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EB70-MC-10.360: Ministério Da Defesa Exército Brasileiro

Este documento é o Manual de Campanha EB70-MC-10.360 Grupo de Artilharia de Campanha, 5a Edição, 2020. Ele estabelece os procedimentos, táticas e doutrina para o emprego do Grupo de Artilharia de Campanha no Exército Brasileiro. O documento é aprovado pelo Comandante de Operações Terrestres e revoga a edição anterior de 1998.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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EB70-MC-10.

360

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

GRUPO DE ARTILHARIA DE
CAMPANHA

5a Edição
2020

Xa Edição
201X
EB70-MC-10.360

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA

5ª Edição
2020
PORTARIA Nº 100-COTER, DE 29 DE JULHO DE 2020

Aprova o Manual de Campanha EB70-MC-


10.360 Grupo de Artilharia de Campanha, 5ª
Edição, 2020, e dá outras providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da


atribuição que lhe confere o inciso III do art. 16 das Instruções Gerais para o
Sistema de Doutrina Militar Terrestre – SIDOMT (EB10-IG-01.005), 5ª Edição,
aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.550, de 8 de
novembro de 2017, resolve:

Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha EB70-MC-10.360 Grupo de


Artilharia de Campanha, 5ª Edição, 2020, que com esta baixa.

Art. 2º Revogar o Manual de Campanha C 6-20 Grupo de Artilharia de


Campanha, 4ª Edição, 1998, aprovado pela Portaria nº 098-EME, de 15 de
outubro de 1998, e a modificação M1, constante da Port nº 055-EME, de 14 de
maio de 2001.

Art. 3º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua


publicação.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicado no Boletim do Exército nº 36, de 4 de setembro de 2020)


As sugestões para o aperfeiçoamento desta publicação, relacionadas aos
conceitos e/ou à forma, devem ser remetidas para o e-mail
[email protected] ou registradas no site do Centro de Doutrina do
Exército http://www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/fale-conosco

O quadro a seguir apresenta uma forma de relatar as sugestões dos leitores.

Manual Item Redação Atual Redação Sugerida Observação/Comentário


FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade ....................................................................................... 1-1
CAPÍTULO II – O GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA
2.1 Considerações Gerais ..................................................................... 2-1
2.2 Estrutura Organizacional ................................................................. 2-2
2.3 Responsabilidades do Estado-Maior ............................................... 2-3
2.4 Relações de Comando .................................................................... 2-8
2.5 O Posto de Comando do Grupo de Artilharia de Campanha .......... 2-10
CAPÍTULO III – FUNDAMENTOS DO EMPREGO TÁTICO DO GAC
3.1 Considerações Gerais ..................................................................... 3-1
3.2 Emprego do Grupo .......................................................................... 3-1
3.3 Direção e Controle de Tiro ............................................................... 3-4
CAPÍTULO IV – EXAME DE SITUAÇÃO DO GAC
4.1 Considerações Gerais ..................................................................... 4-1
4.2 Situações de Conduta...................................................................... 4-19
4.3 Ordens de Combate ........................................................................ 4-20
4.4 Anexos às Ordens de Combate ....................................................... 4-23
4.5 Documentos de Estado-Maior ......................................................... 4-24
4.6 Distribuição ...................................................................................... 4-25
CAPÍTULO V – DESDOBRAMENTO DO GAC
5.1 Considerações Gerais ..................................................................... 5-1
5.2 Desdobramento ............................................................................... 5-1
5.3 Responsabilidades na Escolha da Área de Posição ....................... 5-7
5.4 Ações de Reconhecimento do GAC ................................................ 5-8
5.5 Reconhecimento, Escolha e Ocupação de Posição no GAC........... 5-10
5.6 Mudança de Posição no Decorrer do Combate ............................... 5-14
5.7 Mudança para Posição de Troca ..................................................... 5-15
5.8 Continuidade de Apoio .................................................................... 5-16
5.9 Processos de Mudança de Posição ................................................ 5-16
5.10 Mudança de Posição dos GAC ...................................................... 5-18
CAPÍTULO VI – BUSCA DE ALVOS
6.1 Considerações Gerais ..................................................................... 6-1
6.2 Aquisição de Alvos .......................................................................... 6-2
6.3 O Sistema de Observação do GAC ................................................. 6-3
6.4 Registro de Alvos ............................................................................. 6-5
6.5 Difusão de Alvos............................................................................... 6-10
CAPÍTULO VII – COMANDO E CONTROLE
7.1 Considerações Gerais ..................................................................... 7-1
7.2 Sistemas de Comunicações ............................................................ 7-1
7.3 Sistema de Comunicações do GAC................................................. 7-4
7.4 As Comunicações Rádio no GAC..................................................... 7-7
7.5 O Sistema Rádio nas Mudanças de Posição .................................. 7-8
7.6 A Influência do Ambiente de Guerra Eletrônica nas Atividades e
Tarefas do GAC...................................................................................... 7-11
CAPÍTULO VIII – PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS
NO GAC
8.1 Considerações Gerais ..................................................................... 8-1
8.2 Planejamento de Fogos ................................................................... 8-1
8.3 Planejamento dos Fogos no GAC ................................................... 8-2
8.4 Coordenação do Apoio de Fogo ...................................................... 8-3
8.5 Pedido de Fogo Adicional ................................................................ 8-4
8.6 Execução do Planejamento e Coordenação de Fogos ................... 8-4
CAPÍTULO IX – APOIO LOGÍSTICO NO GAC
9.1 Considerações Gerais ..................................................................... 9-1
9.2 Ligações Logísticas ......................................................................... 9-3
9.3 Atividades Logísticas ....................................................................... 9-4
9.4 O Trabalho do S-1 e do S-4 ............................................................. 9-24
9.5 Documentos Logísticos.................................................................... 9-26
CAPÍTULO X – O GAC NAS OPERAÇÕES OFENSIVAS
10.1 Considerações Gerais ................................................................... 10-1
10.2 O GAC na Marcha para o Combate .............................................. 10-2
10.3 O GAC no Ataque Coordenado ..................................................... 10-18
10.4 O GAC no Aproveitamento do Êxito e na Perseguição.................. 10-29
CAPÍTULO XI – O GAC NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
11.1 Considerações Gerais ................................................................... 11-1
11.2 O GAC nos Movimentos Retrógrados ........................................... 11-2
11.3 O GAC na Defesa em Posição ...................................................... 11-21
CAPÍTULO XII – O GAC NAS OPERAÇÕES DE COOPERAÇÃO E
COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS
12.1 Considerações Gerais.................................................................... 12-1
12.2 O Emprego do GAC em Operações de Cooperação e
Coordenação com Agências .................................................................. 12-1
CAPÍTULO XIII – O GAC NAS OPERAÇÕES COMPLEMENTARES
13.1 Considerações Gerais ................................................................... 13-1
13.2 O GAC nas Operações de Segurança .......................................... 13-1
CAPÍTULO XIV – O GAC NAS AÇÕES COMUNS ÀS OPERAÇÕES
TERRESTRES
14.1 Considerações Gerais ................................................................... 14-1
14.2 Reconhecimento, Vigilância e Segurança ..................................... 14-1
14.3 Coordenação e Controle do Espaço Aéreo ................................... 14-6
14.4 Planejamento e Coordenação do Apoio de Fogo .......................... 14-7
14.5 Substituição de Unidades de Combate ......................................... 14-7
14.6 Assuntos Civis ............................................................................... 14-11
14.7 Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN)........ 14-12
14.8 Guerra Cibernética ........................................................................ 14-12
14.9 Operações Psicológicas ................................................................ 14-13
14.10 Guerra Eletrônica ......................................................................... 14-13
14.11 Defesa Antiaérea ......................................................................... 14-14
14.12 Comunicação Social .................................................................... 14-15
CAPÍTULO XV – O GAC NOS AMBIENTES OPERACIONAIS COM
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
15.1 Considerações Gerais ................................................................... 15-1
15.2 O GAC nas Operações na Selva ................................................... 15-1
15.3 O GAC nas Operações na Montanha ............................................ 15-8
ANEXO A – MEMENTO DO EXAME DE SITUAÇÃO DO GAC
APÊNDICE 1 AO ANEXO A – DECISÃO PRELIMINAR DO
COMANDANTE DO GAC
APÊNDICE 2 AO ANEXO A – DECISÃO FINAL DO COMANDANTE
DO GAC (EXEMPLO)
ANEXO B – EXAME DE SITUAÇÃO SUMÁRIO DO GAC
ANEXO C – ORDEM DE OPERAÇÕES DO GAC (EXEMPLO)
ANEXO D – ORDEM PREPARATÓRIA DO GAC (EXEMPLO)
ANEXO E – ARQUIVO DE INTELIGÊNCIA DE COMBATE
(EXEMPLO)
ANEXO F – CADERNO DE TRABALHO DO S-2 (EXEMPLO)
ANEXO G – LISTA DE ALVOS – 2ª SEÇÃO (EXEMPLO)
ANEXO H – CALCO DE ALVOS – 2ª SEÇÃO (EXEMPLO)
ANEXO I – RELATÓRIO DE BOMBARDEIO (EXEMPLO)
APÊNDICE 1 AO ANEXO I – MODELO DE MENSAGENS DE
RELATÓRIOS DE BOMBARDEIO
ANEXO J – CALCO DE OBSERVAÇÃO (EXEMPLO)
ANEXO K – PLANO DE OBSERVAÇÃO (EXEMPLO)
ANEXO L – QUADRO DE EMPREGO DE VETORES AÉREOS
(EXEMPLO)
ANEXO M – INSTRUÇÕES DE VOO (EXEMPLO)
ANEXO N – CALCO DE LOCAÇÕES SUSPEITAS (EXEMPLO)
ANEXO O – CALCO DE RELATÓRIO DE BOMBARDEIO
(EXEMPLO)
ANEXO P – ARQUIVO HISTÓRICO (EXEMPLO)
ANEXO Q – LISTA DE ARMAS INIMIGAS (EXEMPLO)
ANEXO R – PARTE ESCRITA DO PFA (EXEMPLO)
ANEXO S – LISTA DE ALVOS DO PFA (EXEMPLO)
ANEXO T – CALCO DE ALVOS DO PFA (EXEMPLO)
ANEXO U – TABELA DE APOIO DE FOGO DE ARTILHARIA
(EXEMPLO)
ANEXO V – PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA NA MARCHA
PARA O COMBATE (EXEMPLO)
ANEXO W – CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NO ATAQUE
COORDENADO (EXEMPLO)
ANEXO X – PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA NO
APROVEITAMENTO DO ÊXITO (EXEMPLO)
ANEXO Y – PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA NO
MOVIMENTO RETRÓGRADO (EXEMPLO)
ANEXO Z – CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NA DEFESA EM
POSIÇÃO (EXEMPLO)
REFERÊNCIAS
EB70-MC-10.360
CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE

1.1.1 O presente manual de campanha visa a apresentar os princípios gerais


de emprego dos grupos de artilharia de campanha (GAC), que atuam,
normalmente, em proveito das brigadas (Bda) e divisões de exército (DE).

1.1.2 Este manual foi elaborado tomando por base todas as publicações
vigentes no Exército Brasileiro que tratam dos diversos tipos de operações e
ambientes operacionais, especialmente as concepções e os conceitos
estabelecidos no manual EB70-MC-10.224 Artilharia de Campanha nas
Operações.

1.1.3 Estabelece, de forma detalhada, os fundamentos de emprego do Grupo


de Artilharia de Campanha nos diversos tipos de operações, o papel do seu
comandante e dos membros do estado-maior e os fundamentos de suas
subunidades.

1-1
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO II

O GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA

2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1.1 Os grupos de artilharia de campanha (GAC) podem prestar o apoio de


fogo aos escalões brigada, divisão de exército e corpo de exército,
empregando, em princípio, suas baterias, de forma centralizada. Dependendo
dos fatores de decisão e conforme as necessidades das operações, o GAC
poderá empregar suas baterias de forma descentralizada e apoiar o escalão
unidade.

2.1.2 De acordo com a natureza da Artilharia de Campanha elencada no


manual EB70-MC-10.224 Artilharia de Campanha nas Operações, os tipos de
GAC são os seguintes:
a) motorizado;
b) blindado;
c) mecanizado;
d) paraquedista;
e) aeromóvel;
f) de selva;
g) de montanha; e
h) de mísseis e foguetes.

2.1.3 O GAC, unidade tática básica da Artilharia de Campanha (Art Cmp), tem
suas atividades e tarefas comuns enumeradas no manual EB70-MC-10.224
Artilharia de Campanha nas Operações.

2.1.4 Além das atividades específicas da Art Cmp, o GAC ainda pode:
a) prover suas próprias necessidades de comunicações, ligações, topografia e,
limitadamente, de busca de alvos;
b) estabelecer o seu sistema de observação;
c) reforçar os fogos de outros grupos de artilharia;
d) coordenar os fogos de outros GAC com a missão tática Reforço de Fogos
(Ref- F);
e) coordenar o apoio de fogo ao escalão apoiado;
f) realizar a defesa aproximada de suas posições;
g) reforçar, com os meios indispensáveis, as baterias de obuses (Bia O)
empregadas isoladamente; e
h) cooperar com o esforço de busca de alvos (BA).

2-1
EB70-MC-10.360

2.1.5 O manual EB70-MC-10.224 Artilharia de Campanha nas Operações


enumera as seguintes limitações da Art Cmp e, por consequência, do GAC:
a) vulnerabilidades à ação aérea do inimigo, particularmente durante os
deslocamentos;
b) restrita capacidade de transporte de munição;
c) redução do apoio de fogo durante as mudanças de posição;
d) eficiência reduzida, quando forçada a engajar-se no combate aproximado; e
e) vulnerabilidade em face dos modernos meios de busca de alvos, obrigando
constante mudança de posição.

2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

2.2.1 Em geral, os GAC orgânicos de Bda, os subordinados às artilharias


divisionárias (AD) e aqueles recebidos dos escalões superiores são compostos
por um comando, uma bateria de comando (Bia Cmdo) e três ou quatro Bia O
(Figura 2-1).

Cmdo

Fig 2-1 – Organograma do GAC a 3 Bia O

2-2
EB70-MC-10.360

Cmdo

Fig 2-2 – Organograma do GAC a 4 Bia O

2.3 RESPONSABILIDADES DO ESTADO-MAIOR

2.3.1 O estado-maior (EM) do GAC tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o comandante (Cmt) no exercício do comando;
b) obter as informações apropriadas e fornecer ao Cmt os estudos e as
informações solicitados;
c) elaborar os planos do GAC e transformá-los em ordens aos comandos
subordinados; e
d) fiscalizar a execução dos planos e ordens e propor as medidas necessárias
para cumpri-los.

2.3.2 Os oficiais do EM não têm autoridade de comando. Ao transmitir ordens


para as baterias, eles o fazem em nome do Cmt. Os limites de sua autoridade
são determinados nas normas do Cmt, que é o responsável pelas ordens
expedidas pelos membros do EM.

2.3.3 FUNÇÕES NORMAIS DOS OFICIAIS DO ESTADO-MAIOR

2.3.3.1 Subcomandante – é o principal assessor do comandante do GAC.


Suas atribuições são as seguintes:
a) responder pelo comandante quando este se ausentar do posto de comando;
b) chefiar o EM, coordenando e dirigindo suas atividades;
c) supervisionar o estabelecimento e a operação do posto de comando (PC) do
Grupo;
d) organizar o relatório da unidade e o boletim interno;
e) verificar o registro e o relatório de rotina das seções do estado-maior e das
subunidades;
f) coordenar a defesa aproximada do Grupo, elaborando o plano respectivo; e
g) conduzir o GAC para a ocupação de posição.
2-3
EB70-MC-10.360

2.3.3.2 S-1 (Oficial de Pessoal) – é o assessor do Cmt em assuntos da função


logística Recursos Humanos e serviços de ajudância. Suas atribuições são as
seguintes:
a) planejar, coordenar e fiscalizar as atividades da função logística Recursos
Humanos;
b) organizar e manter o arquivo do GAC;
c) supervisionar o movimento de entrada e saída de correspondência;
d) realizar levantamentos e observar o moral e estado disciplinar da tropa,
assessorando o Cmt quanto à adoção de medidas para a sua manutenção e
melhoria;
e) preparar a documentação relativa ao pessoal, manter atualizado o diário da
1ª Seção do EM e fornecer ao S Cmt dados concernentes ao pessoal, para
inclusão no relatório da unidade;
f) fornecer ao S-4 (Oficial de Logística) os elementos relativos à logística de
pessoal para inclusão na ordem de operações, ordem de apoio logístico ou
outro qualquer documento que regule o apoio logístico;
g) organizar e prescrever as normas de funcionamento da 1ª Seção do GAC; e
h) elaborar o parágrafo da ordem de operações (O Op) referente ao pessoal.

2.3.3.3 S-2 (Oficial de Inteligência) – coordena e orienta o esforço das


atividades de busca de alvos, de dados e conhecimentos de Inteligência,
observação e topografia do GAC e medidas de prevenção e proteção da tropa
contra meios de Inteligência do inimigo. Suas atribuições são as abaixo
especificadas:
a) realizar uma coleta sistemática e coordenada de dados sobre alvos,
lançando mão de todos os meios de obtenção existentes no GAC. Para isso,
deve:
- coordenar, por meio da cadeia de comando e dos contatos de EM, o
trabalho do pessoal de Inteligência, dos órgãos de observação sob seu
controle e dos comandos de SU;
- manter contínua ligação com as seções de Inteligência dos escalões
superiores, subordinados, vizinhos e elemento apoiado, tendo em vista a
troca de conhecimentos e o auxílio mútuo no esforço da busca de alvos;
- prever as necessidades em cartas, fotocartas e imagens aéreas, para
obtenção e distribuição;
- estudar e interpretar imagens aéreas, quando não existirem equipes de
analistas de imagem. Caso existam, fiscalizar o trabalho dessas equipes;
- dirigir as atividades de produção dos conhecimentos de Inteligência
relativos aos dados de contrabateria; e
- fazer os pedidos de missões de reconhecimento à Força Aérea.
b) reunir e processar os dados sobre alvos, difundindo os conhecimentos em
tempo útil;
c) manter o Cmt, o EM e as SU informados da situação e das possibilidades do
inimigo, particularmente, da artilharia inimiga;
d) analisar as características da região de operações (terreno, condições
meteorológicas, luminosidade etc.) e seus impactos para as operações
correntes e futuras, em estreito contato com o Oficial de Operações Logísticas;

2-4
EB70-MC-10.360

e) colaborar com o S-3 nos assuntos ligados às operações;


f) examinar a precisão das cartas, fotocartas e imagens aéreas, difundindo
esse conhecimento;
g) preparar e difundir relatórios de Inteligência;
h) manter atualizada a carta de situação, o arquivo de inteligência de combate
e outros documentos da atividade de Inteligência, utilizando meios
convencionais e informatizados;
i) fornecer, para inclusão no relatório do comando, dados relacionados às suas
funções;
j) supervisionar a instrução da atividade de Inteligência;
k) supervisionar os trabalhos topográficos realizados pelo Adj S-2;
l) manter o Adj S-2 a par de tudo o que se relacionar com o levantamento
topográfico, inclusive indicando-lhe alvo(s) auxiliar(es);
m) obter e distribuir mensagens meteorológicas;
n) elaborar o parágrafo da ordem de operações referente à Inteligência;
o) analisar os dados do inimigo fornecido pelo escalão superior e propor
medidas de proteção e dissimulação para evitar ataques aéreos, observação
de meios de inteligência e busca de alvos do inimigo (SARP, elementos
infiltrados, MAGE etc.) e para a segurança das operações;
p) apoiar o estabelecimento da segurança do PC do GAC e das Comunicações
junto ao oficial de comunicações; e
q) coordenar o sistema de observação, ajustando-o às necessidades da missão
tática atribuída à unidade.

2.3.3.4 S-3 (Oficial de Operações) – é o responsável pela organização e


planejamento da instrução e das operações. Suas atribuições são as abaixo
especificadas:
a) assessorar o Cmt com relação ao emprego do GAC;
b) elaborar os planos e as ordens de operações a serem submetidos à
aprovação do Cmt;
c) manter o Cmt e o EM informados sobre a instrução, a eficiência em combate
e o dispositivo do GAC;
d) planejar e supervisionar a instrução e as operações;
e) coordenar, com os outros oficiais do EM, os assuntos relativos às
operações;
f) elaborar o Plano de Fogos de Artilharia (PFA) da Força, se for o caso;
g) fornecer informações atuais das possibilidades de tiro da sua Artilharia;
h) manter o S-4 informado sobre as necessidades de munição;
i) planejar e supervisionar as atividades de ligação;
j) manter a central de tiro constantemente informada sobre a situação tática das
tropas amigas;
k) informar o oficial de comunicações sobre todos os planos que afetem as
necessidades de comunicações;
l) fiscalizar a preparação de arquivos de dados e relatórios referentes às
operações;
m) supervisionar as atividades de direção de tiro;

2-5
EB70-MC-10.360

n) durante o exame de situação na carta e no Reconhecimento, Escolha e


Ocupação de Posição (REOP):
- prever posições para o GAC;
- reconhecer e propor áreas de posição e o ponto de liberação;
- repartir a posição escolhida entre as Bia O;
- prever a manobra do material;
- propor, se for o caso, o tipo de prancheta de tiro e regulações;
- propor o deslocamento do GAC; e
- prever necessidades e áreas de alvos auxiliares.
o) planejar e supervisionar atividades civis, quando necessário;
p) informar ao S-2 sobre os planos que afetem os trabalhos de levantamento
topográfico;
q) manter em dia a carta de situação e a matriz de apoio de fogo, utilizando
meios convencionais e informatizados; e
r) realizar a análise de alvos por meio da metodologia 3DA (decidir, detectar,
disparar e avaliar), a fim de permitir a emissão de sua Ordem de Tiro.

2.3.3.5 S-4 (Oficial de Logística) – é o responsável pelo planejamento,


coordenação e supervisão de todas as atividades das funções logísticas
Saúde, Transporte, Manutenção e Suprimento do GAC. Tem meios à sua
disposição para obter e distribuir os suprimentos e, se necessário, pode
estabelecer postos de distribuição. Além dessas atribuições, o S-4 tem os
seguintes encargos:
a) planejar, coordenar e fiscalizar as atividades das funções logísticas Saúde,
Transporte, Manutenção e Suprimento;
b) elaborar e supervisionar a execução do Plano de Remuniciamento (Pl
Remn) para a munição de Artilharia;
c) manter o Cmt e o EM informados sobre a situação da munição;
d) manter um banco de dados da situação da munição, pontos de suprimento e
transporte disponível;
e) manter um banco atualizado de todos os dados de trânsito e da rede de
estradas;
f) coordenar toda a demanda de suprimento do GAC a fim de assegurar uma
adequada obtenção e distribuição;
g) manter banco de dados dos artigos críticos de suprimento e equipamento;
h) propor e reconhecer a área de desdobramento dos trens de estacionamento
do GAC; e
i) elaborar o parágrafo 4. LOGÍSTICA, da Ordem de Operações (O Op), e,
eventualmente, a Ordem de Apoio Logístico.

2.3.3.6 Oficial de Ligação (O Lig) – é o representante do Cmt GAC junto ao


escalão para o qual foi designado. Suas principais funções são as abaixo
especificadas:
a) coordenar o apoio de fogo, no nível unidade;
b) substituir o Cmt GAC nos seus afastamentos temporários, junto ao Cmt Bda;
c) assessorar o Cmt da Força nos assuntos relativos ao apoio de Artilharia,
mantendo-o informado sobre a situação e as possibilidades dela;

2-6
EB70-MC-10.360

d) manter o comando da Artilharia a par da situação e das possibilidades da


força com a qual estabelece ligação; e
e) manter-se informado sobre:
- a situação da munição;
- o plano de observação;
- as possibilidades de apoio de Artilharia do escalão superior, bem como sua
localização; e
- supervisionar as atividades dos observadores avançados.

2.3.3.7 Oficial de Comunicações e Eletrônica (O Com Elt) – é o responsável


pelas Comunicações e Guerra Eletrônica no âmbito do GAC. As principais
funções do oficial de comunicações, que também é o Cmt da Bia C, são as
abaixo relacionadas:
a) assessorar o Cmt em assuntos relacionados às comunicações e as medidas
de proteção eletrônica (MPE);
b) instalar, explorar, manter e proteger o sistema de comunicações do GAC;
c) obter e distribuir as Instruções para a Exploração de Comunicações e
Eletrônica (IE Com Elt) e as Instruções Padrão de Comunicações e Eletrônica
(IP Com Elt);
d) elaborar o parágrafo 5. COMANDO E COMUNICAÇÕES da O Op ou o
anexo de comunicações;
e) assessorar o S-4 no gerenciamento do material de comunicações e
eletrônica;
f) propor as medidas para a segurança das comunicações;
g) fiscalizar a manutenção do material de comunicações do GAC e das Bia; e
h) quanto ao posto de comando (PC) do GAC:
- propor e reconhecer o local do PC e de suas instalações básicas;
- organizar o PC escolhido e supervisionar sua ocupação;
- prever as mudanças do PC; e
- planejar e supervisionar a execução da segurança do PC.

2.3.3.8 Adjunto do S-2 (Oficial de Reconhecimento) – é o responsável pelo


levantamento topográfico, e assessor do S-2 quanto aos aspectos ligados à
topografia, no âmbito do GAC. As funções do Adj S-2 são as abaixo
especificadas:
a) preparar e executar o Plano de Levantamento Topográfico, sob a supervisão
do S-2;
b) obter o controle topográfico, se for o caso, junto ao Centro de Informações
Topográficas (CIT) da Artilharia Divisionária (AD) ou da Artilharia de Corpo de
Exército (A CEx);
c) realizar o reconhecimento de itinerários, áreas de posição e postos de
observação, nas operações de movimento;
d) supervisionar e ministrar a instrução de topografia;
e) planejar, continuamente, os futuros reconhecimentos e a extensão da trama
topográfica;

2-7
EB70-MC-10.360

f) manter ligação com o S-2 e S-3 para obter os conhecimentos necessários


sobre busca de alvos, postos de observação, itinerários e futuras áreas de
posição; e
g) determinar a precisão das cartas disponíveis.

2.3.3.9 Adjunto do S-3 – é o responsável pelo funcionamento da Central de


Tiro do GAC. As funções do Adj S-3 são as abaixo especificadas:
a) preparar o Quadro de Possibilidade de Tiro e o Repertório de Tiros Previstos
do GAC, sob a supervisão do S-3;
b) supervisionar e ministrar a instrução de técnica de tiro;
c) manter ligação com o S-2 e S-3 para obter os conhecimentos necessários
aos trabalhos de C Tir;
d) determinar a precisão das cartas disponíveis; e
e) assessorar o S-3 quanto aos aspectos ligados à direção e controle de tiro.

2.3.3.10 Adjunto do S-4 – é o principal auxiliar do S-4 nas atividades logísticas


no âmbito do GAC. Suas principais atribuições são:
a) planejar e executar o funcionamento da Área de Trens do GAC;
b) responsabilizar-se pelo desdobramento dos órgãos logísticos do GAC;
c) supervisionar o transporte dos suprimentos do GAC;
d) coordenar e controlar o funcionamento das atividades ligadas à manutenção
das viaturas do GAC;
e) supervisionar os assuntos ligados ao emprego de medidas sanitárias e à
saúde da tropa;
f) posicionar e, quando for o caso, indicar as localizações convenientes dos
órgãos logísticos sob sua responsabilidade;
g) supervisionar as condições de empaiolamento e a atividade de
remuniciamento do GAC;
h) coordenar, sob supervisão do S-4, as operações de suprimento dos
materiais e equipamentos das diversas classes; e
i) atuar como auxiliar do S-4 e seu assessor, quanto aos aspectos ligados à
logística.

2.4 RELAÇÕES DE COMANDO

2.4.1 Quando um GAC é orgânico ou passa a reforçar determinada força que


não disponha de Artilharia, fica diretamente subordinado ao Cmt da referida
força, a quem cabe definir o seu emprego, mediante o assessoramento do
próprio Cmt GAC.

2.4.2 Quando um GAC passa a reforçar uma brigada, fica diretamente


subordinado ao comando desta, a quem cabe definir o seu emprego, mediante
o assessoramento do Cmt do GAC orgânico, geralmente constituindo-se um
agrupamento-grupo com os dois GAC.

2-8
EB70-MC-10.360

2.4.3 Quando um GAC integra uma DE ou passa a reforçá-la, fica diretamente


subordinado à AD, e o seu emprego é definido pelo Cmt da divisão, mediante o
assessoramento do Cmt AD.

2.4.4 Quando um GAC ou as Bia O são colocados em apoio direto, as relações


do Cmt de Artilharia com o Cmt do elemento apoiado excluem o vínculo de
subordinação. As relações são mantidas como as de um Cmt independente
que deve proporcionar um eficiente apoio de Artilharia, de acordo com a
missão tática recebida.

2.4.5 CANAIS DE COMANDO

2.4.5.1 O GAC em reforço a determinada força recebe ordens do escalão


superior de Artilharia por meio dos canais normais de comando, isto é, por
meio do comando a que estiver subordinado.

Exemplo: O 122º GAC 155 AP, compondo a AD/12, tendo sido passado em
reforço à 51ª Bda Inf Mec, recebe ordens do comandante da AD/12,
somente por intermédio do Cmt da 51ª Bda Inf Mec.

2.4.5.2 Não existe canal de comando entre as Artilharias dos diversos


escalões.

2.4.5.3 O comandante de Artilharia de determinado escalão exerce sobre a


Artilharia do escalão subordinado, por intermédio do canal técnico, uma ação
coordenadora no que diz respeito:
a) à instrução dos assuntos de Artilharia;
b) ao planejamento de fogos;
c) às atividades de inteligência;
d) às instruções técnicas; e
e) à coordenação do apoio de fogo.

2.4.6 LIGAÇÃO

2.4.6.1 A ligação no GAC é estabelecida por meio da ligação de comando, de


estado-maior e de oficiais de ligação.

2.4.6.2 A ligação de comando é estabelecida pelo Cmt GAC com o Cmt da


força por meio do contato pessoal. Na sua ausência, a ligação é mantida por
meio de um O Lig.

2.4.6.3 As ligações de estado-maior são estabelecidas entre os oficiais do EM


do GAC com os da força apoiada, tendo em vista facilitar a coordenação e o
entendimento.

2.4.6.4 Os oficiais de ligação (O Lig) são os representantes pessoais do Cmt


GAC junto aos escalões para os quais foram enviados. Atuam como
2-9
EB70-MC-10.360

coordenadores do apoio de fogo (CAF) e assessores do Cmt da força nos


assuntos relativos ao apoio de Artilharia. Na brigada, o O Lig substitui o Cmt
GAC nos afastamentos temporários deste.

2.4.6.5 O O Lig do Grupo em ação de conjunto-reforço de fogos e em reforço


de fogos mantém seu Cmt informado da situação e das necessidades de apoio
do GAC que tem os fogos reforçados, bem como informa ao Cmt deste sobre a
situação do seu GAC, inclusive, alterações em suas possibilidades.

2.4.7 CONTROLE OPERATIVO

2.4.7.1 Quando um GAC é colocado sob o controle operativo da AD, as


relações de comando são normalmente limitadas e atinentes somente ao
cumprimento de missões ou tarefas operativas específicas, excluindo-se o
controle logístico dele.

2.5 O POSTO DE COMANDO DO GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA

2.5.1 O posto de comando (PC) do GAC é o conjunto de órgãos e instalações


que possibilitam ao Cmt e seu EM o exercício de suas funções táticas e
logísticas. O PC é dividido em escalões avançado e recuado. O escalão
avançado é, normalmente, o PC propriamente dito.

2.5.2 Os principais encargos do EM, no PC, relacionam-se com as operações e


atividades de inteligência. As atribuições do EM que se relacionam com a
atividade de inteligência e operações são: reconhecimento, topografia,
comunicações, ligações e logística.

2.5.3 Os encargos logísticos do comando são atribuídos ao escalão recuado,


denominado área de trens (AT).

2.5.4 O Cmt da bateria de comando (também O Com do GAC) é o Cmt do PC


e, como tal, além de suas funções normais de comando, é responsável pela:
a) localização dos órgãos do PC;
b) organização do PC;
c) coordenação das mudanças do PC;
d) fiscalização e coordenação do serviço de rancho, viaturas e suprimentos do
PC; e
e) organização da segurança local do PC.

2.5.5 Cabe ao subcomandante verificar o estacionamento e funcionamento do


PC do GAC, e ao Oficial de Inteligência verificar a segurança do PC e dos
meios de comunicações.

2.5.6 O Cmt da AT é o Adj S-4, sob supervisão do S-4.

2-10
EB70-MC-10.360

2.5.7 FATORES DE SELEÇÃO DO PC

2.5.7.1 Os fatores que influenciam na localização do PC do GAC são:


a) eixado com as Bia O, a fim de melhor controlá-las e facilitar as Com;
b) eixado com o PC da tropa apoiada ou reforçada, a fim de facilitar o contato
pessoal dos Cmt e EM e o funcionamento do Centro de Coordenação de Apoio
de Fogo (CCAF);
c) estar afastado de, pelo menos, 200 metros de qualquer ponto de referência
(P Rfr) ou acidente do terreno que possa atrair o fogo de Artilharia inimiga;
d) ter espaço necessário à dispersão dos órgãos;
e) oferecer cobertura e desenfiamento; e
f) ter fácil acesso.

2.5.8 ÓRGÃOS DO PC

2.5.8.1 O PC de GAC compreende os seguintes órgãos:


a) comando (Cmdo);
b) central de tiro (C Tir);
c) centro de comunicações (C Com);
d) linha de viaturas (L Vtr);
e) estacionamento da bateria de comando; e
f) zona de pouso de helicóptero (ZPH).

2.5.8.2 Centro de Operações

2.5.8.2.1 O Cmdo, a C Tir e o C Com são os órgãos mais ativamente


empenhados nas operações e na direção do tiro do Grupo. A área por eles
ocupada denomina-se Centro de Operações do GAC (C Op/GAC).

2.5.8.2.2 Os órgãos do C Op são localizados em uma mesma área,


distanciados cerca de 100 metros uns dos outros. O posicionamento desses
elementos depende do espaço disponível, das características do terreno e das
cobertas e abrigos existentes.

2.5.8.2.3 O C Op GAC deve ser capaz de realizar o controle tático da direção


de tiro, a cargo do Cmdo, e o controle técnico da direção de tiro, sob
responsabilidade de C Tir do GAC. A troca de informações com os elementos
de manobra e com o CAF do escalão superior estão a cargo do C Com.

2.5.8.2.4 Para otimizar a consciência situacional ao Cmt GAC e facilitar sua


tomada de decisão na execução do apoio de fogo, a organização do C Op/GAC
deve ser semelhante à do CCAF do escalão superior, contando com pessoal
de operações, de informações sobre alvos e de análise de alvos.

2-11
EB70-MC-10.360

2.5.8.3 Localização dos Órgãos

2.5.8.3.1 Comando
- O Cmdo deve ser localizado em posição coberta e abrigada e que facilite o
contato pessoal do Cmt com os demais órgãos da área do PC.

2.5.8.3.2 Central de tiro


a) A C Tir é o órgão por meio do qual o Cmt exerce a direção do tiro.
Compreende o pessoal de operações, comunicações e o material necessário.
b) Deve ser localizada onde não haja ruídos e interferência de pessoal
estranho ao seu trabalho, bem como estar coberta.

2.5.8.3.3 Centro de Comunicações


- É o órgão encarregado de estabelecer as ligações com o escalão superior e
elementos subordinados.

2.5.8.3.4 Linha de Viaturas e Estacionamento da Bateria de Comando


a) Ambos devem ficar em região de fácil acesso, ampla e com bastante
coberta.
b) A linha de viaturas deve ficar afastada da área do PC, de 300 a 500 metros,
e o estacionamento da Bateria de Comando, a cerca de 200 metros da mesma
área.

2.5.8.3.5 Zona de Pouso de Helicóptero (ZPH)


a) A ZPH é uma área plana prevista para utilização pelos helicópteros. Deve
ser sinalizada segundo as normas, para orientação dos pilotos.
b) Deve ficar afastada da área do PC de 200 a 300 metros.

2.5.8.3.6 A Figura 2-3 representa, esquematicamente, a disposição dos órgãos


de um PC do GAC.

Fig 2-3 – PC do GAC

2-12
EB70-MC-10.360

2.5.9 SEGURANÇA DO PC

2.5.9.1 A segurança imediata do PC do GAC compreende o estabelecimento


de um sistema de alarme adequado e a previsão de medidas ativas e passivas
de defesa.

2.5.9.2 Sistema de Alarme

2.5.9.2.1 Um ou mais postos de segurança devem ser estabelecidos e ligados


ao PC por meio rádio ou fio. Em caso de ameaça, serão ocupados pelo pessoal
da Seção de Comando. Os postos de segurança devem avisar ao PC sobre a
ocorrência de infiltração inimiga.

2.5.9.2.2 As guarnições das metralhadoras e dos postos de segurança, quando


ocupadas, funcionam como sentinelas contra ataques aéreos e terrestres.

2.5.9.3 Medidas Passivas de Defesa

2.5.9.3.1 As medidas passivas de defesa a serem observadas na instalação e


operação do PC são as seguintes:
a) dispersão das instalações;
b) camuflagem e disfarce das instalações;
c) rigorosa disciplina de circulação; e
d) obras de fortificação de campanha.

2.5.9.4 Medidas Ativas de Defesa

2.5.9.4.1 Todos os elementos da Bia C são organizados em turmas de


segurança e distribuídos pelas instalações do PC. Em caso de alarme, elas se
reúnem nas próprias instalações de trabalho e enviam um agente de ligação à
C Tir, de onde são informadas sobre seu emprego.

2.5.9.4.2 A constituição dessas turmas deve constar das Normas Gerais de


Ação (NGA) da unidade.

2.5.9.4.3 Cabe ao Cmt Bia C planejar e organizar a segurança do PC, sendo


auxiliado, nessa tarefa, pelo Adjunto do Oficial de Comunicações (Adj O Com),
que se encarrega de sua execução.

2-13
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO III

FUNDAMENTOS DO EMPREGO TÁTICO DO GAC

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

3.1.1 As responsabilidades de apoio de fogo de uma unidade de Artilharia são


definidas pela atribuição de missões táticas.

3.1.2 Um GAC, conforme a situação em que se encontre, pode receber as


seguintes missões táticas padrão:
a) Apoio Geral (Ap G);
b) Apoio Direto (Ap Dto);
c) Reforço de Fogos (Ref F);
d) Ação de Conjunto-Reforço de Fogos (Aç Cj-Ref F); e
e) Ação de Conjunto (Aç Cj).

3.1.3 Em determinada ocasião, quando nenhuma das missões táticas padrão


expressar a ideia do comandante, o GAC pode receber uma missão tática não
padronizada.

3.1.4 O grupo pode, ainda, ser colocado em reforço (situação de comando).


Nessa situação, receberá a missão tática do comandante da força ao qual
passou a ser subordinado.

3.2 EMPREGO DO GRUPO

3.2.1 Em operações convencionais, o menor escalão de emprego na Art Cmp é


a Bia O. Quando empregada isoladamente, esta deve receber os reforços
necessários.

3.2.2 O GAC deve ser, preferencialmente, empregado como um todo, a fim de


permitir o emassamento de fogos sobre o inimigo, assegurando um eficiente
apoio de fogo à força e proporcionando maior flexibilidade no emprego dos
seus meios. Nesse caso, diz-se que o grupo está centralizado e a missão tática
atribuída pode ser de Ap G, Ref F, Aç Cj-Ref F ou Aç Cj.

3.2.3 MISSÃO TÁTICA DE UM GAC COM DESCENTRALIZAÇÃO DE BIA O

3.2.3.1 No escalão divisão, uma Bia O pode ser retirada de uma das unidades
subordinadas à Artilharia Divisionária e ser empregada por esta com uma
missão tática ou em reforço a determinada peça de manobra.

3-1
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3.2.3.2 No escalão brigada, poderá ser necessário descentralizar uma ou mais


Bia O do GAC em operações caracterizadas por elevado grau de
descentralização, em que as peças de manobra do escalão apoiado
desenvolvem operações independentes e distanciadas umas das outras, ou
naquelas em que a brigada necessita de apoio de Artilharia em toda a frente e
ultrapassando as possibilidades técnicas do material para batê-la de uma única
posição.

3.2.3.3 Descentralização dos Meios

3.2.3.3.1 A descentralização dos meios é caracterizada quando se atribui a


missão de Apoio Direto a uma ou mais Bia O. É mantido o vínculo de comando
do GAC sobre a Bia O que recebe essa missão tática, o que proporciona ao
comandante maior flexibilidade para reorganizar seu apoio de fogo, quando
necessário.

3.2.3.3.2 No caso de descentralização de meios, a missão tática atribuída ao


GAC pode ser a de Ap G, Ref F, Aç Cj – Ref F ou Aç Cj, com uma ou mais Bia
O em Ap Dto a determinada peça de manobra. Exemplo:

- 122º GAC 155 AP: Aç Cj, com a 1ª Bia O em Ap Dto ao 12º RC Mec.

3.2.3.3.3 Quando o GAC encontra-se com o comando centralizado, porém com


uma ou mais Bia ocupando área ou áreas diferentes do restante do grupo, diz-
se que este está articulado.

3.2.3.4 Descentralização dos Meios e do Comando

3.2.3.4.1 A descentralização dos meios e do comando configura-se quando se


atribui uma ou mais Bia O em reforço a peças de manobra empregadas. A
Bia O deixa de estar subordinada ao GAC, que ficará com menos essa SU, e
receberá a missão tática do comandante do elemento ao qual passou a ser
subordinada.

3.2.3.4.2 Ao GAC será atribuída uma missão tática, excluindo-se a Bia O que
foi passada em reforço. Nessa situação, diz-se que o grupo está fracionado.
Exemplo:

- 52º GAC 155 AP (- 1ª Bia O): Ap G à 52ª Bda lnf Mec, menos ao 521º BI
Mec.
- 1ª Bia O: Ref ao 521º BI Mec.

3-2
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3.2.4 RECEBIMENTO DE MEIOS PELO GAC

3.2.4.1 Grupo Modificado

3.2.4.1.1 Um Grupo pode ter aumentado ou diminuído o seu poder de fogo pelo
recebimento ou perda de Bia O.

3.2.4.1.2 As Bia O recebidas podem ter características semelhantes ou


diferentes das do GAC. Exemplo:

- 56º GAC 105 AR (+ 1ª/131º GAC 155 AP) 56º GAC (+)

- 57º GAC 105 AR ( - 1ª Bia O) 57º GAC (-)

3.2.4.2 Agrupamento-Grupo (Agpt-Gp)

3.2.4.2.1 Na falta de um comando de Agrupamento de Artilharia (Agpt Art), dois


GAC podem ser reunidos, constituindo-se um Agpt-Gp.

3.2.4.2.2 O Cmt Agpt-Gp é indicado pela autoridade que o organiza.

3.2.4.2.3 O Agpt-Gp é formado por período limitado e a sua designação


numérica é estabelecida pela autoridade que o constitui, tendo como base a
numeração dos GAC formadores.

3.2.5 CONTROLE DO GAC POR UM ESCALÃO DE ARTILHARIA

3.2.5.1 Um GAC pode ter seus fogos coordenados e controlados pela AD e,


excepcionalmente, pela A CEx, sem que o tiro e o comando do Grupo estejam
centralizados por esse escalão.

3.2.5.2 Para que isso ocorra, o escalão superior de Artilharia deve estabelecer
normas, regulando o apoio de fogo a ser prestado à operação, bem como
acompanhar a execução desse apoio. Essas normas podem ser técnicas ou
táticas e baixadas por meio de documentos oriundos do comando da força.

3.2.5.3 Controle Operativo

3.2.5.3.1 Um GAC pode estar sob o controle operativo de um escalão superior


de Artilharia.

3.2.5.3.2 É o caso típico do GAC orgânico de uma brigada que se encontra na


situação de reserva, em uma operação coordenada por uma Divisão de
Exército. Essa divisão pode atribuir à AD, sob o seu controle operativo, o GAC
orgânico da brigada reserva, enquanto ela não for empregada. Exemplo:

3-3
EB70-MC-10.360

- 5º GAC 155 AP (Ct Op): Aç Cj Mdt O reverte à 5ª Bda Cav Bld

3.3 DIREÇÃO E CONTROLE DE TIRO

3.3.1 A ação de massa e a centralização constituem os princípios fundamentais


de emprego da Artilharia, decorrendo o segundo da necessidade do primeiro.

3.3.2 A busca da centralização deve ser uma preocupação constante de


qualquer comandante de Artilharia, pois os efeitos da massa dos fogos são
maiores quando a Artilharia encontra-se centralizada. No entanto,
particularmente no escalão brigada, tal preocupação não pode chegar ao ponto
de prejudicar a missão de apoiar pelo fogo os elementos de manobra.

3.3.3 CENTRALIZAÇÃO E DIREÇÃO DO TIRO

3.3.3.1 A centralização pode se apresentar segundo dois aspectos:


a) centralização do comando do GAC, que traduz a capacidade do comando de
controlar e coordenar, diretamente, seus elementos subordinados; e
b) centralização da direção do tiro, caracterizada pela possibilidade que tem o
comandante do GAC de, com rapidez e precisão, concentrar a maioria ou a
totalidade dos fogos de sua unidade e transportá-los para outros escalões de
Artilharia, quando necessário.

3.3.3.2 Centralização do Comando

3.3.3.2.1 Centralização do comando é o exercício do controle tático e logístico


das unidades de Artilharia.

3.3.3.2.2 A centralização do comando permite ao Cmt GAC:


a) propor a organização para o combate;
b) fixar setores de tiro;
c) indicar e coordenar o desdobramento do material;
d) controlar a munição; e
e) coordenar os sistemas de observação, de busca de alvos, de comunicações,
de topografia e de apoio logístico.

3.3.3.2.3 O comando é exercido diretamente pelo Cmt e por intermédio do EM.

3.3.3.3 Centralização da Direção do Tiro

3.3.3.3.1 A direção do tiro corresponde ao controle tático e técnico do fogo do


GAC.

3-4
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3.3.3.3.2 O controle tático compreende o planejamento e a coordenação dos


fogos, a seleção de alvos, concentração ou distribuição de tiros e a dotação de
munição para cada missão.

3.3.3.3.3 O controle técnico compreende todas as operações que dizem


respeito ao planejamento, preparo e desencadeamento preciso dos fogos
sobre um alvo.

3.3.3.3.4 Prioritariamente, o Cmt GAC deve manter a direção do tiro


centralizada para atender à necessidade de ação de massa.

3.3.3.3.5 A centralização da direção do tiro não implica que todas as Bia O


batam, ao mesmo tempo, um mesmo alvo. Os fogos dessas baterias podem
ser conduzidos, simultaneamente, sobre alvos diferentes. Até mesmo peças
isoladas podem receber missão de tiro, como geralmente ocorre nos tiros de
regulação, destruição, interdição e inquietação.

3.3.3.3.6 A centralização da direção do tiro possibilita:


a) dar continuidade de apoio, sob quaisquer condições de tempo e visibilidade;
b) emassar os fogos das baterias de tiro com rapidez e precisão; e
c) ter flexibilidade, permitindo distribuir os fogos, simultaneamente, sobre
diversos alvos.

3.3.3.3.7 As seguintes condições básicas são necessárias para que seja


possível centralizar a direção do tiro do Grupo:
a) tiro organizado, servindo-se de dados topográficos;
b) sistema de observação montado;
c) rede de comunicações estabelecida; e
d) adequado recobrimento dos setores de possibilidades de tiro das Bia O.
Esse aspecto deve ser considerado na parte mais importante da frente da zona
de ação da força apoiada.

3.3.3.3.8 A centralização da direção do tiro do GAC possibilita certas


vantagens, como:
a) ter todas as Bia O à disposição para utilizá-las, imediatamente, sobre
qualquer alvo;
b) utilizar as correções obtidas pela regulação com uma bateria por outras,
economizando tempo e munição;
c) controlar melhor o consumo de munição;
d) concentrar o tiro das Bia O mais rapidamente, baseando-se na ajustagem de
uma só SU; e
e) manter um quadro mais preciso e atualizado das necessidades da unidade
apoiada.

3.3.3.3.9 O GAC com a missão de Ref F pode ter o tiro centralizado pelo GAC
que tem os fogos reforçados.

3-5
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3.3.4 CONTROLE DE TIRO DO GAC

3.3.4.1 A C Tir é um órgão do PC, por meio do qual o S-3 dirige e controla o tiro
das Bia O do GAC.

3.3.4.2 A C Tir deve possuir equipamentos informatizados (além de


equipamentos convencionais, atuando de forma conjunta para o recobrimento)
que, operando de forma integrada à busca de alvos, forneçam, com rapidez e
precisão, os dados necessários para a realização do tiro.

3.3.4.3 O Cmt de uma Bia O, quando enquadrada no GAC, não exerce o


controle tático do tiro. No entanto, tem condições de executar o controle técnico
do tiro de sua SU por meio da C Tir de Bia O.

3.3.4.4 A C Tir do GAC deve voltar-se, prioritariamente, para o planejamento e


a coordenação de fogos, deixando com as Bia O o encargo do cálculo dos
dados de tiro.

3.3.4.5 A C Tir do GAC realiza o preparo do seu Repertório de Tiros Previstos e


demais documentos afetos à direção do tiro.

3.3.4.6 Prancheta de Tiro

3.3.4.6.1 É o instrumento básico da C Tir de GAC ou de Bia O que possibilita,


por computação ou de modo gráfico, organizar os dados necessários para a
realização do tiro.

3.3.4.6.2 Em função da precisão dos dados topográficos obtidos, são definidos


os seguintes tipos de prancheta de tiro:
a) Prancheta de Tiro Precisa (PTP);
b) Prancheta de Tiro Sumária (PTS); e
c) Prancheta de Tiro de Emergência (PTE).

3.3.4.6.3 A PTP permite a centralização do tiro em condições satisfatórias, pois


é baseada em dados topográficos que estão dentro de um padrão necessário
ao desencadeamento de fogos precisos.

3.3.4.6.4 A PTS é confeccionada quando os dados topográficos não estão


dentro da precisão prescrita para a PTP. Nesse caso, a imprecisão dificulta a
centralização do tiro e a realização de missões tipo eficácia.

3.3.4.6.5 A organização da PTE, pela Bia O, é uma opção existente para os


casos de situações de grande movimento, ausência de cartas, de
equipamentos de posicionamento automatizados e de outros equipamentos
topográficos. A PTE não permite a centralização do tiro do GAC.

3-6
EB70-MC-10.360

3.3.5 ORGANIZAÇÃO TOPOGRÁFICA DO TIRO

3.3.5.1 Os GAC ou Bia O estão na mesma trama topográfica quando,


independentemente do modo como foi realizado o levantamento topográfico, a
precisão obtida é a mesma da prevista para a PTP.

3.3.5.2 A turma topográfica da Bia C da AD encarrega-se dos trabalhos


topográficos necessários a esse comando, incluindo os meios de BA e as
demais unidades subordinadas.

3.3.5.3 Junto ao PC da Artilharia Divisionária, é aberto o Centro de Informações


Topográficas da AD (CIT/AD), que fornece às unidades subordinadas e aos
GAC orgânicos das brigadas os elementos topográficos necessários aos seus
trabalhos.

3.3.5.4 No GAC, os trabalhos de levantamento topográfico são realizados pela


Seção de Reconhecimento e Inteligência (Sec Rec Intlg) da Bia C e pelas
Seções de Reconhecimento, Comunicações e Observação (Sec Rec Com Obs)
das Bia O, sob a direção do Adj S-2 e a supervisão do S-2.

3.3.5.5 O GAC só é capaz de concentrar os fogos de suas Bia O em um


mesmo alvo, com rapidez e precisão, quando elas são colocadas em uma
mesma trama topográfica. O mesmo acontece com a AD em relação aos GAC
que a integram.

3.3.6 SISTEMA DE OBSERVAÇÃO

3.3.6.1 O sistema de observação é planejado e organizado para atender, em


particular, ao controle do tiro. Além dessa missão, deverá, ainda, atender às
necessidades de busca de alvos e à atividade de inteligência.

3.3.6.2 Cabe ao S-2 do GAC o planejamento da sua montagem, o controle e a


coordenação de suas atividades.

3.3.7 SISTEMA DE COMUNICAÇÕES

3.3.7.1 A organização do tiro não pode prescindir de um sistema de


comunicações eficiente e apropriado. No GAC, ele influi diretamente no
exercício do comando, na eficiência do apoio e, muito em particular, na
organização do tiro.

3.3.7.2 O Cmt GAC é o responsável pela instalação, exploração e manutenção


das comunicações necessárias ao cumprimento da missão de sua unidade e é
assessorado, nesses encargos, pelo O Com do GAC.

3-7
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CAPÍTULO IV

EXAME DE SITUAÇÃO DO GAC

4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

4.1.1 EXAME DE SITUAÇÃO

4.1.1.1 No escalão GAC, o Cmt possui dupla função no processo de


planejamento: como coordenador de apoio de fogo (CAF) do Cmt da força
apoiada e como comandante (Cmt) do GAC.

4.1.1.2 O CAF (Cmt GAC ou seu representante – O Lig) deve participar


ativamente do Exame de Situação (Exm Sit) da força apoiada, intervindo,
sempre que necessário, para expor as condicionantes e variáveis do apoio fogo
às operações idealizadas pelo EM da força apoiada. No Exm Sit do escalão
apoiado, o CAF deve considerar, entre outras, as necessidades de fogos em
cada fase da manobra, a sincronização do fogo com a manobra, as medidas de
coordenação de apoio de fogo (MCAF) e as medidas de coordenação e
controle do espaço aéreo (MCCEA) cabíveis.

4.1.1.3 O comandante do GAC, ao receber a missão, realiza o Exm Sit com a


finalidade de definir o melhor emprego de seus meios. São considerados,
principalmente, os aspectos táticos. Alguns aspectos técnicos, no entanto, têm
importância acentuada, por exemplo: alcance, amplitude do tiro, poder de
destruição do projetil, tempo necessário à entrada em posição etc. As
conclusões visam a definir a organização para o combate do GAC, as ligações,
a região de desdobramento do material, a prancheta de tiro etc. Esse Exm Sit
é, normalmente, feito de forma verbal.

4.1.2 O PAPEL DO COMANDANTE NO EXAME DE SITUAÇÃO

4.1.2.1 O Exm Sit permite ao Cmt GAC ter maior consciência situacional,
compreensão da situação e a emissão de uma ordem que guiará a unidade
durante a preparação e a execução das atividades e tarefas.

4.1.2.2 O Cmt GAC inicia o Exm Sit após o recebimento ou a antecipação de


uma missão.

4.1.2.3 O Cmt GAC, muitas vezes, inicia o planejamento antes mesmo do


recebimento de uma O Op completa e aprovada pelo Esc Sp. Nesses casos, o
Cmt começa o esforço de planejamento com base em uma ordem de alerta (O
Alr), uma ordem de planejamento ou uma diretriz de planejamento (DIPLAN) do
Esc Sp.

4-1
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4.1.2.4 Esse método, quando necessário, facilita a colaboração e o


planejamento paralelo, pois o Esc Sp solicita dados da mesma forma que
compartilha informações sobre as operações futuras, valendo-se de reuniões
de planejamento, O Alr e outros meios.

4.1.2.5 Os melhores resultados do planejamento são alcançados quando o Cmt


reúne-se com frequência com o EM, em intervalos frequentes, com o EM
durante todo o exame. Tal interação melhora a compreensão da situação e
garante o esforço da equipe de planejamento, possibilitando a todo EM ter, em
melhores condições, a visualização do Cmt sobre a operação.

4.1.3 ATRIBUIÇÕES DO ESTADO-MAIOR DO GAC NO EXAME DE


SITUAÇÃO

4.1.3.1 O S Cmt é o participante-chave do processo, pois ele gerencia,


coordena o trabalho de EM e proporciona controle de qualidade durante o
processo de planejamento. Portanto, deve entender claramente a intenção do
Cmt e suas diretrizes. Cabe a ele determinar prazos para o EM estabelecer
tempos e locais para briefing, além de fornecer as instruções necessárias para
a conclusão da ordem de operações do GAC.

4.1.3.2 O EM, durante o Exm Sit, concentra-se em auxiliar o Cmt a


compreender a situação, tomar decisões e sincronizá-las em um plano ou
ordem de operações do GAC.

4.1.3.3 Os produtos que o EM desenvolve durante a análise auxiliam o Cmt a


compreender melhor a situação e o desenvolvimento de sua visão. Durante a
formulação das linhas de ação (L Aç) e suas comparações, o EM elabora
propostas e recomendações para apoiar o processo decisório do Cmt.

4.1.3.4 Após a tomada da decisão (escolha da L Aç), o EM prepara os planos


ou as ordens que refletem a Intenção do Comandante, coordenando todos os
detalhes necessários.

4.1.4 SISTEMÁTICA DO EXAME DE SITUAÇÃO DO GAC

4.1.4.1 A definição da missão tática condiciona a orientação do exame. Um


GAC com a missão tática de Ap G depende, essencialmente, da manobra da
força apoiada. A L Aç que o GAC venha a adotar devem ter condições de
apoiar, eficientemente, essa manobra. A intenção do Cmt Esc Sp já pode
indicar ao Cmt GAC os fundamentos que devem ser considerados,
prioritariamente, em seu planejamento.

4.1.4.2 O Cmt GAC com as missões táticas de Ap G tem liberdade de escolher


posição para o GAC, em coordenação com a força apoiada: O GAC com a
missão tática de Ref F tem, normalmente, sua área de posição escolhida pelo

4-2
EB70-MC-10.360

Cmt GAC que é reforçado por seus fogos. Entretanto, o Cmt Art da força pode
impor área de posição para um GAC em reforço de fogos a outro GAC.

4.1.4.3 Já um GAC com a missão tática de Aç Cj ou Aç Cj-Ref F recebe,


normalmente, a região de procura de posição (RPP) e a zona de fogos
impostas pelo comando da Artilharia do escalão da Força Terrestre à qual está
subordinado.

4.1.4.4 Os prazos podem alterar a sequência do exame, obrigando a supressão


de determinados aspectos ou mesmo a modificação na ordem em que são
apresentados.

4.1.5 SEQUÊNCIA DO EXAME DE SITUAÇÃO

4.1.5.1 O Exm Sit do Cmt é um processo continuado e consiste em seis fases


integradas. Cada etapa do estudo tem várias entradas de dados e informações
(insumos) e um método (fase) para estudo que gera os produtos de cada fase
(Quadro 4-1).

Quadro 4-1 – Fases do Exame de Situação

4-3
EB70-MC-10.360

4.1.5.2 É importante observar que o GAC terá seu Exm Sit faseado em duas
partes.

4.1.5.3 Na primeira parte, o Cmt GAC aprofundará o seu Exm Sit até a 2ª fase,
previamente à decisão do Cmt Sp (ou força apoiada). Além disso, levantará, de
forma sumária, o máximo de aspectos componentes das demais fases, para
melhor assessorar o Cmt Esc Sp (ou força apoiada) em sua decisão.

4.1.5.4 Com base no exame realizado, assessorará o Cmt Esc Sp (ou força
apoiada) quanto à L Aç que melhor poderá ser apoiada por seu GAC.

4.1.5.5 Uma vez tomada a decisão pelo Cmt Esc Sp (ou força apoiada), acerca
de qual L Aç será adotada, o Cmt GAC passa a desenvolver, junto ao seu EM,
a 2ª parte de seu Exm Sit, complementando-o com suas 3ª, 4ª, 5ª e 6ª fases.

4.1.5.6 Durante todo o esforço de realização do Exm Sit, deverá ser buscada a
máxima integração entre o EM do GAC e o EM Esc Sp (ou força apoiada), bem
como dos demais elementos integrantes dessa GU, uma vez que aspectos
levantados por outras U poderão afetar o Exm Sit desenvolvido no âmbito do
GAC.

4.1.5.7 O Exm Sit é simultâneo. O Cmt GAC participa e intervém na análise da


missão (1ª fase) do Esc Sp, informando as suas capacidades e as suas tarefas
passíveis de realização, mesmo antes do Cmt Esc Sp ter expedido sua diretriz
de planejamento (DIPLAN).

4.1.5.8 Na primeira fase, observa-se a diretriz inicial de planejamento do


comandante (DIPLAN), para realizar o planejamento inicial da utilização de
tempo, analisando sumariamente o enunciado da missão e a intenção do
comandante, chegando, desse modo, a conclusões de seu estudo. Os produtos
dessa análise são: capacidades e tarefas passíveis de realização,
centralização ou descentralização dos meios, apoio de fogo a ações futuras,
participação em fogos previstos, regiões de alvos e prazos.

4.1.5.9 Após a emissão da DIPLAN pelo Esc Sp (ou força apoiada), o Cmt Art
pode retificar ou ratificar seu assessoramento no sentido de informar as tarefas
realizáveis, de acordo com a diretriz.

4.1.5.10 Enquanto o Esc Sp realiza a 2ª fase (situação e compreensão) e o


estudo das possibilidades do inimigo (3ª fase), o Cmt GAC mantém o Cmt Esc
Sp informado sobre as suas possibilidades e limitações, conforme o fluxo de
informações seja atualizado.

4.1.5.11 Os produtos da 2ª e 3ª fase são:


a) a influência das condições meteorológicas e do terreno no desdobramento
do material, nos fogos previstos, nos deslocamentos, nas regiões com maior

4-4
EB70-MC-10.360

necessidade de fogo, na observação e no emprego dos meios de busca de


alvos;
b) o valor e a quantidade de alvos, a necessidade de realizar fogos previstos e
os alvos prioritários;
c) a comparação entre as necessidades e as disponibilidades do Ap F;
d) as regiões favoráveis para instalação de PC;
e) as possibilidades e limitações da Art Ini;
f) a orientação dos nossos meios de BA;
g) o grau de centralização exigido pela Man; e
h) as necessidades de Coor Ap F (MCAF e MCCEA).

4.1.5.12 Durante a 4ª fase do Exm Sit do Esc Sp (comparação das L Aç), o


Cmt GAC informa ao Cmt Esc Sp (ou força apoiada) sobre qual L Aç desse
escalão é mais bem apoiada pela Art Cmp, expondo as vantagens e
desvantagens para o Ap F das L Aç propostas.

4.1.5.13 Na 5ª fase (decisão), o Cmt GAC informa ao Cmt Esc Sp como pode
apoiá-lo (ou seja, elabora as L Aç do GAC).

4.1.5.14 Enquanto o Esc Sp elabora e emite seus planos e ordens (6ª fase), o
Cmt GAC define, após recebidas orientações do Cmt Esc Sp, a forma como vai
apoiar a operação. Após isso, passa a elaborar a O Op do GAC e do PFA, os
quais serão remetidos ao seu O Lig junto ao Esc Sp.

4.1.5.15 Antes do Exm Sit e durante as suas fases, deve ser realizado um
esforço de inteligência para que o Cmt e o EM disponham do maior número
possível de informações para reduzir a incerteza no momento da execução das
operações.

4.1.6 ANÁLISE DA MISSÃO E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

4.1.6.1 A análise da missão é encargo pessoal do Cmt GAC (assessorado por


seu EM) e deve ser feita em curto espaço de tempo. Tem por finalidade, ao seu
término, permitir ao Cmt saber exatamente o que o GAC vai realizar e
apresentar ao EM uma conclusão.

4.1.6.2 O Cmt GAC deve ter uma ideia clara e completa do problema militar,
quanto ao Ap F a ser prestado pela Artilharia, antes de tentar solucioná-lo.

4.1.6.3 Assim, será crucial o entendimento da relação da missão do GAC com


a de seu escalão superior (no mínimo dois níveis acima - Bda e DE ou AD e
A CEx), com as missões de outras forças que participarão da Op e com a
obtenção do estado final desejado (EFD), definido pelo Cmt Bda (ou Cmt AD).

4.1.6.4 No final da análise da missão, o EM, sob orientação do S Cmt GAC,


submete ao Cmt uma proposta do novo enunciado, que deve abranger todas

4-5
EB70-MC-10.360

as ações a realizar (impostas e deduzidas), na sequência em que serão


executadas e a finalidade.

4.1.6.5 Aprovada a proposta do novo enunciado, o Cmt expede uma ordem de


alerta ou uma ordem preparatória (O Prep – vide Anexo D) ao EM e aos Cmt
Bia.

4.1.6.6 Tendo interpretado a intenção do escalão superior (no mínimo dois


níveis acima), o Cmt GAC chega a uma visão que explicita o porquê da
operação e as condições que devem levar ao EFD, facilitando as operações
futuras.

4.1.6.7 Tópicos da Análise da Missão

4.1.6.7.1 Enunciado da Missão


a) Pode ser enunciado de um modo genérico (exemplo: apoiar o ataque da 41ª
Bda lnf Bld) ou por meio de missão tática específica, conforme a situação em
que o GAC se encontre.
b) De acordo com a missão tática ou situação de comando do GAC
considerado, a missão será recebida, conforme o Quadro 4-2.

4.1.6.7.2 Missão da Força Apoiada


- O Cmt GAC toma conhecimento dessa missão mediante ordem escrita ou do
contato pessoal (ordem verbal). Nessa oportunidade, serão analisadas,
principalmente:
a) características da operação;
b) intenção dos comandantes de dois níveis acima;
c) ações a serem realizadas; e
d) diretrizes do Cmdo Força.

Missão Tática ou De quem recebe a Observação


Situação de Missão?
Comando
Cmt Bda
Apoio Geral GAC Org Bda
enquadrante
Geralmente, GAC que
Apoio Direto Cmt Elm apoiado
constitui Agpt-Gp ou Bia O
Grupo Org
Ação de Conjunto Cmt AD ou A CEx
AD ou A CEx
Ação de Conjunto- Grupo Org
Cmt AD ou A CEx
Reforço de Fogos AD ou A CEx

4-6
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- Geralmente, GAC
Org AD
- Esclarece detalhes da
Reforço de Fogos Cmt AD
missão com o Cmt GAC
cujos fogos serão
reforçados
Controle Operativo
Cmt Esc que exerce Geralmente, GAC Org
(Situação de
o Ct Op Bda em Res
Comando)

Geralmente:
- GAC/AD, reforçando uma
Reforço (Situação
Cmt Força reforçada Bda; ou
de Comando)
- Grupo/ A CEx reforçando
uma AD.

Quadro 4-2 – Recebimento da missão nas diversas Mis Tat e Sit Cmdo

4.1.6.7.3 Condições de execução – a missão recebida vem, normalmente,


complementada por outras condicionantes que o GAC deve observar. Dentre
elas, destacam-se:
a) imposições do escalão superior (prioridade de apoio de fogo, medidas de
coordenação etc.);
b) prazo disponível para início do cumprimento da missão;
c) largura e profundidade da Z Aç da força apoiada;
d) reforços recebidos pela tropa apoiada e/ou pelo GAC; e
e) áreas prioritárias ou restritas para o Ap F.

4.1.6.7.4 Ações do GAC


a) Durante a análise da missão, o Cmt deve relacionar todas as ações que o
GAC terá que realizar para o cumprimento da missão que lhe foi imposta,
exceto as normais, decorrentes das responsabilidades inerentes a cada uma
das missões táticas.
b) Essas ações são levantadas tomando por base, particularmente, a própria
missão tática e as imposições do escalão superior, prazo, o terreno etc.
(exemplo: “participar de uma preparação das 5h40 às 6h”).
c) É importante o correto levantamento das ações do GAC, quando lhe é
atribuída uma missão tática não padronizada ou quando o GAC da Bda é
colocado sob Ct Op da Artilharia do Esc Sp.
d) Mesmo após terminada a análise da missão, isto é, durante o
prosseguimento do Exm Sit, podem surgir outros dados que induzam, ainda, ao
levantamento de outras ações a realizar.

4.1.6.7.5 Conclusões – ao concluir a análise da missão, o Cmt GAC está em


condições de apresentá-la ao seu EM, para o prosseguimento do Exm Sit, o

4-7
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Novo Enunciado, no qual constem, objetivamente e de acordo com as


informações já disponíveis, as principais tarefas que o GAC tem que realizar
para o cumprimento de sua missão tática. É a oportunidade, também, para o
Cmt transmitir sua diretriz de planejamento, na qual poderá abordar, entre
outros, os seguintes tópicos:
a) centralização ou descentralização do GAC;
b) apoio de fogo às ações decorrentes e futuras;
c) realização de fogos previstos (Preparação, Contrapreparação, Intensificação
de Fogos etc.);
d) prazos disponíveis para realização dos trabalhos de Artilharia; e
e) áreas prioritárias ou restritas para o Ap F.

4.1.6.7.6 Continuando o Exm Sit, após o contato com o Cmt da força apoiada,
outros dados poderão surgir, os quais, acrescidos aos itens já levantados na
análise da missão, irão constituir o parágrafo 2º da O Op do GAC.

4.1.7 SITUAÇÃO E SUA COMPREENSÃO

4.1.7.1 O Cmt GAC inicia essa fase após a emissão da DIPLAN pelo Esc Sp.

4.1.7.2 Nessa fase, todos os dados relativos ao problema, estudados nos


principais aspectos na fase anterior, serão analisados detalhadamente.

4.1.7.3 O trabalho deve ter início pelas características da área de


responsabilidade, considerando os fatores operacionais que se aplicam
àquele escalão e abrange dados das forças inimigas, das próprias forças,
das forças amigas e do poder relativo de combate (PRC).

4.1.7.4 Ao término dessa fase, os aspectos mais relevantes da área de


responsabilidade das forças amigas e inimigas e do PRC, que impactam a
missão, serão evidenciados.

4.1.7.5 Ao final dessa fase, devem ter sido levantados todos os aspectos que
podem influenciar o emprego do GAC em face da situação existente,
permitindo, na próxima fase, a montagem de todas as possíveis L Aç para
apoiar a manobra concebida pela força apoiada.

4.1.7.6 Características da Área de Responsabilidade

4.1.7.6.1 O Cmt GAC, assessorado pelo S-2, realiza e apresenta um estudo


sucinto das condições meteorológicas (Cndc Meteo), do terreno (situação
existente) e dos prováveis efeitos dessas condições sobre as operações do
GAC.

4.1.7.6.2 No estudo do relevo, a análise da compartimentação do terreno tem


em vista a determinação de prováveis regiões para ocupação de posição.

4-8
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4.1.7.6.3 Quanto às regiões dominantes, deve preocupar-se com aquelas que


possam servir como postos de observação (PO).

4.1.7.6.4 Os cursos d’água, as pontes e estradas devem ser levados em


consideração, particularmente, visando aos deslocamentos.

4.1.7.6.5 A existência ou não de vegetação influi na camuflagem.

4.1.7.6.6 O Cmt GAC deve concluir, selecionando na carta:


a) com o S-3:
- regiões favoráveis à procura de posições;
- estradas que podem ser usadas para os deslocamentos;
- regiões para alvos auxiliares; e
- regiões favoráveis à instalação de PC (ouvindo também o Of Com).
b) com o S-2:
- regiões favoráveis à instalação de PO.

4.1.7.7 Forças Inimigas

4.1.7.7.1 O estudo é feito com o assessoramento do S-2, valendo-se do


Processo de Integração Terreno, Condições Climáticas e Meteorológicas,
Inimigo e Considerações Civis (PITCIC).

4.1.7.7.2 São analisadas todas as informações disponíveis sobre o inimigo,


omitindo apenas o que for julgado sem importância para o estudo, com a
finalidade de verificar:
a) as influências no desdobramento do GAC e nas possíveis mudanças de
posição no decorrer do combate;
b) a seleção de alvos para serem engajados, prioritariamente, na Prep (C Prep)
ou Intensificação de Fogos (IF);
c) as medidas especiais de segurança a serem adotadas;
d) a orientação dos meios de BA à disposição do GAC; e
e) o levantamento das vulnerabilidades do inimigo que possam ser exploradas.

