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O Ensino Dos Alunos Com Deficiencia Artigo

Este documento discute as dificuldades enfrentadas por alunos com deficiência intelectual no ambiente escolar e métodos para melhorar seu aprendizado. Ele explica que alunos com deficiência intelectual têm dificuldades em construir conhecimento e mostrar suas capacidades, especialmente em escolas tradicionais que não os estimulam adequadamente. O documento também discute a importância do diagnóstico precoce e do apoio especializado para esses alunos terem melhores resultados.
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O Ensino Dos Alunos Com Deficiencia Artigo

Este documento discute as dificuldades enfrentadas por alunos com deficiência intelectual no ambiente escolar e métodos para melhorar seu aprendizado. Ele explica que alunos com deficiência intelectual têm dificuldades em construir conhecimento e mostrar suas capacidades, especialmente em escolas tradicionais que não os estimulam adequadamente. O documento também discute a importância do diagnóstico precoce e do apoio especializado para esses alunos terem melhores resultados.
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br/recit

O ensino do aluno com deficiência


intelectual
RESUMO
Miriam Silvério Este trabalho teve como temática o aluno com deficiência intelectual e as formas de levar
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR), Medianeira, Paraná, o aprendizado até este, com objetivo de conhecer as dificuldades que este aluno apresenta
Brasil.
e as maneiras que o ensino deve ser dirigido ao aluno com deficiência intelectual. Trata
Antônio Aprigio ainda sobre as necessidades encontradas para se trabalhar com esse público nas escolas e
[email protected]
Universidade Tecnológica Federal do apresentar algumas técnicas que podem ser desenvolvidas pelos professores de maneira
Paraná (UTFPR), Medianeira, Paraná,
Brasil.
que não exclua o aluno e sim proporcione oportunidades de interação. Apresenta conceitos
sobre a inclusão do aluno com necessidades especiais visando sua participação em todas as
atividades focando em suas potencialidades, relata sobre os direitos que o educando possui
quanto ao atendimento especializado por professores capacitados que atendam as
necessidades apresentadas, o atendimento educacional especializado e práticas para a
inclusão. Sobre as práticas pesquisadas que podem ser trabalhadas com o aluno com
deficiência intelectual percebe-se que são práticas focadas em jogos interativos e
educacionais de modo a estimular o aluno a desenvolver sua estrutura mental, sua
autonomia e autoestima.
PALAVRAS-CHAVE: Métodos; aprendizagem; atendimento especializado; inclusão.

R. Eletr. Cient. Inov. Tecnol, Medianeira, v. 8, n. 16, 2017. E – 5091.


INTRODUÇÃO

Há vários métodos para se trabalhar em sala de aula, abrangendo de modo


heterogêneo os alunos. Visando que cada um em suas especificidades possui
seus próprios meios de aprendizagem o qual o professor precisa descobrir a
metodologia para trabalhar com cada caso. Para tanto é preciso ainda um olhar
voltado aos alunos com Deficiência Intelectual.
Verificar como o professor tem trabalhado o quesito inclusão em sua classe e
o quanto estão cientes sobre à deficiência intelectual, são fatores que rondam
escolas e preocupam pais de grande parte das instituições de ensino.
Os pais preocupados com os filhos para que acompanhem a turma, confiam
no atendimento escolar, os professores por sua vez tentam levar o aprendizado
a todos sem distinção. Porém é preciso analisar esse profissionalismo como está
acontecendo. Analisar se as escolas têm proporcionado especializações para os
professores, tendo em vista à colaboração de todos, escola, comunidade e pais
para um trabalho eficaz com estes alunos.
O objetivo do presente estudo é analisar sobre a Deficiência Intelectual
entendendo as dificuldades apresentadas nos alunos e sugerir alguns métodos
para desenvolver trabalhos significativos aos educandos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A DI por ser difícil de diagnosticar acaba se tornando um impasse nas escolas


devido à demora do diagnóstico. Por algum tempo foi utilizado o método
coeficiente de inteligência (QI) para se chegar ao resultado. Uma definição
baseada no QI fez com que a Organização Mundial da Saúde classificasse a
Deficiência em três níveis, leve, moderado e profundo. (GOMES et a.l 2007).

