Apostila de Capitães
Apostila de Capitães
Nome: __________________________________________________
Índice
- Espiritualidade 1
- Organização 1
- Pré-Teste 1
- Liderança e comando 2
- Disciplina 2
- Honestidade 3
- Lealdade 3
- O Capitão e o Clube 3
- Estrutura do Clube 3
- Organograma e Hierarquia 4
- Classes e Especialidades 5
- Uniformes 6
- O Capitão e a Unidade 7
- Escolha do Nome da Unidade 7
- Bandeirim 7
- Grito de Guerra 8
- Deveres do Capitão 8
- Filosofia do Clube 8
- Teste de Liderança 9
- Bandeira do Clube de Desbravadores 11
- Ideais 12
- Hinos 12
- Símbolos 13
- Quem são os Desbravadores 14
- Arte de Acampar 16
- Ordem Unida 20
- Conteúdo Prático 28
1 - Espiritualidade
2 - Organização
É fácil conhecer se uma pessoa é organizada ou desorganizada. Pense em alguns detalhes da pessoa como: sua
roupa, sua mochila, seu caderno, ... o que mais? Pense mais coisas... Agora vamos fazer um teste para avaliar
seu grau de organização ??
2.1 PRÉ-TESTE
Agora pense em você e dê uma nota no final deste teste. Obs: coloque S (sim) ou N (não), depois conte quantos
sim e dê sua nota.
1) Quando usa um objeto você coloca novamente no lugar? ( )
2) Consegue arrumar sua mochila de forma que encontre as coisas sem demorar? ( )
3) Você tem lugar certo para guardar suas coisas em casa? ( )
4) Aprendeu a usar o relógio só para olhar as horas e deixar o tempo rolar, ou já aprendeu a
distribuir o tempo para as atividades como: estudo, tarefas, recreação,etc ? ( )
5) Você costuma anotar as coisas como: recado, telefones, datas, números, ou deixa por
conta da memória? ( )
6) É capaz de controlar o dinheiro, não gasta tudo de uma vez? ( )
7) Consegue fazer uma compra para sua mãe com vários itens, e depois trazer as notas e trazer o
troco certo? ( )
8) Ao sair com a unidade você organiza em fila indiana? ( )
9) Quando recebe ordens de outros líderes ou pais, você obedece e faz com perfeição? ( )
10) Você tem prazer em ajudar aos outros e está sempre disposto a fazer trabalho comunitário
e o trabalho missionário? ( )
NOTA FINAL __________(Sim)
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Então o que achou de si mesmo ? Que nota conseguiu ? Pense bem, é melhor ser organizado ou
enrolado ?
3 - Liderança e Comando
Tem gente que pensa que para exercer o comando precisa ser aquele durão e para se destacar como
líder precisa ter ares superiores. Outros pensam que para ganhar o grupo deve concordar com tudo e
procura a agradar a todos. Uns são durões e superiores, outros bonzinhos demais, qual é o mais errado?
Pense um pouco.... com qual você parece ser mais? Seja honesto heimmmm!!!
Será que as pessoas gostam de tipos sem personalidade, “Maria vai com as outras” ? Por outro lado às
pessoas se sentem bem dirigidas por alguém sabichão ou “Coronel Dureza” ?
Capitão, a palavra certa é “equilíbrio”, porque ninguém gosta de “molengas” e nem de “metidos”. Tem
que ser legal, mas firme, ser amigo e saber dizer não, ser camarada sem dar jeitinhos, brincar na hora
de brincar, cobrar na hora de cobrar, alegria sem algazarra, firmeza sem chatice. Nunca volte atrás em
ordens necessárias e corretas, sua palavra deve ser cumprida. Nunca permita que sua ordem seja
negligenciada, mas não de ordens absurdas.
Logo a unidade vai sentir firmeza, vai perceber que escolheram a pessoa certa, um líder legal e
comandante. Quando a unidade precisar de um amigo, quando quiserem saber o certo, quando
buscarem a verdade, sabe a quem procurarão? A você, o Capitão!
4 - Disciplina
Na qualidade de Capitão, você deve ser o Desbravador mais disciplinado da Unidade. “Sem disciplina
não se chega a lugar algum.” Não precisa ser muito inteligente para descobrir que tudo funciona melhor
com disciplina.
EXEMPLO: Conta-se que em um resgate de pessoas atingidas por uma forte enchente, a equipe de
socorro usava um barco a motor, e quando todas as pessoas acabaram de se acomodar no barco, o líder
repetias as instruções que deviam ser seguidas à risca: ninguém deve se levantar e todos devem se
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segurar bem ao barco, pois lá no meio a corredeira é forte e vai balançar mais. Mas o motor é possante
e o barco é novo. Tudo entendido? Alguma pergunta? Não. Vamos lá! Disse o líder. Todos se
seguravam firmemente, todos permaneciam sentados, até que, no meio da corredeira um velho gordo
resolve desobedecer às instruções e tentou levantar. Conseguimos controlá-lo, mas ele se arriscou e
colocou a vida dos outros em risco.
Os casos de indisciplina que acontecerem durante as atividades da Unidade e do Clube serão indicados
pelo Capitão ao Conselheiro ou à Diretoria, que são os responsáveis pela orientação e aplicação da
disciplina corretiva, não sendo esta a função do Capitão.
5 – Honestidade
6 – Lealdade
“Um por todos e todos por um !”. Diante da unidade você é um representante e defensor da diretoria,
diante da diretoria você representa e defende sua unidade.
Nunca aceite acusação contra alguém que não está presente e não pode se defender. Deixe bem claro
que ainda resta ouvir o outro lado para tirar conclusões.
7 - O CAPITÃO E O CLUBE
Trilhas nos bosques, caminhadas nas montanhas, acampamentos, ordem unida, camporis,... afinal, você
já parou para pensar por que a igreja montou estes programas? Já imaginou quanto é gasto com todas
estas atividades? Será que as pessoas que participam ou até dirigem estão sabendo por que estão
fazendo tudo isto? Você acha inteligente sair por aí fazendo mil coisas sem saber por que? Só pelo
entusiasmo, sem saber a verdadeira finalidade? Muitas coisas saem erradas porque as pessoas não têm a
visão do porque estão fazendo as coisas.
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Tudo com gosto de aventura, movimentação, alegria, comandos, apelos aos sentidos, situações que
facilmente podem descambar para o lado emocional e perder de vista o objetivo que é: “Salvar as
crianças”
O Clube de Desbravadores é uma organização mundial, que segue as diretrizes da Conferência Geral
da Igreja Adventista do Sétimo Dia, seguindo o organograma e a hierarquia que se segue:
COORDENADOR DE REGIÃO
NOME
(CIDADE)
REGIONAL
NOME
(CIDADE)
IGREJAS LOCAIS
CLUBES
(Desbravadores)
CONSELHEIRO CONSELHEIRA
CAPITÃO CAPITÃ
SECRETÁRIO SECRETÁRIA
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7.3 - Classes e Especialidades
As Classes Desbravadoras e as especialidades são materiais pelos quais são alcançados os
crescimentos: físico, mental, social e espiritual dos juvenis. Elas estão direcionadas para as faixas
etárias diferentes, visando satisfazer suas necessidades.
Classes Especiais:
Líder 16 Anos
Líder Máster 18 Anos
Líder Máster Avançado 18 Anos
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7.4 - Uniforme
O uniforme de Desbravadores ajuda a tornar o programa dos Desbravadores mais real e visível. É
representativo dos ideais e padrões do Clube em todo mundo. Cada membro se torna representante
muito importante da organização e o uso do uniforme o ajuda a alimentar essa consciência de pertencer
a um Clube que representa corretamente o jovem adventista hoje. Se o uniforme for usado de maneira
como uma outra roupa qualquer, falhará em seu propósito.
