O PAPEL DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JUNTO AO GESTOR
Jiane de Freitas Claudino; Natalia Becker; Tamires Goularte. 1
Juliana G. Sanches 2
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo abordar o assunto no que concerne o papel do coordenador pedagógico
junto ao gestor escolar. O assunto em destaque analisado será destacar os papeis que permeiam a democracia
escolar e os desafios do coordenador pedagógico frente à organização do trabalho escolar. Através desta
pesquisa foi observado que quando o assunto está relacionado a coordenação pedagógia e gestão escolar se torna
necessário haver uma certa democracia. O coordenador pedagógico só consegue trabalhar e criar seus projetos se
houver apoio do grupo gestor. Baseado na pesquisa realizada pode-se relatar também que o coordenador
pedagógico necessita ser uma pessoa comunicativa para que possa enfrentar com facilidade momentos de
conflitos e de decisões relevantes no âmbito escolar.
Palavras Chave: Coordenação; Gestão; Pedagogo; Democrático.
1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa delimitou-se em colher informações para procurar compreender o papel
do coordenador pedagógico frente ao gestor escolar. A relevância de escrever sobre a
coordenação pedagógica na escola se dá pelo motivo de ser um tema de muita relevância no
âmbito escolar.
Esta pesquisa percorre o estudo e análise de literaturas existentes e as políticas
públicas dedicadas ao tema, bem como ratificar a ideia da importância da qualificação dos
coordenadores e educadores para atuarem na áreas definidas.
Esta pesquisa de cunho qualitativo consta com uma revisão bibliografia sobre o tema
exposto, tendo como objetivo percorrer o caminho de mostrar o quão importante se faz uma
boa formação de coordenadores pedagogos e suas práticas, para que uma escola funciona
corretamente e se tenha uma educação com qualidade.
A pesquisa analisa também o traabalho do coordenador pedagógico e o quão é
importante uma gestão escolar pautada num senso democrático, para que desta forma,
professores, cooredenadores e gestores possam trabalhar em conjunto a fim de realizar uma
educação com qualidade dentro das escolas brasileiras.
1
Nome dos acadêmicos.
2
Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED1461) – Seminário Interdisciplinar VIII–
28/09/19.
2. OLHAR HISTÓRICO SOBRE A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
Para se compreender as funçoes de orientador, supervisor e pedagogo, torna-se
necessário conhecer o contexto histórico em que surgiram. No início do século XX, periodo
em que o sistema capitalista e industrial era intenso, surgiu a supervisão e orientação escolar,
onde para atuarem na área eram exigidas formações. E estvam separados, os que pensavam
educação e os que faziam educação. O sistema de orientação educacional no Brasil teve seu
inicio marcado pelo ajuste e adaptação do individuo no mercado de trabalho, de acordo com
Santos:
[...] o foco da implantação do serviço de orientação tinha como perspectiva de
que cada aluno se encaminhasse convenientemente nos estudos e na escolha da
profissão, através de esclarecimentos e conselhos, sempre em consonância com
a sua família. (SANTOS, 1971 apud SÁ, 2003, p. 9
Houve uma mudança provocada pela Lei LDB 4.024/61, o Orientador Educacional se
tornaria agora um orientador de estudos e um conselheiro vocacional. E uma nova Lei, a nº
5.692/71, emcubiu todas as escolas de se relacionarem com a família e a comunidade em
geral.
Após a Proclamação da República, a Inspeção Escolar realizada nos estados, cada um
com seu inspetor responsável, acabou dando origem a Supervisão Escolar. Ela acabou
surgindo pela influência de uma visão fabril, ou seja, de controle e acompanhamento da
produção e das teorias de adiministração (Taylorismo e Fordismo). Segundo Urbanetz (2008,
p. 42), “Inicialmente, a supervisão apareceu como uma força disciplinadora dentro de uma
linha de inspecionar, reprimir, checar e monitorar”. Na escola era tido como um meio de
cobrar, fiscslizar o controle de horários, conteúdos e domínio de turma.
A nova LDB 9394/96, mantém a polêmica no quesito especialização para as funções
de Orientador e Supervisor. Existem duas vertentes em questão: a que defende a formação
continuada de profissionais especializados, separando o trabalho pedagógico com a intenção
de atender o mercado de trabalho. A segunda vertente defende a ideia de uma formação
integral, sem separação entre teoria e prática, rompendo com a visão fabril dentro das escolas
(Sá, 2003).
