar, caso não queira casar
• Se o casamento não se realiza
a) por morte Artº 1593 CC
b) por incapacidade/retratação (desistir/arrependeu-se) Artº 1592 CC
c) indemnização Artº 1594 CC
Casamento Civil – Artº 1600 CC
Pressupostos da celebração do casamento
a) capacidade;
b) consentimento;
c) celebração.
Artº 1596 CC + Artº 1597 CC – só diz respeito ao Casamento Católico.
A) Quem tem capacidade de casar?
• A lei só diz quem não pode – Artº 1600 CC.
Impedimentos Matrimoniais
• Dirimentes
a) Absolutos – Artº 1601 CC
Artº 1631 a) CC
b) Relativos - Artº 1602 CC
• Impedimentos – Artº 1604 CC – Casamento válido, mas com sanção especiais Artº 1649
CC + Artº 1650 CC ( podem ser dispensados – deixa de haver impedimentos Artº
1609 CC)
Diferenças:
1º não podem são os dirimentes, se casar é inválido Artº 1631 CC “Causas da Anulabilidade”.
Impedientes é válido o casamento. Dirimentes pode ser anulado.
Absoluto não pode casar com ninguém.
Relativos em relação com algumas pessoas em concreto.
1º impedimentos
• Idade
- Menos de 16 anos – Absoluto Artº 1601 a) CC; Torna-se emancipado Artº 133/132 CC.
- 16/17 anos – Ter autorização dos pais/tutor;
- Não ter autorização Artº 1604 a) CC: Suprimida pelo conservador
(emancipado) Artº 1612 CC; Não suprida pelo conservador (impedimento impediente).
Artº 1649 CC remete para o Artº 1604 a) CC
Casamento é válido mas fica sujeito a esta sanção do Artº 1649 CC (sem autorização não
suprida pelo conservador).
Artº 1601 CC remete para 1631 a) CC.
Processo preliminar do Artº 1610 até ao Artº 1614 CC.
B) Consentimento
“Sim”.
Artº 1617 CC (Actualidade do mútuo consenso) – Atual (na celebração); Tem de ser no dia.
Artº 1618 CC (Aceitação dos efeitos do casamento) – Total (todos os efeitos do casamento);
Aceita o casamento com tudo.
Artº 1619 CC (Carácter pessoal do mútuo consenso) – Pessoal (exceção: procuração Artº 1620
CC).
C) Celebração
A celebração é pública Artº 1615 CC “ A celebração do casamento é pública e está sujeita, segundo a
vontade dos nubentes: a) À forma fixada neste Código e nas leis do registo civil;
b) À forma religiosa, nos termos de legislação especial.”
Tem de estar intervenientes Artº 1616 a) CC “ É indispensável para a celebração do casamento a
presença: a) Dos contraentes, ou de um deles e do procurador do outro”.
Forma:
- Civil Artº 1615 a) CC “A celebração do casamento é pública e está sujeita, segundo a vontade dos
nubentes: a) À forma fixada neste Código e nas leis do registo civil;”
- Católico Artº 1615 b) CC “A celebração do casamento é pública e está sujeita, segundo a vontade dos
nubentes b) À forma religiosa, nos termos de legislação especial. “.
Casamentos Urgentes
Artº 1622 CC “ 1 - Quando haja fundado receio de morte próxima de algum dos nubentes, ou iminência
de parto, é permitida a celebração do casamento independentemente do respetivo processo preliminar e
sem a intervenção do funcionário do registo civil.
2 - Do casamento urgente é redigida uma ata, nas condições previstas na lei do registo civil.”
Homologado – Válido
Não homologado – Artº 1628 b) CC “É juridicamente inexistente: b) O casamento urgente que não
tenha sido homologado”.
Invalidade do Casamento
Artº 1625 e 1626 CC.
Inexistência – Artº 1628 até ao Artº 1630 CC
Anulabilidade – Artº 1631 até ao Artº 1643 CC
[ Nubilidade (só católicos) – Artº 1625 até ao Artº 1626 CC ]
Falta de Vontade
Falta de Declaração da Vontade
Anubilidade; Não quer casar.
Inexistência – nunca diz que sim ≠ Um casamento inexistente não tem
qualquer validade em termos jurídicos.
Já anulável tem.
