Enfermagem no Contexto Atual e Histórico
2020.1
Thayanne Carla de Souza Bezerra Silva
Resenha do Filme de Ana Neri
O filme que retrata a história de Ana Neri inicia com o momento em que ela decide ir
para a guerra.
Após perder o marido, Ana ficou responsável por criar, sozinha, 3 filhos e dois deles
se tornaram oficiais do exército e foram para a guerra.
Considerando que familiares dela estavam lá, ela decidiu se envolver para estar
próxima deles e também para prestar serviços.
Ana Néri afirmava que não poderia ver a guerra diante de si e não fazer todo o
possível para ajudar. E o trabalho dela, como enfermeira, era voltado para os
feridos.
Ela se dirigiu para um hospital de campanha e logo ao chegar, o capitão disse que ela
estava permitida a cuidar dos feridos mas não poderia ir a um lugar onde alguns
homens estavam em isolamento.
Ana começou o seu trabalho e a primeira coisa que fez foi cuidar de um menino
paraguaio que estava entre os militares. Entretanto, o capitão não gostou dessa
atitude e afirmou que ela acabaria respondendo à corte marcial se desobedecesse
uma de suas ordens novamente. Nesse caso, oferecer cuidado ao “inimigo”.
O filme mostra que havia um espanhol que acompanhava e auxiliava Ana Néri e,
após ela ter sido condenada a lavar as roupas de todos os soldados por ter ajudado o
menino paraguaio, esse espanhol ficou ao seu lado na realização dessa tarefa.
Como dito, Ana foi condenada a lavar as roupas dos militares mas, além disso, ela se
dispôs a trazer uma melhor higiene para o local onde os feridos ficavam,
organizando grupos para cuidar da parte dos banhos, da limpeza do local, da
alimentação etc. Tudo para manter o hospital organizado e limpo, longe de bactérias
que poderiam acometer os pacientes.
Certo dia, Ana foi na área onde alguns feridos eram supostamente isolados mas ao
chegar lá, ela viu que um soldado inimigo estava sendo torturado e o libertou.
Ninguém a viu então não tinham provas contra ela, apenas suspeitavam.
Ana sempre dizia que o seu propósito era cuidar das pessoas independentemente se
elas eram do exército brasileiro ou não.
O filme também mostra que um duque foi nesse hospital de campanha e elogiou
muito a forma como tudo estava sendo organizado em relação a higiene para
atender melhor a necessidade dos militares.
Após a visita desse duque, foi descoberto que o capitão mantinha inimigos em um
isolamento em que eles eram torturados e abandonados para morrer, além disso,
um militar ferido não havia sido operado e cuidado por ordem dele. Dessa forma, ele
foi retirado do cargo.
É importante citar também que durante esses momentos, um filho de Ana acabou
morrendo na guerra.
Já na reta final do filme, houve um ataque a base militar e diversos soldados
morreram, incluindo o espanhol que auxiliava Ana Néri.
O filme termina com uma frase dita por ela que se refere a um soldado inimigo “é um
ser humano, tenente”.
De uma forma positiva foi possível perceber o amor de Ana em cuidar dos feridos e
oferecer tudo o que tinha para ajudá-los.
Mesmo em um período em que ela poderia simplesmente ficar protegida pelos
muros da própria casa, ela se dispôs a entrar na guerra com um grande e importante
objetivo de salvar vidas.
Observar a vida de Ana Néri é algo que deve nos despertar a oferecer o nosso
melhor independente das circunstâncias. Além disso, o seu exemplo nos mostra que
não é sobre nacionalidade, raça ou etnia, é sobre humanidade e sobre vidas.
Esse filme, de maneira resumida, nos apresentou o amor que Ana tinha em exercer a
enfermagem. Ver ela afirmar que, acima de tudo, o inimigo era humano, me fez
perceber que o cuidado ultrapassa qualquer barreira que seja imposta pela
sociedade.
Ana Néri foi um grande exemplo que deve nos inspirar a ser o melhor que pudermos
todos os dias.