Índice
1.0 Introdução....................................................................................................................2
2.0 Estrategia de ensino.....................................................................................................3
2.1 Diferença entre método e técnica de ensino-aprendizagem........................................4
2.1.1.2. Abordagem indutiva.............................................................................................6
2.2. Métodos quanto à relação professor-aluno.................................................................6
2.2.1 Método expositivo/explicativo................................................................................6
2.2.2. Demonstração: representação de fenómenos que ocorrem na realidade.................7
2.3 Método de elaboração conjunta...................................................................................8
2.4. Estrategias de ensino..................................................................................................9
3.0 Conclusao..................................................................................................................15
4.0 Referencias Bibliograficas........................................................................................16
1.0 Introdução
Métodos de ensino são as acções desenvolvidas pelo professor, apresentadas pelo
educador pedagogo ou pedagogista, pelas quais se organizam as atividades de ensino e
dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um conteúdo
específico relacionado com a educação.
Método vem do grego, méthodos, que significa caminho para chegar a um fim. Assim,
ao abordar métodos de ensino e de aprendizagem, trata-se de um trajeto para se chegar
ao objetivo proposto. No caso específico da educação escolarizada, o fim último seria a
aprendizagem do aluno de maneira eficaz.
Cada método procurou dar conta de promover aos educandos a apropriação do
conhecimento necessário a cada momento histórico. Importante salientar que as
posições pedagógicas nunca foram unânimes ou homogéneas
2.0 Estrategia de ensino
Para Petrucci & Batiston (2006, p. 263), a palavra estratégia esteve, historicamente,
vinculada à arte militar no planejamento das ações a serem executadas nas guerras, e,
atualmente, é largamente utilizada no ambiente empresarial. Porém, os autores admitem
que:
[...] a palavra ‘estratégia’ possui estreita ligação com o ensino. Ensinar requer arte por
parte do docente, que precisa envolver o aluno e fazer com ele se encante com o saber.
O professor precisa promover a curiosidade, a segurança e a criatividade para que o
principal objetivo educacional, a aprendizagem do aluno, seja alcançada.
Desse modo, o uso do termo “estratégias de ensino” refere-se aos meios utilizados pelos
docentes na articulação do processo de ensino, de acordo com cada atividade e os
resultados esperados. Anastasiou e Alves (2004, p. 71) advertem que:
As estratégias visam à consecução de objetivos, portanto, há que ter clareza sobre aonde
se pretende chegar naquele momento com o processo de ensinagem. Por isso, os
objetivos que norteiam devem estar claros para os sujeitos envolvidos – professores e
alunos – e estar presentes no contrato didático, registrado no Programa de
Aprendizagem correspondente ao módulo, fase, curso, etc.
Luckesi (1994) considera que os procedimentos de ensino geram consequências para a
prática docente: para se definir procedimentos de ensino com certa precisão, é
necessário ter clara uma proposta pedagógica; é preciso compreender que os
procedimentos de ensino selecionados ou construídos são mediações da proposta
pedagógica e metodológica, devendo estar estreitamente articulados; se a intenção é que
efetivamente a proposta pedagógica se traduza em resultados concretos, tem-se que
selecionar ou construir procedimentos que conduzam a resultados, ainda que parciais,
porém complexos com a dinâmica do tempo e da história; ao lado da proposta
pedagógica, o educador deve lançar mão dos conhecimentos científicos disponíveis;
estar permanentemente alerta para o que se está fazendo, avaliando a atividade e
tomando novas e subsequentes decisões.
No processo de ensino-aprendizagem, vários são os fatores que interferem nos
resultados esperados: as condições estruturais da instituição de ensino, as condições de
trabalho dos docentes, as condições sociais dos alunos, os recursos disponíveis.
Outro fator é o de que as estratégias de ensino utilizadas pelos docentes devem ser
capazes de sensibilizar (motivar) e de envolver os alunos ao ofício do aprendizado,
deixando claro o papel que lhe cabe.
O uso de formas e procedimentos de ensino deve considerar que o modo pelo qual o
aluno aprende não é um ato isolado, escolhido ao acaso, sem análise dos conteúdos
trabalhados, sem considerar as habilidades necessárias para a execução e dos objetivos a
serem alcançados.
