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Fundamentos Dos Sistemas Eletrônicos Automotivos

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SÉRIE AUTOMOTIVA

FUNDAMENTOS
DOS SISTEMAS
ELETRÔNICOS
AUTOMOTIVOS
Série automotiva

Fundamentos
dos Sistemas
Eletrônicos
Automotivos
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
Série automotiva

Fundamentos
dos Sistemas
Eletrônicos
Automotivos
© 2012. SENAI – Departamento Nacional

© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Núcleo de Educação – NED

FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos / Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012.
84 p. il. (Série Automotiva).

ISBN 978-85-7519-588-8

1. Automóveis – Equipamento eletrônico. 2. Circuitos eletrônicos.


3. Soldagem. 4. Segurança do trabalho. I. Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
II. Título. III. Série.

CDU: 629.3.064.5
_____________________________________________________________________________

SENAI Sede

Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto


Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Ilustrações
Figura 1 - Semicondutor..................................................................................................................................................18
Figura 2 - Átomo de silício...............................................................................................................................................19
Figura 3 - Cristal de silício................................................................................................................................................20
Figura 4 - Cristal de germânio........................................................................................................................................20
Figura 5 - Cristal do silício em sua forma natural....................................................................................................21
Figura 6 - Dopagem do cristal de silício.....................................................................................................................21
Figura 7 - Processos de dopagem do silício..............................................................................................................22
Figura 8 - Átomos de fósforo..........................................................................................................................................23
Figura 9 - Elétron submetido a um determinado tipo de tensão.....................................................................23
Figura 10 - Introdução de átomos de boro...............................................................................................................24
Figura 11 - Elétrons circulando de forma livre.........................................................................................................25
Figura 12 - Fluxo de informação entre o sensor, a central e o atuador...........................................................29
Figura 13 - Sensor Hall ......................................................................................................................................................30
Figura 14 - Sensor Indutivo.............................................................................................................................................30
Figura 15 - Deformação do cristal piezelétrico........................................................................................................31
Figura 16 - Simbologia dos componentes eletrônicos.........................................................................................34
Figura 17 - Diagrama eletrônico...................................................................................................................................35
Figura 18 - Diodos semicondutores.............................................................................................................................36
Figura 19 - Aplicação do diodo semicondutor na automotiva..........................................................................37
Figura 20 - Símbolo do diodo semicondutor nos esquemas eletrônicos......................................................37
Figura 21 - Identificação de terminais (anodo)........................................................................................................38
Figura 22 - Identificação de terminais (catodo).......................................................................................................38
Figura 23 - Constituição do diodo................................................................................................................................39
Figura 24 - Camada de depleção..................................................................................................................................39
Figura 25 - Polarização direta do diodo semicondutor........................................................................................40
Figura 26 - Polarização inversa do diodo...................................................................................................................41
Figura 27 - Diodo emissor de luz – LED......................................................................................................................42
Figura 28 - Simbologia do LED em diagramas eletrônicos.................................................................................43
Figura 29 - Identificação dos terminais de LED.......................................................................................................43
Figura 30 - Construção física do LED...........................................................................................................................44
Figura 31 - Construção do LED bicolor.......................................................................................................................45
Figura 32 - Diagrama eletrônico do LED bicolor.....................................................................................................45
Figura 33 - Aspecto real do LED....................................................................................................................................46
Figura 34 - Aspecto real do LED....................................................................................................................................46
Figura 35 - Diodo Zener...................................................................................................................................................47
Figura 36 - Simbologia do diodo Zener em diagramas eletrônicos.................................................................47
Figura 37 - Aspecto real e simbologia do diodo Zener.........................................................................................48
Figura 38 - Polarização inversa do diodo Zener......................................................................................................48
Figura 39 - Foto do primeiro transistor.......................................................................................................................49
Figura 40 - Estrutura básica do transistor..................................................................................................................50
Figura 41 - Disposição dos terminais no componente.........................................................................................51
Figura 42 - Símbolo do transistor NPN.......................................................................................................................52
Figura 43 - Símbolo do transistor PNP........................................................................................................................52
Figura 44 - Tipos construtivos de transistores..........................................................................................................53
Figura 45 - Funcionamento do transistor NPN........................................................................................................54
Figura 46 - Retificação de meia onda..........................................................................................................................55
Figura 47 - Configuração do circuito retificador.....................................................................................................56
Figura 48 - Configuração da retificação de onda completa em ponte...........................................................58
Figura 49 - Embalagem com estanho para solda eletrônica..............................................................................64
Figura 50 - Ferro de solda para componentes eletrônicos..................................................................................65

Quadro 1 - Matriz curricular do módulo básico e introdutório de cursos de automotiva.......................14


Quadro 2 - Tipos de Solda...............................................................................................................................................62
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13

2 Componentes Eletrônicos...........................................................................................................................................17
2.1 Materiais semicondutores.........................................................................................................................18
2.2 Princípios de funcionamento de sensores e atuadores.................................................................27

3 Circuitos Eletrônicos......................................................................................................................................................33
3.1 Simbologia......................................................................................................................................................34
3.2 Diagramas eletrônicos................................................................................................................................35
3.3 Diodos..............................................................................................................................................................36
3.3.1 Diodo semicondutor.................................................................................................................36
3.3.2 Formação do diodo...................................................................................................................38
3.3.3 Comportamento dos cristais após a junção.....................................................................39
3.3.4 Aplicação de tensão sobre o diodo.....................................................................................40
3.4 Diodo emissor de luz (LED).......................................................................................................................41
3.4.1 Funcionamento do LED...........................................................................................................44
3.4.2 Diodo Zener.................................................................................................................................47
3.5 Transistores.....................................................................................................................................................49
3.5.1 Transistor bipolar.......................................................................................................................50
3.5.2 Estrutura básica..........................................................................................................................50
3.5.3 Tipos de transistores.................................................................................................................51
3.5.4 Terminais dos transistores.......................................................................................................51
3.5.5 Simbologia...................................................................................................................................52
3.5.6 Aspecto real dos transistores.................................................................................................53
3.5.7 Funcionamento do transistor bipolar.................................................................................53
3.6 Pontes retificadoras.....................................................................................................................................54
3.6.1 Retificação de meia onda........................................................................................................54
3.6.2 Circuito retificador de onda completa com diodos.......................................................56
3.6.3 Retificação de onda completa com derivação central.................................................56
3.6.4 Retificação de onda completa em ponte..........................................................................57

4 Técnicas de Soldagem e Dessoldagem de Componentes Eletrônicos........................................................61


4.1 Tipos de soldagem.......................................................................................................................................62
4.2 Finalidade da solda......................................................................................................................................63
4.2.1 O estanho como elemento de soldagem..........................................................................63
4.2.2 O ferro de solda..........................................................................................................................64

5 Saúde e Segurança no Trabalho................................................................................................................................69


5.1 Equipamentos de proteção individual e coletiva.............................................................................70
5.2 Legislação e normas....................................................................................................................................71
Referências............................................................................................................................................................................77

Minicurrículos dos Autores.............................................................................................................................................81

Índice......................................................................................................................................................................................83
Introdução

Olá, caro aluno!


Seja bem-vindo à unidade curricular Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos,
aqui você terá um apanhado de diferentes áreas do conhecimento: componentes eletrônicos,
princípios de funcionamento de sensores e atuadores, soldagem de componentes, dentre ou-
tras subáreas. Ao estudar este conteúdo, você conhecerá conceitos e aplicações importantes
para cada tema.
Com todos os conceitos e conhecimentos aprendidos neste momento da aprendizagem,
você obterá fundamentos teóricos e competência para desempenhar tarefas técnicas ligadas
ao seu dia a dia de trabalho.
A expectativa é que este material agregue novos conhecimentos a você, enquanto profis-
sional da área automotiva.
Esta unidade curricular pertence ao módulo básico e introdutório comum a três cursos de
qualificação da área de automotiva oferecidos pelo SENAI. São eles:
a) Eletricista de Automóveis.
b) Instalador de Acessórios Automotivos.
c) Mecânico de Manutenção em Transmissão Automática.
O quadro a seguir apresenta o módulos básico e introdutório dos cursos relacionados acima
e a distribuição de sua carga horária:
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
14

Módulos Básico e Introdutório de Cursos de Automotiva

Unidades Carga Carga horária


Módulos Denominação
curriculares horária do módulo
• Fundamentos de
30h
Tecnologia Automotiva
Básico Básico 60h
• Organização do
30h
Ambiente de Trabalho

• Fundamentos dos Sistemas


40h
Introdutório de Elétricos Automotivos
Introdutório 60h
Eletroeletrônica • Fundamentos dos Sistemas
20h
Eletrônicos Automotivos

Quadro 1 - Matriz curricular do módulo básico e introdutório de cursos de automotiva


Fonte: SENAI/DN

Agora, você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste


processo um momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática
devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional.
Bons estudos!
1 Introdução
15

Anotações:
Componentes Eletrônicos

A eletrônica vem assumindo crescente importância no mundo atual, estando presente na


informática, nas telecomunicações, nos controles de processos industriais1, na automação2 dos
serviços bancários e comerciais e nos bens de consumo. Quanto a esses últimos, ela aparece
não apenas nos tradicionais segmentos de áudio e vídeo, mas de forma disseminada entre os
eletrodomésticos, e cada vez mais inteligente nos automóveis.
Na área automotiva, cada vez mais a tecnologia eletrônica realiza avanços, e os automóveis
e veículos estão cada dia mais equipados com sistemas eletroeletrônicos, aumentando o con-
forto e a segurança dos passageiros do veículo. A eletrônica automotiva também é conhecida
como eletrônica embarcada.
Para que você possa compreender melhor os diversos sistemas eletrônicos automotivos,
neste material didático você conhecerá os principais componentes e conceitos da eletrônica
embarcada, o que lhe permitirá compreender com maior clareza o uso da eletrônica automoti-
va e a identificação das falhas nos sistemas eletrônicos.
Ao final do estudo, você terá subsídios para:
a) conhecer, de forma clara e objetiva, os principais componentes formados por semicondu-
tores utilizados na eletrônica automotiva;
b) conhecer técnicas de soldagem eletrônica.
Pronto para começar? Vamos lá!
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
18

1 processos industriais 2.1 Materiais semicondutores


Processos industriais são Você sabia que alguns dos componentes eletrônicos3 (como diodos e tran-
procedimentos envolvendo
passos químicos ou sistores) são formados a partir de materiais semicondutores? Sim, é verdade! Por
mecânicos e que fazem
parte da manufatura de um isso você necessita entender com funcionam esses materiais antes de estudar tais
ou vários itens, usualmente componentes.
em grande escala.
Você talvez já tenha ouvido falar no termo “semicondutor”, certo? Mas saberia
defini-lo? Sabe o que são materiais semicondutores? Bem, calma que tudo será
esclarecido!
2 Automação
Como você já deve ter percebido, os automóveis possuem diversos sistemas
Automação é a aplicação de
técnicas computadorizadas
de conforto e segurança, como travas nas portas, vidros elétricos, regulagem de
ou mecânicas para diminuir bancos e retrovisores elétricos, além de câmbio automático e injeção de combus-
o uso de mão de obra
em qualquer processo, tível eletrônica. Para que todos esses sistemas funcionem em tempo hábil e de
especialmente o uso maneira eficaz, é preciso que exista um controle com módulos eletrônicos. Esses
de robôs nas linhas de
produção. A automação módulos eletrônicos possuem diversos componentes eletrônicos que permitem
diminui os custos e
aumenta a velocidade da
suas funções, e alguns desses componentes são semicondutores.
produção.

