Operacoesunitarias-Petrobras
Operacoesunitarias-Petrobras
Operações Unitárias
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 1/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
2
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 2/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
OPERAÇÕES
V R U
NITÁRIAS
ALTER OITMAN
Equipe Petrobras
Petrobras / Abastecimento
UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap
3
CURITIBA
2002
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 3/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 4/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
A p r es en tação
É comcontinuarmos
Para grande prazerbuscando
que a equipe da Petrobras
excelência recebe você.
em resultados, dife-
renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de
você e de seu perfil empreendedor.
Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o
Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada
pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos
que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria.
Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos
de aula, gabaritos
nico-práticos de atividades
dos operadores – procuram
com integrar
as teorias; destaos saberes
forma não téc-
po-
dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um
processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado
pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da
Petrobras.
Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras
fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar
seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na
Petrobras.
Nome:
Cidade:
Estado:
Unidade:
5
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 5/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Sumário
1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE 4 PROCESSOS DE EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO........ 23
OPERAÇÕES UNITÁRIAS ................................................... 7 4.1 Introdução .................................................................... 23
1.1 Introdução .......................................................................7 4.2 Conceito ....................................................................... 23
1.2 Conceitos Fundamentais.................................................7 4.3 Mecanismo da Extração .............................................. 23
1.2.1 Conversão de unidades ........................................7 4.4 Equipamentos do Processo de Extração ...................... 24
1.3 Balanço Material.............................................................8 4.4.1 De um único estágio.......................................... 24
1.4 Balanço Energético .........................................................8 4.4.2 De múltiplos estágios ........................................ 24
1.5 Sugestão para aplicação nos cálculos
4.5 Equilíbrio entre as Fases Líquidas............................... 25
de Balanços Mássicos e Energéticos .............................. 8
4.6 Fatores que influenciam a Extração ............................ 26
4.6.2 Qualidade do solvente ....................................... 26
2 PROCESSO DE DESTILAÇÃO.............................................9
4.6.3 Influência da temperatura ................................. 26
2.1 Introdução .......................................................................9
2.2 Conceitos Fundamentais.................................................9
2.2.1 Volatilidade .......................................................... 9 5 FLUIDIZAÇÃO DE SÓLIDOS E SEPARAÇÃO SÓLIDO 27
5.1 Fluidização de sólidos .................................................... 27
2.3 2.2.2 Equilíbrio
Destilação Líquidoou– Destilação
Descontínua Vapor ..................................9
Simples .............9 5.1.1 Conceito ............................................................ 27
2.3.1 Balanço Material e Térmico .............................. 10 5.1.2 Objetivo da Fluidização .................................... 27
2.4 Destilação por Expansão Brusca ou Destilação 5.1.3 Tipos de Fluidização ......................................... 27
em um único Estágio ................................................... 10 5.1.4 Dimensões do Leito Fluidizado ........................ 27
2.4.1 Balanço Material ............................................... 10 5.2 Separação sólido-gás ................................................... 28
2.4.2 Balanço Térmico ............................................... 10 5.2.2 Arranjos entre os Ciclones ................................ 28
2.5 Destilação Fracionada .................................................. 10 5.2.1 Fatores que influenciam o funcionamento
2.5.1 Colunas de destilação ou de retificação .............11 de um Ciclone ................................................... 28
2.5.2 Seções de uma Coluna de destilação ................ 13 5.3 Noções básicas do processo de Craqueamento
2.5.3 Balanço Material ............................................... 14 Catalítico ...................................................................... 29
2.5.4 Balanço Térmico ............................................... 15
2.5.5 Influência das principais variáveis
6 BOMBAS ............................................................................. 31
na destilação fracionada.................................... 15
2.6 Fatores que influenciam as principais variáveis 6.1
6.2 Curvas
Curva dacaracterísticas
carga (H) versusde Bombas Centrífugas(Q)
vazão volumétrica ........... 31
...... 31
na destilação fracionada .............................................. 16
6.3 Curva de potência absorvida (PABS.) versus
2.6.1 Propriedades da carga ....................................... 16
2.6.2 Eficiência dos dispositivos de separação vazão volumétrica (Q) ................................................. 32
das torres (Pratos).............................................. 17 6.4 Curva de rendimento (h) versus vazão
2.7 Problemas que podem ocorrer em bandejas volumétrica (Q) ............................................................ 33
de colunas de destilação .............................................. 17 6.5 Curvas características de Bombas ............................... 33
2.7.1 Problema de arraste ........................................... 17 6.6 Altura Manométrica do Sistema .................................. 33
2.7.2 Problema de Pulsação ....................................... 17 6.7 Construção gráfica da Curva de um Sistema .............. 34
2.7.3 Problema de vazamento de líquido ................... 17 6.8 Ponto de Trabalho ........................................................ 34
2.7.4 Problema de inundação ..................................... 18 6.8.1 Alteração da Curva (H x Q) do Sistema ........... 35
6.8.2 Fatores que influenciam a Curva
3 PROCESSOS DE ABSORÇÃO E ESGOTAMENTO ........ 19 (H x Q) da Bomba ............................................. 35
3.1
3.2 Introdução .................................................................... 19
Conceitos ..................................................................... 19 6.9 Fenômeno da Cavitação............................................... 35
6.9.1 Inconvenientes da Cavitação ............................ 35
3.2.1 Absorção ........................................................... 19 6.9.2 Principal Região da Cavitação .......................... 35
3.2.2 Esgotamento ...................................................... 19
6.9.3 Causas Secundárias da Cavitação ..................... 36
3.3 Solubridade de Gases em Líquidos ............................. 19
6.10 NPSH (Net Pressure Suction Head) ............................ 36
3.4 Potencial que promove a absorção .............................. 21
6.10.1NPSH disponível ............................................... 37
3.5 Refluxo Interno Mínimo .............................................. 21
3.5.1 Absorção ........................................................... 21 6.10.2NPSH requerido ................................................ 37
3.5.2 Esgotamento ...................................................... 21 6.10.3NPSH disponível versus NPSH requerido ........ 37
3.6 Resumo dos Fatores que Influenciam os 6.11 Associação de Bombas ................................................ 37
Processos de Absorção e Esgotamento ........................ 21 6.11.1Associação de Bombas em Série ...................... 37
3.7 Equipamentos .............................................................. 22 6.11.2Associação de Bombas em Paralelo.................. 38
6
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 6/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Conceitos
F undamentais sobre
Operações Unitárias
1.1 Introdução
A disciplina denominada Operações Uni-
tárias é aquela que classifica e estuda, separa-
damente, os principais processos físico-quími-
cos utilizados na indústria química. Os pro-
1 ft2 = 144 in2 1
Alguns exemplos de correlações entre áreas
1 m2 = 10,76 ft2
1 alqueire = 24.200 m2 1 km2 = 106 m2
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 7/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Alguns exemplos de correlações entre potências A água, no alto de um reservatório, ao
1 HP = 1,014 CV 1 HP = 42,44 BTU/min movimentar um gerador, transforma sua ener-
1KW = 1,341 HP 1 HP = 550 ft.lbf/s gia potencial em energia elétrica, calor e ener-
gia de movimento (energia cinética). Neste
1KW = 1 KJ/s 1 KWh = 3.600 J caso, o balanço de energia do sistema poderia
1KW = 1.248 KVA ser representado pela seguinte expressão:
Energia Potencial da água do reservatório =
Alguns exemplos de correlações de energia Energia elétrica fornecida pelo gerador + ca-
1 Kcal = 3,97 BTU 1BTU = 252 cal lor de aquecimento do gerador + Energia de
1BTU = 778 ft.lbf 1Kcal = 3,088 ft.lbf movimento da água após a turbina.
