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Aula 10 - Diagrama de Fases

O documento discute diagramas de fases, descrevendo o diagrama de fases da água e o diagrama de fases binário cobre-níquel. Explica conceitos como solução sólida, limite de solubilidade, equilíbrio de fases e como determinar composição e quantidade de fases a partir do diagrama.

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O documento discute diagramas de fases, descrevendo o diagrama de fases da água e o diagrama de fases binário cobre-níquel. Explica conceitos como solução sólida, limite de solubilidade, equilíbrio de fases e como determinar composição e quantidade de fases a partir do diagrama.

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Resistência dos

Materiais
FÁBIO CALÉ DA SILVA
25/10/2021

1
DIAGRAMA DE FASES – CAP 9
Diagrama de Fases - Callister

2
INTRODUÇÃO
O gráfico ao lado é o
diagrama de fases para a
água pura. Em certo sentido,
esse diagrama é um mapa
em que são delineadas as
regiões para as três fases
familiares — sólida (gelo),
líquida (água) e gasosa
(vapor).
As três curvas representam
as fronteiras entre as fases,
as quais definem as regiões.

3
INTRODUÇÃO
A compreensão dos diagramas de fases para sistemas de ligas é extremamente importante, pois
existe uma forte correlação entre a microestrutura e as propriedades mecânicas.
O desenvolvimento da microestrutura de uma liga está relacionado com as características de seu
diagrama de fases. Além disso, os diagramas de fases fornecem informações valiosas sobre os
fenômenos da fusão, fundição e cristalização, etc.

4
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Os componentes são metais puros e/ou compostos que compõem uma liga. Exemplo, em um
latão cobre-zinco, os componentes são Cu e Zn.
A solução sólida consiste em átomos de pelo menos dois tipos diferentes. Os átomos de soluto
ocupam posições substitucionais ou intersticiais na rede do solvente, sem alterar a estrutura
cristalina do mesmo.
Para muitos sistemas de ligas em uma temperatura específica existe uma concentração máxima
de átomos de soluto que pode se dissolver no solvente para formar uma solução sólida, isso é
chamado de limite de solubilidade. A adição de soluto em excesso, além desse limite de
solubilidade, resulta na formação de outra solução sólida ou outro composto. Exemplo: o
sistema açúcar-água (C12H22O11-H2O). Inicialmente, à medida que o açúcar é adicionado à água,
uma solução ou xarope açúcar-água se forma. À medida que mais açúcar é introduzido, a
solução fica mais concentrada, até que o limite de solubilidade seja atingido, quando então a
solução fica saturada com açúcar, ou seja, se sedimentam no fundo do recipiente.

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LIMITE DE
SOLUBILIDADE

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MICROESTRUTURA
Muitas vezes, as propriedades físicas e, em particular, o comportamento mecânico de um
material dependem da microestrutura.
A microestrutura está sujeita a uma observação direta por meio de um microscópio, com a
utilização de aparelhos ópticos ou eletrônicos. Nas ligas metálicas, a microestrutura é
caracterizada pelo número de fases presentes, por suas proporções e pela maneira segundo a
qual elas estão distribuídas ou arranjadas.
A microestrutura de uma liga depende de variáveis tais como os elementos de liga presentes,
suas concentrações e, ainda, o tratamento térmico da liga.

7
EQUILÍBRIO DE FASES
Equilíbrio pode ser mais bem descrito em termos de uma grandeza termodinâmica
chamada energia livre.
A energia livre é uma função da energia interna de um sistema e, também, da aleatoriedade ou
desordem dos átomos ou moléculas (ou entropia). Um sistema está em equilíbrio se sua energia
livre está em um valor mínimo sob uma combinação específica de temperatura, pressão e
composição.

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DIAGRAMA DE
FASE DE
COMPONENTE
UNITÁRIO

9
DIAGRAMA
DE FASES
BINÁRIO

10
DIAGRAMA DE FASES BINÁRIO
O líquido L é uma solução líquida homogênea composta tanto por cobre quanto por níquel. A
fase α é uma solução sólida subistitucional contendo átomos de Cu e de Ni, e possui estrutura
cristalina CFC.
Em temperaturas abaixo de aproximadamente 1080ºC, o cobre e o níquel são mutuamente
solúveis um no outro no estado sólido para todas as composições.
Essa solubilidade completa é explicada pelo fato de que tanto o Cu quanto o Ni têm a mesma
estrutura cristalina (CFC), raios atômicos e eletronegatividades praticamente idênticos, e
valências semelhantes.
O sistema cobre-níquel é denominado isomorfo em razão dessa completa solubilidade dos dois
componentes nos estados líquido e sólido.

11
DIAGRAMA DE FASES BINÁRIO
A curva que separa os campos das fases L e α + L é
denominada linha liquidus.
A linha solidus está localizada entre as regiões α e α + L.
As linhas solidus e liquidus se interceptam nas duas
extremidades de composição, esses pontos
correspondem às temperaturas de fusão dos
componentes puros. (temperaturas de fusão do cobre
puro e níquel puro são 1085ºC e 1453ºC,
respectivamente.)
Ex: quando se aquece uma liga com composição (50 %p
Ni-50 %p Cu), a fusão tem início a 1280ºC. A quantidade
da fase líquida aumenta com a elevação da temperatura
até 1320ºC, quando a liga fica completamente líquida.