3 Componentes
eletrônicos

São os componentes,
interligados entre si, que
estruturam um circuito
elétrico ou eletrônico.
Electrician Methuenma (2012)

Figura 1 - Semicondutor

Os semicondutores são materiais que podem apresentar características de iso-


lantes ou condutores, dependendo da formação de sua estrutura química.
Exemplos típicos de materiais semicondutores são o carbono e o silício. De-
pendendo da forma como os átomos de carbono ou silício se interligam, o mate-
rial que se forma pode tornar-se condutor ou isolante elétrico.
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
19

Mas será que a estrutura química dos materiais está relacionada a tudo isso?
Observe, então!
Os materiais semicondutores caracterizam-se por serem constituídos de áto-
mos que possuem 04 (quatro) elétrons na última camada, conhecida como cama-
da de valência. Analise, por exemplo, um átomo de silício. Veja que este átomo
possui o núcleo com prótons e nêutrons, além de três camadas com elétrons.
Sendo que, na camada de valência, esse átomo possui quatro elétrons. Dessa ma-
neira, o silício é um semicondutor. Acompanhe a figura.

1 Variantes regionais

PERCEPÇÃO

fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novidade

Figura 2 - Átomo de silício


Fonte: Adaptado de DK Books (2012)

PERCEPÇÃO
Percepção

VOCÊ Que os átomos com quatro elétrons na última camada


possuem tendência a agruparem-se em formação cris-
SABIA? talina?

É possível a visualização de um cristal de silício na forma em que é encontrado


na natureza. Observe, a seguir.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
20

Tropical Rainforest Animal ([20--?])


Figura 3 - Cristal de silício

Como você viu, os semicondutores definem sua ação elétrica de acordo com
sua disposição construtiva. Dessa maneira, as estruturas cristalinas puras são ele-
mentos eletricamente isolantes. O silício e o germânio puros, por exemplo, são
materiais semicondutores com características isolantes, quando agrupados em
forma de cristal. Sendo assim, quando encontrados na natureza - e em formas
de cristais -, eles são isolantes elétricos. Quando trabalhados, podem tornar-se
condutores elétricos.
Na figura a seguir, você verifica um cristal de germânio.
ChemWiki ([20--?])

Figura 4 - Cristal de germânio


2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
21

Tudo o que foi visto até o momento não faz sentido se o material não passar
por um processo chamado de dopagem. Sabe o que significa?
A dopagem é um processo químico que tem por finalidade introduzir átomos
estranhos a uma substância na sua estrutura cristalina. Nos cristais semicondu-
tores (silício e germânio), a dopagem é realizada por atribuir ao material certa
condutividade elétrica.
Agora, provavelmente, as coisas começam a fazer sentido no estudo sobre se-
micondutores, não é mesmo? Observe as figuras a seguir, que servem de exemplo
para o processo de dopagem em materiais semicondutores.
Para uma melhor compreensão foi utilizado o silício como exemplo.

1 Variantes regi

si si si PERCEPÇÃ

si si si fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
si si si 1.Novidade

Figura 5 - Cristal do silício em sua forma natural

Repare que, na figura anterior, é possível observar que o cristal de silício está PERCEPÇÃO
Percepção
em sua forma natural, ou seja, o elemento desta figura não passou por qualquer
processo de dopagem.
Agora você observa um exemplo de dopagem do cristal de silício utilizando
um átomo de fósforo (P).
1 Variantes regio

si si si PERCEPÇÃO

si P si fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
si si si 1.Novidade

Figura 6 - Dopagem do cristal de silício

PERCEPÇÃO
Percepção
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
22

4 Material condutor A forma como o cristal irá conduzir a corrente elétrica depende do tipo de im-
pureza utilizada e da quantidade de impureza aplicada.
Material que permite
facilmente a passagem de Os semicondutores podem passar por uma dopagem com dois átomos. Como
cargas elétricas.
você pode ver na figura a seguir, o átomo de silício é dopado com átomos de boro
e fósforo. A diferença está na quantidade que cada átomo possui, uma vez que
o fósforo possui átomos em excesso, deixando um átomo livre; enquanto o boro
possui átomos em pouca quantidade, criando uma lacuna.
Esse efeito faz com que o semicondutor seja um excelente condutor elétrico.

si si si si
Elétron
Lacuna livre

B si P si
Boro Elétrons
Fósforo compartilhados

si si si si

Figura 7 - Processos de dopagem do silício Paulo Cordeiro (2012)

Na figura anterior, foi possível a representação de dois processos de dopagem


no silício: a dopagem com o boro (B) e a dopagem com o fósforo (P). Os processos
representados na figura formam as características relacionadas à condutividade
elétrica dos semicondutores.
Em outras palavras, cada tipo de dopagem no material condutor4 apresentará
uma característica diferente.
Quer conhecê-las no detalhe?
a) Cristal N
Quando o processo de dopagem introduz, na estrutura cristalina, uma quan-
tidade de átomos com mais de quatro elétrons, na última camada forma-se uma
nova estrutura, denominada de Cristal N. Acompanhe!
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
23

B si si si si

si si P si

si si si si

Paulo Cordeiro (2012)


Figura 8 - Átomos de fósforo

O elétron isolado possui a característica de movimentar-se livremente, consti-


tuindo-se um portador livre de carga elétrica.
Você sabe o que isto significa? Bem, é o seguinte: como o silício é um cris-
tal, ele possui quatro elétrons em sua última camada. Observe, na figura anterior,
que todos os átomos de silício estão ligados uns aos outros, formando uma liga-
ção estável. Com a inserção de um átomo de fósforo - que possui cinco elétrons
em sua última camada - um de seus elétrons não se ligará com os outros átomos,
ficando livre na estrutura.
É justamente esse elétron que formará a corrente elétrica quando submetido a
um determinado nível de tensão elétrica. Verifique, na sequência.
1

si P si si

-
-
fa
si si si P 1.N
1.N
1.N
Paulo Cordeiro (2012)

1.N
1.N
1.N
- +
Figura 9 - Elétron submetido a um determinado tipo de tensão

P
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
24

5 Tensão elétrica b) Cristal P

É a força que impulsiona os Quando o processo de dopagem introduz, na estrutura cristalina, uma quanti-
elétrons por um condutor. dade de átomos com menos de quatro elétrons na última camada, forma-se uma
nova estrutura, denominada de Cristal P.
Acompanhe o seguinte exemplo: a introdução de átomos de Boro (B), que
possuem três elétrons na última camada.

si si si si

B si si si

si si si si

Paulo Cordeiro (2012)


Figura 10 - Introdução de átomos de boro

A ausência do elétron no interior do cristal é denominada de lacuna, sendo


representada por uma carga elétrica positiva na estrutura química.
Ao contrário da dopagem com o fósforo, a dopagem com o boro faz com que
haja a ausência de um elétron para ligar-se com os demais átomos de silício.
Desta forma, haverá um local no qual elétrons estarão circulando de forma
livre entre os átomos do silício, gerando uma corrente elétrica quando este mate-
rial for submetido à tensão elétrica5. Note a figura a seguir.
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
25

si P
B si si

+
+
fa
si si si P
B 1.
1.
1.
1.
1.

Paulo Cordeiro (2012)


1.
+ -

Figura 11 - Elétrons circulando de forma livre

Os componentes semicondutores são consideravelmente


sensíveis à sobrecarga elétrica, por isso, ao utilizar o mul-
FIQUE tímetro para verificar medições elétricas nesses compo-
ALERTA nentes, é preciso tomar cuidado para que não ocorra um
curto-circuito, pois este pode danificar o componente a
ser medido.

Você deve estar se questionando sobre a influência dos materiais semicon-


dutores nos automóveis. Na realidade, os veículos atuais trabalham com diver-
sos componentes semicondutores, pois com a tecnologia embarcada crescendo
cada dia mais, os sistemas integrados necessitam de componentes que transmi-
tam a corrente e a tensão elétrica com alta eficiência.
Os semicondutores são amplamente empregados em componentes de con-
trole de passagem de tensão e corrente, nos circuitos dos módulos de controle.
Além disso, os semicondutores são empregados em diversos componentes do
veículo, como sensores, atuadores, LEDs e, até mesmo, controles de portas e vi-
dros.
Convido você a conhecer um relato que abordará os componentes eletrônicos
e sua importância para o sistema automotivo.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
26

CASOS E RELATOS

Componentes eletrônicos
Marcelo é proprietário de um automóvel equipado com um dos mais po-
tentes sistemas de som do mercado e, para o som tocar em sua capaci-
dade máxima, é empregado ao sistema um amplificador. Porém, Marcelo
percebeu que seu sistema de som não estava mais tocando com a mesma
intensidade de outrora, e começou a investigar as possíveis causas dessa
perda de potência. Marcelo notou que a responsável pela falta de potên-
cia poderia ser a saída do módulo amplificador. Ao abrir pela primeira vez
o módulo amplificador de som do seu carro, Marcelo, que é estudante do
curso de eletrônica automotiva, encontrou componentes eletrônicos já
familiares, como resistores, capacitores e indutores.
Entretanto, como seu módulo estava apresentando um defeito na saída -
e ele já tinha um pequeno conhecimento de eletrônica -, Marcelo tentou
testar um componente desconhecido da mesma forma que antes testava
um resistor.
Ao aplicar a mesma técnica, ele logo percebeu que o resultado não esta-
va coerente com o esperado.
Marcelo, então, questionou um de seus professores de eletrônica sobre
como funciona o módulo amplificador e os componentes, aprofundando,
assim, seus conhecimentos em sistemas eletrônicos automotivos. Desta
forma, ele concluiu que o componente é feito de um material semicon-
dutor e, por este motivo, as técnicas de testes são totalmente diferentes
de componentes convencionais como resistores e capacitores.