2.1 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A DI se caracteriza pela dificuldade de aprendizagem e comprometimento do


comportamento assim sendo, ela se manifesta e maneira especial em período
escolar. (GOMES et al. 2007).

R. Eletr. Cient. Inov. Tecnol, Medianeira, v. 8, n. 16, 2017. E – 5091.


Também definida por Sampaio C. e Sampaio S. (2009) como problemas que
ocorrem no cérebro, levando a um desenvolvimento cognitivo baixo, mas que
não atingem outras regiões do cérebro.
As causas da DI são 30 a 50% desconhecidas sendo mais relevantes os fatores
congênitos, genéticos ou adquiridos. Alguns exemplos de DI são, Síndrome de
Down, Síndrome alcoólica fetal, Intoxicação por chumbo, Síndromes
neurocutâneas, Síndrome de Rett, Síndrome do X-frágil, Má formações cerebrais
e Desnutrição protéico-calórica. (TEDDÉ, 2012).
O diagnóstico precoce é importante, pois quanto antes a criança começar a
exercer as aprendizagens cognitivas melhores resultados e desempenho obterá.
As potencialidades e dificuldades devem ser diagnosticadas para que sirvam de
ponto de partida para o trabalho no sistema de apoio (SILVA; COELHO, 2014).

2.2 A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA ESCOLA

O aluno com deficiência intelectual apresenta dificuldades em construir o


conhecimento e também em mostrar suas capacidades. Essas dificuldades são
agravadas quando a escola se apresenta em modelo tradicional de ensino onde
o aluno somente recebe informações sem interagir e sem ser estimulado. Essas
escolas acabam por enfatizar a deficiência inibindo o desenvolvimento da
aprendizagem do educando (GOMES et al. 2007).
A desistência do aluno acontece devido a muitas escolas atenderem os alunos
de forma limitada, não oferecendo o que ele precisa para seu desenvolvimento.
A evasão acontece seja por questões sociais, deficiências ou diferenças sexuais,
pois precisam de apoio e atenção como qualquer outro aluno (FARIAS; SANTOS;
SILVA, 2009). Isso significa que, em muitos casos o aluno é discriminado pelos
itens citados a cima o que o desmotiva e os leva a desistência.
Escolas em que predominam conceitos conservadores e autoritários podem
inibir o desenvolvimento do aluno, muito mais quando este possui DI. Essas
escolas muitas vezes prezam pela competição e o despejamento de conteúdo.
Dessa forma o professor se vê sobrecarregado buscando em muitos casos tirar o
aluno com DI de sua sala encaminhando-o para qualquer lugar que possa dar
atendimento especial. Essa atitude enfoca a deficiência do aluno deixando o de
lado excluído. (GOMES et al., 2007).

