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MIT 165101 e Manual de Poda e Corte de Árvore - Setembro 2020 V2atualizado

1. O documento estabelece metodologias para a execução de poda e corte de árvores próximas às redes e linhas de distribuição de energia elétrica, visando reduzir interrupções no fornecimento de energia, garantir a segurança dos envolvidos e proteger a população. 2. As atividades de poda e corte devem seguir documentos técnicos e normas sobre segurança no trabalho, manuseio de motoserras e licenciamentos ambientais. 3. A poda e o corte de árvores devem
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MIT 165101 e Manual de Poda e Corte de Árvore - Setembro 2020 V2atualizado

1. O documento estabelece metodologias para a execução de poda e corte de árvores próximas às redes e linhas de distribuição de energia elétrica, visando reduzir interrupções no fornecimento de energia, garantir a segurança dos envolvidos e proteger a população. 2. As atividades de poda e corte devem seguir documentos técnicos e normas sobre segurança no trabalho, manuseio de motoserras e licenciamentos ambientais. 3. A poda e o corte de árvores devem
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COPEL DISTRIBUIÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DE
MANUTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO – SMD

DEPARTAMENTO DE PROCEDIMENTOS DE
MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO –
DPMO

DIVISÃO DE ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO DE


REDES E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO – VMRD

MANUAL DE
INSTRUÇÕES
TÉCNICAS

TÍTULO: MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA


TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO

MÓDULO: Procedimentos de Poda e Corte de Árvores

Órgão emissor: SMD/DPMO/VMRD

Número: 165101
Revisão: Setembro/2020
SUMÁRIO
1 OBJETIVO ....................................................................................................................................... 3
2 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................ 3
3 LEGISLAÇÃO ................................................................................................................................... 4
4 DEFINIÇÕES .................................................................................................................................... 4
5 FISCALIZAÇÃO ................................................................................................................................ 6
6 PRELIMINARES ............................................................................................................................... 6
7 TIPOS DE PODA .............................................................................................................................. 9
7.1 PODAS COMUNS ............................................................................................................................... 9
7.2 PODAS ESPECIAIS............................................................................................................................. 10
7.3 PODAS EM REDES E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................................... 11
7.4 PODAS DE REDUÇÃO DE COPA JUNTO A REDES OU LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO ............................................... 12
8 DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS DE PODA ........................................................................................ 14
9 CRITÉRIOS DE PODA ..................................................................................................................... 14
9.1 DISTÂNCIAS MÍNIMAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE BAIXA E MÉDIA TENSÃO ........................................ 14
9.2 DISTÂNCIAS MÍNIMAS PARA LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO ..................................................... 18
9.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EXECUÇÃO DA PODA............................................................................ 19
9.3.1 Redes de Distribuição de Baixa Tensão .............................................................................. 19
9.3.2 Redes de Distribuição de Média Tensão e Linhas de Distribuição ...................................... 19
10 UTILIZAÇÃO DE MOTOSSERRAS ................................................................................................ 21
11 EXECUÇÃO DA TAREFA ............................................................................................................. 22
11.1 PODA DE ÁRVORES ........................................................................................................................... 22
11.1.1 Tarefa executada a partir do solo....................................................................................... 23
11.1.2 Tarefa executada a partir da árvore ................................................................................... 24
11.1.3 Tarefa executada a partir de escada .................................................................................. 26
11.1.4 Tarefa executada a partir de cestos aéreos ........................................................................ 27
11.1.5 Tarefa executada por equipes de linha viva de redes de distribuição ................................ 29
11.2 CORTE DE ÁRVORES .......................................................................................................................... 30
11.2.1 Para o corte de árvore avaliar os seguintes aspectos:........................................................ 32
11.3 EQUIPAMENTO TRITURADOR DE GALHOS .............................................................................................. 33
12 TREINAMENTO PARA PODADORES DE EMPREITEIRAS CONTRATADAS ..................................... 33
13 CONTROLE DE REVISÕES ........................................................................................................... 34
14 APROVAÇÃO............................................................................................................................. 35
ANEXO 1 - MANUAL DE PODA E CORTE DE ÁRVORE............................................................................. 36
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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TENSÃO
Versão 2
Módulo Procedimentos de Poda e Corte de Árvores
2020

1 OBJETIVO

Estabelecer metodologias para a execução de poda e corte de árvores,


sob ou próximas às redes de distribuição de baixa tensão (secundárias), média
tensão (primárias) e linhas de distribuição de alta tensão, denominadas
resumidamente neste manual de redes e linhas de distribuição, visando reduzir
as interrupções acidentais do sistema elétrico, preservar a integridade física
dos envolvidos na atividade, eliminar os riscos provenientes de condutores
rompidos pela ação de galhos e proteger a população, sem deixar de levar em
consideração os aspectos de segurança e ambientais inerentes a esta
atividade.

2 CONSIDERAÇÕES GERAIS

As atividades de poda e corte de árvores são realizadas próximas às


redes e linhas de distribuição, energizadas ou desenergizadas.
Para tanto, os seguintes documentos devem ser cumpridos:
• MIT 160912 – PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO E
CONSTRUÇÃO EM REDES CONVENCIONAIS E COMPACTAS
ENERGIZADAS.
• MIT 160913 – PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DE REDES
DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DESENERGIZADA ATÉ 34,5 kV.
• MIT 161608 – MOTOSSERRA.
• MIT 161613 – CONJUNTO DE SEGURANÇA PARA TRABALHO
EM ALTURA.
• MIT 161614 – PROCEDIMENTOS DE RESGATE E SALVAMENTO
DE ACIDENTADO EM REDES E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO ATÉ
34,5 kV.
• MIT 161615 – AMARRAÇÃO DE ESCADAS.
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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• MIT 164207 – DESMATAMENTO E LIMPEZA DE FAIXAS EM


LINHAS DE SUBTRANSMISSÃO.
• MIS 06.00 – PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DE
MOTOSSERRA, MOTOPODA E SERRA PODA HIDRÁULICA.
• MIS 35.00 – INSPEÇÕES DE EQUIPAMENTOS PARA
TRABALHO EM ALTURA.
• LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS:
• ITMA 10.20 – (Roçada, corte e poda de vegetação para
manutenção de empreendimentos de redes e linhas de
distribuição de energia).
• Anexo 1 – MANUAL DE PODA E CORTE DE ÁRVORE.
• GSST – GRUPOS: 1-100 Preliminares Rede Aérea, 5-100
Manutenção e Construção de Redes com LM, 5-200 Manutenção e
Construção de Redes com LV, 1-400 Preliminares para
Manutenção de Linhas de Distribuição AT e 5-800 Manutenção em
Linhas de Distribuição AT com LM.
A execução destes serviços poderá ser realizada por equipes constituídas
por mão-de-obra própria ou contratada pela COPEL.

3 LEGISLAÇÃO

A execução das atividades de poda e corte de árvores deve ser realizada


atendendo plenamente ao disposto nas Instruções Técnicas de Meio Ambiente
– ITMA 10.20 e na norma ABNT NBR 16246-1:2013 – Florestas Urbanas –
Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas – Parte 1: Poda.

4 DEFINIÇÕES

• PODA: é o ato de cortar os ramos ou galhos das árvores, arbusto


ou outras plantas lenhosas, evitando o contato dos mesmos com
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Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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TENSÃO
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as redes energizadas que possam colocar em risco a integridade


de pessoas, animais, instalações e a operacionalidade do sistema
elétrico.
• CORTE: é o ato ou efeito de cortar, fender, separar ou dividir por
meio de um objeto cortante.
• FRONDES: é o conjunto de folhas “e ramos” de uma árvore.
• PODA DE EMERGÊNCIA: é o ato de cortar ou podar árvores em
situações de falta de energia em condições emergenciais; é
realizada a qualquer momento, sem a necessidade de
programação, visando resolver problemas emergenciais causados
por galhos de árvores que ofereçam riscos imediatos a terceiros
e/ou serviços de utilidade pública.
• PODA DE MANUTENÇÃO: é o ato de cortar ou podar árvores,
para que os eletricistas tenham acesso aos componentes do
sistema elétrico.
• PODA PREVENTIVA: é o ato de cortar ou podar árvores com o
objetivo de evitar desligamentos de energia devido a galhos de
árvores que possam entrar em contato com os condutores ou
partes energizadas dos equipamentos.
• PODAS DE FORMAÇÃO: é o ato de cortar ou podar árvores ainda
em formação, cuja copa apresente potencial de risco de alcançar
os condutores de energia elétrica.
• PODAS DE CONFORMAÇÃO OU CONTENÇÃO: conhecida
também como poda ornamental e busca manter a copa das árvores
sob controle. A poda é feita fazendo o desponte das extremidades
dos ramos antes dos galhos atingirem os condutores (também
utilizadas em podas de determinadas espécies de árvores).
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• PODAS DE REPARAÇÃO: realizada quando já existe o conflito


entre as redes ou linhas de distribuição e os galhos de árvores.

5 FISCALIZAÇÃO

Quando da realização dos serviços de poda ou corte de árvores por


equipes terceirizadas, a fiscalização deverá ser realizada de acordo com o
descrito no MIT 160911 Fiscalização de Serviços de Manutenção, Poda e
Roçada e também com os dispositivos contratuais firmados com as
contratadas.

6 PRELIMINARES

Antes da execução da tarefa, deve-se realizar seu planejamento,


identificando e analisando os riscos envolvidos através da APR – Análise
Preliminar de Risco, eliminando-os ou aplicando suas respectivas medidas de
controle e/ou tomando providências cabíveis, conforme padrões da Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho – GSST – Grupos:
1-100 Preliminares Rede Aérea.
1-400 Preliminares para Manutenção de Linhas de Distribuição AT.
5-100 Manutenção e Construção de Redes com LM.
5-200 Manutenção e Construção de Redes com LV.
5-800 Manutenção em Linhas de Distribuição AT com LM.
Verificar a possibilidade de queda de galhos com riscos de causar
acidentes.
Quando da utilização de caminhão para o recolhimento de galhos, este
não poderá transitar com pessoas na carroceria.
Caso seja(m) necessário(s) veículo(s) para a execução da tarefa e haja
dificuldades para estacionar em local apropriado, acionar a(s) autoridade(s) de
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Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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trânsito competentes e caso exista algum veículo estacionado na área de


trabalho, providenciar a sua retirada ou reprogramar a tarefa.
É obrigatória a utilização de todos os EPIs e EPCs conforme indicados
nos padrões GSST supracitados.
Para as atividades de poda e corte de árvores, a equipe deve analisar
antes do início do serviço as condições meteorológicas conforme a Tabela 1,
objetivando encontrar o método mais adequado e seguro que permita a
execução da atividade, através da realização da APR – Análise Preliminar de
Risco.

