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Rev. B 12 / 2012: Procedimento

Este documento estabelece critérios de segurança para laboratórios da PETROBRAS, incluindo requisitos para projetos, atividades e armazenamento de produtos e amostras. Ele substitui a revisão anterior e deve ser aplicado a partir da data de sua edição, respeitando a legislação local para laboratórios no exterior.

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Leandro Marinho
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-PÚBLICO-

N-2549 REV. B 12 / 2012

Critérios de Segurança para Laboratórios

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 16 CONTEC - Subcomissão Autora.

Segurança Industrial As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e
expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da
legislação pertinente, através da qual serão imputadas as
responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante
cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito
intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 25 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-2549 REV. B 12 / 2012

1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os critérios de segurança que devem ser atendidos na elaboração de
projetos, no desenvolvimento das atividades e no armazenamento de produtos e amostras em
laboratórios da PETROBRAS.

1.2 Esta Norma não se aplica a laboratórios de microbiologia. Para laboratórios microbiológicos deve
ser consultada a PETROBRAS N-2834.

1.3 Esta Norma não se aplica aos laboratórios das instalações operacionais da área de exploração e
produção.

1.4 Esta Norma se aplica aos procedimentos realizados a partir da data de sua edição.

1.5 A aplicação desta Norma para as empresas do Sistema PETROBRAS sediadas no exterior deve
ter como princípio o respeito à legislação local, assim como aos demais requisitos aplicáveis. Fica
estabelecido que todas as demais legislações ou referências brasileiras existentes e destacadas
nesta Norma podem servir como insumo ao seu processo de adaptação.

1.6 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

ANVISA RE 9 de 16 de janeiro de 2003 - Determinar a publicação de orientação técnica


elaborada por grupo técnico assessor, sobre padrões referenciais de qualidade do ar
interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo;

NR-6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI;

NR-8 - Edificações;

NR-10 - Instalações e Serviços em Eletricidade;

NR-17 - Ergonomia;

NR-23 - Proteção Contra Incêndios;

Portaria GM/MS 3523 de 28 de agosto de 1998 - Aprovar regulamento técnico contendo


medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza,
remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e
eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização, para garantir a qualidade
do ar de interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes
climatizados;

PETROBRAS N-1219 - Cores;

PETROBRAS N-2154 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em Regiões de


Perfuração e Produção;

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PETROBRAS N-2166 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em Refinarias de


Petróleo;

PETROBRAS N-2167 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em Unidades de


Transporte de Petróleo, Gás e Derivados;

PETROBRAS N-2429 - Níveis Mínimos de Iluminância;

PETROBRAS N-2645 - Critérios para Elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos;

PETROBRAS N-2834 - Biossegurança;

PETROBRAS N-2869 - Segurança em Movimentação de Carga;

ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

ABNT NBR 13193 - Emprego de Cores para Identificação de Tubulações de Gases


Industriais - Procedimento;

ABNT NBR 14725-3 - Produtos Químicos - Informações sobre Segurança, Saúde e Meio
Ambiente - Parte 3: Rotulagem;

ABNT NBR 14725-4 - Produtos Químicos - Informações sobre Segurança, Saúde e Meio
Ambiente - Parte 4: Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ);

ABNT NBR 16401-1 - Instalações de Ar-condicionado - Sistemas Centrais e Unitários -


Parte 1: Projetos das Instalações;

ABNT NBR 16401-3 - Instalações de Ar-condicionado - Sistemas Centrais e Unitários -


Parte 3: Qualidade do Ar Interior;

ISO 7730 - Ergonomics of the Thermal Environment - Analytical Determination and


Interpretation of Thermal Comfort Using Calculation of the PMV and PPD Indices and Local
Thermal Comfort Criteria;

ISO 8995 - Lighting of Work Places;

ANSI/ASHRAE 110 - Method of Testing Performance of Laboratory Fume Hoods;

BSI BS EN 779 Particulate air filters for general ventilation - Determination of the Filtration
Performance;

DW 143 - Ductwork Leakage Testing;

NFPA 45 - Standard on Fire Protection for Laboratories Using Chemicals.

3 Requisitos Gerais

3.1 Ao iniciar uma atividade no laboratório é importante o conhecimento prévio dos procedimentos
específicos de segurança que permitam a realização, da atividade, com o mínimo de risco para o
profissional. Para que tais riscos possam ser gerenciados é necessário que:

a) o “layout” seja funcional;


b) as pessoas tenham pleno conhecimento dos riscos e aspectos presentes;
c) as pessoas sejam treinadas e capacitadas a adotar as medidas preventivas e
mitigadoras recomendadas em função dos riscos;
d) haja disponibilidade e suficiência de equipamentos para a prevenção, mitigação e
controle das emergências.

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3.2 Qualquer pessoa que entre nas dependências de um laboratório deve cumprir todas as
recomendações especificas de segurança do laboratório.

3.3 O profissional que admite a entrada de um visitante, no laboratório, é responsável por sua
segurança durante todo o tempo de permanência. O visitante não deve circular sozinho pelas
dependências do laboratório.

3.4 Recomenda-se que as atividades administrativas correlatas ao laboratório sejam realizadas em


ambientes separados das áreas operacionais do laboratório. [Prática Recomendada]

NOTA Excluem-se destas atividades administrativas os registros de resultados de ensaios, desde


que ocorram de forma contínua e imediata à realização dos ensaios.

3.5 Nenhum profissional deve exercer suas atividades sozinho no laboratório, exceto quando a
unidade operacional, com base na identificação dos riscos das suas atividades e de seus cenários
acidentais, avaliar que as atividades não apresentam riscos ou aspectos ambientais significativos.

3.6 O fornecimento de produtos químicos deve estar condicionado à entrega de cópia da Ficha de
Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), elaborada e preenchida conforme
requisitos da ABNT NBR 14725-4. As FISPQ deverem ser disponibilizadas para consulta nos
laboratórios.

3.7 Toda a documentação relativa à segurança, tais como: orientações dos fabricantes de
equipamentos, máquinas e ferramentas, assim como informações de produtos químicos, deve estar
disponível na língua nativa do país onde o laboratório está instalado.

