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BNCC - Ciências Da Natureza

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c 3 ASE NACIONAL COMUM CURRICULAR EDUCACAO E A BASE APRESENTA( E com alegria que entregamos ao Brasi a verso final homologada da Base Nacional Comum Curricular (NCC) com a inclusio da etapa do Ensino Médio, @, assim, atingi- Mos 0 objetivo de uma Base para toda a Educacao Bésica brasileira, A aprendizagem de qualidade 6 uma meta que o Pais deve perseguir incansavelmente, e a BNCC € uma pega central nessa direcéo, em especial para o Ensino Médio no qual os indices de aprendizagem, repeténcia e ebandono sao bastante preocupantes. Elaborada por especialistas de todas as 4reas do conhecimento, a Base ¢ um docu- mento completo e contempordneo, que corresponde as demandas do estudante desta época, preparando-o para o futuro, Coneluida apés amplos debates com a sociedade e os educadores do Brasil, o texto referente ao Ensino Médio possibilitard dar sequéncia ao trabalho de adequaao dos curriculos regionais e das propostas pedagdgicas das escolas publicas e particulares brasileiras iniciado quando da homologacao da etapa até 0 9% ano do Ensino Funda- mental. Com a Base, vamos garantir 0 conjunto de aprendizagens essenciais aos estudantes brasileiros, seu desenvolvimento integral por meio das dez competéncias gerais para a Educacdo Bésica, apoiardo as escolhas necessérias para a concreti- zacdo dos seus projetos de vida e a continuidade dos estudos. ABNCC por si sé néo alterara o quadro de desigualdade ainda presente na Educacso Bésica do Brasil, mas é essencial para que a mudanga tenha inicio porque, além dos curriculos, influenciaré a formacao inicial e continuada dos educadores, a producdo de materiais didéticos. as matrizes de avaliacSes @ 05 exames nacionais que ser&o revistos a luz do texto homologado da Base. Temos um documento relevante, pautado em altas expectativas de aprendizagem, que deve ser acompanhado pela sociedade para que, em regime de colaborarao, faca 0 pais avancar. Assim como acontzceu na etapa jé homologada, a BNCC passa agora as redes de ensino, as escolas e aos educadores. Cabe 20 MEC ser um grande parceiro neste processo, de modo que, em regime de colaboracéo, as mudancas esperadas alcancem cada sala de aula das escolas brasileiras. Somente ai teremos cumprido © compromisso da equidade que a sociedade brasileira espera daqueles que juntos atuam na educacao. Rossieli Soares da Silva Ministro da Educaco Bésica (Educacdo Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), arti- culando-se na construcao de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na forma¢o de atitudes e valores, nos termos da LDB. COMPETENCIAS GERAIS DA EDUCACAO BASICA 1. Valorizar e utilizar 0s conhecinentos historicamente construidos sobre ‘© mundo fisico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade. continuar aprendendo e colaborar nara a construcao de uma sociedade usta, democraticae inclusive, 2. Exerciter a curiosidade intelectual e recorrer & abordagem propria das ciéncias, incluindo a investigagso, a reflexdo, a anélise critica, a imaginacao e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipsteses, formular @ resolver problemas e criar solucdes (inclusive tecnologicas) com base nos conhecimentos das diferentes reas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestacées artisticas ¢ culturais, das locais as mundiais, © também particioar de préticas diversificadas da producae artistico-cultural 4, Utlizar diferentes inguagens - verbal (oralou visual-motora, como Libras, @ escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artistica, matematica e cientifica, para se expressar & partilhar informacoes, experiencias, idelas e sentimentos em diferentes contextos @ produzir sentidos que lever ao entendimento mutuo. 5. Compreender, utilizar e crier tecnologias digitais de informacéo e ‘comunicac&o de forma critica significativa, reflexiva e ética nas diversas préticas scciais (incluindo as escolares) para se comunicer, acessar disseminar informacSes, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, 6. Valorizar a diversidade de saveres e vivencias culturals e apropriar-se de conhecimentos ¢ experiéncias que Ihe possibilitem entender as relagdes préprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas 0 exercicio da cidadania © a0 seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciéncia critica e responsabilidade, dos outros e de planeta, Araumentar com base em fates. dados e informactes confiévels. para formuler, negaciar e defender ideias, pontos de vista e decis6es ‘comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciéncia socioambiental e 0 consumo responsavel em 4mbito local, regional € global, com posicionamento ético em relagao ao cuidado de si mesmo, ntRoDUcAe 8, Conhecer-se, apraciar-se @ cidar de cus ealide fieiea @ emocional, com- preendendo-se na diversidace humana e reconhecendo suas emocbes @ as dos outros, com autocritica ¢ capacidade para lidar com elas. 9, Exercitar a empatia, 0 didlogo, a resolucao de conflitos e a cooperacao, fazendo-se respeitar e promovendo 0 respeito 20 outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorizagéo da diversidade de individuos e de grupos socials, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, ‘sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal © coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliéncia e determina¢ao, tomando decisdes com base em principios éticos, demiocraticos, inclusivos, sustentéveis e solidérios. Os marcos legais que embasam a BNCC A Constituigao Federal de 1988%, em seu Artigo 205, reconhece a educacdo como direite fundamental compartilhado entre Estado, familia ¢ sociedade ao determinar que a educacSo, direito de todos e dever do Estado e da familia, sera promovida e incentivada com a colaboracao da sociedad, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, sou prepare para 0 exercicio da cidadania e sua qualificacdo para © trabalho (BRASIL, 1988). Para atender a tais finalidades no ambito da educacao escolar. a Carta Constitucional, no Artigo 210, jé reconhece a necessidade de que sejam “fixados conteidos minimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurer formacdo basica comum e respeito aos valores culturais ¢ artis:icos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1988). Com base nesses marcos constitucionais, a LDB, no Inciso IV de seu Artigo 9%, afirrna que cabe & Unido estabelecer, em colaboraco com os Estados, o Distrito Federal © 0s Muricipios, competéncias e diretrizes para a Educacao Infanti, 0 Ensino Fundamental e 0 Ensino Médio, que nortearéo (05 curriculos e seus contetidos minimos, de modo a assegurar formagio basica comum (BRASIL, 1996; énfase adicionada), 5 _ BRASIL. Consttuigdo da Republica Federativa do Brasil (1988). Sraslia DF Serado Federal 1988, Disponivel em: . Acess0 em 25 mar. 2017, ntRoDUcAe " 12 estabelecer e implantar, mediante pactuacao. interfederativa [Uni8o, Estados, Distrito Federal e Municipios], diretrizes pedagégicas para a educacdo. bésica e @ base nacional comum dos curriculos, com, direitos ¢ objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do Ensino Fundamental ¢ Médio, reepeitadas ac diversidados regional, estadual e local (BRASIL, 2014), Nesse sentido, consoante aos marcos legais anteriores, 0 PNE afirma a importancia de uma base nacional comum curricular para o Brasil, com 0 foco na aprendizagem como estratégia para fomentar 8 qualidade da Educacao Basica em todas as etapas e modalida- des (meta 7), referindo-se a direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvirenite, Em 2017, com a alteracéo da LDB por forca da Lei n® 13.415/2017, a legislacao brasileira passa a utilizar, concomitantemente, duas nomenclaturas para se “eferir as finalidades da educacao: Art. 35:A, A Base Nacional Comum Curricular definira direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforne diretrizes do Conselho Nacional de Educacao, nas seguintes areas do connecimento [..] Art. 36. 3 1° A organizago das éreas de que trata o caput @ das resnectivas competéncias e habilidades sera feita de acordo cam critérios estabelecides em cada sistema de ensino (BRASIL, 2017%; énfases adicionadas), Trata-se, portanto, de naneiras diferentes e intercambidveis pare designar algo comum, ou seja, aquilo que os estudantes devem aprender na Educa¢ao 3asica, 0 que inclui tanto os saberes quanto a capacidade de mobiliz-los e aplica-los. 8 BRASIL. Let nt 15.415, do 16 de Fevereiro de 2017, tora. Leis n* 9594, do-20 da dozemer0 de 1996, que estabelece as aretizes e bates da educarao nacional, ¢ 1.494, de 20 de juno 2007, que regulamenta 9 Tunce de Marutengao = Desenvolvimento do Cducerés Dssicn © e Valorzecio dos Profisionais da Educarao, 8 Consolidarso ds Leis do Trabalho ~ CLT. sorovad pelo Decreto-Lai n’ 5452, de IF de malo de 1943, © o Decreto-Lai n* 236, de 26 Ge Fevereiro de 1967. revoaa @ Lei THIB, de § de agosto de 2005, ¢ institu! e Politica de Fomento & Implementarso de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, Dirio Oficial da Uni20, Brasilia, 17 de feverevra de 2017, Disponival em . Acesso em: 20 nov. 2017. Os fundamentos pedagégicos da BNCC Foco no desenvolvimento de competencias O conceito de competéncia, adotado pela BNCC, marca a discus- sd0 pedagdgica e social das tltimas decadas e pode ser inferido no texto da LDB, egpecialmente quando se estabelacem as finalidades gerais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (Artigos 32 ¢ 35) Além disso, desde as décadas finais do século XX e ao