“Os membros usam uniforme dos Desbravadores, com suas insígnias para todas as funções do Clube,
inclusive a reunião semanal, as férias e os acampamentos dos Desbravadores e a ida à igreja, aos
sábados de manhã, no Dia Mundial dos Desbravadores.” Manual da Igreja - pág. 130.
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Os demais uniformes de atividades variam conforme o clube, porem todos os uniformes de Desbravadores
devem ter o emblema D-3, devem ser usados com o lenço e com a autorização da diretoria.
8. O CAPITÃO E A UNIDADE
8.4 Bandeirim
Unidade de verdade tem que ter Nome, Bandeirim, Símbolo e um Grito de Guerra que a diferencie de todas as
demais. Com base no nome da unidade, o conselheiro dever procurar a diretoria para conseguir o bandeirim e
cabe ao conselheiro a missão de procurar um desenho junto com sua unidade que represente o melhor possível o
nome da mesma. Não basta apenas procurar o desenho, deve imprimi-lo na parte branca do bandeirim seja
através de bordado, transfer, serigrafia, pintura em tecido ou de qualquer outra forma conhecida.
O importante no bandeirim é que o nome da unidade deve vir sempre impresso na parte azul e não na parte branca.
Bandeirins errados são comuns em muitos Clubes de Desbravadores, porém se existe o jeito correto de fazer, e é
tão simples, que não justifica fazer um bandeirim errado. Bandeirim errado em avaliações de camporis perdem
pontos na hora da inspeção.
Fazer um bom bandeirim com um símbolo que contenha uma boa marca, ajuda bastante na imagem da unidade.
Muitos Clubes não desenvolveram uma marca e não são reconhecidos em grandes eventos se não lermos os nomes
em suas bandeiras. O recomendável para a elaboração da marca da unidade é procurar um profissional que irá criar
ou desenvolver através de programas informatizados de desenho industrial.
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8.5 Grito de Guerra
Gritos de guerra dependerão de sua criatividade, sendo que é fundamental que no mesmo apareça pelo
menos uma vez o nome de sua unidade. Existem gritos diversos: só o nome da unidade; o nome da
unidade e um verso bíblico; o nome da unidade e um lema que é só dela; verdadeiras músicas
envolvendo os ideais da unidade e por aí vai. Só mesmo a criatividade dos desbravadores faz surgir
gritos de guerra tão interessantes quantos os que existem no movimento desbravador.
9. DEVERES DO CAPITÃO
O trabalho que pesa sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a salvação e treinamento de nossas
almas. Isaías 54:13. Para esta faixa etária, 10 a 15 anos existem o Clube de Desbravadores. Esta é a
idade das mudanças, a chamada “geração lacuna”, e na maioria das vezes as crianças não estão
preparadas para o fato. Não entendem o que está acontecendo consigo e muitas vezes não são
entendidas. Passam a evitar o meio infantil e tentam se entrosar com os maiores e imitá-los. Não
querem pertencer à “sociedade dos guris”, mas ainda não são aceitos no grupo dos Jovens. É uma fase
de instabilidade, quando o juvenil se sente sem lugar.
Geralmente há grande carência afetiva neste período, e são aí que muitos pais perdem seus filhos.
Quando a mãe fora reduz a eficácia da influência do lar e aumenta a responsabilidade que pesa sobre a
Igreja. A Igreja deve tentar alcançar as crianças que não estudam em nossas escolas, e que recebem a
influência de Escolas Públicas. O Clube de Desbravadores está aí para isso, para meninos e meninas,
preenchendo com ação, aventura, desafio e atividades em grupo que produzem um espírito de equipe e
lealdade para a Igreja. Acampando juntos, planejando juntos e executando juntos resulta em um belo
relacionamento no qual se constrói a confiança e vínculo do jovem com sua Igreja. Crianças aprendem
melhor através de exemplos do que por preceito
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Os ideais dos Adventistas do 7° Dia devem se atrair através de um programa de atividades com o qual atraia a
esta idade inquieta que não pode “parar sentada”. Desbravadores são preparados para a ação e é sugerido à
Diretoria do Clube que elimine as cadeiras da sala de reunião para que os membros (da Diretoria) não sejam
tentados a sentar-se durante o encontro do Clube. A aprendizagem alcança maior efeito numa atmosfera de
alegria.
1. Levar o Juvenil a entender que a Igreja os ama, e que eles são necessários no programa total.
2. Assegurar os Desbravadores o destino que Deus tem planejado para cada um deles.
3. Treinar e organizar os Jovens para um ativo serviço missionário. “Treinar a juventude para tornarem-se
verdadeiros soldados do Senhor Jesus Cristo é o mais nobre serviço dado ao homem”. Ensinar que testemunhar é
um modo diário de vida.
4. Trabalhar pela salvação da cada Desbravador, com 12 anos de idade é o ano para o batismo.
5. Amor pela Natureza.
6. Ensinar habilidades que farão sua vida mais significativa e ocuparão seu tempo com proveitosas
realizações. Desbravadores decidiam-se em usar suas mãos para fazerem artigos úteis de madeira, plástico, ferro,
argila, feltro, corda e outros materiais. Traz-lhes grande satisfação fazer um engenho que corra ou um rádio que
toque.
7. Ajudar a manter os Desbravadores com bom preparo físico.
8. Dar oportunidades para desenvolvimento da liderança. Aprender a trabalhar juntos, aprendendo
disciplina, obediência, resolução e patriotismo. Cada Desbravador desenvolver o melhor de sua capacidade. O
programa do Clube de Desbravadores não deve ser planejado exclusivamente por adultos na reunião da Diretoria,
mas os Desbravadores devem ser excluídos em todos os planejamentos, e na execução desses planos.
9. Levar a um harmonioso desenvolvimento físico, mental e espiritual (Lucas 2:52).
11. TESTE
Avalie seu crescimento da maneira que seus alunos o fariam. Dê a si mesmo 10 para perfeição; 9 para o
excelente; 8 para o bom e assim por diante. A nota 1 indicaria que você sente necessidade de total
aprimoramento na área. Melhore suas baixas pontuações. É importante que você conheça a si mesmo: é parte de
seu preparo.
CRESCIMENTO MENTAL
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CRESCIMENTO EMOCIONAL
( ) 1. Estou animado a respeito dos próximos cinco anos de minha vida.
( ) 2. Gosto de estar em sociedade.
( ) 3. Gosto de conversar com pessoas de minha idade.
( ) 4. Sei como ouvir. Posso ter empatia com os problemas e alegrias de outras pessoas.
( ) 5. Não tenho problemas em falar com pessoas de minha idade sobre meu relacionamento com
Cristo – o que Ele está fazendo por mim e como estou crescendo em meu conhecimento d’Ele.
( ) 6. Eu me aceito como adulto entre os alunos/liderados.
( ) 7. Sou capaz de admitir minhas fraquezas a mim mesmo e, quando apropriado, perante os
alunos/liderados.
CRESCIMENTO FÍSICO
( ) 1. Estou feliz pela maneira que Deus me fez.
( ) 2. Sou tão atrativo(a) fisicamente quando possível.
( ) 3. Minha roupa reflete meu cristianismo.
( ) 4. Dedico-me a estar fisicamente bem.
( ) 5. Meu alunos não têm vergonha da maneira como apareço e ajo.
CRESCIMENTO SOCIAL
( ) 1. Me dou bem com os membros de minha família.
( ) 2. Tenho um relacionamento saudável com meu cônjuge (ou se não for casado, meu colega de
quarto ou amigos íntimos).
