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Templários

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Cemplarios TF GEdigdo - abril/2,000 1 Edicgo. - 2° Impressio - jutho/2.001 Oaemon CEdicora Av. Doracio Lager, 160 sata 3 kaim Bisi - Sao Paulo, SD Fax (Oll) 3675-1860 email: [email protected] hecp://uuu.dacmon.com.ox Cemplarios Griagao: Marcelo Del Debbio Desenvolvimento: Marcelo Del Debbio, Norson Botrel Revisio: Ana Flora Schlindwein. Capa: Evandro Gregorio ‘Aste: Joe Prado (House of Arts) Fotolitos: Daemon Editora ¢ Paper Express. Nuri Impresso por: Grafica Melhoramentes. Agradecimencos - A nossos pais, por todo o apoio. A Luciana Bacci, por cortar todas as nossas idéias absur- das eesquisitas - A Caroline D’ Avila, por toda a ajudae pelas dicas duran- tea claboracao deste livro. = A Marcelo Cassaro “Paladino, pela Dragao Brasil, a melhor, maior e unica revista de RPG do Brasil. Ao Trevisan, por achar “ pélo em ovo” em suas resenhas. - Ao Katabrok, por todas as idéias legais para Tormenta, ~ Ao pessoal do Aurum Draconis, pelo apoio, dicas ¢ pelas sangrentas batalhas nos encontros de RPG. - Ao Gregorio, pelas ilustracoes magnificas. - AoJoe Prado, por nao ter voltado a fazer desenhos IMAGE. Ao Douglas, Mauro,TanoeDshora, por tudo oquea Devir jf feze ainda faré pelo RPG no Brasil, = Ag Joo e Neusa, por toda a ajuda e propaganda que sempre fazem de nossos livros - Ao Gerson Mella Filho, pelo texto deapresentacioe pela competente orientacao na pesquisa historica - A todos osjogadores da linha DAEMON, que softerao um. bocado nas mos das Mestres que estardo léndo este livro agora Davidas esugestoes: [email protected] ‘Visite nossa Homepage: hitp:// www.daemon.com.br (6) 2000, 2001 Daemon Editora, Todos os direitos reservados, Sistema Daemon@Daemon Editora ecompreen- de todos 0s livros langados pela editora até publicagio desta obra bem como as publicacoes futuras, Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro podera ser apropriada ¢ estoca em sistema de banco de dados ou processo similar em qualquer formato ou meios, seja eletrOnico, mecanico, folocépia, gravagao ele. sem a permissao por escrito dos detentores do Copyright. Esta é uma obra de ficeAo, a excegio do texto “Templatios, a Compreensso do Incompreensivel”. Apesar dos ‘objetos, agéncias ¢ Personagens citados neste livro terei sido extraidos de documentos e historias reais, todos os eventos, agéncias, sociedades secrotas ¢ Personagens verdadeiros cilados aqui-sdo tratados de forma ficcional. Quais- quer semelhancas com pessoas vivas ou mortas mera coincidéncia. Fste apenas um jogo. A realidad é muito pior. 2 Drobare Spiricus si cx Oco sunc Toscan a alma para ver se cla prowem de Ocus -Rito Primario ‘A primeira Ordem do Templo surgiu com os discfpulos do grande Mago Salomao, em Jerusalém, um milénio antes da vin- da de Cristo. Dessa Ordem de Sacerdotes guerreiros surgiram as bases do que mais tarde se chamariam Cavaleitos Templarios Os Templarios foram, sem ditvida, o mais alto ponto a quea Fé catolica atingiu em toda a Historia da Humanidade. Capazes de vencer as mais dificeis batalhas, os Templarios enfrentaram Demonios babilonicos e, anos depois, as legioes romanas. Nesse periodo se espalharam por todo o mundo conhecido dando ori- gem a suas faccoes. Durante a Idade Média enfrentaram ois nfe as Cruza- das e cafram em desgraca junto a Igreja Catélica. Foi quando ti- veram 0 Tribunal da Santa Inquisicao come inimigo. Foi um perfodo de traicdes, perseguicdes, torturas e mortes Combates sangrentos e resistencias herdicas tornaram-se rotina em suas vidas. E quando se passa este jogo. Cemplarios & Compreensdo do Incompreensivel “No comeco do reinado de Balduino II, um franco vei de Koma para orar em jerusalem. Ele fizera a promessa de nunca voltar para seu