longo deste inicio do século XI’, 0 foco no desenvolvimento de competéncias tem orientado a maioria dos Estados e Municipios brasileiros e dife~ rentes paises na construgao de seus curriculos®. € esse também. © enfoque adotado nas avaliacdes inernacionais da Organizacao para a Cooperagado e Desenvolvimerto Econémico (OCDE), que courdena y Programe Internacional de Avelieséu de Alunws . Acesso er 23 mar. 2007 10 Austria, Portugal, Franca, Cokimbia Briénice, Plénia, Estedos Unidos da América, Cie Pert, entre outros, Nl OECD. Global Competency for an Inclusive Werld, Paris: OECD, 2016. Disnonivel em: ACeSSO fem 25 mar. 2017 ntRoDUcAe 14 © compromisso com a educagao integral A sociedade conternpo-énea impée um olhar inovador e inclusivo a questdes centrais do proceso educative: 0 que aprender, para que aprender, coma ensinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar © aprendizado. No novo cenério mundial, reconhecer-se em seu contexte histérico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analitico-critico, participativo, aberto 20 novo, colab2rativo, resiliente, produtivo e responsével requer muito mais do que © actmulo de informacées. Requer 0 desenvolvimento de conpeténcias para aprender a aprender, saber lidar com a informa¢ao cada vez mais disponivel, atuar com dis cernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para turner decisdes, ser prustive pera identificar us dadys de urna situe- co e buscar solugdes, conviver e aprender com as diferencas e as diversidades. Nesse contexto, a BNCC afirma, de maneira explicita, o seu compro- misso corn a edueagao integral’, Reconhece, assim, que a Educacso. Basica deve visar 4 formacao e ao desenvolvimento humano global, 0 que implica compreender a complexidade e a néo linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visées reducionistas que privile- glam ou @ dimensao intelectual (cognitiva) ou a dimensao afetiva, Significa, ainda, assumir uma visdo plural, singular e integral da crianga, do adolescente, do joven e do adulto - considerando-os como sujei- tos de aprendizagem - e promover uma educagéo voltada ao seu acolhimento, recanhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como espaco. de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prética coercitiva de nao discrimina¢ao, ndo preconceito e respeito as diferencas e diversidades. Independentemente da duracdo da jornada escolar, o conceito de educacao integral com o qual a BNCC esta comprometida se refere & construco intencional de processos educativos que promavam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades 05 interesses dos estudantes e, também, com os desafios da socie~ dade contemporanea. Isso supde considerar as diferentes infancias @ juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial de criar novas formas de existir. 13 Na historia educacional brasiera, as primeira referércias & ecucac3o integral remmontam ’ década de 1950, Incornoradas ao movimento dos Pionerras da Edcacao Nova @ em outres Correntes polticas da época, nem sernpre com o mesmo entendimento sobre o seu sigrificado, Assim, a BNCC propée a superacdo da fragmentacéo radicalmente disciplinar do conhecimento, 0 estimulo & sua aplicacao na vida real, a importancia do contexto para dar sentido ao que se aprende ¢ 0 protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na construcdo de seu projeto de vide. O pacto interfederativo ea implementac¢a4o da BNCC Base Nacional Comum Curricular: igualdade, diversidade e equidade No Brasil, um pais caracterizado pele autonomia dos entes fede- rodvs, ecentuade diversidede cultural © profurdes desigualdedes sociais, os sistemas ¢ redes de ensino deve construir curriculos, ¢ as escolas precisam elaborar propostas pedagdgicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguisticas, étnicas e culturais. Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois expli- cita as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver e express, portanto, 2 igualdade educacional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanéncia em uma escola de Educacdo Basica, sem 0 que 0 direito de aprender nao se concretiza. © Brasil, ao longo de sua histéria, naturalizou desigualdades educa- cionais em relacéo ao acesso 4 escola, & permanéncia dos estudantes @ a0 seu aprendizado. Sao amplamente conhecidas as enormes desi- gualdades entre os grupos de estudantes definidos por raga, sexo e condi¢&o socioeconémica de suas familias. Diante desse quadro, as decisées curriculares e didético-pedagogicas das Secretarias de Educacéo, 0 planejamento do trabalho anual das instituic6es escolares @ as rotinas @ os eventos do cotidiano escolar devem levar em considerac3o a necessidade de superacdo dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituicoes escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pres- sup6e reconhecer que as necessidades dos estudantes s8o diferentes. De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compromisso de reverter a situacSo de exclu- s40 historica que marginaliza grupos - como os povos indigenas ntRoDUcAe originarios e as populacées das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes - e as pessoas que ndo puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade propria, Igualmente, requer 0 compromisso com 0s alunos com deficiéncia, reconhecendo a necessidade de praticas pedagégicas inclusivas & de diferencia¢4o curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusao da Pessoa com Deficiéncia (Lei n? 13:146/2015)", Base Nacional Comum Curricular e curriculos A BNCC e os curriculas se identificam na comunhao de principios & valores que, como j4 mencionado, orientam a LDB e as DCN. Dessa maneira, reconhecem que a educacao tem um compromisso com a formagao e o desenvolvimento humano global, em suas dimensées intelectual, fisice, ofetiva, social, ética, moral © simnbulice, Além disso, BNCC e curriculos tém papéis complementares para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educagao Basica, uma vez que tais aprendizagens 56 se materiali- zam mediante 0 conjunto de decisées que caracterizam 0 curriculo em aco, Sao essas decisdes que véo adequar as proposicées da BNCC & realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituigdes escolares, como também o contexto e as caracteristicas dos alunos. Essas decisoes, que resul- tam de um processo de envolvimento e participacao das familias e da comunidade, referem-se, entre outras acées, a: ‘+ contextualizar os contetidos dos componentes curriculares. identificando estratégias para apresenta-los, representé-los, exemplificd-los, conecté-los e torné-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens esto situadas; + decidir sobre formas de organizacdo interdisciplinar dos com- ponentes curriculares e fortalecer a competéncia pedagégica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinamicas, interativas ¢ colaborativas em relacdo 8 gestéo do ensino e da aprendizagem: 14 BRASIL, Lel n# 15146, de 6 de julho de 2015. Institul a Lei Brasileira de incluso da Pessoe com Deficgneia (Estatuto da Pessoa com Deficgncia) Dido Oficial da Unido, Brasilia, 7 de Iho de 206, Disponivel em: BRASIL. Conselho Nacional de Educagio/Cémara de Educacdo Basica. Paracer nt 14, do 14 do sotombro de 1999. Oispse sobre ar Dietrzos Curricubres Nacionais da Educerse Escolar Indigena. Orie Oficial de Unie, Brasla, 1 de cutubro de 1999. Disponivel em: BRASIL. Consstho Nacional da Educac3o/Conselho Plano, Resolueo nt 1, de 7 de janeiro de 20S. Insti Diretrizes Curricubbres Nacionals para © Formecao de Professores Indigeras fem cursos de Educocdo Superior e de Ensino Medio e da autres providencias, Dirio Oficial be Unido, Brasilia, de O8 de janaro de 2015, Secdo 1, p. I-12. Disponivel em. . Acessos em. 7 de nov. 207 Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como as escolas, em suas respectivas esferas ce autonomia e competéncia, incorporar aos curriculos e as propostas pedagégicas a aborda- gem de temas contemporéneos que afetam @ vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma trans- versal e integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da crianga @ do adolescente (Lei n? 8.059/1990), educacao para o transito (Lei n? 9.503/1997"), educagac ambiental (Lein? 9.795/1999, Parecer CNE/CP n® 14/2012 e Resolucso CNE/CP n® 2/2012), edu- cago alimentar e nutricional (Lei n? 11.947/2009"), proceso de envelhecimento. respeito e valorizaco doidoso(Lein®10.741/2003"), educacéa em direitos humanos (Decreto n® 7037/2009, Parecer CNE/CP n® 8/2012 € Resoluco CNE/CP n® 1/2012*), educagao das relagoes étnico-raciais e ensino de histéria e cultura afro-brasileira, africana e indigena (Leis n* 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer 16 SRASIL. Lel nt 6.069, de 15 de julho de 1990. ispbe sobre o Estatuto da Cranca e do Adolescente ec outas proviséncias. 010 Ocal da Undo, Brasla 16. Gejulho de 1990. DSeonivel fem. chita/ mw planattogovbr /ecvl_O3/leis/LBO69ntm>, Acesso er: 23 mar. 2017 17. BRASIL Lel nt 9.505, de 25 de setombro de 1997, Insti o Codigo de Transto Brasteno, Piatin Oficial da Uinian rast, 94 cs cetera e107 Rikgnnnivel rt chi //urww plana ov.br/ccw_O5/lels/L9508 Rim>, Acesso ery 23 mat, 2017 18 BRASIL. Lel nt 9.795, de 27 de abril de 1999. Dissie sobre a educacto ambiental, sit a Palitea Nacional de Educarao Amibiental eo cutras pravidéncias.Didrie Oficial da Unio, Brasil, 28 de abn de 1899, Disponivel em: BRASIL, Consatho Nacional de Ecucacdo/Consetio Pleno. Parecer nt 14, 6 de Junho de 2012 Estabelece Dretrizes Currculeres Nacionals oara 2 Educaciso Ambsental. Cigna Oficial da Unio Brasil. 