ESTUDO ETNOFARMACOLÓGICO E FITOQUÍMICO DE PLANTAS COM
ACITVIDADEANTIMALÁRICA
ETHNOPHARMACOLOGICAL AND PHYTOCHEMICAL STUDY OF PLANT WITH
ANTIMATTER ACTIVITIES
Arcénio Pedro Joaquim Niconte
RESUMO
A Malária é uma doença infecciosa parasitária causada por 4 espécies diferentes do protozoário do
género Plasmodium (P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P. malarie).Pretende se dar contributo para
a melhoria das condições de saúde da população, através deste estudo. Obter conhecimentos
etnofarmacológico das plantas usadas no tratamento de malária na província de Nampula e sua
composição química. Foi usada a técnica bola de neve para a entrevista, oextracto etanóico foi
obtido partir do vegetal seco a temperatura ambiente, a mistura foi filtrada, pesados e colocados na
estufa a 105 ºC, obtendo o rendimento (%), extractos foram secos em estufa com circulação ar a
85ºC. A analise fitoquímico usando extracto foi feita usando a metodologia da prospecção
preliminar, realizando teste de detecção dos metabólitos: alcalóides, flavonóides, taninos e
saponinos.Os testes foram positivos e a análise quantitativa, as leituras foram realizadas no
espectrofotómetro UV/VIS. Obtendo os seguintes resultados alcalóides 30,715 ±0,002 µg/ml;
flavonóides 32,240 ±0,004 µg/ml e taninos 1,571±0,001 µg/ml. Nesse estudo foi possível conhecer
14 plantas usadas no tratamento de malária, prospecção etnorfarmacológico, e na prospecção
fitoquímica, o EBEHHL.c. demostrou a presença de compostos: alcalóides, flavonóides, taninos e
saponinas. Tendo o flavonóides o princípio activo com maior concentração, seguido por alcalóides.
Palavras Chave: Malária, plantas medicinas, fitoquímica e antimalárica.
ABSTRACT
Malaria is a parasitic infectious disease caused by 4 different species of the protozoan of the genus
Plasmodium (P. falciparum, P. vivax, P. ovale and P.malarie). We intend to make our contribution
to the improvement of the population's health conditions, through this study. Obtain ethno
pharmacological knowledge of the plants used to treat malaria in the province of Nampula and its
chemical composition. The interviewees were selected using the snowball technique, the ethanol
extract was obtained from the dried vegetable at room temperature, the mixture was filtered,
weighed and placed in the oven at 105 ºC, obtaining the yield (%), extracts were dried in the oven
with air circulation at 85ºC. The phytochemical analysis using extract was made using the
methodology of preliminary prospecting, performing detection test of the metabolites: alkaloids,
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
flavonoids, tannins and saponins. The tests were positive and the analysis of the number of readings
was performed on the UV / VIS spectrophotometer. Obtaining the following results for alkaloids
30,715 ± 0,002 µg / ml; flavonoids 32,240 ± 0,004 µg / ml and tannins 1,571 ± 0,001 µg / ml. In
this study, it was possible to know 14 plants used in the treatment of malaria, ethnorfarmacological
prospecting, and in phytochemical prospecting, the extract of H. EBEHHL.c:, demonstrated the
presence of compounds: alkaloids, flavanols, tannins and saponins. having flavonoids, the active
ingredient with the highest concentration, followed by alkaloids.
Keywords: malaria, medicinal plants, phytochemical and antimalarial.
INTRODUÇÃO
A malária é uma doença infecciosa, não contagiosa, reconhecida como um grave problema de saúde
pública no mundo, ocorrendo principalmente na África, Sudeste Asiático e na Região Amazónica
da América do Sul, numa incidência anual estimada em 300 milhões de casos, sendo 80% deles em
países africanos (TAUIL,2006).
Somente quatro, de aproximadamente 120 espécies de Plasmodium, são responsáveis por infectar
seres humanos; sendo o homem o único reservatório com importância epidemiológica para a
malária. As espécies causam a malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.
