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Caderno Tetra 1

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Paneer NOME: CURSO: TELEFONE: E-MAIL: OBSERVAGOES: TURMA: ‘ator: André Olver de Guadalupe, Eas Avencin| de Brit, Esther Pereira Svea Rosado, Gilberto Elis SalomBo, Guilherme Aul ino Bastos lorge, Marcelo M guel Martins Palisson, Marcio Alberto de Faia Pres, Murlo Medici Navarro Cruz, Nicolau Arbex Sarde, Renato Alberto Rodrigues (Ti), Renato Gores de Carvaho, Umberto César Chacon alongs. Diego gera: Roger Timer Gerdncia editorial Jodo Carlos Pug ‘oordenacio de edo téeniea: Varia L dos Santos. Ribera, ldo téenlea: Equipe de eatorestécnicos da Editors Piedra, Coordenacio de produgio editorial: lia Scherrer dos Santos. ‘Analsta de produso editorial: Claudia Moreno Fernandes. Faigho: Equipe de ego da EstoraPoiecta, ‘oordenasdo de revisSo: Marana Castle Qusios, Revisd0; Equipe de reviso da EditoraPoledro. ‘oordenasdo de ate: Kleber 5. Prtela «Welingten Paula Diagramagdo: Equipe de arte da Eltora Poiedro lastragbes: Equipe de lstracdo arte da Eaitora Poliesio ‘oordenagio de PCP: Anderson Févo Corea Preto grafico capa: Alevanire Mercia Lamas Patricia Apareica Mooteite, Impressioe acabamento: Nywerat A Eultera Poliecto pesquisou junto as fontes aprepriacas a existéncia de eventual detentores dos dretos de todos os textos «de todas as obras de ates pléscas presents nesta obra, sondo que sobre alguns nerhurra referéncia fol encenuada. Em caso de miso, ivoluntiria, de quasquer erétos faantes, estes ser30 inculdos nas Fras sigs, ettando ands, reservados os direitos referidos noe arts, 28 79 dal 610/98, POLIEDRO SISTEWADEERSRIO Sto lost dos Campos ~SP IB8N: 97885-7901-073-6 Telefax: (12) 3928-1615, estora@sstzmapaiedracombr ww sisterapaliedra com br Copyright © 2017 Todos os direitos de edo reservados &Editora PoBedro » » CARTA AO ESTUDANTE a Prezado estudan Cada material que o Sistema de Ensino Poliedro desenvolve ¢ construide pensando em detalhes para ‘eontriauir efetivamiente como seu desenvolvimento e sucesso, auxiiando no aprendizado eas melhores estratégias deestudonessa ase tioimportanteda sua vidal Assim, acolecdo paraa 3#série co Pré-vestibular ‘i organizada de forma a otimizar os estudos e, ao mesmo tempo, oreparar para os diversos tipos de selegdo que voc# enfrentaré 20 final da Educacdo Basica, assim como para o Ener. ‘Oque estudar mais? -Mesmo que algumas provas tenham como objetivo ‘waliar o seu conhecimento por meio de competéncias, hablidades, estudar os conteddos das disciplinas & ‘essencial. Uma estratégia que pode ser utlizada é ma- pear os estudos de acorde com os contetidos em que ‘yocé tern maior ou menor domtnia. Priorize os itens im- Portantes em que voce tem maior dificuldade @ apenas revise os que jé sabe. od upoRTANGIA DOs ASSUNTOS CONMECIMENTO SOBRE OS ASSUNTOS Sige 2s dicas, mas lembre-so: cada alunoé Unica. Quem deve buscar as melhores estratépiasé voce fom inicio de ano e bons estudos! Sistema de Ensino Poliedro » ROTEIRO DO ALUNO V TETRAEDRO » > » | ee Linguagens, Cédigos e suas Tecnologias Pome [Mima car) Ab to I Ne Ea at soo bste2. prec bsSe6 bse. Ab. bo ‘abs te 2. bse i. bis dss 10 Ads tte Ads, Ase. Ad tTe Frente 1 Baneccess Frente Unica ReSee Roe RE Frente 2 geRESe SaaS | gee Matematica e suas Tecnologias , sa ute ‘ eto ‘ cous rr is ise rr Adgiet hdgiet 13 fy Msse6 a fm Ms $06 nn 6 ae Baste ie us Hotel B aise... IB © tals the 1. cy S tdutien 1B % pdsiielt 82 diel 8 ” disse dsl 8 Ad Dethn9 fdsTelt : we ta I) wee fn ne vi mae 1 2s mize sted * 20 Misael am Asie ag a = AbsSebosuc i Mischa a 2% AbsTeh hbsTel 0 » 2 bse am biel nt = a Absite at biel m8 a 6 “ Po ig Abie fy Mice an = a” : Po B nistsets.. om 2 nasties 38 ao 0 bs tells iste & a & = & & 7 3 20 9 m 29 2 A 7 3 | Lae Giéncias da Natureza e suas Tecnologias st er ; a: — a 7 er, aaa 5 anes Baio = ee ‘Ades. Bt ey B Absiat. a pos A ee Boies = Basia sane tte Abita ar aes mee Aneta tenis Neve ar a cae moe ie as arrears es as Bee ape ie nies Ba oss B hste a a 2 xtsni. oe B ioien on Baie IB stew as fanaa x rae ee 5 meee fated x Apes ” ee ‘ci : hea » Aisi fata = le My taises se fe 5 By matt os ; Aoas708 a £ 7 é bs 9010 8 Basen eee Met AMES TED oS SA ABS 11212 sn SL © bs Belt at perme fons ioeucles os ae tees aaa eee > . * TABELA DE HORARIOS ® > ® woRARIO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO Pane Be Brosrucut Apresentacio das dasses gramaticais, com énfase no substantivo, Para classiticar uma palavra morfologicamente, é pre- cso inserisa na frase. Em “O carro nove", por exemplo,, © vocdébulo novo é adjetivo, pois dé uma propriedade a0 ser (carro), mas em “O novo transgride”, o mesmo termo,, nova, & substantiva, pois esta precedido de artigo. Para os exames modernas, ¢ importante percabera funcionalidade das classes gramaticais (ou classes de palavras) no texto, isto 6, os efeitos de sentido decorrentes do seu emprego. Observe o resumo a seguir. Grupo nominal 3 — Grupo rolacional A= Interjeigdo We if #H SYS 24> EXERCICIOS DE SALA » Texto para a questo 2 Expedico de 5 anos mapeia preparos, ingredientes e personagens pelo Brasil A beira do rio Negro, no Amazonas, chega-se de barco 2 umg comunidade na qual vive Mancel Gomes. Ele colhe mandioco-brava numa pequeno roca, faz farinha-d'égua e 8 PORTUGUES | TETRA! CLASSES DE PALAVRAS | = Substantivo (Classe gramatical que nomeia 0 sec Classificagao: simples (um radical: sol) ou compos- ‘to (mais de um radical: giressol); concreto (elementos do mundo natural: pedra) ou abstrato (categorias abstratas — sentimentos, qualidades, agBes: Felicidade, riqueza, inter- ‘vengio}; primitivo (palavra de origem: café) ou derivado (palavra derivada: cafezal); comum (ser da mesma espécie: professor) ou préprio (um ser em particular: Francisco} Flexo: 0 substantivo pode flexionar em genera (mas- culinoffeminino), nimero (singular/plural) ou grau (au- mentativo/diminutivo) ‘A mudanga de género pode gerar mudanca de signifi- cada, = Nao havia capital para a construcio da nova capital. A mudanca de nimero pode alterar o sentido do subs- ‘antivo. — Na costa do Ceard, turistas japoneses davam as ‘costas para ingleses. Novalor conotativo do grau, o aumentativo eo diminu- tivo podem assumir um tom afetivo ou ofensive. = Aquele homenzinho de bar e de pouco cardter. Selesao lexical: conjunto de palavas que remetem a um mesmo universo de conhecimento: ladrao, crime, rou- bo, assalto, prisio, morte. Por