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Licenciamento Ambiental Municipal no Pará

I. A resolução estabelece as atividades de impacto ambiental local sujeitas ao licenciamento municipal no Pará, listadas nos anexos I, II e III. II. Compete aos municípios licenciar as atividades e empreendimentos de impacto local, conforme os limites e critérios definidos na resolução. III. A resolução também trata da atuação supletiva e subsidiária do estado quando os municípios perderem as condições para o exercício da gestão ambiental.

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Licenciamento Ambiental Municipal no Pará

I. A resolução estabelece as atividades de impacto ambiental local sujeitas ao licenciamento municipal no Pará, listadas nos anexos I, II e III. II. Compete aos municípios licenciar as atividades e empreendimentos de impacto local, conforme os limites e critérios definidos na resolução. III. A resolução também trata da atuação supletiva e subsidiária do estado quando os municípios perderem as condições para o exercício da gestão ambiental.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE


Ver no Diário Oficial
RESOLUÇÃO COEMA Nº 162 DE 02 DE FEVEREIRO DE 2021
DOE Nº 34496, DE 19/02/2021

Estabelece as atividades de impacto ambiental local,


para fins de licenciamento ambiental, de
competência dos Municípios no âmbito do Estado
do Pará, e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 2º – C da Lei
5.752, de 26 de julho de 1993, e suas alterações, e tendo em vista o disposto no artigo 23, incisos VI e
VII, da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 9º, XIV, alínea “a” e 18, §2º da Lei Complementar nº
140, de 08 de dezembro de 2011; e

CONSIDERANDO a 78ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente -COEMA/PA,


realizada em 02 de fevereiro de 2021,

RESOLVE:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.1º Estabelecer as atividades de impacto ambiental local, para fins de licenciamento ambiental, de
competência dos Municípios no âmbito do Estado do Pará.

Art.2º Para os efeitos desta Resolução, entende-se por:

I - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições
decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente
detentor, das ações administrativas de licenciamento e autorização ambiental;

II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que substitui o ente federativo originariamente
detentor das ações administrativas de licenciamento e autorização ambiental;

III - impacto ambiental local: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e
econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos
ambientais, dentro dos limites do Município;

IV- licenciamento ambiental: procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou


empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental; e
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V - órgão ambiental capacitado: aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente
habilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem executadas.

Art.3º O Município deverá estruturar o Sistema Municipal de Meio Ambiente, com órgão ambiental
capacitado e Conselho de Meio Ambiente, nos termos da Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro
de 2011, para exercer as ações administrativas decorrentes da competência comum prevista no art. 23,
incisos III, VI e VII da Constituição Federal.

CAPÍTULO II
DO LICENCIAMENTO DAS ATIVIDADES E EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO LOCAL

Art.4º Estão sujeitas ao licenciamento ambiental municipal as atividades ou empreendimentos


relacionados no Anexo I, II e III, partes integrantes desta Resolução, bem como as atividades ou
empreendimentos localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município.

§1º O Anexo I apresenta as tipologias classificadas como de impacto local, passíveis de licenciamento
ambiental municipal até os limites estabelecidos nesta Resolução.

§2º O Anexo II e III apresentam as tipologias classificadas como de impacto local em que todos os portes
são de competência do Município promover o licenciamento.

§3º As atividades ou empreendimentos listados nos Anexos I e II não serão classificadas como de
impacto ambiental local, quando:

I – os impactos diretos ultrapassarem os limites territoriais de um município; ou

II – localizadas em unidades de conservação instituídas pela União ou pelo Estado, à exceção das
unidades de conservação na categoria Áreas de Proteção Ambiental (APA’s).

Art.5º Observadas as atribuições dos demais entes federativos, compete aos Municípios aprovar:

I – a supressão de vegetação decorrente de licenciamento ambiental de atividades ou de


empreendimentos listados nos Anexos I e II; e

II – o resgate, a captura, o afugentamento, o transporte e a translocação de fauna silvestre decorrente do


licenciamento ambiental de atividades de impacto local, em área urbana ou rural, inclusive o
monitoramento.

Parágrafo único. Nos procedimentos autorizativos de supressão de vegetação, os Municípios deverão


observar as normas regulamentares vigentes, referentes à caracterização como vegetação primária ou
secundária em diferentes estágios de regeneração, assim como a existência de espécies da flora ou da
fauna ameaçadas de extinção.
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Art.6º Será promovido pelo ente federativo que licenciar a atividade principal, considerando a sinergia e
cumulatividade dos impactos ambientais:

I - o licenciamento ambiental envolvendo mais de uma tipologia, em que a concepção do projeto incluir
atividades principal, secundária e/ou de apoio;

II - o licenciamento ambiental envolvendo empreendimentos e atividades secundárias e/ou de apoio


instalados ou com pretensão de instalação no interior da área patrimonial de outra empresa, inclusive
de uma outra linha de produção; e

III - quando duas ou mais tipologias licenciáveis utilizarem o mesmo sistema de tratamento de água e/ou
efluentes, o licenciamento ambiental deverá ser promovido por um único ente federativo, considerando
a sinergia e cumulatividade dos impactos ambientais.

Art.7º A avaliação dos impactos ambientais de um empreendimento deverá corresponder à totalidade


dos impactos, incluindo aqueles decorrentes da supressão de vegetação, bem como do resgate, captura,
afugentamento, transporte e translocação de fauna silvestre.

Parágrafo único. O licenciamento ambiental de empreendimento que compreender mais de uma


atividade será efetuado pelo ente competente considerando o enquadramento no potencial
poluidor/degradador de maior porte, sendo vedado o fracionamento do licenciamento.

