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Ebook Fitoterápicos

Este documento discute fitoterápicos e sua relação com a saúde. Ele introduz fitoterápicos e define seus termos, explica como a microbiota intestinal metaboliza e ativa fitoterápicos e como a absorção de fitoterápicos é afetada pela baixa biodisponibilidade. Também discute onde encontrar fitoterápicos e o metabolismo secundário das plantas que produz compostos ativos.

Enviado por

Karine Osterno
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Ebook Fitoterápicos

Este documento discute fitoterápicos e sua relação com a saúde. Ele introduz fitoterápicos e define seus termos, explica como a microbiota intestinal metaboliza e ativa fitoterápicos e como a absorção de fitoterápicos é afetada pela baixa biodisponibilidade. Também discute onde encontrar fitoterápicos e o metabolismo secundário das plantas que produz compostos ativos.

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Índice

01. Introdução.......................................................................................3
02. Microbiota intestinal e fitoterapia.......................................6
03. Absorção dos fitoterápicos....................................................7
04. Metabolismo secundário..........................................................8
05. Onde encontrar fitoterápicos................................................9
06. Licorice (alcaçuz)........................................................................11
07. Berberina.......................................................................................14
08. Cissus quadrangularis..............................................................17
09. Cúrcuma longa..........................................................................20
10. Crocus sativus............................................................................23
11. Ashwagandha.............................................................................26
12. Tribullus terrestre.....................................................................29
13. Zingiber officinale.....................................................................32
14. Feno grego..................................................................................36
15. Fitoterápicos Adaptógenos................................................40
16. Tinturas e impactos na saúde............................................43
17. Segurança no uso e cuidados
ao suplementar fitoterápicos...............................................................................44
Introdução
O que são fitoterápicos?

Definições:

Planta medicinal é a planta fresca, coletado no momento


do uso e que vai ser utilizada com alguma finalidade
terapêutica.

Droga vegetal é quando a planta medicinal passa por


algum processo que inativa as enzimas de degradação,
como por exemplo a secagem, pode ser a planta como
um todo ou alguma parte selecionada como por
exemplo a camomila nós usamos as flores como
medicinal.

Derivado vegetal: produto de extração da planta, ou


seja, qualquer produto que seja extraído da planta, por
exemplo óleo essencial.

Medicamento fitoterápico: aquele obtido exclusivamente


com matéria prima ativa vegetal, cuja a segurança e
eficácia sejam baseadas em evidências clinicas que
sejam caracterizadas pela consistência de sua qualidade,
ou seja, preciso provar que em seres humanos essa
planta tenha eficácia.

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Fitoterápico: é um produto feito a partir de matéria
prima ativa vegetal exceto substâncias isoladas com
finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo
medicamento fitoterápico, podendo ser simples quando
o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal ou
composto quando o ativo é proveniente de mais de uma
espécie.

Os medicamentos fitoterápicos ou também conhecidos


como medicamentos botânicos, são definidos como aqueles
cuja obtenção ocorre exclusivamente a partir de derivados
de plantas. Em casos específicos medicinais, o conceito de
medicamentos fitoterápicos pode ser ampliado a materiais
medicinais de origem animal, mineral e fúngica de acordo
com a organização mundial da saúde. Podendo ser
administrado na forma de cápsula, chá, comprimido, injeção
e decocção.

A utilização atual de fitoterápicos para o tratamento de


doenças têm sido ampliadas, devido às suas inúmeras
funções benéficas ao metabolismo humano. A medicina
Ayurvédica, chinesa e unani, já fazem uso de fitoterápicos
há centenas de anos. É estimado que cerca de 75% – 80%
de toda população mundial é dependente de medicamentos
fitoterápicos em algum momento da vida, especialmente os
indivíduos que necessitam da atenção primária à saúde.

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Em relação a descoberta de drogas, medicamentos e
compostos isolados, os fitoterápicos também estão
presentes e são muitas vezes utilizados como componentes
principais dessas formulações. Nesse contexto, cerca de
63% de moléculas pequenas nomeadas como anticâncer
pelo Food and Drug Administration dos EUA, são advindas
de fitoterápicos.

No entanto, embora já esteja claro os diversos benefícios da


fitoterapia para a saúde, ainda precisamos de mais estudos
clínicos em humanos, principalmente de fitoterápicos
brasileiros. Lembrando que é sempre importante estudar
planta por planta, pois elas vão ter mecanismos de ação
diferentes.

