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Analise Estrutural - Aula 01

O documento apresenta os conceitos fundamentais da disciplina de Análise Estrutural I. Aborda o que são estruturas e sua classificação, o projeto estrutural, a análise estrutural, as condições de equilíbrio, os tipos de apoio e a estaticidade e estabilidade de estruturas. Tem como objetivo fornecer os conceitos básicos necessários para a compreensão da disciplina.

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Analise Estrutural - Aula 01

O documento apresenta os conceitos fundamentais da disciplina de Análise Estrutural I. Aborda o que são estruturas e sua classificação, o projeto estrutural, a análise estrutural, as condições de equilíbrio, os tipos de apoio e a estaticidade e estabilidade de estruturas. Tem como objetivo fornecer os conceitos básicos necessários para a compreensão da disciplina.

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ANÁLISE ESTRUTURAL I

Aula 1: Conceitos Fundamentais


PROF. LUCAS BROSEGHINI TOTOLA

ENGENHARIA CIVIL – 2021/1


ANÁLISE ESTRUTURAL

• Estrutura: “sistemas físicos capazes de receber e transmitir esforços”

• São encontradas no reino animal (na forma de esqueletos) e no reino vegetal (na forma de galhos-
troncos-raizes). São também projetadas e construídas pelo homem, com as mais variadas
configurações, para o atendimento de suas necessidades.
• Edifícios, pontes, torres, barragens, na Engenharia Civil;

• Equipamentos, máquinas, ferramentas veículos, na Engenharia Mecânica;

• Satélites e aeronaves, na Engenharia Aeronáutica;

• Navios e submarinos, na Engenharia Naval etc.


ANÁLISE ESTRUTURAL

• Projeto Estrutural: O projeto de uma estrutura usual compreende várias fases, como:
• Concepção arquitetônica-estrutural, dependente da estética e da funcionalidade da estrutura;

• Pré-lançamento dos elementos estruturais considerando o projeto arquitetônico; levantamento das cargas atuantes
na estrutura; especificação dos materiais;

• análise estrutural para obtenção dos esforços internos e deformações;

• dimensionamento dos elementos estruturais a partir dos esforços obtidos na análise estrutural.

• Análise Estrutural: determina matematicamente o comportamento de sistemas físicos capazes de


receber e transmitir esforços (estruturas), para que se possa proceder a verificação do
dimensionamento de seus diversos componentes.
ANÁLISE ESTRUTURAL

• Embora a maioria das estruturas seja projetada através de recursos computacionais, que permitem a análise
do comportamento integrado de todos os componentes de um sistema estrutural, os conceitos tratados nessa
disciplina são essenciais ao uso desses recursos e a interpretação critica de seus resultados.

• Uma simplificação usual é dividir a estrutura em partes, de comportamentos isolados, levando em conta a
transmissão de esforços entre essas partes. Para isso é necessário conhecer como as cargas são transmitidas
ao longo da estrutura até as fundações.

• Exemplo: Edifício de vários andares (estrutura usual de concreto armado) pode ser separado em lajes,
vigas, pilares e fundações.
ANÁLISE ESTRUTURAL
CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS
Objetivo da disciplina!
• Estruturas ou sistemas estruturais podem ser entendidas como disposições racionais e adequadas de diversos
elementos estruturais. Já os elementos estruturais são corpos sólidos deformáveis com capacidade de receber
e de transmitir esforços. Podem ser:
• Estruturas em barras ou reticuladas - quando constituída de componentes estruturais com uma dimensão
preponderante em relação às suas demais dimensões. A barra pode ser reta ou curva, de seção transversal constante
ou variável e, de acordo com a sua função na estrutura, é chamada de viga, pilar, escora, tirante, etc.
CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS
Objetivo da disciplina!
• Estruturas em barras ou reticuladas - quando constituída de componentes estruturais com uma dimensão
preponderante em relação às suas demais dimensões. A barra pode ser reta ou curva, de seção transversal constante
ou variável e, de acordo com a sua função na estrutura, é chamada de viga, pilar, escora, tirante, etc.
CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS

• Estruturas de superfície: as dimensões da superfície são muito maiores que sua espessura (chapas,
placas, cascas). Ex.: lajes.
CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS

• Estruturas tridimensionais: Quanto todas as dimensões tem a mesma ordem de grandeza. Ex.: blocos de
fundação e barragens;
ESTRUTURAS EM BARRAS OU RETICULADAS

• Classificação quanto a disposição espacial e carregamento:

a) ESTRUTURAS PLANAS: todas as barras b) ESTRUTURAS ESPACIAIS: disposição das barras


contidas em um mesmo plano e/ ou do carregamento no espaço
ESTRUTURAS EM BARRAS OU RETICULADAS

• Estruturas Planas: VIGAS - estrutura reticulada com eixo retilíneo, submetida a forças e/ou binários
que atuam no plano que contém o eixo.
ESTRUTURAS EM BARRAS OU RETICULADAS

• Estruturas Planas: TRELIÇAS PLANAS - estruturas lineares constituídas por barras retas, dispostas de
modo a formar painéis triangulares, e solicitadas predominantemente por tração ou compressão.
ESTRUTURAS EM BARRAS OU RETICULADAS

• Estruturas Planas: PÓRTICOS - elementos formados pela associação de várias barras (como vigas e
pilares) situadas em um único plano, com carregamento atuante no mesmo plano do sistema
estrutural.
CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO

• Para um corpo estar em equilíbrio, ele precisa estar estável → As forças atuantes nele não podem
provocar translações e nem rotações, ou seja, não deve ocorrer movimento de corpo rígido;

• Sendo assim, a resultante de todas as forças atuantes e a resultante de todos os momentos destas forças
em torno de qualquer ponto, tem que ser nula. Para isso a Estática nos dá um conjunto de seis equações
(no espaço), que regem o equilíbrio do sistema: 3 componentes de deslocamento de translação e 3
rotações.

6 graus de liberdade no
espaço
CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO

• Para as estruturas em barras (ou reticuladas) no plano XY (para estudo de vigas, pórticos planos e treliças
planas) as equações se restringem a três:

3 graus de liberdade no
plano
CONDIÇÕES DE APOIO

• Os graus de liberdade precisam ser restringidos de modo à evitar toda tendência de movimento
da estrutura e deixá-la estável. Esta restrição é dada pelos apoios, vínculos que ligam uma
estrutura à elementos externos.

• Os apoios são classificados em função do número de graus de liberdade impedidos. Em um


quadro plano, um apoio pode restringir o deslocamento horizontal x (↔), o deslocamento
vertical y (↕), ou a rotação z no ponto da estrutura onde está posicionada.

• Apoio Simples ou de Primeiro gênero: Apoio de Segundo Gênero

• Articulação, rótula ou apoio do segundo gênero:

• Engaste ou apoio de terceiro gênero


CONDIÇÕES DE APOIO

• Apoio Simples ou de Primeiro gênero: Impede apenas um movimento → apenas uma


reação de apoio. Deslocamentos livres: horizontal e rotação.

• Ex: rolete de skate.

• Articulação, rótula ou apoio do segundo gênero: impede as translações horizontal e


vertical → duas reações de apoio.

• Ex: dobradiça.

• Engaste ou apoio de terceiro gênero: impede a translação e a rotação do elemento →


três reações de apoio.
• Ex: poste enterrado no solo
CONDIÇÕES DE APOIO

• APOIOS NO PLANO

• Cada restrição de apoio está associada a uma reação de apoio,


que é a força ou momento que o vínculo externo exerce sobre a
estrutura.

• O impedimento a um deslocamento está associado ao


aparecimento de uma reação força.

• O impedimento de uma rotação está associado ao aparecimento


de uma reação momento.

