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Renascimento: Transformações Culturais e Científicas na Idade Moderna

O documento descreve as principais características do Renascimento Cultural entre os séculos XIV e XVI na Europa. O Renascimento foi marcado pelo desenvolvimento das ciências e das artes, estimulados pelo crescimento do comércio e das cidades. Novas tecnologias e métodos científicos, como a observação empírica, levaram a avanços nas áreas da matemática, medicina e astronomia. A Renascença Italiana foi particularmente importante para o florescimento das artes e das ideias humanistas.

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Renascimento: Transformações Culturais e Científicas na Idade Moderna

O documento descreve as principais características do Renascimento Cultural entre os séculos XIV e XVI na Europa. O Renascimento foi marcado pelo desenvolvimento das ciências e das artes, estimulados pelo crescimento do comércio e das cidades. Novas tecnologias e métodos científicos, como a observação empírica, levaram a avanços nas áreas da matemática, medicina e astronomia. A Renascença Italiana foi particularmente importante para o florescimento das artes e das ideias humanistas.

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Idade Moderna – Renascimento Cultural (Séculos Xiv Ao Xvi)

A transição da Idade Média para a Idade Moderna foi marcada por inúmeras mudanças na Europa: o
comércio se intensificou, as cidades se desenvolveram, a burguesia se tornou um grupo social muito
poderoso, o rei se fortaleceu, enquanto a nobreza e o clero perderam prestígio. E, como não poderia deixar
de ser, tais mudanças trouxeram novas formas de viver e de pensar o mundo, o que resultou num amplo
movimento artístico e científico chamado de Renascimento.

As Novas Tecnologias e a Ciência

O crescimento do comércio e da produção artesanal estimulou a invenção de novas tecnologias, para que
se pudessem alcançar maiores lucros. Essas inovações tecnológicas partiam da exploração da natureza,
da observação e de experiências cada vez mais rigorosas, originando o que chamamos hoje de Ciência.

Os novos cientistas eram contratados tanto pela burguesia quanto pelos reis, pois estes últimos buscavam
a melhoria de seus equipamentos militares a fim de se imporem como potência política (formação das
Monarquias Nacionais). Novos maquinários foram introduzidos nas oficinas manufatureiras, além do grande
investimento na indústria náutica, já que era através dos mares que o comércio europeu mais se expandia.

Uma outra novidade dessa época foi a introdução dos algarismos arábicos na cultura européia. Esse
conhecimento foi desenvolvido no Oriente e trazido para a Europa por mercadores. A utilização dessa
“ferramenta” de cálculo facilitou a contabilidade (e enriquecimento) da burguesia e, também, possibilitou o
desenvolvimento do pensamento abstrato entre os cientistas.

Dentro desse espírito inventivo, em pouco tempo os cientistas desenvolveram as primeiras noções
modernas da Matemática, da Óptica, da Mecânica, da Engenharia, da Medicina e da Astronomia. Os
principais expoentes desse período foram: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Johannes
Kepler e Andreas Vesálio.

Os Humanistas

As Universidades européias foram criadas na Idade Média e estavam subordinadas à doutrina


conservadora da Igreja Católica. Mas em meio as grandes transformações do fim da era medieval, surgiu
dentro das Universidades um movimento que buscava modernizar essa instituição, propondo o ensino de
novas disciplinas, chamadas de “estudos humanos”. Os defensores dessa reforma educacional foram
chamados de humanistas.
Os humanistas preferiam o estudo das línguas clássicas (grego e latim) em oposição aos textos religiosos
medievais. Ao traduzirem os textos clássicos, esses pensadores ajudaram a divulgar a cultura da
Antiguidade: a vida urbana, o racionalismo, a biografia de grandes heróis, a história de batalhas e
governos, o ideal de beleza física, a busca do luxo e do prazer pela vida e, o mais importante, a valorização
do homem enquanto agente de sua própria história (antropocentrismo).
Influenciados por esses estudos humanísticos, alguns pensadores da época passaram a acreditar que
estivessem vivendo um renascimento da cultura própria da humanidade, depois de um longo período em
que o saber esteve voltado somente aos estudos religiosos. Daí o nome Renascimento (ou Renascença)
ter sido dado a esse momento histórico.