O interessante na história de Marcelo é que a partir de um problema de po-


tência no sistema de som de seu carro, ele acabou colocando em prática ensina-
mentos importantes adquiridos no curso de eletrônica automotiva, fortalecendo,
assim, sua aprendizagem.
Prepare-se para ampliar seus horizontes profissionais conhecendo o funciona-
mento de sensores e atuadores.
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
27

2.2 Princípios de funcionamento de sensores e atuadores

Você já deve ter se deparado com um sensor em algum momento de sua vida.
O fato é se você identificou esse sensor. Pense em sensores automotivos, para
você compreender melhor. Enquanto um condutor está dirigindo seu veículo, é
preciso que diversos sistemas estejam operando com eficiência e qualidade, como
por exemplo, o sistema de freio ABS ou o sistema de injeção eletrônica do motor.
Para que esses e outros sistemas eletroeletrônicos funcionem, é preciso que exista
um módulo de controle, que será responsável por gerenciar todas as operações do
sistema, mas o módulo de controle não opera sozinho, pois ele conta com os sen-
sores para obter informações, e com os atuadores para executar as ações necessá-
rias. Quer entender melhor como o trabalho dos sensores e atuadores funciona?
Considere o sistema de freios ABS. Durante a utilização do veículo, é necessá-
rio acionar o freio por diversas vezes, com a intenção de diminuir a velocidade ou,
até mesmo, parar o veículo. Suponha que o condutor de um determinado veículo
esteja dirigindo por uma rodovia federal (cujo limite de velocidade é de 100km/h)
e, de repente, acontece um acidente. O que o condutor deve fazer? Certamente,
ele precisa frear bruscamente para parar o veículo e evitar uma batida no carro da
frente. Para evitar que as rodas do veículo travem, o sistema de freios ABS entra
em funcionamento, liberando e pressionando o freio diversas vezes, para que,
assim, o veículo pare, mas as rodas não travem.
Para que esse sistema seja de fato eficiente, em cada roda do veículo é ins-
talado um sensor, que faz a leitura da velocidade da roda. Dessa maneira, cada
sensor envia para o módulo de controle ABS a informação da velocidade da roda,
emitindo sinais de onda quadrada. Com base nesses sinais que os sensores das
rodas enviam, o módulo de controle é capaz de analisar a situação e perceber que
uma das rodas está travando. Nesse momento, o módulo de controle envia um
sinal para as válvulas de controle de pressão do fluido de freio. Essas válvulas de
controle têm a função de controlar a pressão no sistema de freio em cada roda, ou
seja, é possível dosar a pressão de freio individualmente, fazendo com que uma
roda freie mais do que outra.
Sendo assim, é possível afirmar que durante o funcionamento do sistema ABS
o módulo de controle monitora e aciona o freio individualmente o tempo todo,
fazendo com que as rodas sejam freadas ou liberadas diversas vezes por segundo.
Como você pode perceber, os sensores são responsáveis por enviar as informa-
ções para o módulo de controle, mantendo-o ciente das condições das rodas.
Quando o módulo interpreta que é necessário realizar alguma intervenção no
funcionamento do sistema, ele envia um sinal de comando para as válvulas de
controle de pressão, assim, pode-se afirmar que essas válvulas são os atuadores
- pois atuadores são componentes que executam uma ação mediante comando
eletrônico proveniente de um módulo de controle.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
28

Como foi visto no exemplo do sistema de freios ABS, os sensores não traba-
lham sozinhos, pois sempre estão ligados a uma central, que está ligada aos atua-
dores. Então vamos separar as coisas para facilitar a compreensão?
É possível comparar um sensor ao olho humano: este serve para captar as ima-
gens, mas quem as processa para compreendê-las é o cérebro. Quando você está
andando na rua e vê um veículo se aproximando, o cérebro interpreta a cena e dá
uma ordem para que as pernas guiem todo o corpo para fora da área de perigo.
Assim, é possível estabelecer uma comparação entre o funcionamento do corpo
humano e o funcionamento das centrais eletrônicas.
Todo sensor tem a tarefa de perceber as coisas, seja por um movimento, um
toque, uma alteração de tensão elétrica, etc. Ao detectar algum acontecimento, o
sensor transmite as informações a uma central eletrônica (comparada com nosso
cérebro), responsável por interpretar as leituras do sensor e disparar ordens para
que os atuadores entrem em ação.
A central é mapeada, ou seja, programada para disparar ordens diferentes
de acordo com as informações que são captadas pelos sensores. Os atuadores
podem ser comparados aos braços e pernas do corpo humano, pois sua função
principal não é enviar informações para a central, e sim, executar as ordens que
são enviadas pela central. De acordo com o comando que um atuador recebe, ele
irá tomar uma ação.
De forma resumida, pode-se dizer que o fluxo de informações ocorre assim:
acontece algo e os sensores detectam e transmitem a uma central; a seguir, a
central interpreta o que ocorreu e dispara uma ordem pré-programada para que
os atuadores ajam em função do fato.

SAIBA Você pode obter mais informações sobre os tipos de senso-


res em <http://www.portaldomecanico.com.br/v1/especia-
MAIS listas/especVerTexto.php?idz=24>.
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
29

FabriCo (2012)
Figura 12 - Fluxo de informação entre o sensor, a central e o atuador

Os atuadores podem ser fabricados com diversas formas, pois podem ser bicos
injetores, válvulas de controle, válvulas atuadoras, entre outras configurações. En-
tretanto, uma característica é comum entre todas: o fato de trabalharem com um
sistema elétrico para realizar suas ações. Em sua maioria, os atuadores trabalham
com bobinas (para atuar quando necessário). Desta forma, o módulo de controle
aciona essa bobina por meio de um sinal elétrico ou uma tensão elétrica.
Já no caso dos sensores, destacam-se alguns principais tipos, como os sen-
sores tipo Hall, os sensores indutivos e os piezelétricos. Para você compreender
melhor, segue explicação, separadamente, para cada um deles.
a) Sensores tipo Hall: são sensores que trabalham no monitoramento de posi-
ção de eixos ou no controle da rotação de alguns eixos. Recebem esse nome
por trabalharem com o efeito Hall. Quer conhecer o que é este efeito?
Pois bem, para ocorrer o efeito Hall, é preciso que uma corrente elétrica atra-
vesse uma placa condutora, com propriedades magnéticas. Durante esta ação, a
tensão é igual a zero. Quando essa placa é submetida a um campo magnético, as
linhas de fluxo da corrente elétrica se alteram, gerando uma tensão elétrica, que
é chamada de tensão Hall.
Observe o exemplo do efeito Hall: um sensor de posição do comando de vál-
vulas emite constantemente um campo magnético e, quando esse é cortado pelo
ressalto do eixo, o campo magnético altera as linhas da corrente elétrica do sen-
sor, fazendo com que ele envie uma tensão elétrica ao módulo de controle. Para
que o sensor Hall tenha sua ação garantida, é preciso que ele seja alimentado por
um sinal positivo do módulo de controle. Veja a figura a seguir.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
30

Direct Industry ([20--?])


Figura 13 - Sensor Hall 

b) Sensores do tipo Indutivo: trabalham somente com o princípio de indução


eletromagnética, pois em seu interior existe um imã permanente e uma bo-
bina. Quando sua ponta está próxima a uma superfície, o campo magnético
está estável, mas quando surge um rebaixo, o campo magnético sofre uma
alteração, induzindo a formação de uma corrente elétrica em sua bobina.
Sendo assim, um sensor de rotação possui um campo magnético permanen-
te, e quando os rebaixos do eixo passam por sua extremidade de leitura, o
campo magnético sofre alterações, induzindo uma corrente elétrica que ser-
virá de parâmetro para o módulo de controle. Como os sensores Indutivos
trabalham com imãs permanentes, não é necessário que eles sejam alimen-
tados. Acompanhe!
Paulo Cordeiro (2012)

Figura 14 - Sensor Indutivo


Fonte: Adaptado de Mecânica Automotiva ([20--?])
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
31

c) Sensores Piezelétricos: são componentes eletrônicos muito utilizados na


indústria automotiva. Esses sensores trabalham com o conceito piezelétrico.
Conheça, na sequência, do que trata este conceito.
Os cristais de Quartzo e Turmalina possuem uma propriedade única de gerar
uma pequena diferença de potencial elétrico (tensão elétrica) quando são com-
primidos. Essa tensão elétrica gerada é proporcional à pressão que é aplicada ao
cristal.
É possível afirmar, então, que quando o cristal de quartzo ou turmalina é sub- Variantes regionais
1
metido a uma pressão, ele gera uma tensão elétrica que aumenta conforme a
pressão. Observe, a seguir.

PERCEPÇÃO

E
Campo elétrico
Paulo Cordeiro (2012)

fatores no alvo:
1.Novidade
Deformação 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Figura 15 - Deformação do cristal piezelétrico 1.Novidade
Fonte: Adaptado de Saber Eletrônica ([20--?]) 1.Novidade

Esse tipo de cristal é muito utilizado na indústria automotiva, principalmente


na aplicação de sensores de pressão que necessitam enviar uma resposta rápida
ao módulo de controle, como por exemplo, o sensor de pressão do coletor de PERCEPÇÃO
admissão. Percepção

O efeito piezelétrico pode funcionar de forma invertida, provocando uma de-


formação quando submetido a uma tensão elétrica, funcionando, assim, como
uma válvula. Esse tipo de configuração é aplicado em injetores de combustível, o
que aumenta a resposta do injetor e proporciona uma ação eficiente.
O efeito piezelétrico invertido é consideravelmente mais rápido que a ação de
uma bobina elétrica.
Importante destacar que, nos dias atuais, o efeito piezelétrico é muito aplica-
do, por aumentar a velocidade de comunicação entre sensores e módulos, e a co-
municação entre módulos e atuadores. Além disso, como você viu, os atuadores
se tornam mais rápidos e as informações dos sensores são mais precisas.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
32

Recapitulando

Até aqui, você aprendeu que os semicondutores são materiais que po-
dem apresentar características de isolantes ou de condutores, possuindo,
com isso, inúmeras possibilidades de aplicação dentro da área da eletrô-
nica.
Além disso, conheceu também a integração entre sensores, centrais ele-
trônicas e atuadores, compreendendo seu funcionamento e a ligação en-
tre o sinal captado pelo sensor, a interpretação desse sinal realizada pela
central e a ação realizada pelo atuador (baseada na informação passada
pela central ao atuador).
Agora você já sabe que os sensores não agem sozinhos, mas dependem
de uma central e de atuadores. Está pronto para seguir em frente? Então,
vamos lá!
Circuitos Eletrônicos

Nesta etapa do estudo você aprenderá um pouco sobre circuitos eletrônicos. Os circuitos
eletrônicos são muito semelhantes aos circuitos elétricos e sua interpretação é vital para o en-
tendimento do funcionamento de alguns circuitos ou, até mesmo, para a solução de alguma
anomalia. Após a finalização deste estudo, você estará apto a:
a) conhecer as simbologias que identificam os componentes eletrônicos disponíveis nos cir-
cuitos eletrônicos;
b) conhecer o que são os diagramas eletrônicos, os diodos e os transistores.
Você já percebeu que tem muito a aprender, não é? Então, vamos em frente!
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
34

3.1 Simbologia

Todos os componentes eletrônicos são identificados nos circuitos eletrôni-


cos por meio de sua simbologia. Cada componente possui uma simbologia pró-
pria, que, por sua vez, identifica seus terminais.
A simbologia dos componentes é reconhecida internacionalmente, ou seja,
em qualquer lugar do mundo, ao ler um esquema eletrônico, você rapidamente
vai identificar os componentes do circuito.
A figura que segue mostra um exemplo de simbologia dos principais compo-
nentes eletrônicos, utilizados na indústria automotiva.

