Paciente Matheus, 28 anos e médico, possui 1,82 de altura e
82kg. O seu IMC foi calculado em 24,77 kg/m², classificado na faixa
de sobrepeso. O percentual de gordura foi calculado em 13,4%.
INFORMAÇÕES DO PACIENTE
Anotações importantes
TGI: Funcionando corretamente.
Rotina alimentar: Refere alimentação saudável, porém não apresenta noção
em relação as quantidades que deve consumir.
Ingestão hídrica: 4 litros.
Sono: dorme bem e não relata distúrbios do sono.
Treino: Musculação (5x) e aeróbico (7x).
Paciente procurou o atendimento e auxílio nutricional visando
uma melhora de desempenho nos exercícios e composição
corporal.
EXAMES LABORATORIAIS
Durante o atendimento ouve a analise de marcadores
bioquímicos. Foi observado, apesar de poucos marcadores
dosados, uma pequena alteração em colesterol e CPK. Houve
ainda uma atenção especial para a testosterona total, que ficou
próxima do limite inferior.
exames laboratoriais
Hemograma Resultado Referência
Hemácias 4,7 4,5 a 6,5 mi/mm³
Hemoglobina 15,1 13,5 a 18 g/dL
Hematócrino 41,2 40 a 54%
exames laboratoriais
Lipidograma Resultado Referência
Colesterol 192 <190 (+20 anos)
HDL 55 >40
LDL 120 100-130 mg/dL
Marcadores hepáticos e renais Resultado Referência
TGO 34 5 a 40 uL
TGP 15 10 a 49 uL
Ureia 29 15 a 50 mg/dL
Outros parâmetros Resultado Referência
CPK 189 46 a 171 uL
TSH 4,2 0,55 a 4,78
T3 89 60 a 181
T4 8 5,1 a 13,5
Cortisol 21 5 a 25 ug/dL
Testosterona total 444 249 - 836 ng/dL
Testosterona livre 7,1 3,17 a 19,04
Estradiol 22 11 a 44
RECORDATÓRIO ALIMENTAR
Do ponto de vista qualitativo, o recordatório alimentar deste
paciente deixou claro, logo de inicio, um bom espaçamento entre
as refeições, evitando longos períodos sem alimentação. No
período da manhã, o paciente descreveu duas refeições utilizadas
como pré-treino.
RECORDATÓRIO
Pré-treino 1 - 07:30
Café, infusão 10%
RECORDATÓRIO
Café da manhã - 06:40
2 pães speciale integral
2 ovos de galinha
200g salada de fruta (laranja, banana, mamão, abacaxi, uva, melão, maçã,
pera, kiwi).
Pré - treino 2 - 09:00
140g banana prata
40g aveia flocos
40g granola
10g canela em pó
Almoço - 12:00
200g arroz cozido
200g salmão
50g Alface
150g legumes cozidos
60g batata doce
Lanche da tarde - 15:00
172g de abacate
Jantar - 18:00
200g cuscuz
2 ovos cozidos
Ceia - 21:00
1 medidor whey isolado (30g)
Do ponto de vista quantitativo, o recordatório apontou um
consumo diário de aproximadamente 2346 kcal. A estimativa entre
os macronutrientes ficou em 284,8g de carboidratos, 81,4g de
proteínas e 130,5g de lipídeos consumidos por dia.
RECOMPOSIÇÃO CORPORAL
Quando se fala em desenvolvimento de uma condição de
sobrepeso e obesidade certamente se pensa em excesso de
consumo calórico. De fato, ingerir mais calorias do que se gasta
representa um conceito muito bem claro do ponto de vista
metabólico, ao passo que adentra também em profundos
conceitos de uma área da física chamada de termodinâmica.
Em termos práticos, a energia é descrita na física como um
termo que reflete um estado dinâmico relacionado com a
realização de um trabalho, que pode ser classificado em químico
ou mecânico. Essa breve descrição fornece a base teórica para o
que podemos aplicar a todos os seres vivos, que tem em suas
células a necessidade de fornecimento contínuo de energia para a
manutenção das atividades vitais.