CONDIÇÕES
PROCEDIMENTOS DA EQUIPE
METEOROLÓGICAS
Tempo bom O trabalho pode ser iniciado e terminado.
Verificar se a situação permite a execução ou continuidade
Vento moderado
dos trabalhos mediante APR.
Chuva/descargas Verificar se a situação permite a execução ou continuidade
atmosféricas dos trabalhos mediante APR.
Tabela 1 – Análise das condições climáticas para a atividade de poda ou corte de árvore

Avaliar se os galhos da árvore a ser podada se encontram molhados ou


não. Caso positivo, é vedado ao executor da poda subir na árvore, visando
eliminar risco de escorregão e queda. Neste caso, é necessário o acesso com
cesta aérea, escada, realização da poda à distância, reprogramar a atividade
ou a execução da derrubada da árvore.
O executor da poda deve realizar inspeção visual e conferir as condições
físicas da árvore, observando o estado físico do tronco (oco, podre, rachado,
ou quaisquer outros tipos de danos que comprometam sua resistência e
estabilidade), rachaduras nas primeiras galhadas, existência de galhos secos
ou mortos e galhos com pouca vitalidade. Caso o estado geral da árvore
ofereça risco à realização da atividade de poda, deve-se proceder com a sua
erradicação.
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Competem aos membros da equipe verificar a existência de elementos


estranhos que ofereçam riscos, tais como, vespas, abelhas, marimbondos,
insetos nocivos, animais peçonhentos e assemelhados. Em caso de existência
de tais elementos, será necessário providenciar a sua remoção antes da
execução do serviço ou reprogramar a atividade.

NOTA: em caso de necessidade de manejo de abelhas, vespas ou


marimbondos, observar instruções definidas no ITMA 10.21 Manejo de
Abelhas Africanizadas, Vespas e Abelhas Sociais Nativas.

Antes da execução da poda ou corte de árvores, deve ser analisada a


existência de ninhos de pássaros. Sendo constatada sua presença, verificar se
o ninho se encontra ocupado (com filhotes ou ovos), pois se este for o caso,
deverá ser avaliada a possibilidade de adiamento do serviço. Caso o ninho
esteja em um galho que não será podado, deverão ser tomados todos os
cuidados para que o mesmo não seja atingido.

NOTA: cumprir integralmente o disposto na lei de crimes ambientais –


9605/1998, em especial o Art. 29, Parágrafo 1º, inciso II. regulamentada pelo
Decreto 6514/2008), que versa: “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar
espécimes de fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida
permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em
desacordo com a obtida” resulta em pena de “detenção de seis meses a um
ano e multa”.

Antes da realização da poda, verificar e analisar as legislações


específicas de cada município, contidas no ITMA 10.20 - Roçada, Corte e Poda
de Vegetação para Manutenção de Empreendimentos de Redes e Linhas de
Distribuição de Energia, em especial o item 6.1 (Avaliação de necessidade de
licença ambiental para supressão ou poda).

NOTA: conforme a Lei de crimes ambientais nº 9.605, Art. 49 (no Decreto


6514/08): Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação
nativa, objeto de especial preservação, não passíveis de autorização para
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exploração ou supressão: (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).


Pena: Multa de R$ 6.000,00 (seis mil reais) por hectare ou fração. Parágrafo
único. A multa será acrescida de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou fração
quando a situação prevista no caput se der em detrimento de vegetação
primária ou secundária no estágio avançado ou médio de regeneração do
bioma Mata Atlântica.

Para obter o máximo de qualidade nas podas e cortes de árvores, devem-


se cumprir todas as orientações deste MIT e do Anexo 1 Manual de Poda e
Corte de Árvore.

7 TIPOS DE PODA

7.1 Podas Comuns


• Limpeza: poda seletiva para remoção de galhos mortos, doentes
ou quebrados.
• Desrama ou raleamento: poda seletiva para redução da densidade
de galhos vivos. Este tipo de poda deve resultar em distribuição
equilibrada de ramos em galhos individuais que não comprometa a
estrutura da árvore.
Não retirar mais de 25% do volume da copa que cresceu após a última
poda. Em caso de necessidade de realização da poda de forma diferente (poda
drástica) da acima explicitada, principalmente na arborização urbana, deverá
ser solicitada autorização do órgão ambiental competente, conforme
orientações contidas no ITMA 10.20.

NOTA: para a execução de poda comum, a localização e variação do


tamanho dos galhos a serem removidos devem ser especificadas
previamente, e na desrama ou raleamento se deve, também, informar o
percentual de folhagem a ser removido.
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• Elevação da copa: poda seletiva para obtenção de espaços


verticais. Este tipo de poda deve considerar a especificação do
espaço vertical a ser obtido.
• Redução: poda seletiva para reduzir a altura e/ou largura e, por
consequência, a área e o volume da copa, sempre obedecendo à
arquitetura típica da espécie, buscando distribuição equilibrada de
ramos. Considerar que um galho deve ser podado junto a outro que
tenha no mínimo 1/3 do seu diâmetro.
Deve-se considerar a tolerância da espécie a este tipo de poda e que seja
especificado o espaço (desobstrução) a ser obtido com a poda.

7.2 Podas Especiais


• Poda de condução: deve ser realizada a limpeza e a remoção de
galhos que estejam em atrito com outro ou possuam fraca ligação
com seu ramo de origem. Recomenda-se a remoção de galhos que
interfiram com elementos construídos e/ou equipamentos, desde
que não prejudiquem a estrutura original da copa da árvore, objeto
da intervenção, mantendo uma distribuição equilibrada.
• Poda em árvores jovens: as razões para podar árvores jovens
podem incluir, mas não se limitar, à redução de riscos, manutenção
ou melhoramento de aspectos estéticos ou atendimento a uma
necessidade específica. Em situações onde árvores jovens não
tolerem podas recorrentes e apresentem potencial para crescer
junto a pontos de conflito, considerar a possibilidade de transplante
após se esgotarem as alternativas para melhor alteração do
espaço disponível para que tal árvore possa continuar sem a
necessidade de ser podada com frequência.
• Poda de palmeiras: é recomendada quando a fronde, as
inflorescências, os frutos ou os pecíolos puderem criar uma
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condição de risco. Não devem ser removidas frondes vivas e


saudáveis que se iniciem em ângulo maior ou igual a 45º com o
plano horizontal na base das frontes, exceto no caso de frondes em
conflito com as redes ou linhas de distribuição, conforme ilustrado
na Figura 1. Nos casos em que a poda não seja possível e ainda
exista a possibilidade de conflito com o sistema elétrico, é
recomendado o transplante da palmeira para local apropriado, ou
remoção definitiva.

Figura 1 - Ponto de remoção das frondes.

7.3 Podas em Redes e Linhas de Distribuição


O propósito da poda de árvores que estejam em risco imediato ou
potencial com redes ou linhas de distribuição é prevenir para que não ocorra a
interrupção do fornecimento de energia, cumprir os requisitos legais e
regulamentares quanto às distâncias de segurança, prevenir para que não
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ocorram danos a equipamentos, evitar a obstrução de acesso às estruturas e


assegurar o uso correto da faixa de passagem.
Para a realização das atividades de poda ou corte de árvores próximas às
redes ou linhas de distribuição, todos os envolvidos na atividade devem seguir
e atender todos os requisitos e orientações definidas nos padrões GSST –
GRUPOS: 1-100 Preliminares Rede Aérea, 1-400 Preliminares para
Manutenção de Linhas de Distribuição AT, 5-100 Manutenção e Construção de
Redes com LM, 5-200 Manutenção e Construção de Redes com LV, e 5-800
Manutenção em Linhas de Distribuição AT com LM. A aplicação de cada grupo
de padrões GSST deve ser de acordo com a instalação elétrica envolvida.

7.4 Podas de Redução de Copa Junto a Redes ou Linhas de Distribuição


Um corte de poda, com o objetivo de remover o galho em seu ponto de
origem, deve ser feito junto ao tronco ou ao galho de origem, sem danificar a
crista da casca ou o colar, e sem deixar o toco de galho, conforme ilustrado na
Figura 2.

Figura 2 - Corte para remoção de galho em seu ponto de origem (técnica dos três
cortes).

Convém que um corte de poda para redução da extensão do


comprimento do galho ou caule de origem seja a bissetriz entre a crista da
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Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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casca e uma linha imaginária perpendicular ao galho ou caule a ser suprimido,


conforme ilustrado na Figura 3.

Figura 3 – Corte para redução do comprimento do galho ou caule parental.

O corte final deve resultar em uma superfície plana, com a casca


adjacente firmemente ligada.
Ao remover um galho morto, o corte final deve ser feito no limite da crista
e do colar, respeitando-os, junto e para fora do colar de tecido vivo.
Galhos de árvores devem ser removidos de tal forma que não causem
danos a outras plantas ou propriedades. Galhos muito grandes, que não sejam
possíveis de segurar com uma das mãos, devem ser cortados em fases
(utilizando a técnica dos 3 cortes conforme ilustrado na Figura 2), com o
objetivo de evitar lascas, rompimento ou a queima da casca da madeira, e em
alguns casos devem ser utilizadas cordas ou outros equipamentos que
permitam a descida com segurança dos galhos, no todo ou em parte, até o
solo.
O corte final para remoção de galho de pequeno ângulo de incisão deve
ser feito a partir da parte externa do galho, com o objetivo de evitar danos ao
galho de origem, conforme ilustrado na Figura 4.
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Galhos podados/danificados devem ser removidos da copa da árvore


após o término do serviço, quando a árvore for deixada sem assistência ou ao
final do dia de trabalho.

Figura 4 - Corte final para remoção de galho com pequeno ângulo de inserção.

8 DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS DE PODA

Os resíduos de podas deverão ter destinação adequada, para tanto


devem ser observadas as orientações constantes no ITMA 10.20.

9 CRITÉRIOS DE PODA

9.1 Distâncias Mínimas para Redes de Distribuição de Baixa e Média


Tensão
Os galhos, depois de podados, deverão ficar com distâncias, em relação
às partes energizadas, superiores a:

• 1 m para redes de Baixa Tensão (BT).


• 1 m para redes de Média Tensão (MT) 13,8 kV.
• 1,5 m para redes de Média Tensão (MT) 34,5 kV.
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NOTA: as medidas relacionadas à Média Tensão também deverão ser


utilizadas quando se tratar de rede do tipo compacta (RDC).

Figura 5 - Exemplo de poda executada próximo à rede de BT.


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Figura 6 - Exemplo de poda executada próximo à rede de MT (Rede Convencional).

Figura 7 - Exemplo de poda executada próximo à rede de MT (Rede Convencional).


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Figura 8 - Exemplo de poda executada próximo à rede de MT (Rede Convencional).

Figura 9 - Exemplo de poda executada próximo à rede de MT (Rede Compacta).