Anubilidade
Causa Legitimidade Prazo
Impedimento Dirimente Artº 1631 a) (1601+1602) Artº 1639 CC Artº 1643 CC
Falta de Vontade Artº 1631 b)+ 1635 Artº 1640 CC Artº 1644 CC
Vícios da Vontade Artº 1631 b)+ 1636 e 1638 Artº 1641 CC Artº 1645 CC
Sem Testemunhas Artº 1631 c) Artº 1642 CC Artº 1646 CC
Falta de vontade
Não quer casar;
Casa sem vontade;
Enganar alguém;
Simulado – combinam casar com alguém, divergência com aquilo que digo e com aquilo que
penso; enganar o Estado (por questões fiscais, ter nacionalidade, etc)
Vontade Viciada
Quer casar
Vontade de casar está em supostos errados
Afinal vai casar com um traficante de droga
Duas situações: enganada ou ameaçada
Artº 1647 + Artº 1648 CC = Efeitos putativos
X X
Casamento Anulação
Casamento
Putativo
Registo
Artº 1651 CC
✓ Inscrição – se o funcionário estiver lá (Civil)
✓ Transcrição – Casar por religiosa e depois “levar” ao Registo Civil
Efeitos do Casamento
✓ Pessoais – Artº 1671 até ao Artº 1677 d) CC
✓ Patrimoniais – Artº 1678 até ao Artº 1766 CC
Deveres Conjugais
✓ Artº 1672 CC “Os cônjuges estão reciprocamente vinculados pelos deveres de respeito, fidelidade,
coabitação, cooperação e assistência.”
✓ 1º Respeito;
✓ 2º Fidelidade;
✓ 3º Coabitação (Artº 1673 CC);
✓ 4º Cooperação (Artº 1674 CC);
✓ 5º Assistência (Artº 1675 CC)– Alimentos; Encargos.
Efeito pessoal – Artº 1677 CC
Dever de assistência – Artº 1675 CC (2 partes)
Artº 1676 CC – Créditos de compensação na hora da partilha
Se ficarem viúvos mantém os apelidos Artº 1677 a) CC se se divorciarem também pode ficar se
quiserem, se deixarem.
Artº 1677 B CC
• Se for só reparação cada um conserva os apelidos.
• Nº1 – no caso de divórcio só conserva se o/a ex autorizar ou apesar disso, se o tribunal
decidir (caçaram notoriedade com esse apelido)
- mesmo que mantenha o apelido, Artº 1677 C, pode acontecer o previsto neste artigo
e deixa de o usar.
Artº1678 CC
• Começa aí mas vamos começar no Artº 1777 CC.
Regimes de bens – Artº 1717 CC até ao Artº 1736 CC
• Estatuto que regula as relações patrimoniais entre cônjuges e entre estes e terceiros
• Princípio da liberdade de estipulação (art. 1698): regimes legais ou convencionais
• Aplicação do regime supletivo(art. 1717)
Condicionamentos:
• Art. 1699 nº 2: proibição da comunhão geral
• Art. 1720 nº 1: regime imperativo da separação de bens
✓ Passos
➢ 1º Regimes bens e convecção antenupciais
Artº 1698 CC – Liberdade de estipulação (“mix”)
Artº 1713 CC – Convenção sob condição dos termos
Artº 1717 CC- Supletivo – é o regime mais comum.
O regime não se pode alterar após o casamento, até ao casamento pode ser alterado, Artº 1712 CC (antes)
e Artº 1714 CC (depois).