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Gomes et al (2007) diz que a escola precisa se adaptar a esses alunos e não
vice-versa, é preciso recriar suas práticas, mudar suas concepções, reconhecendo
e valorizando as diferenças. O ato de ensinar é coletivo o professor disponibiliza
um conhecimento para todos sem exceção.
Para Ribeiro, Lima e Santos (2009) as adequações devem incluir a redução de
número de alunos em sala de aula para que o professor possa trabalhar de modo
eficiente atendendo todos os alunos. Alguns professores acreditam ser justa a
inclusão e as adaptações para acolher esses estudantes e mesmo entendendo o
respaldo dos princípios educativos sobre a inclusão muitos docentes se sentem
despreparados para aceitarem esses alunos em suas classes.
Sampaio e Sampaio (2009) citam a socialização e a autonomia como um dos
benefícios da educação inclusiva e de um modo geral ainda enfatiza sobre a
interação entre aluno com e sem DI para uma relação de respeito às diferenças
e o desenvolvimento de trabalhos em equipe onde haja efetivamente essa
interação.
É através dessa educação inclusiva que o aluno pode viver de forma autônoma
e integrada, sendo preparada para interagir de forma independente e funcional
em todos os aspectos de sua vida (FRANÇA et al. 2008).
Os autores França et al. (2008) ressaltam também para os princípios
estabelecidos nos estudos de Piaget e Speck (1978) sobre a intervenção ativa com
o DI. São os princípios ativos, estruturação, transferência, associação da
linguagem e ação e aprendizagens sociais.
É comum o diagnóstico ser realizado em crianças que já frequentam a escola,
quando assim, esse processo envolve avaliação psicométrica e adaptativa para
identificar as áreas que precisam ser mais e menos desenvolvidas. O apoio
prestado a criança com DI deve ser multidisciplinar envolvendo todos que
participam de sua vida de modo a fortalecer sua aprendizagem. (SILVA; COELHO,
2014).

2.3 OS DIREITOS DO ALUNO DEFICIENTE INTELECTUAL

A criança com necessidades especiais tem seus direitos garantidos por lei é o
que fica explícito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996. Em seu artigo 58º a educação especial é uma

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modalidade de ensino que deve ser oferecida preferencialmente em rede regular
de ensino aos alunos com necessidades especiais.
Os incisos do artigo tratam ainda sobre os serviços especializados que deverão
ser ofertados para atender a clientela de educação especial; o atendimento
deverá ser realizado em classes, escolas ou serviços especializados, atendendo as
condições dos alunos quando sua integração não for possível em sala comum; a
oferta do ensino é dever do Estado com início na faixa etária de zero a seis anos
de idade para educação infantil. (LDB, 1996).
O art. 59º diz que o sistema do ensino assegurará ao aluno com necessidades
especial currículos, métodos, recursos educativos para tender suas necessidades;
professores capacitados para integração do aluno em sala de aula e professores
com especialização adequada em nível médio ou superior para atendimento
especializado (LDB, 1996).
O artigo 60º trata dos critérios de caracterização das instituições
privadas especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, que os
órgãos normativos dos sistemas estabelecerão para fins de apoio técnico e
financeiro pelo Poder Público. Este por sua vez adotará como alternativa
preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades
especiais na própria rede pública regular de ensino. (LDB, 1996).
Sobre estes diretos e garantias à educação especializada, o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) também interage em conformidade com os
artigos da LDB.
Em seu artigo 208. Inciso II retrata sobre ações de responsabilidade pelo não
cumprimento aos direitos assegurados à criança e ao adolescente de ter acesso
ao atendimento educacional especializado.
Esse atendimento não é focado somente aos professores mas a todo o
sistema de ensino que deverá proporcionar ao aluno, quando necessário, reforço
escolar, atendimento psicossocial às famílias e todos os meios que proporciono
o aluno o acesso e a permanência a escola (DIGIÁCOMO M, e DIGIÁCOMO I,
2013).

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2.4 AS PRÁTICAS PARA A INCLUSÃO NA ESCOLA

