Exemplar para uso exclusive - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185.587.634-59 (Pedido 505986 Impresso: 14/11/2014)
NORMA ABNT NBR
BRASILEIRA 16246-1
Primeira edigaio
27.11.2013,
Valida a partir de
27.12.2013
Florestas urbanas — Manejo de arvores,
arbustos e outras plantas lenhosas
Parte 1: Poda
Urban forests — Tree, shrub and other woody plant management
Part 1: Pruning
ASSOCIACAO_ Numero de referéncia
sass “
Qi Se serio ear
TECNICAS paginas
@ABNT 2013ABNT NBR 16246-1:2013
© ABNT 2018
‘Todos os direitos reservados. A menos que espacificado de outro mode, nenhuma parte desta publicagao pode ser
‘eproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletronica ou mecénico, inluindo fotocépia e microfilme, sem permissio por
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ABNT NBR 16246-1:2013
Sumario
Prefécio
1 Escopo
2 Termos e definigdes,
3 Procedimentos ..
34 Objetivos da poda
32 Inspegao da drvore.
3.3 Ferramentas e equipamentos ..
34 Tipos de poda.
3.4.1 Podas comuns..
3.4.2 Podas especiais.
3.4.3 Poda de palmeiras.
3.4.4 — Podas em redes de servicos publices ..
Técnicas de cortes
Tratamento de lesdes..
Destinagdo dos residuos das podas.
informativo) Exemplos de especificacao de pod:
Ad Exemplo 1
A2 Exemplo 2
AB Exemplo 3
Figuras
Figura 1 — Ponto de remogao das frondes...
Figura 2 - Poda excessiva em uma palmeira (pratica inaceitével)
Figura 3 - Corte para remogao de galho em seu ponto de origem (técnica dos trés cortes) ..11
Figura 4 — Corte para reducdo do comprimento do galho ou caule de origem
Figura 5 - Corte final para remogao de galho com pequeno angulo de inser¢do
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ABNT NBR 16246-1:2013
Prefacio
A Associago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas
Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalizagéo Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
so olaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores ¢ neutros (universidades, laboratérios e outros).
‘Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atencao para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser
considerada responsdvel pela identificagdo de quaisquer direitos de patentes.
Nesta Norma o termo “convémindica uma recomendagao ou
um requisito que precisaser atendido.
jentagao, € o termo “deve” indica
A ABNT NBR 16246 foi elaborada pela Comisséo de Estudo Especial de Manejo Florestal
(ABNT/CEE-103). O seu 12 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 11,
de 29.11.2012 a 28.01.2013, com o ntimero de Projeto 103:000.00-003/1. O seu 2° Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Ecital n° 05, de 02.05.2013 a 10.06.2013, com o numero
de 2° Projeto 103:000.00-003/1. 0 seu 3° Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 09,
de 06.09.2013 a 07.10.2013, com o nlimero de 2® Projeto 103:000.00-003/'
A ABNT NBR 16246, sob o titulo geral “Florestas urbanas — Manejo de arvores, arbustos e outras
plantas lenhosas’, tem previsao de conter as seguintes partes:
— Parte 1: Poda;
— Parte 2: Seguranga na arboricuttura;
— Parte 3: Anélise de risco:
— Parte 4: Plantio e transplantio.
Esta Norma 6 baseada na ANS! A300-1:2008,
© Escopo desta Norma Brasileira em inglés é 0 seguinte:
Scope
This part of ABNT NBR 16246 establishes procedures for pruning trees, shrubs and other woody
plants in urban environments, in accordance with applicable law.
iv (© ABNT 2013 Todos os dretosreservacos14)
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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16246-1:2013
Florestas urbanas — Manejo de 4rvores, arbustos e outras plantas
lenhosas
Parte 1: Poda
1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 16246 estabelece os procedimentos para a poda de érvores, arbustos
@ outras plantas lenhosas em areas urbanas, em conformidade com a legislagao aplicavel.