Dentro deste contexto, o fornecimento contínuo de alimentos
é um mecanismo primordial de oferta de energia, localizada nas
ligações químicas dos polímeros (macronutrientes). A energia que
está contida nos alimentos é transformada, pela maquinaria
celular que constitui o corpo humano, em energia elétrica,
química, radiante ou mecânica. Neste ponto fica claro que, ao
longo do desenvolvimento da espécie humana, foram
desenvolvidos mecanismos de utilização de energia e de
armazenamento (visando longos períodos de inanição).
Muito além de uma maquinaria voltada para a realização de
trabalho, diversos mecanismos de desperdício de energia também
foram desenvolvidos e lapidados ao longo de toda a evolução.
A RELAÇÃO ENTRE AS VIAS DE ATIVAÇÃO DA AMPK E MTOR
A AMPK (5' Proteína quinase ativada por AMP) é considerada o
grande sensor energético intracelular, responsável por indicar os
níveis de energia disponíveis na célula.
Esta proteína atua ativando vias catabólicas geradoras de ATP
ao mesmo tempo que atenua as vias anabólicas que poupam ATP
para destinar aos processos mais vitais em situações onde há a
necessidade de mobilização rápida de substratos para geração de
energia.
Atrofia por desuso?
Estresse energético
Exercício intenso Treinamento crônico
Endurance ou prolongado de endurance
LKB1 CAMKK
α2
γ α2
γ Treinamento
β resistido
β
↑ FOXO3A ↓ MTOR ↑ MTOR
↑ATROGINA-1 / MURF1 / UBIQUITINA ↓S6K/4E-BP1 ↑ S6K/4E-BP1
↑ AUTOFAGIA ↓ SÍNTESE PROTEICA ↑ SÍNTESE PROTEICA
Atrofia Manutenção Hipetrofia
A mTOR (mammalian target of rapamycin) é uma proteína que
atua como uma coordenadora do crescimento celular com o
fornecimento de energia.
Esta proteína é ativada através do fornecimento abundante de
nutrientes e energia (tal como as altas concentrações de
aminoácidos de cadeia ramificada). Ao ser ativada, é capaz de
fosforilar diversos fatores transcricionais que levam ao aumento
da expressão gênica de enzimas da síntese de lipídeos e
proliferação mitocondrial, bem como o aumento da biogênese de
ribossomos.
Apesar de serem ativadas em situações diferentes de
disponibilidade energética, vale ressaltar quem ambas os
complexos proteicos (AMPK e mTOR) possuem um nível de
ativação basal, assim como qualquer outra via de sinalização/rota
metabólica que respeite a fisiologia de uma célula. Em termos
bioquímicos, isso significa que é impossível que uma via de
sinalização tenha um nível completo de inibição, visto que as
classificações utilizadas de inibição e ativação são apenas para fins
didáticos.
Outro ponto é que a AMPK também é ativada pelo treinamento
do tipo resistido. Entretanto, o efeito do exercício resistido sobre a
AMPK parece não prejudicar significativamente a sinalização de
mTOR e a síntese proteica.
Rotina de treinamento
Hormônios andogênicos
Qualidade do sono
Hormônio do estresse
Baixa inflamação
Calorias e micronutrientes
TREINAMENTO
Em um trabalho conduzido por Barakat, Campbell e De Souza,
2020, houve uma linha de pensamento de pesquisa voltado para a
recomposição corporal. Neste sentido, foi descrito que a
recomposição corporal geralmente ocorre em indivíduos
destreinandos, com sobrepeso ou obesidade. A manipulação do
treinamento resistido pode gerar benefícios neste processo.
RECOMENDAÇÕES
Implementar um regime de treinamento progressivo, com um mínimo de 3
sessões por semana.
Acompanhar A taxa de progresso, desempenho e à recuperação podem ser
importantes para ajustar o treinamento ao longo do tempo.
Consumir 2,6-3,5 g/kg/mlg de proteína pode aumentar a probabilidade ou
magnitude da recomposição corporal.
Suplementos de proteína podem ser usados para aumentar a ingestão
diária de proteína na dieta bem como para maximizar a síntese de proteína
muscular.