15 de junho de 2012, Secdo 1 8.18 Disponivel em: chit /oortal mec. ovr /inde>. phpoption=com_docmnawiew=downicadBalias=I0955-ncp014-128category.slug=Maio- 2ol2-patemis=S0192>. BRASIL. Ministerio da Educate. Conselho Nacional ce Educacéo; Conselho Plens. Resolugso I! 2, de 15 de Junho de 2012 Estobelece as Ovetrizes Currculares Nacionais para e Educanso Ambiental. Disrio Oficial da Unido, Brasilia, 18 de unto de 2012, Seco 1, p. 70. Dsponivel em: Shlie//uurlelanec yore undue eayip002-2pure, Avessus et 16 Yul 2017 19 GRASIL Lei n*11947, de 16 de junho de 2008, Disade sobre o atendimento de almmanteacso escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educacao bésica altere as Leis 1 10860, de 9 de lunho de 2004, 1,275, de 6 de fevereiro de 2006, 1507. de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medica Proviséria n? 2178-36, de 24 de agosto de 200, ea Lei 1 BI, de 12 de uho de 1994; e da outras providendas, Diario Oficial de Unao, Brasfa, 17 de Jun da 700 Dicponivel any chitfe/unw planallogny be/eeva AY an2N07-200720087 levttiga 7 htm>. Acesso erm 23 ar. 2017. 20 BRASIL Lel nt 10.741, de ¥ de outubro de 2003 Dispbe sobre o estatito do idoso e dd Dutras providencias. Diario Oficial da Uno, Brasila, 3 de outubro de 2003, Disponival em . Acesso em: 25 mar. 2017 2] SRASIL Dacreto n’ 7.037, de 21 de dezembra de 2009. Aprova 0 Programa Nacional de dezembro de 2009. Disponivel em” . BRASIL. Consetho Nacional de Edueacso/Conselho Fleno. Parecer n® 8, 6 de marco de 2012. Estabelece Diratrizes Nacionals para a Educacao em Direitos Huranos. Diero Official da Unido, Brastia, 30 de maio de 2012, Seco |, p.33, Dsponivel em: BRASIL. Ministerio d8 Educacéo. Conselho Necional ce Educacéo, Conselho Pleno. Resolugo IY 1, de 30 de malo de 2012 Estabelece Diretrizes Nacionass para a Ecucacao em Direltos Humanos, Digrio OFelal da Unio Bresila, $1 de mala de 2012, Secao 1. p. 48. Dsponivel em . Acessos em: 16 out 2017 ntRoDUcAe 19 CNE/CP n® 3/2004 e Resolugao CNE/CP n® 1/2004), bem como sade, vida familiar e social, educacao para o consumo, educagao financeira fiscal, trabalho, ciéncia e tecnologia e diversidade cultural (Parecer CNE/CEB n® 11/2010 e 2esolucdo CNE/CEB n* 7/2010). Na BNCC, essas teméticas so contempladas em habilidades dos componentes curriculares, cabendo aas sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, traté-las de forma contextualizada. Base Nacional Comum Curricular e regime de colaboracao Legitimada pelo pacto interfederativo, nos termos da Lei n* 13.005/ 2014, que promulgou 0 PNE, a BNCC depende do adequado funcio- namento do regime de colaboragao para alcancar seus objetivos. Sua formulacae, sob coordenacao do MEC, contou com a partici- pesdo dos Catados do Distrity Federal © dus Municipius, depuis de ampla consulta & comunidade educacional a sociedade, conforme consta da apresentacdo do presente documento, Com a homologa¢ao da BNCC, as redes de ensino e escolas particu- lares terao diante de si a tarefa de construir curriculos, com base nas aprendizagens essencizis estabelecidas na BNCC, passando, assim do plano normativo propositivo para o plano da acéo e da gestéo curricular que envolve todo 0 conjunto de decisées e acdes defini- doras do curriculo e de sua dinamica, 22 BRASIL. Lei n10.638, de 9 de Janeiro de 2003. Altera 2 Ll nt 8.504, de 20 de dezemro ‘je 1996, que astabelece as diretize: © base: Ga educarso nacional, para ineuir no curriclo ‘ofesl da Rogo do Eneino a obrigatortodado da tornstica victoria 9 Cultura Aro-Brealors" © 18 outras providanciae. Daria Orca da Unido, asia, 10 de janaira de 2005, Dispanivel er “toi//wm planalto gov.br/ecinl_O8/4eis/2008/.10,639.htm> ERASIL Lel at 11.645, de 10 de marco de 2008 Incu No currculo oficial da ved de ensino a obrigatoriedade da tematica “Historia e Cutura Afro-brasierae Insigana’. Diario Otllal da Unigo, Basia de marca de 2008, ienonivel env [ERASIL. Conselno Nacionalise Educacao/Conselho leno Parecern*3,de10 de marco de2004, Estabelece Dietrzes Curiculares Nacionals para a Educacso das Relacdes Etnico-Raciais & Dara o Ensino de Histdria e Cultua Afro-Brasilera e Africana, Diaro Oficial da Unio, Brass. 19 {@ maio de 2004. Disponivel em: BRASIL. Ministerio da Educacso, Consetho Nacional de Educapso: Conselho Pleno, Resolucdo 1° 1, de 17 de junho de 2004, Institui Dretrizes Curiculares Naciona’s para a Educaeso de Relscows EunuvrRotinis © para v Eining ve Holria © Culura Altororasitira e Altai Oar (OFA de Unio, Brasila.22 de junne do 2004, Se¢30 |p. Disponivel em . Acessos em 16 out. 2017 23 BRASIL. Conselho Nacional ce Educac3o/Cémara de Educacso Bisica. Parecer nt, de 7 {0 outubro de 2010, Diret205 Curriculares Nacionals para o Ensino Fundamental de 9 (nove) es: Dar Oil de Unga, Bes 9 de dezembro de 2010, sto © 28: Disonvel em eebOlIOBcategory. shig=agos.0-2010-pariaiterid= S0192>, [ERASIL. Ministerio da Educacdo, Zonselho Nacional de Ecucacao; Camara de Educacao Basica Resolugdo n* 7, de 14 de dezembro de 2010, Fxa Diretrizes Curriculares Naciorais bare © Ensino Fundamentel de 9 (Nove) anos. Disrio Oficial da Unido, Brasiia, 15 de dezembro de 2010, Secdo 1. 9. 34. Disponivel em: shttp//aortal: mec.aox.bi/émdocuments/rcebOO? 10 ato, Acassos em: 28 mar. 2077 Embora a implementacdo seja prerrogativa dos sistemas e das redes de ensino, a dimensdo e a complexidade da tarefa vao exigir que Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios somem esforcos. Nesse regime de colaboracdo, as responsabilidades dos entes fede- rados serao diferentes e complementares, e a Unido continuara a exercer seu papel de coordenacao do proceso e de correcao das desigualdades A primeira tarefa de responsabilidade direta da Unido sera a reviséo da formagao inicial e continuada dos professores para alinhé-las & BNCC. A aco nacional seré crucial nessa iniciativa, j que se trata da esfera que responde pela regulacao do ensino superior, nivel no qual se prepara grande parte desses profissionais. Diante das e' Géncias sobre a relevancia dos professores e demais membros da equipe escolar para 0 sucesso dos alunos, essa ¢ uma aco funda- rental pare ¢ implernentavdy eficez ds DNCC. Compete ainda & Unio, como anteriormente anunciado, promover e coordenar aces e politicas em ambito federal, estadual e munici- pal, referentes & avaliacao, a elaboracdo de materiais pedagégicos e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educacao, Por se constituir em uma politic nzcional, a implementacéo da BICC requer, ainda, 0 monitoramento pelo MEC em colaboragao com 0s organismos nacionais da rea - CNE, Consed e Undime. Em. um pais com a dimensao e a desigualcade do Brasil, a permanéncia e a sustentabilidade de um projeto como a BNCC dependem da criacdo e do fortalecimento de instancias técnico-nedagégicas nas redes de ensino, priorizando aqueles com menores recursos, tanto técnicos quanto financeiros, Essa funcdo deverd ser exercida pelo MEC, em parceria com o Consed e a Undime, respeitada a autono- mia dos entes federados. A atuagao do MEC, além do apoio técnico e financeiro, deve incluir também o fomento a inovacées e a disseminacao de casos de sucesso; o apoio a experiéncias curriculares inovadaras; a criacdo de opertunidades de acesco a conhecimentos @ experiéncias de outros paises: €, ainda, o fomento de estudos e pesquisas sobre curriculos e temas afins, ntRoDUcAe 21 Em conformidade com os fundamentcs pedagdaicos apresentados na Intraducao deste documento, a BNC esté estruturada de modo @ explicitar as competéncias que devem ser desenvolvidas ao longo Ge toda a Educapao Basica e em cada etapa da escolaridade, como expressao dos direitos de aprendizager e desenvolvimento de todos 0s estudantes, Na nréxima pagina, apresenta-se a estrutura geral da BNCC para as trés etapas da Educacdo Basica (Educacéo Infantil, Ensino Fundamen- tal e Ensino Médio). ‘Também se esclarece como as aprendizagens estao organizadas em cada uma dessas etapas e se explica a composico dos codigos alfanuméricos criados para identificar tais aprendizagens. 23 EDUCACAO BASICA ETArAS EDUCACAO, ENSINO ls Uy TSS leer Areas do eeeureeTs CeIn oe) eee de area cer reed et fetta Peeseiecene Lola Perea Core alc) Peete eerie) Peet EDUCAGAO BASICA ‘Ao longo da Educacdo Bésica ~ na Educacao Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio -, os alunos devem desenvolver as dez competéncias gerals da Educa¢o Basica, que pretendem assegurar, como resultado do seu process de aprendizagem e desenvolvimento, uma formacao humana integral que vise @ construgao de uma sociedade justa, democratica e inclusiva, Na primeira etapa da Educagao B8asica, @ de acordo com os eixos estruturantes da Educacao Infantil (interacoes e brincadeira), devern ser assequrados seis direitos de EDUCACAO aprendizagem @ INFANTIL desenvolvimento, | Conviver para que as Brincar criancas tenhan Participar Perit cores} condi¢des de Explorar Eu pee Expressar Cereno ian Conhecer-se Considerando os dirsitos de aprendizagem e desenvolvimento, a BNC estabelece cinco campos de experiéncias, nos quais as criancas podem aprender e se desenvolver. +0 cu, o outro eo nds + Corpo, gestos e movimentos + Tracos, sons, cores formas + Escuta, fala, pencamento imaginacao. + Espagos, tempos, quantidades, relacdes e transformacées Em cada campo de experiancias, s8a be definicos ebjetives de aprendizagem err) @ desenvolvimento orsarizados em leone {1€5 grupos por faixa etéria. 