Apostila de Lingua Portuguesa Esquematizada
Apostila de Lingua Portuguesa Esquematizada
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A acentuação gráfica estuda os acentos gráficos (agudo, grave e circunflexo).
Esses são elementos essenciais para estabelecer organizadamente, por meio de regras, a
intensidade das palavras das sílabas portuguesas.
Acentuação das Palavras Oxítonas
As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte). Elas podem
ser acentuadas com o acento agudo e o circunflexo.
Oxítonas que Recebem Acento Agudo
Regras Exemplos
Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,
terminadas em vogais tônicas abertas (a), (e) ou (o) pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s),
seguidas ou não de (s). só(s)
Recebem, ainda, acento as palavras oxítonas com acém, detém, deténs, entretém,
mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal entreténs, harém, haréns, porém,
grafado (em). provém, provéns, também
As palavras oxítonas com os ditongos abertos anéis, batéis, fiéis, papéis, chapéu(s),
grafados (éu), (éu) ou (ói), seguidos ou não de (s). ilhéu(s), véu(s); herói(s), remói
Obs: Há exceção nas formas da terceira pessoa do plural no presente do indicativo dos
compostos de (ter) e (vir) ou terminada em (ens). Nesse caso, elas recebem acento
circunflexo (retêm, sustêm; advêm, provêm).
Obs.: Usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal (pôr) da
preposição (por).
Regras Exemplos
Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as órfã, órfãs; órfão, órfãos;
vogais abertas grafadas (a, e, i, o, u) e que terminam em órgão, órgãos; sótão, sótãos;
ã(s), ão(s), ei(s), i(s), um(s). jóquei, jóqueis; fáceis, fácil
Regras Exemplos
Fique Atento!
O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do singular do
pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distinguir a forma verbal
correspondente do presente do indicativo pode.
O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa do
presente do indicativo. Isso ocorre para distinguir da correspondente no pretérito perfeito
do indicativo demos.
Também leva acento circunflexo os substantivos fôrma como distinção do
verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.
Vogais Tônicas
Regras Exemplos
Não recebem acento agudo as vogais tônicas arguir, redarguir, aguar, apaniguar, apaziguar,
nas palavras paroxítonas nas formas apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar,
rizotônicas de alguns verbos. obliquar, delinquir
Regras Exemplos
Regras Exemplos
Atenção!
Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas
Exemplos:
• Avidamente - de ávido
• Debilmente - de débil
• Facilmente - de fácil
• Habilmente - de hábil
• Ingenuamente – de ingênuo
• Lucidamente - de lúcido
• Somente - de só
• Unicamente - de único
• Candidamente – cândido
• Dinamicamente - de dinâmico
• Espontaneamente - de espontâneo
• Romanticamente - de romântico
EXERCÍCIOS
Q1 - Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem
oxítonos:
a) paletó, avô, pajé, café, jiló
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
d) amém, amável, filó, porém, além
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó
Q2 - Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra:
a) saí - dói
b) relógio - própria
c) só - sóis
d) dá - custará
e) até – pé
Q5 - Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro no que diz
respeito à acentuação gráfica:
a) pegada – sinonímia
b) êxodo – aperfeiçoe
c) álbuns – atraí-lo
d) ritmo – itens
e) redimí-la – grátis
GABARITO
1. A 2. B 3. B
4. E 5. E
CLASSES GRAMATICAIS
Substantivos Concretos
São os substantivos que convencionalmente entendemos como substantivos. Eles possuem
existência independente.
Exemplos: mesa, cadeira, flor, balde.
Os substantivos concretos são aqueles que nomeiam objetos, coisas, lugares, animais e
plantas.
Substantivos Abstratos
Já os substantivos abstratos se referem a fenômenos que têm existência dependente.
Ações, sentimentos, estados e qualidades são substantivos abstratos.
Exemplos: amor, prazer, ódio, beleza, beijo, amizade.
Todos esses substantivos dependem da existência de um ou mais seres para fazer sentido.
Por isso não são concretos.
Substantivos Próprios
Vamos a outra classificação dos substantivos: os substantivos próprios.
São aqueles que individualizam um ou mais seres. O substantivo próprio identifica esses
seres para diferenciá-los dos demais, por conta de suas características.
Assim, os nomes de pessoas e países, por exemplo, são nomes próprios.
Exemplo: João, Argentina, Bahia, Magazine Luiza.
Teríamos muita confusão se os nomes próprios não existissem. Seria difícil identificar
alguém se chamássemos todos como “pessoas” ou “seres humanos”. Mais fácil identificar
alguém que chame Maria Raquel da Silva Barbosa.
SUBSTANTIVOS COMUNS
Já o substantivo comum é aquele aplicado a vários objetos e coisas. Ele não cria
identidades específicas nos seres que nomeia.
Exemplos: carro, motocicleta, gato, prato.
SUBSTANTIVOS COLETIVOS
Outra classificação importantíssima dos substantivos é a dos coletivos. Mesmo estando no
singular, eles fazem referência a uma coleção de objetos, seres ou coisas.
Exemplos: laranjal, rebanho, cardume, vinhedo, constelação.
Note que cada substantivo coletivo agrupa um conjunto de seres. Considerando os
exemplos acima, temos:
• Laranjal – conjunto de pés de laranja
• Rebanho – conjunto de cabras ou ovelhas
• Cardume – conjunto de peixes
• Vinhedo – conjunto de videiras
• Constelação – conjunto de estrelas
SUBSTANTIVOS COMUNS
Essa é um tipo de classificação bem pouco cobrada em concursos públicos, mas vale a pena
atentarmos para ela.
Um substantivo primitivo é aquele que não é derivado de outra palavra.
Exemplos: pedra, limão, água, flor.
Para entender melhor os substantivos primitivos, veja a seguir o que são os substantivos
derivados.
SUBSTANTIVOS DERIVADOS
Os substantivos derivados, por óbvio, são aqueles que derivam dos substantivos
primitivos. Veja os exemplos a seguir, usando os substantivos primitivos anteriores:
Exemplos: pedrada, limoeiro, aguada, floricultura.
Note que há uma diferença entre os substantivos derivados e os substantivos coletivos. Os
coletivos expressam a reunião de seres iguais. Os derivados apenas se utilizam da
estrutura de um substantivo primitivo.
SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
São aqueles que possuem mais de um radical em sua estrutura.
Exemplos: guarda-chuva, couve-flor, erva-doce, passatempo.
Perceba que não necessariamente o radical precisa estar separado por hífen (como é o
caso de “passatempo”).
SUBSTANTIVOS SIMPLES
Já os substantivos simples são aqueles que possuem apenas um radical na sua estrutura.
Exemplos: computador, mesa, cadeira, garrafa.
É bom frisar que os substantivos variam em número, grau e gênero. Ou seja: podem ser
encontrados no singular e no plural (número), no aumentativo e diminutivo (grau) e no
masculino e feminino (gênero).
ADJETIVO
No Emprego das Classes de Palavras o adjetivo é um dos mais importantes. Ele tem a
função de delimitar e qualificar o significado de um substantivo.
De maneira geral, podemos dizer que os adjetivos dizem quais são as qualidades de um
substantivo.
Exemplos: azul, belo, feio, romântico, bom, mau, arredondada.
Veja cada um desses adjetivos ao lado de um substantivo:
• Carro azul
• Homem belo
• Sapato feio
• Menino romântico
• Cachorro bom
• Gato mau
• Bola arredondada
Fácil de entender, não é mesmo?
LOCUÇÃO ADJETIVA
Fique muito atento à possibilidade da utilização de locuções adjetivas nas questões de
concurso público. Isso porque elas são como adjetivos “disfarçados”.
