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FITOTERAPIA

O documento discute a história e objetivos do Instituto Facuminas, uma instituição de ensino superior. Ele oferece qualidade em educação de forma confiável e eficiente para ajudar os alunos a construírem uma base profissional e ética.

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ERIC
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FITOTERAPIA

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Página
FACUMINAS

A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um


grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
Página
Sumário

FACUMINAS ............................................................................................................... 2

Introdução .................................................................................................................. 4

Etnobotânica e Etnofarmacologia ........................................................................... 6

Etnobotânica ........................................................................................................................... 6

Etnofarmacologia .................................................................................................................... 7

O uso das plantas medicinais .................................................................................................. 9

Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos ............. 11

Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos ...................................................... 11

Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos .................................................. 12

Terminologias de interesse da fitoterapia ............................................................................ 15

Fitoterapia Clínica e a Prescrição de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.......... 18

Paradigmas da Fitoterapia...................................................................................... 22

Modalidades de prescrição fitoterápica ............................................................................... 23

Preparações fitoterápicas....................................................................................... 25

Referências .............................................................................................................. 31

Anexo ....................................................................................................................... 36 3
Página
Introdução

A fitoterapia ou terapia pelas plantas é uma das mais antigas práticas


terapêuticas da humanidade. Ela remonta há cerca de 8.500 a.C. e apresenta
origens tanto no conhecimento popular (etnobotânica) como na experiência científica
(etnofarmacologia).

As plantas contêm princípios ativos capazes de curar diversas doenças e foi a


partir do reconhecimento destas propriedades terapêuticas que se deu o surgimento
da medicina alopática moderna.

Figura 1 – Ilustração de Manual árabe de fitoterapia, cerca de 1334 a.C.

O termo Fitoterapia deriva do grego therapeia, tratamento, e phyton, vegetal,


e diz respeito ao estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das
doenças.

Ela surgiu independentemente na maioria dos povos. Na China, por exemplo,


surgiu por volta de 3000 a.C., quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as
propriedades do Ginseng e da Cânfora (Ufjf, 2010).

Por definição, Fitoterapia é a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas


medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de
substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal, conforme Portaria nº 971
4

(03/05/2006).
Página
Já fitoterápico é produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto
substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo
medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples,
quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto,
quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal, conforme RDC nº 26
(13/05/2014). Neste contexto, a fitoterapia é considerada alopatia.

5
Página
Etnobotânica e Etnofarmacologia

Nada mais relacional do que começarmos os estudos acerca da fitoterapia


entendendo a etnobotânica e etnofarmacologia, uma vez que nosso objetivo é o uso
das plantas medicinais como prática de saúde integrativa.

Planta medicinal é uma espécie vegetal que, administrada ao ser humano, por
qualquer via, exerce ação farmacológica (SILVA et al., 2009).

Etnobotânica
Etnobotânica é o estudo das plantas de uma região e seus usos práticos
através do conhecimento tradicional de uma cultura local e as pessoas, ou seja, ela
estuda as relações entre povos e plantas, considerando o seu manejo, percepção e
classificação deste recurso vegetal para as diferentes sociedades.

Figura 2 - Etnobotânica

O profissional que atua nesta área tem entre outras missões, documentar os
costumes locais envolvendo os usos práticos da flora local para muitos aspectos da
vida, de uso das plantas como remédios, alimentos ou para a manufatura de roupas.

A Etnobotânica engloba as contribuições da botânica e da etnologia,


evidenciando as interações entre as sociedades humanas e plantas como sistemas
6
Página
dinâmicos. Estuda as aplicações e dos usos tradicionais dos vegetais pelo homem.

A Etnobotânica é ciência multidisciplinar que envolve botânicos, antropólogos,


farmacólogos, médicos e outros profissionais e também interdisciplinar, sendo capaz
de proporcionar explicações sobre a interação de comunidades humanas com o
mundo vegetal, em suas dimensões antropológica, ecológica e botânica.

O termo etnobotânica foi utilizado pela primeira vez em 1895, especificamente


o botânico taxonomista John W. Harshberger, da Pennsylvania University, para
designar o uso das plantas por povos nativos. O âmbito do estudo etnobotânico tem
se ampliado atualmente, a fim de englobar as relações entre plantas e a cultura
humana.

Estudos etnobotânicos de registro de plantas, seus usos e formas


terapêuticas (plantas medicinais) por grupos humanos têm oferecido a base para
diversos estudos básicos e aplicados, especialmente no campo da fitoquímica e
farmacologia, inclusive como ferramenta para o descobrimento de novas drogas
(LEITÃO, 2002).

Dentro da etnobotânica, a exploração científica interdisciplinar dos agentes


biologicamente ativos, tradicionalmente empregados ou observados pelas
sociedades, utilizando plantas como remédio é definido por etnofarmacologia.

Etnofarmacologia

A Etnofarmacologia é uma divisão da Etnobiologia, uma disciplina devotada


ao estudo do complexo conjunto de relações de plantas e animais com sociedades
humanas, presentes ou passadas (ELISABETSKY, 2003).
7
Página
Figura 3 – Etnofarmacologia

A etnofarmacologia pode ser definida como a exploração científica


interdisciplinar de agentes biologicamente ativos (encontrados em partes ou
produtos de vegetais, animais, fungos, minerais com fins medicinais e tóxicos)
tradicionalmente empregados ou observados pelo homem.