3.8 O uniforme para laboratório deve oferecer proteção de corpo inteiro contra respingos e
derramamentos e permitir fácil remoção em caso de acidente ou incidente, devendo ser mantido
sempre fechado, sendo obrigatório o uso de calça comprida e calçado de couro fechado.

NOTA 1 As vestimentas de tecido sintético não devem ser utilizadas, pois são facilmente
inflamáveis.
NOTA 2 Não é permitido o uso de jaleco sobre a pele.

3.9 O uso do jaleco deve ser restrito aos ambientes específicos do laboratório.

3.10 É proibido comer, beber e fumar nas dependências do laboratório, bem como manter alimentos,
bebidas, tabaco e cosméticos.

3.11 Recomenda-se evitar o uso de lentes de contato nos laboratórios. Em caso de uso o supervisor
deve ser comunicado. [Prática Recomendada]

NOTA O uso de lentes de contato não substitui o uso de EPI.

3.12 É proibido o uso de anéis, pulseiras, correntes, cordões, relógios ou outros acessórios, que
possam ficar presos a máquinas ou equipamentos na execução da atividade.

3.13 É proibido o uso de cabelos compridos soltos, que possam ser capturados por partes móveis de
máquinas ou equipamentos, na execução da atividade ou que possam entrar em contato com
produtos químicos ou fonte de calor.

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3.14 É proibido guardar materiais e substâncias de uso em laboratório dentro de armários de uso
pessoal.

3.15 O profissional deve interromper imediatamente sua atividade caso perceba qualquer sinal de
intoxicação.

3.16 Cada unidade deve elaborar procedimento de limpeza para os casos de derramamento de
produtos químicos.

3.17 Deve ser providenciada correção imediata das situações de risco, tais como:

a) pisos: molhados, irregulares, com obstáculos ou desníveis;


b) tampa de ralos soltas ou em desnível em relação ao piso;
c) portas obstruídas ou áreas de acesso dificultadas.

3.18 O laboratório deve manter procedimentos de desocupação para situações de emergência,


devendo ser de conhecimento e treinamento de todos, integrado ao plano de resposta a emergência
da unidade, prevendo saídas de emergência adequadas.

3.19 As cores utilizadas para as tubulações de gases utilizados nos laboratórios devem atender aos
requisitos da PETROBRAS N-1219 e ABNT NBR 13193.

3.20 Os extintores de incêndio, caixa de incêndio, lava-olhos e outros equipamentos de segurança


devem estar em local visível, de fácil acesso, desobstruído e com sinalização especifica.

NOTA 1 O lava-olhos deve ser testado diariamente, antes do início das atividades.
NOTA 2 Os chuveiros de emergência devem ser testados em período igual ou inferior a três meses.

3.21 Todo laboratório deve ser mantido limpo, arrumado e com as vias de circulação devidamente
desimpedidas.

3.22 O Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser adotado de acordo com a atividade
desenvolvida no laboratório, sua utilização e manutenção devem ser conforme a NR-6
complementadas pelos requisitos abaixo:

a) cabe aos profissionais de segurança do trabalho, da área de Segurança, Meio Ambiente


e Saúde (SMS) da unidade, recomendar os EPI adequados ao risco de cada atividade e
ambiente de trabalho, bem como assessorar na identificação das áreas de uso,
envolvendo a gerência responsável pelo laboratório;
b) em caso de necessidade do uso de lentes de grau corretivas, devem ser utilizados
óculos de segurança específicos, para tal finalidade, ou óculos de sobreposição e ambos
devem ser liberados para uso pelo SMS;
c) os EPI de uso obrigatório continuo devem estar sinalizados na porta principal de entrada
do laboratório; para os casos de EPI de uso obrigatório na realização de atividades
específicas, estes devem estar previstos nos procedimentos de execução da atividade;
d) deve ser prevista área exclusiva para guarda de EPI, compartimentada individualmente,
de acordo com o material a ser guardado.

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4 Procedimentos Específicos de Segurança

Cabe a cada unidade operacional da PETROBRAS elaborar procedimento específico de segurança


para as atividades desenvolvidas nos laboratórios, à luz da especificidade de suas rotinas
operacionais, das substâncias manuseadas e do risco intrínseco à execução das referidas atividades,
como por exemplo:

a) substâncias inflamáveis e combustíveis;


b) substâncias tóxicas;
c) substâncias especiais (tais como: pirofóricos, ácido perclórico, peróxidos, ácido
fluorídrico, chumbo tetraetila, etc.);
d) substâncias carcinogênicas;
e) gelo seco ou nitrogênio líquido;
f) amostras de rochas;
g) movimentação de carga:
— movimentação manual: deve considerar, pelo menos, peso, pega, lateralidade da
carga, distância, alturas necessárias para movimentação e frequência de
movimentação;
— movimentação mecanizada: atender aos requisitos da PETOBRAS N-2869;
h) cilindros de gases;
i) vidrarias;
j) equipamentos (tais como: mufla, chapa ou manta de aquecimento, autoclave,
refrigeradores e freezers, operação de capela, equipamentos de radiação ionizante e
não ionizante, dispositivos para polir, serrar, furar e cortar [serras, politrizes, etc.],
bombas, bancos de prova de motores de combustão interna, câmara hiperbárica).

5 Equipamentos

5.1 Os equipamentos, máquinas, aparelhos, ferramentas e materiais devem estar em perfeitas


condições operacionais e de segurança.

5.2 Devem ser atendidos os requisitos específicos de segurança e de uso, conforme instruções do
fabricante e das normas específicas.

5.3 Os procedimentos de emergência dos equipamentos críticos devem estar disponíveis no


laboratório, em local visível.

NOTA 1 Os equipamentos críticos devem estar definidos nos procedimentos da unidade, conforme
sistema de gestão.
NOTA 2 O controle automático de equipamentos críticos deve ser inspecionado periodicamente,
conforme definido no programa de manutenção preventiva.