Exceção – Artº 1715 CC – Regime de separação
Comunhão de
Comunhão Geral Separação
Adquiridos
•Regime adotado ou •Regime Adotado •Regime adotado ou
aplicado •Proibido se houver imposto por lei
supletivamente filhos (ARtº 1699 •Imperativo se
(Artº 1717 CC) nº2) - Parecer PGR casamento
55/1994 (Filhos celebrado sem
comuns) processo preliminar
ou por quem tenha
60 anos (Artº 1720
CC)
Comunhão de Adquiridos
• Bens Comuns
❖ Produto do trabalho dos cônjuges (Artº 1724 a) CC)
❖ Bens adquiridos a constância do matrimonio (Artº 1724 b) CC)
❖ Bens adquiridos em parte com bens próprios e em parte com bens comuns, se esta for
mais valiosa (Artº 1726 CC)
❖ Bens móveis –presunção de comunicabilidade (1725)
❖ Frutos de bens próprios (1728)
• Bens próprios:
❖ Os que cada um tinha ao tempo da celebração do casamento (1722 a)
❖ Os recebidos por sucessão ou doação (1722 b)
❖ Os adquiridos em função de “direito próprio anterior” (1722 c) + nº 2)
❖ Bens sub-rogados no lugar de bens próprios (1723)
❖ Bens adquiridos em parte com bens próprios e em parte com bens comuns, se aquela for
mais valiosa (1726)
❖ Aquisição de bens indivisos já pertencentes em parte a 1 deles (1727)
❖ Bens adquiridos por virtude da titularidade de bens próprios, que não sejam frutos (1728)
Hipótese da alínea c) do art. 1723:
“Conservam a qualidade de bens próprios: (…) os bens adquiridos ou as benfeitorias feitas com
dinheiro ou valores próprios de um dos cônjuges, desde que a proveniência do dinheiro ou valores
seja devidamente mencionada no documento de aquisição, ou em documento equivalente, com
intervenção de ambos os cônjuges.”
Ac. STJ 12/2015 (acórdão uniformizador de jurisprudência): “Estando em causa apenas os
interesses dos cônjuges, que não os de terceiros, a omissão no título aquisitivo das menções
constantes do art. 1723.º, c) do Código Civil, não impede que o cônjuge, dono exclusivo dos
meios utilizados na aquisição de outros bens na constância do casamento no regime supletivo da
comunhão de adquiridos, e ainda que não tenha intervindo no documento aquisitivo, prove por
qualquer meio, que o bem adquirido o foi apenas com dinheiro ou seus bens próprios; feita essa
prova, o bem adquirido é próprio, não integrando a comunhão conjugal”.
Comunhão Geral
• Bens comuns:
❖ Todos os bens presentes e futuros (1732)
• Bens próprios:
❖ Bens incomunicáveis(1733)
❖ Bens doados ou deixados com cláusulas de incomunicabilidade, reversão ou
fideicomissária
❖ Direitos estritamente pessoais
❖ Indemnizações e seguros
❖ Vestidos, roupas, diplomas, correspondência
❖ Recordações de família de diminuto valor económico
❖ Animais de companhia que cada um dos cônjuges tiver ao tempo da celebração do
casamento (Lei 8/2017).
Separação
• Bens comuns:
❖ Não existem
❖ Pode haver bens em compropriedade (art. 1403 e segs.)
• Bens próprios:
❖ Todos os bens presentes e futuros (1735)
❖ Convenção antenupcial
Contrato acessório do casamento (casamento é condição legal de eficácia)
Princípios:
o Liberdade (art. 1698 CC) –com as restrições do art. 1699 CC -Artº 1699 d) “d) A estipulação
da comunicabilidade dos bens enumerados no artigo 1733.º”
Estipular a comunicabilidade – pegar num bem pessoal e torná-lo comum (pessoa a ser dos dois)
o Imutabilidade (art. 1714) –com as exceções do art. 1715 CC. Nota: só é imutável depois da
celebração do casamento, até à celebração é livremente revogável ou modificável
(art.1712)
o Capacidade (art. 1708 CC)
o Forma (art. 1710 CC) e Registo (art. 1711 CC) - Sistema escolhido por nós, conservador
ou funcionário do registo civil.
o Pode ser sob condição ou termo (art. 1713 CC)
o Caducidade (art. 1716 CC): 1 ano - Um ano para casa após a realização da convenção
(1716 CC é diferente do Artº 1614 CC).
Novo regime de RENÚNCIA À CONDIÇÃO DE HERDEIRO - (Lei 48/2018alterou os art. 1700 e
2168 e aditou o art. 1707-A)
A convenção antenupcial pode conter a renúncia recíproca à condição de herdeiro legitimário do
outro cônjuge (art. 1700 nº 1 c) –remissão para art. 2157).
Apenas é admitida caso o regime de bens, convencional ou imperativo, seja o da separação (art.
1700 nº 2).
