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Aula 2 Pares Cranianos

1. O documento descreve os 12 pares de nervos cranianos, classificando-os funcionalmente em motores, sensitivos e mistos. Apresenta detalhes sobre a origem, trajeto e distribuição dos nervos olfatório, óptico e oculomotor. 2. Os nervos oculomotor, troclear e abducente são nervos motores que inervam os músculos extrínsecos do olho. O nervo trigêmeo é um nervo misto com componentes sensitivo e motor, formando três ramos. 3. O nervo facial

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1. O documento descreve os 12 pares de nervos cranianos, classificando-os funcionalmente em motores, sensitivos e mistos. Apresenta detalhes sobre a origem, trajeto e distribuição dos nervos olfatório, óptico e oculomotor. 2. Os nervos oculomotor, troclear e abducente são nervos motores que inervam os músculos extrínsecos do olho. O nervo trigêmeo é um nervo misto com componentes sensitivo e motor, formando três ramos. 3. O nervo facial

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AULA 2 -

NEUROANATOMIA
Profs. Mª Germana
12 PARES DE NERVOS CRANIANOS

 Nervos cranianos são os que fazem conexão com o


encéfalo;
 As fibras motoras ou eferentes dos nervos cranianos
originam-se de grupos de neurônios no encéfalo,
que são seus núcleos de origem.
 Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes
originam-se dos neurônios situados fora do
encéfalo, agrupados para formar gânglios ou
situados em periféricos órgãos dos sentidos.
CLASSIFICACÃO FUNCIONAL
Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a
língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores
do pescoço. São eles:

 III - Nervo Oculomotor


 IV - Nervo Troclear
 VI - Nervo Abducente
 XI - Nervo Acessório
 XII - Nervo Hipoglosso
CLASSIFICACÃO FUNCIONAL
Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos
sentidos e por isso são chamados sensoriais e não
apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade
geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são:

 I - Nervo Olfatório
 II - Nervo Óptico
 VIII - Nervo Vestibulococlear
CLASSIFICACÃO MISTA
Os mistos (motores e sensitivos) são em número de
quatro:

 V - Trigêmeo
 VII - Nervo Facial
 IX - Nervo Glossofaríngeo
 X - Nervo Vago
CLASSIFICACÃO FUNCIONAL
Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas,
constituindo a parte crânica periférica do sistema
autônomo. São os seguintes:

 III - Nervo Oculomotor


 VII - Nervo Facial
 IX - Nervo Glossofaríngeo
 X - Nervo Vago
 XI - Nervo Acessório
PAR 1 – N. OLFATÓRIO
 As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma
área especial da mucosa nasal que recebe o nome
de mucosa olfatória.

 Em virtude da existência de grande quantidade de


fascículos individualizados que atravessam
separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma
chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de
nervo olfatório (direito e esquerdo).
PAR 1
 É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras
conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados
como aferentes viscerais especiais.

 Mais informações sobre o nervo olfatório podem


ser encontradas em TELENCÉFALO.
NERVO OLFATÓRIO
PAR 2 – N. ÓPTICO
 É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas
que se originam na retina, emergem próximo ao pólo
posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio
pelo canal óptico.

 Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto,


formando o quiasma óptico, onde há cruzamento
parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto
óptico até o corpo geniculado lateral.

 O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo,


cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se
como aferentes somáticas especiais.
.
PAR 3 NERVO OCULOMOTOR
PAR 4 TROCLEAR
PAR 6 ABDUCENTE
 São nervos motores que penetram na órbita pela
fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos
extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes:
elevador da pálpebra superior, reto superior, reto
inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior,
oblíquo inferior.

 Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor,


com exceção do reto lateral e do oblíquo superior,
inervados respectivamente, pelos nervos abducente e
troclear.

 As fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho


são classificadas como eferentes somáticas.
PAR 3 NERVO OCULOMOTOR
PAR 4 TROCLEAR
PAR 6 ABDUCENTE
 O nervo oculomotor nasce no sulco medial do
pedúnculo cerebral; o nervo troclear logo abaixo
do colículo inferior; e o nervo abducente no sulco
pontino inferior, próximo à linha mediana.
NERVO OCULOMOTOR
PASSAGEM NERVO OCULOMOTOR
NERVO TROCLEAR
PASSAGEM NERVO TROCLEAR
NERVO ABDUCENTE
PASSAGEM NERVO ABDUCENTE
PARES 3, 4, 6
 Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no
interior do crânio, para atravessar a fissura orbital
superior e atingir a cavidade orbital, indo se
distribuir aos músculos extrínsecos do olho.

 O nervo oculomotor conduz ainda fibras


vegetativas, que vão à musculatura intrínseca do
olho, a qual movimenta a íris.
PAR 5- TRIGÊMIO
 O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o
componente sensitivo consideravelmente maior.
Possui uma raiz sensitiva e uma motora.

 A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos


centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio
trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre
a parte petrosa do osso temporal.
PAR 5 - TRIGÊMIO
Os prolongamentos periféricos dos neurônios
sensitivos do gânglio trigeminal formam, distalmente
ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo:
 nervo oftálmico,

 nervo maxilar e

 nervo mandibular,

responsáveis pela sensibilidade somática geral de


grande parte da cabeça, através de fibras que se
classificam como aferentes somáticas gerais.
PAR 5 - TRIGÊMIO
 A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras
que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-
se aos músculos mastigatórios.

 O problema médico mais freqüentemente


observado em relação ao trigêmeo é a nevralgia,
que se manifesta por crises dolorosas muito intensas
no território de um dos ramos do nervo.
1. NERVO OFTÁLMICO

 Atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o


III, IV, VI pares cranianos e a veia oftálmica) e ao
chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são
os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.