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DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE
FASES
A primeira etapa na determinação das composições das fases (em termos das concentrações
dos componentes) é localizar o ponto temperatura-composição no diagrama de fases.
São usados diferentes métodos para as regiões monofásicas e bifásicas. Se apenas uma fase
estiver presente, o procedimento é trivial: a composição dessa fase é simplesmente a mesma
que a composição global da liga.
Por exemplo, considere uma liga com 60 %p Ni-40 %p Cu a 1100ºC. Nessa composição e
temperatura, apenas a fase α está presente, tendo uma composição de 60 %p Ni-40 %p Cu.

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DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE
FASES
Em todas as regiões bifásicas pode-se imaginar a existência de uma série de linhas horizontais, cada
uma dessas linhas é conhecida como linha de amarração, ou isoterma.
Para calcular as concentrações de equilíbrio das duas fases, usa-se o seguinte procedimento:
1.Uma linha de amarração é construída pela região bifásica na temperatura em que a liga se
encontra.
2.São anotadas as interseções, em ambas as extremidades, da linha de amarração com as fronteiras
entre as fases.
3.A partir dessas interseções, são traçadas linhas perpendiculares à linha de amarração, até o eixo
horizontal das composições, onde é lida a composição de cada uma das respectivas fases.
Ex: liga com 35 %p Ni-65 %p Cu a 1250ºC, localizada no ponto B. Vamos determinar a composição (em
%p Ni e %p Cu) tanto para fase α quanto para fase líquida.
A linha perpendicular traçada a partir da interseção da linha de amarração com a
fronteira liquidus encontra o eixo das composições em 31,5 %p Ni-68,5 %p Cu, o que corresponde à
composição da fase líquida, CL. De maneira semelhante, para a interseção da linha de amarração com
a linha solidus, encontramos uma composição para a fase de solução sólida α, Cα, de 42,5 %p Ni-57,5
%p Cu.

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DETERMINAÇAO DA QUANTIDADE DE
FASES
As quantidades relativas (como fração ou como porcentagem) das fases presentes em equilíbrio
também podem ser calculadas com o auxílio dos diagramas de fases.
A partir do exemplo anterior, ponto A, para a liga com 60 %p Ni-40 %p Cu a 1100ºC, somente a
fase α está presente; portanto, a liga é totalmente composta, ou 100% composta, pela fase α.

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DETERMINAÇAO DA QUANTIDADE DE
FASES
Na região bifásica, a complexidade é maior. A linha de amarração deve ser usada em conjunto com
um procedimento chamado, frequentemente, de regra da alavanca.
1.A linha de amarração é construída pela região bifásica na temperatura em que se encontra a liga.
2.A composição global da liga é localizada sobre a linha de amarração.
3.A fração de uma fase é calculada tomando-se o comprimento da linha de amarração desde a
composição global da liga até a fronteira entre fases para a outra fase e, então, dividindo esse valor
pelo comprimento total da linha de amarração.
4.A fração da outra fase é determinada de maneira análoga.
A Regra da Alavanca
5.Se forem desejadas as porcentagens das fases, a fração de cada fase é multiplicada por 100.
Quando o eixo da composição tem sua escala em porcentagem em peso, as frações das fases
calculadas usando a regra da alavanca são as frações mássicas — a massa (ou peso) de uma fase
específica dividida pela massa (ou peso) total da liga. A massa de cada fase é calculada a partir do
produto entre a fração de cada fase e a massa total da liga.

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DETERMINAÇAO DA QUANTIDADE DE
FASES
Fração mássica de líquido:

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DETERMINAÇAO DA QUANTIDADE DE
FASES
Fração mássica de alfa:

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26
EXERCÍCIO

27
DESENVOLVIMENTO DE
MICROESTRUTURAS EM LIGAS
- Resfriamento em equilíbrio
- Resfriamento fora do equilíbrio

28
DESENVOLVIMENTO DE
MICROESTRUTURAS EM LIGAS
- Resfriamento em equilíbrio:
Vamos considerar o sistema
cobre-níquel, especificamente
uma liga com composição de
35%p Ni–65%p Cu, à medida
que ela é resfriada a partir de
1300ºC.

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DESENVOLVIMENTO DE
MICROESTRUTURAS EM
LIGAS
- Resfriamento fora do
equilíbrio:
as taxas de resfriamento são
rápidas demais para permitir
que ocorram os reajustes na
composição e para manter o
equilíbrio, consequentemente,
são desenvolvidas
microestruturas distintas
daquelas que foram descritas
anteriormente.

30
PROPRIEDADES MECÂNICAS DE LIGAS

31
SISTEMA
FERRO
CARBONO

32
SISTEMA
FERRO
CARBONO

33
SISTEMA
FERRO
CARBONO

34
SISTEMA FERRO CARBONO

35
SISTEMA
FERRO
CARBONO

36
SISTEMA
FERRO
CARBONO

37
SISTEMA
FERRO
CARBONO

38
SISTEMA
FERRO
CARBONO

39
QUESTÕES
1 – Qual a função do diagrama de fases
2 – Explique linha líquidus e sólidus.
3 – Qual a função da linha de amarração.
4 – Explique a diferença de resfriamento em equilíbrio e fora do equilíbrio. O que altera em
relação às microestruturas?
5 – Qual a relação entre microestruturas e propriedades mecânicas, dê um exemplo.
6 – Explique sucintamente a diferença de hipoeutetoide e hipereutetoide?

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