As Artes

Essa nova forma de compreender a realidade colocou em xeque os valores medievais (ligados ao poder da
Igreja e da nobreza), enquanto ressaltava as características próprias da burguesia: racionalismo,
individualismo e hedonismo. E a produção artística desse período foi o que melhor representou e divulgou
todas essas mudanças.

A partir do século XIV uma nova geração de artistas, influenciada pelo pensamento humanista, passou a
utilizar as novas tecnologias e os novos saberes disponíveis para criar uma outra expressão de arte, que se
colocava contra os padrões estabelecidos pela Idade Média (arte de caráter religioso, didático, hierárquico
e imóvel).

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O desenvolvimento de novas ferramentas (por exemplo: tintas, pincéis, argamassas), a melhor


compreensão da natureza, da Anatomia, da Matemática, a utilização de conceitos como “luz e sombra” e
perspectiva possibilitaram a esses artistas a criação de obras (pintura, escultura, arquitetura, literatura) que
expressavam de forma brilhante essa nova mentalidade européia: dinâmica, grandiosa, naturalista e
antropocêntrica.

Todas as transformações no campo das artes despertou o interesse da burguesia, que via nessa nova
proposta um espelho de seus próprios valores, e por isso, muitos burgueses passaram a patrocinar os
artistas, sendo chamados de mecenas (protetores das artes).

Renascença Italiana

Não foi por acaso que os mais importantes artistas renascentistas surgiram na Itália. A península itálica fica
no centro do mar Mediterrâneo, o que possibilitava o acesso ao vasto comércio da região e favoreceu o
enriquecimento de sua burguesia. Na época a região era dividida em diversos pequenos Estados, e a luta
entre eles aumentou a necessidade de investimento no desenvolvimento tecnológico, tanto militar quanto
para a produção econômica. Além disso, a Itália guardava em suas ruas, em seus prédios, em suas
bibliotecas, enfim, em toda sua cultura, a tradição romana, considerada um exemplo para as novas
gerações artísticas.

Ou seja, temos na Itália os ingredientes que constituíram a Renascença: burguesia endinheirada, lutas
políticas, necessidade de novas tecnologias e tradição cultural.
Os mais importantes artistas italianos foram:

– literatura: Petrarca, Boccaccio, Dante Alighieri, Maquiavel


– pintura: Giotto, Lorenzetti, Fra Angelico, Masaccio, Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael, Michelângelo
– escultura e arquitetura: Brunelleschi, Donatello, Michelângelo

Principais Nomes do Renascimento Fora da Itália

– França: Rabelais (literatura), Montaigne (literatura), Delorme (arquitetura)


– Flandres: Erasmo de Roterdã (literatura), os irmãos Van Eyck (pintura), Bosch (pintura)
– Inglaterra: Shakespeare (literatura e teatro), Thomas Morus (literatura)
– Portugal: Sá de Miranda (literatura), Camões (literatura), Gil Vicente (literatura)

(UFG – 2011) Leia o texto a seguir.

Enquanto andava à procura de ossos pelas estradas rurais, onde eventualmente os indivíduos executados
são deixados, deparei-me com um cadáver ressecado. Os ossos estavam totalmente expostos, mantendo-
se unidos apenas pelos ligamentos, e tinham sido preservadas somente a origem e a inserção dos
músculos. Escalei o poste e destaquei o fêmur do osso ilíaco. Quando puxei a peça com força, a omoplata,
os braços e as mãos também se destacaram, embora faltassem os dedos de uma das mãos, as duas
rótulas e um dos pés. Depois de trazer secretamente
para casa as pernas e os braços e após sucessivas idas e vindas (tinha deixado para trás a cabeça e o
tronco), permaneci durante quase toda noite fora dos limites da cidade a fim de conseguir pegar o tórax,
que se encontrava firmemente preso a uma corrente.VESALIUS, Andreas. De humani corporis fabrica,
1543. Disponível em: http://www.cienciahoje.uol.com.br/noticias/historia-da-ciencia-e-
epistemologia/relancado-tratado-que-inaugurou-anatomia-moderna/. Acesso em: 11 out.. 2010. [Adaptado]

