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Froelich e o Início dos Nazarenos

1) Samuel Henrich Froelich fundou os Nazarenos na Suíça após ter uma revelação sobre o batismo de adultos. 2) Os Nazarenos se espalharam para a Hungria através de dois trabalhadores suíços que converteram Lajos Hencsei. 3) O primeiro culto e batismo Nazareno na Hungria ocorreu em 1840 na oficina onde Hencsei trabalhava.
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Froelich e o Início dos Nazarenos

1) Samuel Henrich Froelich fundou os Nazarenos na Suíça após ter uma revelação sobre o batismo de adultos. 2) Os Nazarenos se espalharam para a Hungria através de dois trabalhadores suíços que converteram Lajos Hencsei. 3) O primeiro culto e batismo Nazareno na Hungria ocorreu em 1840 na oficina onde Hencsei trabalhava.
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“OS NAZARENOS”

Dados extraídos do livro intitulado “OS


NAZARENOS”, editado e publicado por Eotvos Károlyi
– Budapest em MDCCCCIV.

Nossa História começou há muitos anos atrás...

SAMUEL HENRICH FROELICH – Conforme os dados extraídos e


calculados pelo autor, mediante as cartas de correspondências que
mantinha em latim com João Kovacs, na Hungria, Froelich nasceu em
Brugg, mais ou menos em 1801 ou 1802.
Seus pais, desde sua infância o dedicaram ao estudo da Teologia,
para que se tornasse um ministro da Palavra de Deus.
No ano de 1824, o jovem Froelich que contava com 22 anos de idade,
em uma de suas pregações baseada em Marcos 16.16 “Aquele que crer
e for batizado será salvo, mas todo aquele que não crer será
condenado”, recebeu uma revelação e percebeu que a Igreja do Estado
estava ensinando e agindo de forma contrária àquela recomendação,
pois que batizavam crianças recém-nascidas, e não conforme é indicado
na palavra de Deus, que os adultos devem converter-se e então serem
batizados.
Em consequência disto ele afastou-se da Academia de Zurich, e
também abandonou a doutrina de Kalvino, e a sua religião. Desde então,
ele começou a apregoar e divulgar a doutrina conforme o Santo
Evangelho, a saber: “O batismo dos adultos que se arrependessem de
seus pecados e se convertessem a Deus”.
Antes de tudo, ele apressou-se a ir ter com seus pais e parentes em
Brugg, sem dúvida, para ali dar início à divulgação de sua doutrina. Mas,
não obteve nenhum sucesso, porque foi rejeitado pelos familiares e
considerado como um herege.
Em consequência deste acontecimento, no ano seguinte, isto é, em
1825 ele abandona Brugg e volta a estabelecer-se em Zurich, juntando-
1
“OS NAZARENOS”
se a uma família humilde, em Niederhof. Ali ele deu início â pregação da
verdadeira doutrina do batismo, estando convicto de que o Senhor o
havia chamado para tal obra.
Prosseguiu sua atividade durante uma dezena de anos, sendo que
para o ano de 1835, somente na Suíça já contava com um número de 300
a 400 membros a nova denominação. Porém, no decênio seguinte, a obra
começou a tomar novas dimensões, e com grande poder era divulgada a
Palavra de Deus. Toda a Suíça já sentia a sua reação, como também na
França, Alemanha e na Hungria. Desde o Rio Reno até o Tisza,
encontrava-se não somente adeptos, mas também fervorosos
missionários desta nova denominação.
Froelich consegue converter um jovem porá nome João Debruner,
natural de Thurgau, nascido em 1808. Este mudou para o Cantom de
Argau, onde no ano de 1833 passou pelas águas do batismo, e no ano
seguinte, em 1834, tornou-se um dos mais fervorosos pregadores do
evangelho.
Houve também um outro, por nome Zachakko, natural de Zurich,
cidadão de alta cultura, que também se converteu e ingressou na nova
denominação, e por este motivo foi desprezado pelos seus familiares. Em
vista disto, mudou-se para Cantom de Thurgau, e em Hauptwyle
conseguiu colocação numa firma de tingir tecidos, trabalhando como um
simples operário, mas em virtude de sua capacidade, em pouco tempo
passou a ser o guarda-livros da firma. Sendo ele o único membro da nova
denominação, com cautela e silenciosamente, começou a evangelizar na
indústria, porém, devido à perseguição existente, ele realizava seus cultos
nos campos e à beira de rios, à noite. Muitos funcionários da firma
ingressaram na nova denominação.
Numa certa noite de sábado, isto é, dia 18 de junho de 1838, ao
realizar seu culto à beira de uma água, onde Froelich estava presente,
ocasionalmente passou por ali uma das filhas do industrial, por nome
Lujza, juntamente com sua empregada, a qual deparou-se com aquele
ajuntamento na hora em Zachakko estava terminando a sua oração e
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“OS NAZARENOS”
Froelich fez um a linda pregação sobre o livro de Atos 20.22-24 “E agora,
eis que, ligado eu pelo Espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o
que lá me há de acontecer, senão o que o Espirito Santo de cidade
em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações,
mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra
com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor
Jesus, para dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus”.
A jovem Lujza ficou profundamente comovida pelas palavras da
pregação e foi imediatamente comunicar-se com seu tio, o qual no dia
seguinte, logo procurou falar com Zachakko a respeito, e por meio dele
Froelich entra em contato com o industrial, cujo nome era Wehrlen
(ilegível). Estes também ´passam a ingressar na nova denominação e
finalmente a jovem Lujza, que apenas contava com 18 ou 19 anos de
idade, chega a ser a esposa de Froelich. Esta foi a querida esposa que
sofreu as mais duras provas, quando seu esposo foi exilado, seus filhos
tomados à força e internados em um orfanato de crianças desamparadas,
e ela própria encarcerada e condenada como transgressora da lei, por
não haver se casado conforme os rituais da Igreja Nacional.