26 Portanto, na Educacao Infantil, o quadro de cada campo de experién- cias se organiza em trés colunas - relativas a0s grupos por faixa etaria -, nas quais estéo detalhados os objetivos de aprendizagem e desen- volvimento, Em cada lirha da coluna, os objetivos definidos para os diferentes grupos referzm-se a um mesmo aspecto do campo de experiéncias, conforme ilustrado a seguir CAMPO DE EXPERIENCIAS “TRACOS, SONS, CORES E FORMAS” aaa Criancas bem pequenas Gano e _Criancas pequenas (4 anos a Bebés zero a lance Smeses) 7 meses a Sanos.e Nl meses) S anos e il meses) (E101TS01) ce102Ts0 (elostsop Explorar sons preduzidos como Criar sons com materials, abjetos _Utlizar sons produzidos por broprio corpo e com abjetos doe instrumentos musica, para ‘materiais, objetos @ instrumentos amoente ‘2compannar aversos rtmmos ce musieaiscurante orincadieras oe rmasiea faz do conta, enconarbes,criacbes rmusieas, estas, Como possivel observar no exemplo apresentado, cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento é identificado por um eédigo alfanumérico cuja composi¢o ¢ explicada a seguir EIO2TSO1 0 primeiro par de letras indice ultimo par de nimeros 2 etapa de Educarao Infantil indica a posicao da habilidade na numeragdo sequencial do campo de experiéncias para cada grupo/faixa etaria, © primeito par de numeros indica 0 grupo por faixa etaria: 01= Bebés (zero.a lance 6 meses) “9 sogundo par de latras indica o eampo de experiéncias: langas bem pequenas gt ‘23 anos e'll meses) 03 = Criancas pequenes (ones aSenoselimeses) TS. EF ET = Espacos, tempos, quantidades, relaco eu, coutroe onds €6 = Corpo, gestos e movimentos Tacos, sons, cores @ formas scuta, fala, pensar to @ imaginas Segundo esse critério, 0 cécigo ElO2TSO1 refere-se ao primeiro abjetivo de apren- dizagem e desenvolvimento proposto ro campo de experiéncias “Tracos, sons, cores e formas” para as criancas bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e Il meses). Cumpre destacar que a numeracao sequencial dos cédigos alfanumericos nao sugere ordem ou hierarauia entre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. EDUCAGAO BASICA Tae ome yaa INCE eats) fete Ce pec oe Pr Erno Corea one Eo Eo Peete} Eon Religioso —_—_——_ Na BNC, 0 Ensino Fundamental eslé uruariizady en cinco Areas do conhecimento Essas reas, como bern aponta © Parecer CNE/CEB n? 11/2010: favorecem a comunicac ‘9s conhecimentas e saberes dos diferentes componentes curriculares” (BRASIL. 201 Elas se intersectam na formacac dos alunos, embora se preservem as especificidades e (0 Saberes proprios construldos @ sistematizados nos diver: componentes. Nos textos de apresentacdo, cada rea da conhecimento explicita seu papel na formaco integral dos ‘alunos do Ensino Fundamental destace particuleridades pare o Ensino Fundamental - Anos Iniciais @ 0 Ensino Fundamental - Anos Fingic, considerande tanto a3 caracteristicas do alunado quanto as especificidades e demand: pedagogicas dessas fases da escolarizacao, 24 BRASIL. Conselho Nacional de EucagSo: Cdmara de Edvcacd0 Bésica, Parecer nt, de 7 de Julho de 2010. Divetrizes Currcuares Naciona's para Ensne Fundamental de8 Cove) anes DisrioOficialdaUniso Brasia.® dedezembro de 2010, Seco 1p. 28. Disponivel em: Acesso 324 ‘em: 28 mar 2017 EDUCACAO BASICA ENSINO UNS ee Ceasar eee eer Cece Cada area do conhecimento estabelece competéncias especificas de area, cujo desenvolvimento deve ser promovido ao longo dos nove anos. Essas compaténcias, explicitam como as dez competéncias ests gerais se expressam nesses éreas. Sead fosseseresreeeeeeeReT eSgTRTERIEESTESSESSTSISS SN eee Nas reas quie abrigam mais de um eed omponente curriculer (Linguagens @ Ciéncias Hurnanas), tambérn so definidas 5 competéncias especificas do componente (Lingua Portuguesa, Arte, Educacso Fisica Lingua Inglesa, Geografia e Histéria) @ ser Gesenvolvidas pelos alunos a0 longo dessa etapa de escolarizacio, ns EO SET ie As competéncias especificas possibilitam a articulago horizontal entre as creas, perpassando todos os componentes curriculares, e também a artleulag3o vertical, ou seja. a progressao entre o Ensino Fundamental - Anos Inicials © ven I= Anos Finals © 2 continuidade consideraré etd Z Para garantir 0 desenvolvimento das competéncias especificas, cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades esto relacionadas a diferentes, objetos de conhecimento ~ aqui entendidos como contetidos, conceitos e processos ~, que, por sua vez, 880 organizados em unldades tematicas, lesTRUTURA Respeitando as muitas possibilidades de organizacao do conhe- cimento escolar, as unidades tematicas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental ade- quado as especificidades dos diferentes componentes curriculares. Cada unidade tematica contempla uma gama maior ou menor de objetos de conhecimento, assim como cada objeto de conhe: mento se ralaciona a um numero variavel de habilidades, conforme ilustrado a seguir CIENCIAS - 12 ANO fevowgse Corpo numano Respeito diversicade ‘raficamante (por meio de desenhos) partes 0 corpe humano e expicar suas funcbes. (EFOICIOS) Discutir os raz8es pelos quais 03 habitos ce higiene do corpo (aver a5 mB05. antes de comer, escover os dents. impar 0s ‘inos, onarz eas oreinas etc) s80 necessarios para a manutencao da sade (EFOICIO4) Compararcaracteristicat ficicas entre os colegas, reconhecendo a dversidade © 2 importancia de velorizaeso, do acothimento & do respeto as aiferencas. As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. Para tanto, elas so descritas de acordo com uma determinada estrutura, conforme ilustrado no exemplo a seguir, de Historia (EFO6HIN4). Diferenciar escravidao, servidéo e trabalho livre no mundo antigo. Verbo(s) Modificadores dos) le Complemento co(s) verbo(s). que explicits (5) objetocs) de conhecimento mobilizado(s) ra hablidade, explicitacm) (5) processo(s) cognitivors) envolvidots) na habilidade. verbo(s) ou do: complemento docs) verbo(s). que explicitam ‘© contexte @/oii uma maior especificagao da aprendizagem esperada 29 30 Os modificadores devem ser entendides como a explicitacao da situag3o ou condi¢ao em que a habilidade deve ser desenvolvida considerando a faixa etéria dos alunos. Ainda assim, as habilidades no descrevem ages ou condutas esperadas do professor, nem induzem a op¢ao por abordagens ou metodologias. Essas escolhas esto no mbito dos curriculos e dos projetos pedagégicos, que, como j& mencionado, devem ser adequados & realidade de cada sistema ou rede de ensino e a cada institui¢ao escolar, considerando 0 contexto eas caracteristicas dos seus alunos. Nos quadros que apresentam as unidades tematicas, os objetos de conhecimento e as habiidades definidas para cada ana (ou bloco de anos), cada habilidade ¢ identificada por um ¢édigo alfanumérico cuja composicao ¢ a seguinte: EF67EFO! © primero par de letras indica etapa de Ensino Fundamental © ultima par de numeros a posicao da habilidade na numeracdo sequencial do indica 0 ano (01 a 09) 2 que 2 refere a habilidade, ou, no caso de Lingua Portuguesa, Arte © Educacao Fisica, 0 blece de anos, como segue: Lingua Portuguesa/arte ¥ 69 = 6* a0 9" ano Lingua Portuguesa/Educarso Fisica 89 = 8° 6 9° anos © sequndo par de letras indica ‘© componente curricular AR = Arte l= Ciéncias EF = Educacao Fisica ER = Ensino Religioso GE = Geografia u Inglesa LP = Lingua Portuguesa Lin MA = Matematica Segundo esse critério, 0 codigo EF67EFO1, por exemplo, refere-se & primeira habilidade proposta em Educacao Fisica no bloco relative 30 6 @ 7® anos, enquanto 0 cédigo EFO4MAIO indica a décima habilidade do 4 ano de Matematica. Vale destacar que 0 uso de numeraggo sequencial para identificar as habilidades de cada ano ou bloco de anos nao representa uma ordem ou hierarquia esperada das aprendizagens. A proaresséo das aprendizagens, que se explicita na comparacao entre os quadros relativos a cada ano (ou bloco de anos), pode tanto estar relacionada 05 processos cognitivos em jogo - sendo expressa por verbos que indicam processos cada vez mais ativos ou exigentes - quanto aos objetos de conhecimento - que podem apresentar crescente sofis~ ticagdo ou complexidade -, ou, ainda, aos modificadores - que, por exemplo, podem fazer referéncia a cantextos mais familiares a0s alunos e, aos poucos, expandir-se pare contextos mais amplos. Também @ preciso enfatizar que os critérios de organizagao das habilidades do Ensino Fundamental na BNCC (com a explicitagdo dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupa- mmenty desses objetus em unidedes teméticas) eapressem urn arraniy possivel (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos néo devem ser tomados como modelo obrigatério para o desenho dos curriculos, Essa forma de apresentacdo adotada na BNCC tem por objetivo assegurar a clareza, a preciso e a explicitagéo do que se espera que todos os alunos aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientacées para a elaboracdo de curriculos em todo o Pais, adeauados aos diferentes contextos. lesTRUTURA Pe Ria) \ Na BNC, 0 Ensino Médio est uryanizede ein quatro éreas do conhecimento, conforme OMS cetermina a LDS rer WRENN = 4 organizacao por areas, como bem aponts o Parecer CNE/CP 1/2009, “nao exclul necessariamente as disciplinas, Lingua com suas especificidades e Linguagens e eee) saberes préprios historicamente ar construidos, mas, sim, implica © fortalecimento das relagSoe entre clas e a sua contextualizacéo para apreensao e intervencao na realidade, requerendo trabalho conjugado e cooperative dos seus professores no planejamento ena execucdo dos planos de ensino” (BRASIL, 2009; énfases adicionadas). Em fungao das determinagées da Lei ni 13.415/2017. so. detalhadas as habilidades de Lingua Portuguesa e Matematica, considerando que esses componentes curriculares