Apostila Quimica Geral
Apostila Quimica Geral
CONDUTA NO LABORATÓRIO
Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser uma ciência
eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de Química. A experiência treina o
aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos de laboratório e permite a aplicação dos conceitos
teóricos aprendidos.
O laboratório químico é o lugar privilegiado para a realização de experimentos, possuindo
instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda local especial
para manipulação das substâncias tóxicas, denominado capela, que dispõe de sistema próprio de
exaustão de gases. O laboratório é um local onde há um grande número de substâncias que
possuem os mais variados níveis de toxicidade e periculosidade. Este é um local bastante vulnerável
a acidentes, desde que não se trabalhe com as devidas precauções. Abaixo, apresentamos alguns
cuidados que devem ser observados, para a realização das práticas, de modo a minimizar os riscos
de acidentes.
Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é necessária uma
preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os princípios químicos
envolvidos nesta atividade?
Durante a realização dos experimentos são necessárias anotações dos fenômenos
observados, das massas e volumes utilizados, do tempo decorrido, das condições iniciais e finais do
sistema. Um caderno deve ser usado especialmente para o laboratório. Este caderno de laboratório
possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório. Não confie em sua memória, tudo
deve ser anotado.
Após o experimento vem o trabalho de compilação das etapas anteriores através de um
relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita de cunho científico sobre o trabalho
laboratorial realizado.
Pré-Laboratório
1. Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática e tire todas as
dúvidas.
Pós-Laboratório
1. Lave todo o material logo após o término da experiência, pois conhecendo a natureza do resíduo
pode-se usar o processo adequado de limpeza.
2. Guarde todo o equipamento e vidraria. Guarde todos os frascos de reagentes, não os deixe nas
bancadas ou capelas. Desligue todos os aparelhos e lâmpadas e feche as torneiras de gás.
2
As instalações elétricas e hidráulicas devem ser aparentes ou sob piso falso, para facilitar a
manutenção;
Em locais onde se trabalha com solventes orgânicos inflamáveis, as instalações elétricas devem
ser à prova de explosão;
Os gases sob pressão devem passar por uma canalização visível;
Os cilindros de gases de alimentação devem ser armazenados fora do laboratório, em área livre
bem ventilada e sinalizada;
Bancadas e pisos devem ser construídos com materiais que dificultem a combustão e que sejam
resistentes ao ataque de produtos químicos;
Deve existir uma capela, para se trabalhar com produtos voláteis e tóxicos;
Os produtos químicos devem ser armazenados fora do laboratório, em local de boa ventilação,
livre do Sol e bem sinalizado;
Aprenda a localização e a utilização do extintor de incêndio existente no laboratório. Este também
deve estar localizado em lugar de fácil acesso e sinalizado.
Para se prevenir e contornar situações de emergência devem ser previstas instalações como:
Proteção contra incêndios (portas corta-fogo e sinalização de alarme, ventilação
geral diluidora, para evitar a formação de misturas explosivas);
Chuveiro de emergência (deve ser instalado em local de fácil acesso e seu
funcionamento deve ser monitorado);
Lava-olhos (seu funcionamento deve ser monitorado);
Sinalização de segurança (faixas indicativas, cartazes e placas indicativas).
O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua atenção
e de seus colegas.
O cuidado e a aplicação de medidas de segurança são responsabilidade de cada indivíduo. Cada
um deve precaver-se contra perigos devido a seu próprio trabalho e ao dos outros. Consulte o
professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer algo inesperado ou anormal.
Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada sem a prévia
consulta ao professor.
Serão exigidos de todos os estudantes e professores o avental (bata), luvas e sapatos fechados.
A não observância desta norma gera roupas furadas por agentes corrosivos, queimaduras,
manchas, etc.
Planeje o trabalho a ser realizado.
Ao se retirar do laboratório, verifique se há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos os
aparelhos, deixe todos os equipamentos limpos e lave as mãos.
Os alunos não devem tentar nenhuma reação não especificada pelo professor . Reações
desconhecidas podem causar resultados desagradáveis.
É terminantemente proibido fumar, comer ou beber nos laboratórios .
Não se deve provar qualquer substância do laboratório, mesmo que inofensiva.
Não deixar livros, blusas, etc., jogadas nas bancadas. Ao contrário, colocá-los longe de onde se
executam as operações.
Ao verter um líquido de um frasco, evitar deixar escorrer no rótulo, protegendo-o devidamente;
Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos ou corrosivos, tome as
seguintes providências:
Interrompa o trabalho;
Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido;
Solicite ou efetue a limpeza imediata;
Alerte seu supervisor;
Verifique e corrija a causa do problema;
Não utilize materiais de vidro quando trincados;
Coloque todo o material de vidro inservível no local identificado como "sucata de vidro";
Não jogue caco de vidro em recipiente de lixo;
Use luvas de amianto sempre manusear peças de vidro que estejam quentes;
Use protetor facial e luvas de pelica quando agitar solventes voláteis em frascos fechados;
Não utilize frascos Dewar de vidro sem que estejam envolvidos em fitas adesivas ou
invólucros apropriados;
Não deixe frascos quentes sem proteção sobre as bancadas do laboratório;
Coloque os frascos quentes sobre placas de amianto;
Não use "frascos para amostra" sem certificar-se de que são adequados aos serviços a
serem executados e de que estejam perfeitamente limpos;
Nunca inspecione o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos sem fazer uma
inspeção prévia visual;
Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. Use sempre que possível,
uma tela de amianto;
Não pressurize recipientes de vidro sem consultar seu supervisor sobre a resistência dos
mesmos.
Resíduos químicos perigosos são aqueles que podem provocar danos à saúde ou ao meio
ambiente devido suas características químicas, conforme classificação da NBR 10.003 – ABNT. A
finalidade destas indicações é transformar produtos químicos ativados em derivados inócuos para
permitir o recolhimento e eliminação segura.
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LEGENDA: E - Explosivo; F - Fogo; GI - Gás Inflamável; GT - Gás Tóxico; C - Geração de Calor; S - Solubilização de Toxinas.
