Questões de Literatura - Fipmoc
Questões de Literatura - Fipmoc
QUESTÕES DE LITERATURA
01. Marque:
A) Se as duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
B) Se a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa.
C) Se as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
D) Se a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) Se as duas afirmativas são falsas.
04. O soneto, além de suas características parnasianas, apresenta o seguinte traço romântico:
A) referência ao universo mitológico.
B) formalidade do vocabulário.
C) clareza sintática dos versos.
D) objetividade do eu-lírico.
E) idealização do amor.
06. A propósito do texto, seguem duas afirmativas ligadas pela palavra PORQUE:
Apesar de sua contemporaneidade, a canção de Chico Buarque pode ser comparada a uma cantiga medieval.
PORQUE
O eu-lírico feminino demonstra submissão a seu amado, aspecto das cantigas de amor medievais.
Marque:
LITERATURA – PROF: JORGE ALESSANDRO – 2016 Página 3
REVISÃO FIPMOC - JORGE ALESSANDRO
A) Se a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa.
B) Se as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
C) Se as duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
D) Se a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) Se as duas afirmativas são falsas.
07. O poema anuncia que o autor, em sua obra, abordará, como temática:
A) fatos extravagantes de época.
B) trechos de contos infantis.
C) fragmentos de reminiscências pessoais.
D) refrões de músicas populares.
E) resumos de ficção científica.
09. A propósito do texto, seguem duas afirmativas ligadas pela palavra PORQUE:
O trecho, por meio de ironia, apresenta uma característica marcante que o faz representante do Realismo.
PORQUE
O trecho apresenta o fato de alguém narrar na condição de um “ defunto autor”, referindo-se a uma narrativa irreal depois de
morto.
Marque:
A) se as duas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
B) se as duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
C) se a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.
D) se a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) se as duas são falsas.
10. Nos versos destacados (I e II), estão presentes, respectivamente, as figuras de linguagem:
A) antítese e zeugma.
B) paradoxo e personificação.
C) antítese e metáfora.
D) hipérbole e metáfora.
E) hipérbole e zeugma.
11. A propósito do texto, seguem duas afirmativas ligadas pela palavra PORQUE:
Considerando a relação de intertextualidade, o poema de Drummond é uma paráfrase do poema de Gonçalves Dias.
PORQUE
O poema de Drummond ridiculariza o sentimento saudosista, revelado pelo eu-lírico de Canção do Exílio em relação a sua
terra natal.
Marque:
A) se as duas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
B) se as duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
C) se a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.
D) se a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) se as duas são falsas.
14. Nas letras das músicas estão presentes as seguintes figuras de linguagem, respectivamente:
A) Paradoxo, Aliteração, Hipérbole, Prosopopeia.
B) Antítese, Anáfora, Metáfora, Gradação.
C) Paradoxo, Anáfora, Hipérbole, Prosopopeia.
D) Antítese, Anáfora, Hipérbole, Prosopopeia.
E) Antítese, Sinestesia, Metáfora, Gradação.
15. A propósito do fragmento, seguem duas assertivas ligadas pela palavra PORQUE:
Conclui-se que:
A)As duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
B) As duas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
C) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
D)A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
E) As duas são falsas.
17. Embora evidentemente contemporânea, a letra da música apresenta uma importante característica romântica que é
A) melancolia, comprovada na passagem “Mina maneira do condomínio Lá do bairro onde eu moro”.
B) idealização da mulher, demonstrada nos versos “Minha musa, / minha sina, / minha deusa.”
C) individualismo, como se vê no verso “Eu escrevo ela não lê’.
D) senso de mistério, explicitado nos versos “Minha vênus/Minha deusa/.Quero seu fascínio.’
E) ilogismo, representado nos versos “Eu digo "oi" ela nem nada Passa na minha calçada.’
PEQUEI, SENHOR....
2016/1 Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma orelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.
Gregório de Mattos Do livro: "Livro dos Sonetos", LP&M Editores, 1996, RS
Sobre a análise do poema, seguem duas assertivas ligadas pela palavra PORQUE:
O poema apresenta características de um estilo de época em que o homem vivia um conflito entre o divino e o pecado.
PORQUE
Retrata um diálogo entre o eu-lírico e Deus, enfatizando sua condição de pecador em busca de perdão.
QUESTÃO 01 - A propósito das assertivas, afirma-se que:
A) as duas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
B) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
C) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
E) as duas são falsas.