4.1.7.8 Próprias Forças

4.1.7.8.1 O Cmt GAC é assessorado, nessa parte do exame, pelo S-3 e, no


que diz respeito ao apoio logístico, pelo S-1 e S-4.

4.1.7.8.2 Da análise das próprias forças, o Cmt conclui sobre seus efeitos no
emprego operacional do GAC, abordando:
a) a necessidade de reajustamento de efetivos;
b) a necessidade de emulação do espírito de corpo e de fortalecimento do
moral da tropa;
c) o quadro de movimento para cerrar os meios;
d) a segurança proporcionada pelas forças amigas;

4-9
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e) a necessidade de MCAF, normas de fogos, instruções especiais para o


planejamento de fogos e fogo adicional;
f) a compatibilização entre necessidade e disponibilidade de munição de
Artilharia;
g) a continuidade de Ap F e a necessidade de mudança de posição (por U ou
por Esc SU); e
h) as necessidades adicionais de RPP, PO, meios de comunicações e de
ligação.

4.1.7.9 Forças Amigas

4.1.7.9.1 O estudo é feito com o assessoramento do S-2 e do S-3.

4.1.7.9.2 São analisadas todas as informações disponíveis sobre as forças


amigas presentes na operação, com a finalidade de verificar:
a) a presença de forças e tropas amigas, mesmo que de caráter irregular e/ou
especial, em áreas que possam afetar as possibilidades de tiro do GAC;
b) as necessidades de coordenação adicionais, devido à presença de F Amg
na área de responsabilidade do GAC;
c) as demandas adicionais quanto à coordenação do apoio de fogo, com
origens nas possibilidades de execução de fogos aéreos, navais ou mesmo
terrestres (por parte de elementos externos aos escalões da Força Terrestre,
como, por exemplo, fuzileiros navais); e
d) as necessidades quanto ao estabelecimento de ligações, em virtude das
considerações feitas por intermédio das informações levantadas nos itens
anteriores.

4.1.7.10 Poder Relativo de Combate

4.1.7.10.1 Baseado nas informações existentes sobre o inimigo, tanto as atuais


como as doutrinárias, é estabelecido o poder relativo de combate, quanto aos
meios de Artilharia em confronto.

4.1.7.10.2 Os reflexos dessa comparação, que visa a obter superioridade sobre


os meios de apoio de fogo do inimigo, podem ser:
a) a necessidade de meios adicionais de apoio de fogo;
b) as influências no desdobramento do GAC, localização de PC e PO; e
c) as necessidades de dados do Ap F do inimigo para orientar os meios de BA.

4.1.8 POSSIBILIDADES DO INIMIGO, LINHAS DE AÇÃO E CONFRONTO

4.1.8.1 Após analisar a situação, tendo a compreensão do inimigo e de nossas


forças, inicia-se a fase de estudo das possibilidades do inimigo (Psb Ini)
com o objetivo de chegar às suas possíveis L Aç e, na sequência, levantar as
nossas próprias L Aç.

4-10
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4.1.8.2 Primeiramente, busca-se definir a atitude da força oponente e levantar


todas as suas possibilidades de atuação, mesmo aquelas com baixa
probabilidade de adoção, sempre observando:
a) os meios de apoio de fogo que o inimigo dispõe; e
b) a capacidade do apoio de fogo inimigo que pode interferir na missão do
Cmdo enquadrante e do GAC.

4.1.8.3 São possíveis agentes causadores de interferência nas operações


desenvolvidas pelo GAC:
a) inimigo aéreo (Ini Ae);
b) atividade de contrabateria inimiga;
c) infiltrações;
d) guerrilheiros;
e) guerra eletrônica; e
f) outros meios do inimigo levantados pela Inteligência.

4.1.8.4 Após o levantamento das Psb Ini, inicia-se o processo de formulação


das linhas de ação, que são conjuntos de ações ou operações, que
possibilitam o cumprimento da missão.

4.1.8.5 Uma L Aç deve ser expressa com linguagem simples e clara, contendo
todos os aspectos necessários ao cumprimento da missão.

4.1.8.6 Antes da Decisão do Cmt Esc Sp (1ª Parte)

4.1.8.6.1 O Cmt GAC participa do exame de situação da força apoiada,


opinando acerca das L Aç do Cmdo enquadrante, sob o ponto de vista do apoio
de Artilharia.

4.1.8.6.2 Em princípio, suas considerações devem estar vinculadas aos fatores


da decisão (missão, inimigo, terreno, meios, tempo e considerações civis).

4.1.8.6.3 As considerações do Cmt GAC, geralmente, enquadram:


a) o grau de centralização da Artilharia, exigido pela manobra;
b) a necessidade de coordenação do apoio de fogo;
c) o número de peças de manobra empregadas em primeiro escalão;
d) as frentes e profundidades da Z Aç e sua influência no apoio de Artilharia; e
e) o desdobramento e deslocamento dos meios de Artilharia.

4.1.8.6.4 Apresentadas as L Aç da força apoiada e concluída a intervenção de


representantes das diversas capacidades operativas, o Cmt GAC passa a
acompanhar os trabalhos subsequentes do EM da força, assessorando-o nos
assuntos pertinentes ao apoio de Artilharia.

4-11
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4.1.8.7 Após a Decisão do Cmt Esc Sp (2ª Parte)

4.1.8.7.1 O Cmt GAC orienta seu EM a fim de que este prossiga no seu Exm
Sit, com a finalidade de montar L Aç para o apoio de Artilharia às operações.

4.1.8.7.2 Os aspectos que foram impostos pelo Esc Sp ou que estiverem


sujeitos a certas condições particulares e que não admitem alternativas não
deverão ser levantados como possíveis L Aç, limitando-se o GAC a cumpri-los.

4.1.8.7.3 Tais aspectos deverão ser considerados pelo Cmt GAC e por seu EM
como dados do problema militar a ser resolvido por intermédio da proposição
de L Aç para o emprego do GAC.

4.1.8.8 As L Aç propostas deverão ser elaboradas de modo a permitir, da


melhor maneira possível, a obtenção do EFD concebido pelo Cmdo Força,
mesmo que a decisão desse Cmdo não tenha sido a que contempla a melhor
hipótese para o apoio de fogo prestado pelo GAC.

4.1.8.9 É desejável que a L Aç contenha, pelo menos, os elementos básicos “o


que”, “como” e “onde” conduzir as ações visualizadas para o cumprimento da
missão, podendo ser acrescentados os elementos “para que” e “quando”
empreender as ações necessárias, caso isso venha a facilitar as análises
posteriores por parte do planejador.

4.1.8.10 No levantamento das L Aç, é desejável que o comandante observe o


faseamento da operação, a seleção de frente, a seleção dos alvos e a definição
dos indicadores das tarefas ou missões a serem executadas em cada linha de
ação.

4.1.8.11 Na sequência, elabora-se o sumário de cada L Aç e de seu esquema


de manobra, seguido da prova inicial de aceitabilidade, praticabilidade e
adequabilidade (APA) que permitirá sua validação.

4.1.8.12 Fatores que Conduzem à Formulação de L Aç

4.1.8.12.1 Processo de Mudança de Posição


a) O S-3 e o S-2 assessoram o Cmt nesse estudo.
b) A continuidade é o fundamento básico do apoio de fogo. O tempo em que
uma SU ou GAC permanece fora de ação, nas mudanças de posição, deve ser
o menor possível.
c) A escolha de um dos processos de mudança de posição é decisão do Cmt
GAC, que leva em conta o tempo disponível, o esquema de manobra da tropa
apoiada, o apoio do escalão superior de Artilharia, a existência de Art em Ref
F, o terreno, as condições e as atividades do inimigo.

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4.1.8.12.2 Processos e Regiões de Desdobramento


a) O S-3 assessora o Cmt nesse estudo.
b) A amplitude da Z Aç e a necessidade de engajar alvos até determinada linha
do terreno são aspectos que podem levar à escolha de várias regiões para
desdobramento, caracterizando várias L Aç.
c) Pode haver regiões mais avançadas onde se ganha em alcance e se perde
em amplitude; regiões mais à retaguarda onde, inversamente, perde-se em
alcance, porém se obtém maior amplitude.
d) Pode ser adotada a linha de ação de articular o GAC no terreno,
conseguindo-se atender, dessa forma, a ambos os aspectos, porém com
prejuízo da massa.
e) Por fim, o Cmt da tropa apoiada pode selecionar uma parte da Z Aç como a
mais importante e, nesse caso, o GAC deve escolher as posições que
permitam bater, em boas condições, essa faixa da frente ocupada, ficando o
restante para ser batido mediante mudança de setor de tiro ou mesmo
mudança de posição.
f) A escolha do processo de desdobramento do GAC leva em conta o tipo da
unidade; a situação existente; a missão tática; e as possibilidades do inimigo.

4.1.8.12.3 Regiões de PO
a) Quando o terreno oferece muitos pontos dominantes, as diversas
combinações desses pontos constituem L Aç diferentes para escolha de
observatórios.
b) O S-2 assessora o Cmt nesse estudo.

4.1.8.12.4 Regiões para PC e AT


a) As possibilidades da rede de estradas, a cobertura oferecida pelo terreno e a
localização do PC e Base Logística da tropa apoiada, comparadas com as
diversas L Aç apresentadas para desdobramento do material, poderão indicar
as alternativas de várias áreas para PC e da AT.
b) Esse estudo recebe, normalmente, o assessoramento do S-3, do S4 e do
O Com.

4.1.8.12.5 Centralização de Meios e do Comando


a) O GAC busca, normalmente, a centralização, mas é possível que surjam L
Aç de atuar descentralizado (meios, comando ou ambos) para apoiar, em
melhores condições, a manobra da força.
b) O S-3 assessora o Cmt nesse estudo.

4.1.8.12.6 Entrada em Posição


a) Quando for dada liberdade ao GAC e quando o tempo for fator
preponderante, o Cmt pode montar L Aç diferentes: entrada em posição
imediata, durante o dia, durante a primeira parte da noite etc.
b) Este estudo recebe o assessoramento do S-3 e do S-2.

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4.1.8.12.7 Organização Topográfica


a) Em relação ao desdobramento, a organização topográfica pode apresentar
diferentes L Aç.
b) Esse estudo recebe o assessoramento do S-3, do S-2 e do Adj S-2.

4.1.8.12.8 Consumo de Munição


a) Devem ser consideradas as demandas de informação quanto ao suprimento
e transporte da munição de Artilharia, para que os elementos da Base Logística
que apoia o GAC possam realizar o suporte logístico no local e momento
oportunos.
b) O S-3 normalmente assessora o Cmt GAC nesse estudo, auxiliado pelo S-4.

4.1.8.12.9 Montagem do Sistema de Comunicações


a) Da mesma maneira que a organização topográfica, o sistema de Com pode
apresentar L Aç diferentes em face das linhas do desdobramento.
b) Recebe o assessoramento do O Com.

4.1.8.12.10 Ligações
a) A composição da tropa apoiada ou a sua manobra podem acarretar L Aç
diferentes quanto à designação de O Lig e OA.
b) O S-3 coopera com o comandante nesse estudo.

4.1.8.12.11 Observação: para cada um desses fatores serão levantadas L Aç,


que deverão ser comparadas entre si dentro do mesmo fator.

4.1.8.13 Após formuladas as L Aç, segue-se para o confronto (jogo da


guerra).

4.1.8.14 Essa parte do Exm Sit visa a verificar se alguma das possibilidades do
inimigo, quando comparada com as L Aç da tropa apoiada, pode trazer alguma
implicação para o emprego do GAC. Caso isso aconteça, deverá ser levado em
consideração no momento de se comparar as nossas L Aç.

4.1.8.15 Por ocasião do confronto das L Aç com as Psb Ini (jogo da guerra), o
S-3 deverá conduzir o sumário das L Aç, os esquemas de manobra e a matriz
de sincronização para cada L Aç.

4.1.8.16 A condução do confronto (jogo da guerra) é de responsabilidade do


S Cmt GAC, com a participação de elementos de todas as seções do EM. São
constituídos dois partidos: um responsável pela análise das próprias L Aç, a
cargo do chefe da Seção de Operações, e o outro pela exposição das Psb Ini,
sob responsabilidade do chefe da Seção de Inteligência.

4.1.8.17 As conclusões obtidas no jogo da guerra proporcionam a base para


que, na fase seguinte, cada L Aç tenha: as vantagens e desvantagens
devidamente relacionadas; uma matriz de sincronização atualizada; e seu
mérito relativo determinado após submeter a L Aç à prova final de APA.

4-14
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4.1.9 COMPARAÇÃO DAS LINHAS DE AÇÃO

4.1.9.1 O propósito do Cmt GAC, nessa fase do planejamento, é, a partir da


conclusão sobre as vantagens e desvantagens das L Aç montadas para cada
aspecto que demande uma decisão, selecionar aquela que possui mais
chances de êxito e menor número de baixas, dentre outros fatores enfatizados
para o cumprimento da missão.

4.1.9.2 Com intuito de melhor embasar a decisão do Cmt do GAC, nessa fase,
serão elaborados 3 (três) produtos distintos. O primeiro é o Quadro Inicial de
Vantagens e Desvantagens. O segundo produto são os Critérios para Decisão,
que podem ser obtidos pelo processo de Fatores de Comparação (FC) ou pelo
processo de Vantagens e Desvantagens. O terceiro é a Matriz de Decisão.

4.1.9.3 O Quadro Inicial de Vantagens e Desvantagens é uma apresentação


geral de aspectos vantajosos e desvantajosos das L Aç montadas. Não é uma
comparação entre as L Aç. Uma sugestão do Quadro Inicial de Vantagens e
Desvantagens encontra-se no Anexo A deste manual.

4.1.9.4 Qualquer um dos processos definidos como Critérios para a Decisão


(processo de FC ou o processo de Vtg e Dvtg) são de elaboração própria de
cada EM e deverão, na sua estruturação, justificar os dados a serem colocados
na Matriz de Decisão. Isso significa que tanto os critérios, quanto o peso ou
valoração a serem estabelecidos, devem estar justificados nesse segundo
produto. Sua razão principal é tirar a subjetividade, levando o raciocínio à maior
objetividade possível.

4.1.9.5 A comparação das L Aç é um processo objetivo para avaliá-las de


forma independente, com base em critérios definidos pelo Cmt e o EM.

4.1.9.6 Os critérios a serem comparados são levantados desde a análise da


missão até o jogo da guerra, pois permitirá ao Cmt GAC e ao EM identificarem
os aspectos críticos a serem considerados para a conquista de objetivos e a
consecução do EFD da operação.

4.1.9.7 Matriz de Decisão

4.1.9.7.1 A matriz de decisão é uma ferramenta para comparar e avaliar as


L Aç de forma lógica. Entretanto, o processo baseia-se em julgamentos
objetivos e subjetivos que podem alterar, acentuadamente, a avaliação em
curso, uma vez que mascara o pensamento crítico do Cmt e do EM.

4.1.9.7.2 Poderão existir dois tipos de matrizes de decisão conforme o


processo de comparação adotado:
a) Matriz de Decisão – Fatores de Comparação; e
b) Matriz de Decisão – Vantagens e Desvantagens.

4-15
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4.1.9.7.3 O Cmt GAC e seu EM não podem deixar de ter em mente que L Aç,
matematicamente vantajosas, não devem prevalecer sobre aquelas que melhor
atendem aos fatores preponderantes.

4.1.9.7.4 Procedimentos para a montagem de uma matriz de decisão:


a) atribuir pesos para cada parâmetro de avaliação;
b) instituir uma escala de valores para pontuar cada L Aç;
c) realizar a pontuação, conforme o estabelecido nos passos anteriores;
d) multiplicar o peso de cada critério pela pontuação concedida; e
e) obter a pontuação final atribuída a cada L Aç.

4.1.9.7.5 Sugere-se a adoção da seguinte escala de pontos:


a) 5 pontos: atende muito bem ao critério de avaliação;
b) 4 pontos: atende bem ao critério de avaliação;
c) 3 pontos: apenas atende ao critério de avaliação;
d) 2 pontos: atende ao critério de avaliação com limitações;
e) 1 ponto: atende precariamente ao critério de avaliação; e
f) 0 ponto: não atende ao critério de avaliação.

4.1.9.8 Fatores de Comparação Sugeridos para o GAC

4.1.9.8.1 Processo de Mudança de Posição


a) Quanto à rapidez: processos 1-2, 2-1, 1-3, 3-1, 2-2 e por U favorecem a
rapidez na mudança de Pos por realizarem menos lanços na mudança de Pos.
b) Quanto à segurança no deslocamento: processos 1-1-1, 1-1-1-1 e por
unidade oferecem maior segurança por expor menor número de Bia nos
deslocamentos paras mudanças de posição.
c) Quanto ao volume de fogo: processos 1-1-1 e 1-1-1-1 proporcionam maior
volume de fogo à tropa apoiada durante os deslocamentos.

4.1.9.8.2 Processos e Regiões de Desdobramento


a) Quanto ao desdobramento: a continuidade do apoio de fogo de acordo com
situação tática da tropa apoiada e as possibilidades de busca de alvos e de
contrabateria do inimigo.
b) Quanto à segurança: desenfiamento, camuflagem, espaço para dispersão,
obstáculos interpostos entre a posição e o inimigo, facilidade para ocupação de
posição de troca, distância da linha de contato (LC) e proximidade da reserva.
c) Quanto aos deslocamentos: condições de trafegabilidade, obstáculos,
segurança para acesso à área de posição e desta para a posição de manobra.
d) Quanto à circulação na posição: condições de circulação no seu interior,
natureza do solo e efeitos das condições meteorológicas.
e) Quanto ao dispositivo da força apoiada: amplitude do setor de tiro (direção) e
orientação da parte mais importante da frente.
f) Quanto à continuidade de apoio de fogo: alcance e orientação do
deslocamento.
g) Quanto à coordenação: necessidade de coordenação com o escalão
superior, unidades vizinhas e outras.

4-16
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4.1.9.8.3 Postos de Observação


a) Quanto aos aspectos técnicos – amplitude de observação, facilidade para
instalação e manutenção das comunicações e necessidade de coordenação
com outros elementos.
b) Quanto à segurança – facilidade de disfarce local e das vias de acesso e
afastamento de pontos característicos.

4.1.9.8.4 Posto de Comando e Área de Trens


a) Missão do escalão considerado, facilidade para as comunicações, atividades
logísticas, segurança e facilidade para instalação.
b) Além desses, devem ser considerados, particularmente, os seguintes
aspectos: proximidade das baterias de tiro, do PC e da AT do GAC das
instalações de comando e da Base Logística da tropa apoiada, afastamento de
pontos característicos, espaço para dispersão, cobertura e desenfiamento e
facilidade de acesso.

4.1.9.8.5 Oportunidade para Ocupação de Posição


- Sigilo dos movimentos, sigilo das operações e conforto da tropa.

4.1.9.8.6 Montagem dos Sistemas de Comunicações


- Prazos disponíveis, necessidades de ligação com a força apoiada, escalões
vizinhos e subordinados, possibilidades em material/pessoal e operações
futuras.

4.1.9.8.7 Distribuição de OA e O Lig


- Disponibilidades, necessidades e prazos impostos pela força apoiada.

4.1.9.8.8 Manobras (Material, Observação e PC)


- Continuidade do apoio, possibilidade de contar com apoio de fogo adicional,
existência de outros GAC em reforço de fogos e possibilidade em material e
pessoal.

4.1.9.8.9 Reconhecimentos
- Imposições do escalão superior, sigilo das operações, grau de conhecimento
das regiões de operações e prazos disponíveis.

4.1.9.9 Exemplo de Matriz de Decisão do GAC encontra-se em anexo a este


manual.

4.1.9.9.1 Sugere-se a adoção de pesos entre 5 e 3 para os critérios que


abarcam os fundamentos da organização para o combate da Artilharia de
Campanha, assim como os fatores de decisão; e 2 ou 1 para os demais
critérios.

4.1.9.9.2 A sugestão acima parte do princípio de que os primeiros são


preponderantes, com relação aos demais. Assim, evita-se que critérios menos

4-17
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importantes, como a presença ou não de apoio de fogo adicional, por si só,


superem, matematicamente, critérios como “missão” ou “controle centralizado”.

4.1.9.10 Após a comparação, considerando os fatores preponderantes para


cada caso, será possível ao Cmt do GAC chegar a uma decisão.

4.1.9.11 Cada tipo de operação a ser apoiada guarda características


peculiares, de natureza tática, que devem ser analisadas pelo EM do GAC de
forma a adequá-las às características técnicas de emprego de Artilharia.

4.1.9.12 Mesmo após a escolha da L Aç, ela deverá passar mais uma vez pela
verificação final quanto à adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade
(APA).

4.1.9.13 É possível, ainda, que o Cmt chegue à conclusão de que nenhuma


das L Aç analisadas atende por completo às condições necessárias para ser
adotada como decisão. Nesse caso, deverá considerar a possibilidade de
combinar L Aç.

4.1.9.14 Caso nenhuma L Aç satisfaça à prova final de APA, o Cmt GAC


informará suas conclusões ao seu Esc Sp. É possível que a análise detalhada
tenha revelado aspectos bem acima dos estimados pelo escalão que atribuiu a
missão. Nesse caso, o Cmt terá condições de solicitar mais meios que
permitirão o cumprimento da sua missão ou a adequação aos propósitos
pretendidos.

4.1.10 DECISÃO

4.1.10.1 Nesse ponto do Exm Sit, o Cmt tem condições de decidir por uma L Aç
para cada aspecto considerado.

4.1.10.2 Tal decisão é de sua exclusiva responsabilidade. Dessa forma, a


decisão permitirá ao EM ter uma visão clara de como o Cmt pretende cumprir a
missão.

4.1.10.3 A decisão, apesar de não ter forma rígida, expressa um plano geral
para o cumprimento da missão, incluindo, necessariamente, todos os
elementos da decisão: o que, quem, quando, onde, como e para que.

4.1.10.4 A decisão deve ser uma afirmação breve, clara, simples e concisa,
limitando-se a conter as informações necessárias.

4.1.10.5 Essa decisão, no entanto, não é definitiva, pois depende, ainda, de


uma confirmação que será feita mediante reconhecimentos no terreno.

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4.1.10.6 Por isso, a decisão que é tomada com base apenas no Exm Sit feito
na carta leva o nome de decisão preliminar e estabelece uma prioridade a ser
seguida durante os reconhecimentos, nos aspectos que dele dependem.

4.1.10.7 O documento denominado Plano de Reconhecimento do GAC é


confeccionado tendo como origem essa decisão preliminar. Somente após os
relatórios apresentados ao Cmt GAC pelos executantes dos reconhecimentos,
é que este toma uma decisão definitiva sobre como o GAC vai cumprir sua
missão tática.

4.1.10.8 Em decorrência dessa decisão, os oficiais do EM do GAC preparam e


expedem as ordens reguladoras da operação, que são, normalmente,
transmitidas de forma verbal aos comandos subordinados e demais oficiais
executantes. Posteriormente, são confirmadas em uma ordem de operações
distribuída aos Elm Subrd.

4.2 SITUAÇÕES DE CONDUTA

4.2.1 Sempre que uma situação de conduta venha a ocorrer, o Cmt do Elm Art
deverá realizar um rápido Exm Sit, verificando a necessidade de mudanças na
disposição dos meios e dos subsistemas da Art.

4.2.2 Dentre os aspectos analisados no Exm Sit sumário, destacam-se:


a) a perda ou recebimento de meios de Art;
b) o emprego da reserva pelo escalão da Força Terrestre apoiado;
c) a mudança do esquema de manobra do elemento apoiado;
d) a mudança na prioridade de fogos; e
e) as imposições do Esc Sp.

4.2.3 O estudo dos fatores acima indicará se existe ou não a necessidade de


reorganização da Art Cmp para o combate, bem como se existirão alterações
nos subsistemas da arma.

4.2.4 São exemplos de mudanças possíveis após o Exm Sit:


a) mudança de Bia O entre os eixos de progressão;
b) reformulação da composição dos escalões dos PC e AT; e
c) possibilidade de apoiar ou não determinada missão de tiro, fruto da Zona de
Fogos (ZF) do Elm Art.

4.2.5 Durante os deslocamentos entre as RPP, caso seja imperiosa a abertura


do fogo, deverá ser analisado se o tiro será realizado da estrada, se os Elm
Rec reconhecerão uma nova RPP nas proximidades da posição atual do Elm
Art ou se continuarão o deslocamento para a próxima RPP.

4-19
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4.2.6 A perda ou o recebimento de meios orgânicos estão relacionados com a


destruição ou neutralização de Bia O, PC e AT. Tais óbices, muitas vezes,
obrigam o Cmt GAC ou Agpt-Gp a realizar a rocada de meios entre as Z Aç.

4.2.7 Caso o Elm Art que possua condições técnicas de apoiar o C Atq não
esteja disponível (sua missão tática lhe impõe uma ZF que não contemple o
local do C Atq), esse elemento deverá ser disponibilizado apenas para as
ações de C Atq.

4.2.8 O referido Elm Art deverá ser disponibilizado, levando-se em


consideração: a mudança de prioridade de fogos, a atribuição de missões não
padronizadas e as determinações do escalão superior.

4.2.9 Outra situação de contingência diz respeito a ações de contra-ataque.


Uma possível NGA de C Atq de Bda pode ser vista no Anexo B deste manual.

4.3 ORDENS DE COMBATE

4.3.1 As ordens de combate no escalão Grupo têm como finalidade condensar,


em um só documento, de forma objetiva, todas as medidas necessárias às
operações táticas e seu apoio logístico.

4.3.2 O EM prepara a ordem ou plano, transformando a L Aç aperfeiçoada e


selecionada em um Conceito da Operação claro e conciso, conforme as
normas técnicas de elaboração de planos e ordens em vigor.

4.3.3 O sumário da L Aç selecionada pode ser a base do Conceito da


Operação, enquanto o esquema de manobra serve de subsídio para confecção
dos calcos de operações (Clc Op) empreendidos pelo GAC.

4.3.4 As ordens e os planos devem fornecer todas as informações com os


detalhamentos necessários para o cumprimento da missão, evitando as
restrições desnecessárias que possam inibir a iniciativa dos subordinados.

4.3.5 Quanto à transmissão, as ordens de combate podem ser verbais ou pelos


meios de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC). O tipo a empregar
constitui, em cada caso, uma determinação do Cmt e depende do tempo
disponível, do tipo de operação em vista, do grau de treinamento e da
personalidade do Cmt.

4.3.6 Em qualquer hipótese, o essencial é que a ordem chegue a seu destino,


com oportunidade, para que o Cmt Subrd faça seus planos, distribua também
suas ordens e tome suas decisões para o cumprimento da missão que lhe foi
atribuída.

4.3.7 Quanto ao conteúdo, as ordens podem ser completas ou fragmentárias.

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4.3.7.1 As ordens completas (ordens de operações), no âmbito do GAC,


abrangem todas as fases da operação visada, incluindo as missões para todas
as SU Subrd, bem como pormenores de coordenação entre os elementos
executantes.

4.3.7.2 As ordens fragmentárias, que tomam a designação genérica de


ordens particulares, são distribuídas, sucessivamente, à medida que as
decisões são tomadas e vão sendo completadas com a evolução dos estudos.

4.3.8 As ordens de combate podem se apresentar sob a forma de: instruções,


diretrizes e ordem de operação.

4.3.8.1 lnstruções e Diretrizes

4.3.8.1.1 Utilizadas nos Esc mais elevados, para transmitir uma orientação
geral, normas ou planos estratégicos expedidos pelo Cmt do teatro de
operações (TO) ou outro grande comando (G Cmdo), abrangem um largo
período.

4.3.8.2 Ordem de Operações (O Op)

4.3.8.2.1 Documento pelo qual o comandante define a situação e determina


missões ou tarefas específicas aos seus elementos subordinados, com o
propósito de executar coordenadamente uma operação militar a ser realizada
imediatamente ou em futuro próximo.

4.3.8.2.2 A O Op é o resultado do planejamento operacional (operativo).

4.3.8.2.3 Quando uma operação tiver de ser executada imediatamente, a


ordem completa (ou uma série de ordens fragmentárias) é preparada tendo por
base a decisão do Cmt.

4.3.8.2.4 Quando uma operação vai ser executada, a O Op pode ser um plano
de operações (P Op) que entrará em vigor mediante instrução apropriada. Por
exemplo: “Executar o P Op Nr 3 como O Op Nr 2. Dia D e hora H serão 100600
Maio 17”.

4.3.8.2.5 Uma O Op compreende três partes distintas: cabeçalho, texto e fecho.


a) O cabeçalho compreende o número do exemplar distribuído, a unidade que
o expede, o local da expedição, a data-hora e o indicativo de referência.
b) O texto compreende seis parágrafos:
- 1) Situação;
- 2) Missão;
- 3) Execução;
- 4) Logística;
- 5) Comando e Comunicações; e
- 6) Considerações Civis.

4-21
EB70-MC-10.360

c) O fecho, além da instrução quanto à ciência das ordens que o documento


encerra, engloba a assinatura, os anexos, a distribuição e a autenticação.

4.3.8.2.6 O S-3 é responsável pela confecção da O Op, cabendo a ele,


diretamente, a redação das partes relacionadas com as operações e a reunião
e consolidação das partes relativas aos outros elementos do EM:
a) do Oficial de Pessoal (S-1), o parágrafo 4º Logística, relativo à função
logística Recursos Humanos;
b) do Oficial de Inteligência (S-2), o parágrafo 1º Situação, relativo ao inimigo;
c) do Oficial de Logística (S-4), o parágrafo 4º Logística, relativo às funções
logísticas Suprimento, Transporte, Saúde, Manutenção e Construção;
d) do Oficial de Comunicações e Eletrônica (O Com Elt), o parágrafo 5º
Comando e Comunicações; e
e) do Oficial de Comunicação Social (O Com Soc), o parágrafo 6º
Considerações Civis.

4.3.8.3 Ordens de Apoio Logístico (O Ap Log)

4.3.8.3.1 Regulam o apoio logístico planejado para o GAC.

4.3.8.3.2 A O Ap Log é um documento formal que prescreve os detalhes ou


métodos de execução do Ap Log a uma operação.

4.3.8.3.3 Uma O Ap Log é expedida, separadamente, quando se espera que a


situação do Ap Log possa atender a mais de uma O Op ou P Op, ou quando os
detalhes a serem informados sobre o Ap Log forem muito volumosos.

4.3.8.3.4 A responsabilidade pela preparação, publicação e distribuição da O


Ap Log é do S-4 do GAC. Os demais oficiais do EM do GAC auxiliam,
fornecendo as partes da ordem relativas às suas responsabilidades
específicas.

4.3.8.4 Ordens Preparatórias

4.3.8.4.1 Dão informações preliminares das ações ou ordens que se seguirão,


com a finalidade de alertar os elementos interessados.

4.3.8.4.2 As O Prep são destinadas a economizar tempo ou poupar esforços.


Fornecem aos diferentes elementos do GAC informações antecipadas de uma
ação prevista, de forma a proporcionar-lhes mais tempo para os preparativos
necessários.

4.3.8.4.3 As O Prep podem ser expedidas para atender às necessidades de


quaisquer das seções do EM do GAC, desde que uma apropriada coordenação
tenha sido previamente realizada entre elas.

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4.3.8.5 Normas Gerais de Ação (NGA)

4.3.8.5.1 Prescrevem métodos rotineiros a seguir nas operações.

4.3.8.5.2 Tudo o que seja passível de padronização ou se constitua em


processo invariável de trabalho pode ser consubstanciado em NGA.

4.3.8.5.3 Essas normas poderão ser grupadas em um documento único


formando as NGA da unidade, com os seguintes objetivos:
a) padronizar, simplificar e aperfeiçoar a instrução da tropa;
b) promover melhor entrosamento no trabalho desenvolvido pelos Cmt, EM e
tropa; e
c) abreviar o conteúdo das ordens.

4.3.8.5.4 Cada unidade deve organizar suas próprias NGA, tendo por base
suas particularidades e as normas estabelecidas pelo comando superior.

4.4 ANEXOS ÀS ORDENS DE COMBATE

4.4.1 GENERALIDADES

4.4.1.1 As finalidades dos anexos às ordens de combate do GAC são as


seguintes:
a) apresentar a complementação de uma ordem a fim de obter concisão,
clareza e simplicidade em seu texto; e
b) prestar informações complementares ao texto da ordem, quando são de
interesse limitado a determinados elementos ou são de natureza técnica.

4.4.1.2 Mesmo quando acompanhada de anexos, a ordem de combate (de


operações, de apoio logístico etc.) deve conter todas as informações
essenciais ao eficiente emprego da unidade.

4.4.2 PRINCIPAIS ANEXOS À ORDEM DE OPERAÇÕES DO GAC

4.4.2.1 Os principais anexos à ordem de operações do GAC, dentre vários


possíveis, são os seguintes:
a) Calco de Operações;
b) Plano de Fogos de Artilharia (PFA);
c) Plano de Reconhecimento (Pl Rec);
d) Plano de Levantamento do Grupo (PLG);
e) Plano de Defesa Aproximada (PDA) do GAC;
f) Ordem de Apoio Logístico; e
g) Quadro das Redes Rádio (QRR).

4-23
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4.5 DOCUMENTOS DE ESTADO-MAIOR

4.5.1 GENERALIDADES

4.5.1.1 Um EM de GAC tem a seu encargo, além da elaboração dos planos e


ordens de combate já mencionados, vários outros documentos que poderão
variar com a situação e com a disponibilidade de tempo.

4.5.2 PRINCIPAIS DOCUMENTOS DO GAC

4.5.2.1 Calco de Operações


- Os detalhes relativos ao Calco de Operações constam nos anexos W e Z.

4.5.2.2 Carta de Situação Logística


a) Assinala a localização dos órgãos de serviço da unidade e dos Esc Sp que a
apoiam.
b) Contém dados e conhecimentos de logística de interesse para a U.

4.5.2.3 Diário da Unidade


a) Registro cronológico de todos os fatos ocorridos com a unidade, informações
e ordens verbais e escritas, recebidas e expedidas pelo GAC, bem como as
providências decorrentes. É da responsabilidade do S-1.
b) As decisões tomadas quanto ao destino da informação ou ordem poderão
obedecer a um código simples.
c) Os oficiais do EM anotam, nas mensagens, quaisquer providências tomadas.
É interessante acrescentar que todas as ligações feitas em objeto de serviço
são também registradas, em resumo, no diário, de sorte que, nas substituições
de pessoal de permanência no PC, a simples leitura do diário permita deixar
cada um a par da situação existente até aquele momento.

4.5.2.4 Diário de Seção de EM


a) O diário é o registro cronológico dos acontecimentos relacionados com a
seção correspondente.
b) O registro deve limitar-se aos detalhes necessários para fixar a época e os
fatos essenciais dos acontecimentos.
c) A reunião dos diários das seções forma um quadro completo das operações
do GAC durante determinado período.
d) Ao final do período, um sumário de acontecimentos importantes e dos
planos para o próximo período será elaborado.

4.5.2.5 Caderno de Trabalho


- Documento afeto a cada oficial do EM do GAC, destina-se ao registro
cronológico dos dados relativos a assuntos de sua alçada e servirá de base à
confecção do relatório de situação das operações.

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4.5.2.6 Sumário Diário de Pessoal (SUDIPE)


a) É o registro diário do efetivo em pessoal da unidade, organizado com base
nas mensagens diárias de efetivo.
b) Os dados totais relativos às perdas diárias, recompletamentos recebidos,
recuperados e evacuados são, normalmente, transmitidos à 1ª Seção do Esc
Sp, em horário predeterminado, normalmente, por meio dos canais
informatizados.

4.5.2.7 Relatório Periódico de Pessoal (Rel Perd P)


a) Normalmente, contém os itens do caderno de trabalho do S-1.
b) Consolida, periodicamente, os sumários diários e relata as atividades gerais
da administração de pessoal.
c) É organizado e remetido à 1ª Seção do escalão superior nos prazos
determinados.

4.5.2.8 Relatório Periódico de Inteligência (RPI)


- Contém dados e conhecimentos sobre a situação geral do inimigo, as suas
operações e todas as demais atividades a cargo do S-2 do GAC, por quem é
confeccionado.

4.5.2.9 Relatório Periódico de Operações (Rel Perd Op)


a) É confeccionado pelo S-3 do GAC.
b) Contém dados e conhecimentos sobre a nossa situação, Op no período,
deficiências de combate, bem como outros assuntos relativos ao S-3.

4.5.2.10 O manual de campanha C 101-5 Estado-Maior e Ordens apresenta os


detalhes relativos aos documentos de estado-maior.

4.6 DISTRIBUIÇÃO

4.6.1 As ordens e documentos de EM a serem distribuídos são confeccionados


com número variável de cópias, que constituem exemplares numerados e
devidamente controlados.

4.6.2 São expedidos segundo listas de distribuição, as quais possuem um


designativo alfabético (como A e B), o qual é citado no fecho da ordem ou do
documento a distribuir.

4.6.3 É o S Cmt quem organiza essas listas para aprovação do comandante.

4.6.4 Um ou mais exemplares ficam no arquivo do GAC.

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CAPÍTULO V

DESDOBRAMENTO DO GAC

5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

5.1.1 O Cmt do GAC é responsável pelo desdobramento de sua U e deverá


envidar esforços para cumprir plenamente a missão atribuída ao GAC, as
imposições do escalão superior e as ações a serem realizadas pela U. O
desdobramento adequado do GAC exige uma série de requisitos, dentre os
quais se destacam:
a) o conhecimento dos planos da força apoiada e das necessidades em apoio
de Artilharia;
b) os reconhecimentos contínuos e a seleção adequada de itinerários, áreas de
posição, observatórios (PO), PC e locais para outras instalações;
c) o planejamento para a realização de mudanças de posição, visando a
atender a sobrevivência no campo de batalha, a continuidade de apoio e as
missões futuras;
d) as medidas de segurança;
e) o planejamento para a substituição, em combate, de outras unidades de
Artilharia e para o recebimento de outro GAC ou Bia O em reforço; e
f) o preparo de NGA, visando a dar maior rapidez aos trabalhos do GAC.

5.2 DESDOBRAMENTO

5.2.1 O GAC é considerado desdobrado quando está com:


a) as Bia O com o material em posição no terreno;
b) o comando e as comunicações estabelecidos;
c) a rede de observação instalada;
d) as ligações estabelecidas;
e) os órgãos de apoio logístico funcionando; e
f) a munição necessária distribuída nas peças e nas frações de
remuniciamento.

5.2.2 REGIÃO DE PROCURA DE POSIÇÃO

5.2.2.1 A Região de Procura de Posição (RPP) é uma área atribuída a uma


unidade (RPP/GAC) ou às subunidades de tiro (RPP/Bia) para que possam
manobrar, com objetivo de cumprir as tarefas do apoio de fogo e aumentar sua
capacidade de sobrevivência em combate. O emprego de RPP/GAC ou
RPP/Bia será uma consequência do processo de desdobramento adotado.

5.2.2.2 As áreas para estabelecimento de RPP são propostas pelo comandante


do grupo ao comando da força apoiada, em função da missão e das tarefas
5-1
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impostas à Artilharia. Serão atribuídas RPP em número suficiente para garantir


a continuidade do apoio de fogo e o cumprimento de todas as tarefas em todas
as fases da manobra.

5.2.2.3 As RPP atraem fogos de contrabateria e, por essa razão, outras


unidades devem ficar longe dessas áreas para evitar serem atingidas pela
artilharia inimiga.

5.2.2.4 O posicionamento e o tamanho exato das RPP dependem dos fatores


da decisão, especialmente da missão, das possibilidades do inimigo e das
características técnicas do material do qual o GAC é dotado.

5.2.2.5 Uma Bia O de GAC de natureza mecanizada ou blindada requer uma


RPP mínima de quatro quilômetros quadrados, uma Bia de mísseis e
foguetes requer um mínimo de doze quilômetros quadrados e as baterias de
GAC de natureza paraquedista, aeromóvel, de selva, de montanha e
motorizada requerem uma RPP de um quilômetro quadrado.

5.2.2.6 A unidade de artilharia que ocupa uma RPP estabelece contato com o
escalão responsável pela zona de ação onde sua RPP está localizada,
normalmente pelos canais de ligação já existentes, para a coordenação de
fogos e de outras demandas táticas como o deslocamento de unidades ou de
comboios logísticos através da RPP.

5.2.2.7 Dependendo da dispersão das RPP pela Z Aç da força apoiada,


especial atenção deve ser dada ao planejamento das medidas de coordenação
do apoio de fogo e do espaço aéreo, pois a continuidade do apoio de fogo não
pode ser prejudicada por outros usuários do espaço aéreo.

5.2.2.8 A RPP é representada graficamente por uma linha preta sólida que
define a área. No seu interior, são grafadas a sigla RPP e uma letra maiúscula
que identifique cada RPP. Para as RPP/Bia, poderá ser inserido o indicativo da
bateria que a ocupa e o grupo data-hora (período) em que ela estará em vigor.
Caso a Bia O ocupe uma RPP separada do restante do GAC (em outro eixo de
progressão, por exemplo), ao lado da letra da RPP, será colocado o número
referente à bateria (Figura 5-1 e 5-2).

Fig 5-1 – RPP/GAC Fig 5-2 – RPP/Bia

5-2
EB70-MC-10.360

5.2.3 PROCESSOS DE DESDOBRAMENTO

5.2.3.1 Existem três processos básicos para o desdobramento das unidades de


Artilharia: o Processo Fracionado por Baterias, o Processo Fracionado por
Unidade e o Processo Integral.

5.2.3.2 Processo Fracionado por Baterias – cada subunidade de tiro ocupa


uma RPP/Bia, o PC e AT são desdobrados em área distintas da RPP (Fig 5-3).
As ações são controladas pelos Cmt Bia que definem como será a dinâmica
das mudanças e permanências em posição. O Cmdo GAC é permanentemente
informado da situação e intervém quando necessário.

Fig 5-3 – Desdobramento fracionado por baterias

5.2.3.3 Processo Fracionado por Unidade – as subunidades de tiro ocupam


uma RPP/GAC (Fig 5-4) ou RPP/Bia justapostas (Fig 5-5), o PC e AT são
desdobrados em áreas distintas da(s) RPP. As ações são controladas pelo
comando do GAC que define sobre a dinâmica das mudanças e permanências
em posição.

Fig 5-4 – Desdobramento fracionado por unidade com RPP/GAC

5-3
EB70-MC-10.360

Fig 5-5 – Desdobramento fracionado por unidade com RPP/Bia justapostas

5.2.3.4 Processo Integral – todo o GAC ocupa uma única área para o PC, AT e
uma RPP/GAC (Fig 5-6). Cada subunidade de tiro e a subunidade de comando
recebem um setor para desdobramento do material e ocupação de posição de
forma que possam cumprir suas missões.

Fig 5-6 – Desdobramento integral

5.2.3.5 A adoção desses processos depende de quatro fatores:


a) tipo da unidade;
b) situação existente;
c) missão tática; e
d) possibilidades do inimigo.

5-4
EB70-MC-10.360

5.2.3.6 Os processos básicos de desdobramento podem ser modificados ou


combinados, levando-se em consideração: furtar-se da busca de alvos inimiga,
reduzir os efeitos dos fogos de contrabateria e as necessidades de
coordenação para a dispersão dos diversos órgãos das Bia O, do PC e da AT
do GAC.

5.2.3.7 Os aspectos táticos relativos à continuidade de apoio de fogo e a


coordenação da ocupação de áreas com os elementos de combate devem ser
confrontados com a premência na sobrevivência em combate durante o exame
de situação do GAC.

5.2.3.8 A SU Cmdo desdobrará os meios de C2 e os meios de Logística do


GAC em uma área única ou, ainda, o mais comum, dividi-lo em Posto de
Comando (PC) e o escalão recuado, este chamado Área de Trens (AT).

5.2.3.9 Os elementos de apoio logístico do grupo (trens do grupo) devem se


desdobrar afastados dos demais componentes da unidade, buscando estar
próximos aos eixos de suprimento dos órgãos de Ap Log do escalão superior.

5.2.4 ÁREAS DE POSIÇÃO

5.2.4.1 A expressão “Área de Posição” (A Pos) define as partes do terreno


onde um GAC desdobra todos os órgãos de suas Bia O, dentro dos limites de
uma Região de Procura de Posição. Essa expressão é utilizada após a
ocupação da posição pelo GAC ou por suas Bia O.

5.2.4.2 A ocupação de posição pelas Bia O constitui uma tarefa, e não


propriamente uma missão. A área de posição é ocupada para atender a uma
determinada finalidade. Essa finalidade indica o nome que deve ser dado à
posição.

5.2.4.3 Uma RPP/GAC deve ter a capacidade de conter as áreas de posição de


suas Bia O orgânicas, mais o espaço de uma Bia O que pode ser recebida em
reforço.

5.2.5 TIPOS DE POSIÇÃO

5.2.5.1 As áreas de posição são classificadas conforme sua finalidade.

5.2.5.2 Classificação pela Finalidade Tática

5.2.5.2.1 Posição provisória – ocupada para possibilitar a atuação da Artilharia


antes do seu engajamento na operação considerada, sem revelar o dispositivo
para apoiar essa operação.

5-5
EB70-MC-10.360

5.2.5.2.2 Posição inicial – ocupada para apoiar a fase inicial da operação


considerada, visando, em particular, ao apoio aos elementos mais avançados
da unidade apoiada.

5.2.5.2.3 Posição de manobra – ocupada para permitir a continuidade do apoio,


quando da posição inicial ele venha a se tornar ineficiente, em face das
flutuações do combate, das condições de segurança e das possibilidades
técnicas do material.

5.2.5.3 Classificação pela Finalidade Técnica

5.2.5.3.1 Posição de tiro – ocupada para apoiar a força pelo fogo, conforme
determinada finalidade tática.

5.2.5.3.2 Posição de troca – ocupada quando uma posição de uma Bateria


recebe ou existe a possibilidade de receber a ação direta de fogos inimigos e
necessita continuar a cumprir as missões de tiro em andamento.

5.2.5.3.3 Posição falsa – preparada para iludir o inimigo, utilizando simulacros


que indiquem uma posição de Artilharia ocupada, embora não o seja.

5.2.5.3.4 Posição de regulação – ocupada por uma ou mais peças, a fim de


colher dados precisos para a amarração do tiro. É selecionada, no mínimo,
uma por grupo, dentro da própria área de posição, porém fora dos locais onde
as baterias instalam as suas peças.

5.2.5.3.5 Posição de espera – ocupada por uma bateria a fim de possibilitar


receber uma missão de combate ou de tiro ou para receber os suprimentos e
recompletamento de pessoal necessários para o cumprimento de suas
missões.

5.2.6 FATORES PARA SELEÇÃO DA ÁREA DE POSIÇÃO

5.2.6.1 Na seleção de uma área de posição, aplicada em qualquer situação


tática, são levados em consideração os aspectos a seguir enumerados.

5.2.6.1.1 Segurança: avaliação do desenfiamento, da camuflagem, do espaço


para dispersão, dos obstáculos interpostos entre a área de posição e o inimigo,
da facilidade para ocupação de posição de troca, da distância da LC e da
proximidade da reserva.

5.2.6.1.2 Deslocamentos: condições de trafegabilidade (estradas, movimento


através campo), obstáculos, segurança para acesso à área de posição e desta
para a posição de manobra.

5-6
EB70-MC-10.360

5.2.6.1.3 Circulação na posição: condição de circulação no seu interior


(obstáculos existentes), natureza do solo e efeitos das condições
meteorológicas sobre a consistência do terreno.

5.2.6.1.4 Dispositivo da força apoiada: amplitude do setor de tiro (direção) e


orientação da parte mais importante da frente.

5.2.6.1.5 Continuidade de apoio de fogo: alcance e orientação do


deslocamento.

5.2.6.1.6 Coordenação: necessidade de coordenação com o escalão superior,


unidades vizinhas e outras.

5.2.6.2 Os fatores para a seleção das áreas de posição específicos para cada
operação básica constam dos respectivos capítulos.

5.3 RESPONSABILIDADES NA ESCOLHA DA ÁREA DE POSIÇÃO

5.3.1 O Cmt Art, em qualquer escalão, coordena a escolha da área de posição


com o Cmt da força apoiada.

5.3.2 O GAC ORGÂNICO DE UMA BRIGADA EM APOIO GERAL OU EM


APOIO DIRETO A UMA FORÇA

5.3.2.1 Os GAC, nesses casos, têm, normalmente, liberdade de escolha na


Z Aç da Bda ou força apoiada, respeitando, entretanto, as regiões já impostas
pelo Esc Sp para outros elementos e as destinadas às peças de manobra, aos
órgãos e às instalações da força apoiada.

5.3.2.2 Dessa forma, o Cmt GAC seleciona sua área de posição e informa ao
Esc Sp a que estiver imediatamente subordinado ou ao comando da força
apoiada a sua localização.

5.3.2.3 Se for necessário ocupar toda ou parte de uma dessas regiões


reservadas pelo Esc Sp ou força apoiada, deve haver coordenação por
iniciativa do Cmt GAC interessado. Se outros fatores, como desenfiamento e
possibilidades de tiro, aconselharem a escolha em Z Aç de tropa vizinha,
busca-se, também, a coordenação com essa tropa vizinha, ou solicita-se a
interferência do Esc Sp.

5.3.2.4 O Cmt GAC orgânico de uma Bda deve, se for o caso, escolher, ainda,
a área de posição para o GAC que reforça seus fogos ou para aquele com o
qual esteja constituindo um Agpt-Gp.

5-7
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5.3.3 O GAC EM AÇÃO DE CONJUNTO E EM AÇÃO DE CONJUNTO-


REFORÇO DE FOGOS

5.3.3.1 Estando o GAC com uma dessas missões táticas, a responsabilidade


da decisão pela escolha da área de posição é do Cmt Art da força, com o
assessoramento do Cmt desse GAC. No caso do GAC em Aç Cj-Ref F, o Cmt
GAC que tem seus fogos reforçados deve ser ouvido.

5.3.4 O GAC EM REFORÇO DE FOGOS

5.3.4.1 O GAC com a missão tática de Ref F tem, normalmente, sua área de
posição escolhida pelo Cmt GAC que é reforçado por seus fogos. Entretanto, o
Cmt Art da força pode impor área de posição para um GAC em reforço de
fogos a outro GAC.

5.4 AÇÕES DE RECONHECIMENTO DO GAC

5.4.1 O Rec, de um modo geral, visa à busca de dados sobre a região de


operações, o inimigo e as tropas amigas. Constitui parte essencial e
indispensável de qualquer operação.

5.4.2 Os Rec devem ser planejados e executados em tempo oportuno para


alcançarem sua finalidade. Sua execução deve ser contínua e progressiva e é
efetuado com maiores ou menores detalhes conforme o tempo disponível.

5.4.3 Os Rec no terreno, por medida de segurança, são executados por


pessoal e material estritamente necessários aos trabalhos a realizar. Em
princípio, tais meios devem ser descentralizados ao máximo, particularmente
quando o tempo disponível for exíguo.

5.4.4 No planejamento de qualquer operação, leva-se em conta a necessidade


de se atribuir prazos para o Rec, compatíveis com a situação. A previsão de
algumas horas de luz é indispensável para que as ações preparatórias possam
ser realizadas.

5.4.5 Um GAC pode receber a incumbência de realizar os Rec para outro GAC
que esteja, momentaneamente, impossibilitado de fazê-lo em tempo útil.

5.4.6 PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO

5.4.6.1 O planejamento do Rec é feito à vista de uma carta, mosaico, fotografia


aérea ou de ferramentas tecnológicas com imagens via satélite. O objetivo é
orientar os elementos executantes sobre as ações a realizar. Devem ser
considerados, nesse planejamento, os dados e conhecimentos existentes
sobre o inimigo e a situação tática.

5-8
EB70-MC-10.360

5.4.6.2 Desse planejamento serão fixados os seguintes pontos:


a) regiões que devam ser reconhecidas e como o serão;
b) dados a serem obtidos;
c) distribuição do pessoal e dos meios;
d) medidas logísticas necessárias;
e) prazo para conclusão;
f) prioridade de trabalho;
g) orientação para apresentação dos relatórios; e
h) locais para a reunião dos vários elementos, antes e após o reconhecimento,
e para a apresentação dos relatórios.

5.4.6.3 Os GAC executam, com mais frequência, os Rec de Itn e de posições.

5.4.6.4 Reconhecimentos de Itinerários

5.4.6.4.1 São realizados bem à frente, precedendo a tropa, com as seguintes


finalidades:
a) estudar a rede de estradas para selecionar o melhor itinerário, as estradas
que permitam rocadas, o dobramento da coluna, as áreas para manobra de
viaturas etc.;
b) verificar o estado e a capacidade das estradas e obras de arte;
c) localizar e, se possível, remover obstáculos, particularmente, campos
minados levantados;
d) prever medidas de segurança e controle do movimento;
e) escolher locais para altos, reuniões e estacionamentos;
f) prever o balizamento e a reparação dos itinerários; e
g) verificar o vau de cursos d’água.

5.4.6.4.2 Em geral, são escolhidos dois itinerários para cada equipe, para que
reconheçam um na ida e outro na volta.

5.4.6.4.3 O emprego da observação aérea do terreno, por intermédio de SARP


ou meios da Av Ex, no Rec de Itn, é importante, pois possibilita colher dados
gerais com rapidez, deixando os detalhes para os outros Elm Rec.

5.4.6.5 Reconhecimentos de Posição

5.4.6.5.1 O Rec de posição tem por finalidade escolher a área de posição e os


demais locais onde se desdobrarão os elementos do GAC. Como o Rec da
posição está intimamente ligado à sua escolha e ocupação, o GAC realiza, de
forma global, o conjunto de ações denominado Reconhecimento, Escolha e
Ocupação de Posição (REOP).

5.4.7 EXECUÇÃO

5.4.7.1 Consiste na realização propriamente dita do Rec. Os elementos


encarregados realizam o Rec dentro do planejamento feito, seguindo a

5-9
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prioridade de trabalho estabelecida, conforme consolidado no Plano de


Reconhecimento.

5.4.8 RELATÓRIO

5.4.8.1 Condensa as informações obtidas no Rec, podendo ser um documento


escrito ou um relatório verbal para a autoridade que determinou a missão.

5.5 RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO NO GAC

5.5.1 O REOP compreende um conjunto de ações, e sua finalidade é


possibilitar o deslocamento do GAC de uma área de posição, de
estacionamento, de reunião ou de uma coluna de marcha, para uma posição
da qual possa desencadear os fogos necessários ao cumprimento de sua
missão.

5.5.2 O Rec de posição é ativo e contínuo, devendo ser planejado e organizado


para execução no menor período de tempo, exigindo, por isso, alto grau de
descentralização.

5.5.3 Normalmente, a entrada de um GAC em posição e seu desdobramento


compreendem as seguintes tarefas:
a) recebimento das ordens (verbais ou escritas);
b) trabalhos preparatórios;
c) execução do reconhecimento no escalão Grupo;
d) apresentação dos relatórios;
e) decisão do Cmt GAC;
f) reconhecimento das Bia; e
g) ocupação da posição e desdobramento do GAC.

5.5.4 RECEBIMENTO DAS ORDENS (1ª TAREFA)

5.5.4.1 Após o recebimento das ordens do Esc Sup, verbais ou escritas, o Cmt
GAC deverá realizar o exame de situação e, paralelamente, delegar as
missões atinentes ao seu estado-maior, para que sejam realizados os
planejamentos para o cumprimento da missão.

5.5.5 TRABALHOS PREPARATÓRIOS (2ª TAREFA)

5.5.5.1 Exames de Situação com Meios Auxiliares

5.5.5.1.1 Têm por finalidade selecionar possíveis áreas de posição, regiões de


observatórios, regiões de PC e itinerários mediante a análise de cartas,
mosaicos e imagens. Nessa ocasião, também são realizados estudos

5-10
EB70-MC-10.360

preliminares sobre organização topográfica, instalação das Com e outras


atividades.

5.5.5.2 Plano de Rec

5.5.5.2.1 Após o exame de situação com meios auxiliares, o Cmt emite sua
decisão preliminar, cujas ações decorrentes são consubstanciadas no Pl Rec,
que é confeccionado pelo S-3. No Pl Rec, ficam especificados, entre outros:
a) constituição do Rec;
b) missões aos Elm Subrd;
c) hora e local para apresentação dos relatórios;
d) hora e local em que devem estar prontos os 2º e 3º Esc; e
e) medidas logísticas (por exemplo, tipo de ração a ser consumida).

5.5.5.3 Organização e Constituição do Rec

5.5.5.3.1 O Rec do GAC é, normalmente, dividido em escalões, sendo que o


primeiro é acompanhado pelo Cmt e é constituído pelos elementos necessários
à execução dos trabalhos no escalão Grupo. O 2º e 3º Esc compreendem os
elementos das baterias que completarão o Rec e iniciarão os trabalhos
topográficos, de comunicações e de direção de tiro.

5.5.5.3.2 Uma constituição do 1º Esc Rec, que normalmente atende às


necessidades, pode ser a que está esquematizada no Quadro 5-1.

RECONHECIMENTO DE 1º ESCALÃO DO GAC

Comandante do GAC (Cmt GAC)


Oficial de Operações (S-3)
Oficial de Comunicações (O Com)
Oficial de Inteligência (S-2)
Adjunto do S-2 (Adj S-2)
Oficial de Logística (S-4)
Quadro 5-1 – Um exemplo de constituição de Rec 1º Esc do GAC

5.5.5.3.3 A constituição dos 2º e 3º Esc Rec estará regulada em manual


específico sobre REOP.

5.5.6 EXECUÇÃO DO REC NO ESCALÃO GRUPO (3ª TAREFA)

5.5.6.1 No terreno, cada elemento designado pelo Cmt executa o Rec


detalhado, levando em consideração as condições necessárias à ocupação de
posição pelos diferentes órgãos do GAC.

5-11
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5.5.6.2 Normalmente, os integrantes do 1º Esc Rec, obedecendo às prioridades


impostas no Pl Rec, executam várias tarefas, as quais serão abordadas no
manual específico de REOP.

5.5.7 APRESENTAÇÃO DOS RELATÓRIOS (4ª TAREFA)

5.5.7.1 É feita em local que ofereça segurança e proporcione dispersão para as


viaturas. Além disso, deverá ter fácil acesso e identificação.

5.5.7.2 Pode ser realizada em local próximo e de fácil ligação com as regiões a
reconhecer ou em outro local, como a Z Reu do GAC. Esse local é previsto no
Pl Rec.

5.5.7.3 Na hora designada, os elementos constitutivos do 1º Esc Rec reúnem-


se e apresentam ao Cmt GAC seus relatórios, normalmente verbais, bem como
sugestões decorrentes deles.

5.5.7.4 Os Cmt de Bia participam dessa reunião e, por isso, pode haver a
necessidade de o local e hora da apresentação do 2º Esc Rec coincidirem com
o local e a hora da reunião acima marcada.

5.5.8 DECISÃO DO CMT GAC (5ª TAREFA)

5.5.8.1 Em face dos relatórios apresentados, o Cmt decide, no próprio local da


apresentação, aprovando ou modificando sua decisão preliminar quanto:
a) às áreas a ocupar;
b) ao levantamento topográfico;
c) às comunicações;
d) à observação;
e) ao itinerário;
f) ao PC; e
g) à AT etc.

5.5.9 RECONHECIMENTOS DAS BATERIAS (6ª TAREFA)

5.5.9.1 Após a decisão do Cmt, os elementos do 1º Esc Rec são liberados,


engajando-se na execução das respectivas missões. Além disso, a área de
posição do GAC é distribuída entre as Bia O, sendo, também, indicada a área
do PC e da AT.

5.5.9.2 O Rec detalhado das baterias tem início a partir desse momento e,
paralelamente, todos os elementos do GAC realizam o Rec detalhado do local
a ser ocupado pelos seus órgãos integrantes, escolhendo as áreas mais
favoráveis e os melhores acessos. É dado início à execução do plano de
comunicações, de levantamento topográfico e de observação.

5-12
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5.5.9.3 O 3º Esc é chamado de acordo com as necessidades de cada


elemento.

5.5.9.4 Bateria de Obuses

5.5.9.4.1 O Cmt Bia O escolhe, dentro da RPP distribuída à sua SU, a área que
lhe ofereça as melhores possibilidades de cumprir a missão. A execução do
Rec e a divisão dos trabalhos, no âmbito Bia O, serão explanadas, com
detalhes em manual específico sobre REOP.

5.5.9.5 Bateria de Comando

5.5.9.5.1 A Bateria de Comando tem missões relacionadas ao fornecimento de


pessoal e material, estabelecimento das comunicações, levantamento
topográfico, montagem e operação da C Tir, bem como execução das
atividades de Ap Log.

5.5.9.5.2 Os procedimentos relativos ao REOP da Bia C do GAC serão


explanados em manual específico sobre REOP.

5.5.10 OCUPAÇÃO E DESDOBRAMENTO (7ª TAREFA)

5.5.10.1 Enquanto se processa o Rec detalhado das diferentes áreas, o Adj S-3
elabora o quadro de movimento, regulando o deslocamento do GAC para a
ocupação de posição.

5.5.10.2 De acordo com esse quadro, caso o movimento do GAC ocorra de


forma centralizada, o Grupo, sob a responsabilidade do S Cmt, desloca-se até
o P Lib, ponto a partir do qual as SU, guiadas pelos respectivos comandantes
de linha de fogo (CLF), seguem até as proximidades da posição.

5.5.10.3 Os pormenores relativos à ocupação e ao desdobramento serão


abordados no manual específico de REOP.

5.5.11 RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO COM


TEMPO RESTRITO

5.5.11.1 Nesse caso, o Rec será abreviado, por estar condicionado ao pouco
tempo disponível, e visa a encontrar uma área de onde seja possível cumprir a
missão. O tempo passa, assim, a ser o fator primordial, em favor do qual outros
requisitos têm que ser desprezados, se necessário.

5.5.11.2 Em princípio, todos os trabalhos a realizar são semelhantes aos REOP


com tempo suficiente, sofrendo, entretanto, as imposições da escassez de
tempo.

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5.5.11.3 Em geral, essa situação apresenta-se nas operações de movimento,


como na marcha para o combate (M Cmb), quando o GAC necessitar ocupar
posição partindo de uma formação de marcha, tornando-se essencial um
planejamento detalhado antes da marcha.

5.5.11.4 Os Elm Rec são lançados bem à frente, junto aos escalões mais
avançados da coluna. A execução é sumária e os relatos são enviados por
mensagens, de preferência, via rádio.

5.5.11.5 Antes do início do movimento, é realizado um planejamento


consubstanciado em um documento que se denomina Plano de Emprego da
Artilharia (PEA) nas M Cmb e no aproveitamento do êxito (Apvt Exi). Trata-se
de documento gráfico, feito em calco, sobre a carta utilizada na operação.

5.6 MUDANÇA DE POSIÇÃO NO DECORRER DO COMBATE

5.6.1 Excetuando-se a operação de saída dos elementos do GAC dos locais


em que se acham desdobrados, a mudança de posição segue os mesmos
procedimentos das operações de REOP.

5.6.2 Essa mudança de posição caracteriza-se pelo fato de a unidade já estar


empenhada. Pode ser determinada com antecedência, ou inopinadamente,
como no caso de um ataque em situação de movimento. A continuidade de
apoio é o fundamento básico da operação.

5.6.3 Durante o combate, é importante que o S-2 coordene a continuidade dos


trabalhos de reconhecimento, a fim de apoiar as mudanças de posição do
GAC.

5.6.4 Nas operações de movimento, a rapidez das ações, o terreno, o efetivo


disponível e o inimigo podem obrigar que esse planejamento se torne flexível.
Dessa forma, o S-3 deve coordenar com o S-2 quais são as prioridades para o
Rec, informando quais posições devem ser reconhecidas.

5.6.5 RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DAS NOVAS


POSIÇÕES

5.6.5.1 Os princípios que regulam os REOP para a ocupação das novas


posições ou Pos Man são, em geral, os mesmos que se levam em conta para a
ocupação inicial.

5.6.5.2 Os Rec devem ser contínuos para a escolha de Pos, PO e Itn para
fazer face a qualquer situação. Se o tempo permitir, o levantamento topográfico
é prolongado para a frente ou para a retaguarda e as comunicações são
instaladas antes do desdobramento.

5-14
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5.6.5.3 Quando o deslocamento é para a frente, o Cmt GAC, normalmente,


executa o Rec e a escolha de posição.

5.6.5.4 Quando o deslocamento é para a retaguarda, o S Cmt pode executar o


Rec e a escolha de posição, enquanto o Cmt GAC permanece com os
elementos de sua unidade ainda em posição ou no local em que a situação for
mais crítica.

5.6.6 RECONHECIMENTO DOS ITINERÁRIOS

5.6.6.1 Os oficiais de reconhecimento, os oficiais de ligação, os observadores


avançados, as equipes de comunicações e as equipes de topografia
normalmente prestam informações sobre os itinerários que conduzem à frente.

5.6.6.2 As equipes de Rec realizam o trabalho normal já apresentado, devendo


informar o número de balizadores necessários, as condições das estradas, a
capacidade e condições das pontes, existência de minas etc.

5.7 MUDANÇA PARA POSIÇÃO DE TROCA

5.7.1 No combate moderno, com a finalidade de sobreviver, no campo de


batalha, aos fogos de contrabateria inimigos, é importante que as Bia O não
permaneçam muito tempo na mesma posição.

5.7.2 Por esse motivo, é fundamental uma frequente mudança de posição das
Bia O e, eventualmente, do PC – dentro da própria área de posição de GAC –
para posições de troca previamente reconhecidas, preparadas e, se possível,
com as peças já apontadas previamente (semelhantes às técnicas de
ocupação noturna).

5.7.3 Em função da capacidade do inimigo de detectar as novas posições de


tiro e realizar os fogos de contrabateria, devem então ser estabelecidas normas
de conduta, visando a orientar a oportunidade e a frequência das mudanças de
posição.

5.7.4 Essa mudança pode ocorrer após cada rajada, a cada série de rajadas,
fase do combate ou mesmo em função de um tempo-limite de permanência
preestabelecido.

5.7.5 Dentro de uma mesma área de posição, é interessante mudar a


sequência de ocupação das posições de troca, de forma que um inimigo com
boa capacidade de busca de alvos não consiga prever a futura posição a ser
ocupada.

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5.8 CONTINUIDADE DE APOIO

5.8.1 Como em combate as mudanças de posição do GAC devem ser


contínuas, deve-se buscar sempre a continuidade de apoio de fogo durante os
trabalhos de REOP para a nova posição.

5.8.2 O tempo que uma unidade permanece fora de ação, em virtude desses
trabalhos, deve ser o menor possível. O terreno, o inimigo e as possibilidades
técnicas do material influem na frequência com que se processam as
mudanças de posição e, também, na distância entre essas posições.

5.9 PROCESSOS DE MUDANÇA DE POSIÇÃO

5.9.1 São dois os processos para mudança de posição:


a) por unidade; e
b) por escalões de SU.

5.9.2 PROCESSO POR UNIDADE

5.9.2.1 O GAC muda de posição como um todo. No caso de um GAC orgânico


de Bda, o uso desse processo só é possível quando o GAC estiver sendo
reforçado ou recebendo o reforço de fogos de outra U Art ou quando um Esc
Sp de Artilharia assegura o apoio na fase crítica da mudança.

5.9.2.2 Quando o GAC muda de posição como um todo, o procedimento é o


mesmo adotado na ocupação inicial. Não haverá interrupção no funcionamento
da C Tir quando o GAC mudar de posição por qualquer processo.

5.9.2.3 Devem ser mantidas as comunicações com a U Ap, com a Artilharia em


reforço ou reforço de fogos e com o Comando de Artilharia do Esc Sp.

5.9.3 PROCESSO POR ESCALÕES DE SUBUNIDADE

5.9.3.1 Nesse processo, o GAC muda de posição por SU, dependendo da


rapidez desejada ou da quantidade de apoio de fogo em posição atirando ou
ECD atirar desejada. Caso o processo de desdobramento do GAC seja Integral
ou Integral com Pos Tiro, os órgãos do GAC mudam de posição conforme
Quadro 5-2.

5.9.3.2 É utilizado, normalmente, quando o GAC não conta com qualquer tipo
de reforço.

5.9.3.3 Para realizar mudanças de posição do PC e da AT do GAC, são


formados dois escalões. Normalmente, o 1º Esc desses órgãos muda de
posição quando ocorre a mudança do 1º Esc da(s) Bia O. Já o 2º Esc sai de

5-16
EB70-MC-10.360

posição por ocasião da mudança do último escalão das Bia O. Entretanto,


podem ocorrer variações de acordo com o tipo de operação.

5.9.3.4 A C Tir pode ser dividida em escalões para acompanhar as mudanças


de posição das SU Tir, desde que haja tempo, pessoal e material disponível
para mobiliar os dois escalões.

5.9.3.5 Quando o GAC desloca-se por escalões de SU, torna-se imprescindível


uma coordenação íntima entre o seu Cmt e o seu S Cmt.

5.9.3.6 Antes do deslocamento do GAC, devem ser estabelecidas as


comunicações entre o PC avançado e a unidade apoiada.

5.9.3.7 A escolha de um desses processos é decisão do Cmt GAC. O tempo


disponível, o esquema de manobra da tropa apoiada, o apoio do Esc Sp de
Artilharia, a existência de Art em Ref ou em Ref F, o terreno, as condições
meteorológicas e as atividades do inimigo influenciam nessa decisão do
processo.

Processo Escalões e as Bia O Características

- Apenas dois escalões. - Maior rapidez.


- 1º Esc: Dslc-se o GAC (-). - Maior Ap F durante o final
2–1
- 2º Esc: mantém-se uma Bia O da Mud Pos (durante o Dslc
em Pos para constituir o 2º Esc. 2º Esc).

- Apenas dois escalões.


- Maior Ap F durante o início
- 1º Esc: Dslc-se uma Bia O.
1–2 da Mud Pos (durante o Dslc
- 2º Esc: mantém-se o GAC (-) 1º Esc).
em Pos para constituir o 2º Esc.

- São formados três escalões.


- Maior tempo para concluir
- Dslc-se apenas uma Bia O por
a Mud Pos do GAC.
1-1-1 vez.
- Maior Ap F durante todo
- Mantêm-se, a qualquer
processo de Mud Pos.
momento, duas Bia O em Pos
ECD cumprir MT.

Quadro 5-2 – Processo por escalões de SU de GAC com três Bia O

5-17
EB70-MC-10.360

5.9.3.8 Caso o GAC possua mais de três Bia O, a mudança de posição por
escalões de SU seguirá o mesmo raciocínio do ternário, e a quantidade de Bia
O se deslocando por escalões dependerá da rapidez desejada ou da
quantidade de apoio de fogo em posição atirando ou ECD atirar desejada
(Quadro 5-3).

Processo Escalões e as Bia O Características

- Apenas dois escalões.


3-1
- Pode-se optar por um maior Ap F
2-2 no primeiro ou no último momento - Maior rapidez.
1-3 da Mud Pos ou ainda manter um
equilíbrio durante a Mud Pos.

- São formados três escalões.


2-1-1
- No mínimo duas Bia O em Pos - Equilíbrio entre rapidez
1-2-1 ECD cumprir MT. Podendo possuir e Ap F.
1-1-2 três Bia O em Pos ECD atirar em
qualquer momento da Mud Pos.

- Maior Ap F durante a
- São formados quatro escalões. Mud Pos.
1-1-1-1 - Dslc-se apenas uma Bia O por vez.
- Maior tempo para
- Sempre três Bia O em Pos ECD
concluir a Mud Pos do
cumprir MT. GAC.