Priorizar a qualidade e a quantidade do sono é uma variável adicional que
pode impactar em mudanças no desempenho e recuperação e composição
corporal.
Associar o exercício aeróbico com o treino de resistência
(treinamento concorrente) pode contribuir para melhores
resultado na recomposição.
Francaux e Deldicque, 2018, trouxe em um trabalho de revisão
uma nova visão sobre o impacto do treinamento aeróbico sobre a
massa muscular. Essa linha de pesquisa foi motivada pela base
teórica de que os exercícios de endurance e resistidos induzem
diferentes alterações fisiológicas e moleculares, podendo interferir
nas adaptações, caso sejam realizadas de forma concorrente.
Contudo, dados mais recentes demonstram que um descanso
entre 6-24h pode evitar esse grau de interferência entre as duas
modalidades de exercício, quando se fala em hipertrofia muscular.
ESTRATÉGIA NUTRICIONAL
Na prática clínica, é extreamente relevante se ater a pontos
específicos para o favorecimento da recomposição corporal, os
quais abrangem desde a qualidade do sono a oferta de nutrientes
e a oferta total de calorias da dieta.
A ingestão adequada de macronutrientes potencializa, em
conjunto com o treinamento resisitido, a recomposição corporal.
OFERTA DE CALORIAS
Quando se fala de oferta calórica, primeiramente é importante
relembrar alguns conceitos iniciais no que se refere a dietas
hipocalórica, eucalóricas (isocalórica) ou hipercalóricas. Dito isso,
foi observado que a redução de 20% das calorias (dieta
hipocalórica) por 10 dias demonstrou a redução de 19% da
síntese protéica miofibrilar, o que pode ser relacionado com a
queda na fosforilação de AKT e elF4E-BP1.
Uma dieta isocalórica, por outro lado, apresenta uma condição
sub ótima de crescimento muscular através do estímulo
provocado pelo treinamento resistido. Porém, existe um forte
consenso sobre a aplicabilidade da dieta hipercalórica sobre a
potencialização do crescimento muscular, em conjunto com os
ajustes necessários sobre o volume e intensidade do treinamento.
ENSAIO CLÍNICO
O trabalho de Ribeiro et al., 2019, foi realizado com atletas que
estavam em off-season. O grupo G1 (alta) ingeriu maiores
quantidades de carboidrato, energia e calorias não proteicas,
mas quantidade menores de proteínas e lipídios quando
comparado ao grupo G2.
ENSAIO CLÍNICO
11 BODYBUILDERS (26.8 ± 2.3 ANOS) DA FEDERAÇÃO
AMADORA DE BODYBUILDING (IFBB BRASIL)
Os atletas tinham uma frequência de treinamento de 6x na
semana, estavam em off-season e tinham como objetivo a
hipertrofia. A duração do estudo foi de 4 semanas.
G1: ALTO EM ENERGIA G2: MODERADO EM ENERGIA
N=6 N=5
Os grupos não apresentavam diferenças entre idade, massa
corporal, altura e TMB, no entanto o grupo G1 (alta ingestão)
consumiu mais calorias que o gurpo G2 (ingestão moderada).
Como resultado, foi observado que o grupo G1 teve um
aumento no percentual de gordura durante o período do estudo.
Ambos os grupos aumentaram significativamente a massa magra,
o que leva à conclusão que uma maior ingestão de energia em
combinação com o treinamento resistido induz aumentos maiores
na massa muscular e na gordura corporal em fisiculturistas
masculinos competitivos.
OFERTA DE PROTEÍNAS
Quando se fala em oferta proteica e hipertrofia muscular, o
primeiro ponto relevante para o entendimento da quantidade
ideal de proteína a ser ofertada é o conceito de turnover proteico,
que é a relação entre a síntese e a degradação proteica.
Dito isso, um dos pilares a qual se baseiam as recomendações
proteicas atuais é no que se refere ao balaço nitrogenado positivo,
visto que somente assim, será possível se ter condições mínimas
ideais para a hipertrofia muscular.
Atualmente, as recomendações de ingestão de proteínas para
a hipertrofia são baseadas, muito além da quantidade, em
qualidade do consumo, sempre se atentando na oferta de
aminoácidos essenciais.