• Dessa forma, um apoio do 1º gênero está associado a uma


reação força vertical. Um apoio do 2º gênero está associado
está associado a uma reação força horizontal e uma reação
força vertical. Um engaste está associado a três reações de
apoio: uma reação força horizontal, uma reação força vertical e
uma reação momento.
CONDIÇÕES DE APOIO
CONDIÇÕES DE APOIO
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Considere a barra homogênea:

• Sob a ação deste carregamento, esta barra irá apresentar movimento de translação para baixo. Para impedir
que esta barra venha a apresentar qualquer movimento, isto é, para fazer com que ela fique em equilíbrio,
deve-se vinculá-la convenientemente. Isto pode ser feito, por exemplo, engastando o ponto A, que impede
qualquer movimento de translação da barra ou de rotação.
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Considere agora a nova condição de apoio:

• É imediata a constatação de que esta barra não apresentará translação, mas que apresentará rotação em
torno do ponto A. Vinculando-se o ponto C, a barra não pode mais girar em torno do ponto A, ficando então
em equilíbrio.
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Para verificar se uma certa vinculação da viga é suficiente para mantê-la em equilíbrio, deve-se examinar se
ela impede os três movimentos que ela pode ter no plano: translação horizontal, translação vertical e rotação.

• Como se tem três movimentos a impedir, deve-se utilizar apoios que restrinjam pelo menos três componentes
de movimento dos pontos vinculados ou da estrutura como um todo, isto é, apoios que introduzam pelo
menos três vínculos no sistema.

• Uma estrutura que pode apresentar movimento recebe o nome de hipostática.


• Ex: deslocamento horizontal não impedido:
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Grau de Hiperestaticidade (g)

É definido como o número de incógnitas a serem determinadas menos o número de equações disponíveis.

g = número de incógnitas (reações) - número de equações disponíveis

• Número de equações disponíveis:


• Externas: equações de equilíbrio estático para a estrutura como um todo (3 no plano ∑Fx = 0, ∑Fy = 0, ∑Mz = 0)

• Internas: equações de equilíbrio estático para parte da estrutura conhecido um ou mais esforços internos (ex.: rótula).

• Número de Incógnitas:
• Externas: reações de apoio ou vinculares;

P
A B HA 3 equações disponíveis
3 incógnitas

VA VB
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• As estruturas constituídas de barras são classificadas em Isostáticas, Hiperestáticas e Hipostáticas conforme os


vínculos internos e externos sejam, respectivamente, insuficientes, estritamente suficientes e superabundantes
ao equilíbrio na configuração não deformada.

• ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS: estão restringidas por vínculos que impedem movimentos destas como um corpo
rígido e o número de incógnitas a serem calculadas é igual ao número de equações de equilíbrio da estática
disponíveis: g = 0. As equações de equilíbrio levam à determinação única das reações → ESTATICAMENTE
DETERMINADAS

• Exemplos: Vigas biapoiadas, vigas engastadas com balanço, vigas biapoiadas com balanço (R = 3 e g = 0)
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS: estão restringidas por vínculos que impedem movimentos destas como um corpo
rígido e o número de incógnitas é maior que o número de equações de equilíbrio da estática: g > 0. As equações
de equilíbrio são insuficientes para a determinação das reações → ESTATICAMENTE INDETERMINADAS.

• Exemplos: Vigas biengastadas (R = 6 e g = 3), vigas contínuas (R = 4 e g = 1), vigas apoiada-engastada


ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• ESTRUTURAS HIPOSTÁTICAS: não apresentam equilíbrio estável → vinculação ineficiente e insuficiente: g < 0 .
Pode-se ter ainda uma estrutura que apresenta vínculos suficientes para torná-la estável (g = 0 ou g > 0), porém
colocados de maneira ineficiente o que torna a estrutura instável.

• Estas estruturas não são projetadas!!

• Ex: R = 2, g < 0 Ex: R = 3, g = 0 mas INSTÁVEL (rotação livre)


ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

Para classificar uma estrutura deve-se:

1. Avaliar a eficiência da vinculação externa e interna (entre barras) para restringir o movimento
de corpo rígido da estrutura e classificar em instável ou estável.