( ) 3. Preocupo-me com meus filhos.
( ) 4. Meus filhos me amam e me respeitam.
( ) 5. Meus colegas gostam de estar comigo.
( ) 6. Não tenho de ser o centro das atenções para estar bem e me divertir.
( ) 7. Cristo é parte de todas minhas atividades sociais.
( ) 8. Tenho cuidado para não fazer nada que prejudicaria o crescimento cristão de meus alunos.
( ) 9. A família que Deus me deu vem antes das atividades da Igreja em minha escala de valores.
Resultados: 340 a 380 pontos – Excelente Resultado obtido: ____________pontos.
300 a 340 pontos – Ótimo
260 a 300 pontos – Muito bom
230 a 260 pontos – Bom
190 a 230 pontos – Regular
Abaixo encontram-se adjetivos e expressões que caracterizam as pessoas. De 0 a 10 identifique a nota que você daria
para sua conduta em cada quesito:
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5
( ) Ágil ( ) Vigilante ( ) Persuasivo ( ) Admirado ( ) Insensível
( ) Eficiente ( ) Observador ( ) Curioso ( ) Incansável ( ) Inflexível
( ) Colaborador ( ) Organizado ( ) Elegante ( ) Prático ( ) Impulsivo
( ) Discernidor ( ) Lúcido ( ) Auto Confiante ( ) Formal ( ) Egocêntrico
( ) Perseverante ( ) Independente ( ) Ousado ( ) Dedicado ( ) Tímido
( ) Compreensivo ( ) Visionário ( ) Cauteloso ( ) Equilibrado ( ) Distraído
( ) Cuidadoso ( ) Dinâmico ( ) Auto Exigente ( ) Sociável ( ) Ambicioso
( ) Determinado ( ) Polido ( ) Conservador ( ) Inovador ( ) Retraído
( ) Habilidoso ( ) Efetivo ( ) Realista ( ) Flexível ( ) Enérgico
( ) Diplomático ( ) Interessado ( ) Mente Aberta ( ) Original ( ) Informal
( ) Sincero ( ) Previsor ( ) Modesto ( ) Entusiasta
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Resultados:
A última coluna contém características que precisam ser controladas e até eliminadas.
As demais colunas possuem 440 pontos:
de 400 a 440 – Ótimo de 360 a 400 – Muito Bom de 320 a 340 – Bom
abaixo de 320 – Você precisa orar e esforçar-se mais.
Histórico:
O pastor Henry Berg, na ocasião, diretor dos jovens da Associação Central da Califórnia, foi quem
projetou em 1948 a Bandeira Oficial dos Desbravadores. Cada cor da Bandeira representa uma
característica dos desbravadores.
Descrição:
A Bandeira do Clube de Desbravadores tem 90 cm de altura e 135 cm de largura. Uma insígnia dos
desbravadores de 30 cm de altura por igual a medida de largura, encontra-se no meio da bandeira. As
cores das insígnias deverão ser as mesmas da insígnia pequena que se usa no uniforme. A bandeira se
divide em 4 partes. Ao olhar para a bandeira o observador notará que as partes: superior direita e
inferior esquerda são azuis.
A bandeira deve ser posta em mastro de 2,30 m de altura, sendo de 1,5 polegadas a sua grossura.
Cores:
Azul - Lealdade
Amarelo - Excelência
Branco - Pureza
Vermelho - Sacrifício e Coragem
Símbolos:
Triângulo - Crescimento físico, mental e espiritual;
Escudo - Defesa do cristão contra o pecado ou escudo da fé;
Espada - A palavra de Deus.
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13. IDEAIS DOS DESBRAVADORES
VOTO
Pela graça de Deus,
Serei puro, bondoso e leal;
Guardarei a lei do Desbravador,
Serei servo de Deus
E amigo de todos
ALVO
A mensagem do advento a todo o mundo em minha geração.
LEMA
O amor de Cristo me motiva.
PROPÓSITO
Jovens pelos jovens, jovens pela igreja, jovens pelos seus semelhantes.
OBJETIVO
Salvar do pecado e guiar no serviço.
14. HINOS
Insígnia D-1
Este símbolo ao lado é chamado de insígnia D-1. É uma lembrança e
uma demonstração de respeito à trindade, representando a "Plenitude da
Trindade": Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É também, uma
apresentação do objetivo principal do clube dos Desbravadores: o
crescimento físico, mental e espiritual (Lucas 2:52). Este símbolo deve
ser usado exclusivamente para ser colocado na manga direita do
Uniforme de Gala, em mais nenhum lugar, sendo o Emblema do Clube
de desbravadores. Foi feito pelo pastor John Hancock em 1946. Este
símbolo é um triangulo eqüilátero que ainda significa a nossa “cidadania
e lealdade”, pois servimos à Deus, à nossa pátria e ao nosso próximo. O
Escudo significa proteção. Proteção que encontramos em Deus, o nosso
Escudo. A Espada significa a Bíblia, a nossa arma em meio a guerra
contra mal. A cor vermelha representa o sangue derramado por Cristo em
favor de nós. A Cor Ouro representa a Excelência, o clube de
desbravadores forma um caráter nobre, fortalecido para o reino dos céus.
A Cor branca significa a pureza, esta encontrada em Cristo e na sua
justiça e a cor azul que representa a lealdade, a Deus, a Pátria, a Igreja,
aos parentes, enfim, ao nosso Próximo.
Globinho D-4
Contém a insígnia D-2 sobre fundo na cor do uniforme e representa a
organização mundial dos Clubes de Desbravadores da Igreja Adventista
do Sétimo Dia. É usado na manga esquerda da camisa ou blusa, na faixa
do Desbravador e no lenço do Desbravador. No lenço e na faixa do
Desbravador é apenas traçado em azul.
Insígnia D-3
Apresenta um triângulo estilizado sobre um globo com o desenho da América do Sul
conforme modelo ao lado. Pode ser usada para divulgação, colocando-se em folhetos,
anúncios, cartazes, na camiseta e boné do uniforme de atividade. E sempre que se
justificar o uso de uma figura menos formal.
Octógono L-1
Figura eqüilátera, com cada um dos oito lados, medindo 5 cm, como globo dourado (mapa-
múndi) estilizado em fundo azul e as seis estrelas douradas que simbolizam as classes
regulares, conforme modelo acima (mostrando que o líder deve ter as seis classes para ser
um líder). Representa a liderança dos desbravadores e que o líder de Desbravadores está
acreditado internacionalmente com autoridade para participar nas cerimônias de
investidura. É usado no prendedor, faixa de especialidades e lenço do líder investido.
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16. Quem são os Desbravadores?
O clube de Desbravadores desenvolve atividades para juvenis de 10 a 15 anos. Esta é a idade das mudanças, e na
maioria das vezes, as crianças não estão preparadas para o fato. Não entendem o que está acontecendo consigo e
muitas vezes não são entendidas. Aparecem reações e mudanças físicas e sociais que nunca experimentaram.
O garoto começa a usar o porte, a palavra criança já não soa bem. A menina começa a mudar o comportamento
diante do grupo. Passam a evitar o meio infantil e tentam se entrosar com os maiores e imitá-los. Não querem
pertencer à sociedade dos guris, mas ainda não são aceitos no grupo dos jovens. É uma fase de instabilidade,
quando o juvenil se sente sem lugar.
Geralmente há grande carência afetiva neste período, e é ai que muitos pais perdem seus filhos. O Clube de
Desbravadores surge no cenário, abrindo um espaço próprio para agasalhar estes menores. Equilibrando alegria
e aventura com regulamentos e princípios. Foi criada uma didática que desafia o espírito de aventura, alimenta a
sede de descobertas e canaliza as energias.