A etnofarmacologia na América Latina foi iniciada no século 16 pelos


missionários, que estavam interessados no uso de plantas etnofarmacologicamente
ativas, como os jesuítas (CUNNINGHAM; MENEZES, 2011). É uma prática
generalizada, reforçada por diferentes culturas e decorrente das colonizações
europeia e africana, somadas às práticas indígenas (OLIVEIRA et al., 2011).

A grande contribuição da etnofarmacologia com as outras ciências é


justamente resgatar as medicinas e medicamentos das diferentes culturas indo até
elas, pesquisando-as, estudando-as. Para isso a etnofarmacologia se vale da
antropologia cultural (mais especificamente da etnografia), da botânica, da zoologia
(GOMES, 2017).

Os botânicos coletam e identificam a planta utilizada em certa comunidade e,


em laboratório, farmacologistas pesquisam a substância responsável pelo benefício
no tratamento de doenças. Essa substância da planta é o que chamamos de
“princípio ativo”. Antes de chegar à prateleira da farmácia, a planta passa por vários
8

testes que visam determinar seu efeito nos diferentes tecidos e órgãos do corpo.
Página

Dessa forma, o conhecimento das comunidades contribui para os estudos científicos


e vice-versa. Essa ação conjunta pode ser um valioso caminho de identificação das
plantas úteis à produção de medicamentos.

O uso das plantas medicinais

Desde tempos imemoriais o homem busca na natureza recursos que


melhorem sua condição de vida, sendo as plantas sua principal fonte de alimento,
abrigo, armas, utensílios domésticos e remédios. No decorrer de todas as épocas e
em todas as culturas o homem aprendeu a tirar proveito dos recursos naturais como
forma de tratamento e cura de doenças. Os conhecimentos adquiridos ao longo do
tempo sobre o uso das plantas medicinais podem ter sido repassados oralmente ao
longo das gerações (DI STASI, 1996; BRASIL, 2006; LORENZI MATOS, 2008).

Figura 4 – Usos diversos das plantas medicinais

Embora a medicina moderna esteja bem desenvolvida em grande parte do


mundo, a OMS reconhece que atualmente, grande parte da população dos países
9

subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como o Brasil, depende da medicina


Página

tradicional como um dos poucos recursos terapêuticos para tratar suas doenças
mais frequentes, tendo em vista que 80% desta população utilizam práticas
tradicionais nos seus cuidados básicos de saúde e 85% destes utilizam plantas
medicinais ou preparações destas (BRASIL, 2006).

No Brasil, o uso de plantas medicinais e seus derivados é uma prática comum


resultante da forte influência cultural das populações nos seus cuidados com a
saúde, seja pelo conhecimento tradicional na medicina tradicional indígena, cabocla,
quilombola, da cultura europeia trazida pelos colonizadores, entre outros povos e
comunidades tradicionais (POSEY, 1992; PRANCE, 1998; LORENZI; MATOS,
2008), ou também seja pelo uso na fitoterapia popular ou nos sistemas públicos de
saúde, como prática complementar de cunho científico, orientada pelos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2006, LORENZI; MATOS,
2008).

A prática do uso de plantas medicinais tem sido incentivada recentemente


tanto pela OMS, quanto por profissionais que atuam na rede básica de saúde dos
países em desenvolvimento como o Brasil. Diante disso, a OMS e o MS criaram uma
gama de resoluções com objetivo de valorar a medicina tradicional para a ampliação
dos serviços de saúde regionais e locais (BRASIL, 2006).

10
Página
Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos

Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos


A Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
(PPNPMF) tem como objetivo garantir à população brasileira o acesso seguro e o
uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da
biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.

Essa política que foi aprovada por meio do Decreto n. 5.813, de 22 de junho
de 2006, estabelece diretrizes e linhas prioritárias para o desenvolvimento de ações
pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns voltados à garantia do
acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos em nosso país,
ao desenvolvimento de tecnologias e inovações, assim como ao fortalecimento das
cadeias e dos arranjos produtivos, ao uso sustentável da biodiversidade brasileira e
ao desenvolvimento do Complexo Produtivo da Saúde (BRASIL, 2006).

Um dos princípios orientadores da PPNPMF é a ampliação das opções


terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS).

O serviço de Fitoterapia é ofertado em 1.108 municípios, segundo dados de


2017 do SISAB – Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica.

Nessa direção, o SUS oferta à população, com recursos de União, Estados e


Municípios, doze medicamentos fitoterápicos. Eles constam na Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (Rename) e são indicados, por exemplo, para uso
ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e
úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite.

As Secretarias de Saúde municipais e estaduais devem informar ao Ministério


da Saúde as entradas, saídas e dispensações de medicamentos, entre eles os
fitoterápicos, por meio do envio do conjunto de dados do Sistema Nacional de
11

Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) ou de Sistema próprio, por meio do


Página
WebService, conforme a Portaria GM/MS nº. 271/2013, que institui a Base Nacional
de Dados de ações e serviços da Assistência Farmacêutica e regulamenta o
conjunto de dados, fluxo e cronograma de envio referente ao Componente Básico da
Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS.

