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Políticas Aplicadas Na Economia e o Modelo Is - LM - 09-06-2021

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Políticas aplicadas na Economia e o Modelo IS = LM

Introdução

A Política econômica consiste no conjunto de ações governamentais que são


planejadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica
de um país, região ou conjunto de países.

Estas ações são executadas pelos agentes de política econômica. Alguns dos agentes
que atuam nacionalmente são: o Governo, o Banco Central e o Parlamento. E
internacionalmente, pelo fato de a maioria da economia dos países encontrar-se
globalizada, cada vez há mais interações de entidades multinacionais, como por exemplo
o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.

O alcance e o conteúdo de uma política econômica variam em cada país,


dependendo do grau de diversificação de sua economia, do regime social e do nível de
atuação dos grupos de pressão.

Os Principais Instrumentos de Política Econômica são:

• Política Fiscal: Conjunto de ações relacionadas com as despesas e receitas dos governos
federal, estadual e municipal.

Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para a arrecadação de tributos


(política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos). Além da questão do
nível de tributação, a política tributária, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas
de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos do setor privado em consumo
e em investimento.

Se o objetivo da política for redução da inflação, as medidas fiscais normalmente


utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que
inibe o consumo e o investimento), ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade.

Se o objetivo for maior crescimento e emprego, as medidas fiscais seriam no sentido


inverso, para elevar a demanda agregada.

Para uma política que visa melhorar a distribuição de renda, esses instrumentos devem
ser utilizados de forma seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos. Por
exemplo, impostos progressivos, gastos do governo em regiões e setores mais atrasados
etc.

• Política Externa: Tem por finalidade manter o equilíbrio do Balanço de pagamentos,


proteger setores e desenvolver relações comerciais externas. É subdividida em:

- Política Cambial: equilibra a economia através das alterações nas taxas e operações de
câmbios.
São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia.

A política cambial refere-se ao controle do Governo sobre a taxa de câmbio (câmbio fixo,
flutuante etc.).

- Política Comercial: Controla o comércio com países terceiros.

A política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivo às exportações e/ou


estímulo/desestímulo às importações, sejam fiscais, creditícios, seja estabelecimento de
cotas etc.

- Política de Rendas: Redistribuição de rendas e justiça social

Alguns tipos de controle exercidos pelas autoridades econômicas podem ser considerados
dentro do âmbito das políticas monetárias, fiscal ou cambial (por exemplo, o controle das
taxas de juros e da taxa de câmbio).

No entanto, os controles sobre preços e salários situam-se em categoria própria de política


econômica. A característica especial é a de que, nesses controles, os agentes econômicos
ficam proibidos de levar a cabo o que fariam, em resposta a influências econômicas
normais do mercado.

Normalmente, esses controles são utilizados como política de combate à inflação. Esses
controles também são denominados “políticas de rendas” no sentido de que influem
diretamente sobre as rendas (salários, lucros, juros, aluguel).

- Política Monetária: Controla o volume de liquidez à disposição dos agentes circulantes.

Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das taxas de


juros. Os instrumentos disponíveis para tal são:

• emissões;

• reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais devem


reter junto ao Banco Central);

• open market (compra e venda de títulos públicos);

• redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais);

• regulamentação sobre crédito e taxa de juros.

Por exemplo, se o objetivo for o controle da inflação, a medida de política monetária seria
diminuir (enxugar) o estoque monetário da Economia (por exemplo, aumento da taxa de
reserva compulsória, ou venda de títulos no open market). Se a meta é o crescimento
econômico, seria o inverso.
As políticas monetária e fiscal representam meios alternativos diferentes para as mesmas
finalidades. A política econômica deve ser executada mediante uma combinação
adequada de instrumentos fiscais e monetários.

Pode-se dizer que a política fiscal apresenta maior eficácia quando o objetivo é a melhoria
da distribuição de renda; isso pode ser obtido via taxação das rendas mais altas e aumento
dos gastos do governo com destinação a setores menos favorecidos. A política monetária
é mais difusa e genérica, no aspecto distributivo.

Uma vantagem frequentemente apontada da política monetária sobre a fiscal é que a


primeira tem efeitos imediatos, dado que depende apenas de decisões diretas das
autoridades monetárias, enquanto a implementação de políticas fiscais depende de
votação do Congresso, o que aumenta a defasagem entre a tomada de decisão e a
implementação das medidas fiscais. Ademais, as políticas fiscais só podem ser efetivadas
no próximo exercício fiscal (ou seja, no ano seguinte a sua aprovação legal), conforme o
chamado princípio da anterioridade ou anualidade.