Dentro de um programa de trabalho sério, num clima de alegria e muita amizade, tratamos de envolver o juvenil
em grupo próprio à sua idade, encher sua adolescência de muita bagagem boa e ajudá-lo a atravessar melhor a
difícil fase da puberdade. Procure conhecer melhor os Desbravadores. Vista simbolicamente essa camisa dando
seu apoio. Nosso lema é: "Salvemos as crianças ou pereceremos com elas".
São juvenis de ambos os sexos que possuem objetivos e ideais bem definidos, os quais proporcionam um
desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais e espirituais. São juvenis que possuem de 10 a 15
anos, mas desde o momento em que se tornam Desbravadores, aprendem a lei do amor próprio, do amor pelo
próximo e do amor para com Deus.
O Clube de Desbravadores não é apenas uma organização regional, mas se trata de uma organização mundial.
Após ingressar num Clube de Desbravadores o juvenil tem a sua vida mudada. Todos os seus passos são
cuidadosamente observados. Seu desempenho como aluno, seu comportamento na escola, em casa, seu
relacionamento com os semelhantes e superiores, são cuidadosamente observados, por isso, todas as semanas,
reúnem-se com o objetivo de serem avaliados, orientados e ensinados por líderes devidamente capacitados e
treinados, que proporcionam momentos de aprendizagem, num programa desenvolvido pela Igreja Adventista
do 7º Dia que visa unicamente a educação e formação para vida do juvenil.
Todos nós lutamos por um grande ideal, o de servir. Em nós estão impressas as marcas do patriotismo, que são
notórias em todas as atividades que desenvolvemos. Somos apaixonados por nossas atividades e pela nossa luta
que é cada dia maior para desenvolvermos bem todas as nossas tarefas e responsabilidades que nos são tão
confiadas. Por isso, ser um Desbravador é participar de uma grande aventura e ter uma vontade incrível de
vencer na vida.
Os desbravadores são conhecidos em todo o mundo. Veja como se escreve DESBRAVADORES em 17 línguas
diferentes:
Desbravadores Pathfinders Conquistadores Explorateur
Verkenner Watafuta Njia Eclaureur Explorator
Palilenuee Baanbrekers Pfadfinder Nvou Iboauak
Wachter Exploratore Mpisavalalana Kwanhwehwefo
Mot Ba Lome A Ke
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Em todo o mundo existem quase 1.300.000 Desbravadores. A idade desses juvenis varia de 10 a 15 anos.
Reúnem 1 ou 2 vezes por semana para aprenderem a superarem-se mediante os programas e oportunidades
que oferecem os Clubes locais, que são cerca de 44 mil Clubes ao redor do globo, em todos os países que
tem presença adventista. O que equivale a 140 países.
O Clube de Desbravadores não proporciona somente divertimentos e tampouco é um serviço semanal para
cuidar de menores. É um programa oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que começou em 1950, e se
desenvolveu com a única idéia de educar e formar o caráter.
Um bom Clube de Desbravadores ensina prontidão, limpeza, destreza física, mental, espiritual e serviço à
comunidade (campanha do agasalho, campanha contra a fome, visitas aos necessitados, etc.). Há precisão,
seja nos trabalhos manuais ou nas especialidades. Existe respeito, cortesia e obediência de qualidade
excelente. Há patriotismo e uma idéia clara dos deveres do cidadão. Há uma promessa de fidelidade à
bandeira e compromisso com a comunidade.
Os desbravadores (que não tem nenhum vínculo com os escoteiros de Baden-Powell) oferecem variedade de
experiências e oportunidades. É um serviço educacional, feito para formar belos caracteres juvenis. Os
desbravadores são garotas e garotos de 10 a 15 anos comandados por líderes que, normalmente, são acima de
16 anos, anunciando a esperança de um mundo melhor através da prática do ensino Cristão. Os
desbravadores usam um uniforme com emblemas que representam seu conhecimento e treinamento, e
marcham sob uma bandeira que carrega com ela o sonho de cada um deles: o perfeito desenvolvimento
físico, mental e espiritual com coragem, pureza e lealdade.
Os desbravadores são cerca de 2 milhões atuando em mais de 130 países, com mais de 40.000 clubes locais.
Os Clubes de Desbravadores existem desde 1950, é um programa oficial dirigido pela Igreja Adventista do
Sétimo Dia.
Eles crêem que a Bíblia é a palavra de Deus, um guia que induz à mais alta qualidade de vida e serviço ao
próximo. Por isso, se distanciam de maus hábitos que causam danos à saúde ou à família e ajudam aos que
passam por carências físicas ou emocionais. Eles confiam na Segunda Vinda de Jesus, que nos trará um
tempo e um lugar de paz e eternos, acima e além das coisas desse mundo. O que os motiva a buscar a cada
dia uma vida cristã sem preconceitos. A lei sempre em vigor é a de amar a Deus acima de todas as coisas e
amar ao próximo como a si mesmo.
Eles vibram com as atividades ao ar livre, como: acampamentos, caminhadas, escaladas, explorações nas
matas e cavernas. Sabem cozinhar ao ar livre, fazem fogo sem fósforo, são hábeis em nós e amarras,
entendem de primeiros-socorros, desenvolvem a auto-estima através de ordem unida e marchas. A
criatividade é despertada pelas artes manuais. Trabalham em equipe, são úteis a igreja e a comunidade.
Participam ativamente de campanhas comunitárias de ajuda aos carentes. Amam a Deus e a pátria. Uma vez
por ano eles se encontram no Campori, que é uma grande concentração de Desbravadores de varias regiões,
para atividades conjuntas, amizades e instrução.
Estamos presentes em mais de 140 países, em aproximadamente 90.000 clubes e quase dois milhões de
participantes. Somos uma grande família mantida pela organização mundial dos Adventistas.
Temos entre 10 e 15 anos, pertencemos a diferentes classes sociais, raças ou religiões, mas temos os mesmos
princípios e interesses. Cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, que seus ensinamentos nos apresentam a
verdadeira qualidade de vida e nos ensinam o serviço aos outros. Por isso, procuramos ajudar a todos os que
passam por carências físicas ou emocionais, ao mesmo tempo em que nos afastamos dos maus hábitos que
fazem mal à saúde ou à família.
Nosso clube se reúne a cada domingo, desenvolvendo atividades que nos ajudam a estar bem preparados para
enfrentar a vida, servir à comunidade e preservar a natureza. Usamos um uniforme com emblemas que
representam nosso treinamento, e marchamos sob uma bandeira que simboliza tudo o que sonhamos: o ideal de
desenvolvimento físico, mental e espiritual, com muita coragem, pureza e lealdade.
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17. ARTE DE ACAMPAR
Objetivos Do Acampamento:
v Ajudar jovens e juvenis a sentirem a proximidade de Deus e a se tornarem familiarizados com Ele
através da criação.
v Preparar nossos juvenis para o tempo de tribulação vindoura.
v Aumentar a familiarização dos acampantes.
v Aprender a viver ao ar livre.
v Ensinar confiança própria.
v Satisfazer o espírito de aventura.
v Desenvolver o vigor físico.
v Por em prática os ensinamentos aprendidos no Clube.
TOPOGRAFIA – Condições de escoamento de água e solo próprio para fixar e armar as barracas.
Espaço suficiente para o acampamento e atividades.
RECURSOS NATURAIS – Lenha, bambus, cachoeiras, árvores para atividades com corda, bosques
para trilhas, etc.
Equipes De Um Acampamento:
Cada membro da unidade ou do Clube deve saber de antemão o que fazer ao chegar no local do
acampamento. Deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em fazer
algo em prol do acampamento, evitando-se sobrecarga de tarefas na montagem do acampamento.
Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O verdadeiro Desbravador vai
acampar com espírito de união.
1- Equipe De Cozinha
Antes do acampamento deve-se elaborar o cardápio, preparando-se a seguir a lista de compras.
Alimentos variados, nutritivos e de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de
maneira que todos possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos utensílios
da cozinha.
Lembre-se: todos devem participar não só da cozinha, mas em toda e qualquer atividade do
acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que ensina e
motiva outros a fazer.
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1- Equipe de Transporte
Responsável pela cobrança das passagens, arranjar condução e orientar quanto ao percurso.
2- Equipe de Programa
Elabora um programa escrito, com horários para tudo, corinhos, pensamentos, orientações, etc. Este
grupo organiza todas as atividades e faz funcionar os horários. Diz quem fará o quê. Organiza a
segurança e faz a escala dos oficiais do dia.
3- Equipe de Eventos
Planeja e executa as atividades recreativas e instrutivas do acampamento.
4- Equipe de Infra-estrutura
Montagem de todos os aparatos como: cozinha, latrinas, toldos, mastros, limpeza, pista de obstáculos.
OBS: Cada unidade fornece alguns desbravadores para esta equipe.
2- Do Desbravador: (individual)
Bíblia Agasalho Talheres Capa ou Plástico
Lição Chinelo Kit higiene Cordinha
Uniforme Saco de dormir Roupa de muda Corda
Lanterna pequena Prato e copo plástico Estojo de costura Canivete
Guarda-chuva
DICAS
1. Mesmo com tempo bom deve-se levar capa de chuva ou plástico.
2. Antes de ir dormir, afrouxar os cabos das barracas, proteger a água e a lenha, cobrir as brasas, ver se nada
foi deixado no sereno, fazer culto e orar.
3. Coar a água em pano limpo, ferver se preciso ou colocar cloro.
4. Não armar barracas de frente para o vento.
5. Latrinas: 60 cm de profundidade x 90 cm de comprimento x 30 cm. de largura.
Longe da cozinha, cercado de lona plástica, bem escondido e localizado de forma que o vento não traga o
cheiro de volta para o acampamento.
6. Ao preparar o cardápio, não por alimento cárneo.
7. Encha o Sábado de atividades espirituais interessantes.
8. Ao acordar: Acender o fogo, por água para ferver, esticar os cabos da barraca, pendurar ao sol a roupa de
dormir, preparar o desjejum, limpar e arrumar a barraca, revistar o local para ver se tudo está em ordem,
fazer o culto matinal, hastear a bandeira.
9. Bem antes de sair para acampar cada um deve saber como arrumar a mochila e o que levar.
10. Só levar um volume para o acampamento. Colocar tudo dentro de uma só mochila.
Ecologia
1. Expressamente proibido cortar qualquer arbusto ou árvore verde.
2. Queime todo plástico e embalagens possíveis.
3. Amasse as latas e leve-as de volta.
4. Vidros? Se você ainda carrega este peso e perigoso...levar de volta.
Não compre sucos, conservas ou qualquer coisa embalada em vidro. (Já existem opções em plástico para tudo).
5. Aterre as latrinas, replante a grama, apague totalmente o fogo. NÃO DEIXE VESTÍGIOS NO LOCAL.
Passe um pente fino, recolhendo tudo o que for da natureza.
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O FOGO
O fogo é indispensável em qualquer acampamento. Pode ajudar como machucar, aquecer ou queimar,
preservar vidas ou matar. Precisamos tomar algum cuidado ao lidar com o fogo.
Para haver fogo precisamos de:
a) Combustível – Material próprio
b) Comburente – bastante ar
c) Temperatura
Saber fazer uma fogueira com ou sem fósforos ou isqueiros é uma condição indispensável para quem pretende
aventurar-se por regiões selvagens ou inabitadas. Embora necessitemos conhecer também os métodos
primitivos de fazer o fogo, sabemos que hoje não é difícil nem incômodo transportar um isqueiro ou algumas
pequenas caixas de fósforo. Neste caso, é preciso impedir que os fósforos se molhem numa travessia de rio ou
num banho de chuva inevitável. Para tanto, isole as caixas numa embalagem plástica com fita adesiva ou
cubra os palitos de fósforo com parafina líquida para a sua aventura. Antes de ter a chama é necessário,
porém, armar a fogueira.
Procure materiais de fácil inflamação, tais como gravetos finos e bem secos, casa de árvore seca, folhas de
palmeira, musgo solto, capim seco, pequenas lascas de madeira seca, madeira pobre. Reúna e disponha esse
material de uma forma que permita a circulação de oxigênio, pois assim o fogo arderá mais rapidamente.
Deixe à mão pedaços de madeira (árvores mortas, galhos secos) cada vez maiores para adicionar à chama
inicial, tomando sempre o cuidado de não abafar o fogo e extinguir a chama. Tome o cuidado de cercar a
fogueira com pedras, para impedir que as brasas se espalhem e principiem incêndios.
Utilizando madeira pobre, fibras vegetais, corda, ramagens secas, tiras finas de casca de árvore, madeira
pulverizada bem seca, fios de pano, gaze para curativos, penas finas de pássaros, ou ninhos de passarinho ou de
ratos campestres. Prepare uma mecha (ou isca) e acenda-a utilizando um destes métodos:
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Com Pedra Dura E Lâmina
Segure um fragmento de rocha bem dura o
mais perto possível da mecha. Com a lâmina
de uma faca ou um pedaço qualquer de aço
fira a rocha com movimentos de cima para
baixo rapidamente e bem próximo à mecha,
para que as faíscas assim produzidas caiam
bem no seu centro. Uma vez acesa a mecha,
assopre-a ou abane-a com cuidado, até surgir a
chama. Feito isso, vá adicionando à mecha
a lenha antes preparada, começando sempre
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18. ORDEM UNIDA BÁSICA
Objetivos
a. Proporcionar aos desbravadores e às unidades padronização e uniformidade em todas as
apresentações.
b. Desenvolver coesão e obediência, que são fatores indispensáveis ao desenvolvimento do grupo.
c. Construir uma verdadeira escola de disciplina.
d. Treinar instrutores à medida que o grupo se desenvolve.
e. Fazer com que a disciplina faça parte da vida de cada desbravador, em circunstâncias adversas. Se a
ordem unida não educá-los, o trabalho foi em vão.
f. Demonstrar que as atitudes individuais devem subordinar-se à missão do conjunto e à tarefa do
grupo, sufocando intrigas e indiferenças.
g. Mostrar a Cristo como o comandante maior. Cada juvenil deve sentir que faz parte de um grupo
diferente, de um objetivo que excede o entendimento humano. Este é o motivo porque muitos têm
falhado, é que perdem o objetivo ao assumir o comando que deveria ser de Cristo.