Regime da renúncia: art. 1707-A:
o Pode ser condicionada à sobrevivência de outras pessoas
o Apenas afeta posição sucessória (não o direito a alimentos ou as prestações sociais)
o Proteção da casa de morada de família
Doações
Para Casamento Entre Casados
• Por um dos esposados ao outro pelos 2 • Domuneto Escrito (Artº 1763 CC)
reciprocamente ou por terceiro a um • Nula se vigorar imperativamente o
ou ambos os esposados (Artº 1753 e regime da sepração de bens (Artº 1762
1754 CC) CC)
• Na convenção antenupcial (Artº 1756
CC)
• Admissível mesmo que com regime
imperativo de separação de bens (Artº
1720 nº2 CC)
➢ 2º Atos de administração
Atos de administração ≠ atos de alienação ou oneração!
➢ Regra geral:
• Bens próprios –administrados pelo cônjuge a que pertencem (1678 nº 1)
• Bens comuns –administrados por um (administração ordinária) ou ambos (administração
extraordinária) (1678 nº 3)
(Ordinária - Limpar a casa; despesas da casa; Extraordinária - Deitar a parede abaixo; construir
piscina/anexo)
➢ Exceções:
• Bens comuns administrados só por um dos cônjuges (1678 a), b), c), d) e e)
• Bens próprios de um dos cônjuges administrados pelo outro (1678 e), f) e g).
Providências administrativas urgentes (1679)
Depósitos bancários (1680)
“Cônjuge administrador” (art. 1681):
• Não é obrigado a prestar contas
• Responde pelos prejuízos causados intencionalmente em prejuízo do casal ou do outro
• Administração:
✓ Com mandato–nº 2
✓ Sem mandato, mas com conhecimento e sem oposição–mesmo regime do mandato
✓ Sem mandato, mas com oposição–possuidor de má fé (nº 3)
Artº 1678 nº2 CC:
a) Salário, bem comum, decisões tomadas só por mim;
b) Dinheiro que recebo por “livro”, por exemplo “música”
c) Único regime – comunhão geral, só acontece com este regime.
d) Fazer doações, mas dizer que um deles não a ministre;
e) Comprei o computador, posso fazer o que entender, não preciso de perguntar nada (pc
de trabalho)
f) Impossibilidade O bem é dele, mas não está, o outro sem procuração pode limpar.
g) Passou uma procuração
➢ 3º Alienação ou oneração de bens
Alinear - Vai deixar de ser o meu “bem”. “Vender o carro”. Tirar do meu património.
➢ Bens móveis (art. 1682):
• Bens móveis comuns administrados pelos dois–consentimento de ambos (nº 1)
• Bens móveis próprios ou comuns administrados só por um–livremente alienados ou
onerados por esse cônjuge (nº 2)
❖ Exceções –consentimento de ambos (nº 3): moveis utilizados conjuntamente na vida do lar
ou como instrumento comum de trabalho ou pertencentes exclusivamente ao cônjuge que
não os administra
➢ Bens imóveis (art. 1682-A):
• Regimes de comunhão (nº 1): todos os atos de alienação ou oneração necessitam do
consentimento de ambos
• Regime de separação (nº 2): apenas atos de disposição da casa de morada de família
Venda de Património do Casal – Com ou Sem Autorização do Cônjuge?
Com Sem
• Bens móveis comuns cuja • Bens móveis próprios ou comuns só
administração seja de ambos por ele administrados
• Bens utilizados por ambos na vida do • Bens imóveis próprios (regime de
lar ou como instrumento de trabalho separação)
• Bens prórpios de um administrados
pelo outro
• Bens imóveis próprios ou comuns
(Regimes de comunhão)
• Casa de morada de família (qualquer
regime).
Consentimento Conjugal
Forma e suprimento do Consentimento (Artº 1684 CC)
➢ Falta de consentimento (art. 1687):
• Anulabilidade do ato –6 meses após o conhecimento (mas nunca depois de 3 anos sobre a
celebração)
• Móvel não sujeito a registo –anulabilidade não é oponível a terceiros de boa fé
• Alienação ou oneração de bens próprios do outro cônjuge, sem legitimidade–regime da
alienação de coisa alheia (nulidade) –remissão para art. 892 CC.