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA


MONETÁRIA E FISCAL

É conveniente definir os significados das políticas fiscal e monetária. Com relação à política
monetária, ela concerne ao controle da oferta de moeda e da taxa de juros, o que tem
consequências para os níveis de investimento, emprego e consumo da economia. O Governo
implementa a política monetária por meio de três mecanismos principais: o mercado aberto, o
depósito compulsório e o redesconto. No caso do primeiro instrumento, o Governo vende títulos
da dívida pública quando quer aumentar a taxa de juros e compra quando quer diminuí-la; pelo
segundo mecanismo, o Governo obriga os bancos comerciais a manterem depositados, no Banco
Central, uma porcentagem maior ou menor dos seus depósitos à vista, para assim aumentar ou
diminuir a oferta de moeda para empréstimos, de acordo com as circunstâncias, e, finalmente, o
redesconto consiste num financiamento que o Banco Central concede às instituições financeiras
privadas que estão com dificuldades de liquidez e de honrar seus empréstimos de curto prazo.

Em relação a esse último ponto, o Banco Central atua como emprestador de “última instância”
dos bancos comerciais, como um “banqueiro dos bancos”. Keynes enfatizava mais a política fiscal
do que a monetária, mas a existência de uma autoridade monetária pública exercendo controle
sobre a oferta de moeda é tópico relevante na sua teoria econômica. Para respaldar esta última
assertiva, cito Ferrari e Terra (2.010:3), que informam que Keynes concedia “significativa
importância à condução da política monetária”. Porém, segundo os mesmos autores, “a
intervenção estatal para Keynes, apresenta-se, principalmente, na forma de política fiscal. Esta se
ancora tanto na administração dos gastos públicos – algo completamente diverso de déficit
público – quanto na política de tributação. Por conseguinte, a política fiscal keynesiana recai,
diretamente, sobre a demanda agregada da sociedade, isto é, sobre o investimento e o consumo,
público e privado” (Ferrari e Terra, 2.010:4). Galbraith (1.972:218) escreve que “Keynes
argumentou que a taxa de juros era uma forma indireta de influir na atividade econômica, de
reduzida utilidade prática”.

A política monetária é basicamente a atuação de autoridades monetárias sobre a


quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez
global do sistema econômico. Em outras palavras, podemos definir a política monetária
como sendo o controle do sistema bancário exercido por um governo na busca da
estabilidade do valor da moeda.

Na maioria dos países, o principal órgão executor da política monetária é o Banco


Central, encarregado da emissão da moeda, da regulação do crédito e do controle de
câmbio.

A política monetária age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em


circulação, visando defender o poder de compra da moeda que pode ser:

• Política Monetária Restritiva: Engloba um conjunto de moedas que tendem a


reduzir o crescimento da quantidade de moeda e encarecer os empréstimos. Em outras
palavras, a quantidade de dinheiro em circulação é diminuída ou estabilizada com o
objetivo de desaquecer a economia e evitar aumento de preço.

• Política Monetária Expansionista: Medidas que tendem a acelerar a quantidade de


moeda e a baratear os empréstimos (Baixando a taxa de juros), incidindo positivamente
sobre a demanda agregada. Ou seja, a quantidade de dinheiro em circulação é aumentada,
com o objetivo de aquecer a demanda e incentivar o crescimento econômico.

A política fiscal é o componente da política econômica que se refere, por um


lado, às receitas públicas, ou seja, à arrecadação dos tributos do Estado sobre a renda, o
patrimônio e o consumo das pessoas físicas e jurídicas, e, por outro lado, aos dispêndios
do Governo, os quais estão explicitados no orçamento público. Desta forma, a política
fiscal abrange dois componentes distintos, o relativo à política tributária, concernente à
receita pública, e a política orçamentária, pertinente à despesa pública. Pereira (2.006:52)
define a política fiscal keynesiana como “o uso consciente dos meios fiscais do governo
– tributação, gastos e dívida pública, com o objetivo de neutralizar as tendências cíclicas
da economia, traduzidas por inflação e recessão”. Cardim (2.008:14) afirma que a política
fiscal é aquela “em que o governo age sobre a demanda diretamente através de seus
gastos, ou indiretamente, através de tributos sobre os agentes privados”.

A Condição de equilíbrio no mercado de bens e serviços: Y = C + I + G + (X – M) A curva


IS será deslocado quando qualquer componente dos gastos autônomos mudar: a, T, I, G, X e M.

A Política Fiscal, é o ramo que define o orçamento e seus componentes, os gastos


públicos e impostos como variáveis de controle para garantir a estabilidade econômica,
aliviando as flutuações dos ciclos econômicos e ajudando a manter uma economia
crescente e também a inflação Baixa.

Um dos principais objetivos da política fiscal é a estabilidade de preços, evitando


não gerar variações nos indicadores, e também acelerar o crescimento econômico.

Dois tipo de políticas podem causar variações nas taxas de juros e de cambio. São elas:

• Política fiscal expansionista: Medidas que geram aumento da despesa pública ou


reduções de impostos. Funciona Aumentando a despesa pública aumentando assim a
produção e os empregos, e com impostos mais baixos aumentam o rendimento disponível
ao consumidor, causando aumento e consumo e investimentos das empresas.
• Política fiscal restritiva: Medidas que visam a redução de gastos governamentais
público ou aumento de impostos, ou a combinação de ambos.