Para que tais resíduos de laboratório posam ser eliminados de forma adequada é necessário
ter-se à disposição recipientes de tio e tamanho adequados. Os recipientes coletores devem ser
caracterizados claramente de acordo com o sue conteúdo, o que também implica em se colocar
símbolos de periculosidade.
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BIBLIOGRAFIA:
1. CARVALHO,P.R. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Editora Interciência: Rio de Janeiro, 1999.
2. FEITOSA,A.C.; FERRAZ, F.C. Segurança em Laboratório. UNESP: Bauru, 2000.
3. SAVARIZ, M. Manual de Produtos Perigosos: Emergência e Transporte. 2.ed., Sagra - DC Luzzatto: Porto
Alegre. 1994. 264p.
4. SCHVARTSMAN, S. Produtos Químicos de Uso Domiciliar: Segurança e Riscos Toxicológicos, 2.ed. São
Paulo: ALMED, 1988. 182p.
5. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. 8ed. São Paulo: IOB, 1997.360p.
6. STELLMAN, J.M.; DAUM. S.M. Trabalho e Saúde na Industria II : Riscos Físicos e Químicos e Prevenção
de Acidentes. E.P.U. e EDUSP: São Paulo, 1975. 148p.
RISCOS QUÍMICOS
Inalação
Absorção cutânea
Ingestão
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2- Limites de Tolerância:
Tempo de exposição;
Concentração e características físico-químicas do produto;
Suscetibilidade pessoal;
E outras...
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QUEIMADURAS
A droga não chegou a ser engolida: Deve-se cuspir imediatamente e lavar a boca com muita água.
Levar o acidentado para respirar ar puro.
A droga chegou a ser engolida: Deve-se chamar um médico imediatamente. Dar por via oral um
antídoto, de acordo com a natureza do veneno.
EXTINTORES DE INCÊNDIO
extintores para manterem a condição de fácil transporte. São de grande utilidade, pois podem
combater a maioria dos incêndios, cujos princípios são pequenos focos, desde que, manejados
adequadamente e no momento certo.
a) portáteis;
Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na sua química,
provocando uma descontinuidade em um ou mais lados do tetraedro do fogo, alterando as
condições para que haja fogo. Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados
sólidos, líquidos ou gasosos. Existe uma variedade muito grande de agentes extintores.
Citaremos apenas os mais comuns, que são os que possivelmente teremos que utilizar em
caso de incêndios. Exemplos: água, espuma (química e mecânica), gás carbônico, pó
químico seco, agentes halogenados (HALON), agentes improvisados como areia, cobertor,
tampa de vasilhame, etc, que normalmente extinguem o incêndio por abafamento, ou seja,
retiram todo o oxigênio a ser consumido pelo fogo.
Agentes Extintores
Classes de
Incêndio Água Espuma Pó Químico Gás Carbônico (CO2)
A
Madeira, papel, SIM SIM SIM* SIM*
tecidos etc.
C
Equipamentos e
Instalações NÃO NÃO SIM SIM
elétricas
energizadas.
BIBLIOGRAFIA:
Esta prática tem por objetivo identificar e conhecer as aplicações dos principais
utensílios do laboratório químico.
Um erro de medida ocorre quando há uma diferença entre o valor real e o valor experimental.
Vários fatores introduzem erro sistemático ou determinado (erros no sistema que podem ser
detectados e eliminados). Por exemplo: equipamentos não calibrados, reagentes impuros e erros no
equipamento. A medida é também afetada por erros indeterminados ou aleatórios (erros que estão
além do controle do operador). Estes incluem o efeito de fatores como: pequenas variações de
temperatura durante uma experiência, absorção de água enquanto estão sendo pesadas, diferenças
em julgamento sobre a mudança de cor do indicador ou perda de pequenas quantidades de material
ao transferir, filtrar ou em outras manipulações. Erros aleatórios podem afetar uma medida tanto uma
direção positiva quanto negativa. Assim um resultado poderá ser ligeiramente maior ou menor do que
o valor real. Duas ou mais determinações de cada medição efetuadas na esperança de que erros
positivos e negativos se cancelem. A precisão de uma medida se refere à concordância entre
diferentes determinações de uma mesma medida. Você pode encontrar que um mesmo objeto tenha
1,0 m, 1,2 m ou 0,9 m para cada uma das operações de medida que realizar. Como erros aleatórios
não podem ser completamente eliminados, a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é esperada.
Exatidão é uma concordância entre o valor medido e o real. Para calcular o erro em uma medida
deve-se saber o valor real. Isto raramente é possível, pois normalmente não se sabe o valor real. O
melhor a fazer é projetar instrumentos de medida e realizar medidas de forma a tornar o desvio tão
pequeno quanto ao instrumento utilizado que pode não estar calibrado corretamente. A precisão
depende mais do operador e a exatidão depende tanto do operador quanto do instrumento da
medida.
Determinação da massa
Deve ser mantida limpa. Caso algum material cai sobre o prato ou outra parte da balança,
deve ser removido imediatamente.
Os reagentes não devem ser colocados diretamente sobre o prato da balança, mas em
recipientes apropriados (béquer, vidro de relógio)
Os objetos a serem pesados devem estar a temperatura ambiente
Terminada a pesagem, todos os objetos devem ser removidos dos pratos.
Acerto de nível;
Acerto do zero;
Pesagem propriamente dita
Leitura da massa do objeto, no painel da balança.
Os dispositivos da balança que acionam as massas aferidas podem variar de uma balança
para outra.
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Determinação de volume
A posição do menisco é obtida mantendo o olho no mesmo plano que a parte superior da
linha de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano P.
Técnica de titulação
Coloca-se em um erlenmeyer a amostra a ser titulada, cuja massa ou volume deve ser
conhecido com exatidão. Conforme o caso adiciona-se a seguir as substâncias que forem
necessárias (indicador).
Separadamente coloca-se a solução que será usada como titulante, em uma bureta,
conforme as recomendações. Acerta-se o zero. Em seguida, coloca-se o erlenmeyer sob a bureta, e
deixa o titulante escoar, gota a gota. Controla-se a torneira da bureta com a mão esquerda e agita-se
continuamente o erlenmeyer com a mão direita. Observa-se atentamente a solução do erlenmeyer.
