Livro 2
Livro 2
Conceito........................................................................................ 3
Legislação..................................................................................... 3
Socorrista...................................................................................... 3
Segurança..................................................................................... 4
Acionamento de recursos............................................................. 5
Cinemática.................................................................................... 5
Avaliação de trauma..................................................................... 5
Lesão traumato-ortopédicas......................................................... 7
Hemorragias.................................................................................. 9
Queimaduras............................................................................... 10
Parada cardiopulmonar (P.C.R.)................................................. 12
Reanimação Cardiopulmonar (R.C.P.)........................................ 12
Descrição da técnica de Reanimação Cardiopulmonar.............. 13
Desfibrilação Externa Automática............................................... 15
Bibliografia.................................................................................. 16
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Primeiros Socorros
CONCEITO - Primeiros Socorros:
LEGISLAÇÃO
Deixar de prestar assistência, podendo fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo, ou não
pedir nestes casos, socorro a autoridade pública:
Pena: Detenção de 1 a 6 meses
Parágrafo Único: A pena pode ser aumentada da metade se desta omissão resultar
lesão corporal de natureza grave, e triplicada se resultar a morte.
Socorrista
Quem é o socorrista?
Funções do Socorrista:
Fluxograma do Atendimento:
• Avaliação da Segurança;
• Se não houver, tentar resolver;
• Acionamento de Recursos (se não há como resolver);
• Avaliação da Cinemática (se houver segurança pra tal);
• Prioridade para a vítima inconsciente;
• Avaliar a respiração (prioridade para quem não respira);
• Chamar ajuda;
• Iniciar Reanimação Cardiopulmonar;
• Aguardar socorro (se a vitima respira);
• Informar que vai ajudar (se consciente);
• Se Trauma (iniciar Protocolo e avaliação rápida);
3
Primeiros Socorros
SEGURANÇA
O primeiro aspecto a ser observado pelo socorrista, antes e durante o atendimento, são
os riscos para sua integridade física.
Os riscos que comumente encontraremos numa situação de atendimento são:
RISCO FÍSICO:
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RISCO BIOLÓGICO:
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RISCO QUÍMICO:
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RISCO MECÂNICO:
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RISCO ERGONÔMICO:
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Conforme o grau de risco, deve ser adotado EPIs próprios para se proteger.
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Primeiros Socorros
ACIONAMENTO DE RECURSOS
INFORMAÇÕES:
É importante que, ao acionar o Serviço Médico de Emergência (SME), se tenha o maior
número de informações sobre o que está ocorrendo, no local e com a vítima, pois isso organiza
o despacho dos recursos para o atendimento.
CINEMÁTICA
AVALIAÇÃO DO TRAUMA
• Inspecione o tórax:
◦◦ Deformidade
◦◦ Dor
◦◦ Crepitação
◦◦ Ferimentos
Quando são encontradas lesões, quem está inspecionando delega para outro socorrista
a realização da intervenção.
6
Primeiros Socorros
O colar cervical pode deve aplicado logo no inicio da inspeção,procurar sinais
característicos de lesão na coluna, dor, formigamento, insensibilidade nas extremidades.
Quando são encontradas lesões, quem está inspecionando delega para outro socorrista
a realização da intervenção.
Após todas estas inspeções, coloca-se a vítima na maca,posiciona-se a vítima de forma
adequada, fixando-a na maca rígida.
Somente serão feitas neste momento as intervenções que geram risco de morte
iminente para a vítima.
Toda esta avaliação não deve durar mais do que 2 minutos, principalmente se tratando
de vítima que apresenta variações significativas na avaliação inicial ou ferimentos expressivos.
A reavaliação da vítima grave deve ser realizada a cada 5 minutos, até a chegada de
um serviço médico de emergência.
Não subestime lesões menos expressivas em gestantes, idosos e crianças.
PROTOCOLO DO TRAUMA:
Descrever:_________________________________________________________________
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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• CONTUSÃO:
É provocada por qualquer pancada, ou impacto.
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Primeiros Socorros
O QUE FAZER?
Repouso
Gelo local nas primeiras 24hs
Procurar avaliação médica.
• DISTENSÃO:
Lesão muscular por esforço físico
O QUE FAZER?
Repouso
Elevação do membro atingido
Gelo local nas primeiras 24hs
Sê necessário, procurar assistência médica.
• CÃIMBRA:
Contração involuntária e dolorosa de um músculo.
O QUE FAZER?
Contrair o músculo afetado por alguns segundos
Massagear o local
Iniciar alongamento suave
• LUXAÇÃO:
É o deslocamento dos ossos de uma articulação.
O QUE FAZER?
Imobilizar o local afetado.
Procurar assistência médica.
• ENTORSE:
É qualquer torção de uma região do corpo. Exemplo: Joelhos, Cotovelos, punhos,
tornozelos
O QUE FAZER?
Imobilizar o local
Gelo local nas primeiras 24hs
Procurar assistência médica sê necessário
• FRATURA:
Ruptura parcial ou total de um ou mais ossos
TIPOS:
A) ABERTA OU EXPOSTA - Quando podemos visualizar o osso quebrado externamente
B) FECHADA - O osso fraturado não perfura a pele.
8
Primeiros Socorros
QUE O FAZER?
Repouso e imobilização do local afetado
Controle das hemorragias + proteção das lesões abertas ( Fraturas expostas)
HEMORRAGIAS
É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca,
etc; ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo. As hemorragias podem
ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de primeiros socorros, em
internas e externas.
Hemorragias Arteriais: É aquela hemorragia em que o sangue sai em jato pulsátil e se apresenta
com coloração vermelho vivo.
lentamente.
Hemorragias Venosas: É aquela hemorragia em que o sangue é mais escuro e sai continuamente
e lentamente, escorrendo pela ferida.
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Primeiros Socorros
CHOQUE ELÉTRICO:
O QUE FAZER?
Desligar a corrente elétrica
Afastar o fio que estiver conduzindo a corrente com o auxílio de material isolante (cabo
de madeira seco)
Solicitar atendimento médico
QUEIMADURAS:
São lesões provocadas pelo contato direto ou indireto da pele com o calor, frio ou
substâncias químicas.
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Primeiros Socorros
O QUE NÃO FAZER?
Nunca coloque substâncias como pasta de dente, clara de ovo, azeite...
O QUE FAZER?
Lave os ferimentos com água fria para resfriar o local.
Nas grandes queimaduras: cubra com um pano limpo e umedecido, não fure as bolhas
e evite tocar na área queimada
ENGASGO / ASFIXIA:
O QUE FAZER?
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Primeiros Socorros
Parada Cardiopulmonar (P.C.R.)
A manobra mais eficaz no processo de R.C.P é a compressão torácica, pois são estas
manobras que produzem a remessa do fluxo sanguíneo para o cérebro e para o próprio
coração, a fim de manter a oxigenação celular e manter estes órgãos preservados. Porém as
ventilações mecânicas artificiais continuam sendo necessárias, principalmente nos casos de
P.C.R precedidos de hipóxia (diminuição do O2), como acontece com as crianças e nos casos
de afogamento, trauma e uso de drogas, nos adultos.
A seqüência adotada segue uma ordem de prioridades estabelecidas por uma corrente
da sobrevivência, visando diminuição no tempo de resposta e conseqüente aumento das
chances de ressuscitação, conforme ilustrado abaixo;
Após reconhecer que uma vítima encontra-se inconsciente (bata nos ombros e
chame-a), verifique se a vítima respira (observe a elevação do tórax e/ou do abdome):
Utilização do Protocolo:
C - Compressão Cardíaca;
A - Abertura de V.A.S
B - Ventilação
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Fonte da imagem: HCPA
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Fonte da imagem: HCPA
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Primeiros Socorros
DESFIBRILAÇÃO EXTERNA AUTOMÁTICA
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Fonte da imagem: HCPA
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Fonte da imagem: HCPA 15
Primeiros Socorros
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Field JM, Hazinski MF, Sayre M, et al. Part 1: Executive Summary of 2010 AHA Guidelines for
CPR and ECC. Circulation.
Hazinski MF, Nolan JP, Billi JE, et al. Part 1: Executive Summary: 2010 International Consensus
on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With
Treatment Recommendations. Circulation.
Judith Wylie-Rosett and on behalf of the American Heart Association Statistics D. Sorlie,
Randall S. Stafford, Tanya N. Turan, Melanie B. Turner, Nathan D. Wong, Michael E. Mussolino,
Graham Nichol, Nina P. Paynter, Wayne D. Rosamond, Paul Mary M. McDermott, James B.
Meigs, Claudia S. Moy, Dariush Mozaffarian, Lisabeth, Diane M. Makuc, Gregory M. Marcus,
Ariane Marelli, David B. Matchar, Brett M. Kissela, Steven J. Kittner, Daniel T. Lackland, Judith
H. Lichtman, Lynda D. Greenlund, Susan M. Hailpern, John A. Heit, P. Michael Ho, Virginia J.
Howard, Earl S. Ford, Caroline S. Fox, Heather J. Fullerton, Cathleen Gillespie, Kurt J. Berry,
Todd M. Brown, Mercedes R. Carnethon, Shifan Dai, Giovanni de Simone, Heart Disease and
Stroke Statistics 2011 Update: A Report From the American Heart Association.
Markenson D, Ferguson JD, Chameides L, Cassan P, Chung KL, Epstein JL, Gonzales L,
Hazinski MF, Herrington RA, Pelligrino JL, Ratcliff N, Singer AJ; on behalf of the First Aid
Chapter Collaborators. Part 13: first aid: 2010 American Heart Association and American
Red Cross International Consensus on First Aid Science With Treatment Recommendations.
Circulation. 2010;(suppl 2):S582–S605.
The American Heart Association in collaboration with the International Liaison Committee
on Resuscitation. Guidelines 2000 for cardiopulmonary resuscitation and emergency
cardiovascular care, part 5: new guidelines for first aid. Circulation. 2000;102(suppl):I-77–I-85..
2005 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency
cardiovascular care part 14: first aid. Circulation. 2005;112(suppl):IV-196 –IV 203.
16
Saúde Mental I
Atualização em Neuropsiquiatria...............................................................19
Neurologia e Psiquiatria.............................................................................19
História da Psiquiatria no Brasil.................................................................20
Transtorno Mental e Saúde Mental............................................................20
Enfermagem Psiquiátrica...........................................................................20
Psicofármacos...........................................................................................20
Transtornos mentais pelo abuso de substancias psicoativas....................21
Transtornos de Personalidade...................................................................21
Transtornos de Humor...............................................................................22
Transtorno relacionado induzido por substância ou medicamento............23
Transtornos de Ansiedade.........................................................................23
Transtornos Alimentares............................................................................25
Transtornos Somatoformes e Dissociativos...............................................26
Esquizofrenia.............................................................................................27
17
Saúde Mental I
ATUALIZAÇÃO EM NEUROPSIQUIATRIA
Esta disciplina tem por objetivo ensinar aos alunos os princípios básicos para a
assistência de enfermagem neuropsiquiátrica prestadas aos pacientes que necessitam de
cuidados específicos nas Unidades de Neurologia e Psiquiatria. Algumas patologias específicas
e medicamentos serão estudados nesta etapa do curso, bem como, as mais diferentes formas
de se manejar com pessoas portadores de distúrbios mentais.