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Microbiota intestinal e
fitoterapia
A microbiota intestinal, que é composta por uma grande
diversidade de microrganismos, pode metabolizar inúmeros
alimentos e moléculas medicinais como os fitoterápicos, por
exemplo, gerando uma série de metabólitos distintos.
Dentre eles podemos mencionar as poliaminas, ácidos
orgânicos, derivados de indol e ácidos graxos de cadeia
curta (AGCCs). Ressaltando os AGCCs, uma vez que essas
moléculas podem estar relacionadas aos efeitos
terapêuticos dos fitoterápicos.

Além disso a microbiota intestinal é fundamental para a


ativação daquele fitoterápico, por exemplo os polifenóis
compostos que estão presentes em diversas plantas, são
fermentados pela microbiota, resultando nos metabólitos
que vão ativar o composto.

Muitas das doenças que estão associadas com a microbiota


intestinal, das quais podem ser citadas a doença de
Alzheimer, colite ulcerativa, câncer, obesidade e diabetes,
são agravadas devido a distúrbios microbiológicos
intestinais. Grande número de evidências científicas
demonstram que fitoterápicos, incluindo ervas, compostos
únicos e fórmulas à base de ervas, contém a capacidade de
reverter a composição alterada da microbiota intestinal em
humanos doentes, promovendo resultados significativos
para melhora do prognóstico.

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Absorção dos fitoterápicos
A maior parte dos medicamentos fitoterápicos é
administrada por via oral. Após a administração, os
componentes podem atingir o cólon intestinal, onde se
encontra a maior parte da microbiota intestinal,
principalmente os compostos à base de plantas que
possuem difícil absorção. Como exemplo, é estimado que
somente 5 – 10% dos polifenóis como a cúrcuma, quercetina
e resveratrol podem ser absorvidos no intestino delgado. O
composto de ervas chamado berberina, que possui potente
efeito na redução do colesterol, mostra-se com menos de
1% de biodisponibilidade via oral. E o mesmo se estende
para a maioria dos componentes fitoterápicos,
demonstrando baixa absorção através da ingestão oral.
Essas moléculas podem facilmente percorrer o intestino
delgado e se acumular no cólon intestinal, sendo um
ambiente agradável para contato direto e interação dupla
entre compostos não absorvidos e microbiota intestinal.
Obtendo como resultado, a possível modulação da
microbiota presente no intestino.

Embora algumas espécies novas possam ser colonizadas no


trato gastrointestinal, enquanto outras podem ser
completamente eliminadas após a ingestão de fitoterápicos,
o mecanismo modulador para os fitoterápicos na
microbiota inclui principalmente os tipos direto ou indireto,
que promovem ou inibem o crescimento de espécies
específicas.

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Metabolismo secundário
Como mecanismo de defesa da planta, para que ela
sobreviva ao meio ambiente, faz o que chamamos de
metabolismo secundário, nesse processo é onde as plantas
produzem todos os compostos ativos que utilizamos como
terapêutico, temperos etc, como por exemplo polifenóis,
taninos, saponinas, alcaloides, flavonoides, terpenos etc.

Cada tipo de composto ativo vai ter uma ação diferente, na


mesma planta podemos ter mais do que um composto
ativo e essa combinação vai conferindo a propriedade
medicinal das plantas, por isso existem algumas plantas que
tem diversos efeitos terapêuticos diferentes.

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Onde encontrar
fitoterápicos
Os fitoterápicos podem ser facilmente encontrados em lojas
de suplementos e produtos naturais, sites de venda online e
farmácias convencionais e de manipulação. No entanto, a
procedência desses componentes deve ser muito bem
avaliada, pois a forma de comercialização e o tipo de
excipiente contido nas cápsulas pode promover prejuízos
quanto a qualidade do produto como também a qualidade
da erva.

Para conseguir ter o efeito terapêutico de uma erva, a


primeira coisa que devemos entender é qual parte da erva é
utilizada para os fins terapêuticos, existem plantas que os
compostos ativos estão concentrado em suas flores como
por exemplo a camomila outros que o efeito terapêutico
está em sua raiz como por exemplo o ginseng e outros nas
folhas, ter esse conhecimento é fundamental para que a
erva de sua escolha seja aproveitada

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A forma que você vai utilizar também tem impacto na
eficácia, temos compostos que são solúveis em água e
portanto você pode utilizar na forma de chá como também
temos compostos que são mais voláteis e então podemos
fazer um óleo essencial, em alguns casos o extrato seco da
planta concentra melhor em outros a erva fresca é mais
eficaz, ter esse conhecimento de cada planta vai te
proporcionar qual é a melhor maneira de consumi-los.

Escolhi algumas plantas para que a gente possa de


aprofundar nos efeitos terapêutico delas.

