0% acharam este documento útil (0 voto)
67 visualizações91 páginas

Solidificação Dos Metais Após A Fusão

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
67 visualizações91 páginas

Solidificação Dos Metais Após A Fusão

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 91

Solidificação dos metais após a fusão

• Durante o resfriamento podem surgir diferentes


descontinuidades no interior da massa metálica.

• Alguns tipos são removíveis com tratamento térmicos


e/ou termo-mecânicos.

• Outros podem persistir e até evidenciarem-se no produto


final.

RSCP/LABATS/DEMEC/UFPR/2017
Solidificação dos metais e ligas metálicas

• A temperatura de equilíbrio termodinâmico entre um sólido e seu


respectivo líquido é a temperatura de fusão (= à Tsólido apenas em
substâncias puras e sistemas eutéticos)

• Não significa que a solidificação se inicia nesta Temperatura


• O estudo da solidificação envolve 2 abordagens distintas:

1. Termodinâmica  análise das


energias envolvidas na
solidificação.

2. Cinética  análise da velocidade


com que os processos (de
nucleação e crescimento)
acontecem.
Fenômenos que ocorrem durante a solidificação do metal no
interior dos moldes:

 Cristalização

 Contração de volume
 Segregação de impurezas
 Desprendimento de gases
1. Cristalização
 surgimento das primeiras células cristalinas, que servem como
núcleos para a formação e crescimento de cristais
 estrutura granular típica dos metais.

Cada eixo principal + eixos secundários =


dendrita  ramificação de árvores (dendron)
Dendrita  crescimento limitado  vizinha

Solidificação completa  cada dendrita =


cristal de contornos irregulares = grão.
 Dendritas formadas
próximo às paredes do
lingote  grãos alongados
e perpendiculares 
grãos colunares.

 Dendritas formadas no
centro do lingote  grãos
± equiaxiais.
 Metais  após solidificação  muitos grãos fortemente
unidos  com orientação cristalográfica independente
dos demais.

Liga de
Cu-Al-Ag
com diferentes
tamanhos de
grão

 Dendritas grandes  grãos grosseiros  maior quantidade de


impurezas nos contornos de grão  propriedades mecânicas inferiores.
GRÃOS OU CRISTAIS SOLIDIFICADOS

RESFRIAMENTO MAIS LENTO =


CRISTAIS MAIORES

RESFRIAMENTO MAIS RAPIDO


= CRISTAIS MENORES
Resfriamento do lingote
DIAGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA

Fonte: Ciência e
Engenharia de Materiais:
uma introdução,
W.D.Callister Jr, Ed LTC.
2. Contração de Volume*

2. do estado líquido ao sólido ocorrem 3 contrações:


• Contração líquida:  da T até o início da solidificação.
• Contração de solidificação: variação de volume durante a
mudança de estado LS.
• Contração sólida: variação de volume que ocorre no
estado sólido, entre a T fim de solidificação e a T
ambiente.

*Expressa em % de volume. A contração sólida é expressa linearmente,


para facilitar o projeto dos modelos.
Contração durante a solidificação

A contração depende da liga considerada (aços fundidos: 2,18-2,47%; Fo-Fos: 1-


15%; Ni e ligas de Cu-Ni: 8-9%).

A contração dá origem a uma heterogeneidade conhecida como vazio ou rechupe.


• Os vazios podem também estar localizados no
interior das peças (próximos à superfície, porém
invisível externamente)

• Os vazios ou rechupes podem ser controlados ou


eliminados usando recursos adequados
• exemplo de controle do rechupe na fundição de um lingote

É colocado sobre o topo da


lingoteira uma peça postiça de
material refratário, 
cabeça quente ou massalote.
Essa peça, de material refratário,
retém o calor por mais tempo, e
assim corresponderá a seção
que solidificará por último.
 Nela ficará o rechupe!
Fenômenos que ocorrem durante a solidificação do metal no
interior dos moldes:

 Cristalização
 Contração de volume
 Segregação de impurezas
 Desprendimento de gases
3. Concentração de impurezas

• Algumas impurezas comportam-se de


maneira diferente, conforme o estado
em que se encontra o metal (sólido ou
líquido). Certas impurezas são menos
solúveis no estado sólido ou no estado
líquido.
• No caso das impurezas serem menos solúveis no estado
sólido, elas vão acompanhando o metal líquido
remanescente à medida que a solidificação se processa,
acumulando-se na última seção solidificada.

A concentração de
impurezas constitui o
fenômeno conhecido
como segregação
Chapa laminada com segregação
Problemas da presença da segregação

• O material apresenta composição química não uniforme


e consequentemente propriedades mecânicas diferentes.
• As zonas segregadas geralmente localizam-se no interior
da peça, onde as tensões são mais baixas, não
constituindo um problema sério.
• A segregação pode ser minimizada pelo rigoroso controle
da composição química e/ou da velocidade de
resfriamento.
Fenômenos que ocorrem durante a solidificação do metal no
interior dos moldes:

 Cristalização
 Contração de volume
 Segregação de impurezas
 Desprendimento de gases
4. Desprendimento de Gases

• Ocorre principalmente nas ligas Fe-C


• O O2 dissolvido no Fe tende a combinar-se
com o C formando gases como CO e CO2, que
escapam facilmente para a atmosfera
enquanto a liga estiver no estado líquido.
Quando a temperatura decresce para iniciar a
solidificação, a viscosidade da massa líquida diminui,
dificultando a fuga dos gases. Esses gases ficam retidos
nas proximidades da superfície das peças, na forma de
bolhas.