 O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da


cavidade orbital e seu conteúdo, enquanto o nervo
óptico é sensorial (visão).
2. NERVO MAXILAR
 É o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa
pterigopalatina como se fosse um cabo aéreo para introduzir-
se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital,
momento em que passa a se chamar nervo infra-orbital.

 O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente


transitando pelo soalho da órbita, passando sucessivamente
pelo sulco, canal e forame infra-orbital e através desse último
se exterioriza para inervar as partes moles situadas entre a
pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio
superior (n. labial superior).
2. NERVO MAXILAR
 O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo
maxilar) fornece como ramos colaterais o nervo
alveolar superior médio e o nervo alveolar
superior anterior, que se dirigem para baixo.

 Nas proximidades dos ápices das raízes dos


dentes superiores, os três nervos alveolares
superiores emitem ramos que se anastomosam
abundantemente, para constituírem o plexo dental
superior.
3. NERVO MANDIBULAR
 é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio pelo
forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro
ramalhete, sendo que os dois ramos principais, são o nervo lingual e
alveolar inferior.

 O nervo lingual dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade


geral aos seus dois terços anteriores.

 O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e


percorre o interior do osso pelo canal da mandíbula até o dente
incisivo central.
3.NERVO MANDIBULAR
 Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar
inferior emite um ramo colateral, que é o nervo mental (nervo mentoniano),
o qual emerge pelo forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade
geral às partes moles do mento.

 Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém


seus ramos se anastomosam desordenadamente para constituir o plexo
dental inferior, do qual partem os ramos dentais inferiores que vão aos
dentes inferiores.

 A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios


(temporal, masseter e pterigóideo medial e lateral), com nervos que tem o
mesmo nome dos músculos.
N.TRIGÊMIO: ramos oftálmico e
maxilar
N.TRIGÊMIO: ramo mandibular
NERVO TRIGÊMIO
PAR 7 – NERVO FACIAL
 Nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial
gustatória.

 Emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o


nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral,
o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear,
os dois componentes do nervo facial penetram no meato
acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde
a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso
único que penetra no canal facial.

 A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente


dito, enquanto a sensorial recebe o nome de nervo intermédio.
PAR 7 - FACIAL
 As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face,
onde dão dois ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais
se ramificam em leque para inervar todos os músculos cutâneos da
cabeça e do pescoço.

 Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre


posterior do digástrico.

 As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é


a corda do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo
mandibular, terceiro ramo do trigêmeo), tomando-se como vetor para
distribuir-se nos dois terços anteriores da língua.
PAR 7 - FACIAL
 Nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas
(parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio e
depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela corda
do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para
inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares
(glândula sublingual e submandibular).

 Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para


todos os músculos cutâneos da cabeça e pescoço
(músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico).
NERVO FACIAL
PASSAGEM NERVO FACIAL
PARALISIA DE BELL
PAR 8 - VESTIBULOCOCLEAR
 Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente
individualizadas que formam, respectivamente, os
nervos vestibular e coclear.

 É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na


ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a
emergência do VII par e o flóculo do cerebelo.

 Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o


meato acústico interno, na porção petrosa do osso
temporal.
PAR 8 - VESTIBULOCOCLEAR
 A parte vestibular é formada por fibras que se
originam dos neurônios sensitivos do gânglio
vestibular, que conduzem impulsos nervosos
relacionados ao equilíbrio.

 A parte coclear é constituída de fibras que se


originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral
e que conduzem impulsos nervosos relacionados
com a audição.
.
PAR 9 - GLOSSOFARÍNGEO
 É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior
do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que
se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se
para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai
do crânio pelo forame jugular.

 No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo


apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados
por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo
glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se
na raiz da língua e na faringe.
PAR 9 - GLOSSOFARÍNGEO
 Desses, o mais importante é o representado pelas
fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela
sensibilidade geral do terço posterior da língua,
faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e
corpo carotídeos.

 Merecem destaque também as fibras eferentes


viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática
do sistema nervoso autônomo e que terminam no
gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do
nervo aurículo-temporal que vão inervar a glândula
parótida.
.
.
.
PAR 10 - VAGO
 O nervo vago é misto e essencialmente visceral.

 O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio


superior, situado ao nível do forame jugular; e o
gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame.
Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo
interno do nervo acessório.
PAR 10 - VAGO
 Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma
de filamentos radiculares que se reúnem para formar o
nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular,
percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome.

 Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos


que inervam a faringe e a laringe, entrando na
formação dos plexos viscerais que promovem a
inervação autônoma das vísceras torácicas e
abdominais.
PAR 10 - VAGO
 Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados
na faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.

 Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação


parassimpática das vísceras torácicas e abdominais.

 Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da


laringe.

 As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as


fibras sensitivas nos gânglios superior e inferior.
.
.
PAR 11 - ACESSÓRIO
 Formado por uma raiz craniana e uma espinhal.

 A raiz espinhal é formada por filamentos que


emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros
segmentos cervicais da medula, constituindo um
tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A
este tronco unem-se filamentos da raiz craniana
que emergem do sulco lateral posterior do bulbo.
PAR 11 - ACESSÓRIO
 O tronco divide-se em um ramo interno e um
externo. O interno une-se ao vago e distribui-se
com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e
esternocleidomastóideo.
PAR 11 - ACESSÓRIO
As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao
vago são:

 Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os


músculos da laringe;

 Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam


vísceras torácicas.
.
PAR 12 - HIPOGLOSSO
 Nervo essencialmente motor.

 Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a


forma de filamentos radiculares que se unem para
formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio
pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos
intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado
com a motricidade da mesma).
 Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.
.

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