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9.2 Distâncias Mínimas para Linhas de Distribuição de Alta Tensão

Os galhos, depois de podados, deverão ficar com distâncias, em relação


às partes energizadas, superiores a:
• 4,00 m para LDATs energizadas em 69 kV.
• 4,30 m para LDATs energizadas em 138 kV.
A poda deverá manter as árvores fora da região de balanço dos
condutores, com altura H tal que, caso a árvore possa vir a cair em direção à
LDAT, as distâncias não sejam inferiores às abaixo definidas:
• LDAT energizada em 69 kV = 1,5 m.
• LDAT energizada em 138 kV = 2,0 m.
• Estruturas e estais = 1,0 m.

Figura 10 - Esquema para limpeza de faixa de LDAT


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9.3 Considerações Gerais sobre a Execução da Poda

9.3.1 Redes de Distribuição de Baixa Tensão


Devem ser podados os galhos de árvores que estiverem próximos aos
condutores das redes de distribuição de Baixa Tensão, denominada também
de redes secundárias.
A(s) poda(s) de galho(s) que estiverem em contato com a rede de baixa
tensão energizada, somente poderá(ão) ser executada(s) por profissional
capacitado. Avaliar, através da realização da APR – Análise Preliminar de
Risco, as distâncias entre os condutores e possível projeção de galho à rede
de modo a evitar o contato entre os condutores. Contudo, caso a projeção do
galho, durante a poda, possa causar curto-circuito entre os condutores, a
atividade deverá ser realizada com rede desenergizada ou reprogramada.
Para a rede secundária isolada (RSI), seguir os mesmos procedimentos
de uma rede de baixa tensão convencional.

9.3.2 Redes de Distribuição de Média Tensão e Linhas de Distribuição


Na poda de galhos que estiverem abaixo dos condutores, porém dentro
da área contaminada, mas sem a possibilidade de toque acidental com estes
durante a execução da tarefa.
• Para rede de distribuição é obrigatória à utilização de serra poda
acoplada a uma vara isolante de manobras ou VTT (Vara
Triangular Telescópica) com, no mínimo, três elementos (gomos).
É obrigatória a utilização de luvas isolantes compatíveis com a
classe de tensão da rede em que está sendo executado o serviço,
nos casos em que a tensão nominal destas seja de até 34,5 kV.
• Para linhas de distribuição, com tensões entre 69 kV e 138 kV
inclusive, deve-se utilizar bastão isolante, vara isolante de
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
51 01 20
TENSÃO
Versão 2
Módulo Procedimentos de Poda e Corte de Árvores
2020

manobras ou VTT com isolamento e comprimento compatíveis com


o nível de tensão da linha em que está sendo executado o serviço.
A parte mais alta do corpo do executor da poda, inclusive com os braços
levantados, deverá manter-se afastada do condutor energizado a uma distância
mínima equivalente as dimensões que delimitam as áreas contaminadas,
conforme cada nível de tensão, definidas na IAP 040412-1.
Nas situações listadas abaixo a poda somente poderá ser realizada com a
rede ou linha desenergizada ou, no caso de redes de distribuição, apenas por
equipes de linha viva:
• Os galhos estejam tocando os condutores (exceto quando tratar-se
de redes de baixa tensão).
• Exista a possibilidade de toque dos galhos nos condutores
energizados durante a execução da tarefa (exceto quando tratar-se
de redes de baixa tensão).
• Os galhos estejam acima dos condutores, mas dentro da área
contaminada.
Quando houver riscos de danos ao sistema elétrico ou a terceiros nas
atividades de poda em redes primárias onde os galhos estão acima dos
condutores ou próximos a redes de distribuição, estes devem ser podados com
o auxilio de cordas para suspendê-los.
A descida ao solo de galhos altos deverá ser feita por meio de duas
cordas, uma próxima ao corte e a outra próxima às pontas do galho a ser
cortado. As cordas devem ser passadas sobre os ramos ou forquilhas mais
altos e amarradas ao tronco das árvores. Uma terceira corda deverá ser
utilizada como guia, de forma a não permitir a aproximação do galho podado
aos condutores ou construção de terceiros conforme ilustrado na Figura 11.

NOTA: em função da APR – Análise Preliminar de Risco (possibilidade da


queda de galhos com rompimento de condutores) poderá ser necessária a
retirada ou descida dos condutores ao solo.
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
51 01 21
TENSÃO
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Módulo Procedimentos de Poda e Corte de Árvores
2020

Figura 11 - Procedimento de amarração de galhos sobre a rede desenergizada para corte do


galho.

10 UTILIZAÇÃO DE MOTOSSERRAS

Quando da utilização de motosserras, será obrigatório seguir as


orientações contidas no MIT 161608 MOTOSSERRA e MIS 06.00
(Procedimentos para utilização de motosserra, motopoda e serra poda
hidráulica).
As motosserras só devem ser operadas por profissionais habilitados,
segundo Anexo V da NR-12 do Ministério do Trabalho e Emprego, e
devidamente equipados com os EPIs necessários.
Com relação às podas com equipes de Linha Viva, é recomendada a
utilização de equipamento motosserra, serra poda e motopoda hidráulica com
isolação para Classe 4 de tensão.
Na modalidade de Limpeza de Faixa de Servidão (roçada), a operação da
motosserra só é permitida para a função Operador de Motosserra.
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
51 01 22
TENSÃO
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Módulo Procedimentos de Poda e Corte de Árvores
2020

11 EXECUÇÃO DA TAREFA

11.1 Poda de Árvores


Antes da execução da tarefa, deverão ser observados todos os
procedimentos citados neste MIT.
As tarefas de poda podem ser executadas a partir do solo, da árvore,
através de escadas ou utilizando cestos aéreos.
Independentemente do tipo de poda a ser realizada, os seguintes
cuidados devem ser tomados:
• O executor da poda deverá sempre estar em contato visual e
auditivo com o encarregado ou membro da equipe que esteja na
supervisão da tarefa.
• Os componentes da equipe que estiverem no solo não podem
permanecer na trajetória dos galhos/troncos que estiverem sendo
podados.
• Sempre utilizar ferramentas de corte apropriadas.
• É proibido o contato do executor da poda com qualquer tipo de
condutor ou cordoalha.

NOTA: Nos casos de poda em redes de distribuição em que seja necessário


o contato com condutores esta atividade deverá ser efetuada por eletricista
capacitado e tomadas todas as medidas de segurança necessárias contidas
nos padrões GSST 1-100 Preliminares Rede Aérea, 5-100 Manutenção e
Construção de Redes com LM, 5-200 Manutenção e Construção de Redes
com LV, MIT 160912 PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO E CONSTRUÇÃO
EM REDES CONVENCIONAIS E COMPACTAS ENERGIZADAS e MIT 160913
PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA
DESENERGIZADA ATÉ 34,5 kV.

• Para a descida dos galhos podados/cortados, deverá ser feita uma


avaliação criteriosa das condições do local de maneira a levantar
os riscos envolvidos com o trânsito de pedestres e veículos,
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
51 01 23
TENSÃO
Versão 2
Módulo Procedimentos de Poda e Corte de Árvores
2020

componentes ativos da rede, patrimônio público/privado, e outros


agentes que possam ser atingidos pelos galhos.
• Em áreas urbanas, após a poda, fracionar e amontoar os galhos
junto ao meio fio, deixando livre a entrada de veículos, portões e
passagem de pedestres, devendo ser providenciado o seu
recolhimento o mais breve possível, devendo ser observados,
quando for o caso, os prazos definidos pelas legislações municipais
de cada localidade.

11.1.1 Tarefa Executada a Partir do Solo


• Para execução da tarefa a partir do solo é obrigatória a utilização
de serra poda acoplado a uma vara de manobra (isolante) com no
mínimo três elementos (gomos) com isolamento compatível com o
nível de tensão.
• Em redes de distribuição essa poda só é permitida caso os galhos
não estejam tocando os condutores, não estejam acima dos
condutores e não haja possibilidade de toque dos galhos nos
condutores durante a execução da tarefa.
• Caso ocorra a possibilidade de toque dos galhos nos condutores
durante a execução da tarefa, a linha de distribuição de alta tensão
deverá ser desligada e a execução da tarefa deve ser feita com
procedimento de linha viva.
• Havendo necessidade de poda emergencial (galhos dentro da
“área contaminada” ou tocando nos condutores) na rede de MT,
observar o contido no item 9.3.2 deste MIT.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes padrões GSST:
1-101 Analise Preliminar de Risco.
5-164 Poda de Árvore em RDA MT/BT.
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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5-836 Corte de Árvore Próximas a LT.


5-842 Poda de Árvore Próximas a LT.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes MITs:
MIT 160913 Procedimentos de manutenção de redes de
distribuição aérea desenergizada até 34,5 kV.
MIT 164207 Desmatamento e limpeza de faixas em linhas
de subtransmissão.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações do Anexo 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore.
• Devem-se utilizar EPIs e EPCs adequados conforme atividade
desenvolvida.

11.1.2 Tarefa Executada a Partir da Árvore


• Durante a realização da APR, deve-se tomar cuidado especial com
os galhos que efetivamente servirão de pontos de ancoragem
durante a realização da tarefa.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes padrões GSST:
1-101 Analise Preliminar de Risco.
1-105 Manuseio de Escada Extensível ou Singela.
1-107 Utilização de Escada.
1-425 Instalação de Escada Extensível.
5-161 Corte de Árvore Próximas a MT/BT.
5-164 Poda de Árvore em RDA MT/BT.
5-836 Corte de Árvore Próximas a LT.
5-842 Poda de Árvore Próximas a LT.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes MITs:
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
Título TENSÃO E LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
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MIT 160913 Procedimentos de manutenção de redes de


distribuição aérea desenergizada até 34,5 kV
MIT 161613 Conjunto de segurança para trabalho em altura.
MIT 161614 Procedimentos de resgate e salvamento de
acidentado em redes e linhas de distribuição até 34,5 kV.
MIT 161615 Amarração de escadas.
MIT 164207 Desmatamento e limpeza de faixas em linhas
de subtransmissão.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações do Anexo 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore.
• Devem-se utilizar EPIs e EPCs adequados conforme atividade
desenvolvida.
• Uma vez constatada a inexistência de galhos para a fixação da
corda de vida e a utilização do talabarte tipo “Y” que ofereçam
resistência mecânica suficiente para suportar o peso do executor
da poda, a atividade deverá ser executada com a utilização de
cesto aéreo ou a partir do solo, neste caso conforme orientações
descritas no item 11.1.1. Não sendo possível esta medida de
contorno, a árvore deve ser erradicada ou reprogramar a tarefa.
• Havendo necessidade de poda emergencial (galhos dentro da
“área contaminada” ou tocando nos condutores) na rede de
distribuição de média tensão, observar o contido no item 9.3.2
deste MIT.
• O apoio dos pés deverá ocorrer em galhos não utilizados como
ancoragem da corda de vida.
• Não utilizar os galhos que serão podados como pontos de
ancoragem.
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
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• Todas as ferramentas necessárias devem ser içadas através de


corda auxiliar, não sendo permitido efetuar escalada portando
ferramentas ou equipamentos ou com estes presos ao cinto.
• É proibida a utilização de motosserras ou motopodas estando o
operador na árvore, conforme MIT 161608 Motosserra.
• É proibido o uso de ferramentas de impacto, tais como facão,
machado, machadinha e foice, para corte de galhos estando o
executor da tarefa em plano elevado.