NOTA Esta parte da ABNT NBR 16246 pode ser utllizada como orientagao para que profissionais
da administracao publica municipal, estadual e federal, assim como prestadores de servigo particulares,
proprietérios de imévels, concessionérias de servicos piiblicos e outros, elaborem suas especificagses
de trabalho. Os procedimentos previstos nesta parte da ABNT NBR 16246 nao se aplicam a podas,
‘om frutiferas, para as quais podem ser utilizadas as técnicas de poda empregadas na fruticultura,
2 Termos e definigdes
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes.
24
arboricultura
ciéncia e arte do cultivo, cuidado e manejo das arvores e outras plantas lenhosas, em grupos
ou individualmente, normalmente no ambiente urbano
22
arborista
individuo que exerce a atividade da arboricultura e que, através da experiéncia, da educacéo
e treinamento complementar, possui competénciaprofissionalpara prestar ou supervisionar 0 manejo
de érvores e outras plantas lenhosas
23
arborista em treinamento
individuo em fase de treinamento.com 0 objetivo de ganhar experiéncia e competéncia
profissionalnecessaria para prestar ou supervisionar o manejo de arvores e outras plantas lenhosas
24
cambio
tecido vivo e composto de células meristematicas, que envolvem a arvore ¢ originam casca para fora
@ lenho para dentro do tronco e ramos
25
colar
saliéncia na regido inferior da insergao de um galho ao tronco ou a outro galho de maior diametro,
formada pela sobreposigao de tecidos vasculares do galho e do tronco
26
copa
conjunto de galhos e folhas que formam a parte superior de uma drvore
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27
corte de destopo
corte de um galho ou caule junto a uma gema ou a um galho lateral, sem dimens6es suficientes para
assumir a dominancia apical, a fim de atender a algum objetivo estrutural definido
NOTA — O corte de destopo pode ou nao ser uma pratica de poda acoitavel, dependendo de sua aplicagao
ede seu objetivo,
28
corte final
corte que completa a remogao ou redugao de um galho ou um toco de galho
29
crista da casca
saliéncia na regio superior da insergao de um galho ao tronco ou a outro galho de maior diametro,
formada a partir da sobreposigao de tecidos do galho e do tronco
2.40
desrama
raleamento
técnica de poda utilizada para eliminar, de forma seletiva, ramos indesejados, permitindo uma maior
entrada de ar e luz no interior da copa da drvore e reduzindo a densidade dos ramos restantes
24
descamagao
limpeza
técnica de poda de palmeiras que consiste na remogao da baseapenas de frondes mortas no ponto
onde elas fazem contato com o caule, sem danificar tecidos vivos do caule
242
destopo
técnica de poda inapropriada, utilizada para reduzir o tamanho de uma drvore, deixandoapenas
brotos, tocos, entrenés ou ramos secundarios, que nao sao suficientemente grandes para assumir
dominancia apical
243
dominancia apical
inibigéo do crescimento de gemas laterais pela gema terminal
214
emergéncia no sistema elétrico
situagao de interrupgo no foecimento de energia elétrica, geralmente associada a fenémenos
climaticos de intensidade acima das médias para a regio onde ocorrem, que demandam pronta
intervengao da concessionéria responsdvel pelo sistema elétrico
NOTA — Nessas situagdes, a prioridade 6 0 restabelocimento do servigo de energia elétrica em virtude
do risco que 0 desabastecimento oferece & seguranga e bom funcionamento das cidades.
