Definição
A pneumonia infecciosa define-se como uma condensação
inflamatória aguda dos alvéolos e/ou infiltração do tecido intersticial
pulmonar que resulta da acção de células inflamatórias em
resposta à agressão de um determinado agente microbiano.
Definição
Pneumonia
Febre > 37,5º e/ou
Sintomas respiratórios e
Infiltrados radiológicos
Etiologia
VIRUS BACTÉRIAS OUTRAS
VSR PNEUMOCOCO Fungos
Haemophilus influenza
Parainfluenza 1,2,3 Parasitas..
Moraxela catarrhalis
Metapneumovirus Staphylococcus aureus
Influenza A, B Streptococo Grupo A
Adenovirus Streptococo Grupo B
Pneumocystis
Rhinovirus? Gram negativos jiroveci
Enterovirus Anaerobios
Coronavirus Outras (Legionella pn..)
Bocavirus? Mycoplasma pn
Chlamydia trachomatis
Sarampo
HIV Chlamydia pn
Virus herpes (varicela, Bordetela
Diagnóstico
EPIDEMIOLOGIA
CLÍNICA
EXAMES
COMPLEMENTARES
Diagnóstico
CLÍNICA
Como foi o ínicio da doença?
Há outros sinais associados?
Qual o contexto epidemiológico?
Caracterizar os sintomas
Avaliar sinais de gravidade.
CONVERSAR COM OS PAIS
Adquirir a confiança da criança
Observação cuidadosa
(CRIANÇA DESPIDA)
VIRAL BACTERIANA ATÍPICAS
Chlamydia Chlamydia pn/ Bordetellas
trachomatis Mycoplasma pn
Escolar
Idade Qualquer Qualquer < 6 meses Adolescentes Qualquer
Gradual (2- Agravamento Agravamento
Início 4 dias) Súbito Gradual
progressivo progressivo
Cohabitantes
doentes Frequente Raro Não Frequente Frequente
Rinofaringite Sensação de Antecedentes de Odinofagia, No pequeno
doença conjuntivite Cefaleias, latente pode
Conjuntivite
Infecção genital Astenia, haver cianose
Sinais Mialgias, rash, Herpes labial
materna na Estado geral e guincho
associados diarreia Meningismo gravidez conservado
Estado geral Vómitos,
conservado Dor abdominal
Seca Produtiva Acessual Seca e irritativa de Acessual
Tosse (irritativa e (expectoração (agravamento início e depois (agravamento
rebelde) purulenta) progressivo) produtiva progressivo)
Temperatura < 39º C > 39º C (calafrio) Não < 38,5º C Não
Auscultação Pode ser Fervores Fervores Fervores finos nas Pode ser
pulmonar normal no crepitantes bilaterais, sibilos bases, sibilos normal
início Fervores localizados,
crepitantes Sopro tubário
bilaterais/pieira
Diagnóstico
EXAMES
COMPLEMENTARES
RADIOGRAFIA
TORAX
(PAe PERFIL)
Viral?Bacteriana?
Leucograma
PCR
VIRAL BACTERIANA ATÍPICAS
Chlamydia Chlamydia pn/ Bordetela
trachomatis Mycoplasma pn
Bordetelas
RADIOLOGIA Condensação Infiltrados Normal
Infiltrado Infiltrados
lobar/segmentar intersticiais
difuso/perihilar intersticiais
bilateral difusos
LABORATÓRIO
Leucograma Leucocitose, Normal Normal ou
Normal
Neutrofilia Eosinofilia leucocitose
Normal e linfocitose
Negativa
PCR Negativa ou
Aumentada Negativa ligeiramente Negativa
aumentada
Diagnóstico
Orientação
AMBULATÓRIO
Sempre que possível
INTERNAMENTO
Pneumonia < 6meses
Sinais de gravidade
(dificuldade respiratória, desidratação, prostração e aspecto tóxico,
suspeita de derrame pleural)
Vómitos
Imunodeficiências congénitas ou adquiridas
Orientação
EXAMES
EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA
COMPLEMENTARES
Factoresde
AMBULATÓRIO gravidade
INTERNAMENTO
Diagnóstico
CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO:
Hemocultura
(PCR liquido pleural)
IFI virus respiratórios (secreções)
PCR virus respiratórios (secreções)
Serologia virus respiratórios (sangue)
IFI Chlamydia (secreções, sangue)
Serologia Mycoplasma (sangue)
PCR Bordetela (secreções) …..