➢ 4º Dívidas dos cônjuges
Princípio geral: Qualquer dos cônjuges tem legitimidade para contrair dívidas sem o
consentimento do outro (art. 1690)
Dívidas conjugais:
➢ COMUNICÁVEIS
• Responsabilidade de ambos (art. 1691)
• Respondem os bens comuns e, na sua falta ou insuficiência, os bens próprios (art. 1695)
• Solidariamente (qualquer cônjuge pode ser demandado pela totalidade) –exceto no regime
de separação (só pela parte que lhe couber)
✓ Contraídas por ambos ou 1 com consentimento do outro (antes ou depois do casamento)
✓ Para encargos da vida familiar (antes ou depois do casamento)
✓ Para proveito comum dos cônjuges, na constância do matrimónio (pelo cônjuge
administrador, nos limites dos seus poderes de administração)
✓ No exercício do comércio, na constância do matrimónio (2exceções)
✓ No regime de comunhão geral: também as contraídas antes do casamento, em proveito
comum do casal (nº 2)
✓ Que oneram bens comuns (art. 1694 nº 1)
✓ Que oneram doações, heranças ou legados que são comuns (art. 1693 nº 2).
➢ INCOMUNICÁVEIS
• Responsabilidade de cada um (art. 1692)
• Respondem os bens próprios do cônjuge devedor e, na sua falta ou insuficiência, a
meação do cônjuge devedor nos bens comuns (art. 1696)
✓ Contraídas por um sem consentimento do outro (antes ou depois do casamento) –salvo
separa encargos da vida familiar ou em proveito comum
✓ Provenientes de crimes e indemnizações, multas, etc.
✓ Que oneram bens próprios (art. 1694 nº 2)
✓ Que oneram doações, heranças ou legados (art. 1693 nº 1)
Cessão das Relações Patrimoniais
Extinção por dissolução (morte ou divórcio), declaração de nulidade ou anulação do
casamento (art. 1688).
✓ Partilha(art. 1689): cônjuges (ou herdeiros) recebem os seus bens próprios e a
sua meação no património comum
✓ Dívidas: são pagas em primeiro lugar as dívidas comunicáveis até ao valor do
património comum, e só depois as restantes
✓ Compensações devidas pelo pagamento de dívidas do casal (art.1697)
Dívidas – Artº 1690 CC
“proveito comum” – Geral ( nº3, PROVA) ou Comércio (nº1 d), PRESSUME-SE)
Efeito Patrimonial (EXAME 4 VALORES)
Regime de bens; Bem próprio ou bem comum; Administrado por quem; Consentimento conjugal (para
dispor do bem); Sanções.
Alienação – se um bem próprio
Móvel – quem o administra ≠
Alienação – que imóvel?
Imóvel – regime de bens
Dívida – quando e a finalidade
Modificação Extinção
• Casados mas a relação • Casamento dissolvido :
conjugal está modificada Morte ou divórcio
• Simples Separação Judicial
de bens - Artº 1767 CC
• Separação Judicial de
pessoas e bens
• Simples Separação Judicial de bens – Artº 1767 CC
São casados a 100% só afeta a parte patrimonial.
Para salvaguardar opta-se a separação, só vai haver bens próprios.
A pessoa protege os seus bens.
Limitação: obrigatório um cônjuge estar contra o outro formalmente é uma ação – Art 1768 CC.
Faz-se uma partilha conjugal: bens próprios fica com cada. Os bens comuns têm de ser
partilhado, ver o valor. Ambos com metade dos bens.
Ficam casados na mesma e consideram-se em casados em separação de bens – Artº 1770 nº1
CC, serve para salvaguardar o património.
Não podem mudar de ideias, Artº 1771 CC, é irrevogável.
• Separação Judicial de pessoas e bens
É uma possibilidade para manter alguma ligação com o “”ex””.
Não moram com o outro cônjuge.
Separados judicialmente mas estão casados (1794 até 1795 D).
Artº 1795 A (reconvenção) efeitos:
❑ Não dissolve casamento;
❑ Extingue: coabitação, assistência, exceto alimentação.
❑ Mantém-se: respeito, fidelidade, cooperação, alimentos.
Deixam de morar juntos, têm de ser fieis um com o outro; cooperação com as
responsabilidades; encargos familiares acaba (pagar luz, água, etc); pensão de alimentos
mantém-se.
Podem ser amigável ou pelo Tribunal (litigiosa).
Artº 1795 CC – Reconvenção – figura em termos de processo uma ação em tribunal pede
algo (divórcio, convencional). Pede uma retaliação. Pedido feito pelo réu e o autor pede outra
“coisa”.
