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Treinamento Funcional para Surfistas

1. O documento discute a periodização do treinamento funcional aplicada à qualidade de vida e surf. 2. Inclui introdução, avaliações físicas, capacidades importantes para o surf, e uma proposta de periodização do treinamento. 3. As avaliações incluem anamnese clínica, composição corporal, avaliação funcional do movimento, flexibilidade, capacidade coordenativa, força dinâmica, força estática e teste aeróbio.

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1. O documento discute a periodização do treinamento funcional aplicada à qualidade de vida e surf. 2. Inclui introdução, avaliações físicas, capacidades importantes para o surf, e uma proposta de periodização do treinamento. 3. As avaliações incluem anamnese clínica, composição corporal, avaliação funcional do movimento, flexibilidade, capacidade coordenativa, força dinâmica, força estática e teste aeróbio.

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UNIVERSIDADE GAMA FILHO

Alberto Rodrigues Previdele


Daniel Lopes Garrido
Danusa Regina Alves da Silva
Liliane Heloisa Martins Guimarães Bortoleto
Rosemary Gargel
Vando Fernandes de Queiroz

PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO FUNCIONAL APLICADA A QUALIDADE DE


VIDA/SURF

SÃO PAULO
2012
1

Alberto Rodrigues Previdele


Daniel Lopes Garrido
Danusa Regina Alves da Silva
Liliane Heloisa Martins Guimarães Bortoleto
Rosemary Gargel
Vando Fernandes de Queiroz

PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO FUNCIONAL APLICADA A QUALIDADE DE


VIDA/SURF

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à


Faculdade de Educação da Universidade Gama
Filho como requisito do Curso de Pós-graduação
lato sensu Treinamento Funcional.

Orientadores: Professor Ms. Alexandre Evangelista

SÃO PAULO
2012
2

ANEXO

FIGURAS E TABELAS

Figura 1. Agachamento Profundo .........................................................................27

Figura 2. Passo por cima da barreira ....................................................................27

Figura 3. Avanço em linha ...................................................................................27

Figura 4. Mobilidade de ombros ..........................................................................27

Figura 5. Elevação da perna estendida ................................................................27

Figura 6. Flexão de braços com tronco estável ...................................................27

Figura 7. Estabilidade de rotação .........................................................................28

Figura 8. Flexitest ..................................................................................................28

Figura 9. Teste Bumerangue ................................................................................30

Figura 10. Percurso Vieniense ..............................................................................30

Figura 11. Flexão de Braço ..................................................................................31

Figura 12. Flexão de Tronco .................................................................................31

Figura 13. Teste de força estática – posição inicial ..............................................32

Figura 14. Teste de força estática – elevação braço direito .................................32

Figura 15. Teste de força estática – elevação braço esquerdo ...........................32

Figura 16. Teste de força estática – elevação perna direita ................................32

Figura 17. Teste de força estática – elevação perna esquerda ..........................32

Figura 18. Teste de força estática – elevação braço direito e perna esquerda ...32

Figura 19. Teste de força estática – elevação braço esquerdo e perna direita ...32

Figura 20. Teste de força estática – retorno a posição inicial ..............................32

Figura 21. Remada curvada na borracha .............................................................33

Figura 22. Ponte inversa na bola ..........................................................................33


3

Figura 23. Simulação de subida na prancha ........................................................33

Figura 24. Simulação de subida na prancha com salto ........................................33

Figura 25. Agachamento sobre prancha instável .................................................33

Figura 26. Salta, agacha e estende as pernas. ....................................................34

Figura 27. Remada decúbito ventral na bola com borracha .................................34

Figura 28. Rotação de tronco com afundo frontal no bossu .................................34

Figura 29. Simulação de subida na bola bi-lateral ................................................34

Tabela 1. Tabela de Pontuação FMS ....................................................................28

Tabela 2. Tabela do Flexitest ...............................................................................29

Tabela 3. Classificação teste flexão de braço ......................................................31

Tabela 4. Classificação teste flexão de tronco ......................................................31

Tabela 5. Pontuação do Teste de força estática ...................................................32