Hino à Razão
Antero de Quental
Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.
Por ti é que a poeira movediça
De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.
Por ti, na arena trágica, as nações
buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
2016/1
QUESTÃO 02 - Sobre a análise do texto, seguem as afirmativas:
I. Há uma preocupação estética por parte do autor, que compõe o texto em forma de soneto, com versos decassílabos.
II. O eu-lírico enaltece a razão, creditando a ela a manutenção da virtude e a força dos homens.
III. O eu-lírico expressa seu descontentamento com as estruturas sociais.
IV. A religiosidade presente no poema recupera o misticismo romântico.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) III e IV B) I, II e III C) II, III e IV D) II e IV E) I e II
A vida
A vida é o resultado
De operações fundamentais.
De unidades, dezenas, centenas
De sonhos realizáveis
E vitórias alcançadas.
A vida é o todo harmonioso
De espírito e matéria.
É a adição perfeita,
Quando se subtrai a dor,
Multiplicando o bem,
E dividindo o amor!
2015/2 Zoraide Guerra David
O Estilo
O estilo é o sol da escrita. Dá-lhe eterna palpitação, eterna vida. Cada palavra é como que um tecido do organismo do período.
No estilo há todas as gradações da luz, toda a escala dos sons. O escritor é psicólogo, é miniaturista, é pintor – gradua a luz,
tonaliza, esbate e esfuminha os longes da paisagem. O princípio fundamental da Arte vem da Natureza, porque um artista faz-
se da Natureza. Toda força e toda a profundidade do estilo está em saber apertar a frase no pulso, domá-la, não a deixar disparar
pelos meandros da escrita. O vocabulário pode ser música ou pode ser trovão, conforme o caso. A palavra tem a sua anatomia;
e é preciso uma rara percepção estética, uma nitidez visual, olfativa, palatal e acústica, apuradíssima, para a exatidão da cor,
da forma e para a sensação do som e do sabor da palavra.
SOUSA, Cruz e. Obra completa. Outras evocações. Rio de Janeiro: Aguilar, 1961. P.677-8.
Sobre o texto são apresentadas duas afirmativas ligadas pela palavra PORQUE.
O texto explicita musicalidade e sinestesia, duas características marcantes do Simbolismo.
2015/2
PORQUE
Estão explícitos nos versos a exploração da propriedade sonora da palavra, além do emprego intensivo de aliterações, ecos e
assonâncias.
Questão 10 - Marque:
A) Se as duas são verdadeiras, mas a segunda não explica a primeira.
B) Se as duas são verdadeiras, e a segunda explica a primeira.
C) Se as duas são falsas.
D) Se a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.
E) Se a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.
Texto I Texto II
2015/2
Nosso céu tem mais estrelas, Não permita Deus que eu morra,
Nossas várzeas têm mais flores, Sem que eu volte para lá;
Nossos bosques têm mais vida, Sem que desfrute os primores
Nossa vida mais amores. Que não encontro por cá;
Em cismar, sozinho, à noite, Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Mais prazer eu encontro lá; Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem palmeiras, “Canção do exílio”. In: Luiz Roncari. Literatura
Onde canta o Sabiá. brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos
românticos. São Paulo: Edusp, 2002. p. 320
SALMO YOD
Que fizeram, senhor, dos vossos rios,
Vossos mares,
Vossas florestas.
Dói-me por dentro vê-los poluídos
Doem-me todos os sentidos
LITERATURA – PROF: JORGE ALESSANDRO – 2016 Página 15
REVISÃO FIPMOC - JORGE ALESSANDRO
Mas nada posso e cruzo os braços
Vendo o mundo acabar-se pouco a pouco.
Não permitais, senhor, que a sanha e a malícia
Se transformem em alquimia destrutiva
De vossas mais sutis demonstrações
De nossa pequenez.
Permiti que de braços cruzados inda fale
E que minha humilde palavra
Encontre um outro
Ouvido que me escute e que me ampare.
TAVARES, Ildásio. Salmo Yod. In: COSTA, Luiz Angélico (org).
2015/1 Geopoemas. Salvador: EDUFBA.2007.P.135.
Sobre a relação entre o poema e as questões ambientais, são apresentadas duas afirmativas:
Quando o poeta pede outro ouvido que escute sua palavra e o ampare, solicita que nossas ações possam diminuir os processos
de degradação ambiental
PORQUE
O poeta fala em alquimia destrutiva e a relaciona à nossa pequenez para minimizar os impactos ambientais.