NEUROLOGIA E PSIQUIATRIA
À medida que cresce, o indivíduo se torna apto a desempenhar funções cada vez
mais diferenciadas. Aprende a falar, a manipular objetos, a controlar e dirigir movimentos que,
pouco a pouco, se tornam automáticos. A aprendizagem é uma capacidade característica
do homem e, como o emprego da lógica, do raciocínio e da capacidade de abstração, só
existe graças ao sistema nervoso, que comanda inclusive o funcionamento dos órgãos que
compõem o corpo humano. E ele que orienta as funções das vísceras, regula o funcionamento
das glândulas e através de inúmeros receptores, capta as sensações do mundo exterior ou do
próprio organismo e se encarrega de preparar respostas para essas sensações.
19
Saúde Mental I
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA NO BRASIL
ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA
Embora existam lutas para modificar o quadro das internações psiquiátricas, esta
modalidade de tratamento psiquiátrico ainda existe no nosso país.
A privatização da assistência se deu por volta dos anos 60.
Vários são os estudos feitos sobre a instituição e os efeitos negativos que ela exerce
sobre a pessoa.
Atualmente a assistência de enfermagem está voltada a auxiliar de maneira individual
ou em grupo incentivando o autocuidado e um melhor relacionamento social.
PSICOFÁRMACOS
Os psicofármacos são agentes químicos que atuam sobre o sistema nervoso central
(SNC) e estão em condições de alterar diversos processos mentais, gerando alterações na
20
Saúde Mental I
conduta, na percepção e na consciência.
Com base nas ferramentas de classificação, encontramos códigos onde são identificados
os principais transtornos mentais ligados ao uso de substâncias psicoativas:
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
TRANSTORNOS DE HUMOR
• TRANSTORNO CICLOTÍMICOS
Tem como característica essencial a oscilação frequente de humor, com sintomas
alternados de euforia e depressão moderados. É considerado um dos menos graves, já
22
Saúde Mental I
que, muitas vezes, pode ser confundido com a própria personalidade da pessoa. Porém, de
acordo com o Manual, embora alguns indivíduos com esse tipo possam não ter problemas
com certos períodos de hipomania, o prejuízo social acontece em decorrência das mudanças
constantes de humor, ou seja, o indivíduo pode ser visto como temperamental, mal-humorado,
imprevisível, incoerente ou não confiável.
Mania
Esse estado também é conhecido como euforia, ou seja bom humor em excesso. É
quando essa reação se torna um empecilho.
Sintomas:
– Hiperatividade
– Autoestima elevada
– Negação daquilo que é obvio
– Comportamento agressivo
– Irritabilidade extrema
– Aumento da vontade sexual
– Não reconhecer a doença
– Incapacidade de julgamento
Hipomania
É um intermediário do excesso da euforia, quando a pessoa continua com um bom
humor em demasia, porém, menos que na mania, já que os sintomas não refletem tanto no
dia a dia do indivíduo.
Depressão
Nesse estado, o indivíduo apresenta o ápice do mau humor.
Sintomas:
– Pensamentos negativos e suicidas
– Preocupação com fracassos
– Perda de energia
– Sentimentos de culpa
– Dificuldade em dormir
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
A ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim
aconteça. Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa,
voltada para o futuro. No estado de ansiedade a mente cria vários pensamentos negativos e
fantasia diversas cenas temidas, O estado de ansiedade é acompanhado por reações físicas
23
Saúde Mental I
desconfortáveis.
Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica,
Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Distúrbio de
Ansiedade Generalizada.
É comum que haja comorbidade e assim uma pessoa pode apresentar sintomas de
mais de um tipo de transtorno de ansiedade ao mesmo tempo ou ter ao mesmo tempo um
Transtorno de Ansiedade e outro como depressão.
No geral, os transtornos de ansiedade respondem muito bem ao tratamento psicológico
especializado.
Saiba um pouco sobre cada Transtorno de Ansiedade:
◦◦ Síndrome do Pânico:
A Síndrome do Pânico é caracterizada pela ocorrência de freqüentes e inesperados
ataques de pânico. Os ataques de pânico, ou crises, consistem em períodos de intensa
ansiedade e são acompanhados de alguns sintomas específicos como taquicardia, perda do
foco visual, dificuldade de respirar, sensação de irrealidade, etc.
◦◦ Fobia Simples:
Medo irracional relacionada a um objeto ou situação específico. Na presença do
estímulo fóbico a pessoa apresenta uma forte reação de ansiedade, podendo chegar a ter
um ataque de pânico. Por exemplo a pessoa pode ter fobia de sangue, de animais, de altura,
de elevador, de lugares fechados ou abertos, fobia de dirigir, etc. Há muitas formas possíveis
de fobia, visto que o estímulo fóbico assume um lugar substituto para os reais motivos de
ansiedade da pessoa. O motivo original vai ser descoberto na terapia.
◦◦ Fobia Social:
Ansiedade intensa e persistente relacionada a uma situação social. Pode aparecer
ligado a situações de desempenho em público ou em situações de interação social. A pessoa
pode temer, por exemplo, que os outros percebam seu “nervosismo” pelo seu tremor, suor,
rubor na face, alteração da voz, etc. Pode levar à evitação de situações sociais e um certo
sofrimento antecipado. A pessoa pode também, por exemplo, evitar comer, beber ou escrever
em público com medo de que percebam o tremor em suas mãos.
◦◦ Transtorno Obsessivo-Compulsivo:
24
Saúde Mental I
Estado em que se apresentam obsessões ou compulsões repetidamente, causando
grande sofrimento à pessoa. Obsessões são pensamentos, idéias ou imagens que invadem a
consciência da pessoa. Há vários exemplos como dúvidas que sempre retornam (se fechou o
gás, se fechou a porta, etc.), fantasias de querer fazer algo que considera errado (machucar
alguém, xingar, etc.), entre vários outros.
As compulsões são atos repetitivos que tem como função tentar aliviar a ansiedade
trazida pelas obsessões. Assim, a pessoa pode lavar a mão muitas vezes para tentar aliviar
uma idéia recorrente de que está sujo, ou verificar muitas vezes se uma porta está fechada,
fazer contas para afastar algum pensamento, arrumar as coisas, repetir atos, etc.
TRANSTORNOS ALIMENTARES
◦◦ Bulimia
A bulimia é um transtorno alimentar que caracteriza-se pela ingestão compulsiva e rápida
de grandes quantidades de alimentos, seguida por sentimentos de culpa ou arrependimento
que levam a pessoa a induzir o próprio vômito para vomitar o que comeu para não engordar.
Quem sofre desse tipo de distúrbio alimentar, na maioria dos casos mulheres, também
pode usar medicamentos laxantes e diuréticos, ficar várias horas sem comer ou praticar
atividades físicas intensas para não ganhar peso.
Pessoas com bulimia geralmente não são muito magras e costumam estar dentro do
peso considerado normal. Contudo, têm obsessão com a forma física e tendem a fazer dietas
muito rígidas.
Quando não suportam mais a fome, comem compulsivamente e em grande quantidade
num curto espaço de tempo. A seguir, sentem-se culpadas por terem comido tanto e forçam o
vômito para não ganhar peso.
◦◦ Anorexia
Os principais sintomas da anorexia são o excesso de preocupação com peso e o medo
exagerado de engordar. Indivíduos com esse tipo de transtorno alimentar sempre acham que
estão gordos quando se olham no espelho, ainda que estejam extremamente magros.
Trata-se de um transtorno alimentar marcado pela distorção da autoimagem e que
ocorre sobretudo na adolescência, sendo mais frequente em mulheres.
Essa sensação de estar acima do peso leva a pessoa a fazer dietas extremas, tomar
diuréticos e laxantes, fazer exercícios físicos extenuantes, ficar longos períodos em jejum,
entre outras medidas extremas para “não engordar mais”.
Uma característica marcante de quem sofre desse transtorno alimentar é a magreza
acima do normal. Nos casos mais graves, a anorexia pode causar desnutrição severa e levar
à morte.
◦◦ Vigorexia
A vigorexia não é propriamente um transtorno alimentar, mas psicológico. Seus
principais sintomas são a obsessão por músculos e a insatisfação com o corpo.
Essas pessoas dedicam muitas horas às atividades físicas e acabam por ficar dependentes
dos exercícios.
Contudo, para conseguir o corpo desejado, a pessoa pode fazer uso de anabolizantes
e dietas com grandes quantidades de proteínas, gerando distúrbios alimentares.
O tratamento dos transtornos alimentares é multidisciplinar e pode envolver médicos,
psiquiatra, psicólogo e nutricionista.
25
Saúde Mental I
TRANSTORNOS SOMATOFORMES E DISSOCIATIVOS
26
Saúde Mental I
incluindo sentimentos de desprendimento do self (despersonalização) e/ou do ambiente
(desrealização) e fragmentação da identidade
• Perda de memória em relação a informações pessoais importantes (amnésia dissociativa)
ESQUIZOFRENIA
Tipos:
• Esquizofrenia paranoide: com predomínio de alucinações e delírios
• Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada: com predominante pensamento e discurso
desconexo
• Esquizofrenia catatônica: em que o paciente apresente mais alterações posturais, com
posições bizarras mantidas por longos períodos e resistência passiva e ativa a tentativas
de mudar a posição do indivíduo
• Esquizofrenia simples: em que a pessoa, sem ter delírios, alucinações ou outras alterações
mais floridas, progressivamente ia perdendo sua afetividade, capacidade de interagir com
pessoas, ocorrendo um progressivo prejuízo de seu desempenho social e ocupacional, por
vezes levando os indivíduos afetados a uma vida de sem-teto e vagando pelas ruas.
Causas:
Ainda não se conhecem todos os mecanismos cerebrais que promovem os sintomas
relacionados à esquizofrenia, mas hoje sabe-se que se trata de uma doença química cerebral
decorrente de alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) e vias
neuronais cerebrais.
Fatores de risco:
• História familiar de esquizofrenia: as chances são de 10% se tiver um irmão com
esquizofrenia, 18% se tiver um irmão gêmeo não-idêntico com esquizofrenia, 50% se tiver
um irmão gêmeo idêntico com esquizofrenia e 80% se os dois pais forem afetados por
esquizofrenia
• Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos
dois primeiros trimestres da gestação
• Problemas no parto como falta de oxigênio (hipóxia neonatal)
• Ter um pai com idade mais avançada
• Uso de maconha
• Tabagismo.
27
Saúde Mental I
Sintomas de Esquizofrenia:
Delírios
Alucinações
Pensamento desorganizado
Outros sintomas:
• Não aparentar emoções ou apresentar apatia emocional (indiferença afetiva)
• Não alterar as expressões faciais
• Ter fala monótona e sem adição de quaisquer movimentos que normalmente dão ênfase
emocional ao discurso
• Diminuição da fala e prejuízo da linguagem
• Negligência na higiene pessoal
• Perda de interesse em atividades cotidianas
• Isolamento social
• Incapacidade de conseguir sentir prazer.
28
Saúde Coletiva II
Com mais de 500 anos de história brasileira – contados a partir da vinda dos portugueses
–, as políticas de saúde sofreram diversas mudanças. Quais foram os momentos decisivos
com relação à saúde no Brasil? Quando o Estado passou a agir? E, enquanto não agia, quais
eram os responsáveis pelos cuidados médicos da população?