245
esporas de escalada
dispositivos metélicos que possuem um espordo afiado no lado interno, que so utiizados para facilitar
a escalada, criando pontos de apoio no tronco. Também sao conhecidos como bicos, ganchos, esporas,
cravos e escaladeiras
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2.16
estipe
caule tipico de palmeiras, normalmente ereto, mais ou menos cilindrico, néo ramificado, onde as folhas
concentram-se apenas no dpice
217
florestas urbanas
rvores e outras formas de vegetagdo de pequeno, médio @ grande portes, que crescem, de forma
‘espontanea ou cultivada, em ambientes urbanos
2.48
fronde
folhas das palmeiras
219
ramo primario
tronco ou galho proeminente de arvore a partir dos quais os brotos ou ramos crescem
2.20
ramo secundério
broto ou caule que oresce a partir de outro ramo ou caule
221
latada
combinagao de poda, suporte e treinamento de galhos para orientar o crescimento de uma planta
em um plano. Tamm é conhecida como pérgula ou caramanchao
2.22
elevagaio de copa
poda seletiva dos galhos inferiores de uma drvore, visando & desobstrugao em altura
2.23
lesdo
abertura criada quando a casca de um galho ou de um caule vivo 6 penetrada, cortada ou removida
2.24
famo-lider
broto principal ou tronco de uma arvore de crescimento ortotrépico
2.25
limpeza
poda seletiva que visa a remogao de galhos mortos, doentes ou quebrados
2.26
peza de casca
remogao de tecidos soltos ou danificados de dentro e em volta de uma lesdo
2.27
linhada de arremesso
peso de arremesso atado a extremidade de um cordel, com o qual sera posicionada a corda
de escalada dentro da copa da arvore
‘© ABNT 2019 - Todos 08 distor reservados 3Exemplar para uso exclusivo - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 186.587,634-53 (Pedido 605986 Impresso: 14/11/2014)
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2.28
peciolo
haste que sustenta o limbo da folha ou fronde
2.29
poda
Tetirada seletiva de partes indesejadas ou danificadas de uma rvore, a fim de se alcangarem objetivos
especificos
2.30
poda corretiva
poda para corregao de procedimentos
\completos ou equivocados
231
poda para vistas
poda seletiva para permitir visualizagdo de uma vista especifica
2.32
poda tipo poodle
técnica de poda, inadequada e excessiva, na qual sao retirados os galhos secundarios do interior
da copa, permanecendo apenas um amontoado de galhos e folhas na extremidade do galho principal,
€.semelhanga do rabo de um ledo ou da tosa comum no cdo da raga poodle
2.33
podador
individuo que, através de treinamento teérico e pratico, possui habilidade para exeoutar as técnicas
especificas relacionadas a atividade, levando em consideracao a adequagao da arquitetura da copa
ou espago necessério para ela e para a manutengao, ber como a prevencao de queda de ramos
NOTA Este profissional somente é autorizado a executar seus servigos quando evidenciada a auséncia
do tisco elétrico, nao sendo necessério possuir treinamento ou cursos de capacitacao ¢ habilitagéo para
trabalhar em sistemas elétricos de poténcia,
2.34
podador em sistema elétrico de poténcia
individuo que, através de treinamento teérico e pratico, esta familiarizado com 08 equipamentos
€ 08 riscos da atividade de desobstrucdo de redes de eletricidade, e que demonstrou habilidade para
executar as técnicas especif cas relacionadas & atividade
2.35
podador em sistema elétrico de poténcia em treinamento
individuo em fase de treinamento de campo, para ganhar experiéncia e competéncia necessarias
para aplicar as técnicas de desobstrugao de redes elétricas
2.36
redugao
técnica de poda utiizada para reduzir a altura ou largura da copa de uma arvore
237
restauragao
poda seletiva para melhoramento da estrutura, forma e aparéncia de arvores que tenham sido
severamente destopadas, vandalizadas ou danificadas
4 (© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservadosExemplar para uso exclusivo - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185.587.634-53 (Pedido 605986 Impresso: 14/111
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2.38
servigo de utilidade piblica
servigo que a administracao publica presta diretamente ou por terceiros, por meio de permissao,
concessao ou autorizago, com o objetivo principal de servir a sociedade
2.39
toco de galho
comprimento de galho pequeno e indesejavel que permanece na drvore quando ha quebra ou corte
incorreto na poda distante do colar
3 Procedimentos
3.1. Objetivs da poda
3.1.1 Os objetivos da poda, bem como a destinagao de seus residuos, devem ser estabelecidos
antes do inicio de qualquer operagao de poda.