Uma quarta espécie, o P. ovale, só é encontrado em áreas restritas do continente africano
(FRANÇA, 2008)
A malária constitui um dos principais problemas de saúde pública em Moçambique. O Plasmodium
falciparum é o parasita mais frequente, sendo responsável por cerca de 90% de todas infecções por
malária, enquanto o Plasmodium malariae e o Plasmodium ovale são responsáveis por 9% e 1% de
todas as infecções, respectivamente. Assume-se a associação dos factores socioeconómicos,
climáticos e ambientais que favorecem a sua transmissão ao longo de todo o ano, atingindo o seu
ponto mais alto após a época chuvosa (Dezembro a Abril). (MINISTÉRIO DA SAÚDE et al 2016)
Uma vez que alguns dos principais fármacos antimaláricos actuais, tal como o quinino e a
artemisinina, são moléculas obtidas a partir de plantas, torna-se essencial que se investiguem outras
plantas medicinais utilizadas tradicionalmente como antimaláricas, de modo a comprovar a sua
eficácia e segurança e a determinar as suas potencialidades como novos
A actividade antimalárica frente a P. falciparum os alcalóides elipiticina e aspidocaepina
apresentaram-se activo, para o alcalóide N-metiltetradroelipticina verificou-se baixa actividade.
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
Para o alcalóide aspidocaepina, poucas literaturas foram encontradas, o que demonstra nenhuma
descrição quanto actividade. (HENRIQUE, 2007)
De forma a ultrapassar os problemas mais comuns nesta área de investigação, tais como a
identificação correcta do material vegetal e a possível variabilidade da composição química de
remédios tradicionais, propusemo-nos a fazer um estudo etnofarmacológico e fitoquímico de
plantas com actividade antimalárica de plantas medicinais usadas pelos terapeutas tradicionais na
Província de Nampula, país onde mais de dois terços da população vive em regiões onde a malária é
endémica.
MOTODOLOGIA
ESTUDO ETNOFARMACOLÓGICO DE PLANTAS COM ACTIVIDADE
ANTIMALÁRICA
A pesquisa etnofarmacológica foi realizada na província de Nampula, em novembro de 2019. Onde
teve como universo todos os curandeiros disponíveis, a partir das plantas medicinais usadas por eles
com a finalidade de curar ou prevenir a malária. Foram entrevistados os 48 raizeiros mais
conceituados em 5 distritos de Murrupula, Malema, Monapo, Rapale e Nampula cidade. A colecta
dos dados se deu por meio de conversas informais com os raizeiros na própria mata, sendo que
alguns preferiam em trazer apenas as suas folhas e explicar o modo de preparo . As plantas citadas
foram seleccionadas pelo facto de serem as mais usadas pelos curandeiros. Preenchendo a tabela 2.
MATÉRIA VEGETAL
As Raízes de Hypoxis hirsuta (L). Coville foram colectadas em Murrupula, localizado a sudeste da
capital provínciade Nampula, confinando a Norte com o distrito de Nampula, a sul o distrito de Gilé
da província da Zambézia, a este com o distrito deMogovolas e a Oeste com o distrito de
Ribaué.Nampula em 2019, pelo pesquisador Arcénio Pedro Joaquim Niconte, estudante da
Universidade Rovuma. Posteriormente, a matéria foi seca a temperatura ambiente por sete dias e. A
droga vegetal produzida foi armazenada em sacos plásticos hermeticamente fechados até sua
utilização.
PREPARAÇÃO DO EXTRACTO
A extracção foi feita por maceração em mistura hidroetanólica (70% EtOH), na proporção de 1g da
droga vegetal seca para 10 ml do solvente extractor durante cinco dias à temperatura ambiente sob
agitação esporádica. Mistura foi filtrada, pesados e colocados na estufa a 105 ºC, obtendo o
rendimento (%), extractos foram secos em estufa com circulação ar a 85ºC.