Quadro 5-3 – Processo por escalões de SU de GAC com quatro Bia O

5.10 MUDANÇA DE POSIÇÃO DOS GAC

5.10.1 GAC ORGÂNICO DE BRIGADA OU EM APOIO DIRETO

5.10.1.1 O GAC muda de posição por iniciativa de seu Cmt. As mudanças de


posição são impostas pelo esquema de manobra da tropa apoiada, devendo
ser mantido um apoio de fogo contínuo.

5.10.1.2 Tão logo o GAC esteja completo na nova posição, essa situação
deverá ser informada ao escalão superior.

5-18
EB70-MC-10.360

5.10.2 GAC EM AÇÃO DE CONJUNTO E AÇÃO DE CONJUNTO-REFORÇO


DE FOGOS

5.10.2.1 Geralmente, os GAC em Aç Cj deslocam-se como um todo.


Entretanto, se a situação o exigir, a mudança de posição poderá ser feita por
qualquer um dos processos por escalões de SU.

5.10.2.2 Embora o GAC, em Aç Cj, desloque-se somente por ordem do Esc Sp


Art, o seu Cmt é responsável pelo exame de situação e pelas sugestões que
devem ser apresentadas, quando a mudança de posição se tornar necessária.

5.10.2.3 O Cmt GAC deve estar em condições de propor ao Esc Sp o local da


nova posição, os itinerários, a hora do início do deslocamento e o processo a
ser empregado.

5.10.2.4 Quando o GAC, em Aç Cj, tem, ainda, a missão de Ref F, a mudança


de posição deve ser, também, coordenada com a unidade reforçada.

5.10.3 GAC EM REFORÇO DE FOGOS

5.10.3.1 Quando um GAC tem somente a missão de Ref F, muda de posição


por solicitação da unidade reforçada ou por ordem do comando superior de
Artilharia. O processo normal é o por unidade.

5.10.3.2 A unidade reforçada é responsável pela notificação ao comando


superior acerca do processo a ser adotado, dos horários do movimento e da
área para a qual o GAC se deslocará.

5.10.4 GAC EM REFORÇO

5.10.4.1 Caso o GAC esteja reforçando uma força que já possua um GAC
orgânico, procura-se formar um Agpt-Gp. A sua mudança de posição,
normalmente como um todo, será feita por ordem e sob controle e coordenação
do Cmt Agpt-Gp.

5.10.4.2 Caso o Agpt-Gp não seja formado, a mudança de posição desse GAC
deverá ser coordenada com o GAC orgânico.

5.10.4.3 Se o GAC reforça uma unidade de arma-base em operação


descentralizada, ou força-tarefa, a sua mudança de posição segue os mesmos
princípios e processos por escalões de SU, com as seguintes adaptações:
a) oportunidade e processos a adotar são propostos ao Cmt da arma-base para
decisão; e
b) as informações sobre o desenrolar da mudança de posição são prestadas ao
Cmt da arma-base.

5-19
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO VI

BUSCA DE ALVOS

6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

6.1.1 A busca de alvos no nível GAC tem por objetivo proporcionar a


informação necessária sobre alvos, principalmente armas de tiro indireto,
postos de comando e instalações de apoio logístico para que possam ser
engajados no local e momento oportunos.

6.1.2 A busca de alvos é constituída por três processos: aquisição, análise e


seleção de alvos.

6.1.2.1 Processo de Aquisição de Alvos

6.1.2.1.1 Processo composto por três etapas:


a) detecção – implica a percepção da presença de um elemento inimigo;
b) identificação – visa a determinar a natureza do elemento detectado (por
exemplo, arma, instalação ou unidade); e
c) localização – procura obter as coordenadas tridimensionais do elemento
detectado, considerando a precisão necessária para que seja engajado pelos
meios de apoio de Artilharia.

6.1.2.1.2 O S-2 é o responsável pelo planejamento e pela coordenação das


atividades de aquisição de alvos do GAC.

6.1.2.2 Processo de Análise de Alvos

6.1.2.2.1 É o estudo das características do alvo e de seu relacionamento com a


manobra da força apoiada. É conduzido pelo S-2 junto com o S-3 do GAC.

6.1.2.2.2 O manual de campanha EB70-MC-10.346 Planejamento e


Coordenação de Fogos trata desse processo mais detalhadamente.

6.1.2.3 Processo de Seleção de Alvos

6.1.2.3.1 É um processo contínuo, que seleciona e prioriza os alvos a serem


batidos durante a operação. É de responsabilidade conjunta do S-2 e S-3 do
GAC.

6.1.2.3.2 O manual de campanha EB70-MC-10.346 Planejamento e


Coordenação de Fogos trata desse processo mais detalhadamente.

6-1
EB70-MC-10.360

6.2 AQUISIÇÃO DE ALVOS

6.2.1 A principal função do S-2 é planejar e coordenar as atividades de


aquisição de alvos do GAC. Deve buscar continuamente obter dados e
informações referentes às Necessidades de Inteligência dos Esc Sp e do Cmt
GAC quanto a possíveis alvos a serem engajados pela unidade.

6.2.2 Os alvos que mais interessam ao S-2 são aqueles que podem afetar
diretamente a força apoiada como morteiros, carros de combate, radares,
zonas de reunião (Z Reu) e postos de comando (PC).

6.2.3 FONTES DE DADOS SOBRE ALVOS

6.2.3.1 São as origens de onde procedem os dados. As principais fontes de


dados utilizadas pelo GAC na atividade de busca de alvos incluem:
a) observadores avançados e aéreos;
b) sistemas de aeronaves remotamente pilotadas (SARP);
c) radares contramorteiros, de contrabateria e de vigilância terrestre;
d) guerra eletrônica;
e) equipamentos de localização pelo som;
f) fotografias aéreas e imagens de satélite;
g) tropas de operações especiais; e
h) militares inimigos capturados.

6.2.4 MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO DE ARMAS INIMIGAS

6.2.4.1 O GAC poderá, por meio dos seus recursos orgânicos ou de meios
colocados à disposição da unidade, empregar os seguintes métodos para a
localização de armas inimigas: localização pelo sistema de observação do
GAC, localização por análise de crateras e predição de alvos.

6.2.4.2 Localização pelo Sistema de Observação do GAC


- Realizada no GAC por meio dos OA, dos PO do GAC e dos meios Ae. As
localizações oriundas dessas fontes são, normalmente, fornecidas por meio de
coordenadas. A precisão é variável.

6.2.4.3 Localização por Análise de Crateras


- A análise de crateras é realizada em todas as unidades de combate. O
método fornece uma estimativa da direção e da distância das armas inimigas.

6.2.4.4 Predição de Alvos


- Pelo estudo do inimigo e do terreno, o S-2 do GAC pode prever possíveis
posições de armas inimigas, sobre as quais orienta o esforço dos meios de
localização.

6-2
EB70-MC-10.360

6.2.4.5 A busca de alvos estará regulada em manual específico sobre o


assunto.

6.3 O SISTEMA DE OBSERVAÇÃO DO GAC

6.3.1 Um sistema de observação deve ser montado e mantido de forma a


eliminar, tanto quanto possível, regiões desenfiadas. Para tal fim, deve ser
levada em conta a complementação da observação terrestre pela aérea e,
ainda, pela realizada por outros meios.

6.3.2 O GAC emprega a observação com várias finalidades, a saber:


a) busca de dados sobre o terreno e o inimigo;
b) busca de alvos, em particular dos inopinados;
c) conhecimento da situação das tropas amigas;
d) ajustagem do tiro;
e) controle de eficácias;
f) controle de bombardeios aéreos; e
g) controle de danos.

6.3.3 Um sistema de observação, para ser considerado eficiente, deve ser


montado dentro de certos princípios, como os a seguir descritos.

6.3.3.1 Continuidade
- A observação deve ser permanente durante as vinte e quatro horas do dia, o
que implica a necessidade de revezamento das equipes.

6.3.3.2 Amplitude
- A observação deve cobrir toda a zona de ação (Z Aç) da tropa apoiada.

6.3.3.3 Flexibilidade
- A manobra da observação deve ser condicionada tanto à manobra da tropa
apoiada quanto para atender a quaisquer modificações do quadro tático.

6.3.4 COORDENAÇÃO DA OBSERVAÇÃO

6.3.4.1 Cabe ao S-2 do GAC coordenar o sistema de observação, ajustando-o


às necessidades da missão tática atribuída à unidade.

6.3.4.2 GAC em Apoio Geral


- O S-2 coordena a observação no âmbito do GAC e, quando for o caso, pode
remeter o Plano de Observação ao elemento de coordenação de apoio de fogo
(ECAF) da divisão ou corpo de exército.

6.3.4.3 Grupo em Reforço de Fogos


- A observação é coordenada pelo S-2 do GAC que tem os fogos reforçados.

6-3
EB70-MC-10.360

6.3.4.4 Grupo em Ação de Conjunto


- A observação é coordenada pelo E-2 da AD ou da A CEx.

6.3.5 MEIOS DE OBSERVAÇÃO

6.3.5.1 O GAC conta com os meios de observação a seguir relacionados.

6.3.5.2 Postos de Observação

6.3.5.2.1 Destinam-se a localizar alvos para tiros previstos e inopinados, ajustar


ou regular o tiro e obter dados sobre as atividades do inimigo.

6.3.5.2.2 A Bia C tem condições de instalar dois PO, enquanto cada Bia O
pode desdobrar um. A escolha é feita na carta pelo S-2, cabendo o
reconhecimento, no terreno, ao Adj S-2 e ao O Rec.

6.3.5.2.3 Devem ser previstas posições de manobra para cada PO. No entanto,
raras são as vezes em que todos esses PO têm que ser instalados.

6.3.5.2.4 A extrema fluidez e mobilidade do combate exigem rapidez na


resposta às necessidades de observação para o apoio de fogo, o que se obtém
com a utilização dos OA do GAC.

6.3.5.3 Observadores Avançados

6.3.5.3.1 Acompanham a força apoiada junto aos seus elementos mais


avançados. São empregados à base de um OA por SU da força apoiada,
inclusive as que estão em reserva.

6.3.5.3.2 Portando equipamentos de locação de alvos versáteis e de imediata


resposta aos dados necessários, o OA imprime agilidade ao processo de
observação para a realização dos fogos de apoio.

6.3.5.3.3 Em razão dessas características, a rede de observação terrestre de


um GAC é fundamentada na atuação dos OA.

6.3.5.4 Meios de Observação Aérea

6.3.5.4.1 Complementam a observação terrestre e são orientados sobre


regiões situadas em ângulos mortos em relação aos PO. Os SARP e os
helicópteros da Aviação do Exército (Av Ex) são empregados para esse fim.

6.3.5.4.2 Os GAC podem também ser apoiados, em determinadas situações,


por SARP da brigada ou DE.

6-4
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6.4 REGISTRO DE ALVOS

6.4.1 CARTA DE SITUAÇÃO


a) É um registro gráfico que mostra o dispositivo e as atividades de tropas
amigas e do inimigo.
b) No escalão GAC, a carta de situação é uma só para o S-2 e o S-3.
c) Deve abranger a região ocupada pelas tropas amigas e a que está de posse
do inimigo. Sua escala deve ser, em princípio, de 1/25.000, para permitir os
lançamentos dos dados recebidos por meio de símbolos militares.
d) Em princípio, para evitar o acúmulo de símbolos, só são registrados na carta
os dados e as informações estritamente indispensáveis sobre forças amigas,
tais como PC do Esc Sp, PC de unidades vizinhas e apoiadas, limites das
unidades da arma-base até o nível Btl, linhas de contato, esquema de
manobra, Z Reu das reservas etc.
e) Além dos conhecimentos já enumerados relativos às forças amigas, deve,
ainda, conter posições provisórias, iniciais e de manobra; PO iniciais e de
manobra; linha de segurança de apoio de artilharia (LSAA), linha de restrição
de fogos (LRF) e linha de coordenação de apoio de fogo (LCAF).
f) Empregam-se os símbolos regulamentares para os registros, sendo as
informações lançadas em traços cheios e os informes em linhas interrompidas.
g) Os símbolos referentes às forças amigas são feitos em azul ou traço simples
e os que representam o inimigo, em vermelho ou traço duplo.
h) Acerca do inimigo, são lançados: forças inimigas de valor SU até Bda;
fortificações e instalações; morteiros e peças de Artilharia; outros alvos de
interesse para a Artilharia.

6.4.2 ARQUIVO DE INTELIGÊNCIA DE COMBATE (ANEXO E)


a) É uma espécie de protocolo de todas as mensagens recebidas e expedidas
pelo S-2.
b) Os registros são feitos em ordem cronológica, numerados seguidamente e
compreendem, geralmente, períodos de 24 horas.
c) Caso a mensagem seja escrita, lançar, apenas, um resumo de seu
conteúdo; se verbal ou telefônica, registrar na íntegra.

6.4.3 CARTA DE ARMAS INIMIGAS


a) É uma carta onde são traçados os limites da Z Aç da Bda e a LC. Nessa
carta, são locadas as posições confirmadas das Bia e morteiros inimigos.
b) Quando a carta se referir, tão somente, a posições de morteiros, denominar-
se-á Carta de Morteiros Inimigos. A locação é executada por meio de um sinal,
conforme mostra a Figura 6-1.
c) No primeiro quadrante, inscreve-se o número da concentração atribuída ao
alvo.
d) No segundo quadrante, inscrevem-se todas as fontes que localizaram o alvo.
As abreviaturas que se seguem são utilizadas para identificar as fontes de
localização:
- Loc Som: localização pelo som;
- Loc SARP: localização por SARP;

6-5
EB70-MC-10.360

- Loc Rdr: localização pelo radar;


- Loc Som/Clarão: localização pelo som/clarão;
- Cratera: análise de cratera;
- Civ: civis;
- PG: prisioneiro de guerra;
- Obs Ae: observador aéreo;
- PO: Observador Terrestre, posto de observação; e
- Img: análise de imagens.
e) No terceiro quadrante, inscrevem-se a quantidade e o tipo de morteiro (dois
elementos de inteligência), obus ou míssil (três elementos de inteligência).
Exemplo: 2/M (2 Mrt médios) ou 4/Ob/M (4 obuses médios).
f) No quarto quadrante, inscreve-se o grupo data-hora da última vez em que
esteve ativo ou foi localizado.

Fig 6-1 – Sinal de locação de armas inimigas usado na carta

6-6
EB70-MC-10.360

6.4.4 CADERNO DE TRABALHO DO S-2 (ANEXO F)


a) Compõe-se de uma série de folhas dispostas em computador ou caderno de
índice, sendo cada uma delas destinada a receber conhecimento de Intlg de
uma determinada natureza ou a cobrir uma das atividades do S-2.
b) Ele contém todos os registros lançados na carta de situação e no arquivo de
inteligência de combate, de modo que se torna fácil a comparação e a análise
de todos os dados e informações disponíveis.
c) Os dados e as informações obsoletas do caderno deverão ser cancelados,
pois é uma folha de trabalho e não um registro de caráter permanente (como o
é o Arquivo de Inteligência de Combate).

6.4.5 LISTA DE ALVOS (ANEXO G)


- Relaciona os dados de alvos suscetíveis de serem batidos.

6.4.6 CALCO DE ALVOS (ANEXO H)


- É um calco superposto à carta de situação, com os alvos relacionados na lista
de alvos. A locação é executada por meio de um sinal (Figura 6-2), contendo:
no primeiro quadrante, o número da concentração atribuída ao alvo; no
segundo quadrante, o órgão ou fonte que localizou o alvo; no terceiro
quadrante, o símbolo gráfico do alvo, de acordo com o MD33-M-02 Manual de
Abreviaturas, Siglas, Símbolos e Convenções Cartográficas das Forças
Armadas; e no quarto quadrante, o grupo data-hora da última vez que esteve
ativo ou foi localizado.

Fig 6-2 – Locação por sinal no calco de alvos

6.4.7 RELATÓRIO DE BOMBARDEIO (ANEXO I)


a) É um formulário composto de três partes, utilizado para o registro de dados
sobre localização de armas de apoio inimigas em atividade.
- A primeira parte contém, em onze colunas, informações derivadas de
análises de cratera e de localização pelo som e clarão, oriundas de um só
observador. Logo, nela são lançados os dados de fontes que não forneçam
coordenadas.
- A segunda parte, com seis colunas, é utilizada para fontes de localização
que forneçam coordenadas.
- A terceira parte é usada para lançar os dados decorrentes dos fogos
desencadeados sobre o alvo.

6-7
EB70-MC-10.360

b) Os relatórios devem ser precisos e detalhados. Contudo, sua transmissão


não será retardada pela falta de alguns itens. Muitas vezes, dados incompletos
são valiosos para confirmação de outros já existentes.

6.4.8 CALCO DE OBSERVAÇÃO (ANEXO J)


- Obtido pela superposição dos diagramas das partes vistas e ocultas, enviadas
pelos observadores terrestres.

6.4.9 PLANO DE OBSERVAÇÃO (ANEXO K)


- É um documento que consolida todos os meios de busca de alvos do GAC. É
organizado em forma de calco e contém:
a) limites da força apoiada;
b) linha de contato ou LAADA;
c) PO iniciais, com os setores de observação respectivos;
d) PO futuros e oportunidade para o deslocamento;
e) localização dos observadores avançados (OA), se for o caso; e
f) áreas destinadas à observação aérea.

6.4.10 QUADRO DE EMPREGO DE VETORES AÉREOS (ANEXO L)


- É um documento que contém dados relativos aos voos das aeronaves, como
horário de voo, missão, rota, condições técnicas e relatório.

6.4.11 INSTRUÇÕES DE VOO (ANEXO M)


- Contém instruções técnicas para o voo como ligações terra-avião, indicativos
de canais de comunicações e horário. São estabelecidas para cada aeronave.

6.4.12 CALCO DE LOCAÇÕES SUSPEITAS (ANEXO N)


a) É o Calco das Armas Inimigas, superposto à carta, no qual são locados os
morteiros e baterias inimigos suspeitos.
b) A locação obedece aos mesmos critérios estabelecidos na letra anterior,
inclusive o código de cores.
c) Todas as vezes que uma posição suspeita passa a confirmada, sua locação
no calco é apagada e o alvo é locado na Carta de Armas Inimigas.
d) Quando o calco referir-se, tão somente, a morteiros suspeitos,
denominar-se-á Calco de Morteiros Suspeitos.

6.4.13 CALCO DE RELATÓRIO DE BOMBARDEIO (ANEXO O)

6.4.13.1 É um calco, também de armas inimigas, superposto à carta, no qual


são locadas as informações decorrentes de análise de cratera, observação
terrestre que forneça o lançamento da direção da arma inimiga e da primeira
parte do formulário do Relatório de Bombardeio.

6.4.13.2 As locações, nesse calco, são feitas da maneira a seguir.


a) Por análise de cratera
- A locação é representada por uma circunferência e uma linha (Figura 6-3).

6-8
EB70-MC-10.360

- A circunferência representa a cratera e suas coordenadas figuram na coluna


5 do modelo de Relatório de Bombardeio.
- A linha corresponde à direção em que está localizada a arma, sendo
traçada no lançamento que figura na coluna 3 do citado relatório.
- Consta sobre a linha a quantidade e o tipo da arma e, sob essa mesma
linha, o grupo data-hora de última vez em que esteve ativo e o número do
Relatório de Bombardeio.
- No seu traçado, é adotado o seguinte código de cores: (1) amarelo: obuses
muito pesados; (2) vermelho: obuses e morteiros pesados; (3) azul: obuses e
morteiros médios; (4) verde: obuses e morteiros leves; (5) preto: obuses e
morteiros desconhecidos; e (6) marrom: mísseis.

4/L
131552-131554 Nr 3

Fig 6-3 – Sinal de locação usado no calco de relatório de bombardeio (análise da cratera)

b) Pelo clarão e observador terrestre


- A locação é idêntica à adotada por análise de cratera, substituindo a
representação de cratera pelo símbolo de observatório (Fig 6-4).
- Sendo conhecido o intervalo do tempo clarão - som, este é transformado em
distância, que será marcada na linha por um traço vertical a partir do
observatório.
- Nesse calco, mesmo que a posição seja confirmada, a locação não será
apagada.

4/Me

260836 Nr 4

Fig 6-4 – Sinal de locação usado no calco de relatório de bombardeio (som ou clarão e observador
terrestre)

6.4.14 ARQUIVO HISTÓRICO (ANEXO P)


a) Iniciado para cada arma suspeita ou confirmada.
b) Deve existir um arquivo para as posições suspeitas e outro para as posições
confirmadas.
c) Toda vez que uma posição passar de suspeita para confirmada, a alteração
de arquivo correspondente deve ser feita.

6-9
EB70-MC-10.360

6.4.15 LISTA DE ARMAS INIMIGAS (ANEXO Q)


a) É organizada por meio da consulta dos arquivos históricos, contendo,
separadamente, dados sobre armas suspeitas ou confirmadas.
b) Dessa lista constam os dados indispensáveis à elaboração de um pedido de
tiro. Deve ser mantida sempre atualizada para ser utilizada pelo S-3 no
planejamento de fogos, particularmente para uma preparação ou
contrapreparação (C Prep).
c) É útil no planejamento de fogos de todos os escalões. Sua importância é
justificada pelo fato de poder ser distribuída como anexo ao Relatório Periódico
de Inteligência, de ampla divulgação.
d) Será distribuída para os PC de Artilharia dos escalões superiores,
subordinados e vizinhos.

6.5 DIFUSÃO DE ALVOS

6.5.1 Os dados sobre alvos para serem válidos devem chegar com tempo
suficiente para permitir o estudo pelo EM, a decisão do Cmt GAC e a execução
das tarefas para realizar o apoio de fogo oportunamente.

6.5.2 Por isso, todos os meios de TIC devem ser empregados na difusão das
informações desde os meios de obtenção de dados sobre alvos até as Bia O.
Esses meios são, ainda, complementados pelo contato pessoal e pelos
relatórios, que são os normais na difusão dos conhecimentos de inteligência
dentro do EM do GAC.

6.5.3 No GAC, a troca de dados e conhecimentos com a tropa apoiada se faz


por intermédio dos OA e O Lig. Toda mensagem recebida pelo S-2 é analisada
e interpretada. Quando originar uma posição confirmada, essa informação é
imediatamente passada ao S-3 que, calcado na norma fixada, desencadeará
ou não fogos sobre esse alvo.

6-10
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO VII

COMANDO E CONTROLE

7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

7.1.1 A capacidade de um GAC para prestar apoio de fogo eficaz depende, em


grande parte, da eficiência do seu Sistema de Comando e Controle (SC 2).

7.1.2 O Cmt de um GAC utiliza o comando e controle como sendo o exercício


de sua autoridade sobre as forças que lhe são subordinadas. Para isso, deve
ter um sistema de comunicações confiável, para controlar seus Elm Subrd,
obter dados, difundir conhecimentos e coordenar os fogos de sua unidade.

7.1.3 O “comando” tem por objetivo o cumprimento da decisão. Os resultados


obtidos, particularmente sobre o oponente ou sobre as forças adversas,
constituem o melhor indicador da eficácia do “comando”.

7.1.4 O “controle” tem por objetivo a eficácia do “comando”, ou seja, do


cumprimento da decisão. Corresponde, em última instância, à forma como as
ordens são cumpridas. Basicamente é exercido pelos integrantes do EM.

7.1.5 A responsabilidade pelas Com de uma U cabe, exclusivamente, ao Cmt,


que a exerce por meio do Oficial de Comunicações e Eletrônica (O Com Elt).

7.1.6 O O Com Elt prepara os planos e ordens de comunicações, aciona e


supervisiona a instalação, operação e manutenção do sistema de
comunicações do GAC, sendo, também, o responsável pela segurança desse
sistema no âmbito de sua U.

7.2 SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES

7.2.1 GENERALIDADES

7.2.1.1 Os Sistemas de Comunicações de Área (SCA), instalados, explorados e


mantidos pelas unidades da arma de Comunicações, são empregados pelas U
Art Cmp para ampliar seus sistemas de comunicações próprios e para prover
canais alternativos de Com.

7.2.2 SISTEMA TÁTICO DE COMUNICAÇÕES (Sis Tat C)

7.2.2.1 Destina-se a apoiar as necessidades de comando e controle dos


elementos subordinados e em apoio, com comunicações rápidas, precisas e
eficazes.
7-1
EB70-MC-10.360

7.2.2.2 Compreender o funcionamento do Sis Tat C é de grande importância,


pois permite um melhor entendimento de como as Com do GAC inserem-se no
contexto da manobra dos Esc Sp e, também, uma visualização de possíveis
alternativas de ligação em caso de necessidade.

7.2.2.3 A Figura 7-1 demonstra, visualmente, o esquema de um Sis Tat C da


DE.

7.2.2.4 Para que tal figura seja bem compreendida, alguns conceitos devem ser
abordados, conforme itens a seguir.

7.2.2.4.1 Centro Nodal (CN)


a) É um nó troncal do sistema, com a função central de trânsito, para onde
convergem todas as ligações e, por meio de enlaces de grande capacidade de
tráfego, ligam-se uns aos outros, proporcionando uma cobertura em
comunicações, em toda a Z Aç dos escalões DE e superiores.
b) Os CN são órgãos leves, veiculares, dotados de poucos meios (pessoal e
material), o que lhes possibilita desdobrarem-se em pequenas áreas do terreno
e realizarem rápidos deslocamentos.
c) Os meios de Com dos CN variam de acordo com a tecnologia disponível e
permitem realizar ligação automática, segura e imediata para qualquer ponto
da zona de ação dentro ou fora da zona de combate (ZC).

7.2.2.4.2 Os CN utilizam dois tipos de enlaces:


a) enlace de junção: enlace entre um CN e um Centro de Comunicações de
Comando (C Com Cmdo, estabelecido para atender às necessidades de um
PC ou escalão de posto de comando em meios de comunicações); e
b) enlace de rede: enlace entre dois CN.

7.2.2.4.3 Equipamento de Interface de Rede (EIR)


- O EIR é, na verdade, um Posto de Integração Rádio Fio (PIRF) e se liga com
os assinantes da Rede Rádio de Campanha.

7.2.2.4.4 Terminal de Acesso Móvel (TAM)


- Equipamento rádio utilizado em ligações de apoio. Em termos práticos, pode
funcionar como um telefone celular, caso se trate de rádio portátil.

7-2
EB70-MC-10.360

CN
XX
X P T X

CN X
(Z Reu)

XX CN
X
T T
Interface para o
SEC ou Sistema 20 km CN
(TAR)
Civil X
EIR

Legenda:
- Enlace de Junção
- Enlace de Rede
- Ligação com TAM
- Posto rádio fora do alcance do CN

Fig 7-1 – Representação do Sis Tat C de uma DE (exemplo)

7.2.3 SISTEMA DE COMUNICAÇÕES DE BDA

7.2.3.1 A Bda opera dois postos de comando que mantêm ligação com o GAC:
o posto de comando principal (PCP) e o posto de comando alternativo (PCA).

7.2.3.2 O Sis Com da Bda consiste na ligação direta entre o GAC, o PC Bda e
demais unidades sem a necessidade de centros nodais.

7.2.3.3 A Bda instala e explora o seu Sis Com, de acordo com o planejamento
de operação e das suas NGA Com, estabelecendo as seguintes ligações:
a) do PCP aos PC Elm Subrd;
b) do PCP à BLB, sempre que necessário; e
c) com os Esc Sp enquadrantes (DE e C Ex), conforme as ordens por eles
expedidas.

7.2.3.4 A Bda mantém comunicações com o escalão superior e os seus


vizinhos e pode estabelecer ligação com seus elementos subordinados através
da operação das redes externas e internas.

7-3
EB70-MC-10.360

7.2.3.5 O GAC participa das seguintes redes internas da Bda:


a) Rede Cmt Bda: participam dessa rede o Cmt Bda e todos os seus Cmt
subordinados. Pode operar a partir do PCP ou PC tático (PCT), dependendo de
onde o Cmt Bda se encontrar. Essa rede permite o contato direto do Cmt Bda
com seus Cmt subordinados.
b) Rede Op Bda: destinada ao comando e controle operacional dos elementos
subordinados da Bda.
c) Rede Intlg Bda: destinada a atender ao trâmite de dados e conhecimentos
de Inteligência da Bda e dos escalões superiores.
d) Rede Log Bda: destinada a atender o tráfego de mensagens logísticas da
Bda. Participam dessa rede o PCP e todos os demais elementos da Bda.

7.3 SISTEMA DE COMUNICAÇÕES DO GAC

7.3.1 O sistema de comunicações do GAC deve ser flexível, de modo a


responder, prontamente, a qualquer modificação da situação tática ou dos
elementos envolvidos na operação.

7.3.2 A fim de atender a essa demanda, o GAC conta com militares em frações
específicas para cumprir as missões de comunicações.

7.3.3 Na Bia C do GAC, existe 1 (uma) Seção de Comunicações (Sec Com),


composta por:
a) 1 (um) Grupo de Comando (Gp Cmdo); e
b) 1 (um) Grupo do Centro de Comunicações (Gp C Com).

7.3.4 Nas Bia O do GAC, há 1 (um) Grupo de Comunicações (Gp Com), o qual
fica atrelado à Seção de Reconhecimento, Comunicações e Observação (Sec
Rec Com Obs).

7.3.5 Os sistemas de comunicações devem satisfazer às necessidades


internas e externas do GAC.

7.3.6 São denominadas necessidades internas de comunicações os sistemas


destinados a responder às exigências das atividades no âmbito do GAC.

7.3.7 Os sistemas internos de comunicações devem dar ao Cmdo do GAC os


meios necessários ao desempenho das atividades de:
a) direção e controle de tiro;
b) controle tático e administrativo da unidade;
c) difusão de alarmes;
d) coordenação da topografia; e
e) obtenção de dados e difusão de conhecimentos de inteligência (Figura 7-2).

7-4
EB70-MC-10.360

CCAF/U
(O Lig)

Tu Rec (OA)

PC

LF PO

SU AT

Fig 7-2 – Ligações internas

7.3.8 São denominadas necessidades externas de comunicações os sistemas


destinados a manter as ligações com o Esc Sp e com as U vizinhas apoiadas
ou reforçadas, com a finalidade de receber dados e informações necessários
ao cumprimento da sua missão (Figura 7-3).

Fig 7-3 – Ligações externas

7.3.9 O sistema de comunicações externo visa a prover meios necessários à


execução das atividades de:
a) comunicações com a força apoiada;
b) comunicações com a unidade reforçada pelo fogo;
c) planejamento e coordenação do apoio de fogo;
d) recepção de alarmes;
e) controle tático e administrativo; e
f) obtenção e difusão de dados e conhecimentos de inteligência.

7-5
EB70-MC-10.360

Comunicações
Ligações Externas para Externas para
Missão Tática
Direção e Controle do Tiro Direção e Controle do
Tiro
Não há necessidades
Ap G Força (até o nível Btl). (somente Com
Internas).
Não há necessidades
Não há necessidades
Aç Cj (somente Com
específicas.
Internas).
Ligação com a Art que tem Art que tem os fogos
Aç Cj-Ref F
os fogos reforçados. reforçados.
Ligação com a Art que tem Art que tem os fogos
Ref F
os fogos reforçados. reforçados.
Ligação com a U apoiada
Ap Dto Unidade apoiada.
(até o nível Btl).
Quadro 7-1 – Quadro resumo das ligações e comunicações para direção e controle do tiro

Missão Tática Aç Aç Cj-


Ap G Ref F
Cj Ref F Ap Dto
(*) (**)
Rede (**) (**)
Cmt Bda X
Op Bda X
Log Bda X
Alarme da Bda X
Alarme da DE X X X X
X X
Tiro da AD X X X (*) (**)
(Nr 2) (Nr
(Nr 1 ou 2) (Nr 1) (Nr 1) (Nr 1 ou 2)
(Nr 1) *** 1)

Logística DE X X X

Cmdo Dire Tir da U X X


reforçada

AD X X X

Operações da AD X X X

Op U apoiada X (*) (**)


(*) GAC Org Bda/ (**) GAC Org (***)
Observações Subrd DE AD Eventualmente
Quadro 7-2 – Quadro resumo das ligações externas do GAC
7-6
EB70-MC-10.360

7.4 AS COMUNICAÇÕES RÁDIO NO GAC

7.4.1 O meio de comunicações rádio é o normalmente empregado na Art em


face das características de fluidez e mobilidade do combate (Figura 7-4).

X XX XXXX
4 2
CCAF CCAF ECAF ECAF

3 1

X XX
4 2

OA
C Op/ C Op/
C Tir/ GAC
AD Art C Ex
Org Bda
3

1 - Rede de Tiro Nr 1 da A CEx


2 - Rede de Tiro Nr 2 da A CEx
3 - Rede de Tiro Nr 1 da AD
4 - Rede de Tiro Nr 2 da AD
GAC/
AD

Fig 7-4 – Redes de tiro

7.4.2 O sistema de comunicações rádio emprega dois canais para sintonização


dos equipamentos. A rede de comando e direção de tiro do GAC utiliza o canal
"K", e a rede de tiro das Bia O, o canal "A" (A1, A2, A3 e A4 – este último,
somente no caso dos GAC quaternários).

7.4.3 O sistema fio tem sua utilização restrita aos circuitos locais das SU do
GAC, de acordo com a situação tática, podendo ser ampliado, caso a situação
seja estática e não prejudique a operacionalidade da U.

7.4.4 O Gp Com do C Com do GAC aciona e agiliza as comunicações,


utilizando, largamente, os meios informatizados.

7.4.5 É fundamental que sejam tomadas todas as medidas de segurança em


relação às transmissões no espectro eletromagnético, com a finalidade de
evitar a intervenção do inimigo.

7-7
EB70-MC-10.360

7.5 O SISTEMA RÁDIO NAS MUDANÇAS DE POSIÇÃO

7.5.1 A continuidade é o fundamento básico do apoio de fogo. O tempo em que


uma SU permanece fora de ação, nas mudanças de posição, deve ser o menor
possível.

7.5.2 Durante as mudanças de posição, nas quais avulta de importância o


sigilo, as Bia O devem utilizar as comunicações via rádio o mínimo possível,
pois as medidas de apoio de guerra eletrônica (MAGE) inimigas poderão ter
condições de descobrir a ação que está sendo realizada e, até mesmo,
localizar a nova posição.

7.5.3 Com isso, durante um ataque (coordenado ou de oportunidade), as


posições de troca devem ser preparadas, os itinerários de acesso balizados e
os guias (mensageiros) com bandeirolas devem procurar complementar as
necessidades de transmissão de mensagens para a coordenação e controle do
movimento.

7.5.4 O SISTEMA RÁDIO NOS PROCESSOS DE MUDANÇA DE POSIÇÃO


2-1 E 3-1

7.5.4.1 O GAC desloca-se, permanecendo em posição uma Bia O, a qual


constitui o 2º escalão (2º Esc).

7.5.4.2 As Bia O que mudam de posição sintonizam os seus rádios nas


frequências das respectivas redes de tiro (canal "A"). Assim, cada subunidade
controla o seu movimento por meio de redes rádio distintas.

7.5.4.3 Os OA e O Lig, então, utilizarão o canal "K" para os pedidos de tiro que
porventura se façam necessários.

7.5.4.4 Após a ocupação da nova posição, caso nela haja a necessidade de se


realizar uma regulação, a Bia O cumprirá a missão, utilizando a sua respectiva
rede de tiro.

7.5.4.5 A Bia O que permaneceu em posição sintoniza os seus rádios na rede


de comando e direção de tiro do GAC (canal "K"), para poder atender aos
pedidos de tiro dos OA e O Lig.

7.5.4.6 Após o pronto da nova posição, OA e O Lig retornam a sintonia dos


seus rádios para os respectivos canais "A".

7.5.4.7 A Bia O do 2º Esc desloca-se para a nova posição ainda no canal "K".

7-8
EB70-MC-10.360

7.5.5 O SISTEMA RÁDIO NOS PROCESSOS DE MUDANÇA DE POSIÇÃO


1-2 E 1-3

7.5.5.1 Uma Bia O desloca-se, permanecendo o GAC em posição, o qual


constitui o 2º Esc.

7.5.5.2 A Bia O que muda de posição sintoniza os seus rádios na frequência da


rede de comando e direção de tiro do GAC (canal "K"). Assim, essa SU
controla o seu movimento sem interferir na transmissão de missões de tiro, que
porventura sejam feitas através do seu respectivo canal "A".

7.5.5.3 Os OA e O Lig, em consequência, utilizarão os respectivos canais "A"


para os pedidos de tiro que sejam necessários.

7.5.5.4 Após a ocupação da nova posição, caso haja a necessidade de se


realizar uma regulação, a Bia O cumprirá a missão utilizando o canal "K".

7.5.5.5 As Bia O que permanecem em posição sintonizam os seus rádios nas


respectivas redes de tiro (canal "A"), para poderem atender aos pedidos de tiro
dos OA e O Lig.

7.5.5.6 Após o 1º Esc dar o pronto na nova posição, OA e O Lig sintonizam os


seus rádios no canal "K", e as Bia O do 2º Esc deslocam-se para as novas
posições nos respectivos canais "A".

7.5.6 O SISTEMA RÁDIO NOS PROCESSOS DE MUDANÇA DE POSIÇÃO


1-1-1 E 1-1-1-1

7.5.6.1 Uma Bia O desloca-se, permanecendo o restante do GAC em posição,


o qual constitui os 2º, 3º, até o 4º Esc.

7.5.6.2 Cada Bia O que muda de posição sintoniza os seus rádios na


frequência da rede de comando e direção de tiro do GAC (canal "K"). Assim,
cada SU controla o seu movimento sem interferir na transmissão de missões
de tiro que porventura sejam feitas através do seu respectivo canal "A".

7.5.6.3 Os OA e O Lig, consequentemente, utilizarão os respectivos canais "A"


para os pedidos de tiro que sejam necessários.

7.5.6.4 Após a ocupação da nova posição, caso haja a necessidade de se


realizar uma regulação, a Bia O cumprirá a missão utilizando o canal "K".

7.5.6.5 As Bia O que estão em posição (inicial ou de manobra) sintonizam os


seus rádios nas respectivas redes de tiro (canal "A"), para poderem atender
aos pedidos de tiro dos OA e O Lig.

7-9
EB70-MC-10.360

7.5.7 O SISTEMA RÁDIO NO PROCESSO DE MUDANÇA DE POSIÇÃO 2-2

7.5.7.1 O GAC desloca-se, permanecendo em posição duas Bia O, as quais


constituem o 2º Esc.

7.5.7.2 As baterias de obuses que mudam de posição sintonizam os seus


rádios na frequência da rede de comando e direção de tiro do GAC (canal K).
Assim, essas SU controlam os seus movimentos sem interferir na transmissão
de missões de tiro que porventura sejam feitas por meio do seu respectivo
canal A.

7.5.7.3 Os OA e O Lig, consequentemente, utilizarão os respectivos canais "A"


para os pedidos de tiro que sejam necessários.

7.5.7.4 Após a ocupação da nova posição, caso haja a necessidade de se


realizar uma regulação, as Bia O cumprirão a missão utilizando o canal "K".

7.5.7.5 As Bia O que estão em posição (inicial ou de manobra) sintonizam os


seus rádios nas respectivas redes de tiro (canal "A"), para poderem atender
aos pedidos de tiro dos OA e O Lig.

7.5.8 O SISTEMA RÁDIO NO PROCESSO DE MUDANÇA DE POSIÇÃO POR


GRUPO

7.5.8.1 O GAC desloca-se como um todo, e o GAC que reforça seus fogos
permanece em posição.

7.5.8.2 Ambos os GAC não alteram suas redes de comunicação, ficando o


trabalho de sintonia dos rádios a cargo dos OA e O Lig de cada GAC, de
acordo com o movimento do Grupo a que pertencem.

7.5.8.3 Os OA e O Lig do GAC que sai de posição sintonizam seus rádios no


canal “K” do GAC que permanece em posição para eventuais pedidos de tiro.

7.5.8.4 Após a ocupação da nova posição, os OA e O Lig sintonizam os seus


rádios nas redes de tiro das Bia O (canal "A") originais, para realizar seus
pedidos de tiro.

7.5.8.5 O GAC que estava em posição (inicial ou manobra) inicia o seu


movimento, e os OA e O Lig do GAC que, agora, sai de posição sintonizam
seus rádios no canal “K” do GAC que já ocupou nova posição, para eventuais
pedidos de tiro, seguindo os mesmos procedimentos anteriormente citados.

7-10
EB70-MC-10.360

7.6 A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE DE GUERRA ELETRÔNICA NAS


ATIVIDADES E TAREFAS DO GAC

7.6.1 Em ambiente de Guerra Eletrônica (GE), o inimigo contará com meios de


destinados a obter informações sobre o combate, tais como detectores de
anomalias, meios de varredura, localizadores de emissão ou radiação, radares
de contrabaterias e receptores de alarme contra radar. Esses meios de busca
de alvos (BA) certamente estarão interligados aos modernos sistemas de C 2,
totalmente automatizado.

7.6.2 É vital para o GAC neutralizar o comando e controle e os meios de busca


de alvos inimigos nos primeiros minutos de combate. Contudo, dificilmente ele
conseguirá anular em 100% a capacidade de busca de alvos e comando e
controle do oponente. Assim, o Grupo deverá adotar medidas e procedimentos
para se proteger dos meios de contrabateria remanescentes.

7.6.3 Tais procedimentos recaem basicamente no desdobramento do GAC no


terreno, na forma como cumprirá suas missões de tiro e, principalmente, nas
medidas de proteção de seu Sistema de Comunicações. O S-2 e o Of Com são
os responsáveis pelo planejamento e execução das medidas de proteção
eletrônica (MPE) a serem adotadas.

7-11
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO VIII

PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS NO GAC

8.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

8.1.1 O fogo é um dos principais meios de que dispõe o Cmt para intervir no
combate.

8.1.2 A importância do planejamento e da coordenação de fogos reside na


necessidade de haver regras e procedimentos que visem a evitar o fratricídio e
a ampliar a eficiência do Ap F aos elementos de combate.

8.1.3 Para cumprir sua missão com o máximo rendimento, os sistemas de


fogos aplicam um minucioso processo de planejamento e coordenação,
possibilitando a sincronização dos seus meios com a manobra, desde os
escalões de emprego tático até os mais elevados níveis de comando,
resultando na consciência situacional para o processo de apoio.

8.1.4 As atividades de planejamento e coordenação de fogos são


complementares, estão intimamente relacionadas e exigem um trabalho
contínuo de atualização.

8.2 PLANEJAMENTO DE FOGOS

8.2.1 GENERALIDADES

8.2.1.1 O processo de planejamento do apoio de fogo deve considerar todos


os sistemas de armas superfície-ar, ar-superfície e superfície-superfície
disponíveis, compostos de armas de tiro tenso, morteiros, Artilharia, fogos
aéreo e naval, que incluem capacidades letais e não letais, sendo uma
atividade claramente conjunta.

8.2.1.2 Para esse fim, além do emprego das armas disponíveis para prestar o
apoio de fogo cinético, também devem-se considerar os atuadores não
cinéticos, como as operações psicológicas, a guerra cibernética, a guerra
eletrônica e operações de apoio à informação, quando empregados com a
finalidade de causar baixas ou danos às estruturas inimigas.

8-1
EB70-MC-10.360

8.3 PLANEJAMENTO DOS FOGOS NO GAC

8.3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

8.3.1.1 O planejamento de fogos de apoio do GAC, em termos objetivos, tem


início quando o Cmt do escalão de combate apoiado (Bda, DE ou C Ex) toma
sua decisão e, em decorrência, baixa suas diretrizes para o Ap F.

8.3.2 RESPONSABILIDADES

8.3.2.1 Os GAC que prestam o apoio cerrado aos elementos de manobra


elaboram seus planos de fogos baseados nas necessidades e nos pedidos
das unidades apoiadas.

8.3.2.2 As Bia O com a missão tática de Ap Dto ou em situação de comando


de Ref elaboram seus próprios planos de fogos, baseados nas necessidades
e nos pedidos de Ap F dos elementos apoiados.

8.3.2.3 Os fogos do GAC com a missão tática de Ref F são planejados pela
unidade de Artilharia reforçada.

8.3.2.4 Os fogos do GAC com a missão tática de Aç Cj são planejados pelo


Cmdo Art enquadrante.

8.3.2.5 Os fogos do GAC com a missão tática de Aç Cj-Ref F são planejados


pelo comando superior, podendo ser distribuídos, na totalidade ou em parte, à
U Art que tem os fogos reforçados.

8.3.2.6 Na fase do planejamento, cabe ao CCAF/ECAF do escalão superior:


planejar e coordenar o apoio de fogo sobre alvos terrestres, assessorar o
comandante sobre o emprego dos meios de apoio de fogo disponíveis e
facilitar o engajamento dos alvos inopinados, ações consolidadas na
confecção do PFA.

8.3.2.7 Na Bda, o Plano de Fogos de Artilharia (PFA) é preparado na C Tir do


GAC, seguindo as instruções do Cmt da força ao qual está subordinado e
mediante coordenação. Normalmente, o GAC orgânico da AD ou da A CEx
não confecciona o PFA, cabendo ao C Op das AD ou da A CEx esse encargo.

8.3.2.8 No CCAF/Bda, o oficial de ligação de Artilharia (O Lig Art) prepara e


encaminha à central de tiro do GAC o Plano Provisório de Apoio de Artilharia
(PPAA) à Bda, que pode conter alvos impostos pelo escalão superior, alvos
solicitados pelo comando da brigada ou também alvos oriundos do C Op/AD.

8-2
EB70-MC-10.360

8.3.3 DIRETRIZES E DOCUMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PFA

8.3.3.1 As diretrizes de fogos são estabelecidas pelo comandante da força,


após a análise da missão, e disseminadas via canal técnico. Elas serão
utilizadas pelo oficial de operações do GAC, pelos oficiais de ligação e pelos
observadores avançados, antes da confecção da ordem de operações, para
permitir o início do planejamento dos fogos e a confecção dos documentos
necessários.

8.3.3.2 Constarão nas diretrizes recebidas:



a) os alvos altamente compensadores (AAC);
b) as prioridades de fogos;
c) as listas de alvos sensíveis, restritos e proibidos;
d) as tarefas essenciais de apoio de fogo (TEAF) para cada fase da manobra; e
e) as prescrições para o planejamento de fogos da operação.

8.3.3.3 As tarefas essenciais de apoio de fogo (TEAF) são definidas pelo Cmt
Bda e seu CAF, durante o exame de situação, para cada fase da manobra.

8.3.3.4 O S-3 é o responsável pela preparação, publicação e distribuição do


PFA.

8.3.3.5 A confecção do PFA no GAC obedece à seguinte sequência básica:


a) locar as unidades de tiro e seus respectivos setores;
b) preencher a lista de alvos com as concentrações recebidas das diversas
fontes;
c) locar as concentrações;
d) eliminar as duplicações;
e) determinar as unidades de tiro que devem bater cada alvo;
f) preparar as tabelas de apoio de fogo de Artilharia para os alvos e os fogos
que devem ser desencadeados de acordo com um horário, contendo, por
exemplo, os fogos: da preparação; da contrapreparação; das séries de
concentrações; e dos grupos de concentrações, que são dispostos em uma
tabela de apoio de fogo;
g) preparar a parte escrita do plano; e
h) submeter o plano ao CCAF/Bda e ao Cmt Bda para aprovação.

8.3.3.6 O fluxo de planejamento dos fogos do GAC é detalhado no manual


EB70-MC-10.346 Planejamento e Coordenação de Fogos.

8.4 COORDENAÇÃO DO APOIO DE FOGO

8.4.1 A coordenação na execução dos fogos visa a obter o melhor rendimento


possível dos meios disponíveis, por meio da integração dos fogos com a
manobra.

8-3
EB70-MC-10.360

8.4.2 Assim como o planejamento, a coordenação de fogos é um processo


contínuo que tem por objetivo a aplicação, com segurança, do esforço
apropriado do apoio de fogo, no momento oportuno, para a obtenção dos
efeitos desejados sobre os alvos.

8.4.3 A coordenação do apoio de fogo é detalhada no manual EB70-MC-


10.346 Planejamento e Coordenação de Fogos.

8.5 PEDIDO DE FOGO ADICIONAL

8.5.1 O GAC orgânico de Bda poderá solicitar fogo adicional à AD.

8.5.2 A C Tir do GAC envia o pedido de fogo adicional ao CCAF/Bda para os


alvos situados além do alcance do GAC ou que não possam ser eficientemente
batidos.

8.5.3 O CAF da Bda remeterá o pedido ao ECAF/DE, que encaminhará ao


C Op/AD.

8.5.4 Os pedidos de fogo adicional deverão ser elaborados via mensagem,


contendo:
a) identificação: codinome do GAC que solicitou o pedido;
b) ordem de alerta: missão de tiro;
c) localização do alvo: coordenadas do alvo;
d) volume de fogo: fogo adicional;
e) designação da concentração: número da concentração; e
f) controle: poderá ser por fogos de ajustagem ou fogos de eficácia.

8.5.5 O E-3 da AD encaminhará a mensagem resposta para a C Tir do GAC


que solicitou o pedido, após realizar a análise do alvo e decidir quanto às
unidades a empregar, aos efeitos desejados e ao modo de bater o alvo.

8.6 EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS

8.6.1 O Centro de Operações do GAC (C Op GAC) é o órgão responsável pela


execução do planejamento e coordenação de fogos. Sua estrutura deve ser
compatível com a existente no CCAF do escalão ao qual o GAC estiver
subordinado.

8.6.2 A exemplo do CCAF, o C Op GAC deve possuir pessoal de operações,


de informações sobre os alvos e de análise de alvos. Esses elementos devem
possuir estreita ligação como CCAF do escalão superior, a fim de permitir que
o GAC realize o planejamento de fogos em coordenação com os elementos de
manobra e processe os pedidos de tiro, com rapidez, durante a condução das
operações.

8-4
EB70-MC-10.360

8.6.3 Para que haja rapidez na troca de informações relativas ao apoio de fogo,
o CCAF e o C Op GAC devem estabelecer ligações que utilizem meios
automatizados com dados comuns entre si. No C Op GAC, essa atividade fica
a cargo do C Com.

8.6.4 Os documentos produzidos pelo C Op GAC, no planejamento de fogos,


devem ser transcritos em sistemas informatizados que ofereçam consciência
situacional e proporcionem rapidez na tomada de decisão, Logo, os produtos
do PAF confeccionados pelo S-2 (lista de alvos e calco de alvos) e pelo S-3
(calco de operações, plano de emprego de Artilharia, matriz de apoio de fogo e
medidas de coordenação de apoio de fogo) que compõem a carta de situação
devem ser compartilhados com o CAF do escalão superior por meio desses
sistemas.

8.6.5 O C Op GAC deve ser capaz de integrar as atividades de controle tático


da direção de tiro, a cargo do S-3, e o controle técnico da direção de tiro, sob
responsabilidade do Ajunto do S-3. Para tanto, as instalações de Comando e
da Central de Tiro devem realizar os trabalhos de planejamento e coordenação
de fogos de forma integrada, aliando as necessidades táticas de apoio de fogo
dos elementos de manobra às possibilidades técnicas da Artilharia.

8-5
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO IX

APOIO LOGÍSTICO NO GAC

9.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

9.1.1 A Logística tem papel fundamental para o sucesso das operações


militares. Deve ser planejada e executada desde o tempo de paz, estar
sincronizada com as ações planejadas e assegurar que os recursos sejam
disponibilizados a todos os níveis apoiados.

9.1.2 A Logística deve ser concebida para atender às operações, em situações


de guerra e não guerra, com uma estrutura capaz de evoluir de uma situação
de paz para a de guerra/conflito armado. Para tanto, sua organização será́
pautada pela Flexibilidade, Adaptabilidade, Modularidade, Elasticidade e
Sustentabilidade (FAMES).

9.1.3 A “logística na medida certa” consiste em configurar o apoio logístico, de


acordo com cada situação. Assim, a amplitude do espaço de batalha, bem
como a necessidade de apoio às forças localizadas em outros espaços, como
zona de interior (ZI) e território nacional (TN), pode vir a exigir a
descentralização seletiva de recursos.

9.1.4 Assim, a concepção da logística militar terrestre deve ter como


premissas: a gestão das informações, distribuição, precisão e presteza do ciclo
logístico e a capacitação continuada dos recursos humanos.

9.1.5 FUNÇÕES LOGÍSTICAS NO GAC

9.1.5.1 Função logística é definida como a reunião, sob uma única designação,
de um conjunto de atividades logísticas afins, correlatas ou de mesma
natureza.

9.1.5.2 As funções logísticas dividem-se em:


a) suprimento;
b) manutenção;
c) transporte;
d) engenharia;
e) recursos humanos;
f) saúde; e
g) salvamento.

9-1
EB70-MC-10.360

9.1.6 RESPONSABILIDADES

9.1.6.1 Comandante do GAC

9.1.6.1.1 É responsável pelo apoio logístico aos elementos orgânicos do seu


Grupo e aos que estiverem em reforço a este.

9.1.6.1.2 O S-1 e o S-4 são os principais assessores do Cmt nos assuntos de


apoio logístico. Para isso, planejam, coordenam e supervisionam, dentro da
sua área, as atividades logísticas no âmbito do GAC.

9.1.6.2 Órgãos de Execução

9.1.6.2.1 O apoio logístico no GAC é executado pela Seção Logística da Bia C,


que tem as seguintes missões:
a) receber da Base Logística do comando apoiado e distribuir todas as classes
de Sup para as Bia do Grupo;
b) manter registros adequados de Sup;
c) executar a manutenção orgânica, exceto aquela de responsabilidade das
demais SU;
d) organizar a área de trens do GAC (AT/GAC); e
e) coordenar as atividades ligadas à área de pessoal.

9.1.6.2.2 Baterias de Obuses


a) A Seção de Comando das Bia O executa as atividades de apoio logístico,
nas subunidades.
b) Os Grupos de Remuniciamento das Bia O, quando necessário,
complementam o trabalho do Grupo de Remuniciamento da Seção Logística da
Bia C no tocante ao transporte de munição.

9-2
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9.1.7 ORGANOGRAMA DA BIA C

Fig 9-1 – Organograma da Bia C

9.2 LIGAÇÕES LOGÍSTICAS

9.2.1 O S-4 é o elemento básico das ligações logísticas de um GAC com o E4


do comando apoiado. Cabe ao oficial de logística do GAC levantar as
necessidades do Grupo, providenciar os pedidos e orientar a distribuição dos
suprimentos.

9.2.2 Para execução das tarefas de apoio logístico, o S-4 de GAC orgânico de
uma GU liga-se, principalmente, ao Batalhão Logístico (B Log) da Bda.

9.2.3 Os GAC que integram a A CEx ou AD ligam-se, diretamente, com os


grupamentos logísticos do C Ex ou DE, respectivamente.

9-3
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9.3 ATIVIDADES LOGÍSTICAS

9.3.1 GENERALIDADES

9.3.1.1 Atualmente, a F Ter dispõe de três processos de distribuição de


suprimentos:
a) Distribuição na Unidade;
b) Distribuição por Processos Especiais; e
c) Distribuição na Instalação de Suprimento.

9.3.1.2 Distribuição na Unidade – é o processo em que uma base logística leva


o suprimento até a organização apoiada com seus meios de transporte, da
retaguarda para os pontos mais à frente da zona de ação. As cargas
destinadas aos consumidores finais são customizadas, evitando-se
manipulação por órgãos intermediários ao longo da cadeia.

9.3.1.3 Distribuição por Processos Especiais – é o processo organizado pelo


escalão que apoia para atender às necessidades específicas de uma força em
operações, com seus próprios meios ou outros recebidos do escalão superior.
Pode ocorrer por meio de comboio especial, posto de suprimento móvel,
reserva móvel e suprimento por via aérea, considerando-se, para sua
execução, a segurança dos recursos e a disponibilidade de meios de
transporte.

9.3.1.4 Distribuição na Instalação de Suprimento – é o processo por meio do


qual a organização apoiada vai até a organização logística apoiadora receber o
suprimento, empregando seus próprios meios.

9.3.1.5 Normalmente, dos três processos de distribuição de suprimentos


disponíveis, a F Ter utiliza a distribuição na unidade.

9.3.1.6 Os processos especiais de suprimento serão amplamente utilizados em


operações de movimento, quando se deve ter especial atenção com a
possibilidade de interrupção do fluxo de suprimento.

9.3.1.7 O processo de distribuição na instalação de suprimento será utilizado,


excepcionalmente, quando a situação tática exigir, de modo a não onerar a
organização apoiada com encargos logísticos de transporte até posições à
retaguarda de sua zona de ação.

9.3.2 FUNÇÃO LOGÍSTICA SUPRIMENTO

9.3.2.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades que trata da


previsão e provisão de todas as classes de suprimentos, necessários às
organizações e às forças apoiadas.

9-4
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9.3.2.2 Tem como atividades o levantamento das necessidades, a obtenção


e a distribuição.

9.3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SUPRIMENTOS

9.3.3.1 Sistema de Classificação Militar – agrupa os itens de suprimento em


classes, conforme a finalidade de emprego. É utilizado nas fases iniciais dos
planejamentos logísticos e na simplificação de instruções e planos.

9.3.3.2 Em consonância com o MD, na F Ter, são adotadas dez classes de


suprimento, conforme descrito no Quadro 9-1.

CLASSE DESCRIÇÃO

I Subsistência, incluindo ração animal e água.

Intendência, englobando fardamento, equipamento, móveis,


utensílios, material de acampamento, material de expediente,
II material de escritório e publicações. Inclui vestuário específico
para Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear
(DQBRN).

III Combustíveis, óleos e lubrificantes (sólidos e a granel).

IV Construção, incluindo equipamentos e materiais de fortificação.

Armamento e munição (inclusive DQBRN), incluindo foguetes,


V mísseis, explosivos, artifícios pirotécnicos e outros produtos
relacionados.

VI Engenharia e cartografia.

Tecnologia da informação, comunicações, eletrônica e


VII informática, incluindo equipamentos de imageamento e de
transmissão de dados e voz.

VIII Saúde (humana e veterinária), inclusive sangue.

IX Motomecanização, aviação e naval. Inclui material para DQBRN.

Materiais não incluídos nas demais classes, itens para o bem-


X
estar do pessoal e artigos reembolsáveis.
Quadro 9-1 – Classes de suprimento
9-5
EB70-MC-10.360

9.3.4 SUPRIMENTO CLASSE I (SUBSISTÊNCIA)

9.3.4.1 Ração

9.3.4.1.1 Ração é a quantidade de alimento e água necessários para manter


um homem ou animal por determinado período, normalmente um dia.

9.3.4.1.2 A ração operacional é uma composição de itens desidratados


(refrescos, bebidas quentes), liofilizados (macarrão instantâneo, risotos),
termoprocessados (comida esterilizada, cozida, pronta para consumo),
acessórios e outros complementos industrializados, como doces e biscoitos.

9.3.4.1.3 O GAC utiliza basicamente três tipos de ração:


a) R1: ração quente, a ser preparada pelas Bia em suas cozinhas;
b) R2 (ração operacional de combate): destina-se à alimentação de um
homem, durante 24 horas, em situações de campanha. Será consumida em
combates, deslocamentos, marchas ou quando a situação tática não permitir o
emprego de ração R1. Cada unidade completa será composta por 4 (quatro)
refeições: desjejum, almoço, jantar e ceia; e
c) R3 (ração operacional de emergência): destina-se à alimentação de um
homem em situações de campanha por 12 horas. Cada unidade completa será
composta por 2 (duas) refeições: desjejum/ceia; almoço/jantar.

9.3.4.2 Levantamento das Necessidades de Sup Cl I

9.3.4.2.1 É feito diariamente pelo S-4. Baseia-se nos seguintes dados a seguir.
a) Ração R1: efetivo existente, fornecido pelo S-1, em horário preestabelecido.
b) Ração R2 e R3: desfalque na reserva orgânica (ração R2 para o efetivo
previsto em QO) e na ração de emergência (R3), obtido com a apresentação,
pelas Bia, em hora predeterminada, da situação do suprimento.

9.3.4.3 Obtenção de Sup Cl I

9.3.4.3.1 Realiza-se por meio de três tarefas distintas: pedido, recebimento e


transporte.

9.3.4.3.2 Pedido
a) Normalmente, não é feito para consumo diário, pois o Esc Sp fornece com
base no efetivo existente que consta no SUDIPE, confeccionado pelo S-1.
b) O S-4 poderá fazer um pedido eventual nas seguintes situações:
- necessidade de recomposição da reserva orgânica (ração R2);
- necessidade de recomposição do número de rações de emergência (ração
R3), com base no efetivo existente; e
- necessidade de, periodicamente, reajustar a quantidade de rações R1, pois,
na prática, não há coincidência entre o número de rações pedidas e o efetivo
existente no momento. A Ordem de Apoio Logístico do Esc Sp estabelecerá a
frequência desse pedido eventual.

9-6
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9.3.4.3.3 Recebimento e Transporte


a) O GAC recebe o Sup no seu Posto de Distribuição (P Distr) Cl I na AT.
b) O transporte fica a cargo do elemento logístico apoiador (B Log, no caso de
GAC de Bda).

9.3.4.4 Distribuição de Sup Cl I

9.3.4.4.1 O GAC distribui o Sup Cl I às Bia de duas maneiras:


a) diretamente nas AT SU, ficando o transporte a cargo da Turma de
Suprimento (Tu Sup) da Sec Log da Bia C; ou
b) no P Distr Cl I do GAC, na AT. Nesse caso, o transporte é de
responsabilidade da Bia consumidora. O loteamento é feito no P Distr do GAC,
pela Tu Sup.

9.3.4.5 Armazenagem de Sup Cl I

9.3.4.5.1 O GAC não armazena suprimento, apenas conduz sua reserva


orgânica. Realiza o seguinte escalonamento de rações:
a) ração R1: de 2/3 a 1 e 2/3 das rações, para o efetivo existente no GAC, nas
cozinhas das Bia;
b) ração R2: (1) nas Bia: 1 (uma) ração, para o efetivo previsto da SU; (2) na
AT GAC: 1 (uma) ração, para o efetivo previsto da unidade; e
c) ração R3: cada homem transporta uma consigo, consumindo mediante
ordem.

9.3.5 SUPRIMENTO CLASSE III (COMBUSTÍVEIS, ÓLEOS E


LUBRIFICANTES)

9.3.5.1 Combustível

9.3.5.1.1 Normalmente, a GU e a DE recebem do C Ex um crédito de


combustível para determinado período. Esse crédito é repartido pelas
unidades, levando-se em conta suas necessidades anteriormente estimadas, e
pode ser fixado em litros por período ou litros por dia.

9.3.5.1.2 Exceto em caso de emergência, é necessária a permissão do


comando superior para que qualquer unidade consuma além do crédito
estabelecido. O suprimento de classe III não consumido no período não é
acumulado para o período seguinte.

9.3.5.2 Levantamento das Necessidades de Sup Cl III

9.3.5.2.1 O S-4 é o responsável pelo levantamento diário das necessidades do


GAC. Para isso, ele se baseia em dois fatores:
a) o estoque existente (consolidação das informações das SU); e
b) a estimativa de consumo para o período (normalmente 24 horas).

9-7
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9.3.5.2.2 Quando está prevista a execução de um movimento de grandes


proporções, ou quando ordenado pelo Esc Sp, o S-4 faz a estimativa para o
movimento considerado ou para o período determinado, ligando-se com o S-3.

9.3.5.2.3 Estoque existente – é a dotação orgânica de combustível do Grupo,


abatida da quantidade de suprimento correspondente aos recipientes vazios. A
dotação orgânica do GAC resulta do somatório das seguintes parcelas:
a) capacidade das viaturas-cisternas;
b) capacidade dos reservatórios das viaturas orgânicas;
c) capacidade dos camburões orgânicos; e
d) capacidade dos vasilhames das cozinhas das Bia.

9.3.5.2.4 Cálculo de consumo de combustível – é realizado em função da


unidade de carburante, distância a percorrer e condições do itinerário.

9.3.5.2.5 Unidade de carburante (UC) – entende-se UC de Bda, Btl ou Cia


como sendo a quantidade de combustível necessária para que todas suas
viaturas percorram a distância de 100 Km por estrada em boas condições
técnicas. A UC de um elemento de marcha pode ser de gasolina e óleo diesel,
e seu valor consta nos dados médios de planejamento.

9.3.5.2.6 Cálculos – o combustível necessário a uma marcha motorizada


corresponde aos consumos no deslocamento adicional e por perdas.

9.3.5.2.7 Consumo no deslocamento – abrange o consumo da marcha


efetuada por estrada e através do campo.

9.3.5.2.8 Consumo por estrada (Ce) – quando as viaturas aproveitam


integralmente a rede de estradas e consomem uma UC a cada 100 Km de
percurso. O consumo é calculado através da fórmula abaixo, onde Ee é o
percurso de marcha e Ce é a estimativa de consumo por estrada:

9.3.5.2.9 Consumo através do campo (Cc) – quando as viaturas deslocam-se


através do campo ou por estradas em precárias condições técnicas, seu
consumo é igual a 2,5 vezes o consumo por estrada. O consumo é obtido por
meio da fórmula que se segue, onde Ec é o percurso de marcha e Cc é a
estimativa de consumo através do campo:

9-8
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9.3.5.2.10 Consumo no deslocamento (Cd) – corresponde à soma dos


consumos por estrada e através do campo:

9.3.5.2.11 Consumo adicional (Ca) – corresponde à necessidade diária para


diversos fins, tais como: movimentos de viaturas no interior do estacionamento,
reconhecimentos, aquecimentos de motores etc. Esse consumo é muito
influenciado pela natureza das operações, terreno e condições meteorológicas.
Essa parcela é calculada estando a tropa em combate ou em marcha. A
estimativa corresponde à necessidade de deslocamento de todas as
viaturas por uma distância de 15 Km, como visto na fórmula seguinte, onde
Ca é o consumo adicional:

9.3.5.2.12 Consumo por perdas (Cp) – esta parcela corresponde às perdas por
evaporação, derramamentos e acidentes com viaturas. Só é calculada nas
marchas na zona de combate (ZC). Seu valor é igual a 10% da soma dos
consumos no deslocamento por estrada e adicional, como visto na fórmula
abaixo, onde Cp é o consumo por perdas:

9.3.5.2.13 Consumo da marcha (Cm) – corresponde à soma dos consumos no


deslocamento, adicional e por perdas, como visto na fórmula que se segue,
onde Cm é o consumo de combustível para realizar a marcha:

9.3.5.3 Obtenção de Sup Cl III

9.3.5.3.1 Realiza-se por meio de três tarefas distintas: pedido, recebimento e


transporte.

9.3.5.3.2 Pedido
a) O GAC envia ao B Log (ou a outro elemento apoiador determinado pelo Esc
Sp, no caso de o Grupo estar diretamente subordinado à Art G Cmdo Op) um
Relatório Diário de Situação, indicando a quantidade de Sup existente em suas

9-9
EB70-MC-10.360

viaturas-cisternas e faz uma estimativa para o período seguinte (normalmente


24 horas).
b) O Relatório Diário de Situação equivale ao pedido de Sup Cl III.

9.3.5.3.3 Recebimento e Transporte


a) O B Log transporta o Sup Cl III até o P Distr Sup Cl III, na AT do GAC, onde
se faz a troca das viaturas-cisternas ou o enchimento das Vtr do Grupo.
b) Quando a AT do GAC estiver localizada dentro da base logística, ocorrerá
um encargo maior de transporte para o GAC, uma vez que após o Sup lhe ter
sido entregue, cabe a ele, utilizando viaturas próprias, a responsabilidade dos
transportes subsequentes. Nesse caso, é normal que o GAC apanhe o
suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no P Distr Cl III, evitando
baldeação desnecessária no interior da base logística.

9.3.5.4 Distribuição de Sup Cl III

9.3.5.4.1 No GAC, é adotado o reabastecimento das viaturas nas AT/SU. Além


disso, as viaturas-cisternas podem realizar o abastecimento das viaturas das
linhas de fogo nas posições de espera.

9.3.5.5 Armazenagem de Sup Cl III

9.3.5.5.1 Normalmente, o GAC não armazena combustível.

9.3.6 SUPRIMENTO CLASSE V (MUNIÇÕES)

9.3.6.1 Munições

9.3.6.1.1 As características físicas da munição de Artilharia, as quantidades


exigidas para o cumprimento das missões e a influência que têm nas
operações táticas justificam a importância que é dada, no GAC, aos trabalhos
com essa classe de suprimento.

9.3.6.1.2 Definições
a) Dotação orgânica (DO) – é a quantidade de munição, expressa em tiros por
arma, transportada por uma unidade e constante do QO. Inclui a munição
conduzida pelos homens e a transportada nas viaturas tratoras e nas Vtr da
seção e turmas de remuniciamento.
- A DO do GAC pode ser alterada pelo Esc Sp quando os meios de
transporte do Grupo sofrerem modificações ou quando as características das
operações o exigirem.
- A Qnt de Mun que constitui a DO é, normalmente, reservada para
emergências. Ela garante ao GAC a Mun suficiente para iniciar o combate e
sustentá-lo até que o Remn possa ser feito.
- O GAC deve manter sua DO sempre completa e pronta para ser utilizada. O
sistema de Remn, por sua vez, também está baseado nesse princípio:

9-10
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manter a DO sempre completa, podendo o Sup ser antecipado, simultâneo


ou posterior ao consumo.
b) Munição disponível – é a quantidade de munição, expressa em tiros por
arma e por dia, que é creditada ao GAC pelo Esc apoiador.
c) Munição necessária – é a quantidade de munição, expressa em tiros por
arma, prevista como necessária para consumo nos diferentes tipos de
operação. Geralmente, sua estimativa é feita com base na experiência de
combate, por períodos de 24 horas.
d) Munição para consumo imediato – é a quantidade de munição, expressa em
tiros por arma, que o GAC pode ter na posição, além da DO. A munição para
consumo imediato deve ser consumida nas 24 horas que se seguirem ao seu
recebimento. Em princípio, ela deve ser igual à munição necessária para as
próximas 24 horas. O recebimento dessa munição permitirá ao GAC cumprir
suas missões sem utilizar a DO, conservando-a completa. Por outro lado,
qualquer Qnt de Mun que exceda a DO prejudica a mobilidade do Grupo –
dependendo da Qnt, pode ser até mesmo impossível o transporte desse
excesso. Por isso, o Grupo somente poderá possuir essa Mun com a
autorização do Esc Sp.

9.3.6.1.3 O sistema de remuniciamento deve possibilitar o suprimento de


munição ao Grupo da maneira mais rápida e simples possível.

9.3.6.1.4 O recebimento da munição no Posto de Remuniciamento (P Remn)


da AT do GAC se faz mediante a Requisição de Munição, na qual consta, em
local apropriado: “recompletar a dotação orgânica” ou “consumo imediato”. A
nota “consumo imediato” significa que a munição deve ser consumida nas 24
horas que se seguirem ao recebimento no P Remn.

9.3.6.1.5 O GAC somente pode receber munição com antecedência maior que
24 horas com a autorização do Esc Sp, considerando o que estava previsto no
Plano de Remuniciamento do Grupo.

9.3.6.1.6 O GAC, portanto, pode possuir, provisoriamente, quantidade de


munição superior à sua DO. Esse excesso deve ser justificado, pois qualquer
munição que ultrapasse a dotação orgânica prejudica a mobilidade do Grupo,
determinando, às vezes, o abandono dela.

9.3.6.1.7 Assim, em casos excepcionais, o Cmt do GAC pode ordenar a


“sobrecarga”, para o transporte do excesso de munição, o que significa
autorização para que a unidade transporte, além da DO, até 30% da sua
capacidade de remuniciamento.

9.3.6.1.8 Para evitar esse excesso, normalmente, o suprimento é feito após o


consumo.