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Licorice (alcaçuz)
O licorice ou também chamado de alcaçuz, é uma erva
medicinal com importantes propriedades nutricionais e
terapêuticas, dentre as quais estão a capacidade
expectorante, laxante, antiespasmódica, anti-inflamatória,
detoxificante e antialérgica. Ele é obtido principalmente a
partir da raiz de Glycyrrhiza glabra (Fabaceae) que é muito
cultivado em diversas áreas com clima temperado ou
subtropical da Europa e da Ásia. Existem inúmeros
ingredientes essenciais e benéficos no alcaçuz, incluindo
saponinas, flavonóides, glicirrizina e cumarinas, que podem
ser resultado da coloração amarela e sabor doce dessa
especiaria.

O componente mais comum encontrado no alcaçuz é a


glicirrizina, uma saponina triterpenóide, encontrada na
forma de potássio e sais de cálcio de 18β-glicirrízico ácido
na raiz do alcaçuz e sal de amônio na forma comercial. Na
raiz de alcaçuz a concentração de glicirrizina pode variar
até 15%. De acordo com a literatura, a glicirrizina pode
promover efeito sobre a atividade esteróide endógena
através de um mecanismo receptor, que impulsiona o
deslocamento de corticosteróides ou outros esteróides.

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Mecanismo de ação do
licorice
A farmacologia do alcaçuz e dos seus constituintes tem
sido muito estudada devido a suas diversas propriedades. A
Glycyrrhiza glabra e seus compostos bioativos possuem
ação antioxidante, antiprotozoária, antiviral, atividade
antimicrobiana, anti-inflamatória e imunomoduladora. De
acordo com a literatura eles poderiam reverter a resistência
aos medicamentos de infecções por Staphylococcus aureus
resistentes à meticilina e estimular a proteção hepatológica.

Diversos mecanismos podem estar relacionados com o


efeito benéfico do alcaçuz. E uma das razões para isso,
poderia ser atribuída à inibição do 11-beta-hidroxiesteróide
desidrogenase (11βHSDH), enzima chave na conversão do
cortisol para cortisona e acúmulo de glicocorticóides com
características anti-inflamatórias e mineralocorticóides.
Semelhanças estruturais entre o alcaçuz e os hormônios
esteróides poderiam explicar suas atividades
mineralocorticoides. Além disso, o licorice promove efeitos
inibidores na atividade da enzima fosfolipase A2 e na
agregação de plaquetas.

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Efeitos do licorice na prática

Efeito
adaptógeno

Melhora a Diminui
digestão refluxo

Melhora
distensão
abdominal
e gases
Melhora a
diestão de
gorduras e
Anti-inflamatório
estimula a
produção
biliar

Efeito
anti-microbiano

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Berberina
A berberina (BBR) é um sal de amônio quaternário do
grupo dos alcalóides isoquinolina (Cloreto de 2,3-
metilenedioxi-9,10-dimetoxiprotoberberina; C20H18NO4 +).
É altamente concentrada nos rizomas, raízes e cascas do
caule de diversas plantas, incluindo Berberis vulgaris, Coptis
chinensis, Berberis aquifolium, Rhizoma coptidis, Hydrastis
canadensis e Berberis aristata. Além disso, a BBR possui
coloração fortemente amarelada, o que explica sua
utilização para tingir lã, couro e madeira no passado. A
Berberis vulgaris, assim como outras plantas que possuem
berberina, é utilizada de forma medicinal em praticamente
todos os sistemas médicos tradicionais e tem um histórico
de uso na medicina ayurvédica, chinesa e iraniana por pelo
menos 3000 anos. Os antigos egípcios usavam bérberis
juntamente com sementes de erva-doce para evitar febres,
enquanto os indianos ayurvédicos utilizavam bérberes para
o tratamento de disenteria.

As propriedades medicinais contidas na berberina se


estendem para efeitos antimicrobianos, sedativo,
antiemético, antipirético, antiarrítmico, antioxidante,
hipotensivo, redução de colesterol, antinociceptivo, anti-
inflamatório e anticolinérgico, além de ter sido usada em
alguns casos de leishmaniose, icterícia, colelitíase, disenteria,
malária e cálculos biliares.