Segundo Urbanetz:
[...] na organização escolar atual, o pedagogo passou a ser o organizador do
processo educativo, superando a dicotomização entre atender crianças
(orientador educacional) ou atender professores (supervisor escolar). É ele
quem, de maneira bem flexível, vai dando conta desse processo, articulando as
relações humanas dentro da escola. (URBANETZ, 2008, p. 55)
O coordenador pedagógico tem desta maneira dois papéis importantes, o de orientar e
de supervisionar, procurando desta forma superar essa seperação e deixar de ser Epecialista
para se tornar um Pedagogo Unitário, devendo aprender em equipe. O coordenador
pedagógico lida e influencia a vida das pessoas dentro da escola, procurando provocar
autonomia do trabalho dos professores. Penin e Vieira (2002), sob essa perspectica, destacam
que a Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, instituída pela UNESCO,
em 1990, constitui os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
Sendo que aprender a conhecer tem como fundamento o prazer de entender e
descobrir, devendo a escola despertar a curiosidade para que as pessoas continuem a
aprender durante toda a vida. Aprender a fazernão se refere simplesmente à tarefa
profissional, mas compreende o trabalho coletivo, a iniciativa própria e a capacidade de
comunicação na resolução de conflitos.
Um dos maiores desafios diante de um cenário de competição e sucesso individual,
encontra-se o aprender a conviver. E aprendendo a ser a pessoa está integrando os quatro
pilares. Com isso cabe a educação contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, isso
inclui: espírito, corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade
pessoal, espiritualidade, imaginação, criatividade e desenvolvimento de uma
autonomia intelectual e do pensamento crítico para formular os seus próprios juízos de valor e
poder decidir por si mesmo como agir.
A iniciativa em dar o primeiro passo para que o professor se vincule ao trabalho
efetivo da escola deve partir do pedagogo. Sendo assim causando uma possibilidade dos
professores discutirem sua formação e condições efetivas para que o trabalho aconteças
dentro das escolas. Cabe ao coordenador pedagogo também instigar os professores a tomarem
responsablidades e questionarem a concepção de ser humano, indicando leituras, preparando
esquemas com os conceitos principais e fazer uma explanação rápida e provocativa em
encontros de estudos.
Esta é uma função que exige organização e planejamento da ação educativa, saber o
que fazer, o porquê fazer, saber fazer e fazer bem. A gestão escolar na perspectiva
democrática é tida como tarefa de todos os profissionais envolvidos da escola.
Segundo Wittmann:
[...] As práticas em gestão escolar, inerentes ao próprio movimento pedagógico-
didático da escola, são tarefa de todos os agentes envolvidos e demandam
compartilhamento. Não são de responsabilidade de uma pessoa. São de
responsabilidade do conjunto dos agentes, coordenados por uma equipe
gestora e órgãos colegiados. (WITTMANN, 2006, P. 39)
Em muitas escolas é comum que exista apenas o diretor e que fique sobre a
responsabilidade dele as funçoes de orientar, supervisionar, administrar e coordenar. Para dar
contas de todas essas funçoes o diretor precis de uma formação continuada, dedicação e
profissionalismo, espírito de liderança. Segundo Sá (2003, p. 21), “(...) o trabalho
pedagógico escolar deve ser compreendido, organizado e articulado por um educador que
tenha formação integral, onde teoria e a prática não sejam fracionadas pela visão fabril de
funções.” Compreende-se a necessidade da formação de um pedagógico único, sem
fragmentar os conhecimentos e habilidades. Sendo desta forma, este profissional sentirá a
necessidade e responsabilidade de assumir na escola as tarefas cabiveis, para que a mesma
tenha uma gestão democrática.
Desta maneira, fica claro que uma gestão escolar para ser democrática, deve ter a
participação de toda a comunidade escolar. Essa participação pode se paresentar de diferentes
formas, mais principlamente como como forma de pressão sobre o estado em relação ao seu
compromisso com a educação pública (Paro, 1997).
3. O TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Atualmente no Brasil foram instituido em todas as escolsa a coordenação
pedagógica. As legislações municipais e estaduais atribuiram aos coordenadores as
funções de liderança do projeto político pedagógico da escola, até funções
administrativas de assessoria à direção, e, sobretudo, atividades relacionadas ao
funcionamento pedagógico da escola e o apoio aos professores (PLACCO; SOUZA;
ALMEIDA, 2012).