31
Saúde Coletiva II
(1599), João Pessoa (1602), Belém (1619), entre diversas outras.
Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde. Foi a primeira vez em que houve um
ministério dedicado exclusivamente à criação de políticas de saúde, com foco principalmente
no atendimento em zonas rurais, já que nas cidades a saúde era privilégio de quem tinha
carteira assinada.
As Conferências Nacionais de Saúde tiveram um papel muito importante na consolidação
do entendimento da importância da saúde pública no Brasil – mais adiante, você entenderá
por quê. A 3ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu no final de 1963 e apresentou diversos
estudos sobre a criação de um sistema de saúde. De acordo com o doutor em saúde pública
Gilson Carvalho, houve duas bandeiras principais nessa conferência:
1. A criação de um sistema de saúde para todos, o direito à saúde deveria ser universal;
2. A organização de um sistema descentralizado, visando ao protagonismo do município.
Além disso, afirma que a ditadura militar, iniciada em março de 1964, sepultou a proposta
poucos meses depois.
32
Saúde Coletiva II
A saúde pública durante a ditadura militar (1964-1985)
A saúde sofreu com o corte de verbas durante o período de regime militar e doenças
como dengue, meningite e malária se intensificaram. Houve aumento das epidemias e da
mortalidade infantil. Uma das medidas foi a criação do INPS, que foi a união de todos os órgãos
previdenciários que funcionavam desde 1930, a fim de melhorar o atendimento médico.
Passou-se a enxergar a atenção primária de pacientes cada vez mais como
responsabilidade dos municípios; os casos mais complexos eram responsabilidade dos
governos estadual e federal.
Durante os anos de 1970, mesmo no auge do milagre econômico, as verbas para
saúde eram baixas: 1% do orçamento geral da União. Ao fim da década, as prefeituras das
cidades que mais cresciam começaram a se organizar para receber e conceder aos migrantes
algum tipo de atendimento na área da saúde. Começou-se a estruturar políticas públicas que
envolveram as Secretarias Municipais de Saúde, que depois se estenderam aos estados e a
ministérios, como os Ministérios da Previdência Social e da Saúde.
33
Saúde Coletiva II
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências.
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou
jurídicas de direito Público ou privado.
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.
Logo após a introdução da lei no artigo 1º, que descreve seu objeto, já surge o resgate do
princípio constitucional da saúde como direito e dever do Estado, conforme o artigo 196 da
Constituição Federal de 1988.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no
artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar
físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
34
Saúde Coletiva II
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas
pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde
do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
35
Saúde Coletiva II
Dos Princípios e Diretrizes
• Princípios Doutrinários:
Universalidade: significa que o Sistema Único de Saúde deve atender a todos por
meio de sua estrutura e serviços, sem distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção
36
Saúde Coletiva II
necessária, sem qualquer custo. Não importando, por exemplo, se a pessoa possui um plano
de saúde privado.
Equidade: preconiza o direito das pessoas a serem atendidas de acordo com as suas
necessidades de saúde, sem privilégios ou preconceitos. O SUS deve disponibilizar recursos
e serviços de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. Portanto, não é
sinônimo de igualdade, apesar de o texto da lei colocar nesses termos e esses conceitos
terem muito em comum. Ocorre que essa concepção evoluiu, visando, entre outros aspectos,
reduzir o impacto dos determinantes sociais da saúde que acabamos de estudar.
• Princípios Organizativos:
Regionalização: trata-se de uma forma de organização do Sistema de Saúde, com
base territorial e populacional, adotada por muitos países na busca por uma distribuição de
serviços que promova equidade de acesso, qualidade, otimização dos recursos e racionalidade
de gastos.
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados
de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art.
198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes
órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), contará, em cada esfera de governo, com as
seguintes instâncias colegiadas:
I - Conferência de Saúde;
II - Conselho de Saúde.
§ 1° A CONFERÊNCIA DE SAÚDE reunir-se-á a cada quatro anos com a representação
38
Saúde Coletiva II
dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
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Saúde Coletiva II
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
IMPORTANTE:
Atenção Básica tem papel fundamental na Rede de Atenção à Saúde, como principal
porta de entrada e coordenadora do cuidado. Mas, além disso, o processo de trabalho está
intimamente relacionada ao cuidado com o indivíduo dentro do contexto de vida, incluindo
território, trabalho, família, desejos e particularidades. Utiliza tecnologia leve de cuidado, mas
de uma complexidade tamanha. Os profissionais são vinculados e conhecidos por aqueles
que residem no território adscrito, levando em consideração os fatores determinantes e
condicionantes do processo saúde-doença individual, familiar e coletivo.
Por ser um nível de atenção do sistema, deve seguir os preceitos do SUS, ou seja,
os princípios e diretrizes preconizados nos artigos constitucionais e nas leis orgânicas
da saúde.
40
Saúde Coletiva II
Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação
da Atenção Básica.
Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Básica, desde que
observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter transitório,
devendo ser estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família.
Art. 5º A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para
o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da
integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem
os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade.
Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica,
no âmbito do SUS, de acordo com esta portaria serão denominados Unidade Básica de
Saúde – UBS.
Parágrafo único. Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação
de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a
RAS (Rede de Atenção em Saúde).
Composição da ESF
41
Saúde Coletiva II
Atividades básicas de uma equipe de Saúde da Família
• Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e identificar os problemas
de saúde mais comuns e situações de risco aos quais a população está exposta;
• Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância
à saúde e de vigilância epidemiológica, nos diversos ciclos da vida;
• Garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso;
• Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda,
buscando contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando promover a saúde por meio
da educação sanitária;
• Promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes
na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas;
• Discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de cidadania,
enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legitimam;
• Incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e no Conselho
Municipal de Saúde.
IMUNIZAÇÃO
REDE DE FRIOS
Segundo MS (2014, p.35) A Rede de Frio é o sistema utilizado pelo PNI, que tem o
objetivo de assegurar que os imunobiológicos disponibilizados no serviço de vacinação
sejam mantidos em condições adequadas de transporte, armazenamento e distribuição,
permitindo que eles permaneçam com suas características iniciais até o momento da sua
administração.
CADEIA DE FRIOS
42
Saúde Coletiva II
É importante que o transporte seja feito de maneira segura e adequada, sendo aéreo
ou terrestre; Geralmente, em longas distâncias é aéreo, quando não há possibilidade faz-se
de maneira terrestre, porém deve ser feito em caminhões frigoríficos sempre com controle de
temperatura.
A utilização de Caixas térmicas para:
• Evitar a abertura da câmara refrigerada com frequência;
• Situações de emergência, por exemplo: quedas de energia ou apagão;
• Transporte de imunobiológicos;
• Conservação de imunobiológicos previstos para utilização no dia de trabalho;
• Vacinação extramuros: campanha
CÂMARA REFRIGERADA
43
Saúde Coletiva II
• Estabelecer rotina de manuseio das vacinas armazenadas, evitando abertura frequente
das portas, no máximo 2 vezes ao dia.
• Utilizar termômetro de momento, máxima e mínima para monitoramento e controle da
temperatura dos equipamentos, CALIBRADOS PERIODICAMENTE.
• NÃO COLOCAR O SENSOR DENTRO DE FRASCOS, COM OU SEM LÍQUIDO.
• Realizar leitura diária da temperatura e registrar, ao iniciar a rotina (antes da primeira
abertura da porta do refrigerador) e ao final do expediente (após o último fechamento da
porta).
• Organizar bobinas reutilizáveis no congelador e garrafas de água com corante no
compartimento inferior para formar massa térmica, para promover a recuperação mais
rápida da temperatura.
Para vacinar, basta ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com o cartão de vacinação.
O ideal é que toda dose seja administrada na idade recomendada. Entretanto, se perdeu o
prazo para alguma dose é importante voltar à unidade de saúde para atualizar as vacinas.
A maioria das vacinas disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação é destinada a
crianças. São 12 vacinas, aplicadas antes dos 10 anos de idade em 25 doses
Ao nascer:
2 meses:
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Saúde Coletiva II
3 meses:
4 meses:
5 meses:
6 meses:
9 meses:
12 meses:
15 meses:
• DTP (Difteria, tétano e coqueluche) – 1º reforço – IM- 0,5ml- Vasto lateral da coxa esquerda
• Vacina Oral Poliomielite (VOP) - (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 1º reforço -
Oral
• Hepatite A – dose única – IM - 0,5ml – Vasto lateral da coxa Esquerda
• Tetra viral ou tríplice viral + varicela – (previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/
catapora) - Uma dose – SC – Deltóideesquerdo
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Saúde Coletiva II
4 anos:
• HPV (previne o papiloma, vírus humano que causa cânceres e verrugas genitais) - 2 doses
com seis meses de intervalo – IM – 0,5ml - Deltóide
11-14 anos:
10-10 anos:
GESTANTE:
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Saúde Coletiva II
Até 2 anos – VL
6 meses – 6 anos Influenza 0,5 ml* IM
Após 2 anos - Deltóide
*0,25 ml 2 x na 1a aplicação
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Saúde Coletiva II
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Saúde Coletiva II
REFERÊNCIAS
MERELES, Carla. Conheça a história da saúde pública no Brasil. 2018. Disponível em: https://
guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/conheca-a-historia-da-saude-
publica-no-brasil/.
SOUZA, NATALE. Nova PNAB: política nacional da atenção básica. Disponível em: https://
blog.pontodosconcursos.com.br/nova-pnab-politica-nacional-da-atencao-basica/
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Enfermagem Assistencial II
Introdução..................................................................................................55
Terminologias usadas no ambiente hospitalar...........................................56
Terminologia própria para cada sistema....................................................57
Parâmetros de avaliação...........................................................................59
Sinais vitais................................................................................................60
Sistema Cardiovascular.............................................................................61
Sistema Gastrointestinal............................................................................66
Sistema Respiratório..................................................................................73
Sistema Endócrino.....................................................................................78
Sistema Urinário........................................................................................79
Sistema Neurológico..................................................................................80
Sistema Tegumentar..................................................................................84
Oftalmologia...............................................................................................87
Sistema Auditivo........................................................................................92
Farmacologia.............................................................................................97
Referências bibliográficas........................................................................100
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Enfermagem Assistencial II
Introdução:
Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem
um profissional específico para fazê-loe faz parte de todos osserviços de saúde. É o ato
de acolher, ou recepcionar o usuário a um atendimento que o auxilia, protege ou socorre,
onde ele é avaliado, através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade,
reconhecendo o usuário como pessoa participante ativa no processo de produção da saúde.
A classificação de risco é um dispositivo da PNH, uma ferramenta de organização da
“fila de espera” no serviço de saúde, para que aqueles usuários que precisam mais sejam
atendidos com prioridade, e não por ordem de chegada. Desta forma, os serviços de saúde
costumam classificar as pessoas de acordo com as necessidades, considerando os sinais e
sintomas apresentados.
