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Relatório Do Estágio Supervisionado LP em

O documento descreve o relatório de estágio curricular supervisionado em Língua Portuguesa no Ensino Médio realizado por Juliane Lopes da Silva Godinho na Escola Estadual Professor Luís Rego em Balsas, Maranhão, sob a orientação da professora Antonia Aparecida Pereira Borges. O estágio ocorreu de 19 de agosto a 25 de outubro de 2019 nas turmas de 1o ano do turno matutino e teve como objetivo aplicar os conhecimentos adquiridos na licenciatura em Letras. Durante o estágio
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Relatório Do Estágio Supervisionado LP em

O documento descreve o relatório de estágio curricular supervisionado em Língua Portuguesa no Ensino Médio realizado por Juliane Lopes da Silva Godinho na Escola Estadual Professor Luís Rego em Balsas, Maranhão, sob a orientação da professora Antonia Aparecida Pereira Borges. O estágio ocorreu de 19 de agosto a 25 de outubro de 2019 nas turmas de 1o ano do turno matutino e teve como objetivo aplicar os conhecimentos adquiridos na licenciatura em Letras. Durante o estágio
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS-CESBA

LICENCIATURA PLENA EM LETRAS E SUAS HABILITAÇÕES- PORTUGUÊS,


INGLÊS E SUAS RESPECTIVAS LITERATURAS.

JULIANE LOPES DA SILVA GODINHO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA


PORTUGUESA/ ENSINO MÉDIO

Professora: Antonia Aparecida Pereira Borges

BALSAS-MA

2019
JULIANE LOPES DA SILVA GODINHO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA


PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO

Trabalho apresentado à disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Língua


Portuguesa no Ensino Médio do curso de Licenciatura Plena em Letras e suas
Habilitações da Universidade Estadual do Maranhão, como requisito do período de
estágio.
Orientadora: Prof.ª Antonia Aparecida Pereira Borges

BALSAS-MA

2019
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO..................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
3. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA NO
ENSINO FUNDAMENTAL......................................................................................................6
3.1 Campo do estágio..............................................................................................................6
3.2 Atividades desenvolvidas..................................................................................................7
3.3 Avaliação das atividades desenvolvidas..........................................................................11
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................13
REFERÊNCIAS........................................................................................................................14
1. IDENTIFICAÇÃO

Aluno: Juliane Lopes da Silva Godinho

Código: 201629923

Universidade Estadual do Maranhão/ UEMA

Centro de Estudos Superiores de Balsas/CESBA

Licenciatura Plena em Letras e suas Habilitações- Português, Inglês e suas Respectivas


Literaturas.

Turma de estágio: 1° anos – turmas 100 e 101 / matutino

Período de experiência: 19 de agosto a 25 de outubro de 2019 (às sextas-feiras)

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2. INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado é o contato do acadêmico, de forma orientada,


com a prática da teoria que ele aprende no curso de licenciatura. É o momento de verificar o
desejo ou não de seguir a carreira de magistério. O acadêmico conhece e desenvolve, neste
período, os métodos de trabalho dos conteúdos escolares e as formas de avaliação que terá
como base para sua futura atuação docente.
Segundo Sacristán (1991 apud NASCIMENTO et al. 2015, p. 13), o estágio é “a
afirmação do que é específico na ação docente, isto é, o conjunto de comportamentos,
conhecimentos, destrezas, atitudes e valores que constituem a especificidade de ser
professor”.
A fase do estágio é bastante delicada, pois a maioria dos estagiários precisa conciliá-la
com as demais atividades acadêmicas e com o trabalho. Ainda assim, constitui-se uma etapa
primordial da graduação em licenciatura, pois o contato direto com a escola, os alunos e todo
o contexto que os envolve favorecem uma preparação profissional (ouso afirmar, até humana)
bem mais completa.
Por isso, é possível afirmar que

pensar no estágio, compreender seu lugar e sua relevância em cursos que habilitam a
profissão docente é vital para essa formação, pois o estágio é “a espinha dorsal” que
ampara, dá suporte e encadeia todas as disciplinas do currículo do curso,
estabelecendo convergências e diálogos entre todos os conhecimentos difundidos e
discutidos ao longo da licenciatura (SOUSA et al., 2014, p. 207).

O curso de licenciatura em Letras habilita o professor em formação inicial a lecionar


Língua Portuguesa nas séries escolares da Educação Básica. A necessidade de uma
metodologia inovadora no ensino desta unidade curricular para uma aprendizagem mais
efetiva da mesma demonstra a importância do estágio curricular supervisionado, visto que,
nesse período, o acadêmico pode perceber as carências e dificuldades das salas de aula e
intervir com soluções atreladas à teoria que ele, concomitantemente, aprende no curso.
As autoras Pimenta e Lima (2012, p. 55-56), concluem:

Esse conhecimento envolve o estudo, a análise, a problematização, a reflexão e a


proposição de soluções às situações de ensinar e aprender. Envolve experimentar
situações de ensinar, aprender a elaborar, executar e avaliar projetos de ensino não
4
apenas nas salas de aula, mas também nos diferentes espaços da escola. [...] Envolve
o conhecimento, a utilização e a avaliação de técnicas, métodos e estratégias de
ensinar em situações diversas. Envolve a habilidade de leitura e reconhecimento das
teorias presentes nas práticas pedagógicas das instituições escolares. Ou seja, o
estágio assim realizado permite que se traga a contribuição de pesquisas e o
desenvolvimento das habilidades de pesquisar. Essa postura investigativa favorece a
construção de projetos de pesquisa a partir do estágio.

Com isso, destaca-se que o estágio supervisionado busca, essencialmente, a aplicação


dos conhecimentos e habilidades em contextos práticos; a compreensão, de forma real, da
prática profissional; a avaliação do progresso da formação docente, identificando quais áreas
exigem um maior desenvolvimento pessoal e profissional. É uma prática que acrescenta novos
conhecimentos a todos os envolvidos no processo através da experiência (estagiários,
estudantes, docentes orientadores e escola), contribuindo, principalmente para uma formação
contínua de professores. Como afirmam Pimenta e Lima (2004, p.46), o estágio “se traduz na
possibilidade de os estagiários desenvolverem posturas e habilidades de pesquisador a partir
das situações de estágio, elaborando projetos que lhes permitam ao mesmo tempo
compreender e problematizar as situações que observam”.
A presente atividade de estágio curricular supervisionado em Língua Portuguesa no
Ensino Médio foi aplicada no Centro de Ensino Professor Luís Rego, para as turmas de 1º ano
– turmas 100 e 101, turno matutino, com o acompanhamento de duas supervisoras técnicas
docentes da unidade de Língua Portuguesa.

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3. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA NO
ENSINO FUNDAMENTAL

3.1 Campo do estágio

O presente relatório descreve as experiências vivenciadas no estágio curricular


supervisionado de Ensino de Língua Portuguesa no Ensino Médio, do Curso de Letras - hab.
Língua Portuguesa, Inglesa e suas Literaturas - da Universidade Estadual do Maranhão. As
aulas observadas e regidas, durante o estágio, foram realizadas nas turmas 1° ano – turmas
100 e 101, turno matutino, do Centro de Ensino Professor Luís Rego, localizado na Rua José
Leão, 169, Centro, na cidade de Balsas, estado do Maranhão, às sextas-feiras, entre os dias
dezenove (19) de agosto e vinte e cinco (25) de outubro de 2019. A escola possui 09 turmas
em funcionamento no período matutino: do 1° ao 3º ano. Tem como entidade mantenedora o
Município de Balsas/MA e possui com 09 (oito) salas de aula; 01 (uma) biblioteca; 01 (uma)
sala dos professores com banheiro; 01 (uma) sala de assessoria pedagógica; e 01 (uma) sala da
direção, 01 (um) pátio, (01) uma quadra poliesportiva, 01 (uma) cantina, 01 (sala) de
informática, 01 (um) banheiro masculino e 01 (um) feminino. A escola possui, em seus
registros do ano de 2019, 1.100 alunos matriculados.
Em relação às especificidades das turmas trabalhadas, ressalta-se que são compostas
por 37 (trinta e sete) alunos, no 1° ano – turma 100; 39 (trinta e nove), no 1° ano turma 101,
sendo, em sua maioria, do sexo feminino. Em média, 90% dos alunos frequentam
regularmente as aulas. A faixa etária dos estudantes é de 15 a 17 anos de idade. A relação
entre alunos e professora é respeitosa, apesar de alguns momentos em que é necessário
interromper a aula para um posicionamento mais rígido da professora. Mas, nos momentos de
explicação do conteúdo, a maioria dos alunos mostra-se interessada. Também há situações de
descontração na classe, em que a professora troca ideias com os alunos sobre situações e
relatos cotidianos, demonstrando uma relação de preocupação e cuidado com o outro. Desse
modo, para esta instituição, a aula e a metodologia aplicada passam a vigorar na tentativa de
desenvolver as devidas competências doa alunos, bem como promover a permanência do
aluno na escola.

6
3.2 Atividades desenvolvidas

Inicialmente, estive no Centro de Ensino Professor Luís Rego no dia 19/08/2019, no


período matutino, para entrar em contato com a direção da escola, pedir autorização para o
cumprimento do estágio e solicitar a assinatura da documentação do mesmo. Conversei com
as duas professoras de Língua Portuguesa que eu acompanharia, sendo muito bem
recepcionada e orientada por todos. Na oportunidade, combinei com as professoras a
programação dos horários disponíveis para estágio às sextas-feiras. Em comum acordo com a
direção e professoras, iniciei no mesmo dia a etapa de observação. Ao entrar nas salas de aula
que acompanharia durante o estágio (1° anos – turmas 100 e 101), apresentei-me e expliquei
aos alunos sobre o período em que estaria com eles desenvolvendo o estágio.
Buscando compreender e aprender com a prática docente das professoras regentes das
turmas, bem como com os sujeitos-alunos que (re) significam os conteúdos ministrados, a
primeira etapa da prática do estágio consistiu em 20 horas de observação das aulas de Língua
Portuguesa, nos dias 19-22/08/2019. As aulas iniciam às 07h15min e finalizam às 12h15min.
A duração é de 50min/aula, com intervalo de 10 minutos. Durante esse período, buscou-se
compreender a dinâmica de tais aulas e observou-se que é utilizado, na maioria das aulas, o
livro didático. Os conteúdos trabalhados pelas professoras, no período de observação, foram:
Quinhentismo e Coerência e Coesão textual. Nas aulas, era feita a explanação do assunto e
leitura de algum texto que o acompanhasse, seguindo a programação do livro e,
posteriormente ou na aula seguinte, eram realizados os exercícios. Os alunos podiam levar o
livro para casa, para estudar e responder aos exercícios. As correções eram feitas no quadro
ou oralmente. Os alunos sempre questionavam quando tinham dúvidas. O livro didático
utilizado é Português Contemporâneo – diálogo, reflexão e uso. 1 ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2016.
De forma generalizada, estas foram as atividades de encaminhamento e andamento das
aulas no período de observação das turmas.
Posteriormente, iniciou-se a etapa de regência do estágio. Foram regidas, a cada
período, 6h/aula. Foram 10 dias de regência, incluindo a fase de aplicação do Projeto de
Intervenção.
Primeiro dia, 23/08/2019: o objetivo da aula era apresentar, por meio da leitura de
textos diversos, os conceitos de intertextualidade e interdiscursividade. Iniciei a aula
entregando a cada um dos alunos o material referente o conteúdo e solicitei voluntários para
7
lerem os textos do material entregue. No começo, os alunos se mostraram tímidos em ler,
mas, com certa insistência, alguns alunos se voluntariam a fazer a leitura. À medida que os
textos eram lidos, eu apresentava, de maneira expositiva-dialogada, os conceitos de texto,
intertextualidade e interdiscursividade. A didática utilizada para a apresentação dos conceitos
partia da interpretação dos textos. Primeiro, era lido o texto e, em seguida, eu juntamente com
os alunos discutíamos algumas possíveis interpretações para o texto, dirigindo a discussão
com perguntas-chave que levavam aos conceitos. Após apresentados os conceitos, realizamos
a leitura de mais dois textos com o objetivo de dar exemplos concretos de como autores
utilizam dos recursos da intertextualidade e da interdiscursividade para criarem novos textos.
Mais uma vez as leituras foram realizadas por alunos que se voluntariaram, seguidas de
interpretação dos textos dirigida por perguntas pré-selecionadas. Durante a leitura desses
últimos textos, não foi apresentado os seus títulos de imediato, esperando-se os alunos
fazerem suas interpretações por primeiro e estabelecerem relações intertextuais e
interdiscursivas entre eles. Após essa atividade de interpretação, revelei o título dos textos,
levando os alunos a perceberem ainda mais como estes estão relacionados. Ao final da
atividade, fiz encaminhamentos para a próxima semana, pedindo aos alunos que trouxessem
poemas, letras de música e outros textos de seus gostos, para que fosse realizada uma
atividade de produção de paródias. O balanço da aula foi muito bom, quase todos os alunos
participaram das leituras e atividades propostas, debateram a interpretação dos textos
trabalhados e interagiram entre si e com o professor. A turma se mostrou um pouco agitada no
começo da aula, o que cessou com o início da leitura dos textos.
Segundo dia, 30/08/2019: iniciei a aula retomando os conceitos de intertextualidade e
interdiscursividade. Solicitei a leitura voluntária do texto, que foi prontamente atendida por
uma aluna. Após a leitura, fiz breves questionamentos aos alunos, instigando-os a identificar
elementos de intertextualidade e interdiscursividade deste com outros textos de que eles têm
conhecimento. Em seguida, foram solicitados três voluntários para fazerem a leitura de três
textos. Houve mais voluntários que o necessário, então optei em escolher os alunos que ainda
não haviam participado de nenhuma leitura coletiva de texto realizada na aula anterior. Após a
realização das leituras, mais uma vez fez-se discussão sobre os elementos de intertextualidade
e interdiscursividade presentes entre os três textos. Os alunos começaram a participar mais
das discussões, demonstrando estarem assimilando os conceitos apresentados e como eles se
apresentam em textos. Foi realizada uma rápida alusão à intertextualidade presente em trechos
do Canto V dos Lusíadas e do Canto IX da Odisseia.

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Terceiro dia, 06/09/2019: iniciei o conteúdo referente ao gênero paródia. Realizamos
um exercício com uma reflexão sobre o que é a paródia. Enquanto o exercício era respondido,
anotei os nomes dos alunos que estavam realizando a atividade, o que contaria como
avaliação da participação. Foram cedidos 10 minutos para que os alunos respondessem o
exercício individualmente e, em seguida, fizemos a correção coletiva do exercício. Durante a
resolução do exercício, solicitei que os alunos lessem suas respostas, mas só alguns o fizeram.
A partir das respostas lidas, foi-se desenvolvendo o conceito de paródia, focando em como o
gênero se apropria da intertextualidade e da interdiscursividade para causar efeitos estéticos
ou fazer críticas. Assim, finalizamos as aulas, ficando a continuação do conteúdo para a
próxima semana.
Quarto dia, 13/09/2019: entreguei aos alunos fotocópias de trechos da Carta de
Caminha e de charges. Realizamos a leitura em conjunto e buscamos discutir a interpretação
das charges enquanto paródias dos trechos da Carta de Caminha. Houve pouca participação
dos alunos na discussão das sobre as charges enquanto paródias, e isso me fez propor uma
atividade que visasse envolvê-los mais nessa reflexão e que consistia em escolher um
fragmento dos trechos da Carta de Caminha, destacá-lo e escrever uma resposta discursiva
que explicasse qual das charges era paródia daquele trecho e como o parodiava. Os alunos
deveriam realizar a atividade em duplas e entregar ao final da aula. Enquanto as duplas
resolviam a atividade, atendi-os individualmente, ajudando a identificar os elementos
necessários para a elaboração das respostas. Ao final da aula, foram recolhidas as atividades e
liberados os alunos. Apesar de a organização desta aula ter sofrido bastante mudanças, o
resultado foi positivo, de acordo com as expectativas.
Quinto dia, 20/09/2019: a aula se iniciou com a leitura dos poemas A Descoberta, As
meninas da Gare e Erro de Português, de Oswald de Andrade, assim como dos respectivos
trechos da Carta de Caminha que esses poemas parodiam. Solicitei a leitura dos textos pelos
alunos e, após a leitura dos poemas e dos trechos da carta, foram tecidos alguns comentários
relacionados ao conteúdo do Quinhentismo, que fora trabalhado nas aulas da professora das
turmas, mostrando como os poemas de Oswald ironizam a história da colonização do Brasil,
tentando fazer os alunos perceberem o tipo de olhar crítico que o texto paródico lança sobre o
passado. Após essa atividade, foram lidas mais algumas paródias do poema Canção do Exílio,
de Gonçalves Dias. Após as leituras, fizemos uma discussão a partir da interpretação dos
alunos, tentando mostrar os mesmos aspectos estéticos que já se haviam discutido na leitura
dos poemas de Oswald de Andrade. Os alunos participaram da atividade mostrando suas
interpretações para as paródias e fazendo pontes com leituras contemporâneas, leituras que
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eles relacionaram ao seu cotidiano. Nessa aula se percebeu um significativo aumento da
participação nas atividades de leitura e nas discussões. Todos os alunos realizaram os
exercícios e a atividade proposta ao fim da aula.
Sexto dia, 27/09/2019: organizei a turma em dupla e propus uma atividade de
produção textual, em que cada dupla deveria produzir uma paródia a partir dos textos que
havia sido solicitado trazer de casa na aula da semana anterior. Enquanto as paródias eram
produzidas, eu acompanhei o trabalho das duplas, dando sugestões que auxiliaram a
realização das produções. Ao final da aula, solicitei que os alunos entregassem tanto a paródia
produzida quanto o texto original que havia sido parodiado, para, assim, poder ser feita a
avaliação das produções. Em geral, a aula correu muito bem, os alunos participaram das
leituras, das interpretações e todas as duplas produziram as paródias.
Sétimo dia, 04/10/2019: iniciei a aula encaminhando os alunos ao auditório da escola,
para poder dispor dos equipamentos de áudio e vídeo. No primeiro momento da aula, foi lida
a resenha do livro Aprender a viver, de Luc Ferry, escrita por Jerônimo Teixeira. A versão
que os alunos receberam desta resenha não continha comentários, pois era parte estratégia
didática fazer com que os alunos identificassem no texto os elementos do gênero resenha que
seriam estudados. Realizamos a leitura da resenha, a partir da qual foram identificados alguns
aspectos característicos do gênero resenha, a saber: informações sobre a obra e o autor;
contexto da obra; resumo; juízo de valor; argumento para o juízo de valor; intertextualidade.
Cada aspecto foi comentado e identificado no texto, e escrito na lousa do auditório para que
os alunos que tomassem nota da lista. A aula transcorreu com uma boa participação dos
alunos, que questionaram nos momentos em que surgiam dúvidas.
Oitavo dia, 11/10/2019: os alunos assistiram a um vídeo cujo conteúdo era a manchete
do Jornal Nacional referente ao incidente do atentado terrorista ao World Trade Center. O
objetivo da apresentação dessa manchete foi fornecer um contexto para o curta metragem que
se assistiria na sequência. Terminado o vídeo da manchete, os alunos assistiram ao curta
metragem de Sean Penn. Antes de iniciar o curta, orientei os alunos a anotarem comentários
sobre as cenas do curta que eles considerassem mais relevantes, a fim de que esses
comentários os ajudassem com a elaboração do resumo da resenha. Terminado o curta
metragem, foi iniciada imediatamente a escritura da resenha, pois já não restava mais muito
tempo de aula. Orientei os alunos a contemplarem em seus textos todos os aspectos da
resenha que haviam sido elencados durante a leitura e análise da resenha do livro Aprender a
viver. Ao final da aula, recolhi as resenhas. Em suma, a aula correu bem e foi bastante
produtiva.
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Nono dia, 18/10/2019: iniciei as atividades para o desenvolvimento do projeto de
intervenção. Foi explanado, a partir do livro didático e de materiais complementares da
internet, o conteúdo de gêneros digitais. Na sequência, realizamos uma atividade-debate
relacionada ao conteúdo. Após esse primeiro momento, expliquei como se daria o trabalho
que os alunos iriam desenvolver. Dividi a turma em seis grupos, onde cada um iria produzir
um gênero digital, apresentando suas principais características, a partir dos critérios de
avaliação que elenquei para eles. Os gêneros digitais selecionados foram Meme, Podcast,
Vlog, GIF, Tirinha e Banner Digital. Estipulei o prazo de uma semana para a conclusão da
produção dos trabalhos, que seriam enviados a mim por meio digital, através do aplicativo
WhatsApp. Marcamos uma última aula para exposição dos resultados para toda a turma e
discussão da relevância do projeto.
Décimo dia, 25/10/2019: Levei a turma para o auditório para que expuséssemos,
através de data-show, os trabalhos que foram produzidos e enviados pelos grupos. Houve
muita interação e comentários a cerca dos gêneros digitais desenvolvidos. No total, de todas
as turmas trabalhadas, apenas quatro grupos enviaram seus trabalhos, sendo que em todas as
turmas o gênero Podcast não foi produzido. Os alunos que não produziram justificaram-se
alegando a dificuldade de criar um conteúdo para este tipo de gênero. Foram absorvidas todas
as colocações dos alunos e, juntamente com a professora, avaliei a necessidade de se trabalhar
um pouco mais com produções de gêneros discursivos com os alunos para que eles
desenvolvam tais competências.

3.3 Avaliação das atividades desenvolvidas

O desenvolvimento das aulas ocorreu, em geral, de maneira bastante satisfatória. Os


alunos participaram das atividades propostas, interagiram entre si e com a professora
estagiária e, em sua maioria, realizaram as tarefas e avaliações. Foram poucos os momentos
em que se teve de chamar a atenção da turma quanto à disciplina sempre havendo um
relacionamento respeitoso.
A avaliação sobre essa experiência docente é positiva, pois a resposta dos alunos
durante as aulas e no desenvolvimento das atividades forneceu indícios positivos de que o
cumprimento das propostas e planejamentos alcançou suficientemente o êxito que se
esperava.

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As aulas de apresentação e exposição dos gêneros digitais produzidos, referentes ao
projeto de intervenção, foram surpreendentemente dinâmicas e com praticamente cem por
cento de colaboração e participação. O que torna perceptível a necessidade de dinamizar as
aulas e conteúdos através da contextualização social dos alunos.
Ademais, a receptividade, liberdade e apoio das professoras e de toda a escola foram
de grande importância para o bom andamento das atividades realizadas e para a conclusão do
estágio.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É, incontestavelmente, através do estágio que se consegue uma aproximação da


realidade profissional. Para o professor em formação inicial, principalmente, essa etapa deve
ser totalmente aproveitada para adquirir conhecimentos que, somados ao aprendizado
acadêmico, o tornem, acima de tudo, um profissional mais humano e dedicado à educação,
como cita Sousa et al (2014, p. 222) “um momento essencial para o futuro professor, pois é
nesse confronto com as peculiaridades da sala de aula que o professor vai se formando,
repensando seus conceitos, elaborando suas ações [...]”
Esta etapa acadêmica permite a visualização e criação de meios e métodos,
ferramentas e perspectivas para a materialização do docente que atuará tão logo, contribuindo
socialmente para a construção de indivíduos que sejam críticos, pensantes, com anseio de
buscar cada vez mais o saber para contribuir positivamente com a sociedade.
Apesar de todas as intempéries, mas também graças a elas, foi possível concluir este
estágio curricular supervisionado de Língua Portuguesa no ensino fundamental com um saldo
positivo de experiências e conhecimentos que contribuem para um desejo de transformação
social através da educação, onde o professor ganha lugar de destaque por toda sua
perseverança e amor pelo que faz. O estágio, evidentemente, também funciona como um
espelho que reflete os aspectos a serem adotados e os que precisam ser abandonados a fim de
se tornar um docente que, de fato, busca o melhor para a educação.

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REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, I. P. do; SILVA, J. B. da; MORAES, K. A. F. Como os docentes do ensino


fundamental representam os desafios e as superações de suas práticas na
contemporaneidade? Curitiba: Cátedra UNESCO. 2015, p. 13466-13480.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção
docência em formação, séries saberes pedagógicos).
SOUSA, S. C. T. de; LUCENA, J. M. de; SEGABINAZ, D. ESTÁGIO
SUPERVISIONADO E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: reflexões no curso de
Letras/ Português da UFPB. Raído, Dourados, MS, v.8 , n.15, jan./jun. 2014.

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