Resistor Capacitor Indutores Transistores Diodo Fusistor

Zener

Potenciômetro Variável Lâmpada


Bateria
Chaves +
fato
1.No
1.No
1.No
1.No
TRIMPOT Trimmer Transformador LED Autofalante Pilha 1.No

Paulo Cordeiro (2012)


+ 1.No

Figura 16 - Simbologia dos componentes eletrônicos


Fonte: Adaptado de Saber Eletrônica (2012)

PERC
Per
Siga seu aprendizado conhecendo detalhes sobre os diagramas eletrônicos.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
35

3.2 Diagramas eletrônicos

Todo veículo possui manuais de reparação, que os fabricantes disponibilizam


para os técnicos de sua rede de concessionários, para que os mesmos possam
verificar informações técnicas pertinentes às anomalias que os veículos apresen-
tarem. Nesses manuais de reparação, são descritos os diagramas elétricos e ele-
trônicos que compõem um determinado veículo.
Mas o que seria um diagrama? A definição geral é que um diagrama refere-se
a uma representação gráfica de um conceito ou uma ideia, ou seja, é a descrição
do circuito eletrônico por meio de símbolos e linhas, de maneira que o repara-
dor possa compreender como o circuito em questão está disposto no veículo. No
caso de diagramas eletrônicos, são esquemas de bloco simples, com descrição
do funcionamento básico do circuito e uma descrição funcional detalhada dos
componentes com o desenho do esquema eletrônico completo.
O diagrama eletrônico pode ser simples ou completo, e tem a finalidade de
interpretar o funcionamento do circuito de forma simples (como bloco) ou de
forma funcional (como componente). Essa representação em forma de diagrama
é muito importante para as oficinas de automóveis, pois é pouco provável que
você realmente precise realizar a manutenção de um circuito eletrônico, mas com
o crescente aumento do emprego da eletrônica embarcada, é preciso saber como
interpretar esses diagramas para que você possa identificar a causa de uma ano-
malia em um circuito elétrico.
A figura a seguir representa um exemplo de diagrama eletrônico.
Acrisoft (2012)

Figura 17 - Diagrama eletrônico


Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
36

1 Isolante elétrico 3.3 Diodos


Material com poucos Você sabe o que é um diodo? Sabe reconhecê-lo? Observe.
elétrons livres que possui
grande resistência ao fluxo
de cargas elétricas. De maneira geral, é possível identificar um diodo como “uma válvula ou um
disposto semicondutor utilizado na retificação da corrente elétrica”. (Houaiss,
2009). Os diodos têm como principal característica conduzir a corrente elétrica
em apenas uma direção e apresentam características muito diversas. Dentre os
2 Corrente alternada diferentes tipos de diodos, o mais comum é o diodo semicondutor, que você
Corrente elétrica cujo aprenderá a seguir.
sentido varia no tempo.
Esse tipo de tensão é
utilizado nas residências e
indústrias.
3.3.1 Diodo semicondutor

O diodo semicondutor é um componente eletrônico que apresenta a carac-


3 Corrente contínua terística de se comportar como condutor ou isolante elétrico1, dependendo da
forma como a tensão é aplicada aos seus terminais.
Corrente elétrica cujo
sentido permanece Uma das aplicações do diodo é na transformação de corrente alternada2 em
constante ao longo do
tempo. corrente contínua3. A corrente contínua é o tipo de corrente utilizada nos veícu-
los, mas por causa de sua construção e forma de trabalho, o alternador produz
uma tensão e corrente alternada, que precisam ser retificadas para se tornarem
tensão e corrente contínua. Acompanhe, a seguir, exemplos de diodos.

Capitólio Semicondutores (2012)

Figura 18 - Diodos semicondutores

Quem faz essa retificação é o diodo retificador, cujo componente é instalado


em uma placa com outros diodos retificadores, dentro do alternador. Com essa
placa de diodos, o alternador possui a capacidade de transformar a corrente alter-
nada em corrente contínua, enviando a carga correta à bateria do veículo.
A figura, na sequência, demonstra uma aplicação típica do diodo semicondu-
tor na automotiva.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
37

1 Variantes regionais

Chapa de Anel coletor Enrolamento


arrefecimento do estator
Mancal de PERCEPÇÃO
acionamento

Diodo

fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
Mancal traseiro 1.Novidade
de acionamento Ventilador 1.Novidade
1.Novidade

Paulo Cordeiro (2012)


1.Novidade

Escova Rotor de polos


Carcaça do alternador tipo garra

Figura 19 - Aplicação do diodo semicondutor na automotiva


Fonte: Adaptado de Rowal Centro Automotivo (2012)

PERCEPÇÃO
Percepção

Simbologia do diodo semicondutor


1 Variantes regionais
O diodo semicondutor é representado nos esquemas eletrônicos pelo seguin-
te símbolo.

PERCEPÇÃO
Paulo Cordeiro (2012)

A K fatores no alvo:
1.Novidade
Anodo Catodo 1.Novidade
1.Novidade
Figura 20 - Símbolo do diodo semicondutor nos esquemas eletrônicos 1.Novidade
Fonte: Adaptado de Electrónica (2012) 1.Novidade
1.Novidade

O terminal da seta representa o material P, denominado de anodo (polo nega-


tivo) do diodo; enquanto o terminal da barra representa o material N, denomina-
do de catodo (polo positivo) do diodo.
PERCEPÇÃO
A identificação dos terminais (anodo e catodo) no componente real pode apa-
Percepção
recer de duas formas.
1) Símbolo impresso sobre o corpo do componente. Veja a figura, a seguir.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
38

Capitólio Semicondutores (2012)


Figura 21 - Identificação de terminais (anodo)

2) Uma barra impressa sobre o corpo do componente, que indica o catodo.


Acompanhe, na sequência.
1

fator
1.No
1.No
Paulo Cordeiro (2012)

1.No
1.No
1.No
1.No
Figura 22 - Identificação de terminais (catodo)
Fonte: Adaptado de Diode (2012)

Após conhecer o diodo semicondutor, saiba como ocorre a formação do dio-


do.
PERC
Perc

3.3.2 Formação do diodo

Como o diodo se forma? Observe.


O diodo se constitui na junção de duas pastilhas de material semicondutor:
a) uma de material N;
b) outra de material P.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
39

1 Variantes regionais
Note a figura, a seguir.

PERCEPÇÃO

anodo catodo
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade

Paulo Cordeiro (2012)


P N 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Figura 23 - Constituição do diodo
Fonte: Adaptado de E-LEE (2012)

Chegou o momento de analisar o comportamento dos cristais após a junção


das pastilhas. PERCEPÇÃO
Percepção

3.3.3 Comportamento dos cristais após a junção

Após a junção das pastilhas que formam o diodo, ocorre um processo de “as-
sentamento” químico entre os cristais.
Na região da junção, alguns elétrons livres saem do material N e passam para
o material P, recombinando-se com as lacunas das proximidades.
O mesmo ocorre com algumas lacunas que passam do material P para o mate-
rial N e se recombinam com os elétrons livres.
1
Esta região é denominada de camada de depleção. Acompanhe, na figura.
Paulo Cordeiro (2012)

Figura 24 - Camada de depleção


Fonte: Adaptado de Mateus Mendes (2012)
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
40

4 Diferença de Na região da junção existe uma diferença de potencial4, proporcionada pelo


potencial
movimento dos portadores de um cristal para o outro. Esse desequilíbrio é deno-
Dois corpos que não minado de barreira de potencial.
estejam igualmente
carregados. No funcionamento do diodo, essa barreira de potencial se comporta como
uma pequena bateria no interior do componente.
A tensão proporcionada pela barreira de potencial no interior do diodo de-
pende do material utilizado na sua fabricação.
Nos diodos de germânio, a barreira de potencial tem aproximadamente 0,2V
e, nos diodos de silício, aproximadamente 0,7V.
Não é possível medir a tensão da barreira de potencial, porque essa tensão
existe apenas internamente no componente.

3.3.4 Aplicação de tensão sobre o diodo

A aplicação de tensão sobre o diodo estabelece a forma como o componente


se comportará eletricamente.
A tensão pode ser aplicada de duas formas diferentes, tecnicamente denomi-
nadas de:
a) polarização direta;
b) polarização inversa.
Conheça a definição de cada uma.
a) Polarização direta
A polarização do diodo é denominada de polarização direta quando a tensão
POSITIVA é aplicada ao material P e a tensão NEGATIVA, ao material N.
A figura a seguir representa a polarização direta do diodo semicondutor.

+
I
-
Paulo Cordeiro (2012)

V R

Figura 25 - Polarização direta do diodo semicondutor


3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
41

O polo positivo da fonte repele as lacunas do material P em direção ao polo


negativo, enquanto os elétrons livres são repelidos pelo polo negativo em dire-
ção ao polo positivo. Quando o diodo está polarizado diretamente, conduzindo
corrente elétrica, diz-se que: O DIODO ESTÁ EM CONDUÇÃO.
É importante observar que a seta do símbolo do diodo indica o sentido de
circulação convencional da corrente.
b) Polarização inversa
A polarização inversa de um diodo consiste na aplicação de tensão positiva no
material N e negativa no material P. Nessa situação, os portadores livres de cada
cristal são atraídos pelos potenciais da bateria para os extremos do diodo.
A figura na sequência representa a polarização inversa do diodo.
1

-
Paulo Cordeiro (2012)

V R

Figura 26 - Polarização inversa do diodo

Quando o diodo está polarizado inversamente, impedindo a circulação de cor-


rente, diz-se que: O DIODO ESTÁ EM BLOQUEIO.
Agora que você aprendeu sobre o diodo e sua importância como um condutor
ou isolante elétrico (dependendo da situação), siga conhecendo mais sobre este
semicondutor, por meio do próximo tópico.

3.4 Diodo emissor de luz (LED)

Você já deve ter percebido “pequenas luzes” em diversos equipamentos ele-


trônicos dos veículos, que estão sempre acesas e não aquecem, certo? Essas “pe-
quenas luzes”, na verdade, são diodos especiais. Note como eles funcionam.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
42

5 Chanfro

É uma aresta curva nas


peças de trabalho.

InfoEscola (2012)
Figura 27 - Diodo emissor de luz – LED

Alguns diodos são feitos com materiais que emitem luz quando há passagem
de corrente elétrica por eles. Essa luz é produzida na junção do diodo.
O diodo emissor de luz pode ser chamado por sua sigla, LED, que significa
Light Emitting Diode. Alguns LEDs emitem luz laranja, outros vermelha, verde,
amarela, azul ou branca. A cor da luz é uma característica do LED e depende do
material de que o diodo é feito.
Em um LED vermelho, por exemplo, a barreira de potencial é de 1,8V, o que
significa que a tensão deve ser no mínimo igual para que o LED acenda. No entan-
to, a tensão máxima que um diodo desse tipo suporta é de 05V.
O diodo LED é utilizado principalmente em substituição às lâmpadas incan-
descentes de sinalização, devido a uma série de vantagens que apresenta, tais
como:
a) baixo consumo de energia elétrica;
b) alta resistência às vibrações;
c) nenhum aquecimento;
d) maior durabilidade.
A simbologia do LED em diagramas eletrônicos você encontra, a seguir.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
1 Variantes
43 regionais

PERCEPÇÃO

Paulo Cordeiro (2012)


fatores no alvo:
1.Novidade
A K 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Figura 28 - Simbologia do LED em diagramas eletrônicos 1.Novidade
Fonte: Adaptado de Eletrônica Didática (2012)
1.Novidade

Observando o diagrama é possível concluir: a simbologia, bem como a no-


menclatura de seus terminais (diodo e catodo), são exatamente as mesmas do
diodo semicondutor.
PERCEPÇÃO
Em termos de simbologia, a diferença está nas pequenas setas (representadas Percepção
na figura anterior) que o diferem do diodo convencional.
As setas representam a emissão de luz do LED.
A identificação dos terminais do LED é feita da seguinte maneira: o catodo es-
tará representado no componente como um chanfro5, no encapsulamento. Veja,
na figura a seguir:

1 Variantes regionais

+ - PERCEPÇÃO

anodo catodo

+ - fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
+ - 1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novidade

Figura 29 - Identificação dos terminais de LED


Fonte: Adaptado de Eletrônica Didática (2012)

PERCEPÇÃO
Percepção
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
44

VOCÊ Diferente do que você possa pensar, a cor do LED não


depende da cor do seu encapsulamento, mas da dopa-
SABIA? gem utilizada.

