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História Da Ressonância

O documento descreve a história da ressonância magnética desde os experimentos de Stern-Gerlach na década de 1920 que levaram à descoberta do spin atômico. Posteriormente, experimentos de Rabi em 1939 demonstraram o efeito da ressonância magnética nuclear pela primeira vez e nos anos 1940 e 1950 Bloch, Purcell e outros desenvolveram a técnica para imagens do corpo humano, recebendo o Prêmio Nobel. Atualmente a ressonância magnética é amplamente utilizada na medicina para gerar imagens anatômicas de alta

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História Da Ressonância

O documento descreve a história da ressonância magnética desde os experimentos de Stern-Gerlach na década de 1920 que levaram à descoberta do spin atômico. Posteriormente, experimentos de Rabi em 1939 demonstraram o efeito da ressonância magnética nuclear pela primeira vez e nos anos 1940 e 1950 Bloch, Purcell e outros desenvolveram a técnica para imagens do corpo humano, recebendo o Prêmio Nobel. Atualmente a ressonância magnética é amplamente utilizada na medicina para gerar imagens anatômicas de alta

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História da Ressonância

O conceito de spin surgiu da necessidade de se explicar os resultados até então impensados


na experiência de Stern-Gerlach na década de 1920. Nessa experiência, um feixe colimado de átomos
de prata, oriundos de um forno a alta temperatura, atravessavam um campo magnético altamente não
homogêneo. Tal experiência era destinada a medir a distribuição dos momentos magnéticos, devidos
principalmente aos elétrons. Como os átomos, na temperatura em que estavam emergindo do forno,
estavam no seu estado fundamental 1S0, deveriam sofrer desvios nulos na presença do campo
magnético não homogêneo. A distribuição esperada era da perda da coerência espacial do feixe
durante o seu tempo de voo, do forno de origem até o alvo. Tal não sucedeu.

O resultado dessa experiência foram duas manchas de depósito de prata sobre o alvo,
indicando que o feixe se dividirá em dois durante o percurso. Isso indicou que os átomos de prata do
feixe ainda tinham um grau de liberdade de momento angular, mas que não era o momento angular
orbital dos elétrons no átomo, mas sim momentos angulares intrínsecos destas partículas. A esse
”momento angular intrínseco ” deu-se o nome de spin (significando giro em português).

Em 1924, Wolfang Pauli postulou que os núcleos comportar-se-iam como minúsculos imãs.
Mais tarde, experiências similares, porém mais sofisticadas, aos do Stern Gerlach determinaram
momentos magnéticos de várias espécies.

Posteriormente, em 1939, Rabi e colaboradores submeteram um feixe molecular de hidrogênio


(H2) em alto vácuo a um campo magnético não homogêneo em conjunto com uma radiação na faixa
da radiofrequência (RF). Para um certo valor de frequência o feixe absorvia energia e sofria pequeno
desvio. Isso era constatado como uma queda da intensidade observada do feixe na região do
detector. Este experimento marca historicamente a primeira observação do efeito da ressonância
magnética nuclear.

Nos anos de 1945 a 1946 duas equipes, uma de Bloch e seus colaboradores na Universidade
de Stanford, e outra de Purcell e colaboradores na Universidade de Harvad procurando aprimorar a
medida de momentos magnéticos nucelares observam sinais de absorção de radiofrequência dos
núcleos de H1 na água e na parafina, respectivamente, pelo que os dois grupos foram agraciados com
o prêmio Nobel de Física em 1952.

Quando Parckard e outros assistentes de Bloch substituíram a água por etanol, em 1950 e
1951, e notaram que havia três sinais e não somente um sinal ficaram decepcionados. Entretanto,
esse aparente fracasso veio a indicar alguns dos aspectos mais poderosos da técnica: a múltipla
capacidade de identificar a estrutura pela análise de parâmetros originados de acoplamentos mútuos
de grupos de núcleos interagentes. Pouco tempo depois, em 1963, já eram produzidos os primeiros
espectrômetros de RMN no mercado, já com um elevado resolução e grande sensibilidade.

Nos equipamentos de ressonância magnética para imageamento biológico, os núcleos dos


átomos de hidrogênio presentes no objeto de análise são alinhados por um forte campo magnético e
localizados por bobina receptora devidamente sintonizada na frequência de ressonância destes.

Tecnologia em Ressonância

IMAGEM DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, A TÉCNICA DO EFEITO NUCLEAR.

Com a ajuda da ressonância magnética imagens finas e em camadas, chamadas de


tomogramas são geradas de qualquer parte do corpo de qualquer ângulo sem penetrar no corpo.

O procedimento do diagnóstico sem stress que tem sido aplicado desde o início dos anos 80
trabalha com campos magnéticos fortes e impulso curtos de rádio. Ele é baseado no chamado efeito
nuclear. Este tempo descreve a propriedade de um núcleo anatômico para ligar o seu próprio eixo
como um pião, transformando-o em um pequeno ímã. O núcleo anatômico de hidrogênio que é
apresentado no corpo em grande número se comporta exatamente da mesma forma.

Na ressonância Magnética, o corpo é submetido ao campo magnético que é aproximadamente


30,000 vezes mais forte do que aquela da terra. Esse campo magnético artificial faz com que os
átomos de hidrogênio do corpo se alinhem em uma direção ao invés de uma bússola em um campo
magnético na terra. Quando o impulso é cessado, os átomos retornam à sua posição original. Durante
este relaxamento, os átomos de hidrogênio emitem sinais ressonantes que são medidos.

Os sinais recebidos servem como base para gerar imagens de dentro do corpo com a ajuda de
processos de computador como os desenvolvidos para radiografia e tomografia. Os tecidos aparecem
na tela em diferentes níveis de iluminação. Os tecidos que são ricos em água são bastante brilhosos,
tecidos com pouca água são escuros. Os ossos quase não são vistos enquanto tecidos como os
músculos, ligamentos, tendões e órgãos podem ser reconhecidos claramente em tons de cinza. As
imagens por RM, contudo, são obtidas de modo não invasivo, têm extraordinária resolução espacial,
não empregam radiação ionizante e se baseiam na resposta específica do próton de hidrogênio, de
absorver e refletir energia contida em ondas.

Como funciona a Ressonância

Em 3 de julho de 1977, ocorreu algo que mudaria o cenário da medicina moderna, mal tenha
sido notado fora da comunidade de pesquisas médicas: foi feito o primeiro exame de ressonância
magnética em um ser humano.

Foram necessárias quase cinco horas para produzir uma imagem. E se compararmos com
outros padrões, as imagens eram bem feias. Dr. Raymond Damadian, médico e cientista, e seus
colegas Dr. Larry Minkoff e Dr. Michael Goldsmith trabalharam durante sete longos anos para chegar a
esse ponto. Eles chamaram a primeira máquina de “Indomável”, numa forma de captar o espírito de
sua luta para fazer o que todos diziam ser impossível.

Agora, essa máquina se encontra na Smithosonian Intitution( Instituto Smithsonian). Até 1982,
havia poucos aparelhos de ressonância magnética nos EUA. Hoje, há milhares. Hoje podemos gerar
em segundos as mesmas imagens que levavam horas antigamente.

A tecnologia deste exame é bastante complicada e nem todos os compreendem bem. Você vai
aprender como funciona uma dessas grandes e barulhentas máquinas de ressonância magnética. O
que acontece com o seu corpo enquanto você está na máquina? O que você pode ver com ela e por
que tem de ficar tão imóvel durante o exame?