devern ser oferecidos nos trés anos Go Ensino Médio, Ainda assim, para garantir aos sisternas de ensino e as escolas a construcao eoeEBRE de curriculos e propostas Peery riper? pedagégicas flexiveis e adequados A sua realidade. essas hahilidades 880 apresentadas sem indicac3o de seriaao. eee reer’ Brea ccasee 25 BRASIL. Consslho Nacional de Educacdo; Consslho Pleno. Pareeer nt 1, de 30 de junho de 2009, Proposta de texperéneia curculrinavedra do Enso Maco, Diéro Ofal do Undo, Basil, 25 de agosto de 2009, SaeSo 1p 1 Disponivel em. . Acesso em 27 fev. 2018, 32 EDUCAGAO BASICA PN Ro aod Nos textos de apresentacdn cada area do conhecimento explicita seu papel na formagao integral dos estudantes do Ensino Médio e destaca particularidades Hae ho que conceme ao tratamento de seus bears ahead Objetos de conhecimento, considerando eee as caracteristicas do alunado, as aprendizagens promovidas no Ensino Fundamental as especificidades ¢ demandas dessa etapa da escolarizacao, Cada area do conhecimento estabelece ‘competéncias especificas de area, cujo desenvolvimento deve ser promovido ao longo dessa etapa, tanto no mbito da NCC como dos itinerarios formativos das diferentes areas. Essas competéncias explicitam como as competéncias gerais da Educacao Basica se expressam ras areas. Elas estao articuladas as Competencies especiticas de dres para o Ensino Fundamental, com as adequacdes necessérias ao atendimento das especificidades de formagao dos estudantes do Ensino Médio, Para assegurar 0 desenvolvimento das competéncias especificas de area, a cada uma delas ¢ relacionado um conjunto ce habilidades, que representa as. aprendizagens essenciais a ser gerantidas no Ambito da BNCC a todos os estudantes do Ensino Médio. Elas so descritas de acorde com a mesma estrutura adotada no Ensino Fundamental ‘As dreas de Ciéncias de Natureza # suas Tecnologias (Biologia, Fisica e Quimica), Ciéncias Humanas e Sociais Aplicadas (Historia, Geoarafia, Sociologia ¢ Filosofia) e Matematica e suas Tecnologias (Matematica) seguem uma mesma estrutura: definicao de competéncias especificas de dre: e habilidades que Ihes correspondem. Na area de Linguagens e suas Tecnologias (Arte, Educacdo Fisica, Lingua Inglesa e Lingua Portuguesa), além da apresentagso das competencias especificas e suas habilidades, 40 definidas habilidades para Lingua Portuguesa 33 34 Cada habilidade ¢ identificada por um ¢édigo alfanumérico cujs composi¢ao é a seguints: EMI3LGG103 © primeiro par de letras indica s etapa de Ensino Médio. © primeiro par de numeros (13) indica que as habilidades descritas, podem ser desenvotvidas]em i‘ T alede Eseina Wao segunda sequéncia de comtornedstnese deccumanee, — (Uasingce a rea (igs curricular (duas letras). LGG = Linguagens e suas TTecnologias LP = Lingua Portuguesa MAT = Matematica e suas TTocnologias CNT = Ciéncias da Natureza e suas TTecnologias CHS ~ Cignciae Humanae: © Sociais Aplicadas, (Os nuimeros finais indicam a competencia especifica 2 qual se relaciona a hablcadie (1® numero) © a Ge hablidades relatives @ cade competéncia (co's Ultimos némeros), Vale destacar que 0 uso de numeragao sequencial para identificar as habilidades hae representa uma ordem au hierarquis esperada jas aprendizagens. Cabe 0s sistemas @ escolas efinir a progresséo das aprendizagens, em funco de seus contentes locas, Segundo esse critério, o eédigo EMISLGG103, por exemplo, refere-se 4 terceira habilidade proposta na area de Linguagens e suas Tecnologias relacionada a competéncia especifica 1, que pode ser desenvolvida em qualquer série do Ensinc Médio, conforme defini¢Ses curriculares. Também é preciso enfatizar que a organizacéo das habilidades do Ensine Madio na BNC (com a explicitagso da vinculage entre competéncias especificas de area e habilidades) tem como objetivo definir claramente as aprendizagens essenciais a ser garantidas aos estudantes nessa etapa. 3. A ETAPA DA EDUCACAO INFANTIL A Educacio Infantil na Base Nacional Comum Curricular 36 Entretanto, embora reconhecida como direito de todas as criancas e dever do Estado, a Educacao Infantil passa a ser obrigatoria para as criancas de 4 e 5 anos apenas com a Emenda Constitucional n® 59/2009", que determina a obrigatoriedade da Educacao Basica dos 4 aos 17 anos. Essa extensdo da obrigatoriedade é incluida na LDB em 2013, consagrando plenamente a obrigatoriedade de matricula de todas as criancas de 1 @ 5 anos em instituigdes de Educacao Infantil. Com a incluso da Educacéo Infantil na BNCC, mais um importante passo é dado nesse processo historico de sua integrecao a0 conjunto da Educarao Basica. A Edueacio Infantil no contexto da Educacao Basica Como primeira etapa da Educa¢3o Basica, a Educacao Infantil ¢ 0 inicio e o fundamento do processo educacional. A entrada na creche ou na pré-escola significa, na maioria das vezes, a primeira separacdo das criangas dos seus vinculos afetivos familiares para se incorporarem a uma situacdo de socializago estruturada. Nas Ulltimas décadas, vern se consolidando, na Educa¢o Infantil, 8 concep¢ao que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociéve do processo educativo. Nesse contexto, as creches @ pré-escolas, ao acolher as vivéncias e os conhecimentos construidos pelas criancas no ambiente da familia e no contexto de sua comunidad, e articula-los em suas propostas pedagdaicas, tem © objetivo de ampliar c universo de experiéncias, conhecimentos e habilidades dessas criengas, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementer @ educacao fami- liar - especialmente quando se trata da educaco dos bebés e das criangas bem pequenas que envolve aprendizagens muito préximas aos dois contextos (familiar e escolar), como a socializaco, a auto- nomia @ a comunicagso, Nessa diregao, e para potencializar as aprendizagens e o desenvol- vimento das criancas, a pratica do didlogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituicdo de Educacéo Infantil e a familia 26 BRASIL. Emenda constitucional n* 58, de 11 de novembro de 2008, Disrio Oficial da Unido, Braslia, 2 de noverbro de 20C8, Secao 1. . 8, Disoonivel em: . Acess0 er. 28 mar. 2017 clencias ba NarUREZA + Observar 0 mundo a sua volta e fazer 2erguntas. + Analisar demandas, dalinear problemas e planejar De od investigacdes. Peace + Propor hipdteses. + Planejar e realizar atividades de campo (experimentos, observacdes, leituras. visitas, ambientes virtuais etc. + Desenvolver e utilizar ferramentas, inc usive digitais, para coleta, analise e representacdo de dadios (imagens, esquemas, tabelas, graficos, quadros, diagramas, rrapas, modelos, representacdes de sistemas, fluxogrames, mapas conceituais, simulacGes, oplicotivos etc.), + Avaliar informaco (validade, coeréncia e adequacio a0 problema formulado). Peo + Elaborar explicagdes e/ou modelos. Se ec + Associar explicacoes 6/0U modelos a evolugao historica dos. conhecimentos cientificos envolvidos. + Selecionar e construir argumentos con base em evidencias, modelos e/ou conhecimentos cientificos. + Aprimorar seus saberes ¢ incorporar, cradualmente, ¢ de ‘modo significative, o conhecimento cientifico. + Desenvolver solucées para problemas cotidianos usando diferentes ferramentas, inclusive digitais. + Urganizar e/ou extrapolar conclusees. + Relatar informac6es de forma oral, escrita ou multimodal. + Apresentar, de forma sistematica, dados e resultados de investigacdes. + Participar de discuss6es de caréter cientifico com colegas, professores, familiares e comunidade em geral. lore Tar + Considerar contra-argumentos para rever processos, investigativos e conclusées. + Implementar solucdes e avaliar sua efisacia para resolver problemas cotidianos. + Desenvolver ages de intervencdo para melhorar a qualidade de vida individual, coletiva e socioambiental. eared 323 324 l 7 L Considerando esses pressupostos, e em articulacéo com as compe- téncias gerais da Educacao Basica, a area de Ciéncias da Natureza ~ ¢, por consequéncia, o componente curricular de Ciéncias -, devem garantir aos alunos 0 desenvolvimento de competéncias especificas. \ COMPETENCIAS ESPECIFICAS DE CIENCIAS DA NATUREZA ) PARA O ENSINO FUNDAMENTAL, 1 Compreender as Ciéncias da Natureza como empreendimento humane. ¢ 0 conhecimento cientifico como provisério, cultural e histérico, ‘Compreender conceitos fundamentals @ estruturas explicativas das Ciéncias da Natureza, bem como daminar processos, préticas ¢ procedimentos da investigaco cientifica, de modo a sentir seguranca no debate de questées ientificas, tecnolégicas, socioarrbientais e do mundo do trabalho, continuar aprendenda © colaborar para a construcdo de uma sociedade justa, demoeratica e inclusive. Analisar, compreender e explicar caracteristicas, fendmenos e processos relatives a0 mundo natural, social e tecnologico ¢incluindo © aigitaly, como também as relacdes que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas buscar respostas e criar solucdes (inclusive tecnolégicas) com base nos conhecimentos das Ciéncias da Natureza, Avaliar aplicagSes © implicac6e: politicas, cocioambientais e culturais da cléncia e de suas tecnologias 2ara propor alternativas aos desafios do mundo contemporsneo, incluinco aqueles relatives 20 mundo do trabalho. Construir argumentos com base em dados, evidéncias e informagoes confiaveis e negociar e defender ideias @ pontos de vista que promovam a consciéncia socioambiental e 0 respeito a si préprio e ao outro, acolhendo @ valorizando a diversidade ce individuos e de grupos socials, sem reconceitos de qualquer natureza. Utiizar diferentes linguagens 2 tecnologias digitals de informagdo e ‘comunica¢éo para se comunicar, acesser e disseminar informacdes, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciéncias da Natureza de forma critica, significativa, reflexiva e ética, Conhecer, apreciar e cuidar de si do seu corpo e berr-estar, compreenden- dlo-se na diversidacke humana, fazendo-se respeitar © respeitarida © outro, recorrendo aos conhacimentos des Ciéncias de Natureza e &s suas tecnologias. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidede, flexibilidade, resiliéncia e determinacSo, recorrendo aos conhecimentos das Ciéneias da Natureza nara tomar decishas frante a questées cientificr-tac- nolégicas e socioambientais © 3 respeito da satide individual e coletiva, com base em principios éticos, democraticos, sustentaveis e solidérios, 431. CIENCIAS ‘Ao estudar Ciéncias, as pessoas aprendem a respeito de si mesmas, da diversidade e dos pracessos de evcluco e manutencao da vida do mundo material ~ com os seus rec.irsos naturais, suas transfor- magées ¢ fontes de energia -, do nosso planeta no Sistema Solar e no Universo e da aplicacdo dos conhecimentos cientificos nas varias esferas da vida humana. Essas aprendizagens, entre outras, Possibilitam que os alunos compreendam, expliquem e intervenham no mundo em que vive. Para orientar a elaboracao dos curriculos de Ciéncias, as aprendi- zagens essenciais a ser asseguradas neste componente curricular foram organizadas em trés unidades tematicas que se repetem ao longe de todo © Tnsino Fundamental A unidade tematica Matéria e energia contempla o estudo de mate- riais e suas transformacdes, fontes e tipos de energia utilizados na vida em geral, na perspectiva de construir conhecimento sobre a natureza da matéria e os diferentes usos da energia Dessa maneira, nessa unidade estéo envolvidos estudos referentes & ocorréncia, & utiliza¢do e ao processamento de recursos natu- rals e energéticos empregados na geracao de diferentes tIpos de energia e na producao e no uso responsavel de materiais diversos. Discute-se, também, a perspectiva histdrica da apropriacéo humana desses recursos, com base, por exemplo, na identifica¢o do uso de materiais em diferentes ambientes @ épocas e sua relacdo com a sociedade e a tecnologia. Nos anos iniciais, as criancas jé se envolvem com uma série de objetos, materiais e fendmenos em sua vivéncia diaria e na relagao com 0 entorno, Tais experiéncias s80 0 ponto de partida para possibilitar a construcao das primeiras nocées soore os materiais, seus usos € suas propriedades, bern como sobre suas interacdes com luz, som, calor, eletricidade e umidade, entre outros elementos. Além de prever a construgo coletiva de propostas dé reciclagem e reutilizaco de materiais, estimula-se ainda a construco de habitos saudaveis e sustentaveis por meio da discussao acerca dos riscos associados & integridade fisica e & qualidade auditiva e visual. Espera-se também aue 08 alunos possam reconhecer a inportancia, por exemplo, da gua, em seus diferentes estados, para a agricultura, 0 clima, a con- servaco do solo, 2 geracdo de energia elétrica, a qualidade do ar atmosférico € 0 equilibrio dos ecossistemas. CIENCIAS DA NATUREZA BR 326 Em sintese, valorizam-se, nessa fase, os elementos mais concretos ¢ os ambientes que os cercam (casa, escola e bairro), oferecendo aos alunos a oportunidade de interacdo, compreensdo e aco no seu entorno. Por sua vez, nos anos finais, a ampliagao da relacao dos jovens com 0 ambiente possibilita que se estenda a exploracao dos fendmenos rela- cionados aos materiais © 8 energia ao 2mbito do sistema produtivo € a0 seu impacto na qualidade ambiental. Assim, 0 aprofundamento da tematica dessa unidade, que envolve inclusive a construcéo de modelos explicativos, deve possibilitar aos estudantes fundamentar- -se no conhecimento cientifico pare, por exemplo, avaliar vantagens € desvantagens da producao de produtos sintéticos a partir de recursos naturais, da producao e do uso de determinados combustiveis, bem como da producao, da transformacao e da propagacao de diferentes, tipos de energia e do funcionamento de artefatos e equipamentos que pussibilitan noves formes de intereséu corn 9 ambiente, esti mulando tanto a reflexéo para habitos mais sustentaveis no uso dos recursos naturais © cientifico-tecnolégicos quanto a produgao de novas tecnologias € 0 cesenvolvimento de a¢ées coletivas de apro- veitamento responsdvel dos recursos, A unidade tematica Viea e evolu¢ao propde o estudo de questdes relacionadas aos seres vivos (incluindo os seres humanos), suas caracteristicas e necessidades, e a vida como fenémeno natural ¢ social, os elementos essencials 8 sua manutencao e a compreensao dos processos evolutives que geram a diversidade de formas de vida no planeta. Estudam-se caracteristicas dos ecossistemas destacan- do-se as interagdes dos seres vivos com outros seres vivos e com os fatores no vivos do ambiente, com destaque para as interacdes que ‘os seres humanos estabzlecem entre si e com os demais seres vivos © elementos nao vivos do ambiente. Abordam-se, ainda, a importancia da preservacao da biod versidade e como ela se distribui nos princi- pais ecossistemas brasilziros. Nos anos iniciais, as caracteristicas dos seres vivos sao trabalhadas a partir das ideias, representaces, disposicées emocionais e afetivas que os alunos trazem para a escola. Esses saberes dos alunos vao sendo organizados a partir de observag6es orientadas, com énfase na compreensao dos sees vivos do entorno, como também dos elos nutricionais que se estabelecem entre eles no ambiente natural. Nos anos finais, a partir do reconhecimento das relaces que ocorrem na natureza, evidencia-se a participagao do ser humano nas cadeias, alimentares e como elemento modificador do ambiente, seja eviden- ciando maneiras mais eficientes de usar os recursos naturais sem desperdicios, seja discutindo as implica¢ées do consumo excessivo descarte inadequado dos residuos. Contempla-se, tanbem, 0 incen- tivo a proposicao e adogao de alternativas individuais e coletivas, ancoradas na aplicacdo do conhecimerto cientifico, que concorram para a sustentabilidade socioambiental. Assim, busca-se promover e incentivar uma convivencia em maior sintonia com o ambiente, por meio do uso inteligente e responsavel dos recursos naturais, para que estes se recomponham no presente @ se mantenham no futuro. Outro foco dessa unidade ¢ a percepcSo de que © corpo humano é um todo dinamico e articulado, e que 2 manutenco e o funciona- mento harmonioso desse conjunto dependem da integracdo entre as fungOes espectficas desempenhadas pelos diferentes sistemas que © compéem. Além disso, destacam-se aspectos relativos 4 satide, compreendida nao somente como um astado de equilibrio dinamico do corpo, mas como um bem da coletividade, abrindo espaco para discutir 9 que € precise pera promover e seude individual culetive, inclusive no ambito das politicas publicas. Nos anos iniciais, pretende-se que, em continuidade as abordagens na Educa¢ao Infantil, as criancas ampliem os seus conhecimentos € apreco pelo seu corpo, identifiquem os cuidados necessérios para a manutengdo da sade e integridade do organismo e desenvolvam atitudes de respeito e acolhimento pelas diferencas individuais, tanto no que diz respeito & diversidade étnico-cultural quanto em relacao & Inclusao de alunos da educarao especial Nos anos finais, s40 abordados também temas relacionados @ reprodu- Go e 8 sexualidade humana, assuntos de grande interesse e relevancia social nessa faixa etria, assim como sc relevantes, também, o conhe- cimento das condicées de saide, do saneamento basico, da qualidade do ar e das condi¢es nutricionais da populace brasileira, Pretende-se que os estudantes, ao term narem o Ensino Fundamental, estejam aptos @ compreender a organ zacao e 0 tuncionamento de SeU corpo, assim como a interpretar as modiificacées fisicas e emacio- nais que acompanham a adolescéncia e @ reconhecer o impacto que elas padem ter na autoestima e na segtranca de seu proprio corpo. & também fundamental que tenham condigdes de assumir 0 protago- nismo na escolha de posicionamentos que representem autocuidado com seu corpo e respeito com 0 corpo do outro, na perspective do cuidado integral & sauide fisica, mental, sexual e reprodutiva, Além disso, 0s estudantes devem ser capazes de compreender 0 papel do Estado e das politicas publicas (campanhas de vacina¢do, programas de atendimento a satide da familia e da comunidade, investimento em pesquisa, campanhas de esclarecimento sobre doencas e vetores, entre outros) ne desenvolvimento de condicées propicias a sade. CIENCIAS DA NATUREZA 328 Na unidadle temética Terra e Universo, busca-se a compreensao de caracteristicas da Terre, do Sol, da Lua e de outros corpos celes- tes - suas dimensées, composicao, localizecées, movimentos & forcas que atuam entre eles. Ampliam-se experiéncias de observa- ao do céu, do planeta Terra, particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de observacao. dos principais fenémenos celestas. Além disso, ao salientar que 3 construgao dos conhecimentos sobre a Terra © 0 céu se deu de diferentes formas em distintas culturas ao longo da histéria da humanidade, explora-s2 a riqueza envolvida nesses conhecimen- tos, 0 que permite, entre outras coisas, maior valorizacao de outras formas de conceber a mundo, como as conhecimentos préprios dos poves indigenas originérios. Assim, a0 abranger ccm maior detalhe caracteristicas importan- tes pare @ menutenséu de vide ne Tere, come © efeite estufe © o camada de o6nio, espera-se que os estudantes possam compreen- der também alguns ferémenos naturais como vulcées, tsunamis terremotos, bem