As locuções adjetivas são a junção entre uma preposição e um substantivo, operando na
frase como um adjetivo.
Exemplos:
• Cachorro de rua
• Quadro com cupim
• Arroz de geladeira
• Livro sem capa
“De rua”, “com cupim”, “de geladeira” e “sem capa” fazem o papel de adjetivos nesses
casos. Por isso, são locuções adjetivas.
Caso você encontre uma questão com pegadinha que pergunte se “De rua” está
adjetivando a palavra “Cachorro”, responda corretamente.
SUBSTATIVAÇÃO DO ADJETIVO
Outra possível confusão que pode ser feita é quando um adjetivo é substantivado. Aqui o
que importa analisar é a função que a palavra está exercendo, e não necessariamente
memorizar que uma palavra é ou não um adjetivo.
Veja a frase a seguir:
O fraco sempre sairá por último
Nesse caso, “fraco” não é adjetivo. A palavra não está qualificando nenhum
substantivo. Ele é o próprio substantivo.
O adjetivo fraco foi substantivado!
GRAU DO ADJETIVO
Outro tema importantíssimo quando falamos sobre os adjetivos é entender o grau de
emprego deles. Como assim?
Quando falamos em graus estamos falando das relações entre as qualidades de um ou mais
seres. Os graus existentes são o positivo, o comparativo e o superlativo.
GRAU POSITIVO
É o menos conhecido, e menos cobrado em concursos. É o grau que simplesmente enuncia
a qualidade de algo.
Exemplo: A mulher é linda.
GRAU COMPARATIVO
É o grau onde o adjetivo está empregado em uma comparação entre dois ou mais seres.
Veja quais são as possibilidades do Grau Comparativo, e alguns exemplos:
• Grau Comparativo de Igualdade – “A mulher é tão linda quanto o homem”.
• Grau Comparativo de Superioridade – “A mulher é mais linda que o homem”.
• Grau Comparativo de Inferioridade – “A mulher é menos linda que o homem”.
GRAU SUPERLATIVO
O Grau Superlativo é utilizado quando se pretende dar ênfase na adjetivação. Existem duas
possibilidades de emprego – o Grau Superlativo Absoluto (não faz comparações) e o Grau
Superlativo Relativo (faz comparações).
• Grau Superlativo Relativo – “A mulher é a mais linda de sua sala”
• Grau Superlativo Absoluto – “A mulher é lindíssima!”
Importante dizer que no Grau Superlativo Absoluto existem duas possibilidades. A
utilização de expressões como “muito linda” ou a utilização do adjetivo modificado, como
“lindíssima”. Daí surgem mais duas classificações:
• Grau Superlativo Absoluto Sintético – “A mulher é lindíssima!”
• Grau Superlativo Absoluto Analítico – “A mulher é muito linda!”
ARTIGO
Entre as classes de palavras o Artigo é muitas vezes desconsiderado pelos candidatos a
concurso público. Mas ele tem uma importância fundamental na construção da nossa
comunicação.
O Artigo é o termo que vem antes do substantivo, esclarecendo três pontos
importantíssimos sobre ele:
• Se o substantivo é definido ou indefinido
• Se o substantivo é masculino ou feminino
• Se o substantivo está no singular ou no plural
Exemplos de artigos: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ARTIGO DEFINIDO
O Artigo Definido é utilizado para apontar um ou mais seres especificamente. Veja o
exemplo de quatro frases onde o Artigo Definido é utilizado:
• “A Holanda vendeu seu petróleo”
• “As gatas comeram carne”
• “O homem saiu pela porta”
• “Os garotos compraram queijo”
Como você pode ver, nesses casos há uma delimitação do substantivo em relação a seres
específicos.
ARTIGO INDEFINIDO
Ao contrário do Artigo Definido, o Artigo Indefinido deixa oculto a quais ou qual ser se
refere. Ele generaliza o substantivo.
Veja alguns exemplos de Artigos Indefinidos sendo aplicados:
• “Um suspeito passou por aqui”.
• “Uns homens chegaram no bar”.
• “Uma barata apareceu na sala”.
• “Umas meninas tocaram o sino”.
Quando um artigo feminino definido (a/as) está junto com uma proposição “a”, usa-se o
sinal da crase. Se você não sabe quando utilizar esse sinal, veja o artigo que escrevi
sobre uso da crase.
PRONOME
Muita gente confunde bastante qual a real função do Pronome na Língua Portuguesa.
Certamente é um dos temas que os candidatos a concurso público mais erram nessa parte
do Emprego das Classes de Palavras.
Se é assim, nosso interesse aumenta, já que, para nós, importante é acertar nos assuntos
que a maioria dos candidatos erra. Então, vamos nos aprofundar no entendimento dessa
classe gramatical dos pronomes.
Primeiro, saiba que um pronome nada mais é que uma palavra que substitui ou pode
substituir um substantivo.
Isso pode acontecer de diversas formas, por isso existem seis tipos de pronome:
1. Pronome pessoal
2. Pronome possessivo
3. Pronome demonstrativo
4. Pronome indefinido
5. Pronome interrogativo
6. Pronome relativo
Você conhece cada um desses tipos de Pronome? Chegou a hora de conhecer!
PRONOME PESSOAL
Pronome pessoal é aquele que substitui o nome de alguém em uma construção gramatical.
Além disso, ele relaciona o nome a uma das 3 pessoas gramaticais. Veja quais são as três
pessoas gramaticais:
• Eu/nós (1ª pessoa) – a pessoa que fala.
• Tu/vós (2ª pessoa) – a pessoa com quem falamos.
• Ele/eles (3ª pessoa) – a pessoa de quem falamos.
O pronome pessoal pode ser de três tipos:
1. Reto
2. Oblíquo
3. De tratamento
Vamos conhecer, a seguir, as características desses três tipos de pronome.
PRONOME PESSOAL RETO
O Pronome Reto é aquele que representa o sujeito do verbo na oração. São eles:
• Eu
• Tu
• Ele
• Nós
• Vós
• Eles
Veja um exemplo dos pronomes pessoais retos acompanhados dos verbos:
• Eu compro
• Tu compras
• Ele compra
• Nós compramos
• Vós comprais
• Eles compram
Esses são os pronomes mais comuns na utilização cotidiana do Português.
NUMERAL
Agora vamos aprender sobre os numerais, que são as palavras que tem função
quantificadora definida em uma oração.
Enquanto o artigo indefinido “um” fala genericamente de uma quantidade possível de
seres, o numeral “um” quantifica exatamente.
Veja um exemplo de aplicação do numeral “um”:
• Eu só comprei uma cama.
Uma dica para verificar se o “um” encontrado em uma oração é numeral ou outra classe de
palavra é substituí-lo por outro numeral e verificar se faz sentido. No nosso exemplo, faria
sentido:
• Eu só comprei duas camas
Logo, trata-se de um numeral.
NUMERAL ORDINAL
Os numerais ordinais são aqueles que expressam ideia de ordem numa série.
Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto etc.
NUMERAL CARDINAL
São aqueles que simplesmente expressam quantidade.
Exemplos: um, dois, três, mil, um milhão, três bilhões etc.
NUMERAL MULTIPLICATIVO
Nesse caso, estamos falando de numerais que determinam o número de vezes de algo.
Exemplos: dobro, triplo, quadruplo etc.
NUMERAL FRACIONÁRIO
Enquanto o Numeral Multiplicativo expressa multiplicação, o Numeral Fracionário
expressa divisão.
Exemplos: meio, terço, doze avos, décimo etc.