Vale lembrar que a RM não utiliza qualquer tipo de radiação ionizante, não há partes móveis
dentro do portal, ou seja, não existem componentes que giram ao redor do paciente. E por fim, a
imagem é obtida através de uma sequência de ações onde o corpo humano participa ativamente, ao
contrário da forma passiva de atenuação dos raios X.
Se você já viu um aparelho de ressonância magnética, deve saber que o designe básico da
maioria deles é quase um cubo gigante. O cubo de um aparelho comum deve 2 m de altura x 2m de
largura x 3m de comprimento, embora os modelos mais novos estejam ficando cada vez menores. Há
um tubo horizontal (imã) da parte dianteira até a traseira. Esse tubo é uma espécie de vão do
magneto. O paciente, deitado de costas, desliza para dentro do vão por meio de uma mesa especial.
O que vai determinar se o paciente vai entrar com a cabeça ou com os pés, ou até onde o magneto
irá, é o tipo de exame que será realizado. Embora os aparelhos venham em tamanhos e formatos
diferentes, e os novos modelos possam ter uma certa abertura nas laterais, o design básico é o
mesmo. Assim que a parte do corpo que deve ser examinada atinge o centro exato ou isocentro do
campo magnético, o exame começa.

A ressonância magnética é o método preferido para o diagnóstico de muitos tipos de traumas e


doenças devido à sua incrível capacidade de personalizar o exame de acordo com o problema médico
específico. Ao modificar os parâmetros dos exames, o aparelho de ressonância pode fazer com que
tecidos do corpo apareçam de maneiras diferentes. E isso é muito útil para que o radiologista (que lê o
exame) determina se algo visto é normal ou não. Se sabemos que ao fazer “A”, o tecido normal terá a
aparência “B”, e se isso não acontecer, pode haver alguma anomalia. Os sistemas de ressonância
magnética também podem fazer imagens do sangue circulando em praticamente qualquer parte do
corpo. Isto nos permite realizar estudos que mostram o sistema arterial do corpo sem mostrar o tecido
ao seu redor. E o que é mais impressionante, em muitos casos, o aparelho consegue fazer isto sem
injeção de contraste, que é necessária na radiologia vascular.

INTENSIDADE MAGNÉTICA

Para entender como o aparelho de tomografia por ressonância magnética funciona, vamos
começar pela palavra “magnética”. O maior e mais importante componente em um sistema de
ressonância é o magneto. O magneto de um sistema de ressonância magnética é classificado por uma
unidade de medida conhecida como tesla. Outra unidade normalmente usada com magnetos é o
Gauss (1 tesla = 10 mil Gauss). Os magnetos utilizados nos sistemas de ressonância magnética
atualmente estão dentro da faixa de 0,5 a 2 tesla, ou de 5 mil a 20 mil Gauss. Os magnetos muito
maiores (até 60 teslas) sendo utilizados em pesquisas. Comparado com o campo magnético de 0,5
Gauss da Terra, dá para ver a força desses magnetos.

Números assim ajudam a compreender racionalmente a força magnética, mas os exemplos


diários também são úteis. O local do aparelho de tomografia por ressonância magnética pode ser um
lugar perigoso se não tomarmos precauções muito severas. Objetos de metal podem se tornar
projéteis perigosos se forem levados à sala de exames. Por exemplo, clipes de papel, canetas,
chaves, tesouras, hemostatos, estetoscópio e quaisquer outros objetos pequenos podem ser puxados
de bolsos e do corpo de repente, voando para a abertura do magneto (onde o paciente fica) a
velocidades muito altas e ameaçando qualquer um que esteja na sala. Além desses cartões de crédito
cartões de banco e qualquer outra coisa com tarjas magnéticas terão seus dados apagados pela
maioria dos sistemas de ressonância magnéticas.
A força magnética exercida sobre um objeto aumenta exponencialmente conforme ele se
aproxima do ímã. Imagine ficar a 4,6 metros de distância do magneto com uma chave inglesa grande
na sua mão. Você pode sentir só um puxãozinho. Aí, você se aproxima uns dois passos e o puxão fica
muito maior. Quando chegar a uma distância de 1 metro do magneto, a chave provavelmente vai ser
puxada da sua mão. Quanto mais massa um objeto tiver, mais perigoso ele pode ser, já que a força
com a qual ele é atraído será muito maior. Baldes, aspiradores de pó, tanques de oxigênio, macas,
monitores cardíacos e vários outros objetos já foram puxados para dentro dos campos magnéticos de
aparelhos de ressonância magnética. Os objetos menores não são difíceis de tirar do magneto- basta
usar a mão. Já os maiores podem precisar de uma alavanca ou talvez seja necessário desligar o
campo magnético.

Estrutura do Ressonador Magnético

A primeira vista, o aparelho de ressonância magnética é muito semelhante a um aparelho de


tomografia computadorizada. A sala, os vários monitores, a mesa motorizada, o portal. Porém, as
semelhanças não passam de aspecto físico. Por trás daquele enorme portal existe um sistema
completamente diferente do TC. A ressonância magnética não acarretará nenhum dano ao paciente
ou ao operador.

A ressonância magnética possui 6 componentes fundamentais para seu funcionamento:

❖ Magneto
❖ Bobinas de radiofrequência
❖ Bobinas de Gradiente
❖ Suporte eletrônico
❖ Computador e console.

MAGNETO

O componente mais visível e provavelmente mais discutido do sistema de ressonância


magnética é o magneto. O magneto produz o potente campo magnético estático (Intensidade
constante) ao redor do qual os prótons estão em precessão. Atualmente, há três tipos de magnetos no
sistema de ressonância magnética. Nenhum dos três pode ser considerado superior aos outros. Cada
um possui características próprias, entretanto, compartilha um objetivo comum, a criação do campo
magnético que é medida em tesla. As intensidades de campo usadas na ressonância magnética
variam de 0,1 a 2 tesla. Apenas para comparação, o campo magnético da Terra é aproximadamente
0,00005 tesla. Outra unidade de medida de campo magnético é o Gauss ( 1 tesla = 10000 Gauss),
muito utilizada para medir a intensidade do campo em torno do equipamento de ressonância
magnética. Nesta medida, a Terra possui um campo magnético em torno de 1 Gauss.

MAGNETOS RESISTIVOS

O magneto resistivo funciona segundo o princípio do eletromagneto, no qual um campo


magnético pode ser criado passando-se uma corrente elétrica através de uma bobina de fios.
Magnetos resistivos exigem grandes quantidades de energias elétricas muitas vezes maior que aquela
necessária para equipamentos radiológicos, a fim de fornecer as altas correntes necessárias para a
produção de campos magnéticos de grandes intensidades. O custo desta energia deve ser
contabilizado como parte do custo do exame. Além disso, elevadas correntes elétricas produzem
calor, que deve ser dissipado com um sistema eficiente de resfriamento. O calor é produzido pela
resistência do próprio fio através do efeito Joule. Sistema resistivos produzem campo magnéticos de
até 1 tesla.