11.1.3 Tarefa Executada a Partir de Escada


• Durante o planejamento da tarefa, deve-se dar especial atenção ao
posicionamento da escada para a correta realização da atividade e
para evitar que os galhos podados possam atingir a escada ou
amarração e comprometer a estabilidade da mesma.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes padrões GSST:
1-101 Analise Preliminar de Risco.
1-105 Manuseio de Escada Extensível ou Singela.
1-107 Utilização de Escada.
1-425 Instalação de Escada Extensível.
5-164 Poda de Árvore em RDA MT/BT.
5-842 Poda de Árvore Próximas a LT.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes MITs:
MIT 160913 Procedimentos de manutenção de redes de
distribuição aérea desenergizada até 34,5 kV.
MIT 161613 Conjunto de segurança para trabalho em altura.
MIT 161614 Procedimentos de resgate e salvamento de
acidentado em redes e linhas de distribuição até 34,5 kV.
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MIT 161615 Amarração de escadas.


MIT 164207 Desmatamento e limpeza de faixas em linhas
de subtransmissão.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações do Anexo 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore.
• Devem-se utilizar EPIs e EPCs adequados conforme atividade
desenvolvida.
• Havendo necessidade de poda emergencial (galhos dentro da
“área contaminada” ou tocando nos condutores) na rede de MT,
observar o contido no item 9.3.2 deste MIT.
• Caso ocorra a possibilidade de toque dos galhos nos condutores
durante a execução da tarefa, a linha de distribuição de alta tensão
deverá ser desligada e a execução da tarefa deve ser feita com
procedimento de linha viva.
• Todas as ferramentas necessárias devem ser içadas através de
corda auxiliar, não sendo permitido efetuar a subida na escada
portando ferramentas ou equipamentos presos ao cinto.
• É proibido a utilização de motosserras ou motopodas estando o
operador na escada, conforme MIT 161608 Motosserra.
• É proibido o uso de ferramentas de impacto, tais como facão,
machado, machadinha e foice, para corte de galhos estando o
executor da tarefa em plano elevado.

11.1.4 Tarefa Executada a Partir de Cestos Aéreos


• Durante o planejamento da tarefa, deve-se dar especial atenção ao
posicionamento do cesto aéreo para a correta realização da
atividade e para evitar que os galhos podados possam atingir o
veículo após o corte.
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• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as


orientações dos seguintes padrões GSST:
1-101 Análise Preliminar de Risco.
1-112 Utilização de Guindauto.
1-113 Utilização de Hidroelevador Linha Viva.
1-119 Utilização de Hidroelevador.
1-120 Utilização de Equipamento Digger.
1-413 Operação de Hidroelevador Isolado.
5-164 Poda de Árvore em RDA MT/BT.
5-228 Corte/poda de Árvore.
5-842 Poda de Árvore Próximas a LT.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes MITs:
MIT 160912 Procedimentos de manutenção e construção
em redes convencionais e compactas energizadas.
MIT 160913 Procedimentos de manutenção de redes de
distribuição aérea desenergizada até 34,5 KV.
MIT 161004 Cesto aéreo para guindauto.
MIT 161613 Conjunto de segurança para trabalho em altura.
MIT161614 Procedimentos de resgate e salvamento de
acidentado em redes e linhas de distribuição até 34,5 kV.
MIT 161615 Amarração de escadas.
MIT llf164207 Desmatamento e limpeza de faixas em linhas
de subtransmissão.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações do Anexo 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore.
• Caso ocorra a possibilidade de toque dos galhos nos condutores
durante a execução da tarefa, a linha de distribuição de alta tensão
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deverá ser desligada e a execução da tarefa deve ser feita com


procedimento de linha viva.
• Devem-se utilizar EPI’s e EPCs adequados conforme atividade
desenvolvida.
• Havendo necessidade de poda emergencial (galhos dentro da
“área contaminada” ou tocando nos condutores) observar o contido
nos itens 7 ou 9.3.2 deste MIT (referentes a redes ou linhas de
distribuição, respectivamente).
• Quanto à utilização de motosserras, verificar o contido no item 10
deste MIT.
• É proibido o uso de ferramentas de impacto, tais como facão,
machado, machadinha e foice, para corte de galhos estando o
executor da tarefa em plano elevado.

11.1.5 Tarefa Executada por Equipes de Linha Viva de Redes de Distribuição


• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes padrões GSST:
1-101 Analise Preliminar de Risco.
1-113 Utilização de Hidroelevador Linha Viva.
1-413 Operação de Hidroelevador Isolado.
5-228 Corte/poda de Árvore.
5-842 Poda de Árvore Próximas a LT.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes MITs:
MIT 160912 Procedimentos de manutenção e construção
em redes convencionais e compactas energizadas.
MIT 161613 Conjunto de segurança para trabalho em altura.
MIT 161614 Procedimentos de resgate e salvamento de
acidentado em redes e linhas de distribuição até 34,5 kV.
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
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2020

MIT 164207 Desmatamento e limpeza de faixas em linhas


de subtransmissão.
• Conforme atividade desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações do Anexo 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore.
• Durante o planejamento da tarefa, deve-se dar especial atenção ao
posicionamento do cesto aéreo para a correta realização da
atividade e para evitar que os galhos podados possam atingir o
veículo após o corte.
• Devem-se utilizar EPIs e EPCs adequados, em especial as
coberturas de LV, bastões isolados e luvas de borracha com classe
conforme nível de tensão.
• Em redes de baixa tensão, quando necessário, instalar
espaçadores nos condutores secundários (baixa tensão) a fim de
prevenir o curto circuito entre fase-fase e fase-terra.
• Quanto da utilização de motosserras, verificar o contido no item 10
deste MIT.
• É proibido o uso de ferramentas de impacto, tais como facão,
machado, machadinha e foice, para corte de galhos estando o
executor da tarefa em plano elevado.

11.2 Corte de Árvores


• Conforme a atividade a ser desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes padrões GSST:
1-101 Análise Preliminar de Risco.
1-112 Utilização de Guindauto.
1-113 Utilização de Hidroelevador Linha Viva.
1-119 Utilização de Hidroelevador.
1-120 Utilização de Equipamento Digger.
1-413 Operação de Hidroelevador Isolado.
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5-161 Corte de Árvore Próxima da MT/BT.


5-164 Poda de Árvore em RDA MT/BT.
5-228 Corte/poda de Arvore.
5-842 Poda de Árvore Próximas a LT.
• Conforme a atividade a ser desenvolvida, devem ser seguidas as
orientações dos seguintes MITs (Manuais de instruções técnicas):
MIT 160912 Procedimentos de manutenção e construção
em redes convencionais e compactas energizadas.
MIT 160913 Procedimentos de manutenção de redes de
distribuição aérea desenergizada até 34,5 KV.
MIT 161004 Cesto aéreo para guindauto.
MIT 161613 Conjunto de segurança para trabalho em altura.
MIT 161614 Procedimentos de resgate e salvamento de
acidentado em redes e linhas de distribuição até 34,5 kV.
MIT161615 Amarração de escadas.
MIT 164207 Desmatamento e limpeza de faixas em linhas
de subtransmissão.
• Para as atividades de corte de árvores devem ser seguidas as
orientações do Anexo 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore.
• Devem-se utilizar EPIs e EPCs adequados conforme atividade
desenvolvida.
• Quando da utilização de cesto aéreo, durante o planejamento da
tarefa, deve-se dar especial atenção ao posicionamento do cesto
aéreo para a correta realização da atividade e para evitar que os
galhos ou tronco não possam atingir o veículo após o corte.
• Em áreas urbanas o método mais adequado para o corte da árvore
é o método por “fatiamento” onde a árvore é cortada de cima para
MANUTENÇÃO DE REDES DE BAIXA E MÉDIA Título Módulo Folha
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51 01 32
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baixo em pequenos pedaços evitando a queda de resíduos de


grande porte da árvore.
• Quanto à utilização de motosserras, verificar o contido no item 10
deste MIT.
• É proibido o uso de ferramentas de impacto, tais como facão,
machado, machadinha e foice, para corte de galhos estando o
executor da tarefa em plano elevado.

11.2.1 Para o Corte de Árvore Avaliar os Seguintes Aspectos:


• Se não há restrições legais para o corte da árvore.
• O tipo e tamanho da árvore.
• Qual o método será utilizado para o corte da árvore.
• Os riscos envolvidos.
• Certificar-se de que a árvore não oferece risco de queda sobre a
rede, edificações, automóveis, transeuntes ou o próprio executor.
• Verificar a existência de cipó para que a árvore, ou galhos, não
enrosquem, podendo mudar a direção da queda planejada.
• Verificar se a árvore não está pré-tensionada por outras
vegetações (erva daninha, cipós), pois pode ocorrer movimentação
ou queda involuntária da mesma.
• Nunca deixar árvores cortadas apoiadas em outras, pois podem
cair repentinamente com ventos ou pelo próprio peso.
• No caso de haver risco de queda da árvore sobre a rede
reprogramar a atividade verificando a necessidade de retirada dos
condutores para efetuar o corte com segurança ou utilizando os
métodos “por fracionamento” ou direcionamento com auxílio de
talha, tirfor, guincho veicular ou moitão.
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11.3 Equipamento Triturador de Galhos


• Este equipamento é destinado à trituração de galhos de árvores
provenientes das podas executadas próximas às redes e linhas de
distribuição da COPEL e deverá seguir as orientações do MIT
161617 Triturador de Galhos.
• O uso deste equipamento está em consonância com o MIT 164001
Licenciamento Ambiental de Empreendimentos da Distribuição e
vem atender às exigências dos órgãos ambientais quanto à correta
destinação dos resíduos triturados.

Figura 12 - Triturador de galhos

12 TREINAMENTO PARA PODADORES DE EMPREITEIRAS


CONTRATADAS

A relação de treinamentos que envolvem a atividade de poda e corte de


árvores estão descritos no MIT 163002 Avaliação Técnica das Empreiteiras.
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51 01 34
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2020

13 CONTROLE DE REVISÕES

Início de Responsabilidade
Versão Descrição
Vigência pela Revisão

Ademar - SED/DOMD
Julho/2006 Julho/2006 Osvaldo - SED/DOMD Elaboração do documento
Borges - SED/DOMD

Diego da Luz Munhoz -


SED/DOMS Incluído quadro de revisões
Maio/2012 Maio/2012
Paulo Reiner Michels - Revisão geral do documento
SED/DOMS

Revisão geral do documento.