Datada de 1543, a narração do médico Andreas Vesalius, considerado o precursor dos estudos de
anatomia moderna, indica a formação de um novo modelo de conhecimento, no período. Com base na
leitura do texto e considerando o contexto histórico,

a) explique o processo pelo qual a concepção de mundo dos homens se transformou na época do
Renascimento;

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b) analise a concepção de ciência que se formava, apresentando o conflito social que essa nova
concepção gerou.

a) No processo de formação do mundo moderno (XII-XVII), o Renascimento introduziu algumas


importantes transformações, que incidiram sobre a concepção de mundo dos homens daquela época.
Colocou no centro de suas preocupações o homem, o que ficaria conhecido como antropocentrismo.
O humanismo, o estudo da natureza e o desenvolvimento do espírito crítico, em conjunto, colaboraram
para a ampliação dos horizontes em vários campos do conhecimento, que, difundidos, transformaram a
concepção do homem sobre o mundo.

b) Desenvolvia-se a importância de observação direta nos estudos científicos, procedimento que afirmaria a
empiria como forma de construção do conhecimento científico. Com o Renascimento e a difusão de seus
princípios, as dúvidas sobre o corpo humano tornaram legítima, por parte dos médicos, a investigação
empírica, daí a prática de dissecação de cadáveres. Ainda assim, a narrativa do médico, ao revelar que as
suas atividades eram feitas em segredo, indica que, apesar das mudanças produzidas pelo Renascimento,
tais “novidades” provocavam conflito, posto que não eram consensuais. Na verdade, nesse mesmo
período, a Igreja Católica condenava práticas como a da dissecação de cadáveres, pois o corpo humano
era considerado sagrado e não poderia ser violado.

(Gabarito oficial divulgado pela UFG)

(PUCCAMP – 2010) Se a complexidade que o movimento renascentista representou deve ser vista como
a raiz de nossa consciência moderna, então não se deve ressaltar apenas a dimensão metódica e
harmoniosa em torno do eixo dessa consciência. Deve haver nela um espaço equivalente para a fantasia, a
angústia, o desejo, a vontade, a sensação e o medo também. Neste sentido é que estaríamos mergulhando
fundo em nossa raiz, neste sentido é que seríamos realmente radicais e poderíamos declarar como Lord
Macbeth:

“Ouso tudo o que é próprio de um homem; Quem ousar fazer mais do que isso, não o é”. (Nicolau
Sevcenko in Antonio P. Rezende e Maria T. Didier Rumos da História: História Geral e do Brasil. São
Paulo: Atual, 2001, p.123)

O texto de Nicolau Sevcenko permite inferir que, com o Renascimento, o:

(A) estudo de textos clássicos passou a ser valorizado como o fundamento único de comprovação da
verdade.
(B) homem passou a ser inserido no campo da ciência, o que reduziu sua capacidade para a erudição.
(C) conhecimento escolástico medieval passou a ser a estrutura científica básica da visão de mundo do
homem.
(D) homem passou a ser visto como autor de sua própria história, o que multiplicou seu espaço de ação e
reflexão.
(E) homem passou a examinar criticamente o mundo das ideias, o que impediu que agisse sobre o próprio
destino.

Comentário: o texto faz referência direta à importância que o Homem assumiu no período do
Renascimentocença, destacando sua importância como ser sensível ao mundo que o rodeia
(antropocentrismo).

Renascimento Comercial

O Renascimento Comercial foi uma das vertentes do Renascimento Italiano, movimento cultural,
econômico e político surgido na Itália, no século XIV.

Ao lado do Renascimento Cultural e Urbano, o Renascimento Comercial foi marcado pela intensificação
das relações comerciais entre as nações, pondo fim ao sistema feudal e dando início ao capitalismo
comercial.

Contexto Histórico: Resumo

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O fim do sistema feudal e o surgimento do sistema capitalista foram fundamentais para consolidar a
expansão do comércio.

Entretanto, foi a partir das Cruzadas (entre os séculos XI e XIII), expedições militares de caráter
econômico, político e religioso, que as relações comerciais foram fortalecidas com o Oriente.