Como se deu o início dos Nazarenos na Hungria

Como já mencionamos acima, esta publicação é uma extração do


Livro “Os Nazarenos”, de Eotvos Károlyi. O seu autor durante mais de 30
anos, empenhou-se em compilar as cartas e todas as informações, a fim
de poder redigir este trabalho. A razão que o levou a esta diligência foi o
grande fervor de um jovem por nome Lajos Hencsei, que nascera em
1820 em São Pedro, Estado de Zalavár, cuja vida e autor considera como
um verdadeiro auto sacrifício que o mundo de hoje conheceu,
comparando com os primitivos apóstolos do Senhor.
No verão de 1839, dois jovens húngaros haviam regressado da Suíça,
onde tinham feito estágio de aperfeiçoamento profissional de natureza
3
“OS NAZARENOS”
mecânica. Seus nomes eram: João Denkelh e João Kropascek. Estes, ao
regressarem, encontraram colocação em Pest, na firma de João Pecsnik,
a Rua Kerepes, nº 5. Por coincidência, o jovem Hencsei que já contava
com 20 anos de idade, também foi admitido nesta firma, onde em virtude
da construção do Teatro Municipal da Hungria, havia muito trabalho.
Num certo dia, após o expediente, todos já haviam se retirado da
firma, permanecendo o jovem João Denkelh e Lajos Hencsei, que
concluíam a limpeza. Nesta oportunidade, João começou a falar com
Hencsei sobre a sua viagem à Suíça e também da nova denominação que
ali veio conhecer, juntamente com seu parceiro João Kropascek. Após
haver relatado tudo e também sobre a doutrina do batismo de adultos
convertidos, conforme conta na Palavra de Deus, o jovem Hencsei, ao
ouvir a explicação sobre a doutrina do batismo, ficou emudecido e com
lágrimas nos olhos, foi e abraçou seu colega de trabalho, beijando-o.
Assim foi o início da pregação da nova doutrina na Hungria.
No dia 8 de maio de 1840, na firma de João Pecsnik, a Rua Kerepes
nº 5, teve lugar o primeiro culto dos Nazarenos realizado na Hungria.
Nesta mesma data houve também o primeiro batismo e celebração da
Ceia do Senhor. Os membros presentes foram: João Denkelh, quem
introduziu a nova doutrina e que também realizou o ato batismal; João
Kropascek e o candidato ao batismo, Hencsei, juntamente com seu
primeiro discípulo, por nome Bela Jozsef, ao qual foi permitido assistir
somente o batismo. Oculto teve início com um hino do hinário dos
Calvinistas, a seguir uma fervorosa oração feita pelos quatro, em seguida
Denkelh faz a leitura de uma passagem do Novo Testamento e a
pregação sobre o tema. Logo após, convida Hencsei para o batismo,
dirigindo-lhe as seguintes perguntas:
1. Crês tu na existência de único Deus todo poderoso, criador do
Universo, etc....?
Resposta. Sim.
2. Crês que Jesus Cristo é filho de Deus?
Resposta. Sim.
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“OS NAZARENOS”
3. Crês na existência do Espirito Santo?
Resposta. Sim.
4. Crês na Santa Igreja de Deus?
Resposta. Sim.
5. Crês na existência de uma vida eterna que os crentes irão
alcançar?
Resposta. Sim.
A seguir deu-se o ato batismal, e a celebração da Ceia do Senhor.
Todos estes acontecimentos foram assistidos entre lágrimas porá Bela
Jozsef. Ao final, Hencsei tomou a sua Bíblia e fez uma linda pregação
sobre o Filho Pródigo. A esta altura dos acontecimentos, meia-noite já se
havia passado há muito tempo. Em virtude de sua sincera devoção, os
irmãos resolveram, nesta mesma noite, passar a liderança da Igreja ao
jovem Hencsei. Desta data em diante começou na Hungria a divulgação
da nova doutrina dos Nazarenos.
Hencsei, de imediato, resolve visitar seus pais em São Pedro, que
distava uns 200 km de Pest, e isto era uma caminhada de cinco dias a pé,
porque ainda não havia meios de condução. Esta viagem teve um sucesso
maravilhoso, que resultou na conquista de dois novos adeptos para
Cristo: João Kovács e sua esposa Anna Papp Kovács. Ambos foram
despertados pela sua modéstia e sinceridade de palavras que brotavam
de sua boca. (O referido Kovács é o que mais tarde manteve
correspondências com o irmão Froelich). Mais um outro sucesso deu-se
com o jovem quando o pároco de Páhoki deu duas bofetadas nele
porque estava divulgando o Evangelho entre o povo daquela aldeia. O
castigo de Deus veio sobre o sacerdote, pois sucedeu que no mesmo dia,
tiveram morte trágica o sacerdote e seu irmão. Este acontecimento teve
grande repercussão por toda aquela região, e contribuiu muito para uma
maior divulgação da Palavra de Deus. Este fato passou ao conhecimento
de todos, e comentavam que o sacerdote dera duas bofetadas no jovem,