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Mecanismo de ação da
berberina
Com uma potente ação anti-inflamatória e antioxidante, a
berberina pode inibir o estresse oxidativo por regulação
positiva da superóxido dismutase (SOD) e regulação
negativa da expressão de NADPH oxidase, reduzindo de
forma considerável a produção de espécies reativas de
oxigênio. Ademais, a administração de BBR induz a ativação
da transcrição de Nrf2, mas esse efeito depende da atuação
das vias AMPK e P38. Além disso, ela também pode
suprimir a inflamação por meio do bloqueio das vias de
MAPK de uma maneira dependente de AMPK, que é ativada
por ação da berberina e inibe o fator de transcrição NF-κB.

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Efeitos da berberina na prática

Regula
metabolIsmo
da glicose

Diminui
ajuda na perda
absorção de
de peso
carboidratos

Melhora da
Efeito anti- microbiota
microbiano intestinal

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Cissus quadrangularis
O Cissus quadrangulares ou Hadjod como também é
conhecido, é uma planta da família Vitaceae e pode ser
encontrado como diabo espinha dorsal, trepadeira
adamantina, asthisamharaka, hadjod, pirandai, Sannalam,
Nalleru e Vajravelli, Mangara valli. Ele é nativo da Índia, Sri
Lanka e Bangladesh, mas também pode ser encontrado na
África e no Sudeste Asiático. É tradicionalmente usado na
medicina africana e na ayurvédica e auxilia em tratamentos
de distúrbios femininos como a menopausa, libido e
menstruais, bem como em distúrbios ósseos para aumento
da massa óssea ou acelerando a recuperação de fraturas.
Além disso, o C. quadrangularis possui propriedades anti
úlcera, anti-hemorroida, analgésica e cicatrizante.

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Mecanismo de ação do
Cissus quadrangularis
O extrato de mentol extraído a partir do C. quadrangularis
contém propriedades anti-inflamatórias. Isso se dá, devido
aos flavonóides presentes na sua composição,
especialmente a luteolina e o β-sitosterol, que tem a
capacidade de reduzir as enzimas MPO estimulando uma
redução do influxo de neutrófilos no tecido inflamado. De
acordo com a literatura, o extrato de Cissus quadrangularis
(CQE) pode ainda promover efeito gastroprotetor e atuar
contra a toxicidade gástrica, além de evitar o dano
oxidativo do DNA por reduzir sua fragmentação.

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18
CISSUS na pratica

Saúde
óssea

Recuperação Perda de
de fraturas peso

aumento
de libido

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Cúrcuma longa
A cúrcuma é adquirida a partir da Cúrcuma longa. L, uma
planta herbácea da família do gengibre e que se desenvolve
em clima tropical, porém condições geográficas e
características do solo podem afetar o seu crescimento,
composição nutricional e qualidade. Embora a cúrcumina
seja um condimento importante no Irã, ela também é muito
usada na Malásia, Índia, China, Polinésia e Tailândia. Além
disso, a cúrcuma tem sido amplamente utilizada para fins
médicos e tratamentos de várias doenças por pelo menos
2500 anos, fazendo parte da medicina ayurvédica e
tradicional chinesa. Ademais, ela possui coloração amarelo-
alaranjada, e é uma substância de polifenol lipofílica que
constitui cerca de 2 a 5% da cúrcuma em pó.

Os efeitos da cúrcumina na saúde se estendem à suas


propriedades de agregação antiplaquetária e
antiplaquetária, demonstrando efeito protetor e preventivo
contra diversas doenças como as neurológicas, autoimunes,
câncer, pulmonares, metabólicas, hepatológicas e doenças
cardiovasculares (DCVs).

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Mecanismo de ação da
cúrcuma longa
A cúrcumina é considerada eficiente na patogênese de
alvos moleculares, com a finalidade de prevenção e
tratamento de várias doenças. Afirma-se que ela é capaz de
promover a modulação desses alvos, impedindo a formação
ou evolução de algumas doenças, como por exemplo os
tumores cancerígenos que podem ser suprimidos pela
supressão da via de sinal das células cancerosas.

Além disso, a cúrcuma foi determinada a desempenhar um


papel importante na regulação de citocinas, enzimas,
receptores, quinases, fatores de crescimento, fatores de
transcrição, moléculas metastáticas e apoptóticas em quase
todas as fases do desenvolvimento de doenças.

Quando se diz respeito aos processos antioxidantes e anti-


inflamatórios, a cúrcumina promove a regulação negativa
de interleucinas pró-inflamatórias (IL-1, -2, -6, -8, e -12) e
citocinas como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a),
causando assim a regulação negativa da cinase janus,
transdutor de sinal e da via de sinalização do ativador da
transcrição (JAK / STAT). Para mais, já é confirmado que a
cúrcuma regula a resposta inflamatória por meio da
regulação de enzimas de óxido nítrico sintase induzível
(iNOS), ciclooxigenase-2 (COX-2), lipoxigenase e xantina
oxidase, com isso podendo inibir a ativação do fator de
transcrição NF-kB.