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
Massa de extracto seco
%Residuo seco 100
Massa do extracto luidos
Tabela 1: Análise Fitoquímica Qualitativa
Nº Matabolitos Reagente Observacoes
01 Alcaloides HCl 5% bouchardat Precipitado laranja avermelhado
02 Flavonoides NaOH A formacao de uma cor amarela intensa
que desapareceu depois de acadicao de um
acida diluido
03 Saponinos Agua destilada Existencia de espuma permanente em
20min
04 Taninos FeCl3. 10 H2O Precipitado castanho avermelhado
Fonte: autor
ANÁLISE FITOQUÍMICA QUANTITATIVA
QUANTIFICAÇÃO DE ALCALÓIDES
a) Solução Padrão: Preparou-se a solução estoque de padrão Boldina (400 µg/mL) em metanol,
que foi diluída em etanol (70%) As leituras foram realizadas no espectrofotómetro UV/VIS –
KASUAKI (Leitor de microplacas) a 366 nm após 20 min de reacção. Todas as análises foram
realizadas em triplicata e a curva padrão foi estabelecida com a média de dados de três gráficos nas
concentrações estabelecidas. O coeficiente de determinação obtido na construção da curva de
calibração foi R2 = 0,9993, indicando que a curva pode ser utilizada com segurança para a
determinação de alcalóides na amostra. Já a equação de correlação foi Y =0,0137x + 0,1562, em
que ‘X’ representa a concentração em µg/mL e ‘Y’ a absorvância.
As leituras solução extractiva foram realizadas no espectrofotómetro UV/VIS – J.P. SELETA, s.a
VR-2000 SPECTROPHOMETER a 366 nm. A análise foi realizada em triplicata.
QUANTIFICAÇÃO DE FLAVONÓIDES TOTAIS
a)Solução Padrão:Preparou-se a solução estoque de padrão rutina (400 µg/mL) em metanol, que
foi diluída em etanol (70%). As leituras foram realizadas nos espectrofotómetros UV/VIS –
KASUAKI (Leitor de microplacas) a 415 nm após 20 min de reacção. Todas as análises foram
realizadas em triplicata e a curva padrão foi estabelecida com a média de dados de três gráficos nas
concentrações estabelecidas. coeficiente de determinação obtido na construção da curva de
calibração foi R2= 0,9998, indicando que a curva pode ser utilizada com segurança para a
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
determinação de alcalóides na amostra. Já a equação de correlação foi Y =0,0129x + 0,1781, em
que ‘X’ representa a concentração em µg/mL e ‘Y’ a absorvância.
.As leituras solução extractiva foram realizadas no espectrofotómetro UV/VIS – J.P. SELETA, s.a
VR-2000 SPECTROPHOMETER a 500 nm. A análise foi realizada em triplicata.
QUANTIFICAÇÃO DE TANINOS
Solução Padrão: Preparou-se a solução metanólica de catequina (1000 µg/mL), que foi diluída em
metanol para 20, 30, 40, 50, 60 e 70 µg/ml. As leituras foram realizadas no espectrofotómetro
UV/VIS – KASUAKI (Leitor de microplacas) a 500 nm após 20 min de reacção. Todas as análises
foram realizadas em triplicata e a curva padrão foi estabelecida com a média de dados de três
gráficos nas concentrações estabelecidas. O coeficiente de determinação obtido na construção da
curva de calibração foi R2= 0,9986, indicando que a curva pode ser utilizada com segurança para a
determinação de alcalóides na amostra. Já a equação de correlação foi Y =0,0132x + 0,1924, em
que ‘X’ representa a concentração em µg/mL e ‘Y’ a absorvância.
As leituras da solução extractiva foram realizadas no espectrofotómetro UV/VIS – J.P. SELETA,
s.a VR-2000 SPECTROPHOMETER a 500nm. A análise foi realizada em triplicata.
RESULTADOS E DISCUSÃO
As plantas medicinais usadas para o tratamento de malária em Nampula, são aplicadas ou
administradas na sua maioria pelos próprios raizeiros. Das plantas mencionadas, foram
seleccionadas 14, sendo que as principais indicações ligadas a problemas de saúde como de malária
ou febres, havendo ainda distinção entre o sintoma e a doença, sendo referenciado como “Etecucha”
e “Nanchecua” que na forma literária traduz se (febres e febres da tarde).
Tabela: Espécie Citados No Estudo Etnofarmacológico
Nº Especies ou Nome científico Parte usada Modo de preparo
1
Dalbergiamelanoxylonguill Raiz Chá
2
aspidosperma vargasii Folha Chá
3
linaria purpúrea (L) Mill Folhas e raízes Banho e chá
4
aloé maculataall Folhas Chá
5
lactucaserriola L Folhas Repelente
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
6 viburnumtinus L.