Trabalhos Sugeridos:
Miocardite, endocardite e pericardite
Hipotiroidismo e Hipertiroidismo
Sistema Urinário (Cistite,Uretrite,Pielonefrite e Prostatite)
Cateteres
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Enfermagem Assistencial II
Oxigenioterapia
Hemoterapia
Tumor Cerebral
Epilepsia - patologia convulsão
Hemodiálise
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Enfermagem Assistencial II
Terminologia própria para cada sistema
a) Sistema Respiratório
Apnéia: parada dos movimentos respiratórios
Asfixia: sufocação, dificuldade da passagem do ar
Aerofagia: deglutição anormal de ar, provocando eructações freqüentes
Anóxia: ausência total de oxigênio
Bradipnéia: movimentos respiratórios abaixo do normal
Cianose: coloração azulada na pele ou mucosas, por diminuição do nível de oxigênio sanguíneo
Dispnéia: dificuldade respiratória
Eupnéia: respiração normal, regular, sem esforço
Expectoração: expelir secreções bronco-pulmonares (escarro)
Hemoptise: escarro sanguinolento, de origem pulmonar
Hipóxia: baixa concentração de oxigênio
Ortopnéia: acentuada falta de ar em decúbito dorsal
Taquipnéia: movimentos respiratórios acelerados
b) Sistema Circulatório
Bradicardia: número de batimentos cardíacos abaixo do normal
Êmbolo: deslocamento de um corpo estranho dentro da circulação
Hemorragia: saída de sangue para fora do vaso
Hemostasia: fazer parar a hemorragia
Hipertensão: a pressão diastólica está acima do normal
Hipotensão: a pressão sistólica está abaixo do normal
Isquemia: obstrução localizada do fluxo sanguíneo
Normocardia: freqüência cardíaca normal
Pulso: onda de sangue que avança e pressiona o vaso
Taquicardia: número de batimentos cardíacos acima do normal
Trombo: formação de um coágulo dentro do vaso
c) Sistema Digestivo
Anorexia: perda do apetite
Afagia: impossibilidade de deglutir
Cólica: dor espasmódica
Colostomia: abertura artificial no abdômen para saída das fezes
Constipação: não evacua normalmente
Desidratação: perda excessiva de líquidos
Diarréia: fezes líquidas
Distensão: intumescimento ou expansão do abdômen
Êmese: ato de vomitar
Eructação: arroto
Gastralgia: dor no estômago
Halitose: mau hálito
Hematêmese: vômito com sangue
Melena: fezes escuras contendo sangue, indicativo de sangramento gastrointestinal
Náuseas: desconforto gástrico com impulso de vomitar
Pirose: sensação de ardor do estômago à boca
Sialosquiese: salivação diminuída
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Enfermagem Assistencial II
d) Sistema Urinário
Anúria: ausência total de urina
Colúria: presença de bilirrubina na urina
Disúria: dor ao urinar
Diurese: secreção urinária das 24 horas
Enurese: incontinência urinária
Hematúria: presença de sangue na urina
Melanúria: urina de cor preta ou parda
Micção: ato de urinar
Nictúria: micção freqüente à noite
Oligúria: diminuição da quantidade de urina
Piúria: presença de pus na urina
Polaciúria: excreção freqüente e em pequena quantidade
Poliúria: excessiva produção ou eliminação de urina
e) Sistema Nervoso
Coma: estado de inconsciência
Convulsão: agitação violenta e desordenada
Disartria: dificuldade de articular as palavras
Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo
Letargia: torpor, inatividade
Paralisia: diminuição ou desaparecimento da sensibilidade e movimentos
Paraplegia: paralisação de um segmento do corpo
Paresia: paralisia incompleta
Parestesia: sensação de formigamento, perda parcial da sensibilidade e do movimento
Reflexos: resposta involuntária a um estímulo
f) Sistema Tegumentar
Acromia: albinismo, falta de pigmentação
Crosta: casca, camada espessa e dura
Equimose: extravasamento de sangue nos tecidos subcutâneos
Eritema: vermelhidão da pele
Escara: lesão tecidual
Escoriações: perda superficial de tecido
Fissura: sulco ou fenda
Mácula: mancha na pele sem elevação
Pápula: elevação circunscrita da pele, geralmente pequena
Petéquias: manchas puntiformes sangüíneas
Pústula: vesícula cheia de pus
Urticária: erupção eritematosa da pele com prurido
Vesícula: bolhas
g) Sistema Locomotor
Acinésia: paralisia parcial ou total
Agrafia: impossibilidade de escrever
Ambidestro: habilidade de usar as duas mãos
Ancilose: imobilidade de uma articulação
Ataxia: impossibilidade de coordenação muscular e locomoção
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Enfermagem Assistencial II
h) Órgãos dos Sentidos
• h.1) Ouvido:
Cerume: substância serosa secretada pelo ouvido
Surdez: privação total ou parcial do sentido da audição
Zumbido: ruídos percebidos nos ouvidos
• h.2) Boca
Afasia: impossibilidade de falar
Afonia: perda total da voz
Cárie: deterioração do dente
• h.3) Olhos:
Amaurose: cegueira, perda da visão
Ambliopia: diminuição da acuidade visual
Diplopia: visão dupla
Escotomia: manchas escuras no campo visual
Midríase: dilatação da pupila
Miose: contração da pupila
Outras conceituações
Diagnóstico: determinação de uma doença com base nos sinais e sintomas apresentados
Patologia: ramo da medicina que se ocupa das moléstias em geral e em particular. Usa-se,
também, como sinônimo de doença
Parâmetros de avaliação:
Spo2 - Saturação de Oxigênio no sangue. Realizado com oxímetro de pulso. Método não
invasivo. O valor é representado por uma porcentagem.Ex.:Se o oxímetro de pulso está
medindo 98%,isso significa que cada glóbulo vermelho é constituído por 98% de oxigenação
e 2% de hemoglobina não oxigenada.Os valores normais variam entre 95 e 100%
59
Enfermagem Assistencial II
Sinais Vitais:
• Temperatura (T): grau do calor que o corpo humano apresenta; equilíbrio entre produção
e liberação do calor;
• Pressão Arterial (PA ou TA): pressão que o sangue exerce contra a parede das artérias,
tendo um pico, seguido de uma queda.
Dor: É considerada como o 5º SV. É individual e afetada por influências biológicas, intelectuais,
emocionais e culturais. É necessário atribuir um significado a ela, em que o profissional se
importa e principalmente acreditando na dor da pessoa.
Para verificar a Dor usamos algumas escalas:
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Enfermagem Assistencial II
SISTEMA CARDIOVASCULAR
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Definição:
Como se desenvolve?
Causas:
Manifestações Clínicas:
61
Enfermagem Assistencial II
Sintomas da ICE
• Dispnéia de esforço
• Respiração superficial
• Dispnéia noturna
• Ortopnéia
• Tosse e fadiga
• Insônia
• Taquicardia
• Inquietação
Sintomas de ICD
• Hipertensão
• Congestão e veias e capilares sistêmicos – edema de tornozelos.
• Congestão e dilatação das veias do pescoço
• Anorexia
• Náuseas
• Nictúria – aumento do volume de urina durante a noite
• Fraqueza
Diagnóstico:
Tratamento:
Complicações:
Cuidados de Enfermagem:
62
Enfermagem Assistencial II
• manter o paciente em repouso, observando na prescrição o grau de atividade a que ele
poderá ser submetido;
• promover ambiente calmo e tranquilo que garanta o sono e o descanso do paciente;
• incentivar a mudança de decúbito;
• estimular e supervisionar a respiração profunda;
• executar exercícios passivos e ativos com os membros inferiores;
• manter a cama em posição Fowler;
• pesar o paciente diariamente em jejum;
• anotar o volume de líquidos ingeridos e eliminados;
• oferecer dieta leve, fracionada e hipossódica;
• anotar alterações no funcionamento intestinal;
• administrar os medicamentos conforme a prescrição;
• observar aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa;
• solicitar o enfermeiro sempre que houver dúvidas na conduta prescrita;
HIPERTENSÃO ARTERIAL
A HAS pode ser traduzida como o aumento dos níveis pressóricos acima do recomendado
para uma determinada faixa etária e condição clínica, sempre levando em conta também o
risco cardiovascular.
Com base na média de duas ou mais medidas em diferentes visitas, com técnica
adequada, aparelho calibrado e com indivíduo em posição sentada, é possível definir o
diagnóstico.
Fatores situacionais, como exercícios físicos, estresse emocional, digestão, sono e
repouso contribuem para a oscilação dos níveis pressóricos.
A maior incidência de doença hipertensiva é verificada entre as mulheres da raça negra,
fumantes, na faixa etária entre 30 e 50 anos e com histórico de hiperlipidemia (excesso de
substâncias lipídicas no sangue). Embora a incidência seja mais elevada no sexo feminino, a
tolerância nas mulheres é maior que nos homens.
É dividida em três principais classes:
Emergências hipertensivas: são situações em que ocorre progressiva lesão aguda
de órgãos-alvo e risco iminente de morte, que necessitam de redução imediata da PA (não
necessariamente para níveis normais). Tais emergências devem ser tratadas preferencialmente
com agentes anti-hipertensivos parenterais em unidades de urgência.
Urgências hipertensivas: há elevação importante da pressão arterial, em geral
pressão arterial diastólica > 120mmHg, com condição clínica estável, sem comprometimento
de órgãos-alvo, porém são situações em que existe risco potencial de lesão aguda de órgão-
alvo. Nos casos de urgência, a atuação sobre o controle pressórico deve ser realizada de
forma menos intensa que nas emergências, podendo-se estabelecer esse controle em até
24h, com medicações por via oral.
Pseudocrises hipertensivas: ocorre quando, apesar de se presenciar elevações
significativas da PA, associadas a sintomas relatados pelo paciente, não se pode estabelecer
relação causal entre a hipertensão e a manifestação do desconforto.
A classificação já foi abordada anteriormente quando discutido sobre Pressão Arterial
nos Sinais Vitais.
Diagnóstico: É feito pelo exame físico e anamnese (exame físico sempre inclui sinais
vitais), verificação de pressão arterial a intervalos regulares; hematócritos, RX de tórax e ECG.
Tratamento: Objetiva reduzir a pressão sanguínea a níveis normais, com isso diminuir o
risco da evolução rápida da lesão vascular. Pode ser combinado o tratamento medicamentoso
63
Enfermagem Assistencial II
e o não medicamentoso
Cuidados de Enfermagem:
• Evitar o estresse emocional;
• verificar a pressão arterial sempre nos mesmos horários e com o paciente sentado e em
repouso;
• atentar para sinais de confusão mental, irritabilidade, desorientação, cefaleia, náuseas e
vômitos;
• trabalhar a redução de danos relacionada a fatores potencialmente agravantes como
sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, dietas hipercalóricas e hiperssódicas;
• orientar quanto aos horários adequados dos medicamentos e efeitos colaterais (hipotensão,
sensação de desmaio, vertigem ao mudar de posição, obstrução nasal, perda de força,
perda de apetite, secura na boca, tosse, emagrecimento, sonolência, entre outros).
Arritmias:
Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na freqüência, regularidade ou na origem
do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma seqüência anormal
da ativação miocárdica.
Exemplos:
Extrassístole Atrial:
Diagnóstico Eletrocardiográfico
• Ritmo irregular
• Onda P’ de morfologia diferente da onda P sinusal ocorrendo antes do batimento sinusal
esperado
◦◦ As extrassistoles que se originam no mesmo foco tem morfologia semelhante ( a análise
deve ser feita na mesma derivação)
• O complexo QRS geralmenteé normal
Extrassístole Ventricular:
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Enfermagem Assistencial II
Diagnóstico Eletrocardiográfico
• Ritmo irregular
• Onda P sinusal geralmente está oculta pelo QRS, ST ou onda T da extrassístole
• O complexo QRS
◦◦ Precoce
◦◦ Alargado, com mais de 0,12 sec
◦◦ Morfologia bizarra
• O segmento ST e onda T geralmente tem polaridade oposta ao QRS
Cardiopatia Isquêmica
Manifestações Clínicas:
Diagnóstico/Tratamento:
Trombose venosa
Causas:
• Trombose: estase sanguínea, lesão parietal vascular, distúrbios de coagulação, imobilidade
no leito.
• Tromboflebite: traumatismos vasculares, irritações químicas em decorrência de
medicamentos intravenosos.
• contraceptivos orais.
• discrasias sanguíneas.
A trombose venosa pode ocorrer em qualquer veia, incidindo mais nas veias das
extremidades inferiores, superficiais e profundas. Das superficiais a veia safena é a mais
acometida; das profundas das penas, a ileofemoral, poplítea e a pequena da panturrilha são
as mais afetadas.
Os trombos venosos são compostos de um agregado de plaquetas incrustadas nas
paredes dos vasos junto com fibrina, leucócitos e hemácias.
Manifestações clínicas:
• veias profundas: edema de extremidade em decorrência da inibição do fluxo sanguíneo.
A perna afetada pode estar mais quente que a outra não afetada; as veias superficiais
podem estar mais proeminentes (dor na panturrilha).
• veias superficiais: dor ou aumento da sensibilidade, rubor e calor na área cometida. O
risco de deslocamento de trombos venosos em veias superficiais ou sua fragmentação em
êmbolos é muito pequena, pois a maioria se dissolve espontaneamente. Assim pode ser
tratado com repouso no leito, elevação das pernas, analgésicos e antinflamatórios.
Diagnóstico: existem várias técnicas não invasivas e invasivas para ajudar a verificar, definir
e localizar a presença de trombose venosa.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
ÚLCERA PÉPTICA:
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Enfermagem Assistencial II
Sinônimos e nomes populares:
Definição:
Como se desenvolve?
Com o tempo descobriu-se que o ácido não era o único responsável pelo aparecimento
das úlceras e que havia outros agressores. Os principais em relação à mucosa do estômago
e do duodeno são a bactéria chamada Helicobacterpylori e os medicamentos antiinflamatórios
e aspirina. Os mecanismos de proteção do aparelho digestivo (produção de muco e de
neutralizantes) agem como uma barreira contra agentes agressores da mucosa e tem sua
função muito prejudicada pelos antiinflamatórios e pelo cigarro. O fumo facilita o aparecimento
da úlcera e dificulta sua cicatrização. Além disto, a úlcera péptica é resultante do desequilíbrio
entre os fatores agressores e protetores.
Manifestações Clínicas:
Pode acontecer da úlcera não causar sintomas e a primeira manifestação ser uma
complicação da doença como o sangramento e a perfuração. Quando ocorre o sangramento
o paciente nota fezes pretas, brilhantes, moles e particularmente mal cheirosas (melena) e/ou
vômito com sangue vivo ou tipo borra de café (hematêmese).
67
Enfermagem Assistencial II
Diagnóstico:
Tratamento:
CIRROSE HEPÁTICA
Definição:
O fígado pesa cerca de um quilo e meio e é o maior órgão do corpo humano. Localiza-
se na parte superior direita do abdome, abaixo das costelas. Quando doenças crônicas tornam
o fígado permanentemente lesado e atrofiado, ocorre o quadro cirrótico. O tecido que forma
a cirrose prejudica a estrutura do fígado e bloqueia a circulação sangüínea no órgão. A perda
de tecido hepático retarda o processamento de nutrientes, hormônios, drogas e toxinas no
fígado. Também retarda a produção de proteínas e outras substâncias ali produzidas.
Causas:
A cirrose tem muitas causas. O alcoolismo crônico é a mais comum. Também pode
surgir como seqüela de hepatite virótica (tipos B, C e D). O dano ao fígado que termina em
cirrose pode ser causado por várias doenças hereditárias, como fibrose cística, mal de Wilson,
galactosemia e doenças relativas ao armazenamento de glicose. As doenças hereditárias
provocam o armazenamento anormal de metais no fígado, prejudicando o tecido e causando
cirrose. As pessoas que padecem do mal de Wilson armazenam cobre em excesso no fígado,
no cérebro, nos rins e nas córneas. Outra doença, a hemocromatose, provoca a absorção de
ferro em excesso, que é depositado no fígado e em outros órgãos como o pâncreas, a pele, o
coração e as glândulas endócrinas.
A cirrose também pode aparecer com o bloqueio do conduto biliar. Os condutos biliares
transportam a bile que se forma no fígado e nos intestinos, onde ajuda a digerir gorduras. Nos
adultos, os condutos biliares podem ficar inflamados, bloqueados e lesados devido a outra
doença hepática: a cirrose biliar primária. Outro tipo de cirrose biliar pode ocorrer depois que
o paciente se submete a uma operação de cálculos biliares na qual os condutos são lesados
ou ligados. Outras causas menos comuns de cirrose são a reação a drogas receitadas, a
exposição prolongada a toxinas e repetidos colapsos cardíacos complicados com o fígado.
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Enfermagem Assistencial II
Manifestações Clínicas:
Diagnóstico:
O diagnósticopode ser feito com base nos sintomas do paciente e em análises clínicas.
Durante um exame físico, o médico pode observar uma mudança de tamanho no fígado.
Se ele suspeitar de cirrose, o paciente deverá submeter-se a análises. O propósito desses
estudos é descobrir se existe doença hepática. Em alguns casos, o paciente submete-se a
exames por imagens, como a tomografia axial computadorizada ou a ecografia, entre outros.
O médico pode confirmar o diagnóstico por meio de uma biópsia ou pela obtenção de uma
amostra de tecido do fígado. Em alguns casos, a cirrose pode ser diagnosticada durante uma
operação, quando o médico tem a possibilidade de ver o fígado inteiro. Também é possível
examinar o fígado mediante uma laparoscopia com uma microcâmera introduzida por uma
incisão minúscula no abdome.
Tratamento:
COLECISTITE
Definição:
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Enfermagem Assistencial II
Manifestações clinicas:
Ocorrendo síndrome dolorosa na região hepática (Sinal de Murphy).
Causas:
• Litíase: cálculos biliares;
• Infecciosa: é uma inflamação aguda ou crônica causada por uma infecção;
• Verminose: áscaris no colédoco; cirrose hepática;
• Alimentação: ovos, gorduras, óleos e chocolates; cansaço e fadiga; emoção e estresse.
Observação: Existe uma tendência hereditária, e a frequência é maior nas mulheres
obesas a partir dos 40 anos; por inflamação ou retenção da bile e anemia hemolítica que
poderá levar a formação maior de bilirrubina.
Tratamento:
Medicação sintomática, dieta pobre em gordura e condimentos ou cirúrgico
(colecistotectomia).
Colite ulcerativa é uma doença crônica, recorrente do intestino grosso. Intestino grosso
(cólon) é um segmento intestinal de aproximadamente noventa centímetros de comprimento
que se inicia no quadrante inferior direito do abdome, terminando no reto. Uma de suas funções
é a de desidratar as fezes a outra é a de armazenar fezes já formadas até o momento da
evacuação. Quando a colite ulcerativa afeta o cólon, há no revestimento interno do intestino
inflamação, e úlceras. A doença pode envolver todo o cólon ou somente o reto, ou mais
correntemente, alguma área entre eles.
Causas:
Manifestações Clínicas:
Diagnóstico:
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Enfermagem Assistencial II
Complicações:
Muitas pessoas com a doença respondem bem ao tratamento e conseguem ter uma vida
confortável. Entretanto a doença pode tornar-se bastante severa necessitando de internação
e Raios-X do cólon. Em raros casos há necessidade de cirurgia de emergência. A doença
pode afetar a parte nutricional, causando retardo no crescimento infantil e do adolescente.
Fígado, pele, olhos ou articulações ocasionalmente podem ter problemas mesmo antes de ter
sintomas intestinais. Em longo prazo a colite ulcerativa gera uma grande preocupação que é o
câncer de cólon. O risco de desenvolver o câncer de cólon aumenta significativamente quando
a doença começa na infância, quando se apresenta pior dos 8 a 10 anos, ou quando há história
familiar de câncer de cólon. Nestas situações é particularmente importante a vigilância do
intestino, mesmo quando não haja sintomas. Análise do cólon com biópsia realizada durante
a colonoscopia podem freqüentemente predizer se o câncer de cólon ocorrerá. Nestes casos,
a cirurgia preventiva é recomendada.
Tratamento:
Há vários tipos de tratamento disponíveis.
Corticóides: Estas drogas promovem um resultado muito bom. Na fase inicial é utilizada alta
dose para trazer a doença sob controle. Então a droga é paulatinamente reduzida a dose e
mantendo uma dosagem baixa por vários dias. Com o tempo o médico tentará descontinuar o
uso dessas drogas para evitar seus efeitos colaterais adversos.
Dietas e emoções: Não há nenhum alimento que possa prejudicar o intestino. Porém na fase
aguda, leite e derivados podem aumentar a cólica e causar e a diarréia. Em geral o paciente
deve alimentar-se com uma dieta balanceada com quantidade adequada de calorias e/ou
vitaminas. O uso de multi-vitaminas também pode ser recomendado. Stress e ansiedade
podem agravar os sintomas da doença, mas não se acredita que possam provocar ou causar
a doença. Qualquer doença crônica produz sérias reações emocionais. Estas alterações
emocionais devem ser trabalhadas com um psicoterapeuta.
Cirurgia: Para pacientes com a doença por longo tempo em que é difícil ou impossível controlar
com medicamentos, a cirurgia é uma opção. Nestes casos raros, a vida do paciente e sua
saúde são significantemente afetadas. A remoção do cólon doente cura a doença e haverá
retorno a vida normal e saudável do paciente. Atualmente com a cirurgia não há necessidade
o uso de bolsas.
PANCREATITE
Febre baixa, taquicardia e hipotensão NÃO são raras (choque hipovolêmico secundário
à exsudação para retroperitônio, vasodilatação e efeitos sistêmicos das enzimas liberadas).
A icterícia é incomum, assim como os achados pulmonares ( 10 a 20 % dos pacientes
podem apresentar derrame pleural, principalmente à direita).
Equimoses periumbilicais e em flancos refletem o catabolismo tecidual de hemoglobina,
indicando pancreatite necrosante grave.
LABORATÓRIO:
◦◦ Hemograma: leucocitose e hemoconcentração;
◦◦ Metabólico: hiperglicemia ( diminuição da insulina e aumento do glucagon), hipocalcemia
( “saponificação” por ácidos graxos em áreas com necrose gordurosa – ocorre em 25%
dos casos);
◦◦ Enzimas: amilase > 500 (não é o melhor parâmetro de avaliação caso os níveis estejam
pouco aumentados), lipase, tripsina.
EXAMES RADIOLÓGICOS:
◦◦ Radiografia simples de abdome: íleo paralítico localizado ou generalizado com níveis
hidro-aéreos, distensão isolada do transverso, distensão duodenal com níveis hidro-
aéreos, massa localizada (pseudocisto).
◦◦ Ultrassonografia de abdome superior.
◦◦ Tomografia de abdome.
◦◦ Colangioduodenopancreatografia retrógrada.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS:
◦◦ Úlcera perfurada;
◦◦ Colecistite aguda ou cólica biliar (dor é mais à direita, sem íleo);
◦◦ Obstrução intestinal aguda (dor em cólica);
◦◦ Trombose mesentérica, cólica renal;
◦◦ IAM, aneurismas dissecante de aorta, pneumonia;
◦◦ Cetoacidose diabética 9 lipase não está elevada).
COMPLICAÇÕES:
◦◦ LOCAIS: massa inflamatória no local 2 a 3 semanas após ( necrose, abscesso ou
pseudocisto), ascite, comprometimento de órgãos adjacentes, icterícia obstrutiva.
◦◦ SISTÊMICAS: pulmonares (derrames, atelectasia), cardiovasculares (choque,
derrame pericárdico), hematológicas (CIVD), renais (azotemia, necrose
tubular aguda), SNC (psicose, embolia gordurosa), necrose gordurosa, metabólicas (
hipertrigliceridemia, hiperglicemia, hipocalcemia), retinopatia de Purtscher.
TRATAMENTO CLÍNICO:
◦◦ Analgesia;
◦◦ Reposição hemodinâmica;
◦◦ SNG para aspiração gástrica (?);
◦◦ Nutrição parenteral ou enteral por jejunostomia;
◦◦ Somatostatina ou anticolinérgicos;
◦◦ Antibioticoterapia quando há infecção importante instalada.
72
Enfermagem Assistencial II
Diverticulite
Manifestações Clínicas:
O sintoma mais comum é dor na parte inferior do abdómen de início súbito. No entanto,
o aparecimento de sintomas também pode ocorrer de forma gradual ao longo de vários dias.
Entre outros possíveis sintomas estão náuseas e diarreia ou obstipação. A presença de febre
ou sangue nas fezes sugere possíveis complicações.
Causas:
As causas de diverticulite são pouco claras. Entre os fatores de risco estão a obesidade,
falta de exercício, fumar, antecedentes familiares da doença e anti-inflamatórios não esteroides.
O papel de uma dieta pobre em fibras como fator de risco não é claro. A mera presença de
bolsas no intestino grosso, sem que se encontrem inflamadas, é denominada diverticulose. A
inflamação dos divertículos ocorre em 10–25% dos casos de diverticulose em algum momento
da vida, geralmente devido a uma infeção bacteriana.
Diagnóstico:
O diagnóstico é geralmente confirmado com tomografia computorizada, podendo ser
complementado com análises ao sangue, colonoscopia ou enema opaco. Entre as doenças
que causam sintomas semelhantes estão a síndrome do cólon irritável.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Gripe A
A gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe.
Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, ela se tornou conhecida quando
afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010.
Manifestações Clínicas:
Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão
também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações
de saúde muito graves, podendo ser fatal. O vírus vive por duas a oito horas em superfícies e
lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de contaminação.
73
Enfermagem Assistencial II
a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa, especialmente
através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, elas podem se infectar
tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca
ou o nariz.
• evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada;
• lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente,
à boca;
• sempre que possível, ter um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre
estejam esterilizadas;
• manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água;
• não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros;
• caso haja indicação, utilizar uma máscara para proteger-se de gotículas infectadas que
possam estar no ar;
• evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas.
PNEUMONIA
Definição:
A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por
vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.
Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas,
anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é causada
por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.
Causas:
Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos
mecanismos de defesa do organismo. A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos
diferentes:
Um deles, bem freqüente, ocorre quando a pessoa inala um microorganismo, através
da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.
Outra maneira freqüente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se
proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.
A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma
infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que
circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.
.
Tipos:
As pneumonias podem ser: viróticas, bacterianas, aspirativas e por estase.
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Enfermagem Assistencial II
Manifestações Clínicas:
A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no
tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco
de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início. A respiração pode ficar
mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da
pele pode ficar azulada, nos casos mais graves. Em idosos, confusão mental pode ser um
sintoma freqüente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por
exemplo). Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).
Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por estar o
sistema imune debilitado. Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e
sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.
Diagnóstico:
O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa
que o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença.
Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a definir
o tratamento mais adequado para cada caso. Normalmente, o médico utiliza-se dos exames
de imagem (raios-X de tórax ou, até mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de
exames de sangue como auxílio para o diagnóstico. O exame do escarro também é muito
importante para tentar identificar o germe causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá
prever, na maioria dos casos, o curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado
para cada caso.
Tratamento:
A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado
individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de
internação. Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo
(UTI) poderá ser necessária. Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por
via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo.
Em alguns casos, além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória
como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios,
vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar
as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.
Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as
condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada,
oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre. Nos casos de pneumonia por
parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.
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Enfermagem Assistencial II
Manifestações Clinicas:
• Dispnéia progressiva;
• Limitação progressiva aos exercícios;
• Alterações no estado mental;
• Diminuição do débito cardíaco (o resto do corpo pode sofrer de hipoxemia tecidual e
caquexia respiratória)
• Eventualmente o portador de DPOC desenvolve diminuição da massa muscular e perda
de peso.
ASMA
É uma doença pulmonar obstrutiva com diminuição do calibre das ramificações dos
bronquíolos, devido a broncoespasmo, edema mucoso e produção excessiva de muco.
Manifestações clínicas:
• Dispneia;
• Tosse crônica;
• Sibilância;
• Aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da
manhã;
• Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (broncodilatadores,
anti-inflamatórios esteroides);
Tratamento: de acordo com a gravidade pode ser feito uso de aerossol, soro fisiológico,
fenoterol, aminofilina (EV), adrenalina (SC), broncodilatadores.
Rinosinusites
Causas: infecção viral, bacteriana, fúngica ou pode estar associado a processos alérgicos.
Diagnóstico: normalmente é feito a partir dos achados clínicos, sem necessidade de exames
complementares. A diferenciação entre resfriado (rinossinusite viral – os sintomas são mais
intensos nos três primeiros dias e regridem em torno do sétimo dia), rinite alérgica aguda e
rinossinusite bacteriana (sintomas persistem mais de 10 dias) está relacionada o tempo de
evolução e a gravidade do quadro.
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Enfermagem Assistencial II
causador. Poderão ser usados antitérmicos e analgésicos,descongestionantes, corticoides e
antibióticos.
Enfisema Pulmonar
Manifestações Clínicas:
• Dificuldade para respirar;
• Respiração ofegante;
• Tosse;
• Sensação de falta de ar, com o agravamento da doença.
O enfisema pulmonar não tem cura, mas os seus sintomas podem ser aliviados, e até
evitados, com o uso de alguns medicamentos e alteração de alguns hábitos de vida.
Diagnóstico:
O diagnóstico da doença é baseado nos sintomas apresentados e no histórico de vida
do paciente. Um exame será pedido para avaliar a inflamação do pulmão e a ausculta pulmonar
será realizada para verificar os sons produzidos pelo pulmão no momento da respiração.
Além disso, deverá ser feito um teste para avaliar as capacidades pulmonares, chamado de
espirometria, que mede o volume de ar inspirado para verificar se são satisfatórios ou não
além de raio-x e do exame de sangue gasometria arterial.
Tratamento:
Em todos os casos é importante evitar o uso de cigarro e não permanecer em locais
com muita poluição ou fumaça.
Além disso, podem ser ainda receitados remédios para dilatar as estruturas do pulmão
e ajudar a entrada de ar, como Salbutamol ou Salmeterol. Mas, no caso de sintomas mais
intensos, também pode ser necessário usar corticoides, como Beclometasona ou Budesonida,
para aliviar a inflamação das vias respiratórias e reduzir a dificuldade para respirar.
O médico pode ainda recomendar sessões de fisioterapia respiratória, que utiliza
exercícios que ajudam a expandir o pulmão e aumentam os níveis de oxigênio no organismo
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Enfermagem Assistencial II
SISTEMA ENDÓCRINO
Diabete Mellitus
Transtorno metabólico, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de
carboidratos, lipídios e proteínas que ocorre devido à ausência total de produção de insulina
pelo pâncreas ou ação ineficaz da insulina sobre o metabolismo.
Tipos de diabetes:
• Diabetes Mellitus tipo 1: uma desordem no organismo ocasiona a não produção de insulina
pelo pâncreas. Acomete principalmente crianças e adolescentes. Tratamento com Insulina
• Diabetes Mellitus tipo 2: ocorre a produção normal com a resistência à insulina é a precursora
da diabetes tipo 2. Acomete principalmente adultos acima do peso e com histórico familiar.
Tratamento com medicamentos e se necessário Insulina.
Manifestações clínicas: polidipsia (muita sede), poliúria, polifagia (aumento do apetite), perda
de peso, naúsea, fadiga, dificuldade de cicatrização, sonolência pós-brandial, irritabilidade,
diminuição da acuidade visual progressiva, fraqueza muscular, hiperglicemia, glicosúria e
cetonúria (presença de corpos cetônicos na urina – C=O).
Na cetoacidose diabética severa, pode ocorrer o coma (inconsciência), progredindo
para a morte. De qualquer forma, a cetoacidose diabética é uma emergência médica e requer
atenção de um especialista.
Um estado raro, porém igualmente severo, é o estado não cetótico, que é mais comum
no diabetes tipo 2, e é principalmente resultante da desidratação devido à perda de líquido
corporal. Frequentemente, o paciente ingere grandes quantidades de bebidas contendo
açúcar, levando a um ciclo vicioso em consideração à perda de líquido.
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Enfermagem Assistencial II
• Dieta: a dieta e o controle do peso são extremamente importantes e devem ser ajustados
a cada indivíduo, conforme seus níveis de glicose e suas necessidades nutricionais. De
maneira geral, é pobre em gorduras e açúcares e rica em alimentos plásticos e regulares;
observando-se a importância da alimentação a intervalos regulares e sem excessos.
• Exercícios físicos: devem ser orientados e ajustados para auxiliar na queima carboidratos
e reduzir as necessidades de insulina.
• Medicação: normalmente consta da administração de insulina (extraída do pâncreas do
boi, do porco e carneiro), e/ou metformina, glibenclamida, entre outros. As aplicações
diárias de insulina devem ser realizadas no tecido subcutâneo, que se situa abaixo da
derme, constituído por células adiposas. A extensa rede de capilares venosos e arteriais
possibilita a absorção lenta, garantindo o perfil fármaco cinético, descrito pelo fabricante.
Cuidados de Enfermagem:
• Controlar glicosúria e centúria conforme prescrição.
• aplicar insulina conforme esquema de rodízio e dosagem prescrita.
• alimentar o paciente após a aplicação de insulina e em intervalos regulares.
• controlar líquidos ingeridos e eliminados (com atenção especial a vômitos e diarreias
intensos).
• observar sempre sinais de hipoglicemia e hiperglicemia.
• Orientar sobre a alimentação.
• orientar e auxiliar na higiene, em especial dos pés, vagina e oral.
• orientar (inclusive a família) sobre o uso de insulina, aplicação e continuidade do tratamento,
acerca da autoaplicação
SISTEMA URINÁRIO
Sintomas: Oligúria, elevação dos níveis sanguíneos de ureia, creatinina potássio, entre outros.
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Enfermagem Assistencial II
Tratamento: buscar eliminar a causa da doença o quanto antes. Pode ser realizado diálise.
É a perda lenta e progressiva da função renal, sendo que o corpo não consegue manter
a homeostasia interna.
Sintomas: Diminuição da função renal, insuficiência renal, falência renal, edema, ICC, náusea
vomito, anemia, palidez, pele seca.
Tratamento: Através do transplante renal ou da Terapia Renal Substitutiva (TRS) que pode
ser Diálise Peritonial ou Hemodiálise.
SISTEMA NEUROLÓGICO
AVE
Um acidente vascular encefálico (AVE) ocorre quando problemas na irrigação sanguínea
do cérebro causam a morte das células, o que faz com que partes do cérebro deixem de
funcionar devidamente.
Existem dois tipos principais de AVE: isquémico, causado pela interrupção da irrigação
sanguínea, e hemorrágico, causado por uma hemorragia.
Manifestações Clínias:
Entre os sinais e sintomas de um AVE estão a incapacidade de mover ou de sentir um
dos lados do corpo, dificuldades em compreender ou em falar, sensação de que os objetos
em volta se movimentam ou perda de um dos lados da visão. Na maior parte dos casos, os
sinais e sintomas manifestam-se imediatamente após o AVE. Quando a duração dos sintomas
é inferior a uma ou duas horas, o episódio denomina-se acidente isquémico transitório (AIT).
Uma hemorragia subaracnóidea pode também estar associada a dores de cabeça intensas.
Os sintomas de um AVE podem ser permanentes.
Entre as complicações a longo prazo estão a pneumonia ou incontinência urinária.
AVE ISQUÊMICO
É o tipo de AVE mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela
falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema
nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
• Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comummente, um êmbolo;
• Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
• Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando
dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.
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Enfermagem Assistencial II
Nos primeiros momentos do AVE isquêmico não há morte de tecido cerebral, mas
a falta de suprimento sanguíneo provoca a rápida degeneração do tecido cerebral, um
tecido metabolicamente muito ativo e que demanda muito oxigénio e glicose para manter
seus neurónios vivos. A área central do acidente vascular morre em pouco tempo, pois está
praticamente sem nenhum fluxo de sangue.
AIT
AVE Hemorrágico
É o acidente Encefálico cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos,
mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue
em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o
efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica
e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento
intraparenquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:
O sangramento intraparenquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-
Bouchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da substância
branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial descontrolada ou não
tratada.
A hemorragia subaracnoide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais (defeito
ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo. Eles tem
provavelmente origem congênita.
Diagnóstico:
O diagnóstico do AVE é clínico, ou seja, é feito pela história e exame físico do paciente.
Os principais sintomas são:
• Dificuldade de mover o rosto;
• Dificuldade em movimentar os braços adequadamente;
• Dificuldade de falar e se expressar;
• Fraqueza nas pernas;
• Problemas de visão.
Durante um exame pode-se pedir ao paciente que sorria, levante os dois braços e repita
uma frase (como “trinta e três”). Diante desses sintomas, quanto mais rápido o socorro, menor
a probabilidade de sequelas, este teste é designado Escala de Cincinnati. Outros sintomas
menos específicos, como queda do estado geral e coma, também elevam o risco de AVE.
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Enfermagem Assistencial II
Exames Diagnósticos:
A hipótese deve ser confirmada por um exame de imagem, tomografia computadorizada
e ressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o
tipo de AVE.
Baseado nos sinais e sintomas que um paciente com AVE apresenta, descreva 4
cuidados de Enfermagem específicos para esta patologia:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________
Meningite
Manifestações clínicas:
Os sintomas mais comuns são febre súbita e elevada, dor de cabeça intensa e rigidez
no pescoço. Entre outros possíveis sintomas estão confusão mental ou alteração do estado
de consciência, vómitos e intolerância à luz ou a barulho. A meningite causada por bactérias
meningocócicas apresenta manchas características na pele.
Em adultos, o sinal mais comum é uma dor de cabeça intensa, presente em cerca de
90% dos casos de meningite bacteriana, seguido por rigidez da nuca, presente em 70% dos
casos. A rigidez na nuca é a incapacidade de mover passivamente o pescoço para a frente
devido ao aumento do tónus muscular.
Entre outros possíveis sinais estão a presença do sinal de Kernig ou sinal de Brudziński.
O sinal de Kernig pode ser avaliado deitando a pessoa de costas, com a anca e joelho
flectidos 90º. Numa pessoa com sinal de Kernig positivo, a dor limita a extensão excessiva
do joelho. Um sinal de Brudziński positivo ocorre quando a flexão do pescoço causa a flexão
involuntária do joelho e anca. Embora estes sinais sejam geralmente usados no diagnóstico
de meningite, são de sensibilidade limitada; ou seja, nem sempre ocorrem. No entanto, são
muito específicos para a meningite, o que significa que raramente ocorrem em outras doenças.
Outro exame, denominado “manobra de acentuação”, ajuda a determinar a presença de
meningite em pessoas com febre e dor de cabeça. Pede-se à pessoa que rode rapidamente e
horizontalmente a cabeça. Se esta manobra não agravar a dor, é pouco provável que se trate
de meningite.
Diagnóstico:
Um diagnóstico de meningite pode ser confirmado ou excluído com uma punção lombar.
Este procedimento consiste na inserção de uma agulha no canal medular para recolher
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Enfermagem Assistencial II
uma amostra do líquido cefalorraquidiano que envolve o cérebro e medula espinal, a qual é
posteriormente analisada em laboratório.
Tratamento:
Algumas formas de meningite podem ser prevenidas mediante vacinação com a vacina
meningocócica, vacina contra a papeira, vacina antipneumocócica e vacina Hib. Pode também
ser útil administrar antibióticos em pessoas com exposição significativa a determinados tipos de
meningite. O tratamento inicial da meningite aguda é a administração imediata de antibióticos
e, em alguns casos, de antivirais. Podem também ser administrados corticosteroides para
prevenir complicações resultantes de uma inflamação excessiva. A meningite pode causar
complicações graves a longo prazo, incluindo perda auditiva, epilepsia, hidrocefalia ou défice
cognitivo, sobretudo quando não é tratada rapidamente. Quando não é tratada, a meningite
bacteriana é quase sempre fatal. Pelo contrário, a meningite viral tende a resolver-se
espontaneamente e raramente é fatal.
Bacteriana
As bactérias mais frequentemente envolvidas na meningite bacteriana são a Neisseria
meningitidis (meningococo), o Streptococcus pneumoniae (pneumococo; na imagem) e o
Haemophilus influenzae tipo b.
Em adultos, 80% dos casos de meningite bacteriana são causados por Neisseria
meningitidis e Streptococcus pneumoniae. O risco de infeção por Listeria monocytogenes
aumenta a partir dos 50 anos de idade. A introdução da vacina antipneumocócica veio diminuir
a prevalência de meningite pneumocócica, tanto em crianças como em adultos.
Um trauma recente no crânio pode permitir às bactérias que residem na cavidade nasal
penetrarem no espaço das meninges. De igual forma, o risco aumenta com a utilização de
alguns dispositivos médicos invasivos nos cérebro ou nas meninges, como shunts cerebrais,
reservatórios de Ommaya ou uma derivação ventricular externa. Nestes casos, é mais provável
que a pessoa seja infetada com estafilococos, pseudomonas ou outros tipos de bactérias
gram-negativas. Estes patógenos estão também associados à meningite em pessoas com
imunodeficiência. As pessoas que usam implantes coclear para a perda auditiva apresentam
também um risco acrescido de meningite.
Viral
Os vírus mais comuns que causam meningite viral são enterovírus, o vírus do herpes
simples, o vírus varicela-zoster, o vírus da imunodeficiência humana e o vírus da coriomeningite
linfocitária. Os vírus de herpes simples mais comuns são os do tipo 2, que produzem a maior
parte das úlceras genitais, sendo o tipo 1 pouco frequente.
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Enfermagem Assistencial II
Sistema Tegumentar
O Sistema tegumentar é composto por pele, pelos, unhas e glândulas, sendo que a
pele é subdividida em epiderme, derme e tecido subcutâneo (tecido de gordura). Tem como
principais funções:
• Proteção contra o ambiente, microorganismos invasores e substâncias nocivas
• Sensação através das terminações nervosas
• Ajudar no equilíbrio hídrico através da proteção contra perda de água por evaporação
• Regulação da temperatura através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos
• Produção de vitamina D através da ação dos raios solares (importante na fixação do
cálcio aos ossos)
• Excreção de produtos tóxicos, como uréia, amônia e ácido úrico
PELE
A pele funciona como uma interface entre o meio externo e o meio interno. É composta
por três camadas, epiderme, derme e tecido subcutâneo. Abaixo da pele fica o tecido muscular
ou ósseo dependendo da localização.
A epiderme é a camada mais externa; não possuí vascularização. A derme é a camada
do meio; é ricamente vascularizada e inervada.O tecido subcutâneo é a parte mais interna da
pele; proporciona proteção contra o frio, pois o tecido adiposo serve como isolante térmico;
também possuí vascularização.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
Excretam produtos com odor característico; presente em toda a pele, porém mais na
testa, nas abas do nariz, nas axilas, na palma das mãos e na planta dos pés.
O suor é importante, pois serve para excretar alguns produtos tóxicos (ureia, amônia e
ácido úrico) e dissipar calor, contribuindo na termorregulação.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
Localizadas junto aos pelos; secretam óleo que ajudam a dar flexibilidade e
impermeabilidade à pele e aos pelos; esse óleo (colesterol e triglicerídeos) é o hidratante
natural da pele.
A acne é uma doença inflamatória crônica que envolve as glândulas sebáceas e
os folículos pilosos. A secreção das glândulas, bem como os restos de queratina do pelo,
obstruem o canal do folículo piloso e podem servir como substrato para a proliferação de
bactérias, gerando essa doença.
PELOS
Localizados em todo o corpo em maior ou menor número, exceto na palma das mãos e
na planta dos pés. Principalmente na região genital servem como proteção local.
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Enfermagem Assistencial II
GLOSSÁRIO
Distúrbios Cutâneos
ERISIPELA
A erisipela é uma infecção da derme e tecido subcutâneo de forma mais superficial,
onde precisa de uma ruptura da pele para a penetração (Ex.: úlceras, drogas injetáveis, feridas
cirúrgicas ou lesões da epiderme). Essa ruptura pode até ser distante do local da infecção,
como uma fissura interdigital nas “frieiras” que podem causar erisipela acima do tornozelo ou
uma rinite e sinusite que pode levar a uma erisipela na face.
Os sintomas na área atingida costumam ser eritema (hiperemia), dor, calor e edema,
e ainda, pode estar associada febre. Esta área geralmente é bem delimitada, porém pode
avançar progressivamente. Os locais mais afetados são face e extremidades (braços e pernas).
Algumas situações se tornam fatores predisponentes para a ocorrência da erisipela,
como, diabetes, pacientes imunossuprimidos, com circulação periférica prejudicada e na
presença de traumas e cirurgias.
O tratamento é baseado em antibióticoterapia, repouso, elevação do membro afetado
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Enfermagem Assistencial II
e analgésico.