exemplo: O maior ladrao da vide € 0 tempo, esse criminoso, que assalte a vida ditando amorte. enterra bucho de jaraqui, um peixe popular na regio, para adubar @ terra, ‘Manuel Bandeira, o poeto, dirta que o ribe'rinho fala 0 “lingua errade do povo” = 0 povo que fale “gostoso 0 portu- ués do Brasil” Pois ele mistura banha de cobra com raiz de o¢0/ para the servir de cura quando 0 “corpo réi" fm cutra populagao remota, em Mangue Seco (8A) uma senhora canta para atrair aratus, aqueles carangue- Jinhos tipicas dos manguezals, que se prestam a preparos como a moqueca enrolada na olha de bananeira, como fa- 11a dona Flor, a cozinheira da ficgio de Jorge Amado, Também no mangue, mas dessa vez na ia do Mora- 48, no Pord, dois meninos “parrudinhos", nas palavras de ‘Adriana Benevenuto, @ produtora da expedico, entram descalgos naquela drea lodosa para alcangar um tronco no qual se olojam os turus. Trata-se de moluscos @ semethanca de minhocas, degustados com limo e sal e s6 Disponivel em: wi flha.volcombr/comida/2016/03/1759173 expedicao-de-S-anossmapeia-preparosingredients-e-personagens-pelo- brasLshtm Acesso em: 2ab¢ 2016, 1 insper 2016 Sobre os diminutivos “ceranguelinhos” & “parrudinhos" presentes notertaécorreto afirmar que eles |A- remetem a ideia de compa inicam marcas de regionalism. revelam indcis de afetividade. tmanifestam um sentido misico desconsideram a nogio de tamanho moo 2 Leia 0 excerto 2 seguir, pertencente a Guimaraes Rosa [Je um vaga-lume lonterneiro que rscou umn psiu de luz ‘oo Guimaraes Rosa “Minha gente’. In: Sogorana. Ro de lane: Nowa Frontera, 2984. 210, a) Guimaries akteraaclasse gramatical de “psiu® que debra ce ser interjeico para assumir a func de substantivo, Que palavra do texto possibility tal transformacao? b) Escreva uma frase em que a palavra citada exerce a sua funclo de interjeicia bel =k a €]_ Que efeito de sentido o autor obteve 20 relacionar 0 termo psiu com luz? Analise 0 sentido de psiu na ex- ppressio “um psiu de luz” > Texto paraa questo 3 Onada que é Um canavial tem a extensdo ante 0 qual todo metro é vao. Tem 0 escancarade do mar que existe pora desufiar que numeros e seus ofins possam prendé-lo nos seus sins. Ante um canavial a medida métrica é de toda esquecida, porque embora todo povoado povoa- 0 pleno anonimato que dé esse efeito singular de um nada prenhe como omar loo Cabral de Melo Neto. Museu detudo e depo, 1988 3 Unifesp 2014 No titulo do poema - O nada que ¢ -, corre a substantivactio do pronome nado. Esse pracesso de formago de palavras também se verifica em: A poesia de Joo Cabral ter um qué de despaetizasio. 8 Poema algum de Jofo Cabral escapa de seu pracesso rigoroso de composicdo. Em Morte e Vido Severina, Joo Cabral expressa 0 ho- ‘mem como coisa, DA postica de Joo Cabral assume tragos do Barroco gongérico. EA arquitetura do poems em Jodo Cabral definethe o processo de criagao PORTUGUES | TETRA! 9 4 Enem 2011 © Conar existe para coibir os ‘exageros na propaganda. Ero Sie reee rine: 'Nés adorariamas dizer que somos perfeitos. Que so- mos infotlveis. Que no cometemas nem mesmo o menor deslize. E 56 ndo folomos tss0 por wn pequeno detalhe: seria uma mentira. Alids, em vee de usar @ palavra men- tira, como acabamos de fazer, poderiamas optar por um eufemismo. “Meia-verdade’, por exemplo, serio um ter- mo multe menos agressive. Mas nés néo usamos esta palavra simplesmente parque nfo acreditamas que exista uma “meia-verdade” Para 0 Conar, Conselho No- cional de Autorrequlamentagtio Publicitéria, existem a verdade e a mentira. Evistem a honestidade e a desanes- tidade. Absolutamente nada no meio. O Conor nasceu hd 29 anos (viu $6? ndo arredondamas para 30) com a missdo de zelar pela ético na publicidade. Nao fazemos '350 porque somos bonzinhos (gostarlamos de dizer isso, mas, mois uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque & 1 nica forma dea propaganda ter o méximo de credibili- dade. E, cd entre nds, para que serviria o propaganda se 0 consumidor ndo acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma pega publicitéria pode fazer uma reclamagéo ao Conar Ele anali- sa culdadosamente todas as dentincias e, quanda é a caso, aplica a punigto, Veja, So Paulo: Abril. 2.120 ed, ano.42,n°27, jul 2008, Considerando a autoriae a selecao lexical desse texto, bem como 0s argumentos nele mobilizadas, constata-se que 0 objetivo do autor do texto & ‘A. informar os consumidores em geral sobre atuagao do Conat B conscientizar publicitarios do compromisso ético a0 eleborer suas pecas publicitsrias. CC alertar chefes de familia, para que eles fiscalizem 0 contetido das propagandas veiculadas pela midia D_ chamar a atengo de empresérios © anunciantes em eral para suas responsabilidades ao contratarem pu- Hlicitérios sem ética E _chamar a atengio de empresas para 0s efeitos nocivos ‘que elas podem causar 8 sociedatle, se compactuarem ‘com propagandas enganosas. 10 PORTUGUES | TETRA! > Texto paraas questies Se 6 Fabiana, uma coisa da fazendo, um traste, seria despe- dido quando menos esperasse. Ao ser contratado, recebera © cavalo de fabrica, peneiras, gibdo, quarda-peito © sapa- tes de couro cru, mas ao sair fargaria tudo ao vaqueiro que o substivuisse. Sinhé Vitdria desejova possulr uma cama igual 9 de seu Tomas da bolandeira. Doidice. Nao dizia nada para do contrarié-la, mas sabia que era doidice. Cambembes odiam ter luxo? E estavam ali de passagem. Qualquer dia © patréo os botaria fora, e eles ganhoriam © mundo, sem rumo, nem teria meio de conduzir as cacarecos. Viviam de rouxa amarrada, darmiriam bem debaixo de um pau. thou o caatinga amarela, que o poente avermelhava Se a seca chegasse, néo ficaria planta verde. Arrepiou-se. Chegaria, naturalmente Sempre tinha side assim, desde que ele se entendera. F antes de se entender, antes de nas- cer sucedera 0 mesmo anos bons, misturados com anos ruins. A desgraga estava em caminho, talvez andosse perto, Nem vatia @ pena trabathar. Fle marchando para caso, trepando a tadeira, espa- Ihando seixes com as alvercatas ela se avizinhando a ga- lope, com vontade de maté-l. RAMOS, Gracilane \idas Seas ( Texto para a questo 1. ‘No ha hoje no mundo, em qualquer dominio de ati- vidode artistico, um artista cuja arte contenha mofor uni- versafidade que a de Charles Chaplin. A razdo vem de que 0 tipo de Carlito & uma dessas criagdes que, salvo idiossin- crasias muito raras, interessam e agradam a toda 9 gente, Como os herdis das lendas populares ou as perscnagens dos velhas farsas de mamulengo. Carlito é popular no sentida mais alto da palovra. Néo saiu completa e definitivo da cabeca de Chaplin: foi uma crlaco em que 0 artista pracedeu por uma sucesso de tentativas e errados. Choplin observava sobre a piiblico oefeitode cada detalhe Um dos tragos mais caracteristicos do pessoa fisica de Carita foi achade casual. Chaplin certa vez lembrou-se de orremedar a marcha desgovernada de um tabético. O pi- blico ru: estava fixado 0 andar habitual de Carlito. Ovestudrio da personagem = fraguezinho humor\stico, calgas lombazonas, botinas escarrapachadas, cortolinha = também se fixou pelo consenso do publica. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas es- corrapachadas ea cléssica cartolinha, © publico no achou graca: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamen- te @ variante. Sentiu com o puiblico que ela destruia a uni- dade fisica do tipo. Pedia ser jacasa também, mas néo era ‘mais Carlito Note-se que essa indumentérta, que vem dos primer- ros filmes do artista, ndlo contém nada de especialmente extravagante. Agrada por nfo sei qué de elegante que hé no seu ridiculo de miséria, Pode-se dizer que Carlito possui 0 dondismo do grotesco. Nao seré exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para g realizagdo da per- sonagem de Carlito, como ela qpurece nessas estupendas obras-arimas de humour que sao 0 Garoto, Ombro Arma, Em Busca do Ouro e O Circo {sta porsis6 atestaria em Choplin um extraordindrio dom de discerimento psicolégico. Néio obstante, se nfio houvesse rele profundidade de pensamenta, limo, ternura, seria le- vado por esse processo de criagdo @ vulgaridade dos artistas mediocres que condescendem com o facil gosto do public. ‘Aqui é que comego a genialidade de Chaplin. Descendo até 0 publico, ndo $6 no se vulgarizou, mas a0 contrério ganhou maior forga de emorav e de poesia. A sua origina~ lidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pesso- vi, em sua inteligéncia e em sua sensibilidade de excegdo, 0s elementos de irredutivel humanidade. Como se di em 12 PORTUGUES | TETRA! linguagem matemética, pés em evidéncia o fator comum de todos as expresses humanas. Oolhar de Carfito, no fi- me 0 Girco, para a brioche do menino faz cir a criangado 50 como um gesto de gulodice engragada, Para um adulto pode sugerir da maneira mais dramética todas as catego- ‘ias do desejo. A sua arte simplificou-se ao mesmo tempo que se oprofundow e alargou. Cada espectador pode encon- ‘rar nela o que pracura: a riso,a critica, olirismo ou ainda 0 58 contrario de tudo isso. Essos reflexties me acudiram co espirita aa ler umas linhosda entrevista fornecida a Florent Fels pelo pintar Fascin, bilgaro naturafzado americano. Pascin nda gosta de Car- lito e explicau que uma fita de Carlito nos Estados Unidos 60 tem uma significagtio muito diversa da que the do fora de |, Nos Estados Unidos Carlito é0 sujeito que ndio sabe fazer 4s coisas como todo mundo, que ndo sabe viver como os outros, ndo se acomada em meio algum, = em suma um inadaptivel. O espectador americano 1 satisfeito de se sen- 65 tir to diferente daquele sonhador ridiculo. isto que fuz 0 sucesso de Chaplin nos Estados Unidos. Carlito com as suas lamentaveis oventuras constitui ali uma ligdo de moral para educacéio da macidade no sentido de preporar uma gera- clio de homens hdbels, préticas e bem quaisquer! Por mais a9 par que se esteja do caréter pratica do ‘americana, da seu critério de sucesso para julgamenta das fasfes humanas, do seu gosta pela estandardizacdo, nBio deixa de surpreender aquela interpretagiio moralista dos Jfilmes de Chaplin. Bem examinadas os coisas, no havio 75 motivo para surpresa. A interpretaco cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: 0 americano bem verdadeiramente omericono, oque vedi a entrada do seu territério.a doentes © estropiados, 0 gue propée o pacto contra o guerra © ao mesmo tempo assaita a Nicartigua, no poderia sentir de 80 outro mode. No importa, néo serd menos legitima a concepséo contréria, tanto & verdade que tudo cabe na humanidade vasta de Carlito. Em vez de um fraco, de um pulha, de um inadaptével, posso eu interpretar Carlito coma um hersi 85 Carlito passa por todas as misérias sem lagrimas nem quel- xas. Nao é forca isto? Nao perde a bondade apesar de to- das os experiéncias, € no meio das mafores privagdes acho um jeito de amparar @ outras criaturas em aperto, tsso puthice? Aceita com estoicismo os piores situagdes, dorme onde é possivel ou néo dorme, come sola de sapato cozida como se se tratasse de alguma lingua do Rio Grande, E um inadaptavel? 70 0 Sem duivida néo sabe se adoptar ds condicées de suces- 95 so na vida. Mas haveré sucesso que valha a farca de éni- mo do sujeito sem nada neste mundo, sem dinheiro, sem amores, sem tete, quanda ele pode agitar a bengalinha camo Carlito com um gesta de quem val tirar a felicidade do nada? Quando um ajuntamento se forma nos filmes, os 100 transeuntes vao parando e acercando-se do grupo com um ar de curiosidade interesseira. Todas tém uma fisionomia preocupads. Carlito é 0 lnico que esté certo do prozer in- génuo de olhor Neste sentido Carlito € um verdadeiro professor de 108 heroismo. Quem vive na solidéo dos grandes cidades no pode deixar de sentir intensamente o influxo da sua ligéo, € uma simpatia enorme nos prende ao haémio nos seus ges- tos de aceitagéio tdo simples. Nada mais herdico, mais comavente do que a saida 110 de Carlita no fim de O Circa. Partida a campanhia, em cuja troupe seguia 0 menina que ele ajudara a casar com ou- tro, Carlito por alguns momentos se senta no circulo que ficou como utimo vestigio do picadeiro, refletindo sobre os dos de barriga cheta e relative felicidade sentimental que 115 ocabava de desfrutar Agora esté de novo sem nada e in- teiromente sd. Mas os minutos de fraquezo duram pouco. Garlto levantarse, dé um puxdo na cosaquinha para recu- perar a linha, faz um molinete com @ bengalinha e sai cam- po afora sem olhar para trés. Néo tem um vintém, néo tem 220 uma afeicéia, nda tem onde darmir nem © que comer No entanto vai como um conquistador pisando em terra nova Parece que Universo édele. E néio tenham diivide: o Uni- verso é dele Com efeito, Carlito é poeta. Em: Grdnicas de Provincia do Brasil 1937 ‘eiosineroso linha 4: manera de ser ede air prbaria de cada paseo. -mamulengo (linha: fantoche, boneco usade & mo em peras de weatro popular ou infane ‘abetico ina 15}: que tem andar desgovernai, sem muita Frmeza sands (nha 29) relative ao ndviduo que se vaste # se comperta com eegincia, pubic linha 89): safadera,canalhic ‘estes (nha 90): resignagde com digndade dante do sofrimento, 42 dversicade, do infertinia ‘alinet linha 118) moviment irate quese far coma espada cu ‘outro objeto semelnance 1 1A 2014 Considere 05 enunciados abaixo, atentando para as palavras em negrito. 