3.1.2 A fim de se alcangaremos objetivos da poda, convém:
a) consideraro ciclo de crescimento, a estrutura individual das espécies e 0 tipo de poda a ser
executada;
b) que no se retire mais que 25 % da copa. O percentual e a distribuicdo da folhagem a ser removida
devem ser definidos de acordo com a espécie arborea, idade, estado sanitario e localizacao.
Podas de maior intensidade devem ser Justificadas tecnicamente;
©) que nao se retire mais que 25 % da folhagem de um galho, quando este é cortado junto a outro
galho lateral. Convém que © galho lateral tenha dimensdes suficientes para assumir a dominancia
apical.
3.1.3 © destopo e a poda tipo poodle devem ser considerados praticas de poda inaceitaveis
para drvores, exceto nos casos em que tal pratica for necessaria para posterior supressao.
3.2. Inspegao da arvore
3.2.1 O arborista deve realizar uma inspecdo visual, para avaliar todos os aspectos fisicos e fitossa-
nitérios de cada arvore-alvo do trabalho e realizar o planejamento prévio das atividades. O arborista
em treinamento também pode realizar este tipo de inspegao, desde que esteja sob supervisdo direta
de um arborista,
3.2.2 Caso se constate a existéncia de alguma condigdo ou fator que requeira atengao além do
‘escopo original do trabalho, é conveniente que esta condicao ou fator seja reportado a um supervisor
imediato, ao proprietario da drvore ou a pessoa responsdvel por autorizar a realizagdo do trabalho.
3.3. Ferramentas e equipamentos
3.3.1 Devem ser utilizados equipamentos e praticas de trabalho que nao danifiquem o tecido vivo
e a casca além das especificagdes de trabalho. Ferramentas de impacto néo podem ser usadas
no corte final.
3.3.2 As ferramentas usadas para fazer os cortes de poda devem estar sempre ef adas € em perfei
tas condigdes de uso.
(@ABNT 2013 - Todos 05 droltos reservados 6Exemplar para uso exclusivo - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185.587,634-53 (Pedido 605986 Impresso: 14/11/2014)
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3.3.3. Esporas de escalada no podem ser usadas para poda de drvores, exceto quando:
a) 08 galhos estiverem separados @ distancia maior que a linhada de arremesso e n&o houver
alternativa de escalada da érvore; ou
b) a casca for de espessura suficiente para prevenir danos ao cambio.
3.4 Tipos de poda
3.4.1 P_odas comuns
3.4.1.1. Limpeza
3.4,
1 Alimpeza consiste em poda seletiva para remover galhos mortos, doentes ou quebradbos.
2 Allocalizagéo e a variagao de tamanho dos galhos a serem removidos devem ser especi-
3.4.1.2 Desrama ou raleamento
3.4.1.2.1 A desrama ou raleamento consiste em poda seletiva para reduzir a densidade de galhos
vivos.
3.4.1.2.2 Convém que a desrama ou raleamento resulte em distribuicéo equilibrada de ramos
‘em galhos individuais, nao comprometendo a estrutura da drvore.
3.4.1.2.3 Nao 6 recomendado que se retire mais que 25 % do volume da copa que cresceu apés
a ultima poda.
3.4.1.2.4 A localizagao e a variacdo de tamanho dos galhos, bem como o percentual de folhagem
a serem removidos devem ser especificados.
3.4.1.3 Elevagao da copa
3.4,
1 A elevagao da copa consiste em poda seletiva para fornecer espagos verticais.
3.4.1.3.2 Convém que a necessidade de espaco vertical, a localizagao e a variagdo de tamanho
dos galhos a serem removidos sejam especificadas.