Observe a construção física do LED.

Paulo Cordeiro (2012)


Figura 30 - Construção física do LED
Fonte: Adaptado de Mundo (2012)

Na sequência, você irá saber como acontece o funcionamento do LED.

3.4.1 Funcionamento do LED

Quando o LED é polarizado diretamente, ele entra em condução, permitindo


a circulação de corrente.
A circulação de corrente por meio da junção dos materiais P e N (camada de
depleção) provoca a liberação de energia na forma de luz, proveniente do mate-
rial depositado na junção do diodo.

FIQUE O LED não deve ser utilizado como um diodo convencio-


nal, pois sua estrutura eletrônica não permite sua polariza-
ALERTA ção na forma inversa.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
45

Para o correto funcionamento do LED, ele deve ser polarizado sempre na for-
ma direta.
LED bicolor
O LED bicolor consiste, na verdade, de dois LEDs colocados dentro de uma
mesma cápsula.
As figuras a seguir representam o diagrama eletrônico do LED bicolor em fun- 1 Variantes regionais
cionamento e sua instalação.

PERCEPÇÃO

fatores no alvo:
Verde Vermelho
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

R 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade

Figura 31 - Construção do LED bicolor


Fonte: Adaptado de Ledease (2012)

1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
Percepção
A

PERCEPÇÃO

fatores no alvo:
1.Novidade
Verde Vermelho 1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novidade
R
1.Novidade
1.Novidade
B

Figura 32 - Diagrama eletrônico do LED bicolor


Fonte: Adaptado de Eletrónica (2012)

PERCEPÇÃO
Percepção
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
46

6 Invólucro Os LEDs bicolores são constituídos por duas junções de materiais diferentes
em um mesmo invólucro6, de modo que uma inversão na polarização muda a cor
Algo que serve para
envolver. da luz emitida de verde para vermelho, e vice-versa.
Existem, ainda, LEDs bicolores com três terminais: sendo um para acionar a
junção dopada com material para produzir luz verde; outro para acionar a junção
7 Regulador de tensão dopada com material para gerar a luz vermelha; e o terceiro, comum às duas jun-
ções. Veja, a seguir.
Dispositivo que tem como
finalidade manter a tensão
produzida pelo gerador
dentro dos limites da
bateria.

Eletrônica (2012)
Figura 33 - Aspecto real do LED

Multilogica Shop ([20--?])

Figura 34 - Aspecto real do LED

Agora chegou o momento de você conhecer detalhes do diodo Zener.


3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
47

3.4.2 Diodo Zener

O diodo Zener é um tipo especial de diodo utilizado como regulador de ten-


são7. A sua capacidade de regulação de tensão é empregada, principalmente, nas
fontes de alimentação, visando à obtenção de uma tensão de saída fixa. Observe
a figura a seguir.

Mosup (2012)

Figura 35 - Diodo Zener

Desta maneira, os módulos de controle automotivos costumam possuir em


sua construção diodos Zener, para que, ao enviar um sinal a um atuador, este seja
adequado ao funcionamento do componente.
1 Variantes regionais
O diodo Zener é essencialmente um regulador de tensão. Acompanhe sua
simbologia.

PERCEPÇÃO

fatores no alvo:
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Figura 36 - Simbologia do diodo Zener em diagramas eletrônicos 1.Novidade
Fonte: Adaptado de Eletrónica (2012)

PERCEPÇÃO
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
48

Acompanhe o seu aspecto real, comparado com sua simbologia técnica.


1

Produto Embalado

Anodo Catodo

fatore
1.Nov
1.Nov
Anodo Catodo 1.Nov
1.Nov
1.Nov

Paulo Cordeiro (2012)


1.Nov

Símbolo Esquemático

Figura 37 - Aspecto real e simbologia do diodo Zener


Fonte: Adaptado de Mateus Mendes (2012)
PERCE
Perce

Comportamento do diodo Zener


A forma como o diodo Zener é polarizado irá determinar seu comportamento.
Existem dois tipos de polarização.
a) Polarização direta
Na polarização direta, a forma como o diodo Zener se comporta é a mesma de
um diodo retificador, porém, neste caso ele assume uma queda de tensão típica e
fica em condução. Não se costuma utilizar o diodo Zener com polarização direta
em circuitos eletrônicos.
b) Polarização inversa 1 V
Na polarização inversa, o diodo Zener se comporta como um diodo comum,
até um determinado valor de tensão inversa.Verifique, na sequência.

fatores
U in U out
1.Novid
Paulo Cordeiro (2012)

1.Novid
D 1.Novid
1.Novid
1.Novid
Figura 38 - Polarização inversa do diodo Zener 1.Novid
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
49

Desta forma, o diodo entra em condução, mesmo polarizado inversamente.


Rapidamente, a corrente inversa aumenta, mas a tensão sobre o diodo Zener se
mantém constante. Essa condução é conhecida como Tensão diodo Zener.
Lembre-se de que, no sentido reverso, o diodo Zener é diferente do diodo
retificador convencional.
Caso um diodo retificador conduza intensamente no sentido reverso (e estiver
em curso), ele será danificado para sempre.
O diodo Zener deve ser levado, intencionalmente, a conduzir no sentido rever-
so, com o objetivo de alcançar a tensão Zener constante em seus terminais, não
danificando o componente. (WENDLING, 2012)
Aqui você aprofundou seus conhecimentos sobre o diodo emissor de luz e sua
importância nos equipamentos eletrônicos. Convido você para um novo tópico:
transistores.

3.5 Transistores

O transistor é um componente eletrônico que surgiu no final da década de 1940


e desempenhou um importante papel na evolução dos dispositivos eletrônicos da
época. O primeiro protótipo surgiu em 16 de dezembro de 1947, consistindo em
um pequeno bloco de germânio e três filamentos de ouro: um filamento era o polo
positivo; o outro, o polo negativo; enquanto o terceiro tinha a função de controle.
Tendo apenas uma carga elétrica no polo positivo, nada acontecia: o germânio atu-
ava como um isolante, bloqueando a corrente. Porém, quando certa tensão elétri-
ca era aplicada usando o filamento de controle, um fenômeno acontecia e a carga
elétrica do polo positivo passava a fluir para o polo negativo. Assim foi criado um
dispositivo que substituía a válvula, que não possuía partes móveis, gastava uma
fração da eletricidade e, ao mesmo tempo, era muito mais rápido. Veja, a seguir.
Hardware.com.br (2012)

Figura 39 - Foto do primeiro transistor


Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
50

3.5.1 Transistor bipolar

O transistor bipolar é um componente eletrônico constituído por materiais se-


micondutores e capaz de atuar como controlador de corrente, o que possibilita
seu uso como amplificador de sinais ou como um interruptor eletrônico. Por esse
motivo, é altamente empregado na eletrônica automotiva, pois os módulos de
comando precisam enviar sinais de ação aos atuadores de maneira eficiente. Sen-
do assim, somente um componente eletrônico com as características do transis-
tor poderia realizar esse serviço, já que ele funciona como um interruptor eletrôni-
co e é possível utilizá-lo para controlar sinais pulsantes - como o sinal que o eletro
injetor de combustível (da injeção eletrônica de combustível dos veículos) recebe
somente em determinados momentos e por um período previamente estipulado.

SAIBA Você encontra mais informações sobre o princípio de funcio-


namento dos transistores, digitando “Transistor” em sites de
MAIS busca ou vídeos da Internet.

Siga aprendendo sobre os transistores, conhecendo sua estrutura básica.

3.5.2 Estrutura básica

A estrutura básica do transistor se compõe de duas pastilhas de material se-


micondutor de mesmo tipo, entre as quais é colocada uma terceira pastilha, bas-
tante fina, de material semicondutor com diferente tipo de dopagem, formando
uma configuração semelhante a um sanduíche. Como você pode observar, na
figura a seguir.
1 Var

N
P N PE
P
P
N
N

fatores no
1.Novidad
1.Novidad
P 1.Novidad
P 1.Novidad
Paulo Cordeiro (2012)

N
N 1.Novidad
N 1.Novidad
P
P

Figura 40 - Estrutura básica do transistor


Fonte: Adaptado de Bipolar Transistors (2012)

PERCEPÇÃ
Percepção
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
51

3.5.3 Tipos de transistores

A configuração da estrutura, em forma de sanduíche, permite que se obte-


nham dois tipos de transistores:
a) um com pastilhas externas com material N, e com pastilha central de mate-
rial P: esse tipo de transistor é denominado NPN;
b) outro com pastilhas externas com material P, e com pastilha central de ma-
terial N: esse tipo de transistor é denominado PNP.
Os dois tipos de transistores podem cumprir as mesmas funções, diferindo
apenas na forma como as fontes de alimentação são ligadas ao circuito eletrônico.

3.5.4 Terminais dos transistores

Cada uma das pastilhas formadoras do transistor é conectada a um material


que permite a interligação da estrutura do componente aos circuitos eletrônicos.
Os terminais recebem uma designação que permite distinguir cada uma das
pastilhas:
a) a pastilha central é denominada base, representada pela letra B;
b) uma das pastilhas externas é denominada de coletor, representado pela
letra C;
c) a outra pastilha externa é denominada de emissor, representada pela letra E.
A figura na sequência representa a disposição dos terminais no componente
propriamente dito.
Reuk (2012)

Figura 41 - Disposição dos terminais no componente


Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
52

3.5.5 Simbologia

As figuras a seguir apresentam o símbolo dos transistores NPN e PNP, indican-


do a designação dos terminais.
1

IC
UCB
IB
UCE fator
1.No
1.No

UBE 1.No
1.No

Paulo Cordeiro (2012)


1.No

IE 1.No

Figura 42 - Símbolo do transistor NPN

Agora, verifique o símbolo do transistor PNP. PERC


1
Perc

IC
UCB
IB
UCE fator
1.No
1.No

UBE 1.No
1.No
Paulo Cordeiro (2012)

1.No

IE 1.No

Figura 43 - Símbolo do transistor PNP

Como você pôde perceber, a diferença entre os símbolos dos dois transistores PERC
é apenas o sentido da seta no terminal do emissor. Você encontrará esse tipo de Perc
simbologia constantemente nos diagramas elétricos automotivos, pois ao inter-
pretar um circuito que trabalhe com um módulo de controle e comando, é co-
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
53

mum que seja representado o diagrama interior do módulo, para que o reparador
possa, assim, compreender de onde vem um determinado sinal e para onde ele
deve seguir.

3.5.6 Aspecto real dos transistores

Os transistores podem se apresentar nos mais diversos formatos. Sendo que


estes, geralmente, variam em função:
a) do fabricante;
b) da função da montagem;
c) do tipo de montagem;
d) da capacidade de dissipar calor.

Observe os tipos de transistores.