VERBO
gora passemos para uma das mais importantes partes do Emprego das Classes de
Palavras, o estudo dos verbos.
O verbo é a palavra que expressa a realização de alguma ação, ou o resultado dessa ação.
Compreender o emprego dos verbos é essencial para conseguir um bom desempenho em
qualquer prova de Língua Portuguesa em concursos públicos.
Por isso, fique atento a cada detalhe desse assunto.
É possível analisar e classificar os verbos em relação a diversos aspectos. Vamos nos
dedicar a cada um deles.
PREDICAÇÃO DO VERBO
O verbo também é chamado de predicado, já que atribui uma ação a uma coisa ou a uma
pessoa. Essa predicação pode ser incompleta ou completa.
VERBO INTRANSITIVO
O Verbo Intransitivo é aquele de predicação completa, portanto não precisa de um
complemento. O verbo “chover”, é um exemplo. Veja:
• “Ontem choveu”
A oração é compreendida sem qualquer complemento ao verbo. Não é o caso do verbo
transitivo.
VERBO TRANSITIVO
Aqui o verbo precisa de um complemento, por não ser de predicação completa. Um
exemplo é o verbo “ver”. Confira:
• Saulo viu a morena
Na oração acima, dizer apenas que “Saulo viu” ficaria incompleto. Saulo viu o quê? É
preciso um complemento, nesse caso, a palavra “morena”.
É bom ressaltar que o complemento do verbo transitivo é chamado de objeto. E que os
verbos transitivos podem ser considerados transitivos diretos e transitivos indiretos.
Entenda:
• Verbo Transitivo Direito é aquele que a ação passa diretamente para a pessoa ou
coisa sobre que recai. Exemplo: ver, beber, derrubar.
• Verbo Transitivo Indireto é aquele que a ação não passa diretamente para a
pessoa ou coisa sobre que recai. Exemplo: gostar, obedecer.
O complemento do verbo transitivo direto é o objeto direto. O complemento do verbo
transitivo indireto é o objeto indireto.
VOZ DO VERBO
Outro ponto importante no estudo dos verbos é analisar em que voz ele se encontra. As
vozes verbais são ativa, passiva, reflexiva e neutra.
VOZ ATIVA
É quando a ação verbal é praticada pelo sujeito. Ele é o agente da ação verbal.
Exemplo: O rato comeu o queijo.
VOZ PASSIVA
Na voz passiva a pessoa ou coisa a quem se atribui a ação verbal recebe a ação, em vez de
praticá-la.
Exemplo: O carro foi lavado pelo menino.
VOZ REFLEXIVA
A Voz Reflexiva pode ser entendida como a união entre a Voz Passiva e a Voz Ativa. O
sujeito pratica e, simultaneamente, sofre os efeitos da ação verbal.
Exemplo: Tereza cortou-se.
VOZ NEUTRA
É o caso em que o sujeito nem pratica nem recebe a ação verbal.
Exemplo: Maria Joaquina é linda.
FLEXÃO DO VERBO
Você já ouviu falar em conjugação verbal? A conjugação nada mais é que o conjunto de
flexões de um verbo. Primeiro, vamos aprender quais são os modos verbais.
MODO INDICATIVO
Nesse modo, a ação expressa pelo verbo é exercida de maneira real e definida, seja numa
afirmação, seja numa negação.
Exemplos: fazem, compro, mando, tenho, estais, veem.
MODO SUBJUNTIVO
No Modo Subjuntivo o verbo precisa estar subordinado a um outro verbo para ter sentido.
Entenda melhor no exemplo a seguir.
Exemplo: “Quero que estude”.
O verbo “estude”, nesse caso, está no modo subjuntivo, pois seu sentido está dependendo
do verbo “quero”.
MODO IMPERATIVO
É o modo verbal dos “mandões”, pois são utilizados para a passar a ideia de ordem.
Exemplo: “Apareça agora em minha frente”.
“Apareça” está no modo imperativo.
FORMAS NOMINAIS DO VERBO
Sabia que os verbos podem se tornar substantivos ou adjetivos? Eles exercem essas
funções quando estão em suas formas nominais. São elas:
• Gerúndio
• Infinitivo
• Particípio
Entenda cada uma dessas formas a seguir.
GERÚNDIO
É a forma nominal do verbo terminada em “ndo”, que indica uma ação continuada.
Exemplos: amando, vivendo, correndo, fluindo, participando.
INFINITIVO
É o “nome” do verbo. Nessa forma, não há variação de modo, tempo, número ou pessoa.
Exemplos: crescer, amar, correr, partir, repor, vender.
PARTICÍPIO
Já o particípio, é a forma verbal terminada em “ado/ido”.
Exemplos: comprado, vendido, amado, corrompido, mesclado, vivido, construído.
TEMPO DO VERBAL
Já que o verbo indica a realização de uma ação, ou o resultado dela, faz muito sentido que
exista variações de tempo dessas ações. Afinal, elas podem ser realizadas, ou ter
resultados, no passado (ou pretérito), no presente ou no futuro.
Por isso, existem os seguintes tempos verbais:
• Presente
• Pretérito imperfeito
• Pretérito perfeito
• Pretérito mais-que-perfeito
• Futuro
• Futuro do presente
• Futuro do pretérito
Por enquanto, vale a pena você saber apenas quais são os tempos. Em breve publicaremos
algo mais detalhado sobre os tempos verbais aqui no Segredos de Concurso.
VERBO AUXILIAR
São auxiliares os verbos que complementam o sentido de outros verbos (chamados
principais). São verbos auxiliares na Língua Portuguesa:
• Ter
• Haver
• Ser
• Estar
Exemplos: “Eu tenho visto muitos pássaros”.
“Tenho”, neste caso, cumpre a função de verbo auxiliar.
VERBOS REGULARES
Os verbos regulares são aqueles em que o radical permanece invariável durante toda a sua
conjugação. Um verbo regular não modifica sua estrutura quando é modificado nas várias
pessoas.
Exemplos: louvar, vender, partir.
Veja a conjugação do partir vender no presente do indicativo:
• Eu parto
• Tu partes
• Ele parte
• Nós partimos
• Vós partis
• Eles partem
Em todas as pessoas o radical “part” é mantido.
VERBO IRREGULAR
Ao contrário do verbo regular, o verbo irregular sofre modificações em seu radical quando
é conjugado.
Exemplos: perder, fazer, ferir, caber.
Veja a conjugação do verbo ferir no presente do indicativo:
• Eu firo
• Tu feres
• Ele fere
• Nós ferimos
• Vós feris
• Eles ferem
Perceba a mudança no radical. De “fir” para “fer”.
VERBOS ANÔMALOS
Existem dois verbos anômalos:
• Ser
• Ir
Enquanto os verbos irregulares sofrem mudanças no radical, os verbos anômalos
simplesmente mudam de radical. Veja o verbo “ser” conjugado no presente do indicativo:
• Eu sou
• Tu és
• Ele é
• Nós somos
• Vós sois
• Eles são
VERBOS DEFECTIVOS
Os verbos defectivos são aqueles que possuem deficiência na conjugação. Eles não
possuem todas as formas verbais.
Exemplos: reaver, precaver, falir.
Como conjugar o verbo falir na primeira pessoa? Não existe!
VERBOS ABUNDANTES
São os verbos que possuem dupla forma, geralmente no particípio. Veja alguns exemplos:
• Findado/findo
• Limpado/limpo
• Benzido/bento
• Envolvido/envolto
• Emergido/emerso
• Frigido/frito
ADVÉRBIO
Vamos a mais uma classe de palavras importantíssima: o Advérbio.