MAGNETOS PERMANENTES

Os custos elevados de operação associados aos outros tipos de magnetos, a energia elétrica e o
criogênio para refrigeração, não existem no magneto permanente. Determinados materiais na
natureza podem adquirir propriedades magnéticas permanentes. Um exemplo de magneto
permanente são aqueles ímãs de geladeira. Para uso na ressonância magnética, determinados
magnetos permanentes podem ser construídos em grandes tamanhos e obter-se desta forma,
intensidades de campo de até 0,3 tesla. Alguns equipamentos de ressonância magnética são
construídos com formas de placas paralelas, sustentadas por quatro pilares, onde se empregam os
magnetos permanentes. Este tipo de equipamento é conhecido popularmente como ressonância
aberta.

O custo de aquisição de um equipamento a magneto permanente situa-se entre os dois outros


tipos. No entanto, o custo operacional é muito reduzido, pois não necessita de energia elétrica nem
refrigeração. Entretanto, possui a desvantagem de ser impossível “desligar “a força do campo
magnético, o que dificulta, inclusive a manutenção. Se objetos metálicos ficarem presos no orifício
central do magneto, estes terão que ser arrancados com uma força física capaz de vencer a força total
do campo magnético. Além disso, os magnetos não podem ser transportados em caminhões metálicos
comuns.

MAGNETOS SUPERCONDUTORES

Última novidade em termos de ressonância magnética, o magneto construído com o


supercondutor também utiliza o princípio do eletromagneto. Além disso, utiliza uma propriedade que é
apresentada por alguns materiais em temperaturas extremamente baixas, a características da
supercondutividade. Um material supercondutor é aquele que perdeu toda a resistência à passagem
da corrente elétrica. Quando isso ocorre, correntes elétricas muito grandes podem ser mantidas com
pouco dispêndio de energia elétrica. Assim, o custo elétrico de operação do magneto é mínimo. Por
outro lado, o custo do sistema de refrigeração, para, manter o supercondutor em temperaturas baixas
é alto. Os materiais utilizados na refrigeração chamadas de criogênio são o nitrogênio líquido (-196 C)
e o hélio líquido (- 268 C). O custo de manter este sistema de refrigeramento intensivo é da mesma
grandeza ou maior que o custo da energia elétrica para magnetos resistivos. Há de se levar em conta
o custo do refrigerante. Por exemplo, ressonâncias magnéticas de 0,58 tesla necessitam em torno de
1.000 litros de hélio para sua refrigeração. No entanto, no uso diário, são consumidos em torno de 2
litros. Ao final de 6 meses, o consumo será de 400 litros, que deverão ser repostos num dia de
manutenção preventiva do equipamento. A vantagem deste tipo de tecnologia, apesar do alto, apesar
do alto custo inicial, é a capacidade de se atingir campos magnéticos de 2 teslas.
Os magnetos fazem com que os aparelhos de ressonância magnética sejam pesados, mas eles
ficam mais leves a cada nova geração. Por exemplo, um aparelho com oito anos e que pesa cerca de
7.711 kg está sendo substituído por um novo que pesa 4.400 kg. O novo magneto também tem mais
ou menos 1,2 m a menos do que o que está sendo substituído agora. E isso é importantíssimo para
pacientes claustrofóbicos.

O sistema antigo não podia lidar com pessoas com mais de 134 kg. Mas o novo vai
acomodar pacientes que tenham até 181 kg! Cada vez mais, esses aparelhos vão se adaptando às
necessidades dos pacientes.

BOBINAS DE GRADIENTE

Além dos potentes magnetos, um segundo importante componente do sistema de ressonância


magnética é a bobina de gradiente. A presença de um gradiente magnético ao longo do corpo do
paciente causa a precessão dos prótons em velocidades ligeiramente diferentes, em diferentes
localizações do paciente, permitindo que o computador determine a localização no paciente da qual se
originou o sinal de ressonância magnética recebido. Esta informação é, obviamente, fundamental para
a reconstrução de imagem do paciente. Os gradientes são muito mais fracos que os campos
magnéticos estáticos e podem ser produzidos por bobinas de fio relativamente simples.

O processo de execução de um exame de ressonância magnética, de certa forma, é simples.


Resumidamente, podemos dizer que o processo se restringe a colocar o paciente sobre a mesa e
posicioná-lo corretamente. Depois, escolher e posicionar a bobina corretamente para o exame e por
último, escolher no console os tempos adequados (técnicas e parâmetros) para a obtenção de uma
imagem de qualidade. A seguir, podemos acompanhar as etapas automáticas que o console de
comando realiza para obter a imagem anatômica do paciente após a seleção da técnica e ajuste dos
parâmetros.
Etapa Componente Resultado

1-Aplicar campo magnético Magneto Prótons alinham-se em precessão


2-Selecionar corte aplicando
um gradiente no campo Núcleos realizam precessão em
magnético Bobina de gradiente frequência particular
Núcleos na área do corte entram
Bobina ou antena de em precessão em fase e em ângulo
3-Aplicar pulsos RF emissão de RF maior
Bobina ou antena de Sinal elétrico é recebido dos
4-Receber sinal de RF recepção Rf núcleos e enviado ao computador
54- Converter sinal de RF
em imagem Computador A imagem é construída na tela

Bobinas de Gradiente

São como magnetos auxiliares só que com menor potência que o principal e não refrigeradas
pelo sistema de criogênia (Hélio). Tem potência para provocar variações lineares no campo
magnético, possibilitando a localização espacial do sinal de RM.

Os gradientes serão usados em momentos específicos durante o processo de aquisição das


imagens e podem ser facilmente identificados pelo ruído característico de seu funcionamento. O ruído
acústico gerado pelos gradientes é resultado da rápida passagem de corrente elétrica pelo fio que
sofre dilatação e propaga a onda sonora.

As bobinas de gradiente produzem um fluxo de corrente


em direções opostas ao campo magnético. A combinação desse
sistema de bobinas de gradiente gera gradientes de campo
lineares em cada um dos eixos ortogonais. As bobinas
gradientes são movidas por amplificadores gradientes.

Portanto, os gradientes são responsáveis pela seleção de


cortes, formação de imagens, codificação de fase e codificação
de frequência. Gradientes potentes possibilitam a aquisição de imagens de alta velocidade ou de alta
resolução.

Falhas nas bobinas de gradiente ou nos amplificadores gradientes podem ocasionar distorções
geométricas na imagem em ressonância magnética.

Há três bobinas gradientes situadas no corpo do magneto, sendo elas designadas de acordo
com o eixo segundo o qual agem ao ser colocadas em ação.

✓ Gradiente X – altera o campo ao longo do eixo Horizontal fazendo cortes sagitais

✓ Gradiente Y- altera o campo ao longo do eixo vertical fazendo cortes coronais.

✓ Gradiente Z – altera o campo ao longo do eixo longitudinal fazendo cortes axiais.

Codificação de Fase

Quando todos os gradientes são aplicados em um determinado tempo e ocorre a seleção de um


corte, ocorre um desvio de frequência ao longo de um eixo do corte e um desvio de fase ao longo de
outro eixo. Dessa forma, o sistema pode localizar um sinal individual da imagem.

Esta informação deve ser agora traduzida em termos de imagem, o que ocorre através do
armazenamento de informações no processador do sistema de computação que dispõe do chamado
espaço K. O espaço K é o domínio da frequência espacial, isto é, parte do sistema que armazena
informações sobre a frequência de um sinal e de que parte do paciente ela se origina.

O espaço K tem uma forma retangular e tem eixos retangulares entre si, que representam o eixo
de fase (formado por várias linhas horizontais) e o eixo de frequência (formado por linhas verticais).
Todas as vezes que é feita uma codificação de frequência, ou de fase, são colhidos dados que devem
ser armazenados nas linhas do espaço K e estes dados produzirão uma imagem do paciente.

