Second Seminar on Undergrounding of Electric Distribution Networks 3.
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Segundo Seminário Sobre Utilização de Cabos em Redes Subterrâneas de Distribuição de Energia Elétrica
INTERLIGAÇÃO SUBTERRÂNEA 230KV PAL9-PAL4 – DESENVOLVIMENTO
DO PROJETO
Márcio COELHO, Membro do IEEE, (Brasil), [email protected]
Fumitaka NISHIMURA, Membro do IEEE, (Brasil),
[email protected]Liliane D. CICARELLI, Membro do IEEE, (Brasil),
[email protected]RESUMO condutor de alumínio, seção transversal 1400mm2 e
diâmetro nominal 136mm, este cabo é equipado com
Com o objetivo de criar o anel em 230kV na cidade de fibras ópticas para realizar a comunicação e proteção
Porto Alegre no Rio Grande do Sul com a finalidade de entre as duas subestações e possuirá um sistema DTS
melhorar a confiabilidade do sistema elétrico e atender a
uma demanda de expansão prevista nos estudos de (Distributed Temperature Sensor) para verificação da
planejamento futuro do sistema elétrico interligado ampacidade em tempo real.
sul/sudeste a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) licitou em 2009 a construção de uma linha de REQUISITOS BÁSICOS DA LINHA DE
transmissão subterrânea isolada para operar a 230kV
interligando as subestações Porto Alegre 9 (Pal9) e Porto TRANSMISSÃO PAL9 – PAL4
Alegre 4 (Pal4) na cidade de Porto Alegre, estado do Rio
Grande do Sul, Brasil. A tabela 1 mostra os requisitos básicos da Linha de
Transmissão Subterrânea 230kV PAL9 – PAL4:
Esse trabalho visa expor os estudos realizados para
determinação dos parâmetros da linha de transmissão Tabela 1 – Requisitos Básicos da LT 230kV PAL9 –
subterrânea mostrando os principais resultados PAL4
encontrados, apresentar os estudos de transitórios e
interferências eletromagnéticas e coordenação de
isolamento apresentando o resultado dos estudos e
também visa disseminar a solução adotada para
posicionamento dos cabos e adequação inédita no Brasil
do sistema “cross-bonding” a quatro cabos.
PALAVRAS-CHAVES
Linha de transmissão subterrânea, cabos de alta tensão,
sistemas de aterramentos especiais.
AUTORES & AFILIAÇÕES
Márcio COELHO, Membro do IEEE, (Brasil),
[email protected]. Fumitaka NISHIMURA,
Membro do IEEE, (Brasil),
[email protected].
Liliane D. CICARELLI, Membro do IEEE, (Brasil),
[email protected] O curto-circuito trifásico ocorrendo do lado da SE PAL4, a
contribuição vinda da SE PAL9, através do cabo
INTRODUÇÃO subterrâneo, é igual a 13,72kA.
O curto-circuito trifásico do lado da SE PAL9, a
A linha de transmissão subterrânea 230kV PAL9 – PAL4,
contribuição vinda da SE PAL4, através do cabo
está sendo construída pela TPAE – Transmissora Porto
subterrâneo, é igual a 9,16kA.