pats, mas sin de ordenar-se, depois de fer auxiliado 0 rei em guerra durante trés anos, ele € 08 trinta crunleiros que 0 acomipantiaoam, e terminar suas vidas em Jerusalém. Quando o rei e seus nobres viram ‘gue eles eran fianosos em batalha ¢ tinham sito de grande utilidade pura a cidade durante os trés anos de servigo, aconselhou esse homem a servir na milicia, juntamente com aqueles ligados a ele, em vez de ordenar-se, trabalhar para a sateacio de sua alma e proteger aqueles lugares contra ladroes. Ora, esse homem, cujo nome era Houg de Payn, aceitou esse conselho e os trinta cavaleiros que 0 acom- panhavam juntaran-se a ele. O rei deu-lhes a Casa de Saloniio para sua residéncia e algumas aldeias para sew sustento, O patriarca também concedeu-thes algumus aldeias da Igreja. O rei e seus nobres, bem como 0 patriarce e os prelados das igrejas, também fornecerant de suns préprias posses certos beneficios, cujo resultado foi prover esses cronleiros de alinrentos e roupa. Algumas dessas doagdes forant por unt ternpo limitado, outras para sempre. O principal dever dessa ondem — aquele que thes foi prescrito pelo patriarca ¢ pelos outros bispos parn a remigiio de seus pecailos ~ foi que, alé onde sua forge permitisse, eles deceriam manter as estradas livres da anieagn de ladroes e saltendores, com atencio especial & protecio dos peregrinos.” (Miguel o sirio, patriarca da Igreja Siriaca de Antiquia) Foi assim que Miguel, o sirio, patriarca da Igre- ja Siriaca de Antioquia, registrou o surgimento em 1119 da Ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomao e como seus primeiros membros a historiografia tradicional cita Hugues de Payens, Geofiroi de Saint-Omer, André de Montbard, Gundomar, Godefroy, Roral, Geoffrey Bisol, Payen de Momtdésir e Archambaud de Saint-Aignan. Assim, ap6s a Primeira Cruzada e com 0 surgimento do reino Latino de Jerusalém, a cris- tandade medieval percebeu a necessidade de se cridr uma forca militar combativa que pudesse manter dentro do especiro de poder cristao os lu- gares Santos, bem como as conquistas cristas no ocidente e que ainda garantisse a seguranca dos peregrinos. Essas primicias todas fizeram da Or- dem dos Templarios uma das mais poderosas or- ganizagdes militares do mundo medieval, com vasto apoio do papado e de muitos reinos e no- bres poderosos. Em pouco tempo, a organizacao militar da Ordem superaria qualquer outro exér- cito medieval europeu, possuiria mais castelos que muitos reinos gracas as suas conquistas e seria a instituicdo mais rica da Europa depois da Santa Sé em razdo dos butins e saques de guerra. Por quase dois séculos, os Templarios garantiriam a presenga crista no oriente préximo e seriam um) eterno espinho na garganta do poderoso, culto e civilizado mundo islamico. Mas nao foi apenas nessa fungdo que a Or- dem dos Templérios atuou. Com os cofres de seus castelos,abarrotados de ouro, os Templarios fo- ram os primeiros e mais famosos banqueiros da Europa. Vastas quantias deixavam seus cofres para serem gastas por nobres de todos os esca- les, reins poderosos como a Franga e a Ingla- terra e até a propria Santa Sé chegaria a dever para os Cavaleiros de Deus. Organizadores de duas das trés grandes Cru- zadas, a Il e a Ill, os Templarios no entanto, ja- mais foram vitoriosos. A presenga de reis ¢ no- bres na organizacao de suas Cruzadas sempre Ihes ofuscou o brilho ou thes garantiu a derrota do exército. Durante a II Cruzada, a desorgani- zacao e excessiva confianca do exército francés e indecisao do rei Luis, sem dizer o enorme séquito real que atrasava em demasia a campanha, fize- ram dos cruzados presa facil da rapida e veloz cavalaria érabe, livre das pesadas armaduras cris- tas e detentoras de um dos mais fascinantes ca- valos do mundo, pequeno, agil e pronto para manobras