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“OS NAZARENOS”
por isso Deus o castigara. No início de julho Hencsei retorna a Pest, para
visitar a pequenina igreja.
No dia 8 de julho, ele envia uma carta a Kovacs e no dia 14 envia uma
segunda, comunicando a existência de três novos discípulos que são:
José Trulársz, João Klein e a viúva Anna Nipp – esta já era uma senhora
de idade, residente na cidade Tereza, rua Grande Prado nº 1097.
Nesta casa os fiéis realizavam, seus cultos por muito tempo, e também
os jovens profissionais ali encontravam acolhimento.
Em virtude do crescimento do pequeno grupo de fiéis, Hencsei
percebeu que a interpretação da bíblia estava começando a criar
divergências em seus pontos de vista, então resolveu escrever um livro
para base doutrinária. Ele deu início a esta obra no fim de 1840,
concluindo-a no fim do ano de 1841, obra esta que lhe custou um grande
empenho e sacrifício, pois durante o dia ele trabalhava e às noites eram
passadas em claro, igualmente os domingos e momentos de folga. Além
disto, tinha as correspondências e as longas viagens que frequentemente
realizava a pé.
A mencionada obra constava de três partes, a saber: O primeiro livro
tratava dos convertidos do pecado, seguindo-se uma vida santa, receber
pela fé o santo batismo, e o vivo objetivo dos crentes. O segundo livro
fala sobre o novo nascimento, do Batismo, da Santa Ceia e da oração. O
terceiro livro, por sua vez, trata dos cristãos interna e externamente, e do
batismo que é segundo a fé.
Houve uma convocação para o dia 7 de fevereiro, no qual foram
recebidas três almas, que já foram mencionadas cima, seguindo-se a
Santa Ceia. Neste ato estavam presentes muitos novos adeptos, que não
tinham permissão de participar da mesma, porque ainda não eram
batizados.
Para o dia 16 de maio de 1841 foi marcado um novo batismo, onde
além de João Kovács e sua esposa, passaram pelas águas do batismo,
mais quatorze almas, cujos nomes eram: George Ihász, Francisco
6
“OS NAZARENOS”
Magyar e sua irmã Francisca, André Kertész, Terezia Denkely, José
Likháedos, José Hegner, Filipp Vaidenhof, João Fulop e sua esposa,
Francisco Halna e esposa, José Bámer e mais Vidkovszki.
Alguns dias depois destes acontecimentos, a pequena igreja
separou-se por um tempo, e cada um dos irmãos, movido pelo impulso
do Espírito Santo, foi para sua cidade natal a fim de ali divulgar o santo
Evangelho. Hencsei juntamente com o casal José Kovács foi à província
de Zalavár. Todos comovidos entre lágrimas, trocaram ósculo santo e
partiram, levando consigo, além da Bíblia, uma cópia da base doutrinária
que Hencsei compusera.
George Ihász evangelizou em Sopron, levando a mensagem até ao
exterior, à Áustria. André Kortéss que era da Transilvânia, procurou
estender o evangelho em Lippat e sua redondeza. Fulop Vaidenhof que
se tornou um dos mais fervorosos evangelistas em Békes Vármegyét,
sua terra natal, e nos outros distritos da redondeza. José Bámer, o mais
destacado discípulo de Hencsei, teve grande influência até no exterior, e
os demais membros não tiveram maior destaque, senão como membros
da nova denominação.
Hencsei sente ardente desejo de ir a Pest, e em seguida ir também a
Suíça, para conhecer pessoalmente o irmão Froelich, e também para
confrontar as bases doutrinárias, se as mesmas concordavam entre si. A
sua despedida foi muito comovente no seio da irmandade, pois parecia
sentirem de antemão, que nunca mais iriam encontrar-se.
No ano de 1842, entre os meses de janeiro e março, os irmãos
retornam a Pest, onde ficara estabelecido um reencontro para o dia 16
de maio, em comemoração ao primeiro aniversário da grande assembleia
onde foram batizadas as 16 almas.
Para os últimos dias de maio houve um culto na residência da viúva
Anna Nipp, onde todos os que já haviam ingressado na nova
denominação estavam presentes. Após haverem cantado um hino e feito
uma oração, Hencsei faz uma linda pregação sobre II Timóteo, 4.6