4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................05

1.1 Perfil do cliente ..............................................................................................08

2. AVALIAÇÕES ..................................................................................................09

2.1 Anamnese Clínica ..........................................................................................09

2.2 Composição Corporal ..................................................................................09

2.3 Avaliação Funcional do Movimento ............................................................09

2.4 Flexibilidade ...................................................................................................11

2.5 Capacidade Coordenativa .............................................................................12

2.6 Força Dinâmica ..............................................................................................12

2.7 Força Estática ................................................................................................13

2.8 Potência Aeróbia – Teste de Cooper 12 minutos .......................................14

3 – PERIODIZAÇÃO .............................................................................................16

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................24

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................25

ANEXOS................................................................................................................. 27
5

1 . INTRODUÇÃO

Com passagens pela Europa antes de se disseminar pelo mundo, o surf até
então era praticado nas ilhas do Hawaii, como religião e por todos os sexos
(FINNEY, 1994). Através de um nadador medalhista olímpico, que por onde passava
disseminava a pratica do surf, surfado na época em pranchas de madeira. Segundo
GRIJÓ (2004), em Santos/SP, foi onde se iniciou o Surf no Brasil, onde um jovem
recebeu uma Revista de seu pai onde se mostrava como produzir pranchas, e o
mesmo começou a pratica do surf (DACOSTA, 2006).
Segundo COSTA & SILVA (2000), alguns estudos relatam algumas
habilidades básicas do surf: remada, sentar na prancha, técnicas de passagem da
rebentação (esquimotagem com a prancha e mergulho de pato), apanhar
espumas/apanhar ondas, pôr-se de pé (take-off), arranque em ângulo em frontside e
backside, trimming em frontside e backside, viragem na base da onda em frontside e
backside (Bottom Turn).
De acordo com DANTAS (1986), existem duas qualificações físicas, uma é a
qualidade da forma física, onde são desenvolvidas por meio de treinamento de força
estática, força explosiva, resistência anaeróbia, resistência aeróbica, RML
(Resistência Muscular Localizada) e flexibilidade. A outra são as qualidades da
habilidade motora, onde são qualidades que já nascem com a pessoa, e que podem
ser treinadas, como a coordenação, agilidade, velocidade de reação e de
movimento, equilíbrio dinâmico, estático e recuperado.
Segundo CORREIA (2005), apud VASCONCELOS, (1995), a prática do surf
exige que o desenvolvimento das capacidades de resistência aeróbia para remar,
anaeróbia e força de membros superiores para entrar na onda, velocidade, força de
membros inferiores e agilidade e flexibilidade para realizar manobras.
GOMES (1996) apud MONTEIRO (2011), o treinamento inteligente deve
fundamentar seu trabalho em princípios gerais, de maneira criativa, adaptando a
realidade do cliente. Quando pensamos em treinamento, visualizamos uma melhora
geral do indivíduo com uma resposta ótima dos seus objetivos específicos, a final o
corpo humano tem diversas capacidades físicas a serem desenvolvidas, como força,
flexibilidade, resistência aeróbica, etc. Dessa forma é necessário que haja um
6

planejamento para que se alcancem seus objetivos gerais e específicos,


organizando dentro do treinamento as capacidades físicas com grau de importância.
Segundo SABÁ (1999) apud MONTEIRO (2011) destacou-se a importância
de saber o que está fazendo, para assegurar a continuidade de seu cliente. Um
profissional da atividade física precisa ter um bom conhecimento teórico e prático,
pois o ato de treinar envolve exercícios e estes se aprendem, executam e criam na
prática, vivenciando e entendendo suas peculiaridades. Com o conhecimento teórico
entende-se a eficácia do treino e manipula suas variáveis para alcançar seus
objetivos. Tão importante quanto escolher a hora exata de ministrar tais capacidades
físicas é saber quantificar a carga de trabalho.
De acordo com MONTEIRO (2011), a periodização compreende a divisão da
temporada de treino, com períodos particulares de tempo que abrangem objetivos. É
preciso analisar os objetivos e criar uma estratégia para alcançá-los, primeiro se faz
os pilares, depois a casa. Primeiro desenvolve o corpo como um todo para depois
atingir seus objetivos específicos. É preciso parar de ter a visão de que o treino é
único, com uma única carga, é necessário saber que existe a época do alto e do
baixo.
MATVEEV (1996) apud MONTEIRO (2011) demonstrou que os melhores
resultados vêm sendo obtidos pela organização da carga em forma de ciclos, dessa
forma consegue-se organizar determinado treino, sabendo que estar treinando com
uma carga leve em determinado período é uma preparação para um próximo. Fica
claro que estar em uma fase introdutória, caracteriza a estimulação de várias
capacidades físicas na mesma sessão. Caracterizando a fase de desenvolvimento
específico deve direcionar o treino a um objetivo principal. É o treino inteligente,
programado, com planejamento e argumento do porque estar fazendo este treino
neste período.
O treinamento funcional lincado a periodização é um divisor de águas. O
treinamento funcional auxilia no período de treino da força especial, pois se
desenvolve o trabalho da funcionalidade dos movimentos específicos em relação à
sua atividade no sentido de atingir a melhor performance, com os exercícios
preparatórios gerais, o indivíduo treinado poderá adquirir as capacidades biomotoras
de equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência de maneira
simultânea, por meio de movimentos, tornando a atividade dinâmica e abrangendo
novas experiências ao indivíduo a cada sessão de treino (D’ELIA, 2008).
7