Os advérbios nada mais são que palavras que modificam os verbos, os adjetivos e até
mesmo outros advérbios.
Existem advérbios de 7 tipos:
1. Lugar – abaixo/acima, dentro/fora, adiante/atrás…
2. Tempo – ainda, antes, depois, cedo, tarde, logo…
3. Modo – ademais, depressa, só, também…
4. Negação – não, nada…
5. Afirmação – deveras, sim, certo, certamente…
6. Dúvida – porventura, acaso, talvez…
7. Intensidade – bastante, mais, menos, muito, pouco…
É bom ficar atento também às locuções adverbiais. Expressões com duas ou mais palavras
que cumprem a mesma função dos advérbios, em qualquer dos 7 tipos citados.
PREPOSIÇÃO
As preposições são conectivos, palavras invariáveis (não têm variação de número, gênero
etc) que ligam o complemento à palavra completada.
O termo que vem antes de uma preposição é chamado antecedente. O termo que vem
depois é chamado consequente.
Preposições Essenciais
São aquelas que só desempenham essa função.
Exemplos: de, desde, a, até, para, por, trás, sob…
PREPOSIÇÕES ACIDENTAIS
São palavras de outras classes que são empregadas como preposição eventualmente.
Exemplos: durante, menos, mediante, salvo, conforme…
CONJUNÇÃO
Tal qual as preposições, as conjunções são conectivos, mas em vez de ligar palavras elas
ligam orações.
Exemplos: porque, mas, nem, e, que…
Lembre que um período é um conjunto de uma ou mais orações que fazem sentido. Veja
um período onde a conjunção “e ” é aplicada:
• Tereza viajou e Manoel ficou triste
“Tereza viajou” é uma oração. “Manoel ficou triste” é outra oração. A conjunção “e” faz a
conexão entre elas duas.
INTERJEIÇÃO
Chegamos à última classe de palavra: a Interjeição. Podemos definir a Interjeição como a
expressão sucinta do pensamento e/ou emoção.
Existem 10 tipos de Interjeição:
1. Dor (ai! ui!)
2. Alegria (ah! eh!)
3. Desejo (oxalá! tomara!)
4. Admiração (puxa! quê!)
5. Animação (eia! coragem!)
6. Aplauso (bravo! apoiado!)
7. Aversão (irra! chi!)
8. Apelo (olá! psit! alô! socorro!)
9. Silêncio (psiu! caluda!)
10. Interrogação/Espanto (hem!)
EXERCÍCIOS
GABARITO
2. B 3. D
1. A
5. A
4. D
CONJUNÇÕES
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor
gramatical, estabelecendo uma relação entre eles.
Exemplos:
Ele joga futebol e basquete. (dois termos semelhantes)
Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (duas orações)
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São
divididas em cinco tipos:
1. Conjunções Aditivas
Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e, nem, não só...mas também,
não só...como também.
Exemplo: Ana não fala nem ouve.
2. Conjunções Adversativas
Exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, contudo,
entretanto, no entanto, todavia.
Exemplo: Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.
3. Conjunções Alternativas
Exprimem escolha de pensamentos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja.
Exemplo: Ou você vem conosco ou você não vai.
4. Conjunções Conclusivas
Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo),
portanto, por conseguinte, assim.
Exemplo: Chove bastante, portanto a colheita está garantida.
5. Conjunções Explicativas
Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo),
porquanto, por conseguinte.
Exemplo: Não choveu, porque nada está molhado.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e
são divididas em dez tipos:
1. Conjunções Integrantes
Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se.
Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá.
2. Conjunções Causais
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto
que, já que, uma vez que.
Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula.
3. Conjunções Comparativas
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, como.
Exemplo: Meu professor é mais inteligente do que o seu.
4. Conjunções Concessivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal:
embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por
melhor que.
Exemplo: Vou à praia, embora esteja chovendo.
5. Conjunções Condicionais
Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da
oração principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.
Exemplo: Se não chover, irei à praia.
6. Conjunções Conformativas
Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro:
segundo, como, conforme.
Exemplo: Cada um colhe conforme semeia.
7. Conjunções Consecutivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara
na oração principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que.
Exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou.
8. Conjunções Temporais
Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim
que, sempre que.
Exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos.
9. Conjunções Finais
Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que.
Exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo.
EXERCÍCIOS
GABARITO
1. B 2. D
3. A 4. C
CONCORDÂNCIA NOMINAL
1. Adjetivos e um substantivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem concordar
em gênero e número com o substantivo.
Exemplo:
Adorava comida salgada e gordurosa.
2. Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há
duas formas de concordar:
2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo.
Exemplo:
Linda filha e bebê.
2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.
EXERCÍCIOS
Q1 - Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! – disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II
Q2 - Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com
a norma culta:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
Q3 - (Mackenzie) Indique a alternativa em que há erro:
GABARITO
2. C 3. D
1. C
CRASE
A crase, marcada pelo acento grave (`), é vista como a vilã. Mas a coitada é tão
simplesmente a + a, ou seja, a soma do artigo definido "a" com a preposição "a".
Os alunos vivem se queixando dela e perguntando sobre o seu uso depois do novo acordo
ortográfico. Ainda tem aqueles que colocam a crase em tudo com a ilusão que assim
correm menos risco de errar.
Quando usar crase
Antes de palavras femininas
• Fui à escola.
• Fomos à praça.
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)
• Vou à padaria.
• Fomos à praia.
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
• Saímos à noite.
• À medida que o tempo passa as amizades aumentam.
Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à
moda de.
Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Dica
Para saber se a crase é utilizada nos verbos de destino, utilize esse macete:
EXERCÍCIOS
Q1 - Das frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue à tristes cogitações.
e) Puseram-se à discutir em voz alta.
Q4 - Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e
pôs-se ___ falar ___ todas as pessoas convocadas.
a) à - à - à
b) a - à - à
c) à - a - a
d) a - a - à
e) à - a - à
GABARITO
1. A 2. E 3. A 4. C 5. E 6. E
SEMÂNTICA
A semântica é o ramo da linguística que estuda os significados e/ou sentido dos vocábulos
da língua. Do grego, a palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
Homônimos são palavras que ora possuem a mesma pronúncia, (palavras homófonas),
ora possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados
diferentes.
São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que possuem a mesma grafia e a
mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo:
• O pelo do cachorro é curto.
• Pelo caminho da vida.
• Tenho que chegar cedo.
• Cedo meu lugar aos idosos.
POLISSEMIA
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO
EXERCÍCIOS
Q1 - Quanto à organização sintático-semântica do fragmento “Ninguém ama tanto a
vida como a pessoa que envelhece”, é correto afirmar:
a) As formas verbais “ama” e “envelhece” exigem complemento.
b) O conectivo “como” introduz oração que expressa ideia de conformidade.
c) Os termos “Ninguém” e “vida” exercem a mesma função sintática.
d) A forma verbal “envelhece” tem como complemento o termo “pessoa”.
e) A oração “que envelhece” expressa ideia de restrição.
Q2 - A palavra tráfico não dever ser confundida com tráfego, seu parônimo. Em que
item a seguir o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de paronímia?
a) estrato / extrato
b) flagrante / fragrante
c) eminente / iminente
d) inflação / infração
e) cavaleiro / cavalheiro
Q3 - Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há
um sinônimo.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
Q4 - Indique a letra na qual as palavras completam, corretamente, os espaços das
frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez.