O método de ensino é o conjunto de procedimentos e formas que o professor usa para
levar o aluno a elaborar conhecimentos, adquirir experiências ou habilidades e a
incorporar atitudes e ideias durante a sua aprendizagem.
As técnicas de ensino são recursos auxiliares e a maneira de utilizá-los para a
efectivação da aprendizagem pelo aluno. É um recurso didáctico de que o professor se
serve para efectivar o momento ou parte do método, na realização da aprendizagem. A
técnica representa a maneira de se efectivar um propósito bem definido do ensino.
As técnicas de ensino referem-se mais directamente às formas de apresentação da
matéria, ou melhor, de apresentação de estímulos aos quais os alunos devem reagir para
processarem a aprendizagem. As técnicas de ensino são, pois, formas de orientação
imediata da aprendizagem.
2.1 Diferença entre método e técnica de ensino-aprendizagem
Segundo Marion, (2006) O método é mais amplo que a técnica. A técnica é mais ligada
às formas, estratégias e tácticas de apresentação imediata da matéria.
O método de ensino é o conjunto de momentos e técnicas logicamente coordenados,
tendo em vista dirigir a aprendizagem do educando para determinados objectivos. O
método indica o modo de agir para alcançar um objectivo.
O método de ensino deve conduzir o aluno à auto-educação, à autonomia, à
emancipação para com o professor, isto é, deve levá-lo a andar com as suas próprias
pernas, usando a sua própria cabeça. Deve ir ao estudo dirigido, passar pelo estudo
supervisionado, até chegar ao estudo livre. O método de ensino, concretiza-se através
das técnicas de ensino.
Todo o método ou técnica deve efectivar-se através da actividade do aluno, fazendo
com que este, de modo geral, seja agente da sua própria aprendizagem e não um mero
receptor de dados e normas elaborados pelo professor.
Um método de ensino, para alcançar seus objectivos, precisa de uma série de técnicas.
Assim, todo o método ou técnica de ensino, de um modo geral, deve conduzir o
educando a observar, experimentar, analisar, criticar, pesquisar, julgar, concluir,
correlacionar, diferenciar, sintetizar, reflectir; enfim, deve conduzir a actividade do
aluno para a aprendizagem.
Forma de classificação Tipos de métodos de Técnicas de
ensino-aprendizagem implementação dos
métodos de ensino-
aprendizagem
Expositivo/explicativo Exposição verbal,
ilustração e demonstração
Trabalho independente Interrogação, inquérito e
Quanto à relação professor-
resumo
aluno
Elaboração conjunta Debate, Plenária,
Discussão, Grupo de
Peritos, Mesa Redonda,
Cadeia de Falar, Trabalho
aos Pares, Círculo Duplo,
Tomar uma Posição,
Parque de Estacionamento,
Aquário, Pensar-Partilhar-
Apresentar, etc
Com este leque de métodos e técnicas de ensino-aprendizagem, o trabalho metodológico
do professor deve ser o de usaras potencialidades didácticas de cada um destes métodos
de ensino-aprendizagem, tendo em conta as suas características. Ainda, na
implementação dos métodos de ensino-aprendizagem acima expostos, o professor pode
usar uma perspectiva indutiva ou dedutiva., Importa referir que uma maior riqueza
pedagógica na actividade do professor se consegue, quando este faz, na medida do
possível, uma combinação dos métodos e técnicas de ensino-aprendizagem.
2.1.1. Quanto à abordagem dos conteúdos
2.1.1.2. Abordagem indutiva
Esta abordagem consiste em orientar a aprendizagem, partindo dos casos particulares da
experiência sensorial para chegar a conclusões gerais. De acordo com os princípios da
indução, a aprendizagem começa com a observação do mundo real, como forma de ter
bases seguras sobre as quais o conhecimento pode ser construído.
Esta abordagem é mais usadoa nas Ciências Naturais ou Experimentais, pois garante a
observação dos factos e fenómenos.
2.1.1.3. Abordagem dedutiva
Segundo LUCKESI, (1994) A abordagem dedutiva transforma enunciados complexos
em particulares, isto é, a partir de proposições gerais, chega a particulares.
Esta abordagem é mais usadoa nas ciências formais, aquelas que se preocupam com os
sistemas formais como a Lógica e ideias teóricas que levam à outras ideias teóricas,
através do precesso de pensamento.