Além disso, a abertura do Mar Mediterrâneo foi essencial para o aumento das rotas comerciais entre os
países, levando ao fim do período da Idade Média e o início da Idade Moderna.

O Renascimento, aliado ao cientificismo e ao humanismo vigentes, consagraram novas formas de ver o


mundo. Assim, o antropocentrismo, ou seja o homem como centro do mundo, foi substituído
pelo teocentrismo medieval, onde Deus estava no centro do Universo, e a vida das pessoas giravam em
torno da religião.

Para tanto, a “Idade das Trevas” (cunhada por alguns humanistas para indicar o período sombrio e estático
da Idade Média), perdurou durante muito tempo na Europa, do século V ao século XV, e estava baseado
numa sociedade monárquica onde o rei era o senhor mais soberano, seguido da nobreza e do clero.

Os servos, eram os últimos da estrutura hierárquica medieval, e que decerto não possuíam poder e/ou as
mesmas possibilidades que os estamentos acima (nobreza e clero).

Apoiados à crise do regime feudal, os humanistas italianos alegavam que o período anterior do Medievo
esteve marcado por um grande retrocesso humano, em relação às produções clássicas.

Para tanto, a ideia central desses intelectuais, artistas e pensadores humanistas eram sobretudo, a
valorização do homem, na medida em que expressavam e disseminavam essa nova visão de mundo, a
qual emergia aliada às transformações sociais, políticas e econômicas da Europa.

De tal modo, além da crise do sistema feudal, as grandes navegações ultramarinas do século XVI, donde
Portugal foi um dos pioneiros, altera e expande a mentalidade dos homens, aliados ao cientificismo da
Teoria Heliocêntrica (Sol no centro do mundo), proposta pelo matemático e astrônomo Nicolau Copérnico,
em detrimento do Geocentrismo aceito pela Igreja, donde a terra era o centro do Universo.

Essa nova forma de ver o mundo, alterou significativamente a mentalidade dos homens, questionando os
velhos valores num impasse desenvolvido entre a fé a razão.

Além desses fatores essenciais para a transformação da sociedade medieval, o aparecimento de uma nova
classe social, denominada burguesia, consolidam o novo sistema social, econômico e político.

Nesse ínterim, os burgueses que viviam nas pequenas cidades medievais amuralhadas denominadas
“burgos”, começaram a desenvolver o comércio interno, impulsionadas pelas feiras livres, locais de compra
e venda de produtos diversos.

Para saber mais sobre aspectos das feiras medievais, leia o artigo: História e Origem das Feiras.

Note que o sistema feudal já não conseguiu suprir as necessidades de todos os seus habitantes, de forma
que uns fugiam e outros eram expulsos pelos senhores de terra.

Com efeito, esse grupo de marginalizados seguiam para as cidades (burgos) em busca de melhor
qualidade de vida, sendo que aqueles que se dedicaram ao comércio ambulante, foram aos poucos
constituindo a nova classe social que, mais tarde, substituirá o sistema anterior, detendo os meios de
produção e o acúmulo de capital: a burguesia.

Assim sendo, as feiras-livres (donde se destacam a feira de Champagne, na França, e a de Flandres, na


Bélgica) foram essenciais para o desenvolvimento de atividades manufatureiras, aumento da circulação de
mercadorias, o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda e formação de associações
de controle de produção e comércio (Ligas Hanseáticas, Guildas Medievais e Corporações de Ofício).

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Ainda que as cidades italianas de Veneza, Florença e Gênova se destacaram com a abertura do Mar
Mediterrâneo, no século XV e XVI, posto que utilizaram o mar como rota marítima de comércio, sobretudo
de especiarias vindas do Oriente, a expansão ultramarina tornou o mar uma nova rota comercial,
substituindo, dessa maneira, o eixo comercial do Mediterrâneo para o Oceano Atlântico, com a descobertas
das terras no novo mundo.

Absolutismo

Resultante do processo de centralização política das monarquias nacionais europeias, o absolutismoera


um sistema político da Idade Moderna. Suas principais características são: ausência de divisão de poderes,
poder concentrado no Estado e política econômica mercantilista.