No Brasil, estima-se que 25% dos US$ 8 bilhões do faturamento da indústria


farmacêutica, no ano de 1996, foram originados de medicamentos derivados de
plantas (GUERRA; NODARI, 2001). Considera-se também que as vendas neste
setor crescem 10% ao ano, com estimativa de terem alcançado a cifra de US$ 550
milhões no ano de 2001 (KNAPP, 2001). Estados Unidos e Alemanha estão entre os
maiores consumidores dos produtos naturais brasileiros. Entre 1994 e 1998,
importaram, respectivamente, 1.521 e 1.466 toneladas de plantas que seguem para
esses países sob o rótulo genérico de “material vegetal do Brasil”, de acordo com
Ibama (REUTERS, 2002). Embora o nosso país possua a maior diversidade vegetal
do mundo, com cerca de 60 mil espécies vegetais superiores catalogadas, apenas
8% foram estudadas para pesquisas de compostos bioativos e 1.100 espécies foram
avaliadas em suas propriedades medicinais (GUERRA; NODARI, 2001).

As potencialidades de uso das plantas medicinais encontram-se longe de


estar esgotadas, afirmação endossada pelos novos paradigmas de desenvolvimento
social e econômico baseados nos recursos renováveis. Novos conhecimentos e
novas necessidades certamente encontrarão, no reino vegetal, soluções, por meio
da descoberta e do desenvolvimento de novas moléculas com atividade terapêutica
ou com aplicações, tanto na tecnologia farmacêutica quanto no desenvolvimento de
fitoterápicos com maior eficiência de ação (SCHENKEL et al.,2003).

Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos


O Programa em tela foi aprovado pela Portaria Interministerial nº 2960, de 9
de dezembro de 2008, além de criar o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos.

As regulamentações de cultivo, manejo, produção, distribuição e uso de


12

plantas medicinais e fitoterápicos devem ser editadas abrangendo e garantindo


Página

tratamento a todas as fases da cadeia produtiva, segundo as particularidades e


especificidades de dois grandes eixos:

a) o eixo agro-fito-industrial – do cultivo, produção, distribuição e uso de


insumos e produtos da indústria farmacêutica;

b) o eixo das tradições – do manejo, cultivo, produção, distribuição e uso de


plantas medicinais pelos povos e comunidades tradicionais.

Para o eixo agro-fito-industrial, as regulamentações devem assegurar a


qualidade, eficácia e segurança do produto final por meio do cultivo, manejo,
sistemas e técnicas de produção, considerando os aspectos botânicos, químicos e
farmacológicos, visando à obtenção de princípios ativos quantificáveis e marcadores
padronizados segundo as particularidades da agroindústria e da grande indústria
farmacêutica. Para o eixo das tradições em plantas medicinais, as regulamentações
devem ser direcionadas a salvaguardar, preservar e apoiar os conhecimentos,
práticas, saberes e fazeres tradicionais e populares em plantas medicinais, remédios
caseiros e demais produtos para a saúde que se estruturam em princípios ancestrais
e imateriais, no extrativismo sustentável e na agricultura familiar. A validação e
garantias de segurança, eficácia e qualidade destes produtos são referendadas pela
tradição. O incentivo, apoio e fomento ao aprimoramento técnico e sanitário de seus
agentes, processos e equipamentos, poderão propiciar a inserção dos detentores
destes saberes e de seus produtos no SUS e nos demais mercados.

As regulamentações devem contemplar Boas Práticas Agrícolas e Boas


Práticas de Manipulação/Fabricação de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,
considerando os diferentes níveis de complexidade da Fitoterapia – planta fresca e
seca, fitoterápico manipulado/industrializado, incluindo os de uso tradicional
(BRASIL, 2016).

Quanto aos recursos humanos, os procedimentos adotados para cultivo,


manejo, produção, distribuição e uso de plantas medicinais e fitoterápicos implicam
na capacitação técnico-científica dos profissionais envolvidos em toda a cadeia
produtiva. Para tanto, os centros de formação e capacitação de recursos humanos
devem elaborar diretrizes e conteúdos curriculares para o Ensino Médio e Superior
no sentido de incluir a formação/capacitação em Plantas Medicinais/Fitoterapia em
13

todas as áreas de conhecimento relacionadas ao tema.


Página
O desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação em plantas
medicinais e fitoterápicos também requer formação e capacitação de recursos
humanos, para as quais, o incentivo deverá contemplar ações abrangentes,
observando o equilíbrio dos ecossistemas dos biomas nacionais, a promoção da
produção sustentável em áreas rurais e a multidisciplinaridade característica do
setor de plantas medicinais e fitoterápicos, por meio da viabilização do apoio a
grupos de pesquisa com vocação na área, da disponibilização de recursos
financeiros, da realização de convênios e da estruturação de centros de pesquisa e
demais instituições governamentais envolvidas na temática.

Em relação a sua segurança e eficácia, a comprovação do fitoterápico pode


ser realizada por meio de ensaios não clínicos e clínicos; ou por registro simplificado
comprovado pela sua presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de registro
simplificado, de acordo com a Instrução Normativa-IN n° 2, de 13 de maio de 2014;
pela presença nas monografias de fitoterápicos de uso bem estabelecido da
Comunidade Europeia (BRASIL, 2014).

A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) é uma


ferramenta importante para a efetivação das terapias com plantas medicinais e
fitoterápicos no SUS, com a introdução de espécies vegetais no seu elenco, ela
possibilitou que matérias-primas vegetal para manipulação e fitoterápicos sejam
financiados com recursos da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.

São vantagens de fitoterápicos da RENAME:

a) Possuem evidências de segurança e eficácia para as indicações informadas


na Relação Nacional;

b) No momento de atualização da Relação Nacional, foi verificado que todos


possuem registro sanitário na Anvisa, ou seja, são fabricados e vendidos no
país;

c) Podem ser adquiridos com recursos tripartite.