MONTEIRO (2009) apud MICHAELIS (2009), fala que o treinamento


funcional se resume ao conjunto de exercícios com propósitos específicos como
preparo físico a fins de reprodução de habilidades motoras praticadas pelo individuo.
CLARK (2001),descreve o treinamento funcional como movimentos multiplanares,
onde envolve equilíbrio e produção de força, movimentos envolvendo mais de uma
articulação, envolvendo ações de diversos grupos e ações musculares.
De acordo LIPP (2002) a qualidade de vida se dá pelo convívio social, afetivo,
sucesso profissional e a ausência de doenças.
Segundo STEINMAN (2003) apud ROMARIZ et, al,(2011)além da pratica de
atividade física proporcionada pelo surf também favorece o alto grau de contato com
a natureza criando uma sintonia que ajuda num desenvolvimento corpo, mente e
espirito, tornando assim um esporte em potencial para prolongar a qualidade de
vida.
8

1.1 PERFIL DO CLIENTE

Descrição do cliente:
 Idade: 35 anos
 Peso: 80 kg
 Altura: 1,80
 Profissão: Empresário
 Objetivo geral: manutenção de qualidade de vida;
 Objetivo Específico: melhorar o desempenho no surf praticado como hobbie;
 Frequência semanal de treino: 3 vezes na semana
 Volume: 60’.
 Tempo de treinamento: 1 ano e meio de treinamento tradicional.
 Musculação: 1 ano e meio.
 Treinamento Funcional: Iniciante.

Objetivo geral: manutenção de qualidade de vida;

Objetivo específico: melhorar o desempenho no surf praticado como hobbies;


9

2.0 AVALIAÇÕES

Além de uma anamnese completa e análise de composição corporal, o cliente


será analisado em algumas capacidades, sendo elas: capacidade em movimentos
funcionais (FMS), flexibilidade, capacidade coordenativa, força, resistência aeróbia e
anaeróbia. Cada uma será descrita resumidamente, a seguir:

2.1 Anamnese Clínica

A anamnese clínica tem como objetivo conhecer melhor o cliente, criando um


perfil clínico do mesmo. Com questões que abrangem sua rotina e hábitos, suas
atividades, seu histórico clínico e sua aptidão para realizar atividades físicas, bem
como as restrições, como desconfortos e lesões. É através dessa anamneses que
também traçamos um perfil psicológico do cliente, a fim de saber o grau de
motivação a atividade física, alem de uma breve análise da alimentação,
encaminhando-o a um nutricionista, se necessário.