9-11
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9.3.6.2 Levantamento das Necessidades de Sup Cl V

9.3.6.2.1 Esse levantamento resulta da soma de dois fatores:


a) a munição para “recompletar a dotação orgânica” (DO); e
b) a munição para “consumo imediato”.

9.3.6.2.2 Dessa forma, o S-4, assessorado pelo Oficial de Munições (O Mun),


levanta a necessidade do GAC e informa à GU (ou ao G Cmdo Op), por meio
da Requisição de Munição.

9.3.6.2.3 A GU (ou G Cmdo Op) estima a quantidade de munição necessária


para cada operação e informa ao escalão apoiador imediatamente superior.

9.3.6.2.4 Esse escalão apoiador, por sua vez, de posse das estimativas das
GU e G Cmdo Op, bem como da quantidade de munição colocada à sua
disposição, estabelece o crédito de munição disponível para cada uma delas.

9.3.6.3 Obtenção de Sup Cl V

9.3.6.3.1 Realiza-se por meio de três tarefas distintas: pedido, recebimento e


transporte.

9.3.6.3.2 Pedido
a) O GAC envia ao B Log (ou a outro elemento apoiador determinado pelo Esc
Sp, no caso de o Grupo estar diretamente subordinado à AD ou A CEx) uma
Requisição de Munição correspondente à necessidade de munição, por
período (normalmente 24 horas), para “recompletar a dotação orgânica” ou
para “consumo imediato”.
b) A Requisição de Munição equivale ao pedido de Sup Cl V (Mun).
c) No preenchimento da Requisição de Munição, especial importância deve ser
dada ao campo “Instruções para o Transporte”, no qual constará, no mínimo, o
local e horário previstos para o recebimento do Sup Cl V – normalmente,
AT/GAC.
d) Caso exista um GAC ou Bia O em reforço, o Elm apoiado deverá
responsabilizar-se por remeter a Requisição de Munição ao Elm Ap Log
correspondente.

9.3.6.3.3 Recebimento e Transporte


a) Enquanto houver Sup Cl V (Mun) disponível dentro do crédito autorizado, o
GAC recebe a munição de que necessita em sua AT.
b) As viaturas de munição do B Log (no caso de GAC de Bda), isoladas ou em
comboio, vão à AT/GAC e lá entregam o suprimento Cl V (Mun) no P Remn.

9.3.6.4 Distribuição de Sup Cl V

9.3.6.4.1 É feita pelo Gp Remn da Sec Log da Bia C.

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9.3.6.4.2 A capacidade de remuniciamento do GAC é o resultado da soma das


seguintes parcelas:
a) capacidade de transporte do Gp Remn da Sec Log/Bia C; e
b) capacidade de transporte dos Gp Remn das Bia O.

9.3.6.4.3 O fluxo contínuo de munição para as Bia O é obtido pelo


descarregamento de munição recebido no P Distr Cl V junto às peças ou nas
viaturas do Dep Mun da Bia O.

9.3.6.4.4 Se o remuniciamento anterior ao consumo for autorizado, as Vtr do


Gp Remn/Bia O descarregam a munição na quantidade autorizada junto às
peças para receberem nova quantidade de munição.

9.3.6.4.5 No caso (mais normal) de remuniciamento após o consumo, não é


necessário o descarregamento de munição junto às peças. A quantidade a ser
recebida no Dep Mun da Bia O é igual à munição necessária para repor a DO
do GAC, mantendo-se o procedimento de recompletamento das Vtr de
remuniciamento das Bia O, de forma que a munição esteja sempre mais
próxima das linhas de fogo.

9.3.6.4.6 Quando os trens estiverem localizados dentro da base logística,


ocorrerá um encargo maior de transporte para o GAC, uma vez que, após o
suprimento lhe ter sido entregue, cabe a ele, utilizando as Vtr do Gp Remn/Bia
C, a responsabilidade dos transportes subsequentes. Nesse caso, é normal
que o GAC apanhe o suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no
P Distr Cl V (Mun), evitando baldeação desnecessária no interior da base
logística.

9.3.6.4.7 A seguir, tem-se o fluxo de levantamento das necessidades, obtenção


e distribuição de Sup Cl V (Mun) no âmbito do GAC, com a seguinte sequência:
a) o GAC informa à GU (ou G Cmdo Op), por meio da Requisição de Munição,
a sua Nec de Mun;
b) a GU (ou G Cmdo Op) estima a quantidade de munição necessária para
cada operação e informa ao escalão apoiador imediatamente superior;
c) o escalão apoiador estabelece o crédito de munição disponível para cada
GU (ou G Cmdo Op);
d) o GAC envia a Requisição de Munição diretamente ao Elm Log apoiador,
considerando a munição necessária para recompletar sua DO;
e) o B Log (no caso de GAC orgânico de Bda) entrega o Sup Cl V (Mun) no P
Remn da AT/GAC;
f) o Gp Remn da Sec Log Bia C transporta o Sup Cl V (Mun) até as AT/SU; e
g) procede-se ao recompletamento das viaturas vazias dos Gp Remn das
Bia O no Dep Mun das Bia O, ou realiza-se o descarregamento de munição na
posição de espera das Bia O.

9-13
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Fig 9-2 – Fluxo de levantamento das necessidades, obtenção e distribuição de Sup Cl V

9.3.6.4.8 Plano de remuniciamento – O S-4, de posse dos dados existentes


sobre a situação, prepara o Plano de Remuniciamento correspondente ao
período para o qual a disponibilidade de munição já esteja determinada, que
resulta do estudo dos seguintes dados:
a) munição disponível;
b) munição necessária;
c) situação da dotação orgânica;
d) quantidade de munição a ser recebida;
e) capacidade de remuniciamento do Grupo; e
f) posto de remuniciamento recebedor (localização e horários).

9.3.6.4.9 O plano é apresentado ao comandante do GAC, no mais curto prazo,


a fim de que sejam antecipadas soluções para os possíveis problemas
surgidos.

9.3.6.5 Armazenagem de Sup Cl V

9.3.6.5.1 O GAC não armazena munição. Como conduz sua DO, poderá,
quando autorizado, possuir certa Qnt de Mun para consumo imediato,
necessitando, assim, estocar Mun. Essa estocagem poderá ser feita em Vtr e
reboques, no terreno ou, quando a situação permitir, em edificações.

9.3.6.5.2 Estocagem no terreno e em edificações – as Vtr e os reboques da


Sec Remn da Bia C e das Tu Remn das Bia O são continuamente usados no
9-14
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transporte e na distribuição da Mun às Bia O. Assim, normalmente, a DO


conduzida por essas frações será, total ou parcialmente, estocada no terreno
ou no interior de edificações, liberando suas Vtr e reboques para o transporte e
a distribuição.

9.3.6.5.3 Dependendo da situação tática, pode ter, na posição e por prazos


geralmente curtos, quantidade de munição superior à prevista na DO.

9.3.6.5.4 Quando a situação obrigar ao abandono de munição na posição, o


local é assinalado para que a GU (ou G Cmdo Op) tome as providências
cabíveis.

9.3.7 SUPRIMENTO DAS DEMAIS CLASSES

9.3.7.1 Generalidades

9.3.7.1.1 Normalmente, para as demais classes de suprimento, segue-se, de


forma análoga, a sistemática de levantamento das necessidades, obtenção e
distribuição de material.

9.3.7.1.2 É priorizado o processo de distribuição na unidade.

9.3.7.2 Levantamento das Necessidades dos Demais Suprimentos

9.3.7.2.1 O S-4 é o responsável pelo levantamento diário das necessidades do


GAC, computando-se as faltas existentes na dotação orgânica do Grupo,
adicionadas às que se verificam à medida que determinado material se torna
inservível, bem como às necessidades de suprimento de acordo com a
operação a ser executada.

9.3.7.3 Obtenção dos Demais Suprimentos

9.3.7.3.1 Realiza-se por meio de três tarefas distintas: pedido, recebimento e


transporte.

9.3.7.3.2 Pedido
a) É feito, periodicamente, ou quando a necessidade for verificada.
b) É enviado para o B Log (ou a outro elemento apoiador determinado pelo Esc
Sp, no caso de o GAC estar diretamente subordinado à Art G Cmdo Op).

9.3.7.3.3 Recebimento e Transporte


- O B Log transporta o Sup até o P Distr Sup, na AT do GAC, ou diretamente
na AT/SU, conforme a necessidade.

9-15
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9.3.7.4 Distribuição dos Demais Suprimentos

9.3.7.4.1 Ocorre, normalmente, na AT do Grupo, ficando o transporte, a partir


desse ponto, a cargo do GAC.

9.3.7.5 Armazenagem dos Demais Suprimentos

9.3.7.5.1 Para o Sup Cl VIII (saúde), o Posto de Socorro (PS) do Grupo


mantém pequeno estoque de suprimento, compatível com o apoio que presta
às Bia O.

9.3.8 FUNÇÃO LOGÍSTICA MANUTENÇÃO

9.3.8.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades que são


executadas visando a manter o material em condição de utilização durante todo
o seu ciclo de vida e, quando houver avarias, restabelecer essa condição.

9.3.8.2 O Cmt do GAC é o responsável pela manutenção orgânica (Mnt Org -


1º Esc) do material da unidade.

9.3.8.3 O B Log realiza a inspeção da Mnt Org (1º Esc) e Mnt 2º Esc de todo o
material, à exceção do material de engenharia, de comunicações e de saúde
da GU, realizando, também, a evacuação de material salvado e capturado.

9.3.8.4 As seções leves de manutenção (Sec L Mnt), quando destacadas,


realizam a manutenção na AT das U, ou quando for conveniente, em outros
locais, como no caso das unidades de Artilharia em posição ou de viaturas
sobre lagartas indisponíveis. Os equipamentos que necessitam de reparação
demorada (duração superior a duas horas) são evacuados para a Base
Logística de Brigada (BLB).

9.3.9 FUNÇÃO LOGÍSTICA TRANSPORTE

9.3.9.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades que são


executadas, visando ao deslocamento de recursos humanos, materiais e
animais por diversos meios, no momento oportuno e para locais
predeterminados, a fim de atender às necessidades da F Ter.

9.3.9.2 O transporte é fundamental para o ciclo logístico, pois está presente em


todas as suas fases, particularmente na distribuição. Envolve, em uma visão
ampla, o capital humano, a infraestrutura física, as organizações, os sistemas e
os equipamentos necessários ao cumprimento da missão das forças apoiadas.

9.3.9.3 O GAC possui as viaturas necessárias ao transporte de todo seu


pessoal e material.

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9.3.9.4 O S-4 é o oficial do EM do GAC responsável pelas informações gerais


sobre estradas e trânsito. Deve inteirar-se, sempre, do plano de circulação e
controle de trânsito do escalão superior.

9.3.9.5 O Plano de Circulação e Controle de Trânsito abrange, entre outras


informações: classificação de estradas e pontes; coordenação com relação ao
movimento e trânsito civil; prioridades; regras de trânsito específicas; e
medidas de coordenação e controle. É estabelecido pelo mais alto comando
logístico da área de responsabilidade do C Op, sendo replicados para os
demais escalões logísticos desdobrados.

9.3.10 FUNÇÃO LOGÍSTICA ENGENHARIA

9.3.10.1 Esta função logística reúne o conjunto de atividades referentes à


logística de material de engenharia, ao tratamento de água, à gestão ambiental
e à execução de obras e serviços de engenharia com o objetivo de obter,
adequar, manter e reparar a infraestrutura física que atenda às necessidades
logísticas da F Ter.

9.3.10.2 As atividades dessa função logística abrangem a previsão e a provisão


de material das classes IV e VI, o planejamento e a execução do tratamento de
água, a obtenção e o controle dos bens imóveis, o planejamento e a execução
de obras e serviços de engenharia e a gestão ambiental de interesse militar.

9.3.10.3 A gestão ambiental engloba as tarefas de prevenção, mitigação e


correção dos impactos advindos das atividades e tarefas que envolvam a
geração de resíduos e efluentes, o consumo e análise de água e de materiais,
a utilização de equipamentos, entre outras, que afetem a higidez da F Op e/ou
produzam efeitos danosos ao ambiente operacional ou à imagem da F Ter.
Para tanto, os elementos especializados de engenharia e de veterinária devem
coordenar com outros órgãos, particularmente aqueles relacionados à Área
Funcional de Apoio de Saúde e da função de combate Proteção.

9.3.10.4 Assim, pode-se dizer que as OM de Engenharia da F Ter,


notadamente as especializadas em construção, dispõem de capacidades
necessárias à execução das atividades e tarefas relativas a essa função
logística. Para tanto, coordenam com as demais OM Log o atendimento das
necessidades, para a execução das atividades das demais funções logísticas.

9.3.10.5 Dessa forma, cabe ao GAC informar suas necessidades ao B Log (ou
a outro elemento apoiador determinado pelo Esc Sp, no caso de o Grupo estar
diretamente subordinado à Art G Cmdo Op), referentes à logística de material
de engenharia, ao tratamento de água, à gestão ambiental e à execução de
obras e serviços de engenharia, com o objetivo de obter o apoio solicitado.

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9.3.11 FUNÇÃO LOGÍSTICA RECURSOS HUMANOS

9.3.11.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades relacionadas


à execução de serviços voltados à sustentação do pessoal e de sua família,
bem como ao gerenciamento do capital humano.

9.3.11.2 A precisão e a confiabilidade das informações relativas aos Recursos


Humanos (RH) impactam sobremaneira a execução das atividades função
logística Recursos Humanos. A correção dos dados inseridos nos sistemas de
informação de pessoal, desde os mais baixos escalões, afeta a efetividade do
processo decisório nos mais altos níveis.

9.3.11.3 Generalidades

9.3.11.3.1 Cabe ao S-1 do GAC organizar um sistema eficiente para obtenção


de dados sobre efetivos. É ele quem consolida as informações das Bia e
apresenta suas propostas ao Cmt no tocante às atividades Log voltadas ao
pessoal.

9.3.11.3.2 Em virtude de serem fornecidas indicações da capacidade


combativa da unidade, os dados sobre os efetivos previsto e existente são
imprescindíveis ao Cmt e ao EM para determinação da eficiência do GAC.

9.3.11.3.3 Além disso, o S-4 precisa conhecer os efetivos do Grupo para o


cálculo das necessidades logísticas.

9.3.11.4 Registros e Relatórios

9.3.11.4.1 No controle do efetivo e fornecimento de informações sobre pessoal,


o S-1 utiliza vários tipos de registros e relatórios. Para a confecção desses
documentos, são utilizados dados inseridos no arquivo do sistema
informatizado e que são consubstanciados no caderno de trabalho do S-1, que
cataloga, por assuntos, todas as informações relativas à logística de pessoal.

9.3.11.4.2 Diário da 1ª Seção


a) É o registro cronológico dos acontecimentos relacionados ao pessoal. O
registro deve limitar-se aos detalhes necessários para fixar a época e os fatos
essenciais dos acontecimentos em determinado período.
b) Ao final do período, um sumário de acontecimentos importantes e dos
planos para o próximo período será elaborado.

9.3.11.4.3 Sumário Diário de Pessoal (SUDIPE)


a) É o registro diário do efetivo em pessoal do GAC, organizado com base nas
mensagens diárias de efetivo.
b) Os dados totais relativos às perdas diárias, recompletamentos recebidos,
recuperados e evacuados são, normalmente, transmitidos à 1ª Seção do Esc
Sp, em horário predeterminado, por meio dos canais informatizados.

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9.3.11.4.4 Relatório Periódico de Pessoal


a) Normalmente, contém os itens do caderno de trabalho do S-1. Consolida,
periodicamente, os sumários diários e relata as atividades gerais da
administração de pessoal.
b) É organizado e remetido à 1ª Seção do Esc superior nos prazos
determinados por ele.

9.3.11.4.5 Relatório de Perdas de Pessoal


a) Fornece informações detalhadas, com a finalidade de prover todos os dados
para notificação a parentes próximos ou outras pessoas interessadas, bem
como para regularização de aspectos administrativos e financeiros
(vencimentos, seguro, pensão e indenização por incapacidade etc.).
b) Os seus dados são utilizados para organizar ou atualizar as tabelas de
perdas e o cálculo das necessidades de recompletamento.
c) Consta a relação dos mortos, dos que foram evacuados para a instalação de
saúde do Esc Sp e dos que desapareceram em ação.

9.3.11.5 Prisioneiros de Guerra

9.3.11.5.1 Em face da posição recuada que o GAC ocupa dentro da área de


desdobramento do Esc Sp, suas atividades relativas a prisioneiros de guerra
são bastante reduzidas.

9.3.11.5.2 Os prisioneiros de guerra capturados por elementos do Grupo são


conduzidos ao S-2, que, após interrogá-los, providencia, junto ao Cmdo
enquadrante, a rápida evacuação deles para os postos de coleta de
prisioneiros de guerra. Os feridos são evacuados segundo a cadeia normal de
evacuação do serviço de saúde. Sempre que necessário, é solicitada uma
escolta.

9.3.11.5.3 A permanência de prisioneiros de guerra no Grupo implica alteração


no efetivo, devendo o S-1 ser informado a respeito.

9.3.11.6 Assuntos Mortuários

9.3.11.6.1 A execução dos assuntos mortuários é a tarefa que trata do


processamento e do destino adequado dos restos mortais de militares e,
eventualmente, de civis no TO/A Op. Visa à manutenção do bom estado
sanitário da tropa, à preservação do moral militar e da população civil e à
obediência às leis de guerra. Compreende as ações de busca, coleta e
evacuação dos restos mortais; de identificação e inumação provisória dos
cadáveres; coleta e processamento de pertences pessoais (espólios);
estabelecimento e gerenciamento de cemitérios militares temporários; e
elaboração de registros e relatórios referentes às ações supracitadas.

9-19
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9.3.11.6.2 A atividade de sepultamento no GAC limita-se aos trabalhos de


coleta, identificação e evacuação dos mortos e seus espólios para o Posto de
Coleta de Mortos (P Col Mor) do Esc Sp.

9.3.11.6.3 Os cadáveres do pessoal do GAC e outros que forem encontrados


na área de desdobramento da unidade devem ser levados para o P Col
Mor/GAC, em região estabelecida pelo S-1, localizada nas proximidades da AT.

9.3.11.6.4 Cabe ao S-1 providenciar a evacuação dos mortos para o P Col


Mor/Esc Sp, após identificação, registro, retirada do armamento e equipamento
e preparo dos espólios.

9.3.11.6.5 Em caráter excepcional, o GAC pode receber do escalão superior a


missão de sepultar os mortos encontrados na sua área. Nesse caso, esse
escalão estabelece normas, regulando como devem ser realizados os
sepultamentos isolados (fora de cemitérios). Ao S-1 cabe divulgar as normas
recebidas, adaptando-as às peculiaridades do Grupo e fiscalizar sua execução.

9.3.11.6.6 Todo sepultamento isolado deve ser comunicado ao S-1, que o


participa ao Esc Sp, conforme as indicações recebidas.

9.3.11.6.7 Uma das chapas de identificação é remetida ao ajudante geral.

9.3.11.6.8 A outra chapa de identificação acompanha o corpo, juntamente com


a ficha de identificação de mortos e a relação dos bens encontrados com o
morto.

9.3.11.6.9 No P Col Mor, na base logística, as fichas são completadas,


juntamente com a relação dos espólios.

9.3.11.6.10 Cabe ao S-1 solicitar ao B Log (ou a outro elemento apoiador


determinado pelo Esc Sp, no caso de o GAC estar diretamente subordinado à
Art G Cmdo Op) a evacuação dos mortos para o P Col Mor localizado na base
logística.

9.3.11.6.11 Os objetos de uso pessoal dos mortos (espólio) devem ser


recolhidos, guardados em segurança e, finalmente, remetidos aos parentes
mais próximos.

9.3.11.6.12 Os espólios permanecem com os cadáveres até a sua evacuação e


inumação no território nacional.

9.3.11.6.13 O Cmt GAC a que pertencia o morto tem a responsabilidade pelo


espólio encontrado em sua Z Aç.

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9.3.11.7 Disciplina

9.3.11.7.1 As questões atinentes à disciplina estão compreendidas nas


atribuições do comando.

9.3.11.7.2 A manutenção da disciplina visa, principalmente, a:


a) contribuir para a eficiência operacional do Grupo;
b) preservar o respeito à autoridade; e
c) restringir, ao mínimo, as perdas do potencial humano consequentes de
julgamentos e punições.

9.3.11.7.3 Embora as questões de disciplina sejam de interesse geral, cabe ao


S-1, especificamente, a atribuição de manter o Cmt GAC a par de tudo aquilo
que possa influir no estado disciplinar da tropa.

9.3.11.8 Manutenção do Moral e do Bem-Estar

9.3.11.8.1 Envolve o conjunto de ações que visam a proporcionar um ambiente


saudável, por meio de recursos e facilidades adequadas ao desenvolvimento
das ações cotidianas, proporcionando o conforto ao pessoal compatível com a
situação existente.

9.3.11.8.2 As tarefas dessa atividade destinam-se a permitir que os recursos


humanos recuperem-se do desgaste físico, mental e emocional provocados
pelas situações de combate ou de trabalho extremado e forte pressão.

9.3.11.8.3 Ao Cmt GAC interessa, particularmente, o estado de espírito dos


seus comandados, pois ele influencia a capacidade combativa da unidade
como um todo.

9.3.11.8.4 A assistência ao pessoal deve ser uma constante preocupação do


comando. Ao S-1 compete coordenar as atividades assistenciais,
principalmente no que se refere a:
a) repouso;
b) recuperação;
c) recreação;
d) suprimento reembolsável;
e) assistência social;
f) serviço postal;
g) apoio da banda de música; e
h) assistência religiosa.

9.3.12 FUNÇÃO LOGÍSTICA SAÚDE

9.3.12.1 A função logística Saúde é o conjunto de atividades relacionadas à


conservação do capital humano nas condições adequadas de aptidão física e
psíquica, por meio de medidas sanitárias de prevenção e de recuperação.

9-21
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Abrange também as tarefas relacionadas à preservação das condições de


higidez dos animais pertencentes à F Ter, o controle sanitário e a inspeção de
alimentos, a segurança alimentar e a defesa biológica.

9.3.12.2 Como regra geral, o apoio médico prestado em operações deve ser
provido o mais breve possível, idealmente, dentro da primeira hora depois da
ocorrência.

9.3.12.3 Atividades do Apoio de Saúde

9.3.12.3.1 As atividades da função logística Saúde visam à conservação do


potencial humano e da saúde animal. Destacam-se as atividades de
planejamento, seleção médica, proteção da saúde, medicina curativa
(tratamento), evacuação, apoio de material de saúde e inteligência em saúde.

9.3.12.3.2 Dentre essas atividades, a seleção médica e a evacuação projetam-


se em uma realidade mais próxima dentre as possibilidades do GAC no
contexto das operações.

9.3.12.3.3 Seleção Médica


a) Esta atividade consiste na avaliação dos recursos humanos, de forma a
comparar a situação dos indivíduos com padrões preestabelecidos para a
admissão ou permanência na operação.
b) Trata-se de um processo contínuo que procura eliminar e/ou reclassificar
aqueles que apresentem ou venham a apresentar incapacidades para
determinadas atividades.

9.3.12.3.4 Evacuação
a) Traduz-se pela remoção de pessoal doente ou ferido, sob cuidados
especiais, para uma instalação de saúde capacitada ao atendimento médico de
maior complexidade e que não deve ultrapassar a primeira instalação apta a
atender e reter o paciente. Dependendo do pessoal empregado, poderá
denominar-se evacuação de feridos ou evacuação médica.
b) Evacuação de feridos – é realizada, normalmente, em um meio não
especializado de saúde e por equipe multidisciplinar, em geral não especialista
da área médica, extraindo-se a baixa do local onde se deu o ferimento/moléstia
até um local seguro.
c) Evacuação médica – é realizada em um meio especializado de saúde e sob
a supervisão de pessoal especialista da área médica. Em operações de alta
intensidade, poderá constituir a segunda fase de uma evacuação, depois de
uma evacuação de feridos, sendo a opção prevalente nas demais situações.
d) A rapidez da cadeia de evacuação e a presteza na estabilização e no
tratamento primário são essenciais para garantir a sobrevivência dos feridos
graves. Como norma geral, o Esc Sp evacuará diretamente as baixas do local
onde tenham ocorrido até a instalação de saúde mais adequada ao seu
tratamento.

9-22
EB70-MC-10.360

e) Para se evitar que os feridos sejam evacuados para instalações mais à


retaguarda do que o necessário, o comando logístico enquadrante estabelece a
Norma de Evacuação (N Ev).
f) A evacuação (Ev) no âmbito da GU ou do G Cmdo Op é realizada utilizando-
se as ambulâncias do Pelotão de Evacuação (Pel Ev), orgânico da Companhia
de Saúde Avançada do Batalhão de Saúde (Cia Sau Avç/B Sau). O Pel Ev
ainda pode transportar suprimento de saúde do Posto de Distribuição de
Suprimento Classe VIII (P Distr Sup Cl VIII) para o GAC.
g) A evacuação no GAC – a Turma de Saúde do Grupo de Apoio da Seção
Logística/Bia C instala e opera o Posto de Socorro (PS), bem como também é
responsável pela evacuação do pessoal doente e ferido das baterias até o PS.
Por geralmente se desdobrar mais à retaguarda da Z Aç, o GAC não costuma
utilizar o Ponto de Concentração de Feridos (PCF).
h) As baixas são evacuadas do PS até o Posto de Atendimento Avançado
(PAA), instalado e operado pela Cia Sau Avç/B Sau, pelo Pel Ev através dos
meios de transporte mais adequados (terrestres, aéreos ou fluviais),
proporcionando assistência médica contínua durante toda a evacuação.
i) No PAA, os pacientes são recebidos, submetidos à triagem (Trg) e recebem
socorro de emergência ou são submetidos à cirurgia de controle de danos.
Conforme o caso, os feridos são preparados para posterior evacuação para
outra instalação de saúde do Esc Sp ou retornam ao GAC.
j) Os escalões de saúde são inter-relacionados com a cadeia de evacuação,
constituindo um conjunto funcional único, no qual o paciente é transferido em
direção às instalações de saúde mais à retaguarda e geralmente mais
robustas, de acordo com suas necessidades de tratamento.

9.3.13 FUNÇÃO LOGÍSTICA SALVAMENTO

9.3.13.1 Esta função logística refere-se ao conjunto de atividades que são


executadas visando a preservar e a resgatar os recursos materiais, suas
cargas ou itens específicos por diversos meios, no momento oportuno, para
locais predeterminados, a fim de atender às necessidades da F Ter.

9.3.13.2 Dessa forma, ressalta-se a possibilidade de o GAC realizar ou


participar do processo de evacuação de material salvado e/ou capturado.

9.3.13.3 A evacuação compreende a movimentação física do material


inservível/indisponível pertencente à Força ou daquele capturado/abandonado
pelo inimigo para um posto de coleta (P Col), onde será manutenido,
retornando à cadeia de suprimento, ou descartado por comprovada
inservibilidade.

9.3.13.4 Os equipamentos que não puderem ser evacuados devem ser


destruídos para impedir seu uso pelo inimigo.

9.3.13.5 A evacuação envolve as ações de coleta, reboque, resgate, remoção e


classificação do material salvado/capturado. Embora pertençam ao grupo

9-23
EB70-MC-10.360

funcional Salvamento, essas ações são executadas pelas organizações de


manutenção em apoio direto e/ou equipes móveis de manutenção destacadas.

9.3.13.6 Todo o material salvado que necessitar de apoio de Mnt é atendido,


inicialmente, por elementos (seções, equipes etc.) do Pelotão Leve de
Manutenção da Companhia Logística de Manutenção (Pel L Mnt/Cia Log Mnt),
desdobrado nas áreas de trens de estacionamento (ATE) de uma unidade da
arma-base ou na própria AT/GAC.

9.3.13.7 Se recuperado, mediante as normas em vigor, pode voltar à cadeia de


suprimento, sendo entregue ao GAC.

9.3.13.8 O que não puder ser reparado pelo Pel L Mnt é evacuado para o posto
de coleta de salvados (P Col Slv), instalado na base logística.

9.3.13.9 O material normalmente é reunido no P Col Slv/GAC, instalado na AT.


O transporte de salvados da área das Bia para o P Col/GAC é de
responsabilidade do GAC. Entretanto, cabe ao elemento logístico apoiador o
transporte do P Col Slv/GAC para o P Col Slv na base logística.

9.3.13.10 Caso o GAC não tenha condições de transportar determinado item


das Bia até seu posto de coleta, o S-4 deverá informar a localização do
material ao elemento logístico apoiador (Ex: B Log) e solicitar a evacuação até
o P Col Slv na base logística.

9.3.13.11 No P Col Slv, na base logística, é feita a triagem do material, tendo


em vista o seu aproveitamento. Desde que seja de interesse e necessite de
manutenção de 2º Esc, ele é recolhido para a realização da manutenção
apropriada. Uma vez recuperado, o material é entregue à Companhia Logística
de Suprimento (Cia Log Sup), que o estoca ou providencia sua distribuição.

9.3.13.12 Quanto ao material capturado, após examinado pelo S-2, é evacuado


para o P Col Slv/GAC. Seu transporte até o P Col Slv na base logística é de
responsabilidade do elemento logístico apoiador.

9.3.13.13 Munição e outros artigos, cujo manuseio por pessoal não habilitado
possa oferecer perigo, não devem ser deslocados, devendo ser mantidos sob
vigilância, se possível. O oficial de Mun da GU ou do G Cmdo Op deve ser
notificado o mais cedo possível.

9.4 O TRABALHO DO S-1 E DO S-4

9.4.1 GENERALIDADES

9.4.1.1 No GAC, o S-2 e S-3 cooperam com o Cmt na formulação de L Aç que


permitam a tomada de decisão e, posteriormente, na elaboração dos
documentos que regulam o emprego do Grupo.
9-24
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9.4.1.2 O S-4 e o S-1 também cooperam durante o Exame de Situação do


GAC. Ao comandante interessa saber se a operação pode ou não ser apoiada
logisticamente e qual a L Aç mais favorável, sob o aspecto do apoio logístico.

9.4.1.3 As restrições quanto ao apoio a ser prestado podem ser função das
condições do momento (missão, prazos, condições meteorológicas, terreno
etc.) ou resultantes de imposições do escalão superior.

9.4.2 EXAME DE SITUAÇÃO DO S-4

9.4.2.1 Na realização do seu exame de situação, o S-4 do GAC deve analisar


cada aspecto do apoio logístico, considerando:
a) situação logística do Grupo (disponibilidade de meios logísticos);
b) necessidades do GAC; e
c) apoio logístico do escalão superior.

9.4.2.2 Disponibilidade ou Situação Logística do Grupo

9.4.2.2.1 No levantamento das disponibilidades, o S-4, normalmente, analisa os


itens abaixo relacionados:
a) suprimentos: nível das DO;
b) evacuação: condições dos recursos da turma de saúde e possibilidades de
evacuação de material;
c) transporte dos meios disponíveis; e
d) manutenção: condições e possibilidades dos meios existentes.

9.4.2.3 Necessidades

9.4.2.3.1 As necessidades do GAC, em material e serviços, decorrem,


diretamente, do tipo de operação a realizar.

9.4.2.3.2 As DO para cada classe de suprimento constituem uma base para o


estudo das necessidades.

9.4.2.3.3 As DO representam as necessidades médias da unidade, podendo


tornar-se, em função do tipo de operação, insuficientes ou excessivas.

9.4.2.3.4 Cabe ao S-4 analisar o problema, à luz de cada missão, e propor o


fornecimento suplementar de diferentes artigos, ou sugerir que seja deixado à
retaguarda o que for supérfluo ou traga dificuldades ao cumprimento da
missão.

9.4.2.4 Apoio Logístico do Escalão Superior

9.4.2.4.1 Os seguintes pontos merecem ser analisados cuidadosamente:


a) localização das instalações que vão apoiar o Grupo;
b) quantidades de suprimentos postas à disposição ou creditadas ao GAC;

9-25
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c) forma de apoio utilizada;


d) serviços postos à disposição do Grupo; e
e) localização da ATE dos elementos de combate.

9.4.2.4.2 Após essa análise, o S-4 tem condições de escolher a localização da


AT/GAC e de apreciar, sob o aspecto logístico, as linhas de ação da unidade.

9.4.2.4.3 No caso de surgirem restrições a algumas das linhas de ação do


Grupo, o S-4 deve apontar soluções para os problemas encontrados.

9.4.3 OUTRAS ATIVIDADES DO S-4

9.4.3.1 Após a decisão preliminar do Cmt GAC, o S-4 inicia o desenvolvimento


das seguintes atividades:
a) reconhecimento da área de desdobramento dos trens;
b) confecção do plano de remuniciamento;
c) redação do parágrafo 4º da ordem de operações do Grupo;
d) redação da ordem de apoio logístico, se for o caso;
e) planejamento da manobra da área de trens (AT);
f) ligação com os S-4 das unidades da arma-base; e
g) ligação com o E-4 da GU (ou G Cmdo Op) enquadrante.

9.4.4 EXAME DE SITUAÇÃO DO S-1

9.4.4.1 Em seu exame de situação, o S-1 analisa:


a) situação dos efetivos (quantidade, moral, disciplina etc.);
b) necessidades em pessoal; e
c) possibilidades de recompletamento.

9.4.4.2 Quanto ao pessoal, são levadas em consideração restrições às L Aç


montadas pelo EM do Grupo, como:
a) a existência de claros a partir de 20% do efetivo da unidade (para ações
ofensivas e defensivas); e
b) a incidência de casos disciplinares.

9.5 DOCUMENTOS LOGÍSTICOS

9.5.1 As normas para execução do apoio logístico ao GAC são reguladas pelos
seguintes documentos:
a) O Op do Grupo (parágrafo 4º); e
b) Ordem de Apoio Logístico (O Ap Log).

9.5.2 O tipo de documento a ser utilizado é função da complexidade e do


volume das prescrições relativas ao apoio logístico.

9-26
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9.5.3 Em princípio, são adotadas as orientações descritas abaixo para escolha


do tipo de documento:
a) Parágrafo 4º da O Op do GAC – quando a pequena quantidade de
informações e prescrições reguladoras do apoio não cheguem a sobrecarregar
o texto de O Op ou acarretar atraso na sua distribuição. Mesmo sendo
expedida uma O Op Log, constarão desse parágrafo: (1) referência à O Ap Log
expedida; (2) localização da área de trens do Grupo, da BLB (ou BLT); (3) EPS;
(4) munição disponível; (5) pessoal; (6) manutenção; (7) suprimento; (8) saúde;
(9) assuntos transversais à logística; e (10) outros.
b) O Ap Log – sua expedição é feita quando o volume de dados sobre apoio
logístico for de tal monta que a justifique.

9.5.4 No GAC, a confecção dos documentos acima e a distribuição da O Ap


Log são encargos do S-4.

9-27
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CAPÍTULO X

O GAC NAS OPERAÇÕES OFENSIVAS

10.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

10.1.1 As Op Ofs são operações terrestres agressivas nas quais predominam o


Mvt, a Man e a iniciativa, com a finalidade de cerrar sobre o inimigo, concentrar
um poder de combate superior, no local e momento decisivo, e aplicá-lo para
destruir suas forças por meio do fogo, do movimento e da ação de choque e,
obtido sucesso, passar ao Aproveitamento do Êxito (Apvt Exi) ou à
Perseguição (Prsg).

10.1.2 As finalidades e as características das Op Ofs são apresentadas no


manual de campanha EB70-MC-10.223 Operações.

10.1.3 Na Marcha para o Combate (M Cmb), o GAC da Bda sempre deve


buscar o seu emprego centralizado. Tal centralização permite à Art maior
eficiência e flexibilidade no apoio, pois possibilita o emassamento dos fogos em
proveito de uma ou outra peça de manobra da Bda ou desta como um todo,
além do Atq a diversos alvos simultaneamente. Entretanto, com bastante
frequência, nesse tipo de operação, surgem situações em que há necessidade
de descentralizar meios de Art a fim de atender às necessidades de apoio dos
Elm Man empregados.

10.1.4 O GAC, para o apoio ao Ataque, deve ser organizado e desdobrado de


modo a fornecer os fogos de apoio ao desembocar do Atq, manter o apoio
durante a progressão e proteger a força atacante durante as paradas para
consolidação do objetivo e reorganização. A massa do poder de fogo e a
prioridade dos fogos são, normalmente, atribuídas ao ataque principal (Atq
Pcp). Serão fundamentais os fogos de preparação por parte dos GAC
orgânicos de Bda e das AD, bem como o apoio de Art às dissimulações táticas
planejadas, principalmente nos escalões DE e C Ex.

10.1.5 No Apvt Exi, o GAC desloca-se articulado ao dispositivo do Elm Man,


em condições de, rapidamente, ocupar posição e executar os seus fogos.

10.1.6 Na Prsg, tendo em vista uma tendência para uma maior


descentralização da operação, é frequente, mesmo no escalão Bda, o emprego
descentralizado do GAC, reforçando as peças de manobra das Bda
empregadas.

10.1.7 Em qualquer situação, exige-se da Art uma mobilidade adequada à da


força apoiada.

10-1
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10.2 O GAC NA MARCHA PARA O COMBATE

10.2.1 GENERALIDADES

10.2.1.1 A marcha para o combate (M Cmb) é uma marcha tática na direção do


inimigo, com a finalidade de obter ou restabelecer o contato com ele e/ou
assegurar vantagens que facilitem operações futuras.

10.2.1.2 São características da M Cmb: a incerteza da situação, a centralização


do planejamento, a descentralização das ações, a atuação em largas frentes e
em grandes profundidades e a possibilidade de ausência do Ap Art do Esc Sp.

10.2.1.3 A atuação do GAC em uma marcha para o combate serve como


referência para o emprego do Grupo em apoio a uma Força de Cobertura
Avançada e a uma Força de Proteção de Vanguarda.

10.2.1.4 Precedendo a operação, deve ser realizado um planejamento


minucioso, tendo em vista, particularmente, a coordenação e o controle do
movimento, para que a ação seja desencadeada com segurança e com grande
possibilidade de êxito.

10.2.2 EMPREGO

10.2.2.1 Missão

10.2.2.1.1 A missão do GAC, nesse tipo de operação, é prestar apoio contínuo


à força, não sendo admissível que esta se atrase por falta de Ap F ou que se
lance sobre o inimigo sem contar com esse apoio. Nessas condições, é
importante considerar as imposições abaixo enumeradas:
a) rapidez e precisão, adquiridas pela articulação do GAC na coluna de marcha
da Bda;
b) montagem de um sistema de comunicações apropriado;
c) antecipação dos reconhecimentos, na procura incessante de posições e
observatórios; e
d) permanente ligação com os elementos apoiados.

10.2.2.2 Ações Gerais

10.2.2.2.1 Na M Cmb, normalmente, o GAC é o maior meio de Ap F da Bda.


Suas ações gerais devem ter em vista:
a) apoiar, inicialmente, as ações da vanguarda (Vgd);
b) proteger o desdobramento do grosso; e
c) apoiar, finalmente, as ações da Bda como um todo.

10-2
EB70-MC-10.360

10.2.2.2.2 Seu emprego é função da manobra prevista pela Bda e deve ser
decorrente de um Exm Sit minucioso, no qual os aspectos do apoio são
considerados para possibilitar ao GAC realizar suas ações com precisão.

10.2.2.2.3 O resultado desse exame é consubstanciado em um documento


denominado Plano de Emprego da Artilharia.

10.2.3 PARTICULARIDADES DO EXAME DE SITUAÇÃO NA MARCHA PARA


O COMBATE

10.2.3.1 O Cmt GAC inicia o Exm Sit tão logo tome conhecimento de sua
missão.

10.2.3.2 Na 1ª fase do Exm Sit, o Cmt GAC deve prever a necessidade de


apoio de Engenharia para facilitar o movimento e as possíveis ocupações de
posições pelas Bia do GAC.

10.2.3.3 Após cooperar com o Cmt Bda, opinando sobre a L Aç que pode
receber melhor Ap Art, prossegue no exame, concluindo com uma proposta de
emprego do GAC, para decisão do Cmt Bda. Após essa decisão, é preparado o
PEA, para distribuição imediata aos elementos interessados.

10.2.3.4 No decorrer do movimento, esse exame é constantemente atualizado,


conduzindo a adaptações no PEA e à realização de reconhecimentos, em face
das modificações na manobra da Bda e do recebimento de novos dados ou
conhecimentos.

10.2.3.5 Missão

10.2.3.5.1 A missão tática do GAC orgânico da Bda é, em princípio, Ap G.

10.2.3.5.2 Na M Cmb, entretanto, é normal o emprego de uma Bia O apoiando,


exclusivamente, uma peça de manobra da Bda e, nesse caso, essa Bia O
recebe a missão de Ap Dto ou é colocada em Ref a essa peça de manobra.

10.2.3.5.3 A ação do GAC decorre essencialmente da manobra a ser realizada


pela Bda, cujo Cmt indica os elementos a serem apoiados e a prioridade desse
apoio.

10.2.3.5.4 Os Elm Man 1º Esc têm a distância de deslocamento à frente do


grosso limitada pelo Ap Art. Dessa maneira, para flexibilizar a manobra, é
recomendável que os Elm 1º Esc e em eixos secundários recebam uma Bia O
em Ap Dto, se assim for possível.

10.2.3.5.5 Para que o Cmt possa intervir no combate, torna-se fundamental a


análise da situação com o objetivo de equilibrar a descentralização, com vistas
à flexibilização das ações dos Elm Man e à centralização da Artilharia.
10-3
EB70-MC-10.360

10.2.3.6 Condições Meteorológicas

10.2.3.6.1 Nesse aspecto, é interessante um estudo mais detalhado da


velocidade e da direção do vento, tendo em vista o emprego de fumígenos,
considerando que a força apoiada movimenta-se em direção às áreas onde
poderão ser lançados esses projéteis.

10.2.3.6.2 Outra decorrência desse aspecto são as modificações de


trafegabilidade das estradas, que podem condicionar o movimento.

10.2.3.7 Terreno

10.2.3.7.1 O estudo do terreno visa à análise de:


a) rede de estradas: para verificar os Itn a serem utilizados e as ligações entre
eles, através de rocadas e dos pontos mais característicos, naturais ou
artificiais, existentes ao longo dos Itn (pontes, cruzamentos, casas isoladas,
passagens de linhas férreas, gargantas, passos, vilas etc.). Deve-se manter um
contato cerrado com os Elm Eng presentes na operação, buscando-se,
principalmente, saber qual é a rede mínima de estradas da Bda, permitindo,
assim, planejar o emprego do GAC em virtude das dificuldades existentes para
o Ap Log;
b) regiões favoráveis para posições de GAC ou Bia O e para
observatórios: que possibilitem o apoio de fogo em toda a profundidade da Z
Aç da Bda; e
c) linhas bem definidas do terreno: que sirvam para o controle do
movimento.

10.2.3.7.2 No estudo das regiões favoráveis ao desdobramento, considerar os


seguintes aspectos como importantes:
a) atuação da Bda e sua Vgd: é, essencialmente, ofensiva, indicando a
conveniência do desdobramento do GAC o mais à frente possível;
b) regiões de posição e observatórios: necessidade de prever regiões
favoráveis para ocupação ao longo de todos os itinerários a serem utilizados
pelos elementos de manobra da Bda;
c) o quadro tático é de uma operação de movimento: na qual a rapidez das
ações e o avanço contínuo das forças constituem fatores de êxito. Tal aspecto
conduz o GAC a frequentes mudanças de posições, sendo conveniente que
estas estejam próximas dos itinerários de marcha e dos observatórios;
d) a natureza da operação: impõe a descentralização do GAC com frequência
e em caráter transitório, devendo ser preocupação permanente a sua
centralização logo que possível; e
e) o sistema de observação: será estabelecido, principalmente, à base de
OA, cabendo ao S-2 coordenar a escolha das regiões de observatórios dos
oficias de reconhecimento do GAC.

10-4
EB70-MC-10.360

10.2.3.8 Inimigo

10.2.3.8.1 No Exm Sit, são analisados e avaliados os informes e informações


disponíveis sobre as atividades do inimigo a respeito do emprego da sua Art e
das suas armas já assinaladas.

10.2.3.8.2 O GAC colabora com a Bda no levantamento da situação do inimigo,


principalmente sobre as suas atividades mais recentes (reconhecimentos,
dispositivo de marcha, modo de desdobramento etc.).

10.2.3.8.3 Antes do contato, torna-se difícil para a Bda levantar as


possibilidades do inimigo. Contudo, a brigada fornece a linha de provável
encontro (LPE) ao GAC e a hora aproximada em que o inimigo atuará nessa e
nas outras linhas selecionadas no terreno como importantes.

10.2.3.8.4 Após o contato, e quando possível, o E-2 divulga o enunciado das


possibilidades do inimigo.

10.2.3.9 Decisão do Comandante da Brigada

10.2.3.9.1 De posse das conclusões relativas aos fatores da decisão, o Cmt


GAC está em condições de opinar sobre a L Aç que melhor será apoiada pela
Art.

10.2.3.9.2 Após a decisão do Cmt Bda, o GAC deve conhecer as seguintes


informações para completar o Exm Sit do GAC e estabelecer sua L Aç para
apoio à Força:
a) missão da Bda;
b) linhas e regiões sucessivas a atingir ou conquistar (linhas de controle,
pontos de controle e objetivos);
c) dispositivo adotado pela Bda;
d) LPE (localização); e
e) condições de execução (início do movimento, regiões de destino, prazos,
tipo de contato, duração provável da marcha etc.).

10.2.3.10 Linhas de Ação

10.2.3.10.1 Composição
- Uma L Aç, nas situações de movimento, é composta por:
a) definição da organização para o combate;
b) definição da articulação do GAC na coluna da força apoiada; e
c) definição do posicionamento das Bia do GAC em função do deslocamento
do grosso da Bda.

10-5
EB70-MC-10.360

10.2.3.10.2 Fatores para Montagem


a) No Exm Sit realizado antes do início da marcha, o Cmt GAC monta as L Aç,
visando a articular o GAC à coluna da Bda e distribuir suas Bia aos Elm Man.
b) São fatores básicos para a montagem das linhas de ação: (1) fundamentos
da organização para o combate (CAPAF); e (2) fatores da decisão,
particularmente:
- distância entre os eixos penetrantes;
- existência de rocadas entre os eixos e sua orientação;
- possibilidades de comunicações entre os eixos; e
- dispositivo e esquema de manobra da Bda.
(c) Imposições do escalão superior.

10.2.3.10.3 Eficiência do Apoio


a) A centralização dos meios e do tiro do GAC são uma preocupação constante
de seu Cmt.
b) Há casos, com bastante frequência, nesse tipo de operação, nos quais o
GAC necessita descentralizar todos ou parte de seus meios, de modo a
proporcionar apoio aos elementos de manobra, mesmo perdendo as vantagens
da centralização.
c) Caso a Bda utilize apenas um Itn, o GAC desloca-se ao longo desse Itn, em
condições de apoiar as regiões e linhas que interessam à manobra da GU. As
condições técnicas das estradas e, em particular, o número de vias, pode ter
influência na articulação do GAC.
d) Se a Bda desloca-se por mais de um Itn, busca-se a possibilidade de o GAC,
de um dos Itn, apoiar suas ações ao longo dos dois. Isso é possível, quando:
- a distância entre os Itn for de tal ordem que posições para as Bia O nas
proximidades de um deles permitam apoiar, com eficiência, ações
desenvolvidas no outro itinerário;
- existirem transversais capazes de possibilitar a rocada do GAC, ou parte
dele, de um para outro Itn, nos momentos oportunos; e
- não houver a necessidade de o Elm Man 1º Esc ter a flexibilidade de ir à
frente.
e) Não havendo outras restrições, considera-se, para fins de planejamento, que
o GAC pode atuar centralizado quando a distância entre os Itn for igual ou
inferior a 2/3 do alcance útil do material.
f) Caso a distância entre os Itn não permita a desejada centralização ou
existam outras restrições que a dificultem ou impeçam, o GAC é
descentralizado, guardando a possibilidade de centralização logo que possível.
- Quando essa distância for menor ou igual ao alcance do conjunto rádio
existente no GAC ou quando for priorizada a flexibilidade aos Elm Man
empregados em 1º Esc da peça de manobra, são descentralizados apenas
os meios, atribuindo-se Bia O em Ap Dto às peças de manobra.
- Quando houver um obstáculo dissociador para as comunicações ou para a
logística, são descentralizados o comando e o tiro, atribuindo-se Bia O em
Ref às peças de manobra.

10-6
EB70-MC-10.360

g) Em final de missão, é interessante a obtenção da máxima centralização


possível da Art Cmp disponível e em condições técnicas de apoiar as ações
finais da Bda.
h) Para definir a missão tática a ser atribuída ao GAC ou Bia O em final de
missão, deve-se considerar a última RPP do eixo principal e secundário. Caso
seja possível engajar os mesmos alvos por Bia O posicionadas em diferentes
eixos, deve-se centralizar o tiro do GAC para permitir o emassamento de fogos
de mais de uma SU Art sobre as concentrações.

10.2.3.11 Decisão

10.2.3.11.1 A L Aç escolhida pelo GAC é apresentada ao Cmt Bda para


aprovação. Depois, são expedidas as ordens decorrentes e preparado e
distribuído o PEA.

10.2.3.11.2 As ordens normalmente são verbais, para posterior confirmação em


planos ou ordens de operações.

10.2.4 ARTICULAÇÕES DO GAC NA COLUNA DA BRIGADA

10.2.4.1 Aspectos Gerais

10.2.4.1.1 O GAC articula-se à coluna da Bda para atender, com maior rapidez,
às necessidades de apoio.

10.2.4.1.2 Os aspectos mais importantes que influenciam a articulação do GAC


são:
a) as possibilidades do inimigo;
b) a mobilidade relativa GAC - Bda; e
c) as condições e natureza das estradas.

10.2.4.1.3 Quando a Bda destaca um Elm valor unidade para uma missão de
segurança (Vgd, Fg ou Rtgd) ou para atuar em eixo diferente do seu, uma
Bia O normalmente é colocada em apoio às suas ações.

10.2.4.1.4 Caso o GAC receba uma Bia O de maior calibre e/ou alcance, esta,
normalmente, articular-se-á ao grosso.

10.2.4.2 Oportunidade para a Articulação

10.2.4.2.1 Normalmente, o GAC articula-se à coluna da brigada quando o


contato for pouco provável.

10.2.4.2.2 Quando o início do movimento do elemento apoiado coincidir ou


estiver próximo da fase de contato pouco provável, a articulação do GAC
deverá ocorrer nessa oportunidade.

10-7
EB70-MC-10.360

10.2.4.2.3 Em hipótese alguma, o GAC poderá deixar de estar articulado à


coluna quando esta atingir a LPE (contato iminente). Outra condicionante a se
considerar é a oportunidade de articulação do elemento apoiado.

Fig 10-1 – Limite da articulação do GAC na coluna de marcha da Bda

10.2.4.3 Articulações mais Usuais

10.2.4.3.1 Quando a Bda desloca-se por um único eixo, a articulação normal é


a constante da Figura 10-2.

10.2.4.3.2 Quando a Bda desloca-se por dois eixos, distanciados de tal forma
que não seja possível ao GAC apoiá-los de apenas um desses eixos (distância
maior que 2/3 do alcance útil do material), Elm Art deverão mobiliar o outro eixo
(Figura 10-3).

10.2.4.3.3 Entretanto, caso haja um número suficiente de rocadas e inexistam


obstáculos de vulto entre os dois eixos, o GAC poderá marchar por um só
deles, ficando em condições de deslocar uma fração de Art para apoiar o outro
eixo, se necessário (risco calculado).

10.2.4.3.4 As articulações apresentadas nas figuras 10-2 e 10-3 permitem,


inclusive, fazer oposição à possibilidade de o inimigo empregar elementos
blindados.

10-8
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Fig 10-2 – Brigada marchando por um só eixo

10-9
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Fig 10-3 – Brigada marchando por dois eixos

10-10
EB70-MC-10.360

10.2.5 PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA

10.2.5.1 Preparo

10.2.5.1.1 O plano é preparado após a decisão para o emprego do GAC na Op.

10.2.5.1.2 O S-3 é o responsável pela sua confecção, auxiliado particularmente


pelo S-2. Caso haja planejamento de emprego de uma Bia O em Ref a um Elm
Man, a confecção do PEA dessa Bia O pode ser delegada para o seu Cmt.

10.2.5.1.3 São condições fundamentais para o seu preparo:


a) apoiar a manobra a ser realizada pela Bda;
b) adotar medidas simples;
c) minimizar as restrições existentes para a realização de regulações ou
ajustagens de tiro;
d) possibilitar a redução dos tempos normais para o REOP; e
e) assegurar a continuidade de apoio.

10.2.5.2 Conteúdo

10.2.5.2.1 O PEA é um documento gráfico feito em calco sobre a carta utilizada


na operação ou em imagem do terreno digitalizada, no sistema
computadorizado.

10.2.5.2.2 Deve conter, além do cabeçalho e fecho semelhantes aos de um


calco de operações, o seguinte:
a) medidas de coordenação e controle, limites da Z Aç, objetivos de marcha,
regiões de destino, eixos de progressão, linhas e pontos de controle impostos
pela Bda ou determinados pelo Cmt do GAC;
b) as sucessivas RPP e de observatórios, ao longo dos Itn a serem utilizados
pelos Elm Man da Bda; e
c) os pontos característicos do terreno nesses Itn.

10.2.5.2.3 Para simplificar os trabalhos dos Elm Rec, é conveniente evitar a


previsão de RPP muito próximas umas das outras, pois não há obrigatoriedade
para a ocupação das posições previstas.

10.2.5.2.4 O normal é que a distância entre elas seja da ordem de 2/3 do


alcance útil do material ou menor, considerando o material de menor alcance, a
fim de se assegurar a continuidade de apoio.

10.2.5.2.5 As RPP que constam do plano servem para orientar os Rec. Caso
uma posição prevista seja inadequada, o elemento encarregado de reconhecê-
la (Adj S-2 ou O Rec) escolhe outra nas suas proximidades.

10.2.5.2.6 A posição escolhida, mesmo não constando do plano de emprego, é


comunicada ao Cmt GAC o mais breve possível.
10-11
EB70-MC-10.360

10.2.5.2.7 Com relação aos PO, a distância para planejamento deve considerar
a capacidade dos meios disponíveis para tal, além da compartimentação do
terreno.

10.2.5.2.8 As posições e os observatórios devem ser previstos para apoiar a


manobra a partir da LPE. Nesse caso, a(s) primeira(s) RPP deverá(ão) distar
das elevações que dominem essa linha o equivalente ao alcance útil do
material de menor alcance no eixo considerado. Os PO, por sua vez, deverão
ter a possibilidade de observar os fogos nas elevações que dominam a LPE.

10.2.5.2.9 Em final de missão, as RPP devem ser planejadas de modo a


permitir:
a) o aprofundamento dos fogos das armas de tiro direto da tropa amiga
desdobrada nos objetivos;
b) a neutralização dos fogos indiretos sobre a tropa apoiada, batendo a linha no
terreno que permite ao inimigo a realização de fogos observados em relação
aos elementos em 1º Esc; e
c) desencadear fogos imediatamente à frente da tropa desdobrada em 1º Esc
nos objetivos, considerando o alcance mínimo do material, com a finalidade de
proporcionar segurança a esse elemento.

10.2.5.3 Código

10.2.5.3.1 Para maior facilidade das comunicações na marcha, tendo em vista


simplificar as mensagens e assegurar o sigilo, costuma-se convencionar um
código para referir-se aos pontos característicos, observatórios e às posições.

10.2.5.3.2 Esse código, normalmente, é previsto nas NGA do GAC. É usual


utilizarem-se letras maiúsculas para indicar as posições; minúsculas, para os
observatórios e números arábicos para designar pontos característicos. Nos
dois primeiros casos, os eixos secundários são caracterizados por números
após o primeiro caractere.

10.2.5.3.3 Quando planejados e não ocupados, os símbolos das RPP e dos PO


deverão estar tracejados e, tão logo ocupados, deverão ser preenchidos em
sua totalidade.

Situação Eixo Principal Eixo Secundário

Planejada/ B B1
Não Ocupada
RPP

Ocupada B B1

10-12
EB70-MC-10.360

Planejado/
Não Ocupado
b b1
PO

Ocupado
b b1
Quadro 10-1 – Símbolos utilizados no PEA de Marcha para o Combate

10.2.5.4 Distribuição

10.2.5.4.1 O PEA deve ser distribuído a todos os elementos que necessitam


utilizá-lo.

10.2.5.4.2 Normalmente, é distribuído ao Esc Sp, aos elementos do EM do


GAC, ao Adj S-2, aos Cmt Bia, aos O Lig, aos O Rec, aos OA e aos CLF.

10.2.6 RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO

10.2.6.1 Reconhecimento

10.2.6.1.1 Evidencia-se, nessa situação, o REOP das Bia, tanto devido às


frequentes descentralizações, quanto, algumas vezes, ao emprego parcelado
do GAC.

10.2.6.1.2 Os Rec 1º Esc do GAC limitam-se, geralmente, a um rápido trabalho


do Adj S-2.

10.2.6.1.3 Especial atenção deve ser dada por esse oficial à necessidade de
trabalhos de Eng para facilitar o acesso à posição. Se necessário, o Cmdo
GAC deve estabelecer contato com o Cmt U Vgd para viabilizar o emprego do
Pel Eng que acompanha esse elemento.

10.2.6.1.4 Quando a ocupação interessa a mais de uma Bia O, o Cmt GAC ou


um oficial do EM do GAC realiza um rápido trabalho de Rec, distribuindo a área
pelas Bia e escolhendo o local do P Lib.

10.2.6.1.5 As RPP e as regiões de observatórios previstas no PEA são


reconhecidas à medida que vão sendo alcançadas, devendo o elemento
encarregado (Adj S-2, no Itn Pcp e os O Rec, nos Itn Scd) relatar os resultados,
via rádio, ao Cmt GAC.

10-13
EB70-MC-10.360

10.2.6.1.6 Os 2º e 3º Esc, que se deslocam juntos e ao longo da coluna de


marcha, são acionados logo que for decidida a ocupação.

10.2.6.2 Ocupação da Posição

10.2.6.2.1 Aspectos Gerais


a) A Bia O que se desloca com a Vgd ocupa posição, normalmente, antes do
GAC (-), enquanto este continua seu deslocamento com o grosso da Bda.
b) Determinada a ação do GAC (-), este poderá ocupar a posição onde se
desdobrou a Bia O avançada ou ocupar outra posição, conforme a situação do
momento.
c) O Elm Art que ocupar posição para prestar o apoio à Bda (ou parte dela)
passa, a partir dessa intervenção, a se deslocar de posição em posição de tiro,
se o contato for mantido e a atuação do inimigo assim o impuser.
d) Acontece, algumas vezes, que o GAC, no desenrolar da sua manobra,
ocupa uma posição de tiro, com parte de seus meios, mantendo a outra parte
imediatamente à retaguarda, em posição de espera (Pos Espa). Dessa
posição, poderá juntar-se aos elementos já em posição ou ocupar uma posição
mais à frente.
e) Tais aspectos ressaltam a importância do trabalho dos Cmt Bia O e de seus
Elm Rec no preparo e ocupação de posição, durante a realização da M Cmb.

10.2.6.2.2 A Ocupação
a) Decidida a ocupação, o Cmt Bia O, acompanhado dos 2º e 3º Esc Rec,
dirige-se imediatamente para a RPP, onde, em ritmo acelerado, desenvolve os
trabalhos normais para a ocupação.
b) Logo que possível, o Adj S-2, pessoalmente, completa seu relatório ao Cmt
GAC, acrescentando os pormenores não fornecidos pelo rádio, o que permite
ao Cmt ultimar suas ordens para a ocupação.
c) O PC do GAC, normalmente sobre rodas, deve ser instalado próximo ao Itn
de deslocamento e sua localização deve considerar a localização das posições
das Bia O e do PC da Bda.
d) O rádio terá prioridade durante a ocupação.
e) Os trens do GAC são formados por ocasião da articulação à coluna da Bda e
se deslocam junto aos órgãos de Ap Log da Bda.
f) É admissível uma menor precisão dos elementos topográficos obtidos em
benefício da rapidez do desencadeamento de fogos.

10.2.7 FOGOS

10.2.7.1 O GAC, na M Cmb, dentro de suas possibilidades, cumpre a totalidade


das missões de apoio de fogo da Bda, uma vez que possivelmente não contará
com o Ap Art do Esc Sp em curto prazo.

10-14
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10.2.7.2 Nas ações centralizadas, o planejamento de fogos segue, na medida


do possível e em função dos dados disponíveis, as técnicas e os princípios
adotados no ataque.

10.2.7.3 Predominam os tiros “a pedido" sobre os previstos, com emprego


frequente dos observadores aéreos e avançados.

10.2.7.4 Pedido de fogo adicional só será possível de ser cumprido caso haja,
na operação, a presença de unidade de tiro de mísseis e foguetes, Aviação do
Exército ou previsão de apoio aéreo aproximado por parte da FAC.

10.2.8 AÇÕES GERAIS DO GAC

10.2.8.1 Antes do contato, enquadrado pela Bda, o GAC desenvolve suas


atividades de apoio no decorrer das três fases da M Cmb, adotando os
procedimentos descritos a seguir.

10.2.8.2 1ª Fase: Contato Remoto


a) Nessa fase, o movimento toma a forma de coluna de marcha.
b) Não há possibilidade de interferência inimiga, além da aérea, durante o
percurso ou logo após a chegada ao destino.
c) O GAC pode marchar isolado e independente da Bda, cumprindo as
medidas de controle e coordenação impostas. No entanto, nas escolhas dos
itinerários e regiões de destino, deve considerar a hipótese de ter que se
articular à coluna da Bda com rapidez e a possibilidade de seu emprego para
atender a qualquer eventualidade.
d) A preocupação com o conforto da tropa prepondera sobre a rapidez,
observadas as necessidades mínimas de segurança.

10.2.8.3 2ª Fase: Contato Pouco Provável


a) O movimento da Bda toma a forma de coluna tática.
b) Seus Elm Man são distribuídos de acordo com as respectivas missões
táticas.
c) A segurança e a rapidez constituem as preocupações principais dos Cmt.
Nessa fase, o GAC não deve ser empregado em curto prazo. Entretanto,
visando a não retardar os trabalhos de REOP e a abertura do fogo na fase
subsequente, o GAC deve articular-se na coluna da Bda, lançando à frente os
seus Rec. Deve, ainda, destacar os O Lig e OA para marcharem juntos,
respectivamente, dos Cmt U e de SU ou escalões correspondentes.
d) O Cmt GAC e um O Lig passarão a marchar ao lado do Cmt Bda a fim de
melhor assessorá-lo no emprego dos meios de Ap F que sejam necessários.
e) Não há obrigatoriedade de articulação do GAC à coluna da Bda; no entanto,
ela é conveniente. No mínimo, o GAC deve marchar enquadrado na coluna da
Bda, em local compatível com uma posterior e rápida articulação à coluna, se
necessário.
f) Cabe ao Cmt Bda, assessorado pelo Cmt GAC, a decisão sobre a
conveniência dessa articulação.
10-15
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10.2.8.4 3ª Fase: Contato Iminente


a) Essa fase pode ser atingida na sequência natural das fases anteriores ou
com a omissão de uma ou ambas, aspecto que caracteriza o seu grau de
incerteza.
b) A Bda realiza uma marcha de aproximação em condições de passar para o
dispositivo de ataque a qualquer momento.
c) O GAC que apoia essa força deve articular-se de modo a fornecer o apoio
necessário em tempo útil, evitando que o elemento apoiado se atrase
esperando pela Art, ou ataque sem ela.
d) Esse tempo deve, portanto, ser, no máximo, igual ao tempo que a tropa
apoiada leva para tomar o seu dispositivo, após o contato com o inimigo.
e) A preocupação maior recai sobre a segurança, mantendo-se a rapidez
compatível e relegando-se o conforto da tropa a plano secundário.
f) O GAC articula-se ao dispositivo da Bda, visando a apoiar, inicialmente, as
ações da Vgd, proteger o desdobramento do grosso e, finalmente, apoiar as
ações da Bda como um todo.
g) O Cmt Bda indica a linha a partir da qual o GAC deverá ficar em condições
de apoiá-la, sem perda de tempo, coincidindo, normalmente, com a LPE.
h) O GAC, ou parte dele, deve estar sempre pronto para apoiar com rapidez e
oportunidade a Vgd ou a própria Bda, mas é conveniente evitar o seu
desdobramento prematuro, em face das condições de segurança e da
necessidade de ocupar posições o mais à frente possível.
i) Após os contatos iniciais da Vgd com o inimigo, parte ou todo o GAC passa a
se deslocar com mais cautela, só ultrapassando os pontos de liberação das
RPP reconhecidas mediante ordem.
j) O GAC, ou parte dele, entra em posição tão logo seja determinado.

10.2.8.5 Após o Contato

10.2.8.5.1 Após o contato, a preocupação máxima do Cmt GAC é assegurar a


continuidade do apoio às ações da Bda, o que será conseguido com a
realização da manobra da observação e do material. Também, a C Tir do GAC
passará a se deslocar por escalões de seção, permanecendo próxima às
posições de Bia O.

10.2.8.5.2 Caso o Cmt Bda tenha decidido centralizar as operações para se


contrapor à resistência inimiga apresentada, o Cmt GAC deverá, também,
centralizar a Artilharia, reorganizando-a para o combate.

10.2.8.5.3 Se houver rompimento do contato com o inimigo, a marcha reiniciará


nos moldes em que vinha sendo realizada antes do contato.

10.2.8.5.4 Os postos de observação são deslocados tão logo haja possibilidade


de ocupar regiões de observatórios mais à frente, previstas e reconhecidas.

10-16
EB70-MC-10.360

10.2.8.5.5 A aproximação da tropa apoiada do limite do alcance útil do material


faz com que se torne necessário o deslocamento das Bia O. Isso, em regra,
verifica-se quando a tropa apoiada atinge uma linha ou uma região que permita
a execução do deslocamento e a ocupação de novas posições com relativa
segurança.

10.2.8.5.6 Em princípio, os lances do material devem ser da ordem de 2/3 do


alcance útil, conforme a previsão de RPP do PEA, respeitadas as alterações
que porventura tenham sido introduzidas, fruto dos reconhecimentos.

10.2.9 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

10.2.9.1 Medidas de Coordenação na Marcha para o Combate

10.2.9.1.1 Normalmente são estabelecidas LSAA:


a) sobre as linhas de controle;
b) na orla anterior dos objetivos finais, para facilitar a coordenação durante sua
conquista; e
c) além da tropa desdobrada nos objetivos finais, salvaguardando,
preferencialmente, uma margem de segurança para evitar o fratricídio,
considerando as características técnicas dos materiais empregados.

10.2.9.2 Logística

10.2.9.2.1 Devido à particularidade da Op M Cmb, a qual se caracteriza pela


rapidez do movimento e incerteza da situação inimiga, a logística deve possuir
flexibilidade para se adaptar à mobilidade e à capacidade de desdobramento.

10.2.9.2.2 Durante o planejamento, o Cmt GAC, assessorado pelo S-4, define a


região da área de estacionamento inicial e seleciona possíveis locais de
desdobramento ao longo do itinerário de marcha.

10.2.9.2.3 A seleção desses possíveis locais de desdobramento deve


considerar, além dos fatores para a escolha do local da AT, a manutenção do
Ap Log adequado aos elementos do GAC, levando-se em conta:
a) a capacidade de transporte dos meios logísticos do GAC;
b) a presença de rocadas, quando o GAC se deslocar por mais de um eixo; e
c) o alcance dos meios rádio, para que se mantenha a comunicação entre a
AT, o PC GAC e as Bia.

10.2.9.2.4 Durante a progressão da M Cmb, os meios da AT devem deslocar-


se a uma distância suficiente para prestar o Ap Log aos elementos que se
deslocam junto ao 1º Esc da tropa. Para isso, enquanto não houver contato
com o inimigo, o GAC deve manter seus meios sobre rodas.

10-17
EB70-MC-10.360

10.2.9.2.5 Considera-se que a AT está sobre rodas quando a maior parte dos
seus meios está embarcada em viaturas, deslocando-se junto da coluna de
marcha. Somente mediante ordem, os meios necessários serão desdobrados
para prestar um apoio temporário e específico.

10.3 O GAC NO ATAQUE COORDENADO

10.3.1 GENERALIDADES

10.3.1.1 O Atq é a ação principal das Op Ofs, combinando movimento e


potência de fogo em uma direção decisiva, para conquistar, pela força, um
objetivo que conduza à derrota, destruição ou neutralização do inimigo.

10.3.1.2 O fogo é, assim, parte integrante da manobra e exerce grande


influência na sua montagem e conduta.

10.3.1.3 Os GAC são as unidades de Ap F capazes de propiciar ao comando o


volume e a potência de fogo desejados, nos momentos e locais necessários,
com alcance, continuidade e precisão não obtidos por qualquer outro meio.

10.3.1.4 O GAC, para o apoio ao ataque, deve ser organizado e desdobrado de


modo a:
a) fornecer os fogos de apoio ao desembocar do ataque;
b) manter o apoio durante a progressão; e
c) proteger a força atacante durante as paradas para a consolidação dos
objetivos e reorganização.

10.3.2 FATORES BÁSICOS DE EMPREGO

10.3.2.1 O êxito no emprego do GAC, em situações ofensivas, dependerá da


observância dos seguintes fatores fundamentais:
a) surpresa;
b) ação de massa;
c) continuidade do apoio; e
d) superioridade sobre a Artilharia inimiga.

10.3.2.2 Para que esses aspectos possam ser atendidos, impõe-se o maior
grau de centralização possível, antes da operação e no seu início. À medida
que o ataque se desenvolve, é normal a descentralização do GAC, tendendo
quase para a total descentralização no Apvt Exi e na Perseguição.

10.3.2.3 No combate não linear, em que predominam os ataques de


oportunidade e a infiltração, é comum a descentralização do GAC.

10-18
EB70-MC-10.360

10.3.3 AÇÕES GERAIS DO GAC

10.3.3.1 Os GAC, no apoio ao ataque, devem realizar as seguintes ações


gerais:
a) proteger a tomada do dispositivo de ataque pela força apoiada;
b) apoiar o desembocar e a progressão do Esc Atq; e
c) proteger o Esc Atq nos períodos de reorganização, após a conquista do
objetivo e na sua consolidação.

10.3.4 ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

10.3.4.1 Além dos fatores da decisão e dos fundamentos da Artilharia (CAPAF)


prescritos no manual EB70-MC-10.224 Artilharia de Campanha nas Operações,
quando a DE monta um Atq Coor, devem ser respeitados os aspectos a seguir
enumerados, no que tange ao apoio de Art.

10.3.4.2 Cada Bda em 1º Esc conta com um GAC orgânico para lhe prestar o
apoio de fogo.

10.3.4.3 Dependendo da sua constituição e havendo disponibilidade, a Bda


pode receber outro GAC em Ref ou em Ref F ao GAC orgânico.

10.3.4.4 A DE, normalmente, atribui prioridade de apoio de fogo à Bda que for
realizar o ataque principal.

10.3.4.5 Se uma U (Btl ou Rgt) for empregada em 1º Esc, diretamente


subordinado à DE, deve contar, desde que haja disponibilidade, com o apoio
de uma Bia O.

10.3.5 DESDOBRAMENTO

10.3.5.1 Áreas de Posição

10.3.5.1.1 No Atq, os GAC devem ocupar Posições Iniciais (Pos In) em áreas
bem avançadas, a fim de aproveitar melhor o alcance do material e, também,
para facilitar as ligações e comunicações. Essas posições devem observar os
seguintes aspectos:
a) não devem ficar situadas a distâncias da LC menores que o alcance mínimo
da menor carga constante das tabelas de tiro para cada material de Artilharia;
b) as posições dos GAC não devem interferir na manobra da força apoiada e
seu dispositivo, considerando-se nesse caso, as áreas ocupadas pela Res; e
c) segurança.