1. N30 hd hoje no mundo, em qualquer dominio de ati- vidade artistic, um artista cuja arte contenha maior Universalidade que a de Charles Chaplin (linhas 1a 3) Il. Agrada por ndo sei qué de elegante que hi no seu re ia. linhas 28 & 29) alo de misé bl =k SS UL [..] uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significaciic muito diversa da que the do fora de Id (linhas 59.2 61) i A interpretagio cabe perfeltamente dentro do tipo © ‘mais: 9 americana bem verdadeicamente americano, (0 que veda a entrada do seu territério a doentes e es- tropiados, [.]inhas 75 a 78) As palavras em negrito tém valor de adjetiva A. apenas em|,lle IV. apenas em Ile IV apenas em Ile lV apenas em lle IV em todas. mooe 2 o trecho a seguir pertence a Manuel Bandelra, poeta mademista. Nesse poema, 0 autor eritica o fazer poético parnasiana bod Estou forte do lirismo namorador Politico Raquitico Sifilitico a Manvel Bandera. “Pode”: ubertinagem & Estrela do Manhd. Ro de Tanto: Nova Frontera, 2007, 2) Que tipo de relagio gramatical justifica a clas- sificagio de adjetivo para os vocdbulos paltica, raquitica © siflitica? b) Crie uma frase em que @ palavra politico assuma outra classe de palavras (identifique a classe de palavra) €) Qual é a funcionalidade desses trés adjetivos no excer- to citado? PORTUGUES | TETRA! 2B » Texto para a questo 3 Asensivel Fol enti que ela atravessou uma crise que nada pare- cia ter a ver com sua vida: uma crise de profundo piedade. A cabega ido limitada, to bem penteada, mal podia su- portar perdoar tanto. Ndo podia olhar 0 rosto de um tenor enquanto este cantava alegre = virava para 0 lado 0 rosto magoado, insuportdvel, por piedade, ndo suportendo a gl ria do cantor. Na rua de repente comprimia o peito com as dos enluvadas ~ ossaltada de perdao. Sofria sem recom- pensa, sem mesmo a simpatia por si prépria. Essa mesma senhara, que sofreu de sensibilidade como de daenca, escalheu um domingo em que a marida vigja~ va para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear Como se ainda fosse a menina que passefo na calgada, Sobretudo posseava muito quando “sentia” que 0 marido 0 engana- va. Assim fol procurar a bordadetra, no domingo de manhd Desceu uma ruo cheia de lama, de galinhas e de criangas nuas ~ aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cary de fome, 0 maride tuberculaso = a bor- dadeira recusou-se @ bordar a toalha porque néo gostava de fazer ponto de cruz! Soiu afrontada e perplexo. “Sentia~ -se” tdo suja pelo calor da manhé, e um de seus prozeres era pensar que sempre, desde pequene, fora muita limpa. Em casa almocou sozinha, deitou-se no quarta melo escu- recido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. Oh pela menas uma vez néo “sentia” nada. Sendo talver a per- plexidade diante da fiberdade da bordadeira pobre. Sendo talvez um sentimento de espera. A liberdade. Clarice Lapector Cs melhores contos de Clarice Lispector, 2996 3 Unifesp 2014 0 emprego do adjetivo “sensivel” como substantivo, no titulo do texto, revela a intencdo de: A priorizar os aspectos relacionados aos sentimentos, como conteudo tematico do conto e expresso do que: Vive a senhora. B_ironizar aideiade sentimento, entio destituida de sub- jetividades e ambiguidades na expressio da senhora, C carrelevincia 20s aspectos subjetivos das relages hu- ‘manas, pondo em sintonia 0s pontos de vista da senho- ra e da bordadeira D__explorar a ideia de liberdade em uma narrativa em que o efeito de objetividade limita a expresso dos senti- ‘mentos da senhora. E traduzir a expresso comedida da senhora ante vida 05 sentimentos mais intensos, como na relagio com! abordadeira 44 PORTUGUES | TETRA! 4. Unifesp 2008 (Adapt. Leia a tira 2 seguir aunwo acer é J] | voce mecom seis pas. | SaaS tin’ / || eaersho arp aur ook farencero "~~ || banaceecvaebcwesee | osc Selene ate 86 Ne neserzen NORTAL Em, TALE “Nene sec Una ‘i 856 te E VPA Acogo a Be ses Da MANA E congen Un sens 20 urd E a60R8 JOU COMER UMA EACADEPAREO DE AEA Euevoxd OueDorisro. folto B0se0s De seman! ‘O Fito a 5. Poul 1 aio 2003. (dap) Em"E correr uns bons 20 km", 9 terme uns assume valor de: A D especificagéo. B exatidio. E aproximacao C definicso. » Texto para a questi 5. \Vocé conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organizacdo néo governamental holandesa esta propondo um desofio que muitos poderdo considerar im- possivel: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha® no Facebook. O objetivo é mediro grau de felicidade dos usué- rios fonge da rede social. O projeto também & uma resposta gas experimentos psicolégicos reatzados pelo préprio Facebook. A diferenca neste caso é que o teste é completamente valuntério. troni- camente, paro poder participar, ousuério deve trocar a foto «do perfil no Facebook e postar um contador na rede social 05 pesquisadores irdo avalior 0 grau de satisfacto e fe- licidade dos participantes no 33%dia, no 66%e no titima dia do abstinéncia. 5 responsiveis pontam que os usudrios do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equiva- lente 9 mais de 28 horas, que poderiam ser utifizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras'. Dssponivl en: Texto para a questo 1. Mau despertar Saio do sono como de uma batalha travado em lugar algum No seina madrugada se estou feride seo corpo tenho riscado de hematomas Zonzo lavo na pio os othas donde ainda escorrem uns restos de treva Ferrera Gulla Nites vozes, 2013 1 unifesp 2015 Assinale @ alternativa em que a reescrita dos versos alterao sentido original da text [A “Salo sano coma/ de uma batalha? —» do sono sala como de uma batalha B “travada em/ lugar algum” — travada em algum lugar C “se 0 corpo/ tenho/ riscado/ de hematomas” —» se de hematomas tenho o corpo riscado: D “ainda escort) uns restos de reva" > uns restos de treva escorrem ainda E “Ngo sei na madrugada/ se estou ferido” — ndo sei se ferido estou na madrugada 48 PORTUGUES | TETRA! 