A inclusão só pode acontecer quando houver a prática voltada às


necessidades do aluno, para isso acontece o preparo do professor especializado
que atua como orientador e supervisor de tais práticas (EDLER, 1997).
As práticas ocorrem após realizar-se um diagnóstico, avaliar os alunos onde
serão identificadas as potencialidades e suas necessidades. Analisando educação
escolar é uma instância educativa que trabalha com o desenvolvimento do
educando, visando suas habilidades cognoscitivas juntamente com outras
formações como, por exemplo, convicções como habilidade motora. (BRASIL,
2006).
A avaliação se dá pela analise nos âmbitos educacional, aluno e família. No
âmbito educacional analisa-se a dimensão educacional escolar e a ação
pedagógica sobre os aspectos filosóficos de valores e crenças, a estrutura e
funcionamento organizacional, professor, sala de aula, recursos de ensino
aprendizagem, estratégias metodológicas utilizadas para o ensino do conteúdo e
estratégias avaliativas. (BRASIL, 2006).
Quanto ao âmbito familiar é levado em consideração o convívio e as
características do ambiente familiar. São observadas as condições físicas da
moradia, cultura, valores e atitudes, expectativas de futuro, pessoas que
convivem com o aluno, relações afetivas e qualidade das comunicações
(CAPELLINI; RODRIGUES. 2012).
É necessário que haja mediações entre os aspectos cognitivo, afetivo,
linguístico, motores, psicomotores para que aconteça o desenvolvimento de
competências e de habilidades para as condutas de adaptação do aluno com DI
(BRASIL, 2006).
Habilidades e competências precisam ser desenvolvidas pelo processo ensino
aprendizagem. Há competências cognitivas de níveis distintos de ações e
operações mentais. Os níveis são básico, operacional e global. (BRASIL, 2006).
O nível básico corresponde às ações mentais que analisam as características
dos objetos proporcionando a construção de conceitos são exemplos, levantar
dados, analisar e reconhecer um objeto dentre outros localizando sua posição; o
nível operacional são ações mentais coordenadas que pressupõe relações entre
objetos possibilitando classificar, organizando objetos de acordo com um
critério, incluindo classes e subclasses; seriar, organizando objetos de acordo

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com suas semelhanças ou diferenças; o nível global compreende as ações e
operações mentais mais complexas que exigem a aplicação dos conhecimentos a
situações diferentes e à resolução de problemas inéditos, são exemplos, analisar
determinados objetos com base em princípios, valores; explicar causas e efeitos
de determinados fatos e fenômenos; fazer generalizações a partir de leis ou de
relações descobertas ou estabelecidas em situações diferentes.(BRASIL, 2006).
Sobre o processo ensino aprendizagem destacam-se elementos tais como o
aluno que constrói seu conhecimento, os objetos do conhecimento e os
educadores que atuam como mediadores entre o aluno e o objeto de estudo
(BRASIL, 2006).
Outra forma seria deixar o aluno livre para que ele cole as bolinhas de papel
onde ele desejar sobre o desenho, e não seguir traços sem sentido para ele.
Através dessa metodologia o aluno pode criar e inventar outro desenho ou
implementar o que lhe foi entregue. Seu desenvolvimento cognitivo estará em
desenvolvimento, ou seja, em ação. (GOMES et al. 2012).
A socialização também entra como prática para inclusão, ela precisa ser
vivenciada tanto na escola regular como no Atendimento Educacional
Especializado (AEE). A socialização exige construções cognitivas e compreensão
da relação com o outro. O que não pode acontecer é a falsa socialização, onde o
estudante é tolerado em sala de aula perpetuando sua exclusão. (GOMES et al.
2012).
Ribeiro, Lima e Santos (2009) mostram que a escola inclusiva precisa ter um
projeto pedagógico o qual toda equipe possa discutir, entender e promover
transformações em sua organização e funcionamento tendo por finalidade
atender as necessidades dos alunos. Aos professores é necessário que
desenvolvam domínio teórico-prático sobre as concepções buscando o
aperfeiçoamento de sua prática. “Logo, uma nova abordagem educacional
pressupõe pensar o ensino a partir de uma atitude aberta, flexível e, sobretudo,
reflexiva em relação à própria prática educacional”. (RIBEIRO; LIMA; SANTOS,
2009, p. 95).