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21
Efeitos da cúrcuma na prática

anti-inflamatório
podendo ser
usada para
qualquer
situação de
inflamação

anti
oxidante

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Crocus sativus
O açafrão vendido comercialmente, é uma das especiarias
mais caras do mundo e vem sendo significativo como
opção alternativa no tratamento de algumas doenças. O
fitoterápico contém como componente ativo o Crocus
sativus L. e suas atividades anticarcinogênicas já estão
sendo relatadas desde 1990. Ele pertence à família das
Iridáceas e é cultivado principalmente em países de clima
ameno e seco. Possui alta concentração de pigmentos de
carotenóides e devido a isso, é muito utilizado como aditivo
alimentar para degustação, aromatização e coloração de
alimentos.

Na medicina tradicional o açafrão é utilizado para inúmeros


fins, como antiespasmódico, depressão, tranquilizante,
flatulência, expectorante, afrodisíaco, abortivo, tratamento
de doenças hepáticas, vômito, dor dentária e gengival,
insônia, convulsões, distúrbios cognitivos, asma, tosse,
bronquite, resfriados, febre, distúrbios cardiovasculares e
câncer. Além de ser reconhecido como um adaptógeno na
medicina ayurvédica indiana.

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Mecanismo de ação do
Crocus sativus
De acordo com a literatura, a utilização de Crocus sativus L.
é capaz de induzir a autofagia e apoptose em algumas
células tumorais. Além disso, o seu efeito anti-proliferativo
juntamente com seu principal componente que é a crocina,
inibiram significativamente o crescimento de células
cancerosas colorretais sem afetar as células normais do
indivíduo.

Ademais, o açafrão pode exercer um efeito


quimiopreventivo significativo contra câncer de fígado,
provocado por dietilnitrosamina (DEN) (HepG2) através da
inibição da proliferação celular e estímulo para apoptose,
desta forma modulando o dano oxidativo e suprimindo a
resposta inflamatória. Devido a isso, ocorre aumento da
clivagem de caspase-3, inibição da ativação do NF-kB,
danos ao DNA e inibição da função celular.

Outra função e a mais importante do Crocus sativus é que


ele atua na inibição da enzima monoamina oxidase (MAO)
que faz a receptação de serotonina, ou seja, vai ajudar a
deixar mais serontonina atuante, ele é vai atuar em
pacientes com depressão ou melancolia

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24
Crocus sativos na prática

Saúde
óssea

Recuperação Perda de
de fraturas peso

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Ashwagandha
A ashwagandha ou também chamada Withania somnifera
L., é um fitoterápico que possui uma rica fonte de vários
fitoconstituintes, tais como, Withaferin A, lactonas,
esteróides, alcalóides e alguns outros compostos. Ela é
muito usada no sistema ayurvédico de medicina e pode ser
classificada como Rasayana ou adaptógeno. Pertence a um
subgrupo de Medhyarasayanas que se refere à memória e
capacidade intelectual, sendo esta uma de suas aplicações
para o tratamento de déficit de memória, pós lesão
cognitiva, antiestresse e sedativo. Esta planta pode ser
encontrada em áreas tropicais e subtropicais, variando da
África do Sul, Índia, Oriente Médio e China

A raiz de Ashwagandha possui algumas atividades como


antioxidante, neuroprotetor, anti-inflamatório, ansiolítico,
antidepressivo e imunomodulador, enquanto compostos
derivados dela demonstraram potencial efeito como
inibidor da acetilcolinesterase. Além disso, ela pode ser útil
no aumento imediato da memória geral, atenção e
velocidade de processamento de informações em
indivíduos com comprometimento cognitivo leve (MCI),
demonstrando poucos efeitos adversos.

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26
Mecanismo de ação da
ashwagandha
De acordo com estudos científicos, a ashwagandha tem
mostrado um papel potencial como nootrópico,
promovendo a função cognitiva e melhorando a memória
devido à sua atividade colinomimética provavelmente.

Além do mais, a Withania somniferai L. também é capaz de


exercer efeitos sobre o sistema reprodutivo de homens e os
mecanismos de ação envolvidos podem ser divididos em
oxidativos e não oxidativos. No qual o mecanismo oxidativo
envolve a modulação da atividade antioxidante, juntamente
com a regulação de enzimas antioxidantes e os cofatores
necessários para o funcionamento adequado das enzimas,
enquanto os mecanismos não oxidativos incluem
principalmente o seu efeito no eixo hipotálamo-hipófise-
gonadal (HPG), bem como suas atividades anti-estresse
através do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA).