3.4.1.4 Redugdo
3.4.1.4.1 A redugao consisteem poda seletiva para reduzir a altura e/ou a largura da copa e,
por consequéncia, a area e o volume da copa, sempre obedecendo a arquitetura tipica da espécie,
buscando uma distribuigao equilibrada de ramos. O galho deve ser podado junto a outro que tenha
no minimo 1/3 do seu diémetro.
3.4.1.4.2 Deve-se considerar a tolerancia da espécie a esse tipo de poda.
3.4.1.4.3 Convém que sejam especificadas a localizagao © a variagéo de tamanho dos galhos
a serem podados, bem como o espaco (desobstrucdo) a ser obtido com a poda.
6 (© ABNT 2013 Todos direitos resarvadosExemplar para use exclusive - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185.587.634-53 (Pedido 505986 Impresso: 14/11/2014)
ABNT NBR 16246-1:2013
3.4.2 Podas especiais
3.4.21 Generalidades
Deve-se considerar a habilidade de uma espécie em tolerar podas especificas, quando aplicados
um ou mais dos procedimentos citados em 3.4.
3.4.2.2. Poda durante o plantio
Convém que esse tipo de poda se limite & limpeza (3.4.1.1).
3.4.2.3 Poda de condugao
3.4.2.3.1 Recomenda-se a limpeza (3.4.1.1) @ a remogao de galhos que estejam em atrito com outro
ou possuam fraca ligagdo com seu ramo de origem.
3.4.2.3.2 Convém que se promova 0 desenvolvimento de um ou mais ramos-lideres, quando
apropriado.
3.4.2.3.3 Recomenda-se selecionar e manter uma distribuigao estruturalequilibrada dos galhos.
3.4.2.3.4 Recomenda-se a remogao de galhos que interfiram com elementos construidos e/ou
equipamentos urbanos, desde que nao prejudiquem a estrutura original da copa da arvore, objeto
da intervencao.
3.4.2.4 Poda em drvores jovens
3.4.2.4.1 As razbes para se podar arvores jovens podem incluir, mas nao se limitar, a redugéio
de riscos, manutencao ou melhoramento da satide ou da estrutura da drvore, melhoria de aspectos
estéticos ou atendimento a uma necessidade especifica.
3.4.2.4.2 Convém que, em situacdes nas quais rvores jovens ndo tolerem podas recorrentes
@ apresentem potencial para crescer junto a pontos de conflito, seja considerada a possibilidade
de seu transplante apés verificarem-se exaustivamente as alternativas para melhor alterar o espaco
disponivel para que tal arvore possa continuar sem a necessidade de podas recorrentes.
NOTA — Entende-se que drvores de grande porte poder ultrapassar esses pontos ¢ desenvolver suas
copas sem entrar em contlito com elementos construidos.
3.4.2.5 Poda emergencial
3.4.2.5.1_ E realizado a qualquer momento, sem a necessidade de programagao, pois visa resolver
problemas emergenciais causados por galhos de drvores que oferecam riscos imediatos a terceiros
elou a servigos de ultilidade publica.
3.4.2.5.2 Deve seguir as orientages descritas nesta parte da ABNT NBR 16246.
3.4.2.6 Latada
8.4.2.6.1 Galhos que se estendem para além do plano de crescimento devem ser podados
ou amarrados ao fio de condugao.
3.4.2.6.2 Convém substituir os amarrilhos sempre que necessério, a fim de evitar estrangulamento
de galhos nos pontos de amarragao.
© ABNT 2013-- Todos 08 detos reservados 7Exemplar para uso exclusivo - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185.587.634-59 (Pedido 505986 Impresso: 14/11/2014)
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3.4.2.7 Restauragao
3.4.2.7.1 A restauragéo consisteem poda seletiva para aprimorar a estrutura, forma e aparéncia
de Arvores que tenham sido severamente destopadas, vandalizadas ou danificadas.
3.4.2.7.2 Recomenda-se especificar a localizagao na drvore, a variagéo de tamanho e o percentual
de brotagdes que devem ser removidos.