No Ensino Primário, as nduas abordagens são usadas em simultâneo, como forma de
associar as sensações visuais (observação) e os processos de desenvolvimento do
pensamento, uma vez que a maior parte dos alunos deste subsistema ainda não
desenvolveu, suficientemente, a capacidade de “navegar” no mundo das ideias.
2.2. Métodos quanto à relação professor-aluno
2.2.1 Método expositivo/explicativo
Neste método os conhecimentos, as habilidades e as tarefas são apresentados,
explicadas ou demonstradas pelo professor. A actividade dos alunos é receptiva, embora
não necessariamente passiva. É um método bastante usado nas nossas escolas, apesar
das críticas que lhe são feitas, principalmente por não levar em conta o princípio da
actividade do aluno. Entretanto, se for superada esta limitação, é um importante meio de
obter conhecimentos.
A exposição lógica da matéria é um procedimento necessário, desde que o professor
consiga mobilizar a actividade interna do aluno de concentrar-se e de pensar, e a
combine com outros procedimentos, como o trabalho independente, a conversa e o
trabalho em grupo. (Luckesi. 1994).
No método expositivo, é notória a acção dominante e preponderante do professor, em
detrimento dos alunos e, se este procedimento for mal aplicado, incorre em grande
perigo, visto que as potencialidades cognitivas e afectivas dos alunos ficam, até certo
ponto, atrofiadas, pois este (aluno) limita-se a ser mero expectador do centro do PEA (o
professor), que negligencia o contributo dos alunos para a operacionalização da aula.
Entretanto, a grande potencialidade deste método reside no facto de ser o mecanismo
mais recomendado para a introdução de um conteúdo novo, principalmente quando se
trata de um assunto desconhecido pelos alunos.
Para a aplicação do método expositivo/explicativo, usam-se as seguintes técnicas:
Exposição verbal: consiste em explicar de modo sistematizado, por meio da voz e/ou da
escrita, um assunto que seja desconhecido, ou quando as ideias que os alunos trazem
sobre o mesmo são insuficientes ou menos precisas.
2.2.2. Demonstração: representação de fenómenos que ocorrem na realidade.
Ela é efectivada através de explicações num estudo do meio (excursão), ou por meio de
uma experiência simples, projecção de slides ou outras tecnologias.
Ilustração: forma de representação gráfica de factos ou fenómenos da realidade, por
meio de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc., a partir dos quais o professor
enriquece a explicação da matéria.
Exemplificação: ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta; quando escreve
ou diz uma palavra para que os alunos observem e depois repitam. Quer dizer, usando o
exemplo, o aluno pode captar a essência do que se pretende que ele aprenda.
B.2: Método de trabalho independente
O trabalho independente, como método de ensino, consiste em tarefas dirigidas e
orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente
independente e criador. Este método pressupõe determinados conhecimentos, a
compreensão da tarefa e do seu objectivo, de modo que os alunos possam aplicar os
conhecimentos e habilidades, sem orientação directa do professor. O aspecto mais
importante do método de trabalho independente é a actividade mental dos alunos.
(Pimenta, 2002).
Ao contrário do método expositivo, no método de trabalho independente é notória a
acção preponderante e dominante do aluno, individualmente. Aqui, o professor funciona
como um facilitador, como moderador, orientador da aprendizagem, fundamentalmente
para que o aluno não se disperse, ou não se perca naquilo que são os objectivos
preconizados para o conteúdo que estiver a ser ministrado.
Em termos práticos, para a aplicação do método de trabalho independente, são usadas as
seguintes técnicas:
Interrogação: esta técnica consiste em criar explicações que justifiquem por que
determinados factos apresentados no texto são verdadeiros ou falsos. O aluno deve
concentrar-se em perguntas do tipo, “Por quê?” em vez de “O quê?”
Inquérito: é uma técnica de estudo que permite a recolha de informação directamente de
um interveniente na investigação, através de um conjunto de questões organizadas,
seguindo uma determinada ordem. Estas podem ser apresentadas ao respondente de
forma escrita ou oral.
Resumo: é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra literária ou artística.
Um resumo consiste em fazer a síntese ou sumário de um determinado assunto,
destacando as informações essenciais do conteúdo.
2.3 Método de elaboração conjunta
Segundo Oliveira, (1981) A elaboração conjunta é uma interacção activa entre o
professor-aluno e aluno – aluno, visando a aquisição de conhecimentos, habilidades,
atitudes e convicções, bem como a fixação e consolidação de conhecimentos e
convicções já adquiridos. Este método preconiza a reciprocidade de actividades entre o
professor e o aluno. O nível de participação e contribuição de ambos é, em certa
medida, equiblibrado. É por esse facto que, na base deste método, está-se diante do que
se designa de ensino participativo.
O método de elaboração conjunta pressupõe um conjunto de condições prévias,
nomeadamente, a incorporação, pelos alunos, dos objectivos a atingir e o domínio dos
conhecimentos básicos que, mesmo não estando sistematizados, são um ponto de
partida para o trabalho de elaboração conjunta.
O carácter didáctico-pedagógico da elaboração conjunta está no facto de que tem como
referência um tema de estudo determinado, pressupondo-se que os alunos estejam aptos
para conversar sobre ele.
As potencialidades do método de elaboração conjunta são várias, uma vez que a
conversa tem um grande valor didáctico, pois desenvolve nos alunos as habilidades de
expressar opiniões fundamentais, verbalizar a sua própria experiência, discutir,
argumentar e refutar as opiniões dos outros, aprender a escutar, contar factos,
interpretar, etc., para além de proporcionar a aquisição de novos conhecimentos.
Embora seja um método vantajoso, é importante chamar atenção aos seguintes aspectos:
o aluno deve estar familiarizado com o tema a ser tratado, pois, de contrário, corre o
risco dele (aluno) não colaborar na aula; leva muito tempo e o professor pode ser
desviado do tema por alunos super activos.
2.4. Estrategias de ensino
Estratégia Descrição
Descrição
Aula expositiva É uma exposição do conteúdo, com a participação ativa dos
dialogada estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser considerado e
pode ser tomado como ponto de partida. O professor leva os
estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o objeto
de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto com a
realidade. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 79).
Estudo de texto É a exploração de ideias de um autor a partir do estudo crítico
de um texto e/ou a busca de informações e exploração de ideias
dos autores estudados. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 80)
Portfólio É a identificação e a construção de registro, análise, seleção e
reflexão das produções mais significativas ou identificação dos
maiores desafios/dificuldades em relação ao objeto de estudo,
assim como das formas encontradas para superação.
(ANASTASIOU; ALVES, 2004,p. 81).
Tempestade É uma possibilidade de estimular a geração de novas ideias de
cerebral forma espontânea e natural, deixando funcionar a imaginação.
Não há certo ou errado. Tudo o que for levantado será
considerado, solicitando-se, se necessário, uma explicação
posterior do estudante. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 82).
Mapa conceitual Consiste na construção de um diagrama que indica a relação de
conceitos em uma perspectiva bidimensional, procurando
mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos pertinentes à
estrutura do conteúdo. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 83).
Estudo dirigido É o ato de estudar sob a orientação e diretividade do professor,
visando sanar dificuldades específicas. É preciso ter claro: o que
é a sessão, para que e como é preparada. (ANASTASIOU;
ALVES, 2004, p. 84).
Estudo dirigido e Permite ao aluno situar-se criticamente, extrapolar o texto para
aulas orientadas a realidade vivida, compreender e interpretar os problemas
propostos, sanar dificuldades de entendimento e propor
alternativas de solução; Exercita no aluno a habilidade de
escrever o que foi lido e interpretá-lo; Prática dinâmica, criativa
e crítica da leitura. (MARION; MARION, 2006, p. 42);
(PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 279-280).
Lista de discussão É a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, à
por meios distância, um tema sobre o qual sejam especialistas ou tenham
informatizados realizado um estudo prévio, ou queiram aprofundá-lo por meio
eletrônico. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 85).
Ensino à distância As ferramentas usadas no ensino à distância vão das mais
simples, como o ensino por correspondência sem apoio ou
tutoria, pela comunicação apenas entre educador e educando,
até os métodos mais sofisticados, que incluem esquemas
interativos de comunicação não presencial via satélite, ou por
redes de computadores. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p.
289-294).