répidas e repentinas. Seus arcos de lon- go alcance, a tética de atirar flechas sempre em salvas utilizando-se melhor da forca gravitacional as manobras em “L” da cavalaria como repro- duzindo um tabuleiro de xadrez superavam em muito as taticas de guerra européias. Enquanto 0 exército drabe era organizado, atacava o inimigo como um corpo coeso e em completa harmonia, 08 cruzados valiam-se do valor pessoal guerreiro, a antiga arelé guerreira dos gregos do tempo de Homero, Aquiles ou Ajax e faziam seus ataques sem planejamento algum, apenas a ordem de s guir em frente e combater o inimigo. Por indmeras vezes foram os Templarios que salyaram as cabecas de seus conterraneos. Valoro- sos no combate corpo a corpo e organizados na defesa eno ataque, esses cavaleiros eram os respon- sAveis por salvar reis e nobres inexperientes das maos dos mouros, quando nao dos proprios cris- {aos em brigas ou disputas internas. Seus feitos em combate foram cantados em inumeras baladas me- dievais e cangOes de gesta que circularam por toda a Europa e até hoje sao lidas para nossos filhos. Na III Cruzada, a forca Templaria mostrava- se a parte. Evitando 0 fiasco da segunda e tendo duividas quanto a organizaao da nova expedicéo, ‘0s Templarios se mostraram indispostos a marchar sobre a lideranca de qualquer rei, mesmo que esse fosse Ricardo Coracao de Ledo, 0 campedo das Cruzadas. Essa atitude levou os Templarios a uma_ Cruzada quasea parte da dos demais nobres. Dessa vez, ofuscados pela coragem do Coragio de Leao, novamente os Templérios foram os homens por detras das marionetes. Apesar do dominio de Je~ rusalém e da chacina de 3000 muculmanos por ‘um resgate imposstvel de ser pago, a III Cruzada estava fadada ao fracasso. O exército de Saladino era vasto ¢ poderoso demais para ser vencido. As- sustado com a brutalidade das cristaas, especial- mente a de Ricardo, Saladino cedeu a um acordo em que Jerusalém ficaria sobre dominio cristo, mas assim que o exército cruzado deixou as mu- ralhas de Jerusalém, muito pouco desse restou para contar seus feitos na Europa. O proprio Ricardo foi feito prisioneiro pelos seus préprios conterraneos cristaos e uma vultosa soma levan- tada por sua mae, a poderosa Eleonor de Aquiténia, garantiram-Ihe a seguranga. A bem da verdade, 0 que mantinha a Ordem dos Templarios de pé era justamente a constante ameaca dos mouros na Terra Santa. A presenga cris- ta nessa regido levava os muculmanos a sempre se organizarem e voltar a atacar os dominios cristaos. Em contrapartida, a cristandade medieval apresen- tava os Templarios, que da mesma forma, sempre se organizavam e voltavam a carga contra 0s “infi¢is”. ‘Apés a Terceira Cruzada, a existéncia dos Templarios constituiria um anacronismo, Financei- ramente, a Ordem continuava a prosperar, mas seus feitos militares diminufam a cada dia. O interesse na ‘Terra Santa ja nao exaltava paixdes. Os reis esta- ‘vam mais interessados em dominar seus nobres e or- ganizarseus reinos, os papasimporiavam-semaiscom suas finangas e com as do rei da Franca apés terem praticamente sido feitos prisioneiras em Avignon. Os ‘Templitrios agora Tutavam contra a heresia e om Cru- zadas na propria Europa numa forca desumana para ‘expulsar og mouros da Peninsula Ibérica. Em pouco tempo, a Ordem dos Templarios era mais uma pedra no sapato da cristandade do que uma ordem para defender a mesma. Seu po- der desafiava a autoridade de qualquer rei euro- peu ou nao. Seus conhecimentos rivalizavam e superavam em muito os de qualquer Universida- de, gracas ao contato constante com os gregos com os mugulmanos. Mais civilizados que seus conterraneos, os Templérios eram o fruto do me- Ihor da nobreza européia com o amélgama civilizador das sociedades do oriente, que ainda preservavam a cidade, os banhos piiblicos, as