Numa monarquia absolutista, o rei tinha com seus súditos uma relação marcada pelo princípio da
fidelidade: todos, sem exceção, deviam obediência e respeito ao monarca e seus representantes. Estes
possuíam a prerrogativa de julgar e legislar ao invocar a mera vontade do soberano. Isso quer dizer, é
claro, que questionar publicamente o desejo do monarca ou de seus agentes poderia ser considerado por
si só um crime passível de punição, como pôde ser visto durante o reinado daquele que é considerado o
expoente máximo do absolutismo: o monarca francês Luís XIV (1638-1715), cognominado como o Rei Sol.
Durante seu reinado, ele concederia prêmios em dinheiro e incentivos fiscais à burguesia de modo a
favorecer as manufaturas, e aplacaria a influência da nobreza ao distribuir favores, pensões e empregos na
sede da corte dos Bourbon em Versalhes, onde viveriam milhares de aristocratas subordinados a ele.
Deste modo, Luís XIV obteve sucesso em controlar ambos os grupos sociais.

Nesta época, surgiriam teorias políticas que justificavam tamanho poder. A primeira apareceria ainda no
século XVI, na obra A República, do francês Jean Bodin (1530-96). Esses escritos defendiam que o
fortalecimento do Estado, gerando uma soberania inalienável e indivisível por parte do soberano, era a
única maneira realmente eficaz para se combater a instabilidade política. Essa linha de pensamento seria
complementada por O Leviatã, do inglês Thomas Hobbes (1588-1679), que afirmaria que o rei não deveria
justificar seus atos perante ninguém. Mas seriam as ideias do bispo francês Jacques Bénigne
Bossuet (1627-1704) que se provariam mais influentes para o regime absolutista. Em sua obra A política
inspirada na Sagrada Escritura, ele apresenta a origem da realeza como divina. O monarca seria o
representante de Deus na Terra, e, como tal, suas vontades seriam infalíveis, não cabendo aos súditos
questioná-las. Essas ideias formariam a base da doutrina política oficial do absolutismo francês, sendo
conhecidas em seu conjunto como a teoria do direito divino dos reis.

Uma condição essencial para a formação deste tipo de monarquia foi a grande quantidade de arrecadação
alcançada após a consolidação do projeto de colonização nas Américas. Isso enriqueceria
substancialmente as monarquias nacionais, possibilitando a manutenção dos exércitos e marinhas. Com o
tempo, surgiria a noção do metalismo, uma das questões mais importantes da nova política econômica do
período que se convencionou chamar de mercantilismo. Para o metalismo, a riqueza de um reino seria
medida pela quantidade de metais preciosos dentro de suas fronteiras. Para garantir isso, era fundamental
que fossem vendidas mais mercadorias do que compradas, a fim de que fosse alcançada uma balança
comercial positiva. Para conseguir tal objetivo, o Estado intervinha na economia e impunha
o protecionismo, de modo que as barreiras alfandegárias ficassem praticamente intransponíveis para os
produtos estrangeiros.

Reforma e Contra-Reforma

Reforma Católica, Contra-Reforma, o que foi a reforma, o que foi a contra-reforma, influências da reforma,
consequências da reforma na igreja católica, reforma luterana, reforma calvinista, reforma anglicana.

O processo da reformas religiosas começa no século XIV com a insatisfação frente à Igreja Católica
Apostólica Romana. Tal insatisfação diz respeito aos abusos desta igreja frente e a mudança da visão de
mundo que começa a acontecer simultaneamente.

Com a excessiva acumulação de bens pela igreja, a grande preocupação material desta e a luxuria que
parte de seus sacerdotes viviam. Também havia sérios problemas no respeito às próprias convicções
católicas, tendo muitos sacerdotes entrando em desvios de seus dogmas como o desrespeito ao celibato e

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o descaso com os cultos e ritos religiosos. Somando-se a isso havia a venda de indulgências (perdão) por
parte do próprio Vaticano para a construção da Basílica de São Pedro.

Somando-se a isso existe o próprio processo de formação da burguesia comercial, que era condenada
pelos padres por usura e o lucro, causou descontentamento por parte dessa classe emergente.