2. Caso estável, calcular o grau de hiperestaticidade (g) para auxiliar na classificação em isostática
(g = 0) ou hiperestática (g > 0). Pode se utilizar o g também para classificar a estrutura instável
em hipostática (g < 0).

g = número de incógnitas - número de equações disponíveis


ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Grau de Hiperestaticidade (g) - Exercício


ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Grau de Hiperestaticidade (g) - Exercício

INSTÁVEL
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Grau de Hiperestaticidade (g) – EXEMPLOS

• Número de apoios menor ou igual ao número de graus de liberdade é uma condição necessária, mas não
suficiente para a classificação estática da estrutura!

• R=4

• G=1

• Não restringe a translação horizontal – INSTÁVEL


ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Grau de Hiperestaticidade (g) – EXEMPLOS

• A rótula fornece uma equação de equilíbrio adicional – Momento Fletor em C = 0

• A rótula permite a rotação de maneira que o momento fletor seja nulo nesse ponto.

• g = 4 – 4 = 0 – Viga Isostática
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE

• Grau de Hiperestaticidade (g) – EXEMPLOS


CARGAS/AÇÕES

• Em um projeto estrutural uma etapa


importante é o levantamento de todas as
cargas/ações a qual à estrutura está
submetida.

• Ação é qualquer influência ou conjunto de


influência capaz de produzir estados de
tensão ou deformação ou movimento de
corpo rígido em uma estrutura.
CARGAS/AÇÕES

• Distribuição de cargas em sistemas de piso em lajes, vigas e pilares


CARGAS/AÇÕES

• As cargas a serem consideradas dependem do fim a que se destina à estrutura e seus valores
são estabelecidos com auxílio de Normas Brasileiras (NBRs):
• NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;

• NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações.

• NBR 7188: Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre.

• NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas - Procedimento


• Fixa os requisitos exigíveis na verificação da segurança das estruturas usuais da construção civil e
estabelece as definições e os critérios de quantificação das ações e das resistências a serem
consideradas no projeto das estruturas de edificações, quaisquer que sejam sua classe e destino,
salvo os casos previstos em Normas Brasileiras específicas.
CARGAS/AÇÕES

• Para efeito de projeto estrutural, tem importância especial a classificação quanto à variabilidade
com o tempo, segundo a qual as ações podem ser:
• PERMANENTES: praticamente invariáveis ao longo da vida útil da estrutura, este tipo de carga é
constituído pelo peso próprio da estrutura e pelo peso de todos os elementos construtivos fixos e
instalações permanentes, por exemplo.

• VARIÁVEIS: variam com o tempo, podendo ter natureza e intensidade normais (uso regular, cotidiano
e permanente) ou especiais (transporte de grande peso ou abalo sísmico, portanto
ocasionais/transitórias). Exemplos: vento, sobrecargas de utilização, sobrecargas devido a
equipamentos.

• EXCEPCIONAIS: probabilidade de ocorrência muito baixa e de curta duração. Exemplo: abalos


sísmicos, incêndio, choque de veículo.
CARGAS/AÇÕES

• Em um projeto são necessárias diferentes verificações de segurança em relação aos possíveis


Estados Limites. Estes se dividem em:
• Estados-limites últimos: são aqueles relacionados com a segurança estrutural. Sua ocorrência significa
sempre colapso, total ou parcial, sendo associada à falha de material, instabilidade de um elemento
ou de um conjunto estrutural, ou, ainda, movimento de corpo rígido.

• Estados-limites de serviço: Relacionam-se à capacidade da estrutura de desempenhar


satisfatoriamente as funções às quais se destina. Ex: deformação excessiva, vibrações no piso,
abertura de fissuras.
CARGAS/AÇÕES
CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO

• Para a determinação do valor das reações de apoio aplicam-se as equações de equilíbrio da estática.

• Para cálculo das reações de apoio em vigas biapoiadas pode se também utilizar as fórmulas prontas para os
casos mais recorrentes de carregamento:

Exemplos:
CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO

• Exemplo: Calcular as reações de apoio


CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO

• Quanto houver a combinação de dois ou mais tipos de carregamentos usuais pode se utilizar do princípio da
superposição dos efeitos:

“ O comportamento de uma estrutura sob várias ações externas é igual a superposição dos seus
comportamentos devido a cada uma dessas ações separadamente.”