Folhas
7
magnoliaceae liliflora desr\ Folhas Chá
8
hypoxis hirsuta (L). coville Raiz Chá
9
elaeagnus angustifólia L Folhas Chá
10
cretaeguslaevigata (poir.) DC Folhas Chás
11
Tamarindos indica L. Folhas Chá
12
Rhus aromática aiton Caule Chá
13
Oputis máxima mil. Folhas Chá
14
Morinda citrifolia L. Folhas Chá
Fonte: autor
Os resultados citados indicam que, de modo geral, embora existam vários Centros de Saúde na
província de Nampula com alguns profissionais de saúde e alguns medicamentos disponíveis a
comunidade, a população desta província ainda prefere recorrer à fototerapia, primordialmente o
uso das plantas como principal recurso terapêutico para os cuidados básicos de saúde. Os
informantes justificaram esta preferência em virtude da cultura local, da disponibilidade, do fácil
acesso e da confiança neste recurso.
De acordo com (AMOROZO, 2002), podem ocorrer tanto aquisições como também perdas em uma
farmacopeia popular, pois sua composição é um processo dinâmico. Sendo que a probabilidade de
haver aquisição tanto de novas espécies que antes não ocorriam na área, como de novos usos para as
espécies já existentes no local, aumenta nas situações em que o contacto com a sociedade geral e
com migrantes é intensificado.
SELECÇÃO DA ESPÉCIE HYPOXIS. HIRSUTA(L). COVILLE
Das 14 espécies estudam foi escolhada H. Hirsutapara a análise fitoquímica. A escolha deve-se ao
facto de ser abundante e poder ser encontrada em qualquer estação do ano. Portanto, eis a razão da
menção, embora o modo de preparo seja diferente para cada curandeiro e a região onde se encontra.
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
Figura 1: Hypoxis hirsuta (L). Coville
Fonte: autor
ANÁLISE FITOQUÍMICA DA H. HIRSUTA
Tabela 1: Rendimento dos Princípios Activos no Extracto Bruto da Raiz de H. hirsuta
Extracto etanoicos
01 Rendimento (%) 4,5
Fonte: autor
Apesar da ampla variedade de solventes conhecidos (líquidos extractores), são poucos os
utilizados na extracção dos compostos vegetais. Essa limitação de uso é devida a três aspectos
principais: propriedades extractivas, adequação tecnológica, inocuidade fisiológica e factores
económicos (PINTO, 2005). Diante desta abordagem, justifica-se que o bom rendimento dos
extractos etanóicos devido sua polaridade, o que lhe confere uma melhor propriedade extractiva.
IDENTIFICAÇÃO METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
Neste estudo, essa informação preliminar sobre a composição química da espécie foi de
fundamental importância, pois apesar de uma vasta pesquisa bibliográfica não foram encontrados
estudos químicos referentes às espécies pertencentes ao género hypoxis quanto a presença de
alcalóides, flavóides, saponinas e taninos, o único estudo encontrado faz menção da especieH.
hemerocallidea tem as seguintes classes de metabólitos secundários: esteróides, polifenóis e
glucósidos) (CHAMBE, 2010). Os resultados das análises estão descritosna tabela a baixo.
Tabela 2: Identificação de Metabólitos Secundários dos Extracto de Raízes deH. Hirsuta
Metabólicos secundarias Reagentes Resultados
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
Alcalóides HCl e Bouchardat (solução +++
de iodo).
Flavonóides Hidróxido de sódio +++
Saponinas Água destilada ++
Taninos Cloreto de ferro-III +
Fonte: autor
(+) Reacção fracamente positiva; (++) Reacção moderadamente positiva; (+++) Reacção
positiva
Marcha fitoquímica preliminar apontou a presença de diversas classes de substâncias químicas,
como: alcalóides e flavonóides no extracto. No entanto, os resultados foram positivos, como ilustra
a figura 7.
As análises foram feitas em triplicata sendo o tubo de enseio que se encontra no centro de cada
grupo de metabólitos é o branco, não a presenta nenhuma alteração da cor.
As saponinas têm sido apontadas por suas actividades hemolítica, antiviral e anti-inflamatória
(SIMÕES, 2004). Ressaltando-se que os resultados positivos obtidos neste estudam para saponinas,
indicam a presença desses metabólitos na planta, podendo ocorrer da quantidade dessas substâncias
serem muito pequenas, o que dificultaria sua detecção por reacções qualitativas, gerando resultado
positivo com pouca intensidade.