2.2 Composição corporal

Aferida e calculada através da técnica de dobras cutâneas – Equação de 3 e


7 dobras (Jackson e Pollock, 1978)

2.3 Avaliação Funcional do Movimento – FMS (vide Anexo)

Os testes de FMS (do inglês Functional Moviment System – Metodologia


criada pelo Instituto Mauro Guiseline) tem como objetivo graduar os padrões de
movimentos específicos do treinamento funcional e analisar similaridade dos
padrões e posturas de crescimento e desenvolvimento. Observar limitações,
10

precisão dos movimentos articulares, posturas e assimetrias também são objetivos


da realização desse teste, composto pela execução de 7 movimentos. Por ser um
teste com movimentos específicos do tema que norteia o curso de pós-graduação,
optamos por descrevê-los mais detalhadamente. São eles:
Agachamento Profundo (Deep Squat) figura 1(vide anexo) – Este teste é
usado para avaliar a mobilidade funcional bilateral e simétrica dos quadris, joelhos
e tornozelos e é um desafio para a cadeia cinética, quando realizado com a
técnica ideal. Nesse caso, utiliza-se um bastão apoiado acima dos ombros, a fim de
medir a mobilidade bilateral e simétrica dos ombros e da coluna vertebral torácica.
Passo por cima da barreira (Hurdle Step) figura 2 (vide anexo) – Tem o
propósito de avaliar a mecânica do passo durante o movimento de passada em
elevação. Embora nas atividades do dia a dia a passada não seja efetuada nessa
altura, este teste ajuda na avaliação de assimetria e compensações durante os
movimentos em questão, haja vista que requer coordenação motora e estabilidade
dos quadris e da musculatura do core, bem como estabilidade unilateral da perna de
apoio.
Avanço em linha (In Line Lunge) figura 3. (vide anexo) - Este teste tem o
objetivo de avaliar a cadeia cinética durante os movimentos de rotação,
desaceleração e movimentos laterais tanto em atividades físicas como no esporte.
Ele é executado com uma posição inicial em base estreita, porém em abertura de
avanço, e com os ombros em uma posição assimétrica e pra isso, requer uma
estabilidade inicial da pélvis e do core. Sendo assim, esse teste nos dá a
oportunidade de avaliar problemas de mobilidade ou instabilidade durante um
movimento padrão de avanço, além de comparar o lado direito e esquerdo durante
o mesmo.
Mobilidade de ombros (Shoulder Mobility) figura 4 (vide anexo) – Esse teste
avalia a amplitude de movimento dos ombros bilateralmente, combinando rotação
interna com adução e extensão, e rotação externa com abdução e flexão, e exige
mobilidade escapular e extensão torácica adequadas. Ele se torna eficiente pois
utiliza por um todo a capacidade máxima de amplitude do ombro evitando-se então
compensações e, na ausência dessas compensações, se torna fácil de visualizar as
limitações da articulação sendo avaliada.
Elevação da perna extendida (Active Straigth Leg Raise) figura 5 (vide anexo)
– Este teste avalia a mobilidade ativa do quadril flexionado e a estabilidade do core
11

tanto no inicio e no decorrer do movimento como também identifica o grau de


extensão do quadril oposto. Portanto não é somente um teste para avaliar a flexão
do quadril, mas também a capacidade de desassociar os membros inferiores em
postura sem sobrecarga de peso. Durante o crescimento e desenvolvimento este
simples movimento precede praticamente quase todos os movimentos de alto
padrão como também atividades que requerem sobrecarga. Porém, estes se
tornam ausentes na medida em que a flexibilidade dos músculos de multi-
articulações diminuem. Esse teste também avalia a flexibilidade dinâmica dos
posteriores de coxa e gastroc-nêmio/sóleo, mantendo a pelve estável e extensão
ativa da perna oposta.
Flexão de braços com tronco estável (Trunk Stability Push Up) figura 6. (vide
anexo) – Avalia a capacidade de estabilizar a coluna vertebral nos planos anterior e
posterior durante a execução de movimentos de cadeia fechada para membros
superiores. Por realizarmos somente uma repetição, a força do avaliado não entra
em questão. Durante o teste, compensações tais como extensão e rotação na
coluna vertebral são observados com freqüência. Essas compensações indicam
que os músculos agonistas (durante a flexão de braço) iniciam o movimento antes
que os estabilizadores da coluna vertebral entram em ação.
Estabilidade de rotação (Rotary Stability) figura 7. (vide anexo)– Este teste
avalia a estabilidade da pélvis, core e ombros em vários planos durante movimentos
simultâneos dos membros superiores e inferiores. É realizado em posição
quadrúpede, com flexão e extensão de quadris e ombros, a fim de desequilibrar o
avaliado. Esse teste envolve um movimento complexo, que exige não só a
coordenação neuromuscular como também uma transferência de energia entre um
segmento do corpo para outro, através do tronco.
Tabela de pontuação. (vide anexo – tabela 1.)

2.4 Flexibilidade

Para avaliar a flexibilidade do cliente em questão, foi utilizado o Flexiteste


(MONTEIRO & FARINATTI, 1985) (vide anexo). São 8 exercícios realizados de
forma passiva, sendo eles: flexão, extensão e abdução do quadril, flexão e flexão
12

lateral do tronco, extensão + adução posterior do ombro, adução posterior à partir da


abdução de 180° no ombro e extensão posterior do ombro. Cada movimento é
retratado através de uma escala de números inteiros que varia entre 0 e 4, onde a
mais elevada amplitude se dá pelo número 4 e a menor, 0. Os movimentos devem
ser executados, partindo do ponto inicial até o ponto de máxima amplitude, onde o
surgimento de desconforto se inicia ou por limitações estruturais.
Na aferição dos resultados, somente os valores inteiros serão aplicados nas
medidas, se ocorrer de valores intermediários, valerá o menor valor conforme a
tabela normativa. (vide anexo – tabela 2.)

2.5 Capacidade Coordenativa

Na avaliação da coordenação do indivíduo, utilizamos os Testes de Controle


sugeridos por Weineck (Apud Herzberg, 1968) / Weineck Apud Warwitz (1976)
Testes Bumerangue (figura 8.) Percurso Vieniense (figura 9.)
Nesses testes são avaliadas diversas capacidades coordenativas em parte
pelas tarefas impostas pelo teste, em parte pela sequência de movimentos a serem
executados: rotações em diversas direções em torno de um eixo transversal
(rolamento) e longitudinal (saltos com giros) permitem e exigem um bom senso de
orientação espacial e de percepção de próprio movimento. A tarefa seguinte –
equilíbrio sobre uma linha – comprova a manutenção do equilíbrio apesar dos giros
e rolamentos (que consistem em distúrbios para o equilíbrio) e também a
capacidade de antecipação, de avaliação espacial e a distribuição dos movimentos a
serem executados na área disponível. A corrida em oito, o slalom, a combinação de
salto em cruz, os saltos sobre o quadrado e os saltos sobre obstáculos requerem
flexibilidade, habilidade, equilíbrio, talento, além de mobilização proporcional da
força e da velocidade. Conseguir lidar com esta situação é um indício de uma boa
capacidade de equilíbrio, de avaliação espacial e de boa interação com o meio.

2.6 Força Dinâmica


13

Dar-se-ão através de dois testes, ambos sugeridos por Pollock e Wilmare


(1993).
Teste de Flexão de Braços (figura 10.) – O avaliado deverá realizar o máximo
de repetições desse movimento em um minuto. O resultado é comparado em uma
tabela que relaciona o numero de repetições e a idade. Tabela de classificação (vide
anexo – tabela 3.)
Teste de Flexão de Tronco (abdominais) (figura 11.) – Igual ao teste anterior,
porém com o movimento de abdominal. Para a comparação,, também existe uma
tabela, que relaciona os mesmos fatores. Tabela de classificação (vide anexo –
tabela 4.)

2.7 Força Estática

O objetivo da força muscular Core & Teste de Estabilidade é monitorar o


desenvolvimento dos músculos do core.

Como realizar o teste:


O assistente é responsável por instruir o atleta quanto à posição a assumir na faze
apropriada. Durante todo o ensaio parte de trás, pescoço e cabeça devem ser
mantidos na postura. Se o atleta não é capaz de manter esta posição, então o teste
deve ser interrompido.

Fase 1 - O atleta se aquece por 10 minutos


O atleta, usando o tapete para apoiar os seus cotovelos e braços, assume a posição
de início. Uma vez que o atleta está na posição correta o assistente inicia o
cronômetro. O atleta deve manter esta posição por 60 segundos (figura 11. – vide
anexo)
Fase 2 - O atleta levanta o braço direito do chão e se estende para fora na frente
deles em paralelo com o solo. O atleta deve manter esta posição por 15 segundos
(figura 12 – vide anexo)
14

Fase 3 - O atleta retorna à posição inicial , ergue o braço esquerdo do chão e se


estende para fora na frente deles em paralelo com o solo. O atleta deve manter esta
posição por 15 segundos (figura 13. – vide anexo)
Fase 4 - O atleta retorna à posição inicial , levanta a perna direita do chão e
estende-lo por trás deles paralelo com o solo. O atleta deve manter esta posição por
15 segundos. (figura 14. – vide anexo)
Fase 5 - O atleta retorna à posição inicial , levanta a perna esquerda do chão e
estende-lo por trás deles paralelo com o solo. O atleta deve manter esta posição por
15 segundos. (figura 15 – vide anexo)
Fase 6 - O atleta retorna à posição inicial , levanta a perna esquerda e braço direito
do chão e estende-los em paralelo com o solo. O atleta deve manter esta posição
por 15 segundos. (figura 16 – vide anexo)
Fase 7 - O atleta retorna à posição inicial , levanta a perna direita e braço esquerdo
do chão e estende-los em paralelo com o solo. O atleta deve manter esta posição
por 15 segundos. (figura 17 – vide anexo)
Fase 8 - O atleta retorna à posição inicial. O atleta deve manter esta posição por 30
segundos (figura 18 – vide anexo)
Fase 9 - Final do teste (figura 19 – vide anexo)

O assistente grava a fase em que o atleta não é capaz de manter a posição correta
do corpo ou é incapaz de continuar com o teste. (tabela 5. – vide anexo)

2.8 Potência Aeróbia - Teste de Cooper de 12 minutos

O teste de Cooper de 12 minutos é um dos testes mais populares de


avaliação da capacidade cardiorrespiratória.
Objetivo: Avaliar a aptidão aeróbica.
Equipamentos necessários: Pista de corrida oval e plana ou pista de atletismo,
cones para marcação, folha para anotação de dados, cronômetro.
Procedimentos: O avaliado deverá correr ou andar sem interrupções durante 12
minutos, sendo registrada a distância total percorrida durante este tempo.
Recomenda-se marcar as distâncias em intervalos definidos com cones ao redor da
15

pista para facilitar a vizualização e a medição da distância percorrida pelo avaliado.


Com base na distância percorrida em Km, estima-se o VO²max por meio da seguinte
equação matemática:
VO²max (kg.min)-1= 22.351 x distância em km) – 11.288
16

3.0 PERIODIZAÇÃO

(MONTEIRO 2011), descreve a periodização como um planejamento solido


onde a divisão dos processos são especificadas em fases. Cada fase compreende a
uma metodologia especifica, onde determinadas capacidades físicas são
privilegiadas de acordo com o objetivo de cliente.

De acordo com (MONTEIRO op.cit )Os ciclos são à base da periodização, e


podem ser divididos em:

Macrociclo: processo global, geralmente dura de alguns a ate dozes de duração. A


duração do macro deve estar diretamente relacionada com as competições do
atleta. Seus períodos são preparatório, competitivo e transitório.

Mesociclos: e considerado a estrutura de preparação do atleta, subdivididos em


microciclos. Normalmente o mesociclo e composto de quatro a cinco microciclos. Os
mesociclos são divididos em incorporação, desenvolvimento, estabilizador,
recuperativo, pré-aperfeiçoamento e aperfeiçoamento.

Microciclo: organização de uma série de dias de treinamento. Pode variar entre 3 a


14 dias. O microciclo pode ser classificado como de treinamento, controle e
competitivo. Os microciclos de treinamento de acordo com a magnitude da carga
são classificados em choque (80 % a 100%), ordinário, (60% a 80%), estabilizador
(40% a 60%), recuperativo (10% a 20%). O microclico de controle e caracterizado
pelas avaliações realizadas e o microclico competitivo tem o objetivo de recuperar o
individuo do esforço realizado ao longo da temporada.
17

LEGENDA:

C – CONTROLE

E – ESTABILIZADOR

O – ORDINÁRIO

* - POUCO IMPORTANTE

** - IMPORTANTE

*** - MUITO IMPORTANTE


18

- CONSTANTE

- POUCO INTENSO

- INTENSO

- MUITO INTENSO

LEGENDA:
C – CONTROLE
E – ESTABILIZADOR
19

O – ORDINÁRIO
* - POUCO IMPORTANTE
** - IMPORTANTE
*** - MUITO IMPORTANTE
- CONSTANTE
20
21

LEGENDA:

C – CONTROLE

E – ESTABILIZADOR

O – ORDINÁRIO

* - POUCO IMPORTANTE
22

** - IMPORTANTE

*** - MUITO IMPORTANTE

**** - EXTREMAMENTE IMPORTANTE

- CONSTANTE
23
24

4 . CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao chegarmos ao término da periodização, concluímos que as


atividades e exercícios prescritos estão de acordo com as capacidades e
habilidades motoras específicas do surf. Esperando-se que ao final tenha-se
atingido os objetivos esperados pelo treinamento em relação a qualidade de
vida.
Os poucos estudos feitos com relação ao surf, todos vão a uma mesma linha
de pensamento com relação às habilidades tão físicas quanto motoras
contextualizando ainda mais os exercícios prescritos nesta periodização.
25

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ARAÚJO, C. G. S.. Flexiteste - Um método completo para avaliar a flexibilidade. Ed.


Manole, 2004

FONTOURA, A.S; FORMENTINI, C, M; ABECH, E.A. Guia Prático de Avaliação


Física: Abordagem didática abrangente e atualizada Ed.Phorte, 2010

FUNCTIONAL MOVEMENT SYSTEM: Manual do professor. Elaboração:


SOTTOVIA. C; Instituto Mauro Guiselini

MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e prescrição de atividade física:


guia prático. 2ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998. (teste de Cooper)

WEINECK -APUD HERZBERG, 1968 / WEINECK APUD WARWITZ


.TREINAMENTO IDEAL. 1976

CLARK, M.A. Integrated core stabilization training. Thousand Oaks: National


Academy of Sports Medicine, 2001

MONTEIRO, AG. Treinamento personalizado: uma abordagem didática-


metodologica. São Paulo: Phorte, 2011.

MONTEIRO, A.G.; EVANGELISTA, A.E. Treinamento funcional: uma abordagem


prática. São Paulo: Phorte, 2009.

MONTEIRO, A.G; Treinamento personalizado: uma abordagem didática e


metodológica. São Paulo: Phorte, 2006.

MACKENZIE, B. (2002) Core Muscle Strength and Stability Test [WWW] Available
from: http://www.brianmac.co.uk/coretest.htm [Accessed
29/http://www.brianmac.co.uk/1/2012] acessado em 29/01/2012

LIPP. M. E. N.;TANGANELLI, M, S. Stress e Qualidade de Vida em Magistrado da


Justiça do Trabalho: Diferenças entre Homens e Mulheres. Psicologia: Reflexão e
Crítica, 2002, 15 (3), pp. 537-548.
26

ROMARIZ, J. K; GUIMARÃES, A. C. A; MARINHO, A; Qualidade de vida


relacionada a pratica de atividade física de surfistas. Motriz, Rio Claro, v. 17 n.3,
p.477-485, jul./set.2011.
27

ANEXOS

Figura 1. Figura 2.

Agachamento Profundo (Deep Squat) Passo por cima da barr eira (Hurdle Step)
Figura 3. Figura 4.

Avanço em linha (In Line Lunge) Mobilidade de ombros (Shoulder Mobility)

Figura 5. Figura 6.

Elevação da perna extendida Flexão de braços com tronco estável


(Active Straigth Leg Raise) (Trunk Stability Push Up)
28

Figura 7.
Estabilidade de rotação (Rotary Stability)
Tabela de Pontuação FMS - Tabela 1.

Flexitest – Figura 8.
29

Flexitest

Tabela do Flexitest (tabela 2.)


30

Teste Bumerangue Figura 9.

Percurso Vieniense Figura 10.

Figura 11. Figura 12


31

Tabela 3

Tabela 4

Figura 13. Figura 14.

Figura 15. Figura 16.


32

Figura 17. Figura 18

Figura 19. Figura 20.

Figura 21.

Tabela 5.

Figura 22.

Figura 23.
33

Figura 24..

Figura 25.

Figura 26.

Figura 27.

Figura 28.
34

Figura 29.

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