Enf: Tihago Graça
Acadêmi. de Medicina
TRANSTORNO DE HUMOR
Os dois principais transtornos do humor são:
Transtorno Depressivo Maior
Transtorno Bipolar
Os pacientes afligidos apenas por episódios
depressivos tem um transtorno depressivo
maior, ocasionalmente chamado de depressão
unipolar.
Os pacientes com episódios tanto maníacos
quanto depressivos tem transtorno bipolar.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
É o transtorno psiquiátrico mais comum na
população em geral, e, mesmo assim, muitos
pacientes omitem seus sintomas.
Sendo até 3 vezes maior em indivíduos de
18-29 anos.
O sexo feminino experimenta índices de 3
vezes mais altos do que o masculino.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Quadro Clínico
Os sintomas necessários para se fazer o
diagnóstico são:
Humor depressivo ou perda de interesse ou
prazer pela maior parte das atividades por um
período de, pelo menos, 2 semanas.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Para fazer o diagnóstico tem que ter sintomas
do Critério A e sintomas do Critério B.
Quais são os sintomas do critério A:
Humor deprimido
Anedonia
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Quais são os sintomas do critério B:
Alteração do padrão de sono
Alterações do apetite
Alteração psicomotora
Redução da energia
Sentimento de culpa
Baixa alto estima
Ideação suicida
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Para fazer o diagnóstico do TDM tem que ter:
1 sintoma do critério A
4 ou mais sintomas do critério B
Isso por um período de pelo menos, 2
semanas.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
O episódio depressivo é classificado em:
Quadro Leve
Quadro Moderado
Quadro Grave
Quadro Leve:
Os sintomas são poucos, mas manejáveis; há
sofrimento, mas este não incapacita.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Quadro Moderado:
Os sintomas se encontram em fase
intermediária entre leves e graves; afeta
parcialmente as funções do indivíduo.
Quadro Grave:
Há muitos sintomas de difícil manejo, como
fenômenos psicóticos, ideação suicida e
geralmente está associada a algum grau de
incapacidade social e/ou profissional.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Existem outras subdivisões:
Depressão Psicótica
Depressão Atípica
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Abordagem Terapêutica:
As opções terapêuticas envolvem:
Estímulo à prática de exercícios físicos;
Psicoterapia;
Farmacoterapia;
Eletroconvulsoterpia (ECT).
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Psicoterapia:
• Terapia Cognitivo-Comportamental – TCC
• Terapia de Família
• Terapia em Grupo
• Psicoeducação
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Farmacoterapia:
O tratamento farmacológico divide-se em 3
fases.
Fase Aguda
Fase de Continuação
Fase de Manutenção
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Fase Aguda
Opta-se pela medicação a ser utilizada e
avalia-se a melhora, mesmo que parcial.
Fase de Continuação
No caso de uma resposta satisfatória, se
mantém a medicação.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Fase de Manutenção:
Se mantém a medicação, a fim de que se
previnam recorrências de episódios depressivos
maiores.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Escolha Terapêutica:
Quadros leves:
Preferir a psicoterapia e abordar
farmacologicamente apenas os sintomas-alvo.
Quadros moderados:
Nesses casos, a primeira linha de tratamento
é a farmacoterapia.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Quadros graves sem sintomas psicóticos:
O tratamento inicial é farmacológico e
sugere-se iniciar com as drogas de 1ª linha.
Contudo, há recomendação para que a
farmacoterapia seja associada à psicoterapia.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Quadros graves com sintomas psicóticos:
O procedimento inicial também é
farmacológico, devendo-se optar por um dos
antidepressivos de 1ª linha e adicionar
antipsicóticos, como Haloperidol 5 mg/dia.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Antidepressivos:
Os medicamentos que normalmente são
indicados para o tratamento.
Fluoxetina
Paroxetina
Escitalopram
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE
(DISTIMIA)
Trata-se de uma forma de menor gravidade
que o transtorno depressivo maior.
Tem duração maior do que dois anos
(depressão crônica).
Também possuem maiores chances de
desenvolver o transtorno depressivo maior,
abuso de substâncias ou transtornos ansiosos.
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE
(DISTIMIA)
Quadro Clínico:
Humor deprimido durante a maior parte do
dia e na maioria dos dias, por pelo menos dois
anos, acompanhado de pelo menos mais dois
sintomas:
Alterações no apetite
Alterações no sono
Baixa energia
Baixa autoestima
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE
(DISTIMIA)
Fatores de Risco:
o História familiar, fatores genéticos;
o Sexo feminino;
o Jovens;
o Estado civil solteiro, divorciado ou viúvo(a);
o Viver em casas de repouso;
o Menor nível socioeconômico;
o Fatores ambientais (perda ou separação dos
pais na infância).
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE
(DISTIMIA)
Dificuldade de se concentrar ou de tomar
decisões.
Sentimento de desesperança.
É possível que os pacientes digam que
sentem como se sempre tivessem deprimidos.
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE
(DISTIMIA)
Abordagem Terapêutica:
Psicoterapia
Eletroconvulsoterapia
Farmacoterapia
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Para a mulher, esta fase chamada puerpério
é o momento mais vulnerável para o
desenvolvimento de um transtorno mental.
É mais comum nos primeiros 4 meses após o
parto.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Existem três tipos de depressão no período
pós-parto:
Blues Post Partum
Depressão Pós-Parto
Psicose Puerperal
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Blues Post Partum:
Se inicia nos primeiros dias após o parto,
podendo durar alguns dias, sendo limitados às
primeiras 2 semanas.
É de intensidade leve, autolimitada e cede
espontaneamente.
Caracteriza-se, basicamente, pelo sentimento
de tristeza e o choro fácil, que não impedem a
realização das tarefas de mãe.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Depressão Pós-Parto:
Normalmente, a doença se desenvolve de
forma insidiosa nos primeiros 3 meses após o
parto
São, no mínimo, cinco sintomas presentes,
que duram mais de 2 semanas.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Psicose Puerperal
A psicose pós-parto é a forma mais grave de
doença psiquiátrica pós-parto.
Se desenvolvem nas primeiras 2 semanas
pós-parto.
Inicia-se com sintomas depressivos,
que rapidamente progridem para delírios,
alucinações e agitação psicomotora.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Abordagem Terapêutica:
A abordagem costuma ser multidisciplinar e
deveria envolver médico obstetra, pediatra,
psiquiatra, psicólogo.
Quadros leves a moderados:
Psicoterapia
Farmacoterapia
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Se a psicoterapia não estiver disponível, não
for bem-sucedida ou no caso da paciente
rejeitar essa opção, a medicação deve ser
administrada.
Para as pacientes que estão amamentando e
que optam pela farmacoterapia, estabelece-se
que os benefícios dos antidepressivos superam
os riscos ao bebê.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Quadros graves:
Devem ser encaminhados a um especialista
e, geralmente, requerem hospitalização.
Nos casos em que há forte ideação suicida ou
que se acredita ser possível uma ameaça de
infanticídio, uma opção é eletroconvulsoterapia
(ECT).
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
É uma doença grave e crônica, em que se
alternam episódios depressivos e episódios de
mania ou hipomania.
Estima-se que o risco de suicídio, nesses
pacientes, seja 15 vezes maior que o da
população geral.
O transtorno bipolar é dividido em 2 grupos:
Tipo 1
Tipo 2
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Tipo 1:
Em que o individuo alterna episódio de
mania com episódio de depressão.
Tipo 2:
Em que o individuo alterna por hipomania
com depressão.
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Episódio Maníaco (Tipo 1)
Humor eufórico
Aumento importante da energia
Excessiva autoconfiança
Sintomas psicóticos (delírios e alucinações)
Pensamento acelerado
Ideias de grandiosidade
Hipersexualidade
Insônia ou diminuição do sono
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Episódio Hipomania (Tipo 2)
Semelhante ao quadro maníaco, mas sem
sintomas psicóticos, possuindo menor
gravidade.
• Diminuição das horas de sono
• Excesso de energia e autoconfiança
• Não chega a apresentar pensamento de
conteúdo tão grandioso
• Não requerem hospitalização
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Encaminhamento
Sempre que houver suspeita ou confirmação
de um caso de transtorno bipolar, o paciente
deve ser encaminhado a um psiquiatra para
avaliação.
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Indicações de Internação
Risco de suicídio;
Não adesão ao tratamento medicamentoso;
Sintomas francamente psicóticos;
Auto ou heteroagressividade (risco ao
paciente ou a terceiros).
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Abordagem Terapêutica:
Tanto na fase maníaca quanto na fase de
depressão se usa estabilizadores de humor.
Como:
Carbonato de lítio
Ácido valproico
Carbamazepina