Segundo citam os autores acima, são atividades de avaliação dos resultados dos
alunos, analisar a situação e dar o resultado da situação em que se encontra o ensino e a
aprendizagem. Cuidar também das ações pedagógicas cotidianas, supervisionando e
organizando a frequência dos alunos e professores, andamento do planejamento de aulas,
planejamento das avaliações, organização de conselhos de classe, organização das
avaliações externas, definição do material necessário para as aulas e reuniões
pedagógicas, atendimento de pais, além da formação continuada dos professores.
Mesmo estando diante de um assunto de sublime importância para o crescimento
de uma escola e de seu processo de desenvolvimento de ensino-aprendizagem, fica
notório que muitos profissionais, que atuam na área da coordenação pedagógica, não
possuem um alicerce teórico bem definido, capaz de dirigir suas ações de modo eficaz,
promovendo desta maneira uma sustentação real de seu verdadeiro papel na escola.
Sanches (2002), consegue observar que o histórico do perfil do coordenandor
pedagógico é semelhante ao do supervisor de ensino, que com o passar dos anos
assumiu um papel diversificado dentro das escolas e com funçoes variadas e distintas
denominações.
Foi iniciada na década de 1970 encontros para discutirem com os supervisores de
ensino a possibilidade de se ter um profissional dentro da escola que atendesse parte da
demanda atribuidas a eles. Somente por volta de 1980 é que as coisas se tornaram mais
claras, suas funçoes se tornaram mais definidas. Atualmente a coordenação pedagógia,
mesmo ainda estando envolvidas com outras áreas fora da sua alçada, apresentam
características específicas.
De acordo com Rabelo (2009) a separação das funções de coordenador
pedagógico e de supervisor no ambiente escolar foi traçado. A luta por esta identidade
refere-se a construção de um perfil mais claro do professor coordenador pedagógico.
Hoje, sem sombras de dúvidas percebe-se o papel e a atuação desses profissonais em
nossas escolas.
Para Souza; Seixas; Marques (2013) o Coordenador Pedagógico continua na luta
conquistando seu espaço, onde as discussões a respeito de sua formação ainda continuam.
Toda esta luta e discussões deixam ainda mais claro a relevância da formação desses
profissionais, já que a grande maioria dos Coordenadores Pedagógicos não possuem
graduação e atuam na área sem conhecimentos específicos para dominar as competências
e estratégias necessárias à função.
Para mudar a identidade e papel do Coordenador Pedagógico dentre das escolas, é
necessário portanto que ele tenha uma formação e que seja norteada dentro da sua praxis,
para que desta forma ele se sinta segura para atuar com segurança o seu papel. Sendo
assim todos os envolvidos no âmbito escolar terão uma clareza maior acerca da suas
funçoes e todos também assumirão as suas responsabilidades.
É muito comum as escolas idealizarem os Cooredenadores Pedagógicos como a
pessoa responsável em fiscalizar o professor, ser portador de recado do diretor, tapa
buraco e quebra-galhos, caçador de alunos pelos corredores da escola e outros.
Conforme Merado (2010) o Coordenado Pedagógico é um agente que modifica o
ambiente escolar. Ele é responsãvel por contruir e recontruir a ação pedagógica, visando
também a articulação coletiva do Projeto Político Pedagógico.
Se torna essencial a presença do Coordenador Pedagógico na construção do
Projeto Político Pedagógico, considerando que o Projeto é algo muito importante e que se
forma com muita dificuldade. Ded um lado temos os professores ocupados com seus
planos de aulas e do outrolado os pais que não se sentem com partes integrantes da escola
e desse modo não se comprometem a comparecer as reuniões e discussões coletivas da
insittuição.
Portanto o Coordenador Pedagógico é responsável por coordenar todas as
atividades escolares, abrangendo o corpo docente e os educandos. Mas vale deixar claro
que a função principal dele é a sua atribuição aos professores. Assim, para atuar de
maneira eficiente, é necessário possuir além de uma formação consistente, um
investimento educacional contínuo e sistematizado para que possa desenvolver
capacidades e habilidades múltiplas,de acordo com A educação atual (OLIVEIRA;
GUIMARÃES,2013).
De acordo, com Santos; França(2011) o Coordenador Pedagógico precisa ter
habilidades em se comunicar de forma clara e objetiva já que o mesmo deve estar sempre
articulando as relações interpessoais e pedagógicas na escola, o que não é tarefa fácil.