dis- cussdes filoséficas e politicas, as ciéncias e a hist- ria dos antigos, a poesia ea musica. Como se toda essa superioridade nao bastasse, os Templarios ain- da eram a maior fortuna da Europa, fosse fisica ou virtualmente, pois as dividas dos reinos cris- taos com a Ordem chegavam a somas absurdas. ‘Nao demorou muito para que um rei pude: se perceber isso. Filipe o Belo foi o inquisidor, o juiz, 0 jdri e 0 carrasco dos Templarios. Um rei com uma necessidade sem igual de afirmar seu poder, falido em suas financas e na organizacio de seu Estado, desesperado para recuperar aqui- Jo que nunca tivera, a autoridade real. Esse era 0 perfil do homem que acabou com a Ordem dos Templarios. Em 13 de outubro de 1307, uma sex- ta-feira, os agentes do rei Felipe prenderam ‘Templérios por toda a Franca. As acusagdes: 1,Que os membros negaoun Cristo, Deus, a Virgem Maria ou os santos durante uma ceriménia secreta; 2.Que os membros cometian uma infinidade de atos sacrilegos sobre a cruz ou a imagem de Cristo; 3.Que os membros praticavant beijos obscenos; 4.Que os membros incentivavam e permitiam a pratica de sodomia e homossexualismo; 5.Que os padres e sacerdates da Orden nito con- sagravam a Héstia; 6.Que 0s membros dos Teniplarios nio acreditavam nos sacramentos; 7.Que 0s membros mais influentes dos Cavaleiros praticavam varios tipos de idolatria; 8.Que 0 griio-mestre, ou outros dignitdrios, absol- viant os armios de seus pecados. 6 ‘Todas as acusacdes contra os Templérios eram tipicas dos julgamentos do periodo entre 1300 ¢ 1360, alids, foram 10 os julgamentos do periodo motivados por questées politicas que envolveram acusacdes de bruxaria, algo que na época era fé- cil de se provar, especialmente numa sociedade onde 0 fato de ser acusado ja era 0 suficiente para se parcecr culpado. Ceara eel enren (Viren eas 6 denar ou sequer em julgar os Templarios, mas Felipe havia tomado medidas seguras para ga- rantir seu sucesso. Na ordem de prisao, Filipe 0 Belo tratou de colocar o nome de seu amigo confessor pessoal, 0 inquisidor Guillaume de Paris, afim de garantir a legitimidade da mes- ma j4 que a ordem de prisdo nao poderia ser expedida pelo rei mas sim por uma autoridade eclesidstica, j4 que a Ordem dos Templarios res- pondia diretamente para a Igreja. Acusar publicamente de cuspir na cruz, homossexualismo e idolatria uma Ordem que tra balha diretamente para o papa, com 0 apoio do representante da Inquisicao em um pais como a Franca e com uma ordem de prisdo jé emitida, nao houve como Clemente V pudesse suplantar © julgamento. Cabia-lhe agora apenas tomar as- sento como juiz do mesmo, presidir o julgamento e esperar que 0 fatos absolvessem os Templarios. Mas Felipe sabia com quem estava lidando. Aproveitou-se do momento (pois a Inquisicao atin- gira o auge da técnica de tortura sobre suas vitimas por volta de 1300) e adotou 0 uso da tortura nos interrogatérios dos Templarios. Muitosconfessaram sob tortura as piores heresias, outros se mantive- ram firmes e foram queimados como bruxos nao arrependidos. Julgamentos de Templarios eclodiam por toda a Europa e em 16 de outubro de 1311, ‘Clemente V dé inicio a um Concilio Geral para jul- gar os Templarios. As discussoes duraram quase um ano. Apés meses de discussio, a paciéncia de Felipe estava esgotada e em'20 de marco de 1312, 0 rei com 0 apoio de seus irmaos Carlos ¢ Luis e de um exército considerével chegou a Viena onde aconte- cia 0 Concflio e forgou 0 papa a tomar uma decisao. Dois dias depois 0 Concilio votava pela supressio da Ordem com uma maioria de quatro quintos, cla- ramente em razio da pressdo francesa. Apesar de suprimida, a Ordem dos Templarios nunca foi realmente julgada herética nem seus membros. Seus bens foram transferi- dos para a Ordem dos Hospitalérios contrarian- do 08 desejos de Felipe de fundar uma ordem com um de seus filhos como lider. As intengoes de Felipe nao foram frustradas apenas com o fim da Ordem, no momento da prisao dos Templérios, em 1307, quando os agentes do rei invadiram 0 Templo de Paris, descobriram que nao s6 todos ‘0s documentos sobre a Ordem mas também todo © tesouro dos Templarios havia sido removido. A frota Templéria, a maior da Europa, tam= bém havia deixado o porto de La Rochelle evitan- do 0 confisco do rei. Até os dias de hoje, 0 tesouro, ‘Templaria jamais foi encontrado. No restante da Europa, castelos vazios foram invadidos por sol- dados. Apenas terras, castelos, mobilias, galinhas, e cavalo foram o que os reis da Europa confisca- ram dos Templarios. Com a supressao da Ordem ficam as dévi- das. Como o tesouro dos Templarios desapare- ceu? Acaso sabiam eles de sua prisio? E como? Para onde foi esse tesouro? Que razo teria levado os Templarios a nao negarem as acusacées de pratica homosexual? E certo que o-campeao das Cruzadas, Ricardo Cora- ao de Ledo, era um homosexual declarado, que a prética jamais havia sido citada pela Igreja como ppecaminosa e que varias eram as ordens religiosas que realizavam o ato, mas isso bastaria para a or- dem nao rebater tal acusagao? ‘Mas essas nao sfo as tnicas dtividas que cir- culam em torno dos Templarios e de sua Ordem. (© que os historiadores nao conseguem entender sao gafes e furos histéricos na existéncia dos Templarios. Por que a Ordem s6 foi oficializada em 1128 se sua existéncia foi relatada desde 1119? ‘© que sabemos ¢ que os Templartos reall zaram varios trabalhos de escavacdo em 1orno, do Templo de Salomao e que esses trabalhos, iam muito além do interesse apenas em refor- mar o prédio e em adapté-lo para a Ordem. O, tipo de escavacao realizada pelos membros da ordem nos sugere que os Templarios estavam procurando algo, talvez alguma reliquia, 0 an- tigo tesouro do rei Salomao ow até mesmo a, Arca da Alianga. Se encontraram algo, isso €. bem provavel. Uma década de escavacées nao, poderiam ter sido infrutiferas. Sabemos por exemplo, que as escavacoes Templérias chega- ramvas primeiras camadas do Templo, quando, este realmente fora erguido por Salomao ¢ nao as teformas posteriores. Mais tarde, as funda- Oes do templo foram em parte modificadas ¢ algumas passagens abertas pelos Templérios foram fechadas por eles proprios. Teriam os Templarios encontrado a Arca da Alianca? Es- taria em seu poder os tesouros de Salomao? Os Templirios nao pesquisaram apenas © Templo de Salomao, toda a Jerusalém foi estuda- da profundamente por esses homens, bem como os conhecimentos judaicos, muculmanos e gregos. Os cavaleiros da Ordem aprofundaram-se nos conhecimentos misticos do Oriente pois através do comércio realizado entre caravanas e nas ci- dades, os Templétios poclem ter entrado'em sig- nufieatrvo contato com filosofias ¢ conhecimentos vindos da Pérsia, india e da distante China, Suas incurs0es em terfit6rio miugulmano’e a defesa dos ‘poves eristaos d6 Egito pode ter Ievado esse ho- mens a estudarem muito antes de Champollion e Carter 0s segredos do Nilo. Alguns estudiosos ar- riscam dizer que os Templétigs adquiriram um conhecimento e entendimento do mundo, da vida € do universo como nenhum outro homem pode imaginar. Serfa isso verdade? E se for, isso teria contribuido pata que ds Templérios escondessem seus segredos antes mesmo de sua prisao? Bles teriam uma compreensio de Deus ¢ de Cristo su- perior ou totalmente diferente das conviceses da poca e das nossas proprias? Essas respostas ¢ muitas outras continuaram um mistério. A verdade ¢ que, se os Templarios nao existem mais como uma ordem real, ag'me- nos sobrevivem na magonaria e num punhado de ‘outras ordens secretas que sé mantém em segre- do ou como organizagoes pequenas demais para chamarem a atencao, Seus segredos, conhecimen- tos e tesouros foram perdidos ao longo dos sécu- Jos, mergulhados no esquecimento, no édio dos homens de curt visdu GU mas dispulas pelu po- der. O poder pequeno e vil que leva asociedadea dispulas sangrontas por motivos tao infimos como terra, dinheiro ou mesmo porreligiao. Sua ordem foi criacia para defender esses mesmos interesses menores e pode fer sido encerrada em razio dos ‘Templarios ferem compreendicio que o homem é ‘pequeno demais e que os mistérios do universo esto muito longe de nosso alcance. A compreen- 80 de algo maior que nés mesmos ocasionou a sua extincdo, Gabe a nds, resgatarmos esse avatar do passado e mostrarmos a geracdes futuras, 0. que nossos antepassados, homens como Felipe & Clemente V, nao souberam compreender. © Gerson Mella Filho Historiador as Criacdo de Em TEMPLARIOS, a Criacao de um Personagem algo bastante facil dese fazer, principalmente se voce jé conhece 0 sistema de Arkanun/Trevas, pois as regras pormanecem rigorosamenteas mesmas. A seguir, dare. ‘mos um resumo de como criar Personagens (e NPCs) ‘Templarios de maneira pratica e que dé énfase na des- crigao de Personagens. ‘Normalmente existem muitas coisas a se decidir, que serio vitais para a sobrevivéncia do Templario no futuro, Existem também fatores relacionados com o Background do Personagem, seus anseios ¢ temores, sua historia e sua caracterizacao. ‘Abist6ria deum Persanagem vale muito mais do que seus pontos, pois Atributos nada mais sao do queum pu- mhado denntimeros que servem para traduzir o que Joga- dorimaginou para 0 sistema de regras. Um Personagem ‘bem construido facilita a propria vida do Mestre, pois as Aventurasacabam surgindo espontaneamente. Paraa criagao de um Personagem, siga estes pas- sose vocé nao ter problemas, Para ajuda-lo, criaremos um Personagem juntos, assim, vocé pode ir se acostu- mando com sistema utilizado: I. Escotha uma hiscdria Para exenuplificar a criagao de Personagens, escolhemos ahistéria de Fernando Couto, uin Cavaleiro da Ordem de Aviz nnascido em 1357, em Portugal, que ausxiliow a Igreja contraas Brujase outros demdnios, nas regides de Barcelonae Lisboa. Fernando residin com seus pats na cidade de Barci, que fo totalmente destruido ens untincéudio criminoso arquiteta- do por Magos da Ordem Pyros. Seni familia, Fernando vagou por Portugal durante al- ‘guns anos, até ser envolvido por engano emt wna cacada a ‘Templarios. Fernando foi preso e acusado de heresia junta- mente a um grupo de Cevaleiros Cruzados acusado injusta ‘mente de ter ncendiando a cidade de Barci. O grupo foi resgatado durante 0 trajeto entre Toledo € Avignon onde seriam julgado assim passou a fazer parte da ‘Ordem dos Cavaleiras de Aviz. Para melhor compor um Personagem e sua hists- voce pode responder as seguintes perguntas a res- peito de seu Personagem e anotar os resultados em um, didrio, que servira como base para definir os Atributos do Personagem futuramente, Essas questdes NAO sao obrigatérias es6 deverdo ser usadas se 0 Jogador desejar um Personagem bem construido, Recomendamos que os Jogadores construam seus Personagens juntos, de maneira a entrelacarem as ambientacoes, estipulando amigos em comum, locais por ‘onde passaram, contatos que fizeram, inimigos que en- frentaram e outros daclos que irdo facilitar muito vida do Mestre, quando este precisar bolar novas Aventuras. Dersonagem Niscoria, 1. Qual éonome dele? 2. Em que ano ele nasceu? Quantos anos ole tem? 3. Onde ele nasceu e cresceu? 4. Ble conheceu seus pais? 5. Oque ele sente sobre eles? 6. Os pais dele estao vivos? 7.Como 0s pais dele vive? 8. Ele tem irmaos ou irmas? 9. Se tem, ele sabe onde eles esto e 0 que esto fazen- do? (vélido para outros tipos de parentes) 10. Sua familia tomou parte no inicio desua carreira de aventuras ?Se nao, quem tomouecomo? 11. Ele teve amigos em suajuventude? 12. Ele € casado (ou noivo?, ou vidvo?, ou...) Se for, como aconteceu? 13. Ele tem filhos? Se tem, como eles sao? 14. Oque ele fazia antes de ser Templario? 15, De que maneira isso pode afetar sua carreira como, ‘Templério? 16, Por que ele se tornou um Templario? 17.Como ele enxerga.a Igreja? 18. Por que ele escolheu essa vocacao ? Amigos : 1. Quais s4o seus melhores amigos? 2, Como ele os conheceu? O que eles fazem da vida? 3. Descreva-os em poucas palavras. 4, Bles tm familia? Filhos? Odjetivos / Dorivasso = 1. Ele tem algum objetivo ? Se tem, qual 6? 2. E por que ele tenta fazer isso? 3. O que ele vai fazer quando conseguir seu objetivo? 4.0 que ele vai fazer se falhar? 5. O queele considera seu maior obstécuto? 6.0 que ele faz. para sobrepujar esses obstaculos? 7.Se ele pudesse mudar algo no mundo, o que seria? 8.Seele pudesse mudaralgoem si mesmo, oque seria? 9. Fle tem medo de alguma coisa? Pesonatidade 1. Como outras pessoas descrevem seu Petsonagem? 2. Como ele se anto-descreveria? 3. Qual sua maior qualidade? 4. Qual seu maior defeito? Aparéncia, 1. Como ele é fisicamente (em detalhes)? 2. Qual 6o aspecto da aparéncia fisica dele que é mais distintiva ou mais facilmentenotada? 3. Ele esta satisfeito com essa aparéncia? Acicude 1. Qual 6a atitude dele em relacdo.ao mundo? 2. Ecom relagao as outras pessoas? 3, Ele tem atitudes diferenciadas para determinados grupos de pessoas ou profissionais? 4, Como ele encara o sobrenatural? 5. Qual sua visao de Deus? Gooeos ¢ pregenéncise + 1. Como ele passa suas horas de lazer? 2. Que coisas ele gosta de vestir? 3.0 queele gosta mais no trabalho / ocupacio? 4, Oqueele gosta de comer? 5. Ele coleciona algoou tem algum passatempo? 6. Ele tem algum bichinho deestimacao? 7.Que tipo de companhia ele prefere? 8, Eque tipo de amante? 9. Ele tem algum sonho? Ambience 1. Ondeele mora e como é esse lugar? 2. Comoéactima/atmosfera? 3. Por queele mora é? 4, Quais sio os problemas comuns la? 5. Como ésua rotina didria? 6. Existe alguma coisa que ele deixou para tras? 2. Veripique decathes da hiscéria. Faca esta parteem conjunto com o Mestre, pois muito do que for escothido aqui sera utilizado por ele como fundo para sua Aventura posterior. Tente localizar a his- téria do seu Personagem com a dos outros Personagens da Campanha, com a trama e com os outros NPCs. Sea historia de TODOS os Personagens do grupo nfo forom compativeis, procure fazer modificagdos de modo a permitir um melhor entrosamento. Se isso nao funcionar, comece novamente. A historia de seu Perso- nagem também deve ser condizente com o mundo estruturado pelo Mestre. Fernando inicion seu treinamento com 23 anos, sma ida de unt tanto elevada para os padrées da Ordem. Todos os seus colegas de treinamento tinham entre 14 19 anos e considera vant que presenca de Fernando se devia a frvores concedidos ‘umn superior. Percebendo-se de fal fato, Fernando foi reintegrado a0 ‘grupo de agio tt logo completou o treinamento bisico. S Colegas receberam ordens de concluir ainstrugao de Fe tratendo-o como aprendiz até que concluisse seu aprend Isso nao impediu que Pedro, Lu(s Antonio, Arnaldo e 0 espanhol Pablo se fornassems seus anges. ‘Apés outros quatro anes de trabalito (os iltimos 3 meses ‘em investigagdes sobre um possivel caso de influéncia demoné- aca sobre uma vila inteira), 0 grupo foi chamado a Cidade do Portoe Fernando foi graduado Cavaieiro. Prssou a fazer parte do grupo como niemibro pleno e imediatamente relornaran & isso inacabada 3. Nome, idade, local de nascimenco... Escotha fodas as caracteristicas relativas a seu Per- sonagem e coloque-as na Ficha de Personagem, nos lo- «ais indicados (nome, sexo, local de nascimento, profis- sio, nivel, altura, peso e idade), Fernando Couto, homem, nascido em Porto, Cavaleiro da Orde de Avie de 1 Nive), 1,67, 61hg, 28 ance. 4. €scotha seus Acribucos Yocé possui 100 pontos para distribuir entre oito Atributos, mais 1 ponto por nivel queele aleancou, Tente distribuir os pontos conforme 0 Personagem que voce idealizou. Némeros sio pouco importantes nestejogo.O fundamental é que eles expressem suas idéias. O maximo de pontos que um Atributo pode ter na Griagao do Personagem 6 18, e 0 minimo 5. Mais tarde ‘voce poclera aumentar estes valores com experiéncia. essa forma, um Personagem pode ultrapassar 18 pon- tos, chegando a até 24 pontos, em alguns casos (limite humano dos Atributos) Os Atributos so divididos em fisicos e mentais. Os Atributos Fisicos sao: Forca (FR), Constituicao (CON), Destreza (DEX) Agilidade (AGI) eos Atributos Mentais ‘0 Inteligencia (INT), Forea de Vontade (WILL), Percep- ‘¢&0 (PER) Carisma (CAR), O valor dos Testes de Atributos €igual ao valor do’ Atributo com modificador multiplicado por 4. Este valor expresso em porcentagem (%): Fernando é extremamente dgil e resistente. Também é considerado atento por seus conipantheiros. Relativamenite fra- 0, nto & o que se pode chamar de wnia pe: termos de inteligéncia soa brilliante em Atributo Valor Constituigao 15 Forca 9 Destreza 11 Agilidade 17 Inteligéncia 3 Forgade Vontade 12 Carisma 3 Percepgao 16 Teste 60% 36% Ae 68% 32% 48% 52% 64% Modificador Total 101 5. Classe ¢ Pericias A seguir, vamos dividir os Pontos de Pericia do Per- sonagem. Para tanto, calculamos© total de Pontos, dado pela seguinte formula: Pontos de Pericia = 10x Idade + 5 x INT (atéium maximo de 500 pontos) Fernando possui 28 anos de idade e INT 8. Ele possui, ent, 320 pontos para gastar. Como escolhemos para ele a Classe de Cavaleiro Es- ppanhol, no Kit Caunleiroda Ordem de Aviz, gastaremos300 pontos de Pericia comtas Pericias pré-selecionadas (relati- vvas A sua vocacao) e poddemos gastar ainda 20 pontos em outrasPericias, para lapidar melhor o Personagem. Esias sto as Pericins de Fernando Couto: Conseguidas pelo Kit (300): Ciéucias (Historia 15%, Legislagao 10%), Ciencias Proibidas (Qeultisms 35%), Furtividade 10%, Herdldica 25%, Espaulol 20%, Ler e Es- ‘erever (Portugués) 30%, Linguagem Secreta 10%, Montaria 30%, Rastreio 25%, Religido 20%, Espada 30/30, Langn 30/ 20 Adaga 20/30, Esquiva 30%, Briga +10/#10. Lapidando o Personagem (20): Barganha 20%, Quando preenchermos a ficha dePersonagem, nao. podemos esquecer que algumas Pericias devem set so- madas ao Atributo correspondente. Desta maneira, aficha final de Fernando fica assim: Pericias Nome Bargana Ciéncias (Hist6ria) Citcias (Legislagio) . Proibidas (Ocultismo) Esquion A‘ributo Gasto CAR 20 INT 15-23% INT 10 18% : 35 35% AGI 30. 47% Furtividade AGI 10.27% Herdldica INT 25 38% Espanol - 20 20% Lore Escrever (Portugués) 15 30. 45% Linguagem Secreta : 10 10% Montaria AGI 30. 47% Rastreio PER 25 41% Religio INT 20-28% Final 33% Pexicias com Armas Briga DEX/DEX Espada DEX/DEX Langa DEX/DEX Adaga DEX/DEX 21/21 4/41 41/31 311 10/10 30/30 30/20 20/30 6. Poncos de Aprimoramenco Sua ficha j4 esta bem avaneada, mas falta ainda’ gastar os pontos de Aprimoramentos com 0 Persona~ ‘gem. Pontos de Aprimoramento sao utilizados para dar ‘um toque pessoal na sua Ficha,em terms dle jogo e com- paragio entre Personagens. Eclaro que vocé ainda devera fazer algumas modifi- ‘cages na Ficha do Personagem, mas serao poucas. Poem. set utilizades Aprimoramentos dos jogos da DAEMON. EDITORA, desde que condizentes com a época em que a ‘Campanha se situa (nada de armas de fogo paraa Idade. Média!), TODOS os Aprimoramentos devem ser aprov dos pelo Mestre, Novos Aprimoramentos podem ser cria- dos, mas ainda assim precisarao da aprovacao do Mestre.

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