 Em aços baixo C as bolhas não são prejudiciais, já que


nas temperaturas de conformação mecânica, as bolhas
poderiam ser eliminadas por deformação.

 Em aços alto C, adicionam-se desoxidantes (Al, Si, Mn)


que formam óxidos sólidos com o O2, impedindo que
este reaja com o C.
Vídeos solidificação
• Outros inconvenientes da
contração na solidificação:

1. trincas a quente
2. tensões residuais

 Ambos podem ser controlados


por um projeto adequado da
peça.

 As tensões podem ser


eliminadas por tratamento
térmico.
Resfriamento do lingote
Solidificação de Fundido de Aço
Solidificação de Fundido de Nióbio
Solidificação de Fundido de Níquel
Solidificação de Fundido de Cobre
Solidificação de Fundido de Cobre
Segregação
POROSIDADE

Causas:

Baixa temperatura de vazamento


Machos ou areia de moldagem úmidos
Turbulência excessiva durante o vazamento
Gases no molde ou no macho
Umidade em moldes e elementos de adição
BOLHA DE GÁS
MAU ENCHIMENTO
Fenômenos que ocorrem durante a solidificação do metal no interior dos moldes:
 Cristalização
 Contração de volume
 Segregação de impurezas
 Desprendimento de gases
Características das areias de moldagem – Areias verdes

☻Composição
☻ Umidade
☻ Forma dos grãos
☻ Tamanho dos grãos

A combinação dessas características devem garantir os seguintes


requerimentos:

☻ plasticidade
☻ permeabilidade
☻ refratabilidade
☻ coesão e resistência à erosão

DEFEITOS DE FUNDIÇÃO
Shell Molding

• O uso das resinas foi um grande aperfeiçoamento na utilização de


areia para a produção de moldes de fundição.

• A areia não precisa mais ser compactada porque o aglomerante tem


a função de manter a liga entre os grão de areia.
Etapas do processo
Etapas do processo

Reutilização dos moldes e machos


Bom acabamento superficial
Alta estabilidade dimensional para o molde
Adequado para peças pequenas e de formato
complexo
DEMEC

Ramón S. Cortés Paredes, Dr. Engº.


Coordenador do Laboratório de Aspersão Térmica
e Soldagem Especiais - LABATS
Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Fone/Fax: 55 (41) 3361-3693
E-mail: [email protected]
Fundição de precisão

Cera Perdida
Fundição de precisão
(cera perdida)
• Etapas:
1. A cera é injetada no
interior da matriz para
fabricação dos modelos.
• 2. Os modelos de cera
endurecida são ligados
a uma canal central
• 3. Um recipiente
metálico é colocado ao
redor do grupo de
modelos
• 4. O recipiente é enchido com
uma pasta refratária para
confecção do molde.

• 5. Após que o material


refratário endurecer, por
aquecimento externo, os
modelos de cera são
derretidos.
• 6. O molde aquecido é
enchido do metal
liquido por gravidade, a
vácuo ou por força
centrifuga.
• 7. O material do molde
já solidificado é
quebrado e as peças
fundidas são retiradas e
esmerilhadas quando
necessário.
Fundição de precisão
(cera perdida)
Fundição de precisão
(cera perdida)
1 INJEÇÃO DOS MODELOS 7 VAZAMENTO
2 MONTAGEM DOS CACHOS 8 DESMOLDAGEM
3 REVESTIMENTO COM LAMA REFRATÁRIA 9 CORTE DAS PEÇAS DO CACHO
4 REVESTIMENTO COM REFRATÁRIO GRANULADO 10. LIXAMENTO CANAL DE ATAQUE
5 ELIMINAÇÃO DA CÊRA 11. INSPEÇÃO VISUAL/DIMENSIONAL...
6 CALCINAÇÃO 12. EXPEDIÇÃO
Avaliações

1ª. Avaliação: 22 de abril de 2015.