1Kcal = 4,1868 KJ No caso de um forno ou uma caldeira que
aquece um certo líquido, o balanço de energia
1.3 Balanço Material observado será:
Como se sabe, “na natureza nada se cria, Calor liberado pela queima do combustível =
nada se destrói, tudo se transforma”, ou seja, a Calor contido nos gases de combustão que
matéria não é criada e muito menos destruída, saem do forno ou da caldeira + Calor contido
e, portanto, num balanço material envolvendo nos produtos que deixam o forno ou a caldeira.
um certo sistema, a massa que neste entra de- É importante ressaltar que, muito embora
verá ser a mesma que dele estará saindo. No as
emdiversas
unidadesformas de energia
diferentes, sejam
tais como, medidas
energia elé-
processamento uma tonelada, por exemplo, por
hora de petróleo em uma refinaria, obtém-se trica em KWh, trabalho em HP . h, calor em
exatamente uma tonelada por hora de produ- caloria, em um balanço energético é necessá-
tos derivados deste processo, como gás com- rio que todas as formas de energia envolvidas
bustível, GLP, gasolina, querosene, diesel e no balanço estejam expressas na mesma uni-
óleo combustível. A queima de um combustí- dade de energia.
vel em um forno ou em uma caldeira é outro
exemplo, porém menos evidente em que ocorre 1.5 Sugestão para aplicação nos cálculos
o mesmo balanço de massa: pode-se citar que de Balanços Mássicos e Energéticos
durante a queima de 1 tonelada de um certo Como regra geral, antes de iniciar cálcu-
combustível em que
considerando-se um são
forno ou uma caldeira,
necessárias 13 tone- los queenergéticos,
lanços evolvam balanços
deve-se:mássicos e/ou ba-
ladas de ar atmosférico, tem-se como resulta- a) transformar todas as vazões volumétri-
do 14 toneladas de gases de combustão. cas em vazões mássicas, pois o balan-
Em um Balanço Material, não se deve con- ço deve ser realizado sempre em mas-
fundir massa com volume, pois as massas es- sa, uma vez que a vazão em massa não
pecíficas dos produtos são diferentes. Assim, varia com a temperatura.
um balanço material deverá ser realizado sem- b) faça um esquema simplificado do pro-
pre em massa, pois a massa de um certo pro- cesso em que serão realizados os ba-
duto que entra em um certo sistema, mesmo lanços;
que transformada em outros produtos, sempre
será a mesma que está saindo deste sistema, c) identifique com símbolos, as vazões e
enquanto os volumes sofrem variação confor- as composições
envolvidas de todas asemcorrentes
nos processos que es-
me a densidade de cada produto.
tão sendo realizados os balanços;
1.4 Balanço Energético d) anote, no esquema simplificado de pro-
Existem diversos tipos de energia, por exem- cesso, todos os dados de processo dis-
plo, Calor, Trabalho, Energia de um corpo em poníveis como vazões, composições,
movimento, Energia Potencial (um corpo em temperaturas, pressões, etc;
posição elevada), Energia elétrica e outras. e) verificar que composições são conhe-
Assim como a matéria, a energia de um cidas ou podem ser calculadas;
8 sistema não pode ser destruída, somente po- f) verificar quais vazões mássicas são
derá ser transformada em outros tipos de ener-
gia, como por exemplo, o motor de uma bom- g) conhecidas
selecionar aou podem
base ser calculadas;
de cálculo conveni-
ba que consome energia elétrica e a transfor-
ma em energia de movimento do líquido, ca- ente a ser adotada para o início da re-
lor e energia de pressão. solução do problema.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 8/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Processo de
2.1 Introdução
Destilação
A destilação é uma operação que permite
a separação de misturas de líquidos em seus
componentes puros ou próximos da pureza, por
meio de evaporação e condensação dos com-
2
2.2.2 Equilíbrio Líquido – Vapor
Ao colocar em recipiente sob vácuo, de-
terminada quantidade de uma mistura líquida,
por exemplo, uma mistura de hidrocarbone-
tos, mantendo-se constante a temperatura deste
ponentes em questão. Na destilação, portanto, recipiente, o líquido tenderá a vaporizar-se até
pode-se afirmar que o agente de separação é o que alcance a pressão de equilíbrio entre a fase
calor, pois o vapor formado tem composição vapor e a fase líquida, isto é, as moléculas da
diferente da mistura original. fase líquida passarão para a fase vapor, aumen-
O processo de destilação é muito utiliza- tando a pressão do recipiente até que se tenha
do em toda a indústria química, como por o equilíbrio entre as fases líquido e vapor. O
exemplo, na obtenção de álcool retificado de ponto de equilíbrio é atingido quando o nú-
uma mistura de fermentação, ou ainda, na in- mero de moléculas que abandona o líquido
dústria petrolífera para a separação das frações para a fase vapor é exatamente igual ao núme-
contidas no petróleo bruto, como gás combus- ro de moléculas que abandona o vapor para a
tível, GLP, nafta, querosene, diesel, gasóleo, fase líquida. Tem-se, aí, o equilíbrio termodi-
óleo combustível. É um processo muito utili- nâmico entre as fases líquido – vapor.
zado também na indústria petroquímica, para
a separação de frações da nafta petroquímica. 2.3 Destilação Descontínua ou Destilação
Simples
2.2 Conceitos Fundamentais A destilação simples ou descontínua é reali-
Alguns conceitos são fundamentais para zada em bateladas.
a melhor compreensão do mecanismo de se-
paração que ocorre na destilação, são eles a
volatilidade e o equilíbrio líquido – vapor.
2.2.1 Volatilidade
A separação em uma coluna de destilação
acontece devido à volatilidade relativa de um
componente com relação ao outro. Geralmen-
te, salvo raras exceções, a fração mais volátil
em uma mistura é aquela que em estado puro
possui maior pressão de vapor, ou seja, tem
maior tendência a evaporar. Como exemplo, Conforme é possível observar na figura
tem-se que, devido ao critério massa molar, o acima, a carga de líquido é introduzida em um
metano é mais volátil do que o etano, que por vaso provido de aquecimento, entrando em
sua vez é mais volátil que o propano, que por ebulição. Os vapores são retirados pelo topo
sua vez é mais volátil que o butano e assim através do condensador, onde são liqüefeitos
por diante; então a separação destes é possível e coletados em outros recipientes.
utilizando-se o agente calor e equipamentos A primeira porção do destilado será a mais 9
adequados, denominados
destilação para processoscolunas ou ou
contínuos torres de
desti- rica
que em componentes
prossegue mais voláteis.
a vaporização, A medida
o produto va-
ladores para processos descontínuos ou em porizado torna-se mais volátil e o líquido residual
bateladas. torna-se menos volátil, pois o percentual de
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 9/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
componentes leves no líquido residual vai sen- Este tipo de operação é muito utilizado na
do esgotado. O destilado, que é o vapor con- primeira fase do fracionamento do petróleo em
densado, poderá ser coletado em porções se- uma refinaria, pois esta torre reduz o tamanho
paradas denominadas de cortes. Estes podem da torre de fracionamento atmosférico.
produzir uma série de produtos destilados com
vários graus de pureza. Então, considerando-se 2.4.1 Balanço Material
uma mistura de três substâncias:
Substância A – Muito volátil e em pe- Segundoo obalanço
da matéria, princípio geral dapara
material conservação
este pro-
quena quantidade, cesso pode ser escrito da seguinte forma:
Substância B – Volatilidade média e em
grande quantidade, F=D+W
Substância C – Muito pouco volátil e em
pequena quantidade. Em que:
Quando uma destilação em batelada ou F = vazão mássica de carga
destilação simples é efetuada, o primeiro cor- D = vazão mássica de vapor
te, pequeno, conteria predominantemente qua- W = vazão mássica de líquido
se toda a substância A, o segundo corte, gran-
de, conteria quase toda a substância B, porém 2.4.2 Balanço Térmico
estaria
tânciascontaminado com residual
A e C, e o líquido um pouco das prati-
seria, subs- De acordoocom o princípio da conserva-
ção de energia, balanço energético para este
camente, a substância C pura. Assim sendo, processo pode ser escrito da seguinte forma:
apesar dos três cortes conterem todas as três
substâncias, alguma separação teria ocorrido Calor que entra no sistema = Calor que sai do sistema
neste processo de destilação. QF + QA = QD + QW
Em que:
2.3.1 Balanço Material e Térmico QF = conteúdo de calor da carga
Neste tipo de processo, é muito difícil efe- QA = conteúdo de calor cedido ao siste-
tuar um balanço material e térmico de forma ma pelo aquecedor
instantânea, uma vez que as temperaturas, as- QD = conteúdo de calor da carga
sim variam
por como as composições do
continuamente. líquido e porém,
É evidente, do va- QW = conteúdo de calor da carga
que, ao final desta operação, a soma do resíduo 2.5 Destilação Fracionada
e do destilado deve ser igual à carga inicial do vaso. A destilação fracionada é o tipo de desti-
lação mais utilizada em indústrias de grande
2.4 Destilação por Expansão Brusca ou porte. Nos dois tipos de destilação abordados
Destilação em um Único Estágio anteriormente, destilação em batelada e por
O processo de destilação por expansão expansão brusca, a separação das diversas
brusca é uma operação em um único estágio, substâncias que compõem a mistura é realiza-
no qual uma mistura líquida é parcialmente da de forma imperfeita ou incompleta. Na des-
vaporizada. As fases líquido e vapor resultan- tilação fracionada, é possível a separação em
tes deste processo
da coluna. O vaporsãoserá
separadas e removidas
muito mais rico na várias frações,
pode-se em uma mesma
ter temperaturas, vazõescoluna, pois
e composi-
substância mais volátil do que na carga origi- ções constantes em um dado ponto da coluna.
nal ou no líquido residual. A destilação fracionada é uma operação
de separação de misturas por intermédio de
vaporizações e condensações sucessivas, que,
aproveitando as diferentes volatilidades das
substâncias, torna possível o enriquecimento
da parte vaporizada, com as substâncias mais
voláteis. Estas vaporizações e condensações
10 sucessivas são efetuadas em equipamentos
específicos,
nas denominados de torres ou colu-
de destilação.
O processo, em linhas gerais, funciona
como esquematizado na figura a seguir:
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 10/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Como pode ser observado, neste processo
não existem reações químicas, somente troca
térmica, devido ao refervedor de fundo e ao
condensador de topo, e também troca de mas-
sa entre o vapor ascendente e o líquido des-
cendente no interior da coluna de destilação.
Refervedor
É, geralmente, encontrado na base da co-
luna de destilação, conforme pode ser obser-
vado na figura a seguir:
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 11/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Condensador Onde:
Tem como finalidade proceder à conden- 1 – Borbulhador
sação dos vapores leves que atingem o topo 2 – Tubo de ascensão
da coluna. Após a condensação, tem-se o pro- 3 – Tubo de retorno
duto destilado desejado, D, com a composi- V – Vapor
ção especificada. L – Líquido
Os borbulhadores são dispositivos com
O processo requer, portanto, dois troca- formato cilíndrico, com aparência de um copo
dores de calor, ambos de mudança de fase, dotado de ranhuras laterais até certa altura,
refervedor procedendo a vaporização e o conforme figura a seguir.
condensador efetuando a condensação das
frações. Em alguns projetos, o refervedor
poderá ser substituído por uma injeção de va-
por d'água no fundo da coluna de destilação.
12
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 12/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Colunas com pratos perfurados com borbulhadores ou pratos perfurados e apre-
Neste tipo de coluna, os pratos com bor- sentam ainda algumas vantagens, tais como:
bulhadores são substituídos por pratos dota- 1. geralmente são projetos mais econômi-
dos de perfurações, cujo diâmetro varia entre cos, por serem mais simplificados;
0,8 e 3 mm. O funcionamento é idêntico às 2. apresentam pequena perda de carga;
colunas que utilizam pratos com borbulhado- 3. não estão sujeitas às formações de es-
res. Geralmente, neste tipo de coluna, não exis- puma.
te o tubo de retorno e os pratos ocupam toda a Os recheios são disponibilizados em se-
seção da coluna, porém existem projetos em ções, sobre suportes de sustentação, o que im-
que as colunas com pratos perfurados são do- pede uma compactação e/ou uma descompac-
tadas de tubo de retorno. tação localizada, que formaria caminhos pre-
ferenciais ao longo da coluna.
Colunas com Recheio O tamanho dos elementos dos recheios,
Neste tipo de coluna, os pratos ou bande- geralmente, variam entre 0,5 e 8 cm.
jas são substituídos por corpos sólidos com
formatos definidos. Estes corpos, denomina- 2.5.2 Seções de uma Coluna de destilação
dos recheios, podem ser anéis do tipo Rachig, Como visto anteriormente, em uma colu-
Pall, Lessing ou ainda selas do tipo Berl, na de destilação, o vapor da mistura que sai de
Intalox e outros. Alguns destes recheios po- um prato atravessa o líquido do prato superior,
dem ser observados na figura seguinte. deixando seus componentes menos voláteis.
O calor liberado pela condensação destes com-
ponentes vaporiza, então, os compostos mais
voláteis do líquido contido no prato superior.
Existe, portanto, uma troca de calor e massa
ao longo das bandejas da torre e nota-se que, à
medida que se sobe na coluna, os vapores tor-
nam-se mais voláteis (mais leves) e, à medida
que se desce na coluna, os líquidos tornam-se
menos voláteis (mais pesados).
Seção de esgotamento
É a parte da coluna compreendida entre o
prato de entrada da carga e o fundo da coluna.
A finalidade do recheio é provocar o con- Nesta seção são concentradas as frações ou
tato das fases líquido-vapor. Os corpos do re- substâncias mais pesadas (menos voláteis), ou
cheio devem ser de alta resistência à corrosão, seja, em todos os pratos abaixo do prato de
razão pela qual são, geralmente, de cerâmica alimentação, a percentagem de compostos
ou de aço inoxidável. Dependendo da tempe- mais pesados é maior do que na carga. Os com- 13
ratura doplásticos
recheios processodepode-se utilizar também
alta resistência. ponentes ou substâncias
movidos dos vapores quemais pesadas,pelo
ascendem, são re-
re-
As torres que utilizam recheios são muito fluxo de líquido que desce pelo interior da tor-
competitivas com as torres que contêm pratos re, também denominado de refluxo interno.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 13/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 14/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Os principais balanços materiais para este
processo são:
Na envoltória I:
F=D+W
Na envoltória II:
Vm = Lm + D
No condensador:
V=L+D
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 15/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Na seção de esgotamento, tem-se o con- Quando ocorrer refluxo total, então D = 0,
trário da seção de absorção, quanto mais va- logo:
por subir na torre por unidade de massa de (Lm / Vm) = 1 ® Lm = Vm, ou seja, a quan-
líquido que desce, melhor será a separação tidade de líquido que desce na seção de absor-
nesta seção da torre, já que a finalidade, nes- ção é igual à quantidade de vapor que sobe
ta região, é a remoção dos compostos leves nesta seção, não havendo, portanto, produção.
(mais voláteis) do líquido que desce pela Na seção de esgotamento, observa-se o
torre. Portanto, na seção de esgotamento, seguinte balanço material:
também denominada de stripping, quanto
maior a razão (Vn / Ln), melhor será o fracio- Ln = Vn + W
namento. Vn = Ln – W
Resumindo, pode-se afirmar que, para uma Dividindo-se os dois termos da equação
determinada coluna, o grau de fracionamento por Ln, obtém-se que:
é tanto maior quanto maior for a razão de re-
fluxo interna. (Vn / Ln) = 1 – (W/ L n)
Razão de Refluxo Versus número de pratos da No caso da seção de esgotamento, todo o
líquido residual será vaporizado no refervedor,
Coluna
Existe uma relação entre o número de pra- então(VW = 0, então:
n / Ln) = 1 ® Vn = Ln, isto é, a quantida-
tos ou bandejas de uma coluna de destilação e de de vapor que sobe na seção de esgotamen-
a razão de refluxo interna ou externa deste to é igual à quantidade de líquido que por ela
equipamento. desce e não há produção.
Quanto menor for o número de pratos ou
bandejas de uma coluna, pior será seu fracio- Quando a coluna é operada, portanto, em
namento. Podem ser construídas torres com refluxo total, o fracionamento é praticamente
grande número de pratos para operarem com perfeito, porém o gasto com energia é muito
pequena razão de refluxo interna, assim como elevado e não há produção na coluna, o que
torres com pequeno número de pratos e razões torna o processo economicamente inviável.
de refluxo interno elevadas, para uma carga
com as mesmas características. A relação
tágios e a razãoentre o número
de refluxo deser
pode pratos ou es-
observada
Tendo em vista a relação anteriormente
descrita, a condição de refluxo ou razão de no gráfico a seguir:
refluxo mínimo corresponderá a uma coluna
com um número infinito de pratos para que
seja atingido o fracionamento desejado, assim
como a condição de refluxo ou razão de reflu-
xo total corresponderá a uma coluna com um
número mínimo de pratos para que o fracio-
namento desejado seja atingido. Nenhuma
destas condições é satisfatória, uma vez que
uma torre
projeto com número
totalmente de pratos
inviável infinito é um
economicamente, que A razão de refluxo
corresponde a um interna
refluxomínima
externo,é aquela
L, mí-
bem como a construção de uma coluna que nimo, por conseqüente, os projetos de colunas
não produza, pois para o refluxo total não se de destilação são concebidos prevendo-se,
tem retirada de produtos, como pode ser veri- geralmente, um refluxo externo com valores
ficado pelo cálculo abaixo: que variam entre 1,5 a 2 vezes o valor da ra-
Na seção de absorção, o seguinte balanço zão de refluxo mínima. Este valor é denomi-
material é observado: nado razão de refluxo operacional, RR oper,
como pode ser observado no gráfico anterior.
Vm = Lm + D
16 Lm = Vm – D 2.6 Fatores que influenciam as principais
Dividindo-se
por Vm, os dois termos da equação
tem-se que: variáveis
2.6.1 na destilação
Propriedades da cargafracionada
Como cada carga a ser processada pode
(Lm / Vm) = 1 – (D/Vm) exibir uma característica, pois as proporções
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 16/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
entre os componentes a serem separados po- especificadas. Se, por exemplo, uma torre, pro-
dem ser diferentes, haverá, então, uma razão jetada para uma determinada condição e espe-
de refluxo para cada carga a ser processada. A cificação de carga, mudanças em suas carac-
diferença de volatilidade entre os componen- terísticas especificadas, a mesma não corres-
tes da carga, de uma torre de destilação fracio- ponderá satisfatoriamente às condições inicial-
nada, exerce grande influência sobre as variá- mente previstas, diminuindo desta forma, sua
veis citadas. Como exemplo, pode-se citar a eficiência e, conseqüentemente, podendo com-
comparação entre a separação de uma mistura prometer os resultados inicialmente previstos
contendo 50% de etano e 50% de eteno de para aquele projeto. Portanto, o fracionamen-
outra contendo 50% de hexano e 50% de eteno. to em uma coluna de destilação depende da
No primeiro caso, a separação entre o etano e eficiência dos seus pratos.
o eteno requer tanto uma quantidade de reflu-
xo, bem como uma quantidade de estágios 2.7 Problemas que podem ocorrer em
(pratos) na coluna muito maiores do que na da bandejas de colunas de destilação
separação da mistura entre o hexano e o eteno, 2.7.1 Problema de arraste
pois estes dois últimos compostos possuem
grande diferença de volatilidade. O arraste é o transporte, efetuado pelo va-
por, de gotículas de líquido do prato inferior
2.6.2 Eficiência dos dispositivos de separação para
quidoosarrastado
pratos superiores.
depende daAvelocidade
quantidadedodeva-
lí-
das torres (Pratos) por ao longo da torre. No arraste, o líquido do
Como mencionado, o componente ou prato inferior contamina o líquido do prato
substância que vaporiza a partir do líquido de superior com compostos pesados (menos vo-
um determinado prato da coluna é mais volá- láteis), piorando o fracionamento ao longo da
til que os componentes contidos no líquido coluna. O arraste pode ser provocado pelo au-
deste prato, e ainda que este vapor esteja em mento da vazão volumétrica do vapor, que, por
equilíbrio com o líquido do prato, o número sua vez, pode ser decorrente da redução da
de moléculas que abandona a fase líquida para pressão em alguma região da coluna.
a fase vapor é igual ao número de moléculas As torres de destilação a vácuo são cons-
que voltam da fase vapor para a fase líquida –
princípio do equilíbrio. Para que o equilíbrio, truídas
as torrescom um diâmetro
de destilação muito maior
atmosféricas, poisdocomo
que
seja atingido é necessário um certo tempo de suas pressões são muito baixas, provocam va-
contato entre as fases. No caso do prato ou zões volumétricas muito elevadas.
bandeja de uma torre de destilação, este tem-
po depende dos detalhes construtivos desta 2.7.2 Problema de Pulsação
bandeja: quanto mais alto o líquido contido
neste prato ou bandeja, maior será o tempo de Este fenômeno ocorre quando a vazão de
contato entre as fases, pois o líquido perma- vapor, que ascende de um prato inferior para
necerá mais tempo no prato, e, em consequên- um superior da coluna, não tem pressão sufi-
cia o vapor gastará mais tempo para atravessá- ciente para vencer continuamente a perda de
lo. O prato que conserva um maior nível de carga apresentada pela bandeja em questão. O
líquido é aquele que mais se aproxima do equi- vapor, então,
sagem por estacessa temporariamente
bandeja e, quando suasua pas-
pressão
líbrio entre as fases líquido-vapor e, por isso,
é denominado de “prato ideal”. O prato ideal volta a ser restabelecida, vence a perda de car-
é o dispositivo que permite o maior enriqueci- ga no prato de forma brusca. Assim diminui a
mento em componentes mais voláteis do va- pressão do vapor quase que instantaneamente
por que penetra no líquido deste prato. e cessa a passagem do vapor pelo prato até
A eficiência de um prato de uma coluna que seja novamente restabelecida sua pressão.
de destilação fracionada poderá ser quantifi- Esta situação permanece até que seja norma-
cada pelo enriquecimento de componentes lizada a condição de pressão ao longo da coluna.
mais voláteis no líquido deste prato, que no
caso do prato ideal é de 100%. O valor per- 2.7.3 Problema de vazamento de líquido 17
centual da destilação
coluna de eficiência de um prato está
fracionada, real, entre
em uma50 É o fenômeno
bandeja da passagem
superior para de líquido
a bandeja inferior, da
atra-
e 80%, é tanto maior, quanto melhor for o pro- vés dos orifícios dos dispositivos existentes
jeto da torre, para as condições de operação nos pratos e que são destinados à passagem
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 17/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
do vapor. Este fenômeno ocorre, quando a va-
zão de vapor é baixa e a vazão de líquido é
excessivamente alta.
Anotações
18
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 18/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Processos de Absorção
3.1 Introdução
e Esgotamento
Como observado no capítulo sobre o pro-
cesso de destilação, nas colunas de destilação
fracionada, a seção acima do ponto de alimen-
tação da carga da torre é denominada de seção
3.2.2 Esgotamento
3
É a operação inversa à da absorção, ou
seja, tem como finalidade remover compostos
de um líquido, L1, utilizando-se uma corrente
de gás ou de vapor, V1, Neste caso, são utili-
de absorção e a seção abaixo do ponto de ali- zados gases ou vapores totalmente insolúveis
mentação da carga da torre é denominada de no líquido ou então gases ou vapores com
seção de esgotamento. No entanto, existem volatilidade muito mais alta do que o líquido
processos que utilizam somente absorção ou em questão.
esgotamento, e, de acordo com a necessidade Na realidade, tanto no processo de absor-
do processo, são projetadas torres que operam ção, quanto no processo de esgotamento, existe
somente com processos de absorção ou, en- o mecanismo de transferência de massa de uma
tão, apenas com processos de esgotamento. fase para outra. No caso da absorção, há trans-
As colunas de absorção e de esgotamen- ferência de compostos da fase gasosa para a
to, geralmente, não possuem estágios de troca fase líquida e, no caso do processo de esgota-
de calor, isto é, não apresentam nem refervedor, mento, há transferência de compostos da lí-
nem condensador. quida para a fase gasosa.
3.2
3.2.1Conceitos
Absorção 3.3 Solubridade de Gases
Quando se coloca um gás em Líquidos
em contato com
um líquido, num recipiente fechado numa certa
condição de temperatura e pressão, parte das
moléculas da fase gasosa passa, inicialmente,
para a fase líquida, até que se atinja o ponto de
equilíbrio para estas condições de temperatu-
ra e pressão. Neste ponto, a concentração do
gás no líquido é denominada de “solubilidade
de equilíbrio do gás neste líquido”, nas condi-
ções de temperatura e pressão em questão.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 19/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
molecular desta substância em relação à pres- A solubilidade de equilíbrio de um de-
são total da mistura, ou seja: terminado gás, a uma certa temperatura, em
um determinado líquido, aumenta, com o au-
(PParcial)A = (%molecularA / 100) x P Total mento da pressão parcial do gás, ou ainda,
Por exemplo, numa mistura gasosa em com o aumento da concentração do gás no
que a pressão total do sistema é de 20 kgf/cm2, referido líquido, desde que a temperatura se
mantenha constante (vide figura a seguir).
tem-se 30%
pressão de moléculas
parcial do propanode propano; assim
na mistura destea
sistema será: (30/100) x 20 = 6 kgf/cm .
2
20
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 20/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Como pode ser observado no gráfico, com amônia, mantendo-se a temperatura em 30ºC?
o aumento da temperatura, a solubilidade do Em caso positivo, qual seria a concentração
gás diminui. Na temperatura de 10ºC e com ou solubilidade de equilíbrio para esta nova
uma pressão parcial de equilíbrio de 50 mm Hg, condição?
a concentração ou solubilidade de equilíbrio Resposta: Nova pressão parcial = 2 x 50 =
da amônia em água será de 11%. Com a mes- 100 mm Hg
ma pressão parcial de 50 mm Hg, na tempera- (Força Motriz) = 100 – 50 = 50 mm Hg,
tura de 30ºC, a concentração ou solubilidade portanto como o potencial é > 0, haverá ab-
de equilíbrio da amônia na água será de 5%. sorção.
De acordo com o gráfico, para a nova con-
3.4 Potencial que promove a absorção dição de equilíbrio, em que a pressão parcial é
Conforme abordado anteriormente, quan- de 100 mm de Hg, na temperatura de 30ºC, a
do um líquido e um gás estão em equilíbrio (o nova condição de concentração de amônia
número de moléculas da fase gasosa que pas- corresponderia a 8%.
sa para a fase líquida é igual ao número de Nota: A pressão parcial de equilíbrio é sempre obtida
moléculas que passam da fase líquida para a graficamente, através das curvas de solubilidade.
fase gasosa), nas condições de temperatura e
pressão estabelecidas não haverá mais altera-
ção da concentração do gás absorvido no lí- 3.5 No
Refluxo Interno
caso dos Mínimo
processos de absorção e esgo-
quido. Porém, caso haja alteração, por exem- tamento, existe uma razão de refluxo mínimo,
plo, da pressão parcial do gás a ser absorvido para que a operação desejada seja efetuada.
pelo líquido, sem a alteração da variável tem-
peratura, então ocorrerá a passagem de molé- 3.5.1 Absorção
culas da fase gasosa para a fase líquida até a
nova situação de equilíbrio. Para o processo de absorção, existe uma
Baseado nestes conceitos, o potencial, relação L/V mínima, a fim de que a operação
que promove a absorção de um gás A em um de absorção desejada possa ser efetuada. Quan-
certo líquido, poderá ser equacionado da se- to maior a relação L/V, melhor será a absor-
guinte forma: ção, pois o líquido, L, ficará menos concen-
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 21/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
3.7 Equipamentos
Para a operação de absorção e esgotamen-
to, são utilizados os mesmos equipamentos que
para a operação de destilação, principalmente
torres com recheios, embora torres com pra-
tos com borbulhadores ou com pratos valvu-
ladosAstambém sejamrecheios
torres com empregadas.
são mais utiliza-
das em processos de absorção, pois nesta ope-
ração as vazões de líquido e vapor, geralmen-
te, não sofrem muita alteração ao longo do
processo. Na operação correta, a torre está cheia
de gás e o líquido desce através da coluna. O
recheio, desta forma, está sempre coberto por
uma camada de líquido permanentemente em
contato com o gás. A vazão de líquido não pode
ser muito pequena, caso contrário o recheio
não ficaria
vazão molhado
de vapor de maneira
não pode uniforme. A
ser excessivamente
alta, pois dificultaria a descida do líquido na
torre.
A transferência de massa entre as fases é
promovida pelo recheio no interior da coluna.
Este mantém o contato íntimo e contínuo en-
tre as fases em toda a extensão de cada leito
recheado.
Anotações
22
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 22/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Processos de Extração
Líquido-Líquido
4.1 Introdução
A operação denominada Extração Líqui-
do-Líquido é empregada nos processos de se-
paração de um ou mais compostos de uma
mistura líquida, quando estes não podem ser
4
A fase líquida, utilizada para fazer a se-
paração do soluto, é denominada de solvente.
O solvente deverá ser o mais insolúvel possí-
vel na solução.
De acordo com a natureza do composto
que se quer extrair da solução, isto é, o soluto,
separados por destilação de forma economi-
camente viável. basicamente, há dois tipos de extração:
Geralmente, tais separações ocorrem nos a) extração de substâncias indesejáveis –
o soluto é uma impureza que deverá ser
seguintes casos:
a) os componentes a serem separados são retirada da solução. O produto dese-
pouco voláteis – seria necessário, en- jado neste processo de separação é a
tão, utilizar processos com temperatu- solução livre do soluto. Como exem-
ras muito altas, combinadas com pres- plo, pode ser citada a extração de com-
sões muito baixas, com a finalidade de postos de enxofre existentes nos deri-
conseguir a separação desejada; vados de petróleo, como a gasolina, o
querosene e outras correntes. Um ou-
b) os componentes a serem separados têm
tro exemplo é a retirada de compostos
aproximadamente as mesmas volatili-
aromáticos de correntes de óleos lubri-
dades – neste caso, seria necessária a
utilização de colunas de destilação com b) ficantes
extraçãopara
de purificação
substânciasdos mesmos;
nobres – o
um número muito grande de estágios
de separação (pratos), conseqüente- soluto é, neste caso, o composto dese-
mente torres muito elevadas, a fim de jado após a operação de separação, o
conseguir a separação desejada; restante da solução é o produto inde-
sejável do processo. Como exemplo,
c) os componentes são susceptíveis à de-
tem-se citar a separação do butadieno
composição – os compostos ou com-
de uma mistura entre o buteno e o bu-
ponentes a serem separados sofrem de-
tadieno, na indústria petroquímica, uti-
composição quando atingem a tempe-
lizando-se como solvente neste proces-
ratura necessária para a separação;
so de extração uma solução aquosa de
d) o componente menos volátil que se quer acetato cupro-amoniacal .
separar está presente em quantidade
muito pequena – não seria economi-
camente viável, em tal situação, vapo-
4.3 Mecanismo da Extração
rizar toda a mistura líquida para ob-
O mecanismo do processo de extração
ter o produto desejado.
ocorre, basicamente, de acordo com as seguin-
tes etapas:
4.2 Conceito a) mistura ou contato íntimo entre o sol-
O processo de Extração Líquido-Líquido vente e a solução a ser tratada. Ao lon-
é a operação no qual um composto dissolvido go desta etapa, ocorrerá a transferência
em uma fase líquida é transferido para outra do soluto da solução para a fase sol-
fase líquida. vente; 23
b) a separação entre a fase líquida da so-
A fase líquida
ser separado, , que contém
é denominada deosolução
composto
e oa lução, denominada de rafinado, e a fase
composto a ser separado é denominado de líquida solvente, denominada de extrato;
soluto. c) recuperação do solvente e do soluto.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 23/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Para a recuperação do soluto do solvente, é O ciclo da extração pode ser representado
necessário que estes tenham características que pela figura seguinte, de forma que a massa es-
permitam a separação dos mesmos através de pecífica do solvente é menor do que a massa
um simples processo de destilação ou qualquer específica da solução, para que seja possível a
outro tipo de separação simples e possível. extração.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 24/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Os equipamentos mencionados anteriormente podem ser observados nas figuras a seguir:
4.5 Equilíbrio entre as Fases Líquidas Na absorção e no esgotamento, quando as duas
Existe uma analogia, que se pode fazer, fases entram em equilíbrio, não há mais alte-
entre os processos de esgotamento e ou absor- ração da composição nem da fase líquida, nem
ção em relação ao processo de extração. da fase vapor. Da mesma forma na extração, 25
podeA ser
faseconsiderada
líquida do como
solvente, o extrato,
a fase vapor, quando é atingido
então não o equilíbrio
haverá mais alteraçãoentre as fases,
das composi-
enquanto que a fase líquida da solução, o ções do extrato e do rafinado, o que está ilus-
rafinado, pode ser considerada a fase líquida. trado na figura a seguir.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 25/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Anotações
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 26/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Fluidização de Sólidos
e Separação Sólido
5.1 Fluidização de sólidos
5.1.1 Conceito
Para compreender melhor o conceito de
fluidização de sólidos, suponha que um fluido
líquido ou gasoso esteja escoando vagarosa-
5.1.3 Tipos de Fluidização
culada e a agregativa.
5
Existem dois tipos de fluidização, a parti-
A fluidização particulada ocorre, prin-
cipalmente, quando o fluido é um líquido, en-
quanto a fluidização agregativa ocorre quan-
mente através de um leito de partículas sóli- do o fluido é um gás.
das finamente àdivididas.
um obstáculo passagemOsdeste
sólidos agemocasio-
fluido, como Na fluidização
processo
particulada, o início do
é caracterizado por um rearranjo das
nando uma queda de pressão (DP), devido ao partículas de forma a oferecer maior área livre
atrito, que aumenta com o aumento da veloci- para o escoamento, porém sem que as partícu-
dade. Ao aumentar ainda mais a velocidade las percam o contato entre elas.
do fluido, os canais de passagem formados pelo Na fluidização agregativa, o início é ca-
mesmo aumentam e as partículas sólidas fi- racterizado por um fenômeno semelhante à
cam mais separadas. Nesse ponto, inicíasse a ebulição, ou seja, bolhas de gás atravessam o
fluidização do leito de sólidos, pois estes per- leito sólido e rompem-se na superfície, em-
dem suas características e passam a se com- purrando as partículas de sólido para cima.
portar como fluidos, de modo a seguir as leis A fluidização do tipo agregativa é aquela
de escoamento de fluidos, em que a pressão é que ocorre no processo de craqueamento ca-
talítico.
proporcional à altura do leito.
Caso continue o aumento da velocidade
de escoamento do fluido, haverá um ponto em 5.1.4 Dimensões do Leito Fluidizado
que as partículas sólidas serão arrastadas, des- A altura necessária do equipamento que
fazendo-se, desta maneira, o leito sólido. contém o leito aumenta com a velocidade de
escoamento do fluido, pois o volume de vazios
fica maior com o aumento da velocidade. As
5.1.2 Objetivo da Fluidização partículas menores têm velocidade de queda
A principal aplicação da operação com menor do que as maiores, ou seja, se uma par-
leito fluidizado é em processos cujas reações tícula de 1 mm não é arrastada pelo fluido, uma
químicas envolvam
caso do processo catalisadores, catalítico.
de craqueamento como no outra
donarde 0,1 mm
o leito. Compoderá ser arrastada
o constante choquee aban-
entre
Neste, o catalisador sólido finamente dividido as partículas sólidas, aos poucos, elas vão sen-
está em forma de leito fluidizado. O estado do reduzidas a tamanhos cada vez menores.
fluidizado do catalisador, além de garantir seu Para que estas partículas não sejam arrastadas,
melhor contato com a carga devido ao aumen- seria necessária a utilização de velocidades
to da área específica do catalisador com ele, muito baixas para o escoamento dos fluidos,
o que equivale a construir equipamentos com
permite que o catalisador seja escoado de um
diâmetros muito elevados. Mesmo com a
vaso para outro por diferença de pressão, como construção de equipamentos com diâmetros
se fosse um líquido. Evita-se, desta forma, a muito elevados, ainda haveria o problema de 27
utilização de equipamentos de transporte de
sólidos, como caçambas, esteiras rolantes, cor- que as partículas
mentadas de formamaiores não
adequada noseriam movi-
leito. Por ou-
reios ou outros métodos de transporte de lei- tro lado, quando ocorre a redução de tama-
tos sólidos. nho das partículas, sempre existe o arraste de
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 27/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
partículas finas para fora do leito. Nos casos O ciclone é um separador por decantação,
em que o fluido é um gás, como no processo em que a força da gravidade é substituída pela
de craqueamento catalítico, estas partículas força centrífuga. A força centrífuga que age
finas são retiradas através de equipamentos es- sobre às partículas pode variar de 5 a 2.500 ve-
peciais, denominados ciclones, que promovem zes a mais do que a força da gravidade sobre a
o retorno destas para o equipamento que con- mesma partícula, dependendo das condições do
gás e do projeto do ciclone. O ciclone é um equi-
tém o leito de sólidos. pamento muito eficiente e por isso muito utili-
5.2 Separação sólido-gás zado nos processos de separação sólido-gás.
A separação de partículas sólidas de um
gás pode ser efetuada através de diversas ma- 5.2.1 Fatores que influenciam o funcionamento
neiras, por exemplo, filtração, precipitação de um Ciclone
eletrostática, aspersão com líquidos, ciclones a) Diâmetro das partículas: o ciclone não
e outros processos. O mais utilizado em refi- é muito eficiente para partículas meno-
narias, geralmente, é o ciclone, especialmente res do que 0,005 mm.
empregado em processos de craqueamento b) Velocidade do gás na entrada do ciclo-
catalítico, onde são retidas as partículas finas ne: é muito importante notar que quan-
do processo de craqueamento.
No processo de craqueamento catalítico, to
nomaior a velocidade
ciclone, do gásfinas
mais partículas que serão
entra
o gás que entra nos ciclones pela abertura la- retirada do gás. A velocidade do gás
teral encontra-se carregado de partículas de que vai para o ciclone não pode ser
catalisador, saindo pela parte superior, o gás aumentada de forma indiscriminada,
purificado e, por baixo, as partículas de catali- pois a perda de pressão (perda de car-
sador, que voltam ao leito. ga) que ocorre no interior do ciclone
Dentro do ciclone, as partículas de sóli- poderá ser muito grande.
dos chocam-se contra as paredes, perdem ve- c) Viscosidade: O aumento da viscosidade
locidade e, em conseqüência se precipitam. do gás dificulta a remoção das partículas.
28
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 28/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Um ciclone em operação é apresentado a seguir:
29
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 29/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
No processo de craqueamento catalítico,
a carga (gasóleo) entra em contato com o ca-
talisador no riser, onde são iniciadas as rea-
ções, que ocorrem em fase gasosa. O riser é
um tubo de grande dimensão, que fica a mon-
tante do reator. O reator, por sua vez, funciona
como um vaso separador entre os produtos
formados e o catalisador.
O catalisador em forma de pó, ou seja,
partículas muito finas, quando retirado do rea-
tor, está impregnado com coque; por isso ne-
cessita de retificação para retornar ao reator.
No regenerador, o coque do catalisador é quei-
mado na presença de ar, que vem do blower
(soprador). Os gases gerados na combustão do
catalisador (CO2, CO, H2O, H2, N2, O2 em ex-
cesso, e outros gases), antes de serem envia-
dos para a atmosfera, passam em uma caldei-
ra recuperadora de calor (caldeira de CO), para
que o calor latente dos gases, bem como a quei-
ma do CO na caldeira possam ser aproveita-
das na geração de vapor.
Os ciclones, que estão localizados no topo
do reator, evitam que o catalisador contamine
os produtos que saem do reator.
Os produtos gerados no reator seguem para
uma torre de fracionamento, onde são separa-
dos em frações, como GLP, nafta craqueada,
diesel de FCC (LCO) e óleo combustível de
FCC. Na uma
produzids torrefração
de fracionamento, ainda
denominada borra, que,é
por conter algum catalisador arrastado do pro-
cesso de craqueamento, retorna para o início
do processo, junto com a carga.
Anotações
30
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 30/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Bombas
6.1 Curvas características de Bombas
Centrífugas
As curvas características de bombas tra-
duzem o funcionamento do equipamento em
questão. São produzidas a partir de dados
6
empíricos (experimentais) do próprio fabrican-
te do equipamento, fazendo a bomba vencer
diversas alturas de coluna de líquido, varian-
do a vazão do líquido e ao mesmo tempo veri-
ficando a potência absorvida pelo eixo da bom-
ba e a sua eficiência.
As curvas características, fornecidas pe- b) Curva tipo “Drooping”
los fabricantes de bombas são: Nesta curva, a altura manométrica, na
ausência de vazão (vazão zero ou va-
a) curva de carga (H) versus vazão volu- zão de shut-off), é menor do que a de-
métrica (Q); senvolvida pelo equipamento para ou-
b) curva de potência absorvida (Pabs) tras vazões, conforme apresentado na
versus vazão volumétrica (Q); figura a seguir:
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 31/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
d) Curva tipo “Flat”: PC = r . Q . H / 550
em que:
PC = potência cedida em HP
r = massa específica em lb/ft3
Q = vazão volumétrica em ft3/s
H = altura manométrica em ft
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 32/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
A curva de potência absorvida versus va- Uma outra forma de apresentar a curva de
zão volumétrica é normalmente fornecida pelo rendimento, utilizada pelo fornecedor, pode ser
fabricante do equipamento e tem a forma que observada no gráfico da figura seguinte:
pode ser observada no gráfico a seguir:
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 33/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 34/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Do gráfico anterior, pode-se observar que 1. modificação da rotação da bomba;
os pontos normais de trabalho para a bomba 2. modificação do diâmetro externo do
em questão são os seguintes: impelidor;
a) vazão normal de operação: QT; 3. modificação das características do fluido;
b) carga ou head normal de operação: HT; 4. efeito do desgaste do equipamento
c) potência absorvida no ponto normal de (tempo de operação da bomba).
operação: P ;
d) rendimento Tda bomba no ponto normal 6.9 Fenômeno da Cavitação
de operação: hT. Caso a pressão absoluta, em qualquer pon-
Existem diversos recursos que possibili- to de um sistema de bombeamento de líquido,
tam a modificação, da curva (H X Q) da bom- for reduzida abaixo da pressão de vapor do lí-
ba e da curva (H X Q) do sistema, desta for- quido, na temperatura de operação, parte des-
ma existe a possibilidade da mudança do pon- te líquido se vaporizará e nestas condições, as
to de trabalho normal, para o atendimento de bolhas de vapor formadas, ao atingir regiões
uma outra necessidade operacional. de maiores pressões sofrem um colapso e
retornam para a fase líquida. O colapso das
6.8.1 Alteração da Curva (H x Q) do Sistema bolhas tem como consequência a formação de
Alterar a curva (H X Q) do sistema con- ondas de choque que causam o fenômeno da
siste, basicamente, em modificar o próprio sis- cavitação.
tema para o qual foi levantada a curva. Estas
alterações podem ser realizadas de diversas 6.9.1 Inconvenientes da Cavitação
formas, como por exemplo, a variação das Os principais inconvenientes da cavitação
pressões dos reservatórios, a modificação do são:
diâmetro das linhas, a modificação das cotas a) barulho e vibração – são provocados
do líquido a ser transferido, modificação dos pelas ondas de choque geradas pelo co-
acessórios da linha, etc, ou seja, qualquer al- lapso das bolhas;
teração que implique em alteração da energia b) alteração das curvas características –
necessária para a movimentação do líquido são provocadas pela diferença de volu-
entre os pontos considerados.
Um simples fechamento de uma válvula me específico
por, bem como entre o líquido egerada
pela turbulência o va-
de descarga altera a curva do sistema conside- pelas ondas de choque;
rado, pois estará ocorrendo um aumento da c) remoção de partículas metálicas
perda de carga do líquido neste sistema, exi- (pitting ) – são provocadas pelas ondas
gindo mais energia para a realização da trans- de choque e potencializados pelo au-
ferência do líquido. Neste caso, a curva do sis- mento da temperatura local do material,
tema terá um súbito aumento e haverá, para com a conseqüente alteração das carac-
uma bomba com curva estável, um decrésci-
mo de vazão, conforme demonstrando no grá- terísticas estruturais.
fico a seguir:
6.9.2 Principal Região da Cavitação
que Uma
ocorrevez que a acavitação
quando é um
pressão em umfenômeno
ponto do
sistema diminui para valores iguais ou meno-
res do que a pressão de vapor do líquido bom-
beado, é necessária a determinação da região
do sistema de bombeamento onde é mais pro-
vável que ocorra o fenômeno da cavitação.
Uma ligeira análise aponta a entrada do impe-
lidor como a região mais favorável para o iní-
6.8.2 Fatores que influenciam a Curva (H x Q) cio da cavitação. Nesta região, a energia do
da Bomba fluido é mínima, pois a energia cinética do flui- 35
Asser
derão curvas características
alteradas das bombas
modificando-se algunspo-
fa- do
ridafoinoreduzida devido
trecho de à perda edeo carga
escoamento ocor-
líquido, na
tores ou efeitos no próprio equipamento em entrada do impelidor, ainda não recebeu ne-
questão: nhuma quantidade adicional de energia.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 35/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
36
Bombas
projeto podemoperando foraturbulência,
ocasionar da sua vazãocom
de 6. 10 NPSH (Net Pressure Suction Head)
conseqüente queda da pressão local, ocasio- Existem duas definições para o NPSH, são
nando, desta forma, o fenômeno da cavitação. elas o NPSH disponível e o NPSH requerido.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 36/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
6.10.1 NPSH disponível o NPSH disponível na sucção com a finalida-
O NPSH disponível é a quantidade de de de se escolher o equipamento adequado à
energia que o líquido possui no flange da suc- situação desejada.
ção da bomba, acima da pressão de vapor do (NPSH)D > (NPSH)R (Sempre)
próprio líquido.
Graficamente, pode-se delimitar a faixa de
Cálculo do NPSH
O cálculo disponível
realizado para encontrarmos o vazão de operação
da ocorrência de uma bomba,
do fenômeno sem o risco
da cavitação, uti-
NPSH disponível na sucção da bomba é o se- lizando-se o conceito do NPSH, conforme
guinte: observado no gráfico da figura a seguir:
(NPSH)D = (P / g) – (PV / g) + h – hFS
em que:
(NPSH)D ....... altura manométrica disponível
na sucção da bomba.
P ................... pressão absoluta no reservató-
rio (Pmanométrica + Patm).
h ................... diferença de cotas entre a suc-
ção da bomba e o nível do re-
servatório.
g ................... peso específico do fluido na
temperatura de escoamento. 6.11 Associação de Bombas
hFS ................. perda de carga no trecho entre Existem duas maneiras distintas de se fa-
o reservatório e a entrada do zer associação de bombas: em série ou em
olho do impelidor. paralelo. Ambas são usuais, porém a utiliza-
Pv .................. pressão de vapor na tempera- ção de um caso ou de outro depende das ne-
tura de escoamento. cessidades exigidas em cada processo opera-
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 37/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
A curva característica do conjunto, re- a vazão e a altura manométrica necessárias para
sultante desta associação é obtida a partir da o sistema. Assim, a vazão a ser considerada é
curva característica de cada bomba individual, igual para todas as bombas, e a altura mano-
somando-se as alturas manométricas corres- métrica que cada bomba deverá desenvolver
pondentes aos mesmos valores de vazão, con- será a altura manométrica total exigida pelo
forme apresentado nos gráficos seguintes. sistema, dividida pelo número de unidades em
série.
38
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 38/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
02. Um vapor, contendo, em peso, 30% de
Exercícios propano, 30% de n-butano e 40% de n-pentano,
01. Conversão de unidade: é a carga de uma torre de produção de propano.
– Converter 500 milhas em metros. O produto de topo produzido neste processo
apresenta a composição, em peso, de 65% de
– Converter 7.000 mm em polegadas. propano, 25% de n-butano e 10% de n-pentano.
– Converter 652 milhas em pés. A recuperação do propano, no produto de
– Converter 3,22 x 106 mm em milhas. topo, é de 96% em peso. Sabendo-se que a
– Converter uma área de 6.000 alqueires massa específica do propano é de 0,51 g/cm3 e
em km2. ainda que 60%, em peso, da carga sai como
– Converter uma área de 1.500 ft2 em m2. produto de fundo neste processo, calcule a car-
– Converter 22.960 ft em km. ga desta torre para uma produção de 12 t/d de
– Converter uma área de 780.000 ft2 em propano.
alqueires.
03. As composições molares da carga e do des-
– Converter uma área de 3.000 in2 em m2. tilado de uma torre de destilação são dados
– Converter uma área de 1.500 ft2 em m2. abaixo:
– Converter um volume de 23.850 m3 em
barris. Componente Carga (%) Destilado (%)
– Converter um volume de 30.000 m3 em Propano 20 35
galões. Propeno 29 50
– Converter um volume de 7.000 barris Buteno-1 34 10
em ft3. n-Butano 17 5
– Converter um volume de 1.200.000
barris em m3. Sabendo-se que a produção molar de des-
– Converter um volume de 7.000 galões tilado corresponde a 40% da carga, qual a com-
em ft3. posição ponderal do produto de fundo desta
– Converter uma massa de 16.300 lb em torre.
Massas molares:
– toneladas.
Converter uma massa de 21.300 lb em kg. propano = 44; propeno = 42;
buteno-1 = 56; n-butano = 58
– Converter uma pressão de 750 in Hg
em Kgf/cm2. 04. Em um processo de obtenção de álcool
– Converter uma pressão de 80 ft H2O etílico, uma certa coluna opera com uma car-
em Kgf/cm2. ga contendo 3,5% de etanol e 96,5% de água.
– Converter uma pressão de 800 mm Hg A produção de destilado contém 70% de etanol
em m H2O. e o resíduo contém 0,001%. Os percentuais
– Converter uma pressão de 150 psig em estão representados em mol.
Kgf/cm2 absoluta (Patm = 745 mm Hg). Suspeita-se que haja um vazamento de água
– Converter uma pressão de 300 gf/cm2 no condensador de topo desta coluna. Através
em atm. de um balanço material, estimar o vazamento
– Converter 750 ft.lbf/s em KW. de água pelo condensador, caso este esteja
– Converter 3.000 KVA em CV. ocorrendo.
– Converter 90 HP em CV.
– Converter 1.600 HP em KW. 05. Um determinado sólido, contendo 20% em
– Converter 500 BTU/min em KJ/s. massa de água, necessita ser secado para pro-
– Converter 75 ft.lbf em gcal. duzir um sólido que contenha no máximo 4%
de água. Calcule o percentual de remoção de
– Converter 3.900 Kcal em BTU.
água do sólido original.
– Converter 9.500 Kcal em ft.lbf. 39
– Converter 49.000 gcal em Kcal.
– Converter 267ºC em ºF. 06. Deseja-se
destilação umaseparar
misturaatravés do processoem
F, cuja composição de
– Converter 38ºF em K. massa, xF, é:
– Converter 156ºC em R. a = 50% ; b = 30% e c = 20%
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 39/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
O destilado ou produto de topo deve ter 09. A carga de uma coluna de destilação, que
uma razão em relação à carga igual a 60% e opera com pressão atmosférica, é de 10 t/h de
sua composição em massa, xD, é: uma mistura líquida, cuja composição molar
a = 80% ; b = 18% e c = 2% é 60% de benzeno e 40% de tolueno. A carga,
antes de entrar na torre, está a 35ºC e é pré-
Baseado nos pontos expostos, calcular: aquecida pelo produto de fundo desta coluna.
a) A razão do resíduo em relação à carga; O destilado contém 98,2% de benzeno e está
b) A composição, em massa, do resíduo (xW); saturado na temperatura de 81ºC. A razão de
c) O percentual de recuperação do com- refluxo externo de topo na coluna é de 3:1. O
ponente a no destilado; produto de fundo da coluna (resíduo) contém
d) O percentual de recuperação do com- 3,2% em mol de benzeno, sai da torre na tem-
ponente c no resíduo. peratura de 109ºC, e é enviado para ser arma-
zenado na temperatura de 50ºC, após trocar
07. Uma corrente de 20.000 SCFH de um gás, calor, em um permutador que pré-aquece a car-
com composição molar de 10% de SO 2, 5% ga. O condensador de topo utiliza água de res-
de O2 e 85% de N2, deverá ser tratada em uma friamento para a condensação do produto de
torre de absorção com 1.000 lb/h de água, para topo da coluna, que entra na temperatura de
a remoção de todo o SO2. Calcular as vazões 30ºC e sai na temperatura de 50ºC. O referve-
de gás, em SCFH, e da água rica em SO2, em dor de fundo da coluna utiliza vapor de água2
lb/h, que saem da torre de absorção. disponível à pressão absoluta de 4,5 kgf/cm ,
Dados: que entra a 200ºC e sai na temperatura de sa-
SCFH = standard cubic feet per hour (ft 3/h nas turação. Calcular:
seguintes condições: t = 60ºF e P = 14,7 psi) a) Vazão mássica do vapor de topo, do
Constante universal dos gases = destilado e do produto de fundo;
(R) = 0,73 atm . ft3 / lbmol . ºR b) Carga térmica do condensador de topo
Peso molecular: em Kcal;
S = 32; O = 16; N = 14 c) Carga térmica do refervedor em Kcal;
d) Carga térmica do pré-aquecedor em
08. Em uma caldeira, são produzidos 50 t/h Kcal;
de vapor superaquecido a 397ºC. Para isto, a mes- e) A
e avazão
vazãomássica de de
mássica vapor node
água refervedor
resfria-
ma recebe água desmineralizada, que, após a tro-
ca de calor em um certo permutador de calor, mento no condensador em t/h.
entra na caldeira a 62 ºC. Sabendo-se que o C p Dados:
da água é 1 cal/g. ºC, que a entalpia do vapor Massa molar:
superaquecido na temperatura em questão é Benzeno = 78, Tolueno = 92
762 Kcal/kg, que o poder calorífico do gás com- Entalpias:
bustível é 10.400 Kcal/kg e do óleo combustível
de refinaria é de 9.400 Kcal/kg, pergunta-se: Tempo Benzeno (KJ/kg) Tolueno (KJ/kg)
a) Qual a quantidade de calor envolvida nes- oC Líquido Vapor Líquido Vapor
te processo para a realização desta tarefa? 35 –229,7 192,6 –199,9 209,0
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 40/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
a) O rendimento da mesma, quando a) Associação da bomba A em série com
operando com vazões de 30, 35 e a bomba C;
40 m3/h, que correspondem a alturas b) Associação da bomba B em série com
manométricas respectivas de 212, 208 a bomba D;
e 204 m, considerando impelidor de di-
âmetro 12 ½”; 14. No anexo V, são apresentadas as curvas
b) O rendimento da mesma, quando ope- características de duas bombas, A e B. Basea-
rando com vazões de 30, 35 e 40 m3/h, do nestas curvas, pede-se para plotar a curva
que correspondem a alturas manomé- característica da associação, em paralelo, des-
tricas respectivas de 98, 92 e 82 m, con- tas bombas.
siderando impelidor de diâmetro 9 ½”.
c) A potência útil cedida ao fluido, em
cada caso dos itens acima. Anotações
Dados adicionais:
1 kg = 2,2 lb; 1 m3 = 35,31 ft3; 1 m = 3,28 ft
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 41/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
42
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 42/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
43
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 43/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
ANEXOS
ANEXO I
1. Diâmetro do impelidor =
2. Diâmetro do impelidor =
3. Diâmetro do impelidor =
44
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 44/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
ANEXO II
45
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 45/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
ANEXO III
CURVA DE POTÊNCIA ABSORVIDA BHP
1. Diâmetro do impelidor =
2. Diâmetro do impelidor =
46
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 46/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
ANEXO IV
BOMBA A = CURVA 1 BOMBA C = CURVA 3
BOMBA B = CURVA 2 BOMBA D = CURVA 4
47
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 47/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
ANEXO V
BOMBA A = CURVA 1 BOMBA B = CURVA 2
48
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 48/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
49
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 49/50
8/16/2019 Operacoes_unitarias - Petrobras
Operações Unitárias
Principios
A honestidade,Éticos da Petrobras
a dignidade, o respeito, a lealdade, o
decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios
éticos são os valores maiores que orientam a relação da
Petrobras com seus empregados, clientes, concorrentes,
parceiros, fornecedores, acionistas, Governo e demais
segmentos da sociedade.
empregados
atividades é um
deles assunto
não pessoal,
prejudiquem a desde que
imagem ouas
os
interesses da Companhia.
http://slidepdf.com/reader/full/operacoesunitarias-petrobras 50/50