Cada gota do titulante, caindo na solução, provoca uma alteração visual (geralmente mudança de cor)
que desaparece com a agitação. À medida que se aproxima o ponto final da titulação, a alteração
demora mais tempo para desaparecer. Diminui-se a velocidade de adição do titulante, de modo que a
gota se misture completamente com a solução antes de cair outra gota. Quando ocorrer uma
alteração permanente na solução, interrompe-se a adição de titulante e lê-se o volume de líquido da
bureta.
OBJETIVOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais:
Pipeta graduada 10 mL
Proveta 50 mL
Béquer de 50 mL e de100 mL
Balão volumétrico de 50 mL
Bureta de 50 mL
Erlenmeyer de 250 mL
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1)Meça 10 mL de água utilizando uma pipeta graduada, existente na sua bancada. Transfira a água
para uma proveta e anote o volume. Repita o procedimento, transferindo a água para um béquer.
Repita todo o procedimento, utilizando 40 mL de água. Discuta as diferenças de volume
observadas com as diferentes vidrarias.
2) Medidas de Massa e Volume:
2.1. Peça ao seu professor instruções sobre o uso da balança, antes de pesar os seguintes
recipientes secos: proveta de 50 mL; balão volumétrico de 50 mL, béquer de 100 mL.
2.2. Coloque cuidadosamente 50 mL de água destilada em cada recipiente referido no item
anterior e pese-os novamente. Anote os resultados na tabela abaixo. Calcule a densidade da
água em cada caso. Anote a temperatura da sala da balança.
2.3. Compare os resultados, obtidos por você com os dos colegas.
3) Determinação de ácido presente em amostras de refrigerante por titulação.
Procedimento:
Proveta
50 mL
Balão
50 mL
Béquer
100 mL
Questões adicionais:
1. Desenhe uma pipeta graduada, uma pipeta volumétrica e uma de escoamento total.
BIBLIOGRAFIA:
Objetivo
Introdução Teórica
O bico de Bunsen é utilizado em laboratório como fonte de calor para diversas finalidades,
como por exemplo, no aquecimento de soluções aquosas não inflamáveis, na secagem de sais
hidratados, em calcinações, no estiramento e preparo de peças de vidro entre outros.
O gás combustível é geralmente o G.L.P (gás liquefeito de petróleo) e o comburente, via de
regra, é oxigênio do ar atmosférico, que em proporção otimizada permite obter uma chama de alto
poder energético.
Figura 1 – Esquema do bico de Bunsen (FONTE: SANTOS, F.K.G., ROCHA, M.V.P., SILVA, M.L.P.)
Como pode ser visualizado na Figura 1, com o regular de ar primário parcialmente fechado,
distingui-se três zonas de chama:
a) Zona Externa: apresenta cor violeta-pálido, quase invisível, e nela os gases sofrem
combustão completa, resultando CO2 e H2O. Esta zona é denominada zona oxidante;
c) Zona Interna: é limitada por uma “casca” azulada , contendo os gases que ainda não
sofreram combustão. Esta zona é denominada zona neutra.
Procedimento Experimental
1.Fechar a janela do bico de Bunsen. Em seguida, abra a torneira do gás e acenda o bico. Observar
a combustão incompleta do gás (chama amarela);
2.Abrir gradativamente a janela do bico. Observe as alterações que ocorrem nas cores da chama;
3. Às vezes, quando se utiliza o bunsen, é necessário reduzir a intensidade da chama. Isso é feito
diminuindo-se a entrada de gás, operação que pode provocar a queima do gás dentro do cilindro,
produzindo um ruído característico e aquecendo a peça. Caso isso ocorra, feche a torneira do gás e
regule a entrada de ar; após acenda novamente o fogo;
4. Para apagar o fogo, feche a janela do bico e reduza a chama girando a torneira do gás até fechá-
la.
Introdução:
Em 1913, o cientista dinamarquês Niels Henrik David Bohr (1885-1962) elaborou uma nova
teoria sobre a distribuição e o movimento dos elétrons. Quando um elétron recebe energia suficiente
do exterior, ele salta para outra órbita. Este salto do elétron pode ser utilizado para ensaios
preliminares numa análise química, como o chamado teste ou análise de chama.
Seu princípio fundamenta-se nas diferentes transições permitidas dos elétrons nos diferentes
elementos. Sabe-se que ao excitar um átomo, por meio de chama ou descarga elétrica, seus elétrons
absorvem energia em quantidades discretas, saltando para níveis mais elevados. O átomo com seus
elétrons excitados tende a retornar a seu estado fundamental (todos os elétrons estão nos níveis mais
baixos disponíveis), emitindo energia na forma de radiação eletromagnética (luz ou calor),
correspondente ao que absorvera na etapa anterior. Em razão da diferença na estrutura dos
elementos, os saltos sofridos pelos elétrons de átomos de elementos diferentes serão diferentes e
conseqüentemente as energias absorvidas na excitação e liberadas no retorno ao estado
fundamental serão diferentes. Este fato leva a que os espectros emitidos pelos diversos elementos
sejam diferentes. Se o comprimento de onda da radiação estiver na faixa de 400 a 760 nm,
observaremos a emissão de luz visível.
Procedimento Experimental
Dobrar uma das pontas do fio níquel- cromo, formando uma alça;
Em uma placa de porcelana, adicionar soluções aquosas dos sais;
Mergulhar a ponta do fio de níquel-cromo no HCl e aquecer o fio na região mais quente
da chama, até nenhuma cor visível aparecer;
Mergulhar a ponta dobrada do fio na solução aquosa e retornar à chama;
Observar a cor da chama produzida pelo metal e anotar no quadro do relatório;
Repetir as operações descritas para as demais amostras.
Perigo: ácido clorídrico tem forte efeito corrosivo na pele e em mucosas em geral. Os gases
desprendidos, se inalados, podem afetar a mucosa nasal e os pulmões.
Questões:
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Referências Bibliográficas:
CHORNOBAI, C.A. Notas de aula de química geral e experimental. UTFPR – Campus Ponta Grossa.