Questão 16 - Marque:
A) Se as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda explica a primeira.
B) Se a primeira é uma afirmativa verdadeira, e a segunda é falsa.
C) Se as duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não explica a primeira.
D) Se a primeira é uma afirmativa falsa, e a segunda é verdadeira.
E) Se as duas afirmativas são falsas.
A um poeta
Surge et ambula!
Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno.
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares
Um mundo novo espera só um aceno...
Escuta! É a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
Antero de Quental.
Vocabulário:
surge et ambula: (latim) “levanta e anda”
levita: sacerdote,padre
rebate: assalto repentino, ataque 2014/2
QUESTÃO 17 - Avalie as afirmativas, considerando o texto.
I. O locutor apresenta uma imagem negativa do interlocutor na primeira estrofe do poema.
II. As imagens “o sol, já alto e pleno” e “as larvas tumulares” referem-se, respectivamente, ao racionalismo realista e ao
escapismo, muitas vezes fúnebre do romantismo.
III. Considerando o poeta um representante do Realismo, infere-se que o poema dirige-se a um poeta romântico, a quem o
locutor chama para a luta.
IV. O texto faz referência a qualquer poeta, uma vez que se emprega no título um artigo indefinido.
RETRATO
QUESTÃO 18 - Uma das constantes na obra de Cecília Meirelles presente nos versos acima é a:
A) valorização da aparência física B) melancolia em relação à juventude
C) revolta em relação à velhice D) fragilidade característica da velhice
E) fugacidade da vida e da matéria
Violões que Choram
Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.
Sutis palpitações à luz da lua.
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
2014/2 Rasgando as almas que nas sombras tremem.(...)
Cruz e Souza. In: Andrade Muricy. Panorama do simbolismo brasileiro. São Paulo: Perspectiva, 1987. V. 1
2014/1
2014/1
QUESTÃO 21 - Mantém o sentido original do poema, constituindo, portanto, uma paráfrase, o trecho:
A) “Minha terra não tem palmeiras, Meus amores ficam lá!”
E, em vez de um mero sabiá, (Casimiro de Abreu)
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.” C) “Minha dinda tem cascatas
(Mário Quintana) Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
B) ”Eu nasci além dos mares:
de voltar pra Maceió.”
Os meus lares, (Jô Soares)
2014/1
QUESTÃO 22 - Considerando o fragmento acima, pode-se afirmar que:
A) O texto é característico do simbolismo, uma vez que concretiza a mulher e sua situação de dependência.
B) Se trata de uma obra característica do Romantismo, uma vez que enaltece a imagem da mulher.
C) A obra em destaque descreve uma mulata e seu poder de sedução diante dos homens, imagem muito comum nos textos pré-
modernistas.
D) A descrição sugere a visão de uma mulher apagada, dependente e sem demonstração de personalidade, cujo objetivo central
era contrair matrimônio.
2013/2
QUESTÃO 23 - Considerando que a poesia é uma manifestação artística, a resposta do médico: “Este menino é mesmo
um caso de poesia” pode ter as seguintes explicações:
I. A poesia, como forma de arte, recria a realidade pela imaginação e criatividade do artista.
II. Na poesia, apresenta-se uma verdade racional, uma análise objetiva de um assunto em sua sequência lógica.
III. No texto poético, predominam imagens geradas pela associação de ideias e sonoridade das palavras.
IV. Ser “um caso de poesia” corresponde a ser capaz de expressar uma visão particular do mundo, nascida do interior do ser
humano.
A alternativa que apresenta apenas as explicações corretas é:
A) I, III e IV. B) I e IV.
C) II, III e IV. D) I, II e III.
2013/2
QUESTÃO 24 - Julgue as afirmativas feitas sobre os textos 1 e 2.
I. Ambos apresentam semelhanças tanto de perspectiva estrutural quanto temática.
II. O reaproveitamento do texto de Drummond pelo autor do texto 1 demonstra ausência de inovação estética.
III. O texto 1 estabelece um diálogo com o texto 2, num explícito caso de intertextualidade.
IV. Embora o texto 2 seja de autor consagrado em nossa literatura, a utilização de linguagem popular e termo estrangeiro
compromete seu caráter literário.