3.4.2.8 Poda para vistas
3.4.2.8.1 A poda para vistas consiste em poda seletiva de galhos para permitir acesso a uma vista
especifica.
3.4.2.8.2 Recomenda-se especificar a variagao de tamanho de galhos, sua localizagao na arvore
o percentual de folhagem a ser retirado.
3.4.2.9 Poda de raizes
Apoda de raizes nao é recomendada, devendo ser priorizado o aumento dos canteiros e alternativas
a essa poda, que, caso imprescindivel, deve ser feita com ferramentas adequadas, com cortes que
devern resultar em uma superficie plana, nao permitindo 0 ressecamento do tecido, a uma distancia
@ intensidade que nao comprometam a estabilidade e a vitalidade do vegetal.
3.4.3 Poda de palmeiras
3.4.3.1 E recomendada a realizagao de poda de palmeiras quando fronde, infloresc€ncias, frutos
peciolos puderem criar uma condigéo de risco.
3.4.3.2 NAo podem ser removidas frondes vivas e saudéveis que se iniciem em Angulo maior ou igual
45° com o plano horizontal na base das frontes (ver Figura 1), exceto no caso de frondes em conflito
com redes aéreas de servicos.
Beer
Nao remava frondes
vivas © saudévois
‘cima do plano
horizontal
Figura 1 - Ponto de remogao das frondes
8 (© ABNT 2013 Todos os dretos reservadosExemplar para uso exclusive - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185.587,634-55 (Pedido 505986 Impresso: 14/11/2014)
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3.4.3.3 Recomenda-se a retirada de folhas junto a base do peciolo sem causar danos aos tecidos
vivos do estipe.
3.4.3.4 Recomenda-se que a descamagao da palmeira (barba) seja feita pela remogéo apenas
das bases de frondes mortas no ponto onde elas entram em contato com o estipe, sem causar danos
0s tecidos vivos (ver Figura 2).
Pratica de poda inaceitavel
Remover todas as fronds vivas
saudéveis abaixo de um angulo
‘de 45° com plano horizontal
Figura 2 - Poda excessiva em uma palmeira (prética inaceitavel)
3.4.4 Podas em redes de servicos ptiblicos
3.4.4.1 Generalidades
3.4.4.1.1 © propésito da poda de drvores que estejam em risco imediato ou potencial com redes
elétricas @ outros servicos de utiidade publica é prevenir a interrupgtio no fomecimento desses
servigos, cumprir os requisitos legais e regulamentares sobre distancias de seguranga, prevenir
danos aos equipamentos, evitar a obstrugdo de acesso as estruturas @ assegurar 0 uso correto da faixa
de passagem.
3.4.4.1.2 Somente o podador em sistema elétrico de poténcia deve ser designado para traba-
Inos préximos a redes elétricas, conforme estabelecido na Norma Regulamentadora do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE)!"l, © podador em sistema elétrico de poténcia em treinamento também
pode realizar esse tipo de trabalho, desde que esteja sob supervisdo direta de um podador em sistema
elétrico de poténcia.
3.4.4.1.3 Operagdes de poda préximas a redes elétricas deve atender aos demais requisitos
estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 16246.
(© ABNT 2013 -Todos os creitos reservados 9Exemplar para uso exclusivo - ARNALDO BEZERRA DE MENEZES - 185,587.634-53 (Pedido 505986 Impresso: 14/11/2014)
ABNT NBR 16246-1:2013
3.4.4.2 Podas de redugao de copa junto a redes elétricas
3.4.4.2.1 Ambientesurbanos ou residenciais.
3.4.4.2.1.1 Recomenda-se que os cortes de poda sejam feitos de acordo com 3.5.
3.4.4.2.1.2 0 corte final para remogao de galho com pequeno angulo de insergéio deve ser feito
a partir da parte externa do galho, a fim de se evitarem danos ao galho de origem (ver Figura 5).