Hoje são muitos os governos que passaram a combater o ______ de entorpecentes com
rigor.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a) discriminar - tráfico - infligiu
b) discriminar - tráfico - infringiu
c) descriminar - tráfego - infringiu
d) descriminar - tráfego - infligiu
e) descriminar - tráfico - infringiu
Q5 - No ______ do violoncelista ______ havia muitas pessoas, pois era uma ______
beneficente.
a) conserto - eminente - sessão
b) concerto - iminente - seção
c) conserto - iminente - seção
d) concerto - eminente - sessão
GABARITO
1. E 2. A 3. A
4. A 5. D
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL
• Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e
de outros elementos de sequenciação textual.
• Emprego de tempos e modos verbais.
a) coesão sequencial.
b) coesão referencial anafórica.
c) coesão referencial catafórica.
d) coesão exofórica.
e) perda de coesão.
Q2 - Examine os trechos seguintes:
1. “O otimismo de Izaíra Silvino para os tempos vindouros do Curso de Música da UFC
reflete o contentamento da regente na celebração de duas datas históricas” (linhas
02-04);
2. “O Curso de Música começou a ganhar corpo na década de 1990. Em 2006, quando
foi institucionalizado, trouxe consigo a vertente pedagógica para a formação
profissional” (linhas 13-14).
Quanto à coesão textual, é correto afirmar que
a) em I há recurso de coesão por elipse.
b) em I há recurso de coesão lexical.
c) em II há recurso de coesão lexical.
d) em II há recurso de coesão por repetição.
e) em II não há recurso de coesão.
GABARITO
1. B 2. B 3. A
4. C 5. E
TEMPOS E MODOS VERBAIS
Seria o tempo verbal, ou seja, se o verbo indica algo que já realizou, está realizando ou se
ainda realizará.
TEMOS TRÊS TEMPOS VERBAIS:
PASSADO OU PRETÉRITO, PRESENTE E FUTURO.
Pretérito ou passado: Aconteceu antes do instante que se fala.
Ex.: Ontem fui à academia mais cedo.
Presente: Acontece no instante da fala.
Ex.: Eu treino nesta academia
Futuro: Acontecerá depois do instante da fala.
Ex.: Irei à academia daqui umas duas horas
O pretérito pode ser:
Pretérito perfeito: O fato passado foi concluído totalmente.
Ex.: Ele estudou toda a matéria hoje de manhã.
Pretérito imperfeito: O fato passado não foi concluído totalmente.
Ex.: Ele conversava muito durante a aula.
Pretérito mais-que-perfeito: O fato passado é anterior a outro fato também passado e
terminado.
Ex.: Quando eu cheguei na festa, ele já tinha saído
O futuro pode ser:
Futuro do presente: O fato acontece após o momento da fala, mas já terminado antes de
outro fato futuro.
Ex.: Quando sua mãe chegar, eu contarei tudo para ela.
Futuro do pretérito: Um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato passado.
Ex.: Se eu tivesse os livros, estudaria nas férias.
Emprego de modos verbais:
Indicativo – mostra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o fato.
Ex.: Eu gosto de feijoada.
Subjuntivo – Mostra incerteza. A pessoa fala mostra dúvida sobre o fato.
Ex.: Talvez eu viaje no final de semana.
Imperativo – mostra uma atitude de ordem ou solicitação.
Ex.: Não jogue bola agora.
Formas nominais do verbo:
O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio.
Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e
vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido
imperativo e etc.
Ex.: É preciso amar
Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando
desejar determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando
uma ação for correspondente.
1ª pessoa do singular: sem desinências
2ª pessoa do singular: Radical + ES
3ª pessoa do singular: sem desinências
1ª pessoa do plural: Radical + MOS
2ª pessoa do plural: Radical + DES
3ª pessoa do plural: Radical + EM
Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento
que se fala.
Ex.: eu estou falando com você
Na escola havia meninos vendendo picolés (função de adjetivo)
Quando estava saindo de casa, vi um carro branco. (função de advérbio).
Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e
grau. È usado na formação dos tempos compostos.
O João tem dormido cedo nas últimas semanas.
DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO – RELAÇÕES DE
SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
Período Composto
Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de períodos
compostos:
Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)
A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas de oração
principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: verbo de ligação +
predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex. É necessário que façamos nossos deveres.
Q3 - Assinale
“Sustentar essa ordem era acreditar na importância das relações hierárquicas.” (linhas 14
e 15) A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. Há duas orações subordinadas substantivas, uma subjetiva e uma objetiva indireta.
II. O período apresenta duas orações reduzidas e nenhuma desenvolvida.
III. A oração principal é “era”.
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se nenhuma afirmativa estiver correta.
Q5 - Em “Quero que você perca peso”, a oração “que você perca peso” é complemento
direto da forma verbal “quero”, que constitui a oração principal do período; isso faz com
que a oração iniciada pela conjunção integrante “que” seja classificada como subordinada
substantiva.
a) Certo
b) Errado
GABARITO
2. B 3. A 4. B 5. B
1. B
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são usados para estruturar as frases escritas de forma lógica, a fim
de que elas tenham significado. A pontuação é tão importante na linguagem escrita
quanto a entonação, os gestos, as pausas e até o tom de voz, são na linguagem oral. Bem
empregados, os sinais de pontuação são um grande recurso expressivo:
"Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?" (Almeida Garret)
Mal colocados, no entanto, eles podem provocar confusão ou até mudar o sentido das
frases:
1. O ponto
O ponto (ou ponto final) é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa:
2. A Virgula
A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação da
frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo geralmente menor que o
do ponto. Todo cuidado, porém, é pouco para que ela não seja empregada como sinal de
pausa em situações equivocadas. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa:
PONTO (.)
VÍRGULA (,)
PONTO-E-VÍRGULA (;)
RETICÊNCIAS ( ... )
PARÊNTESES (())
TRAVESSÃO (-)
ASPAS (““)
O EMPREGO DA VÍRGULA
O uso da vírgula é basicamente regulado pela sintaxe. Assim, nem toda pausa é marcada
por vírgula:
Seus grandes e valorosos serviços em prol da causa revolucionária de seu país foram
tardiamente reconhecidos.
Na leitura em voz alta desse trecho, normalmente faríamos uma pausa após a palavra país.
O uso da vírgula nesse caso, porém, é incorreto porque estaríamos separando o sujeito do
verbo.
Como usar a vírgula
Em enumerações, para separar os elementos que as compõem:
Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário.
Nosso maior contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário foi Machado de
Assis.
Para isolar o predicativo quando não for antecedido por verbo de ligação:
Furioso, levantou-se.
Para isolar aposto:
A minha avó, Maria, era suíça.
Atenção: muitas vezes usa-se a vírgula antes de e, principalmente quando liga orações
com sujeitos distintos:
"Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali."
(Graciliano Ramos)
Para dar ênfase, marcando uma pausa maior:
"Disse, e fitou Don'Ana e sorriu para ela."
(Jorge Amado)
Quando forma um polissíndeto:
Levanta, e senta, e vira, e torna a se levantar.
Para isolar orações adjetivas explicativas:
Minha avó,que era francesa, não tolerava grosserias.
Para separar as orações adverbiais e substantivas quando antecedem a oração principal:
"Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado."
(Manuel Bandeira)
3.Ponto-e-vírgula
O ponto-e-vírgula é usado basicamente quando se quer dar à frase a pausa e a entoação
equivalentes ao ponto, mas não se quer encerrar o período:
"A alma exterior daquele judeu eram os seus ducados;
perdê-los equivalia a morrer."
(Machado de Assis)
O ponto-e-vírgula também é utilizado para separar itens de uma enumeração:
O plano prevê:
a) internações;
b) exames médicos;
c) consultas com médicos credenciados.