É correto somente o que se afirma em:
A) I e IV. B) II e III.
C) I e III. D) II e IV
2013/2
QUESTÃO 25 - Considere as seguintes afirmações:
I. O poema é composto de ritmo ordenado, por se tratar de um soneto, e apresenta versos alexandrinos insólitos.
II. O poeta se distancia de um lirismo mais suave, romântico, levando à composição de seus versos um ar de dureza, de
“desidealização” da própria poesia, fato percebido na construção de imagens grotescas insólitas.
III. O eu-lírico discutindo o próprio fazer literário configura caráter metalingüístico.
IV. O verso “Eu quero pintar um soneto escuro”, assim como outros versos do poema, traz à poética do texto um tom niilista.
É correto o que se afirma em:
A) II e III apenas
B) I e II apenas
C) I, II, III e IV.
D) II, III e IV apenas
2013/2
QUESTÃO 26 - Considere as afirmações sobre as obras acima:
I. A tela I, representativa do espírito combativo dos anos vinte, alude à vivência do conhecimento, do trabalho mental por parte
do povo brasileiro do período; em contraponto, a tela II enfatiza a pobreza intelectual do período em que foi produzida,
representando a necessidade de imigração do homem em busca de melhores oportunidades.
II. A tela I pode ser associada ao pensamento da antropofagia dos anos vinte; a tela II é uma representação dos problemas
sociais tão denunciados na Segunda Fase do Modernismo brasileiro.
III. Tanto a tela I quanto a Tela II, enquadradas em distintos períodos da modernidade artística brasileira, aludem, pela ordem
em que aparecem, ao trabalho braçal desenvolvido pelo homem brasileiro em detrimento do trabalho intelectual, e à necessidade
de saída da terra em virtude das precárias condições de existência.
IV. A tela I, através de tonalidades expressivas, remete aos próprios princípios do Modernismo da Primeira Fase; enquanto a
tela II, através de seus tons mais obscuros, remete às condições desencadeadas pela miséria, pela fome e pela seca tão
largamente estudadas na Segunda Fase do Modernismo.
É correto o que se afirma em:
A) III apenas B) II, III e IV apenas C) I, III e IV apenas D) I, II, III e IV.
2013/1
2013/1
QUESTÃO 28 - A pintura de Portinari e a letra da canção Asa Branca, de Luiz Gonzaga dialogam entre si na abordagem
do mesmo tema. O fragmento literário abaixo trata de outra abordagem é:
A) “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam
cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem
progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra.” (Ramos, Graciliano. Vidas Secas).
B) “... Vicente marchava através da estrada vermelha e pedregosa, orlada pela galharia negra da caatinga morta. (...) E o chão,
que em outro tempo a sombra cobria, era uma confusão desolada de galhos secos, cuja agressividade ainda mais se acentuava
pelos espinhos.” (Queiroz, Rachel de. O Quinze).
C) “Estes ares, em outra época povoados de turbilhões de pássaros loquazes, cuja brilhante plumagem rutilava aos olhos do
sol, agora ermos e mudos como a terra, são apenas cortados pelo voo pesado dos urubus que farejam a carniça.” (Alencar, José
de. O Sertanejo).
D) “E, o pobre de mim, minha tristeza me atrasava, consumido. Eu não tinha competência de querer viver, tão acabadiço, até o
cumprimento de respirar me sacava. E, Diadorim, às vezes conheci que a saudade dele não me desse repouso; nem o nele
imaginar.” (Rosa, João Guimarães, Grande Sertão: Veredas).
Muitas vezes, efeitos argumentativos, irônicos e poéticos são obtidos pela criação de descontinuidade, de
nonsense, de contradições e paradoxos. Nesse caso, o narrador ou o eu-lírico busca exatamente provocar
2013/1
o leitor, transformar sua visão de mundo, mostrar novos ângulos de um tema ou criticar situações.
QUESTÃO 29 - Assinale a alternativa cujo fragmento apresenta uma contradição que se afasta de uma pressuposição
do senso comum.
A) Histórias não são para serem entendidas. O entendimento esgota o sentido da palavra. Deixa-a vazia. Quando uma palavra
é entendida, segue-se um silêncio morto. Histórias são como uma sonata, um abraço de amor, um poema, um pôr-do-sol:
queremos a repetição porque seu sabor é sempre novo.” (Alves, Rubem. O poeta, o guerreiro, o profeta).
B) “Mas também creio que chorava porque, através da música, adivinhava talvez que havia outros modos de sentir, havia
existências mais delicadas e até com um certo luxo de alma. Muitas coisas sabia que não sabia entender...” (Lispector, Clarice.
A hora da estrela).
C) “Não escrevo para atar as duas pontas da minha vida, não busco me compreender, pois sei a impossibilidade da escrita em
tentar representar o vivido, devido à dupla falta relacionada exatamente à falta que há em cada um de nós, e à falta da linguagem
de dizer o que ela não é.” (Oliva, Osmar Pereira. Cartas para Mariana).
2013/1
QUESTÃO 30 - Considere as afirmativas sobre esse poema:
I. O eu-lírico procura se lembrar do que lhe foi negado.
II. Percebe-se uma nítida preocupação com a morte, que deixa perplexo o coração do eu-lírico.
III. A memória impõe-se ao sujeito e torna eterno aquilo que se findou.
IV. Na última estrofe, recorre-se ao paradoxo para evidenciar o que permanecerá na memória.
V. Nas 3ª e 4ª estrofes, pode-se inferir uma contraposição entre os valores da relação do homem com o mundo concreto (“coisas
tangíveis”) e o abstrato (“coisas findas”).
Está correto apenas o que se indica na alternativa:
A) I, II e IV. B) III, IV e V. C) II e III. D) I, III e V
2012/2
QUESTÃO 32 - No trecho acima, retirado da obra Utopia Selvagem, de Darcy Ribeiro, o chefe indígena Calibã entra em
contato com o mundo das monjas. Para descrever o que vê, Calibã utiliza uma figura de linguagem. É correto afirmar,
portanto, que a expressão grande lago salgado funciona como:
A) uma metonímia, que consiste na utilização de um termo que substitui outro;
B) uma metáfora, uma vez que essa figura de linguagem pressupõe a comparação de dois termos sem o uso do conectivo;
C) um pleonasmo, uma vez que essa figura de linguagem consiste no uso da redundância (proposital ou não) numa expressão,
enfatizando-a;
D) um paradoxo, figura de pensamento que consiste na extrapolação do senso comum e da lógica.
2012/2
QUESTÃO 33 - No trecho acima, Petrônio Braz, autor do livro Serrano do Pilão Arcado, revela que sua escrita tem como
cenário o sertão norte-mineiro e como personagens figuras reais da nossa região.
Analise as afirmativas:
I. Antes do movimento modernista, o regionalismo tratava de temas brasileiros de uma maneira superficial, adotando, inclusive,
uma série de preconceitos, portanto o trecho de Petrônio Brás nos indica que obra está inserida no modernismo, já que propõe
revelar o herói sertanejo, não de uma forma exaltada, mas, sim, real;
II. No modernismo, o regionalismo é reinventado, e os personagens são retratados com uma expressão mais real, os problemas
sociais são abordados de uma forma mais profunda e menos estereotipada, portanto pode-se situar o trecho acima nesse
período;
Está/Estão correta(s):
A) I, II, III B) Somente II C) I e II D) II e III
Texto 2
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
2011/1 BANDEIRA, Manuel. Teresa. In: BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. 4. ed. Rio de Janeiro:
A) Os versos do texto 1 retratam um discurso sobre o feminino na literatura brasileira que se ajusta melhor aos poemas da
segunda geração romântica.
B) A intertextualidade com o texto 1, realizada pelo texto 2, revela características muito próprias do Modernismo da primeira
fase.
C) No diálogo entre as duas escolas literárias são mantidos o mesmo tema e a metrificação regular.
D) A intertextualidade do texto 1 reproduz romanticamente o discurso irônico do texto 2.
QUESTÃO 36 - Em relação aos estilos de época da Literatura Brasileira, assinale a alternativa correta. 2011/2
2011/2
GABARITO
01 – C 11 – E 21 – B 31 – C
02 – E 12 – C 22 – D 32 – B
03 – C 13 – A 23 – A 33 – A
04 – A 14 – E 24 – C 34 – C
05 – A 15 – B 25 – D 35 – B
06 – A 16 – C 26 – B 36 – D
07 – D 17 – D 27 – C 37 – A
08 – A 18 – E 28 – D 38 – B
09 – D 19 – C 29 – A 39 – D
10 –B 20 – C 30 – B 40 – C