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GENERALIDADES:
Os termos de Ordem Unida têm um sentido preciso, em que são exclusivamente empregados, quer na
linguagem corrente, quer nas ordens e partes escritas. Daí a necessidade das definições que se seguem:
a. COLUNA - é o dispositivo de um grupo, cujos elementos (um ou mais desbravadores) estão um atrás
do outro, quaisquer que sejam suas formações e distâncias.
c. DISTÂNCIA - é o espaço entre dois elementos (um ou mais desbravadores) colocados um atrás do
outro e voltados para a mesma frente. Entre dois grupos ou unidades a distância se mede em passos (ou
em metros), contados do último elemento da unidade, ao primeiro da seguinte. Esta regra continua a
aplicar-se, ainda que o grupo da frente se divida em grupos menores. Entre dois desbravadores a pé, a
distância de 80 centímetros é o espaço compreendido entre ambos na posição de sentido, medido pelo
braço esquerdo distendido, pontas dos dedos tocando o ombro (mochila) do companheiro da frente.
d. LINHA - é a disposição de um grupo cujos elementos (um ou mais desbravadores) estão dispostos um
ao lado do outro.
g.1 SEM INTERVALO - Para que um clube tome o intervalo reduzido (o que é feito ao comando de
“SEM INTERVALO, COBRIR!” ou “SEM INTERVALO, PELA ESQUERDA ou PELA DIREITA,
PERFILAR!”), os desbravadores da testa colocarão a mão esquerda fechada na cintura, com o punho no
prolongamento do antebraço, costa da mão voltada para frente, cotovelo para a esquerda, tocando
levemente o braço direito do companheiro à sua esquerda. O intervalo normal entre dois desbravadores é
de 80 centímetros; o reduzido (sem intervalo) é de 25 centímetros.
h. ALINHAMENTO - é a disposição de vários desbravadores (ou unidades), sobre uma linha reta ,
todos voltados para a mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente ao lado do outro.
i. COBERTURA - é disposição de vários desbravadores (ou unidades), todos voltados para a mesma
frente, de modo que um elemento fique exatamente atrás do outro.
j. HOMEM-BASE - é o desbravador (ou instrutor) pelo qual um grupo regula sua marcha, cobertura e
alinhamento. Em coluna, o homem-base é o da testa da coluna-base, que é designada segundo as
necessidades. Quando não houver especificações, a coluna-base será a da direita. Em linha, o homem-
base é o primeiro desbravador da fila-base, no centro, à esquerda ou à direita, conforme seja
determinado.
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l. UNIDADE-BASE - é aquela pela qual as demais unidades regulam a marchar ou o alinhamento, por
intermédio de seus instrutores ou de seus homens-base.
m. CENTRO - é o lugar representado pelo desbravador ou pela coluna situado(a) na parte média de
frente de uma das formações de Ordem Unida.
s. FRENTE - é o espaço, em largura, ocupado por um grupo em linha ou coluna. Em Ordem Unida,
avalia-se a frente aproximada de um grupo, atribuindo-se 1,10 a cada desbravador, caso estejam em
intervalo normal, e 0,75cm, se estiverem em intervalo reduzido (sem intervalo).
t. SOL – é o comandante do pelotão. Quando for comandado de frente pro sol, todos se voltarão para a
direção onde está o instrutor.
VOZ DE COMANDO – é a maneira padronizada, pela qual o instrutor de um grupo ou clube exprime
verbalmente a sua vontade. A voz constitui o meio de comando mais empregado na Ordem Unida.
Deverá ser usada, sempre que possível, pois permite execução simultânea e imediata.
b. Voz de Comando – É o comando propriamente dito - tem por finalidade indicar o movimento a ser
realizado pelos executantes. Exemplos: “DIREITA!”, “ORDINÁRIO!”, “ESQUERDA!”, “CINCO
PASSOS EM FRENTE!”. Torna-se, então necessário que o instrutor enuncie estes comandos de maneira
enérgica definindo com exatidão o momento do movimento preparatório e dando aos desbravadores o
tempo suficiente para realizarem este movimento, ficando em condições de receberem a voz de
execução. O comando, propriamente dito, em princípio, deve ser longo. O comando deve esforça-se por
anunciar correta e integralmente a todas as palavras que compõem o comando. Tal esforço, porém, não
deve ser levado ao extremo de prejudicar a energia com que o mesmo deve ser enunciado, porque isto
comprometerá a uniformidade de execução pelo grupo. Este cuidado é particularmente importante em
comandos propriamente ditos que correspondem à execução de movimentos preparatórios, como foi mostrado
acima.
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c. Voz de Execução – tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento deve
começar ou cessar.A voz de execução é constituída por uma palavra oxítona (que tem a tônica na última
sílaba), é aconselhável um certo alongamento na enunciação da(s) sílaba(s), seguido de uma enérgica
emissão da sílaba final. Exemplos: “PER-FI-LAR!”, “CO-BRIR!”, “VOL-VER!”, DES-CAN-
SAR!”. Quando porém a tônica da voz de execução na penúltima sílaba é imprescindível, deve-se
destacar esta tonicidade com precisão. Neste caso, a(s) sílaba(s) final(ais) praticamente não se
pronuncia(m). Exemplos: “MAR-CHE!”, “AL-TO!”, “ EM FREN-TE!”, “OR-DI-NÁ-RIO!”, “ PAS-
SO!”.
COMANDOS POR GESTO - os comandos por gestos substituirão as vozes de comando quando a
distância, o ruído ou qualquer circunstância não permitir que o comandante se faça ouvir. Os comandos
por gestos são os seguintes:
1. Atenção - levantar o braço direito na vertical, mão espalmada, palma da mão voltada para a frente.
Todos os gestos de comando devem ser precedidos por este. Após o elemento a quem se destina a ordem
acusar estar atendo, levantando também o braço direito até a vertical, o instrutor iniciará a transmissão
das ordens.
2. Descansar – bater contra a coxa a mão direita, cruzá-la no peito e estender vivamente o braço á altura
do ombro, com a mão espalmada, voltada para o solo. Este movimento também define o comando última
forma.
3. Sentido – levantar o braço à posição de atenção, e, em seguida, fazer com que desça energicamente,
batendo contra a coxa.
4. Direita/esquerda Volver – palma voltada para a frente, braço formando ângulo de 45°, fazer círculos
com o braço do lado contrário ao que se quer a execução, e estendê-lo vivamente á altura do ombro
quando se quiser marcar a execução.
5. Passos em Frente – definir com os dedos quantos passos se quer, em números ímpares, e, em seguida
flexionar o braço para trás, e depois trazê-lo energicamente á frente, com a mão espalmada, e fazendo
como se fosse uma catapulta, com o cotovelo sendo o eixo, marcando o início da execução.
6. Cobrir – o pelotão na posição de sentido, proceder da mesma forma que no comando alto!
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7. Ordinário Marche – da posição de atenção, flexionar o braço para trás, e depois trazê-lo energicamente á
frente, com a mão espalmada, e fazendo como se fosse uma catapulta, com o cotovelo sendo o eixo, marcando
o início da execução.
8. Marcar Passo – da posição de atenção, descer o braço à altura do ombro, fechando a mão espalmada e
fazendo punho cerrado; em seguida, para marcar o momento da execução, baixar vivamente o braço e levantá-
lo, num movimento rápido e mecânico. É importante lembrar que o marcar passo é um comando de
alinhamento, utilizado quando se estiver em ordinário marche.
9. Alto – descer a mão direita, dedos unidos, à altura do ombro, como na posição maranata, com a palma para a
frente, e em seguida, estender o braço vivamente na horizontal.
10. Diminuir Passo - da posição de atenção, baixar lateralmente o braço direito estendido (palma da mão
voltada para o solo) até o prolongamento da linha dos ombros e aí oscilá-lo para cima e para baixo.
11. Apressar o passo (acelerado) - com o punho cerrado, à altura do ombro, erguer e baixar o braço direito
várias vezes, verticalmente.
12. Direção à esquerda (direita) - em seguida ao gesto de atenção, baixar o braço direito à frente do corpo até
à altura do ombro e fazê-lo girar lentamente para esquerda (direita), acompanhando o próprio movimento do
corpo na conversão. Quando já estiver na direção desejada, elevar então vivamente o braço estendê-lo na
direção definitiva.
13. Em forma - da posição de “Atenção”, com o braço direito, descrever círculos horizontais acima da cabeça;
em seguida, baixar este braço na direção da marchar ou do ponto para qual deverá ficar voltada a frente do
grupo.