4. Dois-pontos
Usam-se os dois-pontos, geralmente:
Para introduzir uma explicação, um esclarecimento:
"Cada criatura humana traz duas almas consigo:
uma que olha de dentro para fora,
outra que olha de fora para dentro..."
(Machado de Assis)
Para introduzir uma citação ou a fala do personagem:
O avô costuma resmungar:
"Quem sai aos seus, não degenera..."
5. Interrogação e exclamação
O ponto de interrogação marca o fim de uma frase interrogativa direta:
Quem te deu licença?
O ponto de exclamação marca o fim de frases optativas, imperativas ou exclamativas:
Como era lindo o meu país!
6. Reticências
As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com entoação
descendente. São usadas basicamente:
Para indicar uma hesitação, uma incerteza ou mesmo um prolongamento da idéia:
"Há um roer ali perto... Que é que estarão comendo?" (Dionélio Machado)
Para sugerir ironia ou malícia:
"— Se ele até deixou a mulher que tinha, Sinhô.
É um fato. Estou bem informado... — e ria para
João Magalhães, lembrando Margot."
(Jorge Amado)
7. Aspas
As aspas são usadas para assinalar citações textuais e para indicar que um termo é gíria,
estrangeirismo ou que está sendo usado em sentido figurado:
O presidente afirmou em seu discurso: "Toda corrupção será combatida!"
8. Travessão e parênteses
São usados para esclarecer o significado de um termo:
Granada — último refúgio dos árabes — foi conquistada em 1492.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Próclise, ênclise e mesóclise são um fenômeno do português que se caracteriza pelo fato
de nenhuma palavra ocorrer entre os pronomes oblíquos átonos e o verbo. São três as
posições relativas do pronome em relação ao verbo:
Próclise
Em gramática, denomina-se próclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos
antes do verbo.
Proibição
Não deve ser usada no início de oração ou período. Apesar disso, o uso da próclise é
generalizado no Brasil, de modo que na fala popular é comum o uso inclusive no início de
oração.
Ex.: *Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar.
Note que uma oração pode iniciar-se a meio de uma frase, por exemplo, depois de uma
vírgula.
Ex.: *Naquele lugar, se faz justiça com as próprias mãos.
Correção: Naquele lugar, faz-se justiça com as próprias mãos.
Nos infinitivos há uma tendência à ênclise, mas também é possível a próclise. A ênclise só é
mesmo rigor quando o pronome tem a forma o (principalmente no feminino
a) e o infinitivo vem regido da preposição a.
Ex.: Se soubesse, não continuaria a lê-lo.
Existem determinadas palavras da língua que são consideradas "atratores" dos pronomes
pessoais oblíquos átonos pois, nos enunciados em que elas ocorrem, esses pronomes
devem ficar em posição proclítica com relação ao verbo que complementam.
USO
Caso Facultativo
Após pronomes pessoais do caso reto não é obrigatória a próclise.
Ex.: "Eu me garanto" e "Eu garanto-me" estão corretos.
ÊNCLISE
MESÓCLISE
GABARITO
1. C 2. B 3. A 4. D
Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
Este conteúdo também pode ser pedido na seguinte forma: Retextualização de
diferentes gêneros e níveis de formalidade
Os níveis de formalidade serão trabalhados aqui como níveis de linguagem. Eles têm
relação direta com a intenção comunicativa, isto é: Qual é o objetivo do texto? Qual o
contexto em que a comunicação é veiculada?
Quem é o emissor e para quem é dirigida a Comunicação?
Para entendermos melhor isso, pensemos no seguinte exemplo: recorte a fala de um juiz
em um tribunal e enderece a uma criança ou a um jovem.
Certamente o juiz não vai ser entendido, concorda?
Para que haja a devida comunicação, ele deve escolher palavras adequadas ao
entendimento daquele público-alvo: a criança ou o adolescente.
Assim, os níveis de linguagem levam em conta esses estratos (camadas sociais,
econômicas, culturais, etárias, situacionais), a cujo contexto a linguagem deve adaptar-se.
O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se
encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um
modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer a combinação das
palavras, e assim por diante.
Com base nessas considerações, não se deve pensar a comunicabilidade pelas noções de
certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, segundo determinado
contexto. Assim, não se espera que um adolescente, reunido com outros em uma
lanchonete, assim se expresse:
“Vamos ao shopping assistir a um filme”.
Naturalmente, ele vai reestruturar o seu texto (retextualizar) para se adaptar ao seu meio:
“Vamos no shopping assistir um filme”.
Com base nisso, vamos aos principais níveis de linguagem:
A linguagem culta ou padrão: É aquela ensinada nas escolas e serve de
veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas
instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas
gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio
social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente em
diversos gêneros textuais, como nas aulas, conferências, sermões, discursos
políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
A linguagem culta pode ser formal ou informal. Isso depende da intenção comunicativa e
do meio utilizado para tal. Pode haver comunicação de acordo com a norma culta como no
exemplo:
“Dilma! Estou aqui pensando como o Brasil cresceu depois de que começou seu mandato.
Quantos ministros você dispensou, por envolvimento em falcatruas…”
Veja que todas as palavras estão de acordo com a norma culta, mesmo percebendo que o
pronome “você”, relacionando-se a uma personalidade política, não seria o ideal.
Mas não podemos dizer que esse emprego estaria incorreto gramaticalmente, pois, fora do
contexto político, formal, cabe o direcionamento a esta pessoa como “você”, como num
bate-papo entre amigos políticos, familiares de Dilma, por exemplo. O contexto não requer
o tratamento cerimonioso.
Muitas vezes essa informalidade é vista nos gêneros textuais crônicas, jornais, revistas,
textos literários, cartas pessoais e comunicações não oficiais.
Isso dá ao texto um desprendimento do rito, da formalidade, o qual a linguagem
jornalística muitas vezes procura implementar.
Claro que um crítico político não usaria o pronome “você” direcionando-se a um
presidente de qualquer país, pois o contexto não permite; mas cabe numa crônica livre,
humorística, por exemplo.
Reescrevendo a mesma comunicação feita acima de cunho informal, agora de maneira
formal, teremos:
“Excelentíssima Senhora Presidenta da República, Há de evidenciar em seu mandato a
clareza de procedimentos, principalmente nos eventos que culminaram na exoneração de
alguns Ministros.”
A linguagem popular ou coloquial: É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo.
Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem
(erros de regência e concordância; erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade;
cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias. A linguagem popular está presente nas
mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de
esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados
emocionais etc.
Veja a relação entre a formalidade e informalidade nos dois gêneros textuais:
Textos científicos e publicitários:
O texto científico funciona como um outro texto qualquer: é necessário que ele tenha
começo, meio e fim, seja agradável de ler, gramaticalmente correto, compreensível,
coerente e mantenha conexões lógicas entre as ideias nele contidas.
Uma característica comum a praticamente todos os textos científicos é a organização nas
seguintes partes: Introdução, Objetivos, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão e
Conclusões.
Também são encontrados nos textos científicos: o Título, a Autoria, Resumo, Figuras e
Tabelas, Agradecimentos e Referências Bibliográficas.
Assim, entendemos que neste gênero textual é necessária a formalidade, a padronização
da estrutura.
Texto publicitário:
O objetivo do texto científico é divulgar o resultado de experiências, assinalando a
comprovação do objeto científico. Já o texto publicitário tem por objetivo persuadir,
convencer o leitor a consumir o produto ou a ideia veiculados em anúncio de revista,
outdoor ou internet.
Como a linguagem da publicidade é centrada no receptor ou destinatário da mensagem,
utiliza a criatividade para seduzir o consumidor.