2. A charge a seguirfoi criada por Angel "RANZING 008 BANGOS COM MAIORES LUGROS "= Muita bem, vamos agora falar comos trés primeiros colocadas! Folhade SPaule,9 aga 2007. a) Gite 0s advérbios empregados pelo autor na fala da personager, b) O que o autor deixa implicito na charge? 3 Enem 2015 una STUD Oe Ta) Cee ee ed Bo J mec, aa Dispanivel em: Acesso em 21 feu 2013 |Adape) Arapidez é destacada como ums das qualidades do servi- 50 anunciado, funcionando camo estratégia de persuasio em relaco 20 cansumidor do mercado gréfica. O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é 0 emprego A do terme “facil” no inicio do andincio, com foca no pro- coss0. B de adjetivos que valorizam a nitidez da impressio. das formas verbais na futuro eno pretérito, em sequenca, D da expressdo intensificadora “menos do que” associa~ 2 8 qualidade Eda locuco “do mundo” associada a “melhor’, que quantifica 2 acao, > Texto para a questo & Corrida ~ Prova 1.500 metros rasos A prova dos 1.500 metros rasos, juntamente com a da mitha (1.609 metros), caracteristica dos parses anglo-soxd- nicos, & considerada prova tética por exceléncia, sendo muito importante 0 conhecimento do ritmo e da férmuto a ser utilizada para vencer a prova. Os especialistas nessas distdncias sGo considerados completos homens de luta que, 1p6s um penose esforco para resistir a0 atogue dos adver- Sérios, recorrem 9 todas as suas eneraias restantes a fim de manter a posicio de destaque consequida durante a corri- da, sem ceder a0 canstante assédia das seus perseguidares. [..] Para correr essa disténcia em um tempo aceitavel, deve-se gostar 0 menor tempa possivel na primeira quar- to do prova, devendo-se para tanto sair na frente dos ad- versdrios, sendo essencial 0 completa dominio das pernas, ara em seguida normalizaro ritmo da corrida. No segundo quarto, deve-se diminuir a ritmo, afin de trabalhar forte no restante da prova, sempre procurando desar os energias, para néo correr o risco de ser surpreendido por um adver- striae ficar sem condigées para a lute final. Deve ser tomado cuidado para néo se deixar enganor por algum adversdrio de condicdo inferior, que normatmen- te finge possuir energias que realmente nfio tem, cam 0 intuito de minar 0 bom corredor, para que o companheiro cdo mesma equipe passa tirar proveito da situagéo e vencer 2 prova. Assim senda, © corredor experiente saber man- ter regularmente as suas passadas, sem deixor-se levar por esse tipo de artimanha. Conhecendo 0 estado de suas con- diodes pessouis, 0 corredor soberd se é capaz de um sprint nos 200 metros finais, que é a dist@ncia ideal para quebrar a resisténcia de um adversdrio pouco experiente. 0 corredor que possui resisténcia e velocidade pode conduzir a corrida segundo a sua conveniéncia, impondo 0s seus proprios meias de acdo. Finalmente, oo wltrapussar bel ih a um adversério, deve-se fazé-lo decidida e folaadamente, procuranda sempre impressioné-lo com sua acda enérgica. Também deve-se procurar manter sempre uma boa des- contraso muscular durante o desenvalvimenta da corrido, nunca levar a cabeca para trds e encurtar as passades para finafzar a provo. Disponivel em: chp: fteino-de-corrida ftefcombr> 4 Unesp 2015 Observando as seguintes passagens do tex- to apresentado, marque a alternativa em que as dues pala- ‘wras em negrito so utilizadas como advérbios. A. “no correr o risco de ser surpreendide” B “finge possuir energias que realmente nao tem’, C “deve-se fazé-lo decidida c folgadamente’. 1D. “nunea levar a cabeca para tris” E “forte no restante da prova, sempre procurande dosar* > Texto para a questo 5 Pietro Brun, meu tetravé paterno, emborcou em um na~ Vio no final do século 19, como tantos italianos pobres, em busca de uma utopia que atendia pelo nome de América, Pietro queria terra, sim. Mas 0 gue o movig era um territé- 5 io de outra ordem. Ele queria salvar sev nome, encarnado 1a figura de meu bisavd, Anténio, Pietro fora obrigado 9 servir 0 exércita coma soldado por anos demas (..). Havia chegado a hora de Anténia se alistar, € 0 pai decidiu que no perderia seu filha, Fugiu com ele e com a filha Luigia 10 para 0 sul do Brasil. Coma desertova, meu bisavé Anténio {el levado em um bate até o navio que jd se afastava do porto de Genova. Embarcou como clandestino. ‘Ao desembarcar no Brasil, em 10 de fevereiro de 1883, Pietro dectarou 0 nome completo. 15 0 funciondrio do Império, como aconteceu tantas tuntas vezes, registrou-o conforme ouviu. Tornando-0, no mundo novo, Brum = com “m” Meu pai, Argemiro, filo de José, neto de Antonio e bisneto de Pietro, tomou para si a ‘missdo de resgotar essa histdria e documenté-la 20 Noiinicia dos anos 1990 cogitamos reivindicar a cidada- ria Italiana. Possulmes todos as documentos, organizados uma paste. Mas entre nds existe essa aiferenca na letra Antes de ingressar cam a dacumentaso, seria precisa cor- rigir @ erra do burocrata do gaverna imperial que substituiu or um “m”. Um segundo ele deve ter demorado ‘para nos transformar, e com certeza morreu sem saber. E, se soubesse, ndio teria se importado, porque era apenas 0 nome de mais um imigrante a bater nas costas do Brasit despertencido de tude, 20 Cabia a mim levar essa empreitada adiante, Hé uma autonomia na forma come damos carne co nosso nome com a vida gue construimos endo com a que 19 asm “n” PORTUGUES | TETRA! herdamos. (..) Eu escolho a meméria. A desmemeéria os- sombra porque no a nameames, respira em nossos porBes 35 como monstros sem palavras. A memério, no. E uma es- calha do que esquecer e do que fembrar~ e uma oportu- nidade de ressignificar 0 passada para ganhar um futuro Pela meméria nos colocamos no sé em movimento, mas nos fornamos 0 préprio movimento. Gesto humano, para 40 sempre incompleto. ‘Ao fugir para o Bros, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O “n” virou “im” Mos essa perna a mais era um membro fantasma, um gonho que revelava uma perda, ( 45 Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivas na margem que se distancia, ele néa poderia ser ‘9 mesmo aa alcancar 0 outro lado. Ele tinha de ser outro, assim como nés, que resultamos dessa aventura desespe- rado. Era imperotivo que ele fosse Pietro Brum — e depois so até Pedro Brum. lane Brum, Meus desacontcimentos: a hisiia da minha vida com as lavas So Paulo: Leva, 2014 5 UERJ 2017 Como desertava, meu bisavé Antinio foi le- vado em um bote até o navio que ja se afastava do porto de Genova, O trecho sublinhado estabelece com o restante da frase 0 sentido de: A. causa B concluséo. CC