Anatomia do Timo e Glândulas Suprarrenais
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Anatomia do Timo e Glândulas suprarrenais
Gustavo Castro
FAMINAS - MG
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TIMO
INTRODUÇÃO
O timo é um órgão linfoide situado na porção inferior do pescoço e na parte anterior do
mediastino superior. È uma glândula plana, bilobulada, encapsulada e macia, cujos lobos têm
formato de cantil e se localizam posteriormente ao manúbrio do esterno e anteriormente ao
pericárdio fibroso. No início da vida, o timo é maior e após a puberdade ele sofre uma degeneração
gradual na qual seu parênquima é substituído por gordura (degeneração fibro-adiposa).
Fonte: STANDRING, S. Gray's anatomia, 40. ed
VASCULARIZAÇÃO
O timo é suprido, principalmente, por ramos das artérias torácicas internas e tireóidea
inferior. Não há um hilo principal, mas ramos arteriais passam diretamente através da cápsula ou,
mais frequentemente, em meio aos septos interlobulares antes de entrar no timo. Já a drenagem
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venosa é composta por veias tímicas que drenam para as veias braquicefálicas esquerda, torácicas
internas e tireóidea inferior.
Fonte: MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed
DRENAGEM LINFÁTICA
A drenagem linfática do timo é realizada por
vasos linfáticos que drenam através dos espaços
extravasculares em companhia das artérias e veias
que suprem o timo. Os vasos linfáticos tímicos
terminam nos linfonodos braquicefálicos,
traqueobronquiais e paraesternais.
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INERVAÇÃO
O timo é inervado pela cadeia simpática através do gânglio cervicotorácico (estrelado) e
pelo nervo vago. Os dois lobos são inervados separadamente através de suas faces posteriores,
laterais e mediais.
Fonte:
MOORE, K. L.
Anatomia
orientada para
a clínica. 7. ed
Fonte: MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed
GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
INTRODUÇÃO
As glândulas suprarrenais situam-se imediatamente superiores e ligeiramente anteriores
ao polo superior de cada rim. Em pessoas vivas, apresentam uma cor de tonalidade amarelo-
dourada e, estruturalmente, cada uma possui um córtex externo e uma medula interna. As glândulas
estão localizadas no interior da fáscia renal, envolvidas por tecido conjuntivo e gordura perirrenal,
separadas dos rins por uma pequena quantidade de tecido fibroso.
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Macroscopicamente, as glândulas são ligeiramente diferentes na aparência externa. A
glândula direita tem formato piramidal e a glândula esquerda tem um formato mais semilunar, além
de ser achatada no plano anteroposterior.
Em relação à localização, a glândula suprarrenal direita encontra-se posteriormente à veia
cava inferior, da qual se encontra separada apenas por uma delgada camada de fáscia e de tecido
conjuntivo. Ela encontra-se posterior ao lobo direito do fígado e anterior ao pilar direito do músculo
diafragma e ao polo superior do rim direito. Sua superfície inferior é referida como a base e está
adjacente à face anterossuperior do polo superior do rim direito. Já a glândula suprarrenal esquerda
encontra-se intimamente aplicada sobre o pilar esquerdo do músculo diafragma e está separada
dele apenas por uma delgada camada de fáscia e de tecido conjuntivo. A face medial é convexa,
enquanto a face lateral é côncava, uma vez que ela é moldada pela face medial do polo superior do
rim esquerdo.
Fonte: STANDRING, S. Gray's anatomia, 40. ed
VASCULARIZAÇÃO
As glândulas suprarrenais apresentam um extenso suprimento vascular em relação ao seu
tamanho. Cada glândula é suprida pelas artérias suprarrenais superior, média e inferior, cujos
principais ramos podem ser duplos ou até múltiplos. Eles se ramificam sobre a capsula antes de
entrar na glândula para forma um plexo subcapsular. As artérias suprarrenais superiores originam-
se a partir da artéria frênica inferior, um ramo da aorta abdominal. Essas artérias são pequenas e
podem estar ausentes. As artérias suprarrenais médias são ramos oriundos da face lateral da aorta
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abdominal em nível da mesentérica superior. As artérias suprarrenais inferiores originam-se a partir
das artérias renais, geralmente da artéria renal principal.
Fonte: STANDRING, S. Gray's anatomia, 40. ed
A drenagem venosa, por sua vez, é
feita a partir das veias suprarrenal direita e
suprarrenal esquerda. A veia direita é muito
curta, seguindo direta e horizontalmente
para a face posterior da veia cava inferior. Já
a veia suprarrenal esquerda desce
medialmente, anterior e lateralmente ao
gânglio celíaco esquerdo. Ela passa
posteriormente ao corpo do pâncreas e
drena para a veia renal esquerda.
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DRENAGEM LINFÁTICA
Os vasos linfáticos suprarrenais, tanto do córtex como da medula da glândula, drenam na
direção do hilo, de onde vasos linfáticos de calibre maior emergem para drenar diretamente para os
grupos laterais de linfonodos para-aórticos.
Fonte: MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed
INERVAÇÃO
A inervação das glândulas suprarrenais provém do plexo celíaco e dos nervos esplâncnicos
abdominopélvicos. As fibras simpáticas pré-ganglionares mielínicas atravessam os gânglios
paravertebrais e pré-vertebrais, sem fazer sinapse, e são distribuídas para as células cromafins na
medula suprarrenal.
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REFERÊNCIAS
STANDRING, S. (Ed.). Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010.
MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
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