Inclusão de atividade de poda e
corte de arvores referente à Linhas
de 69kV e 138 kV.
Fabiano A. Garcia - Inclusão do Anexo 1.
SEO/DPMO Inclusão do procedimento de
Paulo Reiner Michels - execução de poda quando há riscos
SEO/DPMO de contato com os condutores,
Junho/2019 Junho/2019
Carlos H. A. Rodrigues - utilizando procedimento de linha
SEO/DPMO viva em linhas desligadas.
Albari Lejambre Jr - Revisão da prescrição de poda com
SEO/DPMO interação com redes de BT.
Revisão do procedimento de
derrubada de árvores, esclarecendo
questões relativas à amarração e
técnica de corte.

Fabiano A. Garcia, Juliano


Revisão geral no item 11.2 –
César Baggio e Paulo
Outubro/2019 Novembro/2019 Execução da tarefa de corte de
Reiner Michels -
árvores
SEO/DPMO

Paulo Reiner Michels – Revisão do item 10 – Contemplado a


Janeiro/2020 Janeiro/2020
SEO/DPMO função de operador de motosserra.

Juliano César Baggio e Revisão geral do documento


Setembro/2020 Setembro/2020 Itamar Szuvovivski – (alteração de siglas devido
SMD/DPMD reestruturação)
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51 01 35
TENSÃO
Versão 2
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2020

14 APROVAÇÃO

Visto:

____________________________________
Rodrigo Zempulski Fanucchi – DPMD

Aprovado:

____________________________________
Andrea Cristina Brotto Bertolin – SMD
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51 01 36
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Versão 2
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2020

ANEXO 1 - Manual de Poda e Corte de Árvore


COPEL DISTRIBUIÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
DA DISTRIBUIÇÃO – SMD

DEPARTAMENTO DE PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO E


OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO – DPMO

DIVISÃO DE ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO DE REDES E


LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO – VMRD

MANUAL DE PODA E
CORTE DE ÁRVORE
Órgão emissor: SMD/DPMO/VMRD
Versão2 de 2020
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 39
2. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 40
3. TIPOS DE PODAS REALIZADAS PELA COPEL ................................................................................... 40
3.1. PODA EMERGENCIAL.............................................................................................................................. 40
3.2. PODA DE MANUTENÇÃO ......................................................................................................................... 40
3.3. PODA PREVENTIVA ................................................................................................................................ 40
3.4. PODA PROGRAMADA............................................................................................................................. 40
4. PROCEDIMENTOS GERAIS............................................................................................................. 40
4.1. ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PRÉ-PODA. ................................................................................................ 41
4.2. EXECUÇÃO DA PODA. ............................................................................................................................ 43
4.3. ORIENTAÇÕES PÓS-PODA....................................................................................................................... 44
5. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PODA ................................................................................................. 46
5.1. PODAS DE FORMAÇÃO ........................................................................................................................... 46
5.2. ÁREAS DE IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO ............................................................................................... 46
5.3. PODA DE CONFORMAÇÃO OU CONTENÇÃO ................................................................................................ 47
5.4. PODAS DE REPARAÇÃO .......................................................................................................................... 48
5.5. CASOS ESPECIAIS DE PODA ..................................................................................................................... 50
5.6. PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS......................................................................................................................... 51
6. DETALHES DA PODA ..................................................................................................................... 52
6.1. COMO EFETUAR OS CORTES .................................................................................................................... 52
6.2. GEMA VEGETATIVA ............................................................................................................................... 52
6.3. INCLINAÇÃO DO CORTE........................................................................................................................... 52
6.4. USO DAS FERRAMENTAS ........................................................................................................................ 53
6.5. ESCOLHA DOS RAMOS............................................................................................................................ 54
6.6. METODOLOGIA DE PODA ....................................................................................................................... 56
6.7. AMARRAÇÃO DOS GALHOS ..................................................................................................................... 60
6.8. ÉPOCA DE PODA ................................................................................................................................... 61
7. CORTE DE ÁRVORES ..................................................................................................................... 62
7.1. PROCEDIMENTOS PRELIMINARES .............................................................................................................. 62
7.2. METODOLOGIA .................................................................................................................................... 63
7.3. DIRECIONAMENTO DE ÁRVORE ................................................................................................................ 65
8. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA ................................................................................................. 70
9. FERRAMENTAS ............................................................................................................................. 71
9.1. TESOURA DE PODA................................................................................................................................ 71
9.2. PODÃO ............................................................................................................................................... 71
9.3. SERRAS MANUAIS ................................................................................................................................. 71
9.4. SERRAS CURVAS ................................................................................................................................... 72
9.5. SERRAS RÍGIDAS ................................................................................................................................... 72
9.6. SERRAS DE PERFIL UNIFORME ................................................................................................................. 72
9.7. FERRAMENTAS UTILIZADAS POR EQUIPES DE LINHA MORTA (COM REDE DESENERGIZADA) .................................. 74
9.8. FERRAMENTAS UTILIZADAS POR EQUIPES DE LINHA VIVA (COM REDE ENERGIZADA) ........................................... 74
10. CONTROLE DE REVISÕES ........................................................................................................... 75
1. INTRODUÇÃO
A regulamentação do fornecimento de eletricidade pela ANEEL, aliada à
necessidade dos consumidores de um serviço sem interrupções, impõe às
concessionárias deste serviço a obrigação por zelar pelos ativos sob sua
responsabilidade, garantindo a continuidade e segurança do serviço prestado.
Por outro lado, o aprimoramento da legislação ambiental, tornando-a mais
rigorosa e impondo punições severas aos infratores, obriga as empresas a
realizar a manutenção da arborização junto às suas redes dentro de critérios
técnicos que não comprometam a sanidade e a vida útil das árvores
manejadas.
A arborização urbana apresenta substancial contribuição positiva nas
condições das cidades, possibilitando a mitigação da poluição do ar, visual,
sonora, melhoria dos aspectos ambientais inter-relacionados à fauna e flora,
com o microclima e o equilíbrio térmico na ampliação da capacidade de
manutenção da umidade relativa do ar, além da harmonia paisagística que
proporciona.
Sendo assim, a implantação da arborização depende de um projeto bem
elaborado, levando em consideração as características físicas das cidades e as
características biológicas das espécies escolhidas para compor a arborização,
além do comprometimento dos órgãos ambientais municipais e/ou estaduais e
da população. Isso proporciona uma convivência pacífica entre as árvores e os
diversos equipamentos urbanos (rede elétrica e de telefonia, tubulação de água
e esgoto, etc.).
A arborização urbana integra o patrimônio público municipal e qualquer
intervenção deverá ser autorizada pela administração do município, salvo nos
casos de emergências, onde a empresa executa os serviços garantindo a
continuidade no fornecimento de energia, a segurança do sistema elétrico e a
integridade da comunidade. A COPEL é responsável por operar e manter em
perfeito estado de conservação suas instalações, com o mínimo possível de
interrupções aos consumidores. A COPEL centra seus esforços na poda
parcial, efetuando o afastamento da rede de distribuição, o que exige pessoal
especializado.
2. OBJETIVO
Este manual tem por objetivo estabelecer de forma prática os
procedimentos para a realização de uma poda eficiente e segura, com
orientações adequadas afim de preservar o bem-estar da população e a
harmonia entre árvores e rede elétrica.

3. TIPOS DE PODAS REALIZADAS PELA COPEL

3.1. Poda Emergencial


Direcionada para atender Ordens de Serviço, em situações de queda de
energia ou da iminência desta.

3.2. Poda de Manutenção


Direcionada para possibilitar atividades de manutenção na rede de
distribuição de energia, tanto na alta tensão, quanto na baixa tensão. Visa a
desobstrução, permitindo o acesso dos eletricistas aos equipamentos elétricos.
Ocorre ocasionalmente quando da realização de serviços regulares de
manutenção, por equipe própria ou de terceiros.

3.3. Poda Preventiva


Direcionada para evitar que hajam futuras situações de emergência,
esta pode ser executada, por equipes próprias ou terceirizadas. O
planejamento da poda preventiva é realizado pelas áreas de Manutenção das
Equipes Regionais ou de Serviços.

3.4. Poda Programada


Considera-se poda programada, as podas preventivas e de manutenção
que requerem o desligamento programado de trecho da rede de distribuição.

NOTA: A poda programada é realizada pela própria Prefeitura Municipal ou terceiros


devidamente autorizados. Sempre que solicitada para desenergização de seus circuitos,
com antecedência de 15 dias, a COPEL enviará um técnico, a campo para determinar
qual a necessidade de desligamento e o trecho a ser desligado.

4. PROCEDIMENTOS GERAIS
Algumas orientações devem ser seguidas para que o processo de poda
ocorra de forma correta e segura:
• MIT 160912 PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO E
CONSTRUÇÃO EM REDES CONVENCIONAIS E COMPACTAS
ENERGIZADAS.
• MIT 160913 PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO DE REDES
DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DESENERGIZADA ATÉ 34,5 kV.
• MIT 164207 DESMATAMENTO E LIMPEZA DE FAIXAS EM
LINHAS DE SUBTRANSMISSÃO.
• MIT 161615 AMARRAÇÃO DE ESCADAS.
• MIT 161608 MOTOSERRA.
• MIT 164001 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE
EMPREENDIMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO.
• MIS 06.00 PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DE
MOTOSERRA, MOTOPODA E SERRA PODA HIDRÁULICA.
• GSST GRUPO 1-100, 5-100, 5-200, 1-400 e 5-800.

4.1. Orientações de Segurança Pré-Poda.


- Antes da execução da tarefa, deve-se realizar seu planejamento,
identificando e analisando os riscos envolvidos através da APR –
Análise Preliminar de Risco, eliminando-os ou aplicando suas
respectivas medidas de controle e/ou tomando providências
cabíveis, conforme padrões da Gestão de Segurança e Saúde no
Trabalho – GSST – Grupo 1-100, 5-100, 5-200, 1-400 e 5-800.
- Sinalizar e delimitar a área de trabalho conforme indicado no
GSST 1-100.

Figura 1. Detalhe da sinalização de área


- Se necessário solicitar apoio do Serviço de Trânsito.
- Verificar a distância dos galhos à Rede de AT.
- Verificar a distância de trabalho aos condutores de AT.