Outros exames complementares CASO A CASO!
Terapêutica
MEDIDAS GERAIS
- Hidratação
Facilitar a eliminação das secreções brônquicas
Repor perdas da febre e respiração.
Encorajar o reforço da ingestão de líquido
Nebulizações com soro fisiológico.
- Desaconselhar “xaropes para a tosse”
- Explicar o mecanismo fisiológico da tosse
Antitússico, só excepcionalmente se tosse
persistente, que interfere com a alimentação/sono
Terapêutica
TERAPÊUTICAS ESPECIFICAS
- ANTIVIRAIS
Grupos de risco:
Influenza (oseltamivir, zanamivir)
Adenovirus (cidofovir)
Virus herpes (aciclovir/ganciclovir/foscarnet)
HIV (antiretrovirais)
- ANTIBIOTICOTERAPIA
De acordo com agentes bacterianos mais prováveis
e grupo etário
Casos especiais de acordo com doença crónica ou
factor de risco
Terapêutica
ANTIBIOTICOTERAPIA - INTERNAMENTO
PNEUMONIA PNEUMOCOCO Penicilina
Strep. A 200- VIGIAR
< 2 ANO H. influenza* 400000UI/Kg/dia Evolução nas
M. catarrhalis* 10 dias 24 - 48h
(Ampicilina)
> 2 ANO PNEUMOCOCO (AM/CL*) Alta quando
Strept.A
não houver
critérios para
internamento
PNEUMONIA Mycoplasma/ Azitromicina Tratar
ATÍPICA Chlamydia 10mg/Kg/dia cohabitantes
pneumoniae/ 5 dias
Bordetela
Terapêutica
MEDIDAS SUPORTE
- Hidratação
- Oxigenoterapia
- Ventilação invasiva e não invasiva
- Nutrição
- Drenagem postural?
Complicações
PNEUMONIA PNEUMONIA
OUTRAS
VIRAL BACTERINA
Desidratação
Derrame pleural
Hipoxemia
Empiema Hipoxemia grave
Apneia
Piopneumotorax Insuf resp aguda
Atelectasia
Pneumatocelos ARDS
Insuf resp aguda
Abcesso pulmonar
ARDS..
Bronquiectasias
Bronquiolite obliterante Paquipleurite
Mortalidade elevada
Displasia BA Alt função pulmonar..
Casos especiais
Staphylococus aureus
PNEUMONIA GRAVE
- Recem nascido, Lactente
- Ínicio súbito, prostração, gemido,
sensação de doença, taquipneia -
Pneumonia com derrame pleural,
empiema e pneumatocelos
MRSA
- Resistência aos betalactâmicos
(gene mec A) mas susceptiveis à
vancomicina e linezolide
CA-MRSA (PVL +) susceptiveis à
clindamicina e TMP-SMX
Anaeróbios
PNEUMONIA GRAVE
- Doença crónica (neuromuscular)
- RGE
- História engasgamento
- Aspiraçõa vómito
B fragilis
Fusobacterium
Peptococcus
Peptostreptococcus
Penicilina e Clindamicina
Pneumocistis jiroveci
PNEUMONIA GRAVE
- HIV
- IDPrimaria
- Imunosupressores
- Malnutrição
Diarreia crónica; perda peso
Dispneia grave
Hipoxemia
TMP-SMX, Corticoides,
Ventilação mecãnica precoce
Prevenção
PNEUMONIA PNEUMONIA
OUTRAS
VIRAL BACTERINA
Grupos risco Grupos risco Grupos risco
Vacina pneumococica TMP-SMX
Vacina Influenza polissacaridica
Vacina Varicela
Universal
Palivizumab Vacinas conjugadas
Imunoglobulina (pneumococo, H influenza)
(varicela, CMV) Vacina pertussis
Universal Universal
Vacina do Sarampo