Além disso, os reis também estavam insatisfeitos com a interferência dos papas nas questões políticas
condizente com a realeza.

Juntando-se a isso o próprio pensamento renascentista leva a um maior questionamento das convicções
católicas. Acontece, conjuntamente com o processo de urbanização, um maior acesso a leitura e a
discussão, afinal, homens não estão tão distantes fisicamente nas cidades como eram nos campos. Com
isso começa a surgir um pensamento que vai a direção do humanismo e do antropocentrismo (que opõe o
teocentrismo medieval) e o aparecimento de um pensamento racional e cientifico, que busca explicar as
coisas através de métodos e teorias (opondo-se as explicações espirituais e teológicas da igreja).

Reforma Luterana

O sacerdote alemão, Martin Lutero (1483-1546), foi o primeiro a opor-se de forma mais elaborada contra a
Igreja. Ele fixa 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg questionando as posturas tomadas pela Igreja.

Nas 95 teses Lutero condenava principalmente a venda de indulgências e o culto às imagens. Devido a
essas teses Lutero foi excomungado pelo papa.

Lutero foi favorecido em suas pregações devido ao fato de na região da atual Alemanha, onde ele vivia,
havia muita miséria por parte dos camponeses, que condenavam a Igreja por isso. Além disso, havia
grande interesse de da nobreza daquela região pelas terras da Igreja Católica.

Apesar do apoio dos camponeses a Lutero em uma revolta de camponeses, liderada por Thomas Münzer,
contra os sacerdotes ricos e grandes proprietários, Lutero apoiou o massacre dessa revolta, recebendo em
troca novas adesões por parte das camadas mais abastadas.

Reforma Calvinista

João Calvino (1509-1564) entre os primeiros adeptos das idéia de Martin Lutero, mas com o tempo
começou a defender que a salvação vinha pelo trabalho justo e honesto e que o enriquecimento era
apenas uma graça divina, não podendo ser condenado, mas sim que era uma predestinação divina e que
nada podia ser feito para mudar isso. Com esse pensamento Calvino acaba atraindo muitos comerciantes e
banqueiros.

Reforma Anglicana

Na primeira metade do século XVI, o rei Henrique VIII (1509-1547), que fora aliado do papa, funda a nova
igreja, devido à negação do papa a seu pedido de divórcio. Tal rompimento teve adesão do alto clero inglês
e do parlamento.

Além disso, esse rompimento também foi causado pelo fato da Igreja Católica ser detentora de grande
parte das terras inglesas, o que gerava a cobiça da nobreza inglesa.

Aliando-se a isso, havia a necessidade de enfraquecer o grande poder político da igreja inglesa. Para isso
a cobiça da nobreza pelas terras católicas foi de grande valor a fim de aliar os nobres ingleses contra a
Igreja.

Contra-Reforma

Frente aos movimentos de ruptura com a Igreja Católica, esta primeiramente começou um processo de
perseguição, que não teve grandes frutos. Diante a isso começou-se a reconhecer a ruptura protestante e,
juntamente a isso, começou um movimento de moralização e reorganização estrutural da Igreja Católica.
Entre essas medidas destacam-se:

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Criação da Ordem dos Jesuítas: Fundada em 1534, pelo militar espanhol Inácio de Loyola, os jesuítas
consideravam-se soldados da igreja e possuíam uma estrutura militar, que tinha por função combater o
avanço protestante com as armas do espírito, através da catequização e da conversão ao catolicismo. No
âmbito da catequização, destaca-se o trabalho dos jesuítas nas novas terras descobertas, visando
converter os não-cristãos.

Concílio de Trento: em 1545, o papa Paulo III, convocou reuniões entre católicos, realizadas inicialmente
na cidade de Trento. Esse apresentou, ao final de 18 anos, um conjunto de decisões para garantir unidade
católica e disciplina eclesiástica e reafirmando o dogma católico.

Inquisição: O tribunal da Inquisição foi criado em 1231, mas com o tempo foram reduzindo suas atividades.
Mas com o avanço do protestantismo eles foram reativados em meados do século XVI. Entre suas
atividades foram criadas listas de livros proibidos e julgaram os que discordavam da Igreja Católica.

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