0% acharam este documento útil (0 voto)
69 visualizações10 páginas

Fascínio dos Faraós Egípcios

Os faraós usavam vestimentas ricas e simbólicas para demonstrar seu poder divino e autoridade real. Suas roupas eram adornadas com ouro, pedras preciosas e o nome do faraó, e eles usavam joias, sandálias douradas e símbolos de poder como o cetro e o chicote.

Enviado por

ericapedro
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
69 visualizações10 páginas

Fascínio dos Faraós Egípcios

Os faraós usavam vestimentas ricas e simbólicas para demonstrar seu poder divino e autoridade real. Suas roupas eram adornadas com ouro, pedras preciosas e o nome do faraó, e eles usavam joias, sandálias douradas e símbolos de poder como o cetro e o chicote.

Enviado por

ericapedro
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 10

Introdução

Tudo aquilo que


Os Faraós cercava um faraó
como visava demonstrar o
Deuses seu poderio, reforçava
a idéia de que ele era
Os Faraós de essência divina,
como invencível, diferente
Guerreiros do comum dos mortais.
Até mesmo suas
Os Faraós vestimentas rituais
como tinham tal objetivo. O
Governantes seu traje de gala —
descreve a egiptóloga

Os Faraós
como
Seres
Humanos

Os Nomes
dos Faraós

O Poder
dos Faraós

A Justiça
dos Faraós

As
Catherine Chadefaud — compõe-se de um saio plissado de linho
Vestimentas
fino, branco e entrelaçado com fios de ouro e prata; na cintura um
dos Faraós
cinto largo de couro incrustrado de pedras preciosas ou de tecido
ricamente lavrado. Sobre a fivela figurava o nome real em signos de
O
ouro. Observe, por exemplo, a figura ao lado que mostra Seti I (c.
Casamento
1306 a 1290 a.C) diante do deus Anúbis. Além desse saio curto, os
dos Faraós
faraós por vezes usavam cobrir todo o corpo com uma capa de pele
de leopardo curtida, que incluia as quatro patas e a calda do animal.
As Famílias
As próprias garras do bicho eram usadas como pressilha. No Império
dos Faraós
Novo passaram a usar sobre o saio curto um outro mais comprido,
quase até o tornozelo, de linho fino bem transparente. Nem sempre as
A Corte
roupas eram apenas brancas. No túmulo de Amenófis II (c. 1427 a
dos Faraós
1401 a.C.), por exemplo, foi encontrado o fragmento de uma
elaborada vestimenta de linho, enfeitada com flores de lótus, lírios e
O Palácio
umbelas de papiro, que vemos ao lado. O cartucho do faraó aparece
dos Faraós
sob uma inscrição.
O Lazer
dos Faraós

Os Faraós A egiptóloga nos ensina ainda que o faraó traz um peitoral de ouro
no Além- e de faiança azul, ou de electro com turquesas, cornalinas,
túmulo escaravelhos de ametista ou falcões engastados, a emoldurar o olho
de Hórus... Um peitoral tão pesado que precisa de um contrapeso
Os Faraós nas costas! Nos braços, nos pulsos e nos tornozelos brilham por
no Além- vezes outras jóias: braceletes de ouro, de ágata, de lápis-lazúli, de
túmulo jade, de cornalina, de malaquite verde; anéis, um dos quais, em
Parte 2 forma de escaravelho, serve de selo oficial em todos os atos do
Estado. Nos pés usam sandálias de couro ornadas de turquesas e de
Os Túmulos rubis, ou até mesmo com solado e correias de ouro. Curiosamente as
dos Faraós sandálias não eram usadas propriamente para o ir e vir, mas apenas
nos momentos convenientes. O faraó Narmer (c. 3000 a.C.), por
Mulheres exemplo, andava descalço e um dos criados de sua escolta carregava-
no Trono lhe as sandálias. Tais calçados são descritos assim por Pierre Montet:
Da ponta da sola partia uma correia que passava entre o primeiro e
Apêndices o segundo dedo do pé e se reunia no peito do pé a outras correias
que formavam uma espécie de nó e apertavam no calcanhar. Em
outras palavras: os egípcios foram os primeiros a usar as "legítimas
Havaianas".
Estátuas e
estatuetas da tumba
de Tutankhamon
mostram-no usando
sandálias douradas,
como esta ao lado.
São feitas de
madeira revestida
com camadas de
marchetaria e
folhas de ouro
sobre uma base de
estuque. O solado
externo é coberto
com estuque
branco. As correias
são ornamentadas
com desenhos que
se repetem e
folheadas a ouro.
No solado interno
vemos figuras de
cativos negros e
asiáticos amarrados com talos de lótus e papiro. Acima e abaixo dos
prisioneiros existem grupos de quatro arcos que, junto com os
cativos, representam os nove inimigos tradicionais do Egito, os quais
o rei simbolicamente esmagava ao usar o calçado.