14. Coluna por um (ou por dois,...) - na posição de atenção, fechar a mão, conservando o indicador estendido
para o alto, ou mais dedos, se fizer necessário.
15. Comandante de grupo ou unidade - estender o braço direito horizontalmente à frente do corpo, palma da
mão para o solo; flexionar a mão para cima (dedos unidos e distendidos) várias vezes.
16. Comandante de pelotão - com os braços estendidos à frente do corpo, palmas das mãos para o solo,
descrever círculos verticais em sentidos opostos.
v ESTILOS DE FORMAÇÃO
Utilizados para diversas ocasiões, em que o instrutor precise de um posicionamento diferente do grupo, desde
uma simples instrução a jogos com a garotada. As variações são as seguintes:
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o Formação em linha
-instruções de ordem unida
-operação pente fino
-jogos
* os braços são elevados á altura do ombro, com as mãos espalmadas pra frente (formando um T), pernas
juntas.
o Formação em círculo
-jogos do clube
-avisos ou indicações que exijam mais privacidade
-meditações ou devocionais
*os braços são levantados sobre a cabeça formando um círculo, a mão direita cerra o punho e a esquerda
agarra-lhe o pulso. As pernas como em sentido.
o Formação estrela
-instruções em ordem unida
-jogos do clube
* os braços são levantados sobre a cabeça, formando um “V”, as mãos abertas e as pernas separadas como
em descansar.
o Meia-lua
-reunião de capitães ou indicação específica a algum grupo
-em camporees, para reunir diretores
* com o braço direito forma-se uma meia-lua, curvando o braço, e a mão espalmada tocando a testa, e
continua-se como em sentido.
o Romper filas
- com os dois braços, os punhos cerrados á altura do tórax, mover os braços cruzando-os acima e abaixo.
Pernas em sentido.
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EMPREGO DE CORNETA (ou clarim) - os toques de corneta (clarim) são empregados de acordo com o
respectivo Manual de Toques, Marchas e Hinos das forças armadas. Quando o grupo atingir um certo progresso
na instrução individual, deverão ser realizadas sessões curtas e freqüentes de Ordem Unida, com os comandos
executados por meio de toques de corneta (clarim). Consegue-se, assim, familiarizar os desbravadores com os
toques mais simples, de emprego usual. O desbravador deve conhecer os toques correspondentes às diversas
posições necessárias aos deslocamentos.
EMPREGO DO APITO
Os comandos por meio de apito serão dados mediante o emprego de silvos longos e curtos. Os silvos longos
serão dados como advertência e os curtos, como execução. Precedendo os comandos, os desbravadores deverão
ser alertados sobre quais os movimentos e posições que serão executados; para cada movimento ou posição,
deve ser dado um silvo longo, como advertência, e um ou mais silvos breves, conforme seja a execução a
comando ou por tempos.
o Exemplos:
Atenção – estando o grupo fora de forma, a um silvo longo, todos voltar-se-ão para o comandante à espero de
seu gesto, voz de comando, ordem ou outro sinal. Estando em forma, à vontade, a um silvo longo, os
desbravadores retornarão a posição de descansar.
Descansar – um silvo curto.
Sentido – um silvo curto.
Ordinário Marche – Um silvo longo e outro curto.
Marcar Passo – Dois longos.
Alto – Um curto e um longo.
Meia - Volta – dois curtos.
Chamada Geral – dois longos e dois curtos.
Chamada Feminina – dois longos.
Chamada Masculina – dois curtos.
Algumas associações e/ou regiões padronizam alguns comandos, convencionados pelos líderes da área.
Vamos dedicar este tópico à ordem unida com bandeirim, por se tratar de um assunto não muito explorado, ou
ás vezes ignorado, por falta de informações. Saibam que é emocionante ver todos os capitães executando ao
mesmo tempo, sem errar. É importante dar espaço entre o comando propriamente dito e a voz de execução.
Vamos lá! Os movimentos básicos de Ordem Unida com bandeirim foram baseados nos comandos com FAL do
exército brasileiro, em se levando em conta que o bandeirim é a arma do capitão.
Descansar - o mastro se posiciona ao lado do dedo mindinho do pé; o braço direito segura o bandeirim
formando um ângulo de 90°, meio inclinado para o lado direito; o braço esquerdo é colocado sobre a parte
média da coxa, com o punho cerrado.
Sentido - o pé esquerdo junta-se ao pé direito ao mesmo tempo em que a mão direita se espalma e desce o
bandeirim até estar à altura da coxa (dedão atrás do bandeirim); o braço esquerdo espalma e bate na coxa,
finalizando a execução
Ordinário - a mão direita, segurando o bandeirim da mesma forma, sobe até que o cotovelo esteja alinhado com
o ombro, então, a mão esquerda pega o bandeirim logo abaixo da direita, cruza o bandeirim contra o peito, e a
mão direita segura logo abaixo, a uns 30 cm. O bandeirim não deve encostar no peito, mas deve estar
suficientemente seguro para não ficar balançando. Nesta posição, espera-se a voz de execução, e, ao comando
marche! rompe-se a marcha.
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Marcar-Passo - É importante lembrar que este é um comando de alinhamento, utilizado quando se
estiver em passo ordinário. O bandeirim volta para a mão direita, formando um ângulo de 90°,
enquanto a mão esquerda é espalmada ao lado do corpo.
Em frente - utilizado somente em marcar passo, quando for enunciado em, o bandeirim volta à posição
de ordinário, e espera o frente.
Apresentar Arma - procede-se da mesma forma do ordinário, só que, ao cruzar o bandeirim, ele vem
pro meio, seguro pela mão esquerda, a direita vem logo acima, ambas espalmam-se, cada uma pra seu
lado, à altura do rosto. Usado apenas em ocasiões especiais.
Metodologias de Ensino
Muito se tem discutido sobre a Ordem Unida e sua metodologia de ensino, haja visto que as fontes são
os militares. O que não se tem refletido é que trabalhamos com juvenis, e temos responsabilidade
perante Deus de educá-los e instruí-los da melhor forma possível, mostrando em tudo a natureza de
Deus, até mesmo nas instruções de Ordem Unida.
Este tópico traz sugestões para as instruções, adquiridas em contato direto com as crianças, e avaliando
suas reações a tais metodologias. Alguns métodos são muito específicos, por isso, aqui temos alguns
exemplos, que podem ser aperfeiçoados de acordo com a criatividade do instrutor.
Por exemplo: Ao apresentar a posição de descansar, diga: a posição de descansar é a posição do lobo,
sempre alerta e pronto pro serviço. Nesta posição se entra em forma (mostrar a posição), e é uma
posição funcional, porque, ao levantar os calcanhares e baixá-los algumas vezes, se consegue bombear
sangue para o corpo, fazendo com que o desbravador esteja cômodo em forma. A posição de sentido é
a posição da águia, sempre altiva e disposta, peito estufado, olhando o mundo de cima, cabeça erguida.
Tem desbravador que faz essa posição parecendo um poste, reto assim (junte os braços contra o corpo),
e outros, parecem um bule em forma, fazem assim (demonstre), mas na realidade, a posição se executa
assim (mostre a posição correta). Muitas outras situações podem ser utilizadas para deixar a instrução mais
interessante, vai depender do instrutor.
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Ao ensinar direita, esquerda e meia-volta a pé firme, deve-se ensinar o velho “truque” do pezinho,
nunca falha. Diga: quando formos para a direita, vocês vão levantar a ponta do pé direito e esperar a
voz de execução, então, levantarão o calcanhar do outro pé, e então é só girar! Viram como foi fácil?