Em anexo teremos a lista dos fitoterápicos de acordo com a RENAME (2020).


14
Página
Terminologias de interesse da fitoterapia

Bancos de germoplasma: coleção de genótipos de uma espécie com


origens geográfica e ambiental variadas e que se constitui em matéria-prima para
programas de pesquisa e melhoramento.

Certificação: Conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo


competente credenciado para avaliar se um determinado processo, sistema ou
produto está em conformidade com as normas preconizadas de modo a garantir o
cumprimento dos requisitos de qualidade, segurança e eficácia.

Conhecimento tradicional associado: informação ou prática individual ou


coletiva de comunidade indígena ou de comunidade local, com valor real ou
potencial, associada ao patrimônio genético.

Conhecimento tradicional: todo conhecimento, inovação ou prática de


comunidade tradicional relacionado aos componentes da diversidade biológica.

Controle de qualidade: conjunto de medidas destinadas a garantir, a


qualquer momento, a produção de lotes de medicamentos e demais produtos
abrangidos por este Regulamento, objetivando verificar se satisfazem às normas de
atividade, pureza, eficácia e segurança. (Decreto nº 3.961/2001, que atualizou a Lei
nº 6.360/1976).

Derivado de droga vegetal: produto de extração da matéria-prima vegetal:


extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco e outros.

Eficácia: é a capacidade de o medicamento atingir o efeito terapêutico


visado.

Farmacopeia: Código Oficial Farmacêutico estabelecido por e para o País


onde se estabelece os requisitos de qualidade dos produtos farmacêuticos. Esses
requisitos incluem todos os componentes empregados na fabricação dos mesmos.

Farmacovigilância: identificação e avaliação dos efeitos agudos ou crônicos,


do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto da população ou em
15

grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos.


Página
Formulário Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: Código onde
estão inscritas formulações contendo drogas vegetais e fitoterápicos de uso
consagrado, por meio do qual é assegurada a padronização dos produtos, com o
intuito de assegurar a sua qualidade.

Manejo sustentável: utilização de bens e serviços naturais por meio de


práticas de manejo que garantam a conservação do ecossistema, que gerem
benefícios sociais e econômicos, tanto para as gerações atuais como para as
futuras.

Manipulação: conjunto de operações farmacotécnicas realizadas na


farmácia, com a finalidade de elaborar produtos e fracionar especialidades
farmacêuticas.

Matéria-prima vegetal: planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados


de droga vegetal (RDC nº 48/2004).

Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com


finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos. É uma forma
farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente, em associação com
adjuvantes farmacotécnicos (RDC nº 84/2002).

Medicina popular: prática de cura que oferece respostas concretas aos


problemas de doenças do dia a dia. É realizada em diferentes circunstâncias e
espaços (em casa, em agências religiosas de cura) e por várias pessoas (pais, tias,
avós) ou por profissionais populares de cura (benzedeiras, médiuns, raizeiros,
ervateiros, parteiras).

Planta medicinal: é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com


propósitos terapêuticos (OMS, 2003). Chama-se planta fresca aquela coletada no
momento de uso e planta seca a que foi precedida de secagem, equivalendo à
droga vegetal.

Prescrição: ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente,


com a respectiva dosagem e duração do tratamento. Em geral, esse ato é expresso
mediante a elaboração de uma receita médica (Portaria nº 3.916/1998).
16
Página

Remédio: são cuidados que se utiliza para curar ou aliviar os sintomas das
doenças, como um banho morno, uma bolsa de água quente, uma massagem, um
medicamento, entre outras coisas.

Remédios caseiros de origem vegetal: Preparações caseiras com plantas


medicinais, de uso extemporâneo, que não exijam técnicas especializadas para
manipulação e administração.

Sistema de produção orgânico: todo aquele em que se adotam técnicas


específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos
disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por
objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios
sociais, a minimização da dependência de energia não renovável, empregando,
sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição
ao uso de materiais sintéticos, à eliminação do uso de organismos geneticamente
modificados e às radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção,
processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do
meio ambiente (Lei nº 10.831/2003).

Toxicologia: Ciência que avalia os possíveis efeitos tóxicos das substâncias


no organismo bem como o diagnóstico e o tratamento das intoxicações e
envenenamentos

Uso racional: é o processo que compreende a prescrição apropriada; a


disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições
adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período
de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade. Uso de
recursos sob o fundamento de sustentabilidade econômica.

Uso sustentável: significa a utilização dos componentes da diversidade


biológica de modo e em ritmo tais que não levem, em longo prazo, à diminuição da
diversidade biológica, mantendo assim seu potencial para atender às necessidades
e às aspirações das gerações presentes e futuras.

Validação: ato documentado que atesta que qualquer procedimento,


processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente conduza aos
17

resultados esperados (Lei nº 8.080/1990). (BRASIL, 2016).


Página
Fitoterapia Clínica e a Prescrição de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos

A prescrição medicamentos no Brasil é atribuição de profissionais legalmente


habilitados. Historicamente o médico é o profissional habilitado para o diagnóstico e
prescrição de medicamentos na medicina humana, os médicos veterinários na
medicina veterinária e os cirurgiões dentistas para o uso odontológico, no entanto,
enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas podem realizar prescrição e/ou indicação
de medicamento respeitando a legislação vigente e estarem inscritos nos
respectivos Conselhos Profissionais (MACEDO, 2016).

Dentre os profissionais habilitados a prescrever somente os cirurgiões


dentistas, farmacêuticos e nutricionistas possuem legislação específica para
reconhecer e regulamentar a prescrição de fitoterápicos (CFO, 2008; CFF, 2011;
CFN,2013). Na medicina, a Fitoterapia não é considerada uma especialidade, porém
é facultado ao médico realizar prescrição de fitoterápicos.

A Fitoterapia em Odontologia se destina aos estudos dos princípios científicos


da Fitoterapia e Plantas Medicinais embasados na multidisciplinaridade, inseridos na
prática profissional, no resgate do saber popular e no uso e aplicabilidade desta
terapêutica na Odontologia. Respeitando o limite de atuação do campo profissional
do cirurgião dentista.

Em 05 e 06 de junho de 2008, foi realizado o Fórum para Regulamentação


das Práticas Integrativas e Complementares à Saúde Bucal, onde foi discutido a
regulamentação da Fitoterapia, Homeopatia, Acupuntura, Terapia Floral e
Laserterapia. Levando-se em consideração as recomendações da Organização
Mundial de Saúde, e dos avanços das políticas públicas de incremento às práticas
integrativas nas Ciências da Saúde, e sendo da competência do Conselho Federal
de Odontologia supervisionar a ética profissional, zelando pelo bem da profissão,
resolve através do Resolução CFO-82/2008, reconhecer e regulamentar o uso de
Práticas Integrativas e Complementares à Saúde bucal.
18

No Capítulo II, artigo 1 dessa regulamentação, encontraremos as decisões


Página
relacionadas à Fitoterapia, descritas a seguir:

Cabe ao cirurgião-dentista:

I. Aplicar o conhecimento científico adquirido na clínica, no diagnóstico, nas


indicações e no uso de evidências científicas dos fitoterápicos e plantas
medicinais nos procedimentos odontológicos.

II. Promover embasamento, no uso e manejo das plantas medicinais, identificar


espécies e conhecer fórmulas farmacêuticas utilizadas na Fitoterapia.

III. Promover a formação multidisciplinar necessária ao conhecimento e manejo


dos segmentos envolvidos em toda a cadeia produtiva dos fitoterápicos.

IV. Incrementar e estimular pesquisas que permitam o uso de novas tecnologias


e métodos para elaboração de fitoterápicos e plantas medicinais (MARTINS,
2020).

Para o farmacêutico a prescrição é regulamentada pela resolução Nº 546 de


21 de julho de 2011, sendo uma legislação específica. Esta resolução exige que o
ato da indicação seja documentado, deve ser escrito em duas vias (uma para o
paciente e outra deverá ser arquivada no estabelecimento farmacêutico), deverá
ainda trazer a identificação do paciente, do estabelecimento, assinatura do
farmacêutico e CRF, entre outras.

Consideramos que este é um importante instrumento em defesa da


sociedade, já que a indicação farmacêutica qualifica o uso das plantas que, até
então, é feito, na ampla maioria das vezes, seguindo apenas o conhecimento
popular sobre as mesmas, sem nenhuma orientação de posologia, interações,
conservação, etc. Os farmacêuticos, profissionais de ponta da atenção primária a
saúde, e que possuem vastos conhecimentos em Farmacologia, não poderiam
deixar de exercer a indicação (LAGE, 2020).

Outro fato importante para a profissão em relação a plantas medicinais é a


Portaria nº. 886, de 20 de abril de 2010 que institui a Farmácia Viva no âmbito do
19

Sistema Único de Saúde (SUS). A implantação de projetos Farmácia Viva visa


Página

realizar o atendimento da população em Fitoterapia, implementar uma horta de


plantas medicinais, produzir medicamentos fitoterápicos e promover o resgate e a
valorização da cultura popular no que se refere à utilização de plantas medicinais
bem como a introdução de conhecimentos científicos, através de palestras
educativas, informativos, cartilhas, visitas domiciliares.

O nutricionista sempre pode usar os recursos da Fitoterapia na forma de


alimento funcional e de chás, no entanto com a Resolução do CFN nº 402, de 30 de
julho de 2007 que regulamentou a prescrição fitoterápica pelo nutricionista, foi
assegurado para o profissional o direito de poder inserir em suas prescrições
dietéticas o uso de plantas medicinais e, além disso, poder prescrever fitoterápicos
nas suas mais diversas formas para uso interno.

Com a atualização desta resolução, entrou em vigor em 25 de junho de 2013


a Resolução CFN n. 525/ 2013 e posteriormente em maio de 2015 a Resolução CFN
n. 556/2015 que autorizam o nutricionista a adotar a fitoterapia para complementar a
sua prescrição dietética somente quando os produtos prescritos tiverem indicações
de uso relacionadas com o seu campo de atuação e estejam embasadas em
estudos científicos ou em uso tradicional reconhecido. Ressalta a Resolução que, ao
adotar a Fitoterapia, o profissional deve basear-se em evidências científicas quanto
a critérios de eficácia e segurança, considerar as contraindicações e oferecer
orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos colaterais e adversos das
interações com outras plantas, com drogas vegetais, com medicamentos e com os
alimentos, assim como os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos
(FIUT, 2020).