coma aqueles mais relacionados aos padrées de cir- culacao atmosférica e cceanica e a0 aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos da Terra, em uma perspective de maior ampliacao de corhecimentos relativos 4 evolucdo da vida e do planeta, ao clima e 8 previsdo do tempo, entre outros fendmenos. Os estudantes dos anos inicials se interessem com facllidade pelos objetos celestes, muito sor conta da exploragéo e valorizagao dessa tematica pelos meios de comunica¢do, brinquedos, desenhos ani- maddos e livros infantis. Dessa forma, a intenc&o é agucar ainda mais a curiosidade das criancas pelos fendmenos naturais e desenvol- ver © pensamento espacial a partir das experiéncias cotidianas de observacdo do céu e cos fendmenos a elas relacionados. A siste- matizac3o dessas observacdes e 0 uso adequado dos sistemas de referencia permitem a identificag3o de fendmenos e regularidades que deram @ humanidade, em diferentes culturas, maior autono- mia na regulacao da agvicultura, na conquista de novos espacos. na construgao de calendérios etc, Nos anos finals, hd uma Snfase no estudo de solo, ciclos biogeoquimi- cos, esferas terrestres ¢ interior do planeta, clima e seus efeitos sobre a vida na Terra, no intuito de que os estudantes possam desenvolver uma vise mais sistémica do planeta com base em principios de sus- tentabilidade socioambiental. Além disso, 0 conhecimento espacial ¢ ampliado e aprofundado por meio da articulaco entre os conhecimentos e as experiéncias de observacao vivenciadas nos anos iniciais, por um lado, e os modelos explicativos desenvolvidos pela ciéncia, por outro, Dessa forma, pri- vilegia-se, com base em modelos, a explicagao de varios fendémenos envolvendo os astros Terra, Lua e So, de modo a fundamentar a compreensdo da controversia histdrica entre as vis6es aeocéntrica e heliocéntrica. ‘partir de uma compreensao mais aprofundada da Terra, do Sol e de sua evolugdo, da nossa galaxia e das ordens de grandeza envolvidas, espera-se que os alunos possam refletir sobre a posicdo da Terra e da espécie humana no Universo. Essas trés unidades tematicas devem ser consideradas sob a pers- pectiva da continuidade das aprendizagens e da integra¢do com seus objetos de conhecimento ao longo dos anos de escolarizacao. Portanto, é fundamental que elas nao se desenvolvam isoladamente. Essa integracao se evidencia quando temas importantes como a sustentabilidade socioambiental, © ambiente, a satice € a tecnologia s80 desenvolvides nas trés unidades teréticas. Por exemplo, para aue 0 estudante compreenda satide de forma abrangente, e nao relacionada apenas ao seu proprio corpo, ¢ necessario que ele seja estimulado a pensar em saneamento basico, geracéo de energia impactos ambientais, além da ideia de que medicamentos so subs- tancias sintéticas que atuam no funcionamento do organismo. De forma similar, a compreensao do que seja sustentabilidade pressu- Pde que os alunos, além de entenderem aimportancia da biodiversidade para a manuten¢do dos ecossistemas e do eauilibrio dinamico socioam- biental, sejam canazes de avaliar hébitos de consumo que envalvam, recursos naturals e artificiais e identifiquem relacdes dos processos atmosféricos, geolégicos, celestes e sociais com as condi¢Ses necessa- rias para a manutencao da vida no planeta. Impossivel pensar em uma educacao cientitica contemporénea sem reconhecer os multiplos panéis da tecnologia no desenvolvimento da sociedade humana. A investigacéo de materiais para usos tecno- légicos, a aplicacao de instrumentos dticos na sade e na observacao do céu, a produce de material sintético @ seus usos, as aplicagdes das fontes de energia e suas aplicagSes 2, até mesmo, 0 uso da radiagao eletromagnetica para diagnéstico e tratamento médico, entre outras situagées, so exemplos de como ciéncia e tecnologia, por um lado, viabilizam a melhoria da qualidade de vida humana, mas, por outro, ampliam as desigualdades sociais e a degrada¢ao do ambiente. Dessa forma, é importante salientar os miltiplos papéis desempenhados pela relacdo ciéncia-tecnolagia-sociedade na vida moderna e na vida do planeta Terra como elementos centrais no CIENCIAS DA NATUREZA 329 330 posicionamento e na tonada de decis6es frente aos desafios éticos, culturais, politicos e socioambientais. ‘As unidades tematicas estdo estruturadas em um conjunto de habi- lidades cuja complexidade cresce progressivamente ao longo dos anos. Essas habilidades mobilizam conhecimentos conceituais, lin- guagens @ alguns dos principais processos, praticas @ procedimentos de investigacao envolvidos na dindmica da construg3o de conheci- mentos na ciéncia. Assim, quando ¢ utilizado um determinado verbo em uma habili- dade, como “apresentar” ou "relatar’, este se refere a procedimentos comuns da ciéncia, neste caso relacionados 8 comunicacao, que envolvem também outrss etapas do processo investigativo. A ideia implicita esta em relater de forma sistematica o resultado de uma volete de dads c/vu presenter a uryanizaséu © extrapulaséy de conclusées, de tal forma a considerar os contra-argumentos apresen- tados, no caso de um debate, por exemplo. Da mesma forma, quando é utilizado 0 verbo “observar’, tem-se em mente © agugamento da curiosidade dos alunos sobre 0 mundo, em. busca de questdes que possibilitem elaborar hioéteses e construir explicacées sobre a realidade que os cerca. Cumpre destacar que 05 criterios de organiza¢ao das habllidades na BNCC (com a explicitago dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades tema- ticas) expressam um arranjo possivel (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostes do devem ser tornades como modelo obrigatério para o desenho dos curriculos. 43.0, CIENCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMATICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO. E HABILIDADES ‘Antes de iniciar sua vida escolar, as criangas jd convivem com fend- menos, transformacoes e aparatos tecnolégicos em seu dia a dia Além disso, na Educacao Infantil, coms proposto na BNCC, elas tem @ oportunidade de explorar ambientes e fenémenos e também a relacdo com seu préprio corpo e bem-estar, em todos os campos de experiéncias, Assim, a0 iniciar 0 Ensino Fundamental, os alunos possuem vivéncias, saberes, interesses e curiosidades sobre o mundo natural e tecnol6- gico que devem ser velurizedus © mobilizedys, Case deve ser © ponte de partida de atividades que assegurem a eles construir conheci- mentos sistematizados de Ciéncias, oferecendo-Ihes elementos para que compreendam desde fenémenos de seu ambiente imediato até tematicas mais amplas. Nesse sentido, no basta que os conhecimentos cientificos sejam apresentados aos alunos. E preciso ofevecer oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em processcs de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de investigaca0 que Ines possibllitem exercitar @ ampliar sua curiosidade, aperfeicoar sua capacidade de observacdo, de raciocinio légico e de criacdo, desenvolver posturas mais colaborativas e sistematizar suas primeiras explicacées sobre 9 mundo natural e tecnolégico, ¢ sobre seu corno, sua satide @ seu bem-estar, tencio como referéncia os conhecimentos, as linguagens & 0s procedimentos préprios das Ciencias da Natureza, E necessario destacar que, em especial nos dois primeiros anos da escolaridade basica, em que se investe prioritariamente no processo de alfabetizac3o das criancas, as habilidades de Ciéncias buscam propiciar um contexto adequedo para 4 empliacdo dos contextos de letramento. CIENCIAS DA NATUREZA 331 BASE NACIONAL CIENCIAS - 12 ANO Cay Caretta] DIN) Caracteristicas dos materiais Vida e evolugao Corpo humano Respeito a diversidace Terra e Universo Escalas de tempo 332 R= (EFOICION Comparar caracteristicas de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, 0s modos como so descartados e como pocem ser usados de forma mais cansciente. (EFOICI02) Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funcBes, (EFOICIO3) Discutir as raz5es pelas quais os habitos de higiene do corpo (lavar as mos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, © nariz € as orelhes etc.) séo necessérios para a manutencao da sade. (EFOICIO4) Comparar caracteristicas fisicas ertre os colegas, reconhecendo a diversidade ea importancia da valoriza¢o, do acolhimento e do respeito as diferencas. (EFOICIO5) Identiticar e nomear diferentes escalas de tempo: 0s periodos dlarios (manna, tarde, noite) a sucesso de dias, semanas, meses e anos. (EFOICIO6) Selecionar exemplos de como a sucesso de dias e noites orienta o ritmo de atividades digrias de seres humanos e de outres seres vivos. 333 334 tacloNAL CIENCIAS - 22 ANO Cay Matéria e energia Vida e evolugao Terra e Universo Propriedades e usos dos materiais Prevenco de acidentes domésticos Seres vivos no ambiente Plantas Movimento aparente do Sol no céu © Sol como fonte de luz e calor R= (EFO2CION) Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro etc.) so feitos os objetos que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos sao utilizados e com quais materiais eram produzidos no passado. (EF02C102) Propor o uso de diferentes materiais para a construcdo de abjetos de uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza, transparéncia etc.). (EFO2CI03) Discutir os cuidados necessarios & prevencdo de acidentes domésticos (objetos cortantes @ inflamaveis, eletricidade, produtos de limpeza, medicamentos etc.). (EFO2CI04) Descrever caracteristicas de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano @ relacioné-las ao ambiente em que eles vive. (EFO2CI05) Investigar a importancia da éguae da luz para a manutencéo da vida de plantas em geral, (EFO2C106) Identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e frutos) ea funcao desempenhada por cada uma delas, e analisar as relacées entre as plantas, o ambiente @ os demals seres vivos. (EFO2CI07) Descrever as posicdes do Sol em diversos horérios do dia e associa-las 20. tamanho da sombra projetada. (EFO2C108) Comparar o efeito da radiagao solar (aquecimento e reflexo) em diferentes tipos, de superficie (gua, areia, solo, superficies escura, clara e metalica etc.). 