- Verificar se os galhos a serem cortados têm possibilidade de


atingir os condutores ou se a distância de trabalho é inferior a 60
cm em 13,8 kV e 1,00 m em 34,5 kV. Nestes casos a rede de AT
deverá ser desligada, ou a poda executada pela equipe de Linha
Viva.
- Nos casos de utilização de escadas apoiar firmemente a escada
contra a árvore ou galhos que ofereçam a necessária resistência
e amarrá-la conforme orientação do MIT 161615.
- Todas as ferramentas necessárias devem ser içadas através de
corda auxiliar, não sendo permitido efetuar escalada com
ferramentas presas ao cinto.
- Instalar a corda de vida de preferência em galho ou tronco que
tenha condições de suportar o peso do eletricista conforme
orientação do MIT 161613.
- Quando da utilização de carretilha instalar a mesma com o auxilio
de linga em galho que tenha condições de suportar o peso
exercido pela atividade de içamento.
- As ferramentas necessárias para a realização da poda deverão
ser içadas ou descidas por meio de corda/balde de lona.
- Devem-se utilizar EPIs e EPCs adequados, conforme
especificados nos padrões de GSST
- Antes do início do serviço, deverá ser constatada a existência ou
não de casas de marimbondos, abelhas e vespas ou ninhos de
pássaros:
Quando constatada a existência de ninhos de pássaros no
galho a ser cortado, se possível verificar se esta ocupado
com pássaros, filhotes ou ovos, se isso acontecer adiar a
poda até que o ninho não esteja mais sendo utilizado.
Caso o ninho esteja em outro galho da árvore, deve-se
direcionar a queda do galho a ser cortado de modo a não
atingir o ninho identificado.
Quando houver casas de marimbondos, vespas ou abelhas
na árvore, deve-se providenciar a retirada dos insetos
antes da execução do serviço.
4.2. Execução da Poda.

- Os galhos deverão ser cuidadosamente podados, evitando que se


lasquem e prejudiquem a árvore e a operação.
- Cortar os galhos preferencialmente em tamanhos pequenos.
- Os galhos que ofereçam risco de queda sobre a rede, veículos
etc., deverão ser amarrados e conduzidos ou reprogramar a
tarefa.
- Tanto o podador quanto o eletricista que está no solo, devem
estar atentos para não serem atingidos pelos galhos que forem
podados.

Figura 2. Cuidados com queda sob pessoas no solo

- Proceder a poda utilizando ferramentas ou equipamentos


adequados para se realizar o corte dos galhos, obedecendo as
Técnicas de Poda.
- Usar bastão podador acoplado ao bastão universal para galhos
finos e serra de poda nos galhos mais grossos.
Figura 3. Uso de bastão podador

- A poda deverá ser realizada de maneira a não deixar galhos


acima dos condutores primários ou numa posição tal que, com o
vento, não possa tocar os condutores.

Figura 4. Detalhes da poda

4.3. Orientações Pós-Poda

- Não deixar galhos enroscados nas árvores podadas.


Figura 5. Detalhes da retirada de galhos

- Recolher/acondicionar os galhos em local que não interfira na


circulação dos pedestres, não obstruindo as entradas de veículos
nem no fluxo e acesso de bueiros.

Figura 6. Detalhes do recolhimento de galhos

- O recolhimento deverá ser efetuado em conformidade com o


disposto, nos prazos admitidos na legislação municipal, quando
houver, ou atendendo o firmado em contrato.
5. CONSIDERAÇÕES SOBRE A PODA
Podemos ter várias situações referentes à arborização junto a
rede elétrica. Existem casos onde as árvores já estão em conflito com a rede,
outros em que elas ainda não alcançaram a rede e também áreas desprovidas
de arborização, com futura intenção de implantação. Desta forma temos
diferentes espécies plantadas, vários tipos de copas em distintas situações e,
por consequência, diferentes métodos de poda.

5.1. Podas de Formação


Deverá ser executada em árvores cuja copa ainda não alcançou a Rede
Elétrica. Nestas árvores é de extrema importância efetuar a poda de tal forma
que elas não ganhem crescimento em altura, para que não entrem em conflito
com a rede, evitando assim, problemas posteriores de poda e interferência na
rede elétrica.
Nesta mesma linha, faz-se a poda com altura adequada, visando a livre
passagem de pedestres e a não obstrução de veículos de pequeno e grande
porte. É mais usual esta intervenção na fase inicial de implantação, nos
primeiros meses da muda, executada preferencialmente no próprio viveiro.
Estes argumentos mostram a importância de efetuar esta metodologia
de poda nestas árvores que ainda não alcançaram a rede elétrica, obtendo a
necessária harmonia entre as árvores, pedestres, rede elétrica e outras
situações.

5.2. Áreas de Implantação da Arborização


Em áreas desprovidas de arborização, a implantação de árvores deve
ser feita seguindo as seguintes orientações: em calçadas situadas nas faces
Sul / Leste ficam destinadas ao plantio de árvores de pequeno até médio porte
e as do lado Norte / Oeste destinadas a instalação de equipamentos públicos.
Sob a fiação devem ser plantadas espécies de pequeno porte (pequeno
crescimento em altura e volume de copa não muito acentuado). Árvores de
maior porte somente poderão ser plantadas em locais livres de fiação, com
espaço suficiente para seu desenvolvimento. Maiores esclarecimentos quanto
à implantação da arborização pública, consultar: COPEL e o Meio Ambiente:
Como Arborizar sua Cidade, onde constam informações importantes quanto a
características biológicas das árvores, espaços físicos adequados e espécies
recomendadas para cada situação.
Estas árvores deverão ser adquiridas em viveiros adequados e deverão
estar devidamente podadas para a implantação na arborização urbana, cabe
então direcioná-las a um crescimento correto no qual não prejudique
futuramente pedestres, rede elétrica etc. (Podas de Formação).

5.3. Poda de Conformação ou Contenção


Visa manter a copa da árvore sob controle. Consiste no desponte das
extremidades dos ramos e eliminação dos que reclinam. É também conhecida
como poda ornamental. Com este tipo de poda pretendemos diminuir ao
máximo o problema do contato dos galhos com fiação, sem prejudicar a
vitalidade da árvore. As figuras a seguir mostram exemplos da maneira correta
e errada da execução deste tipo de poda: (a) uma árvore que próxima de entrar
em conflito com a fiação recebeu a poda de maneira adequada (em azul), ou
seja, em toda a circunferência da árvore de forma a conter o crescimento,
possibilitando diminuir o conflito com a rede e manter a vitalidade da árvore,
além de evitar o crescimento de brotos vigorosos e com grande incremento. Já
na figura (b), vemos uma poda drástica, em vermelho, que fará com que os
brotos cresçam com grande velocidade (para suprir a grande redução da
massa verde), além de comprometer a vitalidade da árvore. A poda em “V” (na
cor laranja) resolve o problema do contato com a fiação, porém estimula o
crescimento dos ramos laterais, gerando um novo conflito com a rede em um
curto espaço de tempo.

Figura 7. Poda ornamental


5.4. Podas de Reparação
Deve ser executada em árvores que foram plantadas inadequadamente
ou mal conduzidas e que já estão em conflito com a rede elétrica. Neste caso a
poda deverá ser executada nos ramos das árvores com objetivo de livrar a
fiação elétrica de situações críticas, de forma que os galhos demorem o maior
tempo possível para alcançarem a parte superior da fiação.
Poda em “V”
Visa eliminar os ramos que estão prejudicando a fiação elétrica primária
e/ou secundária.

Figura 8. Poda em V

Obs: É importante na realização desta poda, quando possível a efetuar de tal modo
que altura da copa não ultrapasse a altura do poste, isso porque posteriormente a copa
vai reformular-se, assim podendo cobrir a fiação elétrica, colocando-a em risco.
Poda em “Furo”
Visa eliminar os ramos que estão prejudicando a fiação elétrica
secundária.
Figura 9. Poda em BT

Obs: Normalmente a poda é executada em “V”. Posteriormente a árvore se


recompõe fechando a copa de modo a tomar a forma de um “furo”. Somente em copas
muito densas é possível executar de início, a poda em “furo”.

Figura 10. Poda em MT

Obs: Somente executar a poda em “furo” em casos extremos, onde os outros sistemas de
podas não são passíveis de uso. Isto porque este método de poda deixa a fiação elétrica muito
propicia a acidentes, pois ela é encoberta pelos ramos da árvore.
Poda de Afastamento da Secundária (poda em “L” e “U”)
Visa eliminar os ramos que estão próximos à fiação da rede elétrica
secundária.

Figura 11. Poda de afastamento da BT

Obs: É importante na realização desta poda, quando possível a efetuar de tal modo que a
altura da copa não ultrapasse a altura do poste, isso porque posteriormente a copa vai
reformular-se, podendo cobrir a fiação elétrica, colocando-a em risco.

NOTA: Estes sistemas de poda, são mais propícios para árvores com copas globosas
ou umbeliformes, árvores como o Ipê (troncos simpodiais) não se encaixam nestes
métodos. Assim quando a interferência da arborização com a fiação elétrica for causada
por esse tipo de arquitetura de copa, será necessária a escolha correta dos ramos a
serem retirados, afim de livrar a fiação elétrica de futuros danos.

5.5. Casos Especiais de Poda


Existem casos de árvores que aparentemente não interferem na rede
(podendo inclusive localizarem-se relativamente longe), mas que sob a ação de
uma força exterior (ventos, tempestades), atingem os condutores.
Tais árvores devem ser podadas normalmente. Caso sejam bananeiras,
coqueiros, bambus, ou outros que não apresentem a constituição tronco-
ramos, devem ser retiradas do local (em área urbana solicitar autorização junto
à Prefeitura Municipal).
Obs: A identificação de árvores que estejam interferindo com a rede é feita, em geral,
pela observação das folhas que se apresentam queimadas ou amareladas, ou pelo perfil
da árvore do lado da linha, apresentando reentrâncias.

Figura 12. Casos especiais

5.6. Princípios Biológicos


Conhecimentos sobre as funções que realizam as plantas após uma
poda ajudam a compreender o tipo de poda adequada (curta, média ou longa),
de modo que não prejudiquem o seu desenvolvimento normal, evitando um
restabelecimento muito rápido dos ramos, que novamente tocarão os fios
elétricos.
Na poda “curta”, muito drástica, a seiva acumulada nas raízes tende a
restabelecer o equilíbrio biológico da planta com maior intensidade e rapidez. O
que significa que, em breve espaço de tempo, os novos ramos derivados das
poucas gemas mais ensolaradas se constituirão em ramos ladrões, atingindo
rapidamente os fios elétricos, havendo necessidade de repasse das podas,
pouco tempo após a anterior.
Através do conhecimento dos princípios biológicos que regem as
plantas, levados em consideração no planejamento da poda, privilegiando o
período de repouso vegetativo, obteremos melhor resposta à poda, com menor
vigor na brotação da planta.
6. DETALHES DA PODA
Existem vários fatores relacionados à poda que devem ser
considerados, para a sua realização correta, eficiente e segura.

6.1. Como Efetuar o Corte


Para efetuar o corte dos galhos corretamente, devemos levar em
consideração alguns detalhes que são de extrema importância para obter a
necessária eficiência, como: a gema vegetativa, a fossa basal, o colar e a crista
do galho, a inclinação do corte, o uso correto das ferramentas, a escolha dos
ramos a serem podados e a metodologia de corte.