ENSAIO CLÍNICO
O trabalho de Longland et al., 2016, teve como objetivo analisar
as mudanças de composição corporal frente a uma
manipulação da ingestão de proteínas, com treinamento físico
e um déficit energético acentuado.
ESTUDO REALIZADO COM 40 HOMENS
Contou com 4 semanas de intervenção, onde os participantes
(que tinham um IMC >25 kg/m²) foram submetidos a um déficit
energético de 40% e a um treinamento resistido 6x na semana.
GRUPO ALTA PROTEÍNA: GRUPO CONTROLE:
N= 20 N= 20
Proteína = 2,4 g/kg Proteína = 1,2 g/kg
O resultado observado foi que, como esperado, ambos os
grupos obtiveram uma perda considerável de peso. Entretanto, ao
analisa a composição corporal, foi visto que o grupo proteína
perdeu mais gordura e ganhou massa magra. Ao contrário do
grupo controle, que não ganhou massa magra e perdeu menos
gordura. Esses resultados se correlacionam também como o
balanço nitrogenado (que antes da intervenção era na média de
5,6) estava em 9,9 (valor médio) após o final das 4 semanas.
ENSAIO CLÍNICO
Antonio et al., 2015 trouxe um trabalho que tinha como
objetivo investigar e determinar se uma dieta rica em proteínas
em conjunto com um programa de treinamento resistência
pesado periodizado afetaria os índices de composição corporal,
desempenho e saúde.
ENSAIO CLÍNICO
48 INIDVÍDUOS COM IDADE MÉDIA DE 24 ANOS E
PRATICANTES DE TREINAMENTO RESISTIDO
Os atletas foram divididos em dois grupos quanto a dieta
ofertada. O período de estudo foi de 8 semanas
DIETA NORMOPROTEICA DIETA HIPERPROTEICA
PTN: 32% (2,3 G/KG) PTN: 39% (3,4 G/KG)
CHO: 37% (2,7 G/KG) CHO: 34% (3,1 G/KG)
LIP: 31% (1,0 G/KG) LIP: 27% (1,1G/KG)
Os resultados não apontaram diferenças nos parâmetros
bioquímicos, porém houve diferença na composição corporal. Nos
dois grupos houve o mesmo ganho de MLG (1.5kg), porém no
grupo HP houve maior perda de gordura (1,6 kg comparado a 0,3
kg no grupo NP) e diminuição de 2.4% de gordura no HP e 0.6%
no grupo NP.
Esse resultado na composição corporal pode ter sido pelo
maior efeito térmico da proteína e, de maneira mais abrangente,
pelo alto poder de saciedade induzido pelo elevado consumo de
proteínas.
OFERTA DE GORDURAS
Na prática clínica é muito comum os pacientes realizarem um
aumento na ingestão calórica às custas de alimentos de baixa
qualidade quanto ao teor de carboidratos e gordura, favorecendo
o ganho de gordura excessiva durante o processo.
Muito além do consumo de gorduras, é necessário se ater qual
a composição de ácidos graxos presentes no alimento em
questão.
ENSAIO CLÍNICO
Rosqvist et al., 2016, investigou o acúmulo de gordura no fígado
e a composição corporal durante a superalimentação de ácidos
graxos saturados (SFAs) ou ácidos graxos poliinsaturados
(PUFAs).
37 INDIVÍDUOS COM IDADE MÉDIA DE 26 ANOS E IMC
MÉDIO DE 20 KG/M²
A amostra foi dividida em 2 grupos quanto ao tipo de
alimentação ofertada. A dieta foi controlada e o período de
estudo foi de 7 semanas e academia 3 h/semana.
MUFFIN 3X AO DIA RICO EM MUFFIN 3X AO DIA RICO EM
PUFA, OLÉO DE GIRASSOL SAT, OLÉO DE PALMA
PTN: 5% PTN: 5%
CHO: 44% CHO: 44%
LIP: 51% LIP: 51%
Os resultados mostraram que o grupo rico em saturada
aumentou a gordura no fígado e gordura visceral e total, mas sem
diferença significativa na gordura abdominal, e na razão da
gordura visceral e subcutânea. Além disso, o grupo que recebeu
mais ácidos graxos PUFA, tiveram significativamente maiores
ganhos de massa corporal magra.