concessio. D._conformidade, >» Para responder & questio 6, leia as opiniBes em relacao a0 projeto de adaptagao que visa faclitar obras de Macha- do de Assis Texto ‘sso € um assassinato e eu endosso, A autora [do odap- tacéi quer que o Academia se manifeste. Para ela, vai ser a gléria. Mas varias académicas se manifestaram. Eu me manifestei. Hd temas em que a instituicéio ndo pode se ba- ratear Essa mulher quer que nés tenhamos essa discussio como se ela estivesse propondo a ressurreigiio eterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela. Confio na vigitncia da sociedade. Vamos para a rua protestar. Nid Pifon. Osponiel am: chttp/entretenimenta ol eom br 20 PORTUGUES | TETRA! Texto2 No defenderia, jamais, que Secca [autora da adapto- 80] fosse impedida de realizar seu projete, mas no me parece quea proposta devesse merecer apoio da Ministéria do Cultura e ser realizada com 0 ajuda de lets que, afinal, transferem impostos para a cuftura. Trata-se, na methor das hipoteses, de ingenuidade; na pior, de excesso de “sa- gacidade” No serd a adulteragdo de obras, para torné-las supostamente mais legiveis por ignorantes, que ird resolver co problema do acesso a textes literdrios histéricos ~ mesmo porque, adulterados, jd terdo deixado de sero que eram. [Marcos Augusto Gonglves. Disponivel em: cwwuafolha.olcombr> 6 Unifesp 2015 Examine os enunciados: + "Vamos para a rua protestac" (Texto 1) + "Nao serd a adulteragdo de obras, para torné-as su- postamente mais legiveis por ignorantes” (Texto 2) © termo “para’, em destaque nos enunciados, expressa, respectivamente, sentido de A conformidade e finalidade. movimento e finalidade, movimento e comparagio. modo e conformidade. tempo e comparacao. moos 4, GUIADE ESTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 1 | Capitulo 1 Leia as paginas de 20a 25e de 31 a 38 Il. Faga os exercicios 11 ¢ 14 da segdio “Revisando'” IIL Faga 0s exercicios propostos 26, 28, 32, 33, 35, 38 41. ESTRUTURA E FORMAGAO DE PALAVRAS Trata-se da segunda parte da morfologia, studo dos mor- femas elementos que consttuem o vocabulo =e de um dos processos de formacaio de palavras—a derivaco (prefial, su- fale parassintética. Pare os exames modernes, o destaque é pare o emprego dos neologismos (palaurasinventadss), sua formagio e funcio- nalidade parac texto. (Sua presenca é marcante no Moderis- mo brasileiro = Morfemas ‘Aém das desinéncias, do radical, da vogal terntica, te- ‘mos como morfemas 0s afixos (prefixo & sufixa); so eles que possibltam a formacdo de novas palavras (morfemas deri \acionzis). Os afixas que se antepdiem ao racial chamamn-se prefizos; os que se pospdem denominam-se sufixos; 0s afvos possuem uma significagdo maior que as desinéncias Jé 2 vogal de ligago & a consoante de ligacdo sé0 morfemas insignifica- tivos, server apenas para evitar dissondncias (hiatos, encon- ‘ros cansonantais), sequéncias sonorasindesejéueis Veja oe) Ste 2 2 aw cme Jt, 21 Radial Vogal Desininca — Radcal tomate ‘onsonnte te igagao Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, diz-se que grupo é formado de palavras cognatas (pedra/ pedreiro/pedteira); quando as palsuras irmanam-se pelo sentido, temos a série sinonimica, 2 familia ideoldgica casa, moradia, lar, manso, habitagio ct ny [A sas EXERCICIOS DE SALA » Texto para a questo 1. ‘Vocé conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organizagéo ndo governamental holandesa esta proponde um desofio que muites poderdo considerar im- Radical ( radical é a base significativa da palavra; raizé o morte ima origindrio que contém ondcleo significative comum @uma ‘emis inguistica. Prefix Os prefixos de nossa lingua sto de origem latina ou grega, ‘Alguns apresentam alteraciio em cantata com 0 radical. As- sim, o prefixo an, indicadar de privacio, transforma-se em a iante de consoante, Ex: amoral, anaerdbico Os prefixos possuern mais independéncia que 0s sulixos, pois se originam, em geral, de advérbios ou preposigdes, que tém ou tiveram vida indeprendente. Sufixo Os sufixos podem ser nominais, verbais ou adverkais, Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos), vverbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex: anarquismo, rmalufar, apicamente. = Derivagao + Derivagao prefival:cria-se uma palavra derivada a partir de um prefix. Ex: disenteria, + Derivagao sufxal:cria-se uma palavra derivada a partir de um sufxo. Ex: doutorada + Derivagdo parassintétics:cria-se uma palawa derivada or meio do acréscimo simulténeo de um prefixo e um sufixe. Se retirarmos qualquer un dos afitos, néo tere mos palavra, Ex: adocar. + Derivagéo prefial esufixa: acréscimo no simultneo de prefio @ sufio. Retiande-se um des afios (ou 0s dois), ainda teremos palavra Gx: deslealdade Obs: Alguns in- guistasno consideram esse tipo de derivagio. possivel: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetiva émedir ograu de felicidade des usué- ‘ios longe da rede social projeto também & uma resposta avs experimentos psicoldgicos realizados pelo proprio Facebook. A diferenga PORTUGUES | TETRA! a neste caso é que o teste é completamente voluntério. troni- camente, para poder participar, o usuéria deve tracar a foto «do perfil no Facebook e postarum contador na rede social. 05 pesquisadores irdo avalior 0 grau de satisfacto e fe- licidade dos participantes no 33°dia, no 662 no titima dia do abstinéncia (5 responsiveis opontam que os usudrios do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivatente a mais de 28 horas, que poderiam ser utiizadas em “ativi- dodes emecianalmente mais realizadoras” Disponivel em: herpv/edigofonte uoLeom Br: [Aap Considere os enunciados a seguir para responder & questio 6 + “L.] ficar 99 dias sem dar nem uma ‘elhadinha’ no Facebook.” (12 parégrafo) ‘+ “L..] que poderiam ser utilizadas em ‘atividades emo- Gonalmente mais realizadoras’.” (4° pardgrafo) 1 Unifesp 2015 Analisando-se o emprego e a estrutura das palavras olhadinha e emoconatmente, & correto afir- mar que 05 sufixos nelas presentes indicam, respective mente, sentido de A modo e consequéncia rmorosidade e intensidade intensidade e causa afeto.e tempo. rapide e modo. moo 2 UPF 2012 Leia o texto a seguic Reforma na corrup¢io 1 Goma previsto, sé arrefece o mais recente debate sobre 2 corrupedo. Anda se discute, sem muito entusiasmo, 9 ab- 3 solvigo de ume deputoda que foi flmada recebendo um 4 dinheirinho suspeito, mas isso aconteceu antes de ela ser ss deputada, de moneira que néo vale. Além da forte tendén- 6 ca de as parlamentares néo puniremas seus pares, hovia 0 7 risco do precedente. Néo samente 9 vato ¢ indecentemen- 4 te secreto nesses casos, coma o precedente paderia expar 9 0s pescocos de vérios outros deputados. O que 0 deputado 10 faz enquanto ndo é deputado ndo tem importdncia, mesmo 11 que ele seja tesoureiro dos ladirdes de Ali Babi. 12 Aliés, me antecipondo um pouco ao que pretendo pro- 13 por, me veio logo uma ideia pratica para acertar de vez esse 14 negécio de deputado cometendo crimes durante 0 exercicio 15 do mandato, As vezes = e lembro que errar # humano = 0 22 PORTUGUES | TETRA! 