A legislação determina que a prescrição de plantas medicinais ou drogas


vegetais deverá ser legível, conter o nome do paciente, data da prescrição e
identificação completa do profissional prescritor (nome e número do CRN,
assinatura, carimbo, endereço e forma de contato) e conter todas as seguintes
especificações quanto ao produto prescrito (CFN, 2013):

I - nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome


popular;

II - parte utilizada;
20
Página

III - forma de utilização e modo de preparo;


IV - posologia e modo de usar;

V - tempo de uso.

Macedo (2016) explica que na prescrição de plantas medicinais e drogas


vegetais, considerar que estas devem ser preparadas unicamente por decocção,
maceração ou infusão, conforme indicação, não sendo admissível que sejam
prescritas sob forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, xarope, spray ou qualquer
outra forma farmacêutica, nem utilizadas quando submetidas a outros meios de
extração, tais como extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, nem como fitoterápicos ou
em preparações magistrais.

A prescrição de preparações magistrais e de fitoterápicos far-se-á


exclusivamente a partir de matérias-primas derivadas de drogas vegetais, não sendo
permitido o uso de substâncias ativas isoladas, mesmo as de origem vegetal, ou das
mesmas associadas a vitaminas, minerais, aminoácidos ou quaisquer outros
componentes (CFN, 2013). Partes de vegetais quando utilizadas para o preparo de
bebidas alimentícias, sob a forma de infusão ou decocção, sem finalidades fármaco-
terapêutica, são definidas como alimento e não constituem objeto desta Resolução
(CFN, 2013).

A enfermagem é outra profissão que pode prescrever dentro das normas do


exercício profissional (Lei n. 7.498/1986), com a revogação da resolução 272/2002
os enfermeiros podem prescrever desde que façam parte da equipe multiprofissional
dos programas de saúde e dentro de protocolos pré-estabelecidos (Portaria
648/GM/2006 - Política Nacional de Atenção Básica). A fisioterapia também não
possui legislação específica na área da fitoterapia, desta forma sua atuação nesta
área fica sujeita ao regulamento de atuação do profissional deliberado pelo
Conselho de Classe e no SUS ao previsto nos protocolos dos programas de saúde
(MACEDO, 2016).
21
Página
Paradigmas da Fitoterapia

A fitoterapia moderna tem seus fundamentos tanto no modelo


sistêmico/vitalista quanto no modelo organicista. Ela se compatibiliza com os
princípios sistêmicos na medida em que tem no fitocomplexo um conjunto de
substâncias que atuam simultaneamente em vários sítios biológicos (multi-targeted
approach). Temos como exemplo os constituintes químicos da Curcuma longa que
atuam em um amplo espectro de alvos farmacológicos atingindo, assim, os
mecanismos fisiopatológicos de inúmeras doenças (doenças reumáticas,
respiratórias, alérgicas, neurodegenerativas entre outras).

Figura 5 – Paradigmas da Fitoterapia

A fitoterapia também pode ser utilizada no modelo organicista quando


substâncias químicas isoladas das espécies medicinais atuam especificamente em
determinado alvo ou doença, reduzindo ou removendo determinados sintomas.
Temos como exemplo a espécie Salix alba (salgueiro) cujo princípio ácido salicílico
atua diretamente na cascata inflamatória (inibidor inespecífico da enzima COX)
promovendo ações antitérmica e anti-inflamatória.
22
Página
Modalidades de prescrição fitoterápica

Didaticamente é possível discriminar modalidades de prescrição terapêutica


de fitoterápicos em função do(a):

1) Especificidade bioquímica: Esta forma de raciocínio terapêutico baseia-


se no conceito de conjunto sintomático. É muito familiar e de fácil entendimento para
o médico ocidental.

• Arnica montana: anti-inflamatório (terpenos e flavonoides)

• Pyrostegia venusta: antifúngica

• Phyllantus niruri: diurético

• Valleriana officinalis: sedativo

• Sambucus nigra: antitérmico

2) Tropismo fisiopatológico: Esta forma de raciocínio terapêutico baseia-se


no conceito de fitocomplexo. O fitocomplexo consiste no conjunto de compostos
químicos biologicamente ativos encontrados em uma espécie vegetal. Estes
compostos possuem múltiplas ações farmacológicas agindo em diversos „alvos‟ de
forma sinérgica (herbal shotgun).

3) Fitoterápicos em diluições decimais: Esta forma de raciocínio


terapêutico baseia-se no uso de fitoterápicos em diluições decimais (DH1 a DH5).

Estas formas farmacêuticas são utilizadas para espécies medicinais com alta
toxicidade quando ingeridas em forma de tinturas ou extratos (uso oral). Exemplos:

• Arnica montana (helenalina é cardio e hepatotóxica; timo reduz limiar


convulsivógeno).

• Symphytum officinale (hepatotoxidade)


23
Página
4) Potencial bioenergético: Esta forma de raciocínio terapêutico baseia-se
nos princípios vitalistas, da medicina tradicional chinesa e da indiana (ayurvédica). É
pouco conhecido pelo médico ocidental. A ciência médica frequentemente coloca em
dúvida a efetividade e a validade destas terapêuticas. Inclui a compreensão de
conceitos complexos de energia vital, fisiopatologia energética, homeostase e
interação homem-Natureza.

Enfim, o médico irá buscar aqueles sistemas de prescrição com que tem
maior afinidade ou facilidade de compreensão/manejo, mas sempre integrando-os
ao raciocínio clínico moderno.