Na realidade, o espaço K funciona como uma fonte de armazenamento de dados até que uma
aquisição completa termine; o que ocorre quando todas as linhas do espaço K estão preenchidas.

Para uma determinada aquisição, o número de linhas do espaço K que são preenchidas, é
determinado pelo número de diferentes inclinações de codificação da fase que são aplicadas: uma vez
preenchidas todas as linhas do espaço K selecionado, a aquisição de dados está completa, aquela
parte do exame está terminada e os dados mantidos no espaço K são convertidos em imagens
através de equação de Fourier que é um processo puramente matemático.

Em fatos históricos, o primeiro cientista a realizar estudos detalhados sobre a transmissão de


calor por condução foi o físico Joseph Fourier. Através de experimentos ele conseguiu formular
matematicamente a “rapidez” com que o calor é transmitido por condução.

Matriz

A unidade base de uma imagem digital é o pixel. O pixel, portanto, é apresentado em duas
dimensões e representa também a unidade de superfície de um determinado tecido do paciente. O
voxel representa um volume unitário de tecido do paciente e é determinado pela área unitária de
superfície (pixel) multiplicada pela espessura do corte. A área do pixel é determinada pelo tamanho do
campo de visão e pelo número de pixels no campo de visão ou matriz. O campo de visão relaciona-se
à extensão da anatomia coberta e ele pode ser quadrado ou retangular.
Bobinas de Radiofrequência

As bobinas ou antenas de RF são responsáveis pela transmissão e recebimento do sinal de RM.


As bobinas podem ser transmissoras e receptoras, somente transmissoras ou somente receptoras.
São utilizadas para excitar os spins e/ou captar os sinais de ressonância. Essas bobinas precisam
produzir um campo de RF homogêneo e bem delimitado, através da região de interesse e podem ser
divididas em quatro grandes grupos:
As de superfície, que são bobinas que só recebem radiofrequência, são divididas em dois
subgrupos: as lineares flexíveis, conhecidas como R1 e E1; e as lineares rígidas, conhecidas como T-
L Spine, Anterior Neck e Sinergias e depois as circulares flexíveis, também conhecidas como C1, C2,
C3 e C4.

Um outro grupo é o das quadraturas, que recebem e emitem RF e são utilizadas para se obter
sinal por toda a volta do órgão em questão: são as Head Coil, Neck Quad, Body Coil e Knee.

Existem também as de arranjo de fase, que permitem simular uma quadratura. São elas: Torso
e Body Upper Around. As bobinas de arranjo de fase são compostas por múltiplas pequenas bobinas
(ou elementos) cada uma com um circuito próprio de detecção, que se sobrepõem e irão envolver a
anatomia de interesse.

E por fim a Endocavitária, utilizada para pequenas regiões e que só recebe RF. É utilizada para
exames de próstata. Para prolongamento ou extensão, utilizamos filtro; e para marcar posição ou
localização de estruturas, colocamos marcadores.

Bobina de mama

Bobina de Ombro
Bobina de Pulso

Bobina Pequena de cabeça

Corpo da Bobina flex Bobina de corpo aberta

Bobina de Pulso
Não há riscos biológicos conhecidos para quem é exposto a campos magnéticos utilizados na
medicina hoje em dia. Mas a maior parte das clínicas e hospitais prefere não fazer exames em
mulheres grávidas. Isto se deve ao fato de que não foram feitas muitas pesquisas sobre os efeitos
biológicos em fetos em desenvolvimento. O primeiro trimestre de uma gravidez é o mais crítico por ser
o momento em que a reprodução e divisão celular ocorrem com maior rapidez. Mas a decisão de fazer
ou não fazer o exame em mulheres grávidas é tomada em cada caso com uma conversa entre o
radiologista e o obstetra da paciente.

O benefício de realizar o exame deve ser maior do que o risco para a mãe e para o feto, por
menor que ele seja. Mas as técnicas que estão grávidas e trabalham com aparelhos de ressonância
magnética podem continuar a trabalhar quase que normalmente.

A estrutura do átomo

Da estrutura básica do átomo, é sabido que uma nuvem de elétrons (partículas negativamente
carregadas) orbita em torno de uma massa nuclear, formada de prótons (positivamente carregados) e
nêutrons (eletricamente neutros).

Diferentemente das imagens de Raios-X, relacionadas com elétrons orbitais, o sinal da RNM
surge a partir do centro do átomo, ou núcleo. Embora as propriedades químicas de um átomo
dependam da estrutura de seus elétrons, as propriedades físicas dependem largamente do seu
núcleo, que é responsável por quase a totalidade da massa do átomo. Embora prótons nucleares e
elétrons orbitais possuam cargas opostas e de mesma intensidade, a fim de manter neutralidade
elétrica do átomo, o número de prótons e nêutrons é frequentemente desigual.

Esse principio de desigualdade no núcleo do átomo invoca uma definição em física, chamada de
"momento angular" do núcleo. Se um núcleo contém desigual número de prótons e nêutrons, então,
ele possui um momento angular ou uma resultante angular. Se não existe desigualdade entre o
número de prótons e nêutrons, o momento é zero. Qualquer outra combinação terá uma resultante
diferente de zero.

Somente aqueles átomos que possuem número impar de prótons e/ou nêutrons serão capazes
de produzir um sinal em RNM. Embora uma variedade de mais de 300 diferentes tipos de núcleos
possuam momento angular, apenas um seleto grupo tem utilidade em medicina. Dentre esses:
Hidrogênio, Carbono, Sódio, Fósforo, Flúor.

Na atualidade, sabe-se que os elementos químicos são distribuídos em nosso corpo nas
seguintes porcentagens:

✓ Oxigênio (O) – 65% - constituinte da água e das moléculas orgânicas (que contem carbono e
hidrogênio, produzidos por um sistema vivo). E necessário para a respiração celular, que produz
trifosfato de adenosina (ATP), uma substancia química muito rica em energia.

✓ Carbono (C) – 18,5% - encontrado em toda a molécula orgânica.


✓ Hidrogênio (H) – 9,5% - constituição da água, de todos os alimentos e da maior parte das
moléculas orgânicas.

✓ Nitrogênio (N) – 3,2% - componente de todas as proteínas e ácidos nucleicos: O ácido


desoxirribonucleico (DNA) e o ácidorribonucleico (RNA).

✓ Cálcio (Ca) – 1,5% - contribui para a rigidez de ossos e dentes; necessário para muitos
processos corporais, por exemplo, coagulação sanguínea e contração muscular. Ele fica na
membrana e “decide” o que entra nos ossos e o que sai deles. Encontrado no queijo, leite, iogurte,
vegetais verdes folhosos e peixe.

✓ Fósforo (P) – 1,0% - é o guardião dos genes e forma a proteína que estoca energia no corpo.
Componente de muitas proteínas, ácidos nucleicos e trifosfato de adenosina (ATP), necessário para a
estrutura normal de ossos, dentes e produção de energia. Encontrado em laticínios, peixes, carnes
vermelhas e cereais integrais.

✓ Potássio (K) – 0,4% - Na forma de cátion (K+) mais abundante dentro das células; importante
na condução de impulsos nervosos e na contração muscular. Sua falta ou excesso pode fazer o
coração parar. Encontrado nas frutas e vegetais frescos, especialmente banana, couve, batata e pão
integral.