5.4 Todas as máquinas e equipamentos devem possuir suas transmissões de força enclausuradas
dentro de sua estrutura ou devidamente isoladas por anteparos adequados.

5.5 É proibido realizar adaptações não planejadas que afetem a finalidade do equipamento.

6 Armazenamento

6.1 Para o armazenamento de substâncias químicas devem ser seguidos os seguintes cuidados:

a) armazenar em área bem ventilada, protegida de temperaturas extremas e fontes de


ignição;

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b) inspecionar periodicamente o “estoque” verificando o estado de conservação das


substancias, dos recipientes, das tampas, dos rótulos e os prazos de validade,
substituindo os itens inadequados;
c) separar substâncias químicas incompatíveis (ver Tabelas B.1 e B.2 do Anexo B);
d) evitar armazenamento de grandes quantidades de substâncias nos laboratórios;
e) armazenar líquidos nas prateleiras inferiores para evitar o derramamento sobre o
profissional;
f) prever armários para armazenamento de substâncias inflamáveis com sistema de
exaustão, sistema de contenção contra derrames e prateleiras e suportes de metal.

NOTA No caso de uso de contêineres para o armazenamento de líquido inflamável deve ser feito
um estudo de classificação de área para determinar a sua especificação.

6.2 Para o armazenamento de cilindro de gases devem ser seguidos os seguintes cuidados:

a) armazenar os cilindros em áreas cobertas, ventiladas e na posição vertical, presos


preferencialmente, de forma individual;
b) armazenar os cilindros com identificação da substância contida, mesmo que esteja vazio,
garantindo que sejam conservados com o capacete de proteção;
c) armazenar os cilindros separadamente devidamente identificado (ver Anexo A);
d) não colocar os cilindros durante a armazenagem:
— em contato com circuitos elétricos;
— em posição tal que caia óleo ou outro lubrificante;
— próximos a fontes de calor irradiante ou chama aberta;
— a temperaturas maiores que 52 °C;
— junto a fontes de corrosão (por exemplo: escapamento de ácidos, água salgada, etc.);
e) obedecer a Tabela B.2 do Anexo B para gases incompatíveis;
f) transportar cilindros somente com o uso de carrinhos apropriados e presos
preferencialmente, de forma individual;
g) a instalação de cilindro de gás pressurizado no interior do laboratório só é permitida em
casos indispensáveis;
h) não instalar cilindros de gases inflamáveis no interior do laboratório.

7 Descarte

Os procedimentos de descarte de resíduos devem estar previstos no Plano de Gerenciamento de


Resíduos de cada unidade, que deve ser elaborado conforme a PETROBRAS N-2645.

8 Projeto Físico de Laboratório

8.1 Requisitos Gerais

8.1.1 Recomenda-se que o SMS participe das fase de projeto, construção e montagem como
orientador das melhores prática em segurança, meio ambiente e saúde ocupacional. [Prática
Recomendada]

8.1.2 A primeira etapa para o projeto do laboratório deve ser o levantamento de:

a) áreas necessárias de utilização para as tarefas a serem realizadas e futura ampliação;


b) número de pessoas que devem ocupar o laboratório;
c) equipamentos e utilidades necessárias para o seu funcionamento;
d) substâncias a serem manipuladas;
e) áreas de circulação e acessos (levando-se em conta o seu posicionamento em relação à
produção da unidade, de modo a facilitar o recebimento de amostras e o envio de
resultados);

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f) áreas de apoio (tais como: almoxarifados, área de descarte, copas, sanitários e


vestiários).

NOTA 1 As áreas de copa, sanitário e vestiário não devem ter acesso direto pelas áreas
operacionais do laboratório.
NOTA 2 O acesso à área administrativa e sua rota de fuga não podem passar pela área operacional
do laboratório.

8.1.3 Para o caso específico de laboratório que possua equipamentos ionizantes e não ionizantes
deve ser seguida as regulamentações da CNEN.

8.2 Tetos e Forros

8.2.1 O forro do laboratório deve ser modulado, acessível, permitindo facilidades de manutenção e
limpeza. A utilização de material autoextinguível não propagador de chamas nos tetos e forros deve
ser avaliada na fase de projeto, tomando por base os estudos de risco da unidade e seus sistema de
combate a emergências.

8.2.2 A fixação do forro deve ser feita de modo independente, não sendo admitido que a sua
amarração utilize dutos, eletrocalhas ou outros dispositivos, permitindo que a sua desmontagem não
afete a estrutura do laboratório.

NOTA Recomenda-se que o forro não seja utilizado como suporte de luminárias. [Prática
Recomendada]

8.2.3 Quando se tratar de laboratórios em galpões não climatizados, sem a utilização de forros, as
telhas devem garantir perfeita impermeabilização e isolamento térmico.

8.2.4 O pé direito livre deve ser compatível com os equipamentos utilizados no laboratório, não
devendo ser inferior a 2,7 m.

NOTA Deve ser observado o posicionamento de dutos do sistema de ar condicionado,


pressurização, aquecimento, ventilação e exaustão mecânica (em inglês “Heating,
Ventilation and Air Conditioning” - HVAC) e vigas, de forma que não seja reduzido o pé
direito do ambiente interno abaixo dos valores exigidos.

8.3 Envoltória, Divisórias e Paredes

8.3.1 A envoltória do laboratório deve estar adequada às condições bioclimáticas do local, de forma a
contribuir para que a temperatura interna permaneça o mais estável possível e a proteger o ambiente
de intempéries.

8.3.2 No laboratório é permitido o uso de divisórias, de modo que o ambiente tenha facilidades de
modificações de “layout”. Cuidados especiais devem ser tomados quando o ambiente apresentar
risco de explosão.

8.3.3 A utilização de material autoextinguível não propagante de fogo nas divisórias deve ser
avaliado na fase de projeto, tomando por base os estudos de risco da unidade e seus sistema de
combate a emergências.

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8.3.4 As paredes e divisórias dos laboratórios devem ser impermeabilizadas e protegidas contra a
umidade, mofo, fungos e, sempre que necessário, de material acústico.