FabriCO (2012)

Figura 44 - Tipos construtivos de transistores


Fonte: Adaptado de Eletrônica (2012)

3.5.7 Funcionamento do transistor bipolar

No transistor bipolar, o controle da corrente entre o terminal coletor e o termi-


nal emissor é feito injetando corrente no terminal da base.
O efeito transistor ocorre quando a junção coletor-base é polarizada reversa-
mente e a junção base-emissor é polarizada diretamente.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
54

Uma pequena corrente de base é suficiente para estabelecer uma corrente


entre os terminais de coletor-emissor. Essa corrente será tão maior quanto maior
for a corrente de base, de acordo com o ganho. Note, a seguir.
1

Coletor Coletor
R R
+ +

N
P

P
Base Base fator
1.Nov
N

N
- - 1.Nov
1.Nov
Emissor Emissor 1.Nov
1.Nov

Paulo Cordeiro (2012)


1.Nov

Não conduzindo Conduzindo

Figura 45 - Funcionamento do transistor NPN


Fonte: Adaptado de Fórum pcs(2012)
PERC
Perc
Percebeu a importância dos conteúdos que você aprendeu sobre os transisto-
res? Sem eles, dificilmente a evolução dos dispositivos eletrônicos teria aconteci-
do! Vamos para novo estudo? Prepare-se para as pontes retificadoras.

3.6 Pontes retificadoras

Você já parou para pensar como transformar corrente alternada em corrente


contínua? Verifique, na sequência, como isto é possível.

3.6.1 Retificação de meia onda

Retificação é o nome dado ao processo de transformação de corrente alterna-


da em corrente contínua. A retificação é utilizada nos equipamentos eletrônicos
com a finalidade de permitir que equipamentos de corrente contínua sejam ali-
mentados a partir da rede elétrica que, por sua vez, opera em corrente alternada.
A retificação de meia onda é um processo de transformação de corrente alter-
nada em corrente contínua que permite o aproveitamento de apenas um semici-
clo da tensão de entrada na carga.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
55

1 Variantes regionais

B A

1kHz
PERCEPÇÃO

b
12
8
fatores no alvo:
4
1.Novidade
0 1.Novidade
1.Novidade
-4 1.Novidade
-8 1.Novidade

Paulo Cordeiro (2012)


1.Novidade
-12
0 833u 1.67m
Ref= Ground X= 833u/Div Y= voltage

Figura 46 - Retificação de meia onda

PERCEPÇÃO
Percepção
O circuito retificador de meia onda com diodo é empregado em circuitos que
não exigem uma tensão contínua pura, como, por exemplo, os alternadores auto-
motivos, que são carregadores de bateria.
Como referência, considere o circuito retificador de meia onda com diodo.
Durante o primeiro semiciclo, a tensão é positiva no ponto B em relação ao ponto
A. Essa polaridade de tensão de entrada coloca o diodo em condução, permitindo
a circulação de corrente.
A tensão sobre a carga assume a mesma forma de onda da tensão de entrada.
O valor do pico de tensão sobre a carga é menor que o valor de pico de tensão
da entrada, porque o diodo (durante a condução) apresenta uma pequena queda
de tensão em virtude da camada de depleção (0,7V para o diodo de silício).
Durante o segundo semiciclo, a tensão de entrada é negativa no ponto B em
relação ao ponto A. Essa polaridade de tensão de entrada coloca o diodo em blo-
queio, impedindo a circulação de corrente.
Nessa condição, toda a tensão de entrada é aplicada sobre o diodo que atua
como um interruptor aberto, e a tensão na carga é nula, porque não há circulação
de corrente. A forma de tensão encontrada na carga é denominada de tensão
contínua pulsante.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
56

3.6.2 Circuito retificador de onda completa com diodos

É um processo de conversão de corrente alternada em corrente contínua que


faz um aproveitamento dos dois semiciclos da tensão de entrada, como ocorre
nos alternadores com regulador de tensão eletrônico.
O circuito retificador de onda completa é o mais empregado nos equipamen-
tos eletrônicos, porque realiza um melhor aproveitamento da energia aplicada
na entrada.
A retificação de onda completa com diodos semicondutores pode ser realiza-
da de duas formas distintas:
a) empregando um transformador com derivação central e dois diodos;
b) empregando 4 (quatro) diodos em ponte.

3.6.3 Retificação de onda completa com derivação central

Retificação de onda completa com derivação central é a denominação técnica


de um circuito retificador de onda completa que emprega dois diodos e um trans-
formador com derivação central.
A figura a seguir representa a configuração desse tipo de circuito retificador.

- +
1kHz
B

600m
400m fa
200m 1.
1.
0 1.
200m 1.
1.
400m
Paulo Cordeiro (2012)

1.
600m
0 833u
Ref= Ground X= 833u/Div Y= voltage
Figura 47 - Configuração do circuito retificador

PE
P
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
57

O princípio de funcionamento do circuito retificador de onda completa é fa-


cilmente compreendido, considerando-se cada um dos semiciclos da tensão de
entrada isoladamente. Veja, a seguir, cada etapa desta retificação.
a) Primeiro semiciclo
Considerando-se o terminal central do secundário como referência, observa-
-se a formação de duas polaridades opostas nos extremos das bobinas. Nessa
condição, o diodo superior é polarizado diretamente, conduzindo, enquanto o
diodo inferior é polarizado inversamente, entrando em bloqueio.
A condição de condução do diodo superior permite a circulação de corrente
por meio da carga do terminal positivo para o terminal de referência. A tensão
aplicada na carga é a tensão existente entre o terminal central do secundário e o
extremo superior do transformador.
b) Segundo semiciclo
No segundo semiciclo ocorre uma inversão no secundário do transformador.
Nesta condição, o diodo inferior entra em condução e o superior em bloqueio.
A corrente circula pela carga, passando através do diodo inferior, que está em
condução no mesmo sentido em que circulou no primeiro semiciclo. A tensão
aplicada à carga é a tensão da bobina inferior do secundário do transformador.
Analisando um ciclo completo da tensão de entrada, verifica-se que o circuito
retificador entrega dois semiciclos de tensão sobre a carga:
a) um semiciclo do extremo superior do secundário até a condução do diodo
superior;
b) um semiciclo do extremo inferior do secundário até a condução do diodo
inferior.

3.6.4 Retificação de onda completa em ponte

A retificação em ponte, com quatro diodos, entrega à carga uma onda, sem
que seja necessário utilizar um transformador com derivação central. Esse méto-
do de retificação de onda completa é o mais utilizado na linha automotiva, sendo
empregado nos alternadores dos veículos atuais. Observe, na sequência.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
58

B anodo A
60 kHz
(-)
catodo
(+)

fato
1.No
1.No
1.No
1.No
1.No

Paulo Cordeiro (2012)


1.No

13.9m 27.8m 41.7m


Figura 48 - Configuração da retificação de onda completa em ponte

PERC
No circuito retificador, a tensão alternada presente no secundário do transfor- Per
mador é retificada, porque sempre haverá um caminho para a corrente circular
- formado este por um par de diodos que direciona a corrente para o terminal
positivo da ponte. Observe o encadeamento, a seguir.
1º Quando a tensão no secundário for positiva no ponto “A” em relação ao
ponto “B”, a corrente flui passando pelo diodo D1 da ponte, pois a corrente deve
seguir o sentido da seta dos diodos.
2º A corrente passa pela carga, volta pelo terra para o terminal negativo da
ponte e encontra dois diodos com setas habilitando a corrente a circular. Mas a
corrente vai para o potencial mais baixo, que é o ponto “B” do transformador, via
diodo D2, e segue em direção ao terminal negativo. Na verdade, o diodo D1 está
inversamente polarizado, pois o potencial mais alto está no catodo.
3º Quando a tensão no secundário for positiva no ponto “B” em relação ao
ponto “A”, a corrente flui passando pelo diodo D4 da ponte, pois a corrente deve
seguir o sentido da seta dos diodos.
4º A corrente passa pela carga, volta pelo terra para o terminal negativo da
ponte e encontra dois diodos com setas habilitando a corrente a circular. Mas a
corrente vai para o potencial mais baixo, que é o ponto “A” do transformador, via
diodo D3, e segue em direção ao terminal negativo. Na verdade, o diodo D2 está
inversamente polarizado, pois o potencial mais alto está no catodo.
Observe que, na carga, a corrente sempre flui do terminal superior para o ter-
minal inferior; o terminal superior é o positivo da fonte.
Convido você a acompanhar a história de João, que estava com problemas no
acionamento elétrico dos vidros de seu carro. Acompanhe o desenrolar deste caso!
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
59

CASOS E RELATOS

Sistema de partida e ignição


Ao dar a partida em seu carro pela manhã, João tentou abrir o vidro, que
possui acionamento elétrico, e acabou não conseguindo realizar essa
simples operação.
Como esse problema envolve questões de segurança, João levou o carro
na autoelétrica do Rodrigo.
Rodrigo examinou o problema do carro de João e, ao realizar diversos
testes, constatou que o problema do vidro estava na central eletrônica
que comanda os vidros elétricos do automóvel.
Ao abrir a central, Rodrigo deparou-se com uma série de componentes,
entre os quais um transistor que se encontrava com um aspecto de quei-
mado. Para ter certeza, Rodrigo realizou um teste no transistor e verificou
o dano.
Ao substituir o transistor danificado por um transistor equivalente, Rodri-
go conseguiu rapidamente resolver o problema do carro de João.

Você observou que, ao realizar os testes, Rodrigo pôde detectar o problema


com precisão? Isto poupa tempo e evita prejuízos. Fique atento!

Recapitulando

Você conheceu aqui um pouco mais sobre os circuitos eletrônicos e apren-


deu sobre a simbologia que identifica cada componente destes circuitos.
Conheceu, ainda, os diagramas eletrônicos, compreendendo a importân-
cia da sua correta interpretação e utilização durante a manutenção de
sistemas eletrônicos automotivos. Aprofundou os estudos com relação
à construção, função e funcionamento dos diodos e transistores, conhe-
cendo as particularidades e aplicações de cada um dos tipos de diodos e
transistores.
Com esses conhecimentos, você está pronto para avançar e conhecer
nosso próximo conteúdo: as Técnicas de Soldagem. Vamos em frente!
Técnicas de Soldagem e Dessoldagem
de Componentes Eletrônicos

Você sabia que os componentes dos circuitos eletrônicos são fixados por meio de solda na
placa eletrônica? Sim, é verdade! Aqui você verá como funciona esse processo e estudará algu-
mas técnicas para a soldagem dos componentes.
O sucesso da montagem da parte eletrônica de um projeto não depende apenas de empre-
gar os componentes corretos, mas também, de fazer uma placa de circuito impresso sem defei-
tos e obedecer a todas as recomendações de ajustes e procedimentos dados pelo fabricante.
Tão importante quanto tudo o que foi dito, é uma soldagem bem feita. Vários circuitos ou
componentes são comprometidos por causa de uma soldagem mal feita ou indevida. Se o téc-
nico ainda não faz uma boa soldagem, ou está pretendendo começar agora a fazer suas monta-
gens, as orientações são de importância vital.
Após a efetivação destes estudos, você terá subsídios para:
a) conhecer os tipos de soldagem existentes;
b) entender a finalidade da solda.
Vamos começar conhecendo os tipos de soldagem. Pronto para prosseguir?
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
62

1 Estanho 4.1 Tipos de soldagem


É um metal prateado – Todos aqueles que trabalham com equipamentos e materiais eletrônicos re-
elemento químico de
símbolo Sn. conhecem a importância das montagens eletrônicas. Esses profissionais sabem,
ainda, que um grande número de montagens eletrônicas necessita de soldagem.
O processo de soldagem é realizado através de um ferro aquecido especial
2 Chumbo (conhecido como “ferro de solda”). Portanto, é importante que você esteja atento
Metal tóxico e mau
a um processo de soldagem bem realizado, já que a soldagem garante que apa-
condutor de eletricidade relhos e equipamentos continuem funcionando em bom estado.
– elemento químico de
símbolo Pb. De acordo Braga ([20--?]), vale observar que um grande número de processos
de soldagem (aproximadamente 50%) apresenta problemas por falta de atenção
ou, ainda, por que o operador não demonstra a devida importância a esse pro-
cesso. Esses problemas causam também mau funcionamento dos equipamentos
que foram soldados. A seguir, você poderá ver alguns exemplos de montagem
com solda.