Os símbolos dos deuses eram os instrumentos de trabalho dos


faraós. O cetro em forma de gancho, para resgatar os inocentes; o
chicote, para punir os culpados; a coroa dupla, mostrando sua
autoridade para governar as Duas Terras e a cobra uraeus ou Olho
de Rá na testa, vendo tudo o que ele fazia, para o bem ou para o mal.

Desde o início do período dinástico que os faraós se apresentam


com alguns dos símbolos de realeza que mais tarde se tornariam
indefectíveis. Eram objetos a distinguir o rei de todos os demais seres
e a sinalizar sua autoridade, tanto secular quanto religiosa. Um dos
mais antigos símbolos de autoridade é o cajado. O hieróglifo, que
significa nobre ou oficial, é formado por um homem que carrega um
cajado à sua frente.

No período pré-dinástico um dos sinais do poder real era a calda de


touro, a qual podemos ver sendo usada pelo rei Escorpião na cabeça
de clava na qual ele está representado e pelo rei Narmer (c. 3000
a.C.) em sua famosa paleta. Portanto esse símbolo, representando o
fato de que o rei está imbuído dos poderes da natureza, também é
bem antigo. Ele reflete uma época longínqua impregnada de
concepções mágicas, segundo as quais o rei deveria adquirir, através
da captura e domínio de atributos característicos do mundo animal,
as qualidades e atitudes análogas àquelas do animal que lhe servia de
modelo. Posteriormente essa roupagem desapareceu, mas o faraó
reteve o conceito do vigor e da força taurina e anexou ao seu nome
títulos tais como Touro Poderoso ou Touro Vigoroso.

Outro cetro de origem bem antiga é o


was, símbolo de domínio mais na esfera
divina do que na terrena. Seu nome
significa estabilidade, que é o que os
egípcios esperavam dos faraós. Consistia
de uma fina lança com um dos extremos
terminado em dois dentes de garfo e o
outro na forma de uma cabeça de cão.
Sua origem parece datar da época pré-
dinástica. Sua representação mais antiga
está em um pente de marfim do faraó
Djer, da I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.),
no qual aparecem dois destes cetros
suportando a abóbada celeste,
simbolizada pelas asas abertas do falcão
celestial. Como símbolo de poder, o was
era empunhado tanto pelos faraós quanto
pelas divindades. Aqui ele aparece nas
mãos do deus
Atum.

O cetro conhecido como heqa é um


pequeno bastão com uma das
extremidades formando um gancho e que
os pastores usavam para recapturar as
ovelhas fugitivas, prendendo-as pelas
patas. Às vezes é folheado a ouro e
reforçado por tiras de cobre azul e pode
ser visto frequentemente empunhado
pelos reis egípcios. Ele simboliza o
próprio conceito de lei e de ordem e a
mais antiga representação de um rei
carregando esse cetro é uma estatueta de
Ninetjer, faraó da II dinastia (c. 2770 a
2649 a.C.). Posteriormente os reis
passaram a empunhar esse cetro cruzado sobre o peito juntamente
com o chicote. O que vemos ao lado provém da tumba de
Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.).

O chicote, na verdade um mangual de


malhar grãos, ilustrava o poder do faraó
sobre toda a produção do reino. Essa
peça tornou-se bastante conhecida por
sua presença no sarcófago de
Tutankhamon, no qual aparece
associada ao cetro heqa. Tal
associação, entretanto, não ocorria nos
primeiros tempos, quando o chicote
surgia sozinho em representações de
cerimônias reais. A peça que vemos ao
lado, confeccionada em ouro e pedras
semi-preciosas, também foi encontrada
no túmulo de Tutankhamon.

A cobra naja de peito estufado


que o rei trazia representada na
fronte, sobre a coroa,
simbolizava o Olho de Rá e
visava aterrorizar os inimigos,
ao mesmo tempo em que
protegia o rei, expelindo fogo.
A ela é dedicado um culto diário
para suavizar o seu humor.
Conhecido como uraeus, esse
símbolo permaneceu como
marca dos faraós durante todo o
período dinástico e data
provavelmente do longo reinado
do rei Den, da I dinastia. A
belíssima cobra que vemos ao
lado era, provavelmente,
elemento de uma coroa de
Sesóstris II (1897 a 1878 a.C.).
Feita com ouro maciço, tem a
cabeça de lápis-lazúli, o olho de
granada e mede apenas 6,7
centímetros de altura.
Uma barba de cerimônia trançada e
postiça é outro dos atributos do rei e até a
rainha Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.) se
fez representar com ela. É de se notar que o
faraó não só é geralmente imberbe, como
também manda raspar o crânio no dia da
sagração. Aqui a barba aparece representada
no rosto de um dos Ptolomeus, num busto
feito de bronze.