24
Página
Preparações fitoterápicas

Tanto os medicamentos fitoterápicos (MF) quanto os produtos tradicionais


fitoterápicos (PTF) podem ser prescritos em várias formas farmacêuticas.

Forma farmacêutica é o estado final de apresentação dos princípios ativos


farmacêuticos após uma ou mais operações farmacêuticas executadas com a adição
ou não de excipientes apropriados a fim de facilitar a sua utilização e obter o efeito
terapêutico desejado, com características apropriadas a uma determinada via de
administração (BRASIL, 2010).

Figura 6 – Preparações fitoterápicas

As principais formulações farmacêuticas fitoterápicas e suas definições,


extraídas da Farmacopeia Brasileira (BRASIL, 2010), estão listadas abaixo.

Droga vegetal: Planta medicinal ou suas partes, que contenham as


substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após
processos de coleta ou colheita, estabilização, secagem, podendo ser íntegra,
rasurada ou triturada. A droga vegetal pode ser utilizada in natura (adicionada a
alimentos ou bebidas, por exemplo), na forma de cápsulas, ou na preparação de
derivados da droga vegetal (infusão, maceração, tintura, etc).
25

Chá medicinal: É o nome que se dá à droga vegetal destinada à preparação


de infusão, decocção ou maceração pelo consumidor final.
Página
Cápsula: É a forma farmacêutica sólida em que o princípio ativo e os
excipientes estão contidos em um invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e
tamanhos variados, usualmente, contendo uma dose única do princípio ativo.
Normalmente é formada de gelatina, mas pode, também, ser de amido ou de outras
substâncias.

Comprimido: É a forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um


ou mais princípios ativos, com ou sem excipientes, obtida pela compressão de
volumes uniformes de partículas. Pode ser de uma ampla variedade de tamanhos,
formatos, apresentar marcações na superfície e ser revestido ou não.

Drágea: São comprimidos revestidos com camadas constituídas por misturas


de substâncias diversas, como resinas, naturais ou sintéticas, gomas, gelatinas,
materiais inativos e insolúveis, açucares, plastificantes, poliois, ceras, corantes
autorizados e, às vezes, aromatizantes e princípios ativos.

Glóbulo: É a forma farmacêutica sólida que se apresenta sob a forma de


pequenas esferas constituídas de sacarose ou de mistura de sacarose e lactose.
São impregnadas pela potência desejada e com álcool acima de 70%.

Infusão: Consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em


seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período de tempo determinado. É
popularmente conhecido como chá ou chá medicinal. Trata-se de método indicado
para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como folhas,
flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis.

Decocção: Consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo


determinado. Também é popularmente conhecido como chá. Trata-se de método
indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas,
raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas.

Maceração: Preparação que consiste no contato da droga vegetal com água,


à temperatura ambiente, por tempo determinado para cada droga vegetal. Este
método é indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradam
com o aquecimento.
26

Tintura: É a preparação alcoólica (etanólica) ou hidroalcoólica


Página

(hidroetanólica) resultante da extração de drogas vegetais ou animais ou da diluição


dos respectivos extratos. Na preparação da tintura usa-se em geral a planta seca. A
menos que indicado de maneira diferente na monografia individual, 10 mL de tintura
simples correspondem a 1 g de droga seca, ou seja, a tintura é preparada a 10%.

Alcoolatura: É a preparação alcoólica (etanólica) ou hidroalcoólica


(hidroetanólica) resultante da extração de drogas vegetais ou animais ou da diluição
dos respectivos extratos. Na preparação da alcoolatura usa-se em geral a planta
fresca. A menos que indicado de maneira diferente na monografia individual, 10 mL
de alcoolatura simples correspondem a 2 g de droga fresca, ou seja, a alcoolatura é
preparada a 20%.

Extrato: É a preparação de consistência líquida, sólida ou intermediária,


obtida a partir de material animal ou vegetal. O material utilizado na preparação de
extratos pode sofrer tratamento preliminar, tais como, inativação de enzimas,
moagem ou desengorduramento. O extrato é preparado por percolação, maceração
ou outro método adequado e validado, utilizando como solvente álcool etílico, água
ou outro solvente adequado. Após a extração, materiais indesejáveis podem ser
eliminados.

Extrato fluido: É a preparação líquida obtida de drogas vegetais ou animais


por extração com líquido apropriado ou por dissolução do extrato seco
correspondente, em que, exceto quando indicado de maneira diferente, uma parte
do extrato, em massa ou volume corresponde a uma parte, em massa, da droga,
seca utilizada na sua preparação. Se necessário, os extratos fluidos podem ser
padronizados em termos de concentração do solvente; teor de constituintes, ou de
resíduo seco. Se necessário podem ser adicionados conservantes inibidores do
crescimento microbiano. Devem apresentar teor de princípios ativos e resíduos
secos prescritos nas respectivas monografias.

Solução: É a forma farmacêutica líquida; límpida e homogênea, que contém


um ou mais princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou numa mistura
de solventes miscíveis.

Pó: É a forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos


secos e com tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes.
27
Página

Extrato mole: É a preparação de consistência pastosa obtida por evaporação


parcial de solvente utilizado na sua preparação. São utilizados como solvente,
unicamente, álcool etílico, água, ou misturas álcool etílico/água em proporção
adequada. Apresentam, no mínimo, 70% de resíduo seco (p/p). Se necessário
podem ser adicionados conservantes inibidores do crescimento microbiano.