2ª. Avaliação: 17 de junho de 2015

10 de junho: Entrega Trabalho de Processos de


Fundição – ABNT
Provas de 2° chamada 24 de junho de 2015
Prova Final: 08 de julho de 2015
Moldes permanentes
Por Gravidade
•Processos de Fundição
5.1. Fundição em Areia – Solidificação/Defeitos
Shell Molding
5.2. Fundição de Precisão – Shell Molding/Cera Perdida
5.3. Fundição por Centrifugação
5.4. Fundição por Coquilhamento

5.5. Fundição Contínua


5.6. Fundição sob Pressão
http://www.tupy.com.br/portugues/produtos/perfis_processo.php
Fundição contínua
Fundição contínua
Moldes permanentes automatizados
por Pressão

Materiais
AÇOS AO CARBONO

A. COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Alto C - % C > 0.30% --Aços Ligados (Cr, Mo, ......


FERROS FUNDIDOS

C Si Mn S P

Cinzento 2,5-4,0 1,0-3,0 0,25-1,0 0,02-0,25 0,05-1,0

Branco 1,8-3,6 0,5-1,9 0,25-0,80 0,06-0,20 0,06-0,18

Maleável 2,0-2,6 1,1-1,6 0,20-1,0 0,04-0,18 0,18 mãx.

Dúctil 3,0-4,0 1,8-2,8 0,10-1,0 0,03 máx. 0,10 máx.


LIGAS NÃO FERROSAS

NÃO FERROSOS

Ligas leves Ligas para altas Ligas baixo Ligas Refractárias


temperaturas. ponto de fusão

Ligas Al Ligas Mg Ni
Pb, Sn, Zn Mo, Ta, W, Nb
Ligas Ti Ligas Be

Ligas Cu

Latões Cu-Ni
Bronzes
Introdução ao processo Die Casting
• Os fundidos fabricados por fundição sob pressão
encontram-se entre os itens de maior volume de
produção na indústria de metais.

• As peças fundidas em moldes metálicos/matrizes são


componentes importantes em centenas de produtos
destinados a indústrias, tais como equipamentos
automotivos, equipamentos elétricos e materiais bélicos,
hardware em geral, ferramentas elétricas, computadores,
e outros equipamentos industriais, instrumentos,
brinquedos, e outros tantos que poderiam ser
mencionados.
Die Casting

• Outros motivos que impulsionam o uso de ligas leves (Al, Mg e Zn)

• Redução da poluição devido aos componentes automotivos serem


mais leves
• Reciclagem
• Boa relação custo/benefício
Die Casting
As principais vantagens da fundição sob pressão são:

• Alta produtividade

• Boa superfície; pode ser polido

• Grande precisão e repetibilidade dimensional.

• As peças fundidas são do tipo fundido em bruto na


dimensão da peça acabada (Near Net Shape), o que exige
muito pouco ou quase nenhuma operação de
usinagem/acabamento.
• Negócio altamente rentável em altas quantidades
Die Casting
• Possibilidade de fundir-se uma variedade de metais e ligas de metais tais
como o Alumínio, o Magnésio, o Cobre, Zinco, etc.

• Possibilidade de fabricação de fundidos muito grandes e muito pequenos,


blocos de motores e transmissões para uso automotivo, pinhões e
engrenagens, peças de tamanho reduzido tais como peças para a indústria
do sapato (fivelas, pinos, etc).
Die Casting

• Todos os produtos na indústria são totalmente recicláveis, na


verdade, a maior parte das ligas são fabricadas a partir de produtos
reciclados (Alumínio, Zinco, Magnésio, Cobre, etc.).
Die Casting

Desvantagens
• Dificuldade em se obter peças sem porosidades (gases) o que impossibilita a
soldagem ou mesmo a aplicação de Tratamento Térmico para aumento de
resistência mecânica de componentes .

• Obtenção de peças com propriedades mecânicas inferiores devido a porosidade .


Die Casting
Exemplos

• Bomba de óleo de
motor a gasolina
Die Casting
Exemplos

• Peças Automobilísticas

EM ALUMÍNIO
Aplicações
Avaliações

1ª. Avaliação: 22 de abril de 2015.


2ª. Avaliação: 17 de junho de 2015

10 de junho: Entrega Trabalho de Processos de


Fundição – ABNT
Provas de 2° chamada 24 de junho de 2015
Prova Final: 08 de julho de 2015
Seleção do processo de fundição
 Metal a ser fundido;
 Qualidade requerida da superfície do fundido;
 Tolerância dimensional requerida para o fundido;
 Quantidade de peças a produzir;
 Tipo de modelo e equipamento de macharia necessário;
 Custo de fabricação do(s) molde(s);
 Como o processo de fundição vai afetar o projeto do fundido.
Principais processos de moldação

GRUPO PROCESSO MODELO MOLDE LIGAS

microfusão cera ou plástico pasta cerâmica quaisquer


Modelo e Molde
perecíveis
molde cheio poliestireno areia fluida quaisquer

areia-verde metálico (shell);


Modelo não- silicato areia + aglomerantes
perecível; Molde madeira, epóxi ou + aditivos + água quaisquer
perecível areia-resina metálico (para os (opcional)
shell demais)

Modelo não- grafite grafite


perecível; Molde gesso madeira ou epóxi gesso ligas não ferrosas
semi-permanente borracha borracha

quaisquer, menos
molde permanente dispensável metal (coquilha)
aço
Molde permanente
centrifugação não existe metálico quaisquer

sob-pressão dispensável metal (matriz) Zn, Al e Mg

Fonte: Fundamentals of Metal Casting (adaptação)


• vidios

Você também pode gostar