Símbolo máximo de poder e glória, as


coroas faraônicas foram várias ao longo
da história dinástica do Egito. Como
todas as demais insígnias do poder, elas
também foram outorgadas pelas
divindades. Carregadas de simbologia,
como a serpente uraeus posta sobre a
fronte do soberano, por exemplo,
podiam ser objetos de veneração em si
mesmas, por meio de cânticos, como se
fossem seres autônomos. Das mais
antigas são as duas coroas do país: a
Coroa Branca (hedjet), que
correspondia ao Alto Egito, e a Coroa
Vermelha (decheret), correspondente
ao Baixo Egito. A primeira era um
ornamento alto, confeccionado com
linho ou feltro, terminando em forma
arredondada, como esta que aparece na
cabeça de uma estátua em madeira de
Sesóstris I (1971 a 1926 a.C.).
A outra era um
barrete achatado,
prolongando-se na
parte posterior por um
apêndice alto e com
uma tira metálica
enrolada na ponta e
voltada para a parte
frontal da coroa.
Ambas já aparecem
sendo usadas por
Narmer (c. 3000 a.C.)
na sua paleta. Por sua
vez, a vermelha já
surge numa
representação em
relevo em um caco de
vaso do período pré-
dinástico. Tal
fragmento foi
encontrado na região
do Alto Egito, de onde
parece que a coroa se
originou, embora tenha se tornado posteriormente símbolo do Baixo
Egito. Ao lado, coroa de uma das estátuas de madeira do faraó
Tutankhamon.
Embutidas uma na outra, a coroa branca e a vermelha se
transformaram em uma só, a Coroa Dupla (pschent), depois que as
Duas Terras foram unificadas. Essa coroa passou a simbolizar o
poderio do rei sobre o Alto e o Baixo Egito e o fato dele governar as
duas regiões como se fosse uma só. Um dos primeiros exemplos do
uso da Coroa Dupla pode ser visto em um relevo do rei Snefru (c.
2575 a 2551 a.C.), da IV dinastia. Nem sempre os faraós se faziam
representar com essa coroa. Frequentemente eram retratados usando
apenas a Coroa Branca. Esse foi o caso do próprio Snefru nos seus
primeiros anos de reinado e do faraó Miquerinos (c. 2490 a 2472
a.C.) nas tríades nas quais ele aparece ladeado por duas divindades.
O relevo que reproduzimos acima, do templo de Edfu, exibe as três
coroas: a branca e a
vermelha na cabeça de
duas divindades e a
dupla usada por
Ptolomeu VI (180 a
145 a.C.).

A Coroa Ritual (atef)


era usada em certos
ritos religiosos e
consistia basicamente
na Coroa Branca
adornada por duas
plumas de avestruz,
uma de cada lado, talos vegetais, chifres de carneiro, a serpente
uraeus e um pequeno disco no topo. Ao lado vemos esse tipo de
adorno sobre a cabeça de uma das mulheres que se tornou faraó,
Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.).

Durante as batalhas
ou por ocasião de
cerimônias militares,
o rei usava uma Coroa
Azul de Guerra
(kheprech), que surgiu
no fim do Segundo
Período Intermediário.
Ela ficou assim
conhecida
principalmente porque
Ramsés II (c.1290 a
1224), em seus
relevos de cenas de batalhas, sempre se fez retratar com ela na
cabeça. Era um barrete com aparência de capacete e saliências nas
laterais, confeccionado de tecido adornado com discos dourados.
Aqui ela aparece na cabeça de um dos Ptolomeus num busto feito de
bronze.

A
lém
das
coroas, um adorno de cabeça que cai em duas tiras sobre os ombros e
tem a parte pendente sobre a nuca amarrada em trança, denominado
nemes, também se tornou bastante conhecido, sobretudo porque é
usado pela esfinge de Gizé e, ainda, porque aparece na famosa
máscara de Tutankhamon, como vemos acima. Tratava-se de um
elemento fundamental da veste faraônica, tendo entrado em voga a
partir da III dinastia (c. 2649 a 2575 a.C.). Sua representação mais
antiga está na cabeça da estátua do faraó Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.)
sentado, encontrada no complexo da Pirâmide de Degraus.

Convém salientar que todos os componentes da vestimenta


faraônica que descrevemos acima têm em comum uma função
mágica. São todos acessórios que não só exprimem o poderio e a
dignidade real, mas também — e acima de tudo —, conferem ao seu
portador uma força e uma proteção específicas. Como filho do deus-
Sol, o faraó deveria literalmente deslumbrar seus súditos em suas
brilhantes roupagens, enquanto a superabundância de ouro e a
decoração com contas nas vestes, por sua vez, produziam um tinido
delicado na medida em que ele se movimentava.

Cercado por nuvens de incenso perfumado, ele também deveria


emitir odores arrebatadores, tendo o corpo mergulhado em doces
óleos, os olhos circundados por uma grossa pintura em preto e uma
elegante peruca posta por cima da cabeça raspada. Um conjunto de
colares dourados, brincos, pulseiras e uma das muitas coroas reais,
completavam sua imponente aparência. O faraó precisava ser uma
figura que impusesse respeito e temor, um verdadeiro deus vivo.
Muitas das vestes eram inacreditavelmente pesadas e incômodas de
serem usadas, especialmente durante longas cerimônias estatais no
opressivo calor egípcio. Como diríamos hoje em dia: ossos do ofício.

Para ver mais

Você também pode gostar