6.2. Gema Vegetativa


O corte deve ser efetuado sempre logo acima de uma gema vegetativa,
pois se ficar um toco acima da gema, esta apodrecerá, podendo comprometer
toda a planta.
Quando se amputa um ramo qualquer de uma planta normal, as gemas
que mais prontamente se desenvolvem são as que passam a ocupar a parte
apical do referido ramo. Nos ramos situados horizontalmente, são as gemas
situadas na face superior, as mais ensolaradas, que prontamente se
desenvolvem.

Figura 13. Corte efetuado logo acima de uma gema vegetativa

6.3. Inclinação do Corte


O corte deve ser feito sempre inclinado para facilitar o escoamento da
água, em bisel de 45°, para fora da gema.
Figura 14. Corte em bisel de 45°

Por motivo de ordem econômica só se pincela as áreas dos cortes com


produtos especiais em caso de ramos grossos e de árvores com alto valor.
Essa operação tem que ser feita com muito critério pois embora proteja
o local contra infecções, atrasa muito o tempo de cicatrização, o que às vezes
aumenta o risco do aparecimento de agentes patogênicos.

6.4. Uso das Ferramentas


No ato do corte, com tesoura, a lâmina mais fina deve ficar sempre para
o lado da gema.
Na suspensão de ramos, a lâmina maior da tesoura deve ser inserida no
ângulo fechado do ramo, para que o corte seja adequado.

Figura 15. Uso de ferramenta


6.5. Escolha dos Ramos
Para efeitos paisagísticos, recomenda-se na poda sempre eliminar os
ramos ladrões (1), verticais que obstruem a copa (2), ramos cruzados
que se roçam (3) e pendentes inadequados (4), assim será mantida a
arquitetura original da copa .

Figura 16. Tipos de ramos

Porém eliminando tais ramos, a árvore ganhará crescimento em altura, o


que não é interessante para a arborização levando em conta a presença da
rede elétrica. Assim será necessária uma poda estratégica no ramo primário,
visando delimitar o crescimento vertical da árvore, desviando-o para as laterais.
Figura 17. Direcionamento de crescimento
Exemplificação da poda estratégica, em diferentes Arquiteturas de
Copas:

Figura 18. Poda estratégica

Figura 19. Poda estratégica

6.6. Metodologia de Poda


Poda de galhos finos ou pequenos ramos
No caso de pequenos ramos é suficiente um corte apenas, de baixo
para cima, ou com dois cortes.
Poda de galhos verticais
Serão necessários três cortes: os dois primeiros do lado do tombamento
do ramo, em forma de cunha, sem atingir a linha de eixo do ramo, sendo o 3°
corte do lado aposto, de cima para baixo na direção do 2° e até encontrá-lo.
Figura 20. Corte de galhos verticais

Poda de galhos grossos


O procedimento para remover os grandes ramos, desenvolve-se da
seguinte forma: o 1° corte deve ser realizado por baixo do mesmo, a
aproximadamente 50 cm de seu ponto de derivação. O 2° corte será feito a 5
cm de distância além do 1°, de cima para baixo. Os 3° e 4° cortes serão feitos
rente ao ramo de onde deriva, isto é, o 3° de baixo para cima e o 4° de cima
para baixo, de modo a se encontrarem, conforme figura a seguir:

Figura 21. Corte de grandes ramos


Corte em relação ao Colar e Crista do galho.

Figura 22. Colar e Crista do galho

Quando presentes nos galhos a serem podados, a crista e o colar não


devem ser retirados junto ao ramo, pois, a base para o processo de
compartimentalização (cicatrização) das lesões de galhos são as células do
colar.

Figura 23. Lesões de galhos


Poda de galhos com Fossa Basal.

Figura 24. Fossa Basal

Galhos que apresentam a fossa basal devem ser sempre retirados,


mesmo que não estejam interferindo na rede ou apresentando riscos futuros a
ela. Isso porque a fossa basal indica que o galho está em processo de rejeição
pela árvore, sendo que mais cedo ou mais tarde ele irá se romper e cair,
podendo causar acidentes com pedestres, veículos, etc.
Poda Incorreta

Figura 25. Poda incompleta

Nunca deixar um galho deste modo, ele apodrecerá e danificará a


árvore.
6.7. Amarração dos Galhos
Quando, na poda de grandes galhos/ramos, existir risco de queda sobre
condutores, casas, veículos, pedestres, entre outros, será necessário proceder
a amarração do galho para que se proceda a devida segurança do trabalho.
Tentar estimar o peso dos galhos superiores e fazer a amarração, numa
altura em que a equipe tenha condições de sustentar o peso dos mesmos.
O uso de cordas nesta situação pode ser perigoso, devido à dificuldade
de estimar o peso do galho ou da árvore que irá cortar.
Quando necessário, utilizar carretilhas ou cabos de aço com guinchos
manuais bem ancorados.
No caso de poda de galhos maiores, torna-se indispensável o uso de
cordas de sustentação. As mesmas apoiadas em forquilhas superiores ao
galho a ser cortado, orientam a direção da sua descida ao solo que podem ser
efetuadas por uma corda guia adicional.

Figura 26. Amarração de galhos


Figura 27. Detalhes de amarração de galhos

6.8. Época de Poda


Se as feridas causadas pela operação de poda não forem extensas,
caso de Podas de Correção (ex: para minorar os efeitos de um acidente) ou se
os ramos tiverem pequenas dimensões (até 2 cm de diâmetro), a poda poderá
ser feita a qualquer época do ano.
Em caso de podas de limpeza, o verão é a época mais indicada para
executar a atividade, pois os ramos doentes, mortos, fracos ou mal nutridos
são mais visíveis nesta época. Por outro lado, os ramos cruzados que ofendem
a estética, serão eliminados com maior facilidade no inverno quando se trata de
árvores decíduas.
Para a poda de regeneração, a época mais apropriada é
preferencialmente no final do inverno.
As árvores perenifólias, sempre que possível, devem ser podadas no
início do verão, onde há o término da frutiferação à emissão de novos brotos,
assim os galhos remanescentes podem preencher as falhas deixadas pelo
corte de ramos e galhos. Isto é válido para podas leves.

Nota: Repouso Aparente: Algumas árvores (clima tropical) perdem as folhas durante o
inverno ou qualquer outra época do ano. Após este “repouso”, surgem os botões florais,
depois novas folhas e frutos. Tratava-se, pois, de um repouso apenas aparente, uma vez
que a árvore estava se preparando para o florescimento. Uma poda nesta fase, seria
desastrosa para a resistência da árvore. Então, havendo dúvida, as árvores devem ser
podadas após a florada.

7. CORTE DE ÁRVORES

7.1. Procedimentos Preliminares


Detalhes a ser observado na APR - Análise Preliminar de Risco.
• Verificar o tipo de árvore e se há necessidade de autorização e
documentação para a remoção da árvore.
• Usar todos os Equipamentos de Proteção individual (EPIs)
necessários para a tarefa de corte de árvores:
o Operador de motosserra: Uniforme completo, calça para
operador de motosserra, capacete, protetor facial de tela,
protetor auricular tipo concha, óculos de segurança, luvas
e coturno;
o Demais da equipe: uniforme (calça e camisa), capacete,
óculos de segurança, luvas e coturno.
• Toda árvore nas condições apresentadas em um dos itens abaixo
deve ser direcionada, portanto devem ser obedecidas as
orientações constantes no item 7.3 - Direcionamento de Árvore:
1. Quando a altura for igual ou maior que os cabos da rede
e/ou linha de energia, e/ou;
2. Quando a altura for superior a 9 metros, e/ou;
3. Quando a circunferência na altura do corte for superior a
63 cm (equivalente a 20 cm de diâmetro).
OBS.: Em situações não constantes nos itens acima, a
necessidade do direcionamento fica a critério da avaliação feita
durante a Análise Preliminar de Riscos (APR).
• Verificar a disposições dos galhos unilaterais;
• Verificar o alinhamento da árvore, em algumas variedades, o
galho que forma bifurcação, devido a seu peso e tamanho pode
“puxar” a árvore da provável direção de queda planejada na APR;
• Verificar a direção e intensidade do vento. Devido a galhada da
árvore a ação do vento exerce uma força muito grande, podendo
alterar a direção de queda;
• A direção de tombamento da árvore deve ser aproximadamente
90º em relação aos condutores do circuito;
• Caso existir risco de queda sobre os condutores, reprogramar a
tarefa com a retirada dos mesmos;
• Verificar a existência de insetos como abelhas, vespa,
marimbondo e outros que possa interferir na segurança da
atividade;
• Verificar se há espinhos na árvore que possam interferir na
segurança da atividade;
• Verificar se há risco de projeção dos galhos para a redes de
energia elétrica, edificações, veículos, pessoas;
• Verificar se tem galhos soltos na copa da árvore ou de outras
árvores que possa atingir o operador;
• Nunca deixar árvores cortadas enroscar em outras, pois pode cair
repentinamente com ventos ou pelo próprio peso;
• Estabelecer rotas de fuga livre de obstáculos para
eventualidades, as rotas devem ser planejadas/construídas no
sentido lateral à tendência de queda da árvore;
• Verificar a existência de cipó para que a árvore, ou galhos, não
enrosquem, podendo mudar a direção da queda planejada;

7.2. Metodologia
Para o corte de árvores, a metodologia é quase a mesma da poda de
galhos verticais, fazem-se dois cortes para formar a cunha (sem atingir a linha
de eixo do tronco). A escolha do local no tronco a fazer a cunha é importante
para direcionar o corte, afim de não ocorrer nenhum acidente.

A abertura da “boca” é um corte horizontal no tronco (sempre no lado de


queda da árvore) a uma altura de 20 cm do solo. Esse corte deve penetrar no
tronco até atingir cerca de um terço do diâmetro da árvore.
Em seguida, faz-se um outro corte, em diagonal, até atingir a linha de
corte horizontal, formando com esta um ângulo de 45 graus.
Por último, é feito o corte de abate lentamente de forma horizontal, no
lado oposto à “boca”.
A altura desse corte em relação ao solo é 30 cm, e a profundidade
atinge metade do tronco.
A parte não cortada do tronco (entre a linha de abate e a "boca"),
denominada dobradiça, serve para apoiar a árvore durante a queda, permitindo
que esta caia na direção da abertura da “boca”, evitando assim o rebote da
árvore no sentido do operador da motosserra. A largura da dobradiça deve
equivaler a 10% do diâmetro da árvore.

NOTA: O corte e derrubada de árvores devem ser feitos, impreterivelmente, de maneira


individualizada, sendo expressamente proibida a derrubada conjunta. Ter atenção na
puxada para acompanhar a velocidade de queda. Não cortar árvores se houver ventos
fortes e/ou variáveis. Nunca derrubar árvores quando estiver sozinho. Durante o
processo de corte, solicitar ao companheiro observar a presença de animais ou pessoas
desavisadas que possam se aproximar do local sem que o operador perceba.