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2. 5 MÉTODOS PARA APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Silva e Coelho (2014) falam sobre Maria Montessori, que trabalhou com
psiquiatra em asilos e constatou que as formas como eram tratados não lhes
permitiam desenvolvimento. Então investiu em estudos de outros
pesquisadores, médicos-educadores e assim criou seu próprio método focado
em objetos concretos. Seus estudos se concretizaram em um trabalho que
realizou com jovens com DI onde identificou que as dificuldades advinham da
pouca estimulação sensorial.
A qualidade do processo de aprendizagem depende das atividades
construtivas dos alunos, da natureza do conteúdo, da metodologia didática e das
ajudas que lhes são prestadas por professores e pelos próprios colegas. (BRASIL,
2006).
Um passo inicial para se trabalhar conceitos matemáticos é proporcionar aos
alunos situações de aprendizagem em que eles mesmos possam construir seus
conceitos. Os jogos matemáticos, por exemplo, são um ótimo meio para essa
aprendizagem. Por terem caráter lúdico despertam nos alunos curiosidades e
atenção o que podem levar a interação, no caso com a matemática. (ROCHA,
2010).
As estratégias são várias para se trabalhar com o aluno DI, são jogos,
atividades voltadas à realidade do estudante para que se sinta estimulado outro
método importante é utilização de computadores. Independente do recurso que
se utiliza o que vai concretizar o aprendizado será a abordagem teórica sobre o
uso desse equipamento. Há softwares que permitem a interação do aluno com o
computador de maneira que este aprenda como os métodos tradicionais. O
professor precisa estar atento à esse processo para que possa analisar como o
aluno está procurando as respostas. (FALCONI; SILVA, 2002)
Junior (2010) ressalta sobre o benefício dos jogos estimulando o cognitivo de
maneira prazerosa, pois acredita que a criança satisfaz suas necessidades básicas
como nos aspectos físicos, social e psíquico. Aponta o uso do computador como
uma ferramenta que auxilia o desenvolvimento do aluno. A atividade no
computador permite ao educando utilizar seu corpo e sua mente.
Quanto aos jogos Valle (2008) explica sobre sua importância e que precisa
estimular a criança não somente a jogar e adquirir conhecimentos sistematizados

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e sim fazer com que as crianças entendam os jogos, interpretando, questionando
e buscando soluções para os problemas.
Outro método é a utilização de cartazes, a criança realiza trabalhos que
ficarão expostos na sala de aula ou em corredores, quando ela olha percebe o
trabalho que fez tornando-o uma referência visual assim também estimula sua
memorização. (FALCONI; SILVA, 2002).
Em sala de aula o professor deve trabalhar de forma sempre a integrar o aluno
com a turma, fazendo com que ele disponha de todo material didático que as
demais crianças utilizam. Os trabalhos em grupo também são importantes, pois
proporciona ao aluno com DI o companheirismo com os outros alunos e trabalha
o respeito às diferenças. (FALCONI; SILVA, 2002).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A deficiência Intelectual é apenas mais uma entre tantas outras, seja qual for
a dificuldade do aluno é preciso ter em mente que o trabalho deve ser bem
elaborado com a finalidade de desenvolver o aluno. A deficiência intelectual
como explica Teddé (2012) faz com que o desenvolvimento em algumas
habilidades aconteça de forma lenta.
Gomes et al. (2007) vem expor sobre como agir dentro da escola como o aluno
DI. Compete então à escola trabalhar as habilidades explorando outras
capacidades do aluno para que esse se desenvolva por completo. É fato que para
realizar este trabalho algumas necessidades educacionais são importantes.
Escola sozinha não consegue agir assim como o professor o aluno e os pais
sozinhos não podem resolver o problema, o trabalho é em equipe envolvendo
todos com um único objetivo, o de desenvolver a criança plenamente.
Nascimento (2009) ressalta sobre o atendimento ao aluno com DI, das
intervenções pedagógicas e das metodologias que devem ser utilizadas de
acordo com as necessidades individuais de cada aluno.
A formação continuada também é essencial para este processo, o professor
não pode adquirir apenas um método diferenciado, é preciso ir além estar
sempre atrás de novidades, pesquisar sobre as deficiências, entrar em contato
com outros professores que passam ou passaram pelas mesmas situações e
assim trocar ideias e criar outras, aperfeiçoamento profissional como cursos de