3.4.4.2.1.3 _Convém que seja realizado 0 minimo de cortes para se alcangarem os objetivos da poda
em redes elétricas e que seja levada em consideracao a estrutura natural da arvore,
3.4.4.2.1.4 Recomenda-se a adaptacdo da rede, a poda ou a remogao de drvores, nos casos
‘em que as arvores ou galhos estiverem crescendo abaixo ou para dentro da drea de passagem
da rede elétrica. E recomendado que essa poda seja feita pela remogao de galhos inteiros ou pela
temogaio de galhos que tenham ramos laterais crescendo em diregao ao espago de seguranca.
No caso de drvores de grande porte, com reconhecidos valores historicos e/ou culturais,
que nao apresentem risco iminente de queda, deve ser considerada preferencialmente a opgao
de adaptagao da rede.
3.4.4.2.1.5 Convém que as arvores que estejam crescendo préximo ou para dentro do espaco de se-
guranga da rede sejam podadas, cortando os galhos junto a um galho lateral, conforme estabelecido
‘em 3.5.1, a fim de se direcionar 0 crescimento para fora do espago de seguranga, ou cortando o galho
inteiro. Recomenda-se a remogao de galhos que, apés cortados, produziréo brotag6es ou crescerio
para dentro do espago de seguranga da rede.
3.4.4.2.1.6 Convém que 0 corte de galhos seja realizado junto a outro galho lateral ou de origem,
endo a uma distancia de seguranca predeterminada. Caso uma distancia de seguranga seja estabele-
cida, convém que os cortes de poda sejam realizados junto a outros galhos laterais ou de origemalém
dessa distancia de seguranca.
3.4.4.3 Atendimento & restauracdo de emergéncia
3.4.4.3.1 Durante situagdes de emergéncias no sistema elétrico, 0 servigo deve ser restabelecido
‘com a maior rapidez possivel, evitando-se danos ireversiveis as arvores.
3.4.4.3.2 Apés a emergéncia, podas corretivas devem ser realizades, caso necessétio.
3.5 Técnicas de cortes
3.5.1. Um corte de poda que remova 0 galho em seu ponto de origem deve ser feito junto ao tronco
‘ou ao galho de origem, sem danificar a crista da casca ou colar, e sem deixar toco de galho (ver
Figura 3)
3.5.2 Convém que um corte de poda para redugaio da extenséo do comprimento do galho ou caule
de origernseja a bissetriz entre a crista da casca e uma linha imaginaria perpendicular ao galho ou
caule a ser suprimido (ver Figura 4).
3.5.3. O corte final deve resultar em uma superficie plana, com a casca adjacente firmemente ligada.
3.5.4 Ao se remover um galho morto, 0 corte final deve ser feito no limite da crista e do colar, respel-
tando-os, junto e para fora do colar de tecido vivo.
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3.5.5 Galhos de arvore devem ser removidos de tal forma que ndo causem danos a outras partes da
rvore, a outras plantas ou a propriedades. Galhos muito grandes, para serem seguros com uma das
‘maos, devem ser cortados em fases (técnica dos trés cortes), a fim de se evitarem lascas ou a queima
da casca na madeira ou rompimento da casca (ver Figura 3). Onde necessério, cordas ou outros equi-
Pamentos devem ser usados para a descida de galhos grandes ou suas partes até 0 chao.
3.5.6 © corte final para remogao de galho com pequeno Angulo de incisao deve ser feito a partir
da parte externa do galho, a fim de se evitarem danos ao galho de origem(ver Figura 5).
3.5.7 Galhos danificados devem ser removidos da copa apés 0 término do servigo, quando a arvore
for deixada sem assisténcia ou ao final do dia de trabalho.
3.5.8 O corte de destopoé técnica aceitavel, em determinados casos, quando necessario para
se alcangar um objetivo especifico.