Figura 28. Detalhe do 2º corte


Figura 29. Detalhe dos cortes

Árvores com sapopemas


São árvores com raízes laterais situadas na base da árvore fazendo com
que a base do tronco fique maior com aparência de um cone

Figura 30. Detalhe dos cortes de sapopema

7.3. Direcionamento de Árvore


É a derrubada que exige ancoragem da árvore através de técnicas de
tracionamento específico.
Tipos de ancoragens
Estática – É feito um pré-tensionamento com amarração/fixação de
corda/cabo de aço/fita de tração no alto da árvore a um ponto fixo no solo
resultando na estabilização da árvore em um ou mais sentido.

Nota: Esse procedimento tem por objetivo a estabilidade na queda da árvore quando
esta não se enquadrar nos quesitos de direcionamento, apenas para evitar a queda da
árvore no seu sentido natural de queda, mas necessariamente não direciona a queda
para um ponto específico. Este pré-tensionamento pode ser feito através de tirfor, nó
carioca, catraca, moitão.

Dinâmica – É feito um pré-tensionamento com amarração/fixação de


corda/cabo de aço/fita de tração no alto da árvore a um ponto no solo, porém
auxiliado por dispositivos para puxada, tais como: tirfor, guincho veicular, talha
ou moitão, permitindo o direcionamento exato da queda.

Nota: Esse procedimento tem por objetivo o direcionamento da queda da árvore e é


obrigatório quando esta apresentar altura igual ou superior que os cabos da rede e/ou
linha e/ou altura maior que 9 m (7 gomos da VTT) e/ou circunferência na altura do corte
for superior a 63 cm (equivalente a 20 cm de diâmetro).

Direcionamento com moitão, tirfor, talha ou guincho veicular


É quando se utiliza moitão, guincho veicular, tirfor ou talha associado a
corda/cabo de aço para o direcionamento de árvore. Para estes casos deve-se
sempre prever se a capacidade do equipamento é apropriada e de resistência
suficiente para suportar a força de tracionamento exercida no momento de
direcionar a árvore.
Determinar o trajeto de queda da árvore e identificar a área que pode ser
atingida pela mesma na derrubada.
Desobstruir a área determinada para a queda da árvore:
• Remover os galhos, troncos, cipós, etc. que possam causar o
“efeito gangorra” e o rebote do tronco na direção do cortador.
Identificar os pontos de ancoragem necessários para o direcionamento
da queda.
O ponto de ancoragem do tracionamento:
• NÃO pode estar dentro da área possível de ser atingida pela
árvore durante a queda (se necessário usar a patesca – figura
31);
• Caso tenha que utilizar patesca ou moitão procurar sempre
ancorar em um ponto resistente;

Figura 31. Detalhe do ponto de ancoragem do tracionamento

• NÃO pode estar dentro da área possível de ser afetada pelo


“efeito dominó” (uma árvore derrubar outra e atingir o tracionador
- figura 31);
• Amarrar a escada e utilizar o conjunto para trabalho em altura
para fixar a corda/cabo de aço na árvore a ser direcionada;
• Amarrar a corda/cabo de aço na árvore a ser direcionada, no
ponto mais alto que conseguir (mínimo 6 metros de altura);
Figura 32. Detalhe do uso do tirfor

Figura 33. Detalhe de fixação de cabo de aço em árvore

Nota: para maior confiabilidade, em árvores de grande porte, deve-se utilizar mais de
uma ancoragem na árvore a ser derrubada, criando dois ou mais pontos de ancoragem
em “V”.
Figura 34. Detalhe de amarração de árvore em “V”

Nota: Quando a árvore a ser derrubada tiver mais de um tronco ou galhos unilaterais
grandes que ofereçam risco de quebrar, rachar ou influenciar na direção da queda, deve-
se efetuar amarrações independentes nos mesmos para garantir o direcionamento da
queda.

Determinar a rota de fuga do operador da motosserra:


• A rota de fuga deve ser no sentido lateral a queda da árvore
(figura 35);

Figura 35. Detalhe da rota de fuga

• Remover qualquer coisa que possa fazer o operador tropeçar e


cair;
• O trajeto da rota de fuga deve estar livre para distanciar-se ao
menos 4,5 metros do ponto de corte;
• Deslocar-se pelo trajeto da rota de fuga quando a árvore estiver
caindo.
Figura 36. Detalhe do uso de guincho veicular

Se necessário, para evitar o “coice” ou deslizamento da árvore ao ser


cortada, utilizar um outro cabo de aço fixado na árvore (50 cm acima do local
do corte) e preso a um ponto inerte e seguro no lado de tombamento da árvore
conforme demostrado na Figura 37;

Figura 37. Detalhe do tracionamento auxiliar para evitar o coice da árvore

8. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Devem ser utilizados equipamentos de proteção individual e coletiva
sempre que necessário, com o objetivo de evitar acidentes com lesões,
devendo ser adotados todos aqueles recomendados nas normas internas da
COPEL, além dos exigidos pelos fabricantes e fornecedores de equipamentos
e ferramentas.

9. FERRAMENTAS
As equipes devem possuir orientações específicas e ter disponíveis as
ferramentas a serem utilizadas nas podas, considerando que cada uma tem
sua aplicação, garantindo assim um trabalho eficiente e seguro. Antes de iniciar
a poda deve ser definido a escolha das ferramentas mais apropriadas para a
execução da atividade de maneira segura e eficiente.

9.1. Tesoura de Poda


Servem para executar cortes de galhos finos (até no máximo 15 mm de
diâmetro) e distinguem-se por duas modalidades:
Tesouras de poda uma lâmina
Sobre uma base de apoio o corte é realizado puxando a lâmina sobre o
galho, isto em função da articulação da ferramenta proporcionando um corte
mais leve.
Tesouras de poda dupla lâmina
O corte é realizado por cisalhamento transversal das fibras, sendo
importante o posicionamento da ferramenta, perpendicularmente ao galho,
especialmente quando da execução em madeiras mais duras. A inadequada
posição, acarretará um afastamento das lâminas e a consequente abertura das
mesmas, não completando o corte efetivo do galho.

9.2. Podão
Esta ferramenta é uma tesoura de poda montada sobre hastes de
comprimentos diferentes, acionada através de uma corda, equipadas com
roldanas e braços de alavancas para proporcionar redução de forças. Realiza o
corte com relativa facilidade dependendo das dimensões do ramo. Mesmo não
tendo limitação de altura, recomenda-se a sua montagem em hastes com
comprimento inferior a 6 metros, por motivos de segurança.

9.3. Serras Manuais


Quando os galhos a serem podados apresentarem diâmetros entre 2 e
15 cm, recomenda-se o uso das serras manuais, que apresentem
preferencialmente de 6 a 2 dentes por polegada nos mais diferentes formatos:
9.4. Serras Curvas
Estas facilitam o corte, pois no movimento imposto à lâmina, os dentes
são forçados contra a madeira, necessita de maior tecnologia para sua
fabricação e manutenção (para a afiação e o travamento).

9.5. Serras Rígidas


Possuem lâminas mais largas que aquelas tencionadas por arcos, por
consequência a largura do corte é bem maior, o que irá proporcionar uma
maior remoção de material, necessitando de aplicação de esforços intensos
sobre a ferramenta.

9.6. Serras de Perfil Uniforme


Estas necessitam de trava (um desvio dos dentes para os lados
alternadamente). O travamento serve para proporcionar um corte com largura
maior que a espessura da própria lâmina, possibilitando maior facilidade no
processo de corte, reduzindo a fricção ou atrito entre a ferramenta e as paredes
do corte. As ferramentas disponíveis no mercado atualmente já apresentam
perfil dos dentes trapezoidal, sendo que esta alternativa substitui o travamento.

Figura 38. Tesouras para poda - Podão profissional para corte de madeira seca ou madeira
verde bastante dura.

Figura 39. Tesoura SEBE - A) Versátil, B) Profissional Grande, C) Profissional Sebes Alta,
Corta sebes para diversas utilizações. Possui batente de borracha para evitar lesão por
esforço repetitivo.
Figura 40. Serrote com cabo de madeira, com dentes extremamente agressivos, permitindo
rapidez e facilidade de corte. Lâmina tratada anti-corrosão. Corte indo e voltando.

Figura 41. Serrote com cabo de material especial semelhante a plástico, bastante
resistente e ergonômico. Dentes extremamente afiados e agressivos, proporcionando um
corte bastante limpo. Serrote com dentes não afiáveis e possui lâmina de reposição.

Figura 42. Serrote com cabo de madeira, com dentes extremamente agressivos, permitindo
rapidez e facilidade de corte. Lâmina tratada anti-corrosão. Corte indo e voltando.
Figura 43. A-) Tesoura de poda Aérea, B-) Serrote com cabo em tubo metálico para corte
em altura, com dentes extremamente agressivos, permitindo rapidez e facilidade de corte.
Lâmina tratada anti-corrosão. Corte indo e voltando, C-) Lâmina para serrotes de poda.

9.7. Ferramentas Utilizadas por Euipes de Linha Morta (com Rede


Desenergizada)
• Escada de madeira ou fibra de vidro extensível;
• Carretilha, para içar ferramentas;
• Corda de poliamida ou poliéster;
• Sacola de lona;
• Bastão podador manual;
• Serra tipo “Jack”, serrote de marceneiro;
• Serrote japonês e serra de arco;
• Serrote reto;
• Serrote curvo;
• Motosserra ou motopoda;
• Cones de Sinalização;
• Fitas plásticas para isolamento de áreas.

9.8. Ferramentas Utilizadas por Equipes de Linha Viva (com Rede Energizada)
• Equipamento hidráulico com cesta aérea isolada;
• Escada de madeira ou fibra de vidro extensível, para trabalhos à
distância;
• Carretilha, para içar ferramentas;
• Corda de poliéster ou poliamida;
• Sacola de lona;
• Serra hidráulica de corrente;
• Bastão podador hidráulico;
• Motosserra ou motopoda;
• Bastão podador manual;
• Cones de sinalização;
• Fitas plásticas para isolamento de área.

NOTAS: É vedada a utilização do machado, foice e facão, que são ferramentas


consideradas de impacto e restritas às operações no solo e acondicionamento do
resíduo. Motosserra ou Motopoda. Para orientações sobre utilização de motosserra ou
Motopoda consultar o MIT 16.16.08.

10. CONTROLE DE REVISÕES


Início de Responsabilidade pela
Versão Descrição
Vigência Revisão

2019 Janeiro/2019 SMD/DPMO - FABIANO AUGUSTO GARCIA Revisão do documento.


SRF/DGMR - OLIVAR HELT

Fabiano A. Garcia, Juliano César Baggio e Revisão geral no item 7 – Corte de


2019 Outubro/2019
Paulo Reiner Michels - SEO/DPMO Árvores

Alterado o item 7 (Corte de


Árvores) inserindo as condições
de altura superior a 9 m e
Juliano César Baggio e Itamar Szuvovivski –
2020 Setembro/2020 circunferência superior a 63 cm
SMD/DPMO
como obrigatórias para o
direcionamento de árvores
quando da derrubada destas.

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