❖ Outra Caraterística
Funciona como Limbo (pode ficar sempre assim ou ficar em limbo).
Limbo – podem voltar a reconciliar-se – Artº 1795 C
- Convertem-se em divórcio – Artº 1795 D
Processo mais simples – ambos de acordo não precisa de esperar 1 ano.
Divórcio
1. Reforma de 2008
Lei 61/2008 alterou o regime jurídico do divórcio, suas consequências e exercício das
responsabilidades parentais
Eliminação da culpa como fundamento do divórcio
✓ Principais alterações:
• Mediação Familiar
• Divórcio por mútuo consentimento: eliminação da tentativa de conciliação
• Divórcio sem consentimento: eliminação do divórcio por violação culposa dos deveres
conjugais e encurtam-se os prazos de relevância do divórcio sem consentimento
• Efeitos patrimoniais do divórcio: partilha, créditos, etc.
• Responsabilidades parentais: regra do exercício conjunto
• Alimentos entre ex-cônjuges: afirmação do princípio de que de que cada ex-cônjuge deve
prover à sua subsistência
• Afinidade: cessa com a dissolução do casamento por divórcio
2. Modalidades
Requerido na
Conservatória
Mútuo
Consentimento
Divórcio Requerido no
Artº 1773 CC Tribunal
Sem
consentimento de
um dos cônjuges
➢ Divórcio por Mútuo Consentimento
• Requerido por ambos na Conservatória do Registo Civil(art. 1775)
• Requerimento dos cônjuges, acompanhado de todos os acordos:
1) Relação dos bens comuns (ou acordo sobre a partilha)
2) Acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais (ou sentença da sua regulação):
residência, exercício das RP, contactos com progenitor não residente e alimentos
3) Acordo sobre a prestação de alimentos ao cônjuge
4) Acordo sobre o destino da casa de morada de família
5) Acordo sobre o destino dos animais de companhia
6) Convenção antenupcial
• Requerido por ambos no Tribunal (art. 1778-A)
Quando os cônjuges estão de acordo em dissolver o casamento, mas falta algum daqueles
acordos do art. 1775
➢ Divórcio sem consentimento
• Requerido no Tribunal por um dos conjugues contra o outro (anterior “divórcio litigioso”)
• Fundamentos (art. 1781):
o Separação de facto (1 ano) + art. 1782
o Alteração das faculdades mentais do outro cônjuge que, pela sua gravidade,
comprometa a possibilidade de vida em comum (1 ano)
o Ausência, sem que do ausente haja notícias (1 ano)
o Quaisquer outros factos que, independentemente da culpa dos cônjuges, mostrem a
rutura definitiva do casamento
3. Tramitação
Divórcio sem
DMC na Conservatória DMC no Tribunal
Consentimento
•Artº 1775 a 1778 CC •Artº 1778 A •Artº 1779 a 1785 CC
•Artº 271 e ss CRC •Artº 994-999 CPC •Artº 931- 932 CPC
•DL 272/2001
❖ Tramitação : DMC na Conservatória
• Informação sobre Serviços de Mediação Familiar (art. 1774)
• Requerimento dos cônjuges + acordos (art. 1775)
• Conferência para apreciação dos acordos pelo conservador (art. 1776)
→ Conservador pode convidar a alterar se não acautelar interesses dos cônjuges ou filhos
→ Conservador pode determinar a prática de atos ou produção de prova
• Envio do acordo sobre responsabilidades parentais relativo a filhos menor e são Ministério
Público para apreciação (art. 1776-A)
• Conservador decreta o divórcio, procedendo-se ao registo
• Se acordos não acautelarem e cônjuges não alterarem: remessa para Tribunal (art. 1778)
❖ Tramitação: DMC no Tribunal
• Informação sobre Serviços de Mediação Familiar (art. 1774)
• Requerimento dos cônjuges + eventuais acordos (art. 1778-A)
• Juiz:
→ Aprecia os acordos que os cônjuges tiverem apresentado (nº 2)
→ Fixa as consequências do divórcio nas questões sobre que os cônjuges não tenham
apresentado acordo (nº 3)
• Juiz pode determinar a prática de atos ou produção de prova (nº 4)
• Juiz decreta o divórcio, procedendo-se ao registo (nº 5)