15 sujeito comete esses enmezinhos dlstraido. Exquece, em per- 17 rita hoa fé, que exerce um mendato porlamentore oj perpe- 1 traq folcatrua. Flea muito chato para_ele, se ele fr fiagreda, 19 eseusates padem sempre vir 8 tana, expostas pela imprensa 20 impatritica. Ndo¢ justo submetero depurtado a essatenséo 21 permanente, efinal de contas, ele & gente como nds. 22 Minha ideia, como, modéstio & porte, costumam ser 23 a5 grandes ideias, é muito simples: os deputados usariam 24 uniforme. Nao doria muito trabalho contratar (com dispen- 25 sa de licitagdo, dada 9 urgéncia do projeto), um estudio de 25 olte-cestura francés ou italiono, ov ambos, para desenhar 27 esse uniforme. Imagino que seriam mais de um: o de tra- 28 balho, usado 56 excencionalmente, 0 de gola, 0 de vsitar 29 eleitores e assim por diante Enquantaestiver de uniforee, 30 a deputado é respansabilzad plas seus ats iia ou in- 31 decorosos. Mas, se estiver ¢ paisana, ndo se encontra no 2 exercitio do mandate e, pertante, pode fozer © que quiser 330) 8 ‘Mas isso é um mero detalhe, uma pprovidéncia que melhor 3s sera ovaiada no conjunto de uma veforma séria, ve Fvasse 3 em conta nossascarocterstzascuturasenossas traces.) 37 que cola mesmo aqui sBo 0s ensinamentos de lideres 38 como o expresidente (gozedo, 0 “ex” engonchou aqui no 439 teclado, quase ndo sai), que, em varias ocusides, torceu 0 40 noriz para denuncias de corrupedo e disse que aqui era as- 41 sim mesmo, sempre tinha sido feito assim e nao ia mudar 22.0 troco de nada. & assumia posturas coerentes com esse 43 ponta de vista. [.] 48 Centude, quanda se descabre mais um coso de carrup- 45 0, a vido republicane fica bagungeda, os coises no an- 45. dam, perde-se trabalho em investigacBes, gosta-se tempo 47 prendendb e soltando gente e a imprensa, que sé serve para 48 atropathar, fica cobrando explicacBes, embora jd saibamos 49 que expficagbes serdo: primeira desmentidos e em sequido 50 promessas de pronta ecobal nvestigagio, com aconsequen= Si te puni¢do dos culpados. Ndo acontece noda e perdura essa 52 situasda mondtone, que ds vezes poralisa 0 pis 53 Arealdade se eube diante de nds no a vemos. Em sit lugar de querer suprimir nessas préticas seculores, que 55 hoje tanto presperam, por que nfo apraveité-las em nosso 58 favor? [..] © brasileiro preceupado com 0 assunto jé pode 57 sanhar com uma corrupcto maderna, dindmica © geradora 58 de empregos renda. Ena pensem que esquec as famo- 39 sas classes menos favorecidas, como se dizia antigamente. 80 Ominimo que antevejo é 0 programa Fraude Facil, em que 81 qualquer um poderd habilitar-se ao exercicia da boa cor- 82 rupcdio, em seu compo de aco favorita. Acho que dé certo, 83 € 56 testar E ficar de oho, para ndo deixar que algum cor- 64 upto passe a méo no fundo todo, assim também néo vale. tno Ubalio Ribera. On de so Pon Disponivel em: eww estadao com br /aticias/Impresso reformarna- ‘corrupeao,768238,0 Mtm>, Aces em: 4 set, 2011 Na linha 17, © autor fala em crimezinhos, repetindo uma estratégia jé usada na linha 4, quando se refere a dinheiri- nnho. No contexto em que aparecem, as duas ocorréncias de diminutivo: A. representam uma minimizacio do destaque que a mi: ia tem dado aos epis6dios de corrupeao. Bindicam a versio daquele que ¢ flagrado em stuagSes comprometedoras, tentando Fvrar-se do peso da infrago. C_marcam a ironia em relaco 20s corruptos, que exploram a boe-fé do eleitor com vistas sua promogao pessoal D__ceixam implicita a informacéo de que no se deve con- fiar nos dados apresentados pelos envolvidos em es- Andalos financeiros. E denatam a avaliaco do autor acerca da importinca dos crimes perpetrados contra os cofres piiblicos. 3 Unicamp 2015 Os texts a seguir foram retirads da co- luna “Caras e bocas", do Caderno Alias, do jornal O Estado de So Paulo: ‘A ntengio & salvar 0 Brasil” ‘Ana Paula Logulho, professora e entusiasta da segunda “Marcha do Familia com Deus pela Liberdade” que pede uma intervene militar no pois e pretendeu reeditar, no sé~ bodo, a passeata de 19 de marco de 1964, na capital paulis- ta, contra 0 govern do Presidente Joo Goulart. ‘Seré um evento esculhambativo em homenagem 09 outro de Sao Paulo.” José Caldas, organizador da "Marcha com Deus @ o Diabo ra Terra do So!’, convocada pelo Facebook para 0 mesmo dia, no Rio de Janeiro, |0£stado de S20 Poulo,23 mat 2084, Cademo Als, EA Nests presentes no orginal) a) Descreva 0 proceso de formagio de palavras ervolvido em esculhambativo, apontende o tipo de transformaco ocorrida no vocabulo. bel ih i b)_Discorra sobre a diferenca entre as expressdes “evento esculhambado” e “evento esculhambative’ conside- rando as relagbes de sentido existentes entre os dois textos anteriores, » Para responder 8 questo 4, lela a opiniio em relagao 20, projeto de adaptagao que visa facilitar obras de Machado de Assis, E methor que o sujeito comece o ler através de uma adaptagio bem felta de um clissico do que seja obrigado @ ler urn texto Hlegivel e incompreensivet segundo a lingua- gem e os parémetros culturais otuats. Depots que fev 0 odeptagao, efe pode pegar o gasto, entrar no pracesso de leitura e eventualmente se interessar por ler 0 Machadao 1 original. Agora, dar uma machadada em um moleque que tem P53, Xbox, 1000 canals a cobo e toda a internet & disposicdo é simplesmente burrice. Ronaldo Bressane, Diszenfvl em: 4 Unitesp 2015 Examine a passagem do texto “eeventualmente se interessar por ler o Machado no ori- ginal, Agora, dar uma machadada em um moleque”. 