Solda com espalhamento indevido


Braga ([20--?])

Esta solda pode provocar curto-circuito em outros componentes, devido ao


seu espalhamento sobre a placa. Observe a figura.

Solda espalhada
Braga ([20--?])

Devido ao excesso de estanho1, esta solda pode provocar uma resistência


elétrica no contato entre o terminal do componente e a placa. Veja, a seguir.

Solda em excesso
Braga ([20--?])

Esta solda, além de causar um aumento de resistência elétrica entre o


componente e a placa, pode provocar curto-circuito entre as trilhas da placa.
Observe, na sequência.

Solda fria
Braga ([20--?])

Na solda fria não há contato elétrico entre o componente e a placa. O contato


é somente mecânico. Acompanhe!

Solda boa
Braga ([20--?])

Para uma solda ser considerada boa, é preciso derreter apenas a quantidade
necessária de solda para envolver o material. Além disto, a solda deve ficar
lisa, brilhante e sem excessos. Observe na figura.

Quadro 2 - Tipos de Solda


4 TÉCNICAS DE SOLDAGEM E DESSOLDAGEM DE COMPONENTES ELETRÔNICOS
63

Um soldador de arco de solda sem proteção corre o


VOCÊ risco de inalar até meio grama de partículas venenosas
durante um turno de oito horas. Isto é o equivalente a
SABIA? 100 gramas por ano. Ou, colocado de outra maneira, 2,5
quilos em 25 anos!

Observou que momento importante da aprendizagem? Aqui você teve conta-


to com os tipos de soldas e conheceu como poderão ser aplicados! A seguir, você
estudará sobre a finalidade da solda.

4.2 Finalidade da solda

A solda tem duas funções em qualquer circuito eletrônico: ao mesmo tempo


em que cumpre a função de fixação mecânica dos componentes eletrônicos, ela
proporciona a conexão elétrica desses componentes com o restante do circuito.
Existe uma terceira função importante da solda, que é observada em alguns
casos: há componentes que se aquecem, e o calor que produzem precisa ser dis-
sipado rapidamente para que não ocorra a queima desses componentes.
Pois bem, esses componentes podem usar a solda como um meio de transferir
o calor gerado em seu interior (e que passa pelos seus terminais) para uma região
da placa que funciona como radiador de calor.
Nos alternadores, é comum os condutores internos serem soldados a outros
componentes. Além disso, todo interruptor elétrico de um veículo possui uma
placa de circuitos, assim, todos devem estar muito bem fixados.
Como você já sabe, ao realizar o reparo em um condutor elétrico, é importante
que a região da emenda seja soldada, garantindo uma fixação melhor para os
condutores.
Lembre-se: uma solda aumenta a resistência elétrica do condutor, por isso
você deve observar o tipo de circuito a ser soldado. Acompanhe!

4.2.1 O estanho como elemento de soldagem

A solda utilizada nos trabalhos de eletrônica consiste, portanto, de uma liga de


estanho com chumbo2 que, dependendo do tipo de trabalho a ser realizado, está
na proporção de 60/40 (ou próximo disso).
Para facilitar os trabalhos de soldagem, essa solda é fornecida, basicamente,
em fios que contêm em seu interior uma resina limpadora que ajuda na aderência
da solda.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
64

3 Circuito impresso Rolos, cartelinhas e mesmo tubinhos podem ser adquiridos contendo essa sol-
da.
Placa que possui uma (ou
duas) face(s) coberta(s) A figura, na sequência, mostra um exemplo da embalagem com o estanho
por película de cobre
(ou prata, ouro, etc.), na para solda eletrônica.
qual são desenhadas
pistas condutoras que
representam o circuito
no qual serão fixados os
componentes eletrônicos.

Carbografite ([20--?])
Figura 49 - Embalagem com estanho para solda eletrônica

Assim, a solda de estanho/chumbo usada em trabalhos eletrônicos é utilizada


para fazer conexões, principalmente em peças de cobre e alumínio. Metais como
ferro, aço e outros não “aceitam” essa solda e nenhum componente poderá ser
soldado neles.

4.2.2 O ferro de solda

Para derreter a solda no local em que deverá ser feita a junção do terminal de
um componente com outro (ou com uma placa de circuito impresso3), é preciso
aplicar calor. Isso é conseguido por meio de uma ferramenta elétrica chamada
“ferro de solda” ou “soldador”.
A figura mostra um típico exemplo de um ferro de solda para componentes
eletrônicos.
4 TÉCNICAS DE SOLDAGEM E DESSOLDAGEM DE COMPONENTES ELETRÔNICOS
65

Carbografite (2012)
Figura 50 - Ferro de solda para componentes eletrônicos

FIQUE O melhor soldador não é o mais potente, pois se for apli-


cado muito calor no local de uma soldagem, esse calor
ALERTA poderá se propagar até o componente e danificá-lo.

Existe uma grande quantidade de componentes que resiste ao processo de


soldagem rápida, assim como ao aquecimento provocado por ele. Mas é muito
importante lembrar que se for aplicado muito calor por um período prolongado,
o componente poderá sofrer danos.
É por isso que você sempre deve usar equipamento apropriado para solda-
gem, ou seja, o ferro de solda. Esse ferro possui potência para ser ajustada de
acordo com o trabalho que precisa ser realizado. Além disso, você deve ter a ca-
pacidade de soldar de forma correta e rápida, pois assim, evitará a aplicação de
calor em excesso no local soldado.
Para trabalhos realizados em transistores e circuitos integrados, é indicada a
utilização de ferro de solda de 20W a 30W. Já para processos de soldagem em fios
mais grossos ou em terminais de componentes maiores, é indicado o uso de um
soldador de 40W a 60W.
A seguir, você poderá ver algumas dicas para realizar o processo de solda com
qualidade.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
66

a) Caso os condutores, terminais de componentes ou componentes que serão


soldados estejam oxidados ou contaminados, você deverá limpá-los antes
de iniciar o processo. Para remover a sujeira e deixar o material limpo e bri-
lhante, você deve utilizar uma lâmina.
b) Com o local de solda devidamente limpo, encoste a ponta do ferro de solda
na peça que será soldada e aqueça o local. Em seguida, encoste a solda (fio
de estanho) nos terminais (componentes a serem soldados). Lembre-se de
não encostar a ponta do ferro. Assim, ao encostar a solda nos terminais, a
solda deverá derreter e envolver os componentes que serão soldados.
c) Procure derreter apenas a quantidade de solda suficiente para envolver os
elementos que serão soldados. Depois de unir a solda aos terminais, mante-
nha as peças encostadas e segure até que elas resfriem. O tempo médio para
que o local resfrie completamente e endureça é de 5 a 10 segundos, depen-
dendo do tamanho da solda e da área soldada. Para ter certeza de que você
realizou uma junção perfeita, ou seja, uma solda boa, o local deverá estar liso
e brilhante, além de envolver todo o local que foi unido pelo processo.
d) Se o local da solda não for aquecido adequadamente, ou seja, se for me-
nos aquecido do que o necessário, a solda poderá “empedrar” e tornar-se
quebradiça. Nesse caso, o componente soldado poderá sofrer mau contato
ou ficar solto. Um processo de solda realizado dessa forma é denominado,
popularmente, de “solda fria”. A solda fria deve ser evitada de qualquer ma-
neira, assim como o espalhamento da solda. Já que esse tipo de problema
poderá acarretar em curto-circuito.
e) Ao terminar o processo de soldagem, você pode proteger as placas de cir-
cuito com uma camada de verniz incolor e os condutores com fita isolante
de boa qualidade. (BRAGA, [20--?]).

SAIBA Conheça as principais vantagens e desvantagens dos proces-


sos de soldagem em: <www.demet.ufmg.br/grad/exemplos/
MAIS soldagem/soldagem.html>.

No seu dia a dia de trabalho, você enfrentará tanto situações simples como
situações complexas de atendimento. Veja, a seguir, um exemplo de uma destas
possíveis situações.
4 TÉCNICAS DE SOLDAGEM E DESSOLDAGEM DE COMPONENTES ELETRÔNICOS
67

CASOS E RELATOS

A solda fria
João está em sua oficina quando chega um cliente com um veículo sem
ar-condicionado e com problema na abertura dos vidros elétricos, sendo
que a temperatura ambiente está na casa dos 36ºC.
Ao realizar todos os testes possíveis no sistema de ar-condicionado do
veículo, João chega à seguinte conclusão: o problema está no módulo
eletrônico de controle do ar-condicionado.
Abrindo o módulo, ao fazer uma inspeção visual, João percebeu que a
solda de alguns componentes não foi bem feita, acarretando problemas
de mau contato com os demais componentes e, dessa forma, afetando
seu funcionamento.
Com o ferro de solda e uma liga de estanho, João rapidamente refaz a sol-
da e imediatamente o módulo passa a comandar corretamente o sistema
de ar-condicionado, que volta a resfriar o interior do veículo.

Observou o que aconteceu na oficina de João? Realizar testes é fundamental


para poder identificar o problema e solucioná-lo com eficácia. Fique atento!

Recapitulando

Você conheceu aqui todas as técnicas para um correto processo de sol-


dagem. Aprendeu, também, os diferentes tipos de soldagens aplicadas à
eletrônica automotiva e as finalidades de uma solda bem aplicada.
É fácil seguir essas dicas e fazer um trabalho bem feito, não é? Não es-
queça que uma solda mal feita poderá impedir a passagem da corrente
elétrica entre os componentes ou, até mesmo, danificar um componente.
Vamos em frente? Antes de finalizar este estudo, que tal falar um pouco
sobre saúde e segurança no trabalho?
Saúde e Segurança no Trabalho

Você já percebeu a importância da saúde para que seja possível desenvolver bem nosso tra-
balho? Já verificou que, dependendo do tipo de trabalho desenvolvido pode-se correr risco de
vida? Foi pensando nisso que vários tipos de equipamentos de proteção individual e coletiva
foram inventados, ou seja, para o bem-estar dos trabalhadores.
Após o término deste capítulo, você terá subsídios para:
a) conhecer o que são os equipamentos de proteção individual e coletiva;
b) conhecer a legislação e normas que regem a saúde e a segurança do trabalho.
Pronto para prosseguir?
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
70

1 NR-6 5.1 Equipamentos de proteção individual e coletiva


Norma Regulamentadora 6 A utilização dos equipamentos de proteção, tanto individual como coletiva,
do Ministério do Trabalho
tem por objetivo evitar os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenças pro-
fissionais e do trabalho.
Existem os equipamentos de proteção individual, chamados de EPI, e os equi-
pamentos de proteção coletiva, ou EPC. Os equipamentos de proteção coletiva
são utilizados com bem menos frequência, uma vez que esse tipo de equipamen-
to é de pouco uso (como nos casos das máscaras faciais ou extintores). Os traba-
lhadores têm preferência pela utilização do EPI, devido à sua praticidade.
E quais são esses equipamentos?

iStockphotos ([20--?])