Muitas vezes, subverte a norma culta, para manter uma linguagem mais próxima do
público-alvo.
Veja o exemplo abaixo:
“Vem pra caixa você também.”
Realizando a reescrita, em uma situação formal de comunicação, seguindo as normas
gramaticais, o anúncio “Vem pra caixa você também.”
deveria ficar: Venha para a Caixa você também.
ou Vem para a Caixa tu também.
Nem sempre a linguagem apropriada para o texto publicitário é a norma culta. Isso porque
o texto deve atingir determinado público. Quando a abrangência é maior, a população
como um todo, muitas vezes se rompe a norma culta, para que o texto seja familiar ao
leitor, soando agradável àquilo que normalmente ele ouve nas ruas. Esse é o mesmo
processo de composição de músicas populares. Não importa tanto a norma culta, mas as
palavras serem agradáveis aos ouvidos, trazendo uma melodia. Por isso, nas
músicas, vemos algumas vezes a junção de verbo em terceira pessoa combinando
com pronome de segunda pessoa, o que a norma culta não admite, mas o ritmo,
a sonoridade e o público a que se quer atingir admitem.
Por exemplo: “Cantei pra ti dormir” é o verso de uma canção que possui ritmo, sonoridade
agradável e melodia; mas, de acordo com a norma culta, estaria errada.
Porém, tente cantar esta música usando a norma culta: “Cantei para tu dormires”!!!!. O
número de sílabas poéticas aumentou, assim, feriu o ritmo e a melodia, também a forma
verbal “dormires” soa artificial perante a massa popular.
Dessa forma, estaria de acordo com a norma culta, mas a estrutura frasal não estaria
adequada ao público e à musicalidade.
O mesmo ocorre com este slogan publicitário:
“Se você não se cuidar, a Aids vai te pegar.”
Perceba que o interlocutor (a quem o texto se dirige) é expresso pelo pronome “você”
(terceira pessoa do singular), reforçado pelo pronome oblíquo átono “se”. Porém, em
seguida, há o pronome oblíquo átono de segunda pessoa “te”. Dessa forma, percebemos
que esse é o registro coloquial, soa agradável ao público, mas não é a forma culta da língua.
Então, eu lhe pergunto: o que o autor do texto da propaganda quer?
Transmitir a informação, usando a forma como a massa fala; ou soar artificial, mas estar de
acordo com a norma culta?
Certamente, o comunicador quer é veicular a informação. Por isso, misturou os pronomes.
Isso fere a norma culta, mas é usual em texto publicitário, desde que tenha como público-
alvo a massa popular.
Podemos ter duas formas de realizar a reescrita: levar as formas verbais e os pronomes
para a segunda pessoa:
Se tu não te cuidares, a Aids vai te pegar.
ou para a terceira pessoa:
Se você não se cuidar, a Aids vai pegá-lo.
Na realidade, a retextualização já foi trabalhada na aula passada nas questões de
reescritura de fragmentos do texto. Aqui, esse trabalho é mais focado na adequação do uso
da informalidade ou da formalidade de acordo com o contexto social.
CORRESPONDÊNCIA OFICIAL
Os canais para direcionar cada mensagem oficial também carregam suas próprias
características. A seguir, confira quais são os principais tipos de documentos
na Correspondência Oficial.
EXERCÍCIOS
TOCANDO EM FRENTE
(Almir Sater /Renato Teixeira)
Ando devagar
Porque já tive pressa É preciso amor
E levo esse sorriso Pra poder pulsar
Porque já chorei demais É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe Penso que cumprir a vida
Só levo a certeza Seja simplesmente
De que muito pouco sei Compreender a marcha
Ou nada sei E ir tocando em frente
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
7. A.(v) B. 8. E 9. D
6. A,C,E
(F) C. (V)
D. (F) E
.(V)
A NOVA ORTOGRAFIA
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 veio substituir o Formulário
Ortográfico de 1943, definindo novas regras ortográficas para a língua portuguesa,
comumente chamadas de "nova ortografia" ou "ortografia oficial".
O novo acordo ortográfico visa unificar a escrita nos diversos países falantes do português.
Em vigor no Brasil desde 2009, o seu uso passou a ser obrigatório a partir do dia um de
janeiro de 2016.
Alfabeto
O atual acordo oficializou as letras k, w, y, anteriormente consideradas letras estrangeiras,
como letras do alfabeto português, que passou a ser formado por vinte e seis letras:
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
As letras k, y, w podem ser usadas em nomes próprios estrangeiros de pessoas e seus
derivados, em nomes próprios estrangeiros de lugares e seus derivados, em siglas,
símbolos, unidades de medida e unidades monetárias e em estrangeirismos de uso
frequente.
Palavras com k, y, w:
• darwinismo;
• malawiano;
• download;
• software;
• playground;
• kart;
• km.
Consoantes mudas
Nas sequência consonânticas cc, cç, ct, pc, pç e pt interiores são eliminadas a consoante c e
a consoante p quando mudas, sendo mantidas quando pronunciadas.
Palavras sem c e p mudos:
• teto;
• ação;
• atividade;
• ótimo;
• batizar.
Palavras com c e p pronunciados:
• adepto;
• pacto;
• rapto;
• erupção;
• convicção.
Está previsto a utilização facultativa dessas duas consoantes em diversas palavras,
conforme a pronúncia culta da região, sendo retiradas quando mudas e mantidas quando
pronunciadas. O mesmo acontece com outras consoantes (g, b, m).
Palavras com consoantes facultativos:
• fato e facto;
• concepção e conceção;
• recepção e receção;
• suntuoso e sumptuoso;
• indenizar e indemnizar.
Acentuação
O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de acentuação.
Acentuação dos ditongos abertos oi e ei
Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei. Nas
palavras oxítonas esses ditongos continuam acentuados.
Ditongos oi e ei sem acento:
• ideia;
• europeia;
• jiboia;
• boia;
• joia.
Acentuação dos ditongos oo e ee
Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.
Ditongos oo e ee sem acento:
• deem;
• leem;
• veem;
• voo;
• enjoo.
Acentuação da vogal i e u antes de ditongos
Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u quando
aparecem após ditongos.
Vogal i e u sem acento:
• baiuca;
• feiura.
Uso do trema
O trema foi abolido de todas as palavras portuguesas e aportuguesadas. Apenas deverá ser
utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano (de
Müller) e hübneriano (de Hübner).
Palavras sem trema:
• frequente;
• cinquenta;
• consequência;
• tranquilo;
• pinguim.
Acento diferencial
Foi abolido o acento diferencial de vários pares de palavras, cuja distinção deverá ser feita
pelo contexto em que ocorrem. Mantém-se apenas os acentos diferenciais de pôr e por,
pôde e pode.
Palavras sem acento diferencial:
• para;
• pelo;
• pera;
• polo.
Acento diferencial facultativo
A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito
do indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser facultativa.
Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.
Palavras com acento facultativo:
• demos e dêmos;
• cantamos e cantámos;
• estudamos e estudámos.
Dupla grafia
Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do acento
circunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.
Palavras com dupla grafia:
• gênero e género;
• bebê e bebé;
• purê e puré;
• antônimo e antónimos;
• sinônimo e sinónimo.
Dois paradigmas de acentuação verbal
Estão previstos dois paradigmas de acentuação verbal, sendo correta a forma acentuada
no Brasil e a forma não acentuada em Portugal.
Palavras com dupla acentuação verbal:
• enxágue e enxague;
• averígue e averigue;
• delínquo e delinquo;
• apazígua e apazigua.