0s dois termos em destaque, derivados por sufiagio, re- portam a Machado de Assis Tal recurso atributaos svbstan- vos, respecivamente, sentido de A tamanho e humo humor e reverénca, Bejoeintimidade, ironiae simpatia simpatia ronia mooe » Texto paraa questo 5 Hid alguns meses fuiconvidado a visitor MuseudaCien- cia de La Corufto, na Galicia. Ao final da visita, o curador* anunciou que tinha uma surpresa para iim e me conduziu 20 planetario®. Um planetario sempre éum lugar sugestivo, 5 porque, quando se apagam as luzes, temos a impressiio de estar num deserto sob um céu estrelado. Mas naquela noite algo especial me aguerdeva, PORTUGUES | TETRA! 2 De repente a sola ficou inteiramente as escuros, @ ouvi um lindo acalanto de Manuel de Falla. Lentamente (embo- 10 ra um pouco mais depressa da que na realidade, jé que a apresentacio durou ao toda quinze minutos) 0 céu sobre minha cabeca se pds a radar. Eraocéu que aparecera sobre minha cidade natal - Alessandria, na ftétio ~ na noite de 5 ora 6 de janeiro de 1932, quando nasci. Quase hiper-reo- 15 listicamente vivenciei o primeira noite de minha vida. Vivenciei-0 pela primeira vez, pois ndo tina visto essa primeira noite. Provavelmente nem minha mie a viu, exaus- ta como estava depois de me dar luz; mos talvez meu pal atenha visto, 00 sair parao terraco, um pouco agitado com 20 0 fato maravilhoso (pelo menos para ele) que testemunha- rae ajudara a produzie Oplanetério usava um artificio mecénica que se pode encantrar em muitos lugares. Qutras pessoas talvez te- nham passado por uma experiéncia semelhante. Mas va- 25 ces hdo de me perdoar se durante aqueles quinze minutos tive a impressio de ser o Unico homem desde 0 intcio dos tempos que havia tido o privilégio de se encontrar com seu préprio comeco. Eu esiovo tdo feliz que tive a sensoco —quase 0 desejo ~ de que podia, deveria morrer naquele 30 exato momento & que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a mais bela historia que li em toda a minha vida. Tolvez eu tivesse encontrado a histéria que todos nés procuramos nas paginas das livros e nas telas dos cinemas: 35 uma histdria na qual as estrelas e eu éramos as protago- nistas. Era ficgio porque a histéria fora reinventada pelo curador; era Histéria porque recontava o que acontecera no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era reo! endo uma personagem de romance. Umberto Eco. Seis passeios poles bosques do ficeto. Milder Feist (Mrad,}, So Paulo: Companhia das Letras, 1994 [Adape ). “ curader = responsével pela muse * planetario = local onde & possivel repradusir o movimento dos asres. 5 Verj 2017 Quase hiper-realisticamente vivenciei a pri- meira noite de minha vid. Na palavra destacada, 0 acréscimo do prefixo hiper indica ideta de: A ampliacdo. B hierarquia CC proparcio. D__simultaneidade. 6 Unicamp 2012 Os verbetes apresentados em (Il] a se- guir trazem significados possiveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho gramatico, apresen- tado em (I. 24 PORTUGUES | TETRA! ' Bicho gramético Vicente Matheus (1908-1997) foi um dos persanagens mois controversos do futebol brasileira. Esteve frente do paulisia Corinthions em virias ocasides entre 1959 e 1990. Voluntarioso e falastrd, 0 uso que fozia da lingua portugue- ‘2 nem sempre era aquele reconhecido pelos fivros. Uma vez, querendo dear bem cloro que 0 craque do Timo ndo seria vendlido ou emprestado para outro clibe, ofrmoy que “» Sécrates & invendivel e imarestével” Em autro momento, exaltando 0 versotitdade dos atletas,criou uma pérota de lin- ulstiea eda Zoologia: “logador tem que ser completo como 0 poto, queé um bicho cqusticae gramética” Aeusta de itr desibteco Nocona jul 2013, €. [adap " Invendével: que nao se pode vender ou que ndo se ven- de com facilidade. Imprestével: que ndo tem serventia; init Aquéttico: que vive na dgua ou é sua superficie, Gramético: que ou 0 que apresenta melhor rendimento as corridas em piste de groma (diz-se de cavalo). HOUNISS indi Eeténico Houais a Lingua Portuguese. Disponvel em: cawem houaisscombra, a) Descreva o processo de formacao das palavras invend- vele imprestdvete justifique a afirmacio segundo a qual (uso que Vicente Matheus fazia da lingua portuguesa “nem sempre era aquele reconhecido pelos livros” b) Boplique por que o texto destaca que Vicente Matheus “criou uma pérola da linguistica e da zoologia", \4> GUIADE EsTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 1 | Capitulo 2 LL Leia aspiginas de 66a 71 exceto derivagéo regresivae impropria). IL. aca os execs de 1.3 da segdo "Revsando’. I Fagaosexercicos propostos 1, de 7 29, 15,2925. DERIVAGAO E compPosi¢Ao Sequéncia ao estudo da derivagao e introducdo a com- posicéo. Decompor as palavras © observar o sentido dos morfemas (radiceis, prefixes ¢ sufixes, principalmente) elu- cida o significado da palavra, Vale lembrar que os morfemas sao polissémicos, isto &, podem veriar de sentido conforme a palavrae o texto = Derivagao + Derivacio regressiva: Cris cubstantivos deverbais, isto 6, provindos de verbos; por iss0, so substantivos que enotam aga. Se 0 substantivo indicar ago e se, em relagio ao verbo, possuir um menor nimero de fo- rnemas, 0 primitivo sera o verbo e 0 derivado, o subs- tantivo (a derivagao ocorre por meio da supressao de fonemas}. Ex: O ciscurso de paz evitou o ataque. Derivacéo imprépria: Ha duas possibilidades. CO substantive comum vira prépria (vice-versa): Rapaz, como joga, é um pelé! 2. Mudanca de dlasse gramatical: + de adjetivo para substantive: © velho lia muito, por isso era jover, + de substantivo para adjetivo: Roberto é burro? + de verbo para substantivo: O cantar das almas, * de verbo e advérbio para conjungao: Seja homem, seja mulher.. + de adjetivo para advérbio: Fala bonito 0 cabral + de participio para preposi¢ao: Salvo Jo30, todos '¢ de participio para substantive e adjetvo: 4 mao, ferida agonizava = Composic¢ao Palavras compostas séo aquelas que apresentam mais de um radical, no minimo dois; os radicais primitives per- dem a significagzo propria em beneficio de um nico sig- nifcade. + Justaposig&o: os dois termos (radicais) conservam a sua individualidade, nfo hé slteracSo fonética. Ex: gl resol + Aglutinagéo: na composicio, ha perda de fonemas Ex: aguardente, boquiaberto. ™ Outros processos + Onomatopeta:trata-se da imitacio de vores de seres, sons e ruidos da natureza, Com base nas onomatopeias, formam-se novas palavras. x: miaul; tique-taque!! + Abreviago vocabular: trata-se da redugao de fone- mas, a palavra se presenta de forma reduzida © n30 plena. Ex: auto (eutordvel). + Hibridismo: trate-se de palavras, cujos morfemas s0 de linguas diferentes (sambédromo: portugués/erego}. PORTUGUES | TETRA! 25,

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