Existem vários tipos, como:


a) proteção auditiva – abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
b) proteção respiratória – máscaras e filtro;
c) proteção visual e facial – óculos e viseiras;
d) proteção da cabeça – capacetes;
e) proteção de mãos e braços – luvas e mangotes;
f) proteção de pernas e pés – sapatos, botas e botinas;
g) proteção contra quedas – cintos de segurança e cinturões;
h) proteção para isolar áreas – cones de sinalização e banquetas/mantas iso-
lantes (para redes elétricas).
5 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
71

Os equipamentos de proteção individual, além de essenciais à proteção do


trabalhador para a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem tam-
bém proporcionar a redução de custos ao empregador.

Conheça melhor sobre os EPIs em: <www.fundacen-


SAIBA tro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/
MAIS M%C3%B3dulo02/5_8%20-%20EQUIPAMENTOS%20DE%20
PROTE%C3%87%C3%83O%20INDIVIDUAL.pdf>.

Notou como é fundamental preservar sua integridade física? Portanto, nunca


deixe de usar o equipamento de proteção adequado à situação que você está
trabalhando. Vamos partir para novo assunto: Legislação e Normas.

5.2 Legislação e normas

O Ministério do Trabalho desenvolveu várias normas que as empresas e os pa-


trões devem seguir para ficar dentro da lei. Entre essas normas, existe a NR-61, que
ressalta os itens de responsabilidade do empregador, tais como:
a) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade e exigir seu uso;
b) fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão na-
cional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
c) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conserva-
ção;
d) substituir imediatamente o EPI quando danificado ou extraviado;
e) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
f) comunicar o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularida-
de observada.
O empregado também terá que observar as seguintes obrigações:
a) utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso pessoal.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
72

2 Atividades insalubres
Os objetivos da legislação trabalhista são garantir a
São aquelas que expõem segurança dos trabalhadores, assim como proteger
os empregados a agentes VOCÊ sua renda e condições dignas de trabalho. O direito do
nocivos à saúde, acima trabalho versa sobre matérias de higiene e saúde do tra-
dos limites de tolerância
SABIA? balhador, normas que são imprescindíveis para que sua
fixados. saúde física e mental sejam preservadas. (DANTAS et al,
[20--?]).

Existem outros tipos de normas que englobam atividades insalubres2 e que


vão além dos equipamentos de proteção. Para esse tipo de atividade, a empresa
deve pagar um adicional por insalubridade.
Além de o empregador fornecer os equipamentos, ele deve também fiscalizar
e verificar se o equipamento está sendo utilizado. Pois, no caso de algum tipo de
fiscalização do Ministério do Trabalho, o empregador pode ser multado em fun-
ção de seus funcionários não estarem utilizando o EPI, bem como o empregador
pode demitir por justa causa no caso de o funcionário não utilizar o equipamento.

A utilização de EPI pode ajudar a prolongar a sua saúde:


FIQUE nos casos de locais com ruídos sonoros muitos elevados,
a utilização de protetores auriculares evita a perda de au-
ALERTA dição; para evitar lesões nos olhos, é necessário o uso de
óculos de proteção.

As orientações para o uso correto dos equipamentos de segurança é resulta-


do de longos estudos. Veja, a seguir, um pouco sobre a história da segurança do
trabalho.

CASOS E RELATOS

A história da segurança no trabalho


A informação mais antiga sobre a preocupação com a segurança do tra-
balho está registrada num documento egípcio. O papiro Anastacius V fala
da preservação da saúde e da vida do trabalhador e descreve as condi-
ções de trabalho de um pedreiro. Também no Egito, no ano 2360 a.C.,
uma insurreição geral dos trabalhadores, deflagrada em minas de cobre,
evidenciou ao faraó a necessidade de melhorar as condições de vida dos
escravos.
5 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
73

O Império Romano aprofundou o estudo da proteção médico-legal dos


trabalhadores e elaborou leis para sua garantia. Os pioneiros do estabe-
lecimento de medidas de prevenção de acidentes foram Plínio e Rotário,
que, pela primeira vez, recomendaram o uso de máscaras para evitar que
os trabalhadores respirassem poeiras metálicas.
As primeiras ordenações aos fabricantes para a adoção de medidas de hi-
giene do trabalho datam da Idade Média. Os levantamentos das doenças
profissionais, promovidos pelas associações de trabalhadores medievais,
tiveram grande influência sobre a segurança do trabalho no Renascimen-
to. Neste período, destacaram-se Samuel Stockausen, como pioneiro da
inspeção médica no trabalho, e Bernardino Ramazzini, como sistematiza-
dor de todos os conhecimentos acumulados sobre segurança. Ramazzini
transmitiu seus conhecimentos aos responsáveis pelo bem-estar social
dos trabalhadores da época na obra intitulada De morbis artificum diatri-
ba, de 1760, que tratava sobre as doenças dos trabalhadores.
Em 1779, a Academia de Medicina da França já fazia constar em seus anais
um trabalho sobre as causas e a prevenção de acidentes. Em Milão, Pietro
Verri fundou, no mesmo ano, a primeira sociedade filantrópica que visava
ao bem-estar do trabalhador. A Revolução Industrial criou a necessidade
de preservar o potencial humano como forma de garantir a produção. A
sistematização dos procedimentos preventivos ocorreu primeiro nos Es-
tados Unidos, no início do século XX. Na África, Ásia, Austrália e América
Latina os comitês de segurança e higiene nasceram logo após a fundação
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919.
Fonte: Tem Segurança (2012)

Conhecer a história dos temas que você está estudando traz reflexões impor-
tantes, não é mesmo? Atualize-se sempre.
Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
74

Recapitulando

Nesta última parte dos estudos, você aprendeu sobre os equipamentos


de proteção individual e agora já sabe o que é papel dos empregadores e
o que é papel dos empregados, em relação aos EPIs.
Ao longo deste estudo, foram explorados vários pontos sobre compo-
nentes eletrônicos e circuitos eletrônicos. Além disso, você conheceu
também, as diferentes técnicas de soldagens, além de cuidados com a
saúde e a segurança no trabalho. Essa deve ser uma preocupação cons-
tante em todas as profissões, principalmente quando se trabalha com
eletricidade. Fique atento!
5 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
75

Anotações:
Referências
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Minicurrículos dos Autores
Allesse Carvalho Rodrigues é graduando em Administração pela Universidade Federal de San-
ta Catarina, técnico em Manutenção Automotiva formado pelo SENAI e atua como instrutor em
cursos técnicos e de qualificação profissional na área da Mecânica Automotiva e Náutica. Possui
cursos e certificações de qualificação profissional nas áreas Automotiva, Náutica e Gestão, além
de ser formado no curso técnico em Transações Imobiliárias pelo CEBREP.

Fabricio Torri é bacharel em Engenharia Mecânica, pela Universidade do Estado de Santa Catarina,
no ano de 2006. Desde 2007 atua como Engenheiro responsável da empresa Segurança Veicular
Ltda., e leciona junto ao SENAI a matéria de Segurança Veicular. Seu principal interesse é vislum-
brar as novas tecnologias empregadas junto aos veículos automotores.

Ricardo Ramos Zapelini é formado como Técnico em Eletrônica pelo Centro Federal de Educação
Tecnológica de Santa Catarina (CEFET-SC) – atual Instituto Federal de Tecnologia de Santa Cata-
rina (IFSC). Está cursando Engenharia Elétrica pela Universidade do Sul do Estado de Santa Cata-
rina (UNISUL). Atua no SENAI há 9 anos como Coordenador de cursos Técnico em Eletrotécnica e
Coordenador Técnico dos Cursos Superiores, em parceria com a UNISUL. Ao longo deste período,
ministrou aulas de eletrônica básica, eletrônica analógica, eletrônica de potência, eletrônica di-
gital e sistemas de comunicação nos cursos da área de eletrônica e eletrotécnica. Atualmente,
coordena os Cursos Técnicos de Manutenção Automotiva e Mecânica Industrial no SENAI/SC, em
Palhoça, além de ministrar aulas de eletrônica embarcada para o Curso Técnico em Manutenção
Automotiva.

Roberto Fernando Dusik finalizou seus estudos de aprendizagem em mecânica a Diesel, aprimo-
rou-se em motores Diesel e estudou mecânica industrial no SENAI Canoas-RS, em 2007. Poste-
riormente, estudou diversos assuntos dentro da área da mecânica automotiva, tornando-se es-
pecialista em diagnóstico de anomalias em motores a Diesel. Em 2009, concluiu o curso Técnico
em Automobilística. Atualmente, ministra aulas de mecânica e eletricidade automotiva no SENAI
São José/Palhoça, atuando na educação de jovens e adultos, desde o ensino de qualificação pro-
fissional até o ensino técnico. Também está cursando a graduação em logística na Universidade
do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Índice

A
Alternador 36
Anodo 5, 37, 38
Atividades insalubres 74
Automação 17, 18

C
Catodo 5, 37, 38, 43, 58, 77
Chanfro 42, 43
Chumbo 64, 65
Circuito impresso 61, 64, 65
Componentes eletrônicos 5, 6, 13, 17, 18, 25, 26, 31, 33, 34, 61, 64, 65, 66, 75
Condutor elétrico 22, 64
Corrente alternada 36, 54, 56
Corrente contínua 36, 54, 56

D
Diferença de potencial 31, 40

E
Estanho 6, 62, 64, 65, 67, 68

I
Invólucro 46
Isolante elétrico 18, 36, 41

M
Material condutor 22
MTE 73

N
NR-6 72, 73

P
Processos industriais 17, 18

R
Regulador de tensão 46, 47, 56
T
Tensão elétrica 23, 24, 25, 28, 29, 31, 49
SENAI - DN
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

Rolando Vargas Vallejos


Gerente Executivo

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo Adjunto

Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros

SENAI - Departamento Regional de Santa Catarina

Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional

Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento

Maristela Lourdes Alves


Coordenação do Projeto

Gisele Umbelino
Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos

Allesse Carvalho Rodrigues


Fabricio Torri
Ricardo Ramos Zapelini
Roberto Fernando Dusik
Elaboração

Denise de Mesquita Corrêa


Colaboração

Priscila Pavlacke
Revisão Técnica

Rosecler Fernandes
Design Educacional
Paulo Cordeiro
Ilustrações, Tratamento de Imagens

Carlos Filip Lehmkuhl Loccioni


Diagramação

Juliana Vieira de Lima


Revisão e Fechamento de Arquivos

Luciana Effting Takiuchi


CRB-14/937
Ficha Catalográfica

DNA Tecnologia Ltda.


Sidiane Kayser dos Santos Schwinzer
Revisão Ortográfica e Gramatical

DNA Tecnologia Ltda.


Sidiane Kayser dos Santos Schwinzer
Normalização

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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