❖ Tramitação: Divórcio sem consentimento
• Informação sobre Serviços de Mediação Familiar (art. 1774)
• Petição inicial (legitimidade –art. 1785)
• Tentativa de conciliação(art. 1779)
• Se não resultar, juiz procura obter acordo dos cônjuges para DMC
→ Obtido o acordo: seguem-se termos do processo de DMC
→ Não obtido o acordo: contestação e ulterior tramitação processual (CPC)
4. Efeitos
• Dissolução do casamento (art. 1788) e cessação das relações pessoais e patrimoniais entre
cônjuges (art. 1688) –v. data(art. 1789)
• Partilha de bens (art. 1689)
• Créditos compensatórios (art. 1676 nº 2 e 3)
• Reparação de danos (art. 1792): termos gerais da responsabilidade civil e nos tribunais
comuns
• Atribuição da casa de morada de família (art. 1793)
• Animais de companhia (art. 1793-A)
• Alimentos entre ex-cônjuges (art. 2016 e 2016-A)
• Apelidos (art. 1677-B)
• Responsabilidades parentais (art. 1906)
❖ Partilha
• Cônjuges recebem bens próprios e meação no património comum (art. 1689 nº 1)
• Pagamento de dívidas (art. 1689 nº 2)
• Créditos (art. 1689 nº 3)
• Limitações dos art. 1790 e 1791 (críticas)
• “Balcão Divórcio com Partilha”
❖ Crédito Compensatório
• Pressupostos (art. 1676 nº 2):
→ Contribuição de um dos cônjuges para encargos da vida familiar ser “consideravelmente
superior” ao exigido pelas suas possibilidades
→ Renúncia “de forma excessiva” à satisfação dos seus interesses em favor da vida comum
→ Prejuízos patrimoniais “importantes”
• Exigibilidade e pagamento:
→ Exigível no momento da partilha, exceto se vigorar regime da separação (art. 1676 nº 3)
→ Pago pela meação do cônjuge devedor no património comum; se não houver ou for
insuficiente, respondem os bens próprios (art. 1689 nº 3)
❖ Casa de Morada de Família
• Casa arrendada (art. 1105):
→ Destino decidido por acordo entre os cônjuges, podendo estes optar pela transmissão ou
concentração a favor de um deles
→ Na falta de acordo: tribunal decide tendo em conta necessidade de cada um, interesses dos
filhos, etc.
• Casa própria de um dos cônjuges ou comum (art. 1793):
→ O tribunal pode dar de arrendamento a qualquer dos cônjuges, a seu pedido, a casa de
morada da família, quer esta seja comum quer própria do outro, considerando as
necessidades dos cônjuges e o interesse dos filhos do casal.
❖ Animais de Companhia
• Confiados a um ou a ambos os cônjuges (art. 1793-A)
• Considerando, nomeadamente:
→ os interesses de cada um dos cônjuges
→ os interesses dos filhos do casal
→ o bem-estar do animal
❖ Alimentos a Ex-Cônjuges
• Direito a alimentos (art. 2016):
→ Regra geral: cada cônjuge deve prover à sua subsistência depois do divórcio (nº 1)
→ Exceção: prestação de alimentos a ex-cônjuge (nº 2 e art. 2009 n.º 1 a)
→ Contra-exceção: direito a alimentos negado por manifesta equidade (nº 3)
→ Cessação da obrigação alimentar: art. 2019
• Montante dos alimentos (art. 2016-A):
• Critérios(nº 1)
→ Atender às necessidades do cônjuge que recebe os alimentos (cônjuge credor) e às
possibilidades de quem os presta (cônjuge devedor)
→ Cônjuge credor não tem o direito de exigir a “manutenção do padrão de vida de que
beneficiou na constância do matrimónio” (nº 3)
❖ Sistema de Mediação Familiar (SMF)
• Litígios surgidos no âmbito de relações familiares: divórcio, regulação de responsabilidades
parentais, atribuição e alteração de alimentos, atribuição da casa de morada de família, etc.
• Custo de 50 € para cada uma das partes
• Acordos podem ser apresentados na conservatória ou homologados pelo juiz
• SMF:
→ Regulamento Despacho Normativo 13/2018
→ Informações https://www.dgpj.mj.pt/sections/gral/mediacao-publica/sistema-de-
mediacao
→ Pedir https://justica.gov.pt/Servicos/Pedir-mediacao-familiar