CELULITE
HERPES SIMPLES
HERPES ZOSTER
VITILIGO
É uma patologia crônica de difícil previsão da sua evolução clínica que apresenta regiões
despigmentadas pela ausência de melanina por destruição ou inativação dos melanócitos
(células produtoras de melanina). A principal função da melanina é a filtragem
das radiações ultravioleta.
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Enfermagem Assistencial II
Sua causa ainda é desconhecida. Essas áreas de manchas despigmentadas podem
crescer principalmente nos momentos de crises, mas podem regredir logo após. Os locais
mais comumente afetados são face, genitais, mãos e pés. Além da pele o vitiligo também pode
atingir os pêlos.
Não é uma doença infecto-contagiosa e nem causa incapacidade clínica, porém pode
causar impacto na qualidade de vida e questões psicossocial, já que seu maior problema é
estético. O tratamento é feito basicamente com corticóide tópico.
Oftalmologia
A função do olho é converter raio de luz em sinal elétrico que é transmitido para o
cérebro. Neste local o sinal elétrico será convertido em imagem gerando a visão.
Anatomia do Olho
CÓRNEA
ÍRIS
A íris é a estrutura responsável pela cor dos olhos e em seu centro existe uma abertura,
a pupila. Nessa abertura passam os raios de luz, e dependendo da quantidade de luz que os
olhos são expostos fibras musculares da íris são ativadas para fazer contração ou dilatação
pupilar.
Portanto a principal função da pigmentação dos olhos é reduzir a lesão intra-ocular
causada pela luminosidade. Quanto mais pigmento a íris tem mais escuro (marrom) a cor dos
olhos e quanto menos mais claro (azul) sua cor.
PUPILA
Na região central da íris existe um espaço negro arredondado por onde a luz entra
no olho, a pupila. Quanto mais luz menor fica seu diâmetro e quanto menos luz maior seu
diâmetro. Alguns problemas neurológicos podem alterar o tamanho da pupila, deixando-as
midriáticas, mióticas ou anisocóricas.
CRISTALINO
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Anatomicamente o cristalino fica atrás da íris e ele precisa ser necessariamente
transparente, porque sua opacidade pode dificultar a focalização da imagem e indicar uma
patologia, a catarata.
HUMOR AQUOSO
ESCLERA
A esclera é a parte branca do olho que compõe a parede externa do globo ocular junto
com a córnea.
CONJUNTIVA
RETINA
A retina fica na parte posterior do olho internamente, aderida ao globo ocular. Sua
função é converter o raio de luz em sinal elétrico e está cheia de fotorreceptores com pigmentos
visuais, dentre eles o retinol (vitamina A), para captação do raio de luz.
Ela é nutrida por vasos sanguíneos separados da circulação sistêmica pela barreira
hemato-retiniana, a qual se for rompida pode levar a edema da retina e diminuição da visão. A
situação mais comum de quebra dessa barreira é a retinopatia diabética. Além disso, a retina
também está envolvida na comorbidade de descolamento de retina.
NERVO ÓPTICO
O nervo óptico é a estrutura que transporta o sinal elétrico formado na retina ao cérebro
para a imagem ser formada. Ele está lesado em doenças como glaucoma e enfermidades
intracranianas.
HUMOR VÍTREO
O humor vítreo é um líquido gelatinoso que preenche o globo ocular, ficando aderida
a retina em certos pontos. Com avançar da idade pode haver sua degeneração e tração da
retina (descolamento de retina).
GLOSSÁRIO
Distúrbios Oculares
MIOPIA
Miopia é a dificuldade para enxergar de longe. O principal defeito para ocorrer à miopia
é no tamanho do globo ocular que está alongado (“olhos longos”), mas também pode ser por
distúrbios da córnea e do cristalino. Nesses casos a imagem se forma a frente da retina.
HIPERMETROPIA
ASTIGMATISMO
GLAUCOMA
Glaucoma é uma patologia caracterizada por alterações no disco óptico e fibras nervosas
da retina, causando alteração no campo visual. Essas condições além de alterar o campo
visual, também podem lesionar o nervo óptico. A principal causa de glaucoma é a pressão
intra-ocular aumentada, ocasionada fundamentalmente por acúmulo do humor aquoso. Essa
situação se não tratada pode levar a cegueira.
Porém pode-se ter um período assintomático por um período prolongado, mas que
pode ser diagnosticado através das consultas oftálmicas de rotina.
O tratamento tem objetivo de prevenir a lesão do nervo óptico através de terapia clínica
(colírios), a laser ou cirúrgica. Sua meta é manter a pressão intraocular controlada para não
haver lesão, já que não tem cura e depois de instalada é irreversível.
CATARATA
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DESCOLAMENTO DE RETINA
Os sintomas são:
• Sombra na visão (central ou periférica dependendo do local de descolamento, podendo
progredir)
• “moscas voando” ao enxergar (manchas ou filetes como teias de aranha)
• Indolor
O tratamento é feito de forma cirúrgica (fixar a retina para vedar o orifício por onde
infiltra o humor vítreo), por fotocoagulação a laser ou crioterapia (fundir pequenos orifícios
para casos onde não houve infiltração do humor vítreo).
CONJUNTIVITE
Conjuntivite bacteriana
• É mais agressiva que a conjuntivite viral.
• Início agudo.
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• Secreção purulenta (principalmente ao acordar)
• Necessita tratamento com antibiótico
• É contagiosa
• Conjuntivite gonocócica
► Sexualmente transmissível
► Pode ser transmitida na hora do parto
► Administração de 1 gota do colírio com nitrato de prata no recém-nascido para prevenção
Conjuntivite viral
• Secreção aquosa
• Pode ser precedido por infecção (virose) de via aérea alta
• Geralmente mais branda que a bacteriana
• É contagiosa
Conjuntivite alérgica
Conjuntivite tóxica
Tratamento:
Prevenção:
• Lavar as mãos frequentemente
• Evitar levar a mão aos olhos
• Lavar com frequência o rosto
• Cuidado com os fômites
Sistema Auditivo
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Anatomia do Ouvido
OUVIDO EXTERNO
OUVIDO MÉDIO
• Tímpano
► Membrana que protege o ouvido e conduz as vibrações sonoras até os ossículos.
• Ossículos
► Martelo, Bigorna e Estribo: são os menores ossos do corpo; auxiliam na transmissão do
som do tímpano para a cóclea.
OUVIDO INTERNO
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TROMPA DE EUSTÁQUIO
Distúrbios Auditivos
PERDA DE AUDIÇÃO
Manifestações Clínicas
• Zumbido
• Incapacidade crescente de ouvir em grupos
• Necessidade de elevar o volume da televisão
• Alterações na atitude, na capacidade de se comunicar (isolamento social)
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• Desinteresse e desatenção
• Surdez – temporária ou definitiva
Causas em Neonatos
• Hereditariedade
• Infecções congênitas (rubéola, toxoplasmose, sífilis)
• Medicamentos
• Baixo peso excessivo – menor que 1.500g
Tratamento
• Amplificador sonoro
• Implante coclear
OTITE MÉDIA
• É a infecção aguda do ouvido médio (tímpano e ossículos) que dura geralmente menos de
6 semanas.
• A condição CRÔNICA se dá por episódios repetidos de otite aguda com degeneração e
lesão timpânica, e também destruição dos ossículos.
• Crianças são as mais afetadas porque sua trompa de eustáquio (comunica ouvido médio
com a nasofaringe) não está totalmente desenvolvida, sendo menor e mais horizontal em
relação a do adulto, tornando mais fácil uma infecção respiratória alta causar uma otite
média
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Fatores de Risco
• Infecção respiratória
• Sinusite/rinite
• Amigdalite, faringite
• Meses de Inverno
• Crianças
Sintomas
• Em geral unilateral após os 2 anos
• Otalgia após estado gripal (pode piorar após deglutição ou assoar nariz)
• Febre
• Drenagem de secreção
• Perda da audição
Sintomas na Criança
• Irritabilidade
• Choro contínuo
• Inapetência
• Rejeição à mamadeira
• Esfregar as orelhas
Tratamento
• Uso de antibiótico
• Às vezes é necessária uma incisão cirúrgica no tímpano (cicatrização em 2 a 3 dias) para
drenar a secreção do ouvido médio
• Não molhar o ouvido
• Usar compressas mornas
• Uso de protetores de ouvido
LABIRINTINTE
Causas
• Consequência de uma inflamação/infecção do ouvido médio
• Medicações (toxicidade)
• Obstrução de artérias (HAS, DM, colesterol alto)
• Distúrbios emocionais
• Predisposição genética
Sintomas
• Inicio súbito de vertigem
• Perda de equilíbrio
• Náuseas e vômitos
• Zumbido
• Vários graus de perda de audição
• Palidez e sudorese
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Tratamento
• Medicamentoso (vasodilatadores, sintomáticos)
• Dieta/atividade física
• Fisioterapia e fonoaudiologia
Farmacologia
Medicamentos
DOSAGENS
EXEMPLOS:
DIPIRONA 1g/2ml
1 ampola 1 ampola
1g 1 ampola
1000mg 1 ampola
2ml 1 ampola
HEPARINA 25.000UI/0,25ml
1 ampola 1 ampola
25.000UI 1 ampola
0,25ml 1 ampola
INSULINA 100UI/ml
10UI 0,1ml
0,1ml 0,1ml
6 CERTOS DA MEDICAÇÃO
1. Medicação certa
2. Paciente certo
3. Dose certa
4. Via certa
5. Hora certa
6. Registro (documentação) certo
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PLACEBO
Substância inerte, sem efeito, pode trazer algum benefício só por interferência
psicológica. É muito utilizado em estudos para comparação da ação de outros medicamentos.
MEDICAMENTO GENÉRICO
MEDICAMENTO SIMILAR
REAÇÕES ADVERSAS
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o mesmo efeito, pois a administração repetida, contínua ou crônica do fármaco na mesma
dose diminuiu a intensidade dos seus efeitos. A tolerância é um fenômeno que leva dias ou
semanas para acontecer.
EVENTO ADVERSO
INCOMPATIBILIDADE MEDICAMENTOSA
A eliminação das drogas acontece por diferentes vias: renal, biliar/intestinal, aparelho
respiratório, glândulas sudoríparas e mamárias e pele. Porém, os principais órgãos de
eliminação são rim e fígado.
As enzimas hepáticas têm a propriedade de modificar quimicamente uma variedade de
substâncias nas moléculas dos fármacos, tornando os fármacos inativos ou facilitando a sua
eliminação.
Os fármacos e seus metabólitos são, em sua maioria, eliminados do corpo através de
excreção renal e biliar. A via renal constitui o mecanismo mais comum de excreção de fármacos.
Apenas um número relativamente pequeno de fármacos é excretado primariamente na bile.
Muitos fármacos de administração oral sofrem absorção incompleta pelo trato gastrintestinal
superior, e o fármaco residual é então eliminado por excreção fecal.
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Referências Bibliográficas
FREITAS N.A. & ARAÚJO N.F. Como eu trato herpes zoster. Revista Científica da Faculdade
de Medicina de Campos. Vol. 2, nº 1, 2007.
LUZ, L. L., et. al. VITILIGO E SEU TRATAMENTO Revista Científica do ITPAC, Araguaína,
v.7, n.3, Pub.5, Julho 2014
MÓNICA CAETANO et al. ERISIPELA. Acta Med Port 2005; 18: 385-394
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L2
Edição 2019/2T