50% acharam este documento útil (2 votos)
2K visualizações4 páginas

Fragilidade Humana em Os Lusíadas

Este resumo descreve duas estâncias do Canto I dos Lusíadas de Camões. O poeta reflete sobre a fragilidade da vida humana e os perigos que enfrentam, tanto no mar como na terra, provocados pela natureza e pelo homem, respectivamente. Camões questiona onde o homem frágil pode encontrar segurança quando até o céu parece conspirar contra ele.

Enviado por

Joana Correia
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
50% acharam este documento útil (2 votos)
2K visualizações4 páginas

Fragilidade Humana em Os Lusíadas

Este resumo descreve duas estâncias do Canto I dos Lusíadas de Camões. O poeta reflete sobre a fragilidade da vida humana e os perigos que enfrentam, tanto no mar como na terra, provocados pela natureza e pelo homem, respectivamente. Camões questiona onde o homem frágil pode encontrar segurança quando até o céu parece conspirar contra ele.

Enviado por

Joana Correia
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 4

Fragilidade da vida humana – Canto I

Enquadramento do episódio
• Este episódio d’ Os Lusíadas enquadra-se no
canto I nas estâncias 105 e 106, da página 220 do
manual do 10ºano.

• Estas estrofes constituem o final do Canto I,


correspondendo à primeira reflexão sobre a
condição humana, na qual o poeta faz ouvir a sua
voz em relação à sociedade do seu tempo.

Resumo do conteúdo das estâncias


Estância 105

• (vv 1-4) Camões mostra-nos a traição que está a ser preparada contra os
portugueses, pelo povo de Mombaça que com a ajuda do rei Baco tenta
destruí-los, mas acabam por ser descobertos.

• (vv 5-8) O sujeito poético fala-nos das reflexões da natureza do ser


humano e dos perigos e inseguranças que a vida tem.

Estância 106

• (vv 1-4) O sujeito poético fala-nos de grandes e gravíssimos perigos


ocorridos tanto no mar como na terra: no mar são os temporais, os
estragos e a morte, provocados pela Natureza; na terra são a guerra, a
traição e as fatalidades da vida provocadas pelo Homem;

• (vv 5-8) Camões faz uma interrogação retórica, aproveitando para pôr o
leitor a refletir e pensar “Onde pode acolher-se um fraco humano/ Onde
terá segura a vida curta/ Que não se arme e se indigne o Céu sereno/
Contra um bicho da terra tão pequeno?”, fazendo parecer que há uma
conspiração do Céu contra o homem e é este “Céu sereno” que vai contra
um “bicho da terra tão pequeno”, sendo este, o Homem. Os portugueses
são vistos como “bicho da terra”, mas conseguiram vencer várias
batalhas e fazer vários feitos considerando-os, assim, heróis.

1
Mensagem contida nas estâncias
• O motivo que está na origem da sua reflexão é a insegurança e fragilidade
da vida humana face aos grandes perigos, tais como, a chegada dos
portugueses a Mombaça após escaparem à cilada arquitetada por Baco
(Deus do vinho), com o intuito de destruir a armada em Quíloa. O poeta
aproveita para refletir sobre os perigos a que o ser humano está sujeito.

Alguns recursos expressivos

Antítese: “O recado que trazem é de amigos, / mas debaixo o veneno vem


coberto/ Que os pensamentos eram de inimigos/ Segundo foi o engano
descoberto”
Este recurso expressivo reforça as ideias contrárias, pois, na aparência o recado
é de amizade, mas, na realidade é de grande perigo e de inimigos, acabando
por se descoberto.

Anáfora e hipérbole: “Ó grandes e gravíssimos perigos/ Ó caminho da vida


nunca certo”
Conferem um tom hiperbólico aos perigos e às suas gravidades.

Metáfora: “Contra um bicho da terra tão pequeno?”


Reforça a diferença que existe entre o Homem e as adversidades que estes têm
de ultrapassar para atingir os seus objetivos e refere-se também à “pequenez”
do ser humano em geral.

Interrogação retórica: “Onde pode acolher-se um fraco humano/ Onde terá


segura a vida curta/ Que não se arme e se indigne o Céu sereno/ Contra um
bicho da terra tão pequeno?”
Com esta interrogação retórica o autor está a expressar a sua indignação
perante a condição frágil do Homem, onde nem o Céu o protege, e conspira
contra ele.

2
Especificidades do episódio
• Há uma presença de traços autobiográficos do Poeta nestas estâncias,
pois, o sujeito poético é comparado com a obra onde também estava
sujeito a perigos. O autor estava sempre metido em problemas onde era
constantemente atacado, como, por exemplo, quando perdeu o olho na
batalha de Ceuta, quando para se livrar da prisão da cadeia do Tronco,
ele teve de se voluntariar para ir para a Índia, onde enfrentou vários
perigos no mar.

• A reflexão do bicho da terra tão pequeno também advém da experiência


do poeta, quando este vai na viagem para a Índia e que sente na própria
pele estas fragilidades, por isso, a descrição que ele faz da viagem é do
próprio saber, sendo que ele a vivenciou.

• Camões também não teve sorte na sua vida


amorosa, no regresso da Índia para
Portugal, o barco onde vinha ele, a sua
amada, Dinamene, e o manuscrito dos
Lusíadas naufragou, acabando por se
conseguir salvar a ele e ao manuscrito,
pois, estava perto da costa, não
conseguindo, assim, salvar a sua amada.

• Nestas estâncias está presente o Plano do


Poeta, não há uma presença direta, mas
há uma ligação com o Plano da Viagem
(onde se refere, por exemplo, aos perigos
do mar).

3
Relação da imagem com o episódio
Esta imagem vai ao encontro do conteúdo destas estâncias, pois está presente
vários perigos como o exemplo do naufrágio ocorrido com Camões e está
também presente a fragilidade da vida humana.

Trabalho realizado pelas alunas do 11ºD: Catarina Machado Nº6


Joana Correia Nº12

Você também pode gostar