Os taninos têm sido geralmente empregados no combate à diarreia, hipertensão arterial,
reumatismo, hemorragias, feridas queimaduras, problemas renais e processos inflamatórios
(COSTA, 2013). A presença de fenóis e taninos na espécie em estudo pode estar associada ao seu
uso popular para problemas no útero, hemorragias e inflamações de mulheres.
Quanto ao uso da espécie como antimalárica, o resultado positivo para a presença de alcalóides no
extracto é sugestiva de que a espécie possa vir a ter actividadeantiplasmódica (COSTA,
2013).(COSTA, 2013). refere que a actividade antiplasmódica de alcalóides de origem vegetal tem
sido amplamente relatada na literatura, sendo que no período de 1990 a 2000 mais de uma centena
de substâncias activas desta classe foram descritas, algumas até mais potentes que a cloroquina.
Destaca-se que algumas espécies citadas no levantamento etnofarmacológico realizado neste estudo
descrevem, entre outras substâncias, os alcalóides como sendo os responsáveis pela actividade
antimalárica. Alguns trabalhos realizados com a fitoquímica da planta também relatam a presença
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
de flavonóides, destacando-se o glicosídeo de apigenina, bissulfito de apigenina e hipoaletina,
corroborando assim, com nossos achados. Os flavonóides são grupo de interesse económico e,
principalmente, farmacológico, pois, possuem actividades anti-tumorais, anti-inflamatórias,
antioxidantes, antivirais, entre outras (SHIRWAIKAR, 2004).
ANÁLISE FITOQUÍMICA QUANTITATIVA
Os valores das concentrações de taninos, após leitura espectrofotometria dos extractos etanóicos da
amostra da raiz de Hypoxis hirsuta (L). Coville.estão apresentados na tabela 6. A equação resultante
da curva de calibração com o padrão catequina e os resultados foram expressos em g equivalentes
de catequina por mililitro (g/ml).
Tabela 3: Valores de Concentração de Alcalóides, flavonóides e Taninos (µg/ml)
Alcalóides Flavonóides Taninos
Media 0,577 0,594 0,171
Desvio padrão 0.002 0,004 0,001
CV% 0,374 0,687 0,731
Concentração 30,715 ±0,002 32,240 ±0,004 1,571±0,001
Fonte: autor
Após os processamentos de dados estatísticos a 95% de nível de confiança, verificou-se que a
concentração de flavonóides foi significativamente maior em relaçãoa concentração dos taninos
(P=0,000034) e concentração de alcalóides (P=0,033) e por sua vez, a concentração de alcalóides
foi significativamente maior que a concentração de taninos (P=0,00004).
Não foram encontrados dados na literatura quanto ao teor de alcalóides, flavonóides e taninos
presentes na raiz, de hypoxis hirsuta (L). Coville. Os únicos dados encontrados na literatura quanto
ao teor de metabólitos secundários são de uma espécie do mesma família e género
hypoxishemerocallidea que não se observou nada nos cromatogramas, tanto a UV 366nm como
com DRG a luz visível (SANTIAGO, 2007).
Análise esta que pode servir de base para estudos futuros que busquem novas fontes naturais de
compostos com esta propriedade. Que não esta vetado ou merece de avaliação pelo mesmo método
ou por um outro método.
Esta pesquisa não recebeu auxilio financeiro para ser realizada
CONCLUSÃO
Foram citadas 14 espécies de plantas medicinais usadas no tratamento de malária na província de
Nampula na prospecção etnorfarmacológica, e na prospecção fitoquímica, o extracto de H. hirsuta,
demostrou a presença de alcalóides, flavonóides, taninos e saponinas. tendo os flavonóides
osprincípios activos em maior concentração, seguido por alcalóides. Logo comprova-se que estes
princípios activos são um dos responsáveis pela actividade antimalárica desta espécie conforme tem
sido reportado na literatura
No estudo etnofarmacológico das 14 espécies citadas somente uma é que foi cientificamente
estudaa Aspidosperma vargasii e A. desmanthum, tendo se observado muito activa ao P.
falciparum.
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