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“OS NAZARENOS”
“Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício e o
tempo da minha partida está próximo. ”, tomando por base a
despedida do grande apóstolo Paulo. Estas foram também as palavras do
jovem Hencsei “os dias da minha partida estão próximos. Os irmãos
comovidos, entre lágrimas se abraçaram e juntos oraram, ato este que
antecedeu a Santa Ceia.
No dia 1º de junho, Hencsei volata à sua terra natal – São Pedro, que
dista mais de 200 km de Pest – era uma viagem de 5 dias a pé, para dar
a sua última despedida a seus pais.
Com o consentimento dos pais, no dia 22 de junho, numa quarta-
feira de madrugada, partiu juntamente com seu irão Imre, que o
acompanhou até Viena, onde chegaram no dia 27. Logo matricularam-se
na Agência de Colocação de Profissionais, e para o dia 1º de julho, ambos
já tinham emprego. No dia 4, chegou também da província de Lipto, o
seu fervoroso discípulo José Bela. Ambos permaneceram em Viena
durante 3 meses, para ganhar o suficiente para prosseguirem a viagem a
Helvetia, e isto só poderia ser para o final de setembro ou início de
outubro. Com a ajuda de seu irmão e de Likhárdues, puderam
economizando, juntar o suficiente para Hencsei e José Bela pudessem
prosseguir a viagem a viagem à Suíça. O seu fiel discípulo acompanhou-
o por toda parte, mostrando-se fiel e intrépido, mesmo quando pelo ano
de 1850 as autoridades húngaras começaram a perseguir a igreja, tomar
seus filhos e ameaça-los de exílio, era ele um dos que não se abalava com
tais ameaças.
Finalmente, no dia 9 de outubro, à noite, eles chegam a Hauptvili –
Suíça, onde passaram um dia e meio. No dia 11, de madrugada, ele parte
a pé para Zurich, onde chega ao declinar do sol. De imediato procurou
localizar a residência do irmão Froelich, que residia à Rua Niederhof. Após
indagar várias pessoas, uma criança conduziu-o até a casa. A emoção
deste encontro não se pode descrever. Ao saudarem-se, Hencsei ficou
tão comovido que entre lágrimas, emudecido, ajoelhou-se e deu graças

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“OS NAZARENOS”
a Deus, por esta tão grande aventura de encontrar-se com aquele que
ele tanto almejava ver e conhecer.
Ambos passaram a noite em claro, confrontando seus pontos de vista
referente à base doutrinária. No dia seguinte, dia 12, ele enviou uma carta
a seu irmão que estava em Viena, dizendo que a doutrina que ele
estabelecera por base na Hungria, concordava com a de Froelich, que se
pregava na Suíça.
Hencsei permaneceu um ano e cinco meses na Suíça. Conseguiu
emprego na firma de Michel Jakob, firma está situada à Rua Nieder Dorf,
nº 515. Este mesmo industrial, através das palavras e do comportamento
do jovem, acaba também se convertendo a Deus.
Hencsei observou os irmãos que mais se destacavam na Suíça depois
de Froelich, que eram os seguintes: Debruner e Zachakko e mais dois
irmãos por nome João e Jacó Aschmann, descendentes de família rica,
os quais abandonaram as riquezas de seus pais, e no ano de l837
abraçaram a fé, seguindo a nova denominação. Estes irmãos muitas vezes
foram castigados e presos separados da família e até exilados por causa
do Evangelho. Assim passou o jovem Hencsei um ano e cinco meses na
Suíça, observando os acontecimentos e comunicando-os aos crentes da
Hungria.
Hencsei já sentia muitas saudades da sua terra natal. Planejava
regressar para a primavera, mas infelizmente já não foi mais possível, por
causa da muita ocupação, as privações e um trabalho intenso de l4 horas
por dia, as caminhadas a pé, a constante leitura da bíblia e as
correspondências que lhe tomavam muitas noites e descanso, longe dos
pais e do conforto. No início de novembro do ano de 1843, Hencsei
adoece tomado de uma forte crise pulmonar acompanhada de uma febre
alta, na qual o jovem foi perdendo as forças rapidamente, não podendo
mais trabalhar. No dia 25 de dezembro, dia de natal, com muita
dificuldade e entre lágrimas, ainda participou da Ceia do Senhor. No dia
24 de janeiro de 1844, não aguentou mais em pé, caindo de cama com
uma febre muito forte. Para que ele não fosse internado no Hospital dos
9
“OS NAZARENOS”
forasteiros, uma piedosa irmã por nome Anna Raschy, -o em sua casa,
dando-lhe os cuidados necessários. Durante vinte e quatro dias esteve ali
sem poder descansar, por causa da constante febre alta. Em toda sua
necessidade era assistido por seu fiel discípulo José Bela e seu irmão Imre
que havia chegado de Viena. No dia 14 de março de 1844, não mais
conseguiu dormir à noite, e amanheceram a seu lago o seu discípulo José
Bela, seu irmão e piedosa Anna com sua filhinha Bárbara, de oito anos. Já
não tendo mais forças para falar, Hencsei pediu que virassem sua cama
para a banda do oriente, porque lá estava a sua pátria, a terra onde
nascera. A seguir, sussurrando orações e estendendo a sua mão sobre a
cabeça da pequena Bárbara, dirigiu suas últimas palavras ao seu
discípulo, dizendo: “Cuidado! Ame aquele que morreu e está vivo”.
Reclinando sua cabeça, às dez horas em ponto adormeceu.
O último desejo de Hencsei, era o de não ser sepultado no cemitério
grande e luxuoso, mas sim no cemitério pequeno que era destinado aos
forasteiros. Ali ninguém viria pisar em sua sepultura, e nem perturbar o
seu descanso.