✓ Enxofre (S) – 0,3% - elimina metais pesados, como mercúrio ou chumbo, altamente
prejudiciais ao organismo. Componente de muitas proteínas.

✓ Cloro (Cl) – 0,2% - o do contra. Neutraliza as cargas positivas dos fluidos, que sempre devem
ser neutros. É o ânion mais abundante (partícula negativamente carregada, Cl–) fora das células.

✓ Sódio (Na) – 0,2% - é o controlador das águas mantendo o volume do sangue em circulação
no organismo. Na forma de cátion (Na+) mais abundante fora das células; essencial no sangue para
manter o equilíbrio de água; necessário para a condução de impulsos nervosos e contração muscular.
Encontrado em carnes, peixes, leguminosas (lentilha), cereais integrais e vegetais.

✓ Iodo (I) – 0,1% - controla o fluxo de energia do corpo, ligando-se aos hormônios produzidos
pela tireoide.

✓ Ferro (Fe) – 0,1% - Na forma de cátions (Fe+2 e Fe+3) são componentes da hemoglobina
(proteína carregadora do oxigênio do sangue) e de algumas enzimas necessárias para a produção de
ATP, capta oxigênio dos pulmões e carrega para o restante do corpo, através do sangue. Encontrado
em carnes, aves, músculos e leguminosas (feijão).

✓ Magnésio (Mg) – 0,1% - sem ele o ATP não poderia guardar energia na célula. Necessário
para muitas enzimas funcionarem apropriadamente. Atua na formação de anticorpos e alivio do
estresse. Encontrado nos cereais integrais, soja, legumes e frutas (maça e limão).

✓ Zinco (Zn) – 0,0025% - ele contribui para que o gás carbônico fique no estado liquido, não
permitindo a entrada de gás no sangue, o que seria fatal. Responsável também pela cicatrização e
atividade das enzimas.

✓ Cobalto (Co) – 0,0004% - componente da vitamina B 12, uma das formadoras das células
vermelhas do sangue.
✓ Cobre (Cu) – 0,0003% - não deixa você derreter, pois regula a liberação de energia, produzida
pelo nosso organismo. Produção de melanina e formação de glóbulos vermelhos do sangue.
Encontrado no fígado, cereais integrais, legumes e frutas (pera).

✓ Manganês (Mn) – 0,0001% - auxilia no crescimento e “ajuda” o selênio a expulsar os radicais


livres (que promovem o envelhecimento).

✓ Molibdênio (Mo) – 0,00002% - cria a boa gordura e auxilia na eliminação de radicais livres.

✓ Flúor (F) – 0, 00001% - dá boas mordidas, pois protege os dentes. Encontrado na água, frutos
do mar, peixes e chá.

✓ Cromo (Cr) – 0,000003% - “ajuda” a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que
metaboliza o açúcar no corpo.

✓ Selênio (Se) – inferior a 0,000003%, faz parte das enzimas destruidoras de radicais livres.

✓ Alumínio (Al), Boro (B), Estanho (Sn), Silício (Si) e Vanádio (V) – São elementos traços em
menor concentração. (Não encontrada a utilidade no corpo humano).

De todos os átomos, o Hidrogênio é o mais simples, pois ele possui apenas um próton. Ele é o
mais importante átomo para a RNM, sobretudo porque em humanos, ele corresponde a mais de dois
terços do número de átomos encontrados em nosso corpo. Além de sua abundância nos sistemas
biológicos, o hidrogênio é altamente magnético, o que o torna extremamente sensível a RNM. Outros
núcleos também podem gerar imagens em RM, mas, porém possuem imagens mais pobres
comparadas às do Hidrogênio.

Propriedades Magnéticas Do Átomo

O núcleo do átomo de Hidrogênio é formado por um próton, que é uma pequena partícula
positivamente carregada associada a um momento angular (ou "spin"). A situação representada leva a
formação de uma estrutura imaginária semelhante a uma barra magnética com dois pólos orientados
(norte e sul). Todos os núcleos tem essa propriedade. Pensemos nos átomos como setas apontando
em uma direção. Na ausência de um campo magnético, as setas estarão apontando aleatoriamente no
espaço.

Quando submetidos a um campo magnético, esses prótons (setas) tendem a alinharem-se


contra ou a favor desse campo. Na verdade, aproximadamente metade desses prótons alinham-se
contra e metade a favor do campo magnético, com discreta predominância de prótons na mesma
direção do campo. A diferença depende do campo magnético aplicado, mas é mínima em qualquer
circunstância. Embora incrivelmente pequena, essa diferença é suficiente para produzir um sinal em
RNM.
Deveremos sempre ter em mente o número de prótons existentes, que é da ordem de bilhões e
bilhões, 10 elevado a 23ª potência em um cm3 de água, para ser mais exato. A somatória de todos
esses momentos (setas) resultará em uma única seta, também chamada de vetor resultante.

Como a discreta maioria da população de prótons submetidas a um campo magnético tende a


seguir a direção do campo aplicado, o vetor resultante também estará com essa orientação.

Ressonância Do Núcleo

A ressonância é um fenômeno comum na natureza. Para entendê-la, é necessário discutir uma


outra característica dos prótons. Além de terem um momento, também chamado de "spin", esses
prótons transladam em torno do eixo do campo magnético, seja o do campo magnético da Terra no
nosso dia a dia, seja o do campo magnético aplicado para produzir uma imagem, como ocorre com a
lua em volta da Terra, como a Terra em volta do sol. A ressonância, na verdade, é a frequência com
que o próton gira em torno desse eixo, e foi matematicamente definida por um físico britânico
chamado Joseph Larmor.

A frequência, segundo Larmor, é proporcional ao campo aplicado e a cada núcleo usado.


Quando inserimos o hidrogênio em um campo magnético externo forte, o eixo de rotação do
hidrogênio tende a se alinhar como o campo magnético. Haverá interações entre o campo magnético
intrínseco do hidrogênio e o campo magnético externo. Esta interação faz com que o hidrogênio
exerça um movimento chamado precessão. A velocidade deste movimento, ou número de
autorrotações por segundo, também é chamado frequência de precessão ou frequência de Larmor.
Ela depende da força do campo magnético externo B0 e de uma constante característica do
hidrogênio γ ( = 42.58 MHz / T).

A equação de Larmor pode ser escrita como: ω = γΒ0

Em que: ω = Frequência de precessão


γ = razão giromagnética

Β0 = potência do campo magnético


Por exemplo, colocando um hidrogênio em um campo magnético de 1 Tesla, o hidrogênio vai
precessar com uma frequência de 42,57MHz. Colocando o hidrogênio em um campo de 3 Tesla a
frequência será de aproximadamente 128 MHz (=3x42,57 MHz). Além do hidrogênio, existem vários
outros núcleos que podem ser utilizados para a formação de imagens de RM. É necessário que o
núcleo tenha um momento magnético diferente de zero. Na equação de Larmor aplicadas a diferentes
núcleos, o que varia é a sua constante característica e com isso a sua frequência de precessão.

Cada aparelho de RM, terá, dessa forma, uma frequência característica, baseada apenas na
intensidade de seu campo magnético, já que praticamente usamos sempre o mesmo núcleo
(Hidrogênio).