Acentuação verbal não alterada pelo acordo
Os verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3.ª pessoa do singular e acento circunflexo na
3.ª pessoa do plural. Os verbos derivados dos verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3. ª
pessoa do singular e com acento circunflexo na 3 ª pessoa do plural.
Palavras com acentuação verbal não alterada:
• ele tem e eles têm;
• ele vem e eles vêm.
• ele mantém e eles mantêm;
• ele contém e eles contêm.
HÍFEN
O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de hifenização.
Hifenização nas palavras formadas por prefixação
O hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda
palavra ou quando a segunda palavra começa com h. Nas restantes situações, o prefixo é
escrito junto à segunda palavra. Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra
começa com as consoantes r ou s, ocorre duplicação dessas consoantes.
Prefixação com hífen:
• micro-ondas;
• anti-inflamatório;
• contra-ataque;
• sobre-humano;
• supra-hepático.
Prefixação sem hífen:
• autoestima;
• contracheque;
• sobreaviso;
• antissocial;
• antirrugas.
Casos específicos: mal-estar, bem-humorado, recém-nascido, sub-bibliotecário, sub-região,
copiloto, cooperar, pré-fabricado, predeterminar, circum-navegação, pan-americano, ex-
diretor, vice-presidente,...
Hifenização nas palavras compostas
O hífen mantém-se nas palavras compostas por justaposição sem elementos de ligação,
cujos elementos formam uma unidade com significado próprio. Contudo, foi abolido nas
palavras compostas por justaposição quando já não é significativa esta noção de
composição.
Palavras compostas com hífen:
• segunda-feira;
• meio-dia;
• decreto-lei;
• ano-luz;
• guarda-chuva.
Palavras compostas sem hífen:
• paraquedas;
• paraquedista;
• paraquedismo.
Hifenização nas locuções
O hífen não será utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas locuções consagradas pelo uso
que, sendo exceções a esta regra, mantêm o hífen. Também palavras que designam
espécies botânicas e zoológicas mantêm o hífen.
Locuções com hífen:
• cor-de-rosa;
• mais-que-perfeito;
• pé-de-meia;
• bem-me-quer;
• erva-doce;
• andorinha-do-mar.
Locuções sem hífen:
• fim de semana;
• dia a dia;
• à toa;
• sala de jantar;
• cão de guarda.
Hifenização na colocação pronominal
O hífen é utilizado na ênclise e na mesóclise, ligando o pronome oblíquo átono ao verbo.
Contudo, já não deverá ser utilizado nas formas monossilábicas do verbo haver, quando
conjugado com a preposição de.
Colocação pronominal com hífen:
• emprestou-me;
• ler-me-á;
• disse-te;
• vê-lo;
• abri-lo.
Colocação pronominal sem hífen:
• hei de;
• hás de;
• há de;
• hão de.
Maiúsculas e minúsculas
O atual acordo ortográfico trouxe algumas alterações ao uso da letra maiúscula e da letra
minúscula.
Uso de letra maiúscula
A letra maiúscula deverá ser utilizada em nomes próprios de pessoas, animais, lugares
(cidades, países, continentes,...), acidentes geográficos, rios, instituições e entidades.
Deverá também ser usada em nomes de festas e festividades, em nomes astronômicos, em
títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Nos nomes dos pontos cardeais
deverá ser usada apenas se empregues absolutamente, indicando uma região.
Palavras com letra maiúscula:
• Tiago;
• Brasil;
• Marte;
• Amazonas;
• Cruz Vermelha;
• Carnaval;
• O Estado do São Paulo;
• ONU.
Uso de letra minúscula
A letra minúscula passou a ser utilizada nos nomes dos dias de semana, meses e estações
do ano, nos nomes dos pontos cardeais (quando utilizados genericamente, indicando uma
direção) e nas palavras fulano, sicrano e beltrano.
Palavras com letras minúsculas:
• segunda-feira;
• outubro;
• primavera;
• sul;
• fulano.
Uso facultativo de maiúscula ou minúscula
O uso da letra maiúscula ou da letra minúscula é facultativo em títulos de livros
(totalmente em maiúsculas ou apenas com maiúscula inicial), em palavras de
categorizações (rio, rua, igreja,…), em nomes de áreas do saber, matérias e disciplinas, em
versos que não iniciam o período e em palavras ligadas a uma religião.
Palavras com maiúscula ou minúscula facultativa:
• Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas;
• Rio Amazonas ou rio Amazonas;
• Matemática ou matemática;
• São ou são.
REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE LETRAS
EMPREGA-SE O S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical. Exemplos:
2) Nos sufixos – ês, -esa, -isa e –ose, ao indicarem nacionalidade, título ou origem.
Exemplos:
Chinês - chinesa
Milanês - milanesa
Profeta – profetisa
EMPREGA-SE O Z:
inválido- rígido-
limpo-limpeza macio- maciez
invalidez rigidez
nobre- surdo-
frio- frieza pobre-pobreza
nobreza surdez
EMPREGA-SE O X
1) Depois de ditongos:
ameixa, caixa, baixela, caixote, peixe, feixe...
2) Em palavras de origem indígena e africana:
Xingu – Xavantes – maxixe...
3) Palavras iniciadas pelas sílabas “em” e “me”.
México – mexilhão – mexerica – enxame- enxurrada...
Observação importante:
Caso houver o prefixo “-em” seguido de palavras iniciadas por “ch”, o dígrafo será mantido.
encher – derivado do substantivo cheio
encharcar - derivado do substantivo charco
enchumaçar – derivado do substantivo chumaço
EMPREGA-SE O S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender",
"verter" e "pelir"
Exemplos:
converter -
estender- extensão suspender- suspensão repelir- repulsão
conversão
EMPREGA-SE Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer"
Exemplos:
EMPREGA-SE O X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss
Exemplos:
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
EMPREGA-SE SC:
Nos termos eruditos
Exemplos:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo,
fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão,
seiscentos, transcender, etc.
EMPREGA-SE SÇ:
Na conjugação de alguns verbos
Exemplos:
nascer- nasço, nasça
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça
EMPREGA-SE SS:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir",
"ceder" e "cutir"
Exemplos:
EMPREGA-SE O XC E O XS:
Em dígrafos que soam como Ss
Exemplos:
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
EXERCÍCIOS
Q1 - Assinale a expressão que está escrita corretamente:
a. Distânceamente.
b. Previdênte.
c. Medievalístico.
d. Individualmente.
e. Saúdavel.
Q2 - Assinale a alternativa correta em relação à ortografia:
a. Os trajes mulçumanos são muito bonitos.
b. A largatixa correu e sumiu no vão da parede.
c. Embreagou-se e depois dormiu.
d. Era um exímio corredor.
e. Na educação, toda renovação de matrícula já é autómatica, e os alunos das escolas
municipais aprender informática.
Q4 - Diretor, na ... de garantir a ... dos documentos, apôs sua ... a cada página.
a. intensão, veracidade, rubrica.
b. Intensão, verascidade, rúbrica.
c. Intenção, verascidade, rúbrica.
d. Intenção, verascidade, rubrica.
e. Intenção, veracidade, rubrica.
Q5 - Assinale a única opção em que todas as palavras devem ser grafadas com S.
a. le...ar, atrá..., destre...a, parali...ar.
b. defe...a, quero...ene, qui...er, va...inho, fu...ilar.
c. Brá..., Vene...a, Queiro..., Sou...a
d. ga... eificar, ga... olina, empre... a, anali... ar.
e. pre...ado, co...inha, fuga..., ro...áceo, xadre...
GABARITO
2. D 3. C 4. E 5. D
1. D