SANTOS, F.K.G., ROCHA, M.V.P., SILVA, M.L.P., SANTOS, Z. M. Laboratório de química geral.
Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró – RN.
Objetivo: Verificar a polaridade de algumas substâncias, baseado na natureza iônica, polar ou apolar
e como isto influi na solubilidade em determinados solventes.
Introdução: As substâncias iônicas são compostos formados por partículas com carga elétrica
positiva (cátions) e por partículas com carga elétrica negativa (ânions), sendo que estas partículas se
mantêm ligadas umas às outras por força de natureza elétrica.
Isto não ocorre com as substâncias moleculares ou covalentes. Neste caso, as moléculas não
são partículas com cargas elétricas, embora apresentem pólos elétricos (moléculas polares) ou não
(moléculas apolares).
As moléculas apolares não sofrem desvios por ação dos campos elétricos. As moléculas
polares são desviadas pela ação de campos elétricos.
Por causa das atrações de natureza elétrica, pode-se estabelecer a seguinte regra geral:
compostos iônicos e compostos covalentes polares são solúveis em solventes polares, mas são
insolúveis em solventes apolares.
A figura abaixo, Fig. 5.1, mostra o envolvimento dos cátions Na + e dos ânions Cl- pelas
moléculas de H2O. A molécula de água é fortemente polarizada, apresentando o átomo de oxigênio
como pólo negativo e os átomos de hidrogênio como pólos positivos, Fig. 5.2.
Figura 5.1
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Figura 5.2
Material e reagentes
Procedimento Experimental
1. Monte 3 buretas nos suportes, colocando sob cada uma delas o béquer (Fig. 5.3)
Figura 5.3
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2. Carregue com 25 ml a primeira bureta com água, a segunda com álcool e a terceira com
hexano.
3. Abra a torneira da bureta com água, de modo a deixar correr um fio de água mais fino
possível (um fio, e não gota a gota) de uma altura aproximada de 10cm entre o bico da bureta
e a boca do béquer.
4. Agora, atrite um bastão de plástico (caneta esferográfica) contra o cabelo ou contra uma
flanela e chega-a para bem perto do fio de água (sem encostar). O que observou?
Solubilidade x polaridade
2. Utilizando as buretas, coloque água no primeiro tubo até 1/3 do volume; no segundo, álcool;
no terceiro, hexano, sempre na mesma proporção (Fig. 5.4).
Figura 5.4
6. Repita os passos 1 e 2.
7. Coloque uma pitada de cloreto de sódio em cada um dos 3 tubos (procure colocar a mesma
quantidade em cada tubo)
depois em ____________________________________________________________________;
Sendo um composto iônico, o NaCl é mais solúvel nos solventes mais polares. Então, dos 3
solventes utilizados:
Questões adicionais:
5. Elabore uma explicação teórica para mostrar que as moléculas de iodo são apolares.
6. Quando ocorre a ligação covalente polar? Pg164 Feltre (eletronegatividade / polaridade das
ligações e das moléculas, cap. 7 geometria molecular).
7. O que é eletronegatividade?
9. Qual é o valor da diferença de eletronegatividade que pode caracterizar uma ligação iônica?
Objetivo:
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Introdução:
Eletropositividade ou caráter metálico é a tendência dos átomos em ceder elétrons do nível
mais externo. À medida que a capacidade de ceder elétrons aumenta, os metais tornam-se mais
reativos.
Esta propriedade periódica está intimamente relacionada com o raio atômico. Assim, quanto
menor o raio atómico, maior a atração que o núcleo do átomo exerce sobre o elétron que vai adquirir,
portanto menor a sua eletropositividade.
Na tabela periódica, o elemento de maior eletropositividade é o Fr; e é também o mais
reativo.
O íon hidrogênio tem maior afinidade por elétrons do que o íon Zn +2 e a reação ocorre
exatamente no sentido indicado, sem que a reação inversa ocorra apreciavelmente. Em outras
palavras, os íons H+ têm uma afinidade por elétrons suficientemente forte para retirá-los dos átomos
de zinco.
É possível arranjar os elementos químicos numa série, de acordo com suas tendências
relativas para ganharem ou perderem elétrons. Sendo assim, entre os metais:
Materiais e reagentes:
Procedimento:
OBJETIVOS:
INTRODUÇAO:
Quando uma reação química ocorre em um determinado sistema, isso acarreta uma troca de
calor entre o sistema em reação e o meio ambiente. A Termoquímica estuda justamente essas trocas
de calor, assim como o seu aproveitamento na realização de trabalho.
Se o calor trocado entre o sistema e o meio ambiente é medido a pressão constante, ele é
denominado entalpia ou conteúdo calorífico e é simbolizado por H.
Entalpia (H) é o calor trocado a pressão constante.
Em relação às trocas de calor, as reações químicas se classificam em endotérmicas e
exotérmicas.
Reação exotérmica é a que ocorre com liberação de calor.
[Entalpia dos produtos] < [Entalpia dos reagentes] ΔH<0
Uma reação exotérmica é uma reação química cuja energia total (entalpia) dos seus produtos
é menor que a de seus reagentes, ou seja, ela libera energia (o que se dá na forma de calor). Uma
reação endotérmica é uma reação química cuja energia total (entalpia) dos seus produtos é maior que
a de seus reagentes, ou seja, ela absorve energia (na forma de calor). (BACCAN 1985).
MATERIAIS E REAGENTES:
- Pipetas graduadas; - Tubos de Ensaio;
- Colher de medida (espátula); - Estante para tubos;
- Solução 6M de ácido sulfúrico (H2SO4); - Solução 6M de ácido clorídrico (HCl);
- Água; - Cloreto de Amômio (NH4Cl);
- Pastilhas de NaOH; - CuSO4
- Ferro (prego ou “bombril”); - Termômetro
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:
5 - Tubo de ensaio 5 No tubo de ensaio 5, colocar uma bolinha de bombril (ou um prego) e em
seguida adicionar aproximadamente 2mL de solução de sulfato de cobre.
RESULTADOS:
1 - Qual a parte da química que estuda as trocas de calor envolvidas nas reações químicas?