No espectro eletromagnético temos radiações ionizantes de alta energia e alta frequência, que
incluem Raios-X e várias outras formas, usados para imagem médica, pois podem atravessar o
organismo. A desvantagem desse tipo de radiação está no dano que pode causar as células do corpo
por seus efeitos ionizantes. Segue-se no espectro, radiações de baixa frequência e baixa energia, que
incluem a luz visível, a luz infravermelha e a ultra violeta. São potencialmente mais seguras que as
radiações ionizantes mas não tem muita utilidade em medicina, já que o corpo humano não é
transparente a elas. Finalmente, mais baixa frequência, mais baixa energia, na variação das ondas de
rádio, por exemplo, o corpo humano uma vez mais se torna transparente e é essa janela no espectro
eletromagnético que é usada em RNM.

Para se produzir um sinal em RNM e então uma imagem, o vetor resultante, orientado de acordo
com o campo magnético aplicado, deverá ser deslocado dessa posição e induzir a formação de uma
corrente elétrica em uma bobina especialmente preparada para perceber a mudança de posição. Em
outras palavras, seria como atingir uma bola de sinuca em movimento com uma outra bola e então
registrar a mudança que ocorre na orientação da primeira. Para mudar a direção do vetor resultante de
sua orientação básica usa-se uma onda de Rádio Frequência (RF) da janela do espectro
eletromagnético. A RF deverá estar em sintonia com a frequência de ressonância do sistema.

A amplitude e a duração da RF poderá ser controlada para se produzir uma variedade de


angulações e mudanças do vetor resultante. Para tradicionais imagens de RM usa-se uma RF que
varia o angulo de 900 a 1800 graus. Existem muitas outras variações com ângulos menores e que são
usados em condições especiais, como para diminuir o tempo de aquisição das imagens, por exemplo.

Após cada pulso de RF aplicado, o sistema representado pelo vetor resultante inicia o que se
chama "relaxamento", retornando ao equilíbrio anterior a RF após um determinado lapso de tempo,
chamado de "tempo de relaxamento".

Em RM, esse tempo de relaxamento depende de vários fatores, como a intensidade da RF e do


campo magnético usados, da uniformidade desses campos magnéticos, do tipo de tecido orgânico, da
interação entre prótons, entre outros.

Primeiro, após a RF, o vetor resultante tende a perder a orientação no plano para o qual fora
desviado. Isso resulta da falta de homogeneidade do campo magnético. Essa perda natural que ocorre
com todos os aparelhos de RM é chamada de Tempo 2* de relaxamento ou T2* (leia-se tempo 2
asterisco ou tempo 2 estrela). Esse tipo de relaxamento é danoso e deve ser corrigido para que não
interfira na produção da imagem. Para isso, a cada determinado intervalo de tempo, outro pulso de RF
é aplicado e novamente os prótons tendem a alinharem-se no plano desviado. Esse tempo decorrente
chama-se de "echo time" (do inglês echo=eco; time=tempo), ou ET.
Cada próton tem seu próprio campo magnético, que começa a se desorganizar e a afetar
núcleos vizinhos em uma reação simultânea, após cada pulso de RF, transferindo energia entre si e
consequentemente saindo de fase. Essa relação próton-próton (ou spin-spin) é também chamada de
Tempo 2 de relaxamento ou simplesmente T2.

A aplicação de pulsos de RF adiciona energia ao sistema e faz com que os prótons mudem para
um estado de maior excitação ou de maior energia. O processo de dissipação dessa energia, no
ambiente magnético desses prótons, e o seu retorno ao estado de mais baixa energia, é chamado de
Tempo 1 de relaxamento ou T1. Como para se formar uma imagem em RNM vários pulsos de RF são
necessários, é imperativo que se aguarde um certo tempo de relaxamento para que o próximo pulso
de RF seja eficiente, ou seja, deve-se aguardar um determinado T1.

As ponderações em T1 e T2 são sequências de contrastes que medem as diferenças dos


parâmetros T1 e T2 de cada tecido. O T1 representa as trocas de energia dos núcleos de Hidrogênio
com seu meio ambiente e o T2 representa as trocas de energia entre núcleos adjacentes.

Na água, as moléculas apresentam grande mobilidade e a interação entre os campos


magnéticos geram um T2 longo. Os tecidos patológicos costumam apresentar um elevado conteúdo
em água livre, como edema, inflamação, necrose, quistos, hemorragia e tumores, apresentando uma
frequência natural maior que a frequência de precessão. Assim nos tecidos ricos em água o T1 é
longo e o sinal é baixo (hipointenso) nas imagens em T1; o T2 também é longo mas com sinal
aumentado (hiperintenso). Tecidos ricos em colágeno, fibras e proteínas mostram hipossinal em T2
sendo baixo a intermédio o sinal em T1.

O mesmo processo patológico pode apresentar características de sinal diferentes por variações
relativas dos seus constituintes. Do mesmo modo, patologias diferentes podem apresentar sinais
semelhantes como por exemplo necrose e edema.

Ponderação em T1 Ponderação em T2

A Imagem Em Ressonância Magnética

O Contraste da imagem em RNM é baseado nas diferenças de sinal entre distintas áreas ou
estruturas que comporão a imagem. A RNM tem um contraste superior a Tomografia
Computadorizada (TC) na resolução de tecidos ou partes moles. Na TC, a atenuação de Raios-X pelo
paciente é a maior fonte de contraste. Desta forma, a quantidade de atenuação reflete a densidade do
elétron do paciente. Por outro lado, o contraste em RNM é o resultado da interação de diferentes
fatores, incluindo a densidade dos prótons, T1, T2, a susceptibilidade magnética e o fluxo dos líquidos
corporais.
T1 e T2 oferecem contraste em RM definitivamente superior à TC. Isso ocorre porque muitas
substâncias com similar densidade de prótons e elétrons resultarão em diferentes sinais na RM devido
a diferentes tempos de relaxamento em T1 e T2.

Uma outra forma de contraste em RM baseia-se na susceptibilidade magnética de várias


substâncias, ou seja, a maneira como elas respondem a um campo magnético. Essa susceptibilidade
é o resultado de propriedades químicas e físicas de cada substância, e é largamente explorada na
produção de materiais de contraste usados nos exames de RM. Como exemplo temos substâncias
ditas diamagnéticas (efeito oposto sobre o campo magnético), paramagnéticas (efeito positivo,
potencializando os efeitos do campo e melhorando a eficiência de T1 e T2) e, finalmente, substâncias
superparamagnéticas e ferromagnéticos (metais, por exemplo) que também possuem efeitos positivos
no campo magnético aplicado.

O programa de computador do equipamento realiza o armazenamento dos sinais emitidos pelos


vários tecidos do corpo, sejam eles em T1, T2 ou qualquer outra sequência e, através de uma
operação algorítmica, os transforma em imagens digitais.

Como qualquer método de imagem em medicina, também para a ressonância magnética foi
desenvolvido um meio de contraste que pudesse realçar as lesões, não os tecidos normais, que
facilitasse sua localização, características e diagnóstico diferencial. O meio de contraste utilizado na
ressonância magnética é o gadolínio. A água no corpo, como aquela
encontrada nos tumores e processos inflamatórios, tem uma rotação muito
mais rápida que a frequência de Larmur, provocando um relaxamento
ineficiente que é demonstrado por longos tempos de relaxamento T1 e T2,
aparecendo nas imagens por RM como áreas hipointensas e hiperintensas,
respectivamente.