Art.8º O órgão ambiental municipal ao constatar a formalização de processo de licenciamento


ambiental fora do seu âmbito de competência, deverá encaminhar a solicitação ao órgão ambiental
competente e cientificar o requerente.

Art.9º O órgão ambiental municipal exigirá, quando couber, no processo de licenciamento, a outorga de
recursos hídricos ou a declaração de dispensa de outorga emitida pelo Estado ou União, nos termos das
normas aplicáveis ao uso dos recursos hídricos.

Parágrafo único. A solicitação de que trata o caput aplica-se aos casos de captação, derivação,
lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, extração de água de aquífero
subterrâneo, entre outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade dos recursos
hídricos.

Art.10. Ao licenciamento ambiental de tipologias no interior de imóveis rurais, aplicam-se os


dispositivos regulamentares atinentes ao Cadastro Ambiental Rural – CAR, nos termos da Lei nº 12.651,
e 25 de maio de 2012 e decretos regulamentadores, bem como os demais atos normativos vigentes sob
jurisdição do território do Estado do Pará.

Art.11. Os procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental das atividades ou


empreendimentos de impacto ambiental local, obedecerão às outras normas legais e aos requisitos
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técnicos estabelecidos na legislação vigente, inclusive às regulamentações impostas pelo Conselho de
Meio Ambiente do Estado do Pará – COEMA.

Seção I
Do licenciamento ambiental em unidades de conservação

Art.12. Nos processos de licenciamento ambiental com impactos incidentes sobre unidades de
conservação, observada a Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, o órgão ambiental municipal
deverá dar ciência prévia ao órgão gestor da área especialmente protegida, quando a atividade ou
empreendimento:

I – puder causar impacto direto na unidade de conservação; ou

II – estiver localizado na zona de amortecimento da unidade.

Parágrafo único. Nos casos de incidência sobre Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), o órgão
licenciador municipal deverá cientificar previamente o órgão responsável pela sua criação e o
proprietário.

Art.13. As unidades de conservação criadas pelos Municípios deverão estar registradas no Cadastro
Nacional de Unidades de Conservação (CNUC).

Art.14. Caberá ao órgão ambiental do ente federativo instituidor da unidade de conservação a


competência para emitir a licença ambiental das atividades nela desenvolvidas.

Art.15. O licenciamento ambiental em Áreas de Proteção Ambiental (APAs) deverá observar o porte do
empreendimento ou atividade objeto de licenciamento ambiental, independente do ente federativo que
instituiu a unidade de conservação.

CAPÍTULO III
DA AÇÃO SUPLETIVA E SUBSIDIÁRIA

Art.16. O Município deverá comunicar ao COEMA e à SEMAS, em até 30(trinta) dias, a perda de
qualquer das condições para o exercício da gestão ambiental municipal, sob pena de responsabilidade
perante os órgãos de controle governamental.

Parágrafo único. No impedimento do exercício da gestão ambiental municipal, de que trata do caput, o
Município deverá notificar os empreendedores licenciados desta condição e prever procedimentos para
remessa dos processos de licenciamento ambiental municipal ao órgão estadual para o exercício da
competência supletiva.
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Art.17. Inexistindo órgão ambiental municipal capacitado, o Estado exercerá a competência supletiva de
que trata o art. 15, II, da Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011, observando as seguintes
hipóteses:

I - para licenciar as atividades relacionadas no Anexo I, o órgão ambiental estadual promoverá o


licenciamento ambiental das tipologias de impacto local, conforme os procedimentos normatizados na
legislação vigente;

II - para licenciar as atividades relacionadas no Anexo II, o órgão ambiental estadual realizará o
licenciamento ambiental na modalidade Declaratório, conforme estabelece o inciso II, do Art. 2º, da
Resolução COEMA nº 127, de 18 de novembro de 2016; e

III - para licenciar as atividades relacionadas no Anexo III, realizará o procedimento de dispensa ou
inexigibilidade do licenciamento ambiental.

Art.18. Sem prejuízo de outras formas de cooperação e considerando a ação subsidiária dos entes
federativos, o Município poderá solicitar à SEMAS, apoio técnico e administrativo para o licenciamento,
monitoramento ou fiscalização de determinado empreendimento ou atividade, nos termos do art. 16 da
Lei Complementar 140, de 2011.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 19. A solicitação de renovação da licença ambiental ou de outras etapas do licenciamento deverá
ser realizada com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias, observando as seguintes hipóteses:

I – no caso das atividades ou empreendimentos, que por esta Resolução, passaram a ser classificados
como impacto local, a solicitação será feita perante o órgão licenciador municipal competente; e

II - no caso das atividades ou empreendimentos, que por esta Resolução, deixaram de ser classificados
como impacto local, a solicitação será feita perante o órgão ambiental estadual.

Art.20. A SEMAS manterá atualizada e disponibilizará em seu sítio eletrônico oficial, a relação dos
municípios que exercem a gestão ambiental das atividades ou empreendimentos de impacto ambiental
local, consoante os princípios de transparência e acesso à informação.

Art.21. O Município poderá obter delegação de competência, por meio de convênio, para a execução de
ações administrativas cuja competência seja do Estado, mediante o atendimento de requisitos definidos
em norma específica.

Art.22. Revogam-se as Resoluções COEMA nº 107, de 08 de março de 2013 e nº 120, 28 de outubro de


2015 e suas alterações.
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Art.23. Esta resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.

PLENÁRIO DO CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – COEMA, em 02 de fevereiro de 2021 .

JOSÉ MAURO DE LIMA O’ DE ALMEIDA


Presidente do Conselho Estadual do Meio Ambiente do Pará

RODOLPHO ZAHLUTH BASTOS


Secretário Executivo do Conselho Estadual do Meio Ambiente do Pará

Ver no Diário Oficial


Este texto não substitui o publicado no DOE de 19/02/2021

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