GORDURA NO FÍGADO GORDURA VISCERAL GORDURA ABDOMINAL
Desta maneira é possível observar que o consumo de gorduras
poli-insaturadas, quando em uma situação de acréscimo,
proporcionam um ambiente menos agressivo ao ganho de
gordura no fígado e visceral e maior ganho de massa muscular.
Esse resultado, no entanto, não é observado quando essas
mesmas gramas de gordura são adicionadas a partir de ácidos
graxos saturados.
INFLUÊNCIA DO SONO
Atualmente, é bem descrito na literatura científica o forte
impacto que a qualidade e a duração do sono tem sobre o
ambiente de estresse, controle de fome e saciedade, assim como
a melhora da performance cognitiva. Assim, é fundamental
investigar durante anamnese possíveis perturbações do sono.
Pertubações do sono
↑Catecolaminas Pertubações do ritmo circadiano
↑Secreção de ACTH ↓Sensibilidade
↓Leptina
a insulina
↑Grelina
↑Cortisol ↑Apetite
↑Consumo O2/Produção CO2 ↑TNF, IL-1,
IL-6, PCR,
↓Melatonina EROS
Consequências de curto prazo
Estresse
Problemas somáticos
Problemas psicossociais
Consequências de longo prazo
Doenças cardiovasculares
Obesidade e diabetes mellitus tipo 2
Câncer
Morte
A recomendação geral em consensos é de que o ideal é uma
noite de sono que fique em torno de 7 a 9 horas de por noite para
adultos (18-60 anos). Vale ressaltar que esses valores são
baseados de acordo com a idade, o que resulta em uma
recomendação variada para diferentes faixas etárias.
ENSAIO CLÍNICO
O trabalho conduzido por Nedeltcheva et al., 2010, teve como
objetivo analisar se a restrição de sono atenuava o efeito da
dieta com redução calórica.
10 INDIVÍDUOS (3 MULHERES E 7 HOMENS) COM IDADE
MÉDIA DE 41 ANOS E IMC MÉDIO DE 27,4 KG/M²
Foram 14 dias de restrição calórica moderada, com 25% das
calorias no café da manhã, 30% no almoço e 35% na ceia
8.5 HORAS DE SONO X 5.5 HORAS DE SONO
O grupo que dormiu por 8.5 horas por noite conseguiu perder
mais gordura (-1,4 kg) e menos massa magra (1,5 kg), quando
comparado ao grupo que dormiu 5.5 horas por noite que obteve,
em massa gorda e massa magra, respectivamente, -0,6 kg e -2,4
kg.
Esses resultados pode ser explicados pelo aumento do
coeficiente respiratório nos indivíduos que restringiram o sono,
gerando uma redução na oxidação de gordura e um aumento na
oxidação de massa livre de gordura.
ESTRESSE
Os seres humanos evoluíram de uma forma que fosse possível
desenvolver mecanismos fisiológicos, que tinham por finalidade
antecipar situações de risco e apresentar uma resposta biológica a
eventos, sejam eles internos ou externos.
O estresse crônico, representado pelos níveis elevados cortisol,
provoca o aumento da permeabilidade intestinal, gerando
elevação do processo inflamatório. Grande parte dessa inflamação
provocada pelo aumento da permeabilidade intestinal é
provocada pela passagem do LPS (lipopolissacarídeo) para a
circulação sistêmica, podendo se ligar a receptores toll-like (TLR-4)
presentes em algumas células, gerando uma cascata inflamatória
como resposta. Esse ambiente inflamatório proporciona redução
nas concentrações de serotonina e gaba.
RELAÇÃO ENTRE CORTISOL
E TECIDO ADIPOSO
Estressores, incluindo sociais,
psicológicos e biológicos.
↑Cortisol
↑ Ganho de peso
↑ Depressão
↑ Consumo de
alimentos calóricos
↑ Depressão
↑ Tecido adiposo
↑ 11-beta-HSD
↑ IL-1, IL-6, TNF-alfa Possível feedback?
↑ Leptina