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27
Ashwagandha na prática clinica

atua como
adaptógeno

melhora níveis regula


de estresse cortisol

efeito
ansiolítico
relaxante

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Tribullus terrestre
O tribullus terrestres (TT) é uma planta nativa do sudeste
do mediterrâneo, mas está presente também em regiões de
clima temperado da África, Ásia e Austrália. Sua principal
utilização na medicina chinesa e indiana se refere a
tratamentos de infertilidade, função erétil e aumento de
libido. Apesar do TT ser um dos fitoterápicos mais
prescritos visando a melhora de performance no
treinamento, devido ao seu suposto efeito em elevar os
níveis de testosterona sérica, existem poucas
comprovações científicas que confirmam tal funcionalidade.
Nesse contexto, para que ocorresse algum benefício quanto
a utilização de TT seria necessário a ingestão de altas doses,
inviabilizando sua utilização.

Mas existem estudos comprovando o aumento de desejo


sexual em mulheres, podendo ser usado com segurança.
Um estudo, suplementou o TT (750mg/dia) em mulheres
pós menopausa e avaliou diversos parâmetros relacionados
com desejo sexual e concluíram que as mulheres que
suplementaram o TT tiveram aumento no desejo sexual,
lubrificação, orgasmo, satisfação e melhora da dor no ato
sexual, enquanto que as mulheres que receberam placebo
não tiveram melhora nesses parâmetros e ainda aumentou
níveis de testosterona livre e biodisponível, o motivo pelo
qual houve melhora nesses parâmetros

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Mecanismo de ação do
TT
Dentre os estudos a respeito da utilização do tribullus
terrestres como recurso ergogênico, alguns demonstram
que ele proporciona melhora discreta da performance,
devido ao leve aumento do IGF-1. No entanto, pode ser que
sua ingestão juntamente com outros recursos ergogênicos
possa ser mais eficaz.

O TT aumenta níveis de testosterona livre e biodisponível,


em mulheres, melhorando desejo sexual como também
alguns estudos comentam possível atuação sobre
diminuição da gordura corporal e aumento da força e
massa muscular magra.

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Efeito na prática

Aumento do
desejo sexual
em mulheres

Possível aumento
Melhora de
de massa magra
sintomas de
e dIminuição de
menopausa
gordura corporal

Melhora de
lubrificação
vaginal

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Zingiber officinale
O Gengibre ou Zingiber officinale Roscoe, pertence à família
Zingiberaceae e tem sido popularmente consumido como
tempero, mas já é utilizado por muito tempo como um
medicamento fitoterápico na medicina tradicional chinesa e
ayurvédica. A Raiz do gengibre é capaz de atenuar e tratar
várias doenças comuns como resfriados, dores de cabeça,
náuseas e vômitos. Inúmeros compostos bioativos foram
identificados no gengibre, como os compostos fenólicos e
terpenos, sendo os compostos fenólicos os principais
responsáveis pelas inúmeras funções bioativas desse
fitoterápico.

Dentre as diversas atividades biológicas do gengibre estão


a atividade antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória.
Além de possuir potencial para prevenir e controlar
doenças como as neurodegenerativas, cardiovasculares,
diabetes mellitus, obesidade, náuseas e vômitos induzidos
por quimioterapia ou náuseas na gestação e distúrbios
respiratórios.

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Mecanismo de ação do
gengibre
Os efeitos anti-inflamatórios do gengibre foram
principalmente relacionados à fosfatidilinosítol-3-quinase
(PI3K), proteína quinase B (AKT), e o fator nuclear kappa
(NF-KB). Além disso, ele atua sobre as enzimas
cicloxigenases (COX) 1 e 2 diminuindo a formação de
prostaglandinas inflamatórias. Ademais, o composto
bioativo 6-shogaol do Zingiber officinale mostrou efeitos
protetores contra o fator de necrose tumoral α (TNF-α) nas
células da barreira intestinal.

Em relação ao exercício físico, estudos demonstram que a


utilização de gengibre pode atenuar o aumento de várias
citocinas que promovem a inflamação, como IL-1β
plasmática, IL-6, e TNF-α pós-exercício, reduzindo também
a dor muscular tardia. Os componentes do gengibre podem
estimular a termogênese, devido a algumas catecolaminas
que afetam os receptores beta adrenérgicos e ativam o
sistema nervoso simpático, consequentemente ocorrendo
aumento da expressão e síntese da proteína desacopladora
1 e da termogênese. Ainda, ele pode elevar a atividade da
enzima lipase hormônio sensível e promover aumento da
lipólise do tecido adiposo branco.