Ensino à distância É o enfrentamento de uma situação nova, exigindo pensamento
Solução de reflexivo, crítico e criativo a partir dos dados expressos na
problemas descrição do problema; demanda a aplicação de princípios, leis
que podem ou não ser expressas em fórmulas matemáticas.
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 86).
Resolução de O estudo por meio de tarefas concretas e práticas tem por
exercícios finalidade a assimilação de conhecimentos, habilidades e
hábitos sob a orientação do professor. (MARION; MARION,
2006, p. 46).
Ensino em É uma estratégia particularmente válida em grandes turmas,
pequenos grupos pois consiste em separar a turma em pequenos grupos, para
facilitar a discussão. Assim, despertará no aluno a iniciativa de
pesquisar, de descobrir aquilo que precisa aprender.
(PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 278-279).
Phillips 66 É uma atividade grupal em que são feitas uma análise e uma
discussão sobre temas / problemas do contexto dos estudantes.
Pode também ser útil para obtenção de informação rápida sobre
interesses, problemas, sugestões e perguntas. (ANASTASIOU;
ALVES, 2004, p. 87).
Grupo de É a análise de tema/problemas sob a coordenação do professor,
verbalização e de que divide os estudantes em dois grupos: um de verbalização
observação (GV) e outro de observação (GO). É uma estratégia aplicada
(GV/GO) com sucesso ao longo do processo de construção do
conhecimento e requer leituras, estudos preliminares, enfim, um
contato inicial com o tema. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p.
88).
Dramatização É uma apresentação teatral, a partir de um foco, problema, tema
etc. Pode conter explicitação de ideias, conceitos, argumentos e
ser também um jeito particular de estudo de casos, já que a
teatralização de um problema ou situação perante os estudantes
equivale a apresentar-lhes um caso de relações humanas.
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 89).
Seminário É um espaço em que as ideias devem germinar ou ser semeadas.
Portanto, espaço, onde um grupo discuta ou debata temas ou
problemas que são colocados em discussão.(ANASTASIOU;
ALVES, 2004, p. 90).
Estudo de caso É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que
necessita ser investigada e é desafiadora para os envolvidos.
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 91).
Júri simulado É uma simulação de um júri em que, a partir de um problema,
são apresentados argumentos de defesa e de acusação. Pode
levar o grupo à análise e à avaliação de um fato proposto com
objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e à
dinamização do grupo para estudar profundamente um tema
real. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 92).
Simpósio É a reunião de palestras e preleções breves apresentada por
várias pessoas (duas a cinco) sobre um assunto ou sobre
diversos aspectos de um assunto. Possibilita o desenvolvimento
de habilidades sociais, de investigação, amplia experiências
sobre um conteúdo específico, desenvolve habilidades de
estabelecer relações. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 93).
Painel É a discussão informal de um grupo de estudantes, indicados
pelo professor (que já estudaram a matéria em análise,
interessados ou afetados pelo problema em questão), em que
apresentam pontos de vista antagônicos na presença de outros.
Podem ser convidados estudantes de outras fases, cursos ou
mesmo especialistas na área. (ANASTASIOU; ALVES, 2004,
p. 94).
Palestras Possibilidade de discussão com a pessoa externa ao ambiente
universitário sobre um assunto de interesse coletivo, de acordo
com um novo enfoque; Discussão, perguntas, levantamento de
dados, aplicação do tema na prática, partindo da realidade do
palestrante. (MARION; MARION, 2006, p. 42); (PETRUCCI;
BATISTON, 2006, p. 288-289).
Fórum Consiste num espaço do tipo “reunião”, no qual todos os
membros do grupo têm a oportunidade de participar do debate
de um tema ou problema determinado. Pode ser utilizado após a
apresentação teatral, palestra, projeção de um filme, para
discutir um livro que tenha sido lido pelo grupo, um problema
ou fato histórico, um artigo de jornal, uma visita ou uma
excursão. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 95).
Discussão e Sugere aos educandos a reflexão acerca de conhecimentos
debate obtidos após uma leitura ou exposição, dando oportunidade aos
alunos para formular princípios com suas próprias palavras,
sugerindo a aplicação desses princípios. (MARION; MARION,
2006, p. 42-44).