1. Política Fiscal Restritiva ou Contracionista

- Superávit Fiscal (G < T)


- Elevação da carga tributária sobre os bens de consumo, desencorajando esses gastos;

- Elevação das importações, por meio da redução de tarifas e barreiras.

LM
i

ieo

Ie1 I So

I S1

Ye1 Yeo Y
i
A política fiscal restritiva provoca uma redução da taxa de juros e
consequentemente uma redução na renda nacional. A redução da renda provoca a
diminuição do nível de emprego, ou aumento do desemprego. Uma redução da demanda
agregada.
2. Equilíbrio Fiscal (G = T) com redução de Impostos

- Redução da carga tributária sobre os bens de consumo, desencorajando esses gastos;

- Redução das importações, por meio da redução de tarifas e barreiras.

Ie1

ieo
I S1

I So

Yeo Yeo Y
i
- Aumento da Renda Real
- Aumento da Taxa de Juros
3. Política Fiscal Expansionista
- Déficit Fiscal (G > T)
- Redução da carga tributária do governo, estimulando despesas de consumo e
investimentos;

- Estímulos às exportações, elevando a demanda externa dos produtos;

- Tarifas e barreiras às importações, beneficiando a produção nacional.

- Aumento de gastos

- Emissão de títulos

LM
i

ie1

ieo
I S1

I So

Yeo Ye1 Y
i

A política fiscal expansionista provoca um aumento da taxa de juros e consequentemente


um aumento da renda de equilíbrio. Como a oferta monetária permaneceu fixa, o aumento
da renda provocada por G fez com que se elevasse a demanda de moeda para fins de
transações, reduzindo a liquidez da economia e aumentasse a taxa de juros. O acréscimo
da renda provoca o aumento do nível de emprego. Um aumento da demanda agregada. O
processo deve continuar até que o desemprego seja eliminado.

4. Política Monetária Restritiva ou Contracionista

A política monetária pura recessiva consiste numa redução da oferta monetária sem que
se altere o nível de gastos ou da receita do governo.
Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos
depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo, pois
atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e,
conseqüentemente, a liquidez da economia.

- Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos


comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido
e a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia
aumenta, causando uma diminuição na liquidez.
- Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos
meios de pagamento e da liquidez da economia.

LM1
i
LMo

ie1
ieo
IS

Ye1 Yeo Y
Uma política monetária reducionista provoca uma redução da oferta monetária e
consequentemente uma aumento da taxa de juros, que por sua inibe os investimentos e
reduz a renda de equilíbrio.

5. Política Monetária Expansionista – Elevação da Oferta Monetária

A política monetária pura anti-recessiva consiste numa elevação da oferta monetária sem
que se altere o nível de gastos ou da receita do governo.
Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que toma
em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito multiplicador,
e da liquidez da economia como um todo.
- Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos
bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas
medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez.
- Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma
expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso,
ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez.
- Diminuição da taxa de redescontos e diminuição depósitos compulsórios

i LMo
LM’
LM1
ieo

Ie1

IS

Yeo Ye1 Y

[
Esta política provoca um deslocamento da função LM para a direita de sua posição
original, baixando a taxa de juros e aumentando o nível de renda de equilíbrio (e
consequentemente o nível de emprego).
O aumento da oferta monetária, coeteris paribus (tudo o mais permanecendo constante),
ou seja o IS constante, traz como consequência um aumento da quantidade de moeda nas
mãos dos agentes econômicos, uma vez que, num primeiro momento, o nível de renda da
moeda e a demanda para fins de transações permanecem os mesmos que anteriormente.
Essa elevação de disponibilidade aumenta a procura por ativos financeiros e tende a
deprimir a taxa de juros. A queda da taxa de juros aumenta o nível de investimentos da
economia e provoca um aumento dos encaixes especulativos e aumento da renda.

6. Política Monetária e Fiscal

- Aumento da Oferta Monetária (M) e Déficit Fiscal (G > T)

i LMo

LM1

ie

I S1
I So

Yeo Ye1 Y

Aumento do PIB e Manutenção da Taxa de Juros


Sobre Efeito de
M G T
Y (Renda) + + -
i (Taxa de Juros) - + -

Política Taxa de Juros Produto Nominal


Fiscal Expansionista Aumentam Aumenta
Fiscal Contracionista Diminuem Diminui
Monetária Expansionista Diminuem Aumenta
Monetária Contracionista Aumentam Diminui
Redução da Oferta Monetária (M) e Superávit Fiscal (G < T)

LM1
i

LMo

ie

I So
I S1

Ye1 Yeo Y

7. Política Fiscal e Monetária e a Demanda Agregada

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