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O gengibre além da sua ação anti-inflamatória, tem ação
digestiva e alivia dores intestinais por sua ação anti-
espasmódica, ou seja, ele inibe mobilidade da musculatura
visceral.

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Efeito na prática

Melhora da
inflamação

termogênico Digestivo

Melhora
náuseas

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Feno grego
A Trigonella foenum graecum ou somente feno grego como
também é conhecida, é uma erva tradicional cultivada na
índia e países do norte da África, pertence à família
Fabaceae e têm sido usada desde a antiguidade por muitas
culturas por conta dos seus efeitos farmacêuticos, incluindo
anti-lipidêmico, hipoglicêmico, antimicrobiano,
hipocolesterolêmico, anti-inflamatório, hepatoprotetor e
atividades estimulantes gástricas. A semente de T. foenum
graecum apresenta componentes ativos como aminoácidos,
ácidos graxos, saponinas, vitaminas, fibras dietéticas,
isoflavonóides e alguns alcalóides como a trigonelina e
colina.

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Mecanismo de ação do
feno grego
Estudos apontam que extratos de clorofórmio de T. foenum
graecum mostraram se ligar a receptores de estradiol e
induzirem a expressão de genes responsivos ao estradiol,
tornando o feno grego conhecido sobre os seus efeitos
estrogênicos. Em relação a isso, o T. foenum graecum pode
atuar como um fitoestrogênio ou modulador hormonal, para
auxiliar nos níveis de estradiol durante a fase da
menopausa, reduzindo os sintomas associados como ondas
de calor, suores noturnos e mudanças de humor.

Além disso, a diosgenina, uma saponina esteroidal


encontrada no feno grego pode restaurar o status
antioxidante e reduzir os níveis de peroxidação lipídica do
indivíduo. O aminoácido de cadeia ramificada 4-OH-Ile
composto no feno grego, apresenta forte inibição na
produção de espécies reativas de oxigênio (ROS). Ainda, a
fibra presente no T. foenum graecum demonstrou diminuir
o LDL sérico e a homocisteína, e aumentar a glutationa e o
α-tocoferol.

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O HIL é um composto presente em feno-grego que possui
atividade anti-inflamatória. Estudos observaram que o HIL
pode melhorar a inflamação induzida por ROS, reduzindo a
ativação do fator nuclear-B (NF-B), quinases reguladas por
sinal extracelular (ERK 1/2), c-jun N-terminal quinase (JNK
1/2), proteína quinase ativada por mitogênio (P38MAPK) e
geração de ROS induzida por palmitato.

Estudos mostram benefícios da suplementação de feno-


grego (libfen) 600mg, em mulheres, para o aumento de
desejo sexual, devido ao aumento de estradiol e
testosterona.

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Efeito na prática

Melhora da
inflamação

Melhora do Melhora de
desejo sexual sintomas de
em mulheres menopausa

Ganho
Melhora do
de massa
colesterol
muscular

Atenua
sintomas pré
menstrual

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Fitoterápicos Adaptógenos
Os fitoterápicos adaptógenos eram definidos como
“substâncias que aumentam a resistência em um amplo
espectro de fatores prejudiciais de diferentes naturezas
físicas, biológicas e químicas”. No entanto, atualmente já é
sabido parte dos efeitos que os adaptógenos podem
promover, sendo agora considerados como “reguladores
metabólicos, que elevam a capacidade de um organismo de
se adaptar a fatores ambientais e evitar danos causados por
esses fatores”.

O conceito de adaptógenos já perdura por mais de 60 anos,


e foi amplamente estudado em relação a fisiologia,
toxicologia, farmacologia e usos potenciais em medicina e
farmacosanação. Sua utilização advém desde a medicina
tradicional chinesa e ayurvédica, visando a promoção da
saúde física e mental, melhora dos mecanismos de defesa
do corpo e aumento da longevidade. No entanto, são
necessários mais estudos com base em ensaios clínicos
elaborados, para justificar a eficácia desses medicamentos
fitoterápicos e aprová-los como medicamentos à base de
plantas na medicina.

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Para definir um fitoterápico como adaptógeno ele deve
conter 3 ações especificas, sendo elas:

1. Apresentar atividade inespecífica, aumento do poder de


resistência contra agentes nocivos físicos, químicos ou
biológicos.
2. Conter uma influência normalizadora, independente da
natureza do estado patológico.
3. Ser inócuo e não influenciar as funções normais do
corpo mais do que o necessário.