Oficina É a reunião de um pequeno número de pessoas com interesses
(laboratório ou comuns, a fim de estudar e trabalhar para o conhecimento ou
worshop) aprofundamento de um tema, sob orientação de um especialista.
Possibilita o aprender a fazer melhor algo, mediante a aplicação
de conceitos e conhecimentos previamente adquiridos.
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96).
Escritório, Proporciona ao aluno contato com a tecnologia da informação,
laboratório ou os reflexos de má informação gerada, as inúmeras
empresa modelo possibilidades de erros e os consequentes acertos. (PETRUCCI;
BATISTON, 2006, p. 286-288).
Estudo do meio É um estudo direto do contexto natural e social no qual o
estudante se insere, visando a uma determinada problemática de
forma interdisciplinar. Cria condições para o contato com a
realidade, propicia a aquisição de conhecimentos de forma
direta, por meio da experiência
vivida. (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 97).
Ensino com É a utilização dos princípios do ensino associados aos da
pesquisa pesquisa: Concepção de conhecimento e ciência em que a
dúvida e a crítica sejam elementos fundamentais; assumir o
estudo como situação construtiva e significativa, com
concentração e autonomia crescente; fazer a passagem da
simples reprodução para um equilíbrio entre reprodução e
análise.(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 98).
Exposições, Participação dos alunos na elaboração do plano de trabalho de
excursões e visitas campo; Possibilidade de integrar diversas áreas de
conhecimento; Integração do aluno, através da escola, com a
sociedade, através das empresas; Visualização, por parte do
aluno, da teoria na prática;
Desenvolvimento do pensamento criativo do aluno e visão
crítica da realidade em que ele se insere. (MARION; MARION,
2006, p. 37-38); (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p. 276-277).
Jogos de Os alunos tornam-se agentes do processo; São desenvolvidas
empresas habilidades na tomada de decisões no nível administrativo,
vivenciando-se ações interligadas em ambientes de incerteza;
Permite a tomada de decisões estratégicas e táticas no
gerenciamento dos recursos da empresa, sejam eles materiais ou
humanos; (MARION; MARION, 2006, p. 50); (PETRUCCI e
BATISTON (2006, p. 281-283).
Ensino O ensino individualizado é a estratégia que procura ajustar o
individualizado processo de ensino-aprendizagem às reais necessidades e
características do discente. (PETRUCCI; BATISTON, 2006, p.
294-298).
3.0 Conclusao
Ao discutir a respeito dos procedimentos de ensino no quotidiano escolar argumenta que
nós professores, ao estabelecermos nosso plano de ensino, ou quando vamos decidir o
que fazer na sala de aula, devemos nos perguntar: As técnicas de ensino que
utilizaremos têm articulação coerente com nossa proposta pedagógica? Será que
escolhemos os procedimentos de ensino por sua modernidade, ou por sua facilidade, ou
pelo fato de dar menos trabalho ao professor? Ou, pior ainda, será que escolhemos os
procedimentos de ensino sem nenhum critério específico?
Considerando-se o dinamismo do mundo moderno, o profissional docente que atua no
curso de Secretariado Executivo sente-se pressionado por um ambiente externo
altamente exigente, devendo proporcionar aos estudantes uma educação de elevado
nível e com sólida formação.
Caso a actualização didáctica dos docentes não tenha acompanhado o ritmo deste novo
cenário, poderá haver uma falta de sintonia entre os procedimentos, métodos e
estratégias de ensino e o perfil dos estudantes, prejudicando o processo de ensino-
aprendizagem.
4.0 Referencias Bibliograficas
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994.
MARION, José Carlos; MARION, Arnaldo Luís Costa. Metodologias de ensino na
área de negócios. Para cursos de administração, gestão, contabilidade e MBA. São
Paulo: Atlas, 2006.
OLIVEIRA, Rosiska D. e Oliveira, Miguel D. Pesquisa social e ação educativa. In.
Carlos Rodrigues Brandão, (org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1981.
PETRUCCI, Valéria Bezzera Cavalcanti; BATISTON, Renato Reis. Estratégias de
ensino e avaliação de aprendizagem em contabilidade. In: PELEIAS, Ivam Ricardo.
(Org.) Didática do ensino da contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2006.
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Lea das Graças Camargos. Docência no
ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.