Extrato seco: É a preparação sólida; obtida por evaporação do solvente


utilizado na sua preparação. Apresenta, no mínimo, 95% de resíduo seco, calculado
como porcentagem de massa. Podem ser adicionados de materiais inertes
adequados. Os extratos secos padronizados têm o teor de seus constituintes
ajustado pela adição de materiais inertes adequados ou pela adição de extratos
secos obtidos com o mesmo fármaco utilizado na preparação. Deve conter no
máximo 5% de umidade.

Extrato seco padronizado: São aqueles que contêm uma concentração


mínima determinada de um marcador ativo ou analítico. Exemplo: EGb 761 é um
extrato padronizado de Ginkgo biloba que contém no mínimo 24% de flavonoides e
6% de ginkgolídeos.

Extrato glicólico: Assemelha-se a uma tintura ou alcoolatura, com exceção


de que o solvente utilizado é a glicerina, no lugar do etanol. Em sua preparação usa-
se a planta seca ou fresca. A menos que indicado de maneira diferente na
monografia individual, 10 mL de extrato glicólico correspondem a 1 g de droga seca,
ou seja, é preparado a 10%.

Elixir: É a preparação farmacêutica, líquida, límpida, hidroalcoólica, de sabor


adocicado, agradável, apresentando teor alcoólico na faixa de 20% a 50%.

Xampu: É a forma farmacêutica líquida que consiste de uma base


saponificante (xampu base), contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou
dispersos, sendo utilizada normalmente para aplicação externa no couro cabeludo.

Creme: É a forma farmacêutica semissólida que consiste de uma emulsão,


formada por uma fase lipofílica e uma fase hidrofílica. Contém um ou mais princípios
ativos dissolvidos ou dispersos em uma base apropriada e é utilizada, normalmente,
para aplicação externa na pele ou nas membranas mucosas.
28

Sabonete: É a forma farmacêutica sólida que consiste de uma base, em geral


Página

à base de glicerina, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos,


sendo utilizada normalmente para aplicação externa na pele.

Pomada: É a forma farmacêutica semissólida, para aplicação na pele ou em


membranas mucosas, que consiste da solução ou dispersão de um ou mais
princípios ativos em baixas proporções em uma base adequada usualmente não
aquosa.

Pasta: É a pomada contendo grande quantidade de sólidos em dispersão


(pelo menos 25%). Deverão atender as especificações estabelecidas para pomadas.

Emulsão: É a forma farmacêutica líquida de um ou mais princípios ativos que


consiste de um sistema de duas fases que envolvem pelo menos dois líquidos
imiscíveis e na qual um líquido é disperso na forma de pequenas gotas (fase interna
ou dispersa) através de outro líquido (fase externa ou contínua). Normalmente é
estabilizada por meio de um ou mais agentes emulsificantes.

Emplasto: É a forma farmacêutica semissólida para aplicação externa.


Consiste de uma base adesiva contendo um ou mais princípios ativos distribuídos
em uma camada uniforme num suporte apropriado feito de material sintético ou
natural. Destinada a manter o princípio ativo em contato com a pele atuando como
protetor ou como agente queratolítico.

Gel: É a forma farmacêutica semissólida de um ou mais princípios ativos que


contém um agente gelificante para fornecer firmeza a uma solução ou dispersão
coloidal (um sistema no qual partículas de dimensão coloidal – tipicamente entre 1
nm e 1 µm – são distribuídas uniformemente através do líquido). Um gel pode conter
partículas suspensas.

Loção: É a preparação líquida aquosa ou hidroalcoólica, com viscosidade


variável, para aplicação na pele, incluindo o couro cabeludo. Pode ser solução,
emulsão ou suspensão contendo um ou mais princípios ativos ou adjuvantes.

Óvulo: É a forma farmacêutica sólida, de dose única, contendo um ou mais


princípios ativos dispersos ou dissolvidos em uma base adequada que tem vários
formatos, usualmente, ovoide. Fundem na temperatura do corpo.
29

Supositório: É a forma farmacêutica sólida de vários tamanhos e formatos


Página

adaptados para introdução no orifício retal, vaginal ou uretral do corpo humano,


contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos numa base adequada. Eles,
usualmente, se fundem, derretem ou dissolvem na temperatura do corpo.

Xarope: É a forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade,


que apresenta não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua
composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes. Quando não se
destina ao consumo imediato, deve ser adicionado de conservadores
antimicrobianos autorizados.

Anote aí:

Os produtos à base de plantas medicinais são seguros para a saúde, quando


utilizados corretamente. Eles são testados para a confirmação da eficácia e dos
riscos de seu uso, e também para garantir a qualidade do insumo.

Cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e às Vigilâncias


Sanitárias Municipais e Estaduais o controle desses medicamentos.

A utilização de fitoterápicos e plantas medicinais valoriza a cultura e o


conhecimento tradicional e o popular, fortalece o desenvolvimento da cadeia
produtiva e é uma opção terapêutica aos usuários do SUS (BRASIL, 2019).

30
Página
Referências

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CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA (CFO). Resolução N° 82 de 25 de


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Anexo

Página36
Página37
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Ministério da Saúde, 2020.

H*: Fitoterápicos: * classificação Herbal ATC para alguns fitoterápicos.

Obs.: não confundir “H* – Herbal” com “H – Preparados Hormonais Sistêmicos,


exceto Hormônios Sexuais”, que é uma das divisões do Grupo Principal Anatômico
(1º nível ATC/OMS). 38
Página

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