2 - Como se pode perceber se o processo é exotérmico ou endotérmico?
O processo é classificado de acordo com sua troca de calor, dependendo se liberam ou absorvam
calor, reações exotérmicas e endotérmicas respectivamente,no caso do experimento bastava tocar o
tubo de ensaio para sentir se houve um esfriamento ou esquentamento e assim identificar o processo
(mudança de temperatura).
3 - Como podemos prever se uma reação é endotérmica ou exotérmica, além da prática?
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
- ATKINS, P. W. Físico-química (vol. 1, 2 e 3). 7 ed. Rio de Janeiro: LTC- Livros Técnicos e
Científicos, 2003.
- N. Baccan et al., Química Analítica Quantitativa Elementar, 2ª ed. Editora Edgard Blucher/Editora da
UNICAMP, 1985.
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Objetivo:
Construir um calorímetro simples para medir a energia produzida pela queima de óleo
vegetal.
Introdução:
Estudos meticulosos mostram que as necessidades de energia de nossos corpos dependem
de fatores como idade, peso, atividade física e sexo (os homens necessitam de cerca de 10% a mais
de energia por quilograma de peso).
Uma fração surpreendentemente grande do alimento que ingerimos é necessária para a
sustentação das funções básicas da célula para a manutenção da vida (atividades metabólicas em
marcha em cada célula, a circulação do sangue pelos batimentos cardíacos, as contrações rítmicas
dos pulmões durante a respiração e outras). Essas necessidades mínimas de energia, chamadas de
taxa metabólica basal (TMB), devem ser atendidas antes que qualquer energia seja usada para as
atividades físicas ou para a digestão dos alimentos.
O conteúdo calórico dos alimentos é determinado pela queima em um calorímetro de metal,
fechado e pressurizado com oxigênio e completamente cercado por água. O método empregado
neste experimento para medir o calor (entalpia) de combustão de um óleo vegetal é semelhante, em
princípio, mas o calorímetro que será usado é uma versão bem inferior do calorímetro de combustão
usado para um trabalho científico de precisão.
Neste experimento usaremos uma lamparina que queima óleo. O calor da queima do óleo
será usado para aquecer a água, e o aumento da temperatura da água será uma medida da energia
produzida pela combustão A variação de entalpia para uma amostra de água aquecida da
temperatura T1 para a temperatura T2 é dada por:
∆H = m.Cp. ∆T
Sendo: ∆H a variação de entalpia em calorias (neste exemplo é o calor absorvido pela água);
M a massa de água em gramas;
Cp a capacidade calorífica (sob pressão constante) em cal. g-1.K-1
∆T a variação da temperatura em kelvins (ou graus Celsius)
Nem toda energia liberada pela queima do óleo alcança a água aquecida no calorímetro,
sendo então necessário determinar a eficiência do calorímetro (a fração de energia que é capturada)
pela queima de uma substância cujo calor de combustão seja conhecido. Para a calibração do
calorímetro será usado velas cuja entalpia de combustão é igual a 10,0 kcal/g, através da queima de
uma massa conhecida de parafina da vela, sob as mesmas condições usadas para aquecer uma
massa conhecida de óleo vegetal. A variação de entalpia medida para o óleo vegetal será então
dividida pela eficiência para que se consiga um valor corrigido que se aproximará de valor verdadeiro
para a entalpia de combustão do óleo vegetal
Materiais e reagentes:
Papel alumínio Esponja de aço Barbante
Lata metálica Suporte universal Suporte para barbante
Garra de condensador Proveta 100 mL Amostra de óleo vegetal
Termômetro Fósforo Água destilada
Procedimento:
Nº 01 - PREPARAÇÃO
Monte a lata verticalmente com a ajuda da pinça de condensador fixada em suporte universal;
Para melhorar a eficiência de captura de energia, faça uma saia de papel alumínio e um
protetor de vento (caso necessário);
Limpe o fundo da lata com esponja de aço e retire qualquer resíduo de óleo vegetal que
possa existir no suporte do para o barbante;
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Introduza a ponta do barbante no orifício do suporte deixando-o alinhado (use a tesoura para
cortar qualquer fiapo de barbante sobrando);
Acenda a lamparina e a vela, assegure-se que elas queimam de modo satisfatório;
Posicione a saia de papel alumínio um pouco acima da ponta da chama;
Apague as chamas e deixe que a lamparina esfrie por um ou dois minutos.
Nº 02 – CALIBRAÇÃO DO CALORÍMETRO
Depois de resfriada pese a vela e a porção de óleo vegetal, em balança analítica e registra a
massa com precisão de miligramas;
Em proveta, meça exatamente 100 mL de água e derrame-a na lata, tomando cuidado para
não espirrar água para fora da lata. Mexa a água com termômetro, leia a temperatura e registre.
Ponha a vela que foi pesada sob a lata, acenda com um fósforo e centre cuidadosamente a
chama sob o fundo da lata.
Mexa a água continuamente com um termômetro e, quando a temperatura da água no
calorímetro tiver se elevado de 18ºC a 20ºC acima da temperatura ambiente, remova a vela e apague
a chama. Continue mexendo a água no calorímetro, registrando a mais alta temperatura alcançada;
Quando a vela tiver resfriado, torne a pesá-la e registre sua massa. Estes dados servirão para
calibrar o calorímetro.
Repita o procedimento, substituindo a água, tomando cuidado para que não haja água do
lado de fora quando começar as medições. Limpe a fuligem do fundo da lata e, se necessário, apare
o pavio. Se tudo for feito cuidadosamente, a variação de temperatura da água, dividida pela variação
de massa da vela deve coincidir a menos de 10% para duas tentativas.
Nº 03 – ENTALPIA DE COMBUSTÃO DE UMA AMOSTRA DE ÓLEO VEGETAL
Registre o tipo de óleo vegetal usado em seu experimento. Pese com aproximação de
miligramas sua massa e registre;
Usando o mesmo procedimento do experimento anterior, ponha exatamente 100 mL de água
no calorímetro e realize as medições de temperatura, aquecendo e pesando coma antes. Registre as
temperaturas inicial e final da água e também a massa de óleo da lamparina depois de resfriada.