Vamos praticar. Depois que eles aprenderem, peça que eles estiquem os braços para os dois lados,
tocando apenas a ponta dos dedos dos companheiros de todos os lados, escolha dois entre o grupo para
ser o gato e o rato, coloque-os entre o pelotão, e, á medida que o gato corre para pegar o rato, vá dando
direita e esquerda volver, para uma melhor memorização. O gato e o rato só poderão correr nos
corredores formados pelos braços dos desbravadores. Para ensinar oitavos, use a trigonometria, falando
dos graus que se deve se deslocar nos movimentos, ao mesmo tempo em que se executa.
Pronto, todos aprenderam e estão atentos á próxima instrução, é com você. A Ordem Unida básica
deve ser muito bem ensinada e treinada antes de se acrescentar algo que não esteja no contexto, aqui
está a base para a educação em quaisquer outros movimentos, e eles devem se basear na Ordem Unida
básica.
1. Pré estabeleça regras - conscientize a todos da importância de manter o grupo unido, quando
alguém errar, ao invés de sorrir ou fazer bagunça, deve voltar o mais rápido possível para seu lugar na
formação. Costumamos não deixar que ninguém masque chicletes nas instruções; não é nada demais,
só uma regra que criamos para nosso grupo, e foi pré-estabelecida.
Chegar atrasado (a) é outro problema, e muito tempo se perde pedindo permissão para entrar em
forma. É importante o contato antes, conhecer cada caso, e os justificados, deixar que entrem direto no
pelotão, e conversar com eles sobre pontualidade depois do treino. Em alguns casos vai ser necessário
deixar alguém a observar o grupo, sem permissão para entrar em forma, para aprender a chegar cedo.
De preferência, feche o pelotão com um nº de desbravadores igual em cada unidade, e use isto como
um motivo pra não deixar entrar mais um.
Outro problema são os inúmeros “instrutores” que vão aparecer nos pelotões, que, a toda hora vão
estar querendo dar sua opinião. Seja claro ao dizer que, se alguém quiser dizer algo, peça permissão, e
então poderá expor suas idéias tão preciosas, mas que, se não forem próprias para o momento, que
fiquem para depois. Você às vezes vai precisar perder alguns minutos de instrução homogeneizando
seu pelotão, mas serão recompensados, com certeza.
2. Não discipline, estimule a auto-disciplina – Dependendo do êxito de seu trabalho, vai chegar um
momento em que você não vai mais reclamar de nada, eles todos reclamarão por você. Faça com que
eles se auto-disciplinem entre si, diga que você é só um, e que cada um deve se policiar e ajudar o
companheiro a se ajustar dentro do grupo, que é um desrespeito aos companheiros agir diferente do
grupo. Aquele velho “ordem errada não se executa” pode ser um bom exemplo de auto-disciplina.
Tenho ensinado aos desbravadores a não deixar que ninguém entre pela frente do pelotão, nem eu
mesmo, e quando o teste é feito, é linda a sensação de realização. Na hora de numerar, é lindo ver os
meninos corrigindo quem levantou a mão errada ou não cerrou o punho. Um pelotão auto-disciplinado
é a maior arma de um instrutor.
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3. Adquira o respeito do grupo - Todas as regras criadas devem ser cumpridas primeiro por você,
instrutor. A melhor voz-de-comando que você tem é o seu próprio exemplo. Se é pra chegar no horário,
esteja lá quando o primeiro desbravador chegar. Quando errar, admita, isso virá ser um referencial para
as crianças, indispensável para a formação do caráter delas.
4. Entenda e conheça seu grupo – Alguns desbravadores terão dificuldades para conseguir
acompanhar o grupo, por algum problema físico ou mesmo causado pela sua fase de intenso
crescimento, e seus movimentos desengonçados. Designe algum de seus melhores desbravadores para
ajudá-lo(a) a melhorar seus movimentos treinando com ele(a), e motivando a melhorar seu
desempenho. É claro que, por mais que seu desbravador seja bom, você deve, depois, tirar algum
tempo para fazer isso.
Algumas crianças ás vezes vão pedir pra sair mais cedo ou vão chegar quase no final, e nem sempre
é por falta de interesse. Talvez ele(a) nem pudesse estar ali, mas veio passar algum tempo no treino
para mostrar-lhe que o ama, respeita, e quer continuar fazendo parte daquele grupo que você lidera.
5. Faça com que conheçam o Líder maior – Até mesmo, nos exercícios de Ordem Unida, a
espiritualidade deve prevalecer. Aí está a diferença da ordem unida militar e a nossa. Conscientize-os
de que servem a um Líder maior, por isso devem procurar alcançar a Excelência, não só em seus
movimentos, mas em seus atos, palavras e ações, dentro e fora do clube.
Antes de começar as instruções, conte-lhes sobre Moisés e seu grande pelotão de Ordem Unida, e
como progrediam quando faziam a vontade de Deus transmitida por ele, e o que acontecia quando o
povo não estava interessado em marchar por Cristo. Traga versículos que usem termos de ordem unida
para eles, essa co-relação vai ensiná-los a ver a Ordem Unida por outro ângulo, diferente do objetivo
militar.
Costumo dizer às crianças que, se nada mudar beneficamente em seu comportamento fora do clube e
das instruções de Ordem Unida, não estamos trabalhando direito, ou elas não estão levando a sério.
Existe algo muito mais importante que ganhar concursos de Ordem Unida que deve estar incutido em
nossas mentes como instrutores, que é o disciplinar para salvar.
Um dia seu desbravador de dez anos vai crescer e te encontrar pelas ruas, e agradecer pelos minutos
em que passava nas instruções. Na sua casa, o pai batia na mãe, a irmã se prostituía, tudo era a maior
bagunça. Ele esperava ansioso pelo dia e horário marcado, e era o primeiro a chegar, não porque queria
ser o melhor, mas porque ali ele se sentia importante, fazia parte de um grupo, ouvia falar de Deus,
recebia amor, carinho e atenção, orava e tinha um exemplo pra se espelhar, o reflexo do Líder Maior
Jesus: você. Hoje ele é um homem de bem, um cidadão bem conceituado e respeitado, graças aos
ensinamentos que você deu com todo amor.
Cadência
Estudos foram feitos com soldados que apresentavam problemas no joelho, e descobriu-se que muitos
foram prejudicados pela cadência com que marchavam, levantando excessivamente as pernas, que
forçava os ligamentos do joelho, e não só isso, como as batidas fortes dos pés, que prejudicavam e
desgastavam mais ainda os ligamentos. O exército reformou sua cadência, e hoje a cadência não é mais
que um andar cadenciado. E nós, que trabalhamos com crianças? A maioria delas está em fase de
crescimento, desenvolvendo a musculatura, a coordenação motora...
A marcha não deve se tornar um incômodo para as crianças, nem tampouco mais um gasto médico para
os pais. Como já foi dito, deve ser um andar cadenciado. O diferencial será o que chamamos de
“garbo”.
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Ordem Unida na Igreja
A igreja é a casa de oração, e repetimos na lei: andar com reverência na casa de Deus. No dia mundial
dos desbravadores, ou em qualquer programação que o clube faça, deve-se respeitar este princípio. Voz
de comando e marcha dentro da igreja, nos tiram o direito de se referir á reverência na casa de Deus. Os
comandos devem ser dados por gestos, somente para se ter idéia de quando executar as entradas, e
deve-se apenas andar sincronizado como qualquer outra programação de outro departamento da igreja,
em que se entram os membros, ordenadamente. O clube pode usar sua criatividade ao executar
evoluções, mas sem ferir a ordem, decência e reverência que são devidas ao nosso Deus.
Revisado 21/02012
REGIÃO CENTRAL LESTE
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