*******Aqui está um breve relato que nos dá uma ideia de como sucedeu
o início da Igreja Evangélica Nazareno, e quais as pessoas que o Senhor
achou para que por elas o seu Nome Santo fosse glorificado. Deste modo
podemos ter uma pequena ideia de suas atividades, da natureza de suas
perseguições, e dos sofrimentos que passaram. *******

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“OS NAZARENOS”
Extraído do Livro “OS NAZARENOS” (versão húngara – pelo
Presbítero Nazareno STEFAN MARSI)

“COMO SE DEU O INÍCIO DA IGREJA EVANGÉLICA NAZARENO NO


BRASIL”

Em 04 de Julho de 1803 nasceu em Canton, na Suíça, Samuel


Heinrich Froehlich. Era descendente de uma família de origem francesa
(Huguenote).
Em 1648 a Igreja francesa decidiu que todos os não católicos
deveriam ser mortos ou saírem do país. Muitos fugiram para escapar da
morte, inclusive a família DeJoyeux, que emigrou para a Suíça. Ali
mudaram seu sobrenome para Froehlich, cujo significado na língua
germânica era o mesmo: “Alegria”.
Samuel Heinrich Froehlich foi o homem que Deus usou para o início
da história da Igreja Evangélica Nazareno, tendo estudado Teologia nas
Universidades de Basel e Zurich. Estudando o texto de Marcos 16:16 -
“Quem crer e for batizado será salvo”, ele discordava do fato de a
Igreja do Estado, na Suíça, batizar crianças recém-nascidas, já que não
haviam se convertido de seus pecados.
Passou então a apregoar e divulgar o ensino bíblico do batismo
válido somente àqueles que se arrependessem de seus pecados e se
convertessem a Deus. A pregação do jovem Samuel Heinrich Froehlich,
então com 21 anos, causou grande avivamento na Igreja Oficial do
Estado, pelo que ele passou a ser severamente perseguido.
Apesar de muita resistência, este movimento crescia e os membros
foram proibidos de reunir-se nos lares, templos ou outros lugares sob
pena de prisão, multa, e até morte. Em março de 1843, Samuel Heinrich
Froehlich foi expulso de Zurich como um cético, e seu casamento com
Luyza (1838) não foi reconhecido pelas autoridades e pela Igreja Oficial
da Suíça.
11
“OS NAZARENOS”
Samuel Heinrich Froehlich atendia a cerca de 450 reuniões por ano;
pregava mais de uma vez por dia; escrevia anualmente cerca de 300
cartas em duplicatas, além de manter um diário. Muito enfermo, faleceu
em 15 de janeiro de 1857, aos 54 anos.
Em 1839, dois jovens húngaros, João Denkelh e João Kropascek,
regressaram de viagem à Suíça trazendo informações sobre a nova
denominação. Trabalhava com eles um jovem chamado Lajos Hencsei,
nascido em 1820 na cidade de São Pedro, Estado de Zalavár, para o qual
relataram sobre a doutrina do batismo de adultos convertidos.
Hencsei emocionou-se ao ouvir a explicação sobre a doutrina do
batismo. Assim foi o início da pregação da nova doutrina na Hungria, de
onde se espalhou por toda a Europa.
No dia 8 de maio de 1840 aconteceu o primeiro culto dos Nazarenos
realizado na Hungria, acontecendo também o primeiro batismo e a
celebração da Ceia do Senhor.
Lajos Hencsei foi batizado neste dia e, em virtude de sua sincera
devoção, os irmãos resolveram passar a ele a liderança da Igreja.
Em 1842 Lajos Hencsei decide ir à Suíça encontrar-se com Samuel
Heinrich Froehlich para confirmação da doutrina que estava pregando.
Ali permaneceu durante mais de um ano, até que adoeceu e veio a falecer
no ano de 1844, sem regressar à sua terra natal.

12
“OS NAZARENOS”
Os Nazarenos nos Estados Unidos

A primeira Igreja Nazareno nos Estados Unidos foi organizada


em 1852, sendo chamada de Apostolic Christian Church of América,
onde Joseph Virkler foi ordenado ministro.