Professores e Coordenadores precisam trabalhar em conjunto. O Coordenador
Pedagógico deve, portanto ,tornar possíveis situações de desenvolvimento e formação
continuada para os docentes sendo que esta é uma oportunidade relevante para que o
coordenador observe as características dos profissionais da sua equipe e conheça um
pouco mais do perfil de cada um, o que facilitará a sua intervenção junto ao mesmo, caso
seja necessário.
Por fim, o papel do Cooredenador Pedagógico é de ser um elo que ajusta as açoes
na escola. Ele precisa estar inserido num contexto de aprendizado contínuo. Quando ele
opta por trabalhar nesta área em coordenar as atividades ensino e aprendizagem em uma
esola, ele precisa estar consciente da valorização em se trabalhar em coletividade. Assim,
para desenvolver um bom trabalho de coordenação pedagógica é necessário entre outros,
formar uma boa equipe para que se possa distribuir os afazeres diários na qual haja a
facilidade de distribuir os afazeres diários que não são poucos (SILVA,2014).
4. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Estar de frente em uma gestão escolar muitas vezes posiciona a pessoa envolvida no
trabalho administrativo, tomar decisões através da democratização, gerando assim
participação coletiva e inserido todos nas decisões adminsitrativas e pedagógicas da escola.
A qual está assegurada no art. 206 da constituição Federal onde se apresenta
claramente os princípios que visam a melhoria no ensino.
Art. 206.O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I -igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; II -liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III -pluralismo de
ideias e deconcepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; IV -gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V -valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira,com ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
53, de 2006) VI -gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII
-garantia de padrão de qualidade. VIII -piso salarial profissional nacional para os
profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Parágrafo único. A lei
disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da
educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de
seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
E também o art. 3º da LDB 9694/96 reforça esses princípios, orientando e
normatizando a gestão democrática apontando que:
Art. 3ºO ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I -igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II -liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III -pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV -respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V -coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI -gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII -valorização do profissional da educação escolar;
VIII -gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
IX -garantia de padrão de qualidade;
X -valorização da experiência extraescolar;
XI -vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
XII -consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796,
de 2013)
Na leitura da LDB ainda destaca-se que para que se efetive os princípios
citados acima, é fundamental a participação da comunidade escolar, com
autonomia, observamos a seguir o que nos aponta os art. 14 e 15 da referida lei.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades
e conforme os seguintes princípios:I -participação dos profissionais da educação
na elaboração do projeto pedagógico da escola;II -participação das comunidades
escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica
e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito
financeiro público.
Segundo, cita Luck (2000) que para se ter uma gestão de qualidade ela deverá ter
como característica de unidade escolar, onde os membros envolvidos assumem seu poder
atuando todos juntos. Esse poder vem do resultado da competencia gerada em grupo e da
vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões que lhe dizem respeito. Portanto
com esse novo olhar, se rompem com o velho método de gestão, que era centrado na
burocratização, centralização, hierarquização e transferência de responsabilidades.
Quando o assunto é gestão participativa, isto não se resume apenas na equipe diretiva,
mais também em grupos formados em cada segmento que forma a comunidade escolar. E é
através dessas lideranças que são desencadeadas novas formas de gestão ou sustentação a que
for implantada.
Uma nova escola que desenvolve novas práticas pedagógicas, irá consequentemente
desenvolver melhorias no modelo de gestão. E essa nova gestão será dinâmica e promoverá
mudanças a ponto de desenvolver a capacidade de aprender a aprender.
A gestão democrática é um processo de aprendizado e de luta que vislumbra
nas especificidades da prática social e em sua relativa autonomia, a possibilidade
de criação de meios de efetiva participação de toda a comunidade escolar na
gestão da escola. (DOURADO, 1998, p. 79)
Sobre este olhar uma gestão realmente democrática tem como fundamento a
participação de todos os segmentos da comunidade no dia a dia da escola e, especialmente,
nos momentos de tomadas de decisões, onde o Coordenador Pedagógico representa um papel
fundamental para a efetivação da democracia na escola.
5. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E A GESTÃO ESCOLAR
Uma gestão democrática é um tema bastante discutido num ambiente escolar, pois
a responsabulidade por este tipo de gestão não pode estar somente a carga da equipe
gestora. Todos as peças do grande quebra-cabeça precisam estar juntas e unidas para
comporem a grande arte que é o processo de construção coletiva e democrática. Uma
qualidade boa de ensino precisa estar inserido num contexto escolar onde todos fazem
parte do processo educacional (SILVA,2014).