Repita as medições para obter uma duplicação do conjunto de valores, tomando cuidado para
que não haja água do lado de fora quando começar as medições. Limpe a fuligem do fundo da lata e,
se necessário, apare o pavio.
Nº 04 – DADOS E CÁLCULOS
I. Calibração do calorímetro de lata de alumínio pela combustão da vela
DADOS TENTATIVA 1 TENTATIVA 2
Massa inicial da vela
Massa final da vela
Volume de água no calorímetro
Temperatura inicial da água
Temperatura final da água
CÁLCULOS
Massa de vela queimada
Aumento de temperatura de
água
Calor absorvido pela água
∆H = m.Cp . ∆T
Calor produzido pela queima
∆H = massa vela . 10,0
Eficiência= calor abs/calor prod
1. Suponha que você não temperou sua salada no jantar com o equivalente a uma colher de
sopa de óleo vegetal. Quantas calorias de gordura você consumiu a menos? Suponha para esse
cálculo que uma colher de sopa de óleo tenha o volume de 15 mL, uma densidade de 0,92g/mL e que
forneça 8,84 kcal/g de óleo quando consumida (Saiba que 1 cal nutricional é igual a 1 kcal).
2. Ciclistas no concurso Tour de France (uma corrida de bicicletas de 2400 km em duas
semanas) necessitam de cerca de 5000 kcal/dia para manter suas necessidades de energia, o que é
cerca de 2,5 vezes o requisito de energia para uma pessoa que desenvolve atividades normais. A
quantos pães isso equivaleria supondo 17 fatias por pão e cada fatia 40g, fornecendo 100kcal?
3. Proponha uma dieta alimentar que satisfaça o consumo diário do atleta, consultando os
rótulos dos alimentos num supermercado, sem que alimentos de difícl digestão comprometam seu
desempenho.
4. O que representa a eficiência energética?
5. Qual sua avaliação sobre o desenvolvimento de biocombustíveis como uma alternativa para
substituir à gasolina e estimular às exportações? Tal proposta é um projeto encabeçado pela
Presidência da República, usando como marketing o know how que nosso país detém na produção
de álcool combustível. Em termos de energia liberada, pesquise sobre os mais variados combustíveis
possíveis e sua eficiência.
Objetivo:
Associar o conceito de reversibilidade de reação a algum efeito perceptível, através de
deslocamento quantitativo do equilíbrio de dois sistemas.
Introdução:
Em princípio, cada reação química é uma reação de duplo sentido, mas, se o ponto de
equilíbrio favorecer grandemente os reagentes, dizemos que não há reação. Se o ponto de equilíbrio
favorecer muito a formação dos produtos, dizemos que a reação é completa. Para cada um desses
dois extremos é difícil medir experimentalmente as concentrações de todos os reagentes e produtos
em equilíbrio. No primeiro caso (reagentes grandemente favorecidos), a concentração de produtos é
praticamente zero. No segundo caso (produtos grandemente favorecidos), nenhuma quantidade
significativa de reagentes será produzida quando os produtos forem misturados. Então, quando o
equilíbrio favorece fortemente os produtos, a reação parece ir apenas a uma direção:
reagentes → produtos.
Quase todas as reações químicas consomem ou liberam energia (reações endotérmicas e
exotérmicas). Por essas reações podemos olhar a energia como se fosse um reagente ou produto e,
pela adição de energia ao sistema (aquecimento) ou pela remoção de energia do sistema
(resfriamento), podemos produzir um deslocamento do ponto de equilíbrio químico. As concentrações
de reagentes e produtos mudam para refletir esse novo equilíbrio.
Para reações que alcançam rapidamente o equilíbrio, o ponto de equilíbrio pode ser
alcançado a partir dos reagentes ou dos produtos, o que enfatiza a natureza dinâmica das reações
químicas. Mudanças de concentrações dos reagentes ou dos produtos promovem deslocamento no
ponto de equilíbrio numa direção que tende a compensar a mudança.
30
Materiais e reagentes:
Tubo de ensaio NaCl saturado Alaranjado de metila NH4Cl 1M
Termômetro HCl 6M e 12M Fenolftaleína Fe(NO3)3 0,1M
CaCl2 0,1M H2S O4 3M Ácido Acético 0,1M KSCN 0,1M
Ácido Oxálico 0,5M K2CrO4 1M Acetato de Sódio 1M CoCl2 0,15M/metanol
Oxalato de Potássio 0,5M NaOH 6M NH4OH 0,1M BaCl2 0,1M
Procedimento:
b) Num tubo de ensaio contendo 2 mL de água, adicione uma gota de alaranjado de metila.
Observe e anote. Em seguida, adicione 2 gotas de HCl 6M. Observe e anote. Depois, no mesmo
tubo, adicione 4 gotas de NaOH 6M. Observe e anote.
c) Repita o experimento usando o indicador fenolftaleína em vez do indicador alaranjado de
metila. Registre suas observações.
HIn + H2O) ═ H2O+ + In-
d) Para cada duas amostras de 2 mL de solução 0,1M de CH 3COOH (ácido acético), adicione
uma gota de alaranjado de metila. Em uma das amostras adicione poucas gotas de cada vez de uma
solução 1M de NaCH3COO (acetato de sódio), agitando. Compare e registre as cores nos dois tubos
de ensaio.
e) Para cada duas amostras de 2 mL de solução 0,1M de NH 4OH adicione uma gota de
indicador fenolftaleína. Observe e registre a cor. Em uma das amostras, adicione uma solução 1M de
NH4Cl, poucas gotas de cada vez, agitando. Na outra, adicione uma solução 6M de HCl, uma gota de
cada vez, agitando. Em cada caso, anote quaisquer mudanças na cor e no odor da solução.
b) Ponha 2 mL de uma solução 0,15M de CoCl 2 (em metanol) num tubo de ensaio de 13 x
100 mm (o metanol é usado como solvente de modo que você pode observar os efeitos da água).