Alegrense de Energia que é composta societariamente
pela Procable Energia e Telecomunicações SA (80%) e DADOS DA INSTALAÇÃO
CEEE – Companhia Estadual de Energia Elétrica (20%),
possui cerca de 12km de extensão, utiliza cabos de
Com o objetivo de reduzir as correntes circulantes na
energia isolados a seco (XLPE) para 230kV, com
capa metálica dos cabos e favorecer a capacidade de
Cabos’11 – 8 – 10 November 2011, Maceió, Alagoas, Brazil
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condução de corrente do cabo adotou-se a solução 69kV PAL9 – PAL7
abaixo para o perfil da vala da linha de transmissão PAL9
– PAL4. A figura 1(a) mostra o perfil da vala onde não há DADOS DO CABO E ACESSORIOS
compartilhamento com a futura LT 69kV PAL9 – PAL7 e a
figura 1(b) mostra o perfil da vala onde haverá Cabo Isolado em XLPE para 230kV,
compartilhamento e interferência do circuito de 69kV Condutor de Alumínio 1400mm2, blindado
adjacente:
com capa de Al corrugado
A ANEEL definiu em seus estudos que o cabo a ser
instalado deveria ser com condutor de alumínio na bitola
2
de 1400mm . A Procable que foi contratada pela TPAE
como responsável técnica do empreendimento, com base
nos estudos da ANEEL e em sua expertise em obras de
linha de transmissão subterrânea optou por utilizar um
cabo com capa de alumínio corrugado que apresenta
uma capacidade de condução da corrente de curto-
circuito mais elevada se comparada à solução com
blindagem a fios de cobre, dessa forma, optou-se pela
utilização do cabo isolado em XLPE conforme
apresentado na figura 2 abaixo:
(a)
Figura 2 – Seção Transversal do Cabo XLPE 230kV –
2
Alumínio 1 x 1400mm
(b)
Figura 1 – Perfil da vala da LT 230kV Pal9 – Pal4 onde
(a) não há compartilhamento com a futura LT 69kV
Pal9 – Pal7 (b) há compartilhamento com a futura LT
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Tabela 2 – Descrição do Cabo XLPE 230kV – Alumínio 1 x 1400mm
Emendas Retas Seccionadas e Terminais
Externos
Por uma questão de flexibilidade na instalação optou-se
pela utilização de emendas retas com a blindagem
seccionada. As emendas retas com seccionalização da
blindagem permitem a instalação do sistema de
aterramento em “cross-bonding”.
Os terminais externos dos cabos serão isolados a óleo
com a envoltória externa de porcelana e serão montados
na posição vertical sobre torres devidamente
dimensionadas para esse fim.
Link - Boxes
Devido à existência do cabo reserva solicitado pela
ANEEL, os link-boxes apresentam uma diferença crucial
em relação ao sistema trifásico a 3 cabos devido à
necessidade de manter-se a capacidade de condução de
corrente do sistema, mesmo no caso de utilização da fase
reserva. Conforme explicado adiante, os link-boxes
necessitam apresentar entrada para os quatro cabos,
assim foram definidos os link boxes para aterramento
direto, os link boxes com SVL (sheath voltage limiters) e
os link boxes para cross-bonding. Apresentamos na figura
4 o desenho do link box para cross-bonding. Figura 3 – Link box para cross-bonding
ESTUDO DA CORRENTE CIRCULANTE NA
BLINDAGEM DOS CABOS
O diagrama apresentado na figura 5 ilustra a instalação
do sistema cross-bonding a 4 cabos.
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Figura 4 – Sistema cross-bonding com 4(quatro) cabos
O diagrama apresentado na figura 6 é a representação esquemática do funcionamento do sistema cross-bonding a quatro
cabos.
Figura 5 – Diagrama de funcionamento do sistema cross-bonding com 4(quatro) cabos
I AC = I ∠0 I BC = I ∠ − 120 I AC = I ∠120 Para o 1º trecho:
µ 1 1 1 1
ϕ A(1ºtrecho ) = I A . ln + I B . ln + I c . ln + I R . ln
A configuração dos cabos está mostrada na figura 7. 2π Rmbl s 2s s [1]
A=IAC+IblA [2]
IB=IBC+IblB [3]
IC = ICC+ IblC [4]
Para o 2º trecho:
µ 1 1 1 1
ϕ A( 2 ºtrecho ) = I A . ln + I B . ln + I c . ln + I R . ln
2π s 2s s Rmbl
[5]
Para o 3º trecho:
µ 1 1 1 1
ϕ A(3ºtrecho ) = I A . ln + I B . ln + I c . ln + I R . ln
2π 2s s Rmbl s [6]
Para o 4º trecho:
µ 1 1 1 1 [7]
Figura 6 – Desenho esquemático da vala para cálculo ϕ A( 4 ºtrecho ) = I A . ln + I B . ln + I c . ln + I R . ln
das correntes induzidas na blindagem 2π s Rmbl s
2s
Onde Rmbl é o raio médio da capa metálica.