8.3.5 Os revestimentos das paredes e as divisórias devem ser de fácil limpeza, duráveis, resistentes
e adequados à atividade realizada no laboratório.

8.3.6 As cores das paredes e divisórias devem ser opacas e em tonalidades adequadas à atividade a
ser desenvolvida, de modo a não provocar desconforto visual nem reflexão da luz incidente, mas
apenas sua difusão.

NOTA É permitido que os ambientes possuam cor escura, de acordo com a atividade exercida sem
provocar, no entanto, desconforto ao profissional.

8.4 Instalações

8.4.1 Elétricas

8.4.1.1 Todas as instalações elétricas devem ser projetadas e executadas em conformidade com os
requisitos da NR-10 e da ABNT NBR 5410, complementadas pelos os itens abaixo:

a) tomadas padronizadas e diferenciadas por tensão elétrica, devidamente identificadas


quanto à voltagem, circuito e localização no painel elétrico;
b) quadros elétricos independentes para cada laboratório;
c) tomadas ligadas a circuito de emergência para equipamentos cujo desligamento súbito
possa dar origem a acidentes;
d) chave geral do quadro elétrico em local de fácil acesso, no lado externo do laboratório
próximo a um dos acessos;
e) tomadas elétricas localizadas na parte exterior da capela.

8.4.1.2 Nas áreas consideradas classificadas, de acordo com as PETROBRAS N-2154,


PETROBRAS N-2166 e PETROBRAS N-2167, devem ser usadas tomadas e iluminação adequadas
à classificação respectiva.

8.4.1.3 Deve ser instalado número suficiente de tomadas elétricas em relação aos equipamentos,
considerando excedente.

8.4.2 Hidráulicas e de Esgoto

8.4.2.1 Todo laboratório deve ser provido de linhas de água potável, sendo os pontos de água
localizados nas bancadas e capelas, pias e equipamentos de segurança (lava-olhos e chuveiro de
emergência).

8.4.2.2 Deve ser previsto um sistema de esgoto oleoso direcionado para o tratamento primário (por
exemplo, separador de água e óleo).

8.4.2.3 Recomenda-se que haja patamar técnico que permita o acesso as instalações de esgoto por
fora do laboratório. [Prática Recomendada]

8.4.2.4 Os ralos para esgotamento devem ser sifonados e as linhas de esgoto providas de ventilação
e resistentes aos produtos químicos de uso do laboratório.

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8.4.2.5 O esgoto (industrial e oleoso) do laboratório deve ser independente das linhas de esgoto
sanitário das áreas de apoio.

8.4.2.6 Deve ser previsto drenagem de água do chuveiro de emergência, ligado ao sistema de
esgoto oleoso, com grelha no mesmo nível do piso, de acordo com sua vazão.

8.4.2.7 As pias devem possuir profundidade mínima da cuba de 30 cm, as torneiras devem ser
instaladas entre 30 cm e 35 cm acima da borda da cuba e possuir acionamento rápido e nuca
giratória.

8.4.2.8 Para o caso de sala de armazenamento de amostras/produtos químicos e sala de arquivo de


amostra testemunho, deve ser previsto um sistema de drenagem através de valetas cobertas com
grade e escoamento para rede de esgoto oleoso, possuindo um desnível através de soleira ou
rampas, compatível com o volume armazenado.

8.4.2.9 Para laboratórios que manipulem mercúrio metálico deve ser prevista caixa de sedimentação
conectada ao sistema de drenagem antes da ligação com sistema de esgoto industrial.

8.4.3 HVAC

8.4.3.1 O sistema HVAC deve manter dentro das faixas estabelecidas nas normas aplicáveis os
parâmetros abaixo, de forma a garantir os ambientes isentos de agentes nocivos, protegendo a saúde
dos profissionais e as condições e integridade dos equipamentos e instalações:

a) temperatura interna operativa:


— quando não houver requisitos operacionais específicos de temperatura operativa, nas
áreas técnicas do laboratório, devem ser mantidas entre 21 °C a 23 °C;
— o índice PMV (“Predicted Mean Vote”) deve estar entre os valores ± 0,5
(ver ISO 7730);
b) umidade relativa interna:
— quando não houver requisitos operacionais específicos de umidade relativa interna,
nas áreas técnicas de laboratório, devem ser mantidas entre 40 % a 60 %;
c) velocidade do ar:
— a distribuição de ar insuflado deve ser dimensionada com velocidade inferior a
0,20 m/s nas áreas próximas de capelas e coifas; nas demais áreas, atender a
ABNT NBR 16401-1;
— quando não houver informação específica, a velocidade mínima de face nas capelas
deve ser de 0,5 m/s;
d) níveis de pressão:
— em toda fase de elaboração de projeto de laboratório, deve ser desenvolvida planta
com a indicação das vazões de ar, sentido dos fluxos de ar e níveis de pressão dos
ambientes internos e externos;
— laboratórios que manipulem produtos químicos devem operar sob pressão negativa
para evitar migração dos experimentos para os ambientes adjacentes;
— as salas limpas devem operar sob pressão positiva para evitar contaminação oriunda
dos ambientes adjacentes;
— recomenda-se que as áreas de laboratórios sejam separadas de áreas com outro tipo
de ocupação através de antecâmaras ou circulações climatizadas de forma a garantir
o correto sentido do fluxo de ar; [Prática Recomendada]
e) nível de ruído:
— para laboratórios que demandem um sistema de exaustão de alta velocidade, acima
de 15 m/s, o nível de ruído deve ser atenuado com soluções de engenharia;
f) taxa de renovação de ar:

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— para laboratórios onde não haja manipulação de substâncias químicas ou tóxicas, a


taxa de renovação de ar deve atender ao critério mais conservador entre a
ABNT NBR 16401-3 ou ANVISA RE 9;
— os sistemas de HVAC não devem possuir recirculação de ar; o dimensionamento da
taxa de renovação de ar deve atender ao valor mais restritivo dos seguintes critérios:
carga térmica, sistema de exaustão e taxa mínima de renovação de ar igual a oito
trocas por hora, baseado na NFPA 45;
g) nível de filtragem;
— as classes de filtros devem atender a BSI BS EN 779;
— nos laboratórios, caso não haja definição da PETROBRAS, devem ser previstas as
seguintes classes de filtragem: laboratórios típicos: filtragem mínima classe F5 e sala
limpa: filtragem classes G3 + F7 + HEPA;
h) dispersão dos gases de exaustão;
i) eficiência energética.

NOTA Nos projetos dos sistemas de exaustão de capelas e coifas adotadas pelos laboratórios
deve ser considerado que os sistemas sejam passíveis da medição de eficácia.

8.4.3.2 Os sistemas de HVAC das áreas dos laboratórios devem ser independentes e exclusivos.

8.4.3.3 Tratamento do Ar de Exaustão

8.4.3.3.1 Deve ser avaliada a necessidade de tratamento do ar de exaustão antes de ser expurgado
para o exterior.

8.4.3.3.2 Recomenda-se que o ventilador esteja localizado após o sistema de tratamento do ar.
[Prática Recomendada]

8.4.3.4 Sala de Armazenamento de Amostras/Produtos Químicos e Sala Arquivo de Amostra


Testemunho

8.4.3.4.1 Devem possuir sistema de ventilação e exaustão mecânica, protegidas de temperaturas


extremas, afastadas de fontes de ignição.

8.4.3.4.2 Caso não haja informação específica, os seguintes requisitos devem ser atendidos:

a) doze trocas de ar de renovação por hora;


b) redundância nos equipamentos de ventilação e exaustão mecânica;
c) equipamentos especificados conforme classificação de área local.

8.4.3.5 Redundância

Sistemas ou equipamentos de HVAC devem ser redundantes nas seguintes condições:

a) ambientes com operação continua (equipamento redundante);


b) ambientes com manipulações que resultam em risco iminente de vida em caso de
exposição (sistema redundante);
c) quando o mesmo sistema de exaustão atender a três ou mais capelas ou coifas
(equipamento redundante);
d) quando for exigido condições especificas de temperatura e umidade relativa para
análises e ensaios de produtos ou o uso for caminho crítico na operação do laboratório
(equipamento redundante).

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8.4.3.6 Equipamentos/Materiais

8.4.3.6.1 Os condicionadores de ar devem ser selecionados para combater a carga térmica efetiva,
para tal devem ser especificados equipamentos para aplicação industrial e serem dimensionados
para operar com recirculação de ar.

8.4.3.6.2 Recomenda-se que os ventiladores do sistema de exaustão sejam locados em área externa
ao laboratório. [Prática Recomendada]

8.4.3.6.3 Todos os materiais e aspectos construtivos devem ser compatíveis com as atividades e a
atmosfera externa local.

8.4.3.7 Recuperadores de Calor

8.4.3.7.1 Recomenda-se o uso de recuperadores de calor para pré-tratamento do ar de renovação,


desde que seja avaliado o risco de contaminação cruzada do sistema de exaustão para o sistema de
renovação de ar. [Prática Recomendada]

8.4.3.7.2 Recomenda-se que o ventilador do sistema de renovação de ar esteja antes do


recuperador de calor e o ventilador de exaustão após o recuperador de calor. [Prática
Recomendada]

8.4.3.8 Exaustão Pontual

8.4.3.8.1 Equipamentos utilizados em análises que possam gerar risco químico aos trabalhadores e
que, por algum motivo, não possam ser utilizados no interior de capelas, devem ter um sistema de
exaustão pontual.

8.4.3.8.2 Qualquer fonte de geração intensa de calor deve possuir sistema de exaustão pontual para
evitar a sobrecarga no sistema de distribuição de ar.

8.4.3.9 Sistema de Exaustão das Capelas e Coifas

8.4.3.9.1 Em cada projeto devem ser avaliadas as condições de simultaneidade e diversidade das
capelas e coifas para especificar o mais apropriado sistema de exaustão.

8.4.3.9.2 Recomenda-se utilizar sistema de volume de ar variável nas capelas e coifas para manter
as velocidades de face constante, possibilitar redução das vazões totais de ar de exaustão e do ar
insuflado durante o dimensionamento e operação do laboratório. [Prática Recomendada]

NOTA Para evitar perda de velocidade de saídas dos gases de exaustão e, consequência da
redução da pluma de dispersão, deve-se adotar um dos seguintes métodos abaixo:

a) dimensionar a chaminé para a vazão mínima de ar de exaustão: deve ser considerado o


nível de ruído e a vibração quando for operado sob vazões de ar maiores;
b) introdução de ar exterior na sucção do ventilador para mantê-lo sob vazão constante de
ar, sempre que houver redução de ar de exaustão nas capelas e coifas;
c) prever exaustores e suas respectivas chaminés com captação em um plenum de ar
único; os exaustores são acionados conforme quantidade de vazão de ar de exaustão.

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8.4.3.9.3 As descargas dos sistemas de exaustão devem atender as seguintes características:

a) alta velocidade de descarga de 10 m/s a 15 m/s;


b) localização suficientemente afastada das tomadas de ar do laboratório e da vizinhança;
c) reduzir as interferências devido a rosa de ventos do local.

8.4.3.9.4 Recomenda-se que seja feito estudo de dispersão dos gases de exaustão nos laboratórios
que manipulem substancias químicas para avaliação dos riscos de contaminação nas vizinhanças e
no próprio laboratório. [Prática Recomendada]

8.4.3.9.5 As mínimas vazões de ar nos sistemas de exaustão devem atender aos seguintes critérios:

a) manter a temperatura interna no duto abaixo do limite de resistência do material


utilizado;
b) evitar o retorno de condensado, partículas sólidas e gases mais pesados do que o ar.

8.4.3.10 Alarmes e Monitoramento

8.4.3.10.1 Devem ser previstos, no mínimo, os seguintes alarmes para indicação de falha:

a) dos equipamentos do sistema de HVAC;


b) das velocidades de face nas capelas, quando for aplicado sistema de HVAC nas
capelas;
c) das temperaturas internas;
d) das umidades relativas internas;
e) das pressões diferenciais.

8.4.3.10.2 A localização e tipo de alarmes (sonoro ou visual) devem ser definidos durante o
desenvolvimento do projeto do laboratório.

8.4.3.11 Ensaio e Aprovação

8.4.3.11.1 Deve ser atendido o item de ensaio e aprovação da ABNT NBR 16401-1.

8.4.3.11.2 Recomenda-se que o profissional ou entidade responsável pelos serviços de ensaio e


aprovação esteja participando desde a etapa de desenvolvimento do projeto até a aceitação do
sistema de HVAC. [Prática Recomendada]

8.4.3.11.3 Recomenda-se que o projeto especifique ensaios complementares para condições


adequadas de ocupação, condição climática e carga térmica caso haja previsão de que os ensaios
finais sejam realizados com os ambientes não ocupados ou com condição de carga térmica que não
seja suficiente para a comprovação do desempenho da instalação. [Prática Recomendada]

8.4.3.11.4 Nos ensaios devem ser simuladas as condições operacionais para plena carga de projeto
(100 %) e para as condições parciais de operação de 75 %, 50 % e 25 % de utilização do sistema de
HVAC.

8.4.3.11.5 Em todas as redes de dutos devem ser realizados testes de estanqueidade conforme
DW 143. As redes de dutos devem ser limpas e seladas antes e durante a montagem.

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8.4.3.11.6 As capelas devem ser testadas conforme a ANSI/ASHRAE 110 para as condições de
projeto. Em capelas com sistema de volume de ar variável, devem ser simuladas tanto as condições
de plena carga (abertura de operação) como as parciais (mínima abertura).

8.4.3.12 Operação e Manutenção

8.4.3.12.1 Deve ser elaborado Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para todo o
sistema de HVAC, conforme Portaria GM/MS 3523.

8.4.3.12.2 Sempre que houver quaisquer tipos de intervenção no laboratório que impacte no
funcionamento do sistema de HVAC devem ser realizados novos ensaios e aprovação do sistema de
HVAC.

8.5 Rede de Utilidades

8.5.1 As linhas de utilidades devem ser instaladas de modo a permitir fácil acesso e manutenção.

8.5.2 Todas as linhas de utilidades devem possuir válvulas gerais e válvulas de bloqueio rápido para
o caso de vazamento ou acidente.

8.5.3 As válvulas das linhas de utilidades utilizadas nas capelas e bancadas devem estar localizadas
em seu exterior, em posição de fácil acesso e devidamente identificadas por cor e placa.

8.5.4 As saídas dos sistemas e bombas a vácuo devem ser ligadas às linhas de “vent” ou a outro
sistema de exaustão.

8.6 Instalações Especiais

8.6.1 O projeto do laboratório deve possuir sistemas de detecção, alarme e combate a incêndio, de
acordo com as características de suas instalações, normas e legislação vigente.

8.6.2 Deve ser prevista a disponibilidade de mantas anti-chama.

8.7 Acesso de Pessoas

8.7.1 O laboratório deve possuir, pelo menos, duas portas convenientemente situadas, de modo a
possibilitar, em caso de emergência, a fuga de pessoas e o acesso de brigadistas pelo lado oposto ao
evento.

NOTA Recomenda-se que as portas estejam situadas em posições diametralmente opostas e


aquelas com acesso para as circulações principais sejam recuadas por meio de caixas de
porta. [Prática Recomendada]

8.7.2 As portas devem abrir no sentido de saída, de modo que, ao se abrir, não impeçam as vias de
passagem, conforme estabelecido pela NR-23.

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8.7.3 As portas do laboratório devem possuir em sua metade superior um visor de vidro incolor e
transparente.

8.7.4 Para a instalação de vidros em divisórias, janelas e visores, deve ser usado vidro tipo laminado,
de modo a não produzir estilhaço quando submetido a impacto ou explosão.

8.7.5 Nenhuma porta de laboratório em operação deve ser fechada a chave, aferrolhada ou presa.

8.7.6 Recomenda-se que as portas de acesso para pessoas tenham 0,90 m x 2,10 m como
dimensão mínima. [Prática Recomendada]

8.8 Acesso de Equipamentos e Materiais

8.8.1 As portas de acesso para equipamentos devem ter 1,20 m x 2,10 m como dimensão mínima.

NOTA Para o caso de portas multifuncionais, de acesso para pessoas e equipamentos, deve ser
adotada a maior medida estabelecida.

8.8.2 A edificação que possuir mais de um andar deve ser provida de elevadores de carga, monta-
carga ou rampas, como opção alternativa de degraus ou escadas.

NOTA Os elevadores de carga ou monta-carga devem ser especificados de acordo com os


equipamentos e materiais a serem transportados.

8.8.3 No caso do laboratório possuir mais de um andar, as escadas devem ser utilizadas somente
para a circulação de pessoas, devendo ser providas de guarda-corpo e corrimão, conforme
estabelecido pela NR-8.

8.9 Acesso de Amostras

Deve ser prevista uma área para o recebimento de amostras de forma a minimizar a circulação de
pessoas dentro laboratório.

8.10 Circulação

8.10.1 As áreas de circulação de trabalho e os espaços em torno de equipamentos devem atender


as dimensões mínimas apresentadas nas Figuras 1 e 2 de forma a permitir a movimentação segura
de materiais e pessoas.

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Figura 1 - Laboratório com Pouca Movimentação

Figura 2 - Laboratório com Movimentação Intensa

8.10.2 A circulação principal que conduz à saída do laboratório deve ter, no mínimo, 1,20 m de
largura, ser devidamente sinalizada e mantida permanentemente desobstruída.

8.11 Áreas Quentes

Recomenda-se que seja prevista uma área reservada para instalação de equipamentos que gerem
calor (mufla, estufa etc.). [Prática Recomendada]

8.12 Piso

8.12.1 O tipo de material utilizado no piso do laboratório deve ser escolhido de acordo com a
atividade a ser executada no laboratório.

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8.12.2 O material de acabamento para especificação do piso do laboratório deve apresentar


resistência química e mecânica, baixa porosidade, impermeabilidade, fácil limpeza e ser
antiderrapante.

8.12.3 O piso do laboratório não deve possuir juntas. No caso de possuí-las, devem ser de material
impermeável e de menor dimensão possível.

8.12.4 No caso específico de laboratórios que manipulem mercúrio metálico nos seus ensaios, tais
como: petrofísica e PVT, devem possuir:

a) pisos isentos de juntas e com caimento para ralos, coberto por uma camada de água
que impeça sua volatilização, não interligados ao sistema de drenagem do laboratório;
b) rodapés isentos de juntas e arredondados.

8.12.5 Escadas e rampas devem ser sinalizadas.

8.12.6 Os pisos do laboratório não devem apresentar saliências, depressões ou diferenças de níveis
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.

8.12.7 Nos casos sala de armazenamento de produtos inflamáveis a especificação do piso deve ser
feito de acordo com o estudo de classificação de área.

8.13 Iluminação

8.13.1 A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa, devendo ser projetada e
instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

8.13.2 Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados no laboratório devem ser adequados
à necessidade da atividade a ser desenvolvida, conforme estabelecido pela PETROBRAS N-2429.

8.13.3 Deve ser previsto sistema de iluminação de emergência ligado a circuito de emergência ou
luminárias independentes.

8.14 Aspectos Ergonômicos

8.14.1 Os laboratórios, assim como seus equipamentos e postos de trabalho, devem atender as
exigências ergonômicas definidas na NR-17, levando em consideração a atividade específica
executada.

8.14.2 Para o cálculo da altura da bancada deve ser considerada a média antropométrica da
população usuária (ver Figura 3). De acordo com o tipo de equipamento a ser utilizado, a bancada
deve ser projetada, levando em conta o desconto da altura do equipamento.

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Altura do
cotovelo

100-110
90-95 75-90 105 cm Homens
(95-105)
(85-90) (70-85) 98 cm Mulheres

Trabalho de precisão Trabalho leve Trabalho pesado

NOTA As dimensões estão em centímetros.

Figura 3 - Alturas Recomendadas para Superfícies Horizontais de Trabalho Na


Posição de Pé

8.14.3 Os mobiliários instalados sob bancadas e capelas devem possuir recuo para acomodação dos
pés.

8.14.4 Para trabalhos executados na posição sentada a altura do assento da cadeira deve ser
regulada de acordo com a altura da bancada/mesa, o encosto ajustado ao corpo e os pés apoiados
no chão ou em descanso (ver Figura 4).

Mesa fixa

Mesa regulável

Cadeira

Cadeira
740

540-740
470-570

Apoio para
370-530
0-200

NOTA As dimensões estão em milímetros.

Figura 4 - Dimensões Recomendadas para Altura de Mesa, Conjugada com Altura de


Cadeira e Apoio Para os Pés

8.14.5 A largura livre sob o plano de trabalho para acomodação das pernas na posição sentada deve
ser no mínimo 70 cm.

8.14.6 As arestas e cantos vivos de mesas e bancadas devem ser evitados.

8.14.7 As gavetas devem ser providas de guias laterais, limitador de curso, batentes, amortecedores
e espelho frontal.

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8.14.8 Os armários utilizados para armazenar vidrarias ou produtos químicos devem ser providos de
prateleiras internas removíveis e ajustáveis em diversos níveis de altura, não excedendo a 1,50 m.

NOTA Os armários utilizados para armazenar amostras ou produtos químicos líquidos devem
possuir contenção para derramamentos.

8.14.9 A distribuição de equipamentos e mobiliários deve ser feita de forma a otimizar as atividades.

8.15 Capela

Na construção da capela devem ser obedecidos, pelo menos, os seguintes requisitos:

a) instalar dispositivo de detecção e alarme, para casos de falta de exaustão nas capelas;
b) instalar os equipamentos, vidros e dispositivos que gerem fumaça a uma distância maior
que 20 cm da face da capela;
c) deve ser testada, considerando os dados de projeto e ANSI/ASHRAE 110, em período
não superior a um ano;
d) para trabalho com chama a capela deve ser resistente a alta temperatura.

8.16 Bancos de Prova de Motores de Combustão Interna

Na construção do banco de provas deve ser previsto sistema de exaustão de descarga dos
equipamentos e o aterramento das estruturas.

8.17 Abrigo para Cilindro de Gases

A construção dos abrigos deve considerar os seguintes critérios:

a) ser compatível com as dimensões, quantidade e movimentação dos cilindros;


b) ter cobertura com geometria que não permita o acumulo de gases e que proteja contra
as intempéries;
c) possuir portas gradeadas que facilitem a ventilação natural;
d) possuir dispositivo para fixação dos cilindros, preferencialmente, de forma individual;
e) apresentar áreas segregadas para cilindros cheios e vazios;
f) possuir piso nivelado com o da área externa;
g) para gases inflamáveis prever aterramento do piso e anteparas a prova de fogo.

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Anexo A - Rótulos e Etiquetas

A.1 Rótulos

Para confecção de rótulos, devem ser atendidos os critérios da ABNT NBR 14725-3.

A.2 Identificação de Amostras

A.2.1 A identificação das amostras, coletadas para o envio ao laboratório, devem conter as seguintes
informações:

a) amostra;
b) origem da amostra;
c) local de amostragem;
d) data e hora da amostragem;
e) solicitante;
f) amostrado por;
g) número da amostra;
h) número do lacre;
i) finalidade;
j) tipo de amostragem;
k) símbolo de segurança;
l) observações.