Usando um conta-gotas, adicione apenas a água suficiente à solução metanólica azul para fazer com
que a solução mude sua cor para a do aquocomplexo cor-de-rosa. Divida a solução rosa em duas
porções iguais em dois tubos de ensaio 13 x 100 mm. Adicione, uma gota de cada vez, solução
31
concentrada de HCl a um dos tubos de ensaio até que você observe uma mudança de cor. Anote
suas observações. Aqueça o tubo de ensaio contendo a outra porção da solução rosa num copo de
Béquer de água quente (65 a 75ºC) sobre uma placa aquecida na capela. Se a mudança de cor não
ocorrer, provavelmente foi colocado muita água na solução de metanol original. Tente novamente.
Caso contrário, registre suas observações, deixe resfriar, anote o comportamento da solução e
aqueça novamente. Registre.
Objetivo:
Verificar a influência da temperatura, da concentração e de um catalisador sobre a velocidade
de uma reação química.
Introdução:
Realizando sempre a mesma reação e variando-se, ora a temperatura, ora a concentração
dos reagentes, ora a presença ou não de catalisador, poder-se-á verificar a modificação na
velocidade da reação devido a um destes fatores.
Para a reação genérica: aA + bB → cC + dD, a velocidade média da reação é dada pela
expressão:
−∆[ A ] −∆ [ B] ∆ [C ] ∆ [D]
V m= = = =
a∙∆t b∙∆t c∙∆t d∙∆t
Onde:
∆[A]; ∆[B]; ∆[C]; ∆[D] =variação da concentração mol/L dos reagentes A e B e dos produtos C e D
a, b, c, d = coeficientes dos reagentes e produtos na equação química;
∆t = variação do tempo em que ocorrem as reações;
Portanto, quanto menor o tempo da reação, maior a velocidade.
Reação: 5 C2O4-2 + 2 MnO4- + 16 H+ → 10 CO2 + 2 Mn+2 + 8 H2O
O íon permanganato (MnO4-) apresenta a cor violeta e ao reagir com o oxalato (C 2O4-2) forma
o MnO (Mn+2) que é incolor, se esta reação se processar em meio ácido, como neste caso.
Desta forma pode-se medir a velocidade da reação pela medida do intervalo de tempo
necessário para descorar a solução após a adição do permanganato.
Observação: Se a reação for realizada em meio básico, forma-se o MnO 2 de cor turva escura
(marrom). A formação do MnO2 também é causada pela ação da luz.
Materiais e reagentes:
Copos de Béquer de 250 Termômetro Fósforo
mL
Provetas de 10 e 50 mL Cronômetro Solução de HCl 5 M
Pipetas Graduadas Tripé Solução de H2C2O4 0,5 M
Bastão de Vidro Tela de Amianto Solução de KMnO4 0,04 M
Procedimento:
1) Escrever a expressão geral da velocidade média desta reação, em função dos reagentes e dos
produtos.
33
Objetivo:
Introdução:
Uma rápida olhada nos armários da cozinha, da lavanderia ou do banheiro de uma residência
comum revelaria uma série de substâncias que são ácidos ou bases As substâncias ácidas que
podem ser encontradas incluem sucos cítricos, vinagres, refrigerantes carbonatados e produtos para
limpeza de vasos sanitários. Podemos também encontrar substâncias que são bases: bicarbonato de
sódio, detergentes, amônia doméstica, alvejantes clorados, limpadores de ralos e tabletes antiácidos
para o estômago.
Os estudos sobre nossos próprios fluidos corporais também mostram que alguns são ácidos
enquanto outros são praticamente neutros ou ligeiramente básicos. O conteúdo do estômago pode
ser muito ácido –as células que revestem as paredes do estômago secretam ácido clorídrico. A urina
humana pode ser ligeiramente ácida ou básica, dependendo do que foi ingerido ou do estado de
saúde da pessoa. O sangue humano, as lágrimas e a saliva quase sempre são ligeiramente básicos.
As concentrações típicas de H3O+ e OH- em soluções oscilam entre valores altos e muito
baixos (de aproximadamente 10 mol/L a 10 -14 mol/L). Seria impossível representar tal faixa de
concentrações em um gráfico linear porque as concentrações deveriam ser comprimidas num
comprimento incrivelmente pequeno no extremo inferior ou deveríamos dispor de um pedaço de papel
astronomicamente grande. Numa situação como essa, recorremos à uma escala logarítmica, que
assinala um comprimento igual na escala para cada potência de 10 (ou múltiplo de dez) das
concentrações de H3O+.
Existe outra razão importante pela qual a escala logarítmica é usada. Um aparelho sensor de
íon hidrogênio, chamado medidor de pH, que utiliza uma célula eletroquímica para medir a [H 3O+],
fornece uma voltagem de saída que depende do logarítmo da concentração de íons hidrogênio.Dessa
forma, a leitura digital (ou a deflexão da agulha do medidor de pH) é proporcional ao log[H3O+].
Adota-se o símbolo “p” significando pegar o logarítmo negativo da quantidade que se segue. Dessa
forma, pKa significa –logKa, pH significa –log[H3O+] e assim por diante.
Não podemos determinar diretamente a concentração, C, de um ácido fraco apenas medindo o pH.
Precisamos também conhecer a constante de dissociação K a:
1 1
pH=−log √ K a . C= p K a + pC
2 2
Materiais e reagentes:
Procedimento:
a. Determinação de pH
Utilizando um medidor de pH e seguindo o protocolo de funcionamento do instrumento,
determine o pH das seguintes amostras:
AMOSTRA pH AMOSTRA pH
Colocar na bureta NaOH a 0,1 M e realizar a titulação até o ponto de equivalência ( mudança
da coloração). Calcular a concentração (g/ L) de ácido cítrico
Objetivo: Determinar a acidez de leite longa vida para verificar se está adequado para o
consumo humano.
Introdução
O leite, por ter alto valor nutritivo, torna-se excelente meio de cultura de microorganismos que
agem como germes de fermentação, oxidando a lactose à ácido láctico. Consequentemente, a acidez
aumenta e ocorre a precipitação da caseína e, portanto, a coagulação do leite. Essa alteração confere
um sabor ácido do leite, tornando impróprio para o consumo.