Tal colocação se confirma segundo Libâneo; Oliveira; Toschi:
O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado
pelos demais elementos do corpo técnico-administrativo e do corpo de especialistas.
Atende àsl eis, aos regulamentos e às determinações dos órgãos superiores do
sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolare
pela comunidade. (LIBÂNO; OLIVEIRA; TOSCHI 2011,pag.341).
Fica notório então que para se ter um parendizado com qualidade é fundamental uma
relação estreita da Coordenão Pedagógica com a Gestão.
Segundo, Soares(2012) uma gestão parceira e democrática, onde permite o que toda a
comunidade escolar se envolva nos projetos, pode garantir uma certa autonomia ao
Coordenador Pedagógico para desenvolver seu trabalho, conforme preconiza a LDB9394/96,
quando concede ao diretor da escola a tarefa de construir uma gestão democrática e
participativa.
Todavia muitos gestores tem encontrado difiuldade em implantartão desejada esta tão
desejada gestão, muitas vezes por causa do cotidiano escolar.
Entende-se que para se estabelecer um bom relacionamento é relevante que cada um
seja ciente das suas funções e espaço. Assim, Libâneo; Oliveira; Toschi enfatizam que:
O Coordenador Pedagógico ou professor-coordenador, coordena, acompanha
assessora, apoia, e avalia as atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição
prioritária é prestar assistênci apedagógico-didática aos professores em suas
respectivas disciplinas ,no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos.
Outra atribuição do coordenador pedagógico é o relacionamento com os pais e com
a comunidade, especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-
curricular e didático da escola, à comunicação das avaliações dos alunos e à
interpretação feita delas (LIBÂNO; OLIVEIRA; TOSCHI 2011,pag.342).
Sendo assim, pode-se deduzir que se torna impreencidível uma boa ligação do
Coordenador Pedagógico com o Gestor e com os demais profissionais da comunidade escolar
para que se tenha uma gestão democrática.
Ainda para Soares (2202) um bom relacionamento do Coordenador Pedagógico com o
Gestor, contribui para que ocorra o desenvolvimento de ações pedagógicas coletivas. Um
caminho trilhado desta forma faz que a educação seja construida com bases na parceria e na
coletividade. Assim sendo, acredita-se na possibilidade de umt rabalho coletivo gerenciado
pela direção da escola e organizado pelo Coordenador Pedagógico, envolvendo todos os
segmentos da escola e da comunidade escolar, com a participação de todos. A esse respeito,
Libâneo;Oliveira;Toschi ,ao falar sobre Direção e Coordenação colocam que:
A direção e a coordenação correspondem a tarefas agrupadas sob o termo gestão.
Dirigir e coordenar significa assumir, no grupo a responsabilidade por fazer a escola
funcionar mediante o trabalho conjunto, para isso, precisam reconhecer que sua
ocupação tem uma característica genuinamente interativa (LIBÂNO; OLIVEIRA;
TOSCHI 2011,pag.349 e 350).
Assim sendo, como já foi mencionado cabe ao Coordenador Pedagógico desempenhar
junto a comunidade escolar a gestão do currículo e procurar desenvolver práticas escolares
que realmente estejam associadas com a comunidade. Agindo desta maneira, concerteza o
Coordenador Pedagógico estará desempenhando com qualidade seu papel e todos, pais e
professores estarão fazendo parte de uma aprendizaem democrática na escola
(SANCHES,2012).
No entanto segundo Placco; Souza; Almeida no exercício profissional do coordenador
pedagógico há a predominância de tensões de três naturezas e origens, que são:
As internas a escola, que derivam das relações como diretor, os professores ,pais e
alunos, com otambém as externas a escola, quesão de correntes dasr elações como
sistema de ensino e a sociedade, principalmente quando o responsabilizam pelo
rendimento ruim do aluno nos processos de avaliação externa, e ainda, uma terceira
tensão se origina nas próprias visões ,necessidades e expectativas d oprofissional em
se tratando da sua função e as necessidades da escola e da educação ( PLACO;
SOUZA; ALMEIDA, 2012, pag. 147).
Poranto se faz necessário estabelecer limites naquilo que cabe ou não ao Coordenador
Pedagógico desempenhar no corpo complexo que é o núclo da gestão escolar. Essa prática de
passar responsabilidades dos outros é algo muito corriqueiro nas escolas, portanto é preciso
saber dizer não quando for preciso, sem perder a articulação necessária entre os membros que
compõe a gestão da escola (RABELO,2009).
Silva (2014) expoê também que o Coordenador Pedagógico precisa de liberdade para a
relização de seus projetos. A autora ressalta que se o valor financeiro que muitas vezes é
aplicado em material pedagógico, estivesse a disposição da Coordenação Pedagógica, seriam
maiores as realizaçoes de seus projetos. Por mais que Projeto Político Pedagógico contemple
tais açoes, ainda se encontra certas ressalvas, porque o financeiro da escola se concentra nas
maos do gestor escolar, que este dotado de inúmeras outras atribuições que consomem o seu
tempo, muitas vezes acaba deixando o pedagógico em segundo plano no qual é algo que dever
ser extremamente relevante em uma unidade escolar.
Portanto fica notório que se faz necessário diálogo e interação entre o Coordenador
Pedagógico e o Gestor e os professores. Somente através do diálogo é que se poderá
conseguir uma aproximação, assumindo assim cada um o seu papel em prol do sucesso de
uma educação com qualidade.
METODOLOGIA
Esta pesquisa de cunho qualitativo, que segundo Deslandes (1994) tem sua
importância por envolver um todo de significados das ações e relações humanas, levando em
conta a subjetividade considerando os significados que são atribuídos pelos sujeitos em toda
sua complexidade e diversidade. Consta com uma revisão bibliografia sobre o tema exposto,
tendo como objetivo percorrer o caminho de mostrar o quão importante se faz uma boa
formação de coordenadores pedagogos e suas práticas, para que uma escola funciona
corretamente e se tenha uma educação com qualidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se ,segundo Placco (2012) que atualmente todas as escolas brasileiras
contam com o apoio de uma coordenação pedagógica. Ainda segndo o autor, cabe ao
coordenador pedagógico cuidar das ações pedagógicas cotidianas, supervisionar e organizar a
frequência dos alunos e professores, o andamento do planejamento de aulas, planejamento
das avaliações, organização de conselhos de classe, organização das avaliações externas,
definição do material necessário para as aulas e reuniões.
Observou-se também segundo,Luck (2000) que para se ter uma gestão de qualidade
ela deverá ter como característica a unidade escolar, onde os membros envolvidos assumem
seu poder atuando todos juntos. Esse poder vem do resultado da competencia gerada em
grupo e da vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões que lhe dizem
respeito. Portanto com esse novo olhar, se rompem com o velho método de gestão, que era
centrado na burocratização, centralização, hierarquização e transferência de
responsabilidades.
Observou-se também em Silva (2014)que deixou claro que para se ter uma gestão
democrática todos as peças do grande quebra-cabeça precisam estar juntas e unidas para
comporem a grande arte que é o processo de construção coletiva e democrática.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho procurou desenvolver uma compreensão da necessidade e importância
do segmento da Coordenação Pedagógica nas escolas, bem como refletir sua relação
democrática com a Gestão Escolar. Para isto se desnvolveu algumas reflexões sobre alguns
teóricos sobre o tema proposto.
Nesse sentido foi observado também que em relação ao Coordenador Pedagógico, que
ele não é mais aquele profissional que fiscaliza e controla os professores, mais ele é mais um
articulador do trabalho pedagógico e que trabalha em euipe com toda a comunidade escolar
para encontrar soluções em conjunto.
Percebeu-se também que o Gestor Escolar precisa atuar de forma democrática para
que tanto o Coordenador Pedagógico, quantoa comunidade escolar em geral, possam atuar de
forma aberta e em conjunto, tendooportunidades de opinarem nas decisoões importantes que
regem a comunidade educadora.
Ficou notório também que o Coordenador Pedagógico no exercício de sua função,
produza uma articulação crítica entre professores e seu contexto, entre teoria e prática
educativa, enre o ser e o fazer, num processo que seja ao mesmo tempo formativo e
emancipado, crítico e compromissado. E que o coordenador deve ser alguém comunicativo,
pois em muitos momentos irá viver situações de conflitos, que precisarão ser resolvidos com
tranquilidade, participando da gestão democrática, as propostas em ações concretas por
todos.
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