A.2.2 Recomenda-se que seja utilizada a diagramação de etiqueta apresentada na Figura A.1.
[Prática Recomendada]

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Vazado para passagem


de cordão ou elástico

0,5

3
2,5 4,5

Logomarca AMOSTRA:
da PETROBRAS
D:\DOCUME~1\EELR\CONFIG~1\Temp\A$C053D2D3D.dib
1,8
ORIGEM DA AMOSTRA:

LOCAL DE AMOSTRAGEM:
0,9

DATA E HORA DA AMOSTRAGEM:


0,9
12
SOLICITANTE:
0,9

AMOSTRADO POR:
1

N.° DA AMOSTRA: N.° LACRE:


1

FINALIDADE: TIPO DE AMOSTRAGEM:


1

SÍMBOLO DE SEGURANÇA:

OBSERVAÇÃO:

3,8 3,8

NOTA Dimensões em centímetros.

Figura A.1 - Modelo de Etiqueta para Amostra

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A.3 Etiqueta para Controle da Utilização de Cilindros de Gases Especiais

A.3.1 A identificação dos cilindros, para efeito de controle de utilização, devem conter as seguintes
informações:

a) pressão inicial da utilização;


b) pressão final de utilização;
c) informação de “cheio”, “vazio” ou “em uso”.

A.3.2 Recomenda-se que seja utilizada a diagramação da etiqueta apresentada na Figura A.2.
[Prática Recomendada]

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Vazado para passagem


de cordão ou elástico
1

2,4

2,4
1

PRESSÃO INICIAL:

2,4 D:\DOCUME~1\EELR\CONFIG~1\Temp\A$C053D2D3D.dib

PRESSÃO FINAL:

NOME DO PRODUTO:
0,8

2,5

Picotes para destacar


2,5
campos da etiqueta

2,5

7,6

NOTA Dimensões em centímetros.

Figura A.2 - Modelo de Etiqueta de Controle de Utilização de Cilindros de Gases


Especiais

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Anexo B - Tabelas

Tabela B.1 - Classes de Substâncias Incompatíveis (A x B)

Substâncias A Substâncias B

Água, Ácidos, Compostos Orgânicos Halogenados,


Metais Alcalinos e Alcalinos Terrosos Agentes Oxidantes: Cromatos, Dicromatos, CrO3,
(Carbetos, Hidretos, Hidróxidos, Óxidos Halogênios, Agentes Halogenantes, Peróxido de
e Peróxidos) Hidrogênio, Peróxidos, Ácido Nítrico, Nitratos,
Percloratos, Cloratos, Permanganatos e Persulfatos

Ácidos Bases
Ácidos, Metais Pesados e seus Sais e Agentes
Azidas Inorgânicos
Oxidantes
Cianetos Inorgânicos Ácidos e Bases Fortes
Nitratos Inorgânicos Ácidos, Metais, Nitritos e Enxofre
Nitritos Inorgânicos Ácidos e Agentes Oxidantes
Sulfetos Inorgânicos Ácidos
Compostos Orgânicos Agentes Oxidantes
Haletos de Acila e Agentes Oxidantes, Bases e Compostos
Anidridos Orgânicos Hidróxi-Orgânicos
Compostos Orgânicos Halogenados Agentes Oxidantes, Alumínio Metálico
Nitro Compostos Orgânicos Agentes Oxidantes, Bases Fortes
Metais em Pó Ácidos e Agentes Oxidantes
Acetileno e Acetileno Monosubstituído
Halogênios, Metais do Grupo IB e IIB e seus Sais
(R-CCH)
Halogênios, Agentes Halogenantes, Prata e
Amônia e NH4OH
Mercúrio
Carbono Ativado Agentes Oxidantes
Peróxido de Hidrogênio Metais e seus Sais
Metais, Ácido Sulfúrico, Sulfetos, Nitritos e Outros
Ácido Nítrico Agentes Redutores, Ácido Crômico, Cromatos e
Permanganatos
Amônia e NH4OH, Ácido Nítrico, Acetileno e Azida
Mercúrio e suas Amálgamas
de Sódio
Ácido Oxálico Prata e Mercúrio
Fósforo (Amarelo) Oxigênio, Agentes Oxidantes e Bases Fortes
Pentóxido de Fósforo Água e Agentes Halogenantes
Metais, Cloratos, Percloratos, Permanganatos e
Ácido Sulfúrico
Ácido Nítrico
Materiais inflamáveis, hidrocarbonetos (óleos e
graxas), asfalto, éter, álcool, ácidos e aldeídos,
Oxido nitroso
metais alcalinos, boro, carbureto de tungstenio e
alumínio.

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Tabela B.2 - Incompatibilidade dos Gases Comprimidos

Gases ou
Substâncias

Combustível Líquido
Combustível Sólido
Produto Orgânico
Natureza

Gás Carbônico
Gás Sulfídrico
Ciclopropano

Hidrogênio

Nitrogênio
Amoníaco

Propileno
Acetileno

Criptônio

Oxigênio
Propano

Xenônio
Argônio

Metano
Neônio
Etileno
Etano
Cloro

Flúor

Hélio
GLP
Gases
I Acetileno S N S N N S N N N S N N S N N S S N N N S N N N
I Amoníaco N S S N N S N N N N N N S N N S S N N N S N N N
IN Argônio S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
I Ciclopropano N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S N N N
CR Cloro N N S N S S N N N N N N S N N S N N N N S N N N
IN Criptônio S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
I Etano N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S N N N
I Etileno N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S N N N
I Flúor N N S N N S N N S N N N S N N S S N N N S N N N
IN Gás Carbônico S N S S N S S S N S S S S S S S S S S S S S S S
I, CR Gás Sulfídrico N N S N N S N N N N S N S N N S S N N N S N N N
I GLP N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S N N N
IN Hélio S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
I Hidrogênio N N S N N S N N N S N N S S N S S N N N S N N N
I Metano N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S N N N
IN Neônio S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
IN Nitrogênio S S S S N S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
C Oxigênio N N S N N S N N N S N N S N N S S S N N S S N N
I Propano N N S S N S S S N S N S S N S S S N S S S S N N
I Propileno N N N S N S S S N S N S S N S S S N S S S S N N
IN Xenônio S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S

Onde:
I = inflamável;
IN = inerte;
C = comburente;
CR = corrosivo;
S = pode ser armazenado com gás ou substância indicado;
N = não deve ser armazenado com gás ou substância indicada.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão

IR 1/1

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