Procedimento Experimental
Colocar na bureta NaOH a 0,1 M e realizar a titulação até o ponto de equivalência ( mudança
da coloração). Calcular a concentração (g/ L) de ácido lático em graus Dórnic (ºD); emitir parecer
sobre característica da amostra de leite em relação ao seu estado de conservação.
O vinagre comercial constitui de uma solução diluída de ácido acético (com menores
quantidades de outros componentes) e é produzido pela oxidação bacteriana aeróbica do álcool
etílico a ácido acético diluído, de acordo com as seguintes equações:
2 C2H5 OH (l) + 2O2(g) bactéria
2 CH3CHO (l) + 2H2O(l)
2 CH3CHO (l) + 2O2(g) bactéria
2 CH3CHOOH(l)
onde: CH3CHO: aldeído acético CH3CHOOH: ácido acético
O vinagre é obtido pela fermentação do vinho, cidra, do malte ou do álcool diluído. Quando se
usa cidra, malte ou vinho, o teor de ácido acético no vinagre raramente excede 5%, em virtude das
limitações do teor de açúcar. Quando o álcool diluído é a matéria-prima, o teor de ácido acético pode
atingir 12 ou 14%, quando então a acidez impede a atividade bacteriana.
Procedimento Experimental
Pesar 20 g de vinagre e transferir para um balão de 100 mL. Completar com água destilada até
a marca do balão (menisco) e homogeneizar a solução.
Pipetar 10 mL dessa solução com ácido acético, colocar em um erlenmeyer, adicionar
aproximadamente 10 mL de água destilada e homogeneizar. Acrescentar 3 gotas de fenolftaleína e
homogeneizar novamente.
Colocar na bureta NaOH a 0,1 M e realizar a titulação até o ponto de equivalência (mudança
da coloração – até violeta avermelhado). Calcular a concentração (g/ L) de ácido acético.
Calcular a massa (g) de ácido acético na amostra de 10 mL de solução de vinagre titulada com
NaOH e comparar com a massa de vinagre presente no balão de 100 mL, e com isso obter o teor de
ácido acético no vinagre (%).
Comparar os resultados obtidos com o valor de referência fornecido pelo fabricante do produto
e sugerir explicações para as possíveis discrepâncias.
Referências Bibliográficas
CHORNOBAI, C.A. Notas de aula de química geral e experimental. UTFPR – Campus Ponta Grossa.
PAWLOWSKY, A.M., SÁ, E.L.; MESSERSCHMIDT, I.; SOUZA, J.S.; OLIVEIRA, M.A.,
SIERAKOWSKI, M.R.; SUGA, R. Experimentos de química geral. 2ª edição.
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Objetivo:
Estruturar pilha de Daniell e avaliar seu funcionamento.
Introdução:
Pilhas Eletroquímicas são sistemas que transformam a energia de uma reação em energia elétrica.
Nas pilhas ocorrem reações oxirredução espontâneas.
Uma pilha é composta por duas semicélulas, cada uma contendo uma solução eletrolítica e uma
lâmina de metal. Em uma dessas semicélulas ocorre um processo de oxidação (eletrodo chamado de
ânodo e será pólo negativo da pilha), enquanto que em outra semicélula ocorre o processo de redução
(eletrodo denominado cátodo e será o pólo positivo da pilha).
Para possibilitar a movimentação dos íons, utiliza-se uma ponte salina, que consiste em um tubo em
U contendo solução saturada de NaCl.
Um esquema de pilha é ilustrado na Figura 01.
K, Ba, Ca, Na, Mg, Al, Mn, Zn, Fe, Co, Ni, Sn, Pb, H, Cu, Hg, Ag, Pt, Pd, Au
Reatividade diminui
Materiais:
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Objetivo:
Verificar a propriedade de alguns compostos iônicos ou moleculares por meio de sua
condutividade elétrica.
Introdução:
Por que algumas substâncias quando dissolvidas em água, produzem uma solução que
“conduz” corrente elétrica?
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Dissociação iônica é a separação dos íons de uma substância iônica, que acontece quando
ela se dissolve em água. Exemplo: NaCl + H2O → Na+(aq) + Cl-(aq)
*Não confundir com dissolução que é o ato de dissolver; ocorre quando uma substância se dissolve
em outra.
Solução eletrolítica é aquela que contém íons e, portanto, é condutora de corrente elétrica.
Solução não-eletrolítica é aquela que não contém íons e, portanto, não é condutora de corrente
elétrica.
Os fluídos corporais – sangue, plasma, fluido intersticial (fluido entre as células) – são como a
água do mar e possuem grande concentração de cloreto de sódio. Os principais eletrólitos
encontrados no corpo são: Na+, K+, Cl-, Ca+2, Mg+2, HCO3-, PO4-3 e SO4-2. Desempenham papel
importante, uma vez que as células (especialmente nervos, coração, músculos) os utilizam para
manter as “voltagens” ao redor das membranas celulares e para carregarem os impulsos elétricos
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(impulsos dos nervos, contrações musculares) através delas e para outras células. Os rins trabalham
para manter as concentrações de eletrólitos constantes no sangue.
Materiais e reagentes:
Procedimento:
No estado sólido
Colocar sobre um vidro de relógio cristais de sacarose;
Limpar os eletrodos de cobre do circuito elétrico e introduzi-los nos cristais sólidos;
Repetir os procedimentos anteriores com cristais de cloreto de sódio, de hidróxido de sódio e
com uma fita metálica;
Anotar suas observações e explicar o que ocorreu.
No meio aquoso
Colocar em um copo de Béquer diferentes soluções de sacarose, de ácidos, bases e de sais.
Limpar os eletrodos de cobre do circuito elétrico e introduzi-los nas soluções. Anotar suas
observações e explicar o que ocorreu.
No estado fundido ou líquido
Colocar em um copo de Béquer aproximadamente 40 mL de álcool etílico;
Limpar os eletrodos de cobre do circuito elétrico e introduzi-los nas soluções;
Anotar suas observações e explicar o que ocorreu;
Numa cápsula de porcelana colocar uma pastilha de NaOH, aquecer a base até fusão e
introduzir os eletrodos de cobre, limpos;
Anotar suas observações e explicar o que ocorreu.
1. Complete o quadro: