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GT 2 CLC NG1 DR2

- O documento descreve a evolução histórica da indústria da televisão desde as suas origens na década de 1880 até à atualidade, destacando inventores como Nipkow, Baird e Zworykin e os avanços tecnológicos que tornaram a televisão possível. - A televisão electrónica estabeleceu-se nos EUA nos anos 1930 e proliferou após a Segunda Guerra Mundial, enquanto a Europa adoptou principalmente o sistema PAL a cores nos anos 1960. - Atualmente, a televisão digital

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João Sousa
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AREA COMPETENCIA CHAVE

CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO


NG: Equipamentos e Sistemas Técnicos (EST)

Núcleo Gerador: Equipamentos e Sistemas Técnicos (EST) – DR 2


Unidade de Competência: Identificar e explorar as diversas funcionalidades dos equipamentos e sistemas técnicos, mobilizando competências
linguísticas e culturais, com vista ao seu máximo aproveitamento e a obtenção de desempenhos mais eficazes e participativos.
Tema: Equipamentos Profissionais
Competência Agir perante equipamentos e sistemas técnicos em contexto profissional conjugando saberes especializados e rentabilizando os seus
variados recursos no estabelecimento e desenvolvimento de contactos
Nome: Data:

NASCIMENTO E EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA TELEVISIVA - Nipkow, Baird, Zworykin e a invenção da televisão

A televisão é, depois da imprensa, a mais importante invenção das técnicas de comu-nicação. A era moderna atingiu o seu
apogeu nos anos 20: a telegrafia, o telefone, o cinema e o gramofone pertenciam ao seu quotidiano. Com a chegada da radiodifusão,
surgiu o desejo de enviar imagens em simultâneo com o som da rádio ou do telefone.

A ideia definitiva da transmissão de imagens surgiu de Paul Nipkow (1860-1940). Durante os seus estudos, em Berlim, inventou o
lendário “disco de Nipkow”. Na noite da Natal de 1883, o jovem estudante estava sozinho e sentiu a falta da sua família. Queria ver a sua
mãe e este desejo não lhe saía da cabeça: não poderia vê-la do mesmo modo que lhe ouvia a voz através do telefone? Nipkow lançou
então as bases de um mecanismo simples com o nome do seu criador, cuja patente data de 1884. Contudo, faltavam-lhe meios e a sua
patente só pode materializar-se graças à invenção dos tubos electrónicos.
John Baird (1888-1946) utilizou a invenção anterior e avançou na direcção da transmissão de imagens através da utilização de 2
discos de Nipkow rotativos e sincronizados. Inicialmente, a sua ideia para a televisão mecânica não pode concretizar-se, por falta de
investidores.
Contudo, anos mais tarde, Baird encontrou financiadores e a sua televisão foi comercializada em 1928.
No decurso da 5ª Exposição Alemã de Tecnologia de 1928, Denés Mihály (1844-1953) e August Karolus (1893-1972) fizeram as primeiras
projecções públicas. De 30 linhas iniciais de projecção, passou-se a 48 e depois a 90 linhas. Contudo, cada aumento da nitidez da imagem
exigia discos maiores e maior velocidade de rotação, pelo que esta técnica chegou rapidamente ao seu limite. Em 1897, o físico alemão
Karl Braun (1850-1918) inventou o tubo de raios catódicos, o qual continua a ser o elemento básico das câmaras e receptores de TV. Em
1923, Vladimir Zworykin (1889-1982) desenvolveu, a partir da ideia de Braun, um tubo de câmara denominado iconoscópio que permitiu a
gravação electrónica de imagens: inventara a técnica da televisão electrónica moderna, cuja patente é de 1924.
Enquanto Denés Mihály e August Karolus ainda trabalhavam na televisão mecânica, Manfred von Ardenne (n. 1907) fazia
experiências. Em 1931, na Exposição de Tecnologia de Berlim, von Ardenne em parceria coma empresa Loewe, surpreenderam um público
maravilhado com a primeira transmissão electrónica de imagens. A era da televisão mecânica chegara ao fim!

 Em 1932, a televisão electrónica estabeleceu-se nos E.U.A. Os receptores de TV foram logo fabricados em massa, mas devido
ao seu elevado preço e à escassez de programas, não tiveram grande sucesso junto do público.
 Em 1936, a recém-criada emissora „Paul Nipkow‟ transmite as imagens dos Jogos Olímpicos de Berlim. Tal foi possibilitado pela
invenção da câmara de televisão electrónica com iconoscópio.
Mas a qualidade da imagem continuava a ser deficiente. A solução passou pelo uso duma película intermédia e pouco depois as
câmaras de filmar já eram mais pequenas, manejáveis e móveis. Em 1939, as técnicas televisivas tinham superado os seus limites iniciais e
o novo standard era de 441 linhas por imagem. O público mostrava cada vez mais interesse pelas transmissões em directo. A produção em
massa estava a um passo.

 O regime nazi utilizou as novas tecnologias para difundir a sua propaganda, mas deu pouca importância à televisão. Com a II
Guerra Mundial a evolução da TV parou na Europa.
 Do outro lado do Atlântico, nascia a era da TV electrónica nos E.U.A. e em 1939 havia já 10.000 aparelhos de televisão em
residências privadas. Durante a II Guerra, os programas eram emitidos semanalmente em Nova Iorque. Em 1945, a infra-
estrutura industrial criada para a produção de material de guerra possibilita o fabrico de bens de consumo em larga escala. Os
meios de comunicação social (mass media) seguem esta tendência de massificação.
 A indústria do cinema continuava a ser o principal meio de comunicação e entretenimento, mas com a proliferação da televisão
entra em crise. Em 1949, a empresa „Radio Company of America‟ lança o primeiro televisor a cores (c/ sistema de codificação
NTSC). Os E.U.A. converteram-se no primeiro país televisivo do mundo.
 Na Europa, a televisão continuava a ser a preto e branco. A primeira grande explosão nas audiências ocorre em 1953, com a
transmissão em directo da coroação da rainha Isabel II. Depois, em1963, milhões de telespectadores assistem ao discurso de J.F.
Kennedy em Berlim. Em 1969, uma audiência mundial de mais de 500 milhões assiste à chegada do Homem à Lua. Por esta
altura, a TV a cores já se tinha estabelecido na Europa com o sistema de cor PAL, o qual constituía uma melhoria face ao seu
congénere americano.
 Nos anos 60, os novos meios de comunicação conquistaram os consumidores e em quase todas as casas havia já um televisor.
Tal sucesso provocou o encerramento de muitas salas de cinema. Desde então, a oferta de canais e programação variada não
parou de aumentar. Os desenvolvimentos técnicos permitiram o aparecimento do som estéreo, o sistema de satélite integrado e a
televisão de alta definição (HDTV, c/ 1250
linhas em ecrã panorâmico).
O século XX foi a era da televisão. Hoje, a vida pública realiza-se através da TV. O mundo televisivo transformou-se na nossa
realidade. A Televisão digital, usa um modo de modulação e compressão digital para envio de vídeo e áudio, bem como sinais de dados
aos aparelhos compatíveis com esse tipo de tecnologia, proporcionando desta forma a transmissão e recepção de uma quantidade maior
de conteúdo numa mesma frequência, garantindo, assim, uma imagem de alta definição.
«A Televisão (do grego tele – distante, e do latim visione - visão) é um sistema electrónico de recepção de imagens e som de forma
instantânea. Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas electromagnéticas e de sua reconversão num aparelho (o
televisor) que recebe também o mesmo nome do sistema ou pode ainda ser chamado de aparelho de televisão. Esse aparelho capta as
ondas electromagnéticas e, através dos seus componentes internos, converte-as novamente em imagem e som. A televisão parece ser o
verdadeiro monstro da sociedade actual. Vários estudos garantem que a velhinha caixa mágica, venerada por ter mudado o Mundo, é
também responsável por todos os males, desde a obesidade infantil, passando pela perda de sono, e até pela aceleração da puberdade.
Um estudo realizado por uma universidade norte-americana salienta que alguma programação infantil e o excesso de tempo a ver
televisão contribui para o aumento da obesidade nas crianças. Uma das recomendações para combater a situação, passa por utilizar
personagens queridos às crianças, em campanhas de sensibilização, apelando a uma alimentação mais saudável.
Outra investigação concluiu que a variação de luz nas imagens televisivas pode antecipar o surgimento da puberdade. A elevada exposição
a essa alteração de luminosidade interfere na segregação da hormona que „controla ‟ o relógio interno dos humanos, acelerando o
processo de desenvolvimento físico e psíquico.
A revista finlandesa Journal of Sleep Research publicou uma investigação, na qual se conclui que as crianças têm mais
dificuldades em dormir quando assistem a programas televisivos durante muito tempo. Neste estudo, realizado pelo Departamento de
Psiquiatria Pediátrica de Helsínquia, foram analisadas 321 crianças com idades compreendidas entre os cinco e seis anos.
Na sequência do texto sobre os perigos da baby-sitter electrónica, publicado por Clara Viana, na Pública de 26 de Setembro de
2004, intitulado "O cérebro deles estará a mudar?", optámos, por mencionar algumas passagens mais importantes do texto, que é um alerta
público, sobretudo quando se quer fazer passar a ideia de que a 'Baby TV' é um bem caído dos céus. [ Assim, afirma-se que:]
 -“ (…) Os problemas de atenção passaram a ser a nova marca das crianças e jovens. Um estudo recente, ignorado em Portugal,
põe em causa a explicação genética. A exposição muito precoce aos ecrãs, sobretudo à televisão, com as suas muitas imagens
rápidas e variadas, poderá estar a condicionar o seu cérebro a só aceitar um alto nível de estimulação. “Formatados" pela
velocidade e pela fragmentação, existirá já um fosso irremediável entre eles e uma escola que lhes exige o que já perderam.
Neste cenário intervém a omnisciente Ritalin (Ritalina, na gíria portuguesa), a anfetamina que, por receita médica, milhões de
crianças em todo o mundo estão a tomar por conta da desatenção (…)”;
 “ (...) nos Estados Unidos foi dada como provada uma relação entre a exposição precoce à televisão e os problemas de atenção
que, nos últimos anos, parecem estar a tomar de assalto as crianças e jovens do mundo desenvolvido. "Não é possível saber se o
crescimento da desordem por défice de atenção e hiperactividade é real, ou se é motivado pelo maior conhecimento da
desordem. Mas existem razões para acreditar que, na primeira infância, os factores ambientais são importantes no
desenvolvimento da desordem. Deste modo, a televisão pode muito bem ser um desses factores", comentou à Pública o pediatra
norte-americano Dimitri Christakis. Foi ele que liderou o estudo do “Child Health Institut”, da Universidade de Washington, que
veio dar uma primeira grande resposta afirmativa à questão, abanando assim a abordagem genética do chamado défice de
atenção, ainda a preponderante nos EUA, em Portugal ou em mais meio mundo (…)”
Não era por acaso que Michel Foucault dizia que a loucura era um 'facto de civilização'... Muito há, pois, a pensar, para além das
'razões' genéticas.
Na conclusão do seu estudo, publicado na revista Pediatrics: independentemente do que vê (os conteúdos não foram tidos em
conta) uma criança antes dos três anos que veja duas horas de televisão por dia tem mais 20% de probabilidades de desenvolver
problemas de atenção do que outra que não tenha sido tão exposta à mesma televisão. Sendo que, como também revela a sua
investigação, nos EUA uma criança de um ano vê, em média, 2,2 horas de televisão por dia e uma de três chega quase às quatro horas.
Em Portugal, esta contagem só tem sido feita a partir dos 4 anos. No ano passado, os que tinham entre esta idade e os 14 anos,
despendiam uma média de 179 minutos por dia - quase três horas - a ver televisão. Na Espanha, as crianças de seis a sete anos vêem
uma média de duas horas de TV por dia, mas cerca de 36% delas assistem a mais de quatro horas diárias, de acordo com estudo
apresentado no ano passado pela Associação Espanhola de Pediatria.
O estudo da Universidade de Otago baseou-se em 1.037 crianças examinadas a cada dois anos dos cinco aos 15 anos, como
parte de uma ambiciosa pesquisa sobre o desenvolvimento e saúde infantis. Entre outras perguntas, os pais e as crianças foram
convidados a informar quanto tempo dedicavam à televisão por dia. Para avaliar se sofriam de qualquer deficiência de atenção, as crianças,
os seus pais e professores tiveram de responder se estas conseguiam manter-se atentas durante um período curto, se a sua capacidade
de concentração era baixa ou se acabavam por se distrair facilmente. Entre as perguntas feitas, por exemplo, estava "quando alguém fala
contigo, é difícil ter atenção?", "frequentemente começas a fazer as tuas lições mas não as terminas?", "é difícil fazeres as lições se há
ruídos, ou algum tipo de actividade no mesmo quarto?".
Estudos anteriores haviam detectado que o abuso de televisão na infância gerava problemas de deficiência de atenção para as
crianças na escola primária. Mas não havia um estudo de grande porte que analisasse se esses problemas perdurariam na adolescência,
até agora. Alguns pesquisadores alertam contra o hábito de algumas famílias manterem os aparelhos de televisão ligados para que as
crianças fiquem tranquilas, por exemplo, durante o pequeno-almoço. Os dados desse estudo não esclarecem de que forma o excesso de
TV afecta a capacidade de atenção, contudo os pesquisadores apontam para diversas hipóteses. As mais prováveis é que as imagens
televisivas, com os seus estímulos constantes, podem fazer com que a vida real pareça monótona, comparativamente, dado que as
crianças tendem a aborrecerem-se com actividades de ritmo mais lento, como assistir a aulas ou fazer os trabalhos de casa. Outra possível
explicação é que o celebro infantil, ainda em formação, se desenvolva de forma inadequada quando estimulado em excesso pela rápida
sucessão de imagens dos programas de TV.
Depois de rever os resultados dos estudos científicos que alertam sobre os efeitos adversos do uso excessivo de televisão sobre
a saúde das crianças e adolescentes, a Associação Norte-Americana de Pediatria aprovou algumas recomendações aos pais, tais como:
 Limitar em duas horas o tempo que as crianças dedicam a entretenimento audiovisual, incluindo computadores e jogos de
vídeo, que não deve exceder esse limite de tempo, ainda que se trate de programação de qualidade;
 Restringir o uso do televisor no quarto, conforme recomendação de pediatras conceituados. Segundo eles, convém evitar que
crianças com menos de dois anos assistam a TV, e estimular actividades mais interactivas que promovam desenvolvimento
cerebral adequado, como falar, cantar, brincar ou ler. Ao mesmo tempo, os pais deveriam fiscalizar os programas os assistidos
pelas crianças e adolescentes, e estimular a escolha de programas educativos e de boa qualidade em detrimento dos que
favorecem o conteúdo violento;
 Conforme o caso, os pais deveriam procurar assistir a televisão em família, principalmente programas com as crianças e alguns
lúdicos, que são os melhores para a sua educação. (…)»
1. Como surgiu a ideia de transmissão audiovisual?

2. Quais foram as outras invenções que contribuíram para a televisão moderna?

3. De que modo a televisão afetou a indústria cinematográfica?

4. Na sua opinião, qual é o papel da televisão para a vida coletiva?

5. Atribua um título ao artigo e


justifique-o.
6. Explique, por palavras suas, as principais ideias dos autores do artigo.

7. Comente, por palavras suas, a crítica à televisão inscrita na tira de Banda Desenhada.

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