336 tacloNAL CIENCIAS - 32 ANO Cay Vida e evolugso Terra e Universo Producdo de som Efeitos da luz nos materiais Satide auditiva e visual Caracteristicas e desenvolvimento dos animais Coracteri 10s da Terra Observacao do céu Usos do solo clencias ba NarUREZA R= (EFO3CION Produzir diferentes sons a partir da vibragdo de variados objetos e identificar variavels que influem nesse fendmeno. (EFOSCI02) Experimentar e relatar 0 que ocorre com a passagem da luz atraves de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, agua etc.), no contato com superficies polidas (espelhos) e na intersecc&o com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). (EFO3CI03) Discutir habitos necessarios para a manuten¢do da satide auditiva e visual considerando as condi¢6es do ambiente em termos de som e luz. (EFO3CI04) Identificar caracteristicas sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente proximo. (EFO2CINS) Deccrover e camunicar ae alteracfes que ocorrem desde o naccimenta om. animais de diferentes meios terrestres ou aquaticos, inclusive o homem. (EFO3CI06) Comparar alguns animais e organizer grupos com base em caracteri ‘comuns (presenca de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.) (EFO3CIO7) Identificar caracteristicas de Terra (come seu formato esférico, a presence de gua, solo etc.), com base na observacao, manipulacao e comparacao de diferentes formas de representacao do planeta (mapas, globos, fotografias etc.) (EFO3CI08) Observar, identificar e registrar os periodos didrios (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas esto visiveis no céu. (EFO3CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entorno da escola com base em caracteristicas como cor, textura, cheiro, tamariho das particulas, permeabilidade etc. (EFO3CIO) Identificar os diferentes usos do sclo (plantacao e extracao de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a importancia do solo para a agricultura e para a vida. 338 tacloNAL CIENCIAS - 42 ANO Cay Matéria e energia Vida e evolugéo Terra e Universo Misturas Transformagées reversiveis e no reversiveis Cadeias alimentares simples Microrganismos Pontos cardeais Calendarios, fenémenos ciclicos ¢ cultura clencias ba NarUREZA ECD) (EFO4CION) Identificar misturas na vida didria, 2om base em suas propriedades fisicas ‘observavels, reconhecendo sua composicao. (EFO4CI02) Testar e relatar transtorma¢oes nes materiais do dia a dia quando expostos a diferentes condi¢des (aquecimento, resfriamerto, luz e umidade) (EFO4CI03) Concluir que algumas mudangas causadas por aquecimento ou resfriamento sao Teversiveis (como as mudancas de estado fisico da qua) e outras néo (como 0 cozimento do ‘ovo, a queima do papel etc). (EFO4CI04) Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posico ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e 0 papel do Sol como fonte primaria de energia na produgso de alimentos. (EFOACIOS) Deccrever © dactacar comalhanzar 2 dlferengae entre 2 cielo da matéria @ a Fluo, de energia entre os componentes vivos e no vivos de um ecossistema. (EFO4CI06) Relacionar a participacéo de fungas e bactérias no processo de decomposicao, reconhecendo a importancia ambiental desse proceso. (EFO4CI07) Verificar a participacdo de microrganismos na producao de alimentos, combustiveis, medicamentos, entre outros. (EFO4CI08) Propor, a partir do conhecimento as formas de transmisso de alguns microrganismos (virus, bactérias e protozoérios), atitudes e medidas adequadas pare prevencdo de doencas a eles associades. (EFO4CIO9) identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posicdes relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnémon). (EFO4CIIO) Comparar as indica¢ées dos pontes cardeais resultantes da observacdo das sombras de uma vara (gnémon) com aquelas obtidas por meio de uma bussola. (EFOACIT) Associar os movimentos ciclicos de Lua e da Terra a periodos de tempo regulares e a0 uso desse conhecimento para a construcéo de calendirios em diferentes culturas. CIENCIAS - 5° ANO Cay OBJETOS DE CONHECIMENTO eenergia Propriedades fisicas dos materiais Ciclo hidrolégico Consumo consciente Reciclagem Vida e evolugao Nulrigao uo organisitio Habitos alimentares Integragdo entre os sistemas digestério, respiratétio e circulatério Terra e Universo Constelagdes e mapas celestes Movimento de rotagao da Terra Periodicidade das fases da Lua Instrumentos éticos 340 CHENCIAS Da NATUREZA R= (EFOSCION Explorar fendmenos da vida cotidiana que evidenciem propriedades fisicas dos materiais - como densidade, condutibilidade termica e eleétrica, respostas a forcas magneticas, solubilidade, respostas a forgas mecanicas (dureza, elasticidade ate), entra outras. (EFOSC102) Aplicar os conhecimentos sobre as mudancas de estado fisico da agua para explicar 0 ciclo hidrolégico e analisar suas implicagdes na agricultura, no clima, na geracao de energia elétrica, no provimento de dgua potavel e no equilibrio dos ecossistemas regionais (ou locais). (EFOSCIO3) Selecionar argumentos que justifiquem a importancia da cobertura vegetal para a manutengdo do ciclo da 4gua, a conserva¢ao cos solos, dos cursos de 4gua e da qualidade do ar atmosférico. (EFOSCIO4) Identificar os principais usos da Sgua e de outros materiais nas atividades cotidionas pars diccutir © propor formas cuctentaveis de utilizagso de: (EFOSCIO5) Construir propostas coletivas para um consumo mais consciente e criar soluces tecnolégicas para 0 descarte adequado e a reutilizagao ou reciclagem de materiais consumidos na escola e/ou na vida cotidiana. (EFOSCIO6) Selecionar arguimientos que justifiquern por que os sistemas digestorio & respiratério so considerados corresponséveis pelo processo de nutricdo do organismo, com, base na identificacdo das funcées desses sistemas. (EFOSCIO7) Justificar a relacao entre o funcioramento do sistema circulatério, a distribuicso, dos nutrientes pelo organismo e a eliminacao dos residuos produzidos. (EFOSCI08) Organizar um cardapio equilibrado com base nas caracteristicas dos grupos alimentares (nutrientes e calorias) e nas necessidades individuais (atividades realizadas, idade, sexo etc.) para a manutengSo da satide do organismo. (EFOSCI09) Discutir a ocorréncia de distUrbios nutricionais (como obesidade, subnutricso. etc.) entre criangas e jovens a partir da analise de seus habitos (tipos @ quantidade de alimento ingerido, pratica de atividade fisica etc.. (EFOSCI10) Identificar algumas constelacdes no céu, com o apoio de recursos (coma mapas celestes e aplicativos digitais, entre outros), e os periodos do ano em que elas so visiveis no inicio do noite. (EFOSCIM) Associar 0 movimento diario do Sol e das demais estrelas no céu ao movimento de rotacao da Terra, (EFOSCI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observarao eno registra das formas aparentes da | ia no céu aa lange de. pel menos, dais meses (EFOSCI13) Projetar e construir dispositivos para observacao a distancia (Iuneta, periscopio etc.), para observacdo ampliada de objetos (Iu2as, microscépios) ou para registro de imagens (maquinas fotograficas) e discutir usos sociais desses dispositivos. 43:2, CIENCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINA\ UNIDADES TEMATICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO. E HABILIDADES Nos anos finais do Ensino Fundamentel, a exploracgo das vivéncias, saberes, interesses ¢ curiosidades dos alunos sobre o mundo natural e material continua sendo fundamental Todavia, ao longo desse per- curso, percebem-se uma ampliago pvogressiva da capacidade de abstracdo e da autonomia de aco e de pensamento, em especial nos Ultimas anos, e 0 aumento do interesse dos alunos pela vida social e pela busca de uma identidade propria. Essas caracteristicas pos- sibilitam a eles, ern sua formacao cientifica, explorar aspectos mais complexos das relacées consigo mesmos, com os outros, com a hetureze, corn as tecnvlogias € com © emnbiente, ter consciéncia dos valores éticos e politicos envolvides nessas relacGes; e, cada vez mais, atuar socialmente com respeito, responsabilidade, solidariedade, cooperacao e reptidio & discriminacdo. Nesse contexto, ¢ importante motiva-les com desafios cada vez mais abrangentes, o que permite que os questionamentos apresentados a eles, assim como os que eles préprios formulam, sejam mais comple- xos e contextualizados. Além disso, @ medida que se aproxima a concluséo do Ensino Fundamental, os alunos sao capazes de estabelecer relacdes ainda mais profundas entre a ciéncia, @ natureza, a tecnologia e a socie- dade. 0 que significa lancar mao do conhecimento cientifico € tecnolégico para compreender os fenomenos e conhecer o mundo, © ambiente, a dindmica da natureza. Além disso, 6 fundamental que tenham condicdes de ser protagonistas na escolha de posi- cionamentos que valorizem as experiencias pessoais e coletivas, € representem 0 autocuidado com seu corpo € 0 respeito com 0 do outro, na perspectiva do cuidado integral & saude fisica, mental sexual e reprodutiva CIENCIAS DA NATUREZA 343,

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