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especialização. Sobre formação continuada Nascimento define: todos os que
estão envolvidos com a aprendizagem desses educandos precisam refletir sobre
o seu papel e, aperfeiçoar as condições oferecidas, para que esses alunos tenham
um bom desempenho acadêmico com aprendizagens significativas e
contextualizadas com suas necessidades e interesses.(NASCIMENTO, 2009
p.289).
O relacionamento escola e família também precisam ser valorizados, os pais
precisam acompanhar o desenvolvimento de seus filhos e o professor precisa
buscar essa interação.
Toda e qualquer atividade que o professor venha a desenvolver com sua
turma, é preciso antes um planejamento para que o ensino não seja de forma
banal e sim dirigido. O ensino precisa abarcar a todos sem distinção. Falconi e
Silva (2002) relatam algumas estratégias possíveis para serem desenvolvidas
como: trabalhar com a realidade do aluno e dar ênfase em suas habilidades;
manter rotina diária; as atividades devem ser explicadas lentamente e repetir
quantas vezes forem necessárias, pois a repetição possui grande importância no
desenvolvimento da criança com DI; observar como o aluno reage e age a cada
nova atividade; propor trabalhos que desenvolvam as habilidades sociais, de
comunicação, cuidados pessoais, autonomia; trabalho em campo pesquisas,
atividades com práticas e vivências estimulando o conhecimento e novas ações;
dramatização com músicas, teatros e leituras entre outras.
Acredita-se que com tais estratégias o aluno desperta para o conhecimento
através do interesse e participação em todas as atividades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A deficiência intelectual por não se mostrar visível em muitos casos, passa


despercebida pelos professores ou ainda é vista como preguiça e falta de
interesse por parte do aluno. Acredita-se então que uma avaliação inicial seja o
primeiro passo para um professor que está conhecendo sua turma.
A avaliação pode detectar as dificuldades e as potencialidades de cada aluno,
só assim o professor pode começar a trabalhar os conteúdos e identificar o aluno
com deficiência intelectual.

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Quando identificada a DI o professor juntamente com equipe pedagógica
deve procurar os melhores meios para o aprendizado do aluno. Ressaltando que
o diagnóstico deve ser dado por profissionais como psicopedagogo, psicólogos
ou médicos após muitas avaliações.
O professor conhecendo seu aluno e sabendo de suas necessidades deve
buscar auxilio para trabalhar com este de maneira não exclusiva, mas de forma
que o aprendizado chegue a todos sem diferenciação. Buscar métodos
diferenciados para desenvolver o conteúdo com a turma toda e respeitar o
tempo de cada aluno, especialmente o que apresenta DI são fatores essenciais
para um aprendizado significativo.
O trabalho pode alertar sobre a Deficiência a professores e envolvidos no
aprendizado do aluno, quando não conseguem entender o motivo pelo qual este
apresenta dificuldades e não consegue aprender. Leituras complementares são
extremamente importantes, cada artigo pesquisado apresenta informações
relevantes sobre a DI.
Para ensinar bem é preciso conhecer e entender do assunto, assim o aluno
com Deficiência Intelectual pode desenvolver suas funções cognitivas
aprendendo e se desenvolvendo no seu tempo de aprendizagem.

R. Eletr. Cient. Inov. Tecnol, Medianeira, v. 8, n. 16, 2017. E – 5091.


REFERÊNCIAS

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Recebido: 30 nov. 2016.


Aprovado: 09 ago. 2017.
DOI:
Como citar: SILVÉRIO, M. ; APRÍGIO, A. ; O ensino do aluno com deficiência intelectual. R. Eletr. Cient.
Inov. Tecnol, Medianeira, v. 8, n. 16, 2017. E – 5091.
Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/recit>. Acesso em: XXX.
Correspondência:
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R. Eletr. Cient. Inov. Tecnol, Medianeira, v. 8, n. 16, 2017. E – 5091.

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