No início de 1848, membros da denominação da Suíça


estabeleceram-se no estado americano de Ohio. A igreja cresceu e
também sofreu algumas divisões.
A mais difundida foi a deserção de um grupo em 1907, que passou
a denominar-se Apostolic Christian Church Nazarean (Nazarenos).
Há igrejas Nazareno nos estados de Illinois, Iowa, Oklahoma, Kansas,
Indiana, Michigan, Minnesota, Ohio, Oregon, Connecticut, New Jersey,
New York, West Virginia, Alabama, Pensylvania, Virginia, Arizona,
Washington D.C. e Califórnia.

Os Nazarenos no Brasil

Ente os anos de 1923 a 1928 do nascimento de Nosso Senhor Jesus


Cristo, devido à Primeira Guerra Mundial, muitas famílias foram
deslocadas dos países de origem. Entre elas haviam também famílias da
Igreja Nazareno. Estes, procurando refúgio em outros países,
encontraram acolhimento neste imenso território brasileiro, que lhes
proporcionou segurança e paz.
As primeiras famílias nazareno a pisarem o solo brasileiro, foram:
Károl Zágony e família; Horvath M. Gyorgy e esposa; Károl Marsi e
família; Francisco Tákacs e família; André Molnar e família e outros.
Todos estes, após se estabelecerem sentiam-se movidos a agradecer
a Deus por tê-los ajudado a encontrar uma nova pátria onde pudessem
viver em paz. E como ainda não dispunham de meios financeiros para

13
“OS NAZARENOS”
construírem um templo, reuniam-se em casas familiares, onde realizavam
seus cultos dedicados a Deus. Desta forma continuavam seus cultos
dominicais em vários locais no Estado de São Paulo, isto é, alguns
reuniam-se no bairro da Vila Pompéia outros no bairro da Mooca, na
capital; alguns no município de Santo André e outros, porém que se
dedicavam à lavoura, reuniam-se em Martins Guimarães – Município de
São José dos Campos, Estado de São Paulo. Desta forma celebraram os
cultos durante alguns anos, tão somente nos idiomas alemão e húngaro.
No ano de 1927, o industrial Samuel J. Braun, presbítero da igreja
de Syracuse - New York, nos Estados Unidos da América, em companhia
do presbítero Valentyn Kalmany da Hungria, vieram ao Brasil para
oficializar os trabalhos da denominação “Corporação Igreja Nazareno”.
Foi então com a presença destes dois Presbíteros, que se realizou
por eles no dia 24 de abril de 1927 a consagração dos irmãos Carlos
Kauder e Miguel Jó e o primeiro batismo da Igreja Evangélica Nazareno
no Brasil. Entre os batizados (num total de 10 pessoas), estavam os irmãos
Carlos Marsi, Frederico Michel e Anna Michel.
Regressando aos Estados Unidos, os presbíteros expuseram a
situação dos irmãos no Brasil, e então a Apostolic Christian Church of
America (Igreja Evangélica Nazarenos nos EUA) enviou suporte
financeiro para a construção do primeiro templo no Brasil, à Rua
Ibiapava 324 – Bairro Paraíso – Santo André – SP, inaugurado no ano de
1928.
Em 1937 o presbítero Samuel J. Braun, em companhia do
evangelista Paul Schiller, da Suíça, voltou ao Brasil e nesta ocasião, no
dia 27 de julho de 1937, foi ordenado como presbítero o irmão Carlos
Marsi, com a responsabilidade de estar à frente do ministério Nazareno
no Brasil.
Tendo visto a necessidade de expansão do ministério no Brasil,
voltando aos EUA enviaram novamente uma contribuição financeira para

14
“OS NAZARENOS”
a construção de um templo, desta vez na cidade de São José dos Campos,
o qual teve sua inauguração no dia 10 de agosto de 1941.
O missionário Paul Schiller e sua esposa Mini Schiller
estabeleceram-se em São José dos Campos no ano de 1939 e
contribuíram para a legalização daquela igreja de acordo com os
Estatutos da igreja na Suíça. O registro dos Estatutos data de 11 de março
de 1945, tendo por ensejo legalizar aquela igreja, de acordo com os
estatutos da Suíça, que estão rigorosamente vinculados às Escrituras
Sagradas, a saber: na fé, no Arrependimento, no Batismo e na
Santificação de Vida.
A primeira diretoria era composta pelos seguintes irmãos: Presidente
– George Satelmayer, Vice-presidente - Germano Rohde, Secretário –
Cristian Schmidt, Tesoureiro – Jacob Eberle.
Assim a Igreja de São José dos Campos obteve a prioridade sobre
as outras, por ser a matriz da Corporação Igreja Nazareno do Brasil.
Ao passar dos anos, em virtude de obter-se uma melhor forma de
organização, no dia 9 de julho de 1967 realizou-se um Assembleia Geral
na Cidade de São José dos Campos, para reestruturação dos estatutos da
Igreja, com representantes de todas as Igrejas já estabelecidas no Brasil.
Nesta data deu-se a modificação da denominação, de Corporação
Igreja Nazareno, para Igreja Evangélica Nazareno. Houve também a
formação do Presbiterado, ou seja, Diretoria Geral.
Nos dias 31 de agosto e 1º de setembro de 1974, houve a
convocação de uma segunda Assembleia Geral, realizada na Igreja
Evangélica Nazareno do Bairro Paraíso – Santo André, onde houve então
uma reestruturação geral dos estatutos, como também a formação do
Concílio Geral da Igreja Evangélica Nazareno. Sendo que, desde então,
todas as Igrejas que tenham vida própria, e que poderiam se constituir
como personalidade jurídica, e obter sua própria emancipação,
subordinadas ao Concílio Geral.

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“OS NAZARENOS”
Neste ato, a Igreja do Bairro Paraíso – Santo André -SP, passou a ser
sede do Concílio Geral da Igreja Evangélica Nazareno do Brasil.
Com o decorrer dos tempos, em virtude do crescimento do número
de membros na Igrejas, a circunstância demandava a constituição de mais
obreiros. No dia 4 de dezembro de 1960, com a presença do Presbítero
Godofredo Vogel da Argentina, foram ordenados ao cargo de
Presbítero, os irmãos Frederico Michel e Stefan Marsi. Como o Senhor
continuou abençoando as igrejas e o número de membros foi
aumentando, achou-se conveniente iniciar novos campos de atividades,
um em Utinga à Rua Atenas, nº 71, Município de Santo André – SP, sob
a responsabilidade do Presbítero Stefan Marsi, inaugurado em 22 de
julho de 1962 e outro em Mauá – SP, situado à Rua Dr. João Aranha Neto,
nº 126, que ficou a cargo do Presbítero Carlos Marsi, inaugurado em
novembro de 1963.
Os Nazarenos em Minas Gerais
Em 1956 o Senhor despertou os missionários Melvin Edward Huber
e sua esposa Catarina Huber, vindos dos EUA, trazendo toda sua família,
na época composta dos filhos: Angela Ruth Huber, Lucas Edward
Huber, Timóteo e Rebeca, sendo a última recém-nascida. Este irmão
teve uma visão no campo onde trabalhava na lavoura e repentinamente
deixando o trator em que trabalha, e chamar sua esposa e filhos para
virem para o nosso país, dando assim início a sua obra missionária.
Sua chegada ao Brasil ocorreu no 1º dia de fevereiro de 1956, data
esta que coincidiu com a posse do Presidente do Brasil, Sr. Juscelino
Kubitschek de Oliveira.
Inicialmente estabeleceu-se na Cidade de Campinas – SP, para um
breve estágio de aperfeiçoamento da linguagem, mudando em seguida
para Belo Horizonte, onde foi morar num sítio no bairro do Taquaril. Em
suas pesquisas encontrou-se com o irmão João Ferreira Filho, que
já era homem de fé, e então juntos começaram a procurar o local para
começarem a trabalhar na divulgação do Evangelho de Jesus Cristo.

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“OS NAZARENOS”
Em outubro de 1956, foi feito o primeiro culto na casa da irmã Isaura
Barbosa, no Bairro Boa Vista, estando assistindo a este culto, um casal
e alguns de seus filhos (Vera, Ana Lúcia, Eliana e Milton) e neste mesmo
mês, no dia de sábado à tarde, chegaram até a casa do Sr. Paulo Augusto
Maia e sua esposa Jacinta Martins Maia, que residiam na Rua João
Camelo, 6l – Bairro Boa Vista, o missionário Melvin Huber, sua filha
Angela e o irmão João Ferreira Filho onde vieram solicitar se poderiam
abrir as portas de sua casa para iniciar os cultos da Corporação
Evangélica Nazareno em Belo Horizonte - Minas Gerais, com cultos as
quartas-feiras e sábado à tarde.
A resposta do casal que já frequentavam a Igreja Batista Central foi
positiva, então iniciaram os trabalhos na próxima quarta-feira após esta
reunião, onde o casal convidou a vários amigos para este trabalho. A sala
da casa era pequena, mas as pessoas ficavam nas dependências do
alpendre, da copa, para se alimentarem da palavra de Deus.
Os cultos a cada reunião foi crescendo e a casa já não comportava o
número de convidados, quando o missionário Melvin Huber, juntamente
com os irmãos que frequentavam as reuniões, procuraram um terreno e
então o missionário comprou o lote na Rua Carvalho de Aguiar, nº 58 –
no mesmo bairro, para iniciar a obra da primeira igreja evangélica da
região.
O Senhor abençoou maravilhosamente aquela obra, sendo que em
pouco tempo houve conversões e o primeiro batismo no Estado de Minas
Gerais. O primeiro batismo foi realizado num domingo de páscoa de
1958, realizado no Rio Prata, na cidade próxima de Belo Horizonte,
denominada de Raposos. Conforme a foto abaixo:

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“OS NAZARENOS”

Foto do 1º batismo de Belo Horizonte em Raposos - Minas Gerais


Foram batizados nesta data, os irmãos: Paulo Augusto Maia,
Raimundo, Rafael, Adil, João Ferreira Filho, Jorge Sampaio, Vera
Lúcia Maia, Vera Lúcia Martins Maia, Olga Barbosa, Juventina,
Joaquina, Lia, Jacinta Martins Maia,xxx, Ana Lúcia Martins Maia,
João Ferreira Filho, sua esposa Marina Ferreira, Sebastião Gonçalves
Vieira e sua esposa Leda Vieira, Vicentina, Isaura Barbosa e suas filhas

Em virtude do crescimento, havia necessidade de um templo para


reuniões de cultos. Então, com a ajuda dos irmãos americanos, foi
adquirido um terreno próximo a casa dos anfitriões, onde se realizavam
os cultos, na Rua Carvalho de Aguiar, nº 70 – Bairro Boa Vista, onde foi
construído o primeiro templo de Belo Horizonte, tendo a sua inauguração
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“OS NAZARENOS”
em 1959, quando foi eleita a 1ª diretoria da Corporação Evangélica
Nazareno de Boa Vista – BH, sendo o Presidente o irmão Paulo Augusto
Maia.

No decorrer dos tempos, foram agregando várias famílias e pessoas


a igreja. No ano de 1964 um grupo de adolescentes e jovens, filhos de
membro da igreja, compuseram um grupo que participaram do Concurso
Bíblico junto a M.P.C – Mocidade Para Cristo, participando com as
tradicionais igrejas de BH, como 1ª Igreja Batista Central, Igreja Metodista
Central,

Iniciando um trabalho de implantação de igrejas no estado de Minas


Gerais, nas cidades de Belo Horizonte e Pitangui, e em Goiás, onde
fundou várias igrejas na capital e no interior. O estado de Goiás recebeu
também a ajuda de outro missionário de nome Charles Pavkov junto
com sua família. No dia 4 de dezembro de 1960, com a presença do
presbítero Godofredo Vogel, da Argentina, foram ordenados
presbíteros Frederico Michel e Stefan Marsi. No ano de 1962 chega ao
Brasil o missionário Arnould Boich, concentrando-se no Sul de Minas
Gerais, onde funda um Orfanato para crianças desamparadas, na cidade
de Nepomuceno. Devido a problemas de saúde, o missionário deixou o
Brasil no ano de 1967. No dia 22 de julho de 1962 foi inaugurado mais
um templo da Igreja Evangélica Nazareno no bairro de Utinga, em Santo

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“OS NAZARENOS”
André, tendo como responsável o presbítero Stefan Marsi. Em novembro
de 1963, outro novo campo de atividade foi inaugurado na cidade de
Mauá, sob a responsabilidade do presbítero Carlos Marsi. Numa
Assembleia Geral realizada no dia 9 de julho de 1967 em São José dos
Campos – SP, foram reestruturados os Estatutos da Igreja, com
representantes de todas as igrejas do Brasil. Deu-se, então, a mudança
do nome da denominação para “Igreja Evangélica Nazareno” e a
formação de uma Diretoria Geral (Presbitério). Chega também ao Brasil
outro missionário por nome Arthur Hering e família, estabelecendo-se
no estado do Paraná onde fundou duas igrejas, juntamente com o
missionário brasileiro Geraldo Moreira de Assis, nas cidades de
Guarapuava e Colônia Vitória, onde também foi inaugurado um Orfanato
para meninas desamparadas. Foi convocada uma segunda Assembleia
Geral dessa vez no Bairro Paraíso em Santo André, em 31 de agosto e 1°
de setembro de 1974, onde ocorreu uma reestruturação geral nos
Estatutos da denominação e a formação do Concílio Geral da Igreja
Evangélica Nazareno, com sede na Igreja Evangélica Nazareno de Santo
André. A partir de então todas as igrejas no Brasil com sustento próprio
puderam se constituir como personalidade jurídica e obter sua
emancipação. No ano de 1976 o missionário Melvin Huber juntamente
com seus filhos e respectivas famílias, acompanhados do missionário
Charles Pavkov iniciaram um trabalho na cidade de Santarém, no
estado do Pará, onde a igreja expandiu-se por toda região Norte, e
populações ribeirinhas. A Igreja Evangélica Nazareno se expandiu para
outros estados chegando a se dividir em dois ministérios: um ao Norte
chamado “Projeto Amazonas” ou “Igreja da Paz” e um ao Sul,
mantendo o nome de origem – “Igreja Evangélica Nazareno”. Em 1992
os nazarenos do Ministério Sul organizaram a AIEN – Associação das
Igrejas Evangélicas Nazareno do Brasil. As estas Associações acham-se
atualmente filiadas igrejas localizadas nos estados da Bahia, Minas Gerais,
Paraná e São Paulo, e vem trabalhando com o propósito de levar o

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“OS NAZARENOS”
Evangelho de Jesus Cristo a todos que não O conhecem, tanto no Brasil
quanto fora dos limites da fronteira brasileira.

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