Uma outra característica dos adaptógenos, é que eles agem


como estressores e como miméticos leves do estresse, ou
seja, promovem efeitos semelhantes ao estresse, atuando
como "vacinas contra o estresse", induzindo assim
respostas de proteção ao estresse no indivíduo.

A eficácia farmacológica dos adaptógenos e os seus efeitos


protetores de estresse, são geralmente investigados através
de testes na função cognitiva e resistência física sob
condições estressantes. Além disso, diversos estudos
sugeriram que os hormônios do estresse, cortisol,
neuropeptídeo Y (NPY) e vários mediadores importantes da
resposta adaptativa ao estresse, como por exemplo o óxido
nítrico, proteínas quinases ativadas por estresse, proteínas
de choque térmico (HSP70 e HSP25), e o fator de
transcrição FOXO (DAF-16), são elementos chave na
mediação dos efeitos adaptogênicos desses fitoterápicos.

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Existem inúmeros fitoterápicos classificados como
adaptógenos, alguns dele são: Rhodiola rosea L., Withania
somnifera (L.) Dunal, Glycyrrhiza glabra L., Turnera diffusa
Willd., Curcuma longa L., Asparagus racemosus, Centella
asiatica L., Ocimum sanctum L., Echinopanax elatus,
Ligusticum striatum DC, Rostellularia difusa, entre
outros.Cada um vai ter uma particularidade em sua ação,
por isso na hora de escolher um adaptógeno temos que
levar em condideração as características do paciente, por
exemplo, seu é um paciente mais ansioso o melhor é a
Withania somnifera (Ashwagandha) ou se é uma pessoa
que está precisando de mais energia e motivação a escolha
melhor é a Rhodiola rósea.

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Tinturas e impactos na
saúde
As tinturas são produtos preparados com óleos de droga
vegetal e seus efeitos na saúde são extremamente
estudados. Essas tinturas funcionam como antibióticos
naturais; regeneradores da pele em feridas e queimaduras;
em enxaqueca e dores localizadas; como anti-inflamatórios
poderosos, sedativos do sistema nervoso em casos de
insônia ou hiperatividade, depressão e ansiedade. Também
afetam de forma especial a área emocional do cérebro,
podendo ser ferramentas úteis dentro da psicologia e
psiquiatria no auxilio, conjuntamente com os tratamentos
tradicionais, além de alívios de dores crônicas.

Embora sejam produtos naturais, o cuidado na escolha da


tintura é extremamente importante, a fim de evitar efeitos
adversos que prejudiquem a saúde. Portanto, sempre
busque informações do uso com o seu nutricionista ou
outro profissional da área da saúde.

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Segurança no uso e
cuidados ao suplementar
fitoterápicos
Por todo o mundo a utilização de métodos não
convencionais ou terapias médicas tradicionais é bem
elevada. Esses componentes não convencionais se referem
a métodos complementares e alternativos de
medicamentos (CAMs), incluindo o uso de plantas ou
extratos de plantas para fins terapêuticos. Atualmente por
meio de pesquisas científicas muito tem sido estudado a
respeito dos fitoterápicos, levando a identificação dos
ingredientes ativos em várias partes das plantas, além de
seus efeitos tóxicos e dosagens seguras de uso, mas vale
ressaltar que a segurança e eficácia dos fitoterápicos
dependem da indicação terapêutica e seu fundamento em
evidências científicas. Ainda, a prescrição de componentes
fitoterápicos se tornou mais presente como auxílio aos
tratamentos médicos, inclusive pelo sistema único de saúde
(SUS) após as políticas nacionais sobre a utilização da
fitoterapia e a regulamentação pela agência nacional de
vigilância sanitária (ANVISA).

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No entanto, cerca de 30 – 54% dos pacientes fazem uso de
fitoterápicos sem o consentimento médico, podendo causar
prejuízos aos tratamentos, visto que, eles podem interagir
com fármacos convencionais utilizados com prescrição.
Como exemplo de fitoterápicos que mais contém interação
medicamentosa estão o ginseng (Panax ginseng C.A.
Meyer), gengibre (Zingiber officinale Rosc.), wort de St.
John (Hypericum peratum L.), ginkgo (Ginkgo biloba L.) e
alho (Allium sativum L.). O uso indevido de medicamentos à
base de plantas se deve em parte pela mídia e indivíduos
não habilitados, por isso é importante que os profissionais
tenham conhecimento sobre os tratamentos fitoterápicos
disponíveis atualmente, seus mecanismos de ação e
potenciais interações medicamentosas.

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