A tensão induzida na capa metálica da fase A será: Somando o fluxo concatenado com a capa metálica para
e = − jωϕ os 4 trechos teremos:
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ϕ Total = ϕ A(1º trecho ) + ϕ A( 2 º trecho ) + ϕ A(3º trecho ) + ϕ A( 4 º trecho ) = [8] c) Sobrecarga com duração de 1 hora, 2 horas, 3 horas e
1 1 1 1 4 horas, com fator de carga 100%
I A . ln Rmbl + I R ln Rmbl + I C . ln Rmbl + I B . ln Rmbl d) Ampacidade do condutor sob regime de curto-circuito
µ 1 1 1 1 com duração de 0,3s (Método adiabático)
= + I C . ln + I B . ln + I A . ln + I R . ln +
2π 2s 2s 2s 2s e) Ampacidade da capa metálica sob condições de curto-
1
1 1 1 1 1 1 1
+ I B . ln + I R . ln + I A . ln + I C . ln + I B . ln + I R . ln + I A . ln + I C . ln + circuito, com duração de 0,3s (Métdo não adiabático)
s s s s s s s s
Os cálculos de capacidade de corrente em regime
sendo: permanente e em regime de sobrecarga foram efetuados
I AC + I BC + I CC = 0 através do software “Cálculo da Capacidade de Corrente
[9] para Cabos com Qualquer Fator de Carga”, dissertação
I blA + I blB + I blC = 0 [10] de mestrado apresentada pela Eng. Liliane Dias Cicarelli
Temos : ϕ TOTAL = 0 [11] à Escola Politécnica da USP para obtenção do Título de
Mestre em Engenharia e tomando-se como referência as
E, portanto, a tensão induzida e = 0 . normas IEC 60287 (Electric Cables – Calculation of the
Dessa forma, as correntes na capa metálica das fases A , current Rating) e a IEC 60853 (Calculation of the cyclic
B e C são nulas. and emergency current rating of cables).
A determinação da capacidade de corrente em curto-
ESTUDO DA CAPACIDADE DE CORRENTE circuito foi efetuada utilizando-se os critérios adiabático e
não adiabático definidos na IEC 60949 (Calculation of
DO SISTEMA thermally permissible short-circuit currents, taking into
A capacidade de corrente da LT Subterrânea 230kV Pal9 account non-adiabatic heating effects).
– Pal4 foi efetuada para as seguintes condições: Os resultados encontrados são apresentados na tabela 2
abaixo:
a) Regime permanente com fator de carga 100%
b) Regime permanente com fator de carga 80%
Tabela 3 – Capacidade de corrente LT 230kV PAL 9 – PAL 4
2o caso) 1 circuito 230kV
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DA Tabela 4 – Valores das impedâncias e capacitâncias
LINHA DE TRANSMISSÃO de componentes simétricas da LT 230kV
Os parâmetros elétricos kilométricos da LT 230kV Pal9 –
Pal4: as impedâncias de sequência positiva, negativa e
zero, foram calculadas utilizando-se o programa “Cálculo
de Parâmetro Elétricos” tese de mestrado apresentada ao
Instiuto politécnico da USP pelo Eng. Fumitaka
Nishimura. A disposição dos cabos considerada foi
aquela apresentada no item3 acima. Foram analisados
dois casos:
1o caso) 2 circuitos 69kV e 1 circuito 230kV Onde:
Z1, Z2, Z0 – Impedâncias de sequência positiva, negativa
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e zero, respectivamente. ESTUDOS DE MANOBRAS NA LT 230KV
C1, C2, C0 – Capacitâncias de sequência positiva,
negativa e zero, respectivamente. Os estudos de manobras na LT 230kV Pal9 – Pal 4 que
foram realizados são:
a) Rejeição de carga
ESTUDOS DE COORDENAÇÃO DO b) Abertura capacitiva (cabo em vazio)
ISOLAMENTO c) Energização do cabo
Os estudos de coordenação do isolamento foram d) Análise da tensão de restabelecimento transitória por
elaborados utilizando o software ATP. Verificou-se que as eliminação de curto-circuito e abertura em oposição
solicitações de sobretensões decorrentes do surto de fases
atmosférico não são superiores a 600kV. e) Avaliação da sobretensão de 60Hz aplicada aos cabos
O cabo apresenta uma impedância de surto baixa, o que de 69kV PAL9 – PAL7 e de 230kV PAL9 – PAL4
por si só já reduz a sobretensão resultante de um surto devido a desbalanço no cabo de 230kV
atmosférico; por outro lado, o surto atmosférico chega ao Para as simulações de rejeição de carga, energização e
cabo após atingir a blindagem de uma linha aérea, abertura de curto-circuito o cabo foi representado pelos
produzir uma descarga inversa sobre os condutores fase, modos de sequência positiva e zero; para avaliação da
propagar-se até a subestação,onde o pára-raios desta sobretensão de 60Hz aplicada aos cabos de 69kV e de
linha absorve uma parte importante da energia deste 230kV devido ao desbalanço no cabo de 230kV o cabo foi
surto, em seguida a sobretensão restante propaga-se até representado por suas matrizes de indutâncias e
o cabo, nas diversas topologias consideradas. capacitâncias.
Desta forma, o pára-raios associado ao cabo é muito Análise do estudo de rejeição de carga
pouco solicitado, principalmente quando comparado aos
pára-raios das entradas das linhas aéreas; a maior Os valores de sobretensão por rejeição de carga, seja
corrente sobre o pára-raios associado ao cabo foi de 5,43 esta iniciada por falta monofásica ou acidentalmente (sem
A, enquanto o pára-raios da entrada da linha aérea falta), são baixos, tanto os valores máximos como
absorveu 7140 A na subestação de Porto Alegre 4 e 6188 aqueles sustentados, não oferecendo riscos aos
A, na subestação de Porto Alegre 9. equipamentos em geral.
A maior sobretensão por surto atmosférico aplicada ao
Abertura capacitiva
cabo foi de 322 kV, que representa uma margem de
segurança de 57,1%., em relação ao BIL de 750 kV. Para Os resultados das TRT’s (Tensões de Restabelecimento
os equipamentos associados ao cabo, TC, TP, chave e Transitórias) por abertura capacitiva estão resumidos na
disjuntor a maior sobretensão foi de 382 kV, com uma curva da figura 8 abaixo, junto com o ensaio corresponde
margem de 49,1% em relação ao BIL de 750 kV. da ABNT, onde se observa que apenas um ponto
ultrapassa a suportabilidade normalizada, no ponto
definido por 150kv / 1,3 ms.
600
500
400
300
200
100
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Série1 Série2 Série3 Série4 Série5 Série6 Série7
Figura 7 - Envoltórias das TRTs calculadas contraposta à suportabilidade normalizada, série 7 na cor preta
A simulação da reignição em 1,3 ms após a abertura Na seqüência, o disjuntor abre sem problemas.
mostra sobretensões e corrente compatíveis com uma Quanto ao valor da corrente capacitiva manobrada a
energização e que não chegam a disparar o pára-raios. norma prevê 250 A rms, enquanto que o maior valor
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obtido foi de 140 A rms. A tensão na blindagem do cabo de 230 kV pode elevar-se
até 4,1 kV rms durante uma falta fase-fase em Pal4, para
Energização do cabo uma falta monofásica este valor limita-se em 3,39 kV rms.
A sobretensão decorrente da energização do cabo por
Durante desbalanço, a maior tensão na ponta aberta do
qualquer das duas subestações é baixa, com energia
cabo reserva de 230 kV foi de 4,00 kV rms.
dissipada no para-raios praticamente igual a zero. O
maior pico de corrente durante a energização foi de 2,86
kA, abaixo da faixa de valores estimada pela ABNT, entre CONCLUSÃO
5 e 10 kA.
Esse trabalho apresentou, de forma simplificada, a
Análise da TRT por eliminação de curto- complexidade dos estudos necessários à implantação de
uma linha de transmissão subterrânea em 230kV
circuito e abertura em oposição de fases interligando as subestações PAL9 e PAL4 em Porto
A analise simplificada da abertura dos disjuntores de Pal4 Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
e PAL9, mostra que, durante o desbalanço da falta e
abertura, as tensões na frequência fundamental são Foram analisados aspectos referentes à determinação
moderadas e não causariam problemas aos dos parâmetros das linhas subterrâneas, análise da
equipamentos próximos. A análise detalhada dos piores capacidade de condução de corrente do sistema e
casos de abertura de curto-circuito, selecionados a partir suportabilidade às solicitações por curto-circuito.
da análise simplificada, e em oposição de fases mostra Adicionalmente foram apresentados os resultados dos
que os disjuntores de PAL4 e Pal9 enquadram-se estudos de coordenação de isolamento e manobras
perfeitamente na suportabilidade da ABNT. A maior operativas no sistema.
corrente interrompida foi de 16,3 kA rms.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A corrente durante abertura em oposição de fases
chegou a 9,2 kA rms. [1] NISHIMURA, FUMITAKA, Cálculo de Parâmetros
Elétricos de Cabos Subterrâneos – Dissertação de
Para os valores de TRT normalizados para esta abertura
Mestrado apresentada à Escola Politécnica da USP -
considera-se uma corrente de 25% da corrente nominal
SP - 1981
de abertura de curto-circuito. Assim, com uma
interpretação estrita da norma, a corrente nominal de [2] CICARELLI, LILIANE D., Estudo da Capacidade de
abertura de curto-circuito seria de pelo menos 36,8 kA Corrente dos Cabos Subterrâneos – Dissertação de
rms, que resulta no valor normalizado de 40 kA. Mestrado apresentada à Escola Politécnica da USP -
SP – 1991
No entanto, deve-se considerar que existe uma margem
[3] NISHIMURA, FUMITAKA, Sistema de Transmissão
de 45 % entre o valor máximo da TRT calculado e o
Subterrânea com Conexões Especiais – Tese de
correspondente valor normalizado, figura 3.1.4, e que a
Doutorado apresentada à Escola Politécnica da USP
maior corrente manobrada é de 16,3 kA rms. Assim é
- SP - 1981
possível especificar a corrente nominal de abertura de
curto-circuito em 31,5 kA limitando a abertura em
oposição de fases a uma defasagem máxima de 118 GLOSSÁRIO
graus, o que pode ser feito através da proteção que
TRT: Tensões de Restabelecimento Transitórias
aciona o disjuntor.
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
Avaliação da sobretensão de 60Hz aplicada
aos cabos de 69kV PAL9 – PAL7 e de 230kV
PAL9 – PAL4 devido a desbalanço no cabo
de 230kV
Em razão de um desbalanço no cabo de 230 kV, a maior
elevação de tensão de 60 Hz em relação à terra no cabo
de 69 kV foi de 44,7 kV-rms, 1,12 pu na base de 69 kV,
durante a ocorrência de uma falta fase-fase e de 43,4 kV
rms, 1,09 pu durante uma falta monofásica, ambas as
faltas ocorrem no cabo de 230 kV. Esta elevação
reproduz o efeito combinado do acoplamento indutivo
entre os cabos e o efeito de espalhamento do desbalanço
pelo sistema.
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