10.3.5.1.2 Quando os objetivos designados pela Esc Sp estiverem a uma


distância maior que o alcance útil dos GAC, deve-se planejar a manobra do
material, de modo a se manter a continuidade do Ap F aos elementos da arma-
10-19
EB70-MC-10.360

-base empenhados na operação. Essas novas áreas, em que os GAC


desdobrar-se-ão, denominam-se Posições de Manobra (Pos Man).

10.3.5.1.3 A escolha de áreas de posição segue, em geral, as normas a


seguir descritas.
a) A AD fixa as áreas para os GAC com as missões de Aç Cj e Aç Cj-Ref F,
após tomar conhecimento, em detalhes, da manobra da DE.
b) Os GAC orgânicos das Bda ou com a missão de Ap Dto a uma força têm
liberdade para escolher suas áreas de posição, informando sua localização ao
escalão a que estão diretamente subordinados. Escolhem, também, as
posições dos GAC que reforçam seus fogos.
c) Em geral, a DE concede aos GAC, por meio do PAF, uma prioridade de
seleção de áreas, dentro das Z Aç das forças apoiadas.
d) Pode acontecer, entretanto, que por imposição do terreno, necessidade de
segurança do material e, ainda, para facilitar as operações futuras, o
comandante da AD seja levado a coordenar a seleção das áreas, designando,
com antecedência, as que se destinam aos GAC em Aç Cj e/ou Aç Cj-Ref F e,
ainda, negando a utilização, por meio do PAF/DE, de áreas aos GAC orgânicos
das Bda, em Ap Dto a uma força ou em Ref F a estes.
e) Os GAC orgânicos das Bda ou em Ap Dto a uma força devem escolher
áreas de posição o mais à frente possível, obedecendo, no entanto, ao limite
mínimo da LC, relativo à faixa de melhor emprego da menor carga constante
das tabelas de tiro do material em uso.
f) As áreas devem permitir aos GAC aplicarem fogos em toda a Z Aç da Bda ou
força apoiada.
g) Em face das restrições que possam existir com relação ao terreno,
segurança, alcance do material, Man da força apoiada etc., a escolha das Pos
In desses GAC pode influir na marcação do primeiro objetivo da tropa apoiada.
h) Decorre daí a necessidade de uma perfeita compreensão, pelo GAC, da
Man da arma-base e de um judicioso trabalho de seleção de áreas de posição.

10.3.5.2 Posições Iniciais

10.3.5.2.1 Para GAC orgânico de Bda em 1º Esc:


a) deverão permitir ao GAC bater, com seu alcance mínimo, a LP/LC;
b) deverão apresentar bom desenfiamento e fácil acesso; e
c) deverão permitir ao GAC desencadear fogos, nesta prioridade:
- (1) nos últimos objetivos planejados;
- (2) nos objetivos intermediários;
- (3) na linha de fogos observados (LFO); e
- (4) na LP/LC (ou suas partes mais importantes).

10.3.5.2.2 GAC integrantes da AD:


a) GAC em Aç Cj
- Normalmente ocupará uma posição central na manobra da DE, batendo
toda LP/LC ou suas partes mais importantes.

10-20
EB70-MC-10.360

b) GAC em Aç Cj-Ref F, Ref F ou em Ap Dto


- Normalmente estará eixado com a manobra da tropa apoiada.
c) De forma geral, as considerações feitas a respeito das posições iniciais dos
GAC orgânicos de Bda em 1º Esc são válidas também para os GAC que
integram a AD.

10.3.5.3 Posições de Manobra

10.3.5.3.1 GAC orgânicos de Bda em 1º Esc ocuparão Pos Man, as quais


deverão ser selecionadas seguindo os seguintes critérios:
a) uma Pos Man deverá distar um lanço da ordem de 2/3 do alcance útil do
material considerado (ou de menor calibre) da Pos In ou da última Pos Man;
b) deverá, se possível, estar fora dos objetivos; e
c) caso seja a posição da qual o GAC apoiará a conquista de um determinado
objetivo, deverá permitir ao Grupo realizar fogos sobre o objetivo com seu
alcance mínimo e possuir o alcance adequado para bater à frente desse
mesmo objetivo, devendo:
- bater a posição de emprego do armamento de tiro direto do inimigo à frente
do objetivo, caso a missão seja manter a posição conquistada; e
- bater o mais à frente possível do objetivo, caso, após a conquista do
objetivo, seja previsto o prosseguimento ou a ultrapassagem. Assim,
permitirá a retirada da possibilidade de condução dos fogos indiretos pelo
inimigo.

10.3.6 OBSERVAÇÃO

10.3.6.1 Os GAC utilizam, no Atq, meios de observação terrestre,


prioritariamente com base nos OA, podendo, também, receber do Esc Sp,
meios de Obs Ae e eletrônicos, tudo com a finalidade de obter vistas, em
largura e profundidade, em toda Z Aç da força apoiada.

10.3.6.2 A observação aérea, normalmente empregando SARP, é centralizada


na DE, antes do início do ataque. À medida que o Atq se desenvolve, os meios
aéreos de observação podem reverter-se ao controle das Bda.

10.3.6.3 Um GAC em Ap G ou Ap Dto a uma força, com seus meios orgânicos,


tem capacidade de instalar até 5 (cinco) PO. Destes, é um PO por Bia O,
totalizando 3 (três), e 2 (dois) de sua Bia C. Entretanto, no Atq, deve-se,
sempre que possível, manter equipes de PO em reserva, sobre rodas, a fim de
atender à manobra da observação. Nesse caso, 3 (três) estariam instalados e 2
(dois) em reserva, exceto na situação do desembocar de um ataque.

10.3.6.4 Havendo um GAC em Ref F a outro, o GAC orgânico pode solicitar à


OM que reforça seus fogos a colaboração na montagem do sistema de
observação, inclusive em equipes de PO, se a situação o exigir.

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EB70-MC-10.360

10.3.6.5 A manobra de PO deve ser coordenada com a manobra da força


apoiada, levando-se em consideração, ainda, os aspectos relativos ao terreno
e a segurança.

10.3.6.6 As turmas de PO destinadas a mobiliar os novos postos devem ser


previamente designadas e orientadas no sentido de equipar esses PO no
menor prazo possível, a fim de eliminar, ao máximo, os tempos mortos e a
interrupção da observação dentro do compartimento de Atq, apesar de os
observadores avançados suprirem, em parte, essa deficiência.

10.3.6.7 A manobra de PO deverá considerar a capacidade de observação dos


equipamentos utilizados, bem como a compartimentação do terreno.

10.3.6.8 Os primeiros PO planejados serão aqueles debruçados sobre a LP/LC.


O máximo de PO possível deverá ser mobiliado, a fim de permitir uma melhor
condução dos fogos no desembocar do ataque.

10.3.6.9 Os PO de manobra deverão ser planejados, conforme a necessidade


do apoio à manobra da força apoiada.

10.3.6.10 O GAC orgânico da Bda, ou em Ap Dto a uma força, monta o seu


sistema de observação utilizando:
a) PO;
b) OA; e
c) Obs Ae, caso não fiquem centralizados na DE ou na AD.

10.3.6.11 Nas ações de intensa movimentação, como é a característica do


combate não linear, empregando, por exemplo, os Atq Oport, as operações
aeromóveis ou a infiltração, o sistema de observação para o Ap F é calcado,
essencialmente, nos OA.

10.3.7 COMANDO

10.3.7.1 No Atq, sempre que possível, o GAC mantém centralizado o comando


e a direção de tiro, visando a prestar, do modo mais eficiente, o Ap F à arma-
base.

10.3.7.2 Para isso, algumas normas devem ser seguidas:


a) o PC deve ser instalado em região em que sejam conciliadas as
necessidades de proximidade das posições de Bia O e a justaposição ao PC
da força apoiada; e
b) um sistema de comunicações deve ser montado tendo o rádio como meio
principal. Até o início da preparação (quando realizada), o rádio tem severas
restrições ao seu emprego, em face das necessidades de segurança e sigilo.
Essas restrições vão, progressivamente, diminuindo até a hora do início do
ataque, quando o rádio passa a ser livremente explorado.

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EB70-MC-10.360

10.3.8 TRENS DO GAC

10.3.8.1 A AT do GAC deverá ser selecionada, de modo a atender aos critérios


a seguir.

10.3.8.1.1 Terreno
a) Deve ter fácil acesso.
b) É interessante a presença de construções aproveitáveis.

10.3.8.1.2 Segurança
a) Deve possuir camuflagem.
b) Deve possuir um espaço adequado à dispersão dos seus órgãos.
c) Deve ter uma distância de segurança da LP/LC.

10.3.8.1.3 Situação Logística


a) Deve estar próxima à estrada principal de suprimento (EPS).
b) Deve possuir proximidade com a Base Logística do escalão apoiado.

10.3.9 RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO

10.3.9.1 Os Rec da área selecionada como Pos In devem ser realizados com
uma antecedência que permita o seu preparo para uma ocupação oportuna
para o apoio à manobra.

10.3.9.2 Para as Pos Man, os Elm Rec devem estar em condições de iniciar, o
mais rapidamente possível, os seus trabalhos, logo que o Esc Atq tenha
ultrapassado a região escolhida e haja condições mínimas de segurança para
as equipes.

10.3.9.3 As Bia O devem estar ocupando suas posições antecedendo o Atq.

10.3.9.4 As regulações, desde que autorizadas, também devem ser realizadas


o mais próximo possível da hora do ataque e apoiadas por sondagem
meteorológica.

10.3.9.5 O tempo dispensável para o REOP é sempre função da situação,


sendo, normalmente, muito exíguo quando o Atq é realizado em
prosseguimento a uma ação ofensiva anterior.

10.3.10 A ATUAÇÃO DOS GAC DURANTE OS COMBATES

10.3.10.1 Os GAC, durante as diversas fases do combate ofensivo, atuam de


acordo com o descrito a seguir.

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EB70-MC-10.360

10.3.10.2 1ª Fase: Antes da Preparação ou Antes do Ataque

10.3.10.2.1 O Atq pode seguir-se a uma situação de movimento ou partir de


uma situação defensiva.

10.3.10.2.2 Quando o Atq se segue a uma situação de movimento, os GAC


aplicam fogos com as seguintes finalidades:
a) apoiar as ações da Vgd e o desdobramento do grosso, após a M Cmb; e
b) apoiar os combates preliminares em que nossas forças procuram repelir a F
Cob do inimigo e estabelecer contato com a sua posição defensiva.

10.3.10.2.3 Após recalcar a F Cob do inimigo, é conveniente que a maior parte


dos GAC seja mantida em silêncio, a fim de não quebrar o sigilo da operação e
não denunciar a parte da frente onde o Atq será realizado.

10.3.10.2.4 Quando o Atq se segue a uma situação defensiva, a atuação dos


GAC, na primeira fase, limita-se a aplicar os fogos que já vinham sendo
realizados, a fim de manter a fisionomia da frente e não revelar a operação
futura.

10.3.10.2.5 Em ambos os casos, a norma de fogos dos GAC deve ser mantida
em “silêncio”, a fim de não revelar ao inimigo o valor da Art atacante. Será o
caso da totalidade dos meios em “silêncio” quando houver uma outra Art já em
posição, apoiando uma força em contato, como se verifica em uma operação
de ultrapassagem.

10.3.10.2.6 Uma norma de fogos “semiativa” também pode ser determinada,


em vez de “silêncio”. Nesse caso, o PAF especificará, claramente, as
restrições, como:
a) bater Art e Mrt inimigos que estejam causando baixas;
b) bater Mrt inimigos confirmados etc.; e
c) observa-se que não é interessante a execução de fogos por parte dos GAC
orgânicos de Bda, mesmo nesse caso.

10.3.10.2.7 O GAC deve ocupar a Pos In, de onde apoiará o início do Atq, e as
Pos Man, para apoiar o prosseguimento das ações.

10.3.10.2.8 As regulações realizadas na direção de progressão devem ser


evitadas ao máximo, com a finalidade de preservar o sigilo e os fogos de
contrabateria (C Bia) do inimigo, devendo-se observar o que segue:
a) as restrições para a realização das regulações constam do PAF;
b) caso autorizadas, é interessante que sejam realizadas o mais próximo
possível da hora do Atq;
c) se o Atq estiver previsto para o alvorecer, a regulação deve ser realizada na
tarde do dia que precede o Atq, fazendo deslocar uma peça, por GAC, para

10-24
EB70-MC-10.360

posições avançadas (posição de regulação). A atualização das correções


obtidas é conseguida com a utilização dos boletins meteorológicos;
d) quando não for permitida a regulação na véspera do Atq, podem ser
aproveitados os primeiros instantes do alvorecer para a realização desse tiro;
e) em último caso, é realizada na noite que antecede o Atq, empregando-se,
então, a observação conjugada;
f) em resumo, a regulação para frente só é realizada em última instância, pois
compromete o sigilo da operação;
g) a par disso, os GAC possuem equipamentos eletrônicos que fornecem
dados completos para a execução do tiro com precisão confiável, dispensando
a necessidade de prévia regulação; e
h) no tocante à regulação para a retaguarda, havendo uma Área de Fogo Livre
(AFL) estabelecida, é possível de ser realizada, desde que previamente
autorizada pelo Esc Sp, permanecendo válidas as observações acima descritas
sobre a atualização das correções obtidas.

10.3.10.2.9 Os GAC orgânicos das Bda, ou em Ap Dto a uma força, executam


fogos sobre alvos que, devido à sua natureza e proximidade, representem séria
e imediata ameaça à manobra da força. Esses GAC contribuem com seus
fogos, em todas as fases do ataque, não sendo normal, entretanto, atirarem na
1ª fase.

10.3.10.3 2ª Fase: Preparação ou Intensificação de Fogos

10.3.10.3.1 Compete ao Cmt da força a decisão sobre a realização ou não da


preparação, analisando os fatores constantes do manual EB70-MC-10.224
Artilharia de Campanha nas Operações.

10.3.10.3.2 Pode ser iniciada antes ou após o desembocar do Atq.

10.3.10.3.3 O normal é o seu desencadeamento momentos antes do Atq, a fim


de facilitar a aproximação dos Elm 1º Esc.

10.3.10.3.4 Intensificação de Fogos (IF)


a) Quando a Bda atua em missão independente, contando exclusivamente com
seus meios de apoio de fogo orgânicos, não tem condições de realizar uma
preparação, pois não dispõe de um adequado volume de fogos. Nesse caso,
executa uma IF.
b) A realização de uma IF também é comum quando uma DE, no decorrer de
uma Op Ofs, não dispuser de informações precisas sobre o inimigo que
possam ser traduzidas em um grande número de alvos a bater durante
determinado período.
c) Tanto na Prep quanto na IF, devem ser seguidas a seguinte sequência de
alvos inimigos a serem batidos: meios de Ap F, sistema de C 2, DA Ae, sistema
de observação e BA, tropas em contato e reserva.

10-25
EB70-MC-10.360

10.3.10.4 3ª Fase: Durante a Progressão

10.3.10.4.1 Nessa fase, os GAC executam fogos com a finalidade de


neutralizar as resistências inimigas encontradas, após o desembocar do Atq e
durante a sua progressão, de modo a permitir que os elementos do Esc Atq
cerrem até a distância de assalto ao objetivo imposto.

10.3.10.4.2 Esses fogos devem estar inteiramente casados à progressão da


força apoiada e, sob a forma de concentrações, são lançados sobre os alvos
que se revelarem durante a progressão.

10.3.10.4.3 Nessa fase, os fogos são desencadeados, em sua maioria, a


pedido.

10.3.10.4.4 Na iminência do assalto ao objetivo imposto, é normal o


desencadeamento de séries de concentrações, a fim de facilitar as Aç Esc Atq.

10.3.10.4.5 Os GAC da AD em Aç Cj aprofundam os fogos em relação aos


executados pelos GAC em Ap G, atirando em alvos mais distantes, visando a
proteger o Esc Atq.

10.3.10.5 4ª Fase: Durante as Paradas nos Objetivos

10.3.10.5.1 Após a conquista de um objetivo, os Elm 1º Esc, normalmente,


necessitam de algum tempo para consolidar essa conquista e organizar
defensivamente a nova posição, a fim de fazer face aos possíveis C Atq
inimigos e, ainda, reorganizar os seus meios para o prosseguimento da Op.

10.3.10.5.2 Assim, nessa fase, os fogos vão, gradativamente, evoluindo para o


tipo defensivo, assumindo grande importância os de apoio à defesa do objetivo,
como as barragens.

10.3.10.5.3 Esses fogos destinam-se a quebrar o ímpeto do inimigo e a impedir


que este penetre na posição conquistada ou prejudique a reorganização dos
elementos atacantes. Para isso, o GAC deve ter condições de bater, com o
alcance útil do material, o objetivo conquistado e, se possível, de acordo com a
atitude do GAC em final de missão, adiante dele, possibilitando o
desencadeamento de barragens a pedido ou mediante ordem.

10.3.11 MANOBRA DURANTE O ATAQUE

10.3.11.1 Generalidades

10.3.11.1.1 A necessidade de Ap F de toda a operação implica, para o GAC,


realizar manobras de observação, do material e do sistema de comando.

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10.3.11.1.2 Essas mudanças constituem uma situação bastante crítica para o


GAC e para a força apoiada, razão pela qual somente são realizadas quando
se tornam imprescindíveis à operação.

10.3.11.1.3 Na fase inicial, o desdobramento do GAC mais cerrado sobre a LC


contribui para diminuir essa necessidade.

10.3.11.1.4 A oportunidade para esses deslocamentos está intimamente ligada


à manobra da força apoiada. Por essa razão, ao marcar os objetivos a
conquistar, o Cmt da força sempre deve levar em conta, além dos requisitos de
ordem tática, as necessidades e possibilidades de Art para prestar um eficiente
apoio.

10.3.11.1.5 A manobra de observação se faz atendendo às imposições do


terreno e à necessidade dos OA de acompanhar a progressão do Esc Atq, a
fim de que se tenha observação em profundidade em todo o compartimento de
ataque.

10.3.11.1.6 Será conveniente manter equipes de observadores próprios dos


GAC em reserva, sobre rodas, em condições de mobiliar os postos de manobra
tão logo se disponha de segurança proporcionada pela força apoiada.

10.3.11.1.7 Os órgãos de comando também se deslocam por escalões, o que


permite ao Cmt controlar seus Elm Subrd em qualquer fase do combate.

10.3.11.2 Continuidade do Apoio de Fogo

10.3.11.2.1 A continuidade do apoio de fogo à tropa apoiada é fundamental e


deve ser levada em consideração durante todo o planejamento de emprego do
GAC.

10.3.11.2.2 Essa continuidade de apoio é assegurada por meio da manobra de


PC, da observação e do material, e, algumas vezes, isso pode condicionar o
Cmt da força apoiada na marcação de objetivos ou no tempo de parada neles.

10.3.11.2.3 Os lances do material devem estar intimamente casados à


manobra de força apoiada e ao terreno, não devendo ser muito frequentes e
não superiores, em princípio, a 2/3 do alcance útil do material.

10.3.11.2.4 As mudanças são planejadas com antecedência, e as áreas de


posição e itinerários a percorrer são escolhidos na carta, a fim de permitir os
trabalhos de Rec com a necessária antecedência.

10.3.11.2.5 Os Itn de acesso às novas posições devem, sempre que possível,


ser desenfiados das vistas dos observatórios inimigos, a fim de evitar que
essas posições sejam localizadas e fiquem sujeitas aos fogos de C Bia.
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10.3.11.2.6 Geralmente, os GAC mudam de posição após a conquista da


primeira linha de alturas que dominam a LP/LC (após a conquista e a
consolidação).

10.3.11.2.7 O momento mais cedo para a mudança de posição ocorre quando


da retirada dos fogos diretos do inimigo sobre a LP/LC. A linha de fogos diretos
(LFD) é uma linha de controle que marca a distância equivalente ao alcance do
armamento de fogo direto inimigo à frente da LP/LC.

10.3.11.2.8 O momento ideal para a mudança de posição se dá quando da


retirada dos fogos observados do inimigo. A LFO é uma linha de controle
marcada na distância equivalente ao alcance de observação do inimigo à frente
da LP/LC.

10.3.12 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO DO APOIO DE FOGO

10.3.12.1 Linha de Segurança de Apoio de Artilharia (LSAA)

10.3.12.1.1 As LSAA deverão ser traçadas tangenciando a orla anterior dos


objetivos e à frente da orla posterior na distância de segurança para o apoio de
fogo desses mesmos objetivos.

10.3.12.1.2 A LSAA que tangencia a orla anterior dos objetivos da primeira


linha de alturas deverá entrar em vigor no momento do Atq.

10.3.12.1.3 As demais entrarão em vigor mediante ordem.

10.3.12.2 Linha de Coordenação de Apoio de Fogo (LCAF)


- A LCAF deverá ser traçada além dos objetivos finais da DE.

10.3.12.3 Área de Fogo Livre (AFL)


- As AFL deverão ser traçadas nas áreas selecionadas para a realização de
regulações para a retaguarda.

10.3.12.4 Linha de Restrição de Fogos (LRF)


- As LRF somente serão traçadas nos casos em que forem necessárias para se
evitar o fratricídio em operações de junção.

10.3.12.5 Área de Restrição de Fogos (ARF)


- As ARF deverão ser traçadas ao redor de localidades não totalmente
evacuadas, com patrimônio histórico ou hospitais e/ou com elementos amigos
infiltrados operando no seu interior.

10.3.12.6 Área de Fogos Proibida (AFP)


- As AFP serão traçadas conforme imposições dos Esc Sp.

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10.3.12.7 Quadrícula de Interdição (QI)


- As QI normalmente estão posicionadas além da LCAF e são utilizadas para
emprego ar-superfície e de sistemas de longo alcance superfície-superfície.

10.4 O GAC NO APROVEITAMENTO DO ÊXITO E NA PERSEGUIÇÃO

10.4.1 GENERALIDADES

10.4.1.1 O Apvt Exi é a operação que se segue a um Atq bem-sucedido, sendo


a Op Ofs que obtém resultados mais decisivos, pois permite a destruição do
inimigo e de seus recursos com o mínimo de perdas para o atacante.

10.4.1.2 São considerados como indícios de um Atq bem-sucedido, capazes de


orientar a possibilidade de passagem ao Apvt Exi:
a) aumento no número de prisioneiros de guerra capturados;
b) passagem por material abandonado em suas posições; e
c) ultrapassagem de posições de Art inimiga, instalações de Cmdo e Com e de
depósitos de suprimento inimigo (ou outros órgãos logísticos).

10.4.1.3 É importante ressaltar que a definição da passagem da situação de


Atq para um Apvt Exi baseia-se em indícios. Por isso, assim que observados,
deverão ser analisados em conjunto com toda uma gama de outros fatores, a
fim de permitir o correto assessoramento ao Cmdo Bda quanto à decisão de se
passar, efetivamente, a uma operação de Apvt Exi.

10.4.1.4 O Apvt Exi caracteriza-se por um avanço contínuo e rápido, com a


finalidade de ampliar, ao máximo, as vantagens obtidas no Atq e anular a
capacidade do inimigo de reorganizar-se ou realizar um Mvt Rtg ordenado.

10.4.1.5 Seu planejamento deve proporcionar tal avanço, prevendo um


adequado Ap F, um eficiente Ap Log e selecionando objetivos profundos na
retaguarda do inimigo.

10.4.1.6 Uma vez iniciado, o Apvt Exi deve ser executado ininterruptamente.

10.4.1.7 Com o Apvt Exi, busca-se atingir o objetivo com máximo poder de
combate, tão logo possível.

10.4.1.8 O Apvt Exi caracteriza-se por sua execução mais descentralizada.

10.4.1.9 No Apvt Exi, assim como na Prsg, os Elm Bld encontram ambiente
para explorar, ao máximo, suas características e possibilidades. Normalmente,
são empregadas as Bda Bld, que possuem o GAC AP quaternário como Art
orgânica.

10-29
EB70-MC-10.360

10.4.1.10 O GAC AP reúne as características de mobilidade, potência de fogo


e proteção blindada, que tornam adequado o seu emprego nas ações ofensivas
que exijam massa, poder de choque e capacidade de prestar o apoio cerrado
ao Elm Man, como é o caso do Apvt Exi.

10.4.2 EMPREGO DOS GAC NO APROVEITAMENTO DO ÊXITO

10.4.2.1 Devido ao alto grau de descentralização, característico do Apvt Exi, o


elemento que recebe a missão de executá-lo deve dispor de todos os meios
necessários à consecução dos objetivos propostos.

10.4.2.2 Assim sendo, o GAC orgânico de uma Bda que se lança em Apvt Exi
deverá ser reforçado em meios para cumprir sua missão (a exemplo do que
ocorre em uma M Cmb).

10.4.2.3 O Grupo deverá ter mobilidade compatível com o elemento apoiado.

10.4.2.4 O GAC desloca-se articulado ao dispositivo do Elm Man, em


condições de, rapidamente, ocupar posição e executar os seus fogos.

10.4.2.5 O Grupo, em Ap ou Ref, normalmente progride por onde a unidade ou


força-tarefa (FT) apoiada deslocam a maioria dos meios, até o momento em
que seja encontrada uma resistência inimiga e seus fogos sejam necessários
para reduzi-la, a fim de assegurar, do interior do dispositivo, um adequado Ap F
à frente.

10.4.2.6 Conforme haja necessidade de maior descentralização (abertura de


eixos), pode ser necessário descentralizar o GAC.

10.4.2.7 No Apvt Exi, existirão duas possibilidades para os GAC:


a) GAC orgânico de Bda que atua como Força de Apvt Exi (F Apvt Exi); ou
b) GAC orgânico de Bda que atua como Força de Acompanhamento e Apoio (F
Acomp Ap).

10.4.2.8 É essencial que elementos de combate precedam o GAC a fim de lhe


proporcionarem segurança.

10.4.2.9 O Cmt da Bia O em Ap Dto ou Ref assessora o Cmt da unidade nas


suas tomadas de decisões.

10.4.2.10 Força de Aproveitamento do Êxito

10.4.2.10.1 São missões da F Apvt Exi:


a) conquistar objetivos profundos na retaguarda inimiga;
b) cortar linhas de transporte e de suprimento inimigas;
c) barrar ou cortar eixos de retraimento da força cercada;

10-30
EB70-MC-10.360

d) cercar e destruir forças inimigas; e


e) desorganizar a capacidade de comando e controle do inimigo.

10.4.2.10.2 O GAC em apoio à F Apvt Exi planejará a ocupação de RPP ao


longo de todos os E Prog dessa força. No entanto, tal ocupação somente
ocorrerá se necessário.

10.4.2.10.3 Dado o alto grau de incerteza sobre o inimigo, em que pese os


indícios apontarem para sua debilidade, prevalecerão os alvos a pedido,
solicitados pelos OA designados aos Elm Man valor U ou FT atuando em 1º
Esc em cada E Prog.

10.4.2.10.4 Em que pese não haver relação de subordinação entre as F Apvt


Exi e F Acomp Ap, a Art Cmp orgânica da F Apvt Exi deverá enviar os dados
de planejamento, reconhecimento e ocupação de posições à AD, no decorrer
do seu deslocamento.

10.4.2.10.5 A AD, exercendo coordenação técnica, poderá repassar tais dados


ao GAC orgânico da F Acomp Ap, para que ocupe posições já reconhecidas e
com dados topográficos básicos levantados.

10.4.2.11 Força de Acompanhamento e Apoio

10.4.2.11.1 São missões da F Acomp Ap:


a) manter aberta a brecha da penetração realizada pela F Apvt Exi;
b) assegurar a posse de acidentes capitais de interesse para a operação;
c) limpar o terreno;
d) substituir elementos da F Apvt Exi que tenham sido deixados à Rtgd;
e) auxiliar em atividades de assuntos civis e de prisioneiros de guerra;
f) proteger áreas e instalações à retaguarda da F Apvt Exi;
g) assegurar a liberação das vias de transporte; e
h) bloquear o movimento de reservas inimigas para o interior da área.

10.4.2.11.2 O GAC em apoio à F Acomp Ap deverá estabelecer contato com a


AD ou diretamente com o GAC orgânico da F Apvt Exi, caso seja estabelecido
um canal de comunicações, a fim de obter os dados de planejamento,
reconhecimento e ocupação de posição, bem como os dados topográficos
disponíveis, a fim de agilizar a prestação do Ap F à F Acomp Ap.

10.4.2.11.3 Cabe relembrar que a F Acomp Ap é aquela destinada a destruir


resistências e bloquear o movimento de reservas. Assim, o Ap F que lhe é
atribuído é crucial ao sucesso da operação de Apvt Exi como um todo. Deve
ser o mais preciso e oportuno quanto possível, pois, caso não cumpra sua
missão, pode permitir ao inimigo o C Atq à F Apvt Exi, valendo-se de sua
retaguarda ou de um de seus flancos.

10-31
EB70-MC-10.360

10.4.2.11.4 A disponibilização de dados já obtidos pela Art Cmp da F Apvt Exi,


bem como o aproveitamento do seu planejamento de RPP e reconhecimentos
realizados, pode permitir à Art Cmp da F Acomp Ap um ganho de tempo
essencial à manutenção da surpresa e da iniciativa obtidas pela F Apvt Exi.

10.4.3 ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

10.4.3.1 Princípios gerais da Org Cmb Art Cmp no Apvt Exi:


a) comando centralizado, sempre que possível;
b) o comando que atribui a missão deve fornecer todos os meios necessários
ao cumprimento da missão;
c) possibilidade de descentralização dos meios de Artilharia;
d) possibilidade do emprego de Bia O em Ap Dto ou na situação de Ref às U
em 1º Esc (necessidade de atender às largas frentes e ao apoio cerrado e
contínuo nos diversos eixos de progressão);
e) geralmente, a Bda é reforçada com meios de Art Cmp (uma Bia O ou um
GAC);
f) o GAC posiciona-se o mais à frente possível no dispositivo da Bda,
normalmente com uma Bia O à retaguarda do 1º Esc (valor SU). Essa Bia O
não recebe missão tática, permanecendo com o seu GAC (ou Agpt-Gp) de
origem em Ap G no E Prog Pcp da Bda. Raciocínio equivalente é seguido no E
Prog Scd. O restante do GAC (ou Agpt-Gp) desloca-se na esteira da U em 1º
Esc;
g) o recebimento de meios adicionais de Art pela Bda que realiza o Apvt Exi é
frequente, podendo esses meios atuarem centralizados com o GAC orgânico,
receber a missão de Ap Dto, ou mesmo reforçar um Elm Man da Bda;
h) caso a Bda desloque-se por mais de um eixo e a distância entre estes for
superior a 2/3 do alcance útil do material da Art Cmp de menor calibre presente
na manobra dessa Bda, a Art que se desloca pelos outros eixos, que não o
principal, deverá ter a sua direção de tiro descentralizada, indicando a
atribuição da missão tática de Ap Dto ao Elm Man valor U que se desloca em
1º Esc pelo mesmo eixo; e
i) caso a Bda desloque-se por mais de um eixo e não exista possibilidade de
comunicações ou apoio logístico entre estes, a Art que se desloca pelos outros
eixos, que não o principal, deverá ter o seu comando descentralizado,
indicando sua passagem em Ref ao Elm Man valor U que se desloca em 1º Esc
pelo mesmo eixo.

10-32
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10.4.3.2 A redação da organização para o combate da Art Cmp deverá ser


faseada, seguindo o mesmo faseamento adotado pela Bda da qual é orgânica.
Exemplo:

b) Organização para o Combate


(1) Até o P Ct Nr 1.
(a) Art Cmp
- 41º Agpt Gp (41º GAC 155 AP + 172º GAC 155 AP) - Ap G à 41ª Bda Inf
Bld.
(b) AAAe
………………………………………………………………………………...……

(2) Do P Ct Nr 1 até o P Ct Nr 2.
(a) Art Cmp
- 41º Agpt Gp - Ap G à 41ª Bda Inf Bld, com o 172º GAC 155 AP em Ap Dto à
FT 241º BIB.
(b) AAAe
…………………………………………………………………………………………

(3) Após o P Ct Nr 2.
(a) Art Cmp
- 41º Agpt Gp - Ap G à 41ª Bda Inf Bld, com o 172º GAC 155 AP em Ap Dto à
FT 241º BIB e com a 3ª/172º GAC 155 AP em Ap Dto à FT 243º RCC.
(b) AAAe
…………………………………………………………………………………………

10.4.3.3 O faseamento “Em final de missão” somente será utilizado caso esteja
explícito na O Op do Esc Sp, ou seja, imposto por este. Nesse caso, deverá ser
buscada a máxima centralização de toda a Art Cmp disponível para as ações
finais da manobra.

10.4.3.4 A situação ideal para a Bda que atua como F Apvt Exi é receber um
GAC AP em Ref. No mínimo, é interessante que receba uma Bia O. Nesses
casos, haverá a constituição de um Agpt-Gp ou de um GAC (+),
respectivamente.

10.4.3.5 Caso haja a formação de um Agpt-Gp com GAC de diferentes


materiais, é recomendável a realização da mistura de calibres.

10.4.3.6 Caso sejam materializados mais de dois eixos de progressão (E Prog),


distantes de mais de 2/3 Alc útil do material de Art de menor calibre presente,
as Bia O com a missão tática de Ap Dto aos Elm Man em 1º Esc por cada um
deles deverão ser postas em tal situação desde a abertura de seus respectivos
eixos.

10.4.3.7 Quando o meio recebido se limitar a 01 (uma) Bia O 155 AP, esta
deverá ser mantida no eixo pricipal (E Pcp) da Bda.

10-33
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10.4.3.8 O eixo principal deverá ser caracterizado por um maior número de U


Tir durante toda a operação.

10.4.3.9 Caso o número de U Tir, em dado momento, seja o mesmo em dois ou


mais eixos, o E Pcp deverá ser caracterizado pela presença de um maior
número de Bia O de maior calibre.

10.4.3.10 Os demais eixos não necessitam ter sua precedência indicada pela
quantidade de U Tir presentes.

10.4.3.11 Os fundamentos da organização para o combate mais relevantes


para o Apvt Exi são:
a) apoio de fogo adequado aos elementos de manobra; e
b) prioridade para a ação principal.

10.4.3.12 Geralmente, o terreno será o fator de decisão preponderante para a


organização para o combate da Art Cmp no Apvt Exi.

Fig 10-4 – Exemplo de Agpt-Gp apoiando um Apvt Exi por três eixos

10.4.4 DESDOBRAMENTO

10.4.4.1 Para o início do Apvt Exi, pode haver as seguintes situações para o
GAC:
a) O GAC orgânico da Bda que vai realizar o Apvt Exi não ocupa posição para
apoiar o Atq que antecede o Apvt Exi; ou
b) GAC ocupa posição para apoiar o Atq que antecede o Apvt Exi.

10-34
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10.4.4.1.1 A não ocupação de posição para apoiar o Atv preliminar ao Apvt Exi
pode ocorrer quando:
a) houver suficiente Ap F do Esc Sp no Atq;
b) o Ini apresentar-se fraco, reduzindo a necessidade de fogos durante o Atq;
c) houver indícios evidentes de que a L Aç mais provável do inimigo é a de
retardar em suas atuais posições e em outras linhas em profundidade;
d) os objetivos a conquistar, pela F Apvt Exi, forem profundos, recomendando-
se a preservação do GAC orgânico para apoiar, em melhores condições, a
operação decisiva da DE, em grande profundidade;
e) a profundidade do Atq Coor da DE e o valor defensivo do inimigo indicarem
que a F Apvt Exi não será empregada para ultimar a conquista dos objetivos
iniciais; e
f) houver a possibilidade de se lançar a F Apvt Exi mesmo antes da conquista
dos objetivos iniciais, recomendando que o seu GAC orgânico tome, desde o
início, o dispositivo na coluna da Bda.

10.4.4.2 Devido à grande mobilidade característica do Apvt Exi, as mudanças


de posição serão constantes e, consequentemente, mais frequentes do que em
outros tipos de operações.

10.4.4.3 Os Elm Rec do GAC e das Bia O devem seguir o mais à frente
possível, reconhecendo as prováveis áreas de desdobramento e os PO
levantados na carta, à semelhança da M Cmb.

10.4.4.4 São possíveis três formas de emprego do GAC no Apvt Exi:


a) centralizado: todo o GAC ou Agpt-Gp em Ap G à sua Bda enquadrante;
b) articulado: quando uma ou mais Bia O do GAC ou Agpt-Gp recebe a missão
tática de Ap Dto a um dos Elm Man valor U que atuam em proveito de sua Bda
enquadrante; e
c) fracionado: quando uma ou mais Bia O do GAC ou Agpt-Gp deve ser
passada em Ref a um Elm Man, a fim de realizar o apoio de fogo necessário.

10.4.5 ARTICULAÇÃO DO GAC

10.4.5.1 Em linhas gerais, o GAC deve se posicionar o mais à frente possível


no dispositivo da Bda.

10.4.5.2 No eixo principal, uma Bia O deverá seguir à retaguarda do Elm Man
valor SU que atua em 1º Esc, sendo mantida em Ap G juntamente com o
restante do GAC ou Agpt-Gp. O restante do Grupo ou Agpt-Gp deslocar-se-á
retaguarda da U ou FT em 1º Esc.

10.4.5.3 A Figura 10-5 apresenta um exemplo de articulação da Art Cmp no


Apvt Exi.

10-35
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10.4.6 SEGURANÇA

10.4.6.1 Devido ao desdobramento em posições mais avançadas e às


características desse tipo de operações, são maiores os problemas de
segurança, seja durante o deslocamento, seja em posição.

10.4.6.2 Devem ser adotadas medidas, além das já preconizadas, que


reduzam a vulnerabilidade da Art, tais como: deslocamentos para ocupar
posição por Itn desenfiados e com escalonamento de tempo; menor tempo de
permanência na posição após o cumprimento de missões que envolvam
grande quantidade de tiros; realização de regulações (desde que autorizadas)
e utilização de trajetórias mais tensas e com menor duração de trajeto,
procurando-se evitar a localização e identificação dos meios de Art pelos
radares Ini.

Fig 10-5 – O GAC na coluna da Bda

10-36
EB70-MC-10.360

10.4.7 ORGANIZAÇÃO E CONDUÇÃO DO TIRO

10.4.7.1 A rapidez das operações, acarretando constantes mudanças de


posição, normalmente exige: REOP com tempo restrito, mensagens de tiro
abreviadas e levantamento topográfico sumário. Utilizando equipamentos
eletrônicos especializados, é possível a adoção de PTP. Caso, por algum
motivo, não seja possível esse nível de precisão, utilizar a PTS ou a PTE.

10.4.7.2 Existe uma preponderância de fogos inopinados sobre os fogos


previstos. A grande profundidade e a larga frente, em que normalmente atuam
as Bda Bld, fazem com que a Art tenha que trabalhar com cartas em escalas
menores, menos precisas do que as exigidas pela técnica de tiro, bem como
fotografias aéreas, esboços e mapas em condições semelhantes.

10.4.8 OBSERVAÇÃO AVANÇADA

10.4.8.1 A condução do tiro do interior da viatura, às vezes em movimento,


exige uma preocupação constante do observador em se manter sempre
orientado. É pouco frequente a ocupação de postos de observação fixos ou
instalados no terreno.

10.4.9 PLANEJAMENTO DE FOGOS

10.4.9.1 Os fogos, em apoio às forças blindadas e mecanizadas, são


desencadeados, prioritariamente, contra as armas anticarro do inimigo, seus
PO, radares e meios de Ap F. É frequente o emprego de munição fumígena,
com objetivo de cegar a observação inimiga (mesmo à noite, devido ao uso de
equipamentos de visão noturna), impedir a utilização de armamento anticarro
ou proteger nosso movimento, cobrindo e dissimulando a progressão de
unidades ou a travessia de cursos de água.

10.4.9.2 Durante o movimento, particularmente nos assaltos embarcados,


podem ser desencadeadas concentrações, utilizando-se espoletas de tiro
reguladas em tempo, a poucos metros à frente dos nossos carros de combate.

10.4.10 PLANO DE EMPREGO DE ARTILHARIA (PEA)

10.4.10.1 O PEA é um documento gráfico, em calco, elaborado pelo S-3 do


GAC orgânico da F Apvt Exi, com a finalidade de se obter maior eficiência no
Ap F.

10.4.10.2 A previsão de RPP e PO é feita de forma a apoiar as ações da força


apoiada desde o início do movimento, residindo aí uma diferença básica com
relação ao PEA da M Cmb.

10-37
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10.4.10.3 O PEA no Apvt Exi, em virtude do curto espaço de tempo entre a


decisão do comandante da força apoiada e o emprego do GAC, deve ser
confeccionado assim que se conheçam os prováveis eixos de progressão dos
Elm Man dessa força, sendo retificado ou ratificado após a decisão sobre a
articulação dos meios de Art ao dispositivo.

10.4.10.4 O S-3 é auxiliado, no trabalho de confecção do PEA, pelo S-2 do


GAC e, eventualmente, se for o caso, pelos S-3 e S-2 do GAC em Ref à F Apvt
Exi ou pelo Cmt da Bia O que venha a reforçar essa Força.

10.4.10.5 O PEA deve ser distribuído a todos os elementos que necessitam


utilizá-lo; normalmente, ao Cmdo da F Apvt Exi (Esc Sp), aos elementos de EM
do GAC, a todos os Cmt Bia O, aos O Lig, ao(s) Adj S-2 do(s) GAC, aos O Rec,
aos OA, aos CLF, aos Obs Ae e a possíveis interessados do sistema de busca
de alvos presentes na manobra (SARP, radar C Bia e outros).

10.4.10.6 O PEA possui como vantagens:


a) possibilitar uma sensível redução no tempo normal de realização do REOP;
b) facultar, durante toda a operação, o trabalho de Rec do Adj S-2 e do O Rec
pela previsão de RPP e PO;
c) facultar a abertura do fogo em prazos reduzidos, como o exigido em
operações de Apvt Exi; e
d) facilitar o controle da progressão e da tomada de decisões na conduta das
operações e em final de missão, devido à apresentação gráfica das medidas de
coordenação e controle.

10.4.11 CONDUTAS NO APROVEITAMENTO DO ÊXITO

10.4.11.1 O dinamismo e a velocidade impostos à condução das operações


pelo Apvt Exi criam, para o Cmt Esc Art considerado (GAC ou Bia O,
dependendo do caso) a necessidade de decidir, rapidamente, sobre o ponto no
qual sua fração entrará em posição para a abertura do fogo.

10.4.11.2 Conforme já explorado, o GAC desloca-se articulado ao dispositivo


do Elm Man, progredindo por onde o elemento apoiado desloca a maioria de
seus meios, até o momento em que seja encontrada resistência e se faça
necessária tal abertura do fogo.

10.4.11.3 Assim, o Cmt GAC considerado deverá decidir pela ocupação da


próxima RPP reconhecida e satisfatória para a abertura do fogo ou pela
ocupação da posição mais próxima possível de sua atual localização, que
permita o atendimento do pedido de tiro.

10.4.11.4 Nesse caso, não há um dado médio de planejamento que determine


o parâmetro para a tomada dessa decisão. Esta deverá ser tomada com base

10-38
EB70-MC-10.360

em uma análise sumária de diversos aspectos e fatores envolvidos na situação


corrente. Dentre uma infinidade de possibilidades, ressalta-se:
a) a urgência para a abertura do fogo;
b) o tempo para a abertura do fogo (o qual varia de acordo com o material e o
adestramento da tropa);
c) a realização e o resultado do Rec da próxima RPP planejada;
d) o movimento da F Apvt Exi:
- toda ela será detida?
- a entrada em posição do GAC ou Bia O atrapalhará o movimento da F Apvt
Exi?
e) a possibilidade de se ocupar, imediatamente, uma posição na estrada ou em
região próxima (atendimento aos critérios táticos e técnicos de escolha de
posição); e
f) outras possíveis considerações aplicáveis à situação corrente.

Fig 10-6 – Decisão sobre ocupar RPP ou atirar da estrada

10.4.11.5 O Cmt GAC (ou Bia O), assessorado pelo seu EM (ou CLF e O Rec),
deverá decidir sobre a melhor posição a ocupar com as Bia O, com vistas a
prestar o Ap F solicitado de forma oportuna e eficiente.

10.4.11.6 Ressalta-se que não se deve realizar a ocupação de uma RPP já


ultrapassada. A Art, articulada ao dispositivo do elemento apoiado, caso opte
por retrair a fim de ocupar uma RPP já ultrapassada, poderá provocar enormes
transtornos ao deslocamento desse elemento, inclusive com possibilidades de
ocorrência de acidentes e fratricídio.
10-39
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10.4.12 PERSEGUIÇÃO

10.4.12.1 Generalidades

10.4.12.1.1 A Prsg, normalmente, segue-se ao Apvt Exi.

10.4.12.1.2 A Prsg é a operação destinada a cercar e destruir uma força


inimiga que está em processo de desengajamento do combate ou tenta fugir.

10.4.12.1.3 É executada em uma frente tão larga quanto possível. As forças


engajadas nas manobras de pressão direta ou de cerco recebem objetivos
profundos, missões pela finalidade e um mínimo de medidas de controle, a fim
de permitir aos Cmt Subrd um máximo de liberdade e iniciativa.

10.4.12.1.4 Difere do Apvt Exi pela não previsibilidade de tempo e lugar e por
sua finalidade principal, que é a de completar a destruição da força inimiga.

10.4.12.1.5 Não é planejada e nem conta, previamente, com forças designadas


especificamente para a sua execução.

10.4.12.1.6 Embora um objetivo no terreno possa ser designado, a força


inimiga é o objetivo principal.

10.4.12.1.7 Na Prsg, assim como no Apvt Exi, os Elm Bld encontram ambiente
para explorar, ao máximo, suas características e possibilidades. Normalmente,
são empregadas as Bda Bld, que possuem o GAC AP quaternário como Art
orgânica.

10.4.12.1.8 O GAC AP reúne as características de mobilidade, potência de


fogo e proteção blindada que tornam adequado o seu emprego nas ações
ofensivas que exijam massa, poder de choque e capacidade de prestar o apoio
cerrado ao Elm Man, como é o caso da Prsg.

10.4.12.2 Emprego do GAC na Perseguição

10.4.12.2.1 Na Prsg, tendo em vista uma tendência para uma maior


descentralização da operação, é frequente, mesmo no escalão Bda, o emprego
descentralizado do GAC, reforçando as peças de manobra da Bda.

10.4.12.2.2 De forma geral, excluída a observação acima, o emprego da Art


Cmp na Prsg seguirá as mesmas premissas aplicadas ao Apvt Exi.

10-40
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO XI

O GAC NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS

11.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

11.1.1 As operações defensivas (Op Def) são as realizadas para conservar a


posse de uma área ou território, ou negá-los ao inimigo, e, também, para
garantir a integridade de uma unidade ou meio. Normalmente, tais Op
neutralizam ou reduzem a eficiência dos ataques inimigos sobre meios ou
territórios defendidos, infligindo-lhe o máximo de desgaste e desorganização,
buscando criar condições mais favoráveis para a retomada da ofensiva.

11.1.2 As Op Def devem ser encaradas como transitórias. A defesa é uma


postura temporária adotada por uma força e serve como um recurso para criar
as condições adequadas para passar à ofensiva com vistas à obtenção dos
resultados decisivos desejados. Ocorrem geralmente sob condições adversas,
tais como inferioridade de meios e/ou limitada liberdade de ação.

11.1.3 Os fundamentos das operações defensivas são apresentados no


manual EB70-MC-10.223 Operações.

11.1.4 TIPOS DE OPERAÇÕES DEFENSIVAS

11.1.4.1 As Op Def, em seu sentido mais amplo, abrangem todas as ações que
oferecem certo grau de resistência a uma força atacante. São dois os tipos de
operações defensivas: defesa em posição e movimento retrógrado.

11.1.4.2 Geralmente, ambos os tipos combinam-se e, dentro de cada um deles,


alternam-se elementos estáticos e dinâmicos, que proporcionarão a constante
e flexível atividade que caracteriza a defensiva.

11.1.4.3 Nas Op Def, o Cmt pode empregar cinco formas de manobra tática
defensiva: defesa de área e defesa móvel, na defesa em posição; retraimento,
ação retardadora e retirada, no movimento retrógrado.

OPERAÇÕES DEFENSIVAS
TIPOS DE OPERAÇÕES FORMAS DE MANOBRA
RETRAIMENTO
MOVIMENTOS RETRÓGRADOS AÇÃO RETARDADORA
RETIRADA
DEFESA MÓVEL
DEFESA EM POSIÇÃO
DEFESA DE ÁREA
Quadro 11-1 – Tipos e formas de manobras defensivas

11-1
EB70-MC-10.360

11.2 O GAC NOS MOVIMENTOS RETRÓGRADOS

11.2.1 GENERALIDADES

11.2.1.1 Considerando que a Bda, conduzindo um movimento retrógrado, em


geral, está inferiorizada numericamente em relação ao inimigo, seu poder de
combate pode ser aumentado pelo reforço de U ou SU Art, além da orgânica,
de modo a reduzir, em parte, o desequilíbrio existente.

11.2.1.2 Embora a dispersão das U e a descentralização das ações possam


sugerir o emprego de Art em reforço às U de combate, a necessidade de maior
flexibilidade e versatilidade para fazer face às variações da situação tática
normalmente tornam secundárias as vantagens que o reforço pode trazer como
forma de emprego da Art.

11.2.1.3 O emprego eficiente do GAC está diretamente ligado a um


planejamento minucioso da manobra do material, comando e observação.

11.2.1.4 O GAC orgânico da Bda que realiza o Mvt Rtg normalmente receberá
o apoio de meios de Art da AD, podendo ser recebida uma Bia O, um GAC (-)
ou um Grupo completo.

11.2.1.5 Quando a Brigada que realiza o Mvt Rtg receber um GAC completo ou
um GAC (-), será formado um Agpt-Gp, de forma provisória para a operação,
visando à otimização e ao comando único de todos os meios de Art da Bda.
Em linhas gerais, o Cmdo do Agpt-Gp ficará na Z Aç principal, e o Cmdo do
outro GAC, o de menor poder de fogo, será alocado à Z Aç secundária.

11.2.1.6 Nos Mvt Rtg, dada a necessidade de velocidade de entrada e saída de


posição do Mat Art, os meios utilizados são comumente autopropulsados.

11.2.2 EMPREGO

11.2.2.1 O papel do GAC avulta nesse tipo de operação por ser capaz de
engajar o inimigo com seus fogos, desde o mais longe possível; e retardar o
inimigo, forçando-o a desdobrar-se prematuramente, garantindo à arma-base,
dessa forma, o apoio indispensável ao cumprimento da missão.

11.2.2.2 Nos Mvt Rtg, o GAC é empregado para desencadear fogos sobre o Ini,
a grandes distâncias, a fim de forçá-lo a se desdobrar prematuramente.

11.2.2.3 Os fogos da Art Cmp comumente são empregados para interditar vias
de acesso, para inquietar áreas de reunião e concentração de tropas inimigas e
para apoiar os elementos de combate. O GAC deve estar preparado para
prestar apoio contínuo em todas as formas de manobra de Mvt Rtg.

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11.2.3 AÇÕES GERAIS

11.2.3.1 O GAC deve ter condições de realizar as seguintes ações gerais:


a) neutralizar a Artilharia inimiga;
b) cooperar com o Esc Sp no retardamento do inimigo, a partir de posições
provisórias (Pos Provs);
c) apoiar a defesa e o retraimento das posições de retardamento, de Pos In;
d) apoiar o retardamento do inimigo, entre as posições de retardamento, de
Pos In e/ou de manobra; e
e) auxiliar no desengajamento das F Ap.

11.2.3.2 As ações gerais, em cada uma das formas de manobra de Mvt Rtg,
são as enumeradas a seguir.

11.2.3.2.1 Na Ação Retardadora (Aç Rtrd):


a) cooperar com o Esc Sp no retardamento do inimigo em cada posição, desde
o mais longe possível;
b) apoiar as ações de defesa em cada P Rtrd;
c) apoiar o retraimento e a retirada de uma para outra posição, assegurando à
Força de Segurança (F Seg) e ao Destacamento de Contato (D Ctt) o apoio ao
desengajamento; e
d) apoiar o retardamento entre as posições.

11.2.3.2.2 No Retraimento sem Pressão:


a) cooperar na manutenção da fisionomia da frente;
b) apoiar os elementos deixados em contato (D Ctt); e
c) apoiar a força retardadora. Esse caso pode ocorrer se o Ini descobrir o
retraimento do D Ctt e começar a pressioná-lo. Então, o D Ctt, como força
retardadora, passará a atuar como em um retraimento sob pressão.

11.2.3.2.3 No Retraimento sob Pressão:


a) apoiar o desengajamento;
b) apoiar os C Atq de desaferramento;
c) apoiar o retraimento das unidades em contato;
d) apoiar o acolhimento; e
e) apoiar as ações da F Seg.

11.2.3.2.4 Na Retirada:
a) cooperar, pelo fogo, no retardamento do inimigo; e
b) apoiar os elementos de segurança (vanguarda, flancoguarda e retaguarda).

11.2.4 CONDIÇÕES PARA O EMPREGO DO GAC

11.2.4.1 As regras ou premissas que devem ser atendidas para um eficiente


apoio do GAC aos movimentos retrógrados são:
a) planejamento, apoio de fogo e comunicações contínuos;
b) o tempo de permanência fora de ação das Bia O deve ser o menor possível;

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EB70-MC-10.360

c) para os deslocamentos, sempre que possível, os lanços não devem ser


inferiores à metade do alcance máximo do material ou superiores a 2/3 desse
alcance;
d) devem-se evitar os deslocamentos nas fases críticas do combate; e
e) os Cmt devem permanecer, sempre que possível, com os elementos mais
avançados.

11.2.4.2 Nos Mvt Rtg, operação em que o Ini é superior numericamente, o


lanço do GAC é realizado com base no alcance máximo do material em
questão, visando a apoiar, de uma melhor forma, o Elm Man. Com lanços
maiores, haverá teoricamente menos RPP, permanecendo o GAC mais tempo
em posição, em condições de cumprir missões de tiro, já que consumirá menos
tempo com deslocamentos.

11.2.5 ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

11.2.5.1 O GAC que apoia uma Bda que realiza um Mvt Rtg deverá estar em
Ap G, atribuindo meios em Ap Dto aos elementos das Z Aç secundárias, se as
condições para centralização do tiro forem atendidas.

11.2.5.2 A maioria dos meios do GAC deverá ser alocada na Z Aç principal,


tanto quanto à quantidade desses meios quanto, se possível, ao tipo.

11.2.5.3 Fundamentos da Organização para o Combate nos Mvt Rtg

11.2.5.3.1 Nos Mvt Rtg, salienta-se que o apoio do GAC deverá ter sua
organização para o combate pautada, principalmente:
a) pelo apoio de fogo adequado aos elementos de manobra empregados; e
b) pela prioridade para as áreas mais importantes na defensiva.

11.2.5.3.2 O atendimento ao fundamento do controle centralizado ao máximo


possível, do apoio de fogo disponível, com o qual o comandante possa intervir
imediatamente no combate, e o de facilitar as operações futuras devem ser
priorizados nessa ordem, após observados os dois fundamentos citados no
item anterior.

11.2.5.3.3 Apoio de fogo adequado aos elementos de manobra empregados


- Quando da análise da missão, deverão ser identificados os Elm Man Emp em
1º Esc, os quais devem ser apoiados, no mínimo, por uma Bia O.

11.2.5.3.4 Prioridade para as áreas mais importantes na defensiva:


a) deverão ser identificadas, inicialmente, a Z Aç principal e a Z Aç secundária
da GU apoiada. Caso existam duas Z Aç secundárias, por serem empregados
Elm manobra em diferentes eixos de retraimento, deverá ser realizado um
estudo baseado na composição de meios do Elm Man valor U empregado em
cada eixo, verificando: (1) o número de SU empregadas; (2) o tipo de material

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existente; e (3) o poder de combate da tropa, estabelecendo uma segunda


prioridade em termos de Ap F de Artilharia; e
b) após isso, as Z Aç/eixos de retraimento devem ser priorizados com mais
Bia O e com material de maior calibre, conforme a disponibilidade.

11.2.5.3.5 Controle centralizado ao máximo possível:


a) deverão ser descentralizados apenas os meios necessários, evitando-se a
descentralização excessiva, vindo a prejudicar o controle e a centralização da
Artilharia; e
b) caso, entre os eixos de retraimento, existam obstáculos dissociadores para a
logística ou para as comunicações (distância entre os eixos que não permita o
contato rádio), poderá ser adotada a situação de comando Reforço para o meio
de Art descentralizado em proveito do Elm Man a ser apoiado.

11.2.5.3.6 Apoio de fogo disponível com o qual o comandante possa intervir


imediatamente no combate:
a) a missão tática de Ap G representa o máximo grau de disponibilidade para
pronta intervenção;
b) salienta-se que a missão tática de Ap Dto e a Sit Cmdo de Ref representam
a indisponibilidade de intervenção pelo fogo na Z Aç principal;
c) uma vez que o Elm Art com a missão tática de Ap Dto possui como Zona de
Fogos (ZF) a Z Aç da tropa apoiada, não há a possibilidade de apoiar pelo fogo
a Z Aç do outro Elm Man empregado em 1º Esc; e
d) o Ref de Art a uma peça de Man dificulta o acionamento da Bia O com essa
situação de comando por parte do GAC em apoio à Bda que realiza o Mvt Rtg.

11.2.5.3.7 Facilitar as operações futuras:


- Quando da análise das missões táticas, deverá ser levada em consideração a
possibilidade de situações de contingência ao longo dos eixos de retraimento,
fruto das ações do inimigo que resultem na necessidade futura de alterações
na composição dos meios que apoiam os Elm Man empregados.

11.2.5.4 Fatores de Decisão na Organização para o Combate

11.2.5.4.1 Missão
- Dentro da análise da missão do Esc Sp, ao observar o esquema de manobra
da Bda, será possível visualizar quantos e quais os Elm Man valor U estão
sendo empregados em 1º Esc, bem como quais os meios em reserva,
possibilitando a correta divisão dos meios de Art entre as Z Aç da GU.

11.2.5.4.2 Inimigo
a) O esquema de manobra da Bda materializa o resultado do Exm Sit feito pelo
Esc Sp. Nesse esquema, pode-se verificar a Z Aç com a maioria dos meios
disponíveis, pois é o local onde o inimigo tem a possibilidade de apresentar-se
mais forte. Essa Z Aç Pcp detém a prioridade de fogos. O GAC deverá
direcionar a maior quantidade e qualidade dos meios disponíveis para a
referida Z Aç, sem, contudo, deixar de apoiar as demais.

11-5
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b) Além disso, deve ser analisada a possibilidade de incidência do inimigo nas


demais Z Aç existentes, de forma a apoiar os Elm Man de forma satisfatória de
acordo com o poder de combate inimigo apresentado.

11.2.5.4.3 Terreno e Condições Meteorológicas


- Na análise do fator terreno, deve-se ter especial atenção a três aspectos que
definirão as missões táticas ou a situação de comando a serem atribuídas:
a) o número de eixos de retraimento utilizados pela GU na operação e o
escalão do Elm Man empregado em 1º Esc. Os eixos de retraimento que sejam
destinados ao retraimento de Elm Man valor U, empregados em 1º Esc,
deverão possuir Bia O prestando o apoio de fogo;
b) a distância entre os eixos de retraimento. Deve-se observar se essa
distância permite o estabelecimento das comunicações entre elementos de
Artilharia em cada um dos eixos de retraimento, tendo o alcance rádio do
menor escalão de Artilharia como referência; e
c) a existência de obstáculos dissociadores que impeçam as comunicações ou
a logística, demandando, portanto, o uso da situação de Reforço.

11.2.5.4.4 Meios
a) Na organização para o combate, deverão ser confrontados os meios e a
disposição dos Elm Man, bem como a quantidade de escalões e o tipo de
material de Artilharia empregado em apoio ao Mvt Rtg.
b) Os meios de Art recebidos da AD deverão ser levados em consideração,
pois, normalmente, reforçarão a Art das Bda.

11.2.5.4.5 Tempo
a) Este fator reveste-se de importância devido à necessidade de realização dos
reconhecimentos das diversas áreas destinadas aos órgãos e instalações do
GAC e de suas SU e à elaboração de um Exm Sit do Cmt de Art bem
detalhado e embasado.
b) O fator tempo influenciará ainda os prazos para o GAC estar pronto para
apoiar as ações na Posição Inicial de Retardamento (PIR) e nos momentos
para as mudanças de posição do material de Artilharia, PO, PC e AT.

11.2.5.4.6 Considerações Civis


a) Limitam a utilização dos meios do GAC. Isso se deve às condicionantes do
Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA), da opinião pública e da
influência desses conflitos sobre as atitudes de apoio ou hostilidade por parte
da população presente na área de operações.
b) Faz-se necessário o estabelecimento de MCAF restritivas, em localidades
e/ou regiões onde a seletividade da realização de fogos é inerente.

11.2.6 TIPOS DE POSIÇÕES DE ARTILHARIA

11.2.6.1 No planejamento do emprego da Art Cmp nos Mvt Rtg, serão


registradas no PEA as Pos Provs, In e de Man.

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11.2.6.2 Posições Provisórias

11.2.6.2.1 Destinam-se a bater o inimigo desde o mais longe possível,


obrigando-o a desdobrar-se de forma prematura e a perder tempo na tomada
do dispositivo, reorganização e retomada do movimento. Com isso há
necessidade da coleta de dados sobre o seu valor e dispositivo.

11.2.6.3 Posições Iniciais

11.2.6.3.1 Têm por finalidade apoiar os Elm Man nas ações em cada posição
de retardamento. Para isso, deverão tomar como base toda a frente da Z Aç do
Elm Man, visando a bater os armamentos de tiro tenso do inimigo em toda a
frente ou na sua parte mais importante.

11.2.6.4 Posições de Manobra

11.2.6.4.1 Destinam-se à manutenção da continuidade do apoio de fogo e


garantem a segurança dos meios do GAC por ocasião da aproximação do
inimigo das Pos In e demais Pos Man.

11.2.7 OBSERVAÇÃO

11.2.7.1 Nas operações de Mvt Rtg, o GAC realizará a condução dos fogos e
utilizará a instalação dos PO, tanto para OA quanto para observadores
próprios, como meio auxiliar na atividade de BA.

11.2.7.2 A dosagem do número de PO para observadores próprios por GAC é


de um PO por Bia O e de dois por parte da Bia C.

11.2.7.3 Caso o GAC venha a receber ou enviar Bia O em apoio aos


elementos, deverão ser acrescidos ou suprimidos PO no total do GAC.

11.2.7.4 Geralmente, todos os PO do GAC deverão ser mobiliados nas L Ct em


situações de contingência, nas quais a F Seg ou Força de Proteção (F Ptç) da
Bda ou do Regimento (Rgt) tenham que acolher os Elm Man em 1º Esc.

11.2.8 COMANDO E CONTROLE

11.2.8.1 O PC do GAC no Mvt Rtg deverá atender aos fatores que influenciam
na localização da posição e estar localizado a uma distância igual ou inferior ao
alcance do rádio dos OA, tomando-se como referência os pontos de
coordenação das Z Aç em estudo.

11.2.8.2 Dada a grande mobilidade do tipo de operação, todos os meios do PC


do GAC deverão estar embarcados e em condições de, rapidamente, ocupar
novas posições em virtude do retraimento dos Elm Man.

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11.2.8.3 Caso outro GAC seja recebido pela Bda que realiza o Mvt Rtg, vindo a
ser constituído um Agpt-Gp, o PC do GAC orgânico deverá permanecer na Z
Aç principal, e o PC do GAC recebido em Ref deverá localizar-se ao longo do
eixo de retraimento da Z Aç secundária.

11.2.8.4 Mudança de Posição do Posto de Comando

11.2.8.4.1 O PC deverá estar organizado em dois escalões, ambos compostos


por meios do GAC, de forma proporcional à composição dos escalões das Bia
O por ocasião dos diversos tipos de retraimento.

11.2.8.4.2 Os escalões do PC do GAC deverão mudar de posição em sincronia


com os escalões das Bia O.

11.2.8.4.3 Quando o 1º ou 2º Esc das Bia O ultrapassar uma P Rtrd ou L Ct


durante o seu deslocamento, o escalão do PC do GAC correspondente deverá
ocupar:
a) a Pos Man da atual P Rtrd; ou
b) a Pos In da P Rtrd seguinte.

11.2.8.5 O Oficial de Comunicações e Eletrônica do GAC deverá lançar postos


de retransmissão em pontos intermediários entre os escalões das Bia O e do
PC para manter as Com, caso o alcance rádio venha a ser extrapolado em
virtude das flutuações do combate.

11.2.9 LOGÍSTICA

11.2.9.1 A AT do GAC deverá apoiar duas Pos In consecutivas. Para tanto, a


sua localização será na segunda P Rtrd apoiada, à retaguarda da L Ct
respectiva, ou seja, na faixa do terreno compreendida entre a L Ct da segunda
P Rtrd apoiada e a próxima P Rtrd (terceira P Rtrd).

11.2.9.2 Quando da escolha da posição da AT do GAC à retaguarda das L Ct,


deverá ser levado em consideração que o PC e a reserva dos Elm Man valor U
encontram-se nas proximidades dessas posições, em condições de se
desdobrarem. Deverá haver, portanto, um natural afastamento entre a AT e a L
Ct, permitindo ao Elm Man valor U desdobrar o seu PC e sua reserva, caso
seja necessário.

11.2.9.3 Mudança de Posição da Área de Trens (AT)

11.2.9.3.1 Da mesma forma que o PC/GAC, a AT/GAC deverá estar com os


seus meios embarcados e em condições de mudar de posição rapidamente.
Deverá, ainda, estar com os seus meios divididos em dois escalões,
proporcionais aos escalões formados com as Bia O.

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11.2.9.3.2 O 1º Esc/AT deverá mudar de posição quando o 1º Esc/Bia O cruzar


a linha que baliza a próxima P Rtrd (a segunda posição apoiada).

11.2.9.3.3 O 2º Esc/AT procede da mesma forma. Na prática, os escalões da


AT, quando da mudança de posição, seguirão para a retaguarda da L Ct da
próxima P Rtrd.

11.2.9.3.4 As AT/Bia O deverão estar nas proximidades destas.

11.2.10 PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA

11.2.10.1 Generalidades

11.2.10.1.1 O PEA materializa o planejamento do emprego dos meios do GAC


em apoio à tropa que realiza uma operação de Mvt Rtg.

11.2.10.1.2 Tal documento apresenta a localização das RPP, PO, PC e AT que


servirão de subsídio para a execução dos trabalhos de Rec de 1º Esc do GAC,
a serem realizados pelos seus S-3 e S-2.

11.2.10.1.3 O PEA emprega artifícios na sua elaboração que atendem às três


formas de manobra de um Mvt Rtg, não havendo a necessidade da elaboração
de um documento para cada tipo operação.

11.2.10.2 Regiões de Procura de Posição (RPP)

11.2.10.2.1 Os três tipos de posição segundo a finalidade tática (Provs, In e


Man) são escolhidas para cada uma das P Rtrd.

11.2.10.2.2 As Pos Provs deverão:


a) localizar-se o mais à frente possível;
b) oferecer, caso o terreno permita, proteção para os fogos diretos e indiretos
do inimigo, massa cobridora e estar localizadas junto aos eixos de retraimento,
além de atender aos demais fatores para a seleção das áreas de posição; e
c) ter sua inscrição com traço cheio (contínuo), uma vez que serão ocupadas,
independentemente do tipo de retraimento que venha a ser realizado. As
demais Pos Provs serão confeccionadas com o traço descontínuo (tracejado).

11.2.10.2.3 Normalmente, apenas uma Bia O ocupa a Pos Provs por Z Aç e,


dentre as SU Art Cmp existentes, deverá ser empregada aquela que possui
maior alcance.

11.2.10.2.4 As Pos In deverão:


a) ter condições técnicas de neutralizar o armamento de tiro tenso do inimigo
(em especial, os canhões dos Elm CC) em toda Z Aç dos Elm Man
empregados em 1º Esc;

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b) estar justapostas aos eixos de retraimento e atender aos fatores de seleção


de área de posição, com especial atenção para a segurança fornecida por
massas cobridoras; e
c) ser confeccionadas com o traço cheio (contínuo), uma vez que sempre serão
ocupadas para o apoio da PIR. As demais Pos In serão confeccionadas com o
traço descontínuo (tracejado), até serem ocupadas.

11.2.10.2.5 A primeira Pos Man será locada a partir da Pos In/PIR. Devem ser
previstas Pos Man até a próxima P Rtrd, dentro do lanço do material a partir da
posição anterior, visando a manter a continuidade do Ap de fogo de Artilharia.

11.2.10.2.6 As Pos Man deverão:


a) distar, da Pos In ou da Pos Man anterior, metade a dois terços do Alc Max
do material de Art com maior alcance empregado;
b) localizar-se próximas aos eixos de retraimento e atender aos fatores de
seleção de área de posição; e
c) ser locadas com traço descontínuo (tracejado).

11.2.10.2.7 Para as próximas P Rtrd, serão escolhidas as posições de forma


análoga à PIR:
a) a seleção das posições tomará como base o lanço a partir da última Pos
Man/PIR;
b) caso a primeira posição dentro do lanço esteja próxima à P2 e atenda aos
requisitos para uma Pos Provs, esta será a Pos Provs/P2 e a próxima, dentro
do lanço, será a Pos In/P2;
c) caso a primeira posição não atenda aos requisitos para uma Pos Provs, tal
posição será a Pos In/P2. Deverá ser escolhida uma posição próxima à P2,
fora do lanço, de forma que os requisitos sejam atendidos;
d) a partir da Pos In, serão escolhidas Pos Man dentro do lanço, a partir da Pos
In/P2 e de forma similar ao processo utilizado na PIR; e
e) para a confecção das RPP contínuas ou tracejadas no PEA, seguir-se-á o
previsto no manual MD33-M-02 – Abreviaturas, Siglas, Símbolos e Convenções
Cartográficas das Forças Armadas e C 101-5 Vol 2 (Artigo III – Técnicas de
Calco), ou seja, somente as RPP ocupadas serão contínuas. Assim, o PEA
será atualizado no decorrer do combate.

11.2.11 POSTOS DE OBSERVAÇÃO

11.2.11.1 Os PO do GAC a serem reconhecidos pelo S-2 do GAC deverão


constar do PEA.

11.2.11.2 Nas P Rtrd, deverão ser escolhidas posições de PO em toda a frente


da Z Aç do Elm Man valor U empregado, na dosagem de um por Bia O e de
dois por Bia C, observando os requisitos para um local de PO.

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11.2.11.3 A partir das P Rtrd, deverá ser lançado um PO por eixo de


retraimento até a próxima P Rtrd, considerando a compartimentação do terreno
e a capacidade de observação proporcionada pelos equipamentos disponíveis,
onde novamente serão lançados todos os PO possíveis.

11.2.12 POSTO DE COMANDO

11.2.12.1 A locação das Pos In e de Man do PC no PEA facilita os trabalhos de


Rec por parte do O Com Elt do GAC.

11.2.12.2 As Pos In/PC do GAC destinam-se a apoiar as ações do GAC nas P


Rtrd e, normalmente, localizam-se à retaguarda das L Ct.

11.2.12.3 As Pos Man destinam-se, por sua vez, a apoiar as ações do GAC por
ocasiões dos retraimentos e deslocamentos entre as posições.

11.2.13 ÁREA DE TRENS

11.2.13.1 A exemplo do PC, a locação da AT/GAC deve constar no PEA nos


Mvt Rtg, a fim de facilitar o trabalho do S-4.

11.2.13.2 Cada P Rtrd possuirá uma posição de AT/GAC, a partir da P2,


estando compreendida entre a L Ct e a próxima P Rtrd.

11.2.13.3 Essa posição da AT deverá estar à retaguarda e afastada o suficiente


da L Ct, de forma a permitir o desdobramento do PC e da Res; e, caso
necessário, do Elm Man valor U empregado em 1º Esc.

11.2.14 AÇÃO RETARDADORA

11.2.14.1 Generalidades

11.2.14.1.1 A Aç Rtrd pode ser conduzida com a técnica do retardamento em


posições sucessivas ou em posições alternadas ou, ainda, uma combinação de
ambas.

11.2.14.1.2 As características de uma tropa que realiza uma ação retardadora


devem permitir impor ao Ini um retardamento contínuo, mesmo em movimento.
Essa tropa, com o uso de suas armas e proteção blindada, força o Ini a
desdobrar-se, reconhecer, manobrar e tomar outras medidas, ocasionando
perda de tempo. Dessa forma, o retardamento é feito tanto nas P Rtrd como
entre as posições.

11.2.14.1.3 O retardamento entre as posições deve ser coordenado


meticulosamente, assegurando que o inimigo não ultrapasse, desborde ou
envolva qualquer elemento da força de retardamento.

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11.2.14.1.4 Em alguns casos, a PIR é ocupada antes do contato com o Ini, o


que é desejável. Em tais casos, elementos são enviados à frente para
estabelecer contato e retardar o Ini. O GAC realiza fogos o mais longe possível
para auxiliar no retardamento.

11.2.14.1.5 Na Aç Rtrd, as posições são ocupadas por determinado período


para obrigar o Ini a desdobrar seus meios, esclarecer a situação e manobrar
para atacar cada posição. Antes de tornar-se decisivamente engajada, a força
retardadora retrai conforme os planos previamente elaborados, após a
autorização do Cmt Bda.

11.2.14.1.6 Essa característica diferencia esse tipo de forma de manobra do


retraimento sob pressão, no qual o engajamento decisivo com o Ini é iminente
e retira a liberdade de ação, havendo a necessidade do desengajamento da
tropa.

11.2.14.1.7 O inimigo deverá ser mantido sob fogos nas P Rtrd e entre elas.
Dessa forma, o GAC desempenha papel fundamental nesse tipo de operação,
uma vez que consegue alvejar o inimigo a grandes distâncias.

11.2.14.2 Tipos de Ação Retardadora

11.2.14.2.1 Retardamento em Posições Sucessivas


a) É a maneira mais comum de uma tropa conduzir uma Aç Rtrd e, nesse caso,
emprega a maioria dos seus meios em primeiro escalão. É feita, normalmente,
sob a forma de operação descentralizada.
b) Caracteriza-se pela ocupação temporária de posições sucessivas, sem se
deixar aferrar em qualquer uma delas. Durante essa ocupação, a tropa procura
melhorar cada P Rtrd natural existente.
c) Quando a ordem de Ret é recebida, uma parte da tropa se desloca para
retaguarda e ocupa uma Pos de bloqueio. O restante que permaneceu em
contato com o Ini continua o retardamento até a posição de bloqueio, onde é
acolhido e reinicia-se o processo de retardamento de Pos de bloqueio em Pos
de bloqueio.
d) A Bda, nesse tipo de missão, mantém uma reserva, normalmente pequena,
e que pode ser empregada:
- como F C Atq;
- na segurança de flancos;
- em áreas críticas à retaguarda; e
- para cobrir pelo fogo o Ret de uma unidade.
e) No caso de a Res ser desdobrada na L Ct, a tropa acolhida da Bda inicia
uma retirada para a próxima P Rtrd; e a Res, denominada, nesse caso, F Seg
ou F Ptç, realiza o retardamento do Ini até ser acolhida na próxima P Rtrd.

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11.2.14.2.2 Retardamento em Posições Alternadas


a) Quando a frente da Z Aç da Bda for estreita ou quando as P Rtrd forem
razoavelmente próximas, pode ser decidido retardar o Ini em posições
alternadas.
b) Nesse caso, a Bda é dividida em dois grupamentos. O primeiro organiza e
ocupa a PIR enquanto o segundo, a P2. Quando o primeiro grupamento iniciar
o retardamento entre as posições e alcançar a P2, será acolhido e prossegue
para a próxima P Rtrd, iniciando seu preparo e ocupação. Esse processo de
retardamento repete-se a cada P Rtrd.
c) Os elementos que não estiverem em contato são responsáveis pela melhoria
e ocupação das posições à retaguarda e pela cobertura do Ret das forças em
contato.
d) Normalmente, nesse tipo de retardamento, não é constituída uma reserva
específica. Entretanto, as forças que não estão em contato ficam em condições
de serem empregadas em missões que caberiam a uma reserva.

11.2.14.3 Atuação do GAC

11.2.14.3.1 Para realizar as ações gerais dessa forma de manobra, o GAC tem,
muitas vezes, de ocupar mais de uma posição (Pos Man). Entretanto, sempre
que a situação permitir, o GAC deve, de uma só posição, apoiar as ações de
defesa e o retardamento (Pos In).

11.2.14.3.2 O GAC atuará de forma semelhante nos dois tipos de


retardamento, por posições sucessivas ou alternadas. No caso do
retardamento por posições alternadas, o GAC estará apoiando sempre a força
em contato.

11.2.14.3.3 O deslocamento é feito por escalões, a fim de manter o inimigo,


tanto quanto possível, sob fogo contínuo.

11.2.14.3.4 O REOP é feito com tempo restrito.

11.2.14.3.5 Na Aç Rtrd em posições sucessivas, o escalonamento do REOP é


intenso, pois enquanto o GAC apoia as ações numa P Rtrd, suas posições na
P Rtrd seguinte já devem estar prontas ou sendo concluídas, e os Rec da
terceira P Rtrd já devem estar iniciados ou na fase de planejamento.

11.2.14.3.6 Caso seja imposta a defesa da P Rtrd, as barragens assumem


grande importância. Em cada posição, busca-se centralizar o GAC sem, no
entanto, prejudicar o apoio aos elementos da arma-base.

11.2.14.3.7 A observação deve ser estendida, tanto quanto possível, para a


frente e para os flancos. Muitas vezes, a escolha das posições a defender pela
tropa apoiada é influenciada pela necessidade de observação profunda por
parte do GAC.

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11.2.14.4 Apoio aos Escalões dos Elementos de Manobra

11.2.14.4.1 O apoio do GAC aos escalões dos elementos de manobra será


feito de forma equilibrada quanto ao número de Bia O em cada escalão.

11.2.14.4.2 As Bia O que possuem maior alcance deverão compor o 1º Esc de


cada eixo, visando a bater o Ini desde o mais longe possível, vindo a liberar de
forma mais rápida a Art que apoia os últimos Elm Man em contato com o Ini.

11.2.14.5 Momentos para Mudança de Posição

11.2.14.5.1 O retraimento da Pos Provs/PIR ocorre, normalmente, após o


inimigo ficar ao alcance das armas pesadas (morteiros) da arma-base ou após
a segurança da Art ficar comprometida.

11.2.14.5.2 Na Posição de Retardamento:


a) o 1º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes dos primeiros Elm
Man retraírem da P Rtrd; e
b) o 2º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes do retraimento
dos últimos Elm em contato do Elm Man.

11.2.14.5.3 No acolhimento nas L Ct:


a) o 1º Esc do GAC mudará de posição após o acolhimento do Elm Man valor
U empregado em 1º Esc na L Ct; e
b) o 2º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes do retraimento
dos últimos Elm em contato do Elm Man.

11.2.14.5.4 Entre as P Rtrd e as L Ct ou entre estas e as próximas P Rtrd:


a) o 1º Esc do GAC mudará de posição após o pronto do 2º Esc do GAC na
RPP onde se encontra o primeiro. O 2º Esc passa, então, a prestar o Ap F,
liberando o 1º Esc para seguir para a próxima RPP; e
b) o 2º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes do retraimento
dos últimos Elm em contato do Elm Man.

11.2.14.5.5 Ressalta-se que os últimos Elm Man a retrair poderão ser aqueles
empregados em 1º Esc pela Bda ou a Res/GU desdobrada na L Ct (F Seg ou F
Ptç) para acolher os Elm Man que estavam retraindo pressionados.
11.2.14.5.6 A localização e o deslocamento da AT/GAC devem ser
coordenados com os movimentos táticos. Ao partir da área de desdobramento,
pode ser deixado um estoque de suprimentos nas P Rtrd para os elementos
que ocuparão a Pos.

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11.2.15 RETRAIMENTO

11.2.15.1 Generalidades

11.2.15.1.1 Um retraimento pode ser diurno ou noturno e ser executado sob


pressão do inimigo ou não.

11.2.15.1.2 Em quaisquer situações em que o Ret é executado, o contato físico


ou visual da tropa apoiada com o Ini deve ser mantido. Isso proporciona
dissimulação, segurança e contribui para evitar um rápido avanço do Ini. Uma
parcela da Bda, atuando como D Ctt ou F Seg, provê a segurança e a
dissimulação para que as unidades possam executar seu Ret sem que o Ini
cerre rapidamente sobre elas.

11.2.15.1.3 Em qualquer Ret, todos os meios capazes de reduzir a observação


Ini, como fogos fumígenos, devem ser executados.

11.2.15.2 Retraimento sem Pressão

11.2.15.2.1 Mecanismo da Tropa Apoiada


a) Processa-se da retaguarda para a frente, tendo como base o sigilo e a
dissimulação.
b) Normalmente é realizado à noite, com início pouco depois do escurecer.
c) O inimigo é iludido quanto ao retraimento pelo sigilo e pela existência de
uma força - o D Ctt - que deve manter a fisionomia da frente e ficar em
condições de tornar-se F Seg da Bda, caso o inimigo pressinta o movimento.

11.2.15.2.2 Atuação do GAC


a) A maioria do GAC retrai pouco antes dos primeiros elementos da tropa
apoiada ou quando determinado.
b) O GAC desloca-se para locais de reunião, onde são constituídas as colunas
de marcha, ou segue diretamente para novas posições à retaguarda.
c) Por ocasião do retraimento sem pressão, as Pos Man entre as P Rtrd não
serão ocupadas. Os Elm Art seguirão direto para as Pos Provs e In da próxima
P Rtrd.
d) Uma fração do GAC, geralmente uma Bia O, permanece em posição, a fim
de cumprir as ações gerais nessa forma de manobra. Ela deve realizar, durante
a noite, os fogos que normalmente vinham sendo realizados antes do
retraimento. A força estabelece, em seu plano de operações, o valor da Art a
ser deixada com o D Ctt.
e) A Bia O não faz parte do D Ctt. Os elementos de ligação e observação
necessários ao apoio desse destacamento permanecem em suas funções
normais.

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11.2.15.2.3 Formação dos Escalões do GAC


a) Serão formados dois escalões do GAC por Z Aç de Elm Man valor U
empregado em 1º Esc. O grosso do GAC desloca-se no 1° Esc. O 2º Esc do
GAC permanecerá apoiando o D Ctt.
b) Na composição dos escalões, deverá ser observada a existência da mistura
de calibres entre Z Aç, visando a iludir o inimigo quanto à real localização da
Posição Defensiva (P Def).
c) Caso exista apenas uma Bia O em alguma das Z Aç, esta comporá o 2º Esc
obrigatoriamente, de forma a apoiar o D Ctt em todas as Z Aç. Nesse caso, a
mudança de posição da Bia O deverá ser coordenada com o Ap F orgânico do
Elm Man (Mrt), de forma que sempre haja algum Elm Ap F em posição
prestando o apoio.
d) A Bia O que possuir maior alcance e poder de fogo deverá estar presente na
Z Aç que possuir a prioridade de fogos.

11.2.15.2.4 Momentos para Mudança de Posição


a) O 1º Esc do GAC retrairá:
- imediatamente antes dos primeiros Elm Man a retrair da P Rtrd; ou
- mediante horário estabelecido no Plano de Retraimento.
b) O 2º Esc do GAC retrairá imediatamente antes do retraimento dos últimos
elementos do D Ctt do Elm Man valor U empregado em 1º Esc.
c) Por ocasião do retraimento, o 1º Esc do GAC não ocupará Pos Man. Esse
escalão deverá deslocar-se diretamente para a próxima P Rtrd e ocupar as
respectivas Pos Provs e In, atentando, nessa ocupação, para as características
de cada posição.
d) Na mudança de posição dos escalões, a Pos Provs deverá ser ocupada pela
Bia O que possua maior alcance, objetivando bater o inimigo desde o mais
longe possível. As demais Bia O devem ocupar as Pos In.
e) A ocupação da Pos Provs e da Pos In pelo 1º Esc será simultânea.

11.2.15.2.5 A Figura 11-1 apresenta um exemplo de um esquema do


retraimento de um agrupamento-grupo, na hipótese de ausência de pressão do
inimigo sobre a força apoiada:
a) no exemplo apresentado, o 21º Agpt-Gp, formado pelo 21º GAC 295 AP (a 3
U Tir) e pelo 122º GAC 255 AP (a 2 U Tir), apoia a 21ª Bda C Mec;
b) o Ap Art foi planejado da seguinte forma:
- 21º Agpt-Gp (a três U Tir) em Ap G à 21ª Bda C Mec, pelo E Pcp; e
- 122º GAC (a duas U Tir) em Ap Dto ao 212º RC Mec, pelo E Scd.
c) O retraimento ocorre da seguinte forma:
- As Bia O de maior alcance que compõem o 2º Esc de cada eixo retraem da
Pos Provs da PIR para a Pos inicial da PIR (nº 1 da Fig 11-1).
- O 1º Esc retrai para a Pos inicial da P2, conforme abordado no item
Momentos para Mudança de Posição (nº 2 da Fig 11-1).
- O 2º Esc retrai para a posição provisória da P2, conforme abordado no item
Momento para a Mudança de Posição (nº 3 da Fig 11-1).

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d) Na sequência, os números 4, 5 e 6 da Figura 11-1 seguem a mesma lógica


dos números 1, 2 e 3, respectivamente, para o retraimento para as próximas
posições de retardamento.

Fig 11-1 – Esquema do retraimento sem pressão

11.2.15.2.6 A Figura 11-2 apresenta um esquema no qual é possível visualizar


a mudança de posição das Bia O em comparação com os Elm da arma-base:
a) o 1º Esc do GAC retrai logo após o anoitecer (mediante horário estabelecido
no Plano de Retraimento, por exemplo). Observa-se que o 2º Esc do GAC
permanece em posição, para manter a fisionomia da frente e apoiar o
destacamento de contato, se for o caso;
b) retraimento da tropa apoiada (reserva);
c) retraimento da tropa apoiada; e
d) o 2º Esc do GAC retrai imediatamente antes do retraimento dos últimos
elementos do D Ctt. O retraimento do D Ctt é feito em hora fixada pelo Esc Sp
ou mediante ordem, normalmente, na segunda parte da noite.

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Fig 11-2 – Esquema do retraimento sem pressão das Bia O, com os elementos da arma-base

11.2.15.3 Retraimento sob Pressão

11.2.15.3.1 Em um retraimento sob pressão, a F Seg, também chamada F Ptc


da Bda, quando constituída, age como em uma ação retardadora, retardando o
inimigo entre as posições. Caso a F Seg não seja constituída, após o
desengajamento, a tropa apoiada retrai para próxima P Rtrd de forma idêntica
à Ação Retardadora, trocando espaço por tempo com o Ini.

11.2.15.3.2 Mecanismo da Tropa Apoiada


a) Processa-se da frente para a retaguarda, com o máximo de rapidez.
b) Em princípio, o elemento da frente retrai coberto pela reserva do escalão
que o enquadra.
c) A Bda, caso necessário, constitui uma F Seg, para:
- cooperar no desengajamento da tropa;
- apoiar o retraimento; e
- acolher os elementos de 1º Esc, ocupando, normalmente, núcleos de
aprofundamento da Bda (no caso das Bda Cav, esses núcleos são sumários).
d) O êxito no cumprimento da missão da F Seg depende, geralmente, da
eficiente execução de um PFA, ainda que sumário.
e) Para maior eficiência do retraimento, convém apoiá-lo com a totalidade de
fogos do GAC.
f) Quando algumas unidades de 1º Esc estiverem sob pressão Ini muito forte,
devem ser desaferradas por meio de C Atq, normalmente por blindados. Esse
desaferramento será realizado quando todas as demais U já tiverem retraído.

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11.2.15.3.3 A ação do GAC visa a três aspectos:


a) apoiar o desengajamento, inclusive os C Atq de desaferramento, se for o
caso;
b) apoiar o retraimento e o acolhimento das U em contato; e
c) apoiar as ações da F Seg da Bda, se for o caso.

11.2.15.3.4 Atuação do GAC


a) O apoio prestado pelo GAC a uma força que realiza um Ret sob pressão
assemelha-se ao que é realizado por ocasião de uma Aç Rtrd.
b) No retraimento sob pressão, os Elm Art ocuparão todas as posições que
estejam dentro do lanço (Man, In e, eventualmente, as Pos Provs que também
estejam dentro do lanço).
c) Caso as Pos Provs sejam ocupadas, tais posições não serão ocupadas
como Pos Provs, mas, sim, como Pos Man da P Rtrd anterior.
d) O desengajamento, o retraimento e o acolhimento dos Elm 1º Esc devem
receber o apoio da totalidade de fogos do GAC.
e) Os C Atq de desaferramento devem ser apoiados por todos os elementos do
GAC que estejam disponíveis e que tenham condições técnicas para isso.
f) A F Seg da Bda, quando constituída, pode receber em apoio todo ou parte do
GAC, conforme a situação indicar.
g) A posição ocupada para o apoio à F Seg no retardamento do inimigo,
sempre que possível, deve ter condições de atuar em benefício do
desengajamento, do retraimento e do acolhimento dos Elm 1º Esc.
h) Os fogos de apoio imediato terão preponderância, inclusive com o
desencadeamento de barragens.
i) Quando os Elm 1º Esc forem acolhidos pela F Seg da Bda, o 1º Esc do GAC
inicia o retraimento, podendo preceder a tropa acolhida ou acompanhá-la.
j) Os elementos de Ap Log do GAC retraem, normalmente, junto com o 1º Esc
das Bia O.

11.2.15.3.5 Formação dos Escalões do GAC


- No Ret sob pressão, a formação do GAC será idêntica à formação dos
escalões para uma Aç Rtrd.

11.2.15.3.6 Momentos para Mudança de Posição


a) Na Posição de Retardamento:
- (1) o 1º Esc do GAC mudará de posição após o desengajamento dos Elm 1º
Esc do Elm Man na P Rtrd; e
- (2) o 2º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes do
retraimento dos últimos Elm em contato do Elm Man.
b) No acolhimento nas L Ct:
- (1) o 1º Esc do GAC mudará de posição após o acolhimento do Elm Man
valor U empregado em 1º Esc na L Ct; e
- (2) o 2º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes do
retraimento dos últimos Elm em contato do Elm Man.

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c) Entre as P Rtrd e as L Ct ou entre estas e as próximas P Rtrd:


- (1) o 1º Esc do GAC mudará de posição após o pronto do 2º Esc do GAC na
RPP onde se encontra o primeiro (o 2º Esc passa a prestar o Ap F, liberando
o 1º Esc para seguir para a próxima RPP); e
- (2) o 2º Esc do GAC mudará de posição imediatamente antes do
retraimento dos últimos Elm em contato do Elm Man.

11.2.15.3.7 A Figura 11-3 apresenta um esquema no qual é possível visualizar


a mudança de posição das Bia O, em um retraimento com pressão, em
comparação com os elementos de combate:
a) os primeiros Elm 1º Esc retraem (desengajamento);
b) o 1º Esc do GAC retrai, após o desengajamento dos Elm 1º Esc do Elm Man
na P Rtrd;
c) o 2º Esc do GAC retrai imediatamente antes do retraimento dos últimos
elementos em contato do Elm Man;
d) os últimos elementos de 1º Esc em contato retraem; e
e) ressalta-se que os últimos Elm Man a retrair poderão ser aqueles
empregados em 1º Esc pela Bda ou a Res da GU desdobrada na L Ct para
acolher os Elm Man que estavam sendo pressionados.

Fig 11-3 – Esquema do retraimento com pressão das Bia O, com os elementos da arma-base

11.2.16 RETIRADA

11.2.16.1 Generalidades

11.2.16.1.1 A retirada pode ser realizada com as seguintes finalidades:


a) ampliar a distância entre o Ini e a força amiga;
b) reduzir a distância de apoio entre forças amigas;
c) assegurar um terreno mais favorável;
d) adaptar-se a um reajustamento de dispositivo do Esc Sup; e
e) permitir o emprego da força em outro local.

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11.2.16.1.2 As Vgd, Fg e Rtgd serão organizadas, se necessário.

11.2.16.2 Mecanismo da Tropa Apoiada

11.2.16.2.1 Realização de um retraimento, de preferência voluntário. Na Z Reu


da Bda, as colunas de marcha são rapidamente organizadas para o início da
retirada. O deslocamento é feito, normalmente, com a Bda constituída em
destacamentos, realizando uma operação descentralizada.

11.2.16.2.2 É normal a execução de marchas forçadas utilizando vários


itinerários, a fim de se aumentar a distância do inimigo com o máximo de
rapidez.

11.2.16.2.3 Quando um Ret sob pressão precede a retirada, esta começa


depois que o grosso da Bda tenha rompido o contato com o Ini e as colunas de
marcha tenham sido formadas. A F Seg da Bda, transformada em retaguarda,
executa uma Aç Rtrd.

11.2.16.3 Atuação do GAC

11.2.16.3.1 Nesta operação, o GAC pode encontrar-se em uma das seguintes


situações:
a) incorporado a uma coluna de marcha e realizando, nesse caso, uma marcha
administrativa;
b) fazendo parte de uma Rtgd e, nesse caso, operando de acordo com os
princípios do Ret e da Aç Rtrd; e
c) apoiando uma Vgd ou Fg e, nesse caso, realizando uma M Cmb, devendo
colocar-se em condições de apoiá-las, de acordo com os princípios relativos a
esse movimento.

11.3 O GAC NA DEFESA EM POSIÇÃO

11.3.1 Na defesa em posição, uma força procura contrapor-se à força inimiga


atacante em uma área organizada em largura e profundidade e ocupada, total
ou parcialmente, por todos os meios disponíveis, com a finalidade de:
a) dificultar ou deter a progressão do atacante, em profundidade, impedindo o
seu acesso a uma determinada área;
b) aproveitar todas as oportunidades que se lhe apresentem para desorganizar,
desgastar ou destruir as forças inimigas; e
c) assegurar condições favoráveis para o desencadeamento de uma ação
ofensiva.

11.3.2 Para a defesa em uma ou mais posições, adotam-se as formas de


manobra de Defesa Móvel (Def Mv) e de Defesa de Área (Def A).

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11.3.3 Na Defesa Móvel, um mínimo de forças é empregado na área de defesa


avançada (A Def Avç), e uma forte e móvel reserva é mantida à retaguarda. A
finalidade da Def Mv é, mediante potentes contra-ataques, destruir o inimigo no
local e momento mais favoráveis.

11.3.4 Na Def A, a maioria do poder de combate é desdobrada na A Def Avç. A


finalidade é a manutenção do terreno.

11.3.5 As áreas de defesa são: área de segurança (A Seg), área de defesa


avançada e área de reserva (A Res). Cada escalão de comando, em qualquer
tipo de defesa, tem suas próprias áreas de defesa.

11.3.6 A A Def Avç e a A Res constituem a Posição Defensiva (P Def).

Fig 11-4 – Áreas de defesa no escalão DE

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11.3.7 PRINCÍPIOS DE EMPREGO DO GAC

11.3.7.1 Para um adequado emprego do GAC na defesa em posição, deve-se


se obedecer aos princípios a seguir especificados.

11.3.7.2 Ação de massa

11.3.7.2.1 A decisão sobre o emprego do GAC é tomada pelo Cmt da força,


após o exame das possibilidades e da provável frente do inimigo.

11.3.7.2.2 Se a frente a defender for maior que as possibilidades do GAC,


deverá ser selecionada, de acordo com as possibilidades do Ini e da manobra a
realizar, a parte principal da frente e nela concentrar a massa dos fogos.

11.3.7.2.3 Não é recomendável fragmentar o GAC, atribuindo-lhe uma frente


demasiadamente grande para as suas possibilidades, reduzindo, portanto, a
ação de massa.

11.3.7.3 Centralização

11.3.7.3.1 Em uma Op Def, a iniciativa pertence ao atacante. Portanto, para se


contrapor ao inimigo onde ele se fizer mais forte, é necessária uma grande
coordenação entre os elementos que constituem a força defensiva.

11.3.7.3.2 O GAC deve ser organizado e disposto no terreno de forma que o


comando tenha condições de concentrar seus fogos, rapidamente, sobre o
local escolhido pelo inimigo para atacar.

11.3.7.3.3 É aconselhável manter o maior grau de centralização possível do


GAC, tanto de comando como de tiro, para que se tenha condições de
manobrar seus fogos de modo adequado e oportuno.

11.3.7.3.4 O comando da força deverá expedir ordens que permitam coordenar


e controlar os fogos de todos os GAC que apoiam a manobra.

11.3.7.4 Continuidade de Apoio

11.3.7.4.1 Os GAC devem apoiar o combate em toda a profundidade, desde as


ações na A Seg até no interior da P Def.

11.3.7.4.2 A continuidade do apoio deverá ser assegurada pelo escalonamento


das posições, desde as mais avançadas, à frente da A Def Avç, até as mais
recuadas, atrás dos núcleos de aprofundamento.

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11.3.7.5 Segurança

11.3.7.5.1 Os GAC devem adotar medidas que priorizem a segurança e visem


à preservação de seu poder de combate, necessário a um emprego eficiente.

11.3.7.5.2 As posições à retaguarda do Limite Anterior da Área de Defesa


Avançada (LAADA) devem ficar livres das flutuações do combate e atrás de
obstáculos contra carros.

11.3.7.5.3 As posições à frente do LAADA devem ficar cobertas por obstáculos


contra carro e, no mínimo, ao abrigo de uma linha efetivamente ocupada
(Postos Avançados Gerais - PAG).

11.3.7.5.4 Posições de troca devem ser escolhidas para serem ocupadas, caso
as Bia O recebam a ação direta dos fogos inimigos.

11.3.7.5.5 O GAC não deve permanecer em posição por longos períodos,


mesmo sem atirar, para evitar ter a posição detectada e receber fogos indiretos
do Ini. Assim, ocupação de posições de troca não se limita ao recebimento de
fogos do Ini. O Ini poderá lançar SARP para esclarecer a situação e poderá
identificar a posição das Bia O.

11.3.8 AÇÕES GERAIS DOS GAC

11.3.8.1 O GAC, no apoio a uma defesa em posição, deve realizar as seguintes


ações gerais:
a) cooperar no retardamento do inimigo desde o mais longe possível;
b) apoiar as ações das forças na A Seg;
c) dificultar, ao máximo, a montagem do dispositivo de ataque do inimigo;
d) participar das ações que visem a desarticular o ataque antes de sua partida;
e) auxiliar a deter o ataque inimigo, após desencadeado; e
f) apoiar os C Atq da força apoiada.

11.3.9 ORGANIZAÇÃO PARA O COMBATE

11.3.9.1 Apoio do GAC na A Seg

11.3.9.1.1 Todos os calibres existentes na P Def devem estar representados no


apoio às ações dos PAG, de forma a iludir o Ini sobre a real localização da P
Def.

11.3.9.1.2 Um GAC é considerado como o mínimo apoio de fogo para uma


força de cobertura ou PAG de valor Bda.

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11.3.9.1.3 Nessa situação, dois GAC, um de calibre leve e outro de calibre


médio, preferencialmente autopropulsados, constituem um apoio de fogo
considerado mais adequado, caso possível.

11.3.9.1.4 Quando a missão de estabelecer PAG for dada a uma unidade, esta
deverá ser reforçada com uma Bia O.

11.3.9.1.5 A Bia O, passada em reforço ou apoio direto, reverte ao seu


comando de origem após o acolhimento das forças de segurança no LAADA.

11.3.9.2 Apoio do GAC na Posição Defensiva

11.3.9.2.1 Cada Bda da A Def Avç conta com o seu GAC orgânico para lhe
prestar o apoio de fogo. Dependendo de sua constituição e da importância
atribuída à frente que lhe couber defender, a brigada pode receber em reforço
outro GAC, ou mesmo Bia O, caso haja disponibilidade.

11.3.9.2.2 Se uma força de valor Btl ou Rgt for empregada, na A Def Avç,
diretamente subordinada à DE, deve contar, desde que haja disponibilidade,
com o apoio de um GAC ou uma Bia O em Ap Dto.

11.3.9.2.3 O GAC orgânico da Bda em Res deve permanecer sob o Ct Op da


AD e, sempre que possível, em Aç Cj. Caso haja uma definição da Z Aç para
prioridade de planejamento da Bda em Res, o seu GAC orgânico poderá
receber a missão tática de Aç Cj-Ref F ao GAC da Bda que detém essa
prioridade. No caso de emprego da Bda, o GAC orgânico reverte à sua GU,
podendo receber o Ref F de outros GAC da AD.

11.3.9.2.4 Quando a situação for incerta e não for possível prever qual parte da
frente exigirá a concentração da massa dos fogos, os GAC subordinados à AD
devem ser conservados em Aç Cj, até que a situação se esclareça.

11.3.9.2.5 Caso o Cmt da Divisão determine uma prioridade de fogos, poderá


haver GAC em Aç Cj-Ref F ou Ref F aos GAC orgânicos das Bda em 1º Esc.

11.3.9.3 Observação: um GAC pode receber, na defensiva, qualquer uma das


missões táticas padrão, constantes do capítulo 3 deste manual. Pode, ainda,
receber uma missão não padronizada ou ser colocado em reforço a uma força
que possua ou não Art orgânica.

11.3.10 DESDOBRAMENTO

11.3.10.1 Dispositivo

11.3.10.1.1 Chama-se dispositivo a articulação de forças no terreno, com uma


determinada finalidade tática.

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11.3.10.1.2 Um dispositivo de Art não é rígido, podendo admitir várias posições


para uma mesma U, desde que atendam a mesma finalidade tática.

11.3.10.1.3 O GAC, na Def Pos, tem comumente dois dispositivos:


a) dispositivo provisório; e
b) dispositivo de defesa.

11.3.10.1.4 Normalmente, a força que guarnece os PAG atua em larga frente.


Em consequência, o GAC que a apoia deverá articular-se no terreno de forma
a bater todo o PAG, particularmente os eixos que abordam essa linha.

11.3.10.1.5 Na defesa do LAADA, a necessidade de massa sobrepõe-se,


muitas vezes, à de bater toda a frente a defender.

11.3.10.1.6 Os GAC subordinados à AD têm, normalmente, suas posições


impostas por esse comando.

11.3.10.2 Dispositivo Provisório

11.3.10.2.1 Destina-se a apoiar as ações à frente da A Def Avç, tais como a


atuação de uma F Cob, a realização de um retardamento e, particularmente, as
ações das forças dos PAG.

11.3.10.2.2 As posições do dispositivo provisório devem ficar, em princípio, fora


da A Def Avç para não revelarem prematuramente as posições dos GAC que a
apoiam. Quando, por qualquer motivo, ficarem dentro da A Def Avç, suas
posições devem ser diferentes das posições do dispositivo de defesa.

11.3.10.2.3 Posições Provisórias


a) Devem ser ocupadas, normalmente, na proporção de uma Bia O por GAC,
para permitir bater o inimigo desde o mais longe possível em proveito das
forças da A Seg e evitar que a Pos In seja levantada pelo inimigo.
b) Sua localização deve estar coberta por um obstáculo anticarro ou, pelo
menos, atrás de uma linha efetivamente ocupada e próxima a eixos que
facilitem o retraimento.
c) Devem ser tão avançadas quanto permitam o terreno e a situação.

11.3.10.2.4 Posições Iniciais


a) Ocupadas para apoiar as ações de defesa dos PAG e bater regiões
favoráveis à montagem do dispositivo de ataque do inimigo.
b) Devem permitir cooperar no retardamento do inimigo, iludi-lo sobre a
localização da Pos Def e bater os eixos penetrantes.

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11.3.10.2.5 Posições de Manobra


a) Para assegurar a continuidade de apoio de fogo, cooperar no retardamento
do inimigo em toda a profundidade da A Seg e apoiar o final do retraimento, o
GAC ocupa Pos Man com a totalidade ou parte de seus meios.
b) Esse Ap F poderá ser prestado pela Art do dispositivo de defesa, ocupando
Pos Provs.

11.3.10.3 Dispositivo de Defesa

11.3.10.3.1 Deve ser estabelecido de modo a atender à manobra de fogos em


apoio às forças da P Def, tanto à frente do LAADA quanto no seu interior,
devendo assegurar a continuidade de apoio em toda a profundidade da P Def.

11.3.10.3.2 O dispositivo deve ficar livre das flutuações do combate. Para isso,
sempre que possível, as posições devem ficar à retaguarda dos últimos
núcleos de aprofundamento do escalão apoiado (Bda e DE), para não serem
batidas pelo inimigo que se apodere dos primeiros núcleos de defesa.

11.3.10.3.3 Posições Provisórias


a) Podem ser localizadas à frente ou à retaguarda do LAADA, dependendo de
sua finalidade e das condições de segurança existentes.
b) A decisão de ocupar essas posições é do Cmt DE. Em nome deste, a AD
coordena e controla todo o Ap F à operação, bem como determina quem vai
ocupá-las, especificando suas imposições.
c) As Pos Provs devem assegurar a continuidade de apoio de fogo durante o
retraimento da F Seg e impedir a revelação inoportuna da posição inicial.

11.3.10.3.4 Posições Iniciais


a) São ocupadas para apoiar a fase inicial da operação considerada, visando,
em particular, ao apoio aos elementos mais avançados da U apoiada.
b) Devem permitir atender às seguintes imposições:
1) bater toda a extensão do LAADA ou suas partes mais importantes;
2) bater os alvos inimigos à frente dos PAC, em condições de neutralizar as
armas de tiro tenso do inimigo; e
3) bater os alvos inimigos à frente dos últimos núcleos de aprofundamento do
elemento apoiado.

11.3.10.3.5 Posições de Manobra


a) Quando não for possível encontrar uma posição que atenda,
simultaneamente, a todas as imposições citadas no item anterior, é necessária
a escolha de Pos Man, para o apoio aos aprofundamentos e aos C Atq.
b) Essas posições devem, por questões técnicas e de segurança, estar a
distância mínima da orla anterior dos núcleos apoiados (relativa à faixa de
melhor emprego da menor carga, constante das tabelas de tiro do material
utilizado).

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11.3.11 OBSERVAÇÃO

11.3.11.1 O GAC em Ap G centraliza e coordena sua observação terrestre. O


S-2 organiza a rede de observação, de modo a proporcionar vistas à frente do
LAADA e no interior da P Def, cobrindo e recobrindo toda a Z Aç da força
apoiada. É desejável que qualquer parte da Z Aç seja vista por mais de um
observatório terrestre.

11.3.11.2 Os observatórios de retaguarda devem proporcionar vista sobre todo


o interior da P Def, não só para conduzir o fogo sobre o inimigo em sua
progressão, como para observar tiros de apoio aos C Atq. As posições desses
PO são escolhidas e organizadas, inclusive com instalações de Com. As
equipes são previamente designadas para ocupá-los, mas só os ocuparão se
necessário.

11.3.11.3 As equipes de OA são destacadas para junto das companhias o mais


cedo possível. Quando dos C Atq ou ações ofensivas visando à infiltração nas
linhas inimigas, o trabalho de observação dos OA passa a ser preponderante.

11.3.11.4 O problema de observação à frente dos PAG é resolvido pela Obs


Ae, utilizando SARP e por OA destacados para junto dos Elm da tropa apoiada
que os guarnecem.

11.3.12 TRENS DO GRUPO

11.3.12.1 Os trens do GAC devem estar desdobrados à retaguarda da Pos In


do GAC.

11.3.12.2 Se estiver prevista uma Pos Man, os trens devem ser desdobrados à
retaguarda dessa posição, a fim de se evitar um deslocamento desses trens,
por ocasião da provável mudança de posição.

11.3.12.3 Deve, também, ser procurada a proximidade de uma ATE de unidade


da arma-base, ou uma base logística dos escalões superiores.

11.3.13 CONDIÇÕES PARA A TOMADA DO DISPOSITIVO

11.3.13.1 Normalmente, o material entra em posição à noite, tendo em vista a


manutenção do sigilo.

11.3.13.2 A entrada em posição é regulada por intermédio de um plano do


escalão superior. Esse plano prescreve as condições em que se deve realizar a
ocupação, tais como: a oportunidade, os itinerários a serem utilizados, a hora
em que o dispositivo deve estar pronto etc.

11-28
EB70-MC-10.360

11.3.13.3 Essas prescrições serão feitas em função das necessidades de


tempo para os trabalhos de reconhecimento, da ocupação de posição, do
trabalho topográfico, da instalação das comunicações e observação.

11.3.14 POSTO DE COMANDO

11.3.14.1 Os PC devem se aproximar do PC da força apoiada.

11.3.14.2 A tendência é que os PC fiquem bem mais recuados que na Ofs,


para não serem influenciados, de imediato, por possíveis flutuações de
combate.

11.3.15 COMUNICAÇÕES

11.3.15.1 O sistema de comunicações deve ser tão completo quanto o tempo


permita, com prioridade para utilização dos meios rádio.

11.3.15.2 O sistema fio fica restrito aos circuitos locais no âmbito das seções.
Se houver previsão da situação permanecer estática por um período
prolongado, pode-se ampliar o circuito até constituir-se o sistema fio mínimo do
GAC (C Tir Gp - Linha de Fogo).

11.3.16 ATUAÇÃO DOS GAC DURANTE O COMBATE

11.3.16.1 Os GAC, durante as diversas fases do combate defensivo, atuam de


acordo com o abaixo descrito.

11.3.16.2 1ª Fase: Apoio às Forças na Área de Segurança

11.3.16.2.1 Generalidades
a) Essa fase vai desde o momento em que o inimigo entra no alcance da Art
até o início da montagem do dispositivo de ataque à A Def Avç.
b) As forças em PAG realizam uma Aç Rtrd e poderão manter o contato com o
inimigo até que sejam acolhidas.

11.3.16.2.2 Fogos
a) Finalidades: (1) retardar a progressão do inimigo, obrigando-o a desdobrar-
se prematuramente; e (2) iludi-lo sobre a verdadeira localização da P Def e
apoiar as ações de retraimento dos PAG.
b) Os fogos são realizados a partir de determinada linha do terreno, o mais
longe possível. Durante o dia, busca-se neutralizar ou destruir os alvos
inimigos. À noite, o objetivo é o de interditar ou inquietar o inimigo, batendo-se
os pontos críticos.
c) Logo que as colunas inimigas cheguem ao alcance da Art em apoio aos
PAG, ela começa a hostilizá-las, inicialmente para retardar o seu avanço e,
posteriormente, para apoiar as ações dos PAG e o seu retraimento.

11-29
EB70-MC-10.360

d) Tão logo os PAG retraiam e desde que o inimigo entre no alcance dos GAC
que apoiam a tropa da P Def, estes abrem fogo sobre o Ini.
e) Normalmente a DE impõe, para manter o sigilo, isto é, para não revelar os
meios muito cedo, que apenas parte deles atue nessa fase de aproximação do
inimigo. Isso quase sempre é feito de Pos Provs, com uma Bia O por GAC.
f) Os alvos mais avançados, junto aos Elm 1º Esc, adequados nessa fase são:
colunas de tropas; zonas de reunião; pontos críticos; Artilharia; reservas;
postos de observação; centros de comunicações; e postos de comando.
g) O planejamento dos fogos é feito à base do estudo do terreno pelo Esc de
Art presente na A Seg, sendo o tiro conduzido com apoio de SARP, e por OA.

11.3.16.3 2ª Fase: Na Iminência do Ataque Inimigo

11.3.16.3.1 Generalidades
a) Essa fase vai desde a montagem do dispositivo do inimigo para o ataque à A
Def Avç até o instante do desencadear do ataque.
b) É a fase em que a Art realiza a C Prep, com a participação de todos os GAC.
O momento da execução é determinado pelo comando do mais alto escalão
que toma parte na operação.

11.3.16.3.2 Fogos
a) Finalidades:
- desorganizar o dispositivo de ataque do inimigo e os seus sistemas de
comando, de comunicações e de observação;
- reduzir a eficiência da sua Prep de Art;
- quebrar o espírito ofensivo; e
- restringir os movimentos.
b) Predominam as neutralizações. Os alvos mais apropriados são as Z Reu, os
PO, PC, bases de fogos, Art, posições de ataque e pontos críticos.
c) O planejamento da C Prep é progressivo. Inicia-se na carta, vai ao terreno e
é completado com as informações que se possa obter sobre o inimigo. É
constantemente atualizado.

11.3.16.4 3ª Fase: Durante o Ataque Inimigo

11.3.16.4.1 Generalidades
a) Essa fase vai desde a partida do ataque inimigo até que este tenha sido
detido na frente ou no interior da P Def.
b) É a fase crítica de manutenção da posição.

11.3.16.4.2 Fogos
a) Finalidades:
- destruir as formações de ataque inimigas;
- reduzir seu ímpeto;
- barrar e repelir o assalto; e
- limitar a penetração.

11-30
EB70-MC-10.360

b) Nessa fase, predominam os fogos sobre alvos inopinados.


c) Deve-se, também, continuar o fogo sobre os alvos que não foram totalmente
neutralizados durante a C Prep.
d) O planejamento deve ser minucioso, sendo a maioria dos fogos executada
pelos GAC orgânicos das Bda em 1º Esc.
e) Quando o inimigo aproxima-se do LAADA, são desencadeadas as barragens
e os demais fogos defensivos.
f) Se o inimigo consegue vencer as primeiras resistências da A Def Avç e nela
penetra, sua progressão deve ser prejudicada, no interior da posição, por
concentrações aplicadas nas regiões por ele atingidas.
g) Quando a tropa apoiada estabelece uma linha à retaguarda onde pretende,
com sua reserva, limitar a penetração inimiga, os GAC devem prever barragens
face a essa linha.
h) Os efeitos normalmente procurados nos fogos desencadeados nessa fase
são as neutralizações e interdições, estas por meio da aplicação de barragens.
i) Os fogos para limitar as penetrações são executados por todos os GAC que
tenham possibilidades de atuar nas regiões onde elas ocorrerem, sem que haja
prejuízo para as missões principais desses GAC.

11.3.16.5 4ª Fase: Apoio aos Contra-Ataques

11.3.16.5.1 Generalidades
a) Essa fase vai desde o momento em que o inimigo tenha sido detido até sua
destruição ou expulsão.
b) É a fase do C Atq, ação decisiva do combate defensivo.

11.3.16.5.2 Fogos
a) Finalidades:
- neutralizar o inimigo que possa prejudicar o deslocamento da tropa de C Atq
para a linha de partida (LP) e tomada do dispositivo. Os PO, Pos Mrt e de
Bia O etc. devem constituir os principais alvos;
- executar concentrações no interior do bolsão formado pelo inimigo, a fim de
desmoralizá-lo e impedir que consolide a posse do terreno conquistado;
- executar concentrações, ou mesmo barragens, nos possíveis caminhos por
onde o inimigo possa canalizar novos meios para alimentar o prosseguimento
do ataque, fechando a entrada do bolsão formado; e
- realizar fogos visando, diretamente, ao apoio aos C Atq, a partir do
momento em que esses se iniciem.
b) Deve-se prestar o máximo apoio possível à reserva da força apoiada para
limitar penetrações e restabelecer o LAADA. Para apoiar os C Atq previstos,
deve ser organizado um plano de fogos, em todos os pormenores.
c) Os fogos para apoio aos C Atq são, normalmente, planejados e conduzidos
pela AD.
d) Deve ser feito um planejamento detalhado em toda a profundidade da P Def.
Apesar disso, grande parte dos fogos será executada sobre alvos inopinados.
e) Os alvos mais adequados nessa fase são: o escalão de ataque inimigo, PC,
PO, Mrt, GAC e vias de acesso.

11-31
EB70-MC-10.360

f) O planejamento dos fogos é feito baseado nas hipóteses de C Atq, montadas


pela força apoiada. Pode prever, inclusive, uma IF.
g) Normalmente, os efeitos procurados nos fogos desencadeados nessa fase
são neutralizações e interdições (barragens).

11.3.17 MEDIDAS DE PROTEÇÃO

11.3.17.1 As medidas de proteção ativas têm, na defensiva, grande


importância. As posições de Bia O devem ser organizadas para a defesa
imediata contra qualquer espécie de ataque, em todas as direções. Um sistema
de vigilância e alerta deve ser mantido em funcionamento dia e noite.

11.3.17.2 O desenfiamento do clarão das peças, sua disposição irregular no


terreno, bem como medidas cuidadosas de disfarce e de circulação nas
posições e nos PO contribuem, grandemente, para que a Artilharia não seja
revelada.

11-32
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO XII

O GAC NAS OPERAÇÕES DE COOPERAÇÃO E COORDENAÇÃO COM


AGÊNCIAS

12.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

12.1.1 São operações executadas por elementos da Força Terrestre em apoio


a órgãos ou instituições (governamentais ou não, militares ou civis, públicos ou
privados, nacionais ou internacionais), definidos genericamente como
agências.

12.1.2 Nas operações de cooperação e coordenação com agências (OCCA), a


liberdade de ação do Cmt GAC está limitada pela norma legal que autorizou o
emprego da tropa. Assim, o emprego é episódico, limitado no espaço e no
tempo.

12.1.3 As operações de cooperação e coordenação com agências são aquelas


que normalmente ocorrem nas situações de não guerra, nas quais o emprego
do poder militar é usado no âmbito interno e externo, não envolvendo o
combate propriamente dito, exceto em circunstâncias especiais.

12.1.4 O manual EB70-MC-10.223 Operações aborda o assunto com mais


detalhes.

12.2 O EMPREGO DO GAC EM OPERAÇÕES DE COOPERAÇÃO E


COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS

12.2.1 O GAC nas OCCA será empregado tendo como principal característica
a não utilização dos seus armamentos de tiro indireto.

12.2.2 O emprego do GAC em ações sob a égide de organismos internacionais


ou em apoio à política externa em tempo de paz ou crise pode demandar a
utilização das armas de tiro indireto, dependendo do tipo de operação e dos
objetivos pretendidos.

12.2.3 Quando do emprego do GAC em operações de cooperação e


coordenação com agências, deve-se atentar para uma reorganização das
frações em grupos de combate (GC) e pelotões.

12.2.4 A manutenção dos laços táticos deve ser buscada sempre que possível,
assim como o intenso adestramento das frações.

12-1
EB70-MC-10.360

12.2.5 O GAC em OCCA, deve prever a composição do pessoal que


permanece na Z Reu para atividades de comando, logística e segurança.

12.2.6 O uso de armamentos não letais e equipamentos específicos devem ser


planejados minuciosamente de acordo com as características específicas de
cada operação.

12-2
EB70-MC-10.360

CAPÍTULO XIII

O GAC NAS OPERAÇÕES COMPLEMENTARES

13.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

13.1.1 Dentre as operações complementares previstas no manual de


campanha EB70-MC-10.223 Operações, as operações de segurança são
objeto, neste capítulo, de considerações específicas, por se tratar de uma
operação militar que tem por objetivo geral a manutenção da liberdade de
manobra e a preservação do poder de combate necessário ao emprego
eficiente da força principal, fator comum a todas as operações básicas.

13.1.2 Segurança é o grau relativo de proteção contra qualquer ação, por parte
do inimigo, que se possa contrapor a uma decisão de comando.

13.1.3 A força que realiza a segurança de uma tropa deve ser suficientemente
forte e apropriada para proporcionar tempo adequado para que se possa
reagir. De acordo com as suas possibilidades, as forças de segurança engajam
o inimigo apenas o tempo necessário para cumprirem as suas missões.

13.1.4 Os graus de segurança proporcionados a uma força são cobertura,


proteção e vigilância, conforme consta no manual de campanha EB70-MC-
10.223 Operações.

13.1.5 Os tipos de força a serem constituídas, de acordo com as missões de


segurança são as seguintes:
a) força de cobertura, no curso de Op Ofs ou Op Def, pode ser avançada ou de
flanco;
b) força de proteção, no curso de Op Ofs ou Op Def, à frente, no flanco ou à
retaguarda de um Esc Cmb;
c) força de vigilância, em proveito do Esc Sp;
d) força de ligação, para o tamponamento de brechas; ou
e) força participante de segurança de área de retaguarda.

13.2 O GAC NAS OPERAÇÕES DE SEGURANÇA

13.2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO APOIO DO GAC NAS OPERAÇÕES


DE SEGURANÇA

13.2.1.1 Nas Op Seg, as seguintes características gerais do apoio de fogo do


GAC destacam-se como prioritárias:
a) prestar apoio cerrado às F Seg;

13-1
EB70-MC-10.360

b) dotar as F Seg com meios de Ap F com mobilidade igual ou superior às


próprias forças; e
c) dotar os Elm Ap F com meios de comunicações flexíveis.

13.2.2 EMPREGO DO GAC NAS OPERAÇÕES DE SEGURANÇA

13.2.2.1 O apoio do GAC em proveito de uma força de cobertura avançada ou


força de proteção de vanguarda assemelha-se ao de uma Op de M Cmb.

13.2.2.2 A atuação do GAC em proveito de uma força de proteção de


retaguarda é similar ao emprego em uma Op de Mvt Rtg.

13.2.2.3 O emprego do GAC em apoio a uma força de proteção de


flancoguarda possui maiores particularidades, não guardando nenhuma
semelhança com outras operações.

13.2.3 EMPREGO DO GAC NAS OPERAÇÕES DE SEGURANÇA DE


FLANCO NA OFENSIVA

13.2.3.1 A execução das Op Seg caracteriza-se por um elevado grau de


descentralização. Tal característica impõe, para o GAC, a necessidade de
empregar os seus meios também de forma mais descentralizada, visando a
apoiar adequadamente as peças de manobra.

13.2.3.2 De acordo com o terreno e as possibilidades do inimigo, é comum que


a F Seg seja um elemento valor unidade.

13.2.3.3 Nesse caso, a dosagem mais adequada e mais usual para apoiar o
Elm Man valor U seria uma Bia O. Porém, de acordo com a importância da Op
Seg, a disponibilidade de meios e as possibilidades do inimigo, é admissível,
em alguns casos, que um GAC apoie as ações de um elemento valor U.

13.2.3.4 O emprego do GAC caracterizar-se-á pelos seguintes aspectos:


a) rapidez no desencadeamento dos fogos, obtida por reconhecimentos
antecipados, pela grande mobilidade tática do material, principalmente quando
for um Grupo autopropulsado, e pela articulação do GAC à coluna da tropa
apoiada desde o mais cedo possível;
b) planejamentos de RPP e PO com base em estudo na carta e em imagens de
satélites;
c) estabelecimento de sistemas de comunicações amplos e flexíveis,
fundamentados no meio rádio, que permitam ao Cmt GAC intervir com rapidez
e oportunidade, em particular durante as condutas nas operações; e
d) a maioria de meios, sempre que possível, deve permanecer inicialmente
centralizada, sofrendo uma descentralização gradativa à medida que a situação
evolui.

13-2
EB70-MC-10.360

13.2.3.5 À semelhança da M Cmb, a Bia O ou o GAC, nas Op Seg, é a única


Art de que dispõe o Elm Man.

13.2.3.6 As ações gerais do GAC têm por objetivo:


a) apoiar as ações da Vgd;
b) bater o inimigo desde o mais longe possível, utilizando-se de Pos Provs nos
flancos, e das posições mais avançadas, no Itn Prog da Vgd;
c) apoiar os Elm Man quando da conquista e manutenção das posições de
bloqueio (P Blq); e
d) apoiar, com todos os meios de Art disponíveis, as ações centralizadas em
final de missão ou durante as condutas nas operações.

13.2.4 MONTAGEM DAS LINHAS DE AÇÃO

13.2.4.1 São fatores básicos a serem considerados na montagem das linhas de


ação para o emprego do Grupo:
a) Itn Prog planejados pelo Elm Man, verificando-se:
- as condições impostas ao deslocamento da Vgd;
- as condições impostas ao deslocamento dos Elm 2º Esc; e
- as distâncias entre os Itn Prog, no caso de haver mais de um.
b) existência e orientação das rocadas;
c) manobra do elemento apoiado;
d) imposições do elemento apoiado; e
e) informações sobre o inimigo, em particular sobre os seus sistemas de Art
Cmp.

13.2.4.2 Quando houver apenas uma Bia O apoiando a Op Seg, as posições


planejadas devem buscar apoiar tanto os Elm 1º Esc que se deslocam pelos
eixos, como a ocupação e manutenção das P Blq.

13.2.4.3 As possibilidades do inimigo poderão condicionar a formulação de


linhas de ação com menor ou maior grau de centralização.

13.2.4.4 A possibilidade de atuação do inimigo nos flancos condiciona uma


maior descentralização do Grupo, desde o início da missão, para apoiar os
elementos responsáveis pela segurança desses flancos.

13.2.4.5 Por outro lado, a ausência de informações mais precisas sobre as


possibilidades do inimigo ou a maior probabilidade de atuação ao longo dos Itn
de deslocamento condicionam um maior grau de centralização inicial.

13.2.4.6 As considerações relativas às distâncias que recomendam uma maior


ou menor descentralização dos meios são as mesmas das demais operações
de movimento.

13-3
EB70-MC-10.360

13.2.4.7 O planejamento inicial das ações da Bia O que atuará isolada na Op


Seg pode ser realizado pelo S-3 do GAC, caso a situação permita, ou ser
delegado para o Cmt Bia.

13.2.4.8 Em qualquer um dos casos, o Cmt Bia O deve ter a capacidade de


flexibilizar o planejamento durante o decorrer das ações, tendo em vista o grau
de incerteza desse tipo de operação.

13.2.5 PLANO DE EMPREGO DE ARTILHARIA (PEA)

13.2.5.1 As características do PEA em uma Op Seg de flanco em movimento


assemelham-se às da M Cmb. A maior vantagem da utilização de um PEA
relaciona-se com a redução dos prazos normais para os REOP e para o
desencadeamento dos fogos.

13.2.5.2 O PEA contém todas as informações já previstas no item que trata da


M Cmb, com algumas peculiaridades relativas às Op Seg de flanco.

13.2.5.3 O apoio aos Elm 1º Esc ou à Vgd deve atender às necessidades de


Ap F desse Elm Man como um todo.

13.2.5.4 As distâncias entre cada RPP planejada devem permitir a continuidade


de Ap F no eixo, caso essa condição venha a se tornar impositiva. É normal o
planejamento de RPP distanciadas da ordem de 2/3 do alcance útil do material
de menor calibre empregado.

13.2.5.5 O planejamento deve ser realizado por todos os eixos em que haja a
possibilidade de deslocamento do Grupo, ou seja, tanto no principal quanto nos
secundários.

13.2.5.6 Para apoiar as ações nas P Blq, devem ser planejadas, em cada uma
delas, uma Pos In, uma Pos Provs e quantas Pos Man forem necessárias para
apoiar o retraimento até o grosso da tropa que realiza o movimento.

13.2.5.7 As Pos Provs têm como objetivo bater o inimigo desde o mais longe
possível. Elas são planejadas próximas aos Itn que permitam, com segurança,
o pronto retraimento dos Elm Art previstos para ocupá-las. Excepcionalmente,
essas RPP provisórias poderão ser previstas à frente das P Blq planejadas. As
condições de segurança para o GAC influirão nessa decisão.

13.2.5.8 As Pos Provs serão ocupadas após o elemento apoiado dar o pronto
na P Blq. A ocupação da Pos Provs dependerá principalmente da inexistência
de uma tropa inimiga próxima que atente contra a segurança da tropa de Art e
da disponibilidade de tempo suficiente para, caso a tropa apoiada deixe a
posição, seja mantido o Ap F adequado.

13-4
EB70-MC-10.360

13.2.5.9 As Pos In visam a apoiar a ocupação e manutenção da P Blq. Elas


devem ser previstas próximas aos Itn que demandam as P Blq, buscando-se,
de uma mesma RPP, bater o maior número de posições possível. Além disso,
o Grupo deve estar em condições de engajar o inimigo além do alcance das
armas de tiro direto da força que apoia.

13.2.5.10 Caso o Ini apresente-se fortemente em uma P Blq, a tropa deverá


agir de forma semelhante ao Mvt Rtg. Para isso, o Grupo deverá retrair
ocupando Pos Man até que a tropa possa ser acolhida pelo grosso da força
apoiada.

13.2.5.11 Essas Pos Man devem ser planejadas seguindo o lanço de 2/3 do
alcance máximo do material de menor calibre, a partir das Pos In que apoiam
cada uma das P Blq.

13.2.5.12 As RPP que apoiam a tropa em final de missão serão planejadas


buscando bater simultaneamente as P Blq e o objetivo, adotando a técnica de
tiro em 6400’’’.

13.2.6 RECONHECIMENTO

13.2.6.1 Os reconhecimentos (Rec) são executados de forma semelhante ao


previsto na M Cmb.

13.2.6.2 O REOP de Bia O avulta de importância em face das frequentes


descentralizações dos meios do GAC.

13.2.6.3 Evidencia-se a atuação do Adj S-2 ou do O Rec e da sua Eqp Topo


que, marchando juntamente aos elementos da Vgd, proporcionam Rec
contínuos das RPP e PO previstos no PEA.

13.2.6.4 Caso as Pos Provs e In estejam demasiadamente afastadas dos Itn de


marcha, somente serão reconhecidas se vierem a ser efetivamente ocupadas.

13.2.6.5 Considerando-se todas as posições do E Pcp e aquelas que servem


para apoiar as ações nas P Blq, é inviável que todas elas sejam reconhecidas
em tempo útil. Dessa forma, o S-3 ou o Cmt Bia devem dar a ordem ao O Rec,
informando quais as posições mais importantes que devem ser reconhecidas.

13.2.7 ESCOLHA E OCUPAÇÃO DE POSIÇÃO

13.2.7.1 A Bia O, que normalmente desloca-se apoiando a Vgd, entra em


posição por determinação ou solicitação do comandante do elemento que
apoia. Deve, então, ocupar as posições mais avançadas e já reconhecidas,
buscando aproveitar, ao máximo, o alcance do material.

13-5
EB70-MC-10.360

13.2.7.2 Ao ocupar a RPP, a Bia O desencadeia todas as ações previstas para


o REOP em tempo restrito.

13.2.7.3 Tão logo a Vgd reinicie a sua progressão normal, após neutralizar as
resistências encontradas, a Bia O receberá a ordem de se reintegrar na coluna
e de prosseguir no seu movimento.

13.2.7.4 O Cmt Bia O deverá preocupar-se em somente ultrapassar uma


posição reconhecida após receber o relatório da RPP à frente.

13.2.7.5 Para o apoio a uma situação de conduta no flanco do Elm Man,


quando, a Bia O ocupará uma das posições planejadas para atender às P Blq.
A RPP a ser ocupada será a que melhor satisfizer as necessidades de Ap F do
elemento apoiado.

13.2.7.6 O Elm Art designado para prestar Ap F aos Elm Man com a missão de
conquistar e manter as P Blq ocupará as RPP, orientado pelas seguintes
ideias:
a) sempre que a situação permitir, serão ocupadas as RPP provisórias, com
vistas ao engajamento do inimigo em profundidade; e
b) as posições destinadas a apoiar as P Blq serão ocupadas mediante ordem
ou solicitação expedida pelo Cmt apoiado, com base em seu Exm Sit. Devem
ser consideradas, na oportunidade:
- a segurança da Bia O, principalmente quando estiver ocupando Pos Provs.
O retraimento da Bia O para a posição inicial planejada é um momento crítico
para a SU; e
- a ausência do Ap F Art durante a mudança para a RPP inicial.

13.2.8 OUTRAS CONDUTAS DO GAC

13.2.8.1 O Elm Art com a missão de apoiar a conquista e a manutenção de


uma P Blq permanecerá nessa situação até que a força apoiada seja retirada.

13.2.8.2 Se a F Ptç depara-se com uma força inimiga superior, conduz uma
ação retardadora entre as P Blq e o E Prog do elemento coberto. Nessa
situação, o GAC será organizado para o combate com base nos mesmos
fundamentos observados para o apoio à força de cobertura avançada nas
ações retardadoras.

13.2.8.3 As grandes frentes e os amplos espaços atribuídos normalmente à F


Ptç acarretarão, em final de missão, uma dificuldade para o Grupo apoiar pelo
fogo as tropas desdobradas no objetivo e nas P Blq, simultaneamente.

13.2.8.4 Será normal, inclusive, que a prioridade de fogos atribuída a esses


Elm Man conduza o GAC a ocupar posições que lhe permitam atender a essa
prioridade, mantendo posições planejadas em outras partes da frente para
ocupação, mediante ordem, em face da evolução da situação.

13-6
EB70-MC-10.360

13.2.9 ASPECTOS SOBRE OS SUBSISTEMAS DO GAC

13.2.9.1 Direção de Tiro

13.2.9.1.1 As características das Op Seg exigem que o apoio de fogo seja


prestado com a máxima rapidez em situações, normalmente, inopinadas. Tal
condição impõe o emprego de sistemas de direção de tiro automatizados, em
particular, no nível bateria.

13.2.9.2 Topografia

13.2.9.2.1 O emprego de equipamentos dotados de sistemas inerciais de busca


de direção, telêmetros laser e equipamentos de posicionamento por satélites é
imprescindível para o fornecimento de dados topográficos oportunos e
confiáveis.

13.2.9.3 Busca de Alvos

13.2.9.3.1 A Op Seg é um tipo de operação muito particular, pois, mesmo


sendo uma manobra ofensiva, a iniciativa das ações é do inimigo.
Consequentemente, cresce de importância a existência de um sistema de BA
eficiente.

13.2.9.3.2 Caso haja disponibilidade, é recomendável que meios de BA apoiem


a Op Seg. Os OA, os radares de C Bia, contramorteiros e de vigilância
terrestres, além dos SARP, são de extrema valia para o levantamento de dados
sobre as atividades do inimigo. Eles serão utilizados, também, na condução
dos fogos e na avaliação tática de danos, dentro dos limites das suas
possibilidades.

13.2.9.3.3 Os meios de BA devem proporcionar a aquisição de alvos ao longo


dos eixos, itinerários priorizados ou em posições de maior permanência, em
proveito de forças, ocupando P Blq nos flancos.

13.2.9.4 Munições
- Em função da necessidade de impedir a observação direta do inimigo sobre o
E Prog da força principal do Esc em movimento, o GAC deve receber maiores
quantidades de munições fumígenas e de outras munições especiais, como as
“espargidoras de minas” e as “cargas múltiplas contra blindados”.

13.2.9.5 Logística

13.2.9.5.1 A grande descentralização das Bia O do GAC indica a necessidade


de reforçá-las, principalmente, com elementos de manutenção do GAC.

13.2.9.5.2 Não se prevêm, como frequentes, condições mais severas ao


subsistema de Ap Log. As Bia do GAC dispõem de capacidade orgânica para

13-7
EB70-MC-10.360

prover as suas próprias necessidades logísticas durante toda a operação, sem


contar com ressuprimentos ou apoios de grande vulto por parte do GAC.

13.2.9.6 Observação

13.2.9.6.1 A observação será feita basicamente pelos OA das SU apoiadas por


SARP e Elm da Aviação do Exército atuando no flanco, caso haja a
possibilidade de seu emprego.

13.2.9.6.2 Os PO devem ser previstos ao longo do Itn Prog para possibilitar a


continuidade da observação, caso haja possibilidade de ocupação durante a
operação. Além disso, devem ser previstos PO para apoiar a manutenção das
P Blq e dos objetivos finais.

13-8
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CAPÍTULO XIV

O GAC NAS AÇÕES COMUNS ÀS OPERAÇÕES TERRESTRES

14.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

14.1.1 No contexto das operações terrestres, observa-se um rol de ações


comuns às operações, podendo ser realizadas por tropas de qualquer
natureza, desde que estas tenham as capacidades necessárias.

14.1.2 Relacionam-se às atividades e tarefas a serem conduzidas pelos


elementos da F Ter e apresentam um grau de intensidade variável, de acordo
com a operação militar planejada e conduzida.

14.1.3 O emprego de fogos, nas ações comuns às operações terrestres, segue


considerações sobre a natureza da missão tática e depende do tipo de sistema
de fogos que está sendo aplicado (terrestre, aéreo ou naval). Além disso, a
aplicação de fogos é uma forma clássica pela qual o comandante pode intervir
no combate.

14.1.4 Considerando o grau de coordenação que requer e a sua abrangência, o


GAC recebe influência e atua, direta ou indiretamente, perante as ações
comuns às operações terrestres que se seguem:
a) reconhecimento, vigilância e segurança;
b) coordenação e controle do espaço aéreo;
c) planejamento e coordenação do apoio de fogo;
d) substituição de unidades de combate;
e) assuntos civis;
f) defesa química, biológica, radiológica e nuclear;
g) guerra cibernética;
h) operações psicológicas;
i) guerra eletrônica;
j) defesa antiaérea; e
k) comunicação social.

14.2 RECONHECIMENTO, VIGILÂNCIA E SEGURANÇA

14.2.1 O reconhecimento, a vigilância e a segurança são ações


complementares. Essas ações proporcionam a obtenção de dados sobre o
inimigo, a região das operações e a proteção das nossas tropas.

14-1
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14.2.2 RECONHECIMENTO

14.2.2.1 Normalmente, o Elm Man 1º Esc se beneficia do apoio de Artilharia


proporcionado pelo grupo orgânico da Bda. Os fogos desse grupo podem ser
ampliados por outras unidades de Artilharia recebidas em reforço.

14.2.2.2 Esse GAC poderá descentralizar seus meios, atribuindo a uma de


suas Bia a missão tática de apoio direto ao Elm Man 1º Esc. Poderão ocorrer,
ainda, situações de descentralização dos meios e do comando. Nesses casos,
uma Bia será passada em reforço ao Elm Man 1º Esc.

14.2.2.3 Os fogos do Grupo proporcionam ao Cmt do Elm Man 1º Esc um


poderoso meio para influir no curso do combate. Especificamente, para as
missões de reconhecimento, o apoio da Artilharia proporciona maior segurança
para o avanço das tropas amigas, pois o alcance de seus fogos supera o
alcance das armas de tiro tenso dos Elm Man.

14.2.2.4 Além disso, o GAC poderá apoiar a execução das ações de


Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA),
principalmente por meio de seus OA. Sua atuação junto aos elementos de
manobra em 1º Esc permite o levantamento de dados mais aproximados sobre
o inimigo que se apresenta em sua Z Aç.

14.2.2.5 As frações dos O Rec e do Adj S-2 poderão, ainda, contribuir de forma
mais simples com a vertente “reconhecimento” do acrônimo IRVA,
principalmente nas Op Ofs de movimento, quando realizam Rec mais à frente,
em áreas mais próximas aos Elm Man empregados em 1º Esc, ou como
vanguarda em seus respectivos eixos ou itinerários de deslocamento.

14.2.2.6 Nesse contexto, é possível apontar a participação do GAC na


obtenção de dados sobre:
a) o inimigo, à medida em que seus OA acompanham, da linha de frente, o
desenvolvimento dos combates; e
b) o terreno, devido aos constantes Rec realizados pelos O Rec e pelo Adj S-2.

14.2.3 VIGILÂNCIA

14.2.3.1 A vigilância é a ação conduzida com o propósito de detectar, registrar


e informar o ocorrido em determinado setor de observação. Constitui uma das
principais formas para a identificação e localização de alvos e monitoramento
de atividades do oponente.

14.2.3.2 As operações terrestres exigem, normalmente, diferenciadas ações de


vigilância, as quais se apresentam sob as seguintes formas:
a) visual: realizada por U terrestres ou aéreas, particularmente no cumprimento
de missões de Rec. Utiliza equipamentos optrônicos, de visão noturna
infravermelha, com amplificadores de luz residual ou termais, dentre outros;

14-2
EB70-MC-10.360

b) eletrônica: realizada com o emprego de meios especiais, tais como radares,


equipamentos de escuta, sensores e câmeras; e
c) imagens: consiste essencialmente no emprego de equipamentos especiais,
montados em plataformas aéreas, com capacidade de transmissão de imagens
em tempo real.

14.2.3.3 De maneira análoga às Aç Rec, o GAC também atuará junto aos Elm
Man 1º Esc, proporcionando-lhes o apoio de fogo necessário ao
desencadeamento de suas missões.

14.2.3.4 Além disso, como um dos produtos da ação de vigilância é a


identificação e localização de alvos, torna-se útil para o GAC, diante de sua
possibilidade de executar fogos em maior profundidade, receber esses dados
para, caso seja necessário e haja condições técnicas, cumprir missões de tiro
sobre os alvos levantados.

14.2.3.5 Outrossim, o GAC colabora na aquisição de alvos, uma vez que


possui, como um dos seus subsistemas, a busca de alvos (BA), que contribui
com a etapa detectar. Dentre os meios de observação, serão empregados os
OA, os oficiais de ligação e os postos de observação próprios do GAC.

14.2.3.6 Os radares de contrabateria e de vigilância, os equipamentos de


localização de alvos pelo som e os sistemas de aeronaves remotamente
pilotadas (SARP), colocados eventualmente em apoio ao GAC, podem ser
aplicados como meios de obtenção de alvos.

14.2.4 SEGURANÇA

14.2.4.1 As ações de segurança compreendem o conjunto de medidas


adotadas por elementos de uma força, visando a se prevenir e se proteger da
inquietação, da surpresa e da observação por parte do oponente.

14.2.4.2 Segurança da Área de Retaguarda (SEGAR)

14.2.4.2.1 São ações executadas na área de retaguarda de um determinado


escalão, para evitar a interferência do oponente ou para mitigar seus efeitos,
além de controlar os efeitos de uma ameaça relacionada a catástrofes (naturais
ou provocadas pelo homem). Tais ações têm por finalidade preservar o poder
de combate.

14.2.4.2.2 Preferencialmente, o Cmt GAC não participará de uma SEGAR.


Porém, no decorrer das ações de combate, poderá sofrer ações indiretas
devido às principais ameaças inimigas na Defesa da Área de Retaguarda
(DEFAR) sobre as Atv Ap Log, quais sejam:
a) desembarques aeroterrestres, aeromóveis e anfíbios de pequenos efetivos;
b) elementos inimigos infiltrados por terra, por água e por ar; e
c) ações realizadas por guerrilheiros e sabotadores.

14-3
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14.2.4.3 Ações contra Blindados

14.2.4.3.1 A defesa anticarro é planejada para cobrir as prováveis vias de


acesso de blindados inimigos, inclusive as áreas do terreno aparentemente
desfavoráveis ao seu emprego.

14.2.4.3.2 O GAC atuará diretamente sobre os blindados inimigos, por meio de


seu engajamento, com a utilização de munições especiais.

14.2.4.4 Ações contra Forças Aeroterrestres e Aeromóveis

14.2.4.4.1 As ações contra um envolvimento aeroterrestre ou um assalto


aeromóvel iniciam-se com o estudo para identificar possíveis locais de cabeça
de ponte inimiga (C Pnt - aérea ou aeromóvel).

14.2.4.4.2 O plano de fogos deve incluir concentrações nessas áreas, e o plano


de barreiras deve prever o lançamento de obstáculos para interditar tais locais
e para bloquear as vias de acesso orientadas para o interior da posição
defensiva.

14.2.4.4.3 O GAC deverá estar em condições de executar fogos de interdição


para impedir ou dificultar o acesso ou a circulação de forças aeroterrestres e/ou
aeromóveis inimigas em possíveis locais de acesso aerotático (Aet) ou
aeromóvel (Amv) Ini, quais sejam, zonas de lançamento (ZL), zonas de
desembarque (Z Dbq), locais de aterragem (Loc Ater), zonas de pouso de
helicópteros (ZPH) e campos de pouso.

14.2.4.4.4 Tais fogos de interdição podem ser desencadeados na forma de


concentração ou barragens.

14.2.4.5 Ações contra Forças de Infiltração

14.2.4.5.1 A defesa contra forças de infiltração torna-se importante,


particularmente, considerando-se a não linearidade e não continuidade da área
de responsabilidade (ARP) ou Z Aç e o aumento da dispersão de meios no
campo de batalha. As forças inimigas podem infiltrar-se e reunir-se em áreas
de retaguarda para atacar.

14.2.4.5.2 Todo esforço é feito para identificar as prováveis zonas de reunião


na área de retaguarda, onde deve ser dada prioridade para a destruição ou
neutralização do oponente, antes mesmo de que este possa organizar-se e
desencadear sua ação.

14.2.4.5.3 Nesse contexto, cabe ao GAC estabelecer medidas de proteção


ativas contra as forças de infiltração inimigas. Tais medidas de proteção têm,
nas Op Def, importância vital para a sobrevivência da Art no campo de batalha.

14-4
EB70-MC-10.360

14.2.4.5.4 Quanto à segurança do PC/GAC, utilizam-se os armamentos de tiro


direto orgânicos para proteger, prioritariamente, a área do PC e as L Vtr.

14.2.4.5.5 Todos os elementos da Bia C são organizados em turmas de


segurança e distribuídos pelas instalações do PC/GAC. Em caso de alarme,
eles se reúnem nas próprias instalações de trabalho e informam sua situação à
C Tir, de onde recebem orientações sobre seu emprego.

14.2.4.5.6 A constituição dessas turmas deve constar das Normas Gerais de


Ação (NGA) do Grupo.

14.2.4.5.7 Cabe ao Cmt Bia C planejar e organizar a segurança do PC/GAC,


sendo auxiliado, nessa tarefa, pelo Adjunto do Oficial de Comunicações (Adj O
Com), que se encarrega de sua execução.

14.2.4.5.8 Para a segurança das Bia O, as posições de bateria devem ser


organizadas para a defesa imediata contra qualquer espécie de ataque em
todas as direções. Um sistema de vigilância e alerta é mantido em
funcionamento dia e noite.

14.2.4.5.9 O desenfiamento do clarão das peças, sua disposição irregular no


terreno, bem como medidas cuidadosas de disfarce e de circulação nas
posições e nos PO, contribuem para que a Artilharia não seja revelada.

14.2.4.6 Ações contra Forças Irregulares

14.2.4.6.1 As forças e infraestruturas localizadas na área de retaguarda são


vulneráveis às ações de forças irregulares. Deve ser dada atenção às medidas
para impedir o apoio externo a essas forças, em coordenação com o
planejamento da SEGAR.

14.2.4.6.2 Para impedir ou neutralizar a ação de forças irregulares, é


importante localizar possíveis áreas para o estabelecimento de suas bases,
identificar seus líderes e colaboradores e negar o uso de suas fontes de
suprimento e meios de comunicações.

14.2.4.6.3 Por conseguinte, as implicações das ações contra forças irregulares


para o GAC estão inseridas no contexto da possibilidade do apoio de fogo e no
estabelecimento de medidas de coordenação do apoio de fogo.

14.2.4.6.4 Assim, o GAC pode proporcionar um apoio de fogo eficaz às ações


contra forças irregulares, no qual as seguintes possibilidades devem ser
consideradas:
a) atirar sob quaisquer condições de tempo e terreno;
b) prestar eficaz apoio, dia e noite;
c) engajar alvos com fogos precisos, sem ajustagem prévia;

14-5
EB70-MC-10.360

d) transportar rapidamente os fogos dentro de uma grande área, nos mais


variados alcances e trajetórias; e
e) atingir alvos em regiões afastadas e de difícil acesso.

14.2.4.6.5 Além disso, pode ser estabelecida uma área de fogo livre (AFL),
englobando regiões onde as forças irregulares inimigas têm grande liberdade
de ação, bem como regiões desabitadas e de pouco valor político e econômico.

14.2.4.6.6 Normalmente, a AFL é estabelecida nos escalões DE e C Ex ou pelo


C Op. Deve ser delimitada por acidentes naturais do terreno, a fim de permitir
sua identificação pelo ar, ou pode ser designada por coordenadas.

14.2.4.6.7 É difundida para todos os comandos e meios de apoio de fogo. Deve


constar do calco de operações e do plano de apoio de fogo.

14.3 COORDENAÇÃO E CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

14.3.1 A coordenação do espaço aéreo é o conjunto de ações que visam a


coordenar o emprego de aeronaves e/ou de meios de apoio de fogo.
Caracteriza-se pela adoção de procedimentos para a redução de riscos e de
interferência mútua, permitindo o uso do espaço aéreo de forma segura,
eficiente e flexível, contribuindo para a efetividade do combate.

14.3.2 A coordenação e o controle são realizados por intermédio de Medidas


de Coordenação e Controle do Espaço Aéreo (MCCEA) e Medidas de
Coordenação de Apoio de Fogo (MCAF).

14.3.3 Dessa maneira, no tocante ao GAC, há de se pautar a coordenação


entre o uso do espaço aéreo e o apoio de fogo de Artilharia.

14.3.4 Os comandantes terrestres são responsáveis pela coordenação da


utilização do espaço aéreo por seus meios de apoio de fogo orgânicos, quando
possam conflitar com outros usuários do espaço aéreo (Força Aérea, Artilharia
Antiaérea e Aviação do Exército) que estejam apoiando as operações.

14.3.5 Normalmente, o apoio de fogo de Artilharia não será interrompido devido


a um possível conflito com o tráfego de aeronaves amigas. Estas, consideradas
as imposições de sua missão, devem evitar áreas onde a possibilidade de
conflito seja maior.

14.3.6 Do mesmo modo, missões prioritárias de apoio aéreo não devem ser
retardadas devido a um possível conflito, em sua rota, com fogos de Artilharia.

14.3.7 Os comandantes, nos diversos níveis, têm informações sobre os meios


de apoio de fogo de Art empregados na Z Aç da força, bem como têm ligação
com a F Ae, por meio da célula de coordenação de operações aéreas (CCOA).

14-6
EB70-MC-10.360

14.3.8 O comandante pode informar sobre as rotas de risco mínimo para as


aeronaves e, quando for o caso, determinar limitações temporárias nas
trajetórias ou até́ mesmo suspender o apoio de fogo de Artilharia por um
determinado período.

14.3.9 Quando existir tempo suficiente para o planejamento do apoio de fogo e


a probabilidade de conflito entre a Art e aeronaves amigas é elevada, podem
ser estabelecidos um ou mais espaços restritos ao fogo terrestre (ERFT).

14.3.10 Quaisquer limitações impostas às trajetórias, havendo ou não um


ERFT estabelecido, são difundidas por meio das células de fogos e dos órgãos
de direção de tiro da Artilharia para os escalões superiores e subordinados.

14.4 PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DO APOIO DE FOGO

14.4.1 As considerações relativas ao planejamento e à coordenação do apoio


de fogo do GAC constam no Capítulo VIII deste manual.

14.5 SUBSTITUIÇÃO DE UNIDADES DE COMBATE

14.5.1 Quando as operações terrestres estendem-se por períodos prolongados,


torna-se necessária a substituição periódica de U empregadas, visando a:
a) conservar o poder de combate;
b) manter a eficiência operativa;
c) atender às imposições de planos táticos; e
d) reequipar, reinserir e ensaiar forças para operações futuras.

14.5.2 Os tipos de substituições são os seguintes:


a) substituição em posição;
b) ultrapassagem; e
c) acolhimento.

14.5.3 O congestionamento de forças e meios em consequência da


substituição resulta em vulnerabilidade das forças ao ataque inimigo. A
coordenação dos planos e a cooperação entre as forças que a executam são
essenciais para o êxito da ação.

14.5.4 Alguns aspectos devem ser considerados no planejamento e na


execução de todos os tipos de substituição:
a) o tempo deve ser adequado para os planejamentos e reconhecimentos;
b) a expedição de ordens preparatórias deve ocorrer o mais cedo possível;
c) os planos devem ser minuciosos, simples e bem coordenados entre todos os
escalões, tanto os das forças substitutas quanto os das substituídas;
d) as substituições devem ser executadas durante períodos de reduzida
visibilidade;

14-7
EB70-MC-10.360

e) devem ser tomadas medidas para assegurar o sigilo e a surpresa do plano


de dissimulação;
f) as substituições devem ser executadas no mais curto prazo possível;
g) é imprescindível a estreita ligação entre as forças substituta e substituída; e
h) normalmente, os elementos de apoio ao combate, os de apoio logístico e as
forças por eles apoiadas são substituídos em oportunidades diferentes.

14.5.5 SUBSTITUIÇÃO NO ÂMBITO DO GAC

14.5.5.1 Durante a substituição, o GAC continua realizando os fogos


anteriormente programados. As Unidades são substituídas como um todo ou
por escalões e, sempre que possível, à noite, a fim de manter o sigilo.

14.5.5.2 Quando a operação está́ prestes a ser desencadeada, os Cmt do Esc


Sp, da U substituída e da substituta expedem ordens preparatórias, alertando
os elementos subordinados. Tais ordens devem incluir a hora em que a
responsabilidade do apoio de fogo passa à U substituta, bem como quaisquer
medidas de controle necessárias à manutenção do sigilo da operação.

14.5.5.3 O GAC em posição deverá fornecer os seguintes dados à U de Art que


o substitui:
a) situação da tropa amiga, particularmente quanto à localização de unidades
de combate e de instalações de apoio logístico;
b) localização das medidas de Coor Ap F (permissivas e restritivas) em vigor e
dos PO;
c) todas as informações disponíveis sobre o inimigo;
d) informações sobre os itinerários e fornecimento de guias;
e) informações topográficas atualizadas;
f) localização de outras U de Art em condições de apoiar as operações da
força, considerando seu alcance e meios de comunicações disponíveis;
g) sistema fio instalado e cartas de itinerários de linhas existentes;
h) informações necessárias ao controle e direção do tiro, inclusive planos de
fogos e cartas de situação; e
i) localização de campos de minas.

14.5.6 SUBSTITUIÇÃO EM POSIÇÃO

14.5.6.1 A substituição em posição é uma operação na qual uma força ou parte


dela é substituída por outra em uma posição defensiva. É realizada para o
prosseguimento da defesa ou para a preparação de uma operação ofensiva
subsequente.

14.5.6.2 O Cmt de uma força que está sendo substituída é responsável pela
defesa de sua área até a passagem do comando. Normalmente, isso ocorre
quando os comandantes das forças da área de defesa avançada (ADA)
assumem a responsabilidade pelas respectivas áreas e são estabelecidos os
meios adequados de comando e controle em toda a Z Aç.

14-8
EB70-MC-10.360

14.5.6.3 A força que substitui deve adaptar-se ao plano geral de defesa da


força substituída, até a passagem do comando.

14.5.6.4 Normalmente, quando a Artilharia e os Elm Man são substituídos em


horários diferentes, o Cmt GAC substituído e o do substituto realizam a
transferência da responsabilidade do Ap F, conforme decisão tomada de
comum acordo, a menos que haja ordem contrária do Esc Sp.

14.5.6.5 Entretanto, quando se realiza uma substituição em posição, em que a


Artilharia e os Elm Man são substituídos ao mesmo tempo, a responsabilidade
pelo Ap F passa para o GAC que substitui, simultaneamente com a passagem
de comando entre os Elm Man apoiados.

14.5.6.6 O processo de substituição das U de Art deverá ser claramente


estabelecido. O GAC substituído permanecerá em posição até que as unidades
de 1º Esc dos Elm Man tenham sido substituídas. Esse procedimento permite
que a U de Artilharia que está familiarizada com os PAF e com a área de
operações permaneça em condições de atirar durante o período crítico da
substituição das unidades avançadas.

14.5.6.7 Sempre que possível, as substituições durante o período diurno são


evitadas. Contudo, os Elm Man podem valer-se do emprego dos fogos de
Artilharia com granadas (Gr) fumígenas no local ou sobre observatórios
inimigos, a fim de impedir a observação sobre a operação.

14.5.6.8 O Ap F prestado pela Artilharia que apoia os Elm substituídos deve


assegurar o sucesso da operação e neutralizar a reação do inimigo, caso a
operação seja descoberta.

14.5.6.9 A munição necessária para a força substituta será análoga à da força


substituída na situação em que esta se encontrar.

14.5.6.10 O GAC substituído poderá deixar na posição os suprimentos


volumosos e em excesso, tais como munições, materiais de fortificação de
campanha, fios de telefone e outros suprimentos e equipamentos de difícil
remoção.

14.5.6.11 Caso o Grupo substituto não venha a ocupar as mesmas posições do


Grupo substituído, deverá ocupar posições por U Tir (Bia O), sob o controle do
GAC ou Esc Sp enquadrante, e em condições de assumir as missões de tiro
decorrentes da evolução do combate, antes que o GAC substituído desocupe
as posições.

14.5.6.12 Quando não existirem outras posições de tiro possíveis de serem


ocupadas, o GAC poderá ser substituído na própria posição. Nesse caso,
poderá ser necessário executar a substituição por seções ou peças, para evitar
congestionamento e emassamento do pessoal e material.
14-9
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14.5.6.13 Os O Lig Art e os OA da U que substitui juntam-se, o mais cedo


possível, às U substituídas, para se familiarizarem com os planos de fogos.

14.5.6.14 Até que o comando seja passado, os fogos de regulação e demais


fogos do GAC que substitui são controlados pelo Cmt GAC substituído.

14.5.7 ULTRAPASSAGEM

14.5.7.1 A ultrapassagem é uma operação em que uma força ataca por meio
de outra que se encontra em Ctt com o Ini. É executada por uma força para
substituir outra desfalcada, dispersa ou sem condições de prosseguir ou de
iniciar um ataque.

14.5.7.2 Os elementos da força em Ctt com o Ini permanecem em posição e


apoiam a força que ultrapassa, até que seus fogos se tornem ineficazes. A
força ultrapassada pode permanecer em posição ou ser empregada em outra
ação.

14.5.7.3 Quando se realiza uma ultrapassagem, a responsabilidade pelo Ap F é


transferida para o Grupo que ultrapassa, antes do início da operação.

14.5.7.4 O GAC ultrapassado, normalmente, recebe ordem para, de suas


atuais posições, reforçar os fogos do Grupo que ultrapassa, fornecendo-lhe o
maior apoio possível. Ou seja, às U de Artilharia ultrapassadas será atribuída a
missão tática de Ref F às U de Artilharia que ultrapassam.

14.5.7.5 O GAC que apoiava a unidade ultrapassada não muda de posição, a


menos que isso seja expressamente determinado pelo Esc Sp enquadrante.

14.5.7.6 O Grupo que presta o Ap F ao Elm Man em Ctt é, normalmente,


integrado aos PAF das unidades que realizarão a ultrapassagem.

14.5.7.7 Devido às dificuldades de coordenação e controle, apenas os meios


de fogos indiretos dos Elm Man em Ctt devem ser empregados para apoiar a
realização da ultrapassagem propriamente dita.

14.5.7.8 Os O Lig Art, os OA e o oficial de ligação de fogo aéreo devem manter


contato com seus correspondentes para a troca de informações e para tomar
conhecimento dos pormenores do PAF.

14.5.7.9 Durante o movimento das tropas para a execução da ultrapassagem,


poderá ser previsto o Ap F das unidades de Artilharia para encobrir o barulho
dos veículos.

14.5.7.10 Caso a ultrapassagem seja conduzida durante o dia, os Elm Man


podem valer-se do emprego dos fogos de Artilharia com Gr fumígenas sobre os
PO identificados e à frente das Pos Ini.

14-10
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14.5.7.11 O GAC que apoia a ultrapassagem terá como munição necessária a


determinada pelo Esc Sp, em função da natureza da operação, da força que
ultrapassa e de outras considerações julgadas pertinentes.

14.5.8 ACOLHIMENTO

14.5.8.1 O acolhimento é uma operação na qual uma força que realiza um


movimento retrógrado passa através da Z Aç de outra que ocupa uma posição
defensiva.

14.5.8.2 No acolhimento, a força em posição apoia a força que retrai. Esta tem
prioridade nos itinerários e nas instalações. As áreas ou pontos selecionados
para a passagem das tropas a serem acolhidas devem estar desocupados e
localizados entre os elementos da força em posição ou em seus flancos.

14.5.8.3 Ligações são estabelecidas, nesses casos, entre os comandantes do


GAC da força que realiza o Mvt Rtg e do GAC que se encontra na P Def.

14.5.8.4 São trocados dados e conhecimentos, e coordenados os planos.


Entendimentos devem ser feitos para regular a transferência da
responsabilidade pelo Ap F que coincide, normalmente, com a passagem de
controle do setor.

14.5.8.5 Os planos de fogos são elaborados, e os canais de comunicações


estabelecidos, de modo a permitir que a força que retrai receba apoio de
Artilharia da força que ocupa a P Def durante a fase crítica do retraimento.

14.5.8.6 O Ap F prestado pelo GAC que apoia a força encarregada do


acolhimento é de vital importância, especialmente com relação à cobertura a
ser dada aos destacamentos deixados em contato com o inimigo (D Ctt).

14.5.8.7 O acolhimento pode ocorrer com ou sem contato com o inimigo.


Quando conduzido em Ctt com o Ini, o contato perdurará até que as forças que
retraem coloquem-se sob a proteção dos fogos do elemento que executa o
acolhimento.

14.6 ASSUNTOS CIVIS

14.6.1 Assuntos Civis é uma ação que se caracteriza por atividades que
buscam estabelecer, manter, influenciar ou explorar as relações entre as forças
militares, as agências, as autoridades e a população, em uma área operacional
amigável, neutra ou hostil. Inclui a Cooperação Civil-Militar (CIMIC) e os
Assuntos de Governo.

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14.6.2 Para as ações de Assuntos Civis, cabe ao Cmt GAC seguir as diretrizes
emanadas pelo Esc Sp enquadrante, a fim de proporcionar a legitimidade de
atuação e a liberdade de ação de suas tropas.

14.6.3 Outra consideração que deve ser levada em conta é a necessidade de


reduzir, ao máximo possível, as perdas e os danos ao pessoal e aos bens civis.
Caso seja observado que um ataque afetará a população civil, deve-se buscar
informá-la, coordenando as ações do Ap F com as operações de informação.

14.7 DEFESA QUÍMICA, BIOLÓGICA, RADIOLÓGICA E NUCLEAR


(DQBRN)

14.7.1 A DQBRN compreende as ações relacionadas ao reconhecimento, à


detecção e à identificação de agentes químicos, biológicos, radiológicos e
nucleares, bem como à descontaminação de pessoal e de material expostos a
tais agentes.

14.7.2 As atividades relacionadas à DQBRN possuem grande abrangência e


devem ser executadas conforme o nível de capacitação dos elementos da F
Ter. Compreendem desde ações básicas de proteção realizadas por todo o
efetivo das OM operativas (uso de equipamentos de proteção individual, por
exemplo) até́ aquelas que exijam o emprego de OM especializadas
(identificação de agentes QBRN, por exemplo).

14.7.3 A DQBRN nos GAC ficará restrita à tomada de ações que visem à
proteção contra os agentes QBRN durante as operações, empregando material
orgânico dos GAC, assim como técnicas e procedimentos orientados pelos
órgãos especialistas.

14.7.4 Assim, a DQBRN nos GAC atuará no nível orgânico (1º nível), que
engloba as atividades de proteção individual e de alerta inicial, as quais exigem
capacitação e adestramento inerentes ao previsto para formação do
combatente básico.

14.8 GUERRA CIBERNÉTICA

14.8.1 A Guerra Cibernética (G Ciber) corresponde ao uso ofensivo e defensivo


de informação e sistemas de informação para negar capacidades de C 2 ao
adversário, explorá-las, corrompê-las, degradá-las ou destruí-las, no contexto
de um planejamento militar de nível operacional ou tático ou de uma operação
militar. Compreende ações que envolvem as ferramentas de TIC para
desestabilizar ou tirar proveito dos sistemas de informação do oponente e
defender os próprios Sist Info. Abrange, essencialmente, as ações cibernéticas.
A oportunidade para o emprego dessas ações ou a sua efetiva utilização será
proporcional à dependência do oponente em relação às TIC.

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14.8.2 O GAC, mediante o apoio de pessoal especializado e seguindo as


orientações dos elementos de C2 do Esc Sp, deverá adotar medidas que visem
à proteção dos hardwares e softwares por meio da utilização de aplicativos de
segurança da rede de informações.

14.9 OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS

14.9.1 As Operações Psicológicas (Op Psc) são definidas como procedimentos


técnico-especializados aplicáveis de forma sistematizada, desde a paz, de
modo a influenciar os públicos-alvo a manifestarem comportamentos
desejáveis, com o intuito final de apoiar a conquista de objetivos estabelecidos.

14.9.2 Para o GAC, as equipes de operações psicológicas podem atuar como


fontes de obtenção de dados e conhecimento sobre os alvos a fim de confirmá-
los, por exemplo.

14.9.3 Além disso, o GAC poderá empregar fogos de propaganda, que utilizam
projéteis especiais e lançam material de propaganda sobre determinada região.
Tais fogos são empregados sob as diretrizes dos especialistas de Operações
Psicológicas.

14.10 GUERRA ELETRÔNICA

14.10.1 A Guerra Eletrônica (GE) é um conjunto de ações que visam a explorar


as emissões do inimigo em toda a faixa do espectro eletromagnético, com a
finalidade de conhecer a sua ordem de batalha, suas intenções e capacidades,
e, também, utilizar medidas adequadas para negar o uso efetivo dos seus
sistemas, enquanto se protege e utiliza, com eficácia, os sistemas próprios.

14.10.2 O GAC, como usuário do espectro eletromagnético, durante o preparo


e execução das operações, realizará procedimentos que visem à proteção dos
equipamentos de comunicações, bem como deverá atentar para as Instruções
para a Exploração das Comunicações e Eletrônica (IE Com Elt) e as Instruções
Padrão de Comunicações e Eletrônica (IP Com Elt), estabelecidas pelo Esc Sp,
com a finalidade de se evitar a intervenção pelo inimigo.

14.10.3 O Centro de Comunicações (C Com) do GAC deverá ser capaz de


transmitir dados, com segurança e confiabilidade, mesmo em um ambiente de
Guerra Eletrônica.

14.10.4 Ressalta-se que o emprego do fio somente deverá ser realizado caso o
ambiente de Guerra Eletrônica e a proximidade com o inimigo dotado dessa
capacidade tornem indesejável o uso do meio rádio.

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14.10.5 Dessa forma, o C Com do GAC, se for o caso, de acordo com o


ambiente de Guerra Eletrônica, estabelecerá as ligações locais e internas do
PC, podendo, ocasionalmente, ligar-se externamente a outros escalões, desde
que a situação operacional seja estática, sem previsão de emprego a curto
prazo.

14.10.6 O Cmt GAC é o responsável pela instalação, exploração e manutenção


das Com necessárias ao cumprimento da missão de sua unidade e é
assessorado, nesses encargos, pelo O Com do GAC.

14.10.7 A interceptação do fluxo de mensagens do inimigo, pelos diversos


meios de GE, possibilita a coleta de informações importantes para a aquisição
de alvos que poderão ser engajados pelo GAC.

14.11 DEFESA ANTIAÉREA

14.11.1 Defesa antiaérea (DA Ae) é o conjunto de ações de defesa


aeroespacial ativa, desencadeado da superfície, visando a impedir, anular ou
neutralizar a ação de vetores aéreos hostis, tripulados ou não.

14.11.2 Normalmente, no estabelecimento das prioridades de DA Ae, a


Artilharia de Campanha é listada como uma das primeiras unidades para
receber a proteção antiaérea, devido à sua vulnerabilidade no campo de
batalha e, principalmente, por sua relevância na manutenção da continuidade
do Ap F durante as operações.

14.11.3 No GAC, as atividades de Ptç estarão voltadas para as medidas ativas


e passivas de defesa antiaérea, por meio da utilização de seus meios
orgânicos, estabelecidos nos planos de segurança orgânica de cada instalação
e/ou posição desdobrada durante as operações.

14.11.4 As medidas passivas de DA Ae no GAC compreendem:


a) utilização de fortificações de campanha e abrigos para o pessoal e material;
b) camuflagem; e
c) observação das medidas de segurança das comunicações.

14.11.5 As medidas ativas de DA Ae no GAC abarcam:


a) utilização agressiva e discriminada do volume de fogo proporcionado por
armas não especificamente antiaéreas;
b) emprego de armamento orgânico de tiro direto e de vigias do ar, que
deverão receber setores de observação para assegurar uma contínua vigilância
antiaérea;
c) emprego de munição traçante, que proporciona efeito dissuasório e facilita a
observação e consequente correção do tiro; e
d) emprego de NGA específica para a DA Ae.

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14.11.6 Os transportes de munição realizados pelas Sec Remn/Bia C são


particularmente vulneráveis aos ataques aéreos. Assim, devem ser realizados,
preferencialmente, à noite. Quando os transportes de munição diurnos se
fizerem necessários, Mtr Ae e vigias do ar deverão ser distribuídos à coluna de
marcha.

14.12 COMUNICAÇÃO SOCIAL

14.12.1 A comunicação social (Com Soc) é o processo pelo qual se podem


exprimir ideias, sentimentos e informações, visando a estabelecer relações e
somar experiências. Compreende as áreas de relações públicas, assessoria de
imprensa e divulgação institucional. A missão da Com Soc é preservar e
fortalecer a imagem e os valores do Exército nos âmbitos nacional e
internacional.

14.12.2 O parágrafo 6º da Ordem de Operações do GAC (Pessoal,


Comunicação Social e Assuntos Civis) consolida as informações relacionadas
à Com Soc no âmbito do GAC, tais como:
a) Relações Públicas; e
b) Informações Públicas.

14.12.3 Assim como nas ações de operações psicológicas, o GAC também


poderá empregar fogos de propaganda, que utilizam projéteis especiais, para
lançar material de propaganda sobre determinada região, sob as diretrizes dos
especialistas de Comunicação Social.

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CAPÍTULO XV

O GAC NOS AMBIENTES OPERACIONAIS COM CARACTERÍSTICAS


ESPECIAIS

15.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

15.1.1 A Artilharia deve empregar suas capacidades a fim de operar em todo o


espectro dos conflitos. Existem operações em que o terreno, as condições
meteorológicas, a própria natureza da operação ou a combinação desses
elementos criam a necessidade da utilização de técnica, táticas, treinamentos e
equipamentos especiais: são os ambientes operacionais com características
especiais.

15.1.2 Embora a missão permaneça a mesma, há a necessidade de adaptar a


técnica e a tática de emprego às contingências da situação. Essas adaptações
dizem respeito, particularmente, ao emprego de equipamentos especiais; à
utilização dos equipamentos sob a influência do terreno e das condições
meteorológicas específicas da área de operações; e à instrução e ao
treinamento da tropa para a sua integração ao meio ambiente em que irá
combater.

15.1.3 Os ambientes operacionais com características especiais criam


possibilidades e limitações quanto à forma de emprego do GAC. A seguir será
estudado o GAC nas operações na selva e na montanha.

15.2 O GAC NAS OPERAÇÕES NA SELVA

15.2.1 Os grupos de artilharia de campanha de selva (GAC Sl), orgânicos das


brigadas de infantaria de selva, são as OM Art Cmp especializadas nas
operações nesse tipo de ambiente operacional.

15.2.1.1 O GAC Sl é constituído por:


a) um comando e estado-maior;
b) uma base administrativa;
c) uma bateria de comando; e
d) baterias de obuses.

15.2.1.2 A Bia O é dotada de obuseiros de calibre leve, 105 mm, com


características que permitem o transporte em ambiente de selva, por meio das
aquavias ou das florestas da região.

15.2.1.3 O GAC Sl pode, ainda, ser dotado de morteiros pesados, a fim de


aumentar a flexibilidade de apoio de fogo à brigada.

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15.2.2 CARACTERÍSTICAS DAS OPERAÇÕES EM AMBIENTE DE SELVA


QUE INFLUEM NO PLANEJAMENTO E EMPREGO DO GAC
a) Descentralização levada ao grau máximo, com emprego intensivo de
menores escalões atuando isoladamente. Em consequência, a atribuição das
missões é feita pela finalidade.
b) Atribuição de áreas de responsabilidade de grandes dimensões, obrigando à
seleção de áreas limitadas para apoio às peças de manobra – áreas de
combate (A Cmb) – admitindo-se amplas regiões passivas, de selva, entre elas.
c) Combate condicionado a eixos dos rios navegáveis.
d) Posicionamento dos meios de comando justapostos aos meios de apoio
logístico no interior de bases de combate (B Cmb).
e) Possibilidade de o inimigo abordar, por meio de caminhos desenfiados, as
posições de órgãos e instalações, infiltrando-se pela selva.
f) Prazos para deslocamentos relativamente longos, tantos pelas consideráveis
distâncias, quanto pela baixa velocidade dos meios fluviais.
g) Dependência dos meios aéreos (aviões e helicópteros) para deslocamentos
rápidos.
h) Bruscas mudanças nas condições meteorológicas.
i) Mudança significativa na topografia do terreno, dentro do contexto do regime
de chuvas e estiagem.

15.2.3 CONDICIONANTES BÁSICAS DE EMPREGO

15.2.3.1 O GAC deve ser empregado em operações de vulto, não se


justificando, a não ser sob condições excepcionais, o apoio a atuação de
pequenas frações, particularmente no interior da selva.

15.2.3.2 As restrições impostas pelo terreno para a centralização do tiro e a


forma descentralizada de atuar da força apoiada tornam pouco viável a
ocorrência de preparação ou contrapreparação.

15.2.3.3 Devido ao alto grau de descentralização da força apoiada e as


consideráveis distâncias entre suas peças de manobra, o GAC atua com as
suas baterias descentralizadas na maioria das vezes.

15.2.3.4 Privilegia-se o fundamento de apoio contínuo e cerrado em detrimento


da centralização, ocasionando uma perda sensível no princípio da massa.

15.2.3.5 O emprego principal do GAC deve estar voltado para o ambiente


ribeirinho. Entretanto, o Grupo deve estar apto a operar como em terreno
convencional, quando a região de operações possuir eixos terrestres ou
campos e cerrados.

15.2.4 MISSÕES TÁTICAS

15.2.4.1 As missões táticas padrão de Aç Cj e de Aç Cj-Ref F muito dificilmente


são atribuídas, graças ao alto grau de descentralização das operações.

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15.2.4.2 A missão de Ref F, embora não muito comum, pode vir a ocorrer.

15.2.4.3 As missões táticas de Ap G e Ap Dto serão amplamente atribuídas.

15.2.4.4 As missões táticas não padronizadas, ordens de alerta e a situação de


comando reforço, nas operações na selva, são bastante utilizadas.

15.2.5 CARACTERÍSTICAS E LIMITAÇÕES

15.2.5.1 O GAC Sl apresenta as seguintes características no emprego em


ambiente de selva:
a) versatilidade de emprego de suas Bia O, em função de possuir obuseiros e
morteiros; e
b) grande mobilidade, uma vez que seus obuseiros e morteiros podem ser
helitransportados, aerotransportados, transportados por animais ou
transportados por aquavias.

15.2.5.2 O GAC apresenta algumas limitações no ambiente de selva:


a) limitado alcance do material;
b) limitada proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas,
radiológicas e nucleares;
c) limitada dotação orgânica de munição;
d) dificuldade de desdobramento dos seus meios;
e) reduzido efeito das granadas no interior da floresta; e
f) mobilidade prejudicada pela escassez de vias terrestres.

15.2.6 OS SUBSISTEMAS DO GAC NO AMBIENTE OPERACIONAL DA


SELVA

15.2.6.1 Linha de Fogo

15.2.6.1.1 Material
a) As imposições do ambiente operacional e da técnica de emprego levam a
que o material tenha as seguintes características:
- execute o tiro vertical e mergulhante;
- seja relativamente leve, de modo a poder ser transportado por meios
aéreos, deslocado em pequenas embarcações pelas aquavias e, ainda,
rebocado por viaturas de pequena tonelagem;
- permita, sem conteiramento, o tiro em todas as direções (campo horizontal
de 6.400”’). Para o material que não possua essas características, podem ser
utilizadas plataformas flutuantes para a realização do tiro embarcado, com
bases giratórias, onde os obuseiros fixados podem realizar o tiro em 6.400”’
sem conteiramento (tiro embarcado); e
- possua aparelho de pontaria das peças com dispositivo para referenciação
aproximada (colimador).
b) Uma bateria pode ser dotada de morteiros pesados, o que permite uma
maior flexibilidade, adequando o Ap F a cada tipo de missão, alvo ou terreno.

15-3
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15.2.6.1.2 Munição
a) O efeito letal de uma granada sobre tropa no interior da selva é
significativamente diminuído, devido à absorção de grande parte dos estilhaços
pela vegetação. Entretanto, o arrebentamento tem o mesmo aproveitamento do
terreno convencional quando o objetivo da operação situar-se nas grandes
clareiras ou sobre superfícies líquidas.
b) As munições assistidas, que aumentam o alcance de utilização, facilitam o
apoio, evitando maiores deslocamentos e dando maior segurança às baterias,
pois permitem engajar os alvos de posições mais afastadas.
c) A determinação das dotações para cada fase da operação deve considerar,
além da obtenção do efeito desejado (aspecto tático), a disponibilidade em
tonelagem dos meios de transporte alocados, bem como as condições para os
ressuprimentos, pois o peso da munição é um fator restritivo ponderável
(aspecto logístico).
d) As condições climáticas adversas podem encurtar a vida útil da munição e
alterar suas características balísticas. Assim, além das medidas preconizadas
nos manuais de campanha, é necessário que:
- seja dada atenção redobrada às normas de empaiolamento, com a
finalidade, entre outras, de minimizar os efeitos da umidade;
- os cunhetes de munição, quando retirados do paiol, sejam
convenientemente protegidos das constantes chuvas; e
- todos os componentes do tiro sejam expostos ao sol antes de sua
utilização, sempre que possível. O alto índice de umidade ou a temperatura
poderão afetar as características desses elementos, particularmente a
pólvora.

15.2.6.1.3 Técnica de Tiro


a) A técnica de execução do tiro não difere da empregada nos terrenos ditos
“convencionais”.
b) Os fogos de maior utilização são: neutralização, saturação de área,
interdição de vias terrestres ou fluviais, iluminação e inquietação.
c) A falta de controles topográficos e a extrema dificuldade para a realização de
levantamentos completos, além da quase impossibilidade de se utilizar dados
de preparação experimentais, devido aos prazos e limites de zona de validade,
praticamente eliminam as regulações. A condução dos tiros é feita, na maioria
das vezes, por meio da PTE, com amplo emprego da técnica de tiro em 6.400”’,
com execução de missões simultâneas. Devido à alta fugacidade dos alvos, as
missões tipo eficácia têm predominância sobre as ajustagens.

15.2.6.1.4 Desdobramento do Material


a) São utilizados como áreas de posições:
- o leito ou margens de estradas;
- o leito dos rios e lagos, com a utilização de embarcações adequadas;
- as praias dos rios quando estes estiverem nas vazantes; e
- as clareiras no interior da selva.

15-4
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b) O desdobramento ocorre, normalmente, dentro ou nas proximidades da


B Cmb do escalão apoiado. A técnica de REOP, obedecendo-se às adaptações
aos meios de transporte alocados, em princípio, é similar ao convencional.

15.2.6.1.5 Segurança
a) O aspecto segurança deve abranger tanto os cuidados com a segurança
tática de posições e dos movimentos, quanto os com a segurança física dos
homens e do material.
b) A maior possibilidade de o inimigo aproximar-se das posições, vindo da
floresta, deve impor algumas medidas especiais ao GAC em operações na
selva, como:
- possuir, organicamente, pessoal e material com a missão única de prover
segurança aproximada; e
- realizar segurança nas posições com base em medidas ativas:
patrulhamento, dispositivos de alarme e armadilhas na área externa ao seu
perímetro.
c) A segurança física dos homens e do material são complementadas por
medidas como: utilização de colete salva-vidas; utilização de boias de
sinalização fixadas ao armamento pesado, que possibilitem a localização e o
resgate em caso de afundamento; colocação de para-raios portáteis próximos
às posições, para protegê-las contra as frequentes descargas elétricas, quando
da ocorrência de tempestades tropicais; vacinação preventiva; e obediência a
rígidas medidas de higiene.

15.2.6.2 Observação e Busca de Alvos

15.2.6.2.1 As condições da área de operações na selva constituem um dos


grandes óbices para a observação e busca de alvos. O manto verde da floresta
absorve ondas de rádio, reflete as do radar, impede a penetração da luz para a
utilização dos intensificadores de visão noturna, dificulta a saída das fumaças
dos sinalizadores lançados no interior e não oferece pontos dominantes que
permitam a observação ou a utilização como referência.

15.2.6.2.2 O observador tem regularmente o setor de observação bastante


limitado, principalmente porque, na maioria das vezes, estará no mesmo nível
ou até em nível inferior que o terreno vizinho (leito dos rios), podendo estar
também no interior da selva. Para minimizar essa desvantagem, o observador
deve procurar pontos elevados, como barrancos de rios e árvores mais altas,
quando isso for viável taticamente. As limitações do setor de observação
impõem, também, que o observador esteja adestrado a conduzir o tiro
utilizando os mais variados processos, mesmo não convencionais, de
localização de alvos e de condução e ajustagem do tiro.

15.2.6.2.3 A selva exige um alto sentido de orientação, por isso, mais que nos
outros tipos de terreno, o observador deve adestrar-se nas técnicas de
orientação, com ou sem bússola, leitura e atualização de cartas, confecção e
utilização de esboços e croquis, emprego de fotografias aéreas e outras.

15-5
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15.2.6.2.4 A utilização da observação aérea é restrita, em razão dos seguintes


aspectos:
a) grande dificuldade de identificação, com segurança, dos locais exatos onde
se encontram as forças amigas e as do inimigo no interior da floresta;
b) limitação imposta pelo tempo de permanência das aeronaves (autonomia
versus distância até os campos ou locais de pouso); e
c) influência das condições meteorológicas adversas que se alteram de modo
inesperado.

15.2.6.2.5 Quando as condições de permanência e atmosféricas forem


favoráveis, os SARP e os helicópteros terão grande utilidade na condução do
tiro, empregando o processo do aparecimento súbito.

15.2.6.2.6 Caso disponíveis, os radares de vigilância terrestre, radares


contramorteiros e radares de contrabateria, posicionados em regiões limpas,
como barrancos de rios, ou embarcados e orientados para a área de
operações, são fontes importantes na identificação de alvos compensadores
para o GAC.

15.2.6.3 Topografia

15.2.6.3.1 Na área coberta pela floresta, é praticamente impossível a


montagem de uma trama topográfica completa, que interligue área de alvos e
área de posições e permita, por meio de controles topográficos, a entrada na
trama do escalão superior.

15.2.6.3.2 Os trabalhos topográficos possíveis são de pequena monta,


atingindo praticamente somente a área de posições.

15.2.6.3.3 A utilização de sistemas digitais de posicionamento por satélites


minimizará significativamente essa restrição imposta pela selva.

15.2.6.4 Comunicações

15.2.6.4.1 As ligações necessárias ao Grupo são as usuais, entretanto as


características das operações na selva fazem com que:
a) se busque facilitar as ligações com o escalão apoiado pelo posicionamento
do PC/GAC no interior das B Cmb/Bda;
b) as ligações entre o comando do Grupo e as baterias sejam
consideravelmente prejudicadas em face do extremo grau de descentralização,
das grandes distâncias interpostas e da influência da floresta no rendimento
técnico dos diversos meios empregados; e
c) os empregos dos meios de comunicações seguem as seguintes
considerações:
- o sistema fio é uma alternativa pouco utilizada, tendo em vista as grandes
distâncias, a dificuldade de lançamento, a manutenção física e a maior
possibilidade de atuação do inimigo, interrompendo ou realizando derivações

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nas ligações. Pode ser utilizado no interior da B Cmb, nas posições de


bateria e na integração dos sistemas de segurança de posição;
- a utilização do sistema rádio é prioritária em qualquer operação, entretanto
devem ser de uso constante medidas de segurança, tais como: a adoção de
equipamentos com MPE Anti-MAGE e Anti-MAE, a utilização das menores
potências necessárias e o rodízio frequente de equipamento e operadores; e
- os mensageiros, tanto de escala, quanto os especiais, passam a ter maior
emprego.

15.2.6.5 Logística

15.2.6.5.1 No ambiente de selva, o sucesso em combate depende de uma


eficiente, continuada e cerrada atividade logística.

15.2.6.5.2 O posicionamento de áreas e subáreas de apoio logístico do GAC


no interior das B Cmb das brigadas e batalhões facilita a chegada dos
suprimentos e as evacuações, uma vez que os grupos e suas baterias, sendo
apoiados diretamente por elas, têm o fluxo de transporte facilitado.

15.2.6.5.3 Em face da descentralização e para garantir uma maior autonomia


operacional, o nível de estoque destinado ao Grupo e baterias deve ser
aumentado, tomando-se cuidado para que isso não venha a comprometer a
mobilidade das frações, particularmente no tocante ao Sup Cl V.

15.2.6.5.4 Cuidados especiais no acondicionamento e estocagem de materiais


devem ser adotados com a finalidade de evitar a rápida deterioração ou mau
funcionamento provocado pelas condições adversas de chuvas e umidade.

15.2.6.6 Coordenação do Apoio de Fogo

15.2.6.6.1 A acentuada descentralização provoca modificações sensíveis no


funcionamento do comando e da coordenação do apoio de fogo no Esc GAC.

15.2.6.6.2 O Cmt do Grupo trabalha primordialmente como assessor do Cmt da


brigada para fim de emprego de suas Bia O e como um facilitador logístico para
estas, perdendo, em muito, a atividade de coordenação do apoio de fogo.

15.2.6.6.3 Como consequência, na coordenação do apoio de fogo, há uma


grande simplificação, principalmente na confecção dos planos de apoio,
diminuindo a importância dos CAF. Considerando ainda que as baterias
desdobram-se, normalmente, no interior das B Cmb dos batalhões, sendo um
trabalho mais simples, a função do CAF no escalão batalhão pode ser
acumulada pelo próprio Cmt Bia.

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15.3 O GAC NAS OPERAÇÕES NA MONTANHA

15.3.1 O grupo de artilharia de campanha de montanha (GAC Mth), orgânico da


brigadas de infantaria de montanha, é a OM Art Cmp especializada nas
operações nesse tipo de ambiente operacional.

15.3.1.1 É constituído por:


a) um comando e estado-maior;
b) uma bateria de comando; e
c) baterias de obuses.

15.3.1.2 A Bia O é dotada de obuseiros de calibre leve, 105 mm, com


características que permitem o transporte em ambiente de montanha.

15.3.1.3 O GAC Mth pode, ainda, ser dotado de morteiros pesados, a fim de
aumentar a flexibilidade de apoio de fogo à brigada.

15.3.2 O GAC pode atuar com êxito nas montanhas, apesar dos problemas
peculiares às operações nessas áreas, relativos particularmente, à mobilidade,
ao tiro, às comunicações e ao emprego tático.

15.3.3 CARACTERÍSTICAS DAS OPERAÇÕES EM AMBIENTE DE


MONTANHA QUE INFLUEM NO PLANEJAMENTO E EMPREGO DE UM GAC

15.3.3.1 Os movimentos do Grupo ficam restritos às estradas e trilhas


improvisadas ou são realizados empregando meios aéreos limitados.

15.3.3.2 A deficiência em rodovias limita a escolha de vias de acesso e


canaliza os movimentos do GAC. Além disso, as estradas sinuosas e as
encostas íngremes tornam difíceis a manobra e a entrada e saída de posição
dos materiais rebocados.

15.3.3.3 Os helicópteros desempenham um papel importante nas operações


em montanhas, seja transportando o material para regiões desprovidas de
estradas, seja realizando o ressuprimento de munição.

15.3.4 CONDICIONANTES BÁSICAS DE EMPREGO

15.3.4.1 A flexibilidade inerente aos fogos de Artilharia é restrita pela grande


deficiência em áreas de posição adequadas e pelas grandes massas
existentes.

15.3.4.2 Os tiros verticais são empregados com frequência para atirar sobre as
elevações, atrás das cristas e nos vales profundos.

15-8
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15.3.4.3 Os tiros não observados devem ser evitados, devido às constantes


mudanças nas condições meteorológicas e às grandes diferenças de altitude
entre alvos.

15.3.4.4 A observação realizada pelos observadores avançados e pela


utilização de SARP, são os principais meios de localização de alvos nas
montanhas. O relevo, porém, limita a profundidade da observação terrestre.

15.3.4.5 Em regiões montanhosas, a localização da Artilharia inimiga é feita,


com mais segurança, com emprego de SARP e dos estudos feitos nas cartas e
imagens do que por meio de radar e meios acústicos, devido às dificuldades
provocadas pelas elevações.

15.3.4.6 A compartimentação do terreno conduz frequentemente ao emprego


fracionado da força, levando a se organizar em várias colunas, quando da
realização de um ataque.

15.3.4.7 A necessidade de prestar um apoio de fogo adequado a todos os


elementos conduz, normalmente, à descentralização dos meios do Grupo.
Mesmo quando o GAC é empregado em Ap G ou Aç Cj, suas Bia O são muitas
vezes fracionadas em razão dos grandes obstáculos representados pelas
linhas de crista que dissociam a Z Aç da força apoiada.

15.3.4.8 O emprego fracionado da força, as zonas de ação da força apoiada,


dissociada por obstáculos naturais, e a compartimentação do terreno
apresentam dificuldades para a eficiente exploração dos meios de
comunicações, interferindo substancialmente na coordenação do apoio de
fogo.

15.3.5 MISSÕES TÁTICAS

15.3.5.1 As missões táticas padrão de Aç Cj e de Aç Cj-Ref F muito dificilmente


são atribuídas, graças ao alto grau de descentralização das operações.

15.3.5.2 A missão de Ref F, embora não muito comum, pode vir a ocorrer.

15.3.5.3 As missões táticas de Ap G e Ap Dto serão amplamente atribuídas.

15.3.5.4 As missões táticas não padronizadas, ordens de alerta e a situação de


comando reforço, nas operações na montanha, são bastante utilizadas.

15.3.5.5 O menor escalão de emprego dos meios é a Bia O. Conforme a


situação tática, pode-se admitir o emprego de seções de Artilharia a duas
peças e até mesmo a uma peça em apoio de fogo. Essa situação leva a uma
perda considerável da massa de fogos, mas permite a flexibilização do
emprego em locais de difícil acesso, sem áreas de posição adequadas e em
situações as quais os meios aéreos sejam escassos.

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15.3.6 CARACTERÍSTICAS E LIMITAÇÕES

15.3.6.1 O GAC apresenta algumas características no ambiente de montanha:


a) versatilidade de emprego de suas Bia O, em função das características de
seu material; e
b) grande mobilidade, uma vez que seus obuseiros e morteiros podem ser
helitransportados, aerotransportados ou transportados por animais.

15.3.6.2 O GAC apresenta algumas limitações no ambiente de montanha:


a) limitado alcance do material;
b) limitada proteção contra os efeitos de armas químicas, biológicas,
radiológicas e nucleares;
c) limitada dotação orgânica de munição;
d) dificuldade de desdobramento dos seus meios;
e) reduzido efeito das granadas e observação do tiro em ambiente
compartimentado;
f) mobilidade prejudicada pela escassez de vias terrestres; e
g) dificuldade da manutenção do fluxo de apoio logístico.

15.3.7 OS SUBSISTEMAS DO GAC NO AMBIENTE OPERACIONAL DE


MONTANHA

15.3.7.1 Linha de Fogo

15.3.7.1.1 Material
- As imposições do ambiente operacional de montanha e da técnica de
emprego levam a que o material possua as seguintes características:
a) utilize grandes ângulos de tiro vertical;
b) possa ser autorrebocado, transportado por meios aéreos e, principalmente,
helitransportado;
c) permita o tiro em todas as direções (campo horizontal de 6.400”’);
d) possua aparelho de pontaria com dispositivo para referenciação
aproximada (colimador); e
e) permita o tiro direto preciso, situação largamente utilizada em ambiente de
montanha.

15.3.7.1.2 Munição
a) O efeito letal de uma granada sobre tropa é significativamente diminuído,
devido ao ricochete de grande parte dos estilhaços pelas paredes de pedra.
Entretanto, o arrebentamento tem o mesmo aproveitamento do terreno
convencional quando o objetivo da operação se situar em áreas urbanas ou
sobre superfícies líquidas.
b) As munições assistidas, que aumentam o alcance de utilização, facilitam o
apoio, evitando maiores deslocamentos e dando maior segurança às baterias,
pois permitem engajar os alvos de posições mais afastadas.
c) A determinação das dotações para cada fase da operação deve considerar,
além da obtenção do efeito desejado (aspecto tático), a disponibilidade em

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tonelagem dos meios de transporte alocados, bem como as condições para os


ressuprimentos, pois o peso da munição é um fator restritivo ponderável
(aspecto logístico).
d) As condições climáticas adversas podem encurtar a vida útil da munição e
alterar suas características balísticas. Assim, além das medidas preconizadas
nos manuais de campanha, é necessário que:
- seja dada atenção redobrada às normas de empaiolamento, com a
finalidade, entre outras, de minimizar os efeitos do frio, na montanha;
- os cunhetes de munição, quando retirados do paiol, sejam
convenientemente protegidos das chuvas e da baixa temperatura; e
- todos os componentes do tiro sejam expostos ao sol antes de sua
utilização, sempre que possível. A baixa temperatura poderá afetar as
características desses elementos, particularmente a pólvora.

15.3.7.1.3 Técnica de Tiro


a) A técnica de execução do tiro não difere da empregada nos terrenos ditos
“convencionais”.
b) Os fogos de maior utilização são: neutralização, saturação de área,
interdição de vias terrestres ou fluviais, iluminação e inquietação.
c) O tiro direto é mais empregado, tendo em vista que o alvo pode estar na
linha de visada da Pos Bia O, porém separado por extensos vales.
d) A falta de controles topográficos e a extrema dificuldade para a realização de
levantamentos completos, além da quase impossibilidade de se utilizar dados
de preparação experimentais, devido aos prazos e limites de zona de validade,
praticamente eliminam as regulações. A condução dos tiros é feita, na maioria
das vezes, por meio da PTE, com amplo emprego da técnica de tiro em 6.400”’,
com execução de missões simultâneas.

15.3.7.1.4 Desdobramento do Material


a) São utilizados como áreas de posições na montanha: terrenos mais planos
que permitam o desenfiamento; e contraencostas, desde que permitam o tiro
vertical.
b) Há grande dificuldade na dispersão das peças. O desdobramento ocorre,
normalmente, dentro ou nas proximidades da B Cmb do escalão apoiado. A
técnica de REOP, obedecendo-se às adaptações aos meios de transporte
alocados, em princípio, é similar ao convencional.

15.3.7.1.5 Segurança
a) O aspecto segurança deve abranger tanto os cuidados com a segurança
tática de posições e dos movimentos, quanto os com a segurança física dos
homens e do material.
b) A maior possibilidade de o inimigo aproximar-se das posições, vindo de rotas
escondidas pelas elevações, deve impor algumas medidas especiais ao GAC
em operações na montanha, como:
- possuir, organicamente, pessoal e material com a missão única de prover
segurança aproximada; e

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- realizar segurança nas posições com base em medidas ativas:


patrulhamento, dispositivos de alarme e armadilhas na área externa ao seu
perímetro.
c) A segurança física dos homens e do material são complementadas por
medidas como: utilização de ancoragem e cabos solteiros em todo o material
durante as rotas; colocação de para-raios portáteis próximos às posições, para
protegê-las contra as frequentes descargas elétricas, quando da ocorrência de
tempestades; e obediência a rígidas medidas de higiene.

15.3.7.2 Observação e Busca de Alvos

15.3.7.2.1 As condições da área de operações na montanha constituem um


dos grandes óbices para a observação e busca de alvos. As elevações e o
grande desnível do terreno dificultam a localização dos alvos e não permitam a
observação em profundidade.

15.3.7.2.2 O observador tem regularmente o setor de observação bastante


limitado, principalmente porque, na maioria das vezes, estará no mesmo nível,
ou até em nível inferior que o terreno vizinho. Para minimizar essa
desvantagem, o observador deve procurar pontos elevados quando isso for
viável taticamente. As limitações do setor de observação impõem, também, que
o observador esteja adestrado a conduzir o tiro, utilizando os mais variados
processos, mesmo não convencionais, de localização de alvos e de condução
e ajustagem do tiro.

15.3.7.2.3 A observação por meio de SARP pode ser amplamente empregada,


desde que a situação tática permita.

15.3.7.2.4 Quando as condições de permanência e atmosféricas forem


favoráveis, os helicópteros terão grande utilidade na condução do tiro,
empregando o processo do aparecimento súbito.

15.3.7.2.5 No tocante à C Bia, o equipamento de localização pelo som (Eqp


Loc Som) tem sua eficiência reduzida, crescendo de importância a utilização de
radares de contrabateria.

15.3.7.3 Topografia

15.3.7.3.1 Na área acidentada da montanha, é praticamente impossível a


montagem de uma trama topográfica completa, que interligue área de alvos e
área de posições e permita, mediante controles topográficos, a entrada na
trama do escalão superior.

15.3.7.3.2 Atenção especial deve ser dada à obtenção das altitudes dos
pontos.

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15.3.7.4 Comunicações

15.3.7.4.1 O GAC, assim como os elementos de manobra, tem problemas de


ligação, principalmente quando seus órgãos tiverem grandes elevações
interpostas entre eles. As ligações necessárias ao GAC são as usuais,
entretanto as características das operações na montanha fazem com que:
a) sejam facilitadas as ligações com o escalão apoiado, pelo posicionamento
do PC/GAC no interior das B Cmb;
b) as ligações entre o Cmdo do Grupo e as baterias sejam consideravelmente
prejudicadas em face do extremo grau de descentralização, das grandes
distâncias interpostas e da influência das grandes elevações no rendimento
técnico dos diversos meios empregados; e
c) os empregos dos meios de Com seguem as seguintes considerações:
- o sistema fio é uma alternativa pouco utilizada, tendo em vista as grandes
distâncias, a dificuldade de lançamento, a manutenção física e a maior
possibilidade de atuação do inimigo, interrompendo ou realizando derivações
nas ligações. Pode ser utilizado no interior da B Cmb, nas posições de
bateria e na integração dos sistemas de segurança de posição;
- a utilização do sistema rádio é prioritária em qualquer operação, entretanto
medidas de segurança devem ser de uso constante, tais como: a adoção de
equipamentos com MPE Anti-MAGE e Anti-MAE, a utilização das menores
potências necessárias e o rodízio frequente de equipamento e operadores; e
- a utilização de repetidoras no alto das elevações facilita a utilização do
sistema rádio.

15.3.7.5 Logística

15.3.7.5.1 No ambiente de montanha, o sucesso em combate depende de uma


eficiente, continuada e cerrada atividade logística.

15.3.7.5.2 O posicionamento de áreas e subáreas de apoio logístico no interior


das B Cmb das brigadas e batalhões facilita a chegada dos suprimentos e as
evacuações, uma vez que o GAC e as Bia, sendo apoiados diretamente por
elas, têm o fluxo de transporte facilitado.

15.3.7.5.3 Em face da descentralização e para garantir uma maior autonomia


operacional, o nível de estoque destinado ao Grupo e Bia deve ser aumentado,
tomando-se cuidado para que isso não venha a comprometer a mobilidade das
frações, particularmente no tocante ao Sup Cl V.

15.3.7.5.4 Cuidados especiais no acondicionamento e estocagem de materais


devem ser adotados, com a finalidade de evitar a rápida deterioração ou mau
funcionamento provocado pelas condições adversas, principalmente de frio.

15.3.7.5.5 A obtenção e a distribuição do suprimento são dificultadas pela


escassez de vias.

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15.3.7.6 Coordenação do Apoio de Fogo

15.3.7.6.1 A acentuada descentralização provoca modificações sensíveis no


funcionamento do comando e da coordenação do apoio de fogo no escalão
GAC.

15.3.7.6.2 O Cmt do Grupo trabalha primordialmente como assessor do Cmt da


brigada para fim de emprego de suas Bia O e como um facilitador logístico para
estas, perdendo, em muito, a atividade de coordenação do apoio de fogo.

15.3.7.6.3 Como consequência, na coordenação do apoio de fogo, há uma


grande simplificação, principalmente na confecção dos planos de apoio,
diminuindo a importância dos CAF. Considerando ainda que as Bia desdobram-
se, normalmente, no interior das B Cmb dos batalhões, sendo um trabalho mais
simples, a função do CAF, nesse escalão, pode ser acumulada pelo próprio
Cmt Bia.

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ANEXO A
MEMENTO DO EXAME DE SITUAÇÃO DO GAC

A.1 MEMENTO DO EXAME DE SITUAÇÃO

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Organização:___________
Local:_________________
Data-Hora:_____________

EXAME DE SITUAÇÃO DO GAC nº___

Referências:
a. Diretriz de Planejamento-DIPLAN (escalão superior);
b. Cartas e calcos (Clc); e
c. Outros documentos relevantes que tenham servido de base no Exame
de Situação do GAC.

1. ANÁLISE DA MISSÃO E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 RECEBIMENTO DA MISSÃO


- Alertar o EM e outros participantes do planejamento.

1.2 ESTUDO DA MISSÃO DO ESCALÃO SUPERIOR


1) Interpretação da intenção e da missão de no mínimo dois Esc acima
(encargo do Cmt)
a) Missão e Intenção do Cmt;
b) Estado Final Desejado (EFD); e
c) Premissas.
2) Enunciado (encargo do EM)
- Dos Prf 2º e 3º da O Op e do Clc Op do Esc Sp, O Par, O Frag,
contatos pessoais, Instruções Rcb, dentre outras.
3) Finalidade (pelo EM)
Para quê?
4) Ações a realizar (encargo do EM)
a) Impostas
b) Deduzidas (se for o caso)
5) Análise da Própria Missão
a) Identificação dos objetivos e as condições do EFD;
b) Contribuição para as condições do EFD do escalão superior (conceitos
alinhados); e
c) Relação da missão com as de outros comandos.
6) Sequência das ações (encargo do EM)
7) Condições de execução (pelo EM)
a) Quadro horário até o início das Op (ordem inversa);

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b) Área de interesse e influência;


c) Revisão Plano de Dissimulação Tática do Esc Sp;
d) Condicionantes e riscos;
e) Facilidades e restrições ao planejamento;
f) Largura e profundidade da Z Aç; e
g) Meios recebidos e composição preliminar dos meios.
8) Considerações preliminares
a) Aspectos: (Observar quais fatores se aplicam ao nível de
planejamento)
- Analisar os fatores operativos: (políticos, econômicos, militares, social,
infraestrutura, informações, ambiente físico e tempo).
b) Área de Operações.
c) Meios recebidos.
- Analisar se os meios recebidos serão suficientes para a execução de
todas as tarefas recebidas.
d) Inimigo.
e) Apreciação sumária do poder relativo das forças em presença.
9) Considerações Civis Preliminares
10) Conclusão
a) Proposta do novo enunciado
b) Aprovação do novo enunciado (encargo do Cmt)
c) Outras

1.3 DIRETRIZ DE PLANEJAMENTO (Emitida pelo Cmt) – Produto da


Metodologia de Concepção Operativa (SFC)
1) Novo enunciado da missão
2) Dados e conclusões da análise da missão
3) Estado Final Desejado para o GAC (MCOE)
4) Cronograma de Trabalho
5) Intenção do Cmt GAC (MCOE)
6) Orientação ao EM e Elm Subordinados para o prosseguimento do
Exame de Situação – emissão de Ordem de Alerta ou Ordem Preparatória.

2. SITUAÇÃO E SUA COMPREENSÃO (considerações que afetam as


possíveis linhas de ação)

1) Considerações Civis (Obtidas do Esc Sp: analisar o que pode afetar as


ações do GAC).
a) Área
(1) Divisão político-administrativa.
(2) Áreas de alto valor econômico.
(3) Centros políticos de governo: sedes dos governos provincial, distrital
e municipal e suas vizinhanças: sedes dos departamentos/ministérios de
mais alto nível.
(4) Áreas culturalmente importantes: sítios históricos e arqueológicos:
locais considerados religiosamente sagrados.
(5) Enclaves étnicos, tribais, políticos, religiosos, criminosos ou outros.
A-2
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(6) Rotas comerciais e de contrabando.


(7) Sítios possíveis de utilização como áreas temporárias para
refugiados e deslocados.
b) Estrutura
(1) Postos de Comando das Forças de Segurança.
(2) Segurança Pública (delegacias policiais; tribunais de justiça;
penitenciárias; pontos de bloqueio e controle de estradas).
(3) Mídia e Comunicação em Massa: (torres de transmissão rádio/TV;
estações de rádio/TV; sedes de jornais e revistas; e oficinas de impressão).
(4) Estradas e pontes.
(5) Portos e aeroportos de entrada.
(6) Represas.
(7) Estações e subestações de energia elétrica.
(8) Refinarias e outras instalações de produção de combustível.
(9) Reservatórios e usinas de água potável.
(10) Sistemas de esgotos (subterrâneos).
(11) Hospitais e clínicas.
(12) Escolas e universidades.
(13) Igrejas e locais de culto religioso.
(14) Bancos e instituições financeiras.
(15) Mercados populares e centros comerciais.
c) Capacidades
(1) Administração pública: polícia, burocracia, cortes de justiça,
instalações governamentais
(2) Segurança Pública: polícia militar, fronteiras, polícia civil, órgãos de
inteligência.
(3) Serviços Emergenciais: corpo de bombeiro, serviços de
ambulâncias.
(4) Saúde Pública: clínicas, hospitais, serviços veterinários.
(5) Alimentação e Abastecimento.
(6) Água (tratamento e abastecimento).
(7) Sistemas Sanitários (recolhimento do lixo e esgotos).
d) Organizações
(1) Religiosas.
(2) Partidos políticos.
(3) Patrióticos.
(4) Sindicatos de Classe.
(5) Criminosas.
(6) Comunitárias.
(7) Governamentais Internacionais.
(8) Não Governamentais.
e) População
(1) Sociedade.
(2) Estruturas sociais; grupos; redes; instituições; influência exercida;
normas sociais; cultura; identidade; formas culturais; narrativas; símbolos.
(3) Segurança Física:
- Segurança da população.

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- Eficiência da polícia e do sistema jurídico.


- A polícia é íntegra e não discriminatória.
- Outros elementos que proporcionem segurança que não a polícia.
(4) Recursos Econômicos.
(5) Participação Política:
- Classe política dominante.
- Discriminação étnica, religiosa ou qualquer outra.
- Existência de violação dos direitos humanos.
- Existência de alguma força de ocupação no país.
- Acesso da população aos serviços públicos essenciais (educação,
saúde, segurança, energia, etc.).
- Aspectos políticos, sociais ou outros que contribuam para um
ambiente revolucionário.
(6) Descontentamentos.
(7) Principal atividade econômica da área.
(8) Impacto das operações na economia local.
(9) Considerações civis complementares: línguas e dialetos falados
pela população; comunicação não verbal (gestos e sinais); níveis de
educação, incluído as taxas de alfabetização e disponibilidade de educação;
meios de comunicação e sua importância para a população; importância da
comunicação interpessoal, face a face, por telefone e e-mail; importância da
mídia de massa, tais como publicações impressas, rádio, televisão ou
internet; história política nacional; eventos que conduziram à insurreição; a
disponibilidade de armas para a população em geral.
(10) Refugiados e deslocados.
f) Eventos
(1) Feriados nacionais e religiosos.
(2) Colheitas agrícolas/estoque e ciclos de produção.
(3) Eleições.
(4) Distúrbios civis.
(5) Celebrações.
2) Determinação da área de operações
a) Área de influência.
b) Área de interesse.
3) Características da área de operações (PITCIC)
a) Base de dados dos aspectos gerais do terreno.
b) Terreno
(1) Identificação dos aspectos a conhecer.
(2) Elaboração dos Clc dos aspectos gerais do terreno
(a) Vegetação
(b) Relevo
(c) Natureza do solo
(d) Hidrografia
(e) Obras de arte
(f) Localidades
(g) Vias de transporte

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c) Condições meteorológicas
(1) Elementos meteorológicos
(a) Crepúsculo.
(b) Fase da lua.
(c) Condições atmosféricas
- Temperatura.
- Precipitações.
- Nebulosidade.
- Umidade.
(d) Ventos.
(e) Outros elementos.
d) Integração do terreno com as condições meteorológicas
- Elaboração do calco de restrições ao movimento.
e) Idt dos CM e VA
- Elaboração do Clc CM e VA.
f) Análise do terreno (VA)
(1) Obs e C Tir.
(2) Cobertas e abrigos.
(3) Obstáculos.
(4) Acidentes capitais.
(5) Adequação do espaço de manobra.
(6) Facilidade de movimento.
(7) Rede viária.
(8) Outros aspectos (faixas de infiltração, rotas de aproximação, etc.).
g) Comparação das vias de acesso
h) Efeitos do Ter e das Condições Meteorológicas sobre as operações
militares
i) Resistências admissíveis nas VA
(1) R Blq junto ao LAADA; em Prof que permite C Atq; e mais em Prof.
(2) Traçado da PMA.
(3) Grau de resistência admissível.
4) Situação do inimigo (PITCIC)
a) Base de dados sobre o inimigo, com ênfase nos seus meios de Art
b) Análise da ordem de batalha do inimigo, principalmente a Art
(1) Dispositivo.
(2) Composição.
(3) Valor.
(4) Atividades importantes, recentes e atuais.
(5) Peculiaridades e deficiências.
c) Confecção dos Clc de situação do inimigo, principalmente sua Art
5) Nossa situação
a) Efetivo.
b) Composição.
c) Dispositivo.
d) Situação logística.
e) Moral.
f) Instrução e adestramento.

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g) Apoio ao combate.
h) Possibilidades de reforços (em Mun, meios Com etc.).
i) Grupos e/ou Bia O ECD de Ref, Ref F ou realizar Ap F adicional em
nosso proveito.
j) Unidades vizinhas e interpostas e Seg proporcionada por outros
escalões.
k) Meios de Ap F capazes de atuar na Z Aç da tropa apoiada.
l) Deficiências.
m) Condições de tempo e espaço
(1) Distâncias e tempos disponíveis (Rec, REOP, trabalhos Com e Topo
e Regl).
(2) Duração provável de operação.
n) Outras informações.
6) Forças Amigas.
7) Centros de Gravidade e vulnerabilidades críticas (SFC)
- Capacidades Críticas, Requisitos Críticos e Vulnerabilidades Críticas da
própria Força e do Inimigo.
8) Poder Relativo de Combate
b) Fatores de comparação
(1) meios de Manobra e Movimento.
(2) meios de Apoio de Fogo.
(3) meios de Proteção.
(4) meios de Logística.
(5) meios de Comando e Controle.
(6) Terreno.
(7) Fatores de tempo e distância.
(8) Dispositivo.
c) Conclusão
(1) Consolidação dos fatores de superioridade.
(2) Desequilíbrio.
(3) Reversão dos fatores de superioridade do inimigo.
9) Conclusão Parcial
a) Aspectos relevantes das forças amigas.
b) Aspectos relevantes da área de responsabilidade e da CPC.
(1) Necessidades de Inteligência (EEI);
(2) Fatores de força e fraqueza (FFF); e
(3) Determinação inicial da adequação da própria força.

3. POSSIBILIDADES DO INIMIGO, LINHAS DE AÇÃO E CONFRONTO

3.1 POSSIBILIDADES DO INIMIGO (Psb Ini) – (baseado no PITCIC)


São levantadas pelo Escalão Superior. Verificar, dentre os itens abaixo, as
informações de interesse ao emprego do GAC:
1) Enumeração (QUE?, QUANDO?, ONDE? E COM QUE VALOR?)
2) Vulnerabilidades.
3) Possibilidade(s) do Inimigo com maior probabilidade de adoção.
4) Prováveis Obj do Ini ou R Blq.
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5) L Aç lni.
a) Montagem e Anl das L Aç Ini.
b) Priorização das L Aç Ini.
c) Detalhamento das L Aç Ini.
6) Mont do Calco e Matriz Eventos.
7) Probabilidade de adoção das Psb Ini.
8) Determinação das Nec Intlg
a) Elementos Essenciais de Inteligência (EEI).
b) Outras Necessidades de Inteligência.

3.2 NOSSAS LINHAS DE AÇÃO (L Aç)


1) Elaboração das linhas de ação:
a) Antes da Dcs Cmt Esc Sp (1ª Fase):
(1) Faseamento da operação;
(2) Implicações das L Aç da tropa apoiada para o emprego do GAC;
(3) Dispositivos atuais e futuros planejados para a tropa apoiada;
(4) Variantes já previstas para as ações planejadas;
(5) Características da A Op (frentes e profundidades e possíveis
mudanças de direção);
(6) Grau de centralização (Cmdo e Dire Tiro) desejados pelo Cmdo
Força; e
(7) Observar aspectos favoráveis e desfavoráveis de cada L Aç do Elm
apoiado, concluindo e assessorando sobre qual delas será melhor apoiada
pelo GAC.
b) Após a Dcs Cmt Esc Sp (2ª Fase):
(1) Localização atual e futura do GAC e de suas Bia O;
(2) Seleção de Zonas de Fogos (GAC e Bia O, SFC);
(3) Processos e Regiões de desdobramento, PO, PC e AT;
(4) Montagem do sistema de comunicações;
(5) Distribuição de OA e O Lig;
(6) Manobra de material, PO, PC e logística;
(7) Reconhecimentos;
(8) Momento para entrada em posição;
(9) Viabilidade de execução dos levantamentos Topo necessários;
(10) Regulações;
(11) Centralização do Cmdo e da Direção do Tiro;
(12) Seleção de alvos;
(13) Consumo de munição; e
(14) Seleção de eixos de deslocamento (GAC, Bia O e Bia C).
2) Conceito sumário de cada linha de ação.
3) Prova preliminar de adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade.
4) Validação das linhas de ação.
5) Elementos essenciais
- QUE: ações a realizar.
- QUANDO: início da ação.
- ONDE: por e para onde.
- COMO: Dspo, esforço etc.

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6) Na defesa:
a) Contrapreparação;
b) NGA Fogos;
c) Dispositivo adotado pelos GAC/AD;
d) Definição de Zonas de Fogos;
e) Norma de Fogos; e
f) Integração com o Plano de Barreiras.
7) No Ataque
a) Preparação;
b) Norma de Fogos;
c) Dispositivo adotado pelos GAC/AD;
d) Definição de Zonas de Fogos; e
e) Integração com as ações dos Elm Man e Ap Cmb.
8) Risco de Fratricídio
a) Posicionamento das tropas regulares amigas;
b) Posicionamento dos elementos irregulares amigos;
c) Medidas de Coordenação do Apoio de Fogo; e
d) Medidas de Coordenação e Controle do Espaço Aéreo (MCCEA).

3.3 CONFRONTO DAS LINHAS DE AÇÃO COM AS PSB INI (Jogo da


Guerra)
1) Ações que o inimigo poderá executar para realizar a Psb Ini.
2) Ações que serão executadas para realizar a L Aç, em face dessa Psb
Ini.
3) Interações entre a L Aç e a Psb Ini.
4) Conclusões.

3.3.1 CONFRONTO PROPRIAMENTE DITO


1) L Aç Nr 1 do Ini x L Aç Nr___ (um confronto para cada L Aç nossa)
a) P Cmb Nec ao rompimento (Rpto) da Pos da Tr Ini Empn
b) Jogo da guerra (movimento)
- Z Reu – Pos Provs e/ou In.
- Ap F às Aç na LP/LAADA para a Rpto Pos Tr Ini Empn/quebra do
ritmo Atq Ini.
- Ap F às Aç de Rupt da Pos Ini – Obj/retenção do Ini na PMA e C Atq.
- Ap F às Aç após Conq Obj final/Até a Conq Obj C Atq.
- Matriz de sincronização (registro).
2) L Aç Nr 2 do Ini x L Aç Nr____
“Observação: Na análise, onde se visualiza o Cmb, procura-se:
- determinar resultados prováveis.
- introduzir aperfeiçoamentos.
- completar os itens que, quando, onde, como.
- levantar Vtg e Dvtg.
- sincronizar as Aç no campo batalha (registro).
- considerar os princípios de guerra.
- confeccionar o Clc apoio à decisão.”.

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4.COMPARAÇÃO DAS NOSSAS LINHAS DE AÇÃO

4.1 PROCESSO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS


1) Linha de Ac Nr 1
- Vantagens.
- Desvantagens.
2) Linha de Ac Nr 2
- Vantagens.
- Desvantagens.
3) Conclusão pela melhor L Aç

4.2 PROCESSO DOS FATORES DE COMPARAÇÃO (para cada item,


apontar Vtg e Dvtg)
1) Fatores de Decisão:
a) Missão;
b) Inimigo;
c) Terreno;
d) Meios;
e) Tempo; e
f) Considerações Civis.
2) Rapidez
3) Nosso dispositivo:
a) Processos e Regiões de desdobramento
(1) Quanto ao desdobramento:
- continuidade do apoio de fogo;
- possibilidade de busca de alvos inimiga; e
- possibilidade da contrabateria inimiga.
(2) Quanto à segurança:
- desenfiamento;
- camuflagem;
- espaço para dispersão;
- facilidade para ocupar posições de troca;
- distância da linha de contato;
- proximidade da reserva; e
- obstáculos interpostos entre a posição e o lni.
(3) Quanto aos deslocamentos:
- condições de trafegabilidade;
- segurança para acesso à área de posição e desta para a posição de
manobra; e
- obstáculos.
(4) Quanto à circulação no interior da posição:
- efeitos das condições meteorológicas;
- natureza do solo; e
- obstáculos interpostos.
(5) Quanto ao dispositivo da força apoiada:
- amplitude do setor de tiro (Dire), Alc e orientação da parte mais

A-9
EB70-MC-10.360

importante Fr.
(6) Quanto à continuidade de apoio de fogo:
- características das posições de manobra (acesso, segurança etc);
- orientação do deslocamento; e
- alcance (profundidade).
(7) Quanto à coordenação:
- coordenação com unidades vizinhas, Esc Sp e tropa apoiada.
b) Regiões para instalação de PO
(1) Técnicos;
(2) Amplitude da observação;
(3) Facilidade para instalação e Mnt das comunicações;
(4) Necessidade de coordenação com outros elementos;
(5) Segurança;
(6) Facilidade de disfarce local; e
(7) Afastamento de pontos característicos.
c) Localização do PC
(1) Missão do Escalão considerado;
(2) Facilidade para as Comunicações;
(3) Segurança; e
(4) Facilidade para a instalação.
d) Momento de ocupação da posição
(1) Sigilo dos movimentos;
(2) Sigilo de operações; e
(3) Conforto da tropa.
e) Montagem dos sistemas de comunicações
(1) Prazos disponíveis;
(2) Necessidade de ligação com a força apoiada;
(3) Escalões vizinhos e subordinados;
(4) Possibilidades em material e pessoal; e
(5) Operações futuras.
f) Distribuição de OA e O Lig
(1) Disponibilidades e necessidades;
(2) Prazos impostos pela força apoiada; e
(3) Necessidades de ambientação dos referidos oficiais.
g) Meios de busca de alvos
(1) Localização dos setores de busca;
(2) Coordenação com a tropa apoiada; e
(3) Coordenação com o escalão superior - meios de BA da AD ou da A
CEx.

4) Dispositivo do Inimigo
5) Princípio da Guerra
6) Conclusão pela melhor L Aç

4.3 PRODUTOS AO FINAL DA FASE


1) Vantagens e desvantagens.
2) Prova final de Adequabilidade, Praticabilidade e Aceitabilidade.
A-10
EB70-MC-10.360

3) Matriz de Decisão.
4) Avaliação do Mérito Relativo das L Aç e Seleção de uma L Aç para a
Decisão.
5) Matriz de Sincronização.
“Observação: O Cmt determina os fatores preponderantes (nosso Dspo,
Dspo Ini, Nr de baixas, terreno, GE etc.)”.

5 DECISÃO

- Quem? Que? Quando? Onde? Como? e Para Quê? (SFC)


- Matriz de Sincronização

1) Estado final desejado para o Grupo.


2) A missão e a concepção da manobra do comandante.
3) Necessidades de suporte logístico.
4) Diretrizes de Com Soc e As Civ e condutas de refugiados ou evacuados.
5) Diretrizes para a confecção do PFA.

5.1 DECISÃO PRELIMINAR - tem base no Conceito Preliminar da Operação


(Vide exemplo no Apd 1)
- Serve de base para a confecção do plano de reconhecimento do Grupo.

5.2 DECISÃO FINAL (Vide exemplo no Apd 2)


Após ouvir o relatório dos reconhecimentos, o Cmt GAC decide, apenas,
quanto aos aspectos em que não houver imposição do escalão superior, tais
como: Org Cmb, RPP, PO etc.

6. EMISSÃO DO PLANO OU ORDEM

6.1 DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DA OPERAÇÃO


1) Aprofundamento do CPO no que tange ao apoio de fogo:
a) Fases da operação;
b) Efeitos desejados em cada fase da operação; e
c) Tarefas de cada SU e/ ou U Tir orgânica ou subordinada.
2) Conceito da Operação:
a) Apreciação da situação;
b) EFD;
c) Formas de abordagem operativa;
d) Vulnerabilidades críticas;
e) Faseamento da operação e sequência até o EFD;
f) Orientações para atividades diversas (como Com Soc);
g) Demais orientações;
h) Estabelecimento da Matriz de Sincronização; e
i) Gerenciamento dos Riscos Operacionais.

6.2 ELABORAÇÃO DOS PLANOS E ORDENS


1) Distribuição dos planos ou ordens aos escalões subordinados
A-11
EB70-MC-10.360

2) Reunião de confirmação de ordens.

(a)________________________________
Comandante

Anexos: (quando for o caso)


Distribuição: (quando for o caso)
Autenticação: (quando for o caso)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

A.2 OBSERVAÇÕES

A.2.1 Alguns aspectos foram adaptados para a realidade do Exame de


Situação do Cmt do GAC e outros, mesmo sendo atinentes ao Exame de
Situação dos Elm Man, foram mantidos, visto que possuem reflexos diretos no
emprego do GAC, devendo ser de conhecimento do seu Cmt.

A.2.2 Considera-se que esses aspectos atinentes aos Elm Man serão
recebidos do Esc Sp ou obtidos mediante o contato direto entre as seções de
EM das unidades interessadas, no decorrer do planejamento e do
desenvolvimento do exame de situação.

A.2.3 É importante ressaltar que o Exame de Situação do Cmt GAC deve ser
realizado simultaneamente ao do Esc Sp, devendo haver uma sinergia entre
ambos, de forma a permitir um eficiente assessoramento.

A-12
EB70-MC-10.360

APÊNDICE 1 AO ANEXO A
DECISÃO PRELIMINAR DO COMANDANTE DO GAC (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Organização:___________
Local:_________________
Data-Hora:_____________

DECISÃO PRELIMINAR

1) Reconhecer as RPP na seguinte Prio: B, C e A;

2) Reconhecer os PO a, b, c, d, e, f, g, com Prio para os PO b, c, e, f, g;

3) Reconhecer os possíveis locais do PC/GAC, na seguinte Prio: 1, 3 e 2;

4) Verificar a possibilidade da passagem a vau rio CAVEIRA, na Qd (04-04);

5) Reconhecer 2 (duas) Pos Regl para cada RPP prevista;

6) Ocupar Pos na 1ª parte da noite de D-1/D;

7) É viável a PTP para D-1/1200;

8) Distribuir os O Lig e OA após a Dcs final;

9) Estabelecer o sistema rádio a 4 canais;

10) Reconhecer os possíveis locais para a instalação da AT/GAC, nas


seguintes Prio: 1, 2 e 3;

11) Composição dos Rec: NGA;

12) Apresentação dos Rel Rec na Rg de Pnt sobre o Arroio BALÃO Qd (10-
03) em D-2/1730. Os Cmt Bia O e seus O Rec devem estar presentes à Reu; e

13) Ligar-se, através do O Lig/172º GAC 155 AP junto ao nosso GAC, com o
Cmt do 172º GAC 155 AP, para solicitar sua presença e a de seu EM e Cmt Bia
O à Reu para apresentação de relatórios.
(a)_______________________________
Comandante
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

AP 1 A-1
EB70-MC-10.360

APÊNDICE 2 AO ANEXO A
DECISÃO FINAL DO COMANDANTE DO GAC (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Organização:___________
Local:_________________
Data-Hora:_____________

DECISÃO FINAL

1) Ocupar com o 41º GAC 155 AP a Pos B;

2) Indicar, para ocupação pelo 172º GAC 155 AP, a Pos C;

3) Prever os PO 1, PO 3, PO 4, PO 6 e PO 7 nas Rg "b", "c", "e", "f", "g",


respectivamente. Instalar os PO 1 e PO 6;

4) Instalar o PC/GAC na Rg 1, na Qd (08-84), devendo estar aberto D-1/1800;

5) Regular, Mdt O, com uma peça do GAC e com uma peça do 172º GAC 155
AP das Pos Regl indicadas pelo S-3;

6) Ocupar Pos, com os 2 GAC, na 2ª parte da noite de D-1/D;

7) PTP pronta em D-1/1200;

8) Distribuir os O Lig e OA após a Dcs deste Cmdo;

9) Estabelecer o sistema rádio a 4 canais, ficando ECD operá-lo, Mdt O;

10) Instalar a AT/GAC na região Nr 1, ao S de Faz PATO; na Qd (06-82);

11) Completar os Rec o mais cedo possível;

12) Planejar a Man de Obs e a de material para a Pos D, desde já, sendo que
esta será por U e após a Conq de O1 e O2;

13) Planejar, ainda, a Man do 172º GAC 155 AP para a Pos E, pelo itinerário a
cavaleiro do rio CAVEIRA, sendo que esta será por Bia (2-1), imediatamente
após a Ocp pelo Gp da Pos Man;

14) O GAC receberá Msg Meteo de 4 em 4 horas a partir de D-1/1630, a cargo


da AD/12ª DE;

15) O GAC participará de uma Prep de 20’, entre D/0540 e D/0600;

AP 2 A-1
EB70-MC-10.360

16) Dspo pronto em D/0500;

17) Os PPAA deverão dar entrada na C Tir até D-1/1700; e

18) O PFA e a proposta da LSAA deverão dar entrada no ECAF/DE até D-


1/2100.

(a)_______________________________
Comandante

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

AP 2 A-2
EB70-MC-10.360

ANEXO B
EXAME DE SITUAÇÃO SUMÁRIO DO GAC

B-1
EB70-MC-10.360

B-2
EB70-MC-10.360

B-3
EB70-MC-10.360

B-4
EB70-MC-10.360

B-5
EB70-MC-10.360

ANEXO C
ORDEM DE OPERAÇÕES DO GAC (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

EXEMPLAR Nr 01/20 (cópias)


21º Agpt-Gp
BANANAL (28450-86000)
D-6/0800
GS-10

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 001

Rfr: - Crt MG, Esc 1:50.000, Fl SANTA BÁRBARA DO MONTE VERDE,


VALENÇA, LIMA DUARTE, RIO PRETO E BOM JARDIM DE MINAS

1. SITUAÇÃO
a. Forças Inimigas
1) Os órgãos Intlg Azuis informaram que, em D-10, o 1º C Ex Vm, orientado
na DTA JUIZ DE FORA – POUSO ALEGRE, encontrava-se com as 13ª e 14ª
Bda Inf Mec a 50 km da fronteira do País CINZA e com a 21ª Bda C Bld a 100
km da fronteira do País CINZA.
2) Estima-se que a U Vgd do 1º C Ex (101º R C Rec) somente poderá
abordar a linha balizada pelo Rio do Peixe a partir de D-5/1800.
3) A LAç mais provável que o inimigo poderá adotar para abordar a PIR é
empregar:

a) uma Bda Inf Mec a N do Córrego dos PINHEIROS (4884) com o 101º R
C Rec na vanguarda, Ut eixo da Rdv 267.
b) uma Bda Inf Mec a S do Córrego dos PINHEIROS (4884), Ut eixo da
Rdv 353.
c) Mnt uma Bda C Bld em reserva.

4) A L Aç mais perigosa para o cumprimento da missão da 21ª Bda C Mec é


o inimigo abordar a PIR com o seguinte dispositivo:

a) uma Bda C Bld, a N do Córrego dos PINHEIROS (4884), Ut eixo da Rdv


267;

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-1
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
b) uma Bda Inf Mec a S do Córrego dos PINHEIROS (4884), Ut eixo da
Rdv 353;

c) o 101º R C Rec como Elm vanguarda do C Ex Vm, articulado aos dois


eixos; e

d) Mnt uma Bda Inf Mec em reserva.

5) A Art inimiga para a 13ª e 14ª Bda Inf Mec é composta por um GAC 155
AR (uma Bia C, uma Bia Sv e três Bia O a meia dúzia Pç), e utiliza o Obus
155mm AR C33, com alcance de 20 km, chegando a 30 km com Mun especial.
6) A Art inimiga para a Bda C Bld é composta por um GAC 155 AP (1 Bia C,
1 Bia Sv e 3 Bia Obuses a 6 Pç), e utiliza o Obuseiro 155mm AP C32, com Alc
de 20 km, chegando a 25,3 km com Mun HERA.
7) Os R I Mec dispõem de 4 Mrt P 120mm em Vtr Bld, com Alc de 7.200m, e
de VBC Fzo YW 531 H, com Alc de 2.000m.
8) Os R C Rec dispõem de Vtr AML 90, com Can 90mm. Possuem, ainda, a
Vtr NORINCO WZ 551 equipada com 01 Mrt 81 mm, com Alc de 5.700m.
9) Os RCC orgânicos de Bda Inf Mec (1º Esc) dispõem de Vtr VBC CC
AMX-13, com Can 105mm Alc Max 4.000m Ut Mun APFSDS. Possuem, ainda,
a Vtr NORINCO WZ 551 equipada com Mrt 81 mm, com Alc de 5.700m e Can
25mm Alc 2.000m.
10) An A: Inteligência (omitido).
b. Forças Amigas
1) A AD/11ª DE está presente na operação com seus meios em Aç Cj e o
112º GAC 155 AP e a 1ª/3ª/11º GAAAe em Ref à 21ª Bda C Mec.
2) A 21ª Bda C Mec Rlz Aç Rtrd em posições sucessivas, entre a PIR e a P
Def, a partir de D-5/1800, impedindo que o Ini aborde o LAADA antes de
D/1800. Para isso:
a) Estabelecerá a PIR no corte do RIO DO PEIXE (8844);

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-2
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
b) Retardará o Ini empregando a FT 211º RC Mec a N e o 212º RC Mec a
S;
c) Rtrd o Ini, ao longo da Z Aç, com o mesmo Dspo da PIR, devendo
ganhar:
- Na PIR: 02 (duas) jornadas;
- Na P2: 02 (duas) jornadas;
d) Retrairá das P Rtrd Mdt O;
e) Após Aclh, Ret através da P Def/11ª DE;
f) Deslocará a maioria dos meios pela Rdv 257; e
g) Manterá em reserva o 213º RCB (-).
3) O 51º RC Mec encontra-se a N da nossa Z Aç e conta com Ap F da
1ª/541º GAC 155 AP.
4) A 21ª Bia AAAe AP fará a DA Ae de nossas Pos.
5) Elm da V FAC irão prover o Ap Ae à 11ª DE.
..........................................................................................................................
c. Meios recebidos e retirados
- 112º GAC 155 AP (Ref à 21ª Bda C Mec), em BOM JARDIM DE MINAS
(8072), em D-8/0600.

2. MISSÃO
a. Apoiar pelo fogo a ação retardadora da 21ª Bda C Mec. (Apoio pelo fogo:
Aclh, Man Def, Atq ...)
b. Prio F para a FT 211º R C Mec. (Poderá existir ordem de alerta, Exp: Mdt O
Prio F para...).
c. Dispositivo pronto na PIR em D-5/1200.
d. Cooperar no retardamento do Ini desde o mais longe possível,
empregando, no máximo, 01 (uma) SU Art em Pos Provs.
e. A continuidade do Ap F e a rapidez nas ações durante toda a Op deverão
ser priorizadas.
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-3
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
f. D Ctt deverão ser apoiados por 1(uma) Bia O por Elm valor Rgt, em 1º Esc.
g. Poderá ser incluída uma preparação e uma, contrapreparação.

3. EXECUÇÃO
a. Emprego da Artilharia
O 21º Agpt-Gp apoiará a manobra da 21ª Bda C Mec da seguinte forma:
1) Da PIR até a P3: 21º Agpt-Gp [21º GAC 105 AP (- 3ª Bia O + 1ª e 3ª/112º
GAC 155 AP) + 112º GAC 155 AP (-1ª e 3ª Bia O + 3ª/21º GAC 105 AP)] – Ap
G à 21ª Bda C Mec, com o 112º GAC 155 AP em Ap Dto ao 212º R C Mec.
2) O 21º Agpt-Gp desdobrará seus meios com o 21º GAC 105 AP (+) se
deslocando pela Rdv 267 e com o 112º GAC 155 AP (-) articulado pela Rdv
353.
3) O processo de mudança de posição utilizado pelo 21º GAC 105 AP (+)
será por SU (2-2) e pelo 112º GAC 155 AP (-) será o (1-1), em caso de
retraimento sob pressão e na ação retardadora. Quando o retraimento ocorrer
sem pressão, será realizado o processo 3-1 e 1-1, respectivamente, de acordo
com plano de retraimento sem pressão em vigor.
4) Os REOP serão realizados preferencialmente com tempo suficiente,
dependendo da situação tática. Enquanto as SU estiverem em uma Pos, os
Elm Rec 2º Esc deverão estar preparando a posição subsequente. Os REOP
das Pos In e Provs PIR serão com ocupação noturna e preparação diurna.
5) An B: PEA do 21º Agpt-Gp

b. 1ª/21º GAC 105 AP


1) Pontaria inicial:
RPP B C D E
Lançamento 1200’’’ 1180’’’ 1170’’’ 1180’’’
2) Tu Remn Bia O reforçar o Gp Remn/Sec Log/Bia C para as ações de pré-
posicionamento de munições até o horário do pronto na PIR.
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-4
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
3) Responsável por bater a Rdv 267 com os meios AC orgânicos em sua
defesa aproximada.
4) Compor o 2º escalão de retraimento no retraimento sob pressão.

c. 3ª/21º GAC 105 AP


1) Pontaria inicial:
RPP B C D E
Lançamento 1100’’’ 1100’’’ 1090’’’ 1080’’’

2) Tu Remn Bia O reforçar o Gp Remn/Sec Log/Bia C para as ações de pré-


posicionamento de munições até o horário do pronto na PIR.
3) Compor o 2º escalão de retraimento na ação retardadora/retraimento sob
pressão.

d. 1ª/112º GAC 155 AP


1) Pontaria inicial:
RPP A B C D E
Lançamento 1100’’’ 1150’’’ 1140’’’ 1120’’’ 1130’’’
2) Tu Remn Bia O reforçar o Gp Remn/Sec Log/Bia C para as ações de pré-
posicionamento de munições até o horário do pronto na PIR.
3) Ocupar Pos Provs PIR e demais Mdt O.
4) Compor o 1º escalão de retraimento na ação retardadora/retraimento sob
pressão.

e. 3ª/112º GAC 155 AP


1) Pontaria inicial:
RPP B C D E
Lançamento 1040’’’ 1070’’’ 1050’’’ 1040’’’
2) Tu Remn Bia O reforçar o Gp Remn/Sec Log/Bia C para as ações de pré-
posicionamento de munições até o horário do pronto na PIR.

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-5
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
3) Compor o 1º escalão de retraimento na ação retardadora/retraimento sob
pressão.
4) Apoiar o D Ctt em caso de retraimento sem pressão.

f. Bia C/21º GAC 105 AP


1) Receber as Tu Remn Bia O para as atividades de pré-posicionamento de
Mun até o horário do pronto na PIR. Após, continuar os trabalhos com o
pessoal do Gp Remn/Sec Log.
2) Receber duas Tu Remn do Gp Remn/Sec Log/Bia C do 112º GAC 155
AP e ceder uma Tu Remn para essa Bia.
3) Receber 2/3 da C Tir do 112º GAC 155 AP em pessoal e material e
passar para esse GAC 1/3 de seu efetivo e material, de forma que ambos
possam realizar os cálculos para os dois calibres.
4) Receber 2/3 em pessoal e material da Tu Mnt/Sec Log/Bia C do 112º
GAC 155 AP e ceder 1/3 do efetivo e material de sua Tu Mnt, afim de que as
Tu Mnt sejam capazes de realizar a Mnt de 1º Esc de ambos os materiais em
cada eixo de retraimento.
5) Levantar uma RPG para cada Pos retardamento, próximas a A Pos In do
Gp.

g. 2ª/112º GAC 155 AP


1) Pontaria inicial:
RPP A1 B1 C1 D1 E1
Lançamento 1170’’’ 1350’’’ 1330’’’ 1290’’’ 1050’’’

2) Tu Remn Bia O reforçar o Gp Remn/Sec Log/Bia C para as ações de pré-


posicionamento de munições até o horário do pronto na PIR.
3) Ocupar Pos Provs da PIR e demais Mdt O.
4) Compor o 1º escalão de retraimento na ação retardadora/retraimento sob
pressão.
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-6
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

h. 2ª/21º GAC 105 AP


1) Pontaria inicial:
RPP B1 C1 D1 E1
Lançamento 1310’’’ 1300’’’ 1270’’’ 1010’’’

2) Tu Remn Bia O reforçar o Gp Remn/Sec Log/Bia C para as ações de pré-


posicionamento de munições até o horário do pronto na PIR.
3) Compor o 2º escalão de retraimento na ação retardadora/retraimento sob
pressão.
4) Apoiar o D Ctt em caso de retraimento sem pressão.

i. Bia C/112º GAC 155 AP


1) Receber as Tu Remn Bia O para as atividades de pré-posicionamento de
Mun até o horário do pronto na PIR. Após, continuar os trabalhos com o
pessoal do Gp Remn/Sec Log.
2) Receber uma Tu Remn do Gp Remn/Sec Log/Bia C do 21º GAC 105 AP
e ceder duas Tu Remn para o para essa Bia.
3) Receber 1/3 da C Tir do 21º GAC 105 AP em pessoal e material e passar
para o esse GAC 2/3 de seu efetivo e material, de forma que ambos possam
realizar os cálculos para os dois calibres.
4) Receber 1/3 em pessoal e material da Tu Mnt/Sec Log/Bia C do 21º GAC
105 AP e ceder 2/3 do efetivo e material de sua Tu Mnt, afim de que as Tu Mnt
sejam capazes de realizar a Mnt de 1º e 2º Esc de ambos os materiais em cada
eixo de retraimento.
5) Levantar uma RPG para cada Pos retardamento, próximas a A Pos In do
Gp.

j. Observação Aérea
- Centralizada na AD/11ª DE.

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-7
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

k. Radar (se for o caso)


- Prio para a Z Aç da FT 211º R C Mec.

l. Ligação
1) O Lig e OA deverão se apresentar aos Cmdo respectivos imediatamente
após a emissão da decisão final do Cmt Agpt-Gp.
2) 112º GAC 155 AP deverá enviar o O Lig para o Cmdo da 21ª Bda C Mec,
um OA para o Cmt FT 211º RC Mec e o outro OA para o Cmt do 212º RC Mec.

m. Prescrições Diversas
1) Observação Terrestre
a) PO
Distribuição de PO por SU, com ocupação Mdt O.
PO A cargo da
a, l, x 1ª/21º GAC 105 AP
b, n, y 3ª/21º GAC 105 AP
e, p, aa 1ª/112º GAC 155 AP
f, q, ac 3ª/112º GAC 155 AP
c, d, g, h, i, j, k, m, o, r, s, t, u, v, z, ab, ad, ae, af, ag, ah Bia C 21º GAC 105 AP
a1, l1, v1 2ª/21º GAC 105 AP
c1, o1, y1 2ª/112º GAC 155 AP
b1, d1, e1, f1, g1, h1, i1, j1, m1, n1, p1, q1, r1, s1, t1, u1, x1,
Bia C 112º GAC 155 AP
z1, aa1, ab1, ac1

b) Plano de observação
Dar entrada no CCAF da Bda até D-5/0800 e no C Op da AD/11ª DE até
D-5/1100.
2) Ocupação de posição
Ocupar Pos na 1ª parte da noite de D-6, entre 2200 e 0000.
3) Direção geral de tiro
a) 21º GAC 105 AP (+)
Lançamento: 1100’’’.

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-8
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
b) 112º GAC 155 AP (-)
Lançamento:1300’’’.
4) Movimentos a realizar
a) Deslocamentos
(1) Na Z Aç FT 211º R C Mec – 21º GAC 105 AP (+), da Rg de BATATAL
(2884) até o P Lib das Pos In e Provs.
(2) Na Z Aç 212º R C Mec – 112º GAC 155 AP (-), da Rg de Faz
ENGENHO BAIXO (3668) até o P Lib das Pos In e Provs.
b) Ordem de Marcha
(1) 21º GAC 105 AP (+): 1ª/112º GAC 155 AP – 3ª/112ª GAC 155 AP –
2ª/21º GAC 105 AP – 1ª/21º GAC 105 AP – Bia C (-) – Sec Log/ Bia C (AT).
(2) 112º GAC 155 AP (-): 2ª/112º GAC 155 AP – 3ª/21º GAC 105 AP -
Bia C (-) – Sec Log/ Bia C (AT).
c) Segurança: NGA
d) Dst Prec
(1) Composição – Tu Rec das SU, a comando do Adj S-2 21º GAC 105 e
do 112º GAC 155 AP.
(2) Realizar o balizamento dos pontos críticos, passagens e PI.
(3) Estabelecer PC Tran em ORVALHO (3688) e R PEDRA NEGRA DE
MANUEL BELO (4272).
(4) Entrada do Gráfico de Itinerário e Gráfico de Marcha no PC 21º Agpt-
Gp: até D-6/1800.
e) Prescrições diversas
(1) Tu inspeção
- Chefe: Of Mnt respectivos GAC.
- Composição: Tu Mnt/Sec Log/Bia C.
- Horário: D-6/2130 a 2150.
(2) Dispositivo pronto
D-6/2150.
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-9
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
(3) Passagem no PI
D-6/2200.
f) Anexo C - Quadro de Movimento (omitido)
5) Fogos
a) Alvos de Alta Prioridade (AAP)
Elm Rec, Vtr Bld, PC, Art Ini, Pel Mrt, U Tir AAAe, PO.
b) Norma de fogos
(1) Semiativa, sendo permitido bater Mrt e Art Ini confirmados, desde que
estejam causando baixas às nossas tropas. Regulação permitida apenas no
horário estabelecido.
(2) Ativa: a partir de D-5/1800.
c) Critério
(1) Confirmados
- Radar, análise de imagens, som ou clarão;
- Interseção de 3 ou mais direções resultantes de uma observação
simples pelo som, clarão e análise de cratera; e
- Outras fontes que forneçam coordenadas, desde que associadas.
(2) Suspeitos
- Qualquer fonte que forneça coordenadas (exceto radar, som e
clarão);
- Interseção de duas direções resultantes de uma observação simples
pelo som ou clarão, associada a uma análise de cratera; e
- Depoimento de prisioneiro de guerra.
d) Plano de Fogos de Artilharia
Entrada no CCAF/21ª Bda C Mec até D-6/2000
e) An D - Plano de Fogos de Artilharia (omitido).
f) Estão proibidos os fogos e seus efeitos nas localidades que foram
parcialmente evacuadas ou que não tenham sido evacuadas, bem como em

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-10
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

sítios históricos, culturais, religiosos e/ou tombados por institutos regionais


coma finalidade de preservar a população CINZA e evitar danos colaterais aos
locais descritos.
g) Estão autorizados fogos em localidades desde que:
(1) estejam totalmente evacuadas;
(2) seja utilizada Mun Esp de precisão, caso disponível; e
(3) o alvo seja localizado e conduzido por Obs terrestre.
6) Regulações
a) 01 Pç da 2ª e da 3ª/112º GAC 155 AP, de Pos Regl, de D-5/0600 até
0630.
b) 01 Pç da da 3ª/21º GAC 105 AP, de Pos Regl, de D-5/0630 até 0700.
7) Reconhecimentos
Anexo E – Plano de Rec (omitido).
8) Topografia
a) CIT: CIT aberto em BOM JARDIM DE MINAS até D-7/0600. A partir de
D-7/1300, aberto na Rg Faz VARGEM GRANDE (1480).
b) distribuição de RPG iniciais:
(1) na Z Aç da FT 211º R C Mec: marco A (15250 80800).
(2) na Z Aç do 212º R C Mec: marco B (27850 64450).
c) Anexo F: PLG (omitido).
9) Mensagens Meteorológicas
a) Horário: de 4 em 4 horas, a partir de D-5/0700.
b) Realização e Difusão: a cargo da AD/11ª DE.
10) Prancheta de tiro – PTP. Na PIR, pronta em D-6/1130.
11) Medidas de coordenação
a) LSAA e demais propostas de MCAF: entrada no CCAF/21ª Bda C Mec
até D-6/2000.
b) outras medidas

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-11
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
(1) AFP 1: Localidade de RIO PRETO (2056).
(2) AFP 2: Localidade de BOM JARDIM DE MINAS (8272).
(3) AFL: omitido.
12) Segurança da Pos
a) Medidas de Alerta
(1) Alarme
- Ataque terrestre, Patr, CC, guerrilheiros – dois sinais longos de apito,
buzina ou sirene, ou dois tiros de arma portátil.
- Ataque Ae – silvos intermitentes.
b) Medidas ativas de defesa
(1) Plano de Defesa Aproximado das Bia para aprovação do S Cmt, após
a ocupação das Pos, quando pronto.
(2) Prioridade para U Tir Mtr nas proximidades da LF e Linha de Vtr.
(3) Mtr P para autodefesa aérea durante o dia e para o contra-ataque
terrestre durante à noite.
(4) A Bia O que estiver a cavaleiro da Rdv deverá manter a Pos AAC
guarnecida para esta VA CC Ini.
(5) Cada SU deverá estabelecer uma força de reação no valor de pelo
menos 1 GC, bem como lançar Patr nas proximidades da Pos para evitar
infiltrações Ini.
c) Medidas passivas de defesa
(1) em caso de REOP com tempo suficiente, realizar a Organização do
Terreno durante a fase de melhoramentos da Pos da seguinte forma:
- abrigos para Pes e Mun;
- camuflagem das Pç e demais órgãos da SU;
- disciplina de circulação com apenas uma entrada e uma saída das
posições; e
- Cmt Bia O prever e reconhecer Pos Troca.
d) Anexo G – Plano de Defesa Aproximado do Gp (omitido).
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-12
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
13) EEI
- localização de Mrt Ini
14) Dispositivo pronto – Em D-5/1200.

4. LOGÍSTICA
a. Ordem de Apoio Logístico Nr 2
b. Generalidades
1) BLB 21ª Bda C Mec em R TABUÃO (9868).
2) EPS – Rdv 267.
c. AT
1) 21º Agpt-Gp para as ações na PIR e P2: Rg Coor (02200-75600).
2) 112º GAC 155 AP (-) para as ações na PIR e P2: Rg Coor (05750-
58650).
3) 21º Agpt-Gp para as ações na P3: Rg Faz CARVALHO (fora da carta).
4) 112º GAC 155 AP (-) para as ações na P3: Rg Sit PASSAQUATRO (fora
da carta).
d. Munição Disponível
1) Os S-4 do 21º Agpt-Gp e do 112º GAC 155 AP (-) deverão preparar seus
respectivos Planos de Remuniciamento baseados nas seguintes
disponibilidades de munição:
- M1 AE – 65 Tiros por Arma (TPA)/dia.
- M107 AE – 50 TPA/dia.
- M60A2WP – 10 TPA/dia.
- M825WP – 8 TPA/dia.
- M712 – 2 TPA/dia.
2) O pré-posicionamento de munição está autorizado e deverá ser
priorizado, nas seguintes condições:
- RPP “B” – 01 (uma) DO.
- RPP “B1” – 01 (uma) DO.
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-13
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
- RPP “F” – 02 (duas) DO.
- RPP “F1” – 02 (duas) DO.
- RPP “J” – 01 (uma) DO.
- RPP “J1” – 01 (uma) DO.
3) A Mun que exceder a sobrecarga deverá ser destruída na posição e Info
Esc Sp.
e. Pessoal
1) Controle de efetivos, registros, relatórios e Sumário Diário de Pessoal:
Info até 1900h, com término do período às 1800h. Os Sgte deverão Info até
1830h ao S-1 do 21º Agpt-Gp e 112º GAC 155 AP (-), com término do período
às 1800h.
f. Manutenção
1) As Sec L Mnt/Cia L Mnt/21º B Log, que se encontram prestando Ap Dto à
FT 211º RC Mec, ao 212º RC Mec e ao 213º RCB (-), estão ECD de prestar
apoio ao 21º Agpt-Gp e ao 112º GAC 155 AP (-) respectivamente.
2) O 21º B Log não tem condições de evacuar materiais com peso superior
a 25 t até D-1/1500. Especial atenção deve ser dada à Mnt preventiva das VBC
OAP M109 em função disso. O uso de outra VBC OAP como meio de
evacuação deverá ser solicitado ao Cmdo 21º Agpt-Gp. Na impossibilidade de
evacuação de material acima dessa tonelagem, esse deverá ser destruído na
posição.
g. Suprimento
1) Cl I
a) Intv R 4: durante toda a operação.
b) Pedido eventual: diariamente até 1800.
2) Cl III
P Sup Cl III aberto desde já e, a partir de D-5/0600, será itinerante ao
longo da Rdv 267 e Rdv 353.
3) Cl V
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-14
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
Deverá ser confeccionado o Pedido Especial de Sup Cl V (munição) para
atender à necessidade de pré-posicionamento da munição.
h. Saúde
1) Evacuação:
a) PS 21º Agpt-Gp e 112º GAC 155 AP (-) distribuídos ao longo das Rdv
267 e Rdv 353 respectivamente (PEA).
b) P Trg na BLB 21ª Bda C Mec.
c) Prio Ev Aem: FT 211 RC Mec, 212º RC Mec, 213º RCB (-), 21º Agpt-Gp
e 112º GAC 155 AP (-), nessa ordem. Os diversos PS deverão prever um local
para pouso de helicóptero nas imediações da posição e ficar ECD mobiliar a
ZPH.
2) Hospitalização
a) 501º Pel Cir Mv na BLB 21ª Bda C Mec – 40 leitos, sob Ct Op da Cia
Log Sau/21º B Log, a partir de D-5/1800.
b) 543º H Cmp (150 leitos), abertos desde já, na Rg SÃO LOURENÇO
(fora da carta).
5. COMANDO E COMUNICAÇÕES
a. Comunicações
1) IE Com Elt: 1-4 (omitido).
2) Anexo H: QRR.
3) Rádio:
a) Silêncio: até D-7/0600.
b) Restrito: de D-7/0600 em diante.
c) Livre: após o Ctt com o Ini
(a) AAAe – desde o início de seu desdobramento.
(b) RIPI, PO e Patr.
(c) Para Bia O em Pos Provs, a partir do desencadeamento dos fogos
das Pos Ini da PIR.
4) Instruções para outros meios ou instalações de comunicações
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-15
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
b. Postos de Comando
1) 21ª Bda C Mec: Faz SOSSEGO (2208), aberto a partir de D-7/1800.
2) 21º Agpt-Gp: aberto na Z Reu a partir de D-5/0000 na Rg Coor (31800
86500).
3) 112º GAC 155 AP (-): aberto partir de D-5/0000 na Faz SÉ (3870).
c. Eixo de comunicações
1) 21ª Bda C Mec: Rdv 267.
2) 21º Agpt-Gp: Rdv 267.
3) 112º GAC 155 AP (-): Rdv 353.
d. Outras Prescrições
1) Mensagens Preestabelecidas
Mensagem Palavra-chave Responsável
Bia O Pronta ONÇA Cmt Bia
Mudança de Posição JAGUAR S-3
1º Esc Art PALHA BRANCA S-3, Cmt Bia
2º Esc Art ENVIRA S-3, Cmt Bia
1º Esc rompeu o contato JABUTI OA, O Lig
Término do acolhimento CONDOR O Lig
Últimos Elm 1º Esc ÚLTIMO + (NOME da
OA, O Lig
passando pela L Ct L Ct)
Centralizado para C Atq MUTÁ S-3
Recebendo fogos CARCARÁ Cmt Bia, S-3
Nec Resup Cl I TAMBAQUI Cmt Bia, S-4
Nec EVAM PANTERA Cmt Bia, S-4
Mud Frq Altn VELAME 3X PDR

6. PESSOAL, COMUNICAÇÃO SOCIAL E ASSUNTOS CIVIS


a. Pessoal
1) Administração de Pessoal
Prioridade de recompletamento para as Bia O do 112º GAC 155 AP.
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-16
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
2) Assistência ao Pessoal
As licenças estão temporariamente suspensas.
3) Disciplina e Justiça Militar
Cmt de Bia O e de Sec deverão manter a disciplina de seus homens
durante toda a operação, agindo com rigor em caso de necessidade.
4) Prisioneiros de Guerra e Civis Internados
Não está autorizada a permanência de prisioneiros de guerra no Agpt-Gp.
Após interrogados pelo S-2, eles deverão ser imediatamente evacuados para o
P Col PG da 21ª Bda C Mec.
b. Comunicação Social e Assuntos Civis
1) Comunicação Social
a) Relações Públicas (conforme o caso)
b) Informações Públicas (conforme o caso)
2) Assuntos Civis
a) Governo (conforme o caso)
b) Serviços Públicos (conforme o caso)
c) Ação Cívico-Social (conforme o caso)
Acuse estar ciente.
a) _________________________
Cmt 21º Agpt-Gp
Anexo A: Inteligência
B: PEA do 21º Agpt-Gp (ou calco de operações)
C: Q Mvt
D: PFA
E: Plano de Rec
F: PLG
G: Plano Def Aprox do Agpt-Gp
H: QRR
I: Ordem de Ap Log (omitido)

Confere: _____________________________
S-3/21º Agpt-Gp
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

C-17
EB70-MC-10.360

ANEXO D
ORDEM PREPARATÓRIA DO GAC (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

EXEMPLAR Nr 01/20 (cópias)


112º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO (28450-86000)
D-9/1400
PP-05

ORDEM PREPARATÓRIA Nr 001

Rfr: - Crt MG, Esc 1:50.000, Fl SANTA BÁRBARA DO MONTE VERDE,


VALENÇA, LIMA DUARTE, RIO PRETO, BOM JARDIM DE MINAS E SANTA
RITA DE JACUTINGA.

O GAC apoiará a defesa móvel da 13ª DE, em D/0500. Participará de uma


C Prep de 20 min, com desencadeamento Mdt O. Dspo pronto na P Def
D/0500. Para tanto, deslocar-se-á no início da noite de D-2 para a Rg
CÓRREGO DA PAZ (71 28), utilizando-se das estradas existentes. Na Z Reu,
ficará ECD iniciar os Rec de 2º Esc no início da jornada de D-1.

Ocupará Pos na noite de D-1.

O GAC apoiará, com a missão tática Aç Cj-Ref F, o 41º GAC 155 AP.

Acuse estar ciente:


a) ________________________
Cmt do 112º GAC 155 AP

Distribuição: Lista B
Confere: _____________________________
S-3

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

D-1
EB70-MC-10.360

ANEXO E
ARQUIVO DE INTELIGÊNCIA DE COMBATE (EXEMPLO)

ARQUIVO DE INTELIGÊNCIA DE COMBATE

Unidade: 41º GAC Local: Faz São Data: 10 JUN 16 DE: 1200 a 2000
155 AP Januário

INFORMAÇÕES INFORMAÇÕES
TIRO
NR RECEBIDAS EXPEDIDAS
DE A
De Nr D
ORD Ho Informa Ob Exe Efe Rl Hor qu Inform
qu Ex e
EM ra ção s c ito oc a ém ação
em ec (1
(1) (2) (4) (6) (7) (8) (9) (10) (11 (13)
(3) (5) 2)
)
Assinala
Gp
da
Ob 41º 30 74 41ª desloca
posição AB
15 GAC % 10 160 Bda r-se-á
1 s Mrt 10 -
155 baix 06 0 Inf
S2
Rg
00 Região 1
Ae AP a 16 Bld Coor
Coor
(75-08)
(74-06)

OBSERVAÇÕES: Instruções para o preenchimento do Arquivo de


Inteligência de Combate

(1) Número de ordem: numeração contínua das mensagens recebidas e


expedidas pelo S-2 num período, geralmente, de vinte e quatro horas.
(2) Hora: horário de recebimento da mensagem.
(3) De quem: órgão que enviou a mensagem.
(4) Informação: resumo do conteúdo da mensagem, caso seja escrita; se
verbal ou telefônica, registra na íntegra.
(5) Número da Concentração: número de concentração atribuída ao alvo, se
for o caso.
E-1
EB70-MC-10.360

(6) Observação: meio de observação utilizado na condução do tiro.


(7) Execução: unidade que cumpriu a missão de tiro.
(8) Efeito: são descritos os danos e baixas causados no cumprimento da
missão.
(9) Relocação: elemento de relocação do alvo.
(10) Hora: horário de expedição da mensagem.
(11) A Quem: a que órgão foi enviada a mensagem.
(12) De: quem enviou a mensagem.
(13) Informação: resumo do conteúdo da mensagem.

E-2
EB70-MC-10.360

ANEXO F
CADERNO DE TRABALHO DO S-2 (EXEMPLO)

FOLHA DE TRABALHO DO S-2

RESUMO
DATA-
Nr DO DIÁRIO ORIGEM DO ÍNDICE
HORA
(1) (3) INFORME (5)
(2)
(4)

1 251500 Obs Ae Assinalada 1. TROPA EM CONTATO


ABR posição Mrt 2. RESERVAS E REFORÇOS
17 região
coordenadas 3. TRABALHOS DEFENSIVOS
(74-06) 4. PC E PO
5. APOIO DE FOGO
6. BLINDADOS
7. FORÇA AÉREA
8. INSTALAÇÕES DE
SERVIÇO
9. NOVOS PROCESSOS DE
COMBATE, ARMAS E Eqp
10. RECONHECIMENTOS
11. ATIVIDADES
IMPORTANTES RECENTES E
ATUAIS
12. DIVERSOS
OBSERVAÇÕES: Instruções para o preenchimento da Folha de Trabalho
do S-2

(1) NÚMERO DO DIÁRIO – Coloca-se o número correspondente ao


diário, que no escalão Grupo é comum a todas as seções. A partir do
escalão AD, já aparece o diário da 2ª Seção.
(2) DATA-HORA – Grupo data-hora do informe.
(3) ORIGEM – Órgão de busca ou fonte que prestou o informe.
(4) RESUMO DO INFORME – Resumo do conteúdo do informe.
(5) ÍNDICE – Índice na margem direita do documento, relativo aos
vários informes que chegam ao S-2.

F-1
EB70-MC-10.360

ANEXO G
LISTA DE ALVOS - 2ª SEÇÃO (EXEMPLO)

LISTA DE ALVOS

Nr DESCRIÇÃO COORDENADAS Alti FONTES PRECISÃO


(1) (2) (3) (4) (5) (6) Obs

1 Morteiro 7400-0600 - Obs Ae 100m -

OBSERVAÇÕES: Instruções para o preenchimento da Lista de Alvos

(1) NÚMERO – Numeração seguida dos alvos.


(2) DESCRIÇÃO – Descrição sucinta da natureza do alvo.
(3) COORDENADAS – Coordenadas decamétricas ou métricas do alvo.
(4) ALTITUDE – Altitude do alvo em metros.
(5) FONTES – São mencionadas todas as fontes que localizaram o alvo.
(6) PRECISÃO – Precisão, em metros, da fonte que transmitiu o informe.

G-1
EB70-MC-10.360

ANEXO H
CALCO DE ALVOS – 2ª SEÇÃO (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Exemplar nº 6/20 CÓPIAS


41º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO
280400 Jun 16
TO-42

CALCO DE ALVOS (2ª SEÇÃO)


Rfr: Crt RS (Mosaico), Esc 1:50.000

42

27 AB
28 1032 101
Obs
Ae

27 1348 AB 102

27 AB
1450 103
Loc Rdr
PO 1

16

Acuse estar ciente: 50


Distribuição: Lista A

Confere: ________________
S-2

a)______________________
Cmt 41º GAC 155 AP

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

H-1
EB70-MC-10.360

ANEXO I
RELATÓRIO DE BOMBARDEIO (EXEMPLO)

I-1
EB70-MC-10.360

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO RELATÓRIO DE


BOMBARDEIO

1) Informe de/hora – órgão que fez a comunicação, empregando o seu


codinome, bem como o horário em que foi transmitida a mensagem.

(2) Localização – nessa designação deve, de preferência, ser utilizada uma


carta e colocada em código por meio de tela-código, normógrafo de designação
de pontos, linha-código ou outro meio equivalente. A localização do observador
é imprescindível para a locação do lançamento da coluna (3) do relatório.

(3) Lançamento Som-Cratera – o observador deve mencionar se a direção está


definida por lançamento ou azimute magnético, como foi determinada (se pelo
som ou cratera) e, ainda, a unidade angular usada. Considera-se, para a
direção, o sentido observador-arma.

(4) Hora de Início e Término – as horas de início e término do bombardeio


terrestre ou aéreo devem ser comunicadas com precisão.

(5) Área Bombardeada – deve, de preferência, ser identificada em texto claro e


por designação na carta. Da precisão do bombardeio, poder-se-á deduzir se o
inimigo emprega OA, fotografias, dados de cartas etc.

(6) Quantidade e Tipo de Armamento – a quantidade de peças pode ser


avaliada pelo intervalo de tempo entre os arrebentamentos ou pela frequência
com que eles se realizam em determinado número de segundos. O calibre do
projétil e o tempo necessário ao seu carregamento devem ser levados em
conta. A identificação de estilhaços é um processo para se determinar o calibre
e, algumas vezes, o tipo do projétil. O calibre pode ser estimado em leve (L),
médio (Me), pesado (P) e muito pesado (MP).

(7) Classificação do Tiro – a classificação do tiro de Artilharia especificada


nesta coluna será de acordo com o efeito procurado, ou seja: regulação (Regl),
neutralização (Ntz), destruição (Dest), interdição (Itd), inquietação (lnqt) e tiros
especiais (Tir Esp). Omitido no caso de bombardeio aéreo.

(8) Quantidade e Tipo de Munição – esclarece a quantidade e tipo do projétil.

(9) Efeito – são descritos os danos e as baixas causados por fogos de armas
inimigas. Tal informação é feita em linguagem ostensiva ou codificada, de
acordo com a situação. Em alguns casos, pode ser necessário transmitir
danos, separadamente, e em mensagens com precedência urgentíssima.

(10) Informe de/hora – órgão de origem e a hora em que a mensagem foi


transmitida

I-2
EB70-MC-10.360

(11) Coordenadas/Precisão – inscrevem-se, nessa coluna, as coordenadas


relativas à localização das armas e a precisão com que foram determinadas.

(12) Meio Utilizado – órgão de busca que efetuou a localização.

(13) Hora da Atividade – o tempo em que a arma esteve em atividade, caso


não coincida com a do dia de elaboração do relatório.

(14) Quantidade e Tipo de Armamento – aplicam-se as mesmas observações


feitas para a coluna 6.

(15) Observações – constam, nessa coluna, informes adicionais relativos ao


assunto do relatório, como: observação na construção de um espaldão, efeitos
dos fogos, linha de viaturas etc.

(16) 3ª Parte: Execução do Tiro – a transmissão dessa parte é feita utilizando


as expressões contidas nas colunas do formulário, seguidas das informações
devidas. Exemplo: Missão 13.05 - Executada pelo GAC - Munição Projétil Q5
Expl E ltt - Efeito 2 Mrt Dest 40% Bx.

I-3
EB70-MC-10.360
APÊNDICE 1 AO ANEXO I
MODELO DE MENSAGENS DE RELATÓRIOS DE BOMBARDEIO

MENSAGEM DE OBSERVADORES E ANÁLISE DE CRATERAS

Do: E-2/51ª Bda Inf Mec RB Nr: 01


- ALFA - JACARÉ 2
- BRAVO - D-1/1620
- CHARLIE - -x-
- DELTA - 1680 - Crat
- ECHO - 1605 – 1610
- FOXTROT - 6594 – 0525
- GOLF - ?/ Me
- HOTEL - Interdição
- ÍNDIA - 12 Expl
- JULIET - -x-
- LIMA - -x-

MENSAGEM DE OUTRAS FONTES

Do: 1ª/9º GBA RB Nr: 02


- MIKE - SAPO 2
- NOVEMBER D-1/1614
- OSCAR - 7136 - 0866 - Prcs 100m
- PAPA - Radar
- QUEBEC - 1603 a 1608
- ROMEL - 4/Ob/P
- SIERRA - -x-

MENSAGEM DE EXECUÇÃO DO TIRO

Do: S-3/ 172º GAC AP RB Nr: 03


- TANGO - 001
- UNIFORME - 172º GAC
- VICTOR - Q1 – Ilm – ET
- X-RAY - Bateria de Obuses Leves

AP1 I-1
EB70-MC-10.360
ANEXO J
CALCO DE OBSERVAÇÃO (EXEMPLO)

42

27

00

1
3
53

J-1
EB70-MC-10.360
ANEXO K
PLANO DE OBSERVAÇÃO (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Exemplar nº 5/20 CÓPIAS


41º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO
251400 Jul16
ME-96

PLANO DE OBSERVAÇÃO
Rfr: Crt PE (Mosaico), Esc 1:25.000
42

27

3
I
1
41
41 Inf X
X Inf II 411 Bld
Bld = 412

LP/LC
LP/LC

41
3
X 41 2 1
Inf X
Inf Bld
Bld 411 = 412

Observação Aérea: Vigiar Áreas I e II

Acuse estar ciente:


Distribuição: Lista A

Confere: ________________
S-2
a)______________________
Cmt 41º GAC 155 AP

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

K-1
EB70-MC-10.360
ANEXO L
QUADRO DE EMPREGO DE VETORES AÉREOS (EXEMPLO)

QUADRO DE EMPREGO DE VETORES AÉREOS

Para o período de 171200 JUN 19 a 181200 JUN 19

Horário de Condições
Relatório
Vetor Voo Missão Rota Técnicas
(6)
(1) (2) (3) (4) (5)
Das Às Vel Alti Hora Local
Conferência
Vig Em Logo
150 600 na C Tir,
1 1200 1300 Aérea paralelo que
Km/h pés após a
I e II à LC obtida
missão

(1) Vetor – designação dos vetores aéreos colocados à disposição do GAC.


(2) Horário de Voo – horário de decolagem e aterrisagem do vetor aéreo.
(3) Missão – missão a ser cumprida pelo vetor aéreo.
(4) Rota – tipo de rota a ser seguida pelo vetor aéreo.
(5) Condições técnicas – velocidade e altitude do voo.
(6) Relatório – horário e local de apresentação do relatório sobre o voo
realizado.
Observação: usar este quadro para o voo dos helicópteros de observação,
quando disponíveis.

L-1
EB70-MC-10.360
ANEXO M
INSTRUÇÕES DE VOO (EXEMPLO)

INSTRUÇÕES DE VOO

I – MISSÃO

Quando alternada: Vigia áreas I, II e III.


Quando simultânea: Vigia áreas I e II.

II – HORÁRIO
De: 241200 Out 16
A: 251115 Out 16
SARP 1

Ligações Relatório
Dia Painéis Indicativos Obs
Das Às Canal Hora Local
PB PC Ter Anv
1200 1300 Quando
24
1400 1500 NGA NGA obtidos os
CÉREBRO

Out Como dados.


BALÃO

1700 1800 Det


C Tir (1)
0600 0750 pelo Conferência
25 S3 após cada
0815 0915 NGA NGA
Out missão.
1015 1115
Observações:
(1) Missão simultânea de 250600 Out a 250750 Out
III – PRESCRIÇÕES
- Linha que não deve ultrapassar: LC
- Altitude de voo (em pés): 600 pés / ...
- Linha de contato: identificar na carta de situação
- Localização de ponto (PV e AA): instruções pessoais
- Rota em “8” paralela a LC

OBSERVAÇÃO:
Usar este quadro para regular o voo dos helicópteros de Obs, quando disponíveis.

M-1
EB70-MC-10.360
ANEXO N
CALCO DE LOCAÇÕES SUSPEITAS (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Exemplar nº 5/20 CÓPIAS


42º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO
251600Jan16
WL-15

CALCO DE LOCAÇÕES SUSPEITAS


Rfr: Crt BANANAL (Mosaico), Esc 1:25.000 Fl S/SE

42
25 1605 BF 105

27 25 1637 BF 107
Obs Ae
4/105/Ob

Loc Som
?/P CRATERA

25 1548 BF 103

Loc Som
4/L 50
CRATERA

Acuse estar ciente: 53

a)______________________
Cmt 42º GAC 155 AP

Distribuição: Lista A

Confere: ________________
S-2

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

N-1
EB70-MC-10.360
ANEXO O
CALCO DE RELATÓRIO DE BOMBARDEIO (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Exemplar nº 5/20 CÓPIAS


42º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO
251600Jan16
WL-16

CALCO RELATÓRIO DE BOMBARDEIO


Rfr: Crt BANANAL (Mosaico), Esc 1:25.000 Fl S/SE

42

28
Nr 7

4/?
241840-241845

Nr 11
4/P
241950-242010

50

Acuse estar ciente: 54

a)______________________
Cmt 42º GAC 155 AP

Distribuição: Lista A

Confere: ________________
S-2
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

O-1
EB70-MC-10.360
ANEXO P
ARQUIVO HISTÓRICO (EXEMPLO)

ARQUIVO HISTÓRICO

Ficha de: Obus Quadrícula: 72-04


Designação: BF – 106

EXECUÇÃO DO TIRO PELO


INFORMES E LOCALIZAÇÃO PELO S-2
S-3
Qt
Dat Dat O Ex Nr
Al Meio de
Referê Co Descr Preci ae ae bs ec Co Efei
ti utiliz M
ncia or ição são Hor Hor po por m to
(3 ado un
(1) (2) (4) (5) a a r (10 (1 (13)
) (6) (1
(7) (8) (9) ) 1)
2)
1ª/
724 51º BF 40
4 P 30
00 ?/L/O SAR 250 251 GA - %
RB 4 9 150 O Ex
043 b P 910 000 C 10 bai
0 1 pl
00 155 6 xas
AP

OBSERVAÇÕES:

Instruções para o preenchimento do Arquivo Histórico

(1) Referência: documento que deu origem à confecção do arquivo.


(2) Coordenada: registra-se a coordenada correspondente à localização da
arma inimiga.
(3) Altitude: registra-se a altitude correspondente à localização da arma
inimiga
(4) Descrição: dados retirados da coluna (6) ou (15) do formulário do
relatório de bombardeio.

P-1
EB70-MC-10.360

(5) Precisão: precisão, em metros, da fonte que transmitiu o informe.


(6) Meio Utilizado: órgão de busca que efetuou a localização.
(7) Data e Hora: data e hora em que a arma esteve em atividade pela última
vez ou foi localizada.
(8) Data e Hora: data e hora em que foi cumprida a missão de tiro sobre a
posição.
(9) Observado por: meio de observação utilizado na condução do tiro.
(10) Executado por: unidade que cumpriu a missão de tiro.
(11) Número da Com: número da concentração atribuída ao alvo.
(12) Quantidade de Munição: quantidade de munição utilizada na missão.
(13) Efeito: são descritos os danos e baixas causados no cumprimento da
missão.

P-2
EB70-MC-10.360
ANEXO Q
LISTA DE ARMAS INIMIGAS (EXEMPLO)

(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr ___ de ___ cópias


51º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO (24-38)
D+3/1800

LISTA DE ARMAS INIMIGAS


Esta lista substitui as listas de armas distribuídas anteriormente por este
comando.

a) CONFIRMADOS
Nr da
Quadrícula Coordenadas Alti Prcs Descrição Fonte Rfr
Con
(1) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
(2)
68-05 BF-102 68050-05100 400 50 ?/Me LR RB 2
69-05 BF-107 69540-05870 580 50 ?/P Cratera RB 7
RB 8
69-05 BF-107 69540-05870 580 50 ?/P Som
e 10

b) SUSPEITOS
Nr da
Quadrícula Coordenadas Alti Prcs Descrição Fonte Rfr
Con
(1) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
(2)
RB 7
69-05 BF-107 6954-0587 580 50 ?/P Cratera
e8

a) ________________________
Cmt 51º GAC 155 AP
Acuse estar ciente

Distribuição: Lista A

Confere:
__________________
S-2/ 51º GAC 155 AP
(Classificação Sigilosa)

Q-1
EB70-MC-10.360

OBSERVAÇÕES:
Informações para o preenchimento da Lista de Armas Inimigas
(1) Quadrícula: inscrevem-se nessa coluna as coordenadas da quadrícula onde
está localizada a arma inimiga.
(2) Número da Concentração: número da concentração do alvo.
(3) Coordenadas: decamétricas ou métricas da posição da arma inimiga.
(4) Altitude: em metros, correspondente à localização da arma inimiga.
(5) Precisão: em metros, da fonte que transmitiu o informe.
(6) Descrição: dados retirados da coluna (6) ou (15) do formulário do relatório
de bombardeio.
(7) Fonte: são colocadas todas as fontes que localizaram a arma inimiga.
(8) Referência: documento que deu origem ao registro da posição na lista de
armas inimigas.

Q-2
EB70-MC-10.360

ANEXO R
PARTE ESCRITA DO PFA (EXEMPLO)

(Classificação Sigilosa)

EXEMPLAR Nr ___ de ___ cópias


42ª Bda C Bld
Faz SÃO JANUÁRIO (24-38)
D-6/0600

Apêndice 1 (Plano de Fogos de Artilharia) ao Anexo D (PAF) à O OP SISSON


Rfr: Crt R. Sul do Brasil – Esc 1:50.000 – MOSAICO LAPA. (Crt PORTO
AMAZONAS; CONTENDA; LAPA; FAXINAL DOS CASTILHOS)

1. PREPARAÇÃO
O 42º GAC AP participará de uma contrapreparação de D/0622 às D/0642.

2. MUNIÇÃO DISPONÍVEL
105 mm
1º Dia da Defensiva 120 TPA
Demais 60 TPA/dia
Contrapreparação 35 TPA

3. PRIORIDADE DE FOGOS
a. Até o início da Contraofensiva: para a FT 412º BIB.
b. Durante a Contraofensiva: Mdt O, para a FT 411º BIB.

4. NORMAS DE FOGOS
a. Semiativa: até D/0622.
- Só podem ser batidos os morteiros e Artilharia confirmados que estejam
causando baixas.
b. Ativa: após D/0622.

- A partir do desencadeamento da Contrapreparação.

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
R-1
EB70-MC-10.360

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)
5. CRITÉRIOS
a. Confirmados:
- Localização oriundas de radar, localização pelo Som ou SARP.
- Interseção de 3 (três) ou mais direções resultantes de observação pelo
clarão ou análise de cratera.
- Outras fontes que forneçam coordenadas desde que associadas à locação
oriunda de uma análise de cratera ou clarão.

b. Suspeitos:
- Localizações oriundas de qualquer fonte que forneçam coordenadas
(exceto radar e som).
- Localizações resultantes da interseção de 2 (duas) direções, advindas de 1
(uma) observação pelo clarão, associada a 1 (uma) análise de cratera.
- Depoimento de prisioneiro de guerra.

6. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO
- LSAA está indicada no Adendo B ao presente Plano. Qualquer mudança
deverá ser disseminada imediatamente.
- Sinal de suspensão de fogo: foguete de 3 (três) estrelas verdes.

Acuse estar ciente

a) ________________________________
Cmt 42ª Bda Inf Bld

Adendos:
A – Lista de Alvos
B – Calco de Alvos
C – Tabela de Apoio de Fogo

Distribuição: Lista A

Confere:
_________________________
E-3/ 42ª Bda Inf Bld

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

R-2
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Adendo A (Lista de Alvos Nr 1) ao Apd 2 (PFA) ao Anexo C (PAF) à O Op Nr 1 da 41ª Bda Inf Bld

Fl 01 de ____

Des Font
Li Nr Localizaç m Gp
criçã Alti Dimensão Lanç e Observações H1A (1
nh Alvo ão ou Prep (1 (10)
o (4) (5) (6) Prcs (8) (10) 0)
a (1) (3) ‘’’ 0)
(2) (7)
(9)
1 HA P 73200- 30 100 120 A horário X
100 Def 56200
2 HA Z 75400- 20 200 200 A pedido
101 Reu 57300
3 - Sus
- - - - - - - -
peit
a
4 HA P 73800- 20 - - A pedido
ANEXO S

103 Rfr 58200


- - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

11 HA PO 73700- 30 30 80 A horário, Fum, X X


200 55800 WP, H1A
LISTA DE ALVOS DO PFA (EXEMPLO)

12 HA AA 74000- 30 100 120 A horário H1A X X


201 55700
- - - - - - - - - - -

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

S-1
EB70-MC-10.360
EB70-MC-10.360

S.1 A LISTA DE ALVOS DE PLANO DE FOGOS DE ARTILHARIA

S.1.1 É uma compilação das concentrações planejadas para apoiar uma


operação, devendo fornecer as informações abaixo, a respeito de cada alvo.

S.1.2 ORIENTAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO

S.1.2.1 As orientações doravante apresentadas seguirão a legenda constante


do cabeçalho da tabela exemplo apresentada neste anexo.
(1) Numeração do alvo, de acordo com as NGA para designação de alvos.
(2) Descrição do alvo, como por exemplo: PO, PC, Z Reu.
(3) Localização, por coordenadas retangulares aproximadas para 10 m.
(4) Altitude do alvo, em metros.
(5) Dimensões do alvo, em metros.
(a) Alvo ponto: nenhuma dimensão é dada.
(b) Alvo linear: apenas é dada a largura.
(c) Alvo retangular: são dadas a largura e a profundidade do alvo.
(d) Alvo circular: é dada a medida do raio, pois as coordenadas do centro
são dadas na localização do alvo.
(6) Lançamento, para alvos lineares e retangulares, sendo que, para os
últimos, é dado o lançamento da maior dimensão.
(7) Fonte e/ou precisão do alvo, caso seja necessário.
(8) Observações, no espaço reservado para informações adicionais sobre
os alvos.
(9) Se forem usadas unidades diferentes de metros e milésimos, deve ser
feita a devida observação no local conveniente.
(10) As cinco últimas colunas da lista de alvos são reservadas para indicar
os alvos que devem ser incluídos nas tabelas de apoio de fogo de Artilharia,
tais como alvos da preparação ou de um grupo de concentrações.

S-2
EB70-MC-10.360

ANEXO T
CALCO DE ALVOS DO PFA (EXEMPLO)

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Exemplar nº 6/20 CÓPIAS


41º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO
141400 Set 16
SD-75

Adendo B (Clc Alvos Nr 1) ao Apd 2 (PFA) ao An C (PAF)


à O Op Nr 1 da 41ª Bda Inf Bld
Rfr: Crt SP (Mosaico), Esc 1:50.000

72

58 LSAA 1 LSAA 1
160600 Set 16 160600 Set 16

HA 101
11 12 HA 103
X
X
41 X 51
Inf Inf
HA 100
Bld Mec

411 412

=
HA 200
HA 201

H1A LP/LC
LP/LC

50

Acuse estar ciente: 78


Distribuição: Lista A

Confere: ________________
S-2
a)______________________
Cmt 41º GAC 155 AP

T-1
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

TABELA DE APOIO DE FOGO

Adendo C (Tab Ap F de Art) ao Apd 2 (PFA) ao An C (PAF) à O Op Nr 1 da 41ª Bda Inf Bld

FOGOS DA _______________________ PREPARAÇÃO

Fl _______ de ________
L
i ALVOS A HORÁRIO
U Observa
n T ções
h -20 -18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -2 H
a
HA 001 HA 003 HA 212 HA 002 HA 003
1/ (a) HNA:
1 ←---→ ←---→ ←---→ ←---→ ←---→
41 H -20
(a) 42 18 18 18 18

HA 009 HA 004 HA 005 HA 012 HA 321


2/
2 ←---→ ←---→ ←---→ ←---→ ←---→
41
18 18 24 24 24
ANEXO U

HA 210 HA 004 HA 211 HA 012 HA 214


3/
3 ←---→ ←---→ ←---→ ←---→ ←---→
41
18 18 18 24 42

HA 006 HA 004 HA 222 HA 312 HA 326


4/
4 ←---→ ←----------------→ ←---→ ←---→ ←---→
41
18 42 24 24 18

1/ HA 223 HA 320 HA 222 HA 320 HA 324


5 17 ←---→ ←---→ ←---→ ←---→ ←---→
2 24 24 24 18 18
TABELA DE APOIO DE FOGO DE ARTILHARIA (EXEMPLO)

2/ HA 320
6 17 ←----------------→
2 42

U-1
EB70-MC-10.360

C
L
A
S
EB70-MC-10.360

ANEXO V
PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA NA MARCHA PARA O
COMBATE (EXEMPLO)

V-1
EB70-MC-10.360

ANEXO W
CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NO ATAQUE COORDENADO
(EXEMPLO)

W.1 EXEMPLO DE CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NO ATAQUE


COORDENADO

(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

Exemplar nº 3/20 CÓPIAS


41º GAC 155 AP
Faz SÃO JANUÁRIO
151100 Jul 16
CB-66

Anexo B (Clc Op) à O Op Nr 1


Rfr: Crt PR (Mosaico), Esc 1:50.000

Acuse estar ciente:


Distribuição: Lista A

Confere: ________________
S-3
a)______________________
Cmt 41º GAC 155 AP
(CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA)

W-1
EB70-MC-10.360

W.2 O CONTEÚDO DO CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NO ATAQUE

W.2.1 CABEÇALHO E FECHO


- Seguem as mesmas normas do cabeçalho e fecho da O Op.

W.2.2 CONTEÚDO

W.2.2.1 Em princípio, registrar no calco todas as ordens e informações


possíveis de serem representadas graficamente.

W.2.2.1.1 Elementos relativos à tropa apoiada:


a) limites e pontos de limites;
b) limites entre os elementos em primeiro escalão;
c) linha de partida;
d) objetivos;
e) PC inicial e sucessivos da tropa apoiada e dos elementos em primeiro
escalão;
f) zona de reunião e PC da reserva; e
g) linhas de controle.

W.2.2.1.2 Elementos do GAC:


a) setor de possibilidade de tiro do GAC;
b) MCAF determinadas pelo GAC e as determinadas pelos escalões
superiores, já conhecidas;
c) localização dos PO inicial e de manobra;
d) PC inicial e de manobra; e
e) áreas de desdobramento (provisória, inicial e manobra).

W.2.2.1.3 Outros elementos:


a) área de posição inicial e de manobra de unidades de Artilharia em reforço de
fogos, se necessário; e
b) a amarração do calco por meridianos e paralelos; caso não existam, por
acidentes característicos do terreno facilmente identificáveis.

W-2
EB70-MC-10.360

ANEXO X
PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA NO APROVEITAMENTO DO
ÊXITO (EXEMPLO)

X-1
EB70-MC-10.360

ANEXO Y
PLANO DE EMPREGO DA ARTILHARIA NO MOVIMENTO
RETRÓGRADO (EXEMPLO)

Y-1
EB70-MC-10.360

ANEXO Z
CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NA DEFESA EM POSIÇÃO
(EXMPLO)

Z1. EXEMPLO DE CALCO DE DE OPERAÇÕES DO GAC NA ÁREA DE


SEGURANÇA

Z-1
EB70-MC-10.360

Z2. EXEMPLO DE CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NA ÁREA DE


DEFESA AVANÇADA

Z-2
EB70-MC-10.360

Z.3 O CONTEÚDO DO CALCO DE OPERAÇÕES DO GAC NA DEFESA

Z.3.1 CABEÇALHO E FECHO


- Seguem as mesmas normas do cabeçalho e fecho da O Op.

Z.3.2 CONTEÚDO

Z.3.2.1 Em princípio, registrar no calco todas as ordens e informações


possíveis de serem representadas graficamente.

Z.3.2.1.1 Elementos relativos à tropa apoiada:


a) limites e pontos de limites;
b) limites entre os elementos em primeiro escalão;
c) LAADA;
d) núcleos de defesa;
e) PC inicial e sucessivos da tropa apoiada e dos elementos em primeiro
escalão;
f) zona de reunião e PC da reserva;
g) núcleos de aprofundamento;
h) linhas de controle; e
i) pontos limites do limite anterior da área de defesa avançada e dos postos
avançados de combate.

Z.3.2.1.2 Elementos do GAC:


a) setor de possibilidade de tiro do GAC;
b) MCAF determinadas pelo GAC e as determinadas pelos escalões
superiores, já conhecidas;
c) localização dos PO inicial e de manobra;
d) PC inicial e de manobra; e
e) áreas de desdobramento (provisória, inicial e manobra).

Z.3.2.1.3 Outros elementos:


a) área de posição inicial e de manobra de unidades de Artilharia em reforço de
fogos, se necessário; e
b) a amarração do calco por meridianos e paralelos; caso não existam, por
acidentes característicos do terreno facilmente identificáveis.

Z-3
EB70-MC-10.360

REFERÊNCIAS

BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Fogos. EB70-MC-


10.238. 1. ed. Brasília, DF: COTER, 2015.
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Operações. EB70-MC-
10.223. 5. ed. Brasília, DF: COTER, 2017.
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Operações Ofensivas
e Defensivas. EB70-MC-10.202. 1. ed. Brasília, DF: COTER, 2017.
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Planejamento e
Coordenação de Fogos. EB70-MC-10.346. 1. ed. Brasília, DF: COTER, 2018.
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Artilharia de
Campanha nas Operações. EB70-MC-10.224. 1. ed. Brasília, DF: COTER,
2019.
BRASIL. Exército. Comando de Operações Terrestres. Processo de
Planejamento e Condução das Operações Terrestres. EB70-MC-10.211. 2.
ed. Brasília, DF: COTER, 2020.
BRASIL. Exército. Estado-Maior. Manual de Abreviaturas, Símbolos e
Convenções Cartográficas. C 21-30. 4. ed. Brasília, DF: Estado-Maior do
Exército, 2002.
BRASIL. Exército. Estado-Maior. Glossário de Termos e Expressões para
uso no Exército. C 20-1. 4. ed. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2009.
BRASIL. Exército. Estado-Maior. Instruções Gerais para as Publicações
Padronizadas do Exército. EB10-IG-01.002. Brasília, DF: Estado-Maior do
Exército, 2011.
BRASIL. Exército. Estado-Maior. Doutrina Militar Terrestre. EB20-MF-10.102.
Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2019.
BRASIL. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas. MD35-G-01.
5. ed. Brasília, DF: Ministério da Defesa, 2015.
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO
Brasília, DF, 4 de setembro de 2020
www.cdoutex.eb.mil.br

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO
Brasília, DF, ___ de dezembro de 2017

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