BLUEPRINT NO CABEÇOTE
O cabeçote possui muitas marcas de fundição, quinas, batentes e curvas
que induzem perdas no escoamento dos fluidos, o que poderá acarretar
em aumento do consumo, e perca de potência no motor, sem mencionar
outros fatores.
Com o intuito de melhorar o desempenho do motor é comum aumentar a
cilindrada ou colocar peças voltadas para competição.
E para que as novas peças possam dispor da sua eficiência total (ou
quase), o cabeçote precisa ter alguns pontos redimensionados.
Os dutos podem ser redesenhados suavizando ao máximo as curvas,
retirando as quinas internas, suavizando a passagem do ar combustível
pela guia e otimizando o coletor com a entrada do duto de admissão.
Essas alterações também conhecidas como blueprint tendem a aumentar
a eficiência volumétrica do motor em conjunto com as novas peças.
É interessante que haja um pouco de aspereza na superfície do duto de
admissão. Essa aspereza na parede do duto gera micro turbulências em
suas imediações evitando que o fluido se choque nas paredes quebrando
a mistura acontecendo o gotejamento do combustível.
A camada do fluido próxima à parede do duto é chamada de Camada
Limite ou Boundary Layer, estudado em Mecânica dos Fluidos.
Com um nível de complexidade maior pode-se criar diferentes graus de
aspereza ao longo do duto a fim de alterar o formato do fluido que entra
na câmara de combustão, direcionar o fluido, compensar o formato do
duto e aperfeiçoar o escoamento na faixa de RPM efetiva do motor.