Legenda
1. primeiro corte
2 segundo corte
8 corte final
Figura 3 - Corte para remo¢o de galho em seu ponto de origem (técnica dos trés cortes)
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__Galho de erigem
nha imaginar's—>~
Crieta do casca
tina de corte —_.\
— colar
Figura 4 — Corte para redugo do comprimento do galho ou caule de origem
Gaho
ote
corigom
Crista
de
Le ae IN &
Figura 5 - Corte final para remogao de galho com pequeno &ngulo de insereao
3.6 Tratamento de lesées
3.6.1 Nao 6 recomendavel o uso de substancias para tratamento de lesdes ou cortes de poda, ex-
ceto quando recomendado para controle de doenga, inseto, ervas parasitas, controle de brotagdes ou
raz6es estéticas,
3.6.2 Nao pode ser realizado tratamento de lesdes com substancias danosas as arvores.
3.6.3 A limpeza da casca junto a lesdes somente deve retirar tecido solto ¢ danificado.
3.7 Destinagao dos residuos das podas
3.7.1 Os restos e residuos provenientes das podas ¢ remogées de arvores devem ter destinagao
adequada, compativel com o valor desses materiais, devendo ser privilegiados os destinos que pro-
porcionem o aproveitamento da madeira, a manutengao do carbono fixado, o emprego em praticas de
Jardinagem e paisagismo, e a geragao de renda.
3.7.2 Quando houver necessidade de disposicaof nal destes residuos, eles devem ser depositados
em local apropriado, licenciado para este fm.
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Anexo A
(informativo)
Exemplos de especificagao de poda
A. Exemplo1
Escopo: grande figueira préxima a face oeste da piscina.
Objetivos: aumentar a penetragao de luz através do lado leste da arvore. Reduzir 0 risco de queda
de galhos de diametro de 2,5 om.
Especificagées: todos os galhos quebrados e galhos mortos de diametro maior ou igual a 2,5 cm
devem ser removidos da copa. Os trés galhos mais baixos, de diémetro igual ou maior que 20 cm,
devem ser raleados em 25%, com cortes de didmetro entre 2,5 cm e 7,5 om.
Observagao: todo o trabalho deve ser feito em conformidade com esta parte da ABNT NBR 16246
ea NRI0.
A2 Exemplo 2
Escopo: um ipé-rosa
Objetivo: promover o desenvolvimento estrutural ou formagdo.
Especificagoes
Gerais: toda a poda deve ser feita em conformidade com esta parte da ABNT NBR 16246.
Detalhadas: ralear a copa em 20 % a 25%, com cortes de diémetro entre 2,5 cm e 10 om.
Reduzir 0 tronco codominante localizado na face oeste em cerca de 4m.
A3 Exemplo 3
Escopo: 23 citis recentemente implantados.
Objetivo: potencializar 0 estabelecimento — reduzir transtornos e Incrementar 0 habito natural
de crescimento.
Toda a poda deve ser feita em conformidade com esta parte da ABNT NBR 16246.
Especificagdes: manter o maior tamanho possivel e densidade foliar de 80 % a 90%.
galho mais baixo estara a 1,8 m acima do nivel do terreno em quatro a cinco anos.
Conter todo 0 crescimento de brotagdes que se originem a 45 cm do nivel do terreno e a 10 cm
da jungao dos gathos por toda a copa.
Remover galhos fracos que estejam rogando outros.
Remover galhos mortos.
Remover galhos quebrados ou galhos com extremidades mortas junto a galhos laterais vivos
ou a gemas. Podem ser usados cortes de destopo nessa operagao.
Manter afastamento de 1,8 m da calada de toda brotagao que se originar entre 45 om e 1,8.m acima
do nivel do terreno. Cortes de destopo sao aceitéveis nessa operacdo.
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Bibliografia
[1] NR 10, Norma Regulamentadora de seguranca em instalagdes e servigos em eletricidade,
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
[2] ANSI A300-1:2008, Tree, Shrub, and Other Woody Plant Management ~ Standard Practices
Part 1 Pruning
[3] ISA, Glossary of Arboricultural Terms, 2013 Ecition
14 (© ABNT 2013--Todos os dretos reservados