Exemplo:

Resp.: Vb = 60 kN, Hb = 40 kN, Vd = 140 kN


ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

• Uma estrutura tem a função de receber e resistir ao carregamento imposto e transmitir todo o carregamento
recebido até a base da estrutura. Os esforços internos são proporcionados pela capacidade da barra de
transmitir esforços

• Para o projeto de qualquer elemento estrutural é necessário primeiramente o conhecimento dos esforços
internos que ocorrem no elemento para então dimensioná-lo. Os esforços internos são obtidos na etapa de
análise estrutural e podem ser determinados pelo método das seções.
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

• Para saber se uma estrutura que se está projetando resistirá ou não ao carregamento que nela irá atuar deve-
se determinar seus esforços máximos.
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Esforços internos em uma barra

• De acordo com o teorema fundamental, os esforços solicitantes em uma seção S podem ser obtidos cortando
a barra nesta seção e reduzindo em seu centro de gravidade G ou os esforços externos aplicados à direita do
corte ou então os esforços externos aplicados à esquerda do corte.
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Esforços internos em uma barra

• A redução em G dos esforços externos aplicados. Observa-se que os esforços solicitantes que atuam nos dois
lados da barra cortada segundo S são iguais em intensidade, mas com sentidos opostos.

• Em ambas as figuras atua em S uma força cortante de 40N, tendendo a girar o trecho de barra em que se
aplica no sentido anti-horário. Também se tem nas duas Figuras um momento fletor de 120 N.m, tracionando
as fibras inferiores da barra.
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS
Esforços internos em uma barra

• Seja uma barra submetida a forças externas (e reações de apoio) que está em equilíbrio. Para obtenção dos
esforços internos é necessário parti-la em duas partes.

• Supondo que a seção S divida a barra em duas partes, esquerda e direita, cada parte da estrutura deve estar
em equilíbrio também. Logo, a resultante das forças internas na seção deve estar em equilíbrio com as forças
externas aplicadas em cada parte considerada isoladamente

As resultantes R e M são obtidas aplicando se as equações de equilíbrio


da estática em cada parte isolada
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Esforços internos em uma barra

• A resultante de força R é decomposta em forças paralelas aos eixos cartesianos assim como o momento resultante
M. Admite-se que o eixo x coincide com o eixo longitudinal da barra, que passa pelo centróide da seção.

• Se a força resultante R estiver contida no plano xy haverá duas componentes:


• Esforço normal N paralelo a x e perpendicular a seção transversal

• Esforço cortante V paralelo a y e paralelo a seção transversal

• Admitindo se que M tem duas componentes apenas, estas são denominadas:


• Momento fletor M em torno do eixo z

• Momento torsor T em torno do eixo x M


ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Deformações causadas pelos diferentes tipos de esforços:

• Normal: dilatação ou compressão da barra duas seções adjacentes tenderão a se afastar (tração) ou se aproximar
(compressão):

• Cortante: duas seções adjacentes tenderão a deslizar verticalmente uma em relação a outra
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Deformações causadas pelos diferentes tipos de esforços:

• Momento Fletor: duas seções tendem a girar (em torno de z) uma em relação à outra (flexão).

• Momento Torsor: duas seções adjacentes tendem a girar (em torno doeixo x) uma em relação à outra
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Convenção de Sinais
• Esforço Axial N: positivo saindo da seção (tração) e negativo entrando (compressão)

• Esforço Cortante V: positivo tende a girar no sentido horário e negativo no anti-horário:


ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Convenção de Sinais

• Momento fletor M positivo quando tende a distender/tracionar as fibras inferiores e negativo quando
tende a distender as fibras superiores:

• Resumindo:
ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

• Esforços internos em estruturas reticuladas espaciais (pórtico espacial):


ESFORÇOS SECCIONAIS OU INTERNOS

Classificação das estruturas reticuladas quanto aos esforços internos:

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