Ao colocar uma substância com grau de momento magnético, como o


gadolínio, que é uma substância paramagnética, na presença de prótons da
água são criadas flutuações no campo magnético local, que podem reduzir os
tempos de relaxamento T1 do próton da água.

O gadolínio é um oligoelemento (conjunto de elementos químicos


inorgânicos necessários aos seres humanos em pequenas quantidades, que desempenham diversas
funções metabólicas no organismo) metálico (lantanídeo) classificado dentro do grupo dos metais
pesados e com afinidade para se acumular em locais do corpo humano em locais do corpo humano
como membranas, proteínas de transporte, enzimas, matriz óssea órgãos em geral. É um contraste
hidrossolúvel bastante segura para a utilização química, sendo raros seus efeitos colaterais. Os mais
comuns são: um aumento pequeno e transitório da birrilubina (é uma substância amarelada
encontrada na bile, que permanece no plasma sanguíneo até ser eliminada na urina. Quanto mais
bilirrubina eliminada na urina, mais amarela ela se torna) e do ferro plasmático, cefaleias leves,
náuseas, vômitos, hipotensão, irritação gastrointestinal e erupções cutâneas.

Aproximadamente, 80 % do gadolínio utilizado em um exame são secretados pelos rins em três


horas. Embora não haja contraindicações específicas para o seu uso deve-se avaliar com critérios
muito rígidos a necessidade do seu uso em pacientes com distúrbios hematológicos e particularmente
pacientes com anemias.

O sinal da Ressonância Magnética

As correntes geradas nas bobinas representam o sinal de ressonância proveniente de uma


região que está sendo estudada no paciente. Cada pixel produzido da imagem tem uma graduação de
tons de cinza correspondente à intensidade do seu sinal.
Decaimento do sinal da Ressonância Magnética

Após a magnetização longitudinal ter mudado sua orientação e assumido uma posição de plano
transversal, tem-se um pulso de 90º se a excitação for suficiente para desviar a magnetização
longitudinal em 90º, ou uma magnetização parcial no plano transversal se a excitação desviar a
magnetização longitudinal em 45º.

Com o pulso de 90º, tem-se um sinal máximo, e no pulso de 45º, sua amplitude é menor. No
entanto, nas duas situações, suas amplitudes vão decrescendo com o tempo; no retorno à condição
de equilíbrio, os átomos de hidrogênio liberam energia na recuperação da magnetização longitudinal.

Relaxação longitudinal T1

Para chegar a condição de equilíbrio, os átomos de hidrogênio na fase de excitação liberam


energia no meio e passam a assumir um estado de menor energia.

Cada tecido apresenta um comportamento diferente para chegar ao estado de equilíbrio. O


hidrogênio na água apresenta longo tempo de recuperação de equilíbrio, e o hidrogênio na gordura
recupera facilmente seu estado de equilíbrio. É essa característica que possibilita o contraste entre os
tecidos que são influenciados pela relaxação longitudinal, produzindo imagens ponderadas em T1.
Para a obtenção dessas imagens, é necessária uma recuperação de aproximadamente 63% de
magnetização longitudinal do hidrogênio nesse tecido.

✓ Características das imagens ponderadas em T1

Apresentam hipersinal (brancas):

• Gordura;
• Líquidos proteinógenos;
• Sangue subagudo.

Apresentam hipossinal (escuras):

• Edema;
• Inflamação
• Liquido cerebroespinhal.

Relaxação transversal em T2

Ocorre com o decaimento da magnetização no plano transverso em até 37% do seu valor
original. É o processo de declínio, resultado da troca de energia entre núcleos vizinhos que interagem
em seus campos magnéticos, gerando perda da magnetização transversal.

✓ Características das imagens em T2


Apresentam hipersinal (brancas);

• Líquidos • Edemas;
• Líquido cerebroespinhal; • Inflamações
• Neoplasia
Apresentam Hipossinal (escuras):

• Tecidos musculares • Edema


• Vísceras • Gordura
• Parênquima em geral

Sistema de Computador e Processamento de Imagens

É utilizado para o armazenamento, processamento de dados e visualização de imagens num


monitor digital.

Os sistemas computadorizados consistem em:

✓ Um microcomputador com capacidade de expansão;


✓ Um processador do arranjo para transformação de Fourier;
✓ Um processador de imagens que retira dados do processador do arranjo para formar uma
imagem;
✓ Driver de disco rígido para armazenamento de dados brutos e dos parâmetros da sequência
dos pulsos;
✓ Um mecanismo de distribuição de força para distribuir e filtrar a corrente alternada e direta.

Inversão da Recuperação ou Preparo da Magnetização: FLAIR e STIR

A inversão da recuperação não deve ser tratada como uma sequência de pulso específica, mas
sim como um módulo que pode ser adicionado a frente de qualquer sequência de pulso. O objetivo
deste módulo é o de preparar a magnetização longitudinal para que se consiga, com o início da
sequência de pulso e coleta do sinal, o contraste desejado na imagem ou a anulação do sinal de um
determinado tecido.

➢ STIR – permite que possamos anular o sinal da gordura e produzir imagens onde a saturação
por uso de pulsos de radiofrequência não é possível, como em equipamentos de baixo campo, onde a
homogeneidade de campo não está adequada, como próximo a implantes de metal.

Imagem STIR versus saturação por RF


➢ FLAIR – o uso do pulso de inversão para anular o sinal do líquor permite que a
detecção de lesões na substância branca cerebral seja melhor visualizada, pois retira o sinal
hiperintenso em imagens ponderadas em T2, permitindo a análise mais detalhada do tecido.

Imagem axial FLAIR e correspondente imagem ponderada em T2

Cabine ou Gaiola de Faraday

A chamada gaiola de Faraday ou cabine atenuadora de radiofrequência é constituída por placas


metálicas de alumínio ou cobre posicionadas umas aos lados das outras e em contato entre elas nas
paredes, piso e teto de forma a compor uma caixa fechada que atenuará a radiofrequência da sala do
magneto. Um visor de vidro pode ser utilizado, porém deve possuir uma malha metálica em contato
com o restante da cabine. A porta da sala também é especialmente construída para dar continuidade a
essa blindagem quando fechada.
Vantagens da Ressonância

POR QUE SEU MÉDICO PEDIRIA UMA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA?

❖ Diagnosticar esclerose múltipla.


❖ Diagnosticar tumores na glândula pituitária e no cérebro
❖ Diagnosticar infecções no cérebro, medula espinal e articulações
❖ Visualizar ligamentos rompidos no pulso, joelho e tornozelos
❖ Visualizar lesões no ombro
❖ Diagnosticar tendinite
❖ Avaliar massas nos tecidos macios do corpo
❖ Diagnosticar derrame em seus estágios iniciais

E essas são apenas algumas das muitas razões pelas quais em um exame de ressonância deve
ser realizado. O fato de os aparelhos de ressonância não usarem radiação ionizante é um conforto
para muitos pacientes, assim como o fato de os meios de contrastes terem uma incidência de efeitos
colaterais pequena.

Um aparelho de ressonância magnética á capaz de criar imagens axiais e imagens no plano


sagital (como se o pão fosse cortado no sentido de sua extensão) e coronal (imagine as camadas de
um bolo) ou qualquer nível ente esses. E o que é melhor, o paciente não precisa fazer nenhum
movimento. Se você já faz um exame de raio X, sabe que cada vez que eles tiram uma foto diferente,
você tem de se mexer. Os 3 magnetos gradientes de que já falamos permitem que que o aparelho de
ressonância escolha a parte exata do corpo da qual se quer gerar uma imagem e oriente o corte
“fatias”.

Desvantagens da Ressonância Magnética

Quando não se pode ser feito um exame de Ressonância Magnética?

Embora esse tipo de exame seja ideal para diagnosticar e avaliar vários problemas, ele tem suas
desvantagens.

Há muitas pessoas que não podem fazer esse exame por questões de segurança (por exemplo
pessoas com marca-passo) e há pessoas que são grandes demais para entrar na máquina. O número
de pessoas com claustrofobia no mundo é muito grande. E estar em um aparelho de ressonância
magnética é uma experiência muito incômoda para eles.

Durante o exame, a máquina faz muito barulho. São sons de batidas contínuas e rápidas. Por
isso, os pacientes recebem protetores ou fones de ouvidos para abafar o barulho (na maioria dos
centros de exame de ressonância magnética, você pode até levar um CD para ouvir enquanto faz o
exame). O barulho é criado pelo aumento da corrente elétrica nos fios dos magnetos gradientes que
estão enfrentando a resistência do campo magnético principal. Quanto mais forte o campo principal,
mais alto o barulho dos magnetos gradientes.

Os pacientes devem ficar completamente imóveis durante longos períodos de tempo. Estes
exames podem durar de 20 a 90 minutos ou mais. E mesmo o menor movimento da parte do corpo
sendo examinada pode fazer com que as imagens fiquem distorcidas e tenham de ser refeitas.

Equipamentos ortopédicos (pinos, placas, articulações, artificiais) na área do exame podem


causar graves distorções nas imagens. Isso porque o equipamento cria uma alteração significativa no
campo magnético principal. Lembre-se, é essencial que haja um campo uniforme na hora de gerar
boas imagens. Os equipamentos de ressonância são extremamente caros, o que acaba deixando os
exames caros também.
Procedimentos

❖ Antes
O paciente, no dia marcado para o exame deve:
Alimentar-se com moderação tomar seus remédios usuais não usar objetos pessoais de metal estar no
local, pelo menos, trinta minutos antes do horário se o exame for realizado sob sedação ou anestesia,
será necessário jejum total de 8 horas.

❖ Durante

Na hora do exame, deve:


Vestir uma roupa adequada deitar-se em uma espécie de cama que desliza para dentro do aparelho
ficar imóvel nos momentos em que o aparelho emite diferentes sons enquanto realiza as imagens.

❖ Depois

Após o exame, o paciente pode reassumir suas atividades normais. O resultado deve ser
encaminhado ao médico que, muito provavelmente, a partir dele, encontrará a melhor solução para o
problema.

❖ Recomendações

É preciso informar ao médico que vai realizar o exame:


➢ Se se submeteu a alguma cirurgia nos últimos 6 meses e de que tipo;
➢ Se é portador de: marca-passo cardíaco clips de aneurisma cerebral implantes metálicos
implantes eletrônicos neuro- estimuladores.
➢ Se suspeita de gravidez
➢ Permanecer deitado com mínimo de movimento por aproximadamente, 35 minutos.

❖ Esclarecimentos

O exame é inofensivo e indolor. Somente criança recém- nascidas e pacientes pouco


cooperativos (claustrofóbicos) recebem algum tipo de sedação ou anestesia. Durante todo o exame, o
paciente é monitorado e observado por câmeras de vídeo. Pode conversar com o técnico responsável
que o manterá informado sobre a qualidade dos resultados que estão sendo obtidos e sobre o tempo
que resta para finalizá-lo. Se desejar, pode usar tampões de ouvido.

Funções do tec. em RNM

Art. 1º - Instituir e normatizar as atribuições exclusivas do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na


especialidade diagnóstico por imagem em ressonância magnética nuclear.

Art. 2º - Na ressonância magnética nuclear compete exclusivamente ao Técnico e Tecnólogo em


Radiologia:

I - Operar com eficiência o equipamento de ressonância magnética nuclear para obtenção de imagens
diagnosticas;

II - Realizar exames de espectroscopia por RMN, utilizando-se de acessórios específicos e sob a


orientação do médico radiologista;

III - Utilizar os recursos de monitoração cardíaca e respiratória exclusivamente para obtenção de


imagens por ressonância magnética;
IV - Verificar periodicamente as condições de funcionamento e operacionalidade do equipamento;

V - Realizar os procedimentos de segurança visando preservar a integridade dos indivíduos e do


equipamento;

VI - Verificar periodicamente os níveis de hélio e de pressão no interior do magneto nos sistemas


super condutores,

VII - Documentar os exames pelo meio disponível no serviço.

Art. 3º - Em matéria de segurança o Técnico e o Tecnólogo em Radiologia na especialidade


diagnóstico por imagem em ressonância magnética nuclear deverão:

I - Informar no registro de dados do paciente o seu peso correto, evitando-se a superexposição à


radiofrequência;

II - Evitar que portadores de marca-passo, neuro-estimuladores, e clipes de aneurisma se aproximem


do magneto além da Linha de Exclusão;

III - Fornecer proteção auditiva aos pacientes que se submetem ao exame;

IV - Exigir dos pacientes portadores de maquiagem, a retirada completa dos produtos, evitando-se
ferimentos, especialmente nos olhos;

V - Evitar que os cabos das bobinas e acessórios entrem em contato com o paciente, protegendo-o de
eventuais queimaduras produzidas por corrente induzida;

VI - Evitar que o paciente entre em contato com as paredes do túnel magneto;

VII - Não permitir que o paciente seja submetido ao exame sem uma entrevista prévia que avalie a
possibilidade do mesmo ser portador de objeto metálico;

VIII - Não permitir que o paciente seja submetido ao exame com qualquer objeto metálico, o não
ferromagnético, como: anéis, pulseiras, colares e similares;

IX - Nos pacientes portadores de próteses metálicas, manter diálogo durante o exame e, suspendê-lo,
se o paciente relatar calor no local da prótese, informando imediatamente ao médico radiologista;

X - Na hipótese de gravidez, informar ao médico radiologista;

XI - Nos equipamentos que utilizam campos magnéticos gradientes cujo índice de variação do campo
magnético for maior que 20 Teslas/segundos, deverá o técnico estabelecer diálogo com o paciente e
suspender o exame na ocorrência de: dormência, contrações musculares, dores de cabeça e outros
distúrbios não esperados;

XII - Nos pacientes portadores de claustrofobia controlada, deverá o técnico estabelecer um diálogo
constante no sentido de reduzir a ansiedade do paciente;

XIII - Na ocorrência de vazamento de gás hélio, iniciar os procedimentos para resgate do paciente em
caráter de urgência e acionar o pessoal técnico especializado no sistema de ressonância magnética;

XIV - Na ocorrência de acidente com atração de grandes objetos ferrosos que possam colocar em
risco a vida de qualquer indivíduo, iniciar o procedimento para eliminação do campo magnético e
acionar o pessoal técnico especializado no sistema de ressonância magnética.
Art. 4º - Devem o Tecnólogo e o Técnico em Radiologia na especialidade diagnóstico por imagem em
ressonância nuclear, pautar suas atividades profissionais observando rigorosa e permanentemente as
normas legais de proteção radiológica, bem como o Código de Ética Profissional.

PROTOCOLOS PARA EXAMES

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