Soluções Teste de avaliação 4
– (Para)Textos • 9.° ano
Teste n.º 4 (Caderno do Professor, p. 45) contudo, outra coisa, como todos os homens.
Trata-se então de alguém que triunfa na vida
GRUPO I social, sentindo-se, em contrapartida,
Parte A atormentado por o seu ser social não
1. F.; B.; A.; E.; D.; C. corresponder ao seu ser íntimo.
2. “destinos da emigração portuguesa” (l. 24) [118 palavras]
3.1. b.; 3.2. c.; 3.3. b.; 3.4. a.
GRUPO II
Parte B 1. B; D; A; E; C.
2. a. 6; b. 7; c. 3; d. 2.
4.1. O sujeito
enlevado luar. estar “em plena paz”,
aparenta
pelo lindo 3. a. Complemento oblíquo; b. Vocativo; c.
4.2. Certamente, “este mar de Glória” invoca
invoca o Complemento direto.
Oceano sulcado pelas caravelas de quinhentos 4.1. Se subires depressa à gávea, Marinheiro,
cujos feitos cobriram, então, de Glória a pátria grita, França! (ou grita: França!)
portuguesa. Postas para trás as terras de Se subisses depressa à gávea, Marinheiro,
Portugal, talvez o sujeito poético se sinta como gritarias, França! (ou gritarias: França!)
um daqueles antigos e egrégios descobridores. 5. Os emigrantes são alertados pelo
responsável para “pensarem em tudo o que vai
5. À paz sucede a inquietação, a
ser necessário quando chegarem ao país de
autodesignação depreciativa (“doido rapaz”), a origem”.
incerteza.
5.1. As frases interrogativas, a invocação de si GRUPO III
próprio pelo seu nome próprio (o vocativo Exemplo de resposta:
“António”) traduzem essa inquietação. O vapor
A emigração é desencadeada,
que se eleva do navio, na sua elevação, normalmente, por razões de necessidade
“lembra” (comparação) “a ânsia”, o desejo de
económica ou de fuga a situações de
libertação
confereda
jaz
confere alma do sujeito.
negatividade a essaPorém,
ânsia. o verbo perseguição de diversa ordem, raramente por
desejo de aventura.
6.1. O sujeito poético designa o navio em que
Contudo, por vezes, alguém emigra para
viaja como a sua “Nau Catarineta”, pressupõe melhorar as suas condições de vida e não
que é o capitão do navio e que ordena ao seu porque esteja desempregado. Os atuais meios
“ paquete
paquete” como, nesse romance popular, o de transporte e meios de comunicação (etc.)
capitão da nau Catrineta ao gajeiro, para subir tornam a emigração bem mais “confortável” do
à gávea. Porém, em vez de demandar “areias que há cinquenta ou cem anos atrás. Pode-se
de Portugal”, pede que ele aviste “França! pelo
comunicar com família e amigos de uma
amor de Deus!”. Não anseia pela pátria (“Ó
maneira quase instantânea.
Lusitânia”, “ Adeus
Adeus”; no máximo, rezará por ela), Dada a crise de desemprego que tem
antes quer fugir dela. grassado em Portugal, é bem compreensível
7. Trata-se de poesia lírica.
que jovens, licenciados ou outros, procurem
7.1. Trata-se de um soneto, composto por duas oportunidades de emprego, seja pela Europa,
quadras e dois tercetos. Os versos são seja pelo Mundo. Nos últimos anos, alguns
decassilábicos. O esquema rimático é ABAB portugueses têm emigrado para os PALOP,
ABAB CCD EED,
emparelhada rima cruzada
e interpolada n as quadras e
nas
nos tercetos. aproveitando a vantagem da língua e dos laços
culturais que unem Portugal a esses países. No
meu caso pessoal, com a idade que tenho,
Parte C
considero desde já essa perspetiva. Não me
8.1. Exemplo de resposta: agrada muito sair do meu país, do meu círculo
O narrador atribui ao destino a sua ida para de amigos, mas se for necessário, porque não?
Inglaterra (“Levou-me o acaso, o destino”). Aí Lamento que o nosso país não tenha
conviveu com uma família elegante e distinta, conseguido criar a riqueza e o emprego
de classe alta. suficientes para fixar aqui os seus jovens. Por
Os sentimentos do narrador foram outro lado, temos sido um povo de
ambíguos. Por um lado, aquela civilização descobridores, de navegadores e de
agradou-lhe e ele próprio agradou ao meio que emigrantes. Talvez essa herança nos ajude no
o recebeu. Por outro, ao adaptar-se tão difícil momento atual.
facilmente, estava a trair-se, a mentir, a [208 palavras]
apresentar-se segundo a imagem que os outros
queriam dele. No fundo, não era aquilo por que
o